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Guia de Estudos FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA Programa de cooperação de Serra Leoa na área da educação Rafaella Homsi Galesi Ariadne Leite Pereira Marina Dutra Campinas-SP | Brasil | Setembro de 2016 UNICEF(FAMUN)/4/1 SUMÁRIO CARTA DE APRESENTAÇÃO .....................................................................................4 DOCUMENTO DE PROGRAMA NACIONAL .............................................................. 5 I. Introdução .................................................................................................... 5 II. Justificativa do Programa ............................................................................ 6 A. Orçamento do Programa .......................................................................... 6 B. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em Serra Leoa..................... 7 III. Desafios da Educação em Serra Leoa....................................................... 7 A. Capacitação profissional........................................................................... 8 B. Desigualdades regionais........................................................................... 9 C. Reinserção da sociedade no sistema educacional................................... 9 D. Trabalho infantil ...................................................................................... 10 E. Saúde e crises do Ebola ........................................................................ 10 IV. Efetividade do Programa ......................................................................... 12 V. Prioridades do Programa e Parcerias....................................................... 13 A. Prioridades.............................................................................................. 13 B. Parcerias................................................................................................. 13 VI. Referências.............................................................................................. 14 ANEXO....................................................................................................................... 16 Posicionamento das Representações........................................................... 16 Andorra ...................................................................................................... 16 Antígua e Barbuda..................................................................................... 16 Austrália..................................................................................................... 17 Bangladesh................................................................................................ 17 Bielorrússia ................................................................................................ 17 Bósnia-Herzegovina .................................................................................. 17 Botsuana.................................................................................................... 18 Burkina Faso.............................................................................................. 18 Camarões .................................................................................................. 18 China ......................................................................................................... 18 Colômbia.................................................................................................... 19 Cuba .......................................................................................................... 19 Dinamarca ................................................................................................. 19 El Salvador ................................................................................................ 19 Eritreia ....................................................................................................... 20 Estados Unidos da América ...................................................................... 20 Etiópia........................................................................................................ 20 Estônia....................................................................................................... 20 Finlândia .................................................................................................... 21 Índia ........................................................................................................... 21 Irã............................................................................................................... 21 Itália ........................................................................................................... 22 Japão ......................................................................................................... 22 Líbia ........................................................................................................... 22 Luxemburgo............................................................................................... 22 Nepal ......................................................................................................... 23 Países Baixos ............................................................................................ 23 Panamá ..................................................................................................... 23 2 UNICEF(FAMUN)/4/1 Papua Nova Guiné .................................................................................... 23 Reino Unido ............................................................................................... 24 República da Coreia .................................................................................. 24 Rússia........................................................................................................ 24 Serra Leoa ................................................................................................. 25 Suécia........................................................................................................ 25 Suíça.......................................................................................................... 25 Zâmbia....................................................................................................... 25 REFERÊNCIAS............................................................................................. 26 3 UNICEF(FAMUN)/4/1 CARTA DE APRESENTAÇÃO Prezados delegados, o comitê do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) dá as boas-vindas aos delegados que participarão do FACAMP Model United Nations (FAMUN)! A Mesa será composta por Rafaella Galesi, aluna do 4º ano de Relações Internacionais da FACAMP e Presidente do UNICEF durante o FAMUN; Ariadne Leite Pereira, aluna do 3° ano do curso de Relações Internacionais da FACAMP e Secretária do comitê; e Marina Dutra, aluna do 1º ano do curso de Relações Internacionais da FACAMP e Relatora do UNICEF. Nossa equipe está honrada e feliz por recebê-los nessa etapa, após um longo período de trabalho e pesquisa, para discussão do tema: Programa de cooperação com Serra Leoa na área da educação, que é de suma importância para o atual cenário de país. Nesse sentido, propomos que as discussões considerem o histórico do sistema educacional no país no período pós conflito, a fim de elaborar um plano de ação que contemple propostas para solucionar os principais desafios a partir de 2016. Nós esperamos que o comitê seja uma ótima oportunidade de aprendizado a todos os delegados, trazendo-lhes maior conhecimento sobre o funcionamento do UNICEF e a sua contribuição no processo de reconstrução de um sistema educacional. Desejamos a todos uma experiência enriquecedora e proveitosa! Um excelente FAMUN! Rafaella Homsi Galesi – Presidente Ariadne Leite Pereira – Secretária Marina Dutra – Relatora 4 UNICEF(FAMUN)/4/1 Nações Unidas UNICEF (FAMUN)/4/1 Distr.: Geral Conselho Econômico e Social 03 de setembro de 2016 Original: Português Redação: Ariadne Leite Pereira e Marina Dutra. Fundo das Nações Unidas para a Infância Conselho Executivo Sessão Anual 2016 03-06 de setembro de 2016 Programa de cooperação com Serra Leoa na área da educação DOCUMENTO DE PROGRAMA NACIONAL Serra Leoa I. Introdução 1. O presente Programa Nacional de cooperação Serra Leoa será apresentado para o Conselho Executivo do UNICEF para discussão e comentários. Espera-se que o Conselho entre em consenso na elaboração de um plano de ação para a área de educação em Serra Leoa. Dados Básicos População Infantil (em milhões, abaixo de 18 anos, meninos/meninas, 2012) Matriculados na escola primária (% bruto, ambos os sexos, 2013) 1.4/1.4 130* Trabalho Infantil (% 5-14 anos, meninos/meninas, 2010) 27/25 PIB per capita (US$, 2015) 693,4 População na linha da pobreza (%, 2011) 52,9 Fonte: Elaboração própria com base nos dados de UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 2 e THE WORLD BANK GROUP, 2016. • Os números podem superar 100% devido à inclusão de adultos fora da idade escolar. 5 UNICEF(FAMUN)/4/1 II. Justificativa do Programa 2. Serra Leoa está em um processo de reconstrução após um longo período de guerra civil (1991-2002). A estrutura institucional do Estado, que já era frágil, foi consideravelmente comprometida devido ao conflito e a seus desdobramentos. Atualmente, o país está na terceira fase do processo de reestruturação e já conta com alguns avanços. 3. Apesar disso, Serra Leoa ainda é um dos países mais pobres do mundo: em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) do país foi de US$ 4.475 milhões. Os dados mais recentes, de 2011, mostram que 52,9% da população vive na linha da pobreza (THE WORLD BANK GROUP, 2016). Nesse contexto, o programa para reestruturação do setor educacional do país precisa lidar com um contexto de restrição de recursos, devendo otimizar ao máximo o investimento existente. 4. A educação é uma das áreas prioritárias para a atuação do UNICEF em Serra Leoa, dando ênfase à reabilitação das escolas, à reconstituição da infra-estrutura e à capacitação nacional. Apesar dos avanços nos últimos anos, o sistema educacional de Serra Leoa permanece frágil: muitas escolas ainda estão em condições inadequadas, a manutenção da frequência escolar é um desafio e há uma desigualdade importante no acesso à educação entre meninos e meninas (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014). A. Orçamento do Programa 5. O orçamento do UNICEF para os programas nacionais é distribuído a partir dos componentes de cada programa. No caso de Serra Leoa são seis componentes: (a) sobrevivência infantil e desenvolvimento, (b) educação, (c) proteção infantil, (d) política social, planejamento, monitoramento e avaliação, (e) relações externas e advocacia, e (f) trans-setorial. O orçamento do programa 2015-2018 foi estimado em um total de US$ 241.365 mil. 6. O componente da educação deve receber US$ 56.500, sendo que desses, apenas US$ 6.500 terão origem do orçamento regular do fundo: os US$ 50.000 devem vir de outros recursos. Destaca-se, portanto, que o suporte financeiro ao programa de cooperação na área da educação em Serra Leoa depende, em grande medida, da obtenção de recursos extra-orçamentários, cuja origem com frequência depende de doações voluntárias ao Fundo (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2016). 6 UNICEF(FAMUN)/4/1 B. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em Serra Leoa 7. No ano de 2016, o governo de Serra Leoa renovou seu compromisso com a Educação de Qualidade, por meio dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Os ODS são metas lançadas pela ONU, para 2030, após a finalização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Ambos ODS e ODM buscam promover metas de desenvolvimento em vários setores, como combate à pobreza e proteção do meio-ambiente (RESIDENT COORDINATOR’S OFFICE, 2016). 8. A revitalização do sistema educacional no país tinha como fim chegar em 2015 com todas as crianças completando o ensino primário e, além disso, assegurar que não houvesse disparidades nos níveis escolares entre as crianças e jovens. No entanto, o programa de ação do país, realizado em cooperação com o UNICEF, indicava, em 2012, que o cenário do país era incipiente para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio na data prevista (RESIDENT COORDINATOR’S OFFICE, 2016). 9. Serra Leoa assumiu o compromisso de Educação de Qualidade, ODS 4, como uma das prioridades de sua agenda de desenvolvimento, mesmo com as dificuldades enfrentadas em relação aos ODM. O ODS em questão advoga prevê a garantia de igual acesso à educação de qualidade a todos e a promoção de oportunidades de longo-prazo no setor. A adaptação de tais elementos para Serra Leoa se foca, principalmente, na redução das disparidades em relação à gênero, à renda familiar e à localização no que diz respeito ao acesso à educação de qualidade (MINISTRY OF FINANCE AND ECONOMIC DEVELOPMENT, 2015, p. 26). 10. Para garantir o cumprimento das metas traçadas, o governo de Serra Leoa, em parceria com a ONU, tem buscado promover e disseminar conhecimento sobre o tema e garantir o engajamento da sociedade civil. Além disso, incorporou tais referências ao seu atual plano de desenvolvimento, a Agenda para a Prosperidade (RESIDENT COORDINATOR’S OFFICE, 2016). III. Desafios da Educação em Serra Leoa 11. A ênfase da atual fase do programa de cooperação com Serra Leoa na área da educação é a melhoria na qualidade do ensino oferecido aos alunos. A estratégia do UNICEF passa a se voltar para a superação de alguns desafios históricos, no que diz respeito a estruturação do sistema educacional nacional. Alguns dos principais pontos são destacados a seguir. 7 UNICEF(FAMUN)/4/1 A. Capacitação profissional 12. Conforme o programa de Serra Leoa avança, proporciona a ampliação no número de escolas e na quantidade de alunos matriculados. Entretanto, um gargalo estrutural torna-se cada vez mais importante: a falta de professores capacitados. 13. A quantidade de professores disponíveis no mercado de trabalho nacional ainda é baixa, em especial em áreas como Ciências, Matemática, áreas técnicas e de línguas estrangeiras. Tal cenário é o resultado de dois fatores: (i) a população com idade para ter cursado o ensino superior no país, devido à guerra civil, teve restrito acesso à educação, e (ii) há uma “fuga-de-cérebros” considerável entre a parcela da população que cursou o ensino superior, devido à falta de oportunidades em Serra Leoa (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2011, p. 44). 14. Faltam professores qualificados, tanto para o Ensino Superior quanto para a pré- escola. Isso limita a ampliação das taxas de matrícula, já que mesmo que haja infraestrutura falta o corpo docente adequado para que as escolas funcionem. 15. A falta de qualificação e treinamento dos professores disponíveis também prejudica a formação dos alunos atualmente matriculados nas escolas, dificultando a progressão destes. Estima-se que cerca de 40% dos professores de Serra Leoa sejam desqualificados para suas atividades (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 4). 16. Para contornar tal situação, o treinamento dos professores tem sido um tema de destaque, uma vez que o Fundo tem como objetivo o desenvolvimento da qualidade dos programas do sistema educacional de Serra Leoa. Nesse sentido, foram criados programas de qualificação que buscam treinar os professores, como, por exemplo o RAPID-ED, o CREPS (Complementary Rapid Education for Primary Schools) e o SABABU Education Project, que são responsáveis pela qualificação em menor tempo e à distância, uma alternativa para ampliar o número de profissionais em áreas mais afastadas e rurais (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2011, p. 12). 17. O governo de Serra Leoa, em parceria com o UNICEF e outras instituições, desenvolveu um programa para professores cujo objetivo é capacitar mais professoras, uma vez que estas representam grande parte do total dos educadores no país. Infelizmente, grande parte dos professores de escolas primárias não tem o suporte ou qualificação necessária para dar aulas (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2011). 18. Em relação a qualificação de profissionais, consta no programa de ação do país de 2012 do UNICEF que 80% dos 1.750 professores que participaram de um programa de 8 UNICEF(FAMUN)/4/1 qualificação a distância de cursos de treinamento aprenderam técnicas para suas escolas e receberam certificados (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2012, p. 5). Ressalta-se, com isso, que a educação é um importante componente de construção da paz, sendo os professores agentes cruciais nesse processo. B. Desigualdades regionais 19. Em Serra Leoa, há grande disparidade quanto ao número de escolas disponíveis na região rural e urbana. A maior parte dos recursos é destinada para os centros urbanos, que acaba concentrando o maior número de escolas e de profissionais preparados. É interessante notar que a área urbana concentra 85% do total de crianças que retomaram ou iniciaram seus estudos no pós-conflito (THE WORLD BANK GROUP, 2007, pp. 122-127). Contudo, a população de Serra Leoa ainda é predominantemente rural: em 2015, cerca de 60% dos serra-leonenses moravam no campo (THE WORLD BANK GROUP, 2016). 20. Para as escolas em meio rural, o principal desafio dessa inclusão é, não só garantir a ampliação no número de escolas, mas também a oferta de um ensino com qualidade semelhante ao oferecido nas cidades. Além disso, no campo, manter a frequência das crianças nas escolas é um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento dos programas educacionais: diante das condições precárias de vida nessas porções do país, o investimento das famílias (seja ele de recursos materiais ou tempo) acaba sendo reduzido (THE WORLD BANK GROUP, 2007, pp. 122-127). C. Reinserção da sociedade no sistema educacional 21. No cenário de pós-conflito, um dos maiores desafios de qualquer país é a reinserção dos indivíduos afetados diretamente pela guerra nas atividades sociais comuns, como a educação. 22. Em Serra Leoa, a maiorias das crianças e, especialmente, dos jovens passou grande parte ou toda sua infância sem frequentar a escola, pois os 11 anos de guerra civil impossibilitaram em grande medida o contato das crianças com a educação escolar. Havia o risco iminente de ataque às escolas e, mesmo que as crianças conseguissem chegar nelas, a maioria havia sido destruída (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2011, p. 8). 23. O programa educacional foi de resposta rápida, ou seja, atualizou crianças de 10 a 14 anos no que está relacionado ao conteúdo educacional que perderam enquanto lutavam 9 UNICEF(FAMUN)/4/1 na guerra civil, o que permitiu que elas voltassem a frequentar a escola normal após os 6 meses de curso intensivo. 24. Atualmente, o maior desafio do programa de cooperação nesse sentido é garantir que as crianças tenham acesso às escolas (elemento que vem obtendo bons resultados) e, principalmente, oferecer aos jovens afetados pela guerra (que na época eram crianças) oportunidades de cobrir as lacunas de ensino e de alcançar maiores níveis de escolaridade. Isso requer atenção especial aos Ensino Médio, Superior e Técnico: são eles os responsáveis por reinserir esses indivíduos na sociedade e no mercado de trabalho (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2011, p. 8). 25. Entre esses jovens afetados pela guerra, há um grupo ainda mais sensível: o das ex- crianças-soldado. Durante a fase inicial do programa de cooperação, houve um momento voltado exclusivamente para a desmobilização dessas crianças, fornecendo atividades educacionais com o intuito de facilitar sua reinserção na sociedade. As escolas recebiam incentivos para admitir ex-crianças-soldado, como mais materiais de apoio para o ensino das crianças (DEPARTMENT OF PEACEKEEPING OPERATIONS, 2003). D. Trabalho infantil 26. Em Serra Leoa, um dos maiores obstáculos à manutenção das crianças e jovens na escola é a pobreza do país. Com cerca de 52% da população vivendo na linha da pobreza, a renda das famílias com frequência depende da participação de crianças e jovens. 27. Em 2010, cerca de 27% dos meninos e 25% das meninas entre 5 e 14 anos estava envolvido em algum tipo de trabalho. A maior incidência nas áreas rurais, onde a baixa renda familiar costuma fazer com que as famílias incluam crianças e jovens nas atividades de geração de renda. Considerando que, em Serra Leoa, cerca de 60% da população ainda vive no campo, o quadro se torna preocupante (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 2). 28. Além disso, crianças e jovens, especialmente os órfãos ou que não vivem com seus pais biológicos, são mais suscetíveis à exploração sexual e à violência, apresentando grandes chances de se afastar da escola (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2011). E. Saúde e crises do Ebola 29. A abordagem integrada do programa de cooperação com Serra Leoa também leva em consideração fatores que indiretamente podem afetar a participação das crianças nas 10 UNICEF(FAMUN)/4/1 escolas. Entre eles, merece destaque a saúde que apresenta grandes desafios - como mortalidade infantil, desnutrição e epidemias - que afetam o pleno desenvolvimento das crianças e jovens e, consequentemente, sua capacidade de aprendizagem. 30. Mais de 2,7 milhões de crianças vivem em situação precária no país, sendo que Serra Leoa apresenta um dos maiores índices de mortalidade infantil do mundo: em 2013, 156 a cada 1.000 crianças abaixo de 5 anos morreram no país. A situação tem melhorado desde a execução de programas humanitários intermediados pelo UNICEF, mas permanece preocupante (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 3). 31. Os níveis de subnutrição extrapolam o limites estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e continuam crescendo. Em 2013, cerca de 38% das crianças abaixo de 5 anos tinham crescimento insuficiente para a idade e 80% das crianças entre 6 meses e 5 anos era anêmica (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 3). Tal condição prejudica o aprendizado, pois uma criança com um estado de saúde precário não tem condições para manter o conhecimento que lhe é passado durante as aulas (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2012, p. 4). 32. Mais da metade das mulheres em idade reprodutiva tem anemia e penas cerca de 20% ingerem ácido fólico durante a gravidez, o que prejudica o desenvolvimento da criança nos primeiros meses de vida (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2012, p. 4). 33. Os dados acerca do casamento e gravidez entre adolescentes também é alarmante: entre as jovens de até 18 anos, cerca de 50% estão casadas e cerca de 47% já tem filhos ou estão grávidas (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 4). Diante dessa realidade, manter o estudo para essas jovens é algo improvável e garantir o acesso de seus filhos à escola também é difícil. 34. O acesso à água potável encontra-se restrito a apenas 57% da população e a infra- estrutura sanitária é, de forma geral, ainda ineficiente, bem como as práticas de higiene nas casas e escolas (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 3). 35. O surto de Ebola que acometeu o país entre 2014 e 2015 teve sérios impactos na educação. Com a doença não só ampliou a mortalidade infantil, como a quantidade de crianças mortas devido à contaminação de um ou ambos os pais pelo vírus Ebola: para essas, permanecer a escola após a desestruturação da família é quase impossível. Além disso, muitas escolas foram fechadas nesse período, prejudicando a continuidade do ensino em muitas regiões. Nesse contexto, uma das iniciativas do UNICEF de disseminar os protocolos de higiene básica contra a doença impediram que crianças e professores fossem 11 UNICEF(FAMUN)/4/1 contaminados em ambiente escolar: cerca de 99% das escolas foram equipadas com kit de prevenção (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2015). 36. Além do Ebola, a malária foi uma epidemia que interrompeu o processo de aprendizagem das crianças nos últimos anos, pois o risco de contaminação é alto. O UNICEF faz campanhas para a medição de temperatura de todas as crianças quando estas chegam no início do dia. Ademais, 24.300 estações de limpeza de mãos foram doadas e 9.000 professores foram instruídos e treinados para prevenir a doença e também para acompanhamento psicossocial das crianças (MASON, 2015). IV. Efetividade do Programa 37. O programa de cooperação com Serra Leoa vem atingindo resultados importantes desde sua implementação. Entretanto, a universalidade da educação ainda é um objetivo a ser alcançado. 38. Em 2013, a taxa de matrículas no ensino primário foi de 130%, indicando a inclusão não só de crianças, mas também de outros grupos etários nesse nível de ensino. Em contrapartida, 24% dos matriculados não completam essa fase do ensino e 23% das crianças ainda estão fora da escola (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 3). 39. A maior defasagem vem das famílias de menor renda: estima-se que, em 2010, apenas 60% das crianças desse grupo estivessem matriculadas. 40. Os avanços do programa permitiram a redução (e quase extinção) da diferença entre o índice de meninas e meninos que frequentam a escola primária. Porém, essa disparidade persiste na escola secundária, onde o índice de frequência dos meninos é bem mais alto do que o de meninas, pois muitas vezes as meninas são obrigadas a interromper os estudos para que possam ajudar nos trabalhos domésticos (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 4). 41. O acesso à saúde e educação apresentou melhora em 57% do país, sendo mais representativo na área urbana (84%, contra 40% na área rural). Essas melhoras são consequência do aumento da construção e reforma de escolas no período de 2000 a 2010. No ano de 2010, 60% das crianças mais pobres, de 6 a 11 anos, foram incluídas no ensino primário (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 4). 42. O UNICEF tem contribuído com financiamento e a distribuição de uniformes para diversas escolas, ampliando os recursos disponibilizados para a educação no país (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 5). O suporte é essencial para o progresso das iniciativas na área da educação, já que atualmente, apesar do empenho governamental, 12 UNICEF(FAMUN)/4/1 apenas 20% do PIB é destinado à educação: quantidade insuficiente frente ao PIB nacional e aos desafios enfrentados (UNITED NATIONS EDUCATION, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2012, p. 1). V. Prioridades do Programa e Parcerias A. Prioridades 43. A base para a definição de prioridades é a garantia dos direitos das crianças serra- leonenses em parceria com o governo do país, instituições internacionais e agências multilaterais – sejam estes agentes públicos ou privados. Dessa forma, os programas de ação do país destinam seus recursos do orçamento a projetos específicos, que buscam atender determinadas necessidades do país. 44. Umas das prioridades do atual período do programa de cooperação é reforçar a construção de capacidades nacionais. Como demonstrado pelo presente relatório, Serra Leoa ainda precisa avançar na capacitação de profissionais, na universalidade da educação, na construção de instituições de níveis mais avançados de ensino, como o secundário e o superior (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 8). 45. Nesse sentido, uma das áreas que deve receber especial atenção do UNICEF é dar suporte ao monitoramento realizado pelo Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia de Serra Leoa sobre os dados do sistema de ensino nacional. A medida é fundamental para garantir que o país identifique suas áreas de maior dificuldade e crie planos de ação autônomos (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 8). 46. Outra ênfase do programa deve ser assistir o mesmo ministério no planejamento de programas de treinamento para os professores, de modo a garantir melhor capacitação a todos (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014, p. 8). B. Parcerias 47. O programa de cooperação com Serra Leoa depende, em grande medida, do estabelecimento de parcerias entre as instituições governamentais, órgãos e agências da ONU, organizações não-governamentais e setor privado. 48. O UNICEF conta com a parceria OMS e com a Global Partnership for Education, agência multilateral que atua no planejamento e no direcionamento do orçamento do Fundo. Além disso, conta com outras agências da ONU, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Programa das Nações Unidas para Ciência e Cultura 13 UNICEF(FAMUN)/4/1 (UNESCO), Iniciativa de Educação das Nações Unidas para Meninas (UNGEI, da sigla em inglês), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Organização das Nações Unidas para as Mulheres (UN Women). Tem ainda parceria com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), do grupo Banco Mundial. Todas essas parcerias são estratégicas para o Fundo e revelam o quão importante é o trabalho em conjunto na busca por soluções para o desenvolvimento sustentável contemporâneo. 49. O governo de Serra Leoa faz parcerias com organizações, como a Global Partnership for Education, para conseguir materiais e ajuda na reestruturação das escolas. Desse modo, parceiros como esse implementaram, junto ao Estado, planos no setor da educação com foco no fortalecimento do sistema educacional, na ampliação do acesso e na melhorara da qualidade do ensino. Com essa parceria, Serra Leoa recebeu um investimento de 17,9 milhões de dólares para serem utilizados entre 2014 a 2017, contribuindo com o funcionamento dos programas de ensino por rádio e televisão, por exemplo (GLOBAL PARTNERSHIP FOR EDUCATION, 2015). 50. Além disso, a parceria de Serra Leoa com a Global Partnership for Education contribuiu com cerca de 1,45 milhões de dólares para o setor na prevenção ao Ebola, com suprimentos e estações de lavagem de mãos em 5.970 escolas do país, beneficiando mais de 900.000 crianças (GLOBAL PARTNERSHIP FOR EDUCATION, 2015). 51. Ademais, em Serra Leoa, a Organização das Nações Unidas atua por meio de programas que, junto da inclusão escolar, também buscam garantir a segurança alimentar no país, visto que existem diversas dificuldades nesse sentido principalmente nos setores mais distantes de Serra Leoa; isso pois, sem os cuidados básicos, como a saúde e alimentação sejam resguardados, não existem condições que garantam o avanço na educação. À luz desse desafio, foi estabelecido uma parceria entre o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PAM) e o Ministério da Ciência e Tecnologia e Educação de Serra Leoa, resultando em um programa de apoio nacional de alimentação escolar que garantiu, em maio de 2016, que 326.000 crianças recebessem um pacote de alimentação para levar para suas casas, garantindo seu direito à alimentação – o que ajuda diretamente na frequência escolar infantil e contribuiu para melhorar os índices educacional e de saúde de Serra Leoa (WORLD FOOD PROGRAMME, 2016). VI. Referências DEPARTMENT OF PEACEKEEPING OPERATIONS. Lessons Learned from United Nations Peacekeeping Experiences in Sierra Leone. Peacekeeping Best Practices Unit: 14 UNICEF(FAMUN)/4/1 Department of Peacekeeping Operations, setembro de 2003. Disponível em: <https://www.pksoi.org/document_repository/doc_lib/SierraLeone_LL_Report_(S ep-03)1.pdf>. Acesso em 26.jul.2016. GLOBAL PARTNERSHIP FOR EDUCATION. “Sierra Leone”. In: Website oficial do Global Partnership for Education, 22 de setembro de 2015. Disponível em: <http://www.globalpartnership.org/country/sierra-leone>. Acesso em: 23.jan.2016. MASON, H. “In Sierra Leone, two Ebola survivors share a common bond – and a future together”. In: Website oficial do United Nations Children's Fund, 23 de abril de 2015. Disponível em: <http://www.unicef.org/infobycountry/sierraleone_81673.html>. Acesso em: 11.jun.2016. MINISTRY OF FINANCE AND ECONOMIC DEVELOPMENT. United Nations Sustainable Development Goals: the 2030 Agenda for Sustainable Devel- opment, Adaptation of the Goals in Sierra Leone, Progress Report, de- zembro de 2015. Disponivel em: <https://sustainabledevelopment. un.org/content/documents/1510Sierra%20Leone%20Progress%20Report. pdf>. Acesso em: 28.jun.2016. RESIDENT COORDINATOR’S OFFICE. “UN takes the SDGs to regional headquarter towns”. In: Website oficial do United Nations in Sierra Leone, 2016. 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Andorra está entre os cinco países que mais contribuem financeiramente com o UNICEF na área da educação, o que ressalta sua importância para as discussões (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2005). Antígua e Barbuda O país tem colhido bons resultados na área da educação a partir da implementação do Child Friendly School (CFS), um programa que busca engajar as comunidades nas atividades escolares: ao estimular a participação de alunos, pais e professores, o UNICEF e o governo tem conseguido superar obstáculos históricos como a manutenção da frequência escolar. A iniciativa pode ser um bom exemplo para Serra Leoa (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2016 a). 16 UNICEF(FAMUN)/4/1 Austrália Na área da educação, a Austrália se preocupa, principalmente, em combater as disparidades de gênero e de renda no acesso ao ensino. Entre os projetos desenvolvidos pelo UNICEF com apoio do governo australiano, estão o Programa de Educação Primária no Camboja, que promove a construção de pré-escolas, e o Programa de Suporte à Educação de base, nas ilhas Solomon, cuja ênfase é na ampliação da educação de base (UNICEF AUSTRALIA, 2016). Bangladesh Bangladesh, em conjunto com o UNICEF, vem desenvolvendo com sucesso o Life Skills Based Education: um programa de nível secundário que tem o objetivo de empoderar os jovens e prepará-los para os desafios mais comuns enfrentados no país. Entre as áreas priorizadas estão questões relacionadas à exploração física e psicológica, combate às drogas, orientação sexual e combate ao HIV/AIDS. A iniciativa é um bom exemplo para Serra Leoa (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014 b, pp. 1-3). Bielorrússia A Bielorrússia, em parceria com o UNICEF, criou uma série de programas que permitiram o estabelecimento de centros de educação inclusiva para crianças e jovens no país. O país apresenta especial ênfase na educação voltada à crianças com necessidades especiais: existem diversos programas de capacitação das famílias e das escolas para orientá-las no pleno desenvolvimento desse grupo de crianças (VARGAS-BÁRON; JANSON; MUFEL, 2009, pp. 8-9). Bósnia-Herzegovina Na área da educação, o país tem um cenário muito semelhante ao de Serra Leoa: a Bósnia-Herzegovina ainda lida com impactos provenientes da guerra civil do final dos anos 1990. A pobreza e a grande desigualdade do país geram disparidades importantes no acesso à educação. O maior desafio da Bósnia-Herzegovina é garantir maior equidade e qualidade do ensino nacional (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2010). 17 UNICEF(FAMUN)/4/1 Botsuana O UNICEF atua em Botsuana por meio de parcerias, na tentativa de incluir crianças e jovens no sistema educacional nacional, além de garantir a permanência desses nas escolas, com programas de saúde e prevenção a doenças como a AIDS. A redução da desigualdade no acesso à educação também tem sido uma prioridade do país. Ademais, grande ênfase tem sido atribuída às campanhas publicitárias de conscientização sobre a importância da educação (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014 d). Burkina Faso Burkina Faso, tem obtido sucesso em desafios semelhantes aos de Serra Leoa, como a promoção do acesso igualitário ao ensino. O país tem valorizado o modelo das Child Friencly School (CFS), escolas que buscam engajar a comunidade nas atividades de envino, promovendo a centralidade da educação. Além disso, tem investido em centros técnicos capazes de atrair jovens, retirando-os do trabalho em minas (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2013). Camarões O país ainda enfrenta problemas básicos na área da educação, como déficit de professores, materiais e infra-estrutura: as poucas escolas existentes estão superlotadas. Entretanto, Camarões tem, em conjunto com o UNICEF, implementado importantes iniciativas relacionadas à programas de educação para crianças refugiadas, provenientes da República Centro Africana e do Chad. Desse modo, o país evita que a estrutura nacional seja impactada pelo influxo de crianças e jovens (UNICEF CAMEROON, 2009, pp. 6-7). China Nas últimas décadas a China atingiu a quase universalidade nos ensinos primário e secundário. Entretanto, o país ainda enfrenta o desafio de garantir a qualidade dos serviços educacionais oferecidos: a disparidade entre escolas rurais e urbanas ainda é grande. Faltam recursos que permitam aos professores colocar em prática os treinamentos recebidos. As iniciativas que engajam a comunidade nas campanhas educacionais têm tido especial destaque (UNICEF CHINA, 2016). 18 UNICEF(FAMUN)/4/1 Colômbia A Colômbia vive uma realidade próxima à de Serra Leoa na época da guerra civil: o conflito entre o governo, grupos paramilitares e as FARC levou ao deslocamento, à morte e ao recrutamento de diversos jovens e crianças. O principal desafio do país é, frente às negociações de paz, garantir a reinserção dessas crianças no sistema educacional colombiano, cobrindo eventuais lacunas de aprendizado geradas pelo afastamento escolar (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2016 d). Cuba Cuba apresenta resultados expressivos na educação primária: cerca de 99% das crianças até 6 anos estão matriculadas na escola. O país desenvolveu uma estratégia integrada que envolve a oferta de ensino pré-escolar, centros de orientação para os país e serviços de saúde relacionados à infância. O programa “Ensine seu filho” capacita a família para que essa seja capaz de garantir o melhor desenvolvimento nos primeiros anos da criança. A experiência é um ótimo exemplo para Serra Leoa (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2016 b, pp. 9-13). Dinamarca O país é um dos principais contribuintes do UNICEF e tem como ênfase de sua estratégia de engajamento com o Fundo a promoção do ensino de qualidade. A Dinamarca valoriza a superação das disparidades no acesso à educação e investe na capacitação de professores nos programas em que participa. Além disso, o país dá ênfase em projetos que ofereçam acesso à educação em meio a crises humanitárias (MINISTRY OF FOREIGN AFFAIRS OF DENMARK, 2014). El Salvador El Salvador trabalha em parceria com o UNICEF para melhorar os índices de educação do país; para isso, o UNICEF El Salvador tem promovido alianças com diversos setores da sociedade além das instituições governamentais. O UNICEF El Salvador realizou 19 UNICEF(FAMUN)/4/1 uma parceria estratégica com a Salvadoran Network for the Right to Education para aumentar os níveis de investimento público em educação, além de promover campanhas para divulgar e incentivar os investimentos no setor (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2015). Eritreia Na Eritreia, as crianças têm sido o foco de programas educacionais em parceria com o UNICEF. O Complementary Elementary Education (CEE, da sigla em inglês) é um dos programas com enfoque no desenvolvimento das potencialidades infantil e juvenil. Além disso, a Eritreia é parceira da Global Partnership for Education e tem dado ênfase especial ao ensino inclusivo, que alcança crianças com necessidades especiais (RABBANI; TESFAGHEBRIEL, 2015). Estados Unidos da América Os EUA possuem um histórico de cooperação com Serra Leoa que data de 1961, ano de independência deste. Recentemente, os EUA aumentaram as contribuições financeiras para Serra Leoa após a crise de Ebola, em 2014: um total de US$ 300 milhões foram doados para intervenções de emergência e, aproximadamente, US$ 100 milhões para medidas e programas de recuperação no período pós Ebola. Os EUA também apoiam programas de manutenção da paz em Serra Leoa (US DEPARTMENT OF STATE, 2015). Etiópia Na Etiópia, o UNICEF atua em um programa de inclusão das crianças ao ensino da pré-escola intitulado Getting Ready for School: a Child-to-Child Approach, que permite que o Fundo desenvolva a inclusão das crianças mais jovens ao sistema educacional, bem como incentiva a capacitação técnica de professores. O programa tem como um dos principais objetivos engajar a comunidade nas atividades escolares (NILES, 2011). Estônia A Estônia vem reconstruindo seu sistema educacional por meio de uma estratégia nacional em três grandes áreas: desenvolvimento de um currículo nacional escolar adaptado 20 UNICEF(FAMUN)/4/1 às necessidades da nova economia do país; treinamento de professores com foco em práticas inovadoras e melhorando o chamado Vocacional Education and Training (VET) – estabelecendo mais de 40 centro regionais que buscam desenvolver as vocações dos jovens (CENTER ON INTERNATIONAL EDUCATION BENCHMARKING, 2016). Finlândia A Finlândia mantém, através do Conselho Finlandês para Refugiados, um programa de alfabetização de adultos em Serra Leoa, acreditando que a alfabetização promove o desenvolvimento social e incentiva a participação da população na tomada de decisão em suas comunidades. O programa alfabetiza adultos tanto em inglês quanto na língua nativa, ensinando temas básicos para a formação adulta, como nutrição, saúde e combate ao HIV/AIDS. Busca-se, sobretudo, fortalecer o sistema educacional através da participação da população civil (FINNISH REFUGEE COUNCIL, 2016). Índia Na Índia, o desafio do UNICEF, em parceria com o Estado, é garantir que o acesso básico à educação alcance toda população de crianças e jovens. A parceria busca a promoção de programas voltados à manutenção da frequência e permanência escolares A educação de garotas na Índia tem sido uma das grandes áreas de atuação do UNICEF no país e do próprio governo: a educação de qualidade é um direito básico e o Fundo busca garantir que ele seja uma prioridade governamental (DOLAN, 2005; UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014 a). Irã No Irã, os desafios do Fundo no desenvolvimento do sistema de educação são diversos. A parceria entre o UNICEF e o Irã busca utilizar os programas desenvolvidos para incluir as crianças principalmente no ciclo básico inicial; busca-se também conduzir iniciativas que garantam o resguardo aos direitos das crianças, principalmente das crianças refugiadas – uma área de atuação extremamente importante que busca diminuir as barreiras socioculturais e incluir efetivamente crianças refugiadas no sistema educacional iraniano (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2016 c). 21 UNICEF(FAMUN)/4/1 Itália O Directorate General for Development Cooperation da Itália está presente na África Subsaariana e, em 2014, realizou missões em países africanos, incluindo Serra Leoa. Os projetos são feitos para várias outras áreas além da educação. As universidades italianas também têm demonstrado interesse e promovido iniciativas para ajudar países africanos (MINISTERO DEGLI AFFARI ESTERI E DELA COOPERAZIONE INTERNAZIONALE, 2015). Japão O Japão contribuiu financeiramente com Serra Leoa em vários momentos: em 1998, contribuiu com 960 mil dólares para o Fundo das Nações Unidas para Serra Leoa, como apoio ao projeto Disarmament, Demobilization and Reintegration (DDR); em 2001, contribuiu com 3 mil dólares para o Fundo, para a reintegração de ex-combatentes; e 300 milhões de ienes em 2002 para a cooperar na prevenção de conflitos (OZAWA, 2004). Líbia O UNICEF, em parceria com o governo da Líbia, atua por meio de centros de políticas públicas, que promovem a busca pela educação de qualidade e da igualdade de gênero entre as crianças. Em 2013, o UNICEF lançou uma nova iniciativa na Líbia, liderada pelo Ministério de Educação da Líbia e implementada pelo UNICEF’S Teachers Development Centre, que busca prover educação de qualidade especialmente para as crianças mais afetadas pelos conflitos recentes e avançar as competências dos professores (UN NEWS CENTRE, 2013). Luxemburgo No país, a educação é gratuita e obrigatória dos 4 aos 16 anos. O ensino é bilíngue: na escola primária, as crianças são alfabetizadas em alemão, língua mais falada no país, mas as aulas do ensino médio e superior são ministradas, na maior parte das vezes, em francês. O sistema educacional é extremamente importante para o desenvolvimento socioeconômico, sendo bem planejado em níveis local e nacional: pode contribuir com boas 22 UNICEF(FAMUN)/4/1 práticas para Serra Leoa (MINISTÈRE DE L’ÉDUCATION NATIONALE, DE L’ENFANCE E DE LA JEUNESSE, 2013). Nepal Um dos principais desafios do país está ligado a manutenção do acesso à educação frente à instabilidades climáticas. O terremoto de 2015, por exemplo, não só gerou a destruição de infra-estrutura escolar, como levou ao afastamento de centenas de crianças e jovens das escolas. O UNICEF, em parceria com o governo nepalês, tem buscado promover iniciativas que cubram as lacunas de ensino geradas por tal contexto. O exemplo pode ser compartilhado com Serra Leoa (ARYAL, 2016). Países Baixos Os Países Baixos não contribuem diretamente para a educação em Serra Leoa; porém, contribuíram financeiramente para combater os surtos de Ebola no país (aproximadamente 61 milhões de euros). Além disso, Serra Leoa também recebeu suprimentos de apoio dos Países Baixos, como roupas protetoras, clínicas móveis e equipamentos, o que demonstra a importância da cooperação e ajuda do país para Serra Leoa (GOVERNMENT OF THE NETHERLANDS, 2016). Panamá O país tem desenvolvido um programa chamado “Jornada Escolar Estendida Para Todos”, que estende o período diário escolar para oito horas, buscando garantir que as crianças, ao ficarem na escola em período integral, tenham oportunidades para estudos complementares e maior integração em um ambiente sócio-educativo. O programa desenvolve habilidades artísticas, culturais e esportivas, além das aulas regulares (GOBIERNO DE LA REPÚBLICA DE PANAMÁ, 2012). Papua Nova Guiné O Ministério da Educação de Papua Nova Guiné realizou diversos planos de educação; dentre eles, o Achieving a Better Future, entre 2005 a 2014 no país, que tem como 23 UNICEF(FAMUN)/4/1 objetivo proporcionar nove anos de educação básica para todas as crianças e jovens. Os que completam os nove anos recebem uma contribuição financeira do Estado para continuarem seus estudos. Este plano faz parte de uma estratégia governamental de médio prazo e Papua Nova Guiné tem muito a oferecer para a discussão com suas experiências (PAPUA NEW GUINEA DEPARTMENT OF EDUCATION, 2004). Reino Unido O Department for International Development (DFID) do Reino Unido tem um programa específico de cooperação com Serra Leoa. Esse programa age diretamente no país e suas metas são, principalmente, inserir 51 mil meninas na escola secundária e garantir o término de 60 mil crianças da escola primária, além de outras metas relacionadas à saúde e ao combate à gravidez na adolescência (DEPARTMENT FOR INTERNATIONAL DEVELOPMENT, 2012). República da Coreia A República da Coreia tem um sólido sistema de ensino, mas enfrenta sérios problemas com o excesso de competitividade que, por vezes, leva ao suicídio infantil. O país ainda lida com questões como a marginalização de crianças com necessidades especiais e cultural de punição física nas escolas: fatores que acabam levando ao afastamento escolar. Algumas iniciativas de combate à tais questões podem ser reproduzidas em Serra Leoa (HUMANIUM, 2016). Rússia O UNICEF, em parceria com a Rússia, promove programas de cooperação para expandir os direitos das crianças no país, uma vez que, em 2010, mais de 500.000 crianças ainda não tinham acesso ao sistema básico de ensino. O UNICEF Rússia atua em parceria estratégica com organizações não-governamentais, com destaque para o trabalho conjunto na inclusão de crianças com necessidades especiais na sala de aula e na criação de um ambiente de tolerância e de respeito na comunidade civil (GORBATCHOVA, 2008). 24 UNICEF(FAMUN)/4/1 Serra Leoa Serra Leoa apresentou importantes avanços na educação nos últimos anos, mas ainda enfrenta desafios importantes. A principal ênfase atualmente é garantir a qualidade do ensino a todos os matriculados: disparidades consideráveis ainda são registradas entre escolas urbanas e rurais, por exemplo. O programa de cooperação com o UNICEF tem priorizado iniciativas de ensino que envolvem o engajamento das comunidades (UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 2014 c). Suécia Na Suécia, a educação é compulsória e gratuita para todas as crianças por nove anos, iniciando no ano em que completam sete anos de idade. Além disso, é oferecido apoio escolar a todas as crianças de 6 a 13 anos, fora do horário normal de aula; o sistema educacional é regulado pelo Swedish Education Act e há uma agência nacional que comanda a administração dos objetivos educacionais postos pelo governo e parlamento do país, a Agency for Education (Skolverket) (SWEDISH INSTITUTE, 2015). Suíça A Suíça, assim como Serra Leoa, tem mais de uma língua oficial. Assim, as crianças são alfabetizadas na língua de sua região, porém, também aprendem uma segunda língua falada no país, assim como o inglês. Na Suíça, o ensino superior é oferecido inteiramente pelo Estado e há uma estratégia nacional de fortalecimento do sistema educacional guiado pela ação estatal; busca-se garantir a equidade e a educação para todos com legislações como a Intercantonal Agreement on Harmonisation of Compulsory Education (HarmoS Agreement) (WOLTER et al, 2014). Zâmbia O UNICEF atua na Zâmbia com o objetivo de fortalecer a educação no ensino primário e a inclusão de crianças, principalmente das áreas rurais e do gênero feminino. O programa atua em três focos: Cuidados na Primeira Infância e Educação para o 25 UNICEF(FAMUN)/4/1 Desenvolvimento (ECCDE), qualidade da Educação Básica e o terceiro, HIV e SIDA e Vida, Habilidades e Educação (UNICEF ZAMBIA, 2016). REFERÊNCIAS ARYAL, M. “After the earthquake, achoolchildren in Nepal adjust to a new reality”. In: Website oficial do United Nations Children’s Fund, 21 de abril de 2016. Disponível em: <http://www.unicef.org/infobycountry/nepal_90975.html>. Acesso em: 13.ago.2016. DEPARTMENT FOR INTERNATIONAL DEVELOPMENT (DFID). Summary of DFID’s Work in Sierra Leone: 2011-2015, Junho 2012. Disponível em: <https://www.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/fil e/67405/sierra-leone-2011-summary.pdf>. Acesso em: 27.jul.2016. DOLAN, S. “Empowering girls through education in India”. 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