4 Narciso e Orfeu
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4 Narciso e Orfeu
MITOLOGIA GRECO - ROMANA E A SOBREVIVÊNCIA DO MITO NOS TEMPOS MODERNOS MITOS DE METAMORFOSE E LENDAS HERÓICAS Narciso e Orfeu Só quem ousou tocar a lira, mesmo na escuridão sente o quanto inspira infinda louvação. Só quem, com os mortos, comeu de sua papoula marrom, nunca mais perdeu o mais leve tom. E quando no espelho do lago, a imagem se turva: fixa a figura. Somente no reino vago as vozes são curvas eternas e puras. (Rainer Maria Rilke, 1922: I.9) BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BACHELARD, Gaston. A água e os sonhos: ensaio sobre a imaginação da matéria. Tradução Antonio de Pádua Danesi.- São Paulo: Martins Fontes, 1997. BECKER, Udo. Dicionário de símbolos. Tradução Edwino Royer. – São Paulo: Paulus, 1999. BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia: histórias de deuses e heróis (a idade da fábula): texto integral. Tradução Luciano Alves Meira. – São Paulo: Martin Claret, 2006. COMMELIN, P. Mitologia grega e romana. Tradução Eduardo Brandão. 2ª. Ed. – São Paulo: Martins Fontes, 1997. ELIADE, Mircea. Imagens e símbolos: ensaio sobre o simbolismo mágicoreligioso. Prefácio Georges Dumézil. Tradução Sonia Cristina Tamer. – São Paulo: Martins Fontes, 1991. GAZZINELLI, Gabriela Guimarães. Fragmentos tradução). Belo Horizonte:UFMG, 2007. Órficos. (organização e JUNGUIANA, Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica. Números 23/2005 e 25/2007. São Paulo: Paulus. KURY, Mário da Gama. Dicionário de mitologia grega e romana. – 6ª. Ed. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001. LELOUP, Jean-Yves. O ícone: uma escola do olhar. Tradução Martha Gouveia da Cruz. – São Paulo: Editora UNESP, 2006. LURKER, Manfred. Dicionário de simbologia. Tradução Mario Krauss, Vera Barkow. – 2ª. – São Paulo: Martins Fontes, 2003. MORAES, Vinicius. “Orfeu da Conceição” (1956) In Poesia completa e prosa: volume único / organização Alexei Bueno. – Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998. RILKE, Rainer Maria*. Os sonetos de Orfeu / Elegias de Duíno. Tradução e seleção Karlos Rischbieter e Paulo Garfunkel. – Rio de Janeiro: Record, 2002. TAGORE, Rabindranath. Poesia mística (Lírica breve). São Paulo: Paulus, 2003. DISCOGRAFIA BLACK ORPHEUS. Trilha Sonora Original do filme ORFEU NEGRO de Marcel Camus. Editado pela primeira vez em maio de 1959. Reedição: junho de 2008. Uma árvore surgiu. Ascensão pura! Orfeu canta! A árvore é toda ouvidos. Tudo cala. Mas, da calma obscura, Nasce um começo; muda o sentido. Os animais saíram do transparente Bosque, deixaram ninho e covil; Então, o que se viu, foi que nem por ardil Nem por medo ficavam tão silentes: Tudo era ouvir. Uivar, gritar, bramir: não. Só a melodia. Onde antes Mal havia choça a receber o canto, Agora há um abrigo de forte quebranto, Com portais de colunas vibrantes; Ali criaste-lhes um templo da audição. (*I.1)