Reassentamento. A Sasol - Plataforma da Sociedade Civil Sobre os
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Reassentamento. A Sasol - Plataforma da Sociedade Civil Sobre os
Projecto de Gás Natural Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento Julho de 2003 Projecto de Gás Natural Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento Julho de 2003 Preparado para e em representação da Sasol, por: ACER (Africa) ENVIRONMENTAL MANAGEMENT CONSULTANTS PO Box 503, Mtunzini, 3867 South Africa Tel: +27-35-340-2715 Fax: +27-35-340-2232 Email: [email protected] Este documento é divulgado pela Sasol em Inglês e Português de forma a cumprir os requisitos de divulgação do Banco Mundial. Deve contudo, referir-se que a versão em Inglês do documento é oficialmente submetida pela Sasol como um Documento de Salvaguarda de forma a cumprir os requisitos de financiamento do Banco Mundial e que esta versão em Inglês foi já aprovada pelo Banco Mundial para divulgação. No caso de existirem discrepâncias entre a versão em Inglês e a versão em Português, deverá prevalecer a versão em Inglês. Embora tivessem sido empreendidas todas as diligências de forma a assegurar que a versão em Português é um reflexo verdadeiro e correcto da versão Inglesa, a Sasol não aceita a responsabilidade por, ou a sujeição a, qualquer discrepância entre as duas versões ou incorrecções na versão em Português resultado da tradução deste documento. SASOL NOTA EXPLANATÓRIA AO RPIP O presente documento é apresentado ao Banco Mundial para requisitos de financiamento de acordo com as Recomendações de Salvaguarda emitidas para a Sasol pelo Banco Mundial em Dezembro de 2002. Rascunhos do presente documento foram submetidos ao Banco Mundial e a outros participantes principais para os seus contributos e comentários antes da finalização dos documentos, tendo os comentários sido notados e acautelados ou doutra forma atendidos. O presente documento é submetido como a sua versão final para aceitação do Banco Mundial (AFTES), apresentação ao Conselho de Administração do Banco Mundial para a aprovação do financiamento e sua divulgação ao Infoshop em Washington. O documento será também divulgado e publicamente disponibilizado pela Sasol na África do Sul e em Moçambique tal como aqui requerido e explicado. O documento reflecte a situação do Projecto de Gás Natural (NGP) no final do mês de Julho. A referência feita à Sasol em parte coma Sasol e em parte como operador no NGP (salvo referência em contrário ou no contexto ou uso no presente documento, ou em qualquer outro documento em referência cruzada ou que aqui se refira doutra forma, em cujo caso a referência à Sasol no seu contexto pode referir-se a qualquer matéria em particular no seio do Grupo de Empresas da Sasol) refere-se ao seguinte: Sasol Gas Holdings (Pty) Limited, a Titular da Garantia tal como se define no Contrato de Garantia firmado com a Agência de Garantia de Investimento Multilateral em 20 de Dezembro de 2002 sob o No: 0384-01-01; e The Republic of Mozambique Pipeline Investments Company (Pty) Limited (ROMPCO) na sua qualidade de mutuário nos termos dos Contratos de Garantia a serem celebrados para empréstimos de não-accionistas e contratos de financiamento a longo termo já concluídos assim como os que estão ainda por concluir no tocante à porção do gasoduto do Projecto de Gás Natural (NGP), e Sasol Petroleum International (Pty) Limited (SPI) como Titular de Garantia definido no Contrato de Garantia celebrado com a Agencia de Garantia de Investimento Multilateral em 20 de Dezembro de 2002 sob o No: 0384-01-02; e Sasol Temane Limitada (SPT) como mutuária nos termos dos Contratos de Garantia a serem firmados para empréstimos de não-accionistas e os contratos de financiamento a longo prazo já concluídos e aqueles ainda por concluír no tocante à Porção a Montante (Upstream Portion) do NGP. A Porção a Montante (Upstream Portion) do NGP significa o financiamento, desenvolvimento, exploração, operação e manutenção dos campos de gás de Pande e Temane em Moçambique, assim como o financiamento, projecção, construção, operação e manutenção de uma instalação central de processamento em Moçambique, na medida dos compromissos assumidos pela SPT. A Porção do Gasoduto (Pipeline Portion) do NGP refere-se à concepção, desenvolvimento, financiamento, construção, propriedade, prova, activação, operação e manutenção do gasoduto de transmissão de gás natural, assumida pela ROMPCO. Na medida em que há outras partes aqui referidas, deve notar-se o seguinte: Tais referências fazem parte de meras observações; Sempre que se fizerem recomendações, envolvendo ou implicando tais partes, tais referências não se devem deduzir como vinculativas, ou que criem obrigações reais ou potenciais feitas pela Sasol em nome da parte em causa. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO III SASOL As estruturas da Sasol envolvidas no Projecto de Gás Natural estão ilustradas a seguir: Sasol Ltd SIC Sasol Gas Holding Sasol Synfuels Sasol Mining Sasol Chemical (100%) (100%) (Pty) Ltd (Pty) Ltd Industries Ltd SPI Sasol Gas ROMPCO (100%) (100%) (Empresa do Gasoduto) SPM SPT (100%) (100%) Gas Field CPF (70%) (100%) PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO IV SASOL PRÓLOGO Os acordos comerciais subjacentes celebrados com o Governo de Moçambique, respeitantes ao desenvolvimento e exploração dos Campos de Gás de Temane e Pande, criaram responsabilidades e obrigações à Sasol, na sua qualidade de proprietária e operadora no NGP, no que concerne ao reassentamento e compensação de partes afectadas referentes à violação de direitos de propriedade resultante das actividades do NGP. Para o reassentamento e compensação adoptou-se uma abordagem consultativa chegando a obter-se um acordo com o Governo de Moçambique quanto à criação de um regime e procedimentos que assegurem um tratamento justo e equitativo para todas as partes afectadas. A Sasol constituiu subsequentemente a Equipa Conjunta de Trabalho (anteriormente conhecida como o Grupo de Trabalho do Reassentamento e Compensações) em Maio de 2001, com o beneplácito e apoio do Governo moçambicano, com o objectivo de desenvolver e coordenar a implementação do regime e procedimentos necessários para investigar e propor fórmulas de cáculo de indemnizações justas e equitativas e monitorizar as actividades de reassentamento. O regime e os procedimentos foram internamente aprovados e adoptados em Outubro de 2002. Estes procedimentos foram também incorporados nos Planos de Desenvolvimento do Gasoduto e Campo de Gás, relacionados com o NGP, e formalmente aprovados pelo governo moçambicano. A Sasol desenvolveu um Plano de Acção do Reassentamento inicial baseado em procedimentos aprovados. Atendendo ao facto de que menos do que 50 aglomerados familiares foram afectados pela execução do plano e desenrolar do NGP, o GdM isentou a Sasol da obrigatoriedade de aprovação governamental deste plano. Contudo, o plano expandiu-se até à escala integral de um Plano de Acção do Reassentamento, em Dezembro de 2002, afim de satisfazer os requisitos dos contratos de Garantia firmados entre a Sasol e a Agência de Garantia de Investimento Multilateral(“MIGA”) No. 0384-0101 e No. 0348-01-02. Para a satisfação do requisito de financiamento do Banco Mundial, de acordo com a Recomendações de Salvaguarda enviadas à Sasol em Dezembro de 2002, a Sasol adaptou o Plano de Acção do Reassentamento para um Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento, com base no formato e requisitos prescritos pelo Banco Mundial. A Sasol adoptou e aplicou assim as políticas, procedimentos, directivas e normas do Grupo do Banco Mundial, de harmonia com a Política Operacional 4.12 Reassentamento Involuntário (OP 4.12), Procedimento Bancário 4:12 Reassentamento Involuntário (BP 4,12) e Directiva Operacional 4.30: Reassentamento Involuntário (OD 4.3). O Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento compreende quatro volumes, tal como se explica a seguir. Para uma boa visão geral sobre o RPIP aconselha—se a leitura do sumário executivo. Acordou-se com o Banco Mundial que os Volumes 2 – 4 poderão ser subsequentemente apresentados para a devida aprovação do RPIP, contido no Volume no. 1: Volume 1: Reassentamento Volume 2: Volume 3: Volume 4: Programa de Planeamento e Implementaçãon Planos de Povoamento da Terra (habitação de substituição). Planos de Uso da Terra (machambas de substituição). Programa de Monitorização e Avaliação. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO V do SASOL Os volumes serão todos divulgados publicamente na Infoshop do Banco Mundial (http://www.worldbank.org/infoshop/), na website do NGP http://w3.sasol.com/natural gas//) e em diversos locais específicos na África do Sul e em Moçambique, tal como aqui se explica (Ver tabela a seguir). Local da Reunião MOÇAMBIQUE Escritórios do Banco Mundial Impacto Lda Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (Deapartamento Nacional/ Moçambique (MICOA) Direcção Nacional de Carvão e Hidrocarbonetos (DNCH) Sasol Temane Lda Escritórios Municipais Gabinetes dos Governadores Gabinetes dos Administradores Distritais Localidade Maputo Maputo Maputo, Xai Xai, Inhambane, Matola Maputo Maputo Matola, Inhassoro, Vilanculos Matola, Xai Xai, Inhambane Vilanculos, Inhassoro, Funhaloro, Mabote, Chokwé, Moamba, Maputo, Vilanculos, Maputo, Matola Bibliotecas Públicas ÁFRICA DO SUL Bibliotecas Públicas Bethal, Badplaas, Barberton, Kanyamazane, Komatipoort, Malelane, Nelspruit Honeydew, Joanesburgo Mark Wood Environmental Consultores Sasol Petroleum International (Pty) Ltd Sasol Technology (Pty) Ltd Rosebank, Joanesburgo Secunda A documentação será publicada em Inglês e Português. As actividades de reassentamento e compensação são contínuas e o RPIP fornece a retrospectiva sobre o reassentamento e a compensação já executadas no NGP , além das que ainda estão por executar no NGP. O RPIP permanece assim como um documento vivo que fornece o quadro e procedimentos para o reassentamento e compensação sobre os quais a Sasol irá agir em questões que resultem do NGP. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO VI SASOL Declaração da Sasol sobre o Empenho quanto às Responsabilidades e Obrigações sobre o Reassentamento no NGP A Sasol saúda a oportunidade de ter trabalho em íntima colaboração com o Governo de Moçambique, o Banco Mundial e outros participantes no desenvolvimento do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento (“RPIP”) para o NGP. A Sasol considera o conteúdo do RPIP para proporcionar um quadro e procedimentos responsáveis de harmonia com os quais se atribuiram e se atribuirão um reassentamento e compensação justos e equitativos para as partes afectadas pelo NGP. A Sasol reconhece que as operações e actividades do NGP, assim como as que se reportam aos seus parceiros, tiveram e ainda podem ter impactos de reassentamento e impactos conexos, tais como a violação de direitos de propriedade de partes afectadas, tais como se indicam no RPIP e noutros documentos relevantes. Como empresa responsável, operando tanto local como externamente através de várias unidades de negócios, a Sasol aceita a responsabilidade de gerir os impactos sobre .partes afectadas, directamente associados ao NGP e que estão sob o seu controlo, de forma a assegurar a sustentabilidade a longo prazo do projecto. Este compromisso já foi e será cumprido pela Sasol no âmbito e objectivos de qualquer ou de todos os seguintes: • • Honrar as suas obrigações e responsabilidades no respeitante ao reassentamento e compensação, resultantes do RPIP, acordos comerciais e de financiamento relativos ao NGP e outros documentos tais como o RESA, elaborados como documentos genéricos ou específicos do projecto sobre o NGP; Proporcionar os recursos apropriados e responsáveis, tais como a Equipa Conjunta de Trabalho,para implementação do acima referido. A Sasol reconhece também que este compromisso irá requerer uma abordagem dinâmica, que será adaptável, ajustando-se a circunstâncias em mudança, incluindo a disponibilidade de nova informação e partilha de conhecimentos e consulta posterior de participantes, incluindo parceiros, comunidades e os respectivos governos. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO VII SASOL TABELA DE RESUMO DO REASSENTAMENTO Conforme a 6 de Maio de 2003 Componente do Projecto Sepulturas No Machambas 1,533 Área (ha)* 47.00 Valor (USD $) 265,570.64 Agregados Familiares No Valor (USD $) 0 0 Sísmico 14 Valor (USD $) 1,756.81 No Campo de Gás Gasoduto 3 600.91 384 97.74 154,223.03 11 6 781.10 164 10.99 29,886.21 Total 23 3,138.82 2,081 155,73 449,679.88 Outros No 4 Valor (USD $) 165.91 70,000.00 1 22.73 3 1,431.82 40 31,742.13 14 71,431.82 45 31,930.77 Descrição Danos estruturais, animais domésticos Danos estruturais Madeiras propriedade do Governo (9,445.273 m3) *A área citada é uma área de cultiva com culturas anuais. Esta não inclui terras onde ocorram danos a árvores/colheitas perenes Atenção ao facto de que os valores especificados acima são valores reais que não estão reconciliados com as estimativas de custos providenciadas no Programa de Planeamento e Implementação. Este facto deve-se às oscilações nas taxas de câmbio bem como ao facto de que as actividades de compensação, por exemplo, um segundo ciclo de pagamentos de compensação por machambas relacionados com o gasoduto, foram incluídas nos cálculos das estimativas mas ainda não foram efectuadas. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO VIII SASOL DEFINIÇÕES As definições apresentadas a seguir aplicam-se para fins do presente Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento: Afectado(a) / Afectados(/as): Área de Construção : Prejuízos Indirectos : Construção : Taxas de Câmbio : : : : Trabalhador no Terreno : Propriedade familiar : Grupo Conjunto de Trabalho: Machamba Projecto de Gás Natural : : Qualquer pessoa, parte, agregado familiar ou propriedade familiar directa ou indirectamente afectados e que necessitam de serem transferidos para outro local ou que sofrem danos causados pela construção. Extensão de terras (37 ha) demarcadas para fins do CPF, incluindo a estrada principal de acesso com uma extensão de 3.1 km e que ocupa uma servitude com uma largura de 10 metros. Esta definição inclui também áreas demarcadas para os cabeçotes dos poços e para as tubulações de fluxo, para além duma área com uma largura de 30 metros sobre a extensão total do gasoduto desde Ressano Garcia a Temane. Os prejuízos contínuos sofridos por uma parte afectada, após o pagamento original da compensação, como resultado de actividades de construção contínuas que impedem qualquer parte afectada de continuar com as suas actividades agrícolas normais. Estes prejuízos relacionamse só com culturas comercializáveis. As actividades físicas necessárias para a construção de quaisquer estruturas relacionadas com o Projecto de Gás Natural. Um Dólar norte-americano = 10.00 Rands sul-africanos (US $ 1.00 = R 10.00). Um Rand sul-africano = 2 200 Meticais moçambicanos ( R 1.00 = 2 200 Mts). Um Dólar norte-americano = 22 000 Meticais moçambicanos (US $ 1.00 = 22 000 Mts). Estas taxas de câmbio são somente utilizadas para fins do presente relatório. Indivíduos qualificados nomeados pela Sasol para acompanhar as equipas de construção e negociar as compensações. Um número de aglomerados familiares todos residentes numa mesma propriedade. Inclui edifícios mas não machambas. Grupo Conjunto de Trabalho para Reassentamento e Compensação, um grupo conjunto de trabalho que consiste de representantes da Sasol e do GOM nomeados e sob a responsabilidade da Comissão de Coordenação do Projecto. Campo agrícola para subsistência. O investimento da Sasol que compreende três actividades primárias, a saber exploração, desenvolvimento de campos de gás e construção do gasoduto. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO IX SASOL Reassentamento : A perda temporária ou permanente de acesso a terras, danos a propriedade pública e privada, deslocação física e económica permanente, a transferência de sepulturas bem como qualquer compensação pagável em termos das mesmas. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO X SASOL ACRÓNIMOS AR BP CIF CPF DINAGECA DNCH ENH EN1 EPC EPCM FL GOM INIA INPF ISO M&E MICOA MIGA Mts NEMP NGO OD OP PLC PPZ RAP RPIP RT RWG SDAP SDF SIC SPTL TPDP UEM US (Access Road) Estrada de Acesso (Bank Procedure) Procedimento Bancário (Community Interface Forum) Fórum de Comunicação Comunitária (Central Processing Facility) Instalações Centrais de Processamento Direcção Nacional de Geográfica e Cadastral Direcção Nacional de Carvão e Hidrocarbonetos Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique Estrada Nacional Nº 1 (Engineering, Procurement and Construction) Engenharia, Aquisição e Construção (Engineering, Procurement, Construction and Management) Engenharia, Aquisição, Construção e Gestão (Flow Line) Linha de Fluxo / Tubulações de Fluxo Governo de Moçambique Instituto Nacional de Investigação Agronómica (National Institute for Agricultural Research) Instituto Nacional de Planeamento Físico (National Institute for Physical Planning) (International Organisation for Standardisation) Organização Internacional de Estandardização (Monitoring and Evaluation) Monitorização e Avaliação Ministério Para a Coordenação da Acção Ambiental (Ministry for the Coordination of Environmental Affairs) (Multilateral Investment Guarantee Agency) Meticais (National Environmental Management Programme) Programa Nacional de Gestão Ambiental (Non Government Organisation) ONG – Organização Não-Governamental (Operational Directive) Directiva Operacional (Operational Policy) Política Operacional (Project Liaison Committee) Comissão de Coordenação do Projecto (Zone of Partial Protection) Zona de Protecção Parcial (Resettlement Action Plan) Plano de Acção para o Reassentamento (Resettlement Planning and Implementation Programme) Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento (Resettlement Team) Equipa de Reassentamento (Resettlement Working Group) Grupo de Trabalho para o Reassentamento (Social Development Action Plan) Plano de Acção para o Desenvolvimento Social (Social Development Fund) Fundo de Desenvolvimento Social Sasol Investment Company Sasol Petroleum Temane Limitada (Temane/Pande Development Project) Projecto de Desenvolvimento Temane/Pande Universidade Eduardo Mondlane (United States) EU – Estados Unidos PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XI SASOL SUMÁRIO EXECUTIVO ANTECEDENTES Os recursos de gás natural de Moçambique têm vindo a ser objecto de pesquisa há vários anos. Através dum acordo de exploração que engloba o Bloco de Exploração bem como um Acordo para Produção de Petróleo que abrange os Campos de Gás de Temane e de Pande, foram concedidos à Sasol, juntamente com as suas empresas filiais em Moçambique, os direitos de exploração na região norte da Província de Inhambane, a sul de Moçambique. O Acordo para Produção de Petróleo para o desenvolvimento e produção dos Campos de Temane e de Pande foi assinado a 26 de Outubro de 2000 pela Sasol, pela Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos, SARL e pelo Governo de Moçambique e durante Novembro de 2001 a Sasol (Sasol Petroleum Mozambique Lta, Sasol Petroleum Temane Lta e a Republic of Mozambique Pipeline Investment Company (Pty) Ltd) obteve aprovação por parte do Governo para o Projecto de Gás Natural. O objectivo do projecto é transportar por gasoduto gás natural para Secunda, na África do Sul, para processamento e distribuição subsequente para aplicação industrial na África do Sul. Em Moçambique, o Projecto de Gás Natural compreende três actividades primárias, a saber, exploração, desenvolvimento e operação do campo de gás, e construção e operação do gasoduto (de Temane a Ressano Garcia). Cada uma das três actividades primárias indicadas anteriormente possuem exigências únicas de reassentamento que são determinadas e apresentadas no Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento, programa este que foi compilado em conformidade com as políticas, procedimentos e padrões estabelecidos pelo Grupo do Banco Mundial. Chegou-se já a acordo de que os princípios, processos e acções empreendidos até à data aderem aos padrões do Banco Mundial. O objectivo do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento é facilitar o tratamento igual e justo de todas as populações afectadas pelo Projecto de Gás Natural no que diz respeito ao reassentamento e questões com ele relacionadas (tais como violação dos direitos de propriedade). O Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento faz também provisão para se providenciar um tratamento igual para todos e assisti-los a alcançarem consistência entre as várias actividades de reassentamento relacionadas com a Sasol em Moçambique. Num aspecto importante, o Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento consiste de quatro volumes, a saber, o presente relatório de planeamento e implementação mais os relatórios de planeamento sobre o uso da terra (para habitação e machambas de substituição) assim como um relatório para monitorização e avaliação contínua na sequência da actual monitorização sobre o cumprimento [os últimos três estão ainda em preparação, prevendo-se que a sua publicação no domínio público se realize no final de Agosto de 2003]. Quadro para o Planeamento e Implementação do Reassentamento No que diz respeito a aspectos relativos ao reassentamento relacionados com o Projecto de Gás Natural, a Sasol adoptou e implementou as políticas, procedimentos, directivas e padrões do Grupo do Banco Mundial tal como se encontram na Política Operacional 4.12: Reassentamento Involuntário (OP 4.12), Procedimento do Banco 4.12: Reassentamento Involuntário (BP 4.12) e Directiva Operacional 4.30: Reassentamento Involuntário (OD 4.30). Os objectivos primários da política, procedimento e directiva são como se indica a seguir: Onde possível deve-se evitar ou minimizar o reassentamento involuntário, explorando todas as alternativas viáveis. Onde não seja possível evitar o reassentamento, as actividades de reassentamento devem ser concebidas e executadas duma forma sustentada, providenciando recursos de investimento suficientes para capacitar as populações deslocadas devido ao projecto a compartilharem nos benefícios do projecto. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XII SASOL As populações deslocadas devem ser adequadamente consultadas e deve-se-lhes providenciar a oportunidade de tomarem parte no planeamento e implementação dos programas de reassentamento. Na realidade, a participação da comunidade é vital para o planeamento e implementação do reassentamento. As populações deslocadas devem ser auxiliadas nos seus esforços para melhorarem os seus meios e níveis de vida ou pelo menos para os reconstituírem, em termos reais, aos mesmo níveis anteriores à sua deslocação ou aos níveis prevalecentes antes do início da implementação do projecto, qualquer que for o melhor. Exposição dos Objectivos do Reassentamento A Sasol adoptou os seguintes objectivos do Reassentamento: Evitar o reassentamento onde quer que seja possível através dum planeamento integrado e iterativo. Nos casos em que não seja possível evitar o reassentamento: ▫ Minimizar o âmbito, magnitude e impacto do reassentamento. ▫ Tratar todas as pessoas afectadas pelo reassentamento (populações deslocadas) com respeito, dignidade e justiça. ▫ Pagar uma compensação justa e equitativa às populações deslocadas até ao ponto em que estas sejam afectadas pelo reassentamento. ▫ Providenciar assistência às populações deslocadas na adaptação ao seu novo ambiente. ▫ Efectuar a monitorização dos efeitos do reassentamento durante um período de quatro anos e tomar as acções necessárias para solucionar quaisquer problemas que possam surgir com relação ao reassentamento. ▫ Promover o desenvolvimento sócio-económico das populações deslocadas através da formulação e implementação dum programa detalhado de responsabilidade corporativa social. Âmbito do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento O Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento está a ser elaborado em parte como intenção futura e em parte como trabalho já finalizado (actividades que foram efectuadas dentro das disposições do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento). Este aspecto não considerado como uma limitação devido ao facto de que, desde o início do projecto, a Sasol e o Governo de Moçambique estabeleceram um Grupo Conjunto de Trabalho para lidar com questões relativas ao reassentamento. O projecto compreende a exploração, desenvolvimento do campo de gás e construção do gasoduto. Estas categorias foram subdivididas em zonas de possível impacto, a saber, aglomerados familiares, terras agrícolas (especialmente machambas) e sepulturas. Abordagem e Metodologia A recolha de dados processou-se de forma ligeiramente diferente para cada uma das três categorias do projecto. Contudo, em cada caso, a informação recolhida foi usada como dados de base para o planeamento e implementação do reassentamento. As actividades de exploração envolveram a desminagem, inspecção e desbravamento das linhas de corte para possibilitar a execução de actividades de exploração por parte do pessoal e equipamento de exploração sísmica. O desenvolvimento do campo de gás envolve a construção de Instalações Centrais de Processamento e infra-estrutura auxiliar, sondagem de poços bem com a ligação dos mesmos às Instalações Centrais de Processamento através de tubulações de fluxo, a maior parte das quais possui uma estrada de serviço adjacente. Durante o planeamento, através da utilização de informação existente e levantamentos no terreno, efectuou-se a reavaliação da disposição dos campos de gás numa base iterativa de forma a minimizar as exigências relativas ao reassentamento. Não obstante, é inevitável o reassentamento. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XIII SASOL A construção do gasoduto envolve a desminagem e desbravamento do percurso rota total do gasoduto estabelecendo, dessa forma um “direito de passagem” para o projecto. Este “direito de passagem” tem uma largura de 30 metros e constitui a área em que ocorrem todas as actividades de construção do gasoduto. Durante o planeamento, realizaram-se significantes trabalhos para quantificar os possíveis impactos sociais associados com o gasoduto. Como resultado do trabalho de preparação conta-se a oportunidade de alinhar o “direito de passagem” do gasoduto de forma a minimizar os impactos sociais e a evitar a deslocação física na medida do possível. Mesmo assim não foi possível evitar-se por completo o reassentamento. A Equipa Conjunta de Trabalho determinou valores fixos em moeda forte (Dólares norte-americanos) para todos os elementos sobre as quais haverá impacto. Estes valores foram aplicados no terreno ao número de elementos afectados. As reivindicações de compensação são calculadas em Dólares norteamericanos mas são pagas em Meticais moçambicanos usando a taxa cambial em vigor na data de pagamento. Em termos de consulta e participação, estas realizaram-se com as Autoridades a todos os níveis, com o Governo de Moçambique e com as Autoridades Tradicionais. Dois dos aspectos principais da consulta e participação das autoridades relevantes foram o estabelecimento do Grupo Conjunto de Trabalho e o facto de que os membros da Equipa de Reassentamento são acompanhados por representantes governamentais. Para além disso, a Sasol estabeleceu uma Equipa de Coordenação com a Comunidade a título permanente a qual realiza, continuamente, discussões com o Governo de Moçambique e com as comunidades afectadas. A consulta e participação comunitária têm vindo a decorrer, numa base contínua, desde o início do Projecto de Gás Natural. A Sasol também compilou e publicou um Sumário Executivo Completo. O Anexo 4 inclui um registo detalhado de todas as discussões e consultas realizadas. DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS CHAVE DO PROJECTO DE GÁS NATURAL EM MOÇAMBIQUE E IMPACTOS ASSOCIADOS COM O REASSENTAMENTO O Projecto de Gás Natural compreende três elementos primários, a saber, a exploração dos campos de gás de Temane e de Pande, o Bloco de Exploração, o desenvolvimento dos campos de gás e a construção e operação dum gasoduto subterrâneo desde as CPF (Instalações Centrais de Processamento) até Ressano Garcia. A exploração envolveu as seguintes actividades principais: Estabelecimento dum acampamento central temporário, o qual inclui escritórios, oficinas e acomodação para 150 elementos de pessoal O destacamento de equipas para desminar as rotas pré-determinadas para as linhas de corte. O destacamento de equipas de desbravamento para remover toda a vegetação das linhas de corte. A largura da linha de corte era de 6 m, mas mais larga em certas secções de forma a possibilitar o uso de equipamento sísmico e maquinaria. O destacamento de equipas para efectuar testes sísmicos que envolvem a perfuração de furos superficiais (200 m), a produção de vibrações a intervalos de 40 m e a recolha de dados sobre velocidade sísmica de dentro dos furos. Ao se finalizarem os testes sísmicos numa linha de corte específica, deixou-se que a vegetação tornasse a crescer nas áreas desbravadas de acordo com o programa de gestão ambiental aprovado. Os impactos do reassentamento resultantes das actividades acima indicadas relacionaram-se principalmente com a exumação e re-enterro de sepulturas, perda de colheitas e perda temporária de acesso a machambas. Para além de danos acidentais mínimos às infra-estruturas e a morte dum cabrito, não houve qualquer impacto sobre as infra-estruturas ou aglomerados familiares durante a exploração sísmica. Nos casos em que estas infra-estruturas e agregados familiares se encontram no curso duma linha de corte, alterava-se o curso pré-determinado da mesma de forma a evitarem-se. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XIV SASOL O desenvolvimento de campos de gás envolve várias actividades/componentes de projecto interrelacionadas: Instalações Centrais de Processamento. O planeamento destas instalações foi efectuado de forma a se evitar o reassentamento. Como resultado, não existem quaisquer impactos de reassentamento com elas associados. Zona de Protecção Parcial. Os impactos de reassentamento resultantes da Zona de Protecção Parcial relacionam-se com a mudança permanente de cinco agregados familiares e 22 machambas e perda de colheitas dessas 22 machambas. Estrada Principal de Acesso. Os impactos de reassentamento resultantes da construção e operação da estrada principal de acesso relacionam-se com a mudança permanente de quatro agregados familiares e 16 machambas, incluindo a perda de colheitas dessas 16 machambas. Poços, Tubulações ou Linhas de Fluxo, Estradas de Acesso e Trabalhos Auxiliares. Os impactos de reassentamento associados com os poços, tubulações de fluxo, estradas de acesso e trabalhos auxiliares relacionam-se com a exumação e re-enterro de sepulturas, a mudança de dois aglomerados familiares, perda de colheitas e a mudança temporária e permanente de 346 machambas. O gasoduto entre as Instalações Centrais de Processamento em Temane e Ressano Garcia cobrem uma distância de aproximadamente 520 km. A construção do gasoduto envolve a desminagem e desbravamento da vegetação na totalidade do curso do gasoduto, estabelecendo dessa forma “um direito de passagem” para o projecto. Os impactos de reassentamento relacionados com o gasoduto são a perda de colheitas, a perda temporária de acesso a machambas e a terras de agricultura comercial, a exumação e re-enterro de sepulturas, a mudança permanente de aglomerados familiares e a perda de madeiras pertencentes ao Governo. MACRO QUADRO LEGISLATIVO, REGULAMENTAR E DE POLÍTICA O objectivo desta secção é providenciar um entendimento global do quadro de políticas legislativas e regulamentares de acordo com o qual está a ser implementado o Projecto de Gás Natural no que se relaciona ao uso de terras, reassentamento e compensação. De acordo com as exigências da Legislação Ambiental em Moçambique (Decreto Governamental 76/98), elaborou-se uma Avaliação do Impacto Ambiental para o desenvolvimento, operação e encerramento das actividades do Projecto de Gás Natural em Moçambique. Nos termos da legislação relevante, os aspectos seguintes foram abordados no Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento: Poder do domínio eminente. Terras. O Ambiente. Arqueologia. Lei do Petróleo. Os aspectos relativos a políticas e que são abrangidos pelo Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento são o Programa Ambiental Nacional e o Código de Infra-estrutura de Serviços. O ambiente regulador diz respeito à Lei Ambiental Nº 20/97, a Lei das Terras e o reassentamento/expropriação e compensação. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XV SASOL Encontram-se ainda discutidas as directrizes e padrões de melhores práticas internacionais em gestão ambiental que incluem as Directivas Operacionais do Banco Mundial e os princípios na base do sistema da ISO (International Organisation for Standardisation). Discutem-se, em cada um dos casos, as implicações para o Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento. Esta secção sobre o Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento termina com uma descrição do mecanismo para reclamações adoptado para o Projecto de Gás Natural. DISPOSIÇÕES INSTITUCIONAIS / RESPONSABILIDADES DA ORGANIZAÇÃO Esta secção do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento descreve os participantes, as suas funções e responsabilidades na medida em que se relacionam com o reassentamento associado com o Projecto de Gás Natural. A composição da Sasol, tal como se aplica no Projecto de Gás Natural, encontra-se aqui ilustrada e descrita. Contudo, e de maior importância, discutem-se os representantes da Sasol e as suas responsabilidades no contexto de ligação entre a Sasol e o Governo de Moçambique orientadas para se alcançar um reassentamento feito a tempo e sem problemas. A este respeito, a Sasol determinou dois objectivos principais do reassentamento: Efectuar o reassentamento a tempo e sem problemas de modo a providenciar uma base sólida para um relacionamento contínuo positivo com a comunidade no futuro. Efectuar um reassentamento em total conformidade com as disposições da Política Operacional do Grupo do Banco Mundial 4.12: Reassentamento Involuntário, Procedimento do Banco 4.12: Reassentamento Involuntário e Directiva Operacional 4.30: Reassentamento Involuntário. A este respeito, a Sasol tem três áreas de responsabilidade: Gestão (incluindo a coordenação contínua com o GOM, com o Empreiteiro e com as comunidades). Auditoria (monitorização contínua da implementação do projecto). Monitorização e Avaliação (pós-implementação). De forma a alcançar os seus objectivos e a ir de encontro às suas responsabilidades, a Sasol nomeou um Gestor de Projecto a tempo-inteiro para gerir os interesses e responsabilidades da Sasol através dum Grupo de Trabalho para o Reassentamento e Compensação (Equipa Conjunta de Trabalho) e um Grupo de Trabalho para o Reassentamento (RWG). Para além disso, a Sasol receberá assistência nas suas actividades a partir de empreiteiros independentes, vários departamentos e instituições governamentais e organizações não-governamentais. DESCRIÇÃO DO AMBIENTE O Projecto de Gás Natural compreende três elementos primários em Moçambique que possuem uma vasta área de influência que abrange três províncias, a saber, Inhambane, Gaza e Maputo. Campo de Gás (Exploração e Desenvolvimento do Campo de Gás) Os Campos de Gás de Temane e Pande e o Bloco de Exploração estão localizados a sul do Rio Save na Província de Inhambane nos Distritos de Inhassoro (Temane) e de Govuro (Pande). O outro distrito incluído na área de estudo é Vilanculo. A área de estudo compreende uma planície costeira ampla. O Rio Govuro corre paralelamente à costa de norte a sul e divide a meio a área de estudo. Existem nesta área de estudo vários lagos limítrofes costeiros, pequenos, uniformes. A maior parte dos tipos de solo na área de estudo possuem um nível de fertilidade de médio a baixo. A área possui oito tipos de vegetação de larga escala que são diversas dum ponto de vista florístico. Esta vegetação diversa providencia uma variedade de habitats para animais, proporcionando dessa forma uma diversidade faunística bastante rica. A fauna e flora têm sido PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XVI SASOL disturbadas por influência das populações. Apesar disso, durante os levantamentos no terreno observaram-se várias espécies de pássaros. Os Distritos de Vilanculo, Inhassoro e Govuro que constituem a área de estudo, incluem áreas urbanas, semi-urbanas e rurais que sustêm assentamentos populacionais bem estabelecidos e populações dispersas. Em geral existem três tipos distintos de assentamentos na área de estudo, ou seja, entre a costa e a EN1, a oeste da EN1 e nas planícies baixas de inundação dos Rios Govuro e Save. As estimativas populacionais em 1997 para os Distritos de Inhassoro, Govuro e Vilanculo indicavam 43,406; 29,031 e 113,045 habitantes, respectivamente. Este número corresponde a aproximadamente 18% da população da Província de Inhambane. Na área de estudo existem poucas oportunidades formais para provisão de rendimentos para a população. A maioria da população sobrevive à custa da agricultura para subsistência. Dado o baixo nível sócio-económico da população, existe ainda uma grande dependência dos recursos naturais. Em termos do uso de plantas pelas populações locais, a vegetação natural desempenha um papel muito importante na economia familiar, saúde, subsistência e possibilidade de ganhar quaisquer rendimentos para as populações locais. Vilanculo possui boas ligações em termos de transportes, enquanto que as ligações de transporte em Inhassoro e Govuro são essencialmente básicas. O nível de comunicações nos distritos é fraco. De acordo com o censo de 1997, 54% da população com mais de cinco anos de idade não sabe ler nem escrever. Este facto é ilustrativo das inadequadas facilidades educacionais a nível primário e secundário nos três distritos. Os serviços de saúde nos três distritos são limitados, encontrando-se o único hospital existente na cidade de Vilanculo. Existe pouca água potável e as instalações sanitárias no na província são também pobres. Não existem na área quaisquer sistemas de reticulação de esgotos ou estações de tratamento de águas. O desenvolvimento nestes três distritos é coordenado pelo Governo. Gasoduto O gasoduto tem uma extensão de 520 km e atravessa três províncias, ou seja, Maputo, Gaza e Inhambane. Foram identificadas, ao longo do percurso, cinco formas geológicas. Em geral, o percurso atravessa áreas sedimentares que se encontram relacionadas com os vários ciclos de transgressão e regressão marinha com alguns afloramentos rochosos. O percurso do gasoduto é caracterizado por quatro formas de terreno principais, isto é, o sistema montanhoso das Serras do Lebombo, planícies basálticas ondulantes expostas, planícies arenosas de depósito litorais e planícies aluviais. Encontram-se oito unidades de solos. Esta área apresenta pequenas variações no terreno. A área em questão tem verões quentes e invernos secos suaves. As principais características hidrológicas superficiais compreendem 13 rios. Existem cinco categorias diferentes de caracterização de águas subterrâneas ao longo do percurso. Existem oito tipos de vegetação predominantes ao longo do percurso. A fauna é constituída, em geral, por herbívoros de tamanho pequeno a médio, morcegos, roedores, cobras, répteis, anfíbios, carnívoros pequenos e uma variedade de aves. A área abrangida pelo gasoduto abrange três províncias e onze distritos e, como é de esperar, os ambientes sociais e sócio-económicos variam muito. As densidades populacionais ao longo do percurso são, de forma geral, baixas com a excepção do Chókwe e Guijá e do Distrito de Massinga. O número médio de pessoas por agregado familiar foi determinado em 5.21 com 76% dos agregados familiares sendo originais das suas áreas de residência. Na ausência de oportunidades de emprego formal, a agricultura de subsistência serve como uma estratégia de sobrevivência extremamente importante. Os animais domésticos constituem uma fonte importante de alimentação e de rendimento, e a carne de caça constitui uma fonte importante de proteínas. Existe um alto nível de dependência nos recursos naturais e a vegetação natural desempenha PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XVII SASOL um papel importante na economia caseira, saúde, subsistência e potencial de ganhar quaisquer rendimentos das populações locais. A infra-estrutura e serviços sociais variam de forma significante entre os vários distritos e províncias atravessados pelo gasoduto. A partir da EN1 existe toda uma rede de estradas primárias, secundárias e rurais, essencialmente a ligar a vilas, aldeias, área de actividade económica e infra-estrutura importante. Existem ligações de transporte aéreo entre a Cidade de Maputo e Inhambane e Vilanculo. Existe um nível muito variável de telecomunicações por toda esta área. A provisão de água e saneamento é também extremamente variável nesta área. Nos centros distritais há um abastecimento de água por canalização e rede de esgotos de frequência e eficácia variáveis. Nas áreas rurais a água potável é extraída através de fontes comunais e em geral faz-se uso de latrinas de buraco. Em resumo e em geral, os distritos orientais encontram-se mais desenvolvidos do que aqueles situados a oeste. O desenvolvimento nas três províncias é coordenado pelo Governo. COMPENSAÇÃO Aplicam-se os princípios de compensação consistentes com as disposições da Política Operacional 4.12: Reassentamento Involuntário, Procedimento do Banco 4.12: Reassentamento Involuntário e Directiva Operacional 4.30: Reassentamento Involuntário. Estes princípios foram aprovados como sendo justos e equitativos e foram finalizadas pela Equipa Conjunta de Trabalho. Só são elegíveis para compensação material relacionada com o seu reassentamento as populações a residir nas áreas demarcadas para exploração antes do início das actividades de levantamento. A abordagem e metodologia utilizadas como ser resumidas da seguinte forma: Logo que possível as áreas que serão afectadas serão identificadas e demarcadas em mapas e através de fotografias aéreas. Após a emissão da autorização para utilização das terras, estas áreas são demarcadas no próprio terreno. A partir daí, realizar-se-ão pesquisas de base para: Identificar as populações, partes ou agregados familiares afectados e se efectuar o registo dos seus nomes e dados. ▫ Identificar os líderes/representantes das comunidades locais para auxiliarem neste processo. ▫ Efectuar uma avaliação da magnitude dos impactos no que se relaciona com as necessidades para reassentamento e/ou compensação. ▫ Compilar um registo de terras. ▫ Efectuar a avaliação dos valores passíveis de serem compensados. ▫ Logo que possível, depois disso, as ofertas de compensação serão formuladas e assinar-se-ão os acordos com as populações afectadas. A Sasol providencia terras alternativas (se tal for aplicável), incluindo serviços auxiliares de apoio, por exemplo, transporte para o reassentamento físico propriamente dito, a provisão de alojamento, a provisão de pacotes (de sementes) para iniciar o cultivo e de árvores de substituição, e apoio em termos de provisão de alimentos. As pessoas que foram transferidas dum local para outro receberão também assistência e auxílio pós-mudança. Após o reassentamento, a Sasol efectuará a monitorização e avaliação do processo de reassentamento bem como o re-estabelecimento de meios de vida sustentáveis por todos aqueles afectados pelo reassentamento. ▫ As populações afectadas a residirem numa área afectada pelo projecto serão elegíveis para receber compensação na medida em que os seus direitos tenham sido afectados ou infringidos devido a actividades relacionadas com o projecto. Até à elaboração do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento, as indemnizações pagas a pessoas afectadas foram feitas logo que possível. Isso relaciona-se com os preparativos de logística ao longo de uma linha de desenvolvimento linear, em parte, em zonas remotas do país. Nalguns casos, as pessoas afectadas queixaram-se sobre a morosidade dos pagamentos. Contudo, na maioria dos casos, constatou-se que existiam pessoas afectadas que não puderam ser localizadas na altura dos pagamentos, pelo que as PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XVIII SASOL compensações tiveram que ser adiadas até à sessão seguinte. À data da elaboração do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento, havia apenas um número reduzido de compensações pendentes. DADOS DE BASE E MATRIZES DE DIREITO Os dados de base para a exploração, desenvolvimento do campo de gás e construção do gasoduto encontram-se resumidos no presente documento. No que se relaciona com privacidade individual, os dados sobre a compensação foram excluídos deste documento. Contudo, estes detalhes podem ser providenciados, mediante pedido por escrito, pela Sasol. A exploração dos Campos de Gás de Temane e de Pande foi efectuada durante a segunda metade de 2001. Foram recolhidos todos os dados de base e efectuados os pagamentos relativos às compensações. Muito embora se tivessem tomado precauções houve casos onde sepulturas e cemitérios foram afectados pela maquinaria. No final da fase de exploração tinham-se registado e avaliado um total de 1,533 machambas. As actividades de reassentamento, relacionadas com as actividades nos campos de gás, estão em curso uma vez que o trabalho não se encontra ainda todo finalizado. Onde possível, evitou-se a transferência de sepulturas. Contudo, até ao dia 6 de Maio de 2003, tinham sido transferidas três sepulturas. Também, até 6 de Maio de 2003, tinha-se feito o registo e avaliação de 384 machambas. Onde possível, evitou-se o reassentamento dos agregados familiares através do realinhamento da estrada principal de acesso e dos percursos das tubulações de fluxo. Contudo, não foi possível evitar-se completamente o reassentamento e até 6 de Maio de 2003 tinham-se registado 11 aglomerados familiares para reassentamento. As actividades relacionadas com a construção e operação do gasoduto tiveram início em Abril de 2002. O registo e compensação dos indivíduos afectados encontram-se basicamente finalizados. Onde possível, evitou-se a transferência de sepulturas, mas, no entanto, foram afectados seis locais de sepultura. Até 6 de Maio de 2003, tinham-se registado e avaliado um total de 164 machambas. Onde possível evitou-se afectarem-se as propriedades familiares. Contudo, não foi possível evitarem-se na totalidade e na altura de elaboração da Revisão deste Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento, tinham-se registado três propriedades familiares para reassentamento. ASSISTÊNCIA DURANTE O REASSENTAMENTO E AUXÍLIO APÓS A MUDANÇA O período de vida previsto para os poços de produção é de aproximadamente 25 anos. As Instalações Centrais de Processamento estão a funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, e o seu funcionamento será na maior parte do tempo automatizado. Por implicação, a Sasol terá uma presença limitada no terreno durante as operações. É neste contexto que é necessário considerar-se a assistência ao reassentamento e auxílio após a mudança. A este respeito, a assistência pode ser melhor descrita como consistindo de operações intensivas de curto-prazo que envolvem o reassentamento físico e reestabelecimento imediato dos elementos afectados. Os cuidados ou auxílio pós-reassentamento envolvem, por definição, apoio de médio a longo prazo, de baixa intensidade, com o objectivo de auxiliar as famílias transferidas a estabelecerem um nível de auto-sustento. MONITORIZAÇÃO, AVALIAÇÃO E AUDITORIA A fiscalização por funcionários do Governo moçambicano durante a construção tem sido contínua desde o início das actividades de reassentamento e irá manter-se durante a duração ndo Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento. Compete à Equipa Conjunta de Trabalho apresentar relatório sobre as acções correctivas da Sasol (se aplicáveis). Além disso, a Equipa Conjunta de Trabalho empreendeu inspecções no terreno e manteve entrevistas pessoais com pessoas afectadas. Até agora não se observou ou verificou qualquer caso grave de não-cumprimento. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XIX SASOL Além disso, a auditoria sobre o cumprimento com os Procedimentos de Reassentamento e Compensação para os Projectos de Desenvolvimento dos Campos de Temane / Pande e o Gasoduto de Moçambique / Secunda e implementação do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento será feita por um auditor ambiental independente, duas vezes por ano durante o período de construção. O relatório será relativo à atenção da Sasol prestada sobre as acções rectificativas, onde se aplicarem. Compete à Sasol a extrema responsabilidade pela monitorização e avaliação contínua pós-construção. A Sasol está presentemente a preparar um programa que será implementado imediatamente após o reassentamento e que se manterá por um período de quatro anos. Este programa abarnge o Volume 4 do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento. ESTIMATIVA DOS CUSTOS Foi calculada uma primeira estimativa de custos de acordo com quatro elementos passíveis de compensação, ou seja, aglomerados familiares, machambas, sepulturas e árvores de substituição, e os custos associados com a implementação do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento, isto é, a preparação das áreas anfitriãs e honorários relativos aos serviços de apoio para a Sasol. Em todos os casos, aplicou-se uma taxa cambial padrão, a saber, 1 Dólar norte-americano = 22,000 Meticais moçambicanos. Na altura da elaboração da Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento Final, as estimativas indicam que o reassentamento custará cerca de US $ 1,579.447 incluindo 10% para contingências. PROGRAMAÇÃO E SINCRONIZAÇÃO O resumo do programa indicado a seguir ilustra que um significante número de actividades de reassentamento foram já finalizadas, que se despenderam já recursos significantes durante o planeamento de forma a evitar ou minimizar os impactos do reassentamento onde possível, e que, em geral o planeamento do reassentamento tem ocorrido de forma ordenada. Esta mesma tabela indica ainda as actividades de reassentamento que devem ainda ser efectuadas, das quais as características principais são: Finalização da primeira fase de compensações relativas ao gasoduto e finalização dos pagamentos de compensação relativos aos impactos do campo de gás. Uma segunda fase de pagamentos de compensação sobre o gasoduto relativo ao Projecto de Gás Natural que requer o “direito de passagem” até ao fim de 2003 (e portanto tendo impacto sobre os utilizadores das machambas afectadas durante uma segunda estação de plantio). Desenvolvimento dos Planos de Estabelecimento e Uso de Terras. Reassentamento físico dos aglomerados familiares no campo de gás. Desenvolvimento dum Sistema de Monitorização e Avaliação e início da Monitorização e Avaliação. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XX SASOL 2001 2002 Trimestre Trimestr Trimestr Trimestr Trimestr Trimestr Trimestre Trimestr Trimestr 3 e 1 e e e e e 3 e e 2 3 4 1 2 3 1 xxx Sísmica 2004 Trimestr 4 Exploração 2003 Trimestre xxx xxx xxx xxx Gasoduto – Trabalhos Preliminares Gasoduto – Construção xxx xxx xxx xxx xxx xxx Xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx Xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx xxx Desenvolvimento do Campo de Gás Gestão/ Apresentação de Relatórios sobre xxx xxx xxx o Projecto Deve-se tomar em atenção que o desenvolvimento do Projecto de Gás Natural constitui um processo em desenvolvimento e, portanto, prevêem-se adições e mudanças ao programa e à sincronização do mesmo. Estas adições e mudanças serão indicadas na Revisão Final do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento. Prevê-se que as actividades de reassentamento relacionadas com o Projecto de Gás Natural estejam finalizadas até Março de 2004, excepto no que se relaciona com a Monitorização e Avaliação que continuarão por um período previsto adicional de quatro anos a partir do reassentamento. OBSERVAÇÕES FINAIS O desenvolvimento do Projecto de Gás Natural possui enormes possibilidades para estimular a economia em Moçambique e na África do Sul. Contudo, constitui um empreendimento significativo que engloba muitos e variados elementos infraestruturais que se estendem por uma vasta área das zonas Central e Sul de Moçambique. Muito embora seja possível a minimização de impactos, os impactos sobre os ambientes social e sócio-económico são inevitáveis, o mais sério dos quais é constituído pelo reassentamento e compensação. A este respeito, a Sasol reconheceu a importância de empreender o reassentamento duma forma responsável e comprometeu-se a aderir às políticas, processos e padrões preconizados pelo Banco Mundial. O presente Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento documenta, a esse respeito, tanto as actividades de reassentamento já finalizadas como as planeadas para o futuro. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XXI SASOL ÍNDICE NOTA EXPLANATÓRIA AO RPIP.......................................................................................................III PRÓLOGO............................................................................................................................................V TABELA DE RESUMO DO REASSENTAMENTO..............................................................................VIII DEFINIÇÕES ..........................................................................................................................................IX ACRÓNIMOS........................................................................................................................................XI SUMÁRIO EXECUTIVO .......................................................................................................................XII ÍNDICE ..................................................................................................................................................XXII LISTA DE ILUSTRAÇÕES ..........................................................................................................................XXV LISTA DE TABELAS............................................................................................................................XXVI RECONHECIMENTOS .........................................................................................................................XXVII 1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................1 1.1 Antecedentes...................................................................................................................... 1 1.2 Enquadramento do RPIP.................................................................................................... 4 1.3 Exposição dos objectivos do reassentamento ................................................................... 5 1.4 Âmbito do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento ................. 5 1.5 Abordagem e metodologia ................................................................................................. 6 1.5.1 Recolha de dados .................................................................................................... 6 1.5.1.1 Processo Genérico ...................................................................................... 6 1.5.1.2 Exploração ................................................................................................... 7 1.5.1.3 Campo de Gás ............................................................................................. 7 1.5.1.4 Gasoduto...................................................................................................... 8 1.5.2 Avaliações .................................................................................................................. ................................................................................................................................10 1.5.3 Consulta e participação..........................................................................................10 1.5.3.1 Consulta e participação das Autoridades ..................................................10 1.5.3.2 Consulta e Participação Comunitária ........................................................11 1.6 Suposições e limitações ...................................................................................................11 1.6.1 Suposições.............................................................................................................11 1.6.2 Limitações ..............................................................................................................11 1.7 Estrutura do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento............12 2 ODESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS CHAVE DO PROJECTO DE GÁS NATURAL EM TERRITÓRIO MOÇAMBICANO E IMPACTOS DE REASSENTAMENTO ASSOCIADOS.....13 2.1 Exploração........................................................................................................................13 2.2 Desenvolvimento do Campo de Gás................................................................................16 2.3 Gasoduto ..........................................................................................................................18 3 MACRO-QUADRO LEGISLATIVO, REGULAMENTAR E DA POLÍTICA ...............................20 3.1 Legislação aplicável .........................................................................................................20 3.1.1 O poder do domínio eminente................................................................................20 3.1.2 Terra .......................................................................................................................20 3.1.3 Ambiente ................................................................................................................21 3.1.4 Arqueologia ............................................................................................................22 3.1.5 Legislação sobre Pesquisa e Exploração de Petróleo...........................................22 3.2 A política aplicável............................................................................................................23 3.2.1 Programa Nacional de Gestão Ambiental..............................................................23 3.2.2 Código da Infraestrutura de Serviços.....................................................................23 3.3 Ambiente regulamentar ....................................................................................................23 3.3.1 Ambiente ................................................................................................................23 3.3.2 Terra .......................................................................................................................24 PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XXII SASOL 3.3.3 Reassentamento/expropriação e compensação....................................................25 Directrizes e padrões das melhores práticas em gestão ambiental.................................26 3.4.1 Directivas Operacionais do Banco Mundial ...........................................................26 3.4.2 Organização Internacional para Normalização......................................................27 3.5 Implicações para o Programa de Planeamento e Implementação de Reassentamento .27 3.6 Mecanismo de reclamações.............................................................................................28 DISPOSIÇÕES INSTITUCIONAIS / RESPONSABILIDADES EMPRESARIAIS .....................30 4.1 Sasol.................................................................................................................................30 4.2 Governo de Moçambique .................................................................................................33 4.3 Autoridades Tradicionais ..................................................................................................34 4.4 Empreiteiros......................................................................................................................34 4.5 Organizações de apoio.....................................................................................................35 4.5.1 Empreiteiros de Reassentamento..........................................................................35 4.5.2 Agência de Pagamento ..........................................................................................35 4.5.3 Auditor independente .............................................................................................35 4.5.4 Instituições Nacionais.............................................................................................35 4.5.5 Organizações Não Governamentais ......................................................................35 4.6 Capacidade e ligações institucionais ...............................................................................36 DESCRIÇÃO DO AMBIENTE ....................................................................................................37 5.1 Campo de gás (exploração e desenvolvimento do campo de gás) .................................37 5.1.1 Ambiente Biofísico..................................................................................................37 5.1.1.1 Geologia, topografia e drenagem ..............................................................37 5.1.1.2 Solos ..........................................................................................................38 5.1.1.3 Clima ..........................................................................................................38 5.1.1.4 A flora e a fauna.........................................................................................38 5.1.2 Ambiente social e socioeconómico ........................................................................40 5.1.2.1 Demografia.................................................................................................41 5.1.2.2 Socioeconomia...........................................................................................41 5.1.2.3 Infraestruturas e serviços sociais...............................................................42 5.1.2.4 Iniciativas de desenvolvimento comunitário ..............................................44 5.2 Conduta ............................................................................................................................44 5.2.1 Ambiente biofísico ..................................................................................................44 5.2.1.1 Geologia.....................................................................................................44 5.2.1.2 Relevo, solos e terreno ..............................................................................45 5.2.1.3 Clima ..........................................................................................................45 5.2.1.4 Hidrologia ...................................................................................................46 5.2.1.5 A flora e a fauna.........................................................................................46 5.2.2 Ambiente social e socioeconómico ........................................................................47 5.2.2.1 Demografia.................................................................................................48 5.2.2.2 Socioeconomia...........................................................................................48 5.2.2.3 Infraestruturas e serviços sociais...............................................................52 5.2.2.4 Iniciativas de desenvolvimento comunitário ..............................................52 INDEMNIZAÇÕES......................................................................................................................53 6.1 Princípios de Indemnização .............................................................................................53 6.2 Elegibilidade .....................................................................................................................53 6.3 Metodologias e processos de indemnização ...................................................................54 6.4 Processo de reclamações ................................................................................................55 6.4.1 Processos de Indemnização ..................................................................................56 6.4.1.1 Casarios .....................................................................................................56 6.4.1.2 Machambas................................................................................................57 6.4.1.3 Sepulturas e Locais Sagrados ...................................................................60 6.4.1.4 Outros ........................................................................................................61 3.4 4 5 6 PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XXIII SASOL 6.5 Indemnização efectiva......................................................................................................63 6.5.1 Pagamentos em numerário ....................................................................................63 6.5.2 Pagadorias .............................................................................................................63 6.5.3 Procedimento de pagamento .................................................................................63 7 DADOS DE REFERÊNCIA E MATRIZES DE DIREITO............................................................64 7.1 Exploração........................................................................................................................64 7.1.1 Sepulturas (SE:G) ..................................................................................................64 7.1.2 Machambas (SE:CL, LoA e NR(D)) .......................................................................64 7.1.3 Casarios .................................................................................................................66 7.1.4 Resumo ..................................................................................................................66 7.2 Desenvolvimento dos campos de gás..............................................................................66 7.2.1 Sepulturas (FL:G)...................................................................................................68 7.2.2 Machambas (PPZ:M, PPZ:CL, AR:M, AR:CL, FL:M, FL:CL, M:M, M:CL) .............68 7.2.3 Casarios (PPZ:H, AR:H, FL:H)...............................................................................70 7.2.4 Resumo ..................................................................................................................71 7.3 Pipeline (Conduta)............................................................................................................71 7.3.1 Sepulturas (P:G).....................................................................................................71 7.3.2 Machambas (P:CL, P:M, P:T) ................................................................................73 7.3.3 Casais (P:H) ...........................................................................................................75 8 ASSISTÊNCIA NO REASSENTAMENTO E CUIDADOS PÓS-REASSENTAMENTO............77 9. MONITORIZAÇÃO, AVALIAÇÃO E AUDITORIA.....................................................................78 9.1 Monitorização de observância durante a construção.......................................................78 9.2 Auditoria durante a construção.........................................................................................78 10 ESTIMATIVAS DE CUSTOS......................................................................................................79 10.1 Casais...............................................................................................................................79 10.2 Machambas ......................................................................................................................79 10.3 Sepulturas.........................................................................................................................79 10.4 Árvores de substituição ....................................................................................................80 10.5 Preparação da área anfitriã ..............................................................................................80 10.6 Apoio 81 10.7 Sumário ............................................................................................................................82 11 PROGRAMAÇÃO E PLANEAMENTO ......................................................................................83 12 OBSERVAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................85 13 BIBLIOGRAFIA ..........................................................................................................................86 14 COMUNICAÇÕES PESSOAIS ..................................................................................................87 15 FONTES INTERNET ..................................................................................................................88 ANEXO 1 ..............................................................................................................................................89 ANEXO 2 ..............................................................................................................................................90 ANEXO 3 ..............................................................................................................................................91 ANEXO 4 ..............................................................................................................................................92 ANEXO 5 ..............................................................................................................................................93 ANEXO 6 ..............................................................................................................................................94 ANEXO 7 ..............................................................................................................................................95 ANEXO 8 ..............................................................................................................................................96 PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XXIV SASOL LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Mapa ilustrativo da localização dos Campos de Gás de Temane e de Pande, no norte da Província de Inhambane, a sul de Moçambique. ..................................................... 2 Mapa ilustrativo do alinhamento e extensão do gasoduto entre Temane e Ressano Garcia (e daí para Secunda, na África do Sul). ...................................................................... 3 Estrutura da Sasol envolvidas no Projecto............................................................................ 31 Estrutura organizacional conforme se aplica Bs actividades de reassentamento associadas com o Projecto de G<s Natural. ........................................................................ 32 Programa e Plano para o Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento do Projecto de Gás Natural ...................................................................... 84 PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XXV SASOL LISTA DE TABELAS Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Tabela 5 Tabela 6 Tabela 7a Tabela 7b Tabela 8 Tabela 9 Tabela 10 Tabela 11 Tabela 12 Tabela 13 Tabela 14 Tabela 15 Tabela 16 Tabela 17 Tabela 18 Tabela 19 Tabela 20 Tabela 21 Tabela 22 Tabela 23 Tabela 24 Tabela 25 Impactos do Reassentamento resultantes dos diferentes elementos do Projecto de Gás Natural em território Moçambicano....................................................................................... 15 Tipos de vegetação em escala extensa da área em estudo................................................. 39 Instalações Educacionais na Província de Inhambane......................................................... 43 Indicadores-chave demográficos e instalações educacionais e de cuidados de saúde para os Distritos da Província de Maputo atravessados pela conduta......................................... 49 Indicadores-chave demográficos e instalações educacionais e de cuidados de saúde para os Distritos da Província de Gaza atravessados pela conduta. ........................................... 50 Indicadores-chave demográficos e instalações educacionais e de cuidados de saúde para os Distritos da Província de Inhambane atravessados pela conduta................................... 51 Dados de avaliação de culturas perenes e anuais (culturas económicas). .......................... 58 Dados de avaliação de espécies indígenas. ......................................................................... 59 Custos típicos relacionados com a exumação de sepulturas e cerimónias de exéquias de resepultura. .............................................................................................................................. 62 Valores de plantas medicinais............................................................................................... 62 Impactos de reassentamento decorrentes da exploração sísmica ....................................... 65 Detalhes sobre indemnizações pagas durante a exploração do Campo de Gás de Temane (sepulturas) .............. ............................................................................................................ 65 Árvores compensadas em consequência das actividades de exploração............................ 67 Impactos de reassentamento decorrentes do desenvolvimento do campo de gás .............. 67 Perenes e árvores compensadas como resultado de actividades de campo de gás. .......... 69 Anuais compensadas em consequência de actividades do campo de gás.......................... 69 Dados de reassentamento de casarios................................................................................. 71 Impactos de reassentamento resultantes da construção da conduta................................... 72 Detalhes sobre indemnizações sobre sepulturas, pagas durante a construção da conduta. 72 Perenes e árvores compensadas em consequência da construção da conduta.................. 74 Anuais compensadas em consequência da construção da conduta .................................... 74 Árvores madeireiras compensadas em consequência da construção da conduta de gás ... 75 Reassentamento de casais resultante da construção da conduta de gás............................ 76 Detalhes dos custos de indemnização de machambas. ....................................................... 80 Custos associados à preparação de novos casais e machambas de substituição. ............. 81 Resumo da estimativa de custos para a formulação e implementação do Planeamento de Reassentamento e Programa de Implementação para o Projecto de Gás Natural. ............ 82 PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XXVI SASOL RECONHECIMENTOS Os autores gostariam de reconhecer, agradecidamente, as contribuições das seguintes entidades: Grupo Conjunto de Trabalho para o Reassentamento e Compensação. Administradores Provinciais, Distritais e Locais nas áreas afectadas. Vários representantes da Sasol Representantes do Banco Mundial que apresentaram comentários sobre as revisões anteriores deste documento. Residentes e anfitriões afectados. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO XXVII SASOL 1 INTRODUÇÃO 1.1 Antecedentes Os recursos de gás natural de Moçambique têm vindo a ser objecto de pesquisa há vários anos. Através dum acordo de exploração que engloba o Bloco de Exploração bem como um Acordo para Produção de Petróleo que abrange os Campos de Gás de Temane e de Pande, foram concedidos à Sasol os direitos de exploração na região norte da Província de Inhambane, a sul de Moçambique (Figura 1). O Acordo para Produção de Petróleo para o desenvolvimento e produção dos Campos de Temane e de Pande foi assinado a 26 de Outubro de 2000 pela Sasol, pela Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos SARL (CMH) e pelo Governo de Moçambique (GOM) e em 20 de Novembro de 2001 a Sasol obteve a aprovação final do Governo com vista à continuação da construção do Projecto de Gás Natural. O objectivo do projecto é transportar por gasoduto o gás natural para Secunda, na África do Sul (Figura 2), para processamento e distribuição subsequente para aplicação industrial na África do Sul. No território Moçambicano, o Projecto de Gás Natural compreende três actividades primárias: Exploração. Desenvolvimento e operação do campo de gás. Construção e operação do gasoduto (de Temane a Ressano Garcia)1. Cada uma das actividades primárias indicadas acima possui exigências específicas em termos de reassentamento as quais se encontram descritas e abordadas no presente Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento2 (RPIP). No território Sul-africano, o Projecto de Gás Natural compreende duas actividades primárias adicionais: Construção e operação do gasoduto (de Ressano Garcia a Secunda). Conversão das infra-estruturas das instalações em Secunda e em Sasolburg. Os impactos sociais (incluindo o reassentamento, se aplicável) associados com os componentes Sul-africanos do Projecto de Gás Natural encontram-se discutidos num conjunto de Relatórios sobre o Impacto Ambiental e Planos de Gestão Ambiental os quais foram especificamente elaborados para o Projecto de Gás Natural (Secção 13). Contudo, para fins de integridade, os aspectos do reassentamento relativos à secção em território sul-africano do gasoduto encontram-se apresentados no presente RPIP no Anexo 1. 1 2 Este Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento só leva em consideração a secção do gasoduto em território Moçambicano, isto é, entre Temane a Ressano Garcia (o ponto fronteiriço entre Moçambique e a África do Sul). A terminologia comum é o Plano de Acção para o Reassentamento (RAP). Contudo, dado que o presente documento se encontra a ser elaborado numa altura em que alguns dos aspectos do reassentamento já se encontram finalizados, o Grupo do Banco Mundial sugeriu que fosse mais apropriado designar-se o mesmo por Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 1 SASOL Mapa ilustrativo da localização dos Campos de Gás de Temane e de Pande, no norte da Província de Inhambane, a sul de Moçambique. SOFALA PROVINCE Pipeline corridor National Roads National Parks Exploration Block Production Block Temane Central Processing Facility (CPF) District boundary Provincial boundary 210S MANHICA PROVINCE GOVURO 0 21 30"S Inhassoro Temane Gas Field INHASSORO MABOTE 0 Vilanculos 22 S VILANKULO INHAMBANE PROVINCE 22030"S MASSINGA 34 0 30"E 0 35 0 30"E 22 S 35 0 E FUNHALOURO 34 0 E Figura 1 PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 2 SASOL Figura 2 Mapa ilustrativo do alinhamento e extensão do gasoduto entre Temane e Ressano Garcia (e daí para Secunda, na África do Sul). PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 3 SASOL 1.2 Enquadramento do RPIP Com relação aos aspectos de reassentamento ligados ao Projecto de Gás Natural, a Sasol adoptou e implementou as políticas, procedimentos, directivas e padrões do Grupo do Banco Mundial tal como se encontram especificados na Política Operacional 4.12: Reassentamento Involuntário (OP 4.12), Procedimento do Banco 4.12: Reassentamento Involuntário (BP 4.12) e Directiva Operacional 4.30: Reassentamento Involuntário (OD 4.30). Chegou-se a acordo de que os princípios, processos e acções utilizados até à data estão em conformidade com os padrões do Banco Mundial. Em essência a OP 4.12 tem por objectivo abordar e mitigar os riscos económicos, sociais e ambientais ocasionados pelo reassentamento involuntário como resultado de projectos de desenvolvimento, e tem os seguintes objectivos primários: O reassentamento involuntário deve ser evitado, onde possível, ou minimizado, explorando-se todas as alternativas viáveis. Onde não seja possível evitar-se o reassentamento, as actividades de reassentamento devem ser concebidas e executadas numa forma sustentável, providenciando recursos de investimento suficientes de forma a capacitar as populações deslocadas devido ao projecto a partilharem nos benefícios do mesmo. As populações deslocadas devem ser adequadamente consultadas e deve-lhes ser providenciada a oportunidade de participarem no planeamento e implementação dos programas de reassentamento. As populações deslocadas devem ser auxiliadas nos seus esforços para melhorarem os seus meios e níveis de vida ou pelo menos para os reconstituírem, em termos reais, aos mesmo níveis anteriores à sua deslocação ou aos níveis prevalecentes antes do início da implementação do projecto, qualquer que for o melhor. O BP 4.12 descreve o procedimento e as acções exigidas pelo mutuário, na eventualidade do se identificar o reassentamento involuntário. Estes procedimentos encontram-se geralmente contidos num Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento, com relação a qualquer iniciativa específica de investimento que ocasione o reassentamento involuntário, programa este que detalha o processo completo de reassentamento, desde o início até à assistência posterior e controlo e avaliação. A OD 4.30 tem por objectivo assegurar que a população deslocada por qualquer projecto beneficie do mesmo e tem ainda objectivos que se encontram directamente ligados àqueles do OP 4.12. A participação da comunidade no planeamento e implementação do reassentamento é vital. Para além disso, devem ser estabelecidos padrões apropriados de organização social, e deve-se prestar apoio a instituições sociais e culturais já existentes as quais devem ser utilizadas na medida do possível. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 4 SASOL 1.3 Exposição dos objectivos do reassentamento Para fins do presente RPIP, o termo reassentamento (e aspectos relacionados tais com violação dos direitos de propriedade) é utilizado no seu contexto mais amplo, e compreende: a perda temporária ou permanente do acesso a terras, danos a propriedades públicas e privadas, deslocação física permanente e a transferência de sepulturas. A Sasol compromete-se totalmente a aderir e a cumprir com o quadro estrutural do RPIP delineado no OP 4.12, BP 4.12 e na OD 4.30 do Grupo do Banco Mundial. Para esse fim, a Sasol adoptou os seguintes objectivos de reassentamento com relação ao Projecto de Gás Natural: Evitar o reassentamento, onde possível, através dum planeamento integrado e interactivo. Nos casos onde seja inevitável o reassentamento: ▫ Minimizar o âmbito, magnitude e impacto do reassentamento. ▫ Tratar todas as pessoas afectadas pelo reassentamento (as populações deslocadas) com respeito, dignidade e justiça. ▫ Pagar a essas populações uma compensação justa e equitativa de acordo com a forma como foram afectadas pelo reassentamento. ▫ Auxiliar as populações deslocadas na sua adaptação ao novo ambiente. ▫ Efectuar a monitorização dos efeitos do reassentamento durante um período de quatro anos e tomar as acções necessárias para solucionar quaisquer problemas relativos ao reassentamento na eventualidade destes surgirem3. ▫ Promover o desenvolvimento sócio-económico das populações deslocadas através da formulação e implementação dum programa detalhado de responsabilidade social corporativa. 1.4 Âmbito do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento O presente RPIP foi elaborado de forma a englobar o reassentamento associado com todos os aspectos do Projecto de Gás Natural. É importante reconhecer-se que o Projecto de Gás Natural já se encontra em execução e, em alguns casos, a construção já se encontra num estado bastante avançado. Estes aspectos têm implicações para o presente RPIP na medida em que este está a ser formalizado a médio curso sob condições onde algumas actividades já foram finalizadas4, outras já se encontram em curso5, e algumas ainda não foram iniciadas6. Deve-se tomar em nota que no que se relaciona com as actividades já completadas e aquelas que se encontram em curso, se aplicaram os princípios e práticas contidos no presente RPIP. Da mesma forma, estes serão aplicados com relação às acções futuras, incluindo actividades não previstas que podem (e já foram) encontradas7. A implicação do acima mencionado é que o RPIP se encontra a ser elaborado em parte como 3 4 5 6 7 Considera-se que um período de quatro anos é apropriado para determinar se as pessoas afectadas pelo reassentamento foram ou não capazes de restabelecer os seus meios e estratégias de vida. Por exemplo, a exploração sísmica dos Campos de Gás de Temane e de Pande, bem como o Bloco de Exploração. Por exemplo, a construção do gasoduto. Por exemplo, certas tubulações de fluxo. Por exemplo, a alargamento de pelo menos três pontes para poder acomodar os camiões que transportam as tubulações. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 5 SASOL intenção futura e em parte como trabalho já finalizado. Este aspecto não é considerado como um constrangimento devido ao facto de que desde o início do Projecto de Gás Natural, a Sasol e o GOM estabeleceram um Grupo Conjunto de Trabalho para lidar com questões relativas ao reassentamento. Um dos trabalhos vitais deste Grupo Conjunto de Trabalho foi a formulação dos Procedimentos de Reassentamento e Compensação para os Projectos de Desenvolvimento dos Campos de Gás de Temane/Pande e do Gasoduto Moçambique/Secunda (Anexo 2). Todas as actividades de reassentamento efectuadas até à data foram realizadas de acordo com estes procedimentos. Para além disso, os procedimentos foram incorporados no presente RPIP. Conforme especificado na Secção 1.1, o Projecto de Gás Natural compreende a exploração, desenvolvimento do campo de gás e construção do gasoduto. Estas três categorias amplas foram subdivididas em zonas de possível impacto para facilitar o planeamento e a gestão. Dentro destas categorias e zonas principais, o RPIP considera os efeitos sobre os três elementos primários, ou seja, os aglomerados familiares, terrenos agrícolas (especialmente machambas) e sepulturas. Na Secção 2 encontram-se detalhes das zonas e dos referidos elementos, nos casos em que se descrevam e discutam as áreas do projecto que tenham ocasionado o reassentamento. 1.5 Abordagem e metodologia 1.5.1 Recolha de dados De acordo com os Procedimentos para o Reassentamento e Compensação para os Projectos de Desenvolvimento dos Campos de Temane/Pande e do Gasoduto Moçambique/Secunda, a recolha de dados foi ligeiramente diferente para cada uma das três categorias amplas sob consideração conforme exigência duma actividade particular e impactos de reassentamento associados. Em cada caso, contudo, a informação recolhida foi utilizada como dados de base para fins de planeamento e implementação do reassentamento. Para além disso, em um dos casos, um representante tanto da Equipa de Coordenação Comunitária da Sasol e do GOM acompanharam a Equipa de Reassentamento. 1.5.1.1 Processo Genérico O processo genérico compreendeu as seguintes actividades: Introdução formal da Equipa de Reassentamento (RT) aos chefes Distritais e Locais e líderes comunitários. Documentação formal de toda a interacção comunitária. Definição de responsabilidades organizacionais e, em particular, das funções e responsabilidades do GdM, da Sasol, empreiteiros, RT e chefes comunitários. Identificação de todas as entidades a serem afectadas ( aglomerados, machambas, sepulturas e infraestrutura) (antecipadamente onde possível). Registo de todas as pessoas afectadas. Fornecimento de uma referência GPS para cada local a ser afectado. Fornecimento de provas fotográficas em apoio das reivindicações de compensação. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 6 SASOL Medição e avaliação (por área e tipo de colheita ou mistura, se anual ou pepétuos) dos danos susceptíveis de suceder antes da sua ocorrência. Acordo com cada pessoa afectada quanto à compensação financeira pegável. Emissão de um certificado de compensação para remissão Captura de pagamentos de compensação em forma de filme para verificação de pagamento. Criação e manutenção de registos completos de compensação. Fornecimento de toda a informação através da Unidade GIS da Sasol para o desenvolvimento de um GIS completo para o Projecto de Gás Natural. Coordenação de queixas e reclamações para atendimento e execução pela Sasol. Monitorização dos danos emergentes e atendimento de reivindicações de compensação, sempre que surgirem. 1.5.1.2 Exploração As actividades de exploração envolveram a desminagem, o levantamento no terreno e o desbravamento da linha de corte (na maior parte dos casos, em faixas de 6 metros) de forma a possibilitar que o pessoal e o equipamento envolvidos na exploração sísmica efectuassem as suas actividades de exploração. As actividades do processo genérico envolveram o seguinte: Devido às minas terrestres, era impossível determinar e documentar a compensação antes que os danos ocorressem. Portanto, na sua maioria, a compensação foi documentada na altura em que o dano ocorreu (ou imediatamente após o mesmo). Muito embora não tenha sido totalmente alcançado, o registo dos danos foi efectuado na presença da pessoa afectada. Com relação à exploração, houve somente danos temporários a machambas e a culturas agrícolas. Nos campos das sepulturas e dos aglomerados familiares, a equipa de exploração efectuou um desvio do seu curso pré-determinado de forma a evitar o impacto sobre estes elementos. A entrega de dinheiro em espécie às populações afectadas não constituiu responsabilidade da Equipa de Reassentamento. A Sasol optou por contratar uma agência comercial de pagamentos para executar estas funções. Contudo, a Equipa de Reassentamento facilitou as sessões de pagamento de compensação, esteve presente nas referidas sessões e efectuou a referência cruzadas dos requerentes contra os dados recolhidos no terreno. Não se providenciou qualquer assistência em termos de transporte às populações afectadas. Contudo, os pontos de pagamento foram planeados de tal forma que se encontravam nas proximidades das populações afectadas. 1.5.1.3 Campo de Gás O desenvolvimento do campo de gás envolve a construção das Instalações Centrais de Processamento (na sigla em inglês CPF) e das infra-estruturas auxiliares (por exemplo, a estrada principal de acesso), a sondagem de poços (essencialmente poços de produção) e a ligação dos poços às CPD através de tubulações de fluxo, a maior parte das quais possuem uma estrada de serviço adjacente. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 7 SASOL Durante o planeamento (na segunda metade de 2001), através da utilização de informação existente (incluindo fotografias aéreas e um vídeo aéreo filmado em Dezembro de 2001) e da verificação no terreno, efectuou-se a revisão dos planos do campo de gás numa base iterativa de forma a evitar, na medida do possível, impactos sociais, minimizando dessa forma quanto possível as exigências em termos de reassentamento. Contudo, não obstante estas actividades, não se conseguiu evitar o reassentamento e, portanto, as actividades de reassentamento envolveram o seguinte: Aglomerados familiares. ▫ Os membros da Equipa Conjunta de Trabalho chegaram a acordo sobre os planos para as casas de substituição. ▫ As populações afectadas tinham a liberdade de escolher para que área se queriam mudar. ▫ As áreas escolhidas foram confirmadas pelos Líderes Distritais e Locais como sendo apropriadas e enquadrando-se no planeamento da Autoridades Distritais e Locais. ▫ Foram oferecidas às populações afectadas casas de substituição de acordo com os planos acordados pela Equipa Conjunta de Trabalho. ▫ Os planos de determinação das terras foram compilados levando em conta as casas de substituição individuais e infra-estruturas auxiliares, por exemplo, estradas e água para consumo doméstico. Machambas. ▫ Os Líderes Distritais e Locais identificaram as terras de substituição. ▫ As populações afectadas confirmaram encontrarem-se satisfeitas com as terras de substituição (localização e extensão). ▫ Os planos para utilização das terras serão compilados levando em conta as distribuições individuais das machambas e infra-estrutura auxiliar, por exemplo, estradas. Sepulturas. ▫ Dada a natureza sensível da exumação e re-enterro, as famílias afectadas receberam compensação (incluindo compensação para cobrir os custos associados com a exumação e re-enterro) após a qual a exumação e re-enterro foram efectuados pelos próprios membros das famílias afectadas. 1.5.1.4 Gasoduto A construção do gasoduto envolve a desminagem e desbravamento da totalidade da rota (entre Temane e Ressano Garcia), estabelecendo dessa forma um “direito de passagem” para o projecto. Este “direito de passagem” tem uma largura de 30 metros e constitui a área em que se processarão todas as actividades de construção do gasoduto. Tal exclui os quatro acampamentos bem como as áreas de assentamento de materiais que requerem uma área combinada de 7.5 ha. Durante o planeamento (durante o segundo semestre de 2001), foi efectuado trabalho significante de forma a quantificar os possíveis impactos sociais associados com o gasoduto: Efectuou-se um voo por todo o percurso do corredor do gasoduto (na sua maioria com uma largura de 400 m mas em alguns locais com uma largura de 800 m) durante o qual foi filmado um vídeo. Este material registado em vídeo foi interpretado e providenciou PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 8 SASOL informação detalhada sobre o local e extensão dos aglomerados familiares e terras de agricultura (comércio e subsistência). Efectuou-se uma visita às áreas pré-identificadas com alta densidade populacional e foram enumeradas as populações que iriam possivelmente ser afectadas (aglomerados familiares, terras de agricultura (comerciais e machambas) e sepulturas). Foi feita a georeferência e delimitação dos elementos afectados. Ao mesmo tempo, providenciou-se às populações afectadas um “cartão azul” (incluindo uma fotografia) que os identificava como os ocupantes das terras abrangidas pelo corredor do gasoduto antes do início da construção do mesmo (Anexo 3). Este exercício teve um objectivo duplo: ▫ Enumerar os possíveis impactos sociais. ▫ Identificar (na altura) os ocupantes actuais das terras de forma a impedir a ocupação oportunista das terras dentro do corredor do gasoduto (logo que se iniciasse a construção) com vistas a obter compensação. A enumeração e a emissão dos “cartões azuis” abrangeu 65% do corredor do gasoduto e, de grande importância, abrangeu as áreas com maior densidade populacional. A cobertura total não foi obtida devido a dificuldades de acesso (essencialmente causadas pela presença de minas terrestres) e devido a condições atmosféricas desfavoráveis durante a segunda metade de 2001. Apesar disso, esta cobertura foi considerada como adequada especialmente levando em consideração que as áreas não enumeradas podiam ser suplementadas através de informação recolhida com o vídeo aéreo. Com resultado do trabalho de preparação surgiu a oportunidade de alinha o “direito de passagem” do gasoduto de forma a minimizar os impactos sociais e a evitar a deslocação física, na medida do possível. Mesmo assim, não foi possível evitar-se totalmente o reassentamento e, portanto, as actividades de reassentamento incluíram o seguinte: Aglomerados familiares. Os membros da Equipa Conjunta de Trabalho chegaram a acordo sobre os planos para as casas de substituição. ▫ As populações afectadas tinham a liberdade de escolher para que área se queriam mudar. ▫ As áreas escolhidas foram confirmadas pelos Líderes Distritais e Locais como sendo apropriadas e enquadrando-se no planeamento da Autoridades Distritais e Locais. ▫ Foram oferecidas às populações afectadas casas de substituição de acordo com os planos acordados pela Equipa Conjunta de Trabalho (ou alternativas onde estas fossem expressamente solicitadas pelos indivíduos afectados).mudar. ▫ Os planos de determinação das terras serão compilados levando em conta as casas de substituição individuais e infra-estruturas auxiliares, por exemplo, estradas e água para consumo doméstico. ▫ Machambas8. ▫ Os Líderes Distritais e Locais identificaram as terras de substituição. ▫ As populações afectadas confirmaram encontrarem-se satisfeitas com as terras de substituição (localização e extensão). 8 É importante notar que maioria das terras utilizadas para o “direito de passagem” do gasoduto serão somente exigidas pelo projecto a título temporário. Logo que a construção do gasoduto tenha sido finalizada “o direito de passagem” será reabilitado e devolvido aos ocupantes originais para seu uso. Somente em casos limitados o uso das terras será utilizado, de forma permanente, pelo projecto ou, alternativamente, serão impostas restrições sobre o seu uso, por exemplo a plantação de árvores directamente sobre o gasoduto. Em tais casos, serão necessárias terras de substituição para as pessoas afectadas. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 9 SASOL Os planos para utilização das terras serão compilados levando em conta as distribuições individuais das machambas e infra-estrutura auxiliar, por exemplo, estradas. Sepulturas. ▫ Dada a natureza sensível da exumação e re-enterro, as famílias afectadas receberam compensação (incluindo compensação para cobrir os custos associados com a exumação e re-enterro) após a qual a exumação e re-enterro foram efectuados pelos próprios membros das famílias afectadas. ▫ 1.5.2 Avaliações A Equipa Conjunta de Trabalho determinou valores fixos para todos os elementos (em especial as diferentes culturas agrícolas anuais e perenes) em moeda forte (Dólares norteamericanos). Estes valores foram aplicados no terreno ao número de elementos (em especial as diferentes culturas agrícolas anuais e perenes) afectadas9. Os pedidos de compensação foram calculados em dólares norte-americanos mas foram pagos em Meticais Moçambicanos usando a taxa de câmbio em vigor na data de pagamento. 1.5.3 Consulta e participação 1.5.3.1 Consulta e participação das Autoridades A consulta e participação das Autoridades realizaram-se a todos os níveis do GOM, ou seja, Governo Nacional e Provincial, Administradores Distritais e Locais, e autoridades tradicionais. Deve-se notar que o Projecto de Gás Natural engloba três províncias e engloba 11 Distritos e numerosas Administrações Locais. Duas das características principais da consulta e participação das autoridades são o estabelecimento do Grupo Conjunto de Trabalho e o acompanhamento da Equipa de Reassentamento por parte de membros do GOM. O Anexo 4 inclui um registo detalhado da consulta e participação providenciadas. Para além disso a Sasol também elaborou e compilou um Sumário Executivo Consolidado. Para além da consulta e participação das autoridades para fins de reassentamento, a Sasol destaca, uma Equipa de Coordenação Comunitária a tempo inteiro, a qual tem continuamente discussões a todos os níveis com o GOM. 9 A Equipa de Reassentamento efectuou a contagem dos elementos danificados e chegou a acordo sobre estes números com as pessoas afectadas. A compensação foi calculada de acordo com as taxas pré-determinadas pela Equipa Conjunta de Trabalho. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 10 SASOL 1.5.3.2 Consulta e Participação Comunitária O processo de consulta e participação comunitária tem vindo a decorrer desde o início do Projecto de Gás Natural, sobre questões relacionadas com o reassentamento para além de questões gerais relacionadas com o projecto. Esta consulta e participação foram efectuadas pela Equipa de Reassentamento para além de membros da Equipa de Coordenação Comunitária da Sasol. O Anexo 4 contém um registo detalhado da consulta e participação a este nível. 1.6 Suposições e limitações 1.6.1 Suposições A Sasol é o responsável final pelas actividades de reassentamento associadas com o Projecto de Gás Natural. A compilação e execução do RPIP devem estar em conformidade com as políticas, procedimentos, directivas e padrões do Grupo do Banco Mundial conforme especificado na Política Operacional 4.12: Reassentamento Involuntário (OP 4.12), Procedimento do Banco 4.12: Reassentamento Involuntário (BP 4.12) e Directiva Operacional 4.30: Reassentamento Involuntário (OD 4.30). Toda a informação providenciada pela Sasol é válida e está correcta na altura da publicação. 1.6.2 Limitações Existe pouca documentação sobre a área de estudo, em particular sobre a história mais recente. O RPIP está, portanto dependente da evidência verbal e contada por parte dos participantes principais durante as entrevistas com os informadores principais. Apesar das suposições e limitações, a Sasol estão confiante de que todos os indivíduos e grupos de pessoas importantes foram consultados e que as disposições do RPIP reflectem a situação de forma adequada e exacta PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 11 SASOL 1.7 Estrutura do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento É importante notar que o presente RPIP consiste de quatro volumes: Volume 1: Volume 2: Volume 3: Volume 4: Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento. Planos de Delimitação das Terras (casas de substituição). Planos para Utilização das Terras (machambas de substituição). Plano de Monitorização e Avaliação. O Volume 1 foi estruturado de forma a levar em consideração as actividades já finalizadas enquanto que ao mesmo tempo foca a atenção sobre questões ainda por executar. Os componentes principais do Volume 1 são os seguintes: Secção 1: Secção 2: Secção 3: Secção 4: Secção 5: Secção 6: Secção 7: Secção 8: Secção 9: Secção 10: Secção 11: Introdução. Descrição dos elementos chave do Projecto de Gás Natural e dos impactos associados com o reassentamento, incluindo o zoneamento para o planeamento e implementação do reassentamento. Quadro Legal. Disposições Institucionais e responsabilidades organizacionais. Descrição do ambiente. Compensação. Dados de base e matrizes de compensação. Assistência durante o reassentamento e auxílio no período posterior. Quadro de monitorização e avaliação. Estimativas dos Custos. Programa e sincronização do reassentamento. Onde aplicável e apropriado, a informação e os dados encontram-se contidos num grupo de anexos. Os volumes 2, 3 e 4 estão em preparação devendo estar concluídos e publicados no domínio público no final de Agosto. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 12 SASOL 2 ODESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS CHAVE DO PROJECTO DE GÁS NATURAL EM TERRITÓRIO MOÇAMBICANO E IMPACTOS DE REASSENTAMENTO ASSOCIADOS10 O Projecto de Gás Natural compreende três elementos principais dentro do território de Moçambique que originam impactos: A exploração dos campos de gás de Temane e Pande11, para além do Bloco de Exploração. O desenvolvimento do campo de gás. A construção e operação dum gasoduto subterrâneo desde as Instalações Centrais de Processamento até Ressano Garcia. 2.1 Exploração A exploração sísmica o programa de perfuração foram projectados de forma a suplementarem a informação geológica existente, para confirmarem o posicionamento dos poços de produção e assistir no planeamento de longo prazo do desenvolvimento do campo de gás. A exploração sísmica foi realizada durante a segunda metade de 2001 (entre Junho a Dezembro de 2001) tendo-se realizado a investigação de 34 linhas de levantamento sísmico (linhas de corte). A exploração incluiu as seguintes actividades principais: Estabelecimento dum acampamento central temporário, o qual incluiu escritórios, oficinas e acomodação para 150 elementos de pessoal O destacamento de equipas para desminar as rotas pré-determinadas das linhas de corte. O destacamento de equipas de desbravamento para remover toda a vegetação das linhas de corte. A largura da linha de corte era de 6 m, mas mais larga em certas secções de forma a possibilitar o uso de equipamento sísmico e maquinaria. O destacamento de equipas para efectuar testes sísmicos que envolvem a perfuração de furos superficiais (200 m), a produção de vibrações a intervalos de 40 m e a recolha de dados sobre velocidade sísmica de dentro dos furos. Ao se finalizarem os testes sísmicos numa linha de corte específica, deixou-se que a vegetação nas áreas desbravadas tornasse a crescer de acordo com o programa de gestão ambiental aprovado. 10 11 É importante notar que, em alguns casos, por exemplo, com relação às CPF e a Zona de Protecção Parcial associada, houve uma perda permanente de acesso a recursos naturais utilizados pelas populações locais para vários fins. Estes casos não foram considerados como parte dos impactos de reassentamento. Até à data, foi efectuada a exploração sísmica nos Campos de Gás de Temane e de Pande para além do Bloco de Exploração. A exploração já se iniciou e será contínua ao longo de 2003. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 13 SASOL Os impactos do reassentamento resultantes das actividades indicadas acima relacionaram-se essencialmente com a exumação e re-enterro de sepulturas, a perda de culturas agrícolas e a perda temporária de acesso às machambas (Tabela 1). Para além de danos mínimos incidentais às infra-estruturas e à morte dum animal doméstico (cabrito), nenhumas infra-estruturas ou aglomerados familiares sofreram qualquer impacto durante a exploração sísmica. Nos casos em que estes elementos se encontravam no curso da linha de corte, foram evitados através da alteração da rota pré-determinada da linha de corte PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 14 SASOL Tabela 1 Impactos do Reassentamento resultantes dos diferentes elementos do Projecto de Gás Natural em território Moçambicano. Elemento do Projecto Distribuição da Zona RPIP Distribuição da SubZona RPIP Descrição do Impacto Temporário/ Permanente Exploração Sísmica Exploração Sísmica SE SE G CL Permanente Permanente LoA H(D) L Exumação e re-enterro das sepulturas Perda de culturas agrícolas (anuais e perenes) Perda de acesso às machambas Danos à infra-estrutura Morte de animais domésticos Exploração Sísmica Exploração Sísmica Exploração Sísmica SE SE SE Temporário Temporário Permanente Desenvolvimento do Campo de Gás PPZ H Deslocação de aglomerados familiares Permanente Desenvolvimento do Campo de Gás Desenvolvimento do Campo de Gás Desenvolvimento do Campo de Gás Desenvolvimento do Campo de Gás Desenvolvimento do Campo de Gás Desenvolvimento do Campo de Gás Desenvolvimento do Campo de Gás Desenvolvimento do Campo de Gás Desenvolvimento do Campo de Gás Desenvolvimento do Campo de Gás Desenvolvimento do Campo de Gás PPZ M Deslocação de machambas Permanente PPZ CL Permanente AR H Perda de culturas agrícolas (anuais e perenes) Deslocação de aglomerados familiares AR M Deslocação de machambas Permanente AR CL Permanente FL G Perda de culturas agrícolas (anuais e perenes) Exumação e re-enterro de sepulturas FL H Deslocação de aglomerados familiares Permanente FL M Deslocação de machambas Permanente FL CL Permanente M M Perda de culturas agrícolas (anuais e perenes) Perda de acesso a machambas M CL Perda de culturas agrícolas (anuais e perenes) Permanente Gasoduto P CL Permanente Gasoduto P LoA Gasoduto Gasoduto Gasoduto P P P G H T Perda de culturas agrícolas (anuais e perenes) – subsistência e comercial Perda de acesso a machambas e a terras agrícolas comerciais Exumação e re-enterro de sepulturas Deslocação de aglomerados familiares Perda de madeiras PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 15 Permanente Permanente Temporário Temporário Permanente Permanente Permanente SASOL 2.2 Desenvolvimento do Campo de Gás O desenvolvimento dos campos de gás de Temane e Pande envolvem um número de diferentes actividades/componentes do projecto que se encontram interrelacionados: Instalações Centrais de Processamento (na sigla em inglês – CPF). As CPF servirão como o ponto central de todas as actividades da Sasol dentro dos campos de gás logo que o Projecto de Gás Natural tenha sido comissionado e entre em funcionamento. As CPF encontram-se localizadas perto do centro hidráulico dos poços de produção no Campo de Gás de Temane, aproximadamente 40 km a norte de Vilanculo, a aproximadamente 6 km para o interior a partir da Estrada Nacional Nº 1 (EN1) e ocupa uma extensão de 110 ha12. As CPF serão completamente vedadas. O gás que entra a partir dos poços de produção será limpo nas CPF antes de ser transportado para Secunda. Os resíduos, por exemplo, o condensado serão tratados no local das CPD, bombeados novamente para os poços de condensado ou, eventualmente, sempre que os volumes o permitirem, transportados em camiões para venda. O gás que não poder ser usado será libertado através do flaring (queima). As CPF serão totalmente automatizadas requerendo somente a presença de 14 trabalhadores a tempo inteiro no local. Estes trabalhadores serão alojados no próprio recinto das CPF. O planeamento das CPF foi efectuado de forma a evitar o reassentamento. Como consequência, não existem quaisquer impactos de reassentamento associados com as CPF. Zona de Protecção Parcial (PPZ). Devido a razões de segurança, foi estabelecida uma Zona de Protecção Parcial em redor das CPF. Esta zona terá uma largura de 500 m à volta das CPD e ocupará uma área de 310 ha. A extensão da PPZ foi determinada de forma a levar em conta a possibilidade de acidentes dentro das CPF bem como as exigências do flaring (duas chamas). Os impactos de reassentamento resultantes da PPZ relacionam-se com a deslocação permanente de cinco aglomerados familiares e 22 machambas, e perda de culturas agrícolas dessas 22 machambas (Tabela 1). 12 Leva em conta a área necessária para a segunda chama de queima. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 16 SASOL Estrada Principal de Acesso (AR). O acesso às CPF é feito a partir da EN1. Tal exigiu a construção duma nova estrada principal de acesso de asfalto com uma extensão de 4.8 km. Para fins de reassentamento, aplicou-se uma largura de 15 metros. O alinhamento da estrada de acesso foi seleccionado com vista a minimizar o reassentamento. Contudo, não foi possível evitar-se por completo o reassentamento. Os impactos do reassentamento resultantes da construção e operação (em especial factores de segurança) da estrada de acesso relacionam-se com a deslocação permanente de quatro aglomerados familiares e 16 machambas, incluindo as perdas de culturas agrícolas dessas 16 machambas (Tabela 1). Poços, Tubulações de Fluxo, Estradas de Acesso e Obras Auxiliares (FL). Existem já vários poços nos Campos de Gás de Temane e de Pande. O desenvolvimento dos campos de gás envolverá a perfuração de vários poços para diferentes fins, por exemplo, poços de exploração, testes, desenvolvimento, produção e condensado. Prevê-se que venham a existir um total de 34 poços cada um ocupando uma área de 1 ha, isto é, uma área total de 34 ha. O gás extraído dos poços de produção será transportado para as CPF através de 34 tubulações de fluxo subterrâneas. Estas linhas de fluxo têm um comprimento variável (dependendo da distância do poço de distribuição às CPF) mas terão uma largura fixa de 6 metros. Para além disso haverá estradas de acesso/serviço em cascalho com 6 metros de largura adjacentes à maioria das linhas de fluxo. Por último, os poços, linhas de fluxo e estradas de acesso têm obras auxiliares associadas, por exemplo áreas de empréstimo, que podem possivelmente ter impactos de reassentamento. Os impactos de Reassentamento relacionados com os poços, as linhas ou tubulações de fluxo, as estradas de acesso e os trabalhos auxiliares13 relacionam-se com a exumação e re-enterro das sepulturas, o reassentamento de dois aglomerados familiares, perda de culturas agrícolas e a deslocação permanente de machambas (Tabela 1). 13 É importante notar que o desenvolvimento dos poços, das linhas de fluxo, das estradas de acesso e dos trabalhos auxiliares constituem uma actividade contínua e, portanto, podem eventualmente ocasionar impactos adicionais de reassentamento. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 17 SASOL Desvio na Manhiça (M). Foi construído um desvio na ponte férrea da cidade da Manhiça, na Província do Maputo, de forma a possibilitar o transporte de equipamento volumoso e de grande porte do Porto de Maputo para as CPF em Temane. Logo que todo o equipamento tenha sido transportado para as CPF, este desvio será reabilitado e todos os indivíduos afectados poderão continuar com as suas práticas agrícolas como vinham a efectuar antes da interrupção temporária. Prevê-se que esse desvio permaneça a funcionar até ao final de 2003. Os impactos de reassentamento relacionados com o desvio da Manhiça relacionam-se com as perdas de culturas agrícolas e a deslocação temporária de cinquenta machambas (Tabela 1). 2.3 Gasoduto O gasoduto das CPF, entre Temane e Ressano abrangerá uma distância de 520 km. A construção do gasoduto envolve a desminagem e desbravamento do percurso total estabelecendo dessa forma “um direito de passagem” para o projecto. O “direito de passagem” tem uma largura de 30 metros e é a área onde ocorrem todas as actividades de construção do gasoduto. Para além disso, existem quatro acampamentos e áreas de assentamento de materiais que requerem em conjunto cerca de 64 ha no conjunto14. O gasoduto com um diâmetro de 660 m será enterrado a uma profundidade mínima de 0.9 m15. Depois do re-enchimento e encerramento das valas, a existência do gasoduto será indicada através de marcadores em betão. Em termos dos direitos permanentes da Sasol, o acordo entre a Sasol e o GOM16 estipula o seguinte: 14 15 16 Deve-se tomar em atenção que a autorização para utilização das terras para os acampamentos e as áreas de assentamento do material, e compensação associada às pessoas afectadas, é tratada directamente com o Empreiteiro EPCM. Não houve danos às machambas, propriedades ou sepulturas nestas áreas. Também será importante notar que a área requerida para os acampamentos e assentamento é apenas temporária. O procedimento seguido pelo Empreiteiro EPCM encontra-se no Anexo 5. Excepto em circunstâncias excepcionais, por exemplo, travessia de rios, onde se pode situar à superfície. Deverá notar-se que existem diferenças nos quadros legislativos de Moçambique e da África do Sul. Especialmente no que respeita ao direito de propriedade, servidões e outras restrições conexas. Uma deas consequencias diso é que a Sasol teve que aplicar processos e metodologias diferentes nos dois países, em especial no que respeita às ersvidões do gasoduto e suas restrições. Importante ainda, a Sasol não possui qualquer jurisdição, nem poder de mudança, sobrea legislação devendo operar nos parâmetros fixados pelos dois governos. Na África do Sul, em particular, a terra é de propriedade privada, e por isso, a Sasol tem controlo directo sobre o uso da terra na servidão. Uma consequência disso é que a largura da servidão é pequena. Por contratse, em Moçambique, é o Governo que detém toda a propriedade. Pode-se requerer direitos de uso da terra. Contudo, a Sasol e o GdM sentem-se menos confiantes sobre o controlo do uso da terra em áreas de servidão sob uso comunal e, por isso, as zonas de exclusão são relativamente grandes. O Conselho de Ministros, contusdo, aprovou o Plano de Desenvolvimento do Gasoduto, inclusive de zonas de exclusão, em Novembro de 2001. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 18 SASOL 400 m de largura (200 m em cada lado da linha central do gasoduto). A área através da qual se encontra restrita a construção de edifícios grandes e de elevados números de edifícios. A zona de segurança do gasoduto encontra-se incluída numa área de 100 m em ambos os lados da linha central do gasoduto. Nesta área, não será permitido qualquer tipo de povoação com mais de cinco pessoas. 100 m de largura (50 m em cada lado da linha central do gasoduto). A área através da qual é proibida a construção de quaisquer edifícios novos. Esta zona é também designada como Zona de Protecção Parcial (PPZ) e é definida como uma área sobre a qual não existe qualquer direito de utilização por terceiras partes e na qual o exercício de qualquer outra actividade para além daquela para a qual a PPZ foi definida, deve possuir uma licença adequada (Consultar o Prefácio). 30 m de largura (15 m de cada lado da linha central do gasoduto). A área a partir da qual os edifícios e populações existentes serão transferidas para outro local (Consultar o Prefácio). Na prática, a Sasol não impõe condições desnecessariamente onerosas na utilização das terras dentro da sua servitude. Por implicação, para a maior parte dos casos, logo que a vala do gasoduto tenha sido reabilitada, as populações locais poderão regressar às suas terras e cultivar as terras por cima da área onde se encontra o gasoduto. Contudo, deve-se notar que será permitido cultivo de produtos de raízes superficiais na área com 30 metros de largura. Não será permitido o cultivo de colheitas perenes de raízes profundas. Os impactos do reassentamento relacionados com o gasoduto são as perdas de culturas (colheitas anuais e perenes) (de subsistência e comerciais), a perda temporária de acesso às machambas e às terras agrícolas comerciais, a exumação e re-enterro de sepulturas, a deslocação permanente de aglomerados familiares e a perda de madeiras por parte do GOM (Tabela 1) PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 19 SASOL 3 MACRO-QUADRO LEGISLATIVO, REGULAMENTAR E DA POLÍTICA O objectivo desta secção é proporcionar uma compreensão abrangente do quadro legislativo, regulamentar e da política dentro do qual o Projecto de Gás Natural está a ser implementado respeitante ao uso de terra, reassentamento e compensação. O foco em elementos-chave e, portanto, as informações providenciadas não deviam ser consideradas como uma obra definitiva. O valor das informações proporcionadas reside, mais apropriadamente, no fornecimento de uma compreensão com uma base lata dos elementos que poderão afectar ou ser afectados pelo desenvolvimento do projecto. 3.1 Legislação aplicável Um Estudo do Impacto Ambiental foi completado para o desenvolvimento, operação e encerramento das actividades do Projecto de Gás Natural em Moçambique, como um requisito da Legislação Ambiental Moçambicana (Decreto Governamental 76/98). 3.1.1 O poder do domínio eminente Seguidamente a muitos anos de conflito interno em Moçambique, e à mudança de socialismo para uma democracia, o país começou um processo de averiguação da legislação com vista à sua aplicabilidade e adequação para uma democracia. Uma consequência foi estabelecer-se que o quadro legislativo actual de Moçambique não é completamente consistente e podem-se prever contradições em legislação e política. O de importância é que o Governo de Moçambique é a autoridade executiva maior no país com poderes extensivos e expansivos de domínio eminente. O Presidente da República de Moçambique, Sr. J A Chissano, é chefe do Governo do país. Ele é assistido por um Gabinete Nacional que consiste de Ministros nomeados por si de candidatos previamente elegidos à Assembleia Nacional. A legislação nacional é apresentada à Assembleia Nacional onde propostas, após serem aprovadas, são convertidas para lei. Provisões contidas nas leis permitem que os Ministros possam emitir Regulamentos por decreto. Além disso, e de importância para a Sasol, apesar de existir em Moçambique um Governo eleito democraticamente, os chefes tradicionais permanecem reconhecidos pelo rolo valioso que desempenham, especialmente ao nível de governo local. 3.1.2 Terra A Lei Número 6/79, em vigor desde o dia 25 de Setembro de 1979, é o elemento primário de legislação que determinava acesso e atribuição de terra. Sob esta lei, terra em Moçambique pertence ao Estado. Contudo, a Lei Fiduciária Número 19/97 concede a agentes de desenvolvimento o direito ao uso e benefício da terra. Além disso, o direito ao uso e benefício de terra poder ser cedido a entidades colectivas estrangeiras que possuem um projecto de investimento aprovado e constituído e registado na República de Moçambique. O prazo da concessão é de 50 anos, renovável novamente por mais 50 anos. O imposto anual pelo uso da terra varia de acordo com a localização e o tamanho da mesma. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 20 SASOL Apesar dos direitos ao uso de terra não significarem posse, entidades externas que desejam obter direitos ao uso da terra e que tomam o lugar dos actualmente em vigor, têm de entrar em negociações com os habitantes locais e os seus chefes. Em termos de terra registada perto do Cadastro de Terra Nacional, a Lei de Terras 19/97 e os Regulamentos associados (Lei 66/98) declara que portadores de documentos de propriedade que tenham sido deslocados têm de ser compensados pelas entidades que vêem por um valor correspondente ao prejuízo real resultante da perda dos direitos à posse da terra. Logo que os direitos a terra tenham sido concedidos a uma entidade nova, é necessário que as Autoridades Moçambicanas facilitem a concessão oficial de terra de substituição aos habitantes deslocados. No caso de não se alcançar acordo entre os utilizadores novos e os antigos, o Estado pode intervir à sua discrição. A Lei de Terras (Lei 19/97) e Regulamentos ao abrigo desta Lei (Lei 66/98) define áreas designadas como “Zonas de Protecção Integral” e “Zonas de Protecção Parcial”. “Zonas de Protecção Integral” incluem áreas tencionadas à conservação da natureza, actividades de conservação e defesa e segurança do Estado. Existem cinco categorias de “Zonas de Protecção Parcial”, três das quais são aplicáveis ao Projecto de Gás Natural: Uma faixa de 100 m de fontes circundantes de terra de água. Uma faixa de 250 m de barragens e reservatórios circundantes de terra. Uma faixa de terra de 2 km ao lado da fronteira terrestre. O desempenho de qualquer actividade de construção incluída nas duas primeiras categorias acima indicadas necessita de uma licença do GOM. “Zonas de Protecção Parcial” automáticas estão identificadas para “Serventias do Interesse Público” incluindo a terra sobre a qual as instalações para a produção do gás estão situadas e uma faixa de 50 m de cada lado (referir-se ao Prefácio) 3.1.3 Ambiente Apesar da abordagem a questões ambientais e outras relacionadas seja relativamente nova em Moçambique, a Constituição Moçambicana apresenta certos princípios relacionados ao ambiente. A Lei Ambiental Número 20/97, proclamada em Julho de 1997, visa providenciar um quadro jurídico para o uso e gestão correctos do ambiente e dos seus elementos, e assegurar um desenvolvimento sustentável em Moçambique. A lei reconhece a responsabilidade do GOM de promover e implementar o Programa Nacional da Gestão Ambiental (PNGA). Os seguintes são extractos desta lei de quadro: A Lei Ambiental é Aplicável a todas as actividades públicas e particulares que possam influenciar o ambiente, directa ou indirectamente. A atenção devotada à gestão ambiental deve ser independente da existência duma certeza científica há cerca da ocorrência de impactos ambientais negativos significantes ou irreversíveis, ou seja, a aplicação do princípio precatório. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 21 SASOL Os poluidores ou qualquer entidade que degrada o ambiente, são responsáveis por remediar a poluição, reparar o dano ou proporcionar compensação financeira pelos danos resultantes, ou seja, a aplicação do princípio de que o poluidor paga. A Lei proíbe a poluição do ambiente em qualquer fase dum projecto. Este aspecto tem implicações importantes para a indústria. A Lei Número 20/97 estipula a obrigação que o Governo tem na determinação de normas de qualidade ambiental. A mesma também proíbe o estabelecimento de infraestruturas que, por virtude do tamanho, natureza ou localidade possam causar um impacto negativo significante sobre o ambiente. Finalmente, a Lei proíbe todas as actividades que possam ameaçar a conservação, reprodução, qualidade e quantidade de recursos biológicos, especialmente aqueles em perigo de extinção. As Leis de Água, Exploração e de Hidrocarbonetos também contêm requisitos específicos para a protecção ambiental. A lei de quadro faz provisão para o estabelecimento de uma Comissão Nacional para Desenvolvimento Sustentável ligada ao Conselho de Ministros. A Comissão foi estabelecida em Outubro de 2000 e facilita a coordenação e integração efectiva de políticas e planos sectoriais relacionados com a gestão ambiental ao nível mais elevado possível dentro do GOM. Além disso, como resultado de satisfazer os requisitos de uma convenção estabelecida para um projecto de desenvolvimento industrial proposto para Moçambique, o GOM elaborou um Plano de Estratégia e Acção Nacional para a Conservação de Diversidade Biológica. Os objectivos primários deste plano são conservar a diversidade biológica, promover o uso sustentável das suas componentes e encorajar a repartição equitativa dos benefícios que originam da utilização de recursos genéticos. O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) é responsável pela administração da Estratégia e do Plano. 3.1.4 Arqueologia Todos os restos arqueológicos (incluindo antiguidades nacionais, e patrimónios históricos e culturais) em Moçambique estão protegidos pela Lei de Protecção de Patrimónios Nacionais (Lei 10/88). Os regulamentos promulgados ao abrigo da lei declaram que todo o projecto que necessite de escavações terá de incluir investigações arqueológicas como parte do planeamento e desenvolvimento do projecto, o mesmo ocorrendo ao abrigo da égide do Departamento de Monumentos do Ministério de Cultura e a Comité de Moçambique - ICOMOS. 3.1.5 Legislação sobre Pesquisa e Exploração de Petróleo A Legislação do Petróleo (3/2001) necessita que operadores licenciados em Moçambique cumpram com Boas Práticas de Campos Petrolíferos incluindo cumprimento com a Lei de Terras, de pertinência especial ao Projecto de Gás Natural e este RPIP (Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento), ou seja, cumprimento com as provisões de reassentamento e compensação da Lei de Terras. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 22 SASOL 3.2 A política aplicável 3.2.1 Programa Nacional de Gestão Ambiental O Ministério para a Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental foi estabelecido em 1994. No ano 1995, o MICOA elaborou um PNGA, um documento de política, em que delineou as prioridades para uma gestão ambiental e desenvolvimento sustentável em Moçambique. Ele contém uma Política Ambiental nacional, uma proposta para Legislação Ambiental de Quadro e uma Estratégia Ambiental. O PNGA consiste de planos sectoriais a médio e longo prazos e define três áreas de política: Rural - A agricultura e silvicultura são consideradas como as de maior importância. Zona Costeira - A degradação de mangais, poluição costeira e erosão são aspectoschave. Urbana - A degradação de sistemas de saneamento e qualidade pobre da água são os aspectos mais urgentes que necessitam de atenção. O MICOA está responsabilizado pela orientação da implementação do PNGA. Isto envolve a promulgação e imposição de regras e regulamentos ambientais. 3.2.2 Código da Infraestrutura de Serviços O Código da Infraestrutura de Serviços, promulgado pelo Instituto Nacional de Planeamento Físico, estabelece requisitos específicos para o desenvolvimento das infraestruturas de serviços para o planeamento e desenvolvimento físico de uma área que irá ser afectada pela indústria, para o desenvolvimento urbano e uso relacionado da terra. 3.3 Ambiente regulamentar Os aspectos-chave do ambiente regulamentar aplicáveis a este Projecto de Gás Natural relacionam-se com o ambiente, as directrizes e padrões das melhores práticas em uso na gestão ambiental e a gestão dos impactos sociais, especialmente o reassentamento. 3.3.1 Ambiente A Lei No 20/97 estabelece o regime de autorização ambiental baseado na avaliação dos impactos ambientais de actividades. Esta lei faz provisão para o estabelecimento de um conjunto de Regulamentos sobre o Processo a ser adoptado para um Estudo do Impacto Ambiental. Estes regulamentos foram promulgados em Decreto No 76/98 e contêm o seguinte: Disposições gerais. Artigo 1: Definições. ▫ Artigo 2: Escopo da aplicação ▫ Artigo 3: Poderes no campo do Estudo do Impacto Ambiental. ▫ Artigo 4: Processo. ▫ PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 23 SASOL Artigo 5: Pré-avaliação. Artigo 6: Estudo do Impacto Ambiental. ▫ Artigo 7: Consulta pública. ▫ Artigo 8: Critérios de avaliação. ▫ Artigo 9: Análise do Estudo do Impacto Ambiental. ▫ Artigo 10: Decisão sobre a viabilidade ambiental. ▫ Artigo 11: Prazos de tempo para a comunicação de decisões. Licença ambiental. ▫ Artigo 12: Validade. Consultores ambientais. ▫ Artigo 13: Registo de consultores ambientais. ▫ Artigo 14: Responsabilidade de consultores ambientais. Inspecção, sanções e emolumentos. ▫ Artigo 15: Inspecção e auditorias. ▫ Artigo 16: Responsabilidade por danos. ▫ Artigo 17: Emolumentos da licença ambiental. ▫ Artigo 18: Sanções. ▫ Artigo 19: Actualização das quantias cobradas e o seu destino. Anexo: Pormenorização das actividades que possam afectar o ambiente significativamente e que necessitam de Estudos do Impacto Ambiental. . ▫ ▫ 3.3.2 Terra Um aspecto-chave da Lei de Terras de importância para o Projecto de Gás Natural é o requisito que investimentos privados envolvendo a aquisição do direito ao uso de terra necessitam apresentar um requerimento para o direito ao uso da terra. Além disso, o requerimento tem de incluir o seguinte: Um desenho da localização da terra Uma descrição da área da terra. Uma indicação da natureza e dimensão do projecto. O parecer do Administrador Distrital (após consulta com as comunidades locais afectadas). Uma notificação pública com prova que tal notificação tem sido exibida (por 30 dias) na sede do distrito em questão e a localização do projecto proposto. Em termos dos direitos fundiários da população local17, identificaram-se os seguintes padrões e processos de acesso de controlo, uso e propriedade de terra comunal. (Salema, 2001) As famílias estão divididas em “famílias nativas” cujos antepassados tinham nascido na área e “famílias migrantes” que se estabeleceram na área relativamente há pouco tempo (durante a guerra, após a guerra, e como consequência das cheias do ano 2000, etc.). 17 Aplicável ao campo de gás que cobre os Distritos de Vilankulo, Inhassoro e Govuro da Província de Inhambane. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 24 SASOL “Famílias nativas” possuem “kraals” (pequenas áreas abertas de aldeia) assim como áreas florestais onde se podem construir ‘kraals’ novas, serem estabelecidas de novo ou deixadas para herdeiros. O chefe tem conhecimento da distribuição das terras e intervém somente quando há uma disputa entre “famílias nativas”. Para “famílias migrantes” poderem possuir terra para cultivo: ▫ Elas solicitam terra das “famílias nativas” que então informam as autoridades tradicionais sobre a decisão tomada. ▫ Elas solicitam terra das autoridades tradicionais que então ou identificam uma área não ocupada onde a “família migrante” se pode estabelecer e cultivar ou identificam uma área que pertence a uma “família nativa” para se estabelecer e praticar cultivo. No último caso, a “família nativa” está envolvida no processo para que um consenso possa ser alcançado entra todas a três partes. Nos casos em que a terra tenha árvores de fruta e/ou palmeiras, a família que possui a terra tem direito a fazer as colheitas ou as árvores podem ser compradas pela família com direito ao uso da terra. Com o decorrer do tempo, as “famílias migrantes” obtêm o direito a legar terra por herança. Em todos os casos, a autoridade tradicional é a autoridade final respeitante a acesso, uso e propriedade de terra comunal. 3.3.3 Reassentamento/expropriação e compensação Actualmente não existe legislação ou política que guie o reassentamento dos habitantes em Moçambique. Contudo, as Autoridades Moçambicanas, estão a abordar a questão através dos Escritórios de Governadores Provinciais. A Constituição de Moçambique valida a afirmação que toda a terra pertence ao Estado. Desse modo, não é necessário que o Estado compense ou consulte os usuários de terra actuais em casos de reassentamento involuntário. Contudo, há paços de “acção geral” que se podem tomar e são tomados em casos de reassentamento involuntário: Um requerimento é apresentado à autoridade governamental seguinte aplicável (dependendo do tamanho de terra envolvido): ▫ Administrador Distrital Agrícola Terra agrícola do sector familiar geralmente inferior a 20 ha de tamanho. ▫ Presidente da Autoridade Urbana. Terrenos residenciais familiares em áreas urbanas. ▫ Governador Provincial. Unidades maiores de terra (urbanas ou agrícolas). Logo que um requerimento tenha sido deferido, os requisitos são determinados de acordo com o uso futuro da terra, e sítios adequados identificados para desenvolvimento. A autoridade local é responsável pela identificação de sítios residenciais alternativos para os habitantes afectados. A autoridade local é também responsável pela elaboração de um registo de todos os habitantes afectados. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 25 SASOL A construção de habitações para os habitantes afectados é então empreendida pelo requerente. Adicionalmente, o requerente é responsável pela provisão de transporte para facilitar o assentamento de habitantes afectados na área nova. Este “paços gerais” não constituem, contudo, uma política ou processo autenticados do GOM e os habitantes locais não parecem ter conhecimento deles. Esses habitantes, mais apropriadamente, parecem aceitar que lhes foi indicado um local residencial novo sem qualquer assistência adicional do Estado ou agente de desenvolvimento. Contudo, no caso do Projecto de Gás Natural, o Grupo Conjunto de Trabalho elaborou um processo de Reassentamento e Compensação do Governo de Moçambique e da Sasol para os Projectos de Desenvolvimento dos Campos de Temane/Pande e a Conduta de Moçambique/Secunda. O documento actual descreve o processo a ser seguido para o reassentamento, o enterro novo relacionado a sepulturas e o pagamento físico de compensação. O documento alveja um tratamento igual e justo de todos os afectados por quaisquer projectos empreendidos pela Sasol dentro de Moçambique. 3.4 Directrizes e padrões das melhores práticas em gestão ambiental Adicionalmente à legislação do país, existe um número de normas e directrizes das melhores práticas internacionalmente aceites em gestão ambiental (a disciplina no seio da qual as actividades de reassentamento e outras relacionadas se encontram). 3.4.1 Directivas Operacionais do Banco Mundial O Banco mundial emitiu um número de Directivas Operacionais (DOs), Políticas Operacionais (POs) e Processos Bancários (PBs), incluindo alguns que são aplicáveis aos ambientes social e socioeconómico, e de reassentamento. Em termos do desenvolvimento do Projecto de Gás Natural, os DOs, POs e PBs seguintes são de pertinência: DO 4.15 DO 4.30 DO 10.70 PO 4.01 PO 4.02 PO 4.11 PO 4.12 PB 4.01 PB 4.02 PB 4.12 - Redução de Pobreza. Reassentamento Involuntário. Monitorização e Avaliação do Projecto. Avaliação Ambiental. Planos de Acção Ambientais. Propriedade Cultural. Reassentamento Involuntário. Avaliação Ambiental. Planos de Acção Ambientais. Reassentamento Involuntário. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 26 SASOL 3.4.2 Organização Internacional para Normalização Um resultado chave da Cimeira da Terra em Rio de Janeiro em 1992 foi o estabelecimento de uma Organização Internacional para Normalização (ISO). Um certificado da ISO está ligado, mas não limitado, ao quadro legislativo do país dentro do qual está a ser aplicado. De igual importância, o sistema de conceder certificados é administrado pela autoridade de normas do país. As normas da ISO aplicáveis à gestão ambiental estão contidas no grupo ISO 14000. O objectivo principal do ISO 1400 é produzir um melhoramento contínuo na gestão ambiental e a prevenção de poluição. O valor do ISO 14000 reside no rigor estrutural que é necessário do país e no desafio à companhia para definir os seus objectivos e normas próprios para auditoria, incluindo o incentivo para empresas se esforçarem por alcançar um nível de excelência além de meramente cumprirem com normas legislativas e outras. Para poderem qualificar, é necessário que as empresas implementem um sistema compreensivo de gestão ambiental que satisfaz os princípios gerais seguintes: Compromisso de respeitar um número de princípios-chave desenvolvidos com base numa política ambiental e específicos da empresa. Políticas e objectivos ambientais claros. Registo minucioso de todas as políticas, processos e actividades. Reconhecimento devido de requisitos legais. Designação de responsabilidades contidas em horizontes temporais especificados usando recursos específicos. Aspectos de treino e laborais da gestão ambiental necessários para satisfazer os objectivos da gestão ambiental. Desenvolvimento e manutenção de comunicações internas e externas para assegurar que os objectivos da gestão ambiental sejam alcançados. Monitorização contínua das operações contra normas especificadas pela organização e acção correctiva rápida em casos de desvios da política e dos objectivos da gestão ambiental. 3.5 Implicações para o Programa de Planeamento e Implementação de Reassentamento Como é evidente, os regulamentos e leis relacionados ao reassentamento não estão, em geral, bem definidas. Além disso, as políticas do GOM encontram-se numa fase de mudança, tornando difícil a implementação das leis actuais. O GOM também tem, actualmente, falta de capacidade suficiente para impor integralmente a legislação, regulamentos e as políticas. Consequentemente, muitos são ignorados ou pobremente implementados. Apesar de incorporado no RPIP, as limitações que possam existir não enfraquecem o objectivo principal do RPIP, nomeadamente, assegurar que os habitantes reassentados não são afectados duma forma adversa pelo projecto de investimento. Como resultado, mesmo que a legislação seja pobremente definida ou não existente, é uma finalidade-chave do RPIP assegurar que os melhores interesses dos habitantes afectados formam a base fundamental de qualquer decisão tomada. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 27 SASOL Apesar do acima citado, terá de se cumprir com legislação, regulamentos e políticas existente de reassentamento, onde disponíveis e aplicáveis. Contudo, as políticas, processos e padrões do Grupo do Banco Mundial têm de, concomitantemente, ser reconhecidas. Por vezes isto pode ser problemático devido à legislação Moçambicana e as políticas, processos e padrões do Grupo do Banco Mundial parecerem contraditórias. Exemplos disto são: Na maior parte dos casos, a legislação faz pouca provisão para participação comunitária. Em contraste, as políticas, processos e padrões do Grupo do Banco Mundial estão centradas neste princípio básico. Em Moçambique não parece haver um processo de planeamento para reassentamento claramente definido. Em contraste, o Grupo do Banco Mundial advoga a elaboração de um Programa de Planeamento e Implementação de Reassentamento. Dentro da legislação Moçambicana, nem compensação financeira pela perda de bens nem os efeitos do reassentamento sobre os meios actuais de ganhar a vida estão considerados para usuários de subsistência de terra. O Banco Mundial, contudo, estipula que compensação por bens perdidos tem de ser efectuada ao custo total de reposição antes do reassentamento. Além disso, os habitantes afectados têm de ficar numa situação pelo menos igual, e preferivelmente melhor, à que resultou da acção de reassentamento. Dadas as contradições aparentes e reais acima indicadas, o RPIP tem de considerar a legislação, regulamentos e políticas e simultaneamente interpretá-las de tal maneira que é possível alcançar-se expansão e melhoramento. 3.6 Mecanismo de reclamações Como um meio de lidar com reclamações e questões que originem do processo de reassentamento, a Sasol elaborou um mecanismo de reclamações através do qual os habitantes afectados podem apresentar uma reclamação duma maneira simples e económica, para que se possa alcançar a resolução de disputas duma maneira rápida e satisfatória. Este processo permitirá que as decisões possam ser avaliadas de novo quando os indivíduos afectados exprimirem as suas preocupações sobre os resultados do processo de reassentamento conforme elas surgem e assistirá em se tomar uma acção correctiva atempada. O processo facilita também transparência. A Sasol obterá as informações necessárias para determinar se os agregados familiares afectados levantam quaisquer reclamações. O procedimento seguinte será seguido pelo SMRD e o representante do GOM quando disputas com os habitantes afectados são abordadas: O Sasol e o representante do GOM investigarão a disputa, e se necessário, discutirão a mesma com o chefe local, antes de avaliarem a decisão de novo. Caso a disputa não possa ser resolvida a este primeiro nível, devia ser referida ao Grupo Conjunto de Trabalho para resolução. Caso o Grupo Conjunto de Trabalho não poder resolver a disputa, ela devia ser referida à Comissão de Coordenação do Projecto (PLC) para a sua decisão. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 28 SASOL Caso o reclamante não aceitar a decisão da PLC, ele (ela) pode recorrer contra a mesma da maneira normal que lhe é disponível através do sistema jurídico Moçambicano. Isto envolverá o recorrer, em primeiro lugar, ao Administrador Distrital, depois disso ao Governador Provincial, e finalmente o assunto pode ser referido a um tribunal Moçambicano. Um registo por escrito de todas as disputas/reclamações levantadas durante a construção será mantido Sasol (Anexo 6). Estes registos serão monitorizados regularmente por uma agência independente como parte de um processo de monitorização e avaliação contínuo. Cópias destes registos deviam ser remetidos para o GOM através do Grupo Conjunto de Trabalho. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 29 SASOL 4 DISPOSIÇÕES INSTITUCIONAIS / RESPONSABILIDADES EMPRESARIAIS 4.1 Sasol A Sasol (Figura 3) é total e derradeiramente responsável por todas as actividades de reassentamento abarangidas neste RPIP . Dois dos objectivos chave da Sasol são os seguintes: Alcançar um reassentamento atempado e livre de problemas que proporciona uma base forte de relações comunitárias positivas e contínuas para o futuro. Alcançar um reassentamento que cumpre integralmente com as provisões da Política Operacional 4.12 do Grupo do Banco Mundial: Reassentamento Involuntário, Processo do Banco 4.12: Reassentamento Involuntário e Directiva Operacional 4.30: Reassentamento Involuntário. A Sasol é responsável por três áreas-chave: Gestão (incluindo coordenação contínua com o GOM, o Empreiteiro e as comunidades). Auditoria (monitorização contínua da implementação do projecto). Monitorização e Avaliação (pós-implementação). A Sasol gere os seus interesses e responsabilidades por meio do Grupo-Tarefa de Reassentamento Compensação (Equipa Conjunta de Trabalho) e um Grupo de Trabalho para Reassentamento (GTR) (Figura 4). O Gestor de Projecto de Reassentamento da Sasol interactua estreita e continuamente com o Gestor de Projecto de Reassentamento do Empreiteiro para efectuar um reassentamento atempado e sem dificuldades. Até agora, a equipa da Sasol comopreende o Gestor, Gestor de projecto, Coordenador do reassentamento e a equipa de reassentamento. A Sasol responsabiliza-se pelo planeamento e implementação das actividades de reassentamento, em cumprimento com a Politica Operacional 4.12: Reassentamento involuntário, Procedimento Bancário 4:12 e Directiva operacional 4:30 respeintante ao Projecto de Gás Natural. Fez-se distinção entre a perda temporária e a perda permanente de acesso à terra e infraestruturas , com processos e procedimentos detalhados separadamente. As actividades de reassentamento incluem: Identificação e registo de partes afectadas Enumeração, avaliação e acordo sobre a compensação as partes afectadas Pagamento as partes afectadas Reassentamento da área ou entrega temporária de terras ao EPC ou EPCM (se temporário, também retorno da terra a pessoa afectada depois da conclusão das obras). PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 30 SASOL Figura 3 Estrutura da Sasol envolvidas no Projecto. Sasol Ltd SIC Sasol Gas Holding Sasol Synfuels Sasol Mining Sasol Chemical (100%) (100%) (Pty) Ltd (Pty) Ltd Industries Ltd SPI Sasol Gas ROMPCO (100%) (100%) (Empresa do Gasoduto) SPM SPT (100%) (100%) Gas Field CPF (70%) (100%) PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 31 SASOL Figura 4 Estrutura organizacional conforme se aplica Bs actividades de reassentamento associadas com o Projecto de G<s Natural. Sasol DirecH>o Nacional De Carv>o (DNCH) Grupo de Trabalho para o Reassentamento e CompensaH>o Tradicionais e Membros da Comunidade GOM Provincial, AdministraH^es Locais, Lideres (Consulte o Organograma) S Rovicene (Presidente) (MADER/DINAGECA) C Nguetana (Vice-Presidente) (DNCH/MIREME) A Dgedge (MICOA) GOVERNO) S Dlamini (Sasol) O Semi>o (CPI) V Joaquim (MOPH) A Cesar (DPREMEI) J Macumbi (DPCA Gaza) S Booyens (Secret<rio) (Sasol) Z Qwemesha (Sasol) J Marrengula (DPCAMA Potgieter (Sasol) J Botha (Sasol) J Maculuve (ENH) Grupo de Trabalho para o Reassentamento MICOA Equipa de CompensaH>o para a ExploraH>o Sismica MOPH (Departmento de Obras Pdblicas) Equipa de CompensaH>o para o Campo de G< s Sasol e lideres locais Equipa de CompensaH>o para o Gasoduto Sasol Equipa de CompensaH>o para a SubstituiH>o de ;rvores Sasol Sasol ComunicaH^es Sasol Sasol ComunicaH^es Sasol ComunicaH^es Sasol Equipa ComunicaH^es Sasol Equipa Equipa Reassentamento Equipa Reassentamento Reassentamento Empreiteiro Reassentamento Empreiteiro e lideres Empreiteiro DirecH>o Provincial de Empreiteiro locais DPREMEI (A Cesar) e Agricultura Maputo (E DPREMEI (A Cesar) e lideres locais Cuna & T Boaventura) ) lideres locais e lideres locais PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 32 SASOL A Sasol efectua a gestão dos seus interesses e responsabilidades através da Equipa Conjunta de Trabalho que é constituída por um Gestor do Projecto de Reassentamento (Sasol), especificamente nomeado para esse cargo e por representantes da MADER/DINAGECA, DNCH/MIREME, MICOA, MOPH, CPI, CPCAM-GOVERNO, DPREMEI, DPCA Gaza e ENH. A gestão do dia-a-dia do reassentamento é efectuada por um Grupo Conjunto de Trabalho (na sigla em inglês RWG – Resettlement Working Group) constituído por um representante do MICOA e do MOPH, enquanto que as actividades do dia-a-dia são efectuadas por diferentes Equipas de Reassentamento (Figura 4). Tal como se encontra ilustrado na Figura 4, o reassentamento conta com a participação das Autoridades Governamentais Provinciais, Distritais e Locais e das Autoridades Tradicionais a vários níveis dentro da hierarquia organizacional. 4.2 Governo de Moçambique O Presidente da República de Moçambique, Sr. J A Chissano, é chefe do Governo do país. Ele é assistido por um Gabinete Nacional que consiste de Ministros nomeados por si de candidatos previamente elegidos à Assembleia Nacional. A legislação nacional é apresentada à Assembleia Nacional onde propostas, após serem aprovadas, são convertidas para lei. As Provisões contidas nas leis permitem que Ministros possam emitir Regulamentos por decreto. O quadro institucional do Governo Provincial e Local em Moçambique funciona da seguinte maneira: O “Governador” é o chefe do governo e da administração na província. Ele é assistido por um "Administrador Distrital" (áreas rurais) e o "Presidente da Câmara Municipal" (áreas urbanas). A um nível mais local dentro do quadro institucional encontra-se o "Posto Administrativo" (áreas rurais) ou o "Grupo Dinamizador" (áreas urbanas). A camada seguinte na estrutura do governo provincial encontra-se no "Bairro Central" (áreas rurais) ou o "Bairro" (áreas urbanas). Eles são assistidos pelo "Polana" ou "Secretário" (áreas rurais) ou o "Círculo" (áreas urbanas). As áreas urbanas têm uma camada adicional, conhecida como o "Quarteirão". O Projecto de Gás Natural está a ser construído em áreas rurais de Moçambique e, portanto, o quadro institucional rural é aplicável. O Governo Provincial do Maputo, através do Governador, é o Agente de Implementação para qualquer desenvolvimento na Província. As quatro camadas de Governo (Nacional, Provincial, Distrital e Local) estão envolvidas no Projecto de Gás Natural em duas áreas principais: Coordenação directa com a Sasol sobre questões tais como aprovação do projecto e dos critérios de compensação (Governo Nacional e Provincial). PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 33 SASOL Representação no RWG lidando com questões, entre outras, coordenação comunitária, elegibilidade, verificação e resolução de conflito/disputas (Governo Provincial, Distrital e Local). A contribuição do Governo Provincial foi solicitada logo do início. Representantes das Províncias de Inhambane, Gaza e do Maputo têm estado envolvidos activamente na determinação de um conjunto padrão de valores de compensação para culturas anuais e perenes. Além disso, representantes do GOM encontram-se activos no campo monitorizando o progresso, os processos e procedimentos do RWG e das RTs. Estes representantes proporcionam informações dos seus resultados ao Grupo Conjunto de Trabalho com sugestões sobre medidas correctivas, se necessárias. As estruturas da administração pública do Governo Local consistem principalmente de Direcções de Governos Distritais e de Postos Administrativos. A função primária do Governo Local é facilitar comunicações e a disseminação de informações entre a Sasol e as partes potencialmente afectadas. Para alcançar este objectivo, os representantes do Governo local estão numa situação de poderem assistir no processo de localizar e identificar indivíduos potencialmente afectados podendo também verificar a elegibilidade dos mesmos. Além disso, os funcionários do Governo Local actuam como um ponto de referência importante ao qual se podem trazer dúvidas, queixas e reclamações para se enviarem às partes aplicáveis para que acção possa ser tomada. O envolvimento do Governo Local terá de ser mantido por um futuro bem distante para facilitar comunicações contínuas entre as partes potencialmente afectadas e a Sasol. 4.3 Autoridades Tradicionais Autoridades Tradicionais, que complementam a administração formal, existem em todas as áreas rurais de Moçambique, com os chefes possuindo autoridade ao nível local e de aldeia. Como no caso de Governo Local, todas as comunicações entre a Sasol e as entidades potencialmente afectadas são facilitadas através das Autoridades Tradicionais aplicáveis. 4.4 Empreiteiros A Sasol é responsável por todos os aspectos de reassentamento relacionados com o Projecto de Gás Natural. Portanto, os empreiteiros necessitam somente de manter comunicações estreitas com a Sasol com relação a acesso a áreas de trabalho. No caso dos empreiteiros encontrarem quaisquer questões relacionadas ao reassentamento, as mesmas são referidas ao RWG para tomar acção. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 34 SASOL 4.5 4.5.1 Organizações de apoio Empreiteiros de Reassentamento A Sasol nomeou empreiteiros de reassentamento da África do Sul e de Moçambique para assistir no planeamento e implementação do reassentamento resultante do Projecto de Gás Natural . Ambos têm experiencia e capacidade nesta área assim como sobre os requisitos do Banco Mundial. 4.5.2 Agência de Pagamento Estão envolvidos dois gabinetes no Projecto de Gás Natural. A primeira é uma empresa sediada em Moçambique que proporcionou a compensação inicial para a exploração, desenvolvimento e construção. Contudo, na segunda metade de 2002 esta empresa cessou a sua actividade. A segunda é uma Organização Não Governamental (ONG) que foi contratada pela Sasol para os pagamentos restantes relativos a compensações do Projecto. 4.5.3 Auditor independente Um auditor externo, independente foi nomeado pela Sasol para empreender auditorias de seis em seis meses sobre todos os aspectos relacionados à implementação do RPIP para o Projecto de Gás Natural. 4.5.4 Instituições Nacionais As instituições nacionais seguintes estão envolvidas em questões de reassentamento relacionadas com o Projecto de Gás Natural: O Ministério Para a Co-ordenação da Acção Ambiental (MICOA). O MICOA é responsável por aspectos ambientais que consistem, entre outras coisas, da avaliação do Estudo do Impacto Ambiental e da monitorização do desempenho e cumprimento ambiental. Instituto Nacional de Investigação Agronómica (INIA). Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Instituto Nacional de Planeamento Físico (INPF). A Direcção Nacional de Geográfica e Cadastral (DINAGECA). A DINAGECA é responsável por todos os assuntos fundiários em Moçambique. 4.5.5 Organizações Não Governamentais Independentemente da ONG contratada para as compensações as Organizações Não Governamentais (NGOs) não têm desempenhado um papel nas actividades de reassentamento do Projecto de Gás Natural. No futuro, as NGOs podiam desempenhar um papel de apoio, especialmente em assistência subsequente nas áreas seguintes: PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 35 SASOL O estabelecimento de instituições comunitárias. Coordenação entre o Governo e instituições comunitárias. Avaliação contínua de necessidades comunitárias. Treinamento. Obtenção de apoio financeiro para projectos de base comunitária. 4.6 Capacidade e ligações institucionais A implementação do RPIP actual e os papéis e responsabilidades das várias organizações necessitam ser considerados no contexto de Moçambique como uma economia emergente e em desenvolvimento começando duma base baixa após muitos anos de conflito. Isto é devido a apesar das melhores intenções a todos os níveis do Governo, duma legislação original para atrair investimentos bastante necessários para o país e de pessoal com boas qualificações e bem motivado, a capacidade institucional está seriamente constrangida por recursos limitados e por uma carência de capacidade técnica. Além disso, apesar de quadros de planeamento, a implementação e imposição destes planos entre os vários níveis do Governo e departamentos governamentais e organizações paraestatais diferentes, permanecem constrangidos pela falta de ligações oficiais entre os diferentes participantes, frequentemente sem uma definição própria de prioridades comuns para o benefício de todos. Os dois constrangimentos acima citados necessitam ser reconhecidos tomando em consideração os esforços da Sasol dirigidos em assistir o GOM a vencê-los, para abordar aspirações tanto das necessidades a curto prazo como as de médio a longo prazo. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 36 SASOL 5 DESCRIÇÃO DO AMBIENTE Esta descrição do ambiente foi extraída primariamente a partir de três relatórios de Estudos de Impacto Ambiental produzidos para o Projecto de Gás Natural (Mark Wood Consultants & Impacto, 2001a, 2001b e 2002) (Secção 13). Os relatórios podem ser consultados na página web da Sasol (http://w3.sasol.com/natural gas//). O Projecto de Gás Natural consiste de três elementos primários dentro de Moçambique, nomeadamente, a exploração dos campos de gás de Temane e de Pande assim como o Bloco da Exploração, o desenvolvimento dos campos de gás e a construção e operação de uma conduta subterrânea da CPF a Ressano Garcia. A área de influência destes elementos é considerável e cobre três províncias, nomeadamente, Inhambane, Gaza e Maputo. Para fins de consistência e facilitar referência, esta descrição do ambiente está dividida entre os elementos do campo de gás e a conduta. 5.1 Campo de gás (exploração e desenvolvimento do campo de gás) Os Campos de Gás de Temane e Pande e o Bloco de Exploração, estão situados para o Sul do Rio Save na Província de Inhambane dentro dos Distritos de Inhassoro (Campo de Gás de Temane) e Govuro (Campo de Gás de Pande) (Figura 1). O outro distrito contido na área em estudo é Vilankulo (Figura 1). 5.1.1 Ambiente Biofísico 5.1.1.1 Geologia, topografia e drenagem A área em estudo consiste de uma planície litoral larga. A topografia é uniformemente plana e de altitude baixa que não excede 170 m acima do nível do mar. A costa é fortemente influenciada pela corrente de Moçambique que se dirige para o Sul, criando águas quentes perto da costa com temperaturas em excesso de 21°C. O padrão de ondas para o sudeste gera correntes ao longo da costa na direcção do Norte que transportam quantidades consideráveis de areia formando línguas a apontar para o Norte, cada uma das quais abriga uma baía calma com mangais nas suas orlas. O Rio litoral Govuro corre paralelo à costa, do Norte para o Sul, e bissecta a área em estudo. O rio tem uma bacia hidrográfica de 11 200 km2, na qual a pluviosidade anual média é entre 800 – 1 000 mm. Uma cadeia de lagos litorais de pequeno porte com uma orientação de Sul-Norte ocorre paralela ao Rio Govuro. A área circundante para o Leste do rio consiste na maior parte de habitats pantanosos sazonais e permanentes. Na área em estudo, como consequência da natureza arenosa da planície costeira e o padrão da deposição de areia, existe um número de lagos de barragem litorais uniformes e pequenos. Alguns destes lagos são alimentados por ribeiros pequenos. Outros são sazonais e secam completamente durante o Inverno. A qualidade da água varia consideravelmente. Geralmente, os lagos são de água doce e encontram-se em camas arenosas com depósitos orgânicos extensivos. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 37 SASOL 5.1.1.2 Solos A maioria dos tipos de solo na área em estudo possui uma fertilidade de média a baixa, com a excepção dos no Vale do Rio Govuro, que são solos férteis argilosos e arenosos. 5.1.1.3 Clima Registos de 1997 revelam uma temperatura anual média em Inhambane de 24.1°C. A variação mensal da temperatura é pequena, com uma média do mês mais frio de 20.3°C (Julho) e do mais quente de 27.4°C (Fevereiro). A humidade relativa é razoavelmente constante variando entre 70% (Outubro) a 80% (Janeiro). A pluviosidade na província está distribuída irregularmente e ocorrem estações chuvosas e secas distintas. Os registos de pluviosidade de Inhambane para 1996-1997 indicam o valor mensal mais alto (Janeiro) de aproximadamente 250 mm. A estação chuvosa começa em Outubro e termina em Março. A estação abrange o período de Abril a Setembro. No ano 2000, a área foi exposta a níveis elevados de pluviosidade e cheias. 5.1.1.4 A flora e a fauna A área sob consideração mantém oito tipos de vegetação em escala extensa que são diversos do ponto de vista florístico (Tabela 2). Espécies florais vulgares incluem: Sclerocarya birrea, Trichilia emetica, Anacardium occidentale, Ziziphus mucronata, Brachystegia sp., Maytenus heterophylla, Dichrostachys cinerea, Digitaria sp., Perotis patens, Panicum maximum, Strychnos madagascariensis, Terminalia sericea, Afzelia quanzensis, Rauvolfia caffra, Julbernardia sp., Rhynchelytrum repens, Corchorus junodii, Nidorella sp. and Thespesia acutiloba. Os mangais brancos (Avicennia marina), pretos (Bruguiera gymnorrhiza) e vermelhos (Rhizophora mucronata) são vulgares nos pântanos de mangais. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 38 SASOL Tabela 2 Tipos de vegetação em escala extensa da área em estudo. Tipo de Vegetação Comunidades pioneiras de montículos de terra Pântanos de mangais Região Arborizada fechada e mosaico de prados higrófilo Região de Acácias arborizada livre Região arborizada JulbernardiaBrachystegia e mata fechada Região arborizada Brachystegia misturada e mosaico florestal decíduo Região arborizada misturada livre Floresta Carpodiptera-Guibourtia Descrição Mata litoral e floresta de dunas recentes Mangal Savana arbórea decídua com palmeiras (planícies pobremente drenadas) Região Arborizada descontínua de savana seca – prado de tandos e de savana arbórea (planície da Gorongosa) Região arborizada miombo na bacia do lago e nas areias do Sul do Save. Miombo decíduo – floresta decídua e mosaico de savana Savana arbórea miombo decídua com região arborizada gregária densa e seca Savana arbórea miombo decídua com região arborizada gregária densa e seca Os tipos diversos de vegetação proporcionam uma variedade de habitats para animais o que dá apoio a uma diversidade faunal rica. Contudo, apesar de mamíferos de maior porte não se encontrarem devida à influência de seres humanos, mamíferos de mais pequeno porte são encontrados em abundância. A fauna inclui aves, mamíferos de pequeno porte e répteis, e uma variedade de espécies de invertebrados. A fauna e flora têm sido perturbadas pela influência de habitantes exercida na base dos recursos. Muitas espécies de aves que fazem ninhos em árvores específicas não existem mais devido à falta de locais para nidificação e as aves serem uma fonte de proteína durante os anos da guerra. Contudo, um número de espécies de aves foi observado durante as investigações de campo. Estas incluem Nectaríneas (barriga branca, crista vermelha e bandeado roxo), Barbudas (marcas de seta, verde na parte detrás e de balir), Bulbuls (escuros e de olhos pretos), Drongos (aveludado e o dicrurus ludwigii), Pássaros-ratos, Calaus (cinzentos e de bico amarelo) e a pomba esmeralda malhada. Mamíferos de pequeno porte incluem ratazanas e ratos, enquanto répteis consistem principalmente de cobras (mambas, cobras de capelo e víboras). A maioria da fauna é típica de habitats semelhantes da região. Contudo, têm-se registado espécies na Lista Vermelha de Espécies (mamíferos e aves). Adicionalmente à fauna terrestre, os numerosos ambientes aquáticos mantêm uma variedade de espécies de peixes e invertebrados aquáticos. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 39 SASOL 5.1.2 Ambiente social e socioeconómico Um entendimento do ambiente social e socioeconómico proporciona uma base para reassentamento através de uma compreensão de como a população reage relativamente a reassentamento e duma perspicácia das redes sociais e dos padrões e sistemas de produção. É de facto no seio deste entendimento do ambiente que dados de referência, recolhidos para fins do planeamento de reassentamento, são analisados e interpretados. A este respeito, é importante compreender-se o contexto de Moçambique. O país tem sofrido muitos anos de guerra dos quais têm resultado consequências negativas consideráveis, por exemplo, uma população deslocada, despovoamento rural, o estado precário das infraestruturas, serviços públicos desabados, população de pobreza extrema, pouca agricultura comercial, susceptibilidade imensa em relação a subsistência agrícola e posse limitada de stock de reserva. Os Distritos de Vilankulo, Inhassoro e Govuro que formam a área em estudo consistem de área urbanas, semiurbanas e rurais que apoiam povoações bem estabelecidas (por exemplo, Maimelane, Pande e Vila Franca do Save) e populações espalhadas razoavelmente isoladas umas das outras em muitos dos casos. A migração histórica dentro e entre os distritos era de áreas rurais para urbanas (à procura de segurança durante os anos de guerra) mas, mais recentemente, tem-se presenciado uma migração de retorno conforme gente tenta recuperar os seus direitos fundiários históricos18. Além disso, a população tem sofrido deslocações como resultado das cheias do ano 2000 que, em alguns casos, tem resultado no estabelecimento de povoações novas, por exemplo, Maluvane. Em geral, existem três tipos distintos de povoações na área em estudo: Entre a costa e a EN1. Esta área tem uma densidade populacional relativamente elevada. Contudo, os solos são pobres tornando o cultivo de culturas difícil. Portanto, os moradores participam em actividades no lago e pesca do mar para suplementar a ingestão de proteína e o rendimento dos agregados familiares. A Oeste da EN1. Uma área de densidade populacional relativamente baixa. Contudo, os solos são mais férteis e, portanto, agricultura é a actividade económica primária. Planícies de inundações de altitudes baixas dos Rios Govuro e Save. Uma área de concentrações populacionais relativamente altas. Os solos são férteis possibilitando duas culturas agrícolas por estação. Actividades de criação de gado ocorrem também nestas áreas. A densidade populacional mais alta é no Distrito de Vilankulo com 24 habitantes/km2 (influenciado pela cidade de Vilanculo) comparado com os Distritos de Inhassoro (6 habitantes/km2) e Govuro (7 habitantes/km2) (que reflecte padrões dispersos de povoamento). 18 É importante reconhecer que existem direitos de longa duração e que precisam ser respeitados. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 40 SASOL 5.1.2.1 Demografia As estimativas da população de 1997 para os Distritos de Inhassoro, Govuro e Vilankulo foram, respectivamente, 43 406, 29 031 e 113 045 habitantes. Estes valores são responsáveis por, aproximadamente, 18% da população da Província de Inhambane. Os Campos de Gás de Temane e Pande e as infraestruturas associadas estão situados dentro dos Distritos de Inhassoro e Govuro, respectivamente, perto das cidades de Maimelane e Pande, respectivamente. Ambas estas povoações estão localizadas ao longo da EN1 e apesar das densidades populacionais e residenciais serem mais elevadas que nas áreas rurais circundante, elas são ainda consideradas rurais por natureza. As outras povoações nas áreas rurais consistem de populações dispersas, frequentemente isoladas umas das outras. A Maimelane tem uma população calculada de 21 537 habitantes, e está considerada com a concentração mais alta de população do distrito, enquanto Pande possui uma população de somente 5 239 habitantes. Em geral, tanto no caso de Temane como de Pande, a proporção do género feminino (57%) excede o masculino (43%). Apesar dos homens serem os chefes de família na maior parte de agregados familiares, 41.4% de famílias consiste de três ou mais mulheres. A razão destes agregados familiares com uma preponderância do sexo feminino é devida a migração de homens para Maputo e a Beira, dentro de Moçambique, assim como para Zimbabué e a África do Sul. Como resultado, 58% da população economicamente activa (de 16 anos e de maior idade) nas áreas de Temane e Pande, 36% são mulheres e 26% homens. O tamanho normal dos agregados familiares é 4.97 (apesar duma percentagem significante (aproximadamente 40%) dos agregados consistirem de cinco ou mais membros de família). Uma maioria significativa da população tem sempre vivido na área em estudo. Isto é uma indicação de uma população estável. Contudo, há deslocações de habitantes dentro e entre os distritos, geralmente como consequência duma procura de terras novas para praticar agricultura de subsistência. 5.1.2.2 Socioeconomia Existem poucas oportunidades formais de ganhar rendimento para a população na área em estudo. A maioria da população depende de agricultura de subsistência para a sobrevivência. Culturas normais incluem milho, mandioca, feijão seco e batata-doce. A maior parte dos produtos agrícolas são para consumo caseiro. Contudo, quando disponível, o excesso das culturas é vendido para gerar rendimento. Apesar da actividade agrícola comercial ser pouca ou quase nenhuma, algumas culturas agrícolas comerciais são produzidas como culturas do sector familiar, por exemplo, cana-de-açúcar, e usadas para gerar rendimento monetário, por exemplo, vendendo as canas ou usando-as para a produção de bebidas alcoólicas que são vendidas. Animais de criação (cabras, ovelhas e aves de capoeira) são uma fonte importante de alimentação e rendimento. Além disso, carne de animais selvagens e peixe são fontes importantes de proteína. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 41 SASOL Considerando a posição socioeconómica da população, ainda existe uma dependência excessiva em recursos naturais. Em termos do uso de plantas pela população local, a vegetação natural da área desempenha um papel muito importante na economia caseira, saúde, subsistência e no potencial de ganhar dinheiro da população local: Economia caseira. As plantas são usadas para satisfazer uma variedade de necessidades do agregado familiar, incluindo: madeira combustível (lenha e carvão vegetal) e materiais de construção. Saúde. Plantas desempenham um papel crítico na saúde das populações locais por meio dos seus usos como remédios medicinais. Necessidades de subsistência. As plantas proporcionam uma fonte importante das necessidades de alimentação dos habitantes locais. Esta incluem vegetais (Incaca (Mormodica balsamina)) e fruta (Vangueria infausta e Strychnos madagascariensis). Ganhar dinheiro As plantas utilizadas como material para fabrico manual, por exemplo, esteiras (Cyperus ssp.), carvão vegetal (Acacia ssp., Albizia petersiana e Dichrostachys ssp.) e fabricos manuais de madeira (Afzelia quanzensis). Em alguns casos, as actividades tornaram-se ”comercializadas”, por exemplo, a produção de carvão vegetal vendido para gerar rendimento. Uma consequência importante do uso de recursos naturais é desflorestação numa escala relativamente avultada e a erosão resultante. 5.1.2.3 Infraestruturas e serviços sociais Transporte e comunicações O Distrito de Vilankulo tem ligações boas de transporte, com acesso tanto à rede rodoviária provincial como à nacional. Existe também acesso a transporte marítimo assim como um aeroporto pequeno. Os Distritos de Inhassoro e Govuro possuem somente ligações razoáveis de transporte. As cheias de 2000 têm danificados um número de estradas principais na área, resultando em condições difíceis para viajar. Comunicações nos distritos são pobres. As comunicações telefónicas nos Distritos de Inhassoro e Govuro foram dificultadas pelas cheias do ano 2000. Contudo, as redes telefónicas estão actualmente a ser melhoradas com a instalação de cabos de fibra óptica na área de Vilankulo e o fornecimento de linhas telefónicas para Inhassoro. Além disso, redes celulares têm sido instaladas em Vilanculo, facilitando consideravelmente as comunicações na área. Educação. De acordo com o recenseamento de 1997, 54% da população da Província de Inhambane com uma idade em excesso de cinco anos, não podia ler nem escrever. Isto é uma reflexão de instalações inadequadas de educação primária e secundária nos três distritos (Tabela 3). Na Província de Inhambane não existem instituições que ofereçam educação a nível superior. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 42 SASOL Tabela 3 Instalações Educacionais na Província de Inhambane. Tipo Primário Elementar Primário Superior Secundário Distrito de Vilankulo 43 5 1 Distrito de Inhassoro 26 2 0 Distrito de Govuro 15 2 0 Instalações de cuidados de saúde De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em 1999 Moçambique tinha um total de 1 155 instalações de serviços de saúde e a Província de Inhambane, em especial, tinha um total de 81 instalações desses serviços. Nos distritos que formam a área de desenvolvimento proposta, as instalações de serviços de saúde são limitadas, e o hospital único está situado na cidade de Vilanculo. O Distrito de Inhassoro tem três centros de saúde com instalações mínimas. A maior parte das infraestruturas têm sido afectadas duma forma adversa pelas cheias recentes e os serviços estão, dum modo geral, inacessíveis à população. Tem sido relatado que há somente oito camas disponíveis no distrito, resultando numa rotação elevada de pacientes para que as camas estejam disponíveis para emergências. O centro de saúde principal (Sede) está situado na cidade de Inhassoro. O pessoal deste centro consiste de um doutor, uma enfermeira, seis enfermeiras na unidade básica, sete enfermeiras de escola elementar, quatro parteiras, e uma enfermeira pediátrica. Existe outro centro de saúde em Maimelane, com uma enfermeira na unidade básica, uma parteira e uma ajudante geral. O outro centro de saúde tem base em Macovane, aonde estão somente empregadas uma enfermeira e uma parteira. As instalações de cuidados de saúde do Distrito de Inhassoro tem poucos recursos, não existem materiais adequados e medicinas disponíveis e portanto, a capacidade de lidar com um número avultado de pacientes é restringida. Adicionalmente às instalações acima citadas, há indicações que os habitantes locais destas regiões fazem uso de medicina tradicional. Existe um número de curandeiros que exerce a sua profissão nas proximidades da área de desenvolvimento proposta. Água e saneamento Existe pouca água potável nas áreas urbanas da Província de Inhambane. As instalações de saneamento da província também são pobres. Não existem na área sistemas de esgotos com transporte por água ou estações de tratamento de águas residuais e os agregados familiares ou fazem uso de sistemas de fossas sépticas ou retretes rurais. Contudo, os níveis de águas subterrâneas são elevado tornado problemática a construção e operação de retretes rurais. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 43 SASOL 5.1.2.4 Iniciativas de desenvolvimento comunitário O desenvolvimento nos três distritos é coordenado pelo GOM. Devido a constrangimentos de recursos, existem um número de NGOs a funcionar na área, com um foco em provisões de emergência (principalmente fornecimento de alimentos considerando as condições actuais de seca), abastecimento de água, produção agrícola, desenvolvimento de infraestruturas sociais e programas de desminagem. 5.2 Conduta A conduta em Moçambique estende-se por 520 km de Ressano Garcia (Chainage 0 km) a Temane (Chainage 520 km) praticamente numa linha recta. Ela atravessa três províncias, nomeadamente, Maputo, Gaza e Inhambane. 5.2.1 Ambiente biofísico 5.2.1.1 Geologia Foram identificadas cinco formações geológicas ao longo do percurso: Chainage 0 – 10 km - Chainage 10 – 41 km - Chainage 41 – 48 km - Chainage 48 – 420 - Chainage 420 – 520 - Riolite do Umbeluzi. Uma lava rica em sílica formando as Montanhas Lebombo que são resistentes à acção do tempo. Dá origem a solos arenosos de pouca profundidade com leito de rocha também pouco profundo. Basalto de Movene. Lava basáltica que dá origem a solos argilosos expansivos. Formação de Grudja. Arenito glauconítico/calcário e fossilífero fino com camadas de marga calcária que dá origem a solos calcários arenosos com restos fósseis marinhos. Sedimentos fluviais e marinhos não diferenciados terciários e quaternários que resultam em solos arenosos e sedimentos de origem aluvial, lacustre e marinha. Calcarenito fossilífero terciário da Formação de Sancul/Cogune (calcária/sedimentos/arenito com fósseis marinhos). Em geral, independentemente do sistema montanhoso das Montanhas Lebombo, o percurso atravessa sedimentos relacionados aos vários ciclos de transgressão e retrogressão marinha, com alguns afloramentos rochosos. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 44 SASOL 5.2.1.2 Relevo, solos e terreno Quatro relevos principiais são típicos do percurso da conduta, nomeadamente, um sistema montanhoso da Montanhas Lebombo e vales associados que são íngreme e profundamente incisidos, planícies basálticas onduladas e desnudadas, planície arenosa litoral de deposição, e planícies aluviais associadas com os Sistemas de Rios do Incomati, Sabie, Mazimchope, Limpopo e Changane. Ocorrem oito unidades de solo ao longo do percurso da conduta de 520 km: Solos da Fileira de Montanhas do Lebombo. 1.55% do percurso ocorre nesta Fileira. Solos derivados de Basalto. 5.2% do percurso ocorre entre a Fileira de Montanhas do Lebombo e os vales dos Rios Incomati e Sabie. Solos moderadamente pedregosos a solos pedregosos. 0.05% do percurso ocorre no Distrito de Moamba, Província de Maputo. Solos derivados de rochas sedimentares. 17.9% do percurso ocorre nos Distritos de Moamba e Magude, Província de Maputo, e o Distrito de Govuro, Província de Inhambane. Solos pós-Managa. 2.6% do percurso ocorre nos Distritos de Moamba e Magude, Província de Maputo, e o Distrito de Govuro, Província de Inhambane. Solos derivados de depósitos de Managa. 47.1% do percurso ocorre como uma característica dominante das planícies do interior, fundos de vales e depressões circulares e linhas de drenagem. Solos aluviais 2.9% do percurso ocorre nos terraços e planícies de inundações de sistemas principais de rios (Incomati, Sabie, Mazimchope, Limpopo e Changane). Solos arenosos de planícies niveladas. 1.09% do percurso ocorre nas planícies interiores planas e arenosas. A área atravessada pela conduta exibe variações pequenas do terreno. O ponto mais elevado do percurso é Ressano Garcia (240 m acima do nível do mar) nos sopés das Montanhas Lebombo. Viajando de Ressano Garcia para Temane, o percurso é plano com a excepção dos vales de rios. 5.2.1.3 Clima A área atravessada pela conduta exibe verões quentes e invernos moderados e secos (com temperaturas diárias médias variando entre 12oC (temperatura do inverno para Ressano Garcia) e 28oC (temperatura do verão para Inhambane). É caracterizada por um clima tropical predominantemente seco (pluviosidade anual = 400 mm ou menos) excepto na direcção da costa e das Montanhas Lebombo onde ocorre uma pluviosidade mais elevada (pluviosidade anual = 800 – 1,000 mm e 800 mm, respectivamente), com a maioria da chuva caindo durante uma estação chuvosa bem definida entre Outubro e Abril. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 45 SASOL 5.2.1.4 Hidrologia As característica hidrológicas das superfícies principais são os 13 rios seguintes: Incomati, Sanduine, Sabie, Massintonto, Fussane, Uanetze, Cimbe, Mazimchopes, Limpopo, Chichacuane, Sangutane, Machachane e Changane. Existem cinco categorias que caracterizam as águas subterrâneas ao longo do percurso da conduta: De Ressano Garcia ao Rio Incomati. Declives de relevo elevado e moderadamente íngremes que resultam num escoamento superficial avultado. Nível freático relativamente fundo. Do Rio Incomati ao Rio Sabie. Um padrão de drenagem paralela com vestígios de um nível freático baixo. Planície de inundações larga no Rio Sabie. Do Rio Sabie ao Rio Limpopo. Uma topografia plana com sinais de nível freático relativamente elevado, especialmente em depressões espalhadas. O número e depressões aumenta na direcção do Rio Limpopo, com áreas pantanosas ocasionais indicando um nível freático mais baixo ou empoleirado. Do Rio Limpopo ao Rio Changane. Uma planície de inundações aluvial sazonal de 4 km de largura no Rio Limpopo. Solos duplos e terreno plano têm resultado num nível freático empoleirado. As terras baixas inundadas sazonalmente secam com rapidez razoável após as chuvas. Do Rio Changane a Temane. Inicialmente os solos duplos e terreno plano têm resultado num nível freático empoleirado. Mais para o Norte, as áreas e depressões molhadas diminuem, sugerindo solos com melhor drenagem e um nível freático mais fundo. 5.2.1.5 A flora e a fauna Oito tipos de vegetação predominam ao longo do percurso da conduta: Prado Planície Extratropical. A Chainage 0 – 80 km consistindo de prado com árvores e arbustos espalhados. Espécies vulgares incluem Themeda triandra, Turbina oblongata, Acacia nigrescens, Lonchocarpus capassa, Combretum imberbe e Ziziphus mucronata. Savana Arbórea de Altitudes Médias e Vales de Rios. A Chainage 80 – 280 km consistindo duma região arborizada com árvores ou arbustos dominada pela espécie Acacia. Vegetação em Aluviões. A Chainage 120 – 140 km consistindo de uma savana sub-árida arbórea e de arbustos dominada pelas espécies Panicum e Acacia. Região Arborizada de Mopane. A Chainage 170 – 190 km consistindo de região arborizada de mopane acompanhada por uma variedade de espécies de savana arbórea. Este é o segundo tipo de vegetação mais dominante ao longo do percurso da conduta. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 46 SASOL Savana Arbórea Miombo Decídua com Região Arborizada Gregária Densa e Seca. A Chainage 280 – 424 km consistindo de região arborizada. Espécies vulgares incluem Julbernardia globiflora, Pterocarpus angolensis, Burkea Africana, Albizia versicolor e Strychnos ssp. Vegetação sobre Solos Salinos (Vale Changane). A Chainage 310 – 330 km que se encontra no vale do Rio Changane. A salinidade do solo é elevada e, portanto, a flora é halófita (espécies Arthrocnemum, Chenolea, Salicornia, Atriplex e Suaeda). Miombo Decíduo Seco. A Chainage 424 – 475 km consistindo de região arborizada. Espécies vulgares incluem Brachystegia spiciformis, Julbernardia globiflora, Afzelia sp., Sideroxylon sp. e Balanites sp. Região arborizada Miombo nas Areias do Sul do Save. A Chainage 475 – 520 km consistindo de floresta perene secundária de Brachystegia spiciformis densa. Outras espécies incluem Albizia adianthifolia, Garcinia livingstonei, Afzelia quanzensis e Pterocarpus angolensis. Com respeito à fauna, há poucos mamíferos de grande porte, provavelmente como resultado de anos de guerra quando esses mamíferos foram caçados para alimentação e(ou) rendimento. A fauna consiste geralmente de herbívoros de pequeno a médio porte, morcegos, roedores, cobras, répteis, anfíbios, animais carnívoros de pequeno porte e duma variedade de aves. 5.2.2 Ambiente social e socioeconómico A área atravessada pela conduta cobre três províncias e onze distritos da maneira seguinte: Província de Maputo ▫ Distrito de Moamba. ▫ Distrito de Magude Província de Gaza ▫ Distrito de Chokwe. ▫ Distrito de Guijá ▫ Distrito do Chibuto. ▫ Distrito de Chigubo ▫ Distrito de Inhambane. Província de Inhambane ▫ Distrito de Funhalouro ▫ Distrito de Massinga. ▫ Distrito de Vilankulo ▫ Distrito de Inhassoro Como se pode prever, o ambiente social e socioeconómico ao longo do percurso da conduta de 520 km varia consideravelmente. Como consequência, esta descrição do ambiente é razoavelmente geral por natureza. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 47 SASOL 5.2.2.1 Demografia Os indicadores-chave demográficos para os distritos atravessados pela conduta estão indicados nas Tabelas 4, 5 e 6 para cada uma das três províncias. As densidades da população são uniformemente baixas (< 20 habitantes/km2) pelo comprimento inteiro do percurso da conduta com a excepção dos Distritos de Chokwe e Guija (Província de Gaza) e o Distrito de Massinga (Província de Inhambane). No caso de Chokwe e Guija, isto é atribuído ao vale e planície de inundações ricos e férteis do Rio Limpopo onde actividades agrícolas são intensas, e para Massinga, a densidades populacionais mais elevadas são atribuídas à cidade litoral de Massinga onde vive a maior parte da população. Por implicação, independentemente das povoações e cidades, a população está espalhada e é rural por natureza. Em todos os distritos a ser considerados, o perfil da população é dominado pelo sexo feminino. Esta razão de género a favor do sexo feminino pode ser atribuída à perda de homens durante os anos de guerra assim como à migração actual de homens à procura de emprego, tanto dentro de Moçambique, por exemplo, na Cidade de Maputo, como no exterior do país, por exemplo, na África do Sul. Uma maioria ligeira (55%) da população excede os 16 anos de idade e é considerada como economicamente activa. Contudo, as taxas de alfabetização são baixas (< 50%) sendo indicativo duma força laboral sem experiência. O tamanho médio do agregado familiar foi estabelecido em 5.21 pessoas com 76% dos agregados sendo nativos das suas áreas de residência. Isto é indicativo duma população relativamente estável. Contudo, uma deslocação da população através do percurso da conduta ocorreu durante as cheias devastadoras de 2000. 5.2.2.2 Socioeconomia Na falta de oportunidades formais, a agricultura de subsistência serve como uma estratégia de sobrevivência extremamente importante entre a maior parte de habitantes ao longo do percurso da conduta. Culturas de alimentação vulgares incluem milho, feijão chicote, amendoim, cassava e batata-doce. A maior parte dos produtos agrícolas são para consumo caseiro. Contudo, quando disponível, o excesso das culturas é vendido para gerar rendimento. Apesar da actividade agrícola comercial ser pouca ou quase nenhuma19, algumas culturas agrícolas comerciais são produzidas como culturas do sector familiar, por exemplo, cana-de-açúcar, e usadas para gerar rendimento monetário, por exemplo, vendendo as canas ou usando-as para a produção de bebidas alcoólicas que são vendidas. Animais de criação (cabras, ovelhas e aves de capoeira) são uma fonte importante de alimentação e rendimento. Além disso, carne de animais selvagens é uma fonte importante de proteína. Considerando a posição socioeconómica da população, ainda existe uma dependência excessiva em recursos naturais. Em termos do uso de plantas pela população local, a vegetação natural da área desempenha um papel muito importante na economia, saúde e subsistência caseira e no potencial de ganhar numerário da população local (Secção 5.1.2.2) 19 Isto é excepto a Herdade de Cana-de-Açúcar de Xinavane recentemente reabilitada perto de Magude e as terras agrícolas no vale do Rio Limpopo sendo actualmente reabilitadas para fins comerciais. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 48 SASOL Tabela 4 Indicadores-chave demográficos e instalações educacionais e de cuidados de saúde para os Distritos da Província de Maputo atravessados pela conduta. Distrito População Total Densidade Populacional (Habitantes/km2) Moamba 43,424 17 Magude 42,844 11 Instalações de Cuidados de Saúde Hospital Rural Cuidados de Saúde Primários Centro de Saúde Posto de Saúde Instalações Educacionais 0 2 Secundárias Primárias Superiores 1 3 0 3 Primárias Elementares Razão Média de Aluno:Professor 67 54:1 Hospital Rural Cuidados de Saúde Primários *** *** secundárias Primárias Superiores 1 5 Centro de Saúde Posto de Saúde *** *** Primárias Elementares Razão Média de Aluno:Professor 17 *** *** Desconhecido PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 49 SASOL Tabela 5 Indicadores-chave demográficos e instalações educacionais e de cuidados de saúde para os Distritos da Província de Gaza atravessados pela conduta. Distrito População Total Densidade Populacional (Habitantes/km2) Chokwe 173,544 126 Guija Mabalane Chigubo Mabote 57,217 25,472 13,405 39,667 30.6 2.68 3 3 Instalações de Cuidados de Saúde Instalações Educacionais Hospital Rural Cuidados de Saúde Primários Centro de Saúde Posto de Saúde 1 *** secundárias Primárias Superiores 1 5 3 11 Primárias Elementares Razão Média de Aluno:Professor 71 91:1 Hospital Rural Cuidados de Saúde Primários 0 1 secundárias Primárias Superiores 0 1 Centro de Saúde Posto de Saúde 1 0 Primárias Elementares Razão Média de Aluno:Professor 5 91:1 Hospital Rural 0 secundárias 1 Cuidados de Saúde Primários Centro de Saúde Posto de Saúde *** Primárias Superiores 1 1 7 Primárias Elementares Razão Média de Aluno:Professor 17 *** Hospital Rural Cuidados de Saúde Primários Centro de Saúde Posto de Saúde 0 0 secundárias Primárias Superiores 0 0 0 2 Primárias Elementares Razão Média de Aluno:Professor 13 *** Hospital Rural Cuidados de Saúde Primários 0 0 secundárias Primárias Superiores 0 1 Centro de Saúde Posto de Saúde 2 0 Primárias Elementares Razão Média de Aluno:Professor 6 48:1 *** Desconhecido PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 50 SASOL Tabela 6 Indicadores-chave demográficos e instalações educacionais e de cuidados de saúde para os Distritos da Província de Inhambane atravessados pela conduta. Distrito População Total Densidade Populacional (Habitantes/km2) Funhalouro 30,321 3 Massinga Vilankulo Inhassoro 186,700 113,303 43,406 44 23 3 Instalações de Cuidados de Saúde Instalações Educacionais Hospital Rural Cuidados de Saúde Primários Centro de Saúde Posto de Saúde 0 *** secundárias Primárias Superiores 0 1 1 2 Primárias Elementares Razão Média de Aluno:Professor 5 47:1 Hospital Rural Cuidados de Saúde Primários 0 *** secundárias Primárias Superiores 0 1 Centro de Saúde Posto de Saúde 1 6 Primárias Elementares Razão Média de Aluno:Professor 5 64:1 Hospital Rural 1 secundárias 2 Cuidados de Saúde Primários Centro de Saúde Posto de Saúde *** Primárias Superiores 3 3 5 Primárias Elementares Razão Média de Aluno:Professor 3 56:1 Hospital Rural Cuidados de Saúde Primários Centro de Saúde Posto de Saúde 0 *** secundárias Primárias Superiores 0 1 3 1 Primárias Elementares Razão Média de Aluno:Professor 1 46:1 *** Desconhecido PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 51 SASOL 5.2.2.3 Infraestruturas e serviços sociais As infraestruturas e serviços sociais variam significativamente entre distritos e províncias ao longo do percurso atravessado pela conduta. As instalações educacionais e de cuidados de saúde para os distritos atravessados pela conduta estão indicados para cada uma das três províncias nas Tabelas 4, 5 e 6. Os percursos de transporte principais do Sul para o Norte são a EN1 e a linha ferroviária. As estradas primárias, secundárias e rurais saem da EN1, primariamente para cidades, aldeias, áreas de actividade económica, por exemplo, a Herdade de Cana-de-Açúcar de Xinavane, e infraestruturas importantes de importância nacional, por exemplo, a Barragem Massingir. Enquanto as estradas primárias são de alcatrão e se encontrem num estado razoável, as secundárias e rurais são trilhos de cascalho ou areia, o estado dos quais variam e dependem das condições prevalecentes do tempo. Transporte aéreo liga a Cidade de Maputo a Inhambane e Vilanculo (apesar de existirem pistas aéreas particulares limitadas, para aeroplanos mais pequenos, por exemplo, na Herdade de Cana-de-Açúcar de Xinavane). As telecomunicações através da área atravessada pelo percurso da conduta são variáveis. Em alguns casos existem telecomunicações celulares e de linhas terrestres. Em outros, não há meios de telecomunicação excepto o uso de telecomunicações por satélite. A provisão de água e saneamento varia também consideravelmente na área atravessada pelo percurso da conduta. Nos centros distritais, como por exemplo Magude, Chokwe e Vilanculo, há abastecimento de água canalizada e sistemas de esgotos com transporte por água e frequências e eficiências variáveis. Em áreas rurais, bebedouros de repuxo comuns fornecem água potável segura e retretes rurais são geralmente usadas. Contudo, o uso de retretes rurais é dificultado pelo nível freático geralmente elevado por toda a área. Presentemente, o Departamento de Assuntos Hídricos está a investigar uma reabilitação e melhoramento completo das instalações de saneamento e abastecimento de água nos centros distritais principais. Resumindo e em termos gerais os distritos ocidentais estão mais desenvolvidos que os do oeste, principalmente devido à concentração da população no leste e a condições agrícolas favoráveis. Contudo, a extensão do uso da terra por toda a área é baixa e as infraestruturas e serviços existentes encontram-se num estado pobre (uma reflexão da condição socioeconómica pobre do país seguidamente a um conflito prolongado). 5.2.2.4 Iniciativas de desenvolvimento comunitário O desenvolvimento nos três distritos é coordenado pelo GOM. Devido a constrangimentos de recursos, a actividade das NGOs é intensiva e diversa, cobrindo a maior parte dos sectores tais como cuidados da saúde, educação, abastecimento de água e desenvolvimento agrícola. Seguidamente às cheias de 2000, houve um foco significante no auxílio de vítimas de cheias e na reparação e substituição de infraestruturas sociais e comunitárias. Mais recentemente, um programa importante de reabilitação agrícola foi iniciado para a área sendo possibilitado pelo Rio Limpopo e a Barragem Massingir. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 52 SASOL 6 INDEMNIZAÇÕES 6.1 Princípios de Indemnização Aplicam-se os seguintes princípios de compensação, de acordo com as disposições da Política Operacional 4.12: Reassentamento Involuntário e Procedimento Bancário 4.12: Reassentamento Involuntário : Substituição de casarios. Os casarios serão substituídos por uma nova habitação ( ou consoante o acordado pelas populações afectadas) Terra para reassentamento As autoridades e a Sasol identificarão novos terrenos, desenvolvidos e disponibilizados para as pessoas que forem reassentadas. Machambas alternativas No caso em que ocorrer uma perda total ou parcial de oportunidades e direitos de uso da terra, será feita a identificação, levantamento e desenvolvimento de machambas alternativas, para serem disponibilizadas às populações afectadas. Apoio transitório. Este apoio será dado aos que forem deslocados em consequência do reassentamento, ou durante o período de construção, ou durante o período de restabelecimento. Perda de culturas A indemnização por perda de culturas e árvores será determinada na altura do reassentamento ou construção e paga subsequentemente, logo que possível. Sepulturas A exumação e trasladação de sepulturas serão tratadas de acordo com os desejos dos familiares. Todas as despesas serão cobertas. Estes princípios foram considerados justos e equitativos e aprovados pelo Grupo de Trabalho (Joint Task Team). 6.2 Elegibilidade Só terão direito a compensação material os residentes nas áreas demarcadas para a exploração, desenvolvimento de campos de gás ( todos os componentes) e áreas de “prioridade de acesso” da conduta, antes das actividades do levantamento, e em consequência do seu reassentamento20, e apenas na medida em que os seus direitos forem afectados ou infringidos por actividades relacionadas com o projecto. 20 Considerando a aplicação do termo “reassentamento” no seu contexto mais amplo ( Secção 1.3). PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 53 SASOL 6.3 Metodologias e processos de indemnização A abordagem e metodologia utilizadas para o reassentamento e compensação varia, de acordo com a entidade afectada, podendo resumir-se no seguinte: Logo que possível, as áreas afectadas serão identificadas e anotadas em mapas e fotografia aérea. Após a obtenção da autorização, as referidas áreas serão demarcadas no terreno. Seguidamente, serão feitos levantamentos de referência para: ▫ Identificação de pessoas, partes ou habitações afectadas, e para o registo de nomes e detalhes. ▫ Identificação de chefes / representantes comunitários para assistir no processo. ▫ Estimativa da magnitude dos impactos relacionados com o reassentamento e/ou indemnização. Compilação e cadastro de dados das terras. Avaliação dos bens compensáveis. Logo que possível, subsequentemente, formulação de propostas de indemnização e assinatura de acordos firmados com as pessoas afectadas. A Sasol proporciona terra alternativa ( se aplicável), incluindo serviços acessórios de apoio, como por exemplo, transporte para o reassentamento físico, habitação, pacotes de início de cultura e arborização de substituição, e alimentos.. Assistência e cuidados pós-reassentamento a todos quantos forem reassentados. Após o reassentamento, a Sasol irá monitorizar e avaliar o processo de reassentamento, assim como o restabelecimento de meios de subsistência sustentáveis, para as populações afectadas pelo reassentamento. Os registos que resultem do reassentamento serão compilados e mantidos pela Sasol, com cópias que serão entregues ao GOM na conclusão do processo de reassentamento. Por último, sempre que possível, a Sasol irá participar em iniciativas de investimento social. Para efeitos deste procedimento, sugerem-se as seguintes estratégias de reassentamento e indemnização para as pessoas, lares e casarios afectados: Permanentemente Afectados. Os que perderem, total ou parcialmente, as suas casas e/ou terrenos agrícolas de forma permanente. Trata-se das pessoas que forem mais seriamente afectadas devido à natureza permanente dos seus prejuízos, e a compensação irá envolver o completo reassentamento para uma área sita na respectiva região, identificada pela parte afectada e pela Sasol, após aprovação do GOM. Os reassentados terão à sua disposição terras desenvolvidas para seu uso, e o alojamento será reconstruído num padrão superior ao original (ou doutra forma indicada e acordada com a proprietário de casa afectado). Temporariamente Afectados Todos quantos estiverem temporariamente a perder as suas terras agrícolas. Durante a construção, estas pessoas irão receber uma indemnização em numerário equivalente ao valor produtivo da terra que não puder ser utilizada. A terra será reabilitada após a conclusão da construção e será restituída às pessoas afectadas. Se o período PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 54 SASOL ultrapassar mais do que uma época de plantação antes da reabilitação, as pessoas afectadas terão direito a receber uma segunda ronda de compensação em numerário. Isso irá manter-se por todas as épocas de plantio enquanto se tornar necessária a restituição das terras às pessoas afectadas. Todos Afectados Para todos quantos forem afectados: ▫ Poderão ser atribuídos pacotes de arranque de culturas, consistindo de sementes e fertilizantes, e assistência de replantação, que permitam às pessoas afectadas a replantação de terras agrícolas, logo que a área for reabilitada. Além disso, as árvores que forem perdidas em consequência das actividades de desenvolvimento serão também substituídas. O GOM e a Sasol, através do Grupo Conjunto de Trabalho, irá determinar quem se habilita a esses pacotes de arranque de cultura e substituição de árvores. O progresso da replantação será monitorizado para que se utilizem os métodos correctos. ▫ Nalguns casos, poderá ser dado apoio alimentar, se for necessário. Esse apoio terá por base rações alimentares de emergência para os requisitos de proteínas, energéticos e micronutrientes, sendo fornecidos às pessoas afectadas até que as culturas satisfaçam as necessidades do agregado familiar. Estes casos serão identificados e atendidos individualmente. O GOM e a Sasol, através do Grupo de Trabalho Conjunto, deverão determinar a sua aplicação, devendo monitorizar tal apoio. A Sasol, quando isso for aplicável, irá utilizar Organizações Não Governamentais que se encontrem activas neste tipo de apoio no país na implementação de programas alimentares. 6.4 Processo de reclamações Todos os residentes numa área afectada por um projecto serão elegíveis para compensação logo que sofram prejuízos ou estejam sujeitos a reassentamento. O procedimento nesta matéria será o seguinte: Registo. O Sasol identifica e procede ao registo de todos os potenciais reclamantes (nome, no. de identidade e detalhes de contacto). Detalhes da reclamação. O Sasol entrevista os reclamantes e documenta a natureza e detalhes da reclamação. Isso inclui o máximo de informação possível com base na reclamação e sua natureza (compensação em numerário, reassentamento, etc.), membros da família e vizinhos. Investigação. O Sasol, em conjunto com o chefe local e um representante do GOM, investiga e faz uma recomendação sobre cada reclamação por referência cruzada da informação obtida junto do reclamante com os registos obtidos durante o levantamento de referência, registos das autarquias locais, chefes tradicionais e anciãos comunitários. Decisão. Analisados os factos de cada reclamação, o Sasol aprova ou declina o pedido. Relato. O Sasol deverá manter um registo completo das suas decisões, mantendo ao Grupo de Trabalho Conjunto informado sobre as suas decisões. Apelos. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 55 SASOL Se a decisão do Sasol for questionada, poderá interpor-se apelo de acordo com o processo de reclamação previsto na Secção 3.6. 6.4.1 Processos de Indemnização 6.4.1.1 Casarios Na sequência de conversações e acordo com a pessoa afectada, a Sasol irá reconstruir o casario e habitações utilizando material de construção convencional, assim como qualquer outra estrutura afectada, tais como latrinas, poços, etc. que serão reconstruídos num padrão superior aos originais, salvo instruções em contrário. Será reconstruído o mesmo número de casas novas. Serão efectuadas avaliações precisas e realistas sobre as actuais construções de tijolo, para que as mesmas sejam reconstruídas nos mesmos padrões. Todos os casarios activamente utilizados serão substituídos, independentemente do seu estado de conservação. O facto da habitação de substituição ser nova, e construída de materiais de qualidade superior à da construção afectada, significa que as novas habitações serão melhores em termos de qualidade de habitação. O procedimento a seguir será o seguinte: Efectuar um inventário detalhado de todas as pessoas, haveres, bens (incluindo habitações, latrinas, poços, cercados/currais, etc.) e gado que requer reassentamento, ou onde se prevê a ocorrência de prejuízos. Reconstruir casas noutros locais aceites pelas partes em questão, assim como toda a infra-estrutura existente nas terras, consoante o determinado durante a compilação do inventário. Os ocupantes terão direito a remover qualquer material que desejem conservar, num prazo de duas semanas após vagarem a residência. Depois deste período, cabe aa Sasol o direito de demolir construções antigas para prevenir a reocupação ilícita. Proporcionar o transporte (incluindo empacotamento e carregamento) para a deslocação física de pessoas e bens para os novos destinos. Proporcionar alojamento / abrigo provisório, se necessário. Contudo, não haverá destruição de qualquer habitação existente antes da deslocação dos agregados afectados para as suas novas habitações. Em situações urgentes, a Sasol pode fornecer habitação temporária numa zona aceite por todas as partes, até à construção de novas habitações. A terra de substituição para reassentamento será identificada de acordo com os actuais procedimentos governamentais. A Sasol deverá criar um plano para as áreas de reassentamento, planos esses que deverão ser aprovados pelas autoridades governamentais competentes. Deverão envidar-se todos os esforços razoáveis no sentido de manter os membros das famílias reassentadas, o mais próximo possível uns dos outros. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 56 SASOL Utilizando projectos de construção aprovados pelo GOM, deverão consultar-se os agregados afectados sobre quais os tipos de projectos preferidos. Serão oferecidos aos agregados familiares afectados tipos de construção num determinado desenho, dependendo da área. A Sasol será responsável pela construção de novas habitações. A construção das novas habitações será, se possível, entregue a subempreiteiros locais, se os houver. Se forem utilizados empreiteiros estabelecidos, deverão fazer uso de mão-de-obra local na medida do máximo possível. Será necessário criar um plano de aproveitamento da terra para a nova área de reassentamento, que deverá ser submetido para aprovação dos departamentos governamentais competentes (RPIP Volume 2). A informação específica detalhando as pessoas cujas habitações tiveram que ser deslocadas, incluindo infraestruturas conexas tais como latrinas, poços e outras serão documentados no Volume 2 do RPIP (Plano de Reassentamento para a habitação de substituição). 6.4.1.2 Machambas A indemnização referente às machambas terá em conta a perda de terras, árvores e culturas anuais. O processo de determinação da compensação monetária envolve a determinação das áreas afectadas, o registo dos utentes das propriedades, a compilação de um inventário de culturas e a atribuição de valores monetários às culturas. A avaliação das culturas será feita de acordo com uma referência de valores negociada com o GOM. Será também considerado o suporte transitório sob a forma de apoio alimentar, em conformidade com os requisitos proteicos, energéticos e micro nutrientes até que as respectivas machambas possam servir de base de sustento aos agregados familiares. A Sasol deverá monitorizar a replantação de culturas para que as famílias afectadas possam retomar a sua actividade agrícola normal, evitando atrasos deliberados, assim como também para que o apoio transitório seja prestado apenas durante o período de restabelecimento das culturas. Isso será feito como parte do plano de implementação do RPIP e não faz parte do Programa quadrienal de M&E. Serão proporcionadas árvores / culturas perenes de substituição, debtro dos parametros e do prazo de implementação do RPIP. Utilizando as directrizes do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural. As perdas de árvores / culturas perenes serão compensadas numa base de perda de produção e consequentes lucros cessantes acumulados ao longo do período requerido para que as árvores se tornem produtivas. Esses dados são fornecidos nas Tabelas 72 (culturas económicas) e 7b (culturas indígenas). A forma como se fixaram estes valores é fornecida no Anexo 7. A perda de culturas anuais será indemnizada de acordo com a perda de produção anual. As opções são as seguintes: As machambas de monocultura serão compensadas pela perda dessa única cultura, de harmonia com a fórmula acordada com o GOM. Como no caso frequente, quando a machamba é cultivada com um número de culturas diferentes. A compensação será feita de acordo com o método de colheita mista, ou pelas culturas efectivamente afectadas, utilizando fórmulas acordadas com o GOM. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 57 SASOL Em termos de machambas de substituição, serão aplicados os seguintes processos e procedimentos de reassentamento. A elegibilidade das pessoas que têm direito a machambas de substituição deverá ser determinada através do seguinte: Determinar se um indivíduo efectivamente cultivou a machamba na área afectada. Isso será feito através do registo, bilhete de identidade e fotografia dessa pessoa. Avaliação do conhecimento dessa pessoa sobre áreas previamente cultivadas e tipos de colheita em relação a dados de referência. Tabela 7a Dados de avaliação de culturas perenes21 e anuais (culturas económicas). Cultura Nome em Inglês Cashew Mango Natal Mahogany Orange Lemon/Lime Eucalyptus Avocado Casuarina Paw paw Coconut Marula Maize Peanuts Cowpeas Cassava Rice Sweet potato Sorghum Sorghum Pineapple Pineapple Sugarcane Valor Recomendado (US$) 60.50 159.50 66.00 90.00 45.00 50.00 57.00 7.50 1.00 60.50 21.50 89.00 317.00 112.00 218.00 267.00 133.50 42.50 40.00 533.50 0.50 0.50 Unidade de medida (por) Planta Planta Planta Planta Planta Planta Planta Planta Planta Planta Planta Hectare Hectare Hectare Hectare Hectare Hectare Hectare Hectare Hectare Planta* Caule Cajueiro Mangueira Mafureira Laranjeira Limoeiro Eucalipto Abacateiro Casuarina Papaieira Coqueiro Cahuneiro Milho Amendoim Feijão nhemba Mandioca Arroz Batata-doce Mapira Mexoeira Ananaseiro Ananaseiro Cana-doce / canade-açúcar Bananeira Pacote de culturas Hortícola Alho Banana Basket of crops Horticultural plants Garlic 6.00 222.50 0.50 1.50 Mão Hectare m2 m2 * Presume-se 35 750 plantas por hectare. 21 As árvores são avaliadas supondo-se que a maioria foi plantada antes da data da Independência e que, por isso, seja de idade semelhante determinável. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 58 SASOL Tabela 7b Dados de avaliação de espécies indígenas. Designação local Designação Botânica Designação Comum Classificação Valor (Mts/m3) Valor (US$/m3) Chafuta Mecrusse, Cimbire Messasa Chacate Nulo, Nunlu Pau preto, Chire Lunhane Sandalo Mondzo Tingare Tsandjanhovo Mbila Nala Afzelia quanzensis Androstachys johnsanii Pod mahogany Lebombo ironwood 1a 1a 65,000.00 65,000.00 2.95 2.95 Brachystegia spiciformis Guibourtia conjugata Balanites maughamii Dalbergia melanoxylon Albizzia brevifolia Spirostachys africana Combretum imberbe Albizzia verzicolor Pterocarpus lucens Pterocarpus angolensis Albizzio forbesti Msasa Kleinbastermopanie Torchwood, fakkelhout Zebrawood, sebrahout Bergralsdoring Tambotie Leadwood, hardekool Grootblaarvalsdoring Doringkiat Kiat Breepeulvalsdoring 3a Preciosa 1a Preciosa 1a Preciosa 3a 1a 1a 1a 1a 30,000.00 65,000.00 65,000.00 65,000.00 65,000.00 65,000.00 30,000.00 65,000.00 65,000.00 65,000.00 65,000.00 1.36 2.95 2.95 2.95 2.95 2.95 1.36 2.95 2.95 2.95 2.95 Examinar e verificar os recibos de pagamento de indemnização emitidos na data em que os reassentados receberam a compensação monetária por perda de culturas. Confirmar elegibilidade. Só tem direito a receber automaticamente o Pacote de Arranque de Colheita quem tiver direito a terra de substituição. A distribuição dos Pacotes de Arranque de Colheita a pessoas temporariamente afectadas será ao critério da Sasol. Feita a identificação da terra de substituição, os terrenos serão sujeitos a desminagem. E desbaste. Será necessário conceber um plano de uso da terra para a nova área, que será sujeito a aprovação pelas competentes autoridades governamentais (RPIP Volume 3). Será documentada informação específica detalhando as pessoas cujas machambas tiverem que ser fisicamente deslocadas, no Volume 3 do RPIP (Plano de Uso da Terra para as machambas de substituição). Depois de confirmada a elegibilidade e preparadas as terras: Atribuir a cada pessoa um lote de terreno. Percorrer fisicamente os limites do lote com a pessoa a quem foi atribuído o lote. Indicar a distribuição do terreno no mapa de base. Inscrever o no. do lote no verso do Cartão de Registo de Nova Machamba. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 59 SASOL Nos termos dos Pacotes de Arranque de Colheita: Atribuir a cada pessoa a quantidade apropriada de sementes Emitir para cada pessoa recebedora do referido Pacote um Certificado de Distribuição de Sementes Manter um inventário de sementes entregues e remanescentes. Providenciar pelo armazenamento seguro das sementes. Quanto ao cadastro de registo de escrituras, terá que ser feito um levantamento topográfico dos limites de cada nova machamba, e os limites demarcados com marcos, e feito e devido mapeamento. Cada machamba deve depois ser devidamente registada e submetida ao DINAGECA. Eventualmente, cada machambeiro deverá receber um Certificado de Título formal sobre a propriedade. 6.4.1.3 Sepulturas e Locais Sagrados A indemnização aos familiares, devido à trasladação, é uma questão pessoal e delicada, pelo que os custos serão negociados e recompensados numa base individual. Os custos devem incluir a exumação, a cerimónia de re-enterro (incluindo o animal sacrificial) e o enterro físico. A lápide e outras estruturas das novas sepulturas deverão ser, no mínimo, ao mesmo padrão da sepultura original. A exumação e enterro serão efectuados com a devida cerimónia e ritual, de acordo com o que for acordado com os entes sobreviventes e ratificado pelas autoridades competentes. As medidas que tipicamente serão tomadas são as seguintes: A sepultura afectada é localizada, os entes familiares identificados e informados, devendo então a sepultura ser removida. Os familiares serão chamados a identificar o falecido, assim como preferências de local, caixão/mortalha, etc., assim como os costumes a serem cumpridos relativamente ao enterro. se não for localizado qualquer familiar, terá que se obter a devida autorização pelo Chefe/ Administrador de Distrito local. A Sasol, em nome do representante dos familiares, irá formalmente requerer as exéquias. Se necessário, será contratada uma agência fúnebre para a remoção da sepultura, que será formalmente apresentado aos familiares. Os requisitos rituais serão respeitados e a família compensada por quaisquer despesas associadas. Segue-se depois o enterro. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 60 SASOL Os custos típicos associados à exumação e cerimónias de exéquias são fornecidos na Tabela 8. Estes valores são baseados em famílias radicadas em áreas peri-urbanas. Na prática, nas zonas rurais, constatou-se que os custos de funeral variam entre os 1,000,000 e os 4,500,000 Meticais. Estabeleceram-se, por isso, directrizes e valores-base com as autoridades governamentais locais quanto aos requisitos de enterro. Essas normas foram aplicadas nas negociações com os familiares dos falecidos. 6.4.1.4 Outros Vegetação Natural. Há muitos agregados que dependem da vegetação natural para combustível. Se for impedido o seu acesso à vegetação natural por motivos de construção, a madeira que for utilizada na área de construção deve ser disponibilizada para os agregados afectados. Os programas de fornecimento de madeira também podem ser usados como uma medida de mitigação. Acesso impedido. Se uma família ou comunidade sofrer de forma significativa de impedimento de acesso e perda de comunicações devidos ao empreendimento, e se for seu desejo deslocar-se para um novo local, deverá ter direito a reassentamento e indemnização. Árvores indígenas de valor económico. Os proprietários (pessoas, empresas, Estado ou outros) serão recompensados pelas árvores e madeira de valor económico situadas nas áreas florestais, de acordo com fórmulas acordadas (Tabela 7b). Plantas e ervas medicinais. Compensações monetárias serão feitas a partes identificadas pela destruição de plantas e ervas medicinais durante a fase de construção. A Tabela 9 fornece valores unitários (preço/kg) para algumas das plantas medicinais mais comummente usadas. Estes valores serão utilizados no cálculo do valor compensável, em caso de perda de plantas medicinais. Serão fornecidas plantas e ervas de substituição, sempre que possível e prático. Será importante notar que todos os factores acima mencionados não se relacionam especificamente, ou exclusivamente, com pessoas potencialmente afectadas actualmente residentes e/ou cultivando na área do projecto. Isso deve-se ao facto das populações migratórias utilizarem recursos naturais na área do projecto. Daí que se tenham também considerado tais pessoas no plano das indemnizações. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 61 SASOL Tabela 8 Custos típicos relacionados com a exumação de sepulturas e cerimónias de exéquias de re-sepultura. Item Cabeça de Gado Preço (Mts) 7,000,000 Cabrito (2) 1,000,000 Ovelha (1) Item Óleo (5 l) Preço (Mts) 100,000 Amendoim (10 kg) 150,000 700,000 Rajah (3 p) 15,000 Galinha (5) 175,000 Chá (3 p) 30,000 Arroz (50 kg) 250,000 Caixas de Refrescos (10) 600,000 Farinha de Milho (50 kg) 200,000 Caixas de cervejas (5) 390,000 Açúcar (50 kg) 295,000 Vinho (10 l) 240,000 Batata (10 kg) 50,000 Caixão (cada) 350,000 Cebola (10 kg) 45,000 Transporte 200,000 Sal (5 kg) 25,000 Mão-de-obra 300,000 Total Tabela 9 12,115,000 Valores de plantas medicinais Designação (inglês) Nome Científico Pepper bark tree Wild ginger Climbing lily Pineapple lily Black Stinkwood Giant Alepidea (Tinsel Flower) Assegai tree Blue squill File-leaf haworthia Warburgia salutaris Siphonochilus aethiopicus Boweia volubilis Eucomis autumnalis Ocotea bullata Alepidea amatymbica Curtisia dentata Scilla natalensis Haworthia limifolia Preço Unitário (US $ por kg) 1.69 14.05 1.47 0.62 0.67 1.61 0.76 0.68 3.08 PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 62 SASOL 6.5 Indemnização efectiva Identificaram-se os seguintes métodos de indemnização e, onde aplicáveis até ao momento, implementados. 6.5.1 Pagamentos em numerário Foram feitos pagamentos em numerário ao chefe de família dos agregados afectados, nos valores acordados, e sempre que possível logo que o dano foi causado. O Chefe local verifica se a pessoa em questão foi recebedora. Este método revelou-se como o mais fácil, embora crie um risco de segurança muito elevado, com o perigo de roubo ou assalto. É utilizado somente quando a pessoa afectada estiver situada em zonas muito remotas, não havendo local de pagamento apropriado devidamente estabelecido. 6.5.2 Pagadorias Esta opção compreende o estabelecimento de locais de pagadoria na área do projecto. Estes locais são estabelecidos próximo das pessoas afectadas para facilitar o acesso. Os agregados afectados dirigem-se aos locais de pagadoria para recolher as suas indemnizações. Muito embora esta opção apresente um risco de segurança, o perigo é menor do que no caso de pagamento directo no terreno. 6.5.3 Procedimento de pagamento A indemnização é paga depois do caso ter sido provocado. O pagamento da indemnização acordada é feito da seguinte forma: O pagamento é efectuado em numerário. A pessoa afectada assina o recebimento e confirma que o pagamento é feito por inteiro e em pagamento final, não havendo quaisquer reclamações adicionais. Isso é feito sob a forma de um acordo feito com a Sasol, respeitante ao reassentamento e à compensação. A Sasol e o GOM verificam as listas de pagamentos para assegurar o devido pagamento das indemnizações devidas. Será elaborada um relatório num formato que reflicta o consenso entre as partes em questão. Até à elaboração final do RPIP, as compensações pagas às pessoas afectadas foram feitas logo que praticamente possível. Isso relaciona-se com preparativos de logística ao longo de um desenvolvimento linear localizado, em parte, em áreas remotas do país. Nalguns casos, as pessoas afectadas reclamaram que o pagamento estav a ser moroso (Anexo 6). Contudo, na maioria dos casos houve que localizar as pessoas, pelo que o pagamento teve que ser tranferido para o período seguinte. Nesta altura da elaboração final, existiam poucos pagamentos pendentes. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 63 SASOL 7 DADOS DE REFERÊNCIA E MATRIZES DE DIREITO Para efeitos de protecção da privacidade, os dados de referência não são apresentados no presente documento. Contudo, a informação poderá ser requerida por escrito a Sasol. 7.1 Exploração A exploração dos Campos de gás de Temane e Pande, assim como o Bloco de Exploração, foi feita durante a Segunda metade de 2001. Os dados de referência foram recolhidos e as compensações feitas23. Tal como se refere na Tabela 10, os impactos sísmicos de exploração foram categorizados em quatro zonas/sub-zonas. 7.1.1 Sepulturas (SE:G) A despeito das precauções tomadas pela equipa de exploração, houve casos em que sepulturas e locais de sepultura foram danificados pela maquinaria. Catorze familiares receberam compensação no valor total de US $ 1,756.81 para facilitar a exumação, trasladação e cerimónias associadas. A indemnização foi negociada numa base de famíliapor-família, dada a natureza delicada da situação, assim como dos costumes ligados às exéquias. A exumação física e enterro foram realizadas pelos familiares mais próximos num prazo de 15 dias após o recebimento das indemnizações. A Tabela 11 fornece detalhes sobre as indemnizações. 7.1.2 Machambas (SE:CL, LoA e NR(D)) Na conclusão da exploração, registaram-se 1,533 machambas avaliadas num total de US$ 265,570.6416 (5,842,554,021.92 Meticais). As culturas perenes ou arborizadas compreenderam 93.7% do valor total, enquanto que as culturas anuais 3.9%, com o restante (2.4%) compreendendo culturas de banana, cana-de-açúcar e ananás. Existem dossiers contendo registos no terreno e recebimentos de cada pessoa indemnizada por perdas de culturas, de acesso a machambas e recursos naturais danificados (árvores). Além disso, os registos, pagamentos e compensações são armazenados electronicamente em CD, juntamente com documentos fotográficos. Treze pessoas não recolheram as suas indemnizações24. A listagem detalhada dos conteúdos nos Dossiers e nos CD está inserida no Anexo 8. Para a protecção da privacidade, os dados de referência podem ser solicitados a Sasol. 23 Exceptuando os casos em que não foram reivindicadas indemnizações. 24 Para efeitos do presente documento, aplicaram-se as taxas de câmbio normais ( Vide Definições) PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 64 SASOL Tabela 10 Impactos de reassentamento decorrentes da exploração sísmica Elemento do Projecto Zona de Distribuição do RPIP Sub-Zona de Distribuição do RPIP Exploração Sísmica SE G Exploração Sísmica SE CL Exploração Sísmica SE LoA Exploração Sísmica Exploração Sísmica SE SE H(D) L Tabela 11 Descrição do Impacto Exumação e trasladação de sepulturas Perdas de culturas (anuais e perenes) Perda de acesso a terras de machambas Danos causados à infra-estrutura Morte de gado Temporário / Permanente Permanente Permanente Temporário Temporário Permanente Detalhes sobre indemnizações pagas durante a exploração do Campo de Gás de Temane (sepulturas) No. de Referência Sepultura 9/1.1E Sepultura 32/38 Sepultura 34/01 Sepultura 36/01 Sepultura 44/1 Sepultura 44/8.1 Sepultura 47/10E Sepultura 47/88.1 Sepultura 68/21 Sepultura 70/12A Sepultura 70/26B Sepultura 70/29A Sepultura 70/2A Sepultura 70/8.1 No. de Registo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Data de Registo 20.02.02 07.08.01 06.09.01 06.09.01 01.11.01 16.10.01 01.02.02 21.09.01 01.09.01 04.12.01 04.12.01 04.12.01 04.12.01 03.09.01 Valor (US $) 136.36 68.18 120.45 128.64 181.82 184.09 409.09 125.45 76.82 22.73 68.18 90.91 68.18 75.91 PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 65 SASOL Os danos causados a machambas foram temporários e as indemnizações basearam-se na perda da produção de uma época de produção agrícola e o tempo necessário para as árvores se tornarem produtivas, após a replantação. Não foi necessária terra de reposição, já que as pessoas foram capazes de regressar às suas terras após os testes sísmicos. Deve notar-se que em Setembro de 2001, os valores das culturas foram aumentados (em 60% do valor original) pelo Grupo de Trabalho. As pessoas que receberam uma compensação antes deste ajustamento foram notificadas e o montante adicional foi-lhes pago. Trinta e uma pessoas não recolheram os 60% ajustados 21 (designadas por “contra pagamentos”). A Tabela 12 mostra o total de árvores compensadas. Ainda pendente na altura da redacção do presente RPIP final é o fornecimento de árvores a pessoas que perderam árvores durante a exploração sísmica 25. A 6 de Maio de 2003, 247 pessoas (24%) tinham recebido as suas árvores de substituição. Estas árvores serão fornecidas às pessoas que se registaram numa base de perda “uma-por-uma”. AS sementes de árvores serão entregues a pessoas que forem capazes de plantar as sementes num local da sua escolha. As pessoas que receberem as sementes responsabilizam-se pela sua plantação e cuidado. Para protecção da privacidade, os dados de referência podem ser requeridos a Sasol. 7.1.3 Casarios Nenhum casario, per se, sofreu qualquer impacto pelas actividades de exploração. Contudo, registou-se um caso de danos causados a uma infra-estrutura erigida para uma cozinha, enquanto que houve um outro caso de racha numa casa, e outro de danos causados a uma vedação. Em todos os três casos, os prejuízos foram avaliados, e indemnização acordada. Houve também um incidente que resultou na morte de um cabrito, sendo o seu proprietário indemnizado. Estes registos ad hoc foram avaliados com base na taxa de valor comercial de reposição, na sequência de negociações com as pessoas afectadas. individuais. Para protecção da privacidade, os dados de referência podem ser requeridos a Sasol. 7.1.4 Resumo Em cada um dos cinco casos de reassentamento, foram enumerados e avaliados os impactos da exploração sísmica, e as indemnizações pagas ou projectadas (em espécie ou numerário). 7.2 Desenvolvimento dos campos de gás As actividades dos campos de gás são de tal natureza que ainda não se concluíram todas as áreas de trabalho. O reassentamento, contudo, ainda se vai mantendo. A Tabela 13 mostra os impactos de reassentamento, classificada em 10 zonas / sub-zonas, decorrentes do empreendimento do campo de gás. 25 Actualmente ainda em curso. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 66 SASOL Tabela 12 Compensação resultante das actividades de exploração sísmica Cultura Cajueiro Mangueira Mafureira Laranjeira Limoeiro Eucalipto Abacateiro Casuarina Papaieira Cahuneiro Coqueiro Banana (ramos) Cana-de-açúcar Outras (por exemplo, ananaseiro Tabela 13 Número (contagem) 2,340 351 177 64 22 0 44 60 862 50 345 261 12,512 378 Impactos de reassentamento decorrentes do desenvolvimento do campo de gás Elemento do Projecto Desenvolvimento Campo de Gás Desenvolvimento Campo de Gás Desenvolvimento Campo de Gás Desenvolvimento Campo de Gás Desenvolvimento Campo de Gás Desenvolvimento Campo de Gás Desenvolvimento Campo de Gás Desenvolvimento Campo de Gás Desenvolvimento Campo de Gás Desenvolvimento Campo de Gás Desenvolvimento Campo de Gás Desenvolvimento Campo de Gás Zona do RPIP Sub-Zona do RPIP Descrição do Impacto Temporário/ Permanente do PPZ H Deslocação de casarios Permanente do PPZ M Deslocação de machambas Permanente do PPZ CL Perda de culturas (anuais e perenes) Permanente do AR H Deslocação de casarios Permanente do AR M Deslocação de machambas Permanente do AR CL Perdas de culturas (anuais e perenes) Permanente do FL G Exumação e trasladação de sepulturas Permanente do FL H Deslocação de casarios Permanente do FL M Deslocação de machambas Permanente do FL CL Lerdas de culturas (anuais e perenes) Permanente do M M do M CL Perda de acesso a terras de machambas Perdas de culturas (anuais e perenes) PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 67 Temporário Permanente SASOL 7.2.1 Sepulturas (FL:G) Sempre que possível, evitou-se o reassentamento de sepulturas. Por exemplo, a pedido de familiares e chefes locais, evitou-se um local com cinco sepulturas individuais ao alinhar a rota de uma linha de fluxo. A posição do local foi anotada em planos e, além disso, a área foi demarcada com fita de barreira para evitar danos acidentais. Apesar de todas as tentativas de alinhamento de linhas de fluxo em torno de obstáculos, três locais de sepulturas foram descobertos por maquinaria. Os familiares foram indemnizados no valor total de US $ 600.91 para facilitar a exumação, trasladação e cerimónias associadas. A compensação foi negociada numa base de família-a-família, dada a natureza delicada e costumes associados às exéquias. As exumações e exéquias foram realizadas pelos familiares num prazo de 15 dias após a recepção indemnização. Não foram encontradas, nem houve nenhum impacto sobre, quaisquer sepulturas nas restantes zonas/ subzonas. 7.2.2 Machambas (PPZ:M, PPZ:CL, AR:M, AR:CL, FL:M, FL:CL, M:M, M:CL) Até 6 de Maio de 2003, foram registadas 384 machambas, avaliadas num total de US$ 154, 223.03 (3,392,906,660.00 Meticais). As culturas perenes ou árvores compreendem 85% do valor total, culturas anuais 12%, com o restante (3%) compreendendo culturas de bananas, cana-de-açúcar e ananás. Existem dossiers que contêm registos, recibos e certificados de reposição (consoante o aplicável) para cada pessoa indemnizada (ou a serem indemnizadas) por perdas de culturas e perda de acesso a terras de machambas. Além disso, registos, recibos de reposição e compensações de terras (ou a serem compensadas) estão conservados electronicamente e submetidos aa Sasol à medida que são actualizados (com registos fotográficos). Para protecção da privacidade, os dados de referência podem ser requeridos a Sasol. Os prejuízos causados a machambas são temporários ou permanentes por sua natureza, dependendo dos requisitos de uso da terra. Em todos os casos, a indemnização baseou-se na perda de produção por estação para anuais e o tempo necessário para as culturas de árvores recuperarem a sua produção a seguir à replantação (incluindo espécies indígenas valiosas utilizadas pelos locais para vários fins). As Tabelas 14 e 15 mostram listagens do total de perenes e de árvores e culturas anuais, respectivamente, registadas em 6 de Maio de 2003. Quando existe uma perda permanente de terras de machamba, as pessoas afectadas recebem terras de substituição, com pelo menos a mesma área (hectares). Essas terras serão limpas e desminadas. Cada utente, também, receberá um Pacote de Arranque de Cultura. Até ao momento, 140 pessoas (55%) receberam terras de substituição (61.0725 ha) que foram desminados e desbravados. A atribuição de terras a pessoas afectadas é constante e atendida quando existe perda de terras. Plano de Uso da Terra (Volume 3) fornece mais detalhes no que respeita ao reassentamento físico de utentes de machambas. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 68 SASOL Tabela 14 Tabela 15 Perenes e árvores em que foram pagas compensações como resultado de actividades de campo de gás. Tipo de Cultura Quantidade (contagem) Cajueiro Mangueira Mafureira Laranjeira Limoeiro Eucalipto Abacateiro Casuarina Papaieira Cahueiro Coqueiro Bananeira Cana-de-açúcar Ananaseiro 640 299 294 67 13 1 134 0 798 211 102 259 2,112 1,735 Anuais em que foram pagas compensações em consequência de actividades do campo de gás Cultura Milho Amendoim Feijão nhemba Mandioca Batata-doce Mapira Plantas hortícolas/legumes Pacote/Cabaz de culturas Total da área de cultura (ha) Registos (contagem) No. de Registos (%) 42 37 12 122 9 6 1 179 10.29 9.07 2.94 29.90 2.21 1.47 0.25 43.87 86.5937 PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 69 SASOL Nos casos em que o uso de terra de machamba foi temporariamente perdido, as pessoas afectadas receberam (ou irão receber) indemnizações por cada época em que o acesso à terra for inibido. Na altura da redacção do presente RPIP final estava pendente o fornecimento de árvores a pessoas que as perderam em consequência das actividades do campo de gás 23. As árvores de substituição serão fornecidas a todos os que registaram perdas de árvores numa base de “um-por-um”. Serão entregues sementes de árvores às pessoas que forem capazes de plantar nos locais da sua escolha. As pessoas que receberam as sementes serão responsáveis pela plantação e cuidado das sementes. Para protecção da privacidade, os dados de referência podem ser requeridos a Sasol. 7.2.3 Casarios (PPZ:H, AR:H, FL:H) Sempre que possível, procurou evitar-se o reassentamento de casarios mediante o realinhamento de estradas de acesso e rotas de linhas de fluxo e o reposicionamento de obras acessórias ao campo de gás. Contudo, não foi possível evitá-los completamente. Na altura da redacção da versão final do RPIP, tinham-se registado 11 casarios para reassentamento, cinco dos quais na PPZ, quatro ao longo da estrada de acesso ao CPF, um ao longo da linha de fluxo da cabeça de poço Temane 13 para o CPF e um na escavação. A Tabela 16 fornece detalhes sobre o reassentamento de casarios. Para protecção da privacidade, os dados de referência podem ser requeridos a Sasol. Um Plano de Assentamento (Volume 2) fornece mais detalhes acerca do reassentamento físico destes casarios. Em cada um destes casos, a indemnização foi negociada e acordada com o chefe da família afectada. Todos os chefes dos agregados escolheram o seguinte: Um novo local escolhido pela pessoa afectada e aprovado pelo representante local do GOM. Novo local desbravado e desminado. Local preparado para a construção de casas. Nova habitação de tijolo construída de acordo com projectos aprovados do Grupo de Trabalho (um quarto e um a sala de estar)26. Construção de uma latrina no novo local. Provisão de acessos para o novo local Assistência na deslocação, por exemplo, empacotamento e transporte. Em dez dos casarios (os do PPZ, estrada de acesso e escavação), em 6 de Maio de 2003, os locais de habitações alternativas tinham sido desminados e limpos, sendo construídas novas casas (embora faltem ainda as latrinas). O décimo primeiro casario só foi identificado recentemente e o seu proprietário está em vias de identificar terrenos alternativos. 26 Deve notar-se que as habitações substitutas estão situadas mais próximo de fontes de água do que as originais de onde provêm os reassentados. Daí que não se preveja o abastecimento de água no RPIP. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 70 SASOL Tabela 16 Dados de reassentamento de casarios. No. Referência 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 ACCH1 ACCH2 ACCH3 ACCH4 PPZ1 PPZ2 PPZ3 PPZ4 PPZ5 CMCH1 GF270 Distribuição de Zona do RPIP GF:AR GF:AR GF:AR GF:AR GF:PPZ GF:PPZ GF:PPZ GF:PPZ GF:PPZ GF:FL GF:FL Existem dossiers que contêm registos de campo, documentação de quitação e outras referentes ao reassentamento de casais. Além disso estes documentos estão conservados electronicamente e submetidos aa Sasol à medida que são feitas actualizações (com registos fotográficos). 7.2.4 Resumo Em cada caso dos 12 tipos de impactos de reassentamento resultantes do desenvolvimento do campo de gás, os impactos foram enumerados e avaliados, e foram pagas indemnizações, ou foram projectados (em numerário ou em espécie). Contudo, deve reconhecer-se a natureza constante deste trabalho. 7.3 Pipeline (Conduta) As actividades referentes à construção e operação da conduta iniciaram-se em Abril de 2002. Antes disso, contudo, levou-se a efeito uma operação de pré-registo ao longo de muitas secções da rota. Registaram-se pessoas potencialmente afectadas, que foram emitidas com um “cartão azul” (Anexo 3). O registo e indemnização de pessoas afectadas está largamente concluída mas, atendendo a que as actividades de construção estão ainda em curso, poderão ainda ser necessários ad hoc. A Tabela 17 fornece uma lista de impactos de reassentamento, classificados em cinco zonas / sub-zonas, decorrentes da construção e operação da conduta de gás. 7.3.1 Sepulturas (P:G) Sempre que viável, evitaram-se sepulturas e locais de sepulturas. Contudo, não foi possível evitá-los de todo através do realinhamento e, por isso, seis locais foram afectados. Seis familiares receberam indemnizações num total de US $ 781.10 (17,184,200.00 Mts) para a exumação, trasladação e cerimónias associadas. A compensação foi negociada numa base de família-por-família, dada a natureza delicada e os seus costumes. A exumação física e trasladação foram efectuadas pelos familiares num prazo de 15 dias após o pagamento da indemnização. A Tabela 18 fornece detalhes sobre indemnizações sobre sepulturas. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 71 SASOL Tabela 17 Impactos de reassentamento resultantes da construção da conduta. Elemento do Projecto Zona de Distribuição do RPIP Sub-Zona do RPIP Conduta P CL Conduta P LoA Conduta Conduta Conduta P P P G H T Tabela 18 Descrição do Impacto Temporário / Permanente Perdas de culturas (anuais e perenes) – de subsistência e comerciais Perda de acesso a machambas e terras de agricultura comercial Exumação e trasladação de sepulturas Deslocação de casais Perda de culturas de madeira Permanente Temporária Permanente Permanente Permanente Detalhes sobre indemnizações sobre sepulturas, pagas durante a construção da conduta. No. Referência PL33 Equipa 1 PL66.2 Equipa 1 PL15.2 Equipa 2 PL16 Equipa 2 PL61 Equipa de Reserva 2 PL91TT Registo No. 1 2 3 4 5 Data de Registo 05.06.02 29.08.02 11.09.02 14.05.02 07.06.02 Valor (US $) 159.09 177.27 181.82 181.82 35.65 6 08.05.03 45.45 PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 72 SASOL 7.3.2 Machambas (P:CL, P:M, P:T) No final de 6 de Maio de 2003, tinham sido registadas 164 machambas avaliadas num total de US $ 29,886.21. As culturas perenes ou de árvores compreendem 76% do valor total, culturas anuais 12%, culturas tais como a da banana, cana-de-açúcar e do ananás compreendem 2%, com a agricultura comercial compreendendo 7% (só foi encontrada uma herdade comercial). Os restantes 3% são de infra-estruturas agrícolas danificadas. Para protecção da privacidade, os dados de referência podem ser requeridos a Sasol. A maior parte das pessoas afectadas recebeu as indemnizações que lhes eram devidas. Contudo, há três pessoas que não recolheram as suas indemnizações, apesar das tentativas que foram feitas no terreno. Os prejuízos causados a machambas eram temporários e a indemnização baseou-se na perda de produção por estação para anuais e o tempo necessário para as culturas de árvores recuperarem a sua produção a seguir à replantação. Além disso, as pessoas afectadas receberam (ou receberão) indemnização para cada estação em que o acesso à terra for inibido. Não foi necessária terra de substituição porque as pessoas puderam regressar às suas terras após a conclusão da construção da conduta. As Tabelas 19 e 20 mostram uma listagem do no. total de árvores e culturas anuais, respectivamente, registados até 6 de Maio de 2003. Pendente na data de redacção deste RPIP final é o fornecimento de árvores de substituição para pessoas que perderam árvores em consequência da construção da conduta 23. Serão entregues árvores de substituição às pessoas que registaram perdas, numa base de “umapor-uma”. AS sementes de árvores serão entregues a pessoas que forem capazes de plantar as sementes num local da sua escolha. As pessoas que receberem as sementes responsabilizam-se pela sua plantação e cuidado. Para protecção da privacidade, os dados de referência podem ser requeridos a Sasol. Efectuaram-se quarenta registos por danos a árvores madeireiras (9,445.273m3). Estes lotes de terrenos de madeira são propriedade do GOM e as indemnizações, no valor de US $ 31,742.13, serão pagas ao Erário Público (Tabela 21). Até agora, foram pagas indemnizações no valor de US $ 1,141.36 (25,110,000.00 Mts) ao Ministério das Finanças, Província de Maputo, por danos a árvores de madeira no Distrito de Magude. AS sementes de árvores serão entregues a pessoas que forem capazes de plantar as sementes num local da sua escolha. As pessoas que receberem as sementes responsabilizam-se pela sua plantação e cuidado. Para protecção da privacidade, os dados de referência podem ser requeridos a Sasol. Existem dossiers que contêm registos de campo, documentação de quitação e outras referentes ao reassentamento de casais. Além disso estes documentos estão conservados electronicamente e submetidos aa Sasol à medida que são feitas actualizações (com registos fotográficos). PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 73 SASOL Tabela 19 Tabela 20 Perenes e árvores em que foram pagas compensações em consequência da construção da conduta. Tipo de Cultura Quantidade (contagem) Cajueiro Mangueira Mafureira Laranjeira Limoeiro Eucalipto Abacateiro Casuarina Papaieira Cahueiro Coqueiro Bananeira Cana-de-açúcar Ananaseiro 75 17 34 2 0 9 0 0 131 583 0 92 67 20 Anuais em que houve compensação em consequência da construção da conduta Cultura Milho Amendoim Feijão nhemba Mandioca Batata-doce Mapira Legumes Pacote/Cabaz de culturas Total da área de cultura (ha) No. de Registos (contagem) No. de Registos (%) 22 2 10 36 8 2 81 34 18 1 8 30 7 1 7 28 10.9920 PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 74 SASOL Tabela 21 Árvores madeireiras compensadas em consequência da construção da conduta de gás Designação local Designação botânica Designação comum Classificação Área Danificada (m3) Mecrusse, Cimbire Androstachys johnsanii 1a 8676.080 Chafuta Messasa Outras (espécies não registadas) Afzelia quanzensis Brachystegia spiciformis - Pau-ferro do Lebombo Mogno Msasa - 1a 3a - 305.193 339.000 125.000 7.3.3 Casais (P:H) Sempre que possível, procurou-se evitar os casais. Contudo, não foi possível evitar-se por completo através do realinhamento e, por isso, houve que se recorrer a um certo reassentamento de casais. Na altura da redacção da versão final do presente RPIP, registaram-se três casais para o reassentamento. O reassentamento físico dos três casais já se completou. Em cada caso, a indemnização foi negociada e acordada com o respectivo chefe de família. Apesar da oferta de habitações de tijolo feita a todos os chefes de família, optaram todos pela reconstrução das suas casas utilizando materiais naturais. Foram também recusadas ofertas para a construção feita através de empreiteiro tendo os chefes de família insistido em reconstruir por si próprios. As razões alegadas pelas pessoas afectadas foram as seguintes: O chefe de família deseja verificar a qualidade da mão-de-obra. O chefe de família deseja verificar a qualidade dos materiais utilizados. Percepção, entre a vizinhança, que a família se encontra a “viver bem” e “acima” do resto da comunidade. Receio de que a manutenção das casas se torne dispendiosa. Percepção de que as construções de tijolo não são adequadas ao clima. Após a escolha do local (feita pelo chefe de família) foi paga indemnização em numerário. Cada chefe de família citou os requisitos para a reconstrução e reassentamento. O montante foi depois pago em prestações à medida que foi evoluindo a construção da habitação. Os detalhes estão ilustrados na Tabela 22. Existem dossiers que contêm registos no terreno, documentação de concessão de terras referentes ao reassentamento de casais. Além disso, os registos, concessão de terra de substituição, etc. são conservados electronicamente e submetidos aa Sasol à medida que forem actualizados (juntamente com registos fotográficos). PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 75 SASOL Tabela 22 Reassentamento de casais resultante da construção da conduta de gás Referencia PLH1T1 PL54T1 PL51.2T2 Registo No. Montante Pedido (US $) Montante Pago (US $) Reassentam ento Completo (sim/não) 1 2 3 454.55 568.18 409.09 454.55 568.18 409.09 Sim Sim Sim PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 76 SASOL 8 ASSISTÊNCIA NO REASSENTAMENTO E CUIDADOS PÓSREASSENTAMENTO Prevê-se que a duração dos poços de produção tenha cerca de 25 anos. Por implicação, a duração do Projecto de Gás Natural dure cerca de 25 anos. A UPC vai operar 24 horas por dia, sete dias por semana. As operações serão as mais automatizadas possíveis, para minimizar a intervenção de operadores, para optimizar produção, e atingir o maior nível de segurança. Em consequência da localização remota dos campos de gás, o ciclo produtivo de 24 horas, e a escassez de infraestruturas na área, a Sasol pretende que a unidade fabril opere de forma tanto quanto possível independente. Consequentemente, todo o equipamento e instalações serão operados e mantidos a partir da UPC. As instalações de manutenção e armazenamento vão situar-se no local, com peças e acessórios, ferramentas e requisitos químicos disponíveis para uso à medida que forem necessários. Haverá pessoal de supervisão e de apoio permanentemente destacado na UPC, mas não haverá quaisquer actividades de campo permanentemente equipadas por pessoal. Também se irá proporcionar as infra-estruturas de energia eléctrica, água e saneamento no local. Em termos da conduta, quando se concluir a sua construção, o “direito de passagem” será reabilitado ao seu estado original. Só os marcadores de cimento/betão são que serão visíveis. Para além da inspecção de rotina, a sasol irá manter uma presença limitada ao longo da rota do gasoduto. Será neste contexto da presença limitada da Sasol que se terá que considerar a assistência no reassentamento e cuidados pós-reassentamento. Neste sentido, a assistência no reassentamento poderá ser melhor caracterizada como envolvendo operações intensivas, de curto prazo, envolvendo o reassentamento físico e o imediato restabelecimento das entidades afectadas. Isso vem descrito com mais detalhe na Secção 6 e no Anexo 2. O SDAP aplica-se a todas as áreas de influência do Projecto de Gás Natural. Para coordenar a interacção com as comunidades, foi criado o Fórum de Interface com a Comunidade (FIC). As suas funções consistem em assegurar que as iniciativas comunitárias não sejam consideradas isoladamente, adoptando-se antes uma abordagem holistica e sustentável. Os cuidados pós-reassentamento, por definição, envolvem o suporte menos intensivo de médio e longo prazo visando a assistência de famílias reassentadas, afim de se alcançar uma subsistência sustentável. Informação adicional pode ser encontrada na Avaliação Ambiental e Social Regional na web-page da Sasol (htpp://w3.sasol.com/natural gas//. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 77 SASOL 9. MONITORIZAÇÃO, AVALIAÇÃO E AUDITORIA 9.1 Monitorização de observância durante a construção A monitorização de observância tem sido constante desde o início das actividades de reassentamento e irá ocorrer durante a implementação do RPIP. Esta monitorização é da responsabilidade do GOM sendo o seu objectivo o de verificar a observância e cumprimento dos Procedimentos de Reassentamento e Indemnização para os Projectos de Desenvolvimento do Campo de Temane/Pande e do Gasoduto de Moçambique/Secunda e do RPIP. Actualmente, estão presentes no terreno, a tempo inteiro, funcionários do GOM para monitorizarem esta observância. Os funcionários do GOM apresentam ao Grupo Conjunto de Trabalho relatórios sobre a observância e cumprimento para sua avaliação. Onde necessário ou aplicável, quaisquer acções de remediação devem ser transmitidas à Sasol para sua atenção. Para além disso o Grupo Conjunto de Trabalho responsabilizou-se por efectuar inspecções directas no terreno e realizar entrevistas pessoalmente com os indivíduos afectados. Até ao momento presente, não se observaram ou se recebeu notificação relativamente a faltas sérias de não observância e cumprimento. 9.2 Auditoria durante a construção A auditoria sobre a observância dos Procedimentos de Reassentamento e Indemnização para os Projectos de Desenvolvimento do Campo de Temane/Pande e do Gasoduto de Moçambique/Secunda e do RPIP é feita duas vezes por ano por um auditor ambiental independente durante o período de construção. Depois de cada auditoria são apresentados à Sasol os relatórios da mesma. Onde necessário ou aplicável, quaisquer acções de remediação devem ser transmitidas à Sasol para sua atenção. 9.3 Monitorização contínua e avaliação do reestabelecimento e sustentabilidade das estratégias de meios de sustento A Sasol é a eventual responsável pela monitorização e avaliação contínua após a finalização da construção. A Sasol está presentemente a elaborar um programa que será implementado imediatamente a seguir ao reassentamento e o que continuará por um período de quatro anos. Este programa constitui o Volume 4 do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 78 SASOL 10 ESTIMATIVAS DE CUSTOS Como parte da preparação do RPIP, foram calculadas estimativas de custos de primeira ordem, de acordo com quatro entidades compensáveis, vg casais, machambas, sepulturas e árvores de substituição, e custos associados com a implementação do RPIP, vg a preparação de áreas anfitriãs e honorários para serviços de apoio aa Sasol. Para todos os cálculos, aplicou-se a taxa de câmbio normal, vg 1 US Dólar = 22,000 Meticais. 10.1 Casais O número total estimado de casais a reassentar é de 14. Os projectos de habitações de substituição foram aprovados pelo Grupo de Trabalho e estima-se que cada habitação custará US $ 5,000 para construir. Consequentemente, a provisão financeira total é de US $ 70,000. Contudo, especificamente, os US $ 5,000 não incluem a dotação para o planeamento e preparação de liquidações e o suprimento de infra-estruturas e serviços. Estes custos estão detalhados na Secção 10.5. 10.2 Machambas O custo total estimado para a indemnização de machambas é de US $ 518,717.59 (Tabela 23). Estes valores foram calculados utilizando valores efectivos de indemnizações pagas27, valores calculados mas de pagamento pendente 25, e uma estimativa das indemnizações ainda por pagar. De forma importante, estes valores não incluem o planeamento, preparação e implementação de substituição de machambas ou o fornecimento de Pacotes de Arranque de Culturas. 10.3 Sepulturas O número total estimado de sepulturas a serem exumadas e trasladadas é de 23. Os pagamentos para a exumação, trasladação e cerimónias fúnebres totalizam US $ 3,138.82 (uma média de US $ 136.47 por sepultura). Numa nota de precaução, as estimativas de custos para as sepulturas inclui apenas sepulturas conhecidas e não prevê sepulturas desconhecidas que possam ser descobertas. No caso de sepulturas desconhecidas, cada uma deve ser tratada de modo delicado em nos seus méritos. Contudo, de novo, dada a natureza pessoal da trasladação e compensação dos descendentes, e dados os relativa e comparativamente pequenos custos em questão, somos da opinião que o custo unitário médio por sepultura de US$ 136.47 é razoável e deve ser acomodado facilmente na provisão de 10% para contingências (Secção 10.6). 27 Até 6 de Maio de 2003. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 79 SASOL Tabela 23 10.4 Detalhes dos custos de indemnização de machambas. Pagamentos já feitos (US $) Registos completos mas com pagamentos pendentes (US $) 445,479.90 50,583.90 Registos Adicionais (incluindo uma segunda ronda de indemnizações28) (US $) 22,653.79 Total (US $) 518,717.59 Árvores de substituição Árvores de substituição decorrentes da exploração sísmica (4,323), desenvolvimento do campo de gás (2,559) e construção da conduta de gás (851), totalizando 7,733 árvores. O custo médio por árvore de substituição é de US $ 2.00. Os custos médios de transporte e custos administrativos por árvore de substituição são calculados em US $ 1.10. Portanto, o custo total estimado para árvores de substituição é de US $ 23,972.30. Contudo, esta cifra exclui especificamente os custos associados à distribuição de árvores de substituição. Estes custos estão detalhados na Secção 10.6. 10.5 Preparação da área anfitriã Os seguintes aspectos foram estimados sob a preparação da área anfitriã: Habitação (7 ha). ▫ Desminagem. ▫ Desbravamento e preparação dos terrenos. ▫ Estradas. ▫ Instalações sanitárias. ▫ Instalações de destruição de resíduos sólidos. ▫ Assistência nos transportes. ▫ Levantamento topográfico. ▫ Certificados de Títulos de Habitação. Machambas (97.74 ha; 256 individuais). ▫ Desminagem. ▫ Desbravamento. ▫ Pacotes de Arranque de Cultura ▫ Levantamento Topográfico ▫ Certificados de Título de Propriedade Os valores unitários e custos extrapolados são fornecidos na tabela 24. O custo total estimado foi calculado em US$ 70,031.90. 28 Annual crops only. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 80 SASOL 10.6 Apoio O apoio para o período entre Junho de 2000 a Março de 2004 foi estimado em US $ 750,000.00 compreendendo: Honorários Despesas e custos recuperáveis - US $ 400,000.00. US $ 350,000.00. Estes dados incluem os custos associados à preparação do presente Plano de Acção do Reassentamento, o Plano de Assentamento, Plano de Uso da Terra e Sistema de Monitorização e Avaliação. Também estão incluídos a videografia aérea, produção de vídeos e interpretação de dados. Além disso, os dados incluem custos associados à Monitorização de Observância (per diems), Auditoria e custos de pagadoria. Estes dados excluem especificamente custos de reassentamento incorridos pela Sasol. Tabela 24 Custos associados à preparação de novos casais e machambas de substituição. Tipo Habitação Machambas Actividade Desminagem Desbravamento e preparação de terrenos Estradas Instalações sanitárias Instalações de destruição de resíduos sólidos Assistência de Transporte Levantamento Topográfico Certificados de Título de Propriedade de Habitação Subtotal Desminagem Desbravamento Pacotes de Arranque de Culturas Levantamento Topográfico Certificados de Títulos de Propriedade Subtotal Total Valor Unitário (US $) 90 195 Área (ha)/ Número 7 7 Total (US $) 50 520 90 7 14 14 350.00 7,280.00 1,260.00 570 20 3.50 14 7 14 7,980.00 140.00 49.00 90 75 125 20 3.50 97.74 97.74 256 97.74 256 19,054.00 8,796.60 7,330.50 32,000.00 1,954.80 896.00 630.00 1,365.00 50,977.90 70,031.90 PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 81 SASOL 10.7 Sumário Em resumo, estima-se que a formulação e implementação do presente RPIP custará cerca de US $ 1,579,447 incluindo 10% de contingência (Tabela 25). Tabela 25 Resumo da estimativa de custos para a formulação e implementação do Planeamento de Reassentamento e Programa de Implementação para o Projecto de Gás Natural. Categoria Casais Machambas Sepulturas Árvores de Substituição Preparação da Área Anfitriã Apoio Subtotal Contingência (10%) Total US $ 70,000* 518,718* 3,139* 23,972* 70,032* 750,000** 1,435,861 143,586 1,579,447 *Até 6 de Maio de 2003. **Em 31 de Março de 2004. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 82 SASOL 11 PROGRAMAÇÃO E PLANEAMENTO A Figura 5 ilustra a programação e planeamento de actividades chave associadas com a formulação e implementação do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento. Alguns dos principais aspectos merecem destaque: Importantes actividades de reassentamento já foram concluídas, por exemplo, a exploração sísmica dos Campos de Gás de Temane e Pande, e o Bloco de Exploração. Foram dispendidos recursos significativos durante o planeamento para se evitar ou minimizar impactos de reassentamento, onde possível (conforme o evidenciado pelo trabalho preliminar sobre o alinhamento de condutas). Em todo o processo, o planeamento de reassentamento ocorreu de forma ordeira ( como se evidencia em versões anteriores do PPIR). Nos termos de actividades de reassentamento pendentes, os aspectos chave são os seguintes: Conclusão da primeira ronda de compensações da conduta e conclusão dos pagamentos de indemnização para impactos do campo de gás. Uma Segunda ronda de pagamentos de indemnização sobre a conduta devido ao facto do Projecto de Gás Natural requerendo “direito de acesso” até ao fim do ano de 2003 9 e com impacto sobre utentes de machambas por uma Segunda época de culturas). Desenvolvimento dos Planos de Assentamento e de Uso de Terra. Reassentamento físico de casais no campo de gás. Desenvolvimento de um Sistema de Monitorização e Avaliação, e início da M&A. Deve notar-se que o desenvolvimento do Projecto do Gás Natural é um processo evolutivo e, por isso, prevê-se adições e alterações ao programa e plano. Estarão reflectidos na Versão Final do Programa de Planeamento e Implementação do reassentamento. A finalizar, como se indica na Figura 5, espera-se que as actividades de reassentamento relacionadas com o Projecto de Gás natural se concluam em Março de 2004, salvo para a Monitorização e Avaliação que se manterá, subsequentemente, por um período estimado de quatro anos. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 83 SASOL Figura 5 Programa e Plano para o Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento do Projecto de Gás Natural PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 84 SASOL 12 OBSERVAÇÕES FINAIS O empreendimento do Projecto de Gás Natural possui um grande potencial de estímulo económico para Moçambique e para a África do Sul. Contudo, trata-se de um empreendimento significativo que compreende muitos e vários elementos infraestruturais abrangendo largas partes do Centro e Sul de Moçambique. Muito embora seja possível a minimização, há impactos sociais e socio-económicos que são inevitáveis, dos quais os mais sérios são o reassentamento e indemnização. Neste sentido, a Sasol reconheceu a importância de se conduzir o reassentamento de forma responsável, tendo-se comprometido em cumprir com as políticas, processos e normas do Banco Mundial. Neste sentido as actividades de reassentamento, tanto completadas como previstas, estão documentadas no presente PPIR. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 85 SASOL 13 BIBLIOGRAFIA INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA, 1997. Resultados definitivos: Província de Inhambane. Recenseamento Geral da População e Habitação 1997: INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA, 1999. Anuário Estatístico/Statistical Yearbook: Mozambique. MARK WOOD CONSULTANTS & IMPACTO, 2001a Sasol Natural Gas Project. Mozambique to South Africa. Environmental Impact Study of a Proposed Natural Gas Pipeline between Temane and Ressano Garcia in Mozambique. Volume 1 – Main Report [Draft]. Report prepared for Sasol Technology (Pty) Limited, Secunda, South Africa. MARK WOOD CONSULTANTS & IMPACTO, 2001b Sasol Natural Gas Project. Mozambique to South Africa. Environmental Impact Study for a Proposed Natural Gas Field até Temane and Pande in Mozambique [Draft]. Report prepared for Sasol Technology (Pty) Limited, Secunda, South Africa. MARK WOOD CONSULTANTS & IMPACTO, 2002. Temane and Pande Gas Fields. Seismic Exploration. Exploratory and Development Drilling. Environmental Impact Study [Final]. Report prepared for Sasol Petroleum Temane Limitada and Companhia Mosambicana de Hidrocarbonetos, Maputo, Mozambique. MOOLMANS ATTORNEYS INCORPORATED. 1998. The South African, Mozambican and International Legal Obligations pertaining to the proposed Maputo Iron and Steel Project. Specialist Study prepared in association with Dr L Cruz for Gibb Africa, Cape Town, South Africa. RWELAMIRA, J. K & T. E. KLEYNHANS. 1996. SADC agricultural potential assessment: country profiles. Development Bank of Southern Africa, Development Paper 124. University of Stellenbosch, South Africa. SALEMA, B. 2001. Sasol Natural Gas Project. Mozambique to South Africa. Environmental Impact Study. Specialist Study 5 - Impact on Socio-economics. Produced for Mark Wood Consultants. WAMUKOYA, H., LOUW, W. J. AND R-D. HEINSOHN. 1996. Environmental assessment for the proposed ALUSAF aluminium smelter in Maputo, Mozambique. Specialist Study: Social Impact Assessment. Report produced for the CSIR, Pretoria, South Africa. WORLD BANK. 1990. Operational Directive 4.30: Involuntary Resettlement. United States of America. World Bank, Washington DC, WORLD BANK. 2001. Operational Manual, Operational Policies, Involuntary Resettlement OP 4.12. World Bank, Washington DC, United States of America. WORLD BANK. 2001. Operational Manual, Bank Procedures, Involuntary Resettlement BP 4.12. World Bank, Washington DC, United States of America. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 86 SASOL 14 COMUNICAÇÕES PESSOAIS HASSANE, D. Dr. Health Director, Inhassoro District. [ACER (Africa) Environmental Management Consultants. Sasol Gas Field, Inhambane Province, Mozambique: Public Health and Social Pathologies – Specialist Study. Produced for Mark Wood Consultants]. WATE, F. Dr. Health Director, Vilankulo District. [ACER (Africa) Environmental Management Consultants. Sasol Gas Field, Inhambane Province, Mozambique: Public Health and Social Pathologies – Specialist Study. Produced for Mark Wood Consultants]. PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 87 SASOL 15 FONTES INTERNET World Bank (2001a). Involuntary Resettlement – Frequently Asked Questions, Banco Mundial (2001 a) Reassentamento Involuntário – Perguntas Frequentes, http://wbln0018.worlbank.org/essd/essd.nsf/81f3f0192ec0edee852567eb0062fb33/ecce741f851ed3ca 852567ed004c9be8?OpenDocument www.cpi.co.mz PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 88 SASOL ANEXO 1 Aspectos de Reassentamento na parte sul-africana da conduta de gás PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 89 DEPARTAMENTO DE DIREITOS MINERAIS, PROPRIEDADES E SERVENTIAS DA SASOL (SMRD) CONSULTAS COM O DONO E NEGOCIAÇÕES DE SERVENTIAS – PROJECTO DE GÁS NATURAL – REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL ÍNDICE PERCURSO DA CONDUTA ACORDO DA SERVENTIA FASE DO EIA E PAUTA DE PROPRIEDADES/DONOS. AVALIAÇÕES E COMPENSAÇÃO POR SERVENTIAS PERMANENTES SERVENTIAS TEMPORÁRIAS E COMPENSAÇÃO PAGÁVEL NEGOCIAÇÕES. COOPERAÇÃO DURANTE A CONSTRUÇÃO E AVERBAMENTO DE SERVENTIAS SERVENTIAS FINAIS NEGOCIADAS Notas É importante não esquecer que a obtenção de serventias envolve uma relação de longo prazo entre o dono da propriedade (superfície) e o dono da serventia. Relações têm de ser estabelecidas da primeira visita ou primeiro contacto com qualquer proprietário. Isto inclui ser razoável relativamente ao percurso proposto e à quantia de compensação aplicável. Este é um processo contínuo pelo qual os donos são mantidos informados sobre o processo completo, incluindo visitas pessoais e correspondência. 1. O PERCURSO DA CONDUTA O percurso da conduta de Secunda para Moçambique começa na fábrica da Sasol em Secunda e atravessa aproximadamente 343 quilómetros até à fronteira de Moçambique em Komatipoort. O ponto de partida da Secunda está situado nas áreas locais de alta elevação (‘highveld’) e dirige-se para as áreas de elevação média (‘middleveld’) onde desce para Rooihoogte na área de CarolinaBadplaas. A última descida é em Nelshoogte, através de Devils Knuckles na direcção das áreas de baixa elevação (‘lowveld’). As cidades situadas nas proximidades imediatas do percurso são a Secunda, Bethal, Carolina, Badplaas, Barberton, Kaapmuiden, Malelane, Hectorspruit e Komatipoort. 2. ACORDO DA SERVENTIA O acordo é o documento final produzido após se terem conduzido negociações entre as várias partes envolvidas. O objectivo do acordo de serventia é negociarem-se certos direitos entre as partes, garantir estes direitos através do averbamento da serventia e um acesso regular futuro e condições acordadas entre as partes. Um acordo é celebrado em combinação com todas as partes aplicáveis envolvidas com o conteúdo e condições do acordo: A largura das serventias permanentes e temporárias é determinada pelo espaço e acesso necessários no futuro para trabalhos de manutenção assim como proporcionando espaço suficiente durante a construção. (As serventias permanentes e temporárias têm, respectivamente, 6 m e 20 m de largura). Eventualmente a serventia de 6 m será registada como documento de propriedade em cada caso, com coordenadas indicando o percurso exacto da conduta/serventia. 2.1 Pagamento de compensação Existem dois tipos de compensação, nomeadamente a serventia permanente baseada nos valores de propriedade e a serventia temporária baseada nas perdas financeiras reais. A quantia de compensação pagável por serventia é determinada e negociada quando o acordo é assinado. A compensação por serventias temporárias pode ser determinada antes da construção, na altura de negociar a serventia, 30 dias após o início da construção ou na data do averbamento. As taxas de juro estão também incluídas nas quantias a ser pagas pela compensação (a serem acordadas por todas as partes). Os juros, se os houver, são pagos a partir da data de entrada na propriedade para execução de actividades de construção até à data do averbamento. O acesso futuro é também uma das condições negociadas entre as partes. O acesso a uma fazenda de gado será diferente duma fazenda de caça. As condições incluirão acesso e a instalação de portões (como, quando e porquê). Uma utilização específica da propriedade afecta o valor da mesma. O acordo pode ter uma influência permanente sobre a utilização da propriedade, por exemplo, é uma condição prévia específica do acordo que estruturas permanentes ou árvores (pomares ) não serão permitidas na área de serventias permanentes. As culturas seguintes de renda / pomares são permitidas dentro da área de serventia: bananas, papaias, cana-de-açúcar, milho etc. Contudo, nozes, abacate, mangas, culturas cítricas e silvicultura não são permitidos. 3. FASE DO EIA E PAUTA DE PROPRIEDADES / DONOS O primeiro paço empreendido pela Sasol durante as consultas com os donos e as negociações de serventia foi obter uma lista inicial de todas as propriedades potencialmente afectadas em todos as alternativas identificadas do percurso. O número inicial de donos nos vários percursos alternativos foi quase 400. Investigações foram conduzidas no registo predial e uma pauta elaborada com informações sobre as propriedades e donos. Fez-se contacto com todos os proprietários que foram visitados em todos os vários percursos alternativos. O Relatório de Escopo do EIA foi distribuído durante estes períodos de contacto, o processo foi discutido e explicado, quaisquer perguntas finais tendo sido então respondidas. Os habitantes foram informados sobre dias disponíveis para acesso público e donos com a potencialidade de serem afectados foram convidados. Listas foram elaboradas com todos os endereços e números de telefones de proprietários potencialmente afectados com todos os comentários e preocupações levantados pelos proprietários. Estas listas foram então enviadas para o consultor do EIA. O pessoal da Sasol cometeu-se a participar nos dias de acesso público e em reuniões com as partes interessadas e Afectadas (I&APs). O pessoal da Sasol familiarizou-se com as I&Aps e guardou registos de problemas potenciais assim como problemas relacionados a donos. O pessoal da Sasol participou também em reuniões com as partes afectadas sobre desvios e obstáculos ao longo do percurso. A SMRD contribuiu duma forma contínua para o planeamento do percurso, comunicando todas as informações e preocupações abordadas por proprietários a todas as partes envolvidas. Isto formou parte do processo final do EIA. As preocupações levantadas relacionadas a questões ambientais foram: Reabilitação da áreas da serventia. Invasão por plantas alheias. Utilização e manutenção das estradas. Erosão futura. Perda de terra agrícola. Outros factores, não relacionados ao ambiente, tomados em consideração quando o percurso foi escolhido e finalizado, foram: O comprimento do percurso. Serviços e corredores de serviços actuais. Fronteiras cadastrais. Construtibilidade. Custo. 4. AVALIAÇÕES E COMPENSAÇÃO POR SERVENTIAS PERMANENTES Um Avaliador independente (membro do Institute de Avaliadores) foi nomeado para efectuar avaliações gerais do percurso da conduta proposto. Isto geralmente teve lugar após os dias de acesso público e do estabelecimento de um percurso preferido. O percurso foi dividido em certas secções onde uma avaliação geral seria aplicável para a secção completa. A gerência teve de aprovar estas avaliações antes de poderem ser usadas para fins de quaisquer negociações. Neste projecto específico um valor adicional de 25% foi aumentado à avaliação máxima para cada secção ou categoria assegurando que quantias aplicáveis e justa de compensação foram negociadas como os donos das propriedades. Se necessário, realizaram-se avaliações individuais de propriedades individuais para obter valores específicos ou determinar a desvalorização da propriedade envolvida. O dono, contudo, podia preferir designar um avaliador da sua escolha própria e mesmo nesse caso, a Sasol pagaria os custos. Portanto, uma lista de avaliadores potenciais aprovados pela SMRD foi elaborada, todos dos quais sendo membros do Instituto de Avaliadores. Após os traçados das serventias do percurso completo terem sido recebidos, uma decisão foi tomada em que áreas gerais e que avaliações específicas iriam ser realizadas. Todos os traçados aplicáveis das serventias e planos do percurso foram então fornecidos aos avaliadores. O processo de avaliações das propriedades foi gerido de acordo com os requisitos das negociações. Os relatórios das avaliações dos avaliadores foram examinados minuciosamente em relação à exactidão das quantias de compensação propostas. Uma pauta de todas as avaliações foi compilada e enviada ao Departamento Jurídico para aprovação pela Gerência. O procedimento seguido em termos de aprovações pela Gerência foi que todas as informações eram providenciada por escrito antes do início do processo de avaliação. A Sasol aprovou quantias de 25% em excesso do que os avaliadores tinham estipulado. A quantia mínima aplicável por serventia foi R 1 000.00. Em alguns casos a quantia pagável, se calculada simplesmente na serventia e valores das propriedades, não valia a pena a inconveniência que representava para o dono da propriedade. Os avaliadores estavam disponíveis para assistir a SMRD durante as negociações nos casos onde os seus conhecimentos especializados (propriedade/preços) sobre propriedades foram necessários. Os donos tinham direito a pedir que uma avaliação específica fosse efectuada por uma avaliador da sua escolha. As várias categorias de avaliação usadas neste projecto foram: Pastagens (rochosas e montanhosas). Pastagens (veld – savana da África do Sul). Pastagens (adequada para pastagens). Pastagens (campos já usados). Campos adequados para irrigação. Campos irrigados. Pomares. Áreas de Silvicultura. Fazendas de caça. Fazendas de caça com o potencial para eco-turismo. As quantias de avaliações variaram de uma categoria para a outra. Essas avaliações para o percurso completo da conduta variaram entre um mínimo de R 750.00 (750.00 Randes) por hectare até um máximo de R 16 500.00 por hectare. As avaliações das propriedades mais pequenas, terrenos e áreas industriais variaram entre R 25 000.00 por hectare até R 200 000.00 por hectare. O percurso pode ser dividido em certas áreas: A área de ‘highveld’ onde se encontram principalmente pastagens e culturas de renda (principalmente milho e trigo). As áreas de Nelshoogte e Glenthorpe onde silvicultura é a actividade agrícola principal. A área de Barberton-Kaapvalley que consiste principalmente de pomares (nozes, abacate, regiões cítricas, cana-de-açúcar, vegetais). A área de Kaapmuiden – Hectorspruit (principalmente cana-de-açúcar e regiões cítricas). A área de Hectorspruit – Komatipoort (principalmente fazendas de caça, cana-de-açúcar , bananas e gado). A área de Komatipoort possui muitos terrenos. 5. SERVENTIAS TEMPORÁRIAS E COMPENSAÇÃO PAGÁVEL Investigações foram conduzidas nos vários tipos de culturas e vegetações que podiam ser afectadas pela serventia. Valores e fórmulas foram obtidas de organizações acreditadas tais como a OTK, Ministérios da Irrigação, Associações de Açúcar, etc., que fossem relacionados aos tipos diferentes de compensação por danos que tinham de ser negociados. A perda financeira real incorrida pelo proprietário tinha de ser tomada em consideração. Ela podia incluir a perda duma cultura anual, a perda intermediária de pastagem ou a perda permanente de culturas perenes. O pagamento por danos foi também efectuado relacionado ao reparo e uso de estradas privadas, à falta de acesso a certas áreas, à perda de culturas devido a danos de linhas de irrigação, etc. As categorias seguintes foram utilizadas para as negociações e pagamentos de compensação por danos: Danos a pastagens. Restabelecimento de pastagens. Controlo de ervas daninhas. Danos a culturas de renda. Perda permanente de terra agrícola usável (pomares no percurso da conduta). As quantias pagas variaram entre tão pouco como R 1 000.00 por hectare até alcançarem R 60 000.00 por hectare. Os danos foram avaliados e pagos, dependendo do que foi negociado com o reclamante (alguns proprietários insistiram em negociar sobre danos antes do início da construção enquanto outros insistiram em discutir compensação por danos somente depois da conclusão da construção). 6. NEGOCIAÇÕES Após todos os valores terem sido obtidos e aprovados, agentes da SMRD visitaram cada proprietário individual para negociar o aspecto das serventias. Este foi um processo de negociações abertas entre as partes. Cada proprietário de terra tinha direito a negociar uma quantia que achava ser apropriada para a sua terra. A Sasol usou as avaliações como base para negociar e tentou obter acordo dentro desse quadro. O objectivo desta abordagem foi obter-se uma uniformidade entre as quantias de compensação oferecidas e não induzir um efeito negativo sobre os valores das propriedades. Todos os donos tinham direito a conselho jurídico antes de celebrarem um acordo com a Sasol. As condições do acordo podiam ser alteradas segundo as necessidades dos donos assim como as da Sasol. Foi acordado que no caso de se tomar qualquer acção como resultado das consultas/negociações com os donos, a SMRD informará e ordenará as partes aplicáveis. Consultas seriam então realizadas com os engenheiros e consultor ambiental em casos de desvios das serventias para acomodar requisitos de proprietários e finalizar acordos. Os registos de todas as conversações, negociações e decisões com donos,engenheiros, etc., foram guardados assim como todos os acordos celebrados. Uma cópia de cada acordo de serventia assinado foi enviado ao proprietário aplicável assim como aos Engenheiros Consultores. As serventias foram negociadas com as seguintes categorias de donos: Agricultores de boa fé (gado, caça, culturas anuais, culturas perenes, pomares). Governo. Municípios. Corporações mineiras, empresas privadas. Sociedades Familiares, Trusts. Agricultores a tempo parcial. Pessoas profissionais (advogados, engenheiros, doutores, ministros, etc). 7. COOPERAÇÃO DURANTE A CONSTRUÇÃO E REGISTO DE SERVENTIAS A Sasol, acompanhada por um empreiteiro, visitou todos os donos afectados antes de começar qualquer construção para assegurar estarem satisfeitos com o percurso final acordado e discutir problemas potenciais durante a construção. O empreiteiro também anotou todos os serviços afectados. A Sasol tomou cuidado de todas as reclamações e demandas possíveis recebidas dos proprietários e inquilinos. A Sasol tomou também conta de todas as demandas relacionadas ao acordo de serventia para garantir não haverem desvios das quantias de compensação. A Sasol assegurou também que se cumpriu com os termos dos acordos de serventia. Após a construção, um levantamento da serventia permanente foi efectuado e um diagrama do Agrimensor Geral (SG) produzido da posição exacta da serventia as coordenadas aplicáveis. Os traçados do SG foram enviados para a SMRD pelo agrimensor, para o averbamento da serventia juntamento com o documento de propriedade aplicável. O pagamento da compensação pela serventia permanente foi efectuado dentro de 30 dias após o averbamento. Depois do registo o documento de propriedade original assim como o Documento Notarial da Serventia foram entregues ao dono. 8. SERVENTIAS FINAIS NEGOCIADAS A quantidade final de serventias negociadas foi 272 tendo sido efectuadas com aproximadamente 235 proprietários diferentes. Todas as negociações foram conduzidas numa base individual onde cada parte teve a oportunidade de negociar as quantias de compensação que achavam serem justas, razoáveis e em correspondência com o mercado. Na porção do percurso da República da África do Sul ninguém teve de ser deslocado. O planeamento e alterações do percurso permitiu que todas as povoações pudessem ser acomodadas. ACORDO DE SERVENTIA (CONDUTA DA MSP) 1. PARTES A REPUBLIC OF MOZAMBIQUE PIPELINE INVESTMENTS COMPANY PROPRIETARY LIMITED (Número de registo 2000/013994/07) Uma Companhia constituída na República da África do Sul de responsabilidade limitada (adiante designada por ROMOCO) e aqui representada por: Número de B.I. / número de registo: .....................……………………....... (adiante designado por PROPRIETÁRIO) 2. INSCRIÇÃO 2.1. A ROMPCO está desejosa de adquirir serventias sobre a PROPRIEDADE para fins de construção, manutenção e o uso da CONDUTA e INSTALAÇÕES; 2.2. O PROPRIETÁRIO como proprietário registado da PROPRIEDADE está preparado a conceder as serventias adquiridas sobre a PROPRIEDADE a favor da ROMPCO sujeito ao pagamento da quantia como adiante estipulada. 3. DEFINIÇÕES Neste ACORDO, as expressões seguintes têm o significado colocado directamente à sua frente excepto se doutro modo indicado pelo contexto; ♦ "PROPRIEDADE" significa a Propriedade conhecida como: Com o tamanho de ………………… (hectares) Província de Mpumalanga Pertencente ao PROPRIETÁRIO por virtude do Acto de Cessão: -2T............………...... ♦ "ACORDO" significa o acordo da serventia conforme aqui registado e quaisquer anexos do mesmo; ♦ "PARTES" significa a ROMPCO e o PROPRIETÁRIO; ♦ "CONDUTA" significa uma conduta ou condutas subterrâneas a qual conduta ou condutas podem ser usadas e(ou) arrendadas para o transporte de sólidos, gases e líquidos não podendo ser instaladas a menos de 1 (um) metro da superfície; ♦ "ASSINALAÇÕES DA CONDUTA" significa assinalações a intervalos suficientes para indicar visualmente numa base contínua, a localização exacta da CONDUTA; ♦ "ÁREA DE SERVENTIA PERMANENT" significa uma área que não excede 6 (seis) metros de largura ao longo de um percurso conforme indicado aproximadamente pelas letras ……….…………. no diagrama anexado marcado “A” dentro da qual a CONDUTA e INSTALAÇÕES serão alojadas. Os limites de tal área serão determinados por um agrimensor a ser nomeado pela ROMPCO; após a construção da primeira conduta sobre a PROPRIEDADE a extensão de tal área será, aproximadamente, …………………….…m2. O agrimensor referido encaixará uma diagrama da serventia dessa área com coordenadas e obterá do Agrimensor Geral uma aprovação para tal diagrama . ♦ "ÁREA DE SERVENTIA TEMPORÁRIA" significa uma área sobre a PROPRIEDADE de 20 (vinte) metros de largura que inclui a ÁREA DE SERVENTIA TEMPORÁRIA com limites que correm paralelos aos da ÁREA DE SERVENTIA PERMANENT. ♦ "POSTOS DE ENSAIO" significa equipamento de ensaio, aproximadamente 600mm de aLtura acima no nível natural do solo ao longo do percurso da CONDUTA; ♦ "INTALAÇÕES" significa todos os cabos de transmissão, cabos de comunicações, unidades transformadoras, equipamento de protecção catódica, POSTOS DE ENSAIO, ASSINALAÇÕES DA CONDUTA, caixas das válvulas, e quaisquer outras construções, equipamento, adições ou acessórios que à discrição da ROMPCO possam ser necessários ou convenientes para fins do aqui contido e que são instalados ou montados pela ROMPCO à superfície ou debaixo da terra. -34. SERVENTIA 4.1. O PROPRIETÁRIO por este meio oferece e cede à ROMPCO duas serventias perpétuas sobre a PROPRIEDADE contidas na ÁREA DA SERVENTIA PERMANENTE para a instalação, manutenção e uso da CONDUTA e da INSTALAÇÕES e o direito a patrulhar, inspeccionar, manter, reparar, substituir, remover e colocar de novo a CONDUTA e as INSTALAÇÕES. 4.2. O PROPRIETÁRIO por este meio oferece e cede à ROMPCO uma serventia temporária sobre a PROPRIEDADE pela duração da construção da CONDUTA e das INSTALAÇÕES contida na ÁREA DA SERVENTIA TEMPORÁRIA . 5. ACESSO À PROPRIEDADE 5.1. A ROMPCO, os seus empreiteiros, ou agentes, ou seus serventes ou os serventes deles com todos os veículos e equipamentos necessários terão direito a entrada e saída da PROPRIEDADE conforme necessário ou conveniente, para o exercício de quaisquer ou todos os direitos concedidos à ROMPCO em termos do ACORDO actual. 5.2. Para fins da entrada ou saída sem restrições em relação à CONDUTA e às INSTALAÇÕES da ROMPCO, dos seus empreiteiros, ou agentes, ou dos seus serventes ou os serventes deles para o exercício pela ROMPCO dos seus direitos em temos deste ACORDO, o PROPRIETÁRIO, inquilino ou ocupante não construirá quaisquer prédios, vedações ou outras estruturas, ou plantar quaisquer árvores, ou depositar quaisquer materiais na ÁREA DE SERVENTIA PERMANENTE, ou reduzir, perturbar, ou interferir com quaisquer depósitos de solo sobre a CONDUTA e INSTALAÇÕES, ou qualquer outro lado na ÁREA DE SERVENTIA PERMANENTE sem consentimento escrito da ROMPCO. 5.3. Não obstante as provisões da cláusula 5.2, o PROPRIETÁRIO terá direito a cultivar a terra contida na ÁREA DE SERVENTIA PERMANENTE que seja disponível e adequada para esse fim, até uma profundidade que não exceda 0,50 metros para fins agrícolas, excluindo pomares e plantações, sob condição contudo de que o PROPRIETÁRIO não irá por esse meio reduzir o depósito do solo, ou de qualquer modo causar danos à CONDUTA e às INSTALAÇÕES, ou interferir com os direitos da ROMPCO em ternos do ACORDO actual. 5.4. A ROMPCO decidirá em sua discrição exclusiva e por conta própria, se irá instalar portões adequados em locais onde as vedações actuais cruzam a ÁREAS DE SERVENTIA PERMANENTE, ou onde o acesso à ÁREA DE SERVENTIA PERMANENTE -4é dificultada pelas vedações actuais. O PROPRIETÁRIO compromete-se a instalar portões adequados, por conta própria e com o consentimento da ROMPCO, em lugares onde vedações sejam subsequentemente montadas na ÁREA DE SERVENTIA PERMANENTE ou sobre ou adjacentes à mesma. Todos os portões acima citados serão fechados à chave pela ROMPCO e se o PROPRIETÁRIO necessitar também que os ditos portões sejam fechados à chave, isto será efectuado duma maneira aprovada pela ROMPCO. O PROPRIETÁRIO será responsável por manter todos tais portões usados por si em boa condição, mas não irá contudo ser responsável pelo reparo de quaisquer danos causados pela ROMPCO, por seus empreiteiros, ou agentes, ou per seus serventes ou os serventes deles, que actuem nessa capacidade. 6. CESSÃO A ROMPCO pode, em qualquer altura, ceder os seus direitos e delegar as suas obrigações respeitantes a cada uma das serventias cedidos em termos do ACORDO actual a qualquer(quaisquer) terceiro(s). 7. DIREITOS MINERAIS 7.1. No caso do PROPRIETÁRIO ser titular de direitos minerais respeitantes à PROPRIEDADE, aplicar-se-ão as condições seguintes: 7.2. Caso a presença da CONDUTA em qualquer fase e de qualquer modo que seja, interferir, restringir ou evitar a exploração de minerais (excluindo areia, pedra e argila) o PROPRIETÁRIO informará a ROMPCO desse facto por escrito e no caso da ROMPCO dentro de 90 (noventa) dias depois desse evento não poder oferecer um solução alternativa razoavelmente aceitável pelo PROPRIETÁRIO à excepção de remover a CONDUTA e as INSTALAÇÕES, a ROMPCO removerá e colocará a CONDUTA e as INSTALAÇÕES de novo ao longo de um percurso sobre a PROPRIEDADE numa posição a ser determinada juntamente pela ROMPCO e o PROPRIETÁRIO. 7.3. O PROPRIETÁRIO compromete-se a providenciar uma serventia nova, semelhante à aqui contida, à ROMPCO no caso de se tornar necessário remover ou colocar a CONDUTA de novo considerando que o percurso novo atravessa a PROPRIEDADE. 7.4. Todos os custos directos e incidentais para a remoção e colocação de novo da CONDUTA e da INSTALAÇÕES, incluindo os custos de obter e registar serventias para proteger a CONDUTA, serão por conta da ROMPCO. -5- 8. SERVENTIA 8.1. As provisões do ACORDO actual serão registadas numa forma notarial juntamente com o Documento de Propriedade da PROPRIEDADE. 8.2. O PROPRIETÁRIO, quando exigido, compromete-se a entregar à ROMPCO o Documento de Propriedade e os diagramas relacionados à PROPRIEDADE e assinar, e obter outros documentos e consentimento conforme necessários para o averbamento dos acordos notariais. 8.3. O PROPRIETÁRIO nomeia, constitui e designa …………………………….…………… …………………………………………………………. como agente com poderes de substabelecimento para assinar toda a documentação que possa ser necessária para executar e averbar serventias notariais que tenham sido redigida de acordo com as condições determinadas no ACORDO actual e executar todas as alterações necessárias para fins do averbamento; e para geralmente efectuar os fins supracitados fazer e promover tudo o que seja necessário, para todos os fins e intenções tão plenamente e efectivamente como o faria ou fizesse o PROPRIETÁRIO pessoalmente – por este meio o PROPRIETÁRIO ratifica tudo que o seu agente possa legalmente fazer ou promover. 8.4. A ROMPCO realizará, por conta própria, a execução e averbamento de tais acordos notariais. Os custos acima envolvidos incluirão o custo da elaboração de acordos notariais e de todas as presenças, documentos e processos que possam ser necessários para a elaboração e averbamento dos mesmos, o imposto sobre transmissão e o imposto de selo pagáveis, incluindo o custo do levantamento, a elaboração e aprovação de diagramas e em geral qualquer custo necessário para obter a execução e averbamento dos acordos notariais. 8.5. A ROMPCO terá direito a exercitar todos os direitos concedidos em termos do ACORDO actual mesmo que o averbamento dos acordos notarias não tenha sido efectuado. 9. COMPENSAÇÃO 9.1. Como compensação pelos direitos cedidos ao abrigo do artigo 4.1 acima citado, a ROMPCO pagará ao PROPRIETÁRIO a quantia de R...................... -6(.............................................……………………..). 9.2. Como compensação pelos direitos cedidos ao abrigo do artigo 4.2 acima citado, a ROMPCO pagará ao PROPRIETÁRIO uma quantia igual à perda financeira real do PROPRIETÁRIO causada pela cessão dos direitos indicados no artigo 4.2 acima indicado, a qual quantia será acordada pela ROMPCO e o PROPRIETÁRIO dentro de 3 (três) meses após se terem completado a CONDUTA e as INSTALAÇÕES de tal extensão que na opinião da ROMPCO a extensão da perda financeira real do PROPRIETÁRIO pode ser estabelecida e em falta de um acordo sobre a quantia de tal compensação, uma quantia a ser determinada de acordo com a Cláusula 13 aqui contida. 9.3. Como compensação pelo uso da ÁREA DE SEVENTIA PERMANENTE e da ÁREA DE SERVENTIA TEMPORÁREA, antes das quantias da perda financeira real do PROPRIETÁRIO terem sido determinadas conforme previsto no artigo 9.2, a ROMPCO pagará ao PROPRIETÁRIO juros a uma taxa de 10% (dez por cento) por ano calculados das quantias a partir da data de entrada da ROMPCO nas áreas de serventia mencionadas para instalar a CONDUTA e as INSTLAÇÕES até à data do pagamento. 9.4. A compensação respeitante à ÁREA DE SERVENTIA PERMANENTE, juntamente com os juros tencionados em 9.3, será pagável dentro de 30 (trinta) dias após o averbamento da serventia juntamente com o documento de propriedade aplicável. 9.5. A compensação respeitante à ÁREA DE SERVENTIA PERMANENTE, juntamente com os juros tencionados em 9.3, será pagável dentro de 30 (trinta) dias após o estabelecimento de tal compensação conforme previsto em 9.2. 9.6. A ROMPCO pagará uma compensação razoável por todos os danos causados na PROPRIEDADE e fora das áreas de serventia pela ROMPCO (os seus empreiteiros, agentes ou seus serventes ou os serventes deles actuando nessa capacidade), que originem do exercício dos direitos concedidos em termos do ACORDO actual, mas não será responsável por quaisquer danos causados dentro da ÁREA DE SERVENTIA PERMANENTE excepto quando a segunda conduta for construída em cujo caso a ROMPCO será responsável por danos directos causados dentro da ÁREA DE SERVENTIA PERMANENTE. 9.7. A compensação exclui Imposto Sobre o Valor Acrescentado e no caso te tal imposto ser pagável, a ROMPCO pagará a quantia de tal imposto sujeito a apresentação de uma factura fiscal aceitável. -710. EXERCÍCIO DE DIREITOS A SERVENTIAS 10.1. Na medida em que os direitos do titular da serventia cedidos em termos deste ACORDO possam estar em conflito com os direitos dum outro titular da serventia, os direitos a prevalecer serão os do titular da serventia que primeiro exercitou os seus direitos por meio da construção duma conduta. 10.2. No exercício dos seus direitos em termos deste ACORDO um titular duma serventia exercitará os seus direitos civiliter modo e de tal maneira que o outro titular da serventia possa exercer os seus direitos significativamente e numa base equitativa. 11. CONDIÇÕES GERAIS APLICÁVEIS AO PROPRIETÁRIO 11.1. As condições e provisões do ACORDO actual serão vinculativas para o PROPRIETÁRIO, os seus herdeiros, executores testamentários, mandatários, administradores ou sucessores. 11.2. No caso do PROPRIETÁRIO vender a PROPRIEDADE durante a vigência do ACORDO e antes do seu registo em forma notarial, o mesmo notificará o comprador por escrito das provisões do ACORDO actual em falta do qual, ele será responsável por todos os danos que a ROMPCO possa sofrer como resultado da sua falta em o não ter efectuado. 12. DOMICILIUM 12.1. As PARTES pelos presentes escolhem, respectivamente, os endereços seguintes como os seus domicili citandi et executandi para os fins do ACORDO actual : PROPRIETÁRIO: ROMPCO: O Gestor Direitos Minerais, Propriedades e Serventias da Sasol -8da Sasol 1 Sturdee Avenue ROSEBANK 12.2 As PARTES pelos presentes escolhem, respectivamente, os endereços seguintes para a entrega ou despacho de qualquer correspondência ou documentos em conformidade com o ACORDO actual: PROPRIETÁRIO: ROMPCO: O Gestor Direitos Minerais, Propriedades e Serventias da Sasol P O Box 699 TRICHARDT 2300 12.3 Uma notificação por correio registado e franqueado conforme acima indicada, será considerada ter sido recebida pela parte a quem tenha sido endereçada no décimo dia seguidamente à data em que foi enviada pelo correio. 12.4 As PARTES terão direito a mudarem os seus endereços acima citados, através duma notificação escrita enviada por correio registado, para outro endereço dentro da República da África do sul. 13 DISPUTAS SOBRE COMPENSAÇÃO 13.2 O PROPRIETÁRIO terá direito a referir qualquer disputa relacionada à determinação da quantia de compensação conforme tencionada no artigo 4.2 aqui contido a um árbitro como se os direitos da serventia cedidos à ROMPCO tivessem sido obtidos por meio de -9expropriação de acordo com as provisões do Decreto-Lei de Expropriação, 63 de 1975 na data em que o ACORDO actual tenha sido celebrado, na condição de que tal referência é realizada dentro de um prazo de (três) meses conforme tencionado no artigo 9.2 acima indicado e em falta do qual o PROPRIETÁRIO será considerado ter aceitado a quantia referenciada em 9.2. 13.3 Para os fins da determinação da compensação tencionada em 13.1, aplicar-se-ão os padrões do Artigo 12(1)(b) lidos juntamente com as provisões do Artigo 12(5), assim como as provisões do Artigo 12(2) do Decreto-Lei de Expropriação acima citado, e para estes fins qualquer referência às ditas subsecções do Decreto-Lei de Expropriação serão aplicados os significados seguintes: 13.3.1 "Estado" – será interpretado como referência à ROMPCO; e 13.3.2 "Proprietário" – será interpretado como referência ao PROPRIETÁRIO; e 13.3.3 "Propriedade" – será interpretado como referência aos direitos de serventia cedidos pelo PROPRIETÁRIO à ROMPCO ao abrigo dos termos aqui contidos. 13.4 No caso duma disputa resultante do artigo 9.2 aqui contido, tal disputa será referida a um indivíduo conforme acordado entre as parte e em falta de tal acordo e dentro de 14 (quatorze) dias após a data em que a disputa surgiu, a mesma será referida a um advogado superior que exerce a sua profissão da Advocacia de Pretória com pelo menos 15 (quinze) anos de experiência adquirida na prática e designado pelo Presidente dessa altura da Câmara de Advogados (Law Society) do Transvaal. 13.5 Qualquer indivíduo designado em termos do acordo conforme acima determinado (“o ÁRBITRO”) actuará sempre como um perito e não como árbitro. 13.6 O processo e método a ser usado no interrogatório da disputa e o exame de depoimentos de peritos e qualquer acto necessário para obter uma decisão, será à discrição integral do ÁRBITRO. 13.7 As PARTES envidarão os seus melhores esforços para alcançarem uma decisão pelo ÁRBITRO dentro de 21 (vinte e um) dias ou o mais sedo possível depois desse evento, após a disputa ter sido referida ao ÁRBITRO. 13.8 A decisão do ÁRBITRO será final e vinculativa para as partes do diferendo e pode ser convertida numa injunção judiciária por qualquer tribunal de jurisdição competente se - 10 uma das partes do diferendo fizer requerimento para esse efeito. 13.9 As provisões da cláusula 13 actual : 13.9.1 servem como um consentimento irrevogável por todas as PARTES a qualquer elemento do processo ao abrigo dos termos aqui contidos e as PARTES não terão direito a retrair do processo ou manter que não estão vinculadas a tais provisões; e 13.9.2 a serem divisíveis do resto do acordo actual que permanecerá em vigor completo não obstante a rescisão deste acordo por qualquer razão que seja. 13.10 Com respeito às custas do processo de arbitragem, as PARTES acordam da maneira seguinte: 13.10.1 O ÁRBITRO será autorizado a adjudicar as atribuições de custas seguintes que à sua discrição julgue apropriadas: 13.10.1.1 atribuições intermediárias respeitantes a custos desperdiçados; 13.10.1.2 a pedido de qualquer das partes estabelecer se um artigo ou artigos particulares arrogados por qualquer das partes em termos de condenação nas custas julgada pelo árbitro, devia(m) ser permitido(s) ou não contra a outra parte. 13.10.2 As provisões da Secção 15(2) e (3) do Decreto-Lei de Expropriação, 63 de 1975 respeitantes a custas são mutatis mutandis aplicáveis ao processo da arbitragem. 13.10.3 As custas serão permitidas como entre uma parte e a outra de acordo com as provisões da tarifa aplicável no Supremo Tribunal da África do Sul. 14 APROVAÇÃO DA GERÊNCIA O ACORDO actual está sujeito à condição suspensiva da gerência da ROMPCO aprovar o ACORDO dentro de 30 (trinta) dias a partir da assinatura do dito. 15 RESCISÃO A ROMPCO terá o direito a em qualquer altura antes do início da construção da primeira - 11 CONDUTA, a rescindir este ACORDO no caso do percurso da CONDUTA ser alterado de modo a parecer não ir afectar PROPRIEDADE. Logo que rescindido, este ACORDO caducará e nenhuma das PARTES terá qualquer reclamação contra a outra como resultado de tal rescisão. ASSINADO EM ...............................….......no DIA ......... DE …………….............................. DE 2002. TESTEMUNHAS: 1 2 PROPRIETÁRIO que garante ser devidamente autorizado para este fim. ASSINADO EM...............................….......no DIA …......... DE …………….............................. DE 2002. TESTEMUNHAS: 1 2 ROMPCO: que garante ser devidamente autorizado para este fim. APROVAÇÃO DA GERÊNCIA: GESTOR : DIREITOS MINERAIS PROPRIEDADES E SERVENTIAS GSISERVER\ADMIN\KONTRAKTE\SERWITUUT\MSP\MSP PIPELINE\rs - 09/08/2002 cfdt DATA SASOL ANEXO 2 Procedimentos de Reassentamento e Indemnização para os Projectos de Desenvolvimento de Campo de Temane/Pande e Conduta Moçambique /Secunda PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 90 PROCESSO DE REASSENTAMENTO E COMPENSAÇÃO PARA OS PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE TEMANE/PANDE E DA CONDUTA DE MOÇAMBIQUE/SECUNDA Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 ÍNDICE No DESCRIÇÃO PÁGINA Preâmbulo 4 1. Siglas/Definições 5 2. Princípios 6 3. Abordagem e Metodologia 6 4. Estratégias de Reassentamento e Compensação 7 4.1 Os Afectados Permanentemente 7 4.2 Os Afectados Temporariamente 8 4.2 Todos os Afectados 8 5. Elegibilidade e Processo de Reclamações 8 6. Processos de Compensação 9 6.1 Herdades 9 6.2 Terra para Reassentamento 10 6.3 Desenhos de Casas 10 6.4 Construção de Casas 10 7 Compensação 11 7.1 Machambas 11 7.2 Culturas Arbóreas/Perenes 11 7.3 Culturas Anuais 11 7.4 Acesso a Terra 12 7.5 Sepulturas / Lugares Consagrados 12 7.6 Acesso Impedido 13 7.7 Árvores com Valor Económico 13 Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 7.8 8. 9. Plantas e Ervas Medicinais 13 Pagamento Real de Compensação 13 8.1 Pagamentos em Numerário 13 8.2 Utilização de Bancos/Instituições Locais 13 8.3 Pagadorias 14 8.4 Processo do Pagamento 14 Processo de Reclamações 14 Apêndices: Referências 16 Formulário de Reclamação de Compensação: 17 Fluxograma - Abordagem e Metodologia Geral 18 Fluxograma - Compensação - Reassentamento de Casas 19 Fluxograma - Compensação – Deslocação de Sepulturas 20 Fluxograma - Compensação - Culturas 21 Fluxograma – Compensação em Numerário 22 Fluxograma – Regulamento da Legitimidade de Reclamações 23 Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 PREÂMBULO O objectivo do documento actual é assegurar um tratamento igual e justo de todos os afectados por quaisquer projectos da Sasol em Moçambique, no que diz respeito a reassentamento e compensação. O mesmo irá também assegurar que todos serão tratados da mesma maneira e uma consistência será obtida, independentemente da Província ou Distrito. Os projectos da Sasol incluem a conduta principal do Campo de Gás de Temane até Ressano Garcia assim como todos os tubos de fluxo contidos nos Campos de Gás de Temane e Pande e todas as outras condutas entre estes Campos. As instalações de processamento centrais do Campo de Gás de Temane e as actividades de exploração nas áreas de exploração em Temane e Pande assim como as infraestruturas relacionadas às mesmas, foram também incluídas. Todos os projectos serão conduzidos de acordo com padrões internacionais e a Lei Moçambicana relacionados a concepções, especificações e padrões tais como as ASME B31.8. Uma pessoa, parte, agregado familiar ou herdade será considerado uma parte afectada se um reassentamento real é necessário ou se danos reais são causados a propriedades, possessões, árvores ou culturas. O documento actual irá abordar o processo a ser seguido para reassentamento como resultado dos projectos acima citados, para o enterro novo relacionado a sepulturas assim como para compensação pagável devido a danos causados durante a fase de construção de qualquer projecto. O DONO terá de celebrar um acordo com cada parte afectada em relação a reassentamento e compensação por danos para assegurar que um registo adequado é mantido do processo. Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 1. DEFINIÇÕES Afectado Qualquer habitante, parte, agregado familiar ou herdade directa e realmente afectado pelos projectos que necessitar ser deslocado ou ter sofrido danos causados pela construção. Área de Construção A faixa de terra de 30 metros de largura na qual a conduta será construída assim como qualquer área perturbada durante a construção da conduta e dos campos de gás. Trabalhador/Pessoal de Campo Pessoas habilitadas designadas pelo SMRD para acompanhar as equipes de construção e negociar compensação por danos. Campos de Gás Os campos de gás de Temane e de Pande. Grupo-Tarefa Reunido Grupo-Tarefa de Reassentamento e Compensação, um grupo de trabalho que consiste de representantes do DONO e do GOM designados pela Comissão de Coordenação do Projecto (PLC) e responsável perante a mesma. Condutas A conduta desde Temane até à Secunda assim como quaisquer tubos de fluxo e condutas entre os campos. PLC Comissão de Coordenação do Projecto ou seus sucessores. GOM O Governo de Moçambique Machamba Terreno de agricultura de subsistência. DONO Consiste da Sasol, dos seus parceiros e das filiais. Áreas do Projecto Áreas de exploração de Temane e Pande, os Campos de Gás de Temane e Pande e uma faixa de terra de 50 metros em cada lado das Condutas assim como qualquer área que contenha infraestruturas associadas com as mesmas. ROM República de Moçambique. SMRD Departamento de Direitos Minerais da Sasol Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 2. PRINCÍPIOS Os princípios gerais seguintes irão ser aplicados: 2.1 Substituição de herdades: As herdades serão substituídas por herdades novas de um padrão superior; 2.2 Terra para Reassentamento: Terra nova será identificada pelas autoridades e o DONO, desenvolvida e disponibilizada às partes a serem deslocadas; 2.3 Machambas alternativas: No caso de ocorrer uma perda total ou parcial de oportunidades e direitos relacionados ao uso de terra, machambas alternativas serão identificadas, demarcadas, desenvolvidas e disponibilizadas aos que perderam terra; 2.4 Apoio de transição: Será providenciado aos deslocados da sua terra como resultado do reassentamento ou durante a construção e durante o prazo necessário para se estabelecerem de novo. 2.5 Perda de culturas: A compensação por perda de culturas e árvores será determinada na altura da deslocação ou construção e paga logo que possível depois disso; 2.6 Sepulturas: O enterro de novo relacionado a sepulturas será tratado de acordo com os desejos dos parentes mais próximos. Todos as despesas serão pagas. Estes princípios são de acordo com as Directrizes do Banco Mundial. Os mesmos terão de ser aprovadas pelos representantes de todos as partes envolvidas como justos e equitativos. Uma aprovação oficial pela comunidade será também necessária. Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 3. ABORDAGEM E METODOLOGIA A abordagem e metodologia utilizada para as actividades de reassentamento e compensação variam de acordo com a entidade afectada e podem ser resumidas da maneira seguinte: 1. Identificarem-se, o mais cedo possível, as área que irão ser afectadas e anotá-las em mapas e fotografias aéreas. Após a emissão de autorização para uso da terra, demarcar essas áreas no chão; 2. Empreender levantamentos de referência para: • Identificar habitantes, partes ou herdades afectadas e registar os seus nomes e detalhes; • Identificar os chefes/representantes locais da comunidade para assistirem com este processo; • Calcular a extensão dos impactos relativa à necessidade de reassentamento e(ou) compensação; 3. Elaborar de um registo predial; 4. Avaliar os bens compensáveis; 5. Participar em investimento social como parte dos projectos, através de fóruns aplicáveis criados com essa finalidade; 6. Logo que possível após a autorização do projecto pelo GOM, elaborar ofertas de compensação e obter acordos assinados pelos afectados; 7. Providenciar terra alternativa (se aplicável) incluindo serviços de apoio suplementares, por exemplo, transporte para o reassentamento físico, a provisão de habitações e de pacotes para iniciar culturas, e apoio alimentar; 8. Apoio e assistência posterior ao reassentamento; 9. Monitorização e avaliação do processo. O DONO apresentará também ao GOM todas as informações que possa obter relacionadas aos direitos a uso de terra, ocupações e os agregados familiares afectados, juntamente com documentos comprovativos tais como relatórios, fotografias, vídeos, etc. como prova de uso da terra antes da emissão da aprovação dos projectos pelo GOM. Estas informações formarão parte de qualquer requerimento de aprovação de projectos apresentado ao GOM. Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 4. ESTRATÉGIAS DE REASSENTAMENTO E COMPENSAÇÃO Para fins deste processo sugerem-se as estratégias de reassentamento e compensação seguintes para os habitantes, agregados familiares e herdades afectados: 4.1 Os Afectados Permanentemente: Aqueles que residem nas Áreas do Projecto e que perdem permanentemente todas ou algumas das suas residências e(ou) terra agrícola. Estes são os habitantes mais adversamente afectados devido às perdas permanentes e a compensação será efectuada da maneira seguinte: Um reassentamento integral para uma área dentro da região aplicável, identificada pela parte afectada e o DONO após aprovação pelas autoridades do ROM. As terras serão desenvolvidas paro o uso dos deslocados e habitações deviam ser construídas de novo a um padrão superior. 4.2 Os Afectados Temporariamente: Aqueles que residem nas Áreas do Projecto e que perdem temporariamente alguma da sua terra agrícola. Durante a construção, compensação em numerário será oferecida a estes agregados familiares equivalente ao valor produtivo da terra que não podem usar. A terra será reabilitada após se concluir a construção e devolvida aos agregados familiares. 4.3 Todos os Afectados: Para todos os afectados pela construção: 1. Pacotes de dar começo a culturas, que consistem de semente e adubo, e assistência com a plantação de novo podem ser providenciados a agregados familiares afectados para os permitir a plantar logo que a área tenha sido reabilitada. O GOM e o DONO determinarão as partes que terão direito a esses pacotes. O progresso da plantação de novo devia ser monitorizada para assegurar que se utilizam métodos correctos. 2. Apoio alimentar será providenciado nos casos onde haja necessidade disso. O apoio alimentar será baseado em rações alimentares de emergência para satisfazer as necessidades de proteína, energia e micronutrientes e devia ser fornecido aos agregados familiares afectados até que as culturas plantadas de novo possam sustentar o agregado familiar. Estes casos serão identificados e lidar-se-á com Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 eles numa base individual. O GOM e o DONO deviam determinar a altura quando esta acção devia ser tomada e monitorizar tal apoio. Se necessário, o DONO pode utilizar Organizações Não Governamentais já activas neste tipo de apoio no ROM para implementar programas de apoio alimentar. 5. ELEGIBILIDADE E PROCESSO DE RECLAMAÇÕES Logo que a aprovação para os projectos tenha sido concedida pelo GOM, os habitantes afectados que vivem dentro das Áreas do Projecto serão elegíveis a compensação logo que sofram danos ou tenham de ser deslocados. O processo que irá lidar como estes assuntos será o seguinte: 1. Registo: O SMRD tem de identificar e registar todos os reclamantes (nome, número do bilhete de identidade e detalhes para contacto); 2. Detalhes da reclamação: O SMRD terá de entrevistar os reclamantes e documentar a natureza e os detalhes da reclamação. Isto devia incluir o máximo de informação possível baseada na reclamação, a natureza da reclamação (compensação em numerário, alimentação, deslocação), membros familiares e vizinhos; 3. Investigação: O SMRD juntamente com o chefe local e o representante do GDM terão de então investigar e fazer recomendação em relação a cada reclamação por meio de referências cruzadas entre as informações obtidas do reclamante e os registos obtidos durante os levantamentos de referência, os registos do governo local, chefes tradicionais e anciões da comunidade; 4. Decisão: Após ter considerado os factos de cada reclamação individual, o SMRD adjudicará ou recusará a reclamação. 5. Relatagem: O SMRD tem de manter um relatório completo das suas decisões e manter o Grupo-Tarefa Reunido informado sobre estas decisões, numa base contínua. 6. Recurso: No caso da decisão do SMRD for desafiada, um recurso pode ser interposto de acordo com o processo de reclamações estipulado na secção 9 a seguir. Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 6. PROCESSOS DE COMPENSAÇÃO 6.1 Herdades Um estudo exacto de habitações a serem deslocadas deve ser completado antes do início da construção nas Áreas do Projecto. Pouco depois de se completar este estudo o DONOI tem de apresentar um plano de acção para reassentamento aos fóruns aplicáveis em ROM. O DONO devia construir a herdade e casas de novo com materiais de construção convencionais e quaisquer outras estruturas afectadas tais como retretes, poços, etc., a um padrão superior às que estão a ser substituídas. Tem de se construir o mesmo número de casas novas. Avaliações exactas e realistas serão conduzidas dos prédios de tijolo existentes para assegurar que tais prédios serão construídos de novo a um padrão pelo menos igual. Todas as unidades de habitação activamente utilizadas deviam ser substituídas, independentemente da condição da herdade. O facto de que as habitações de substituição serem novas, e geralmente construídas de materiais superiores aos que foram perdidos, significa que os agregados familiares irão ficar numa situação melhor em termos de qualidade das suas habitações. Este é o processo a ser seguido: 1. Conduzir um inventário de todos os habitantes, possessões, bens (incluindo habitação, retretes, poços, ‘kraals’) e stock que necessite de reassentamento ou onde danos sejam previstos; 2. Construir casas de novo em outras localizações acordadas pelas partes envolvidas e todas a infraestruturas existentes na terra conforme estabelecido durante a elaboração do inventário; 3. Os ocupantes deviam ter direito a remover quaisquer materiais que desejam recuperar, dentro de duas semanas de vagar a habitação. Após um prazo de duas semanas, para prevenir uma ocupação de novo não autorizada, o DONO terá direito a demolir todos os prédios de onde os ocupantes tenham sido deslocados. 4. Providenciar transporte (incluindo pessoal para empacotar e carregar) para deslocar os habitantes e possessões fisicamente para a nova localização; Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 5. Providenciar habitação / abrigo temporário, se necessário. As habitações actuais não deviam ser destruídas antes dos agregados familiares se poderem deslocar para uma casa nova. Em situações de urgência, habitação temporária pode ser fornecida pelo DONO numa área acordada por todas as partes envolvidas, até a construção das casas novas ter sido completada. 6.2 Terra para Reassentamento Terra para reassentamento será identificada de acordo com os processos actuais do GOM. O DONO tem de elaborar um plano para todas as áreas de reassentamento os mesmos tendo de ser aprovados pelas autoridades responsáveis do GOM. Todos os esforços razoáveis deviam ser envidados para assegurar que os membros de famílias alargadas são deslocados perto uns dos outros. 6.3 Desenhos de Casas Consultas deviam ter lugar com o GOM para se acordar sobre os desenhos de casas após as quais os agregados familiares afectados deviam ser consultados sobre o desenho a ser considerado dos que foram aprovados. Desenhos típicos de uma certa quantidade de tipos de habitações, dependendo da área, serão oferecidos aos agregados familiares afectados. 6.4 Construção de Casas O DONO será responsável pela construção das habitações novas. A construção das habitações de substituição será, se possível, contratada a um empreiteiro local, se disponível. No caso de empreiteiros estabelecidos serem usados os mesmos terão de utilizar, o mais possível, mão-de-obra local. Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 7. COMPENSAÇÃO O SMRD podia nomear consultores sociais devidamente habilitados e trabalhadores de campo treinados, que deviam poder falar Português e quaisquer outras línguas locais aplicáveis, para negociar com os agregados familiares afectados. Estes consultores / trabalhadores de campo serão responsáveis perante o SMRD. Um funcionário do GOM acompanhará estes consultores / trabalhadores de campo durante a determinação da compensação por danos. 7.1 Machambas A compensação por machamba deve tomar em conta a perda da terra e culturas arbóreas e culturas anuais. O processo para determinar a compensação em numerário envolve o estabelecimento das áreas afectadas, o registo do usuário da propriedade e a elaboração de um inventário de culturas e a atribuição de valores monetários às mesmas. A avaliação das culturas é empreendida de acordo com dados de referência negociados com o GOM. Também se deve considerar apoio de transição na forma de apoio alimentar, que satisfaça as necessidades de proteína, energia e micronutrientes até que a machamba aplicável possa sustentar o agregado familiar afectado. A estratégia foi completamente descrita no parágrafo 4. O DONO monitorizará a plantação de novo das culturas para assegurar que os agregados familiares afectados retomam as suas actividades normais de agricultura, e que tal reatamento não é propositadamente demorado, e também assegurar que o apoio de transição é somente prestado durante o tempo necessário para as culturas se estabelecerem de novo. 7.2 Culturas Arbóreas/Perenes Árvores de substituição terão de ser fornecidas. Logo que fornecidas as partes afectadas responsabilizam-se totalmente pelas árvores. Culturas arbóreas/perenes serão compensada na base da perda de produção e a perda consequente de rendimento acumulada sobre um prazo necessário para as árvores novas começarem a produzir. Os cálculos serão efectuados de acordo com as fórmulas acordadas estabelecidas e as directrizes do Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural. Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 7.3 Culturas Anuais Culturas anuais ou de campo serão compensadas de acordo com a perda da produção de uma estação. As opções são as seguintes: 7 1. Machambas cultivadas com somente um tipo de cultura serão compensadas pela perda de somente essa cultura particular, utilizando a fórmula acordada com o GOM. 2. Conforme é geralmente o caso, a machamba é cultivada com um número de culturas diferentes; compensação será paga de acordo com o método de culturas misturadas ou as cultura realmente afectadas, usando as fórmulas acordadas com o GOM. Acesso à Região Arborizada Há muitos agregados familiares que dependem consideravelmente da vegetação natural para combustível. Caso a acesso a vegetação natural for impedido pela construção, a madeira obtida da área de construção devia ser disponibilizada a estes agregados familiares. Programas de aprovisionamento de madeira podem também ser usados com uma medida mitigadora. 7.5 Sepulturas / Lugares Consagrados A compensação dos parentes mais próximos pelo enterro de novo de sepulturas é duma natureza pessoal e sensitiva e portanto os custos serão negociados e compensados numa base individual. Estes custos terão de incluir a exumação, uma cerimónia de enterro de novo (incluindo um animal sacrificial) e o enterro físico. A pedra tumular e as outras estruturas nas sepulturas novas deviam ser de pelo menos o mesmo padrão que a sepultura anterior. A exumação e o enterro de novo deviam ser realizados com todos os actos e ritos cerimoniosos devidos, conforme acordado com os parentes sobreviventes e ratificados pelas autoridades aplicáveis. Paços típicos a ser seguidos seriam: 1. A sepultura afectada é localizada e identificada e os parentes mais próximos informados da necessidade de ser deslocada; 2. O agregado familiar aplicável é solicitado para identificar o falecido e um sítio preferido e outras preferências relacionadas a cobertor/caixão etc. e costumes a que se deve aderir relacionados ao enterro de novo. Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 7.6 3. No caso de não se poderem encontrar os parentes mais próximos , autorização devia ser obtida do Chefe/Administrador local; 4. O DONO, em nome do representante do agregado familiar tem de formalmente solicitar um enterro de novo; 5. Um agente funerário profissional é designado para deslocar a sepultura sendo dado instruções, e apresentado à família; 6. Os requisitos rituais são cumpridos e a família compensada pelas despesas associadas, após o qual é realizado um enterro de novo. Acesso Impedido Quando uma família ou comunidade for afectada significativamente por um acesso impedido e perda de comunicações devido ao desenvolvimento das Áreas do Projecto e desejar deslocar-se para um sítio novo, um direito integral a deslocação e compensação devia ser concedido. Durante a construção das condutas qualquer obstrução será de natureza temporária e arranjos alternativos terão de ser acordados com os indivíduos/comunidades afectadas pela duração de tal obstrução. 7.7 Árvores com Valor Económico O proprietário (indivíduos, companhias, Estado ou outros) serão compensados por árvores e madeira de valor económico situadas em áreas de zoneamento de silvicultura, de acordo com as formulas estabelecidas. 7.8 Plantas e Ervas Medicinais Compensação em numerário devia ser paga a partes identificadas pelas plantas medicinais e ervas destruídas durante a construção. Plantas e ervas de substituição deviam ser fornecidas, na medida do possível. Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 8. PAGAMENTO REAL DE COMPENSAÇÃO Os métodos seguintes de pagamento de compensação por danos foram identificados: 8.1 Pagamentos em Numerário Pagamentos em numerário podem ser realizados no campo ao chefe dos agregados familiares afectados, pela quantia da compensação por danos acordada logo que possível após os mesmos terem sido sofridos. O Chefe local confirmará a pessoa real que recebe a compensação. Este parece ser o método mais fácil, mas cria um risco de segurança e perigo extremamente elevado de roubo ou sequestro. 8.2 Utilização de Bancos/Instituições Locais Um cheque ou recibo pode ser dado aos agregados familiares afectados pela quantia da compensação acordada. Este cheque ou recibo poder ser cobrado em qualquer banco, instituição financeira, correio, etc, local. Contudo, um arranjo com o banco/instituição aplicável terá de ser feito antes do início do pagamento da compensação. Esta opção necessita também que o DONO providencie transporte para que os agregados familiares afectados se poderem deslocar aos bancos/instituições participantes. 8.3 Pagadorias Esta opção é baseada no mesmo princípio de bancos/instituições locais, mas envolve o estabelecimento de pagadorias nas Áreas do Projecto. Os agregados familiares afectados terão de ser transportados para estas pagadorias. Apesar desta opção ainda apresentar um risco de segurança, o mesmo é inferior a pagamentos de numerário directos no campo. 8.4 Processo do Pagamento Compensação é pagável após os danos reais terem sido causados. O pagamento da compensação acordada devia ser tratado da seguinte maneira: 1. O pagamento da compensação deve ser efectuado por pagamento em numerário ou por meio de cheque/recibo com um nome específico; Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 2. A parte afectada tem de assinar pelo recibo do cheque ou do numerário e reconhecer sendo pagamento integral e final da sua reclamação e que reclamações adicionais não poderão ser apresentadas. Isto será efectuado na forma de um acordo com o DONO, relacionado ao reassentamento e compensação por danos. 3. No caso de cheques/recibos, transporte tem de ser providenciado a beneficiários que não residem perto de cidades, para que possam cobrar os cheques/recibos. Eles deviam ser informados sobre prazos predeterminados, para assegurar que os cheques/recibos são cobrados dentro dos prazos de validade; 4. O DONO e o GOM têm de confirmar estas listas de pagamento para assegurar que todas as partes afectadas recebem a compensação que lhes é devida. 5. Um relatório devia ser elaborado num formato que possa reflectir o consenso entre todas as partes envolvidas. Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 9. PROCESSO DE RECLAMAÇÕES Este processo permitirá que as decisões possam ser avaliadas de novo quando os indivíduos afectados exprimirem as suas preocupações sobre os resultados do processo de reassentamento e de compensação por danos conforme elas surgem, e assegurará que acção correctiva é tomada dum modo atempado. O processo facilita também transparência. O SMRD obterá as informações necessárias para determinar se os agregados familiares afectados levantaram quaisquer reclamações, e se qualquer das partes afectadas não está satisfeita com a compensação que foi determinada. O procedimento abaixo será seguido pelo SMRD e o representante do GOM quando disputas com os habitantes afectados são abordadas: 1. O SMRD e o representante do GOM investigarão a decisão disputada numa reclamação, e se necessário, discutirão a mesma com o chefe local, antes de avaliarem a decisão de novo sobre a compensação. 2. Caso a disputa não possa ser resolvida a este primeiro nível, devia ser referida ao Grupo-Tarefa Reunido para uma recomendação. Caso o reclamante não aceitar a recomendação do Grupo-Tarefa Reunido, ele pode recorrer contra a decisão da maneira normal que lhe é disponível através do sistema jurídico Moçambicano. Isto envolverá recorrer, em primeiro lugar, ao Administrador Distrital, depois disso ao Governador Provincial, e finalmente o assunto pode ser referido a um tribunal Moçambicano. O SMRD conservará um registo escrito de todas as disputas/reclamações levantadas durante a construção. Estes registos serão monitorizados frequentemente por uma agência independente como parte de um processo contínuo de monitorização e avaliação. Cópias destes registos deviam ser remetidas para o GOM através do Grupo-Tarefa Reunido. Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 REFERÊNCIAS 1. Mark Wood Consultores (August 2000); Ambiental Impacto Estudo, Draft Corridor Screening Relatório for Sasol Gas Supply Projecto, Mark Wood Consultores, Johannesburg 2. MOZAL (October 1998); Beluluane Industrial Park, Resettlement Action Plan, Phase 1: MOZAL Land Requirement 3. MOZAL (October 1998); Beluluane Industrial Park, Resettlement Action Plan, Phase 2: MOZAL Operational Land Use Requirements 4. MOZAL (September 1998); Beluluane Industrial Park, Resettlement Action Plan, Host Machamba Environmental Scan, Land-use and Management Plan 5. MOZAL (May 1999); Beluluane Industrial Park, Resettlement Action Plan, Host Residential Area Environmental Scan, Land-use an Plan 6. IWR-Environmental (November 2001); Environmental Impact Assessment of Southern Mining Corporation’s Corridor Sands mining operation and smelter in Chibuto, Gaza Province, Mozambique. Volume 4: Resettlement and Compensation Plan. IWR-Environmental, Howick 7. Coastal & Environmental Services (November 2000); Environmental Impact Assessment of Southern Mining Corporation’s Corridor Sands mining operation and smelter in Chibuto, Gaza Province, Mozambique. Volume 5: Summary Report. Coastal & Environmental Services, Grahamstown 8. Ministry of Planning and Finance: National Directorate of Planning and Budgeting (2000); Circular Letter No 11/DEF-01/00 of 27 March 2000, Management of Funds for the Rehabilitation and Extension of Electricity Transport and Distribution Network (EDM) 9. Western Atlas International – Mozambique (1998), Crop Compensation Summary for Atlantic Richfield Co Mozambique Ltd 10. Western Geophysical (Mozambique) Ltd (1998); Compensation Claim Form 11. Komati Basin Water Authority (2000); Resettlement Workbook, Volume 2. Compensation Procedures 12. Komati Basin Water Authority (2000); Resettlement Workbook, Volume 3. Compensation Rates INTREVISTAS/CONSULTAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. Sr E G Barendse – Conselheiro e Consultor Independente de Desenvolvimento Social Dr A Fischer – Consultor em Pesquisa e Social Sr J van Vreden - Africon Sr J Jordaan – Africon Sr G Huggins – IWR Ambiental Sr J A Valente – Electricidade de Moçambique Sr J C A Pires Clara – Technology Services International Sr J Sitoi – Urbanista Sr P R van Wyk – LTA Autocon MEIP Sr P Osborn – LTA Autocon MEIP Sr M L Edwards – LTA Civils and Earthworks (Trabalhos Civis e de Terraplanagens da LTA) Sr W Jerling – LTA Civil Engineering (Engenharia Civil da LTA) Dr D Heinsohn – Acer (Africa) Sr H Wamukoya – CODEMO Sr M Rasool – Impacto Sr M Wood – Consultor Ambiental Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 PROJECTOS DA SASOL FORMULÁRIO/ACORDO DE RECLAMAÇÃO DE COMPENSAÇÃO Reclamação No ________ Data da Reclamação de Compensação: __________________ DESCRIÇÃO DA RECLAMAÇÃO Chainage da Conduta ________ TIPO/TAMANHO/ÁREA, ETC. Nome do Reclamante:__________________ QUANTIA NEGOCIADA (METICAIS) Assinatura: ________________ Impressão digital do polegar Detalhes para Contacto: ___________________________________________________________ Negociador:____________ Assinatura:_________ Assinatura:___________ Funcionário do Governo:____________ Um pagamento de _________________________ Meticais foi aprovado para pagamento. SMRD (Nome): ____________________ Assinatura : _______________ Data: _________ TRAÇADO DA ÁREA AFECTADA Eu, (reclamante) ____________________________________________________________ recebi a quantia de _________________________________ Meticais, como pagamento integral e final da reclamação actual e confirmo que reclamações adicionais não serão apresentadas por mim ou qualquer outro do meu agregado familiar. Assinatura: _________________________________________ Data: ________________ Impressão Digital do Polegar Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 Tabela de Preços CULTURAS ARBÓREAS UNIDADE VALOR US$1 Cajueiro /árvore 60.50 Mangueira /árvore 159.50 Mafureira /árvore 66.00 Laranjeira /árvore 90.00 Limoeiro /árvore 45.00 Abacateira /árvore 57.00 Papaeira /árvore 1.00 /árvore 60.50 Canhueiro /árvore 21.50 Eucalipto /árvore 50.00 Casuarina /árvore 7.50 CULTURAS CULTIVADAS UNIDADE Milho /ha VALOR US$ 89.00 Amendoim /ha 317.00 Feij>o-Nhemba /ha 112.00 Mandioca /ha 218.00 Arroz /ha 267.00 Mapira /ha 42.50 Mexoeira /ha 40.00 Batata-doce /ha 133.50 Anan>s /ha 533.50 Ananaseira /fruto 0.50 Cana-sacarina /pé 0.50 Bananeira /pé 6.00 Horticolas /m2 0.50 Alho /m2 1.50 Coqueiro Processo de Reassentamento e Compensação da Sasol e do Governo de Moçambique: Maio de 2002 TABELA DE VALORES ÁRVORES DE FRUTA VALOR (US$) Cajueiro 60.50 Mangueira 159.50 Mafureira 66.00 Laranjeira 90.00 Limoeiro 45.00 Abacateira 57.00 Papaeira 1.00 Coqueiro 60.50 Canhueiro 21.50 Eucalipto 50.00 Casuarina 7.50 CULTURA Milho VALOR (US$) 89.00/ha Amendoim 317.00/ha Feij>o-Nhemba 112.00/ha Mandioca 218.00/ha Arroz 267.00/ha Mapira 42.50/ha Mexoeira 40.00/ha Batata-doce 133.50/ha Anan>s 533.50/ha Ananaseira 0.50/fruto Cana-sacarina Bananeira 0.50/pé 6.00/planta Horticolas (m2) 0.50/m2 Alho (m2) 1.50/m2 Sasol and Mozambique Government Resettlement and Compensation Procedure: May 2002 22 Lista de árvores economicamente importantes e valor associado de compensação. Nome local Nome botânico Nome vulgar Classificação Valor de Inglês/Afrikâner compensação por m2 Chafuta Mecrusse, Cimbire Messasa Afzelia quanzensis Androstachys johnsanii Brachystegia spiciformis Chacate Guibourtia conjugata Nulo, Nunlu Balanites maughamii Pau preto, Chire Dalbergia melanoxylon Lunhane Albizzia brevifolia Sandalo Spirostachys Africana Mondzo Combretum imberbe Tingare Albizzia verzicolor Tsandjanhovo Pterocarpus lucens Mbila Pterocarpus angolensis Nala Albizzio forbesti Pod mahogany Lebombo ironwood 1a 1a (Meticais) 65,000.00 65,000.00 Msasa 3a 30,000.00 Preciosa 65,000.00 1a 65,000.00 Preciosa 65,000.00 1a Preciosa 65,000.00 65,000.00 Leadwood, hardekool Grootblaarvalsdoring Doringkiat Kiat 3a 1a 1a 1a 30,000.00 65,000.00 65,000.00 65,000.00 Breepeulvalsdoring 1a 65,000.00 Kleinbastermopanie Torchwood, fakkelhout Zebrawood, sebrahout Bergralsdoring Tabotie (Decreto No. 38/98, 3º Suplemento de 25/8/1998). Sasol and Mozambique Government Resettlement and Compensation Procedure: – May 2002 SASOL ANEXO 3 Cartão Azul (Cartão de Registo) PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 91 Hidrocarbonetos de Moçambique Hidrocarbonetos de Moçambique NO. DO CARTĀŌ: APELIDO : NOME IMPRESSĀŌ DIGITAL NO. DO CARTĀŌ: APELIDO : : NOME : DISTRITO : DISTRITO : DATA : DATA : ASSINATURA FOTOGRAFIA : FOTOGRAFIA : ` ` IMPRESSĀŌ DIGITAL ASSINATURA NUMERO DE CASAS : TIPO DE CASA TAMANHO DA CASA NUMERO DE CAMPAS NUMERO DE CASAS : TIPO DE CASA TAMANHO DA CASA NUMERO DE CAMPAS NUMERO DE PESSOAS : NUMERO DE PESSOAS : ACTIVIDADES AGRICULTURAIS: : ACTIVIDADES AGRICULTURAIS: : : : : : SASOL ANEXO 4 Registo de Consulta PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 92 SASOL PROJECTO DA GÁS NATURAL RESUMO CRONOLÓGICO DO PROCESSO DE CONSULTA GOVERNAMENTAL E PÚBLICA Maio de 2000 a 31 de Dezembro de 2002 Será importante assinalar que houve uma consulta extensa como parte dos estudos de impacto ambiental efectuados para o Projecto de Gás Natural. Essa consulta não faz parte integrante do registo aqui apresentado. Além disso, registe-se que a Sasol elaborou um Documento de Consulta e Divulgação Públicas que actualmente é do domínio público. DATA QUEM FOI CONSULTADO ACTIVIDADE OBSERVAÇÕES Várias Pessoas e comunidades potencialmente afectadas Consultas, entrevistas e reuniões. Actividades realizadas pela IMPACTO para a compilação da AIA e relatórios conexos. Maio de 2000 – em curso Pessoas e comunidades potencialmente afectadas Consulta e disseminação de informação relativa a componentes do projecto. Realizados pela Equipa da Comunicação da Sasol que se manteve no terreno ao longo do projecto, tendo-se interagido com as comunidades de forma contínua. 04.09.00 Governo de Moçambique (GdM) Reunião / Conferência (“Workshop”) Primeira reunião organizada para se criarem normas para a abordagem relativa ao reassentamento e indemnização. 20.09.00 Governo de Moçambique, em especial a Direcção Nacional de Carvão e Hidrocarbonetos (DNCH) Reunião. 17.11.00 Comissão de Coordenação do Projecto (PLC) Reunião (Realizada mensalmente. Início em 1997) 15.12.00 Comissão de Indemnização de Prejuízos Reunião. 06.04.01 Grupo de Trabalho do Reassentamto e Indemnizações (RTG) Reunião. Primeira reunião, envolvendo representantes da Sasol, do GdM e Consultores do Reassentamento. O GdM apresentou as suas ideias sobre procedimentos e requisitos do reassentamento. 14.05.01 RTG e Assessor do GdM Reunião. Conversações primariamente concentradas em torno dos procedimentos de reassentamento. 28.05.01 Funcionários dos governos provinciais de Gaza, Inhambane e Maputo. Reunião. 08.06.01 RTG Reunião. 1 Sasol e GdM. DATA QUEM FOI CONSULTADO ACTIVIDADE Visita no terreno OBSERVAÇÕES 19-22.06.01 Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Província de Maputo Serviços Provinciais de Agricultura, Província de Gaza. Serviços Provinciais de Agricultura, Província de Inhambane 28.06.01 RTG Reunião. Julho de 2001 Pessoas afectadas Registo. 12.07.01 RTG Reunião. 18.07.01 Cerimónia de bênção Encontro cerimonial Realizado Temane 18-19.07.01 Administrador de Distrito, Inhassoro. Presidente de Local, Maimelane. Chefes locais, Temane. Membros comunitários Visita ao local / Temane. Realizado pela SMRD durante a exploração sísmica. 25-26.07.01 Administrador do Distrito de Inhassoro Presidente de Local, Maimelane. Chefes locais, Temane. Membros da comunidade Visita ao local /Temane. Realizado pela SMRD durante a exploração sísmica. 31.07.01 Pessoas afectadas Indemnizações pagas. Danos resultantes da exploração sísmica. 30.07.01 – 05.08.01 Vários Administradores Distritais, chefes e membros das comunidades locais Visita de estudo / campo a Temane e ao longo da rota da conduta de gás Organizadas pelo SMRD Agosto 2001 Pessoas afectadas Registo. Danos resultantes da exploração sísmica. 22.08.01 RTG Reunião. 30-31.08.01 Administrador Distrital, Inhasorro. Presidente de Local, Maimelane. Chefes Locais, Temane. Membros da Comunidade Visitas de estudo / campo a Temane Realizadas pela SMRD durante a exploração sísmica. 31.08.01 Pessoas afectadas Indemnizações pagas. Danos resultantes da exploração sísmica. Setembro 2001 Pessoas afectadas Registo. Danos resultantes da exploração sísmica. 13.09.01 RTG Reunião. 17-19.09.01 Administrador Distrital, Inhasorro. Presidente de Local, Maimelane. Chefes locais, Temane. Membros da comunidade. Visita de estudo / campo, Temane Organizadas pela SMRD durante a exploração sísmica 27-28.09.01 Pessoas afectadas. Indemnizações pagas. Danos resultantes da exploração sísmica. Outubro 2001 Pessoas afectadas Registo de prejuízos durante a exploração sísmica Representantes da ACER/Codemo e do Ministério de Agricultura e Desenvolvimento encontraram-se com entidades a área da agricultura do GdM nas províncias de Gaza e Inhambane, para a determinação dos valores de indemnizações adequados para as culturas agrícolas. Danos resultantes da exploração sísmica. 2 no local da UPC, DATA QUEM FOI CONSULTADO ACTIVIDADE 29.10.01 RTG Reunião. 30-31.10.01 Pessoas afectadas Indemnizações pagas. Outubro 2001 – Janeiro 2002 Pessoas e comunidades potencialmente afectadas Cartão azul / pré registo ao longo da rota da conduta de gás. Novembro 2001 Pessoas afectadas Registo de danos durante a exploração sísmica. 01.11.01 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes da exploração sísmica. 07.11.01 Representantes da Sasol e do GdM Reunião. Destinada à criação do Fórum de Interface Comunitária. 08-09.11.01 Administrador Distrital Inhasorro. Presidente de Local, Maimelane. Chefes Locais, Temane. Membros da comunidade Vista de estudo / de campo, Temane Organizada pela SMRD durante a exploração sísmica. 28.11.01 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes da exploração sísmica. Dezembro 2001 Pessoas afectadas Registo de danos durante a exploração sísmica. 07.12.01 GdM Reunião. 17-18.12.01 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes da exploração sísmica 18-20.12.01 Administrador Distrital Inhasorro. Presidente de Local, Maimelane. Chefes Locais, Temane. Membros da Comunidade Vistas de estudo / campo, Temane Realizadas pela SMRD durante a exploração sísmica Janeiro 2002 Comunidades e pessoas potencialmente afectadas. Cartão azul / pré-registo ao longo das linhas de fluxo e UPC. Janeiro 2002 Pessoas afectadas Registo. Danos resultantes da exploração sísmica. Janeiro 2002 Pessoas afectadas Registo. Danos resultantes das actividades do campo de gás. 17.01.02 RTG Reunião. 22-24.01.02 Administrador Distrital Inhasorro. Presidente de Local, Maimelane. Chefes Locais, Temane. Membros da Comunidade Visita de estudo / campo, Temane Fevereiro 2002 Pessoas afectadas Registo de danos resultantes da exploração sísmica. 14-15.02.02 Administrador de Distrito, Inhasorro. Presidente de Local, Maimelane. Chefes Locais, Temane. Membros Comunitários Visita de estudo / campo, Temane 21.02.02 RTG Reunião. 25-27.02.02 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes da exploração sísmica. Março 2002 Pessoas afectadas Registo. Danos resultantes da exploração 3 OBSERVAÇÕES Danos resultantes da exploração sísmica. Organizadas pela SMRD durante a exploração sísmica. Organizada pela SMRD. DATA QUEM FOI CONSULTADO ACTIVIDADE OBSERVAÇÕES Março 2002 Pessoas afectadas Registo. 14.03.02 RTG Reunião. 25.03.02 Sr Vitorino Joaquim (MOPH) Reunião. Conversações sobre os planos de habitação para o reassentamento Abril 2002 Comunidades e pessoas afectadas Inicia-se o registo de danos ao longo da rota da conduta de gás. Equipa de Indemnizações e Comunicações no terreno para se interagir com as populações. Abril 2002 Pessoas afectadas Registo de danos resultantes da exploração sísmica. Abril 2002 Pessoas afectadas Registo. Danos resultantes das actividades do campo de gás. 03-04.04.02 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes da exploração sísmica. 03-05.02 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes das actividades do campo de gás. 03-05.04.02 Administrador Distrital, Inhasorro. Presidente de Local, Maimelane. Chefes locais, Temane. Membros comunitários Visita de estudo / campo, Temane Realizada pela SMRD. 23-24.04.02 Administrador Distrital, Inhasorro. Presidente de Local, Maimelane. Chefes locais, Temane. Membros comunitários Visita de estudo / campo, Temane Realizada pela SMRD. 26.04.02 RTG Reunião. Maio 2002 Proprietários de habitações potencialmente afectados. Estudo de referência na PPZ. Maio 2002 Pessoas afectadas Registo. Danos resultantes das actividades do campo de gás. 06.05.02 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes da exploração sísmica. 06.05.02 RTG Reunião. 15.05.02 RTG Reunião. 21-24.05.02 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes das actividades da conduta de gás. 30.05.02 Fórum de Interface Comunitária (CIF) Reunião. Sasol, Foster Wheeler e GLMC. Junho 2002 Comunidades afectadas (GF e PL) Visitas de campo / ao local. Representantes do GdM integramse nas Equipas de Indemnizações numa base permanente. Junho 2002 Comunidades afectadas (PL) Visitas de campo / ao local. GLMC nomeia funcionário de coordenação para a ligação contínua com pessoas e comunidades potencialmente afectadas. Junho 2002 Proprietários de habitações potencialmente afectados (Campo de Gás) Entrevistas. Estrada de acesso e PPZ. Junho 2002 Pessoas potencialmente afectadas (Campo de Gás) Entrevistas. Pessoas residentes num raio de 100m do local do poço. sísmica. Danos resultantes das actividades do campo de gás. 4 DATA QUEM FOI CONSULTADO ACTIVIDADE OBSERVAÇÕES Junho 2002 Pessoas afectadas Registo. Danos resultantes das actividades do campo de gás. 07-10.06.02 Membros das comunidades. Chefes locais. Visita ao local (Conduta e Campo de Gás) Realizada pelo Banco Mundial na companhia da SMRD. 19-21.06.02 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes das actividades da conduta de gás. 29.06.02 – 05.07.02 Administrador Distrital, Inhasorro. Presidente de Local, Maimelane. Chefes locais, Temane. Membros das comunidades Visita de campo / ao local, Temane Realizada pela SMRD. Julho 2002 Pessoas afectadas Registo. Danos resultantes das actividades do campo de gás. 05.07.02 RTG Reunião. 25.07.02 CIF Reunião. Agosto 2002 Pessoas afectadas Registo. 08.08.02 CIF Reunião 15.08.02 RTG Reunião de discussão RAP. 27-28.08.02 Membros das comunidades ao longo da rota da conduta de gás. Visita de campo / ao local. 29.08.02 RTG Reunião. Setembro 2002 Proprietários de habitações potencialmente afectados. Cartão azul na PPZ. Setembro 2002 Pessoas afectadas Registo. Danos resultantes das actividades do campo de gás. 09.09.02 MICOA e Ministério das Obras Públicas Reunião. Conversações sobre habitações de substituição. 13.09.02 RTG Reunião. 17-18.09.02 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes das actividades do campo de gás. Outubro 2002 Proprietários de habitações afectadas (Campo de Gás) Entrevistas. Estrada de acesso e PPZ Outubro 2002 Pessoas afectadas Registo. Danos resultantes das actividades do campo de gás. 02.10.02 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes da exploração sísmica. 03.10.02 CIF Reunião. 03.10.02 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes das actividades da conduta de gás. 05.10.02 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes da exploração sísmica. 05.10.02 Pessoas afectadas Indemnizações. Danos resultantes das actividades da conduta de gás. 10.10.02 Pessoas afectadas (PL) Entrevista. Investigação efectuada a pedido das pessoas afectadas. 11.10.02 GdM Reunião. Conversações sobre o uso do direito de utilização. 14-16.10.02 Presidentes das comunidades locais Visita de campo / ao local de Temane. Realizada pelo SMRD, MICOA e Ministério das Obras Públicas. 17.10.02 Membros das comunidades Visita ao local Conversações com as comunidades referentes ao reassentamento das habitações. Danos resultantes das actividades do campo de gás. 5 as DATA QUEM FOI CONSULTADO ACTIVIDADE OBSERVAÇÕES Novembro 2002 Proprietários de habitações afectadas ( Campo de Gás) Entrevistas. Estrada de acesso e PPZ Novembro 2002 – até à data Pessoa afectada (PL) Entrevista e reuniões.. Investigação a pedido da pessoa afectada. Novembro 2002 Pessoas afectadas Registo. Danos resultantes das actividades do campo de gás. 09-11.12.02 Administrador Distrital, Inhasorro. Presidente de Local, Maimelane. Chefes locais, Temane. Membros das comunidades Vista de campo / ao local, Temane. Efectuada pelo SMRD. 14.11.02 Proprietários de habitações potencialmente afectadas Visita a Ressano Garcia. 21.11.02 Sr. Samuel Rovicene (MADER) Reunião. 21.11.02 CIF Reunião. 25.11.02 RTG Reunião. Dezembro 2002 Pessoas afectadas Registo. Danos resultantes das actividades do campo de gás. 08-10.01.03 Pessoas afectadas Registos em Manhice Danos resultantes de actividades do campo de gás 09.01.03 Presidente do Grupo de Trabalho Reunião Discutu-se o reassentamento e assuntos de compensação 20 – 22.01.03 Chefes comunitários e pessoas afectadas Visita de campo / estudo a Temane Realizada pelo SMRD 20 – 24.01.03 Chefes comunitários e pessoas afectadas Visita de campo / estudo a Temane Dovulgação de informação respeitante ao Programa de Substituição Sísmico de Árvores 29.01.03 Pessoas afectadas Pagamentos em Manice Realizados pelo SMRD 31.01.03 Pessoas afectadas Visita de campo a Chibuto Divulgação de informação )4.02.03 Grupo de Trabalho Reunião Reunião programada em que participaram S. Booysens e A. Potgieter 05.02.03 Pessoas afectadas Pagamentos em Manhice Realizados pelo SMRD 05.02.03 Pessoas afectadas Visita a Manhice Realizadas por S. Booysens e A. Potgieter 06.02.03 Adninistrador Distrital e pessoas afectadas Reunião em Magude Participaram nesta reunião representantes do SMRD, GLMC e ROMPCO e GOM 10 – 14.02.03 Chefes comunitários e pessoas afectadas Visita de campo / estudo e pagamentos em temane Realizadas pelo SMRD e GTZ 11.02.03 Representantes do Governo no terreno Discussões sobre progresso.i Discussões entre S. Booysens, S. Rovicene, T. Boaventura e E. Cunha 12.02.03 Comissão de Coordenação do Projecto Reunião Reunião programada 19.02.03 Grupo de Trabalho e pessoas afectadas. Também uma discussão com o Chefe de Posto de Chokwe Visita a Macaratane e áreas a norte do Rio Limpopo Visita ao local do Grupo de Trabalho, incluindo representantes do SMRD 20.02.03 Grupo de Trabalhoe pessoas afectadas Visita à área entre Macaratane, Sabie e a EN4 Visita do incluindo SMRD 03.03.03 Grupo de Trabalho Reunião Reunião 6 Grupo de Trabalho representantes do programada em que DATA QUEM FOI CONSULTADO ACTIVIDADE OBSERVAÇÕES 10.03.03 Pessoas afectadas Visita à obra em Temane para monitorizar o progresso da construçãio de habitações de substituição Realizada pelo SMRD 11.03.03 Pessoa afectada Visita ao local de Funhalouro para monitorizar o progresso da construção de habitações de substituição 27.03.03 Administrador Distrital e pessoa afectada Reunião em Magude Participaram o SMRD e GLMC 31.03 – 01.04.03 Pessoas afectadas Visita a Guija e Chokwe Realizada pelo SMRD 13.04.03 Pessoas afectadas Visita a Chokwe para monitorizar actividades de reassentamento Realizada pelo SMRD 08.04.03 Chefes comunitários e pessoas afectadas Pagamentos no local do campo de gás Realizados pelo SMRD 14.04.03 Chefes locais, Temane Visita a Temane para monitorizar actividades de reassentamento e discutir o progresso com chefes locais Realizada pelo SMRD 07.05.03 Administrador de Inhassoro e chefes locais Visita a Temane para monitorizar o progresso e discutir o reassentamento com o Administrador Distrital e chefes locais Realizada pelo SMRD 24.04.03 Pessoas afectadas Visita a Temane para monitorizar actividades de reassentamento Realizada pelo SMRD 24.04.03 Pessoas afectadas Visita a Ressano Garcia Realizada pelo SMRD 14.05.03 Pessoas afectadas em Ressano Garcia Visita ao local e discussões Realizada pelo SMRD 19.05.03 Chefes locais em Temane Visita a Temane para monitorizar actividades de reassentamento e discutir progresso com os chefes locais Realizada por S. Booysens, A. Potgieter e Z Qwemesha 19 – 21.05.03 Pessoas afectadas Pagamentos no campo feitos ao longo da rota da conduta de gás Realizados pelo SMRD 21.05.03 Administrador Distrital, Magude Reunião Realizada por SMRD 29.05.03 Pessoas afectadas Visita ao local e registos em Ressano Garcia Realizada por SMRD participou S. Booysens 7 SASOL ANEXO 5 Requisitos de campo e de área e de compras do Empreiteiro EPCM PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 93 Requisitos de campo e de área e de compras do Empreiteiro EPCM Acamp No Localidade Área Período de uso Uso anterior da terra e intervenção da GLMC Proedimento de Compras / Aquisições Compensção (Numerário) Compensasação Espécie) (Em Reabilitação 1 Magude (KP 430) 16 ha (400 m x 400 m). Área vedada é de 300 m x 300 m – restante actua como barreira corta fogo Maio 2002 – Agosto 2003 Uso da terra negociado directamente com o proprietário e o contrato assegurado com o Administrador Distrital. Não foi paga qualquer compensação uma vez que a terra foi distribuida nos termos de um decreto goveramental. A terra não foi adquirida permanentemente e sera devolvida na conclusão do projecto. Construiram-se salas de aula em Magude. Campos de futebol nivelados e nivelados. Foi providenciado o acesso sobre o rio Inkomati em Moamba. Estradas niveladas em vias comunitárias. Será feita a reabilitação de acordo com o Plano de Gestão Ambiental. A GLMC irá deixar os poços recorrendo às bombas manuais.Vedads 2 Magandene (KP 570) 16 ha (400 m x 400 m). A área vedada é de 300 m x 300 m – o restante actua como corta-fogo. Oujtubro 2002 – Setembro 2003 Mata virgem – sem casas nem nachambas. Ocorreram o desbravamento e limpeza.Nenhum melhoramento nas terras circundantes, excepto nas areas desminadas. Mata virgem – sem casas nem machambas. Foi feita a desminagem e desbravamento. Não houve melhoramentos na terra nas imedia,cões, somente entre as zones desminadas. O uso da terra foi solicitado directamente ao Administrador Distrital. Não foi paga qualquer compensação, uma vez que a terra foi distribuída em termos de um decreto governamental. A terra não foi adquirida permanentemente e sera devolvida na conclusão do projecto. Estradas comunitárias niveladas. A reabilitação sera feita e de acordo com o Plano de Gestão Ambiental. A GLMC vai deixar os poços e equipá-los com bombas manuais. 3 Funhalouro (KP 698) 16 ha (400 m x 400 m). A área vedada é de 300 m x 300 m – o restante actua como corta-fogo. Dezembro 2002 – Junho 2003 4 Mapinhane (KP 800) 16 ha (400 m x 400 m). Fenced off area is 300 m x 300 m – balance acts as fire break March 2003 – October 2003 Mata virgem – sem casas nem machambas. Foi feita a desminagem e desbravamento. Não houve melhoramentos na terra nas imedia,cões, somente entre as zones desminadas. Virgin bush – no houses or machambas. Demining and bush clearing occurred. No improvement in land in immediate area of camps, only within demined areas O uso da terra foi solicitado directamente ao Administrador Distrital. Não foi paga qualquer compensação, uma vez que a terra foi distribuída em termos de um decreto governamental. A terra não foi adquirida permanentemente e sera devolvida na conclusão do projecto. Estradas comunitárias niveladas. A reabilitação sera feita e de acordo com o Plano de Gestão Ambiental. A GLMC vai deixar os poços e equipá-los com bombas manuais. Use of land was requested directly from the District Administrator No compensation was paid as the land was allocated in terms of a Government decree. The land has not been acquired permanently and will be returned on project completion Graded community access roads Rehabilitation will be undertaken as per the approved Environmental Management Plan. GLMC will leave the boreholes and equip them with hand pumps SASOL ANEXO 6 Registo de Queixas Comunitárias PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 94 PROJECTO DE GÁS NATURAL No. Série & data Nome do reclamante Comunidade & Distrito REGISTO DE RECLAMAÇÕES ACTUALIZADO: 28 Abril 2003 Para 2003 Teor da Reclamação Acção que foi tomada Reacção da comunidade Observações & situação 032 3 de Outubro 2002 Sr Antonio Goulap Escreveu uma carta. Magude Alegadamente perdeu 37 cabeças de gado devido a danificação da vedação no seu curral. Também se queixou sobre danos sofridos num tanque. GLMC, a DA e a Sasol reuniram-se com o Sr. Goulap em 27 de Março. DA informou o Sr Goulap que tinha vendido algum gado e que esse gado não estava registado no Min. Agricultura. 039 14 DE Novembro 2002 Força de trabalho Nova Mambone Resolvido de forma favorável pela Group Five. ENCERRADO 040 12 DE Dezembro 2002 Amir, GLMC Posto fronteiriço de Ressano Garcia Pedido ( não é uma reclamação) para assistência no transporte para Nova Mambone nos fins de semana. Há transporte diário para Vilankulos e Inhassoro. Motorista da Truck Africa blobloqueou o posto ao recusar-se a estacionar na faixa devida com uma carga de tubagem. GLMC discutiu o assunto com a Truck Africa. Eventos semelhantes serão evitados no futuro. ENCERRADO 041 20 de Dezembro 2002 Sr Joao Lopes, um agriculto Propriedade localizada em KP 464+000 1) Ver no 047. Aceite que a GLMC irá restabelecer um lago em vez de indemnização pela perda do gado. DA deve examinar o 2) Vedação no seu rancho danificada e perdeu 37 cabeças de gado. Não está satisfeito com o acordo para guardas à entrada Sr Goulap não é o ocupante legal da terra.Os danos do tanque são pagos ao Estado. Aceitou o veredicto, mas disse que vai apresentar o seu pedido a outras instituições. O volume do lago deve ser determinado. O Sr. Lopes deve informar por escrito sobre as dimensões. Análise de atraso ENCERRADO ABERTO GLMC Monitoriza. As partes atingiram acordo. 121 dias D 1 PROJECTO DE GÁS NATURAL No. Série & data Nome do reclamante Comunidade & Distrito REGISTO DE RECLAMAÇÕES ACTUALIZADO: 28 Abril 2003 Para 2003 Teor da Reclamação da vedação. Maimelane Equipa de Desminagem (MMA) danificou uma parte da ponte que liga Mabime, Chiphongo e Mungonze com Maimelane. Empreiteiros da Sasol danificaram a ponte que liga Moamba a Sabie. Acção que foi tomada Reacção da comunidade Observações & situação Análise de atraso lago e agir como árbitro. 3 vacas para serem substituðas, mas o preço deve ser acordado. 042 22 de Janeiro 2003 Sr Ambrosio Chefe Comunitário MMA vai reparar a ponte para o seu estado original.Comunivcado à comunidade . 043 22 de Janeiro 2003 Operador na RESERVA DE Caça Brian King, na area de Sabie Moamba e Sabie 044 27 de Janeiro 2003 Membros Comunitários Mbeve, Manhica Construiram-se estradas que atravessam as suas propriedades, sem qualquer compensação. Ameaçam perturbar o movimento de camiões. 045 27 de Janeiro 2003 Chefe Religioso Mbeve, Manhica Exige pagamento de renda pelo uso da igreja para a Estrada provisória GLMC fez reparações à ponte na presença da DA e do Director Distrital das Obras Públicas. O responsável pela ligação fez uma explicação sobre a política de compensações. SMRD providenciou para o pagamento na semana de 27 Jan 03. Reunião com o cehfe religioso em 18 de Março. 046 Adminidtrador Inhassoro Trouxeram um grupo de Sr Louw tratou do Informar o Sr Ambrosio. ABERTO Foster Wheeler 88 dias F ENCERRADO Satisfeito ENCERRADO Sr Lawal vai informar o chefe religioso que não há renda a pagar. ENCERRADO ENCERRADO Sr.Lawal deve dar 2 PROJECTO DE GÁS NATURAL No. Série & data Nome do reclamante Comunidade & Distrito REGISTO DE RECLAMAÇÕES ACTUALIZADO: 28 Abril 2003 Para 2003 Teor da Reclamação 27 de Janeiro Distrital(DA) formandos de Vilankulo em Dez 2002 para treino urgente. Deviam de ser de Inhassoro. 047 27 de Janeiro 2003 Administrador Distrital(DA) 048 28 de Janeiro 20 Sr Mugumbe pelo Sr Antonio Rodriques de Almeida Área de Chiziane, Distrito de Chigubu Não recebeu compoensação pela perda de árvores 049 28 de Fevereiro 2003 Sr Antonio Joao Mucavel Maimelane 050 28 de Fevereiro 2003 Administrador Distrital Chokwe 051 28de Fevereiro 2003 Concessionários de gasóleo licenciados Não recebeu compensação por três perdas: 8 Mangueiras 2 Bananeiras 3 Papaeiras 27 Mandioqueiras Camionista causou danos a um poste eléctrico e a uma parede junto à ‘guest house”do Governo. Estão a perder negócios com a venda illegal de diesel. Suspeita-se que são camionistas. Magude Chokwe Sr Joao Lopesnão está satisfeito com a forma como a sua reclamação foi atendida (ver no 041) Acção que foi tomada Reacção da comunidade assunto com a Adcorp. Há mais pessoas a serem recrutadas de Inhassoro. Reunião com Sr Lopes, DA, GLMC e Sasol e Magude,em 6/2/03. Também se envolvweu o Chefe Local. Ver 041. SMRD está a investigar. Não conseguiram ainda encontrá-lo porque estava no hospital. Compensação a ser paga em Abril. feedback a DA. Observações & situação Análise de atraso ABERTO GLMC Deve monitorizar o acordo entre as partes. 83 dias ABERTO SMRD Será pago na primeira semana de Abril de 2003 ENCERRADO 82 dias GLMC vai obter cotações para um novo poste. ABERTO GLMC 52 dias GLMC discutiu o assunto com a Polícia e transportadora em 4 de Março. ENCERRADO D D F 3 PROJECTO DE GÁS NATURAL No. Série & data 052 28 de Fevereiro 2003 Nome do reclamante Comunidade & Distrito REGISTO DE RECLAMAÇÕES ACTUALIZADO: 28 Abril 2003 Para 2003 Teor da Reclamação Administrador Distrital Funhalouro GLMC está a recrutar pessoal de Gaza em vez de Funhalouro. 053 28 de Fevereiro 2003 054 3 de Março 2003 Direcção da Fazenda de Tabaco JFS Macarretane GLMC não repôs tubos de irrigação danificados. Observador da Sasol Estrada EN4 055 3 de Março 2003 Município Manhça Os camionistas ocupam quase toda a faixa da Estrada, forçando os outros motoristas a sair da Estrada à sua passagem. Aguarda ainda o pagamento da areia que foi retirada para a construção da Estrada para a CPF. As instalações não são tão boas como no acampamento 3 056 3 de Março de 2003 Trabalhadores da construção 057 3 de Março de 2003 Concelho Municipal e membros da comunidade 058 Pessoal da Direcção Acampamento junto ao cruzamento com o rio Sabie Chokwe Inhassoro, Camionistas estacionado na Estrada principal em Chokwe devido às chuvas na zona da montagem de tubos nos acampamentos 2 e 3. Discriminção contra Acção que foi tomada Reacção da comunidade GLMC decidiu recrutar 350 pessoas do Funhalouro para substituirem o pessoal de Gaza. A GLMC repôs os tubos. Observações & situação CLOSED ENCERRADO A GLMC discutiu o assunto com a transportadora e a Polícia em Março de 2003. ENCERRADO P Barnard informou o Empreiteiro para se reunir com o Município. ABERTO P Barnard S Lawal A GLMC vai tartar do assunto. ENCERRADO O Sr Octavio da Sasol reuniu-se com o Conselho e negociou um espaço temporário para estacionamento dos camionistas. Sr Louw falou com o Análise de atraso Todos satisfeitos com este arranjo. ENCERRADO Situação resolvida. ENCERRADO 49 dias D 4 PROJECTO DE GÁS NATURAL No. Série & data Nome do reclamante Comunidade & Distrito REGISTO DE RECLAMAÇÕES ACTUALIZADO: 28 Abril 2003 Para 2003 Teor da Reclamação 4 de Março de 2003 do Group 5 Vilankulo e CPF alguns empregados da direcção, no que respeita à habitação. 059 6 de Março 2003 060 6 de Março 2003 Comunidade Manhica e ao longo da EN1 Comunidade Manhica e ao longo da N1 061 6 de Marco 2003 062 6 de Março 2003 Comunidade Manhica e ao longo da EN1 As águas pluviais estão a acumula na Estrada de desvio da construção. Cabos eléctricos danificados por camiões deixando a comunidade sem electricidade. Ainda há solo escavado. Tem de ser limpo. Comunidade Manhica e ao longo da EN1 063 20 de Março 2003 Comunidade Pande 064 20 de Março 2003 Presidente do Município Vilankulo 065 25 March 2003 Comunidade Manhica Os camionistas estão a ocupar toda a Estrada forçando os outros motoristas a passar de lado. Há mais pessoas recrutadas de Temane do que de Pande. Os resíduos do projecto estão a ser largados na lixeira de Vilankulo, para sobrecarga do mesmo. O Empreiteiro não lhes pagou pelo trabalho no desvio da Estrada. Acção que foi tomada Reacção da comunidade Observações & situação Director de RH do Group 5 na África do Sul. Alguns foram transferidos de um lado para outro. P Barnard foi informado. ENCERRADO Reparado. ENCERRADO P Barnard foi informed. ABERTO P Barnard A GMLC discutiu o assunto com a transportadora e a polícia em 4 de Março de 2003. C Louw dicutiu o assunto com a Adcorp e o Sr. Domingos. Novos formandos serão de Pande. CPF terá a sua própria lixeira dentro de semanas. A lixeira municipal sera limpa. Piet Barnard foi informado. ENCERRADO ABERTO P Barnard Análise de atraso 49 dias F 49 dias G ENCERRADO ABERTA Foster Wheeler ABERTO P Barnard 37 dias G 32 dias C 5 PROJECTO DE GÁS NATURAL No. Série & data Nome do reclamante Comunidade & Distrito 066 25 de Março 2003 Administrador Distrital Simbie 067 25 de Março 2003 Dept. Provincial do Ambiente. Chibuto 068 2 de Abril de 2003 Administrador Distrital de Macarretane Sovela 069 2de Abril de 2003 M G Zimba Travessia fluvial. 070 2 de Abril de 2003 Administrador Distrital Morrumbene, Estrada entre T9 e Inhassoro 071 2 de Abril 2003 Administrador Distrital Morrumbene, Estrada entre T9 e Inhassoro 072 4 de Abril de Posto Administrativo Mapinhane REGISTO DE RECLAMAÇÕES ACTUALIZADO: 28 Abril 2003 Para 2003 Teor da Reclamação A comunidade está sem água desde que a GLMC fechou o acampamento 1 e removeu o gerador que movia a bomba de água. A reabilitação da ponte do Chibuto não foi feita de acordo com o precsrito com o Min. do Ambiente A comunidade não está satisfeita, porque o ROW atravessa o canal de água e a comunidade está peivada do abastecimento de água. Colheres e caixas de plástico descartáveis espalhadas em todo o lado. Pessoa morta num acidente, alegadamente envolvendo uma viatura de empreiteiro que não parou. Pessoa morta num acidente rodoviário, alegandamente envolvendo uma viatura de empreiteiro. Motorista não parou. Pedestre atropelado por um 4x4 Ford azul em 3 Acção que foi tomada A GLMC vai deixar a bomba eléctrica e a Sasol vai doar o gerador. Reacção da comunidade S Lawal informou DA em 25 de Março 2003. Observações & situação Análise de atraso ENCERRADO Cópia da carta a Piet Barnard e Marja Prinsloo. ABERTO Marja Prinsloo 32 dias F Informar R Lawson e GLMC. ABERTOi R Lawson 24 dias A Marja Prinsloo e Ron Lawson informados. ABERTO M Prinsloo 24 dias G A Polícia está a investigar, assistida por Foster Wheeler. Preocupante e negativo. ABERTO Foster Wheeler 24 Dias H A Polícia está a inestigar, assistida por Foster Wheeler. Preocupante e negativo. ABERTO Foster Wheeler 24 Dias H A Polícia está a investigar. Preocupante e negativo. ABERTO Foster Wheeler 24 Dias H 6 PROJECTO DE GÁS NATURAL No. Série & data Nome do reclamante Comunidade & Distrito 2003 073 14 de Abril de 2003 Administrador Distrital Funhalouro 074 14 de Abril de 2003 Administrador Distrital Ressano Garcia 075 14 de Abril de 2003 Posto Administrador Distrital Ressano Garcia 076 14 de Abril de 2003 077 24 de Abril de 2003 Posto Administrativo Ressano Garcia Sr Massinge Temane SR Massinge Temane 078 REGISTO DE RECLAMAÇÕES ACTUALIZADO: 28 Abril 2003 Para 2003 Teor da Reclamação de Abril, alegadamente conduzido por um empreiteiro. Não parou. A GLMC pediu para que alguns possam trabalhar no acampamento 3, mas não foi recrutado ninguém e está já a fechar. A equipa de construção não avisou as comunidades e escolas adjacentes anrtes da detonação. Isso causou pânico e confusão. A detonação na conduta causou rachas em edifícios, especialmente numa escola ali próximo As viaturas da construção as instakla,ões dp Chefe de Posto como rota. Foram identificadas necessidades comunitárias quanto à pecuária, equipamento agrícola, poços de água e poços de água e bombas e uma estrada ligando Temane e Cometela. Nada foi feito até agora. . Perdeu terras agrícolas. Acção que foi tomada Reacção da comunidade Observações & situação Análise de atraso 10 Dias C 10 Dias B 10 Dias B ABERTO 10 Dias B Falar com a Comissão de Desenvolvimento Social. ABERTO E Temba 4 Dias Social Devt Refer to SMRD OPEN 4 Dias 7 PROJECTO DE GÁS NATURAL No. Série & data Nome do reclamante Comunidade & Distrito 24 de Abril de 2003 079 24dee Abril 2003 Chefe Comunitário Moabsa REGISTO DE RECLAMAÇÕES ACTUALIZADO: 28 Abril 2003 Para 2003 Teor da Reclamação Foram-lhe dadas novas terras, mas não correspondem aos hectares perdidos e o local não está de acordo com o acordado. Pediu ajuda da Sasol para substituir o telhado da escola destruído pelo vento no recente ciclone. A comunidade vive muito próximo da conduta. Acção que foi tomada Remeter à Comissão Social Reacção da comunidade Observações & situação Análise de atraso Sarel Booyens D ABERTO E Temba 4 Dias Soc Devt Classificação das Queixas A B C D E F G H I Recursios Hídricos ROW afectando propriedades e pessoas Problemas laborais Indemnizações Transpore de mercadorias pesadas nas estradas Danos à infra-estrutura Ambiental Acidentes rodoviários Projectos de desenvolvimento social 8 PROJECTO DE GÁS NATURAL No. Série & data Nome do reclamante Comunidade & Distrito REGISTO DE RECLAMAÇÕES ACTUALIZADO: 28 Abril 2003 Para 2003 Teor da Reclamação Acção que foi tomada Reacção da comunidade Observações & situação Análise de atraso 9 SASOL ANEXO 7 Metodologia para determinação de valores de culturas perenes e anuais PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 95 Método de Avaliação de Culturas A ACER, em conjunto com representantes da Direcção Provincial da Agricultura, em maputo, visitou várias entidades dos Serviços Provinciais de Agricultura nas Províncias de Gaza e Inhambane, já que o Projecto de Gás Natural tem impactos potenciais nas três províncias, viz. Maputo, Gaza e Inhambane. Culturas anuais É comum avaliar as culturas anuais multiplicando o seu rendimento (kg/hectare) pela taxa comercial prevalecente. Contudo, deve ter-se em conta que a vasta maioria das áreas afectadas se encontram sob cultivo de subsistência ( também conhecido pelo sector familiar), não utilizam mão-de-obra assalariada e usam uma mistura de pacotes de sementes. Consequentemente, torna-se difícil determinar os custos de produção, já que não existem dados sobre a produção no sector artesanal. Utilizando os dados fornecidos do Sistema Nacional de Aviso Prévio do MADER e os custos de produção obtidos a partir do SIMA ( Sistema Nacional de Preços) e dos valores médios nas três províncias, foi possível calcular valores de indemnização. Nos casos em que os dados não se encontravam disponíveis numa determinada província ( nem todas as províncias produziram ou possuem dados sobre todas as culturas) utilizaram-se os dados disponíveris noutra província. Igualmente, nos casos em que se registam variações consideráveis de rendimento, por exemplo, em culturas tais como a do arroz e do ananaz, optou-se apenas pelos dados de produção e preços na província de maior produção, evitando assim problemas potenciais com agricultores a receberem menos do que os valores normais para a cultura específica. Cultura de árvores Dada a escassez de dados de produção em todas as províncias, e tendo em conta que a maioria das árvores são de idade mais ou menos semelhante ( mais do que 20 anos de idade), não foi possível aplicar valores baseados nas idades. Ao avaliar-se os montantes pagos para compensação por perda de árvores em diferentes projectos, decidiu-se adoptar os valores de 1999 pagos durante o processo de reassentamento associado ao empreendimento do Parque Industrial de Beluluane. Além disso, no caso da cana-doce e da banana optou-se pela utilização do cálculo do valor por pé (planta simples). No caso da canhueira (Marula) também se optou pelo pagamento das árvores em produção. Atendendo a que em projectos anteriores não foi aferida esta árvore em produção, decidiu-se por um valor simbólico. Os valores unitários foram originariamente considerados em Meticais, como foi detalhado na tabela que se indica a seguir. Os pagamentos foram aproximados para os 10 000.00 Mts mais próximos. Na sequência de uma decisão tomada pelo JTK (Grupo de Trabalho Conjunto) em Agosto de 2001, os valores unitários de cultura de árvores foram incrementados por um factor de 60% ( ver tabela a seguir). Em Outubro de 2001, contudo, este Grupo decidiu atribuir uma taxa de US Dólares para cada cultura. Estas taxas unitárias do US$ foram arredondadas para os US$ 0.50 mais próximos. Na data de pagamento, utilizando a taxa de câmbio corrente, converteram-se os Dólares em Meticais, sendo as cifras arredondadas aos 10 000.00 Mts mais próximos ( para facilitar os pagamentos em numerário). Cultura /unidade Província de Maputo Value (Mts) Cajueiro /árvore Mangueira /árvore Mafureira /árvore Larangeira /árvore Limoeiro /árvore Eucalipto /árvore Abacateira /árvore Casuarina /árvore Papaeira /árvore Coqueiro /árvore Canhueira/Marula /árvore Milho /hectare 1,500,000.00 Amendoim /hectare 7,650,000.00 Feijão /hectare 2,700,000.00 Mandioca /hectare 4,900,000.00 Arroz /hectare 3,150,000.00 Batata doce /hectare 3,000,000.00 Mapira /hectare 870,000.00 Mexoeira /hectare Ananaz /hectare 12,000,000.00 Ananaz /planta Cana-sacarina /pé 1,000.00 Banana /pé 125,000.00 Cabaz de culturas /hectare 5,000,000.00 Legumes /m2 7,500.00 2 Alho /m 30,000.00 *Supondo-se 35,750 plantas/hectare Província de Gaza Value (Mts) Iprovíncia de Inhambane Value (Mts) 1,500,000.00 7,050,000.00 2,950,000.00 4,900,000.00 6,000,000.00 3,000,000.00 1,035,000.00 930,000.00 12,000,000.00 3,000,000.00 6,600,000.00 1,900,000.00 4,900,000.00 1325,000.00 3,000,000.00 975,000.00 870,000.00 12,000,000.00 1,000.00 125,000.00 5,000,000.00 7,500.00 30,000.00 1,000.00 125,000.00 5,000,000.00 7,500.00 30,000.00 Valor recomendado (Mts) 849,000.00 2,240,000.00 928,125.00 1,260,000.00 630,000.00 700,000.00 800,000.00 100,000.00 10,000.00 849,000.00 300,000.00 2,000,000.00 7,125,000.00 2,515,000.00 4,900,000.00 6,000,000.00 3,000,000.00 952,500.00 900,000.00 12,000,000.00 335.00* 1,000.00 125,000.00 5,000,000.00 7,500.00 30,000.00 Será importante notar que no caso das culturas não listadas, mas aceites para efeitos de compensação, a respectiva informação é recolhida sendo depois tomada uma decisão avisada quanto a um valor de indemnização justo. Por exemplo, onde foram provocados danos a uma terreno de cultura de tabaco comercial, a empresa afectada foi solicitada a fornecer dados sobre a produção e preços, determinando-se assim um valor de compensação. Para infra-estruturas tais como tubagem de irrigação, vedações de currais, etc ( designadas por infreestruturas agrícolas) foram atribuídos valores de reposição, para além dos custos laborais, conforme o necessário. Nos casos em que ocorreram mortes de cabeças de gado utilizaram-se os preços correntes de mercado para a sua reposição. Fontes: Produção. ▫ Sistema Nacional de Aviso Prévio (1999). ▫ Unidade de Previsão e Monitorização, Família Nacional. ▫ Sistema de Aviso Prévio da Segurança Alimentar, FAO-GCPS/Moçambique Preços. ▫ Quente-Quente (Maio,2001): Informação Semanal de Mercados Agricolas no País, Região e Mundo, MADER-Direcção de Economia-DPTO. Estatística, Maputo. Consultas. ▫ Sra Tereza Boaventura (Direcção Provincial de Agricultura, Maputo). ▫ Sr. Elias Cuna (Direcção Provincial de Agricultura, Maputo). ▫ Sr.Paulo Munembwe (Serviços Provinciais de Agricultura, Gaza). ▫ Sr.Maurício Leonardo (Serviços Provinciais de Agricultura, Gaza). ▫ Sr.Lopes Manuel Paruque (Serviços Provinciais de Agricultura, Inhambane). ▫ Sr.Alfeu Come (Serviços Provinciais de Agricultura, Inhambane). Aumentos das taxas unitárias e taxas US$ aplicadas às culturas afectadas pelo Projecto de Gás Natural CULTURA UNID VALOR AUMENTO VALOR VALOR TOTAL ADE ORIGINAL 60% TOTAL AJUSTADO (Mts) (Mts) AJUSTADO (US$)1 (Mts) Cajueiro/Cashew /tree 849,000.00 509,400.00 1,358,400.00 60.37 Mangueira/Mango /tree 2,240,000.00 1,344,000.00 3,584,000.00 159.29 Mafureira/Natal Mahogany /tree 928,125.00 556,875.00 1,485,000.00 66.00 Laranjeira/Orange /tree 1,260,000.00 756,000.00 2,016,000.00 89.60 Limoeiro/Lemon /tree 630,000.00 378,000.00 1,008,000.00 44.80 Abacateira/Avocado /tree 800,000.00 480,000.00 1,280,000.00 56.89 Papaeira/Pawpaw /tree 10,000.00 6,000.00 16,000.00 0.71 Coqueiro/Coconut /tree 849,000.00 509,400.00 1,358,400.00 60.37 Canhueiro/Marula /tree 300,000.00 180,000.00 480,000.00 21.33 Eucalipto/Eucalyptus /tree 700,000.00 420,000.00 1,120,000.00 49.78 Casuarina/Casuarina /tree 100,000.00 60,000.00 160,000.00 7.11 Milho/Maize /ha 2,000,000.00 N/A N/A 88.89 Amendoim /ha 7,125,000.00 N/A N/A 316.67 Feij>o-Nhemba/Cowpeas /ha 2,515,000.00 N/A N/A 111.78 Mandioca/Cassava /ha 4,900,000.00 N/A N/A 217.78 Arroz/Rice /ha 6,000,000.00 N/A N/A 266.67 Mapira/Sorghum /ha 952,500.00 N/A N/A 42.33 Mexoeira/Sorghum /ha 900,000.00 N/A N/A 40.00 Batata-doce/Sweet potato /ha 3,000,000.00 N/A N/A 133.33 Anan>s/Pineapple /ha 12,000,000.00 N/A N/A 533.33 Pacote/Combination /ha 5,000,000.00 N/A N/A 222.22 Ananazeira/Pineapple fruit /fruit 335.00 N/A N/A 0.01 Cana-sacarina/Sugarcane /leg 1,000.00 N/A N/A 0.04 Bananeira/Banana /leg Horticolas Alho/Garlic 1 125,000.00 N/A N/A 5.56 /m 2 7,500.00 N/A N/A 0.33 /m 2 30,000.00 N/A N/A 1.33 Taxa de câmbio a 22,500.00 Meticais por 1US$,em 18 de Setembro de 2001, Standard Totto Bank, Maputo, Moçambique. Metodologia de compensação para árvores de importância económica (madeira) A compensação por perda de árvores de espécies florestais foi calculada de acordo com a tabela de concessão florestal em Moçambique, viz. Boletim da República, Terça-feira, 25 de Agosto de 1998, 1 Série-Número 33, 3º Suplemento. Utilizando este decreto e após confirmação da Unidade Inventário Florestal, compilou-se a tabela abaixo mencionada detalhando os valores de compensação aplicáveis a árvores de madeira. Estres valores são aplicados em Metivais, mas foram convertidos em US$ (utilizando a taxa de câmbio normal) para efeitos de comparação do presente RPIP. Designação Local Nome Botânico Designação Comum (sul-africana) Classificação Valor (Mts/m3) Valor (US$/m3) Chafuta Mecrusse, Cimbire Messasa Chacate Afzelia quanzensis Androstachys johnsanii Pod mahogany Lebombo ironwood 1a 1a 65,000.00 65,000.00 2.95 2.95 Brachystegia spiciformis Guibourtia conjugata Msasa Kleinbastermopanie 3a Precious 30,000.00 65,000.00 1.36 2.95 Nulo, Nunlu Pau preto, Chire Lunhane Sandalo Mondzo Tingare Tsandjanhovo Mbila Nala Balanites maughamii Dalbergia melanoxylon Albizzia brevifolia Spirostachys Africana Combretum imberbe Albizzia verzicolor Pterocarpus lucens Pterocarpus angolensis Albizzio forbesti Torchwood, fakkelhout Zebrawood, sebrahout Bergralsdoring Tambotie Leadwood, hardekool Grootblaarvalsdoring Doringkiat Kiat Breepeulvalsdoring 1a Precious 1a Precious 3a 1a 1a 1a 1a 65,000.00 65,000.00 65,000.00 65,000.00 30,000.00 65,000.00 65,000.00 65,000.00 65,000.00 2.95 2.95 2.95 2.95 1.36 2.95 2.95 2.95 2.95 SASOL ANEXO 8 Lista detalhada dos conteúdos dos Dossiers e CDs contendo Informação de reassentamento e Exploração Sísmica PROJECTO DE GÁS NATURAL DESENVOLVIMENTO DOS CAMPOS DE GÁS DE TEMANE E PANDE : GASODUTO MOÇAMBIQUE/SECUNDA VOLUME 1DE 4 : PROGRAMA DE PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO REASSENTAMENTO 96 Nível Primário Dossiers CD Nível Secundário Original assinado e folhas de registo completadas, recibos (onde disponíveis) e pagamentos. Dossiers marcados de acordo com a linha de corte, por exemplo, Corte 70, Reclamações 1-50, and Corte 70, Reclams. 51-113 Excel (Spreadsheet) Fotografias Nível Terciário Linhas de corte 1, 3, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 24, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 43, 44, 45, 47, 48, 69, 69BGP and 70 Reclamantes registados, listados por nome, incluindo referência de linha de corte, data de registo, identificação, referência fotográfica, leitura GPS, localização, chefes comunitáruos e outras observações. Reclamanets pagos, listados por nome, incluindo referência de linha de corte, identificação, referência fotográfica, data de pagamento e montante pago. Resumo do registo versus pagamento, fornece uma rápida referência sobre quem não recolheu o montante da indemnização. Registo das culturas, detalhes por reclamante, culturas perdidas e valor da indemnização conexa. Registo fotográfico dos registos e pagamentos.
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