Baixar - Junta de Missões Mundiais

Transcrição

Baixar - Junta de Missões Mundiais
guia de oração
30 dias
de jejum e oração
pelos muçulmanos
Algumas
sugestões para participar
desta
sta campanha enfatiza o amor de Deus pelos
muçulmanos. Encorajamos todos os crentes em
Jesus a cultivarem um espírito de humildade,
respeito, amor e serviço para com os islâmicos. Afinal,
eles precisam de Cristo, a paz que liberta. Orar e
jejuar durante o mês do Ramadã não significa que
concordamos com as práticas islâmicas.
• Reserve um tempo pela manhã, em sua devocional,
para ler a Bíblia e orar pelos povos correspondentes
em cada dia do mês.
• Dentro da campanha, reserve ao menos um período
para jejuar. O jejum não significa ficar longos
períodos sem alimentação, mas se privar daquilo de
que você mais gosta durante um determinado tempo.
• Dedique um período da reunião de oração da igreja
para orar pelos povos muçulmanos.
• Destine um tempo do culto, da Escola Bíblica
Dominical, da reunião de jovens ou dos estudos
bíblicos domésticos para interceder por um ou mais
povos islâmicos.
• Use as informações deste livro para interceder
durante vigílias de oração, retiros ou em um
congresso missionário.
• Compartilhe esta campanha e todo o seu material
com membros de outras denominações. Promova
reuniões de estudo e oração por estes povos.
Certamente o Senhor colocará um destes povos no
coração da igreja. Escreva para [email protected]
e descubra se há algum projeto missionário para
alcançar este povo.
Apresentação
[Apresentação]
Desafiamos você a orar pelos muçulmanos durante
o Ramadã, mês sagrado do islamismo, que em 2016
começa em 6 de junho e termina em 6 de julho.
Nos últimos anos, cristãos de todo o mundo se
unem nesta ação para ver os seguidores de Alá
libertos e salvos por Cristo. Os resultados testificam
o poder da oração: muçulmanos de todas as partes
do mundo têm se rendido ao poder do Evangelho
e se transformado em testemunhas do verdadeiro
Deus entre seu povo.
religião islâmica subsiste a partir de cinco
práticas que exige de todos os seus seguidores.
Essas práticas também, conhecidas como os
cinco pilares do islamismo, são as seguintes:
1 – SHAHADA
Trata da aceitação e recitação do credo islâmico, que se
resume na expressão: “Somente Alá é Deus e Maomé é
o seu mensageiro”.
2 – SALAT
Trata-se da prática diária da oração. Os muçulmanos
devem orar em um lugar limpo, voltado na direção
da cidade de Meca, cinco vezes por dia, nos
seguintes horários:
• ao alvorecer
• depois do meio-dia
• entre meio-dia e o pôr do Sol
• logo após o pôr do Sol
• aproximadamente uma hora após o pôr do Sol
3 – ZAKAT
Trata-se do pagamento de dádivas rituais, nomalmente
no valor de 2,5% dos rendimentos dos muçulmanos
devem ser calculados para obras de caridade e
serviço religioso.
4 – SAUM
O jejum ritual acontece no mês do Ramadã, quando,
do alvorecer até o fim de cada dia, os muçulmanos,
com exceção dos idosos e das crianças, devem
se abster de comida, fumo, relações sexuais e
pensamentos negativos.
5 – HAJJ
Trata-se da peregrinação à cidade de Meca, que o
muçulmano com saúde e condições financeiras precisa
fazer pelo menos uma vez na vida.
Ao comprometer-se e esforçar-se por observar estas
cinco práticas, o muçulmano sente-se em situação
regular com a sua religião. Dos cinco pilares, o mais
significativo do ponto de vista da religiosidade pessoal
é o jejum do Ramadã.
Ramadã é o nono mês do calendário islâmico.
Nesse período de 30 dias, os muçulmanos se dedicam
principalmente à oração, jejum e caridade. Eles
consideram este um período sagrado porque creem
ter sido nele que o profeta Maomé recebeu de Alá
a revelação dos primeiros versos do Alcorão, o livro
sagrado do islamismo.
A religião muçulmana utiliza um calendário lunar, que
começou com a Hégira (ou fuga do profeta Maomé para
a cidade de Medina), no século VII. Por ter 11 dias a
menos que o calendário ocidental, o início do Ramadã
sempre varia a cada ano.
Este livro apresenta 30 povos de maioria muçulmana e,
portanto cumpridores das obrigações do Ramadã e dos
outros quatro pilares do islamismo. Reserve cada dia do
mês sagrado dos muçulmanos para orar por um desses
povos, representantes de uma multidão de cerca de
1,5 bilhão de pessoas que ainda caminham sem Cristo.
Vamos formar uma verdadeira corrente de oração e
fazer com que muçulmanos em busca da revelação de
Deus durante a chamada Noite do Poder, a 27ª noite do
Ramadã, possam ter um encontro com o verdadeiro e
único Deus. Eles precisam entender que Jesus Cristo
é o Filho de Deus e que só o Seu sangue nos purifica
do pecado. A religião islâmica tem Jesus Cristo apenas
como um dos seus cinco principais profetas, ao lado de
Abraão, Noé, Moisés e Maomé.
O islamismo dá maior relevância aos ensinamentos
de Maomé (que teria vivido entre os anos 570 e 632
d.C.), que acreditava ter vindo ao mundo completar
a mensagem de Jesus e dos demais profetas. Nossa
missão é promover o encontro dos muçulmanos com o
Senhor Jesus, o Messias.
Nossa oração é que nesta campanha você se sinta
profundamente tocado pelo compromisso de orar
pela libertação espiritual dos povos muçulmanos,
que também precisam da paz que liberta. Procure se
imaginar andando pelas ruas de cada país dentre tantos
sobre os quais você lerá neste livro. Imagine-se vivendo
ali como um cristão, enfrentando todas as perseguições e
pressões em função da sua fé.
Ao fazer isso, certamente seu coração se encherá de
compaixão pelo povo de cada etnia. Você vai descobrir
quantos países a respeito dos quais você jamais ouviu
falar, e vai se comover e entriscer ao constatar como
avançou o processo de islamização de países da África,
da Ásia e do Oriente Médio.
Você vai ler ainda histórias emocionantes de
missionários que vivem para levar Cristo aos
muçulmanos e curiosidades sobre este período de
jejum. E aí será o momento de você se imaginar ao lado
de cada missionário, acompanhando-o no trabalho
de evangelização, enfrentando ao lado dele todas as
dificuldades que lerá neste livro.
Deus há de falar profundamente ao seu coração, por
isso esperamos que você siga o plano de um mês
de oração e alimente em sua alma um espírito de
humildade, respeito, amor e serviço para com os
muçulmanos. Encontre formas criativas para envolver o
maior número possível de pessoas neste foco de oração.
Junte-se a nós neste grande movimento
de jejum e oração.
Oração
e Jejum
s experiências espirituais, por mais
arrebatadoras que sejam, não nos são
normativas. A Bíblia é que o é. O princípio
se aplica ao tema do jejum, que nos ajuda a expressar,
aprofundar e confirmar que estamos prontos para nos
sacrificarmos para alcançar o que buscamos para o
Reino de Deus.
O jejum é uma prática voluntária, na decisão e na
extensão. Não é requerida por Deus, a exemplo do
celibato e do martírio. Muitos homens e mulheres
da Bíblia (e da história cristã) jejuaram, como Davi
(Salmos 35 e 109), mas nela não encontramos Deus nos
pedindo jejum. Nem mesmo Jesus o fez.
O jejum não amarra a Deus. Não façamos como os
contemporâneos de Isaías, que perguntavam por que o
Senhor não reparava o jejum deles (Isaías 58.3).
Jesus não recomenda o jejum, mas parte do pressuposto
que seus seguidores o fazem e nos adverte do
perigo implícito da vaidade que pode acompanhar
a abstinência. “Quando jejuarem, não mostrem uma
aparência triste como os hipócritas, pois eles mudam a
aparência do rosto, a fim de que os outros vejam que eles
estão jejuando. Eu lhes digo verdadeiramente que eles
já receberam sua plena recompensa. Ao jejuar, arrume
o cabelo e lave o rosto, para que não pareça aos outros
que você está jejuando, mas apenas a seu Pai, que vê em
secreto. E seu Pai, que vê em secreto, o recompensará”
(Mateus 6.16-18).
Quantos cristãos sinceros conheço que jejuam?
Nenhum. Por seguirem à risca todas as instruções de
Jesus sobre a prática, os cristãos sinceros que jejuam
não permitem que os outros fiquem sabendo que eles
jejuam. É por isto que não conheço nenhum cristão
sincero que jejue. Quer jejuar? Jejue, mas não me diga,
nem me deixe saber.
Jejum não é uma prática constante; a oração, sim.
Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo
ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão
dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão”
(Mateus 9.14; Marcos 2.18-20; Lucas 5.33-35). Portanto,
o jejum espiritual é companheiro da oração. Sem
ela, tem efeitos medicinais ou de autodisciplina, mas
não espirituais.
Jejum faz parte do processo de santificação, não
sua negação. E santificação se evidencia na busca
pela obediência a Deus, no relacionamento com Ele
(humildade e pureza para a intimidade com Deus e
com o próximo, respeito e misericórdia para a produção
da injustiça).
O jejum pode acompanhar, como demonstração
concreta, nosso arrependimento dos pecados, nossos
e dos outros.
Jejuar é abster-se do essencial (alimento durante
um período determinado), mas também de todo
desperdício. Jejum tem a ver com o quanto comemos
(quando surgiram as balanças nos restaurantes,
descobri, para minha vergonha, quantos gramas
eu comia no almoço), com o que gastamos o nosso
dinheiro, com as prioridades de nossa agenda
diária, com o destino (quantas digo que não deveria
ter dito!) de nossas palavras. Jejuar é também não
comer em excesso, não reter recursos (dinheiro,
talentos, dons) que foram entregues à nossa
administração, não deixar a noite simplesmente ir
vencendo o dia (como se não houvesse um propósito
para a vida).
Podemos precisar de um jejum como uma forma de
intercessão, que é oração pelos outros, dentro e fora
da família. Davi orou e jejuou por seu filho e não foi
ouvido. “Davi implorou a Deus em favor da criança.
Ele jejuou e, entrando em casa, passou a noite deitado
no chão” (2Samuel 12.16). Esdras jejuou em favor de
uma missão próxima. “Ali, junto ao canal de Aava,
proclamei jejum para que nos humilhássemos diante
do nosso Deus e lhe pedíssemos uma viagem segura
para nós e nossos filhos, com todos os nossos bens. (...)
Por isso jejuamos e suplicamos essa bênção ao nosso
Deus, e ele nos atendeu” (Esdras 8.21-23).
Podemos precisar de um jejum como um tempo de
conexão maior com Deus para podermos ser por Ele
orientados. “Alarmado, Josafá decidiu consultar o
Senhor e proclamou um jejum em todo o reino de Judá”
(2Crônicas 20.3).
O jejum de alimento não é para todos. O jejum de
alimento é para quem tem saúde capaz de resistir,
sem dano, a um longo tempo sem ingestão de comida.
Os outros jejuns são para todos.
Sem ignorar o valor do jejum de alimentos, alguns
de nós precisamos (e esta é uma decisão que vem do
coração que se conhece e não se engana) de outros
jejuns. Jejum tem a ver com a boca, mas não só com
a boca, porque também com os olhos, com as mãos e
com o bolso.
Quem sabe, alguns precisemos de um jejum de
palavras. Jejua de palavras quem, sabendo o poder
delas, abstém-se de as dizer. O jejum de palavras
termina em não dizer, mas começa em não pensar, que
começa em não desejar. Se você não deseja comentar
a vida de alguém, aí começa o seu jejum. Se você não
pensa mal de alguém, você não fala mal de alguém.
Ouça suas próprias palavras e meça como está o
seu coração.
Quem sabe, precisemos alguns de nós de um jejum
de ódio. Tem sobrado ódio em nossos corações, por
que não um jejum de ódio? Tem sobrado egoísmo em
nossas práticas, por que não um jejum de egoísmo? Tem
sobrado curiosidade cúpida em nossos olhares, por que
não um jejum de olhar? Tem sobrado julgamento (do
outro) em nossa razão, por que não um jejum de razão?
Tem sobrado palavras que não edificam (a nós mesmos
e aos outros) em nossos lábios, por que não um jejum
de palavras? Tem sobrado críticas às ações dos outros,
por que não um jejum de críticas?
De que você precisa jejuar?
• De alimentos, para não ser dominado por eles e ter
mais tempo para Quem deve controlar suas vontades?
Jejue deles.
• De desejos, que afastam você da busca maior de sua
vida? Jejue deles.
• De pensamentos de autopiedade, ao não se sentir
amado? Jejue deles.
• De sua autossuficiência, que o torna um idólatra de
si mesmo? Jejue dela.
• De palavras que sujam? Jejue delas.
• De tristeza quando não é reconhecido? Jejue dela.
• De que mais? Jejue.
Talvez estas espécies de práticas, de tão enraizadas, só
deixarão você com oração e jejum (Mateus 17.21).
Israel
[Conversão]
Conversão
em noite do Ramadã
[Ramadã]
u venho de uma família islâmica e somente
pela graça de Deus pude conhecer o Salvador
Jesus. Admiro o trabalho dos missionários que
conseguem trazer as pessoas até Jesus e anunciar
o Evangelho.
Recebi Jesus como Salvador no momento da oração
islâmica, quando eu seguia os rituais muçulmanos.
Eu sabia que o Senhor me amava, e que eu deveria
segui-Lo. Esta certeza me acompanhava desde a
primeira vez que Ele apareceu para mim e mostrou-se
como o Caminho, a Verdade e a Vida.
Oro pelos meus familiares que ainda são muçulmanos.
Tenho dois irmãos que já creem em Jesus e outro que
abriu o coração para receber Cristo como Salvador.
No entanto, o contexto no país onde moro é de vida
comunitária; ainda é necessário algum tempo para que
eles tenham a coragem de professar publicamente a fé
no Salvador. Sou missionária em um país de maioria
muçulmana. Não posso dizer onde moro, porque
aqui há risco de morte para aqueles que pregam a
Palavra de Deus.
Eu tinha 16 anos quando vi Jesus pela primeira vez.
Eu sempre jejuava durante o Ramadã e, como mulher,
orei para que não menstruasse naquele período,
porque do contrário não poderia ir à mesquita orar e
tampouco jejuar.
Louvo a Deus porque até a chamada Noite do Poder
daquele Ramadã eu não menstruei e pude orar.
Os muçulmanos creem que neste dia Deus atende a
todas as orações. Eu coloquei diante do Senhor o meu
questionamento: “Será que os rituais religiosos que
estou fazendo são mesmo verdadeiros?”.
Eu não conseguia entender como, apesar de jejuar e
orar, poderia ser fiel a Deus com o coração cheio de
amargura. Eu tinha raiva até da minha mãe.
Naquela noite, orei e chorei diante de Deus.
Eu falei: “Deus me mostre o caminho da verdade.
Não quero ir para o inferno por não conhecer a
verdade. Isso não é justo. Eu não andarei mais com
o senhor, se o senhor não me mostrar o caminho da
verdade nesta noite”.
Eu não imaginava que essa oração seria ouvida por
Deus. O meu corpo ainda estava prostrado, quando
senti algo reluzente diante dos meus olhos. O rosto
não era tão claro para mim, mas ele usava uma veste
branca. Eu sentia que era Isa Al Masih (Jesus Cristo).
Um temor tomou conta de mim naquele momento.
Ele estendeu suas mãos para mim e disse-me:
“Segue-me!”.
Não entendia como Jesus poderia falar com uma
muçulmana. Pensei que estivesse ficando louca. Eu
estava muito confusa, quando Ele me disse outra vez:
“Segue-me!”.
Só no Seu terceiro chamado entendi que poderia
obedecer a ordem. Como eu buscava a Deus naquele
momento, decidi segui-Lo e mudar minha atitude
que era de altivez e orgulho. Se Deus me mostrou o
caminho, eu deveria segui-Lo.
Como filha mais velha, logo pensei o que seria de
meus irmãos e como minha família agiria quando
descobrisse que eu havia me tornado cristã.
Mas ao pensar que Jesus era o Caminho, a Verdade
e a Vida, a paz superabundava em meu coração.
Finalmente decidi: “Sim, Senhor. Eu quero segui-Lo.
Não importam as consequências”.
Entregar minha vida a Jesus foi como tirar uma carga
do meu corpo. Uma alegria indescritível tomou conta de
mim e desde então sinto-me como se fosse outra pessoa.
Minha experiência de conversão não foi fácil.
A comunidade em que vivia não gostou da minha
decisão de aceitar Jesus.
Por aqui muitos creem em Jesus, mas poucos são
os que se mantêm fiéis por causa da vida social.
Os muçulmanos convertidos ao cristianismo
geralmente perdem seus amigos. Eu mesma não me
relaciono com toda a minha família. Nos vemos apenas
em ocasiões sociais de fachada.
Como nos diz a Palavra de Deus que temos que
anunciar a sua glória às muitas ilhas, em minha nação
há muitas ilhas, muitas culturas, povos e etnias. O
Senhor voltará quando os povos ouvirem a Boa Notícia.
Espero que muitos missionários venham anunciar o
Evangelho aos que nunca o ouviram.
Os missionários que servem por aqui têm uma tarefa
bem difícil. Eles têm que se adaptar a uma terra
diferente, línguas diferentes, comidas diferentes. Eles
precisam da força e sabedoria de Deus e estratégias
para chegar aos não alcançados. Eles precisam do seu
apoio financeiro e em oração. Deus pode fazer coisas
extraordinárias através da sua vida.
Como ouvirão se não há quem pregue, e como pregarão
se não forem enviados para os povos mais distantes?
Ore, venha e contribua.
Dini
Uma experiência
que virou rotina
urante o Ramadã no Oriente Médio,
presenciamos o peso espiritual desse
mês com as respectivas mudanças de
comportamento do povo. É um tempo de muita tensão
e nervosismo, devido à abstinência do cigarro, da
bebida alcoólica e da carne de porco. A tradição
ordena, também, abstenção de calúnias e fofocas, de
perfume e até mesmo de ficar irritado ou olhar alguma
coisa ilegal.
Para os mais de 1,5 bilhão de muçulmanos em
todo o mundo este é um mês especial para reflexão
e devoção a Alá. Do nascer ao pôr do Sol, por 30
dias, os muçulmanos se abstêm de coisas carnais e
são conclamados a fazer orações especiais à noite, nas
chamadas tarawih, que consiste numa sequência de
20 orações, geralmente feita coletivamente.
Estamos no Oriente Médio desde 2006
como missionários dos batistas brasileiros.
No outono daquele ano, no primeiro dia do Ramadã,
eu estava num ponto da cidade quando vi um grupo
de homens nos arredores de uma mesquita, olhando
para o céu, cumprindo assim o que diz o Alcorão:
“A lua do Ramadã, durante a qual descendeu do
alto o Alcorão para servir de direção aos homens, de
explicação clara dos preceitos, e de distinção entre
o bem o mal; é o tempo que deverás jejuar. Todo
aquele que ver esta lua deve se dispor a jejuar” (Sura
II 181). A partir daquele dia, todo o povo, após
ouvir a voz do líder da mesquita anunciar o início
do jejum (aproximadamente às 4h30), cumpriria o
que a tradição manda: “O jejum consiste em absterse – do nascer ao pôr do Sol – das seguintes ações:
comer, beber, fumar, perfumar-se e ter relações
sexuais. Quando o Sol se pôr e durante a noite todas
essas ações voltam a ser permitidas”.
Para nós, tudo já era diferente na manhã seguinte:
o comércio fechado, o trânsito mais lento e com o
ânimo dos motoristas bem alterado; algumas pessoas
cuspindo nas ruas para não ingerirem sequer a saliva,
enfim, já não era o mesmo que no dia anterior; tudo
parecia estar em marcha lenta. E o pior foi ver tudo
se repetir igualmente, durante 30 dias. O mais difícil
era observar as crianças. Elas não são obrigadas a
praticar o jejum, mas como querem mostrar que são
responsáveis (principalmente os meninos) também o
praticam. Certa vez, estávamos numa feira livre e vimos
dois meninos deitados à sombra de uma barraca de
roupas buscando poupar forças até ouvirem a chamada
da mesquita decretando o fim do jejum daquele dia. Um
mês triste! Mês que em nome da fé, vimos um povo,
apesar de todo o sacrifício e devoção, estar ainda mais
longe de Deus, crendo nas declarações islâmicas.
Foi assim durante todo aquele mês: os mesmo ritos,
nos mesmos horários, tudo da mesma maneira, até
que chegou o seu fim. Este foi estabelecido quando
testemunhas de “crédito” afirmaram ter visto a lua nova
do mês seguinte e assim o certificaram. E aí começou
uma festa que durou quatro dias, a qual é a maior
do ano.
Caleb
Ramadã na Albânia
oi em um Ramadã que convocamos a igreja para
orar e jejuar para que o Senhor se revelasse aos
muçulmanos e que, através do nosso jejum,
pudéssemos ficar mais atentos às palavras da Bíblia e
buscarmos uma santidade maior.
No final do mês do Ramadã, na chamada Noite do
Poder, eu estava andando pela calçada na cidade onde
atuei como missionário na Albânia e de repente um
homem barbudo, que se apresentou como irmão do imã
da mesquita, me pegou pelo braço e me levou para um
local próximo. Naquele momento, pensei que algo ruim
aconteceria comigo, mas ele tinha me chamado apenas
para um café…
O homem ficou por mais ou menos 20 minutos falando
sobre assuntos desinteressantes, apenas para passar o
tempo. Então eu perguntei a ele:
– O que o senhor quer de verdade?
O irmão do imã respondeu:
– Pastor, nesta noite meu filho de nove anos teve um
sonho com o senhor, e o senhor sabe que ele tem um
câncer na perna – me disse o homem.
– Como foi o sonho? – perguntei.
– Ele sonhou que o senhor ia a nossa casa e colocava
suas mãos sobre a perna dele e orava por ele.
Pedi, então, que o homem me contasse novamente
o sonho para ver se era realmente o que eu tinha
entendido, e ele deu o mesmo relato.
Mais que depressa fui com o homem até a casa dele, e
logo a esposa trouxe o menino que estava com câncer
na perna. O garoto quase não conseguia andar direito,
muito menos praticar qualquer atividade física.
A perna estava enfaixada, e eles começaram a tirar
as bandagens, e conforme elas iam saindo, escorria
sangue misturado com pus, além de exalar mau cheiro.
Imediatamente pus minhas mãos sobre a enfermidade
e orei pedindo ao Senhor que enviasse Seus anjos e
curasse aquele menino, tirando o sofrimento dele. Ao
final da oração, eu falei:
– Que toda a doença saia dessa perna. Em nome de
Jesus, amém.
E todos os presentes também disseram:
– Amém!
Isso já é um milagre, pois estávamos orando em nome
de Jesus, e eles eram muçulmanos.
Após a oração, fomos todos lavar as mãos e a perna do
menino, mas aparentemente nada de especial tinha
acontecido com ele.
Dias depois, o câncer secou, e o garoto passou a fazer
parte de um nossos times de futebol na nossa escolinha
na Albânia.
Louvado seja Deus por Seu poder e graça sobre
o homem.
Henrique
Povos
islâmicos
RONEN BOIDEK / SHUTTERSTOCK.COM
Os alauítas são um grupo étnico-religioso no Oriente
Médio concentrado principalmente na Síria, onde
constituem cerca de 10% da população e onde também
dominam as estruturas políticas. No país, a minoria
governante alauíta vive em conflito com a maioria
islâmica sunita.
Os alauítas têm celebrações principais como a Festa do
Sacrifício (segundo a tradição islâmica, a data marca o
sacrifício de Ismael por Abraão) e o Ramadã.
Seguem a lei islâmica e estão sujeitos a determinadas
práticas do islamismo ortodoxo, como as
restrições alimentares.
Apesar das constantes difamações pelas demais seitas
do islamismo contra a doutrina alauíta, dizem não
serem vistos como membros do islã, embora eles se
considerem muçulmanos xiitas.
Oro hoje, Senhor, pela libertação dos
alauítas, para que entendam que Jesus é o
cumprimento e o fim da lei. Peço, Senhor,
que eles enxerguem que Deus os ama e
os entregou Seu único Filho, Jesus, para
restabelecer Seu relacionamento com
todos os homens, independentemente de
origem, cor ou raça. Oro também, Senhor,
pelo testemunho dos Seus servos nesta
região, para que as portas se abram para a
pregação da verdade do Evangelho. Que a
Sua Palavra opere o milagre da cura interior
nos locais onde a intolerância religiosa
produzida pelo ódio dos homens tem ferido
o coração dos alauítas. Abençoa, Senhor, os
crentes nesta região. Dê força e ânimo para
enfrentarem os momentos de perseguição.
Protege os Seus servos que habitam ali, para
que testemunhem da Sua fé, com liberdade e
ousadia! Em nome de Jesus. Amém.
A Albânia, onde está a maioria dos albaneses, já foi
ocupada por vários outros povos ao longo de séculos.
Em 1912, o país conquista a independência do Império
Otomano, porém o Kosovo fica com a Sérvia, apesar da
maioria albanesa da província.
Nos últimos anos, o povo albanês esteve na mídia por
causa dos conflitos em que esteve envolvido.
No Kosovo, uma província sérvia, a maioria albanesa
luta por independência. O separatismo levou a uma
guerra no final da década de 1990.
O apóstolo Paulo esteve na Ilíria (atual Albânia) em
uma de suas viagens missionárias, como ele mesmo
diz na carta aos Romanos 15.19: “…de modo que desde
Jerusalém e arredores, até a Ilíria, tenho divulgado o
evangelho de Cristo”.
Existe uma pequena comunidade cristã entre os
albaneses. No entanto, os muçulmanos albaneses ainda
não são considerados alcançados e há poucas igrejas.
NORTHFOTO / SHUTTERSTOCK.COM
Os albaneses são os
integrantes de um grupo
étnico espalhados por
países europeus como
Albânia, Macedônia,
Montenegro e Sérvia, onde estão concentrados no
Kosovo. Em todo o mundo, são aproximadamente
8 milhões de albaneses que professam, na grande
maioria, a fé em Alá e nos preceitos islâmicos.
Pai amado, intercedo neste dia em favor dos
albaneses que vivem na região do Kosovo.
Embora visitada no primeiro século por Seu
servo o apóstolo Paulo, hoje a Albânia, onde
está a maior parte dos albaneses, está quase
totalmente tomada pelo islamismo. Senhor,
precisamos prosseguir e avançar com a meta
de levar a revelação especial de Deus em
Jesus Cristo a todo o povo do Kosovo. Meu
Deus, em meio a tantos conflitos e guerras, o
povo albanês necessita ser impactado, com a
máxima urgência, pelo anúncio da mensagem
de Cristo, a paz que liberta. Desperte,
Senhor, vocacionados cheios de amor e
obstinação pela evangelização no Kosovo.
E permita que o povo de Deus avance na
evangelização dos albaneses. Em nome de
Jesus. Amém.
Os árabes são um povo cuja história se confunde
com o início e expansão do islamismo. O povo árabe
é originário da Península Arábica, onde há vastas
regiões desérticas, dificultando o plantio e criação de
animais, fazendo com que seus habitantes se tornassem
nômades. Hoje existem mais de 400 milhões de árabes
no mundo que vivem, em sua maioria, em países no
Oriente Médio e Norte da África.
Apesar de a religião muçulmana ter começado no
século VII e ter se tornado uma característica marcante
da cultura árabe, muitas pessoas se confundem ao se
referir aos árabes e ao islamismo.
De fato, o povo árabe espalhou a religião islâmica –
e a língua árabe – pela África, Ásia e Europa durante
a Idade Média, deixando influências nas culturas dos
países dessas regiões até os dias de hoje.
JOHN KROPEWNICKI / SHUTTERSTOCK.COM
No entanto, há expressivas comunidades cristãs em
países de maioria árabe e islâmica, como Síria e
Líbano, onde ortodoxos e maronitas fazem contraponto
aos muçulmanos.
Pai celeste, o meu coração chora em favor
do povo árabe. Gente carente da Sua graça
e da Sua salvação. Sua igreja em países
como a Síria e o Líbano precisa muito da
Sua proteção e direção. Senhor, em tempos
e contexto de tantas guerras, as nações
invadidas por uma religião que distancia
o homem do Senhor precisam muito ouvir
a mensagem de Cristo, a paz que liberta.
Obrigado pelo privilégio de já estarmos em
algumas nações árabes, anunciando a Sua
Palavra, através de missionários enviados
do Brasil e de outros da própria terra. Eu
peço proteção, saúde e coragem para os
nossos missionários nesses países, bem como
suplico que o Senhor levante intercessores
e vocacionados no Brasil para abraçarem
a causa da evangelização dos árabes
espalhados pelo mundo. Em nome de Jesus.
Amém.
O povo balúchi pertence ao Baluchistão – uma região
delimitada a oeste pelo Irã, ao norte pelo Afeganistão
e ao Mar Arábico pelo sul. É a rota de invasão histórica
para a Índia, que foi atravessada por Alexandre, o
Grande (325 a.C.). No final do século XIX, passou
para o controle britânico e, em 1947, tornou-se parte
do Paquistão.
Os balúchis são um grupo étnico supostamente
originário do que são hoje a Síria e partes da Turquia e
da Ásia Central, além de serem aparentados dos curdos.
O balúchi é também a língua falada no noroeste do
Irã, o que faz com que alguns os vejam como um
povo iraniano. O povo balúchi é predominantemente
muçulmano sunita, embora haja também entre eles
xiitas e outras correntes islâmicas de menor influência.
Aproximadamente 70% dos balúchis vivem no
Paquistão, com outros 20% residentes no sudeste do Irã.
A população total é estimada em cerca de 4.800 pessoas
que precisam conhecer a graça do Pai.
Senhor amado, o desafio de alcançar o
mundo para Cristo nos coloca diante de
comunidades e das mais variadas, distantes
e peculiares etnias. Hoje eu quero orar em
favor dos balúchis. O Senhor sabe que
o islamismo já está arraigado na cultura
daquele povo, em especial no Paquistão,
país de localização estratégica que uma
vez alcançado pelo Evangelho pode ser
responsável pela evangelização de toda
uma grande região hoje tomada pelos
muçulmanos. Embora poucos em número,
cada balúchi precisa ser liberto das algemas
da religiosidade e resgatado da escravidão
do pecado, sendo trazido aos pés do
Salvador. Ajude-nos, Pai, com estratégias e
visão certas para que a paz que liberta se
instale também entre os balúchis. Em nome de
Jesus. Amém.
O povo bambara vive
na África Ocidental,
principalmente no Mali,
mas também na Guiné,
Burkina Fasso e Senegal.
No Mali, 50% da população
é formada por bambaras. Ele é considerado um dos
maiores grupos étnicos do país.
Apesar de a maioria dos bambaras se dizer
muçulmana, muitos seguem crenças tradicionais
de culto aos antepassados. Os bambaras acreditam
que espíritos ancestrais podem assumir a forma de
animais e até mesmo de verduras.
Em rituais animistas, os espíritos são adorados e
recebem ofertas de farinha e água. O membro de
linhagem mais antiga é considerado o mediador
entre vivos e mortos.
Cada povo bambara é formado por muitas unidades
familiares diferentes, geralmente de uma mesma
linhagem ou família.
As casas dos bambaras se caracterizam por serem
maiores que as moradias de outros grupos étnicos
das nações da África Ocidental. Algumas chegam
a abrigar até 60 pessoas.
Após séculos de escravidão e exploração colonial,
os bambaras mantêm seus hábitos e cultura que
se tornaram uma espécie de proteção contra
barbáries estrangeiras.
Senhor, o poder do Evangelho precisa
atuar urgentemente em etnias como a dos
bambaras, gente que vive na ignorância e,
por isso, na escravidão espiritual. Longe do
Senhor, as pessoas iludidas ou pelo islamismo
ou pelas crendices tradicionais de seus
antepassados jazem perdidas e condenadas
à perdição eterna se não forem alcançadas
logo pelo Evangelho de Jesus Cristo. Eu
clamo nesta hora que o Senhor desperte
vidas ao redor do mundo e, em especial no
nosso Brasil, enchendo-as de amor e de
compaixão pelas almas perdidas, dispostas a
se envolverem em todas as dimensões com o
cumprimento da Grande Comissão. Intercedo
em favor do bambaras, para que também
venham a conhecer Cristo, a paz que liberta.
Em nome de Jesus. Amém.
Descendentes dos
árabes, os beduínos
formam um grupo
nômade que vive
espalhado por países no Oriente Médio e Norte da
África. O termo “beduíno” significa, em árabe, “pessoas
do deserto”.
Com suas caravanas, praticavam o comércio de vários
produtos pela região que habitam. Na difícil vida
pelo deserto, o camelo é um grande aliado para a
sobrevivência dos beduínos, pois o animal fornece leite
e carne para alimentação, e pele, para se proteger do
calor e do frio.
A adesão dos beduínos ao islamismo e a forma tribal de
vida em sociedade permanecem as mesmas há séculos.
A hierarquia social entre eles é percebida pelo animal
que cada grupo usa. Quem tem camelo tem mais
prestígio; já os criadores de cabras e ovelhas ficam em
segundo plano.
Uma característica dos beduínos são as tendas usadas
por eles, um acampamento fácil de montar e desmontar.
O ex-ditador Muammar Kadafi tinha o costume de
receber líderes mundiais na Líbia em luxuosas tendas
beduínas, como forma de manter suas raízes.
Minha oração hoje, Pai, é em favor deste
povo que vive de terra em terra, armando
e desarmando suas tendas, como o Seu
povo viveu no passado. Por não criarem
raízes territoriais e assim fortalecerem
suas tradições tribais, os beduínos têm um
modo de viver tão diferente, Senhor, mas
ao mesmo tempo, tão desafiador à nossa
tarefa evangelizadora! Eu quero pedir que o
Senhor atue com poder no Norte da África
e no Oriente Médio, de forma abrir portas
para a pregação da Sua Palavra. Também
que o Senhor possa proteger e ungir o Seu
povo nessas regiões, para que prossiga
anunciando Cristo, a paz que liberta, e
alcance, com maior eficácia, os beduínos.
Use, Pai amado, as nossas vidas para
cooperarmos na transformação da vida dos
beduínos. Em nome de Jesus. Amém.
A população de Bangladesh, cuja capital é Daca,
passa de 161 milhões de habitantes. Esse rápido
crescimento populacional trouxe um sério problema
de superpopulação, pois a maioria dos habitantes é
composta de agricultores pobres, que se esforçam para
tirar seu sustento de pequenos lotes de terra. Muitos
dos trabalhadores das cidades ganham apenas alguns
centavos por dia.
A Constituição estabelece o islamismo como religião
oficial dos bengalis, mas prevê o direito de professar,
praticar ou propagar todas as religiões. Afirma também
que cada comunidade religiosa ou denominação
tem o direito de estabelecer, manter e gerir suas
instituições religiosas.
Embora o governo tenha apoiado publicamente a
liberdade de religião, os ataques a minorias religiosas
e étnicas continuam a ser um problema no país.
Os cristãos enfrentam oposição de seus familiares
e comunidade. A polícia também os discrimina e,
constantemente, os pastores são vítimas de ameaças
e violência.
AJP / SHUTTERSTOCK.COM
A nação bengali,
também conhecida
por Bangladesh, é
um país asiático rodeado quase por inteiro pela Índia,
exceto a sudeste, onde tem uma pequena fronteira
terrestre com Mianmar; ao sul fica o litoral no Golfo
de Bengala. Aproximadamente 85% dos bengalis são
muçulmanos, sendo o restante composto de hindus.
Deus santo, o Seu povo já colocou a planta
dos pés em Bangladesh. Apesar de tanta
opressão e influência da religiosidade
islâmica e do politeísmo hindu, a liberdade
religiosa tem sido assegurada em lei
naquele país. Por isso, venho pedir que o
Senhor guarde e abençoe Seu povo ali.
Que os pastores e líderes da Sua igreja em
Bangladesh experimentem a paz e a alegria
em meio à hostilidade da discriminação e da
perseguição. Honra ali, Senhor, o povo santo
que se chama pelo Seu nome, e proporcione
bênção e vitória para o Seu Evangelho. Pai,
que a conquista do país para Cristo, ainda
que banhada pela dor e agruras inerentes
aos contextos de cegueira espiritual, se
dê de forma crescente e constante, para a
honra e a glória de Jesus, em cujo nome eu
oro. Amém.
Os berberes vivem no Norte da África, principalmente
em países como Marrocos, Argélia e Mauritânia, e são
em geral nômades. Eles se instalaram na região há
2 mil anos, quando introduziram a criação de camelos e
passaram a controlar as rotas comerciais no Saara.
Foram islamizados no século VII, quando a religião
muçulmana foi criada e espalhada pelos árabes.
Na verdade, não existe um grupo étnico berbere
definido, pois vários falantes da língua berbere
apresentam etnias diversas. No entanto, é o idioma que
une esse povo, estimado em 70 milhões de pessoas que
vivem isoladas em vastas áreas no deserto.
Por estar muito espalhada territorialmente, a língua
berbere é sempre minoritária e não é considerada
oficial em nenhum país; apenas no Marrocos passou
a ser ensinada nas escolas, em 2001. Apesar de várias
tentativas, nunca atingiu o status de língua escrita.
Depois das manifestações em 2011 da Primavera Árabe,
o rei do Marrocos, como forma de acalmar os ânimos
do povo e aumentar sua popularidade, deu à língua
berbere tamaxeque o status de também língua “quase”
oficial, ao lado
do árabe e do
francês. Diversos
programas já
são transmitidos
oficialmente
nessa língua.
Senhor, é em favor de 70 milhões de
pessoas, pelas quais Jesus também morreu
no Calvário; vidas que preservam uma
língua e uma cultura, ainda que sempre
minoritariamente nos países em que se
instalou, ao longo de milênios. Hoje, Pai
amado, é para os berberes que rogo a Sua
ação libertadora. Os missionários que atuam
no Norte da África precisam ser revestidos
da Sua graça e do Seu poder, para não
ignorarem a necessidade e chegarem até
onde vivem os berberes e anunciar-lhes
Cristo, a paz que liberta. Pois, Senhor, é
alcançando cada pequena comunidade
berbere em cada país do Norte da África
que podemos sonhar com 70 milhões de vidas
libertas da ilusão islâmica e rendidas aos pés
do Salvador Jesus. Peço hoje, Pai santo, pela
salvação dos berberes. Em nome de Jesus.
Amém.
Assim como muitos povos da África Ocidental, os
biafadas vivem principalmente da agricultura bem
primitiva. Eles plantam milho, mandioca, melão, arroz,
pimenta, entre outros produtos agrícolas. Os biafadas
também criam ovelhas, cabras e gado.
Os biafadas vivem em grupos que se organizam em
casas simples construídas em círculo em volta de
um grande espaço. As tarefas para cada um são bem
definidas: os homens caçam, pescam, limpam o terreno
e cuidam dos animais, enquanto as mulheres ajudam
nas plantações.
Grande parte dos biafadas é animista, mas também
há uma parcela expressiva de muçulmanos. Há um
pequeno grupo de cristãos. Entre os muçulmanos, a
maioria segue a corrente sunita.
Há missionários cristãos em Guiné-Bissau trabalhando
com a etnia biafada e outros grupos nesse país cuja
língua oficial também é o português.
Ó Deus, oro hoje pelo povo biafada, tão
semelhante ao nosso povo indígena, de origem
simples e vida humilde. Agradeço, ó Pai, pois
o Seu amor nos alcançou! Agradeço pelos
missionários que também enxergaram nosso povo
indígena e abriram seus corações para trazerem
a Sua Palavra ao nosso conhecimento. Da mesma
forma agora, Senhor, quero abrir meu coração
ao povo biafada. Ajuda a Sua igreja, ó Pai, a
expressar a graça libertadora de Jesus àqueles
que vivem presos ao ódio muçulmano e aos que
creem no animismo a revelar que o Senhor é o
Deus criador e sustentador do universo. Ajudenos, como igreja, a continuarmos apoiando os
programas evangelísticos existentes e dê-nos
novos projetos de evangelização para este
povo, com quem compartilhamos a mesma língua.
Que a Sua igreja enxergue as necessidades
materiais e espirituais do povo biafada e envie o
apoio necessário a este povo carente de tantas
coisas, principalmente do Senhor. Em nome de
Jesus, amém!
O Cazaquistão está localizado na Ásia Central, e no
país existem duas principais religiões: islamismo
(57%) e cristianismo (40%). A maioria dos muçulmanos
é da corrente sunita, e grande parte dos cristãos são
ortodoxos russos. O restante da população segue
outras crenças.
O povo cazaque convive com mais de 100 etnias de
diferentes confissões religiosas. Desde a independência
do país com a dissolução da União Soviética, em 1991,
não aconteceu nenhum conflito étnico ou religioso.
O islamismo chegou ao Cazaquistão levado por
mercadores persas e por exércitos árabes. Os
muçulmanos sempre foram abertos e tolerantes para
com as pessoas de outras religiões. Até a expressão
“infiel”, que os islâmicos usam para os que não aceitam
o Alcorão, nesse país é usado apenas para indicar
maus muçulmanos.
No entanto, o país tem sido invadido nos últimos
anos por pregadores fundamentalistas vindos de
Afeganistão, Paquistão, Irã e Arábia Saudita.
Ó Deus, este grande povo, tão sofrido por
lutas e morador de uma região com um clima
tão rigoroso, tem sido alvo dos ataques do
inimigo através de religiões que pregam o
ódio e a adoração a outros deuses. Para esta
terra que há tão pouco tempo conquistou
sua independência, a minha oração hoje é que
o verdadeiro Evangelho alcance o coração
destas pessoas, tornando-as dependentes
da graça de Jesus. Que o povo cazaque
ouça e aprenda a Palavra de Deus, que
é viva e eficaz. Dê-me, ó Pai, compaixão
para com este povo, que vive em meio à
confusão religiosa e ajude-me no desafio de
contagiar outros cristãos para que, juntos,
possamos garantir que o Evangelho prossiga
conquistando na sua totalidade o povo
cazaque, para a glória do Seu nome e para
que todo joelho se dobre diante do Senhor.
Em nome de Jesus. Amém.
Os curdos habitam uma vasta região conhecida como
Curdistão, que abrange partes dos territórios de
Turquia, Iraque, Síria, Irã e países do Cáucaso. São
26 milhões de pessoas sem um país, e o projeto de um
Estado curdo ganhou força em meados do século XX,
mas movimentos separatistas – como o Partido dos
Trabalhadores do Curdistão (PKK) – são fortemente
reprimidos principalmente pelos governos turco
e iraquiano.
O povo curdo é majoritariamente muçulmano sunita.
Eles se organizam em clãs e, em algumas regiões,
falam a língua curda. Na Turquia, a luta pela
independência e a repressão do governo já deixaram
mais de 40 mil mortos.
HOMEROS / SHUTTERSTOCK.COM
No Iraque, os curdos se concentram no norte do país,
onde mantêm relativa autonomia. Apesar disso, vivem
desavenças com o governo central sobre a cidade de
Kirkuk, que os curdos reivindicam como parte de seu
território, mas que sofreu com a arabização imposta
pelo regime de Saddam Hussein, que os expulsou de
suas casas. O resultado disso é uma explosiva mistura
de grupos religiosos e étnicos na cidade, que os árabes
não querem entregar aos curdos.
Oro hoje, Senhor, pelo povo curdo, um povo
aprisionado pela política governamental e por sua
religião. Um povo, sem terra, sem casa, sem Deus!
Este povo que vive em ambiente de insegurança
política e social, que habita numa região afetada
pelos conflitos armados constantes, necessita
da liberdade que só o Evangelho de Jesus pode
produzir no coração. Protege, Senhor, os cristãos
que pregam a Sua Palavra neste ambiente hostil.
Acampa Seus anjos ao redor daqueles que se
reúnem em Seu nome no Curdistão. Acompanhe
cada passo dos Seus servos naquele território,
livrando-os do perigo da intolerância religiosa,
dos ataques de grupos fanáticos, da ação de um
governo totalitário. Protege, ó Deus, as crianças
curdas de crescerem neste ambiente onde o ódio
é tão evidente! Livre-as de terem seu coração e
suas mentes desde tão cedo endurecidas pela
guerra, e seus corações obstinados pela vingança
de seus antepassados. Desperta o Seu povo para
interceder pelos missionários no Curdistão e a
apoiar o envio de novos missionários para esta
terra. Livre os curdos de um governo tirano, bem
como da tirania de grupos radicais. Em nome de
Jesus. Amém!
KOBBY DAGAN / SHUTTERSTOCK.COM
Os drusos formam uma comunidade pouco conhecida
que vive na Síria, no Líbano e na Jordânia. Sua crença
é basicamente islâmica. Eles acreditam que o sexto
califa muçulmano, Tariq al-Hakim, que viveu no
século XI foi a última de uma série de encarnações
terrenas de Alá. Sua população é de aproximadamente
900 mil habitantes.
Por considerarem Tariq como encarnação de Deus, os
drusos foram perseguidos pelos muçulmanos ortodoxos,
em especial depois da morte do califa, em 1021.
Os drusos usaram então a taqiyya (“dissimulação”),
mantendo a sua verdadeira crença em segredo e
aceitando formalmente a religião dominante. Os drusos
acreditam que Tariq desapareceu e irá regressar no
final dos tempos.
Os drusos também tiveram um papel importante na
Guerra Civil Libanesa (1975-1990). Organizaram
uma milícia, provavelmente a mais forte da guerra no
Líbano em oposição à milícia cristã maronita.
Pai querido, é pelo povo druso, que vive na
cegueira espiritual, que nega a Deus como
Senhor e rejeita o sacrifício de Jesus, que
intercedo hoje. Peço que o Senhor abra
os olhos dos drusos para que entendam o
sacrifício de Jesus na cruz, para que creiam
que só Ele é o caminho e para que enxerguem
que só através Dele temos a vida eterna com
Deus. Cure este povo que vive em meio às
guerras. Salve este povo que se apoia em
mentiras e que caminha para o abismo de uma
vida e morte sem Jesus. Oro também, Senhor,
pelo Seu povo que se chama pelo Seu nome
nesta terra onde reinam o ódio e a idolatria.
Dê coragem ao Seu povo para ensinar a Sua
Palavra onde o risco de morte é tão real.
Dê estratégias novas de evangelismo aos
missionários que estão neste campo, abra
portas para que os missionários consigam
entrar nesta região e se estabelecerem. Oro,
Senhor, para que a esperança do povo druso
seja estabelecida no nome de Jesus, que é
sobre todo nome. Amém!
Os fulas são um grupo étnico que compreende várias
populações espalhadas pela África. São conhecidos
por vários nomes, como fulani, e existem cerca de
15 milhões de pessoas dessa etnia, tradicionalmente
pastores nômades (80%).
O povo fula está espalhado por países como Senegal,
Guiné, Gâmbia, Mali, Burkina Fasso, Guiné-Bissau,
Camarões, Níger, República Centro-Africana, Gana,
Libéria e Sudão. Com exceção da Guiné, em nenhum
desses países os fulas representam maioria.
Os fulas se consideram muçulmanos autênticos, ainda
que conservem muitos costumes tradicionais entre eles.
No Ní­ger, há uma congregação com 60 crentes e devem
existir cerca de 2 mil cristãos entre os fulas. Também
há grupos de missionários trabalhando com eles em
pelo menos seis paí­ses. No entanto, a proporção é de
um cristão para cada 500 fulas.
ATTILA JANDI / SHUTTERSTOCK.COM
Em todos os paí­ses onde há presença de fulas,
existe abertura para a pregação do Evangelho, exceto
no Sudão.
Senhor Deus, obrigado pelo trabalho já
realizado entre os fulas e pela liberdade
estabelecida para a pregação do Evangelho
em alguns locais de sua habitação. Senhor,
peço que as portas se abram para que
novas frentes de trabalho possam ser
estabelecidas, principalmente no oeste e
centro da África. Que os fulas possam
ouvir de Jesus Cristo, a paz que liberta, e
experimentar o amor de Deus em suas vidas.
Que as igrejas possam testemunhar de
Cristo a este povo carente de amor, graça e
misericórdia. Fortaleça, Senhor, o trabalho
missionário já existente para que mais almas
sejam resgatadas dos costumes muçulmanos.
Renove as forças dos missionários nos
campos e levante, Senhor, novos missionários
para o trabalho com os fulas. Em nome de
Jesus. Amém.
Os hauçás são um
povo africano que vive
principalmente no norte
da Nigéria e no sudeste
do Níger. Os hauçás
são muçulmanos e, há
entre eles, menos de 1% de cristãos. Estão presentes
em mais de 27 países, somando um total de 30 milhões
de pessoas.
Há populações significativas em áreas do Sudão,
Camarões, Gana, Costa do Marfim e Chade, além de
muitos grupos espalhados pela África Ocidental e na
rota tradicional do hajj (nome dado pelos muçulmanos à
peregrinação à cidade de Meca).
A maioria dos hauçás é formada por agricultores e
pastores de ovelhas e cabras; muitos também são
comerciantes. Os contatos econômicos de comunidades
comerciais e da política são fatores importantes da
disseminação do islamismo na África Ocidental.
Os hauçás, embora muçulmanos fervorosos, acreditam
também em vários espíritos.
Louvamos a Deus porque há trabalho missionário eficaz
na maioria dos países daquela região.
Ó Deus, abençoe o trabalho que já está
sendo desenvolvido entre os hauçás, para
que cresça e alcance o resultado de muitas
almas rendidas aos Seus pés. Oro hoje
para que o Senhor proteja e fortaleça os
missionários e os cristãos hauçás, para que
mantenham firme e inabalável sua fé em
Jesus, bem como seu testemunho a este
povo aprisionado pela fé muçulmana e pela
doutrina dos espíritos. Amplie as frentes
missionárias já estabelecidas e abra, Senhor,
as portas para que novas igrejas sejam
plantadas entre os hauçás. Fortaleça o
testemunho dos cristãos que mantêm contato
direto com este povo em outros países onde
eles se encontram, a fim de que a Palavra da
verdade seja conhecida dos hauçás. Em nome
de Jesus. Amém.
Por volta de 300 a.C., tribos
originárias da Ásia se
espalharam pelas ilhas da
Indonésia. Os casamentos
entre os asiáticos e
os nativos formaram
diferentes etnias, em
diferentes ilhas.
Atualmente, a população do país é composta por
aproximadamente 300 etnias, e mais de 500 línguas
e dialetos são falados na região. Quarto país mais
populoso do mundo, a Indonésia conta com mais
de 240 milhões de habitantes, número superior à
população brasileira.
A grande maioria dos indonésios é da etnia javanesa.
O restante da população se divide em outros
grupos étnicos.
A Indonésia possui a maior população muçulmana do
mundo. Aproximadamente 88% da população seguem o
islamismo, embora o animismo ainda seja praticado em
algumas ilhas.
Pai amado, a nossa mente moldada no ambiente
cultural brasileiro sequer consegue imaginar
o que significa pertencer a uma nação
formada por 300 etnias, onde mais de 500
línguas são faladas. Minha oração hoje é por
discernimento espiritual e por sabedoria.
Precisamos de estratégias que venham do alto
para alcançarmos os javaneses da Indonésia. Pai,
somam-se a estas enormes dificuldades étnicas
e linguísticas, a predominância muçulmana e da
suscetibilidade a intempéries como os tsunamis,
terremotos e os maremotos. Pai amado, esses
fatores conjugados fazem da Indonésia uma
das nações mais difíceis de serem alcançadas
para Cristo em nosso tempo. Mas, Senhor, ali
vivem cerca de 200 milhões de pessoas que
precisam de Cristo. Encha o coração do Seu
povo de amor pelos javaneses. Coloque, Deus
santo, a Indonésia a incomodar-nos à oração,
contribuição e engajamento missionário, com
a urgência que esta realidade estabelece.
Em nome de Jesus. Amém.
O povo malaio consiste
de uma mistura de
chineses, malaios,
indianos e aborígines.
Espalhados pelo
Sudeste Asiático, 24
milhões de malaios
muçulmanos são uma força para o islamismo numa
região mais associada com o budismo e o animismo.
Os poucos malaios convertidos ao cristianismo
enfrentam perseguição social bastante significativa.
A lei para controlar e restringir as religiões não
islâmicas entre os malaios foi adotada em 1980 na
Malásia. No país, a renúncia à fé islâmica deve ser feita
através de anúncio oficial. No entanto, esta regra não é
reconhecida nos tribunais locais.
A tensão entre malaios e cristãos cresceu a partir de
2009, quando um tribunal decidiu permitir que os
católicos utilizassem a palavra “Alá” para se referir
a Deus na língua malaia. Muitos muçulmanos na
Malásia acreditam que esta palavra é exclusiva para
sua religião.
Nesse dia, Pai, quero orar pelos irmãos que
tem sido oprimidos pelo regime religioso
cruel na Malásia. Peço, Senhor, a Sua
proteção para os Seus servos e a Sua igreja
estabelecida naquela região, para que não
perca oportunidades de compartilhar as
verdades do Evangelho. Guarde a entrada
e a saída daqueles irmãos, Senhor, livrandoos do homem mau, daquele que trama
contra suas vidas, para que eles possam
abertamente falar de Jesus. Cegue, Senhor,
e desbarate os inimigos da Sua igreja na
Malásia. Que o anjo do Senhor acampe ao
redor das igrejas cristãs malaias, detendo
o avanço do islamismo naquela região,
promovendo a tolerância, curando o ódio
arraigado em suas almas e produzindo
esperança em seus corações. Que os malaios
também possam confessar que Jesus é o
Senhor, para a glória de Deus e em nome de
Jesus. Amém!
Os mandingos são um dos maiores grupos étnicos da
África Ocidental, com uma população estimada em
11 milhões.
Os mandingos pertencem ao maior grupo
etnolinguístico da África Ocidental: o mandê, que
conta com mais de 20 milhões de pessoas (incluindo os
diúlas, os bozos e os bambaras).
Uma série de conflitos, primeiramente com os fulas,
levou metade da população mandinga a se converter
do animismo ao islamismo. Hoje, quase 100%
dos mandingos são muçulmanos, com pequenas
comunidades animistas e cristãs.
Os mandingos vivem principalmente em países como
Gâmbia, Guiné, Mali, Burkina Fasso, Guiné-Bissau
e Níger.
Deus amado, hoje eu levo à Sua presença
esta etnia que vive, majoritariamente,
espalhada por mais de 10 países na África
Ocidental. A ação demoníaca é evidente, o
que faz deles um povo muito necessitado
do Evangelho de Jesus Cristo. Nesses dias
da observância do Ramadã, os mandingos
intensificam seu compromisso com a
religião islâmica. Somente um clamor sério
e engajado do povo de Deus, seguido por
uma ação missionária consistente, poderá
instalar na etnia, independentemente do
país onde vive, um processo de mudança e
de transformação, através da pregação da
Palavra de Deus. Por isso peço que o Senhor
mobilize o seu povo em ações e orações pela
libertação integral dos mandingos.
Em nome de Jesus. Amém.
Os manjacos são um povo de Guiné-Bissau. O nome
do povo significa: “eu digo”. A língua manjaca é
classificada também como parte dos idiomas de
Senegal e Guiné.
A população dos manjacos se concentra na região de
Cacheu, no norte de Guiné-Bissau, ocupando o litoral e
as ilhas do país africano, cuja língua oficial também é
o português.
As principais atividades dos manjacos são o plantio
de arroz, cereais e caju. A dança kakau é realizada
no início e no final das colheitas, dinamizada pelos
rapazes e moças para demonstração de contentamento
com a safra.
Existem grandes comunidades de manjacos no Senegal,
França, Gâmbia e nos países vizinhos a Guiné-Bissau.
Minha oração, Senhor, é pelo povo manjaco,
mergulhado no islamismo e tão necessitado
de conhecer a Jesus. Que o Senhor possa
fazer com que a Sua Palavra seja pregada
a este povo, por caminhos que pode
abrir. Levante, Senhor, oportunidades
de testemunho do Seu amor ao povo
manjaco, abra portas para a implantação
de igrejas e para a livre proclamação do
Evangelho de Jesus a este povo tão simples.
Levante missionários para, com intrepidez
e constância, ensinarem do amor de Deus a
este povo. Fortaleça o ardor e a fidelidade
do teu povo, ampliando a visão de firmar
frentes de evangelismo. Remova, Senhor, os
obstáculos à pregação do Evangelho entre
o povo manjaco, para o louvor e a glória do
Seu nome sobre a terra. Em nome de Jesus.
Amém.
A população do
Sudão, conhecido na
Antiguidade como
Núbia, é composta por
diversos grupos étnicos. Com a divisão do país em dois
(Sudão e Sudão do Sul), a parte meridional ficou com
uma população majoritariamente cristã e animista, e o
norte com maioria muçulmana. Juntas, as populações
do norte e sul somam quase 55 milhões de pessoas.
Os árabes muçulmanos chegaram à Núbia no século
VII para pregar o islamismo. Os cristãos fizeram um
acordo para conseguir manter sua religião. Esse acordo
durou mais de 600 anos e implicava o pagamento de um
tributo anual de 400 escravos.
No século XIII, porém, os muçulmanos investiram
pesado para impor a religião islâmica. Eles derrubaram
o rei cristão e puseram um príncipe muçulmano em
seu lugar. Soberanos islâmicos governaram nos cinco
séculos seguintes.
Atualmente, o islamismo é praticado por 70% dos
sudaneses. Uma considerável minoria – cerca de 10% –
segue crenças e tradições tribais. Muitos dessa minoria
estão se voltando ao cristianismo.
Líderes de igrejas locais afirmam que o governo
endureceu ainda mais o controle sobre as igrejas,
e existe o desejo das autoridades de eliminar o
cristianismo do país. Há casos de prisão e condenação
à morte de muçulmanos núbios convertidos
ao cristianismo.
Neste dia, minha oração, Senhor, é pelos cristãos
que sofrem perseguição religiosa nas regiões do
Sudão, impossibilitados de professar livremente sua
fé em Cristo e impedidos de pregar o Evangelho
abertamente aos seus compatriotas. Clamo,
Senhor, por Seu cuidado àqueles irmãos que à luz
dos cristãos do primeiro século têm sacrificado
suas vidas e posto em risco sua segurança e
de suas famílias para que a luz de Cristo brilhe
em meio às trevas da religiosidade. Cubra com
Seu poder a vida de cada irmão núbio, de cada
missionário que dispôs sua vida na proclamação
do Seu reino estabelecido por Jesus. Que o Seu
Espírito Santo console, fortaleça e proteja a Sua
igreja estabelecida naquela região, suas famílias, e
as famílias dos irmãos que entregaram suas vidas
em prol da sua fé em Jesus. Cuide das famílias que
perderam seus pais, mães, irmãos, filhos. Dê-lhes
segurança e motivo de alegria e esperança, apesar
das tribulações. Afirme Seu Reino naquela região
Senhor, pelo testemunho dos cristãos. Mova, ó
Senhor, o coração dos líderes mundiais para que
sejam resguardados os direitos humanos naquela
região. Faça brotar do sacrifício dos Seus santos a
esperança que o Seu Espírito produz. Em nome de
Jesus, para a Sua Glória. Amém.
Os pachtuns vivem
no Afeganistão e no
Paquistão. São um povo que se caracteriza por falar
a língua pachto e principalmente pela prática do
islamismo sunita.
A destreza marcial dos pachtuns é muito famosa,
e graças a isso puderam resistir a várias invasões
estrangeiras ao longo da história, mantendo sua
identidade étnica e cultural.
A tradição diz que a nação pachtun é descendente de
Qais Abdur Rashid, que se converteu ao islamismo
após viajar, no século VII, à cidade de Medina, onde
se encontrou com o profeta Maomé. Qais voltou ao
Afeganistão e islamizou os pachtuns.
No século XX, a participação dos pachtuns foi essencial
para conter a tentativa de invasão do Afeganistão pelos
soviéticos. Mais recentemente, formavam a maioria do
movimento fundamentalista islâmico do Talibã, que
foi derrubado após a invasão, desta vez pelos Estados
Unidos, em 2001 após os atentados de 11 de Setembro.
Assim como outros muçulmanos cuja língua não é
o árabe, muitos pachtuns leem o Alcorão, mas não
entendem o que está escrito. Essa dificuldade criou
terreno para que várias práticas do islamismo –
inclusive extremistas, como o Talibã – se espalhassem
no Afeganistão. Por isso, o governo começou a ensinar
inglês para que os pachtuns pudessem ler o Alcorão
por si mesmos ao invés de não entenderem e ficarem à
mercê de interpretações de líderes fundamentalistas.
A minha oração hoje, Senhor, é pela
libertação do povo pachtun desta religião
tão distante dos ideais cristãos e da
verdade contida na Sua Palavra. Liberte
da cegueira e da ignorância espiritual este
povo, que de forma tão cruel trata suas
crianças e mulheres. Que a Sua Palavra
possa alcançar as lideranças dos pachtuns,
de forma a produzir transformação pela
renovação de suas mentes. Proteja este povo
do conformismo, da influência dos líderes
fundamentalistas. Abençoe as tentativas
de trabalho de evangelização a deste povo,
abrindo as portas para envio de missionários
para estas regiões. Que a Sua Palavra seja
apresentada como um manancial, uma fonte
de esperança verdadeira para um povo
imerso nas mentiras de uma religiosidade
vazia de significados. Em nome de Jesus.
Amém.
O povo punjabi recebe esse nome por ocupar a região
conhecida como Punjab, na fronteira da Índia com
o Paquistão. Há uma série de comunidades punjabi
espalhadas pelo mundo. Eles são tradicionalmente
hindus, muçulmanos ou siques.
No Paquistão, eles se concentram na região da cidade
de Lahore, no norte do país e predominantemente
muçulmana desde o século XII. Lahore foi por muito
tempo um centro de difusão da cultura islâmica.
Em 1849, a cidade foi conquistada pelos britânicos e
passou a fazer parte do Paquistão, um país oficialmente
muçulmano, no século XX, quando o país se separou da
Índia, de maioria hindu.
Lahore sofre há bastante tempo com conflitos religiosos
entre muçulmanos e outros grupos religiosos. Os
muçulmanos representam mais de 90% da população da
cidade, que abriga mais de cinco mesquitas.
A minha oração hoje, Senhor, é pelo povo
punjabi, não somente os que habitam em
sua terra de origem, mas aqueles que estão
espalhados pelo mundo. Eles precisam
conhecer a Jesus e confessá-lo como único
Deus e Senhor! Liberta o povo punjabi do
pecado da idolatria, abrindo-lhes os olhos
do entendimento para que a verdade possa
ser revelada. Que a Sua Palavra alcance este
povo, Senhor! Que testemunhas do Seu amor
se levantem para proclamar o puro Evangelho
de Jesus a todo punjabi desde o mais humilde
até os líderes deste povo, e que todos sejam
alcançados para a Sua glória! Oro pelos
evangélicos que habitam nesta região para
que a influenciem com o testemunho do
amor de Cristo, através de sua vida e suas
palavras. Capacita os Seus servos para
transmitirem a Sua Palavra a este povo, com
coragem e constância. Em nome de Jesus.
Amém!
Socotri é o nome de um
povo e idioma nativo do
arquipélago de Socotra,
que pertence ao Iêmen,
um país com forte tradição
islâmica localizado no sul da Península Arábica. Quase
100% da população é adepta da religião muçulmana.
O socotri é um idioma raro de se encontrar no Iêmen
continental, formando assim uma língua distinta do
restante do país, onde o árabe também é falado.
Em Socotra, não há a instabilidade política
protagonizada na parte continental do país, por
terroristas da Al Qaeda, nem mesmo conflitos tribais
tão comuns em várias regiões do Iêmen. O medo não
faz, portanto, parte do dia-a-dia da ilha. Apesar disso,
os moradores são mais avessos a estrangeiros.
O isolamento geográfico também dificulta a presença
de estrangeiros na ilha, especialmente de missionários.
Há ferramentas de comunicação, como televisão e
serviço público de internet disponível na principal, mas
isso parece não atrair os nativos. É assim que Socotra
permanece como um paraíso natural parado no tempo e
perdido no Oceano Índico.
Senhor, meu Deus, um povo que vive em
algumas ilhas, totalmente islamizado, avesso
a quem chega de fora e sem intimidade com
os meios de comunicação de massa, parece
estar condenado a não ter jamais sua condição
espiritual transformada. No entanto, Senhor,
as 44 mil vidas preciosas que formam o povo
socotri justificam todo esforço em oração,
finanças e ação missionária estratégica para que
tenham a chance de conhecerem a mensagem
do Evangelho da Sua graça, ouvirem a história
do Seu imenso amor, serem tocadas pelo Seu
Espírito Santo e renderem-se a Cristo, a paz
que liberta. Pai querido, eu oro em favor dos
socotris, clamo ao Senhor para que levante
jovens em nosso Brasil, convictos do Seu
chamado, para investirem suas vidas na luta pela
salvação desse povo, aparentemente perdido e
esquecido no Oceano Índico, mas que podem
ser alcançados e resgatados para o Senhor.
Este é o meu pedido, em nome de Jesus. Amém.
O povo sussu vive
principalmente na Guiné,
país na costa ocidental
da África. Também há
pequenas comunidades de
sussus em Serra Leoa.
A família é muito importante na cultura sussu. No
entanto, o islamismo permite a poligamia, e os homens
podem ter até quatro esposas, mas isso não é muito
praticado, pois é muito dispendioso para o homem
sustentar mais de uma mulher e os filhos.
Na Guiné, a língua sussu é falada em grandes cidades,
inclusive na capital, Conacri.
A maioria maciça dos sussus são muçulmanos,
e as datas religiosas são observadas com fervor,
principalmente o Eid-al-Fith, a festa que celebra o fim
do Ramadã.
Além disso, os sussus combinam o islamismo com
credos tradicionais, como a crença em espíritos
e feitiçaria. Existem pouquíssimos cristãos entre
os sussus.
Glorificado seja o Seu nome, Pai eterno, pelas
vidas de missionários que estão dedicando
suas vidas à evangelização dos sussus, na
Guiné. Eu preciso agradecê-Lo pelo fato de
o Senhor ter escolhido estas preciosas vidas
e enchido os seus corações de amor por este
povo tão imerso em religiosidade contrária
à Sua vontade. Agora, Senhor, eu quero
interceder por eles, para que os abençoe com
perseverança e discernimento espiritual, a fim
de que saibam como construir um testemunho
cristão saudável e encontrar as estratégias
corretas para pregarem o Evangelho em
contexto cultural tão adverso. Que em nome
de Jesus, os sussus encontrem a luz de Cristo
e sejam libertos das trevas. Amém.
O povo tártaro é dissidente dos turcos. Sua população
principal está concentrada no centro e sul da Rússia
(no Tartaristão), mas também há muitos tártaros em
países como Azerbaijão, Bielo-Rússia, Ucrânia e
nas repúblicas da Ásia Central. Sua população está
estimada em 10 milhões de pessoas.
Os tártaros ucranianos são majoritariamente
muçulmanos. Infelizmente, as tentativas da Igreja
Ortodoxa Russa para convertê-los através da coerção
e incentivos fiscais foram consideradas como atos
repressivos. Durante o século XIX, os poucos
“convertidos” retornaram à fé islâmica.
Minha oração neste dia, Senhor, é para que
levante ainda mais profetas para, em Seu
nome, proclamarem o Reino de Deus aos
tártaros. Assim como o Senhor fez com Seus
servos no passado, peço-Lhe, ó Deus, que
o Senhor mude o nome deste povo para
que este seja também chamado pelo Seu
nome. Levante igrejas para proclamarem o
Seu nome nesta região. Atue no coração
dos Seus servos no mundo inteiro para
que apoiem os programas de evangelização
a este povo perdido sem o Seu amor, a
fim de que os missionários e os cristãos
locais possam ter mais oportunidades de
proclamar o Evangelho do Reino de Deus.
Revista de sabedoria os Seus servos para
pregarem o Evangelho a este povo, de forma
contextualizada e ousada. Em nome de Jesus.
Amém.
De maioria muçulmana, os tuaregues são um povo
nômade e habitam o Norte da África, espalhados por
Argélia, Líbia, Níger, Chade e Mali, país onde em 2012
entraram em conflito com o governo para a instalação
de uma república islâmica.
Os tuaregues falam línguas berberes, como o
tamaxeque, e estima-se que existam 1 milhão de
pessoas desse grupo étnico no mundo. É o idioma
que une esse povo, que vagueia pelo deserto. Não são
árabes, e usam um alfabeto próprio, o tifinagh.
Viviam originalmente na costa mediterrânea da
África, e começaram a se expandir para o sul quando
começaram a domesticar os camelos, possibilitando
longas jornadas pelo deserto. Por conta disso,
dominaram por anos as rotas comerciais do deserto
chegando até a serem chamados de “piratas do
deserto”, por causa das abordagens que faziam às
caravanas com a intenção de roubar os mercadores.
Os tuaregues seguem
a religião muçulmana
há vários séculos,
porém o nomadismo
dificulta que sigam
algumas obrigações,
como o Ramadã. Além
disso, combinam
o islamismo com
tradições animistas.
ATTILA JANDI /
SHUTTERSTOCK.COM
Outra marca característica dos tuaregues é o véu azul
índigo, usado para cobrir o rosto e se protegerem do
calor desértico e tempestades de areia.
Meu Deus, coloco hoje diante do Senhor o
povo tuaregue, gente sofrida, peregrina que,
em função inclusive de questões políticas tem
sido privado da pregação do Evangelho da paz.
A revelação de que necessitam de Sua parte
foi a que o Senhor fez na pessoa de Jesus
Cristo e sua morte na cruz. Esse povo que vive
constantemente se deslocando, que nunca se
fixa em um lugar, que está sempre chegando ou
saindo, necessita ser alcançado pela mensagem
do Seu amor. Por isso, eu quero rogar, em nome
de Jesus, que o Senhor promova algo especial
no meio deste povo, que tenha misericórdia dele
e o supra com nova oportunidade para ouvir
o Evangelho. Muito obrigado, Deus bendito,
pelas vidas dos missionários cristãos que vivem
entre os taruegues. Que o Senhor os abençoe e
ajude a entender e trabalhar em seus corações
o Seu governo soberano sobre todas as coisas.
Em nome de Jesus. Amém.
Fruto da expansão dos árabes, o Império Otomano foi
consolidado no século XIII. Oriundos da região do atual
Cazaquistão, os otomanos empreenderam um longo
processo de expansão territorial que dominou regiões
da Europa, Oriente Médio e Norte da África.
Em meados do século XIX, as pressões nacionalistas
e imperialistas passaram a ameaçar a estabilidade
do Império Otomano. Sem condições de reestruturar
o governo mediante os interesses capitalistas, o
império turco não resistiu aos conflitos da Primeira
Guerra Mundial, que reduziu o antigo território à
atual Turquia.
PAUL PRESCOTT / SHUTTERSTOCK.COM
Embora a Turquia seja constitucionalmente um Estado
laico, o islamismo domina a cultura do país. A maioria
dos muçulmanos turcos é de tradição sunita, embora
haja xiitas no país.
Oro neste dia, Senhor, pelo fim da violência
armada na região da Turquia. Compadeça-Se,
Senhor, dos milhares que morrem em função
da intolerância religiosa, baseada em religiões
falsas e vingativas, onde a luta pelo poder
tem gerado manifestações sanguinolentas,
explosões e guerra urbana, ceifando vidas
cada vez mais precocemente. Ponha Seu
sentinela ao redor da igreja, para guardá-la
e protegê-la e capacite Seus servos cada
vez mais a, sem embaraço, testemunharem
de Jesus aos turcos. Interrompa, Senhor,
aqueles que fazem projetos de maldade,
atentando contra a vida de pessoas. Levante,
ó Pai, servos para em Seu nome produzirem
o crescimento do Seu Reino entre os turcos,
prepare-os para o trabalho e fortaleça a
obra das suas mãos. Em nome de Jesus.
Amém.
O Turcomenistão, uma antiga república soviética,
situa-se na costa do Mar Cáspio, onde existem
grandes reservas de petróleo. Sua população passa
dos 5 milhões de habitantes, sendo três quartos dos
habitantes turcomenos, um povo tradicionalmente
nômade de fala turca e muçulmano sunita.
No Turcomenistão, país considerado não alcançado pelo
Evangelho, há uma forte perseguição a evangélicos.
Com isso, alguns cristãos deixam de frequentar cultos
ou reuniões de estudos bíblicos e ficam em casa.
Uma cristã, em lágrimas, confessa: “Tenho duas filhas
e não posso dar a elas uma criação cristã. Quando
elas eram menores, cada uma podia levar algo para
a escola o que fosse importante para si. Minhas
filhas levavam livros ilustrados de histórias bíblicas,
mas a professora não deixava mostrar os livros. Se
desobedecessem, eram perseguidas nas aulas. Agora
elas são adolescentes e nem sempre querem respeitar
a mãe. No passado, elas gostavam de ouvir as histórias
bíblicas que eu contava. Agora dizem que já ouviram
essas histórias tantas vezes que não querem ouvi-las
novamente. É difícil falar de Cristo”.
Senhor, o meu coração me impele hoje a
orar em favor dos meus irmãos ao redor
do mundo que sofrem sob o impacto de
densa perseguição religiosa, como acontece
com os turcomenos. Pai, como deve ser
difícil e angustiante não poder professar
ou sequer assumir publicamente a fé que
temos em Jesus Cristo, por causa da
perseguição religiosa! Aprendemos na Sua
palavra, Senhor, que mesmo em contexto de
perseguição, a Sua igreja sempre prevaleceu
e cresceu. Por isso eu peço que derrame Sua
graça sobre toda igreja no Turcomenistão,
fundamentando ousadia temperada com
sabedoria, para que as vidas, hoje presas
pelo islamismo, encontrem livramento em
Cristo, a paz que liberta. Peço que acampe
o Seus anjos ao redor da igreja perseguida.
Em nome de Jesus. Amém.
Os uigures habitam
principalmente a Ásia
Central e são um dos
56 grupos étnicos
reconhecidos oficialmente pelo governo da China, onde
estão concentrados na região autônoma de Xinjiang,
no extremo oeste do país. De acordo com um censo
demográfico de 2004, existem mais de 8,5 milhões de
uigures vivendo em território chinês.
O povo uigur é majoritariamente muçulmano sunita
e luta pela independência de Xinjiang, onde o
crescimento econômico tem sido acompanhado de forte
imigração de indivíduos da etnia han, a principal da
China, em uma tentativa do governo do país para tornar
chinesa a região.
A postura do governo de Pequim tem como
consequências diretas a marginalização dos uigures
em sua própria terra, gerando uma onda separatismo na
região, com episódios pontuais de violência.
Os protestos mais recentes começaram em 2008,
coincidindo com os Jogos Olímpicos de Pequim. Um
ano depois, uigures e chineses han entraram em
conflito em Xinjiang, e mais de 200 pessoas morreram,
segundo informações oficiais.
Em 2001, com a intervenção dos Estados Unidos no
Afeganistão, o governo chinês optou por incluir os
uigures em sua lista de organizações terroristas por
afirmarem que eles possuem relações com a rede
Al Qaeda, o que é negado por Washington, que insinua
haver oportunismo nesta atitude de Pequim.
Deus eterno, em alguns contextos, em
nosso tempo, a práxis religiosa assume
conotações políticas e, não poucas vezes,
até de militância bélica. Senhor, em nome do
que chamam de ‘religião’ os seres humanos
ferem-se mutuamente até a morte. Os
uigures representam um grande desafio para
o cumprimento do ide. Porém, alcançar os
uigures com a pregação do Evangelho é uma
das mais difíceis e perigosas tarefas hoje.
No entanto, Senhor, precisamos realizar esta
tarefa. Como no episódio da conquista de
Canaã, onde os inimigos eram gigantes e
perigosos, e o Seu povo precisou avançar
com fé e jamais retroceder, assim também hoje
a Sua igreja precisa enfrentar o desafio de
anunciar Cristo, a paz que liberta, a povos
como os uigures. Rogo por Sua unção de
amor pelos uigures e coragem para, de fato,
pregarmos até os confins da terra. Em nome
de Jesus. Amém.
Os uólofes formam um grupo
étnico encontrado em países
como Senegal, Gâmbia e
Mauritânia. A cultura desse
povo se mantém viva mesmo
após a colonização europeia na África e é um grande
elemento da cultura senegalesa.
Pelo menos 50% dos habitantes do Senegal falam
uólofe. No país, membros de outras etnias são
geralmente bilíngues e conseguem entender o idioma,
apesar de o francês ser a língua oficial.
A maioria dos senegaleses segue o sufismo, uma
corrente mística do islamismo. Os sufistas (como são
chamados seus seguidores) buscam desenvolver uma
comunicação direta e contínua com Alá, utilizandose de música e danças, práticas condenadas pela lei
islâmica.
Essa corrente do islamismo foi difundida no Senegal
por Amadou Bamba, um líder religioso que comandou
uma resistência pacífica à ocupação francesa, na virada
dos séculos XIX e XX.
Os seguidores de Bamba o consideram um “renovador”
do islamismo e citam uma passagem do Alcorão que
insinua que Alá enviará em cada século um renovador
da fé muçulmana.
Senhor, quando estudamos sobre etnias
como a dos uólofes, tão fortemente presente
no Senegal, vemos o grau de miopia espiritual
no qual vivem tantos povos. Também
observamos como o nosso inimigo é astuto
e sagaz, sempre no afã de manter pessoas
escravizadas aos seus caprichos. Senhor,
que a luz do Seu Evangelho possa iluminar os
caminhos dos sufistas e de todos os povos
de fala uólofe. Que eles enxerguem, de uma
vez por todas, que a solução não está na
reforma ou na inovação política, econômica
ou mesmo religiosa do islamismo, mas sim
numa mudança profunda, e de natureza
espiritual, no coração de cada senegalês
uólofe. Que missionários sejam chamados
e enviados a anunciarem Cristo, a paz que
liberta, para este povo, é a minha oração.
Em≈nome de Jesus. Amém.
Existem na África Ocidental cerca de 2 milhões de
zarmas, sendo que a maioria desse povo vive no Níger.
Eles são um dos povos africanos menos alcançados,
com menos de 1% de cristãos.
Os zarmas são muçulmanos, e sua cultura e tradições
estão fortemente ligadas ao islamismo, como o
cumprimento das obrigações do Ramadã. Além disso,
zarmas de algumas aldeias misturam a fé islâmica com
religiões animistas.
“Em nossa aldeia há pessoas que vieram de um outro
país e falam da existência de um Deus que ouve e
responde as nossas orações. Eu começo a crer que eles
estão falando a verdade. Mas como sou apenas uma
criança, os adultos não me escutarão” (depoimento de
uma criança da etnia zarma).
Para testemunhar do amor de Jesus, missionários
ensinam jovens e adolescentes a costurar, propiciandolhes uma fonte de renda. Também dão aulas de
educação física e informática.
Senhor amado, que desafio tremendo para os
missionários que estão na África Ocidental! Que
oportunidade grandiosa dedicar um tempo da
vida ajudando a resgatar para Cristo crianças,
jovens e adultos de uma etnia tão distante do
Senhor e de uma cultura tão avessa às práticas
cristãs. Mas louvado seja o Seu santo nome,
pelos que hoje empregam suas vidas jovens
em servirem e ajudarem humanitariamente o
povo zarma, que se espalha por países como
Nigéria, Gana, Guiné, Benin, Costa do Marfim,
Senegal, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e,
em especial, o Níger. Dê-nos força e visão para
continuarmos investindo e orando; dê-lhes ânimo
e perseverança para vencerem as barreiras e
anunciarem aos zarmas o amor de Cristo, a paz
que liberta. Em nome de Jesus. Amém.
Por que os
muçulmanos
MEUNIERD / SHUTTERSTOCK.COM
precisam de Cristo?
s muçulmanos são os seguidores do
islamismo, religião fundada pelo profeta
Maomé no século VII na Península
Arábica. Seus adeptos acreditam que Alá é o criador do
Universo e o único deus. Para os muçulmanos, Maomé
é o profeta mais importante do islamismo e foi ele que
recebeu os ensinamentos para a fé em Alá.
Assim como o domingo está para os cristãos e o sábado
para os judeus, a sexta-feira é considerada um dia de
oração e descanso para os muçulmanos.
A religião islâmica possui cinco pilares que “moldam”
o estilo de vida do seguidor da fé muçulmana: professar
e aceitar o credo (shadada), orar cinco vezes ao longo
do dia (salat), pagar dádivas rituais (zakat), observar as
obrigações do Ramadã (saum) e fazer a peregrinação à
cidade de Meca (hajj).
Motivos não faltam para anunciar a Verdade aos
muçulmanos, porque eles precisam de Cristo:
• O Ramadã é o nono mês do calendário muçulmano.
Cumprir o jejum obrigatório durante esse período do
ano constitui o quarto dos cinco pilares da religião
islâmica. O jejum, realizado pelos muçulmanos do
nascer ao pôr do Sol, é interpretado como parte de
um esforço de autopurificação. Isto significa abster-se
de comida e bebida, inclusive água, durante as horas
claras do dia.
• No Ramadã, os muçulmanos não podem usar
nem suas escovas de dentes durante o jejum. Eles
chegam aos seus locais de trabalho mais tarde do
que o normal e saem mais cedo. Enfermos, idosos,
mulheres grávidas e pessoas com algum tipo de
incapacidade não são obrigados a cumprir o jejum,
podendo fazê-lo em outra época do ano ou alimentar
uma pessoa necessitada para cada dia que a
obrigação for quebrada.
• Normalmente, o Ramadã é um tempo em que os
muçulmanos convertidos ao cristianismo enfrentam
muita perseguição.
• O jejum é obrigatório nos países islâmicos; por
isso, ninguém pode declarar em público que não
está jejuando durante o Ramadã. Sendo o saum
um dos pilares do islamismo, os chamados sábios
muçulmanos consideram deixar de jejuar, mesmo
que seja somente um dia do Ramadã, um dos pecados
mais graves.
• Para os casados, o Ramadã também inclui abster-se
das relações sexuais durante as horas de jejum. As
mulheres não podem jejuar durante a menstruação
porque a religião as considera impuras para jejuar
durante este período.
• Durante o Ramadã, os muçulmanos levantam-se bem
cedo (uma hora e meia antes de amanhecer) para
uma refeição pré-jejum. Normalmente, tomam uma
refeição bem forte, evitando comidas salgadas para
não ter que beber água durante o dia.
• No fim do dia, o jejum é completado com o iftar
(a refeição “quebra jejum”), que normalmente inclui
tâmaras (pois Maomé costumava comer tâmaras
e beber leite), frutas frescas, aperitivos, bebidas
e jantar.
• Ao final do Ramadã, nos três primeiros dias do
décimo mês (Shawwal), os muçulmanos celebram o
Eid-al-Fith, a principal festa religiosa do islamismo.
• A maior e mais impressionante reunião de
muçulmanos acontece em Meca, onde mais de 2
milhões de peregrinos podem orar ao mesmo tempo
na Mesquita Haram, em Meca, na Arábia Saudita,
durante o hajj, que acontece cerca de 70 dias após
o Ramadã.
• Os muçulmanos frequentemente dizem “Ó Alá, eu
estou jejuando”, uma contrariedade ao ensinado
pela Bíblia em Mateus 6.16: “Quando jejuarem, não
fiquem com uma aparência triste como os hipócritas,
pois eles mudam a aparência do rosto a fim de que os
homens vejam que estão jejuando”.
• Os muçulmanos também acreditam que jejuar
durante o Ramadã traz perdão de pecados, mas
sabemos que “só o sangue de Jesus purifica de todo o
pecado” (1João 1.7).
• À noite, os muçulmanos participam de orações
especiais nas mesquitas. Todas as noites, durante o
Ramadã, é recitado um trecho do Alcorão durante as
orações. Eles fazem isso até completar todo o livro
ao final do mês, período do ano em que, segundo a
tradição, Maomé recebeu as primeiras revelações do
livro sagrado do islamismo.
• De acordo com o Alcorão, Maomé recebeu sua
primeira revelação do livro durante a 27ª noite
do Ramadã, chamada de Laylat al-Qadr (Noite do
Poder), a mais importante para os muçulmanos.
• Os muçulmanos acreditam que durante a Noite do
Poder, grupos de anjos realizam tarefas especiais
na Terra. Por isso, o povo islâmico fica mais
aberto para ouvir Alá à espera de visões e uma
orientação sobrenatural.
• Muitos muçulmanos acreditam que a oração feita
durante a Noite do Poder irá compensar a omissão
das orações diárias.
• No calendário islâmico, cada dia começa com o pôr
do Sol, portanto, em 2016 a Noite do Poder poderá
ser em 2 de julho. Muçulmanos em todo o mundo
passarão esta noite buscando um favor de Alá.
Dedique seu tempo de oração pedindo ao Deus vivo
e verdadeiro que se revele nesta noite.
Publicação exclusivamente digital.

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