EX. 1
Transcrição
EX. 1
DCIII — EX 01 FBAUL, 2º semestre 2012/2013 Jorge dos Reis e Luísa Ribas A Way to Typography + Manifestos Signo, Sintaxe, Semântica espaço, estrutura, sequência, contraste, forma e contraforma Identidade e expressão Página do número 4 da revista Octavo (87.4) Página do número 4 da revista Octavo (87.4) que consiste numa reprodução da palestra de Wolfgang Weingart intitulada, “how can one make swiss typography” (1974), apresentando os slides com exermplos dos seus exercícios. 2 O trabalho e ensino de Wolfgang Weingart reafirmam a importância fundamental da experimentação no design tipográfico. Apenas através de uma investigação inteligente e aberta, baseada num entendimento formal da tipografia, pode o designer desenvolver, tornar independente, e aprender a desafiar as convenções estabelecidas do design no seu trabalho. Neste sentido, o trabalho de Weingart é uma celebração das infinitas possibilidades comunicativas da tipografia e do poder elementar dos signos tipográficos. Os pontos em que a história da tipografia evolui genuinamente são raros. Acreditamos que esta palestra de Weingart representa tal progressão. octavo 87.4 editorial (tradução livre) s.j. with input from mark holt, hamish muir and michael burke. Só podemos fazer tipografia hoje se compreendermos a sua dimensão sintáctica. Dito de outra forma mais simples, a dimensão sintáctica da tipografia é, para mim, um território novo. Aqui eu vejo um vocabulário visual surpreendente, não descoberto, com mais métodos de design efectivos para oferecer informação. Naturalmente, essas novas possibilidades não são de fácil alcance. E, naturalmente, esses primeiros pedaços de conhecimento e primeiros padrões novos não podem ser transpostos imediatamente para o nível prático. Em especial, não no mundo prático actual de publicidade para o consumidor, que se baseia na exaustão visual imediata. Mas onde o consumo fixo de informação não está no primeiro plano, ou seja, onde se pode contar com o ser humano pensante, a diferenciação sintáctica do material tipográfico é possível e sensível. … Para mim, a tipografia é uma relação triangular entre ideia de design, elementos tipográficos e técnicas de impressão. Nas minhas aulas, cada problema é tratado a partir desses três aspectos, nenhum dos quais deve jamais estar ausente. Então, a coisa que é tão especial para mim, em relação ao valor que dou à sintaxe tipográfica, é a variabilidade dos materiais tipográficos sob a influência de ideia e técnica. Isso significa, finalmente, a flexibilidade com que ela pode funcionar e ainda reter o seu significado, em relação a diferentes tipos de problemas. Todos os exemplos a seguir foram feitos tendo em mente essas considerações. Eles estão livres de qualquer modismo em design da publicidade. De certa forma são neutros e comparáveis com exercícios matemáticos básicos, mas num sentido visual. the simpler the assignment the more difficult the solution Wolfgang Weingart 3 Objectivos Familiarização com as relações visuais tipográficas num espaço concreto, no sentido de uma compreensão tácita de uma sintaxe da linguagem visual e exploração da dimensão sintáctica e semântica da tipografia. Pretende-se explorara princípios fundamentais de composição tipográfica tendo em conta noções de espaço, estrutura, sequência, contraste, forma e contraforma. Incita-se uma exploração da palavra e sua forma gráfica, através da composição e/ou manipulação e/ou criação tipográfica, na procura de uma identidade e expressão significante e coerente com o sentido veiculado pelo texto. Metodologia Fase 0: Pesquisa Prévia Tendo como objecto de trabalho uma série de manifestos facultados pelos docentes, o aluno deverá proceder à leitura e interpretação dos mesmos, devidamente complementada por uma pesquisa contextual da sua origem e do pensamento e trabalho a que estão associados. Deve realizar uma pequena síntese interpretativa (até 500 p.) complementada por imagens de referência que servirá para a realização de uma memória que acompanha a entrega do exercício. Esta memória descritiva serve as duas fases do projecto, devendo ainda conter a identificação e justificação das escolhas tipográficas, aspectos de composição explorados, entre outros elementos que se considerem úteis. O texto não deve exceder uma página A4 que deve ser acompanhada por imagens de referência. Fase 01: Composição Realização de quatro composições tipográficas, utilizando uma frase seleccionada dos manifestos facultados (eventualmente complementada por ou 1 a 3 frases, expressões ou palavras chave). As composições devem constituir-se como interpretações tipográficas do texto, onde forma e conteúdo se reforçam, explorando a sintaxe e hierarquia tipográfica, atendendo a critérios de legibilidade e qualidade visual, na procura de possibilidades funcionais tentando superar convenções. 1.1 Composição do texto em apenas um tipo (entenda-se um desenho específico dentro de uma família) e com o mesmo corpo, explorando a colocação dos elementos, sua posição relativa e sua relação com o espaço do suporte. 1.2 Composição explorando espaço, disposição e hierarquia dos elementos com variações do corpo da letra, mantendo o mesmo tipo. Poderá explorara variações de orientação do texto. 1.3 Explorar variações de corpo, peso e ângulo, utilizando 2 tipos da mesma família. Poderão ser exploradas variações na orientação do texto, bem como forma gráfica inerente à forma tipográfica (como pontuação, linha e contraforma). 1.4 Composição que tira partido das possibilidades de variação anteriores, mas conjuga apenas dois tipos, cada um de uma família distinta, na mesma composição. condicionantes Preto e branco (sem gradações tonais). Formato 20x20cm (impresso). 4 Fase 02. Composição e Customização Strictly speaking, typography involves the use of repeatable, standardised letterforms (known as fonts), while lettering consists of custom alphabets, usually employed for headlines, logotypes, and posters rather than for running text (…) In this new intoxicating era of instant alphabetic gratification, designers could not only buy, borrow, and steal digital fonts but could crack them open, violating the original designs to create alternate characters and even whole typefaces. Designers stirred up up the historic confusion between lettering and type in new ways by altering the outlines of existing characters. (…) Where is typographic man headed as he rides off with his serfs and spurs into the digitally remastered sunset? Ellen Lupton O aluno deverá complementar a frase seleccionada com outros excertos do manifesto facultado ou, se necessário, outro material textual que complemente a frase, desde que previamente discutido com os docentes. Com base nesse material, e tentando manter alguma coerência com as composições anteriores, propõe-se a realização de um objecto gráfico que se desenvolve segundo uma de duas opções de aproveitamento de um plano A2 (42 x 59,4 cm). 1 — poster/desdobrável (frente e verso) 2 — brochura (capa e miolo) frente/capa — componente identitária e expressiva — escolher ou dar um título ao manifesto — explorar a expressão e identidade tipográfica pela criação de um lettering, através de composição e/ou manipulação e/ou criação tipográfica. verso/miolo — componente interpretiva e informativa — introduzir os complementos textuais que se considerem necessários para uma correcta interpretação da ideia principal do manifesto — realizar a sua composição tipografia explorando novamente as noções de espaço, estrutura, sequência, ritmo, contraste. As escolhas tipográficas deverão ser compatíveis com a componente identitária da frente/capa (não necessariamente repetindo ou mimetizando) e ser coerentes com as opções da fase 01. condicionantes Frente/capa (quadricromia) / Verso/miolo (1 cor). Formato A2 (42 x 59,4 cm) frente e verso, dobrado ou em caderno. 5 Imagens retiradas de Lupton, Ellen. "The Making of Typographc Man." Graphic Design Now in Production. eds. Blauvelt, Andrew & Ellen Lupton. New York: Walker Art Center, 2011. 112-129. 6 Lista de Manifestos First Things First Manifesto 2000 (vários designers) (em) http://www.eyemagazine.com/feature/article/first-things-first-manifesto-2000 http://www.emigre.com/Editorial.php?sect=1&id=14 ——— (First Things First Manifesto -versão de 1964 - Ken Garland) http://www.kengarland.co.uk/KG%20published%20writing/first%20things%20first/index.html ——— The vow of chastity (the 1st year students [st.martins] in behalf of dogma 2001, John Morgan) (em) Dot dot dot #3; p.33- disponível em http://www.danielebarbiero.com/down2.htm http://www.morganstudio.co.uk/2001/01/the_vow_of_chas.html ——— An incomplete manifesto for growth Bruce Mau (1998) http://www.brucemaudesign.com/4817/112450/work/incomplete-manifesto-for-growth ——— Manifesto #9 Stefan Sagmeister (2007) (em) http://www.iconeye.com/news/manifestos/manifesto-09-stefan-sagmeister-%7C-designer ——— Manifesto #1 Peter Saville (2007) (em) http://www.iconeye.com/news/manifestos/manifesto-01-peter-saville-%7C-designer ——— Laws of Simplicity John Maeda (2005.06) (em) http://lawsofsimplicity.com/tag/laws ——— Manifesto #12 John Thackara (em) http://www.iconeye.com/news/manifestos/manifesto-12-john-thackara-|-designer ——— Manifesto #39 Dunne & Raby (em) http://www.iconeye.com/news/manifestos/manifesto-39-dunne-raby-|-designer ——— Manifesto #28 Random International | Designer (em) http://www.iconeye.com/news/manifestos/manifesto-28-random-international-|-designer 7 Calendário dia 21 — lançamento (atribuição dos manifestos) TPC — pesquisa prévia dia 27 — acompanhamento 4 composições dia 28 — acomp. + início fase 02 TPC — escolha de título e frases, esboços dia 04/05 — fase 02 (composição e manipulação tipográfica) dia 06 — estruturação e layout (objecto gráfico) dia 07 — finalização (impressões) dia 11/12 — entrega (em pdf) Referências Fase 01 Weingart, Wolfgang. Como se pode fazer tipografia suíça? São Paulo: Rosari, 2004. (disponível na reprografia) Burke, Michael; Mark Holt, Simon Johnson & Hamish Muir. eds. Octavo 87.4: Journal of Typography. Wolfgang Weingart Issue. London: Eight Five Zero, January 1988. http://www.simonjohnstondesign.com/archive_87401.html (reprodução fotográfica por set shaw) http://www.flickr.com/photos/sethshaw/sets/72157615890109490/with/3384664089/ Fase 02 Lupton, Ellen. "The Making of Typographc Man." Graphic Design Now in Production. eds. Blauvelt, Andrew & Ellen Lupton. New York: Walker Art Center, 2011. 112-129. DG 6/404 Consulta Complementar (txt e img) Weingart, Wolfgang. Typography - My Way to Typography. (1999). Basel: Lars Müller Publishers, 2000. DG 6/51 Weingart, Wolfgang. "How can one make swiss typography." Looking Closer 3: Classic Writings on Graphic Design. eds. Bierut, Michael; Steven Heller; Jessica Helfand and Rick Poynor. New York: Allworth Press, 1999. 219-237. DG 6/93 (3) Lupton, Ellen & J. Abott Miller. "Deconstruction and graphic design." Design Writing Research. (1996). eds. Lupton, Ellen & J. Abott Miller. London: Phaidon Press, 1999. 03-23. DG 6/55 8
Documentos relacionados
Ex. 01
(known as fonts), while lettering consists of custom alphabets, usually employed for headlines, logotypes, and posters rather than for running text […] In this new intoxicating era of instant alpha...
Leia maisNotas para uma normatização da nomenclatura tipográfica Notes for
Este artigo apresenta propostas para uma nomenclatura tipográfica mais coerente em língua portuguesa, abordando definições básicas, métrica tipográfica e partes dos tipos. Ao levar em consideração ...
Leia mais