creio em jesus cristo, nosso senhor

Transcrição

creio em jesus cristo, nosso senhor
Encontros para os Grupos Bíblicos em Família
Tempo Comum – 2013
ANO DA FÉ
Arquidiocese de Florianópolis
SUMÁRIO
Apresentação ...................................................................................................... 3
Orientações para os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família......... 4
Celebração inicial: Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé............................... 6
1º Encontro: Creio em Deus Pai.................................................................... 12
2º Encontro: Creio em Deus Pai, todo-poderoso........................................... 17
3º Encontro: Creio em Deus Pai, criador do céu e da terra........................... 22
4º Encontro: Creio em Jesus Cristo, filho único de Deus ............................. 27
5º Encontro: Creio em Jesus Cristo, nosso Senhor...................................... 31
6º Encontro: Creio em Jesus Cristo, que foi concebido pelo poder
do Espírito Santo...................................................................... 36
7º Encontro: Creio em Jesus Cristo, que nasceu da Virgem Maria . ............ 41
8º Encontro: Creio em Jesus Cristo, que padeceu sob Pôncio Pilatos ........ 46
9° Encontro: Creio em Jesus Cristo, que foi crucificado,
morto e sepultado..................................................................... 52
10º Encontro: Creio em Jesus Cristo, que desceu à mansão
dos mortos e ressuscitou ao terceiro dia.................................. 58
11º Encontro: Creio em Jesus Cristo, que subiu aos céus, está sentado
à direita de Deus Pai, todo-poderoso.............................................63
12º Encontro: Creio em Jesus Cristo, que virá julgar os vivos
e os mortos............................................................................... 67
13º Encontro: Creio no Espírito Santo............................................................. 72
14º Encontro: Creio na Igreja Católica............................................................ 77
15º Encontro: Creio na comunhão dos santos................................................ 84
16º Encontro: Creio na remissão dos pecados............................................... 89
17º Encontro: Creio na ressurreição da carne................................................. 94
18º Encontro: Creio na vida eterna.................................................................. 99
Anexo 1: Ano da Fé............................................................................... 104
Anexo 2: Mensagem de acolhida – Diocese de Crato, CE.................... 106
Anexo 3: Rumo ao 13º Encontro Intereclesial das CEBs...................... 107
Anexo 4: Oração do 13º Encontro Intereclesial das CEBs.................... 108
Anexo 5: Leitura Orante da Palavra de Deus........................................ 109
Equipe de Elaboração, Revisão e Editoração.................................................. 110
Equipes de Articulação......................................................................................111
Avaliação.......................................................................................................... 113
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APRESENTAÇÃO
O Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI para 2013, tem como
objetivo celebrar os 50 anos do início do Concílio Vaticano II e os 20 anos
da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Por este motivo, o livreto dos
Grupos Bíblicos em Família no Tempo Comum terá um esquema um pouco
diferente dos anteriores. Cada encontro terá como tema uma verdade de fé
proclamada no Credo. Haverá sempre um fato da vida, um texto bíblico e uma
reflexão a partir do Catecismo.
Tenho certeza de que os textos apresentados ajudarão os Grupos Bíblicos em Família a vivenciar com maior intensidade o Ano da Fé.
Com Paulo VI queremos repetir: “Renova em mim o dom da fé recebido
no Batismo, confirmado na Crisma, reanimado em cada Eucaristia. Que eu
viva alicerçado na tua Palavra e que por ela me sinta exortado à fidelidade.
Diante de tua presença, professo que creio, mas aumenta a minha fé”.
Florianópolis, maio de 2013.
D. Wilson Tadeu Jönck
arcebispo
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ORIENTAÇÕES PARA OS ANIMADORES
E ANIMADORAS DOS GRUPOS BÍBLICOS
EM FAMÍLIA
Os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família exercem
um ministério bonito e importante na nossa Igreja arquidio­cesana. As orientações sejam vistas como lembretes, como ajuda na sua missão de dinamizar
o funcionamento dos Grupos:
1. CELEBRAÇÃO INICIAL: Prepará-la bem. Reunir os vários grupos
da comunidade ou da paróquia para fazê-la em comum.
2. AMBIENTE: É muito importante usar a criatividade, preparando bem
o ambiente, com alguns símbolos que ilustrem a ideia central do encontro.
– Símbolo forte, que deveria estar sempre presente, é a casinha, porque
identifica os Grupos Bíblicos em Família como “Igreja nas casas”,
lembrando as primeiras comunidades cristãs.
– A Bíblia não pode faltar, porque é a fonte inspiradora de toda oração,
reflexão e proposta de ação do grupo. É importante que todos os
participantes a levem sempre, e que se acostumem a ler com antecedência o texto proposto para cada encontro.
3. CANTOS: Quando não são conhecidos, poderão ser rezados, ou
substituídos por outros que o grupo conhece.
4. TAREFAS DO ANIMADOR(A): Envolver todos os participantes,
distri­buindo responsabilidades. Dar atenção especial aos jovens e crianças.
Apresentar os novos membros ao grupo. Promover um clima de acolhida e
bem-estar para todos.
5. GRUPOS GRANDES: Quando o grupo for muito grande, a ponto de
dificultar a participação ativa de todos, propomos que alguns membros, já bem
familiarizados com a vida dos grupos, se dispo­nham a iniciar novos grupos,
colaborando com a propagação do anúncio da Palavra de Deus e desta prioridade da arquidiocese na sua paróquia ou comunidade.
6. QUESTÕES DA COMUNIDADE: Trazê-las para o grupo, conversar
sobre elas. Lembrar as necessidades materiais e espirituais da comunidade
(água, esgoto, lixo, calçamento, policiamento, controle do tráfico e uso de drogas, violência, locais para celebrações e de lazer, etc), a fim de que o grupo
esteja sempre atento, valorizando a vida e colaborando com o bem-estar da
comunidade.
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7. COMPROMISSOS: Insistir neles, a fim de que a vida do grupo não
fique restrita àquela hora do encontro e desligada da realidade. Se o compro­
misso sugerido para um encontro for difícil de ser executado, escolha-se outro.
O importante é ligar sempre oração, reflexão e ação.
8. CONTINUIDADE: Manter o grupo unido e articulado, motivando-o
a dar continuidade aos encontros durante todo o ano. A equipe de redação
prepara um livreto para os encontros de cada tempo litúrgico do ano, ou seja:
Advento e Natal; Quaresma e Páscoa; Tempo Comum.
9. PLANEJAMENTO PAROQUIAL: Para o bom funcionamento dos GBF
em nível paroquial é necessário que o nosso planejamento esteja contemplado
no planejamento paroquial.
– É importante que os coordenadores e animadores se reúnam e
tracem um planejamento para todo o ano, com reuniões pe­riódicas
na comunidade e em nível paroquial; formação para animadores
e animadoras; temas de estudos; celebrações e lançamento dos
livretos, conforme o tempo litúrgico.
10. AVALIAÇÃO: É importante fazer a avaliação dos encontros do livreto.
Este livreto trouxe um novo roteiro. pedimos sua colaboração, enviando-nos
sua opinião, que é muito importante e para a equipe de elaboração e re­visão.
É avaliando que se aprende a melhorar a qualidade do nosso trabalho de
evangelização. Faça a avaliação no grupo, seguindo o questionário que está
no final do livreto, dê sua opinião e envie para:
Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família
Rua Esteves Junior, 447 – Centro
CEP: 88015-130 – Florianópolis/SC
E-mail: [email protected]
Obrigada pela sua valiosa colaboração e bom trabalho!
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Celebração inicial
CREIO, SENHOR, MAS
AUMENTAI A MINHA FÉ
“Jesus disse a um dos leprosos: Levanta-te e vai!
Tua fé te salvou” (Lc 17,19).
Símbolos: Bíblia, uma vela grande e preparar mais
velas para oração final, casinha, fotos de família,
cartaz do livreto. Outros símbolos possíveis:
Catecismo antigo de 1ª comunhão, livro de
Catequese, Catecismo da Igreja Católica, outros
documentos da Igreja.
Acolhida: Pelas pessoas da casa, ou pelo(a) animador(a).
Motivação e oração
Animador(a): Irmãos e irmãs, graça e paz da parte de Deus Pai, nosso
cria­dor, de Jesus Cristo, nosso salvador, e do Espírito Santo, nosso
santificador!
Todos(as): Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.
A: Em comunhão com a Igreja, saudemos a Santíssima Trindade, dizendo
juntos: Em nome do Pai...
(Enquanto entoamos o Hino dos Grupos Bíblicos,
entram os símbolos preparados, exceto a Bíblia e a vela)
Canto: 1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram em torno da Bíblia,
Palavra de Deus. Refletem, conversam, e rezam, e cantam, na prece
entrelaçam a terra e os céus.
/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/
2. Igreja nas casas! O centro é a Bíblia, resposta divina a humanas
questões. Assim, a oração, reflexão da Palavra, motiva e orienta
concretas ações.
A: Com o ânimo sempre renovado, estamos celebrando o Ano da Fé. Foi um
convite que o Papa Bento XVI fez a todos os católicos do mundo inteiro,
com início em 11 de outubro de 2012 e conclusão em novembro desse
ano, na Solenidade de nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
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T: Ao celebrarmos o Ano da Fé, estamos comemorando 50 anos da
abertura do Concílio Vaticano Segundo e 20 anos do Catecismo da
Igreja Católica.
Canto: /: Jesus Cristo é o Senhor, o Senhor, o Senhor. Jesus Cristo é o
Senhor, glória a ti, Senhor! :/
A: O Catecismo da Igreja Católica nos diz que a fé é uma adesão pessoal
e total a Deus. É um ato de confiança de nosso coração e de nossa
mente em Deus.
T: Para o cristão, crer em Deus é, inseparavelmente, crer naquele que
ele enviou, “seu Filho amado, no qual ele pôs todo o seu agrado”
(Mc 1,11) e nos mandou que o escutássemos.
A: Jesus também disse aos seus discípulos: “Credes em Deus, crede
também em mim” (Jo 14,1). E crer em Jesus Cristo é o mesmo que crer
em Deus, pois Jesus Cristo é Deus, o Filho eterno de Deus-Pai.
Canto: /:Jesus Cristo ontem, hoje e sempre, ontem, hoje e sempre,
aleluia! :/
A: Deus nos fala, nos conhece, e nos chama pelo nome. Mostra-nos o seu
amor e misericórdia, para segui-lo nos mais diferentes caminhos. Pelo
batismo e pela fé devemos dar testemunho de seu chamado, colaborando na realização de seu Reino. Rezemos, cantando:
Canto: /: Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade,
pra viver no teu amor, pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor.
Eis-me aqui, Senhor! :/
1. Ponho a minha confiança no Senhor, da esperança sou chamado a ser sinal. Seu ouvido se inclinou ao meu clamor, e por isso
respondi: Aqui estou!
Fato real
Leitor(a): Amaro e Maria Aparecida formam um casal feliz. Começaram sua
vida no interior do Estado, longe da agitação de cidade grande. Vieram
os filhos, três meninos e uma menina.
A religiosidade e a fé em Deus sempre estiveram presentes naquela
família. A reza do terço era a oração preferida do casal. Aos domingos,
guardavam o próprio dia do Senhor. Todos iam à capela da Comunidade
e participavam da missa dominical.
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O tempo foi passando. Os meios de sobrevivência já estavam ficando
escassos. Resolveram, então, se mudar para a cidade, onde teriam como
viver melhor. Com esforço, Amaro conseguiu arranjar um emprego digno.
Surgiram outras dificuldades. Mesmo assim, o casal não abandonou
sua fé. Amaro e Cida procuraram a capela da nova comunidade, para
preencher a vida participando das celebrações dominicais.
Apesar da vida de fé que levavam, não conseguiram evitar que a cidade
grande oferecesse aos filhos outra vida. Já crescidos, eles tomaram
outros rumos, os mais diversos, até abandonaram a Igreja. Dois já
formaram novas famílias, conseguiram andar por caminhos decentes.
A menina também cresceu, ficou adulta, trabalha num supermercado.
Um dos filhos, porém, o Mário, enveredou por caminhos tortos. Não
venceu a tentação das drogas, e, em consequência, sendo dominado
por outros males, caiu num “poço profundo”, deixando a casa que lhe
oferecia paz e serenidade. Amaro e Maria Aparecida agradecem a Deus
pelas graças recebidas e rezam muito na esperança de que, um dia,
Mário volte para junto de sua família, recebendo o afeto de todos.
Canto: /: Abençoa, Senhor, as famílias. Amém. Abençoa, Senhor, a minha
também. :/
A Palavra de Deus ilumina
A: A Oração dos Grupos Bíblicos em Família diz
que nossos encontros bíblicos nos preparam
para o domingo, dia do Senhor, quando somos
convidados a nos reunir ao redor de seu altar.
T: Também diz: Ali, Jesus se oferece ao Pai por
nós e nos alimenta com sua Palavra e com
o Pão da vida; ali aprendemos que amar é
assumir a cruz de cada dia.
A: Vamos nos preparar para ouvir a Palavra de Deus, no Evangelho de
Lucas.
(Enquanto cantamos, vamos trazer a Bíblia e a Vela acesa)
Canto: Teu povo aqui reunido procura vida nova. Tu és a esperança, o Deus
que nos consola.
/: Fala, Senhor, fala da vida. Só tu tens palavras eternas,
queremos ouvir. :/
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Leitor(a) da Palavra: Leitura do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas
17,11-19.
(Momento de silêncio para interiorizar a Palavra)
A: Vamos contar com nossas palavras o que diz o texto.
a) O que Deus quer dizer para nós neste texto?
b) O que existe de comum entre o texto de Lucas que acabamos de ler
e o texto do fato real?
(Tempo para conversar)
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: Na sua caminhada, Jesus acolhe doentes, mulheres, aflitos, leprosos e
marginalizados. Desperta muita admiração pelas palavras que profere
com sabedoria e autoridade.
L 1: A fé, dom gratuito de Deus e acessível a todos os que pedem com humildade, é virtude necessária à nossa salvação.
L 2: A Igreja, embora formada por pessoas de diferentes línguas, culturas e
ritos, professa uma só fé recebida de um só Senhor, Deus Pai, Filho e
Espírito Santo.
T: Cremos, portanto, com um só coração e com uma só alma, em tudo
o que está contido na Palavra de Deus, transmitida oralmente ou
escrita.
A: Nos textos que foram refletidos, vimos o quanto os personagens, tanto
do fato real, quanto bíblico, foram movidos pela fé no Senhor Deus.
L 3: No texto de São Lucas, a fé foi manifestada na gratidão de um leproso
ao perceber que estava curado.
T: “Jogou-se no chão, aos pés de Jesus, e lhe agradeceu. Era um
samaritano” (Lc 17,16).
L 4: E no texto do fato real vimos que Amaro e Cida não perderam a fé,
acreditaram em Deus, mesmo que a família passasse por problemas e
dificuldades:
T: A religiosidade e a fé em Deus estiveram sempre presentes naquela
família, à noite se reuniam para rezar.
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Canto: /: Quando Jesus passar, quando Jesus passar, quando Jesus
passar, eu quero estar no meu lugar. :/
1. No meu trabalho e na minha casa, no meu estudo e no meu
lazer, no compromisso e no descanso, no meu direito e no meu
dever.
A: Quando professamos a nossa fé, começamos dizendo: “Eu creio”, ou
“Nós cremos”. Em Deus só se pode crer, porque ele é o sentido, a rocha,
o refúgio, a fortaleza de nossa existência.
L 1: Só ele pode satisfazer nossos anseios, responder às nossas mais profundas angústias e fortalecer nossas esperanças.
Canto: Eu confio em nosso Senhor, com fé esperança e amor. Eu confio
em nosso Senhor, com fé, esperança e amor.
Compromisso
A: Na graça deste Ano da Fé, que estamos
vivendo com toda a Igreja, devemos lembrar,
também, com gratidão, que a fé é um dom
de Deus que ilumina a nossa mente, acende
o nosso coração e move nossa ação. Diante
disso, vamos assumir como compromisso:
a) Motivar as famílias, para que rezem mais
em conjunto.
b) Retomar o hábito de dar a bênção aos nossos filhos, hoje quase
esquecido: “Deus te abençoe! Deus te acompanhe! Vai com Deus!”
ou outras expressões que conhecemos...
c) Participar, com mais ardor, das Celebrações da Comunidade,
conscientizando outros membros das nossas famílias do valor das
celebrações dos finais de semana, quando celebramos o domingo,
o dia do Senhor.
d) Viver a fé no dia a dia, com bastante disponibilidade e alegria, reunindo-nos nas casas das famílias, para juntos rezar, ouvir, e refletir
a Palavra de Deus e agradecer as graças que recebemos.
Oração
A: A fé nos permite reconhecer um Deus criador presente, Jesus que salva,
e o Espírito Santo que nos santifica. Portanto, acendendo nossas velas,
vamos fazer nossa profissão de fé, cantando.
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Canto: /: Creio, Senhor, mas aumentai minha fé. :/
1. Eu creio em Deus Pai onipotente, criador da terra e do céu.
2. Eu creio em Jesus, nosso irmão, verdadeiramente HomemDeus.
3. Eu creio também no Espírito de amor, grande dom que a Igreja
recebeu.
Bênção
(Erguendo uma das mãos em sinal de imposição)
A: A nossa proteção está no nome do Senhor!
T: Que fez o céu e a terra.
A: Que Deus todo-poderoso, por intercessão de Maria santíssima,
T: Nos abençoe, nos proteja e nos guarde! Ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Canto: 1. Prometi no meu santo Batismo a Jesus sempre, sempre adorar. Pais
cristãos em meu nome falaram: hoje os votos eu vim confirmar. /: Fiel,
sincero, eu mesmo quero a Jesus prometer meu amor. :/
2. Creio, pois, na divina Trindade, Pai e Filho e inefável amor. No
mistério do Verbo Encarnado, na paixão de Jesus redentor. /: Fiel,
sincero, eu mesmo quero a Jesus prometer meu amor. :/
3. A Jesus servir quero constante, sua lei em meu peito gravar. Combatendo, lutando e vencendo, a Igreja, fiel, sempre amar. /: Fiel,
sincero, eu mesmo quero a Jesus prometer meu amor. :/
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
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1º Encontro
CREIO EM DEUS PAI
“... vosso Pai que está nos céus dará coisas boas
aos que lhe pedirem” (Mt 7,11).
Ambiente: Bíblia, casinha, fotografias de pais com um
filho no colo, cartaz dos GBF e outros símbolos
que expressam nossa fé.
Acolhida: Pela família que acolhe ou animador(a)
do grupo.
Motivação e oração
Animador(a): Irmãos e irmãs, neste Ano da Fé é com alegria que, depois da
celebração inicial, vamos fazer o primeiro encontro do Grupo Bíblico em
Família, do Tempo Comum. Durante este ano, a Igreja nos convida a
rezarmos e meditarmos sobre a nossa Profissão de Fé, ou seja, o Credo.
Começamos com o primeiro artigo da nossa Fé: Creio em Deus Pai.
Todos(as): Creio em Deus: é a primeira afirmação da nossa profissão de
fé. “Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda
a tua alma e com todas as tuas forças” (Dt 6,4-5).
Canto: /: Pai nosso, que estais no céu. Pai nosso, que estais aqui.:/
A: Façamos o nosso encontro em nome da Trindade Santa:
T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
A: Rezemos todos juntos a oração da Igreja.
T: Deus eterno e todo poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dainos cada vez mais um coração de filhos e filhas, para alcançarmos
um dia a herança que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Canto: Deus é santo, Deus é amor! Deus é Pai e criador, e nos deu Jesus
por irmão: louvado seja o Senhor. Céus e terra cantarão ao que vem
nos acolher no seu Reino de amor: hosana damos ao Senhor!
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Fato real
Leitor(a): Um pai tinha uma filha muito amorosa. Certo dia, deu-lhe uma caixa
fechada como presente. A menina, curiosa, apressou-se em abrir a caixa
para ver o que havia dentro. Com uma surpresa de arregalar os olhos,
viu que a caixa estava vazia. Olhou para o pai e com ar provocativo
perguntou-lhe: Pai, o senhor, que é um homem tão grande, ainda não
sabe que quando se dá um pacote ou uma caixa de presente, tem que
colocar alguma coisa dentro? O pai, sem se alterar, abraçou e beijou a
filha e lhe disse com carinho: Olha, minha filha, a caixa não está vazia.
Antes de fechá-la, soprei milhares de beijos dentro dela e são todos para
você, querida. A menina sentiu um gelo na barriga. Abraçou e beijou o
pai, pedindo-lhe perdão pela indelicadeza. Agradeceu muito o grande
presente e guardou a caixa na cabeceira da cama. Toda vez que se sentia
triste ou aborrecida, abria a caixa, tomava um beijo imaginário como se
colhe uma flor e recordava o amor que seu pai havia deixado ali.
Canto: /: Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem
rosas, nas mãos que sabem ser generosas. :/
1. Dar do pouco que se tem ao que tem menos ainda enriquece o
doador, faz sua alma inda mais linda.
A: Essa caixa cheia de beijos pode simbolizar o grande e profundo amor
que Deus Pai tem por nós. Mesmo que nós não vejamos, nosso Pai do
céu sempre está presente em nossa vida com muitas graças e expressões de amor por nós.
A Palavra de Deus ilumina
A: Vamos acolher a Palavra de Deus, cantando:
Canto: /: Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! :/
1. Rendei graças ao Senhor: que seu amor é sem fim! Diga o povo
de Israel: que seu amor é sem fim! Digam os seus sacerdotes:
que seu amor é sem fim! Digam todos que o temem: que seu
amor é sem fim!
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Mateus 7,7-11.
(Tempo para releitura e meditação do texto)
A: O que diz o texto?
(Tempo)
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A: O que o texto diz para nós hoje? Deus está presente no mundo e na
vida de cada um de nós. Como estamos mostrando ao mundo o Deus
em quem cremos?
(Tempo para conversar)
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: A leitura da Palavra de Deus e o fato real nos fazem pensar sobre a
imagem de Deus como Pai. A imagem de um pai humano que ama
profundamente os seus filhos.
T: “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: sermos filhos
de Deus” (1Jo 3,1).
L 1: A compreensão de Deus como Pai é a redescoberta espiritual dos últimos
tempos.
T: Ó Pai, somos teus filhos e filhas. Ó Pai, somos irmãos e irmãs.
L 2: Jesus nos revelou um Deus Pai, ao mesmo tempo companheiro, amoroso e exigente, que compreende as nossas fraquezas e nos sustenta
com sua força na caminhada.
T: “... vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem” (Mt 7,11).
L 3: A nova visão amorosa de Deus como Pai favorece uma prática de fé
mais livre, espontânea e baseada no amor.
L 1: A mais bela experiência que um seguidor de Jesus pode fazer é esta:
cultivar uma relação afetuosa com Deus-Pai! Quem faz a experiência
do amor de Deus é provocado a amar como ele ama.
T: “Se Deus assim nos amou, devemos nós também amar-nos uns
aos outros” (1Jo 4,11).
L 2: Como todo bom pai, bem mais do que qualquer pai humano, o nosso
divino Pai quer que vivamos como sua grande família.
T: “Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações
e de verdade” (1Jo 3,18).
A: Mais do que esperar o retorno do nosso amor por ele, o Pai quer que
colaboremos com ele na construção de seu Reino, a fim de que todos
os seus filhos e filhas possam viver com dignidade.
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Canto: Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado, fico a pensar nas obras
de tuas mãos, no céu azul de estrelas pontilhado, o teu poder mostrando
a criação,
/: Então minh’alma canta a ti, Senhor: quão grande és tu,
quão grande és tu! :/
Compromisso
A: A Palavra e o amor de Deus geram compromissos: fidelidade ao mandamento do amor,
perdão aos inimigos, solidariedade com os
pobres. Como estamos vivendo a prática
desses compromissos?
a) Visitar pessoas doentes, desempregadas,
solitárias ou sofredoras, levando-lhes uma
palavra de apoio e o conforto da nossa
presença.
b) Reatar o diálogo com alguma pessoa de quem nos afastamos por
algum mal-entendido ou outro motivo.
c) Apoiar e participar da Semana da Família, das formações e palestras
para famílias na comunidade.
d) Participar de mutirões comunitários em prol de vida digna para a
comunidade, como campanhas de combate à dengue; participar
ativamente da associação de moradores de nossa comunidade.
(Tempo para conversar e escolher alguns dos compromissos
conforme a realidade da comunidade ou do grupo)
Oração e bênção
A: A partir do que refletimos, respondamos a Deus em forma de oração.
Atendendo à amorosa proposta de Deus, apresentemos a ele as nossas
preces.
L 3: Senhor, nós cremos no vosso infinito amor para com todos nós!
T: Cremos, Senhor, mas aumentai a nossa fé.
L 1: Nós vos louvamos, Senhor, pela grandeza e pela beleza do universo
que criastes.
T: Cremos, Senhor, mas aumentai a nossa fé.
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L 2: Nós vos agradecemos, Senhor, pelo dom da vida e por todos os dons
que nos concedestes.
T: Cremos, Senhor, mas aumentai a nossa fé.
L 3: Nós vos pedimos, Senhor, a graça de sermos fiéis ao grande amor que
tendes por nós.
T: Cremos, Senhor, mas aumentai a nossa fé.
A: No amor e na confiança em nosso Deus, que é Pai, rezemos a oração
que o próprio Jesus nos ensinou:
T: Pai nosso...
A: O Senhor nos abençoe e nos guarde no seu amor e na sua paz.
T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Canto: 1. Somos gente da esperança que caminha rumo ao Pai. Somos povo
da aliança que já sabe aonde vai.
/: De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais, pra
cantar o novo hino de unidade, amor e paz. :/
2. Para que o mundo creia na justiça e no amor, formaremos um só
povo, num só Deus, um só Pastor.
3. Todo irmão é convidado para a festa em comum: celebrar a nova
vida onde todos sejam um.
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
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2º Encontro
CREIO EM DEUS PAI,
TODO-PODEROSO
“... não vivais preocupados... Vosso Pai
que está nos céus sabe que precisais
de tudo...” (Mt 6,31-32).
Símbolos: Bíblia, vela, casinha, imagem do padro-
eiro do grupo e figuras ou fotos de família.
Acolhida: Dar as boas-vindas. Colocar as pes-
soas à vontade.
Motivação e oração
Animador(a): Irmãos e irmãs, graça e paz da parte de Deus-Pai, de nosso
Senhor Jesus Cristo, nosso irmão, e do Espírito Santo, que nos fortalece
em nossa missão! Aqui estamos reunidos para meditar a Palavra de
Deus, celebrar a vida e refletir sobre a providência de Deus Pai todopoderoso. Saudemos a Trindade:
T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
A: Cremos em Deus onipotente e todo-poderoso, o Senhor da história
que governa os corações e os acontecimentos segundo a sua vontade.
Professemos nossa fé com convicção.
T: Creio em Deus Pai Todo-Poderoso...
Canto: /: Enviai o vosso Espírito, Senhor! Enviai o vosso Espírito, Senhor!
E da terra toda a face renovai, e da terra toda a face renovai! :/
Fato real
Leitor(a): Sou católica, viúva, tenho duas filhas e participo na comunidade.
Anos atrás perdi meu marido e isso mudou minha vida. Vi-me envolvida
com meu emprego, com as tarefas da casa, com a educação das filhas,
sendo pai e mãe. Depois de algum tempo descobri que minha filha
mais nova era bipolar e fizemos um longo tratamento. Só trabalhava e
me dedicava a ela. Mesmo assim, ela entrou no caminho das drogas.
Passei a sentir-me cada vez mais desmotivada, cansada e desespera-
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da, pois não via saída alguma. Até que ouvi dizer na igreja que Deus
cuida de cada um de nós até nos mínimos detalhes. Abri meu coração,
acreditei, confiei e passei a dar mais atenção e dedicar mais tempo a
minhas orações, a minhas filhas, parentes e amigos. Entreguei minha
vida, meus compromissos e preocupações nas mãos de Deus. Com o
tempo, esta entrega me reanimou e salvou minha filha do alcoolismo e
da maconha. Estou muito feliz e agradecida pelo fato de Deus ter-me
mostrado como confiar nele, pois ele quer o nosso bem. Só assim me
transformei num ser humano melhor e descobri que somente Deus
liberta de nosso excesso de preocupação, de querermos resolver tudo
do nosso jeito. Ele transforma tudo, pensando em nós e nos coloca bem
mais perto dele.
A: Lembramos e conhecemos outras experiências de vida em que percebemos a ação de Deus?
(Tempo para partilhar e em seguida cantar)
Canto: /: Eu confio em nosso Senhor, com fé esperança e amor. :/
A Palavra de Deus ilumina
A: Ouçamos com atenção a Palavra de
Deus que nos orienta a deixarmos
que ele cuide da nossa vida, que nos
livra das preocupações e nos enche
de confiança em sua generosidade.
Vamos acolher a Palavra de Deus,
cantando.
Canto: /: Buscai primeiro o Reino de Deus e
a sua justiça. E tudo o mais vos será
acrescentado, aleluia, aleluia. :/
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de São Mateus 6,25-34.
(Um breve silêncio. Após, vamos ler o texto novamente)
A: O que diz o texto? Vamos lembrar, dizendo algumas palavras ou versículos que nos chamaram a atenção.
(Tempo)
18
A: O que diz o texto para nós hoje? No dia a dia, quais são as nossas
preocupações? Como fica a entrega dessas preocupações e de nossos
desejos a Deus?
(Tempo para conversar)
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: Hoje o nosso tema é: creio em Deus Pai todo-poderoso. A paternidade
de Deus e o seu poder esclarecem-se mutuamente. Ele mostra a sua
onipotência paterna pelo modo como cuida das nossas necessidades
e sua onipotência divina pela sua infinita misericórdia, perdoando os
nossos pecados.
T: “Serei para vós um Pai e vós sereis meus filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso” (2Cor 6,18).
L 1: O texto bíblico nos exorta a que coloquemos todas as nossas preocupações e esperanças em Deus, que é todo-poderoso e que manifesta
seu amor para conosco quando vivemos com ele.
T: “... eu vos digo: não fiqueis preocupados com o que comer ou beber,
quanto à vossa vida... Afinal, a vida não é mais que o alimento, e o
corpo, mais que a roupa?...” (Mt 6,25).
A: O Catecismo da Igreja diz: Só a fé pode aderir aos caminhos misteriosos
da onipotência de Deus. O abandono nas mãos da Providência do Pai do
céu liberta da preocupação do amanhã. A confiança em Deus predispõe
para a bem-aventurança dos pobres: “Eles verão a Deus” (CIC, 2547).
T: “Cremos firmemente que Deus é o Senhor do mundo e da história.
Mas os caminhos da sua providência muitas vezes nos são desconhecidos” (CIC, 314).
L 2: O texto bíblico e o fato real querem demonstrar a vigilância da Providência de Deus para com seus filhos e filhas, que transparece naquela
mãe que coloca sua confiança nele.
T: “... não vivais preocupados... Vosso Pai que está nos céus sabe
que precisais de tudo...” (Mt 6,32).
L 3: Somente Deus pode nos levar a vencer as dificuldades. Um Deus misericordioso que salva seu povo, transforma situações, nos dá coragem
para viver e nos coloca em sintonia com seu agir.
19
T: “Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas
coisas vos serão dadas por acréscimo. Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã...” (Mt 6,33-34).
A: Por vezes, pensamos que Deus parece ausente nos grandes acontecimentos do mundo e da história (CIC, 272). Como permanecer confiante na
providência de Deus Pai todo-poderoso com tantas injustiças e maldades
que vemos acontecer?
T: Santo Agostinho diz: “Não te aflijas, se não recebes imediatamente
de Deus o que lhe pedes: pois ele quer fazer-te um bem ainda maior
pela tua perseverança em permanecer com ele na oração”.
L 1: Deus é o Senhor soberano do seu plano de amor à humanidade. Mas ele
concede ao ser humano participar livremente do seu plano, confiandolhe a responsabilidade de submeter a terra e dominá-la.
L 2: Assim lhes concede que sejam inteligentes e livres, para zelar e completar a obra da criação, aperfeiçoar a sua harmonia, para o seu bem e
o dos seus semelhantes (CIC, 307).
T: Esta é uma verdade inseparável da fé: Deus age em toda a ação
das suas criaturas (CIC, 308).
L 3: A Divina Providência são as disposições pelas quais Deus conduz com
sabedoria e amor todas as criaturas e coopera em tudo para o bem
daqueles que o amam (cf. CIC, 321-324).
T: Só Deus pode desdobrar sempre seu grande poder: Quem poderá
resistir à força do seu braço?” (Sb 11,21).
A: A vida cristã consiste em nos tornarmos filhos e filhas obedientes a
Deus Pai todo-poderoso. Muitas vezes é através de pessoas e fatos que
fazemos a rica experiência na qual Deus torna conhecida sua presença
e seus caminhos, para continuarmos a missão de seu Filho Jesus.
T: Ele é o Senhor da história; governa os corações e os acontecimentos segundo a sua vontade (CIC, 269).
Canto: 1. Ele assumiu nossas dores, veio viver como nós, santificou nossas
vidas, cansadas, vencidas de tanta ilusão. Ele falou do teu reino e te
chamava de Pai, e revelou tua imagem que deu-nos coragem de sermos
irmãos. Ousamos chamar-te de Pai, ousamos chamar-te Senhor. Jesus nos mostrou que tu sentes e ficas presente onde mora o amor.
/: Pai nosso, que estás no céu, Pai nosso, que estás aqui. :/
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A: Deus se revela a nós nos acontecimentos da vida, em meio às alegrias
e sofrimentos, conquistas e vitórias. Rezando e refletindo a Palavra de
Deus, como podemos nos comprometer?
a) Assumir com alegria em nossa comunidade a caminhada do Tempo
Comum, levando a esperança do Deus que providencia tudo, quando
acreditamos e a ele nos entregamos.
b) Apoiar e participar de iniciativas para o bem comum na comunidade, como: obras sociais de atendimento à saúde e aos menos
favorecidos, e políticas públicas para moradia, saúde, educação,
juventude...
Oração e bênção
A: Nossa oração se apoia na ação de Deus na história. “Não vos preocupeis
com coisa alguma, mas, em toda ocasião, apresentai a Deus os vossos
pedidos, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças” (Fl
4, 6). Vamos dizer a Deus o que sua Palavra despertou em nós hoje e
peçamos que ele aumente a nossa fé.
(Tempo para preces espontâneas. No final, cantemos)
Canto: /: Creio, Senhor, mas aumentai minha fé. :/
A: Irmãos e irmãs, vimos que Deus nos ama e nos quer bem, manifesta o
seu poder quando abrimos o coração e nos entregamos a ele. Vamos
pedir a bênção de Deus, cantando:
(Olhando um para o outro, cantemos)
T: Deus te abençoe (fazer sinal da cruz na testa um do outro). Deus te proteja (colocar
as mãos no ombro um do outro). Deus te dê a Paz, Deus te dê a paz (dar o abraço
da paz).
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
21
3º Encontro
CREIO EM DEUS PAI,
CRIADOR DO CÉU E DA TERRA
“Deus viu tudo o que havia feito,
e tudo era muito bom” (Gn 1,31).
Ambiente: Bíblia, casinha, 4 elementos da nature-
za, (terra, água, ar e fogo), flores e frutas.
Acolhida: Pelas pessoas da casa
Motivação e oração
Animador(a): Irmãos e irmãs, lembrando os compromissos assumidos no
encontro anterior, vamos partilhar o que fizemos de concreto.
(Tempo para a partilha)
A: Neste encontro continuamos nossa reflexão sobre o Credo. Já refletimos
sobre o ato de crer em Deus Pai todo-poderoso. Hoje nosso assunto é:
Creio em Deus Pai, criador do céu e da terra.
Todos(as): Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra.
A: Saudemos nosso Deus com o sinal de nossa fé:
Todos(as): Em nome do Pai...
A: Rezemos em dois lados o Salmo 8.
T: Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso o teu nome em toda a terra!
Sobre os céus se eleva a tua majestade!
Lado A: Da boca das crianças e dos bebês tiraste um louvor contra os teus
adversários, para reduzir ao silêncio o inimigo e o rebelde.
Lado B: Quando olho o teu céu, obra de tuas mãos, vejo a lua e as estrelas
que criaste: o que é o ser humano para dele te lembrares, o filho do
homem para o visitares?
Lado A: No entanto o fizeste só um pouco menor que um deus, de gloria e de
honra o coroaste. Tu o colocaste à frente das obras de tuas mãos.
22
Lado B: Tudo puseste a seus pés: ovelhas e bois, todos os animais do campo,
as aves do céu, e os peixes do mar, todo ser que percorre os caminhos
do mar.
T: Ó Senhor, Senhor nosso, como é glorioso o teu nome em toda a
terra!
Canto: 1 Com carinho, desenhei este planeta; com cuidado, aqui plantei o
meu jardim. Com alegria, eu sonhei um paraíso para a vida, dom de
amor que não tem fim.
/: Ponho, então, à tua frente dois caminhos diferentes: vida
e morte, e escolherás. Sê sensato: escolhe a vida! Parte o
pão, cura as feridas! Sê fraterno e viverás. :/
Fato real
Leitor(a): Na encosta de um morro, num determinado bairro da grande
Florianópolis, havia uma considerável área de preservação ambiental, coberta de mata nativa. Até algumas fontes de água tinham ali
sua nascente. Durante décadas, os moradores do bairro usufruíam
do benefício desse espaço verde. Mas, em dado momento, a mata
nativa foi retirada para o plantio de pinus. Quando este foi cortado para o aproveitamento previsto, as plantas nativas voltaram a
crescer.
Mais recentemente, porém, uma grande empresa imobiliária adquiriu
a área e conseguiu com a prefeitura a licença para fazer um loteamento e construir um condomínio fechado. Várias ações tramitam
na justiça contra a construção, porém uma liminar permitiu que a
empresa continue a conservar o que já foi construído. Ao mesmo
tempo, vê-se que muitas novas construções estão surgindo no meio
das árvores. Assim, mais um espaço de preservação ambiental está
sendo depredado, com grande prejuízo para as fontes, a flora e a
fauna, e uma grande perda para nós.
A: Conhecemos situações semelhantes a esta, em nossa comunidade?
(Silêncio para refletir e falar)
A Palavra de Deus ilumina
A: Em muitos textos, a Bíblia nos fala de Deus criador. Hoje vamos ler e
ouvir a narrativa da criação no livro do Gênesis.
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Canto: /: Envia o teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra.:/
Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do Gênesis 1,1-31.
(Um breve silêncio)
A: O que diz o texto?
1) Vamos contar o texto, destacando a obra da criação nos seis dias.
(Tempo)
A: O que o texto diz para nós hoje?
2) A natureza, o ser humano e as demais criaturas são respeitadas?
Por quê? Como?
3) Como podemos relacionar o fato real com o texto bíblico?
(Tempo para refletir e aprofundar)
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: Deus criou esse mundo por amor e bondade. Por isso, todas as coisas
são boas. O mal existe porque nós usamos de maneira egoísta as
obras criadas por Deus e instauramos assim o domínio do pecado, da
destruição e da morte.
L 1: Através do fato real já percebemos o que acontece muitas vezes com
a obra da criação.
L 2: O ser humano deve cultivar e guardar a criação, mas, ao contrário, ele
a vai explorando e destruindo. Com isso prejudica a si mesmo e os
demais seres vivos.
L 3: O ser humano é criado à imagem de Deus no sentido de que é capaz
de conhecer e de amar, na liberdade, o próprio criador.
T: E “Deus viu tudo quanto havia feito, e era muito bom” (Gn 1,31).
L 4: A Igreja, na sua profissão de fé, proclama que “Deus é o criador de todas
as coisas visíveis e invisíveis e, de modo particular, do ser humano”
(Compêndio do Catecismo, 59).
Canto: 1. Em coro a Deus louvemos; eterno é seu amor. Pois Deus é admirável; eterno é seu amor.
/: Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor! :/
2. Criou o céu e a terra; eterno é seu amor. Criou o sol e a lua; eterno
é seu amor.
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3. Fez águas, nuvens, chuvas; eterno é seu amor. Fez pedras, terras,
montes; eterno é seu amor.
4. Distribuiu a vida; eterno é seu amor, na planta, peixe e ave; eterno
é seu amor.
5. E fez à sua imagem; eterno é seu amor, o homem livre e forte;
eterno é seu amor.
6. Na história que fazemos; eterno é seu amor, Deus vai à nossa
frente; eterno é seu amor.
7. E quando nós pecamos; eterno é seu amor, perdoa e fortalece;
eterno é seu amor.
Compromisso
A: A atitude dos cristãos e cristãs diante do
mundo criado por Deus pode ser: contemplação e trabalho. Pela contemplação,
podemos reconhecer a beleza da criação.
Pelo trabalho, podemos transformar a
natureza em favor da vida.
– Quais são as nossas atitudes e qual é
o nosso compromisso que devemos ter
diante do mundo criado por Deus?
(Tempo para refletir e assumir compromissos)
Oração e bênção
A: Diante dos símbolos aqui presentes, do que refletimos e da bela narração
da criação de Deus, vamos louvar e agradecer por tudo que Ele deixou
para cada ser humano.
(Após cada prece de louvor espontânea, rezemos)
T: Nós te louvamos, Senhor!
A: Peçamos ao Senhor que abençoe esta água.
(Todos/as estendem as mãos sobre a água)
25
T: Bendito sejas, Senhor, pela água, obra de tuas mãos. Abençoa esta
tua criatura, e aos que por ela forem aspergidos dá-lhes paz, saúde,
alegria e esperança. Abençoe-nos Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
Amém.
(Aspersão da água)
Canto: 1. Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado, fico a pensar nas obras
de tuas mãos, o céu azul de estrelas pontilhado, o teu poder mostrando
a criação,
/: Então minh’alma canta a ti, Senhor: Quão grande és tu.
Então minh’ alma canta a ti, Senhor: Quão grande és tu. :/
2. Quando a vagar nas matas e florestas o passaredo alegre ouço
a cantar; cruzando os montes, vales e florestas, o teu poder mostrando a criação,
3. Quando eu medito o teu amor tão grande, teu Filho dando ao
mundo pra salvar, na cruz verteu seu precioso sangue, minh’alma
pôde assim purificar.
4. E quando, enfim, Jesus vier em glória e ao lar celeste então me
transportar, eu adorarei, prostrado e para sempre: Quão grande
és tu, meu Deus, hei de cantar.
(Após o canto fazer a partilha das frutas)
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
26
4º Encontro
CREIO EM JESUS CRISTO,
FILHO ÚNICO DE DEUS PAI
“Nós vimos a sua glória, glória que recebe
do seu Pai como filho único...” (Jo 1,14).
Símbolos: Bíblia, vela, casinha, Catecismo, ima-
gens de Jesus...
Acolhida: Pela família que acolhe o grupo e pelo
animador(a)
Motivação e oração
Animador(a): Com alegria nos encontramos aqui novamente para mais um
bom momento de fé e amizade no nosso Grupo Bíblico em Família. No
Ano da Fé estamos refletindo sobre as verdades em que cremos, assim
como vêm expressas no Credo e explicadas no Catecismo. Lembrando
um pouco: Tivemos três encontros sobre “Creio em Deus Pai”. O que
nos ficou de mais marcante dessas reflexões?
(Tempo para pensar, rever e falar)
A: Hoje começamos a aprofundar o que cremos a respeito de Jesus
Cristo, filho único de Deus Pai. Iniciemos cantando o sinal da nossa fé
e rezemos lentamente o Creio, pensando nas verdades que estamos
aprofundando.
Todos(as): Em nome do Pai... Creio em Deus Pai...
Canto: Creio, Senhor, mas aumentai minha fé.
Fato real
Leitor(a): A catequista estava falando sobre o terceiro artigo do Credo “e em
Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor”, quando uma criança fez
essa reflexão e perguntou: “A senhora sempre diz, e lá em casa também
me dizem isso, que todos nós somos filhos e filhas de Deus. Então,
como é que rezamos que Jesus é “seu único Filho, nosso Senhor”? A
catequista tinha preparado bem o assunto e conseguiu dar uma resposta
27
satisfatória a todo o grupo. E nós, numa situação semelhante, como
responderíamos?
(Tempo para ouvir respostas)
A Palavra de Deus ilumina
A: Vejamos como o evangelista João já coloca
essa questão no início do seu evangelho,
do qual vamos ler e ouvir alguns versículos.
Cantemos, acolhendo a Palavra:
Canto: Tua Palavra é lâmpada para meus pés,
Senhor. /: Lâmpada para meus pés, Senhor, luz para o meu caminho. :/
Leitor(a) da Palavra 1: “E a Palavra se fez carne
e veio morar entre nós. Nós vimos a sua
glória, glória que recebe do seu Pai como filho único, cheio de graça e
de verdade” (Jo 1,14).
Leitor(a) da Palavra 2: “Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único, que é Deus
e está na intimidade do Pai, foi quem o deu a conhecer” (Jo 1,18).
Leitor(a) da Palavra 3: “Esta era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, a todos
ilumina” (Jo 1,9). “A quantos a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem
filhos de Deus: são os que creem no seu nome” (Jo 1,12).
(Momento de silêncio para acolher a Palavra no coração)
A: O que fica claro a respeito de Jesus nos dois primeiros versículos que
ouvimos? E a respeito de nós, no terceiro versículo? Podemos já encontrar uma resposta à pergunta da criança?
(Tempo para conversar)
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: Partindo da pergunta da criança na catequese, lemos e refletimos sobre
a parte do Credo que fala do único Filho de Deus Pai, nosso tema de
hoje. Mas esse único Filho tem um nome: Jesus Cristo.
T: Creio em Jesus Cristo, seu único Filho.
28
L 1: O nome “Jesus”, que significa “Deus salva”, é o nome que o próprio
Deus Pai lhe deu já antes da encarnação, pois o anjo disse a Maria:
T: “Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus”
(Lc 1,31).
L 2: Assim, o próprio nome “Jesus” já diz a identidade e a missão do Filho
de Deus feito homem: ele é salvador e vem para nos salvar.
L 3: O evangelista Mateus também relata que o anjo apareceu em sonhos
a José e disse:
T: “Tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele vai salvar seu povo de
seus pecados” (Mt 1,21).
A: Esse único Filho de Deus Pai tem ainda um outro nome, que na verdade é um título: Cristo, que quer dizer “ungido”, consagrado, Messias
libertador.
Canto: /: Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre. Ontem, hoje e sempre,
aleluia. :/
A: Voltando à pergunta da criança, aos três textos do evangelho de João
que lemos e refletimos, e a essa reflexão sobre o nome de Jesus Cristo,
podemos chegar às seguintes conclusões:
L 4: Jesus Cristo é o único Filho de Deus por natureza, desde toda a eternidade.
L 1: Ele veio ao mundo como “salvador” (Jesus), como “ungido” (Cristo),
para nos salvar.
L 2: E a todos que o acolhem, que creem no seu nome e aceitam o seu
evangelho, ele dá o poder de se “tornarem” filhos e filhas de Deus, não
por natureza, mas por adoção.
L 3: E porque no batismo nós também somos “ungidos” (Cristo), usamos o
mesmo título de Jesus: somos cristãos e cristãs.
L 4: E se usamos esse título de honra, significa também que somos irmãos
e irmãs, membros da mesma grande e santa família de Deus.
A: O que essa reflexão nos leva a dizer agora a Deus, nosso Pai, e a Jesus
Cristo, nosso irmão?
(Tempo para oração de louvor, agradecimento,
súplica – por nós e nossos irmãos e irmãs)
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Canto: /: Jesus Cristo ontem, hoje e sempre. Ontem, hoje e sempre,
aleluia. :/
Compromisso
A: Ser filhos/filhas de Deus e irmãos/irmãs entre nós é ter direitos e deveres
em relação à família.
– Direitos: de chamar a Deus de Pai; de esperar que ele nos atenda;
de participar da vida e das celebrações de família (Missa dominical,
sacramentos, formação cristã, Grupos Bíblicos...)
– Deveres: honrar o nome de nossa família, nossa Igreja; colaborar na
comunidade religiosa e social (como catequistas, lideranças diversas;
voluntários(as) em movimentos e iniciativas sociais...)
(Tempo para refletir e ver algo a assumir)
Oração e bênção
A: Dando-nos as mãos, num gesto fraterno, rezemos a oração da grande
família de Deus:
T: Pai nosso...
A: Dando-nos um abraço, desejemo-nos a paz e a bênção de Deus até o
próximo encontro:
T: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Canto: Jesus Cristo é o Senhor, o Senhor, o Senhor! Jesus Cristo é o
Senhor, glória a ti, Senhor!
1. Da minha vida Ele é o Senhor!(3x) Glória a ti, Senhor!
2. Do meu passado Ele é o Senhor! (3x) Glória a Ti, Senhor!
3. Do meu futuro Ele é o Senhor! (3x) Glória a Ti, Senhor!
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
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5º Encontro
CREIO EM JESUS CRISTO,
NOSSO SENHOR
“Se eu, o Senhor e mestre, vos lavei os pés,
também vós deveis lavar os pés uns
aos outros” (Jo 13,14).
Ambiente: Bíblia, casinha, cruz e velas, imagem de
Jesus Cristo, Catecismo, se possível.
Acolhida: Pelo casal que recebe o grupo, ou
pelo(a) animador(a)
Motivação e oração
Animador(a): Estamos reunidos como irmãos e irmãs, para refletir sobre
Jesus, nosso Senhor. Invoquemos a Santíssima Trindade, para nos
assistir, iluminar e animar:
Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
A: Rezemos com o Senhor Jesus, que ora ao Pai, lembrando sua missão
na terra.
T: “Pai, é chegada a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho glorifique a ti, e para que, pelo poder que lhe conferiste sobre toda
criatura, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe entregaste.
Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer.
Agora, pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória
que tive junto de ti antes que o mundo fosse criado” (Jo 17,1-5).
A: Rezemos com o Senhor Jesus, que reza ao Pai em favor dos discípulos:
T: “Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que
me deste. Pai santo, guarda-os em teu nome,... que me encarregaste
de fazer conhecer, a fim de que sejam um como nós. Enquanto eu
estava com eles, eu os guardava em teu nome, que me incumbiste
de fazer conhecido. ...Mas agora vou para junto de ti. Dirijo-te esta
oração enquanto estou no mundo para que eles tenham a plenitude
de minha alegria” (Jo 17,9-13).
31
A: No encontro anterior, nosso tema de reflexão foi: Creio em Jesus Cristo,
Filho único de Deus. Lembramos os nossos direitos e deveres, como
filhos e filhas da grande família de Deus.
(Tempo para lembrar e partilhar)
A: Hoje, nosso tema é: Creio em Jesus Cristo, nosso Senhor, em continuação do estudo e meditação das verdades da nossa fé, professadas no
Credo cristão.
T: Creio em Jesus Cristo, nosso Senhor.
A: Senhor (Kyrios) é um dos títulos mais usados pelo Novo Testamento
para se referir a Jesus. Jesus aplica-o diretamente a si, quando, logo
após o lava-pés, se dirige aos apóstolos, para explicar o que acabara
de fazer:
T: “Vós me chamais de mestre e Senhor, e dizeis bem, porque sou. Se
eu, o Senhor e mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar
os pés uns aos outros” (Jo 13,13-14).
Canto: /: Jesus Cristo é o Senhor, o Senhor, o Senhor. Jesus Cristo é o
Senhor, glória a ti, Senhor! :/
Fato real: Servi ao Senhor com alegria
Leitor(a): “O detento é uma ferida no corpo místico de Cristo”, afirma o Diác.
Manoel Tranquilino, que atua na Pastoral Carcerária, em Brasília. Em
contato de amizade com um diácono da arquidiocese, ele narrou a
seguinte situação:
Um dia, sem nenhum motivo, um detento passou a me ameaçar através
de bilhetes, que entregava a alguns irmãos da Pastoral. Eu não tive medo
e continuei indo onde ele se encontrava preso. Certo dia, na portaria do
presídio, ele me dirigiu um olhar de ódio mortal. Fiz como se nada tivesse
percebido. Ele mandava bilhetes dizendo que meteria uma bala na minha
cabeça. Aconteceu que ele ficou doente e, estranhamente, me enviou
um bilhete pedindo um remédio. Prontamente providenciei e mandei o
remédio. Mas ele continuou me odiando. Quando observei um dia que
ele estava na minha proximidade, dirigi-me a ele e o cumprimentei. Foi
o início de um longo diálogo. Disse-lhe: Olha, eu tenho recebido todos
os teus bilhetes, mas não estou preocupado, uma vez que nunca te fiz
mal algum. Ele me respondeu: É, nem mesmo eu estou me suportando.
Mataram meus dois irmãos. E continuou contando-me seus problemas.
Por fim, disse: Achei estranho, eu o ameaçando, e mesmo assim lhe pedi
32
para comprar um remédio, e o senhor mandou o remédio. Respondi:
Nossa missão é servir a todos vocês. A partir daquele dia acabou o ódio
dele contra minha pessoa.
A Palavra de Deus ilumina
A: Como Grupo Bíblico em Família, nos
reunimos sempre para conhecer e aprofundar a Palavra de Deus. Cantemos,
acolhendo a Palavra que ouviremos
hoje.
Canto: /: Fala, Senhor! Fala, Senhor! Palavra
de fraternidade! Fala, Senhor! Fala,
Senhor! És luz da humanidade! :/
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Nosso Senhor Jesus
Cristo, segundo João 13,6-17.
(Tempo para reler e meditar em silêncio)
A: O que o texto diz?
(Tempo para partilha)
A: O que o texto diz para nós hoje?
(Tempo para conversar)
A: O que o texto me leva a dizer a Deus?
(Tempo para responder a Deus em forma de oração, preces...)
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: Jesus é Senhor e mestre, mas revela sua soberania como aquele que
serve, lavando o pés dos discípulos, e lhes pede que façam a mesma
coisa. É o Senhor que se faz servo.
L 1: Assim, Jesus mostra sua soberania, exercida na humildade, na pobreza,
no serviço e na mansidão. Mas Jesus chama atenção ao seu exemplo,
que deve ser seguido.
T: “Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós”
(Jo 13,15).
33
A: No fato real, certamente o Diácono Manoel tinha diante dos olhos o
exemplo de Jesus, e se sentiu animado a servir o detento, ainda que
se sentisse ameaçado.
L 2: Os gestos e atitudes de Jesus, que refletimos, nos convidam a olhar
com generosidade os feridos que encontramos, caídos ao longo dos
nossos caminhos.
L 3: Estes irmãos e irmãs feridos e marginalizados, que encontramos, têm
rostos conhecidos: dependentes químicos, presos, pessoas depressivas,
moradores de rua e excluídos da sociedade.
L 1: Jesus continua a repetir:
T: “Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós”
(Jo 13,15).
A: Todos nós devemos lavar os pés machucados das pessoas que caminham
ao nosso lado, olhando com amor os rostos feridos pelas injustiças.
A: Quem já fez a experiência de lavar os pés de alguém? O que sentiu?
(Tempo para partilhar)
Compromisso
A: Diante da nossa reflexão, e seguindo o
exemplo de Jesus “fazei assim como eu
fiz para vós”, precisamos ir ao encontro
dos rostos cansados, feridos e marginalizados que estão à espera da nossa
visita, de uma palavra de conforto, do
nosso carinho e amor.
– Visitar os presos nos presídios e suas
famílias em casa;
– Comprometer-nos com ajudar os dependentes químicos a deixarem
o caminho das drogas, do alcoolismo...
– Fazer a experiência de lavar os pés do irmão ou da irmã que tem
uma vida sofrida, ou até mesmo uns dos outros no grupo, e depois
partilhar...
(Tempo para pensar e assumir outros compromissos
conforme a realidade da comunidade)
34
Oração e bênção
A: Rezemos como o Senhor Jesus nos
ensinou:
T: Pai nosso, que estais no céu... Glória
ao Pai...
A: O Senhor volte seu rosto para nós e nos
dê a paz.
T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo. Amém.
Canto: 1. Jesus, erguendo-se da ceia, jarro e bacia tomou. Lavou os pés dos
discípulos, este exemplo nos deixou. Aos pés de Pedro inclinou-se: ó
Mestre, não, por quem és /: não terás parte comigo, se eu não lavar
os teus pés. :/
2. És o Senhor, tu és o mestre, os meus pés não lavarás. O que
ora faço não sabes, mas depois compreenderás. Se eu, vosso
mestre e Senhor, vossos pés hoje lavei, /: lavai os pés uns dos
outros, eis a lição que vos dei. :/
3. Eis como irão reconhecer-vos, como discípulos meus. Se vos
amais uns aos outros, disse Jesus para os seus. Dou-vos novo
mandamento, deixo ao partir nova lei. /: Que vos ameis uns aos
outros, assim como eu vos amei. :/
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
35
6º Encontro
CREIO EM JESUS CRISTO,
QUE FOI CONCEBIDO PELO
PODER DO ESPÍRITO SANTO
“O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder
do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra.
Por isso, aquele que vai nascer será chamado
santo, Filho de Deus” (Lc 1,35).
Ambiente: Bíblia, casinha, vela, imagem de nos-
sa Senhora, imagem de Jesus, recorte de
figuras que expressem a realidade.
Acolhida alegre pelas pessoas da casa.
Motivação e oração
Animadora(a): Que todos e todas sintam-se bem acolhidos por Deus e por
todas as pessoas aqui presentes. Estamos vivenciando o Ano da Fé e o
tema da Campanha da Fraternidade: Fraternidade e Juventude. Portanto,
vamos partilhar o que estamos fazendo de concreto.
(Tempo para partilha)
A: Queremos trazer em ação de graças os acontecimentos da semana que
passou e pedir por todas as pessoas e realidades preocupantes das
nossas famílias, comunidades, Igreja e sociedade.
(Um breve silêncio para os pedidos. Cantemos)
Canto: Em nome do Pai...
A: Com muita alegria e entusiasmo renovemos nossa fé, agradecendo as
bênçãos que Deus nos concede todos os dias.
Canto: /: O Senhor fez em mim maravilhas, santo é seu nome. :/
1. A minha alma engrandece ao Senhor e exulta meu espírito em
Deus, meu Salvador. Pôs os olhos na humildade de sua serva,
doravante toda a terra cantará os meus louvores.
36
2. Seu amor para sempre se estende sobre aqueles que o temem,
demonstrando o poder de seu braço, dispersa os soberbos.
3. Abate os poderosos de seus tronos e eleva os humildes. Sacia
de bens os famintos, despede os ricos sem nada.
4. Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor e à promessa que fez a
nossos pais em favor de Abraão e de seus filhos para sempre.
5. Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito, desde agora e para
sempre, pelos séculos. Amém!
Fato real
Leitor(a): Márcio e Vilma têm três filhos. O pai trabalha de vigia à noite e a mãe
de cozinheira num restaurante. Os dois mal se encontram, contudo, um
confia no outro; os filhos vão para a Creche e lá eles são muito amados
e atendidos nas suas necessidades básicas. Os pais se amam, e amam
seus filhos, dando-lhes muito carinho, e os educam na fé. Acreditam na
força de Deus que está neles e nos filhos, participam da comunidade.
Só é possível viver dessa forma, porque acreditam no poder de Deus e
de Nossa Senhora e no apoio da comunidade.
A: O fato que acabamos de ler relata a vida de um casal que assume com
fé e coragem a maternidade e paternidade, mesmo diante das dificuldades e tribulações da vida.
Canto: /: Ilumina, ilumina nossos pais, nossos filhos e filhas! Ilumina,
ilumina cada passo das nossas famílias! :/
A Palavra de Deus ilumina
A: No texto bíblico vamos ouvir como Maria acolhe a mensagem do anjo.
Cantemos, acolhendo a Palavra de Deus:
Canto: Vamos ouvir uma Palavra bonita que vai sair daqui agora, é a
Palavra de Jesus Cristo, filho de Nossa Senhora.
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas 1,26-38.
(Um breve silêncio)
A: Vamos contar o texto. Quais são os personagens? O que o texto diz?
(Tempo)
A: O que diz o texto para nós hoje?
(Tempo)
37
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: Como podemos relacionar a ação de Deus na vida de Maria com o fato
real?
(Tempo para refletir em silêncio)
A: Maria acreditou com confiança no poder de Deus em sua vida. Os pais
também confiam no poder de Deus e reconhecem a responsabilidade
de amar e educar os filhos, não apenas criá-los para a vida.
T: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto de Deus” (Lc 1,30).
A: O Catecismo lembra-nos que o mistério da Encarnação é professado
no Credo: Jesus foi concebido pelo poder do Espírito Santo e nasceu
da Virgem Maria.
T: Creio em Jesus Cristo, que foi concebido pelo poder do Espírito
Santo.
L 1: Quando dizemos: Jesus Cristo foi concebido por obra do Espírito Santo,
queremos afirmar que Jesus é Deus; e quando dizemos: que nasceu
da Virgem Maria, queremos afirmar que ele é homem (humano).
T: “A Palavra de Deus se fez homem e habitou entre nós” (Jo 1,14).
L 2: A fé de Maria, na Anunciação, dá início à nova aliança de Deus com a
humanidade. Deus se encarna, assumindo a condição humana, tendo
nascido de uma mulher.
T: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá
com a sua sombra... Aquele que vai nascer será chamado santo,
Filho de Deus” (Lc 1,35).
L 3: A concepção de Jesus no ventre de Maria só pode ser obra de Deus.
Trata-se de um mistério que devemos acolher no coração, pela fé.
T: Creio em Jesus Cristo, que foi concebido pelo poder do Espírito
Santo.
A: No momento da Anunciação, Maria acreditou que, pelo poder do Altíssimo, por obra do Espírito Santo, ela se tornaria a mãe do Filho de
Deus.
T: Creio em Jesus Cristo, que foi concebido pelo poder do Espírito
Santo.
38
L 4: Maria foi uma mulher de oração, meditação e prática da Palavra de
Deus. Em Maria, o Espírito Santo podia operar maravilhas, e a maior
maravilha foi torná-la grávida do Filho de Deus.
T: Creio em Jesus Cristo, que foi concebido pelo poder do Espírito
Santo.
A: A gratuidade do amor do Pai se revela ao enviar seu Filho Jesus. Jesus
é verdadeiramente Deus (divino) e homem (humano), é o Filho de Deus,
que entrou em nossa história humana para nos salvar.
T: “Para realizar a nossa salvação, o Filho de Deus fez-se carne,
tornando-se verdadeiramente homem” (Jo 1,14).
A: Só os cristãos creem num Deus único que se fez homem, que se aproximou da humanidade pecadora para salvar. Isso só pode ser obra de
Deus, do Espírito Santo de Deus.
Canto: /: Creio, Senhor, mas aumentai minha fé. :/
Compromisso
A: A nossa fé na concepção de Jesus Cristo no
seio de Maria nos leva a ver a realidade das
nossas famílias hoje com o olhar de Deus.
Uma realidade dura e muito exigente frente
aos desafios que o mundo nos apresenta.
Diante da reflexão de hoje, que tal:
– Manter sempre viva a chama da esperança e da fé nas dificuldades e sofrimentos.
– Envolver mais pessoas nos GBF, visitando as casas das famílias.
– Apoiar e incentivar os jovens nas suas iniciativas no caminho do bem.
– Ser presença solidária, junto ao povo, nos momentos de alegria e dor.
– Partilhar o pouco que temos: dons, tempo, bens, a serviço dos mais
necessitados.
Oração e bênção
A: Diante do que refletimos, agradeçamos a Maria por ter dado o seu sim a
Deus, rezando a Oração do Anjo do Senhor. O Anjo do Senhor anunciou
a Maria.
T: E ela concebeu do Espírito Santo.
39
A: Eis aqui a serva do Senhor.
T: Faça-se em mim segundo a vossa
Palavra.
A: E o Verbo divino se fez homem.
T: E habitou entre nós. Ave Maria...
A: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
T: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
A: Oremos: Infundi, Senhor, em nossos corações a vossa graça, a fim
de que, conhecendo pela anunciação do anjo a encarnação de Jesus
Cristo, vosso Filho, cheguemos pela sua paixão e morte à glória da
ressurreição.
T: Pelo mesmo Cristo, nosso Senhor. Amém.
A: Vamos pedir a bênção de Deus, cantando:
(De dois em dois para fazer o sinal da cruz na testa
um do outro, enquanto se canta)
Canto: A bênção do Pai, a bênção do Filho e a bênção do Espírito Santo.
Amém, aleluia. Aleluia, amém.
Canto: 1. Minh’alma dá glórias ao Senhor. Meu coração bate alegre e feliz.
Olhou para mim com tanto amor que me escolheu, me elegeu e me quis.
E de hoje em diante eu já posso prever, todos os povos vão me bendizer,
o Poderoso lembrou-se de mim, santo é seu nome sem fim.
2. O povo dá glórias ao Senhor, seu coração bate alegre e feliz. Maria
carrega o Salvador, porque Deus faz, sempre cumpre o que diz.
E quando os povos aceitam a lei passa de pai para filho seu dom.
Das gerações ele é mais do que rei, ele é Deus Pai, ele é bom.
3. Minh’alma dá glórias ao Senhor, meu coração bate alegre e feliz.
Olhou para mim com tanto amor que me escolheu, me elegeu
e me quis. O orgulhoso ele sabe dobrar, o poderoso ele sabe
enfrentar, o pobrezinho ele defenderá, não nos abandonará.
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
40
7º Encontro
CREIO EM JESUS CRISTO,
QUE NASCEU DA
VIRGEM MARIA
“Ela deu à luz o seu filho primogênito...” (Lc 2,7)
Ambiente: Bíblia, casinha, cruz, imagens ou figu-
ras de Maria com Jesus, e fotos ou figuras
de mães (famílias, pais) com seus filhos.
Acolhida: Pela família que acolhe o grupo ou
animador(a) do grupo.
Motivação e oração
Animador(a): Irmãos e irmãs, mais uma vez nos reunimos como grupo bíblico
para refletir sobre o nosso Credo, nossa profissão de fé. No encontro de
hoje vamos nos dedicar de modo especial à reflexão sobre a humanidade de Jesus, através de seu nascimento da Virgem Maria. Saudemos a
Santíssima Trindade, que está no meio de nós.
Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
A: Vamos lembrar o nosso encontro passado e partilhar o que fizemos.
(Tempo para partilhar)
A: Continuando em clima de oração, rezemos: O anjo do Senhor anunciou
a Maria.
T: E ela concebeu do Espírito Santo.
A: Eis aqui a serva do Senhor.
T: Faça-se em mim segundo a vossa Palavra.
A: E o Verbo se fez carne.
T: E habitou entre nós. Ave Maria...
A: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
T: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Glória ao
Pai...
41
Canto: Ave, cheia de graça. Ave, cheia de amor. /: Salve, ó mãe de Jesus!
A ti, nosso canto e nosso louvor. :/
A: Todos nós conhecemos a história da anunciação do Anjo do Senhor à
Virgem Maria, de como ela aceitou ser a mãe do Filho de Deus. Mas
também conhecemos histórias do nosso cotidiano, que falam de gravidez
e de nascimento de crianças. Qual é a história que mais nos chama a
atenção e que gostaríamos de lembrar?
(Tempo para contar uma ou duas dessas histórias)
A: Acabamos de ouvir fatos bem reais e concretos da nossa vida. Também
Maria, quando engravidou, e ao dar à luz Jesus, passou por muitas
dificuldades, como também hoje muitas mães passam.
Leitor(a) 1: O menino Jesus, ao nascer, necessitou dos mesmos cuidados que
todas as crianças recém-nascidas precisam. Hoje queremos aprofundar
um pouco mais a reflexão sobre a condição humana de Jesus, aliada à
sua fidelidade e obediência a Deus Pai.
T: E o Verbo se fez carne e veio morar entre nós (Jo 1,14).
A Palavra de Deus ilumina
A: Vamos acolher com alegria a Palavra de Deus, cantando:
Canto: /: Toda a Bíblia é comunicação de um Deus amor, de um Deus irmão.
É feliz quem crê na revelação, quem tem Deus no coração. :/
1. Jesus Cristo é a Palavra, pura imagem de Deus Pai. Ele é vida e
verdade, a suprema caridade.
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas 2,1-7.
(Tempo para leitura do texto)
A: Vamos contar o texto, lembrando o que ele diz.
a) O que no texto mais me chama atenção?
(Tempo para refletir)
A: O que o texto diz para nós hoje?
(Tempo para conversar)
42
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: No texto que ouvimos percebemos as dificuldades que Maria e José
tiveram antes e por ocasião do nascimento de seu filho Jesus.
L 2: Hoje também muitas famílias passam por inúmeras dificuldades, para
que seus filhos possam nascer com segurança e viver com paz.
T: “Também José, que era da descendência de Davi, subiu de Nazaré,
na Galileia, à cidade de Davi, chamada Belém, na Judeia” (Lc 2,4).
L 3: Com o nascimento de uma criança, a vida se renova, é um dom de Deus
que se manifesta. Mas uma criança recém-nascida continua a depender
de cuidados, para continuar a viver e se desenvolver.
T: “Maria deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e
deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na
hospedaria” (Lc 2,7).
L 1: A encarnação de Jesus no seio da Virgem Maria e o seu nascimento
são sinais do amor de Deus para toda a humanidade.
T: O filho único de Deus assumiu um verdadeiro corpo humano, por
meio do qual Deus invisível se tornou visível aos nossos olhos (cf.
CIC 476-477).
L 2: A humanidade de Jesus não o afastou do seu amor ao Pai e da sua
missão.
T: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar naquilo
que é de meu Pai?” (Lc 2,49).
L 3: Jesus crescia diante de Deus e das pessoas em idade, sabedoria e graça.
Apesar de tudo isso, ele não ficou livre das tentações e adversidades
deste mundo.
T: “... Pois ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, mas
sem pecar” (cf. Hb 4,15).
L 1: Jesus nos ensinou a lutar, para que possamos permanecer livres do
que pode nos afastar de amar a Deus e aos nossos irmãos e irmãs.
T: Em toda a sua vida, Jesus mostra-se como nosso modelo: Ele é “o
homem perfeito” (CIC 520).
43
Canto: Jesus, Jesus de Nazaré, o teu semblante eu quero ter. Tal qual és
tu eu quero ser, Jesus, Jesus de Nazaré.
A: Lembrando o texto e a reflexão que fizemos, o que podemos dizer a
Deus em forma de oração (pedidos, louvor, perdão, agradecimento...):
(Tempo para orações)
Canto: Creio, Senhor, mas aumentai minha fé.
Compromisso
A: Todos nós somos chamados a viver como Jesus nos ensinou. O que
podemos assumir como compromissos de vida? Algumas sugestões:
– Sempre que possível, orientar as famílias (pais), para que saibam
com muito amor acolher e educar bem seus filhos;
– Lembrar aos pais de não se esquecerem de manter em dia as vacinas
das crianças e de procurarem acompanhar o estudo dos filhos;
– Participar de momentos de oração em prol da nossa conversão e de
pessoas que se encontram afastadas de Deus.
(Tempo para conversar e assumir outras
sugestões de compromisso...)
A: Além desses compromissos, procurar saber como a paróquia ou a comu­
nidade está se organizando para participar da grande festa de Cristo Rei,
momento celebrativo em que encerramos o Ano da Fé. Organizar-nos
desde já para participar e ler o anexo 1 de motivação para o encerra­
mento do Ano da Fé.
Oração e bênção
A: Rezemos a oração que Jesus nos ensinou e saudemos sua mãe
Maria.
T: Pai nosso... Salve, Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve. A vós bradamos os degredados filhos de Eva.
A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos
a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito
fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem
Maria.
A: Rogai por nós santa Mãe de Deus
44
T: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
A: Pedimos a bênção de Deus.
T: Que o Senhor nos abençoe, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Amém.
Canto: Jesus Cristo me deixou inquieto nas palavras que ele proferiu. /:
Nunca mais eu pude olhar o mundo sem sentir aquilo que Jesus
sentiu. :/
1. Eu vivia tão tranquilo e descansado e pensava ter chegado ao
que busquei. Muitas vezes proclamei extasiado que, ao seguir a
lei de Cristo, eu me salvei. Mas depois que meu Senhor passou,
nunca mais meu coração se acomodou.
2. Minha vida, que eu pensei realizada, esbanjei como semente em
qualquer chão. Pouco a pouco, ao caminhar na longa estrada,
percebi que havia tido uma ilusão. Mas depois que meu Senhor
passou, ilusão e comodismo se acabou.
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
45
8º Encontro
CREIO EM JESUS CRISTO,
QUE PADECEU SOB
PÔNCIO PILATOS
“Eles amarraram Jesus e o levaram,
e o entregaram a Pilatos” (Mc 15,1b).
Ambiente: Bíblia, vela, crucifixo e casinha.
Acolhida: Pela família da casa.
Motivação e oração
Animador(a): Irmãos e irmãs, graça e paz de nosso Senhor Jesus Cristo.
Vamos partilhar como foi a experiência do compromisso assumido em
nosso último encontro.
(Tempo)
A: Reunidos em nome da Santíssima Trindade, que nos convida a viver
em seu amor, façamos o sinal de nossa fé:
Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
A: O tema do nosso encontro de hoje é: Creio em Jesus Cristo, que padeceu
sob Pôncio Pilatos. Rezemos nossa profissão de fé.
T: Creio em Deus Pai...
Canto: 1. Um certo dia, ao tribunal alguém levou o jovem Galileu. Ninguém
sabia qual foi o mal e o crime que ele fez; quais foram seus pecados. Seu
jeito honesto de denunciar mexeu na posição de alguns privilegiados. E
mataram a Jesus de Nazaré. E no meio de ladrões puseram sua cruz,
mas o mundo ainda tem medo de Jesus, que tinha tanto amor.
Fato real
A: A condenação e morte de Jesus tem muitos motivos. Não podemos fechar
nossos olhos aos fatos que antecederam a crucificação. Assim como,
hoje, também não podemos nos omitir diante das condenações ao nosso
redor. Vamos relembrar um fato recente que aconteceu no Brasil:
46
L 1: Dorothy Mae Stang, conhecida como Irmã Dorothy, foi uma religiosa
norte-americana naturalizada brasileira. Em 1966 iniciou seu ministério
no Brasil, no Estado do Maranhão. Estava presente na Amazônia desde a década de setenta, junto aos trabalhadores rurais da Região do
Xingu.
L 2: Sua atividade pastoral buscava a geração de emprego e renda junto aos
trabalhadores rurais da Rodovia Transamazônica. Seu trabalho buscava
também a eliminação dos conflitos de terra na região. Participava da
Comissão Pastoral da Terra (CPT) desde a sua fundação e acompanhou
com determinação a vida e a luta dos trabalhadores do campo.
L 3: Defendia uma reforma agrária justa. Mantinha intenso contato com lideranças camponesas e religiosas, buscando soluções para os conflitos
de posse e exploração da terra na região Amazônica.
L 1: Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de morte, mas não se intimidou.
Antes de ser assassinada, declarou: “Não vou fugir e nem abandonar a
luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta.
Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam
viver e produzir com dignidade, sem devastar”.
L 2: Irmã Dorothy foi assassinada, com seis tiros, aos 73 anos, no dia 12 de
fevereiro de 2005, no município de Anapu – Pará. Segundo uma testemunha, antes de receber os tiros, perguntaram se estava armada. Ela
respondeu: “Eis a minha arma!” e mostrou a Bíblia. Leu ainda alguns
trechos para aquele que logo em seguida lhe tiraria a vida.
A: A exemplo de Jesus, que foi condenado pelos poderosos de seu tempo,
Irmã Dorothy foi condenada pelos fazendeiros e latifundiários da região
amazônica que queriam continuar explorando o pobre. Sentiram-se
ameaçados pelo trabalho profético que a irmã realizava no meio do
povo e a condenaram à morte. Que outros fatos nós sabemos sobre a
vida e trabalho da irmã Dorothy?
(Tempo para rápidos comentários)
Canto: 1. Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão. Se fecharem os
poucos caminhos, mil trilhas nascerão. Muito tempo não dura a verdade nestas margens estreitas demais. Deus criou o infinito pra vida ser
sempre mais. É Jesus este Pão de igualdade, viemos pra comungar
com a luta sofrida de um povo que quer ter voz, ter vez, lugar. Comungar é tornar-se um perigo, viemos pra incomodar. Com a fé e
a união, nossos passos um dia vão chegar.
47
A Palavra de Deus ilumina
A: Ouçamos o Evangelho de Jesus Cristo narrado por Marcos, e prestemos
atenção ao processo de condenação de Jesus.
Canto: /: É como a chuva que lava, é como o fogo que abrasa, tua Palavra
é assim, não passa por mim sem deixar um sinal. :/
Leitor/a da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, escrito por
São Marcos 15,1-15.
(Momento de silêncio para interiorização da Palavra)
A: Jesus é condenado de duas formas: Há uma condenação religiosa,
sustentada pelos chefes dos sacerdotes e todo o sinédrio em Jerusalém.
E há uma condenação política, realizada por Pilatos, que representava
todo o poder Romano. Vamos aprofundar um pouco mais a leitura que
escutamos.
1) Vamos fazer novamente a leitura, em nossas Bíblias.
(Em silêncio)
2) Agora, vamos juntos contar o que lemos. Não vamos interpretar,
somente contar, lembrando locais, personagens, falas.
(Tempo para contar)
3) O que este fato e as atitudes de Jesus nos dizem?
– Vamos atualizar a leitura para nossos dias, lembrando as diversas condenações que acontecem em nossa sociedade (jovens
drogados, idosos abandonados, crianças exploradas, doentes
desprezados, etc.).
– Vemos alguma semelhança entre a morte da Irmã Dorothy e a de
Jesus?
(Tempo para conversar)
4) O que podemos dizer a Deus a partir da leitura e da reflexão que
fizemos até aqui? Podemos responder em forma de oração, pedido,
agradecimento ou com um Salmo.
(Tempo)
Canto: /: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou. Eu vejo sua
luz no povo, por isso alegre sou. :/
48
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo (CIC)
A: Jesus foi injustamente julgado e condenado à morte pelos chefes dos
sacerdotes. Assim se cumpriu a primeira parte do julgamento, que foi a
condenação religiosa.
L 1: Pilatos, por sua vez, mesmo percebendo a inocência de Jesus, deixa-se
levar por seus medos e interesses. Não querendo perder o poder recebido do Imperador Romano, condena o justo à morte, lavando as mãos.
É a segunda parte do julgamento, que foi a condenação política.
L 2: Mas o que verdadeiramente levou Jesus à morte foi sua obediência ao
Pai e seu amor por nós. Se ele tivesse pregado uma doutrina do gosto
das autoridades, não teria sido condenado.
L 3: Por sua fidelidade à missão recebida do Pai, ele aceitou livremente
as consequências do seu mandamento de amor, que ia contra muitos
privilégios dos poderosos.
T: “Ninguém me tira a vida, mas eu a dou por própria vontade” (Jo 10,18).
Canto: /: Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão. :/
Compromisso
A: Nossa fé só é verdadeira, quando se traduz em obras, como
nos dizia São Paulo. Vamos
assumir, em conjunto, algum
compromisso? Podemos, por
exemplo;
– Durante toda a semana,
rezar a profissão de fé, pensando em cada palavra que
proferimos;
– Procurar conhecer situações de “condenação à morte” próximo de
nós e propor algo para evitar;
– Visitar doentes e idosos abandonados em hospitais, asilos, levando
uma mensagem de amor e vida;
– Orientar alguma família que tem alguém dependente químico sobre
locais de tratamento.
49
Oração e bênção
A: Em dois lados, façamos a oração abaixo, expressando nossa fé no Deus
da esperança:
Lado A: Creio em Deus. No Deus dos credos, com todas as suas verdades.
Mas, sobretudo, em um Deus que ressuscita da letra morta para tornarse parte da vida.
Lado B: Creio em um Deus que acompanha de perto cada passo do meu caminhar por esta terra: muitas vezes, por detrás, observando e sofrendo
com meus erros; outras vezes, a meu lado, falando e me ensinando; e,
outras vezes, à frente, guiando e marcando o ritmo da caminhada.
Lado A: Creio em um Deus de carne e sangue, Jesus Cristo, um Deus que
viveu em minha pele e calçou meus sapatos, um Deus que andou em
meus caminhos e conhece luzes e sombras. Um Deus que comeu e que
passou fome, que conheceu um lar e sofreu a solidão, que foi aclamado
e condenado, beijado e cuspido, amado e odiado. Um Deus que foi a
festas e a enterros. Um Deus que riu e que chorou.
Lado B: Creio em um Deus que mantém – hoje – seu olhar atento sobre o
mundo, que vê os ódios que segregam, que dividem, que marginalizam,
que ferem e que matam; que vê as balas perfurando a carne, e o sangue inocente que rega a terra; que vê a mão que entra no cofre e no
bolso alheio, roubando aquilo que o outro necessita para comer; que vê
o juiz que sentencia em favor da melhor parte, vestindo a verdade e a
justiça de hipocrisia; que vê os rios sujos e os peixes mortos, os tóxicos
destruindo a terra e perfurando o céu; que vê o futuro hipotecado e a
dívida do homem que cresce.
Lado A: Creio em um Deus que vê isto... e continua chorando... Mas creio
também em um Deus que vê uma mãe dando à luz: vida que nasce da
dor; que vê duas crianças brincando: semente solidária que cresce; que
vê a flor brotar das ruínas: um novo começo clamando por justiça; que
vê o sol levantar-se a cada manhã: tempo de oportunidades.
T: Creio em um Deus que vê isto... e ri, porque, apesar de tudo, há
esperança...
(Oração elaborada pelo pastor Gerardo Carlos Oberman,
da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil)
A: Agradeçamos a Deus, que nos concede a graça da fé que se transforma
em vida.
50
T: Deus, que é Pai e Mãe, nos abençoe e nos guarde de todos os
perigos e acomodações. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo. Amém.
Canto: 1. Pai de amor, aqui estamos, celebrando a unidade. Somos teus filhos
amados nesta mesa da igualdade. Somos uma só família, somos um só
coração. Eis que a graça da partilha entre nós faz-se oração!
/: No raiar de um novo tempo vida nova então se faz. A esperança do teu povo é justiça, amor e paz! :/
1. Ó Jesus, Senhor da vida, vem trazer libertação! Desta gente tão
sofrida vem mostrar-te Deus-Irmão. Tua cruz é rumo certo, junto
a ti vamos seguir, pois teu Reino está bem perto: as sementes
vão florir!
2. Santo Espírito de amor, faz em nós tua morada. E na luta contra
a dor guia nossa caminhada! És a fonte da verdade, vem mostrar
a direção: vida plena, dignidade, povo livre, mundo irmão!
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
51
9º Encontro
CREIO EM JESUS CRISTO,
QUE FOI CRUCIFICADO,
MORTO E SEPULTADO.
“Pai, em tuas mãos entrego
o meu espírito” (Lc 23,46).
Símbolos: Bíblia e cruz ladeada por quatro velas
acesas, casinha.
Acolhida: A família acolhe a todos com palavras
de boas-vindas.
(No inicio do encontro alguém da família leia uma frase da “Carta Apostólica do Papa”)
Leitor(a) da família: “A fé é companheira de vida, que permite perceber, com
um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós” (Papa
Bento XVI – “Porta da Fé”).
Canto: Creio, Senhor, mas aumentai nossa fé.
Motivação e oração
Animador(a): Irmãos e irmãs muito queridos! Cada encontro que fazemos
fortalece os laços de amor que nos unem. Somos a família de Deus,
discípulos missionários do Senhor Jesus. Ele se entregou por inteiro
pela causa da vida plena para toda a humanidade. Os quatro braços
da cruz indicam os pontos cardeais: Jesus deu a vida pela salvação do
mundo inteiro. Em silêncio, vamos contemplar os símbolos que estão
em nosso meio: a Bíblia, a Cruz e as quatro velas: o que estes símbolos
nos transmitem?
(Depois de um tempo de silêncio, cada pessoa pode dizer
o que os símbolos transmitem para nós)
A: Vamos rezar a oração do Credo.
Todos(as): Creio em Deus Pai...
Canto: /: Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre. Ontem, hoje e sempre,
aleluia. :/
52
Fato real
A: Vamos ouvir o testemunho de um dos primeiros cristãos, discípulo missionário de Jesus Cristo.
Leitor(a) 1: Meu nome de nascimento é Saulo, que, na língua hebraica, significa “aquele que é desejado”. Vocês ouvem falar de mim frequentemente.
Meu nome aparece pela primeira vez no livro de Atos dos Apóstolos,
na ocasião em que foi morto o primeiro mártir cristão: Estêvão. Ele foi
morto a pedradas. No meu íntimo, eu estava de acordo com aquela
execução. Ao mesmo tempo, porém, foi crescendo dentro de mim uma
estranha perturbação. Eu não conseguia entender como uma pessoa
podia se comportar daquela maneira, com toda a coragem e com firmes
convicções de fé. A sua última atitude e as suas palavras de perdão
foram penetrando em meu ser como uma espada afiada: “Caindo de
joelhos, ele gritou em voz alta: ‘Senhor, não leves em conta este pecado’.
E dizendo isto, adormeceu” (At 7,60).
A: Que força foi aquela que tomou conta de Estevão? De onde lhe veio
tamanha coragem, quem lhe dava tanta inspiração e tanta fé? Por que
nele não havia nenhum sinal de ódio, nem de vingança? Estas e muitas
outras perguntas ficaram me perseguindo e me questionando... E, ainda
por cima, jogaram as vestes de Estevão aos meus pés... Eu tinha 26
anos de idade.
L 2: Fui um fariseu muito aplicado. Seguia direitinho todas as leis dos judeus.
Eu não podia admitir que os cristãos seguissem a Jesus, um sujeito que
tinha sido crucificado. Diziam que era Filho de Deus. Coisa absurda! Por
isso, pedi uma autorização aos meus chefes para perseguir e prender os
cristãos. Mas aconteceu algo que mudou totalmente a minha vida. Foi
no caminho de Damasco que uma forte luz me derrubou por terra. Era
a luz de Jesus. Ele me disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At
9,4). Todo o meu orgulho caiu junto. Fiquei cego por três dias. Mais tarde
entendi que esses três dias eram para me lembrar da morte de Jesus:
ele foi crucificado, morto e sepultado. E no terceiro dia ressuscitou. Entendi que eu também devia morrer pelo bem dos outros. Devia entregar
minha vida pelo Evangelho, com a mesma coragem e a mesma fé de
Estêvão. Foi o que eu fiz.
L 3: Para seguir a Jesus e sua proposta, decidi abandonar tudo o que antes
considerava importante. Lancei-me de corpo e alma pelo mundo afora,
anunciando a Boa Notícia do amor de Deus por toda a humanidade.
Passei a ser conhecido como Paulo, que, na língua latina, significa
“aquele que é pequeno”. Sim, Deus nos ama a ponto de enviar o seu
53
Filho Jesus no meio de nós. Ele se fez pequeno e servo de todos. Foi
morto numa cruz. Meditei muito a este respeito. Descobri que Jesus
Cristo crucificado nos deu a lição da humildade e do amor sem limites.
Se Deus nos ama dessa maneira, também nós devemos dar a vida uns
pelos outros.
(Tempo para reflexão)
Canto: Quem nos separará? Quem vai nos separar do amor de Cristo?
Quem nos separará? Se ele é por nós, quem será, quem será contra
nós? Quem vai nos separar do amor de Cristo, quem será?
A Palavra de Deus ilumina
A: Vamos ouvir o texto do Evangelho de
Lucas que fala sobre o tema do nosso
encontro e faz parte do credo cristão:
Jesus foi crucificado, morto e sepultado. Preparemo-nos para ouvir com os
ouvidos atentos e o coração aberto o
que Deus nos fala.
Canto: Vai falar no Evangelho Jesus Cristo,
aleluia! Sua Palavra é alimento que dá
vida, aleluia!
/: Glória a Ti, Senhor. Toda graça e louvor. Glória a Ti, Senhor.
Toda graça e louvor. :/
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho segundo Lucas 23, de 33 a 56.
A: Vamos fazer silêncio e deixar esta Palavra de Deus entrar em nosso
coração...
(Depois de um tempo de silêncio)
A: Ler novamente o texto. Vamos relembrar passo a passo o que foi lido.
Quais os personagens que aparecem no texto?
a) Como Jesus se comportou?
b) Por que Jesus foi morto?
c) Que outros pontos chamaram a atenção nesta Palavra de Deus?
(Tempo para ler e responder)
A: Qual o sentido da cruz para a nossa vida?
(Tempo para conversar)
54
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: Cremos que Jesus Cristo foi morto. Por que Jesus morreu por nós na
cruz?
L 4: Muitos profetas, antes de Jesus, foram mortos porque se mantiveram
fiéis a Deus e se colocaram contra as injustiças sociais. Jesus é mais
do que um profeta. Ele é o Messias, o Salvador que foi anunciado pelos
profetas. Alguns textos do Primeiro Testamento predizem que o Messias
seria rejeitado, perseguido e morto.
A: Jesus é o Filho de Deus. Por que ele tinha que morrer numa cruz?
L 1: Somente entendemos o verdadeiro sentido da morte de Jesus, se considerarmos o amor infinito de Deus. É certo que Deus não quer o sofrimento e a morte de ninguém. Porém, ele demonstra todo o seu amor,
abaixando-se até o fim. Isto é, Deus vem até nós, assume os nossos
pecados e a nossa miséria para nos erguer e nos salvar.
L 2: No tempo de Jesus, a cruz era o meio pelo qual eram mortas as pessoas consideradas inimigas da ordem pública. Entre os judeus, quem
morresse numa cruz era considerado “maldito de Deus” (Dt 21,23). Jesus,
o Filho bendito de Deus, foi considerado “maldito” pela elite religiosa e
política de sua época. Os grandes e poderosos querem ser “senhores”
deste mundo; dominam, exploram e matam. Jesus se fez pequeno, fraco
e “servo” de todos. Assim ele mostrou o caminho da vida.
A: O que isso significa para nós hoje?
L 3: Nós lembramos com muito respeito a paixão e morte de Jesus. Celebramos a via-sacra, participamos de procissões, temos a cruz em nossas
casas... Queremos seguir a Jesus, com fé e gratidão. Reconhecemos
que Deus é bom e misericordioso. “Deus é amor” (1Jo 4,8). É amor que
suporta tudo pela pessoa amada. Ele se fez uma pessoa humana, para
que todas as pessoas possam se tornar divinas. Isso acontece quando
nos tornamos servidores uns dos outros. Deus nos amou até o fim.
Assim também nós podemos amar os nossos irmãos e irmãs.
A: Nós cremos em Jesus Cristo, que foi sepultado. O que isto significa?
L 4: Também neste aspecto nós percebemos a identificação de Jesus com
o ser humano. Ele foi sepultado, como acontece com o corpo de toda
pessoa após sua morte. Jesus se identificou com todas as pessoas
empobrecidas. José de Arimateia emprestou o túmulo onde o corpo de
Jesus foi colocado. No entanto, o corpo de Jesus não sofreu a decomposição como os outros. Ele não ficou sob o domínio da morte.
55
A: O que tudo isso significa para nós hoje?
L 1: Jesus foi morto em consequência de sua vida de fidelidade à vontade de
Deus. Nós também morremos um pouco a cada dia, fazendo a vontade
de Deus, amando os outros a começar em nossa casa. Dar a vida por
amor é morrer para o egoísmo, para a ganância, para a mentira, para
a corrupção, para a desonestidade e para tudo o que prejudica a vida.
“Sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os
nossos irmãos” (1Jo 3,14).
Canto: A tua ternura, Senhor, vem me abraçar, e a tua bondade infinita me
perdoar. Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração. Eu quero
sentir o calor de tuas mãos.
Compromisso
A: A Palavra de Deus é viva, eficaz e transformadora. A fé em Jesus Cristo crucificado nos sustenta e nos fortalece. A doutrina da nossa Igreja
nos ensina a viver a nossa fé com intensidade, dando testemunho da
misericórdia e do amor de Deus. Jamais desanimar de fazer o bem,
servindo e amando o próximo a partir da nossa casa. Jesus crucificado
se identifica com todos os sofredores:
– Nesta semana podemos fazer um gesto de amor por alguém que
está sofrendo.
(Tempo para as pessoas conversarem sobre qual a necessidade
da comunidade e ver o que podem fazer de concreto)
Oração e bênção
A: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus e nosso irmão! Nós te agradecemos,
porque nos amaste até o fim.
T: Faze que deixemos transformar o nosso coração. E que ao verdadeiro amor digamos sempre “sim”.
A: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus e servo da humanidade! Dá-nos a
graça de servir uns aos outros todo dia.
T: Tira de dentro de nós o egoísmo e todo tipo de maldade. Concedenos a força, o entusiasmo e a perfeita alegria.
A: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus e nosso amigo! De ti não queremos
nos separar nenhum segundo.
56
T: Em teu coração bondoso está o nosso abrigo. Acolhe as dores de
todos os que sofrem no mundo.
A: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus e nosso Salvador! Abençoa os
nossos Grupos Bíblicos em Família.
T: Nós nos reunimos e rezamos em teu louvor. Cuida de cada um de
nós: mãe, pai, filho e filha. Amém!
A: Irmãos e irmãs, temos a certeza do amor infinito de Deus por cada um
de nós. Vamos pedir a sua bênção:
T: O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor faça brilhar o seu
rosto sobre nós e se compadeça de nós. O Senhor volte para nós
o seu rosto e nos dê a paz! Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito
Santo. Amém.
Canto: Seu nome é Jesus Cristo e passa fome e grita pela boca dos famintos.
E a gente, quando o vê, passa adiante, às vezes pra chegar depressa à
igreja. Seu nome é Jesus Cristo e está sem casa, e dorme pelas beiras
das calçadas. E a gente, quando o vê, aperta o passo e diz que ele
dormiu embriagado.
/: Entre nós está, e não o conhecemos. Entre nós está, e nós
O desprezamos. :/
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
57
10º Encontro
CREIO EM JESUS CRISTO,
QUE DESCEU À MANSÃO
DOS MORTOS
E RESSUSCITOU
AO TERCEIRO DIA
“Por que procurais entre os mortos
aquele que está vivo? (Lc 24,5b).
Ambiente: Bíblia, vela, cruz, casinha, Catecismo da Igreja Católica, cartaz da
CF 2013 e Cartaz do Ano da Fé (se possível).
Motivação e oração
Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos em nosso encontro dos Grupos
Bíblicos em Família. Com alegria, acolhemos a todos nesse lar abençoado, para juntos cantar, rezar e refletir a nossa caminhada de fé cristã.
Canto: 1. Nossas famílias serão abençoadas, pois o Senhor vai derramar o seu amor.
Derrama, ó Senhor. Derrama, ó Senhor. Derrama sobre elas teu amor.
2. O nosso encontro será abençoado, pois o Senhor vai derramar
o seu amor. Derrama, ó Senhor. Derrama, ó Senhor. Derrama
sobre nós o teu amor.
A: Os nossos encontros do Tempo Comum estão cada vez melhores, pois, à
medida que conhecemos e compreendemos melhor a nossa profissão de
fé, mais fiéis à Igreja nos tornamos. Em comunhão com toda a Igreja, façamos o sinal da cruz e rezemos em dois lados a Oração do Ano da Fé.
Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Lado A: Trindade Santa, nós cremos em vós. Dai-nos celebrar o Ano da Fé
com gratidão, esperança, alegria e compromisso.
Lado B: Fazei-nos fortes e firmes na fé, a exemplo de Maria santíssima, dos
Apóstolos, dos mártires e de todos os Santos e Santas da Igreja.
Lado A: Nossa fé seja manifestada na conversão, no amor aos irmãos e irmãs,
na oração, e nas boas obras, pois tudo é possível àquele que crê.
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Lado B: Que o Catecismo e a doutrina do Concílio Vaticano II orientem nossas
famílias e comunidades, na obediência e vivência da fé.
Lado A: Maria, tu que és feliz porque acreditaste, intercede por nós, para que
sejamos discípulos da Palavra, testemunhas e transmissores da fé, para
a glória de Deus e a salvação da humanidade.
T: Amém.
Canto: /: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar. :/
1. Somos povo escolhido e na fronte assinalado com o nome do
Senhor, que caminha ao nosso lado.
Motivação
A: Os encontros do Tempo Comum querem ajudar a nos tornarmos cristãos autênticos, para que, a cada frase do Credo professada durante
as missas, sejamos mais convictos e maduros de nossa fé católica,
apostólica, romana. Nesse 10º encontro vamos refletir melhor uma frase
do Credo:
T: Creio em Jesus Cristo, que desceu à mansão dos mortos e ressuscitou ao terceiro dia.
Fato real
A: O fato real nos ajudará a refletir sobre o tema de hoje:
Leitor(a): Marcos era um homem bem sucedido na vida com emprego garantido e uma família que o amava muito. De repente ele começa a ter
muitos gastos, seus negócios vão mal, mas o emprego ainda continua
garantido. Infelizmente ele começa a beber, e tudo se encaminha para
uma vida desregrada. Bate com o carro e fica anos dependendo dos
cuidados da família que o ama muito. Melhora, volta ao trabalho e à vida
normal. Mas, por força do vício, volta a beber, torna-se um alcoólatra,
perde tudo, os negócios, a família, o emprego, até a casa onde mora.
Fica na rua, dorme na beira das calçadas, sem forças para se erguer,
vivendo das migalhas que recebe. Um desconhecido o vê caído. Pede
ajuda às pessoas para levantá-lo, mas quem o conhece, diz: – Não
adianta, é um caso perdido. O homem o acorda e fala: – Vem comigo,
quero te ajudar. Marcos não reage, só resmunga: Me deixe, sou um
fracassado, perdi tudo, até a vida. Mas o homem insiste e leva Marcos
para uma clínica de tratamento, onde vai vê-lo quando possível. Sempre
59
o vê desanimado. O tempo passa. O samaritano volta a visitar Marcos
e se surpreende: É outra pessoa! Marcos diz: – Tira-me daqui, quero
recomeçar a vida, reconquistar minha família, meu emprego... Um dia,
o homem encontra Marcos numa Igreja: O que fazes aqui? Marcos
responde: – Vim agradecer a Deus, pois ele cuidou de mim e me devolveu a vida. Colocou você na minha vida para eu levantar e viver com
dignidade. Serei grato a Deus e a você eternamente.
A: Vemos muitas vezes pessoas caídas à beira das estradas. O que fazemos? O desconhecido que ajuntou Marcos lhe deu a oportunidade de
erguer-se novamente, de acreditar que é possível mudar, e de reconhecer a ação de Deus em sua vida.
Canto: Creio, Senhor, mas aumentai nossa fé.
A Palavra de Deus ilumina
A: Vivenciar a nossa fé é, sobretudo, ser obediente à Palavra e aos ensinamentos de Cristo. Acolhamos em nosso meio a Palavra de Deus.
Canto: /: A Palavra de Deus vai chegando, vai! :/
1. É Jesus quem hoje vem nos falar. (Bis)
2. É a Palavra de libertação. (Bis)
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
24,1-12.
(Um breve silêncio, para interiorizar
a Palavra de Deus)
A: Vamos reler o texto, mais devagar, para
compreender melhor o que lemos.
a) Que palavra ou frase mais nos chamou a atenção?
(Tempo para reler e responder)
A: As mulheres foram as primeiras a receberem a noticia, logo após Pedro
foi verificar.
b) O que isso representa para nós?
c) Que sinais de ressurreição vemos todos os dias em nossa vida, na
família e na comunidade?
60
d) Como podemos relacionar o fato real com o tema do encontro?
(Tempo para conversar)
Canto: /: Eu creio no mundo novo, pois Cristo ressuscitou! Eu vejo sua
luz no povo, por isso alegre sou. :/
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: Durante a profissão de nossa fé dizemos que “Jesus desceu à mansão
dos mortos”. Podemos compreender esse local como o lugar ou morada
dos mortos.
L 2: Jesus desceu à mansão dos mortos para libertar os justos que morreram
antes dele.
T: “Aqueles que ouvirem a voz do Filho de Deus, terão a vida” (Jo 5,25).
A: Em nossa profissão de fé também rezamos que “Jesus ressuscitou ao
terceiro dia”. O túmulo vazio, para nós, cristãos, é sinal de ressurreição
e vida. No entanto, para as mulheres e Pedro, num primeiro momento
representou medo e desconfiança.
T: “Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo?
Ressuscitou” (Lc 24,5-6).
L 3: A fé das primeiras comunidades cristãs está fundamentada no testemunho de homens e mulheres a quem Jesus ressuscitado apareceu em
diversos momentos (Mc 16,9-14).
A:
A Ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa fé em
Cristo e representa, com a Cruz, a própria essência do Mistério pascal
(Compêndio 126 – CIC).
Canto: Cristo está vivo, ressuscitou para nós! Esta verdade vai anunciar a
toda a Terra, com alegria, cantar.
/: E quando amanhecer o dia eterno, a plena visão, ressurgiremos por crer nesta vida escondida no pão. :/
61
Compromisso
A: Como comunidade viva que testemunha o amor de Deus pela
humanidade, assumamos alguns
compromissos concretos:
– Testemunhar a ressurreição,
levando esperança aos que
já a perderam;
– Participar ativamente das
pastorais, GBF e trabalhos
sociais, na efetivação da vida
plena para todos;
– Organizar pequenos grupos de estudo na comunidade ou nas pastorais e GBF para o estudo do Catecismo da Igreja Católica, a fim
de conhecer melhor a doutrina da nossa Igreja.
Oração e bênção
A: Concluindo a nossa reflexão, rezemos:
T: Pai-Nosso..., Ave-Maria...
A: Pedimos a bênção de Deus.
T: “Que o Senhor se lembre de nós e nos abençoe: abençoe a casa de Israel,
abençoe a casa de Aarão... Abençoe os que temem o Senhor, pequenos
e grandes. Que o Senhor nos abençoe, ele que fez o céu e a terra” (Sl
115,12-15). Abençoe-nos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.
Canto: /: Maria, Mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós somos
todos viandantes, mas não é fácil sempre andar. :/
1. Fizeste longa caminhada para servir a Isabel, sabendo-te de Deus
morada, após teu sim a Gabriel.
2. Com fé fizeste a caminhada, levando ao templo teu Jesus, mas
lá ouviste da espada, da longa estrada para a cruz.
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
62
11º Encontro
CREIO EM JESUS CRISTO,
QUE SUBIU AOS CÉUS
ESTÁ SENTADO À DIREITA
DE DEUS PAI
“E enquanto os abençoava, afastou-se deles
e foi elevado ao céu” (Lc 24,51).
Ambiente: Bíblia, vela, casinha, crucifixo, gravuras
alusivas à ascensão do Senhor e Catecismo
da Igreja Católica, se possível.
Acolhida: Pelas pessoas da casa ou pelo animador(a).
Motivação e oração
Animador(a): Queridos irmãos e irmãs, toda a Igreja está celebrando o Ano
da Fé. O Papa Bento XVI disse: “Este ano quer ser um convite para
uma autêntica e renovada conversão ao Senhor Jesus, único Salvador
do mundo”. Saudemos a Santíssima Trindade.
Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Canto: /: Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre. Ontem, hoje e sempre
aleluia. :/
1. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito da criação. Tudo
o que existe foi nele criado. Nele encontramos a Redenção.
A: Hoje vamos refletir sobre nossa fé em Jesus, que, após sua morte e
ressurreição, foi glorificado por Deus, subiu ao céu e está sentado à
direita de Deus Pai. Afirmamos nossa profissão de fé, rezando:
T: Creio em Deus Pai...
A: Cremos que, passados os quarenta dias em que Jesus Cristo se mostrou
aos Apóstolos, ele subiu ao céu e está sentado à direita do Pai.
Canto: /: Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé. :/
63
Fato real
Leitor(a): Uma mãe viveu durante muito tempo, com dificuldades, mas feliz
por ver a família unida. A mãe era o alicerce, o porto seguro para todos.
Um dia, ela descobre algo muito grave que envolve a família toda. O que
foi construído com amor durante anos, desmorona dentro dela mesma
e na própria família. Num depoimento, ela diz: “Só quem sofre, sente o
peso e prova a dor da cruz, sabe o quanto Cristo sofreu. Eu pensei que
tinha tudo. Não era rica, mas tinha uma família construída com base no
amor, dedicação, carinho... Agora me vejo sem nada, arrasada. Aquele
que tanto amei, em quem confiei e acreditei, me traiu. Vi minha família
ser destruída pela decepção, pelo rancor, parecia o fim de tudo. Minhas
filhas buscaram outros caminhos, mas eu não abandonei o barco, segurei
firme e confiei em Deus, mesmo que nessa hora ele parecesse estar
bem longe, já não sentia mais o seu amor. A vida feliz que eu tinha tido
tornou-se uma amargura, uma derrota, quase sem motivo pra lutar. Mas
algo dentro de mim não deixou que eu ficasse no fundo do poço. Uma
força me fez ver novamente a primavera e a vida renasceu, embora em
meio a conflitos com a família, comigo mesma e até com Deus. Vi uma
luz brilhar, senti uma alegria reacender meu coração e passei a viver de
novo, graças a algumas pessoas que me ajudaram”. A fé dessa mãe a
fez encontrar novamente o amor pela vida e por Deus. Tudo que estava
perdido foi reencontrado na luta e na busca de um novo começo.
Canto: Dentro de mim existe uma luz, que me mostra por onde deverei andar.
Dentro de mim também mora Jesus, que me ensina a buscar o seu jeito
de amar. /: Minha luz é Jesus, e Jesus me conduz pelos caminhos
da paz. :/
A Palavra de Deus ilumina
A: O breve trecho do Evangelho de Lucas que
vamos ouvir fala da Ascensão de Jesus ao
céu, ou seja, a volta de Jesus glorioso para
junto de Deus.
Canto: /: Palavra de salvação somente o céu
tem pra dar. Por isso, meu coração se
abre para escutar :/
1. Por mais difícil que seja seguir, tua palavra queremos ouvir. Por
mais difícil de se praticar, tua palavra queremos guardar.
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Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de São Lucas 24, de 50 a 53.
(Um breve silêncio)
A: Vamos contar o texto com as nossas palavras.
(Tempo para contar)
A: Vamos refletir o que o texto diz para nós hoje.
– Relacionando o fato real com o texto bíblico, que mensagem podemos
tirar para vivermos melhor nossa fé?
(Tempo para conversar)
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: T: A última aparição de Jesus termina com a entrada irreversível da sua
humanidade na glória divina pela sua elevação ao céu, onde está sentado à direita de Deus.
“Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi elevado ao céu”
(Lc 24,51).
Leitor(a) 1: A elevação na cruz já anuncia a elevação da Ascensão ao céu. A
partir de então, Cristo está sentado à direita do Pai.
T: “Saí do Pai e vim ao mundo. Agora deixo o mundo e volto para
junto do Pai” (Jo 16,28).
L 2: Ele é o Senhor que agora reina, com a sua humanidade, na glória eterna
de Filho de Deus, e sem cessar intercede por nós junto do Pai.
L 3: Ele nos envia o seu Espírito e, tendo-nos preparado um lugar, dá-nos
a esperança de um dia ir ter com ele.
T: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, eu vos
teria dito; pois vou preparar-vos um lugar” (Jo 14,2).
Canto: /: Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé. :/
1. Eu creio em Deus, Pai onipotente, criador da terra e do céu.
2. Creio em Jesus, nosso irmão, verdadeiramente homem-Deus
3. Creio também no Espírito de amor, grande dom que a Igreja
recebeu.
Compromisso
A: Vamos assumir alguns compromissos, para testemunhar e fortalecer
nossa fé neste ano que toda a Igreja celebra como o Ano da Fé.
Sugestões:
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a) Rezar a oração do Credo (Creio em Deus Pai) durante a semana,
meditando cada afirmação.
b) Dar testemunho de nossa fé, seja por algum gesto, palavra ou participação na igreja e em nossa comunidade.
c) Praticar um gesto concreto de caridade.
Oração e bênção
A: Ao encerrarmos nosso encontro, vamos rezar ao Senhor Jesus, que em
sua glória está sentado à direita do Pai. Apresentemos a Ele, espontaneamente, as nossas necessidades, pedindo sempre que ele fortaleça
a nossa fé. Após cada pedido, digamos:
(Preces espontâneas)
T: Senhor, eu creio, mas aumentai a minha fé.
A: Rezemos com alegria.
T: Pai nosso..., Ave Maria..., Glória ao Pai...
A: Peçamos que Deus nos abençoe como Jesus abençoou os apóstolos
no momento da Ascensão.
T: Venha sobre nós a bênção de Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
Amém.
Canto: 1. Dentro de mim existe uma luz, que me mostra por onde deverei
andar. Dentro de mim também mora Jesus, que me ensina a buscar o
seu jeito de amar.
/: Minha luz é Jesus, e Jesus me conduz pelos caminhos da paz. :/
2. Dentro de mim existe um farol, que me mostra por onde deverei
remar. Dentro de mim Jesus Cristo é o sol, que me ensina a buscar
o seu jeito de sonhar.
3. Dentro de mim existe um amor, que me faz entender e lutar por
meu irmão. Dentro de mim Jesus Cristo é o calor, que acendeu
e aqueceu pra valer meu coração.
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
66
12º Encontro
CREIO EM JESUS CRISTO,
QUE VIRÁ JULGAR OS VIVOS
E OS MORTOS
“Todas as vezes que fizestes isso a um destes
mais pequenos, que são meus irmãos,
foi a mim que o fizestes!” (Mt 25,40).
Símbolos: Bíblia, casinha, vela acesa, flores, fotos de
pessoas excluídas: desempregados, drogados,
moradores das ruas, menores abandonados,
doentes, presidiários, indígenas...
Acolhida: A família que acolhe dá as boas vindas!
Canto: /: Esse momento tá! Tá lindo demais! :/
1. Tem amizade, tem paz de verdade, tem muita união. Tem comunidade, tem muita igualdade, nós somos irmãos.
Motivação oração
Animador(a): Irmãos e irmãs, olhemos para os símbolos que trouxemos, e
vejamos o que eles significam para nós. Também partilhemos os compromissos que assumimos no último encontro.
(Tempo para conversar)
A: Que bom estarmos reunidos de novo! A Igreja nos incentiva, neste Ano
da Fé, a darmos maior razão de nossa fé cristã no nosso dia a dia.
Façamos o sinal da cruz, cantando:
Canto: /: Nas horas de Deus, amém! Pai, Filho, Espírito Santo, ://: luz de
Deus em cada canto, nas horas de Deus, amém! :/
A: A partir das Escrituras e do Catecismo, vamos refletir hoje sobre ‘crer em
Jesus Cristo, que virá julgar os vivos e os mortos’. Mas, antes, vamos
dirigir-nos a Deus, rezando:
Todos(as): Creio em Deus Pai...
Canto: Creio, Senhor, mas aumentai minha fé.
67
Fato real
A: T: Em março deste ano, os meios de comunicação deram muito destaque
ao julgamento do então suspeito do assassinato da advogada Mércia
Nakashima, ocorrido em maio de 2010, em São Paulo. O julgamento
foi televisionado e a população pôde acompanhar os seus detalhes.
Na leitura da sentença, o juiz Leandro Bittencourt Cano descreveu os
três agravantes aceitos pelo conselho de sentença ao analisar se o
réu era inocente ou culpado. Sobre o agravante de crime torpe, por
exemplo, segundo a acusação, o réu se sentiu humilhado pelo fim do
relacionamento.
O que chamou a atenção, e que frisamos aqui, foi o comentário e questionamento do magistrado: “Muitos crimes são cometidos em nome do
amor. Mas que tipo de amor é esse? Quando o que se sente é verdadeiramente amor, não há o mínimo desejo de se livrar da pessoa amada.
O sentimento ‘amor’ não faz sofrer. O instinto de propriedade, esse sim,
faz sofrer”.
“Felizes os que têm fome e sede da justiça, porque serão saciados”
(Mt 5,6).
A Palavra de Deus ilumina
A: Ouviremos a proclamação do texto segundo o evangelista Mateus, capítulo 25, de
31 a 46. Leremos o texto em duas partes.
Antes, porém, aclamemos a Palavra de
Deus:
Canto: /: Chegou a hora da alegria, vamos
ouvir esta Palavra que nos guia! :/
1. Esta é a Palavra da certeza e da
justiça, que nos liberta da opressão
e da cobiça! /: Aleluia, aleluia! :/
Leitor(a) da Palavra 1: Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
25,31-40.
Leitor(a) da Palavra 2: Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
25,41-46.
(Tempo para silenciar)
68
A: Conversemos sobre os textos: Quais as palavras de Jesus que nos
parecem mais significativas?
(Tempo para responder)
A: Vamos iluminar a nossa vida com os textos:
– O que os textos nos ensinam sobre a fé, sobre o julgamento e sobre
a caridade?
– Quais são as estruturas que excluem as pessoas em nossa comunidade, cidade, país?
– Que atitudes devemos tomar com as pessoas injustiçadas, sofredoras
e empobrecidas?
(Tempo para conversar)
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: O Catecismo da Igreja Católica, inspirado nas Escrituras, afirma-nos que:
T: “Cristo morreu e ressuscitou para ser o Senhor dos mortos e dos
vivos” (Rm 14,9).
L 1: Isto quer dizer que Jesus, o Cristo, tem todo o poder sobre toda a criação
e sobre a totalidade da humanidade.
L 2: Cristo é Senhor da vida eterna. O pleno direito de julgar definitivamente
as obras e os corações do ser humano pertence a ele, como redentor
do mundo. Ele adquiriu este direito pela sua cruz (CIC, 679).
L 3: O Pai entregou ao Filho todo o poder de julgar. Ora, o Filho não veio
para julgar, mas para salvar e dar a vida que tem em si (CIC, 679).
T: “Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por ele” (Jo 3,17).
L 4: É pela recusa da graça nesta vida que a pessoa se julga a si mesma;
ao recusar o Espírito de amor, pode ela mesma condenar-se para a
eternidade (CIC, 679).
T: “Todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que
são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt 25,40).
A: Lembrando o fato real que ouvimos, sabemos que nós, cristãos, não
temos o direito de julgar o próximo. Mas a justiça civil, humana, social,
precisa ser feita, para que nossos direitos sejam respeitados.
69
Canto: /: Entre nós está e não o conhecemos, entre nós está e nós o
desprezamos. :/
1. Seu nome é Jesus Cristo e passa fome, e grita pela boca dos
famintos, e a gente, quando o vê, passa adiante, às vezes pra
chegar depressa à igreja. Seu nome é Jesus Cristo e está sem
casa e dorme pelas beiras das calçadas, e a gente, quando o vê,
aperta o passo, e diz que ele dormiu embriagado.
Compromisso
A: Tomando consciência de nossa responsabilidade enquanto Igreja de Cristo, e
para fazer acontecer o amor, a justiça e
a solidariedade em nossas comunidades,
sugerimos alguns compromissos:
1. Apoiar, e quando possível, participar
de um grupo de atendimento aos moradores de situações de rua;
2. Visitar os detentos nos presídios ou penitenciárias;
3. Visitar e levar conforto aos doentes nos hospitais, aos idosos nos
asilos, e às crianças nos orfanatos;
4. Ter abertura de coração e praticar a solidariedade com quem pede
ajuda em nossa porta.
5. Doar roupas usadas e outros objetos em condições de uso.
(Tempo para conversar e propor outros compromissos)
Oração e bênção
A: Recitemos parte do poema “Pelo direito de ser Igreja, fé e resistência”,
de Reginaldo Veloso:
Lado A: Nós cremos num Deus Pai, que, com amor de mãe, nos fez mulheres
e homens à sua imagem e semelhança, para que juntos cultivemos a
vida e construamos o mundo!
Lado B: Nós cremos em Jesus Cristo, o Filho único de Deus, servidor fiel do
Pai e da humanidade, que anunciou seu Evangelho em primeiro lugar
aos pobres e fez dos pobres os primeiros portadores da Boa Notícia
da libertação.
70
T: Nós cremos no Espírito Santo de Deus, enviado por Jesus ressuscitado, força que nos arrasta para vivermos em comunidade e nos
impulsiona a participar das lutas por uma nova sociedade onde
reine a justiça, a paz e a alegria, e seja o começo do céu.
A: Abençoe-nos o Deus todo-poderoso, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Amém. Que nossas comunidades pratiquem a fé, a esperança e a
caridade.
Canto: 1. Eu creio em ti, Deus Pai, divino criador. Eu creio em ti, Deus
Mãe, fonte do puro amor. /: Eu creio em ti, Deus irmão, luz na
escuridão, Jesus libertador. :/
2. Não creio em Deus sem nome, sem rosto e sem lugar!/ Não creio
no deus dos homens que vivem a escravizar! /: Meu Deus é força
de vida, e a classe oprimida vem firme livrar! :/
3. Creio na força nova vinda da união. Creio no companheiro, fiel
de coração! /: Creio no irmão que foi morto, lutando disposto,
por libertação. :/
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
Encerramento do ANO DA FÉ
No dia 24 de novembro celebramos a solenidade de Cristo Rei.
É também o dia em que toda a Igreja encerra o Ano da Fé. Desde já,
somos convidados/as. Convidemos também todas as famílias da comunidade, parentes e amigos, para participar desse grande momento
celebrativo.
Vamos organizar caravanas, para todas as famílias convidadas
participarem deste grande momento em que a Igreja se reúne para
celebrar com entusiasmo e alegria a solenidade de Cristo Rei e o encerramento da vivência do Ano da Fé.
71
13º Encontro
CREIO NO ESPÍRITO SANTO
“Vós recebestes o Espírito Santo
quando abraçastes a fé?” (At 19,2).
Ambiente: Bíblia, casinha, vela e outros símbolos que
lembrem o Espirito Santo.
Acolhida: Feita por quem acolhe o grupo.
Motivação e oração
Animador(a): Com muita alegria queremos agradecer a Deus pela vida, por
mais um encontro, e agradecer também (dizer o nome de quem está
recebendo) que hoje nos recebe para este momento forte em que iremos
conversar, rezar e refletir sobre um tema muito importante: nossa fé no
Espírito Santo. Antes, vamos partilhar como foi nossa semana e como
vivemos os compromissos.
(Tempo)
Canto: Creio no Espírito Santo, que renova a gente com a liturgia. Creio
no Espírito Santo, que mata a fome na Eucaristia.
A: Iniciaremos nossa oração com o sinal da nossa fé.
Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
A: Rezemos em dois lados a oração.
T: Vem, Espírito Santo!
Lado A: Vem com tua luz, tua força e tua paz. Sem tua presença e graça, sem
tua coragem e ajuda, sem teu amor e apoio, somos incapazes de atos
e ações novos. Tudo fica sem vida e sem sentido.
T: Vem, Espírito Santo!
Lado B: Vem! Cria, transforma, ensina a sermos o grito profético e libertador do teu
povo, de tua Igreja. Faze-nos penetrar na intimidade profunda das coisas.
T: Vem, e revela-te a nós, para sermos fiéis testemunhas da vida e
missão do Senhor, e fica conosco..
72
Canto: /: Fica conosco, Senhor! É tarde, e a noite já vem! Fica conosco,
Senhor. Somos teus seguidores também. :/
Fato real
Leitor(a): Carlos é pernambucano de Recife. Não vivia bem lá. Era alcoólatra,
vivendo, consequentemente, com muita dificuldade financeira, mas não
perdia a fé em Deus. Veio morar em Florianópolis e trouxe a família. No
emprego que conseguiu conheceu uma senhora participante dos GBF e
fez amizade com sua família. Um dia, o casal convidou-o para participar
dos encontros dos Grupos Bíblicos em Família. Com a ação do Espírito
Santo em sua vida, Carlos tornou-se outro homem, e a paz e harmonia
melhorou na família. Carlos agradece a Deus por estar nos seus planos
e pela graça recebida. Começou a participar da comunidade, e o próprio
GBF ajudou-o a fazer sua preparação para receber o Sacramento da
Eucaristia. Continua assíduo, participando nos ministérios na comunidade e nos GBF.
Canto: /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/
1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram em torno da Bíblia,
Palavra de Deus. Refletem, conversam, e rezam, e cantam, na
prece entrelaçam a terra e os céus.
A: O texto nos apresenta um momento de acolhida. Na nossa comunidade
conhecemos algum fato semelhante?
– Sabemos e temos certeza de que o Espírito Santo age onde quer.
Levados pela nossa fé, como acreditamos que ele agiu neste fato?
(Tempo para conversar)
Canto: /: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra. :/
A Palavra de Deus ilumina
A: Animadas e animados pela força do Espírito, pelos Grupos Bíblicos em
Família, e pela coragem de tantas pessoas como a família de Carlos,
ouçamos a Palavra de Deus que nos orienta e conduz.
Canto: /: A Palavra de Deus vai chegando vai. :/
1. É Jesus quem hoje vem nos falar. (Bis)
2. É a Palavra de Deus aos pequenos. (Bis)
3. É a Palavra de libertação. (Bis)
73
Leitor(a) da Palavra: Leitura dos Atos dos Apóstolos 19,1-10.
(Um breve silêncio)
A: Reler o texto em silêncio e ressaltar o que mais chamou atenção e quais
os personagens do texto.
(Tempo)
A: O que o texto diz para nós hoje?
(Tempo para conversar)
A: O que o texto me leva a dizer a Deus? Responder em forma de preces
de pedidos, louvor e agradecimentos.
(Tempo para as preces espontâneas e depois rezemos)
T: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai, Senhor, o vosso Espírito,
e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Oremos: Deus
que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito
Santo, fazei que apreciemos todas as coisas segundo o mesmo
Espírito e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor
nosso. Amém!
Iluminando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: O texto sobre a narração dos discípulos que só haviam recebido o batismo
de João deixa claro que a maturidade da fé cristã só se realiza através
da ação do Espírito Santo, que se faz presente no batismo cristão.
T: “Vós recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?” (At 19,2).
L 1: Na história de Carlos vemos algo semelhante ao texto bíblico. Ele era
católico, batizado, mas foi participando da comunidade que a fé foi
despertada.
T: O Espírito Santo, pela sua graça, é o primeiro no despertar da nossa
fé e na vida nova que consiste em conhecer o Pai e aquele que ele
enviou, Jesus Cristo (CIC, 684).
A: Esta fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido
e é comunicada como uma vivência de graça e de alegria. Ela pode ser
um ato pessoal, comunitário e social, pois é crendo no Espirito Santo
que nos convertemos para uma vida nova.
74
T: “O Espírito foi enviado aos nossos corações, a fim de recebermos
a nova vida de filhos e filhas de Deus” (Gl 4,6).
L 2: Foi através do amor da família e da comunidade reunida nos GBF que
o Espírito Santo se manifestou e fez de Carlos um novo homem. É o
Espírito Santo que suscita em nós a fé.
Canto: Creio, Senhor, mais aumentai minha fé.
A: No Credo professamos que o Espírito Santo é uma das Pessoas da
Santissíma Trindade, que procede do Pai e do Filho. O Pai tudo cria, na
imagem do seu Filho, na força e no poder do seu Espírito (CIC, 685-686).
Todo o universo tem a marca do Espírito Santo.
L 3: O Espírito Santo age, juntamente com o Pai e o Filho, desde o princípio da criação. O Espírito é invisível, nós o conhecemos por sua ação,
quando nos revela Jesus Cristo e quando age na Igreja.
T: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu, para
anunciar a Boa-Nova aos pobres...” (Lc 4,18).
L 1: Ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo aos Apóstolos, Jesus
o chama de paráclito, consolador, advogado e Espírito da verdade (CIC,
692). Ele o envia para animar e santificar a Igreja.
T: Creio no Espírito Santo, que é Senhor e que dá a vida.
A: O testemunho de fé dos Apóstolos constituiu a Igreja como lugar da
manifestação do Espírito Santo fundamentado na Escritura, na liturgia
sacramental e na oração, nos dons, carismas e ministérios, pelos quais
a Igreja é edificada; no testemunho dos santos e santas e nos sinais de
vida, de ressurreição na obra da salvação (cf. CIC, 688).
Canto: /: Estaremos aqui reunidos como estavam em Jerusalém, pois só
quando vivemos unidos é que o Espírito Santo nos vem. :/
1. Ninguém para esse vento passando. Ninguém vê, e ele sopra
onde quer. Força igual tem o Espírito quando faz a Igreja de Cristo
crescer.
Compromisso
A: Pelo batismo somos ungidos e recebemos o Espirito Santo para vivermos o amor-serviço. Vamos viver e analisar com intensidade este amor
e partilhar com o grupo no próximo encontro.
75
– Procurar vivenciar a fé no Espirito Santo na comunidade, vivendo
sempre o espírito de acolhida, de solidariedade e fraternidade.
– Ajudar a organizar caravanas em nossa comunidade, para que as
pessoas participem do momento celebrativo de encerramento do
ANO DA FÉ.
(Ler o anexo 01 de motivação no final do livreto)
Oração e bênção
A: Nós cremos que o Espírito Santo de Deus conserva o mundo na liberdade
e no amor contra os poderes destrutivos. Por isso, rezemos a oração
ao Espirito Santo.
T: Ó Espirito Santo, Amor do Pai e do Filho, inspirai-me sempre o
que devo pensar, o que devo dizer, o que devo calar, o que devo
escrever, como devo agir, o que devo fazer, para obter vossa glória,
o bem das almas e minha própria santificação.
A: Que o Deus da esperança nos encha de completa alegria e paz na fé,
para que transbordemos de esperança pela força do Espirito Santo (Rm
15,13). Amém.
T: Que a bênção de Deus Pai, Filho e Espírito Santo desça sobre nós
e permaneça para sempre. Amém.
Canto: 1. Quando o Espirito de Deus soprou, o mundo inteiro se iluminou, a esperança na terra brotou, e o povo novo deu-se as mãos e caminhou.
/: Lutar e crer, vencer a dor, louvar ao Criador! Justiça e Paz
hão de reinar e viva o amor! :/
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
76
14º Encontro
CREIO NA IGREJA CATÓLICA
“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”! (Mt 16,16)
Ambiente: Bíblia, vela, crucifixo, casinha, foto do
Papa, fotos ou gravuras de cristãos reunidos
em oração, gravura de Pentecostes e o Catecismo (se for possível).
Acolhida: Pela família que acolhe o grupo.
Motivação e oração
Animador(a): Irmãos e irmãs, sintam-se todos bem-vindos e acolhidos. Hoje
vamos refletir, com o auxílio da Bíblia e do Catecismo, sobre nossa Igreja,
una, santa, católica e apostólica. É a Igreja que Cristo desejou e instituiu
e que acompanha, inspira e abençoa através do Espírito Santo.
A: O que lembramos do encontro anterior? E o que fizemos de bom e nos
deixou felizes nestes dias?
(Tempo para partilhar...)
A: Saudemos a Santíssima Trindade e invoquemos o Espírito Santo.
Todos(as): Em nome do Pai...
Canto: /: Vem! Vem! Vem! Vem, Espírito Santo de Amor; vem a nós, traz
à Igreja um novo vigor! :/
1. Presença na Igreja nascente, os povos consegues reunir. Na
mesma linguagem se entendem; o Amor faz a Igreja surgir.
A: Os Salmos são louvores, cânticos e poemas do povo de Israel, que
Jesus também conhecia e rezava. São rezados, ecumenicamente, por
cristãos e judeus. Rezemos, recitando em dois lados o Salmo 23 (22).
T: O Senhor é o meu pastor, nada me falta.
Lado A: Ele me faz descansar em verdes prados, a águas tranquilas me
conduz.
77
Lado B: Restaura minhas forças, guia-me pelo caminho certo, por amor do
seu nome.
Lado A: Se eu tiver de andar por vale escuro, não temerei mal nenhum, pois
comigo estás. O teu bastão e teu cajado me dão segurança.
Lado B: Diante de mim preparas uma mesa aos olhos de meus inimigos;
unges com óleo minha cabeça, meu cálice transborda.
Lado A: Felicidade e graça vão me acompanhar todos os dias da minha vida,
e vou morar na casa do Senhor por muitíssimos anos.
T: O Senhor é meu pastor, nada me falta.
Fato real
A: Nos primeiros meses deste ano, houve a renúncia de Bento XVI e a
eleição e apresentação do Papa Francisco. Muita surpresa em ambos
os casos, para a Igreja e para o mundo. Vamos relembrar:
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, em 1936, numa modesta
família de imigrantes italianos, Mario Bergoglio, ferroviário, e Regina
Maria Sivori, dona de casa. O casal teve cinco filhos. Jorge estudou
em escola pública e diplomou-se como técnico químico. Na juventude,
dançava tango e teve até namorada, a quem um dia escreveu: “Se eu
não me casar com você, vou ser padre”. Decidiu-se pelo sacerdócio
e ingressou no seminário. Em 1969 foi ordenado padre. Em 1992,
bispo em Buenos Aires. Em 2001, cardeal. Em 13 de março de 2013,
foi eleito Papa. É descrito como um religioso discreto, mas de grande
sensibilidade política, humildade e muita experiência administrativa. É
o primeiro papa americano, primeiro jesuíta, primeiro a adotar o nome
de Francisco. A carga simbólica, profética e programática desse nome
lembra Francisco de Assis, o renovador da Igreja e da humanidade, o
santo da simplicidade e dos pobres, da fraternidade e da radicalidade
do Evangelho; o homem do milênio (Revista Life,1999 ) . A forma como
o Papa Francisco se apresentou e falou, desde os primeiros momentos,
animou e encheu de entusiasmo e esperança os católicos. Certamente
é um tempo novo, tempo de graça, porque o cristão sente que Cristo
caminha com sua Igreja.
Canto: /: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar! :/
1. Somos povo escolhido e na fronte assinalado com o nome do
Senhor, que caminha ao nosso lado.
78
A: Como Pedro, a missão do Papa é sempre recordar, guardar e proclamar
a experiência fundamental de nossa fé: “Jesus morto e ressuscitado
é o Cristo, o Filho do Deus vivo, o Salvador!” E o Papa Francisco se
manifestou, neste sentido, já nos primeiros dias de pontificado:
Leitor(a) 1: “Caminhar, edificar/construir, confessar a Cristo... Se não confessarmos Jesus Cristo, podemos ser uma organização piedosa, mas
não a Igreja.”
L 2: “Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas nunca esqueçamos que o verdadeiro
poder é o serviço, e que também o papa, para exercer o poder, deve entrar cada
vez mais nesse serviço, que tem seu cume luminoso na cruz; deve pôr seus
olhos no serviço humilde, concreto, rico de fé”, reforçou o Papa Francisco.
T: “Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem
quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos” (Mc 10,43).
Canto: /: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar! :/
1. Somos povo em missão, já é tempo de partir. É o Senhor que nos
envia, em seu nome, a servir.
A Palavra de Deus ilumina
A: O Apóstolo Pedro, humilde pescador,
inspirado por Deus, com destemor,
confessa a Jesus como o Cristo, o Filho
do Deus vivo. E Jesus o confirma como
líder da Igreja. Ouçamos como Mateus
narra a profissão de fé de Pedro.
Canto: /: Palavra de salvação somente o
céu tem pra dar. Por isso meu coração se abre para escutar :/
1. Por mais difícil que seja seguir, Tua Palavra queremos ouvir. Por
mais difícil de se praticar, Tua Palavra queremos guardar.
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, narrado
por Mateus 16,13-19.
A: Vamos reler o texto, cada um na própria Bíblia, em silêncio.
A: Vamos contar o texto com nossas palavras.
– O que mais nos chama atenção no texto?
(Tempo)
(Tempo para contar e responder)
79
A: O que o texto diz para nós, hoje?
(Tempo para conversar)
A: Como está minha adesão a Cristo e à Igreja?
– Tendo em vista esse texto, quem está hoje no lugar de Pedro e qual
sua missão?
(Tempo para responder)
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: O Concílio Niceno-Constantinopolitano (325-381) fixou quatro atributos
ou características que identificam a Igreja de Cristo: unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade. Sem eles, nenhuma Igreja é cristã. A
nossa Igreja é una, santa, católica e apostólica. Vejamos o que ensina
o Catecismo da Igreja Católica:
L 3: A Igreja é una: porque tem um só Senhor, confessa uma só fé, nasce
de um só Batismo, forma um só Corpo, vivificado por um só Espírito, em
vista de uma única esperança, no fim da qual serão superadas todas as
divisões (CIC, 866).
T: Creio na Igreja: una, santa, católica e apostólica!
L 1: A Igreja é santa: porque o Deus Santíssimo é seu autor; porque Cristo,
seu Esposo, se entregou por ela para santificá-la; porque o Espírito
Santo a vivifica com a caridade (CIC, 867). A santidade da Igreja é a fonte
da santificação dos seus filhos, os quais, aqui na terra, se reconhecem
todos pecadores, sempre necessitados de conversão e de purificação
(CIC, 823-831).
T: Creio na Igreja: una, santa, católica e apostólica!
L 2: A Igreja é católica: porque anuncia a totalidade da fé; traz em si e administra a plenitude dos meios de salvação; é enviada a todos os povos;
abarca todos os tempos. “Ela é, por sua própria natureza, missionária”
(CIC, 868). Católica significa universal, aberta ao todo.
T: Creio na Igreja: una, santa, católica e apostólica!
L 3: A Igreja é apostólica: porque está construída sobre fundamentos duradouros: “os doze Apóstolos do Cordeiro” (Ap 21,14); ela é indestrutível;
é infalivelmente mantida na verdade: Cristo a governa através de Pedro
e dos demais apóstolos, presentes nos seus sucessores, o Papa e o
colégio dos Bispos (CIC, 869).
80
T: “Guiada pelo Espírito Santo, a Igreja continua ao longo da história
a missão do próprio Cristo. Os cristãos, portanto, devem anunciar
a todos a Boa-Nova trazida por Cristo, seguindo o seu caminho,
dispostos também ao sacrifício de si até o martírio” (CIC, 852-856).
L 1: “O papa, bispo de Roma e sucessor de São Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade da Igreja. É o vigário de Cristo,
chefe do colégio dos bispos e pastor de toda a Igreja, sobre a qual tem,
por divina instituição, poder pleno, supremo, imediato e universal” (CIC,
881,882; 936,937).
L 2: É missão do Papa confirmar os irmãos na fé, com espírito de serviço e
caridade, pois esta foi a missão confiada a ele pelo próprio Jesus:
T: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,17).
Canto: /: Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres que eu
te siga, respondo: Eis-me aqui. :/
1. Profetas te ouviram e seguiram tua voz; andaram mundo afora e
pregaram sem temor. Seus passos tu firmaste, sustentando seu
vigor. Profeta tu me chamas: vê, Senhor, aqui estou!
2. Nos passos de teu Filho, toda a Igreja também vai, seguindo teu
chamado de ser santa qual Jesus. Apóstolos e mártires se deram
sem medir. Apóstolo me chamas: vê, Senhor, estou aqui!
3. Os séculos passaram, não passou porém, tua voz, que chama
ainda hoje, que convida a te seguir. Há homens e mulheres que
te amam mais que a si. E dizem com firmeza: vê, Senhor, estou
aqui!
Compromisso
A: Quando o assunto é Igreja, geralmente nos limitamos a aceitar o
que as grandes redes de TV e rádio
noticiam. Por trás dessa “poderosa
mídia”, há interesses, muitas vezes
até contrários à Igreja. Sugestões:
a) Aprofundar mais nosso conhecimento a respeito das quatro
características de nossa Igreja:
una, santa, católica, apostólica;
81
b) Ouvir emissoras católicas, assinar, adquirir e ler revistas, jornais e
livros católicos, mas também fazer questão de ter opinião própria e
fundamentada a respeito dos assuntos divulgados;
c) Ajudar a divulgar, até financeiramente, as TVs, rádios e programas
católicos;
d) Disponibilizar-nos e engajar-nos nos diversos serviços, pastorais,
movimentos que há em nossa comunidade paroquial.
Oração e bênção
A: “Recitar com fé o Credo é entrar em comunhão com Deus Pai, Filho
e Espírito Santo. É também entrar em comunhão com a Igreja inteira,
que nos transmite a fé e no seio da qual cremos. Este Símbolo é o selo
espiritual, a meditação do nosso coração e o guardião sempre presente:
ele é, seguramente, o tesouro da nossa alma” (CIC, 197). Então, com fé,
rezemos...
T: Creio em Deus Pai...
A: Pedir a bênção de Deus é nos entregar à fidelidade e à direção de Deus;
é invocar o apoio permanente de Deus para nossa vida; é pedir que
“a mão de Deus esteja sobre nós”. Por isso, estendamos a mão sobre
outra pessoa e digamos:
T: “O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor faça brilhar sobre ti a
sua face, e se compadeça de ti. O Senhor volte para ti o seu rosto
e te dê a paz” (Nm 6,24-26). E te abençoe o Deus misericordioso, Pai,
Filho e Espírito Santo.
Canto: /: Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor, pra fazer tua vontade,
pra viver no teu amor; pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor.
Eis-me aqui, Senhor! :/
1. O Senhor é o pastor que me conduz, por caminho nunca visto
me enviou. Sou chamado a ser fermento, sal e luz, e por isso
respondi: Aqui estou!
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
82
Ano da Fé
Vivemos um tempo de graça, um ano de redescoberta e avivamento da nossa fé.
Foram momentos de estudos e vivência em nossas comunidades,
preparando-nos para o grandioso momento celebrativo de encerramento
do ANO DA FÉ.
Pedimos a todas as pessoas que participam dos Grupos Bíblicos
em Família que convidem seus familiares, parentes e vizinhos e toda a
comunidade para essa grandiosa festa em que a Igreja arquidiocesana
confirma e celebra, solenemente, que Jesus Cristo é o Senhor da vida,
o centro de nossa fé cristã.
Esse grandioso momento celebrativo se realizará no dia 24 de
novembro, a grande festa da Solenidade de Cristo Rei.
Entrem em contato com o seu pároco, e/ou com as pessoas que
estão organizando as caravanas, e reservem seu lugar. Vamos todos
participar! (Ler o anexo nas páginas 104 e 105)
83
15º Encontro
CREIO NA COMUNHÃO
DOS SANTOS
“Sede santos, porque eu, o Senhor
vosso Deus, sou santo” (Lv 19,2).
Símbolos: Bíblia, vela, cruz, casinha, estampa de Jesus e de santos de sua preferência, fotografia
de pessoas falecidas que consideramos santas:
(pai, mãe, pessoas da comunidade que trabalham incansavelmente e sofrem pelo bem dos
outros...).
Motivação e oração
Animador(a): Irmãos e irmãs em Cristo Jesus, companheiros(as) do nosso
Grupo. Estamos reunidos nesta casa da família (Nome da família), para
mais um encontro de fé. Hoje vamos refletir sobre a nossa comunhão
com Jesus Cristo e os seus ensinamentos na humildade do amor, na
justiça e na caridade.
Canto: /: Estaremos aqui reunidos, como estavam em Jerusalém, pois só
quando vivemos unidos é que o Espírito Santo nos vem :/.
1. Ninguém para esse vento passando, ninguém vê, e ele sopra
onde quer. Força igual tem o Espírito quando faz a Igreja de Cristo
crescer.
A: Façamos o sinal da nossa fé.
Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
A: Rezemos:
T: Pai Nosso...
Fato real
A: Nos nossos Grupos Bíblicos encontramos esposas cuidando do marido enfermo; marido zelando pela esposa em cadeira de rodas; filhos
84
cuidando dos pais; e outros irmãos e irmãs em cuidados afins. Mesmo
cansadas, essas pessoas sempre recebem os participantes do Grupo
com grande afeto, estampando no rosto um alegre sorriso.
– Partindo dessa afirmação concreta: nós conhecemos uma situação
semelhante?
– Já passamos por momentos parecidos?
(Tempo para conversar)
Canto: /: Sabes, Senhor, o que temos é tão pouco pra dar, mas este pouco
nós queremos com os irmãos compartilhar. :/
A Palavra de Deus ilumina
A: No texto que vamos ouvir, da 1ª Carta
aos Coríntios, Paulo reforça que, mesmo
diferentes entre nós, estamos em comunhão com Cristo pelo batismo.
Canto: 1. Senhor, tua Santa Palavra é mensagem de vida, nos fala de paz. É luz
que ilumina os caminhos, põe rumo nos
passos, nos fala de amor.
/: Por tua Palavra sempre estarás falando de amor e paz. :/
Leitor(a) da Palavra: Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios
12,12-14.
(Momento para refletirmos em silêncio)
A: Vamos entender o texto:
a) Reler o texto, observando palavras ou versículos mais fortes.
b) O que mais nos chamou atenção?
c) O que São Paulo nos conta?
(Tempo para reler e responder)
d) O que Deus quer dizer para nós hoje?
(Tempo para conversar)
e) Vamos responder a Deus, cantando:
Canto: /: Sim, eu quero que a luz de Deus, que um dia em mim brilhou,
jamais se esconda e não se apague em mim o seu fulgor. Sim, eu
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quero que o meu amor ajude o meu irmão a caminhar guiado por
tua mão. Em tua lei, em tua luz, Senhor! :/
1. Quando eu sou um sol a transmitir a luz, e meu ser é templo em
que habita Deus, todo o céu está presente em mim, envolvendome na vida e no calor.
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: São Paulo usa a imagem do corpo, que tem muitos membros, para nos
dizer que, embora diferentes, formamos uma só Igreja, que estamos
sempre em comunhão com Cristo e em comunhão com todos os irmãos
e irmãs.
T: Se um membro sofre, todos os membros participam do seu sofrimento; se um membro é honrado, todos os membros participam
de sua alegria (1Cor 12,26).
Leitor(a) 1: Compartilhar com nossos irmãos e irmãs que sofrem é obrigação
daquele ou daquela que fez a opção total de sua vida em Cristo, dá
testemunho de seu batismo, buscando o caminho da santidade.
L 2: Neste caminho, estando em comunhão com os santos, somos ligados
a Cristo em todas as pessoas que sofrem: o doente, o presidiário, os
pobres, os indigentes...
T: “Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19,2).
Canto: /: São filhos do mesmo Pai, com sangue da mesma cor; herdeiros
do mesmo céu, nascidos do mesmo amor. :/
A: Agora, vamos repetir o título do Encontro de hoje:
T: Creio na Comunhão dos Santos.
A: O Catecismo da Igreja Católica diz que a expressão Comunhão dos
Santos tem dois significados, que estão ligados entre si:
L 3: Comunhão nas coisas santas e comunhão entre as pessoas santas,
ou seja, entre os que, pela graça, estão unidos a Cristo morto e
ressuscitado.
L 1: Alguns são peregrinos na terra. Outros, tendo deixado esta vida, estão
se purificando no purgatório, ajudados também pelas nossas orações.
L 2: Outros, enfim, já gozam da glória de Deus no céu e intercedem
por nós.
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L 3: Todos juntos formam em Cristo uma só família, a Igreja, para louvor e
glória da Trindade.
T: “Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perteito” (Mt 5,47).
A: Voltemos, ainda, ao Catecismo que diz:
T: A Palavra, os Sacramentos, e a Caridade são coisas santas.
A: Todos somos filhos de Deus e formamos em Cristo uma família, ao
nos comunicarmos uns com os outros na caridade mútua e no comum
louvor da Santíssima Trindade. Cristo está presente na vida da Igreja
que forma um só Corpo em Cristo (CIC, 954-962).
Canto: /: Glória ao Pai, ao Deus da luz, glória ao seu Filho Jesus, glória
ao Espírito Santo, glória, amém! :/
Compromisso
A: A exemplo dos Santos, como São Francisco de Assis, Santa Paulina e tantos
outros que passaram por nós testemunhando a fé, e dos que estão no meio
de nós fazendo o bem, vamos, como
compromisso, seguir os passos de
Jesus, praticando a caridade, aliviando
momentos de dor, ouvindo nosso irmão
ou nossa irmã, visitando doentes.
Oração e bênção
A: Vamos relembrar o texto de São Paulo, junto com o fato real, e elaborar
espontaneamente algumas preces, suplicando:
(Tempo para as preces)
T: Senhor, escutai a nossa prece!
A: Rezemos em dois lados o Salmo 99 (100)
Lado A: Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a
ele cantando jubilosos!
Lado B: Sabei que o Senhor, só ele é Deus. Ele mesmo nos fez, e somos
seus. Nós somos seu povo e seu rebanho.
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Lado A: Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de
louvor. Dai-lhes graças, seu nome bendizei!
Lado B: Sim, é bom o Senhor e nosso Deus. Sua bondade perdura para
sempre. Seu amor é fiel eternamente.
T: Aclamai o Senhor, ó terra inteira. Seu amor é fiel eternamente!
A:
Pedimos a bênção:
T: Que Deus todo-poderoso, por intercessão de Maria santíssima, nos
abençoe e nos guarde, nos dê a saúde e a paz. Ele que é Pai, Filho
e Espírito Santo. Amém!
Canto: /: Pai nosso dos pobres marginalizados! Pai nosso dos mártires,
dos torturados. :/
1. Teu nome é santificado naqueles que morrem, defendendo a vida.
Teu nome é glorificado, quando a justiça é nossa medida. Teu
reino é de liberdade, de fraternidade, paz e comunhão. Maldita
toda violência, que devora a vida pela repressão, ô...
2. Queremos fazer tua vontade, és o verdadeiro Deus libertador.
Não vamos seguir as doutrinas corrompidas pelo poder opressor.
Pedimos-te o pão da vida, o pão da segurança, o pão das multidões. O pão que traz humanidade, que constrói a vida em vez
de canhões, ô...
3. Perdoa-nos quando, por medo, ficamos calados diante da morte!
Perdoa e destrói os reinos em que a corrupção é a lei mais forte.
Protege-nos da crueldade, do esquadrão da morte, dos prevalecidos. Pai nosso revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos
oprimidos! ô...
A: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!
T: Para sempre seja louvado!
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
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16º Encontro
CREIO NA REMISSÃO
DOS PECADOS
“Se reconhecemos os nossos pecados, então Deus
se mostra fiel e justo, para nos perdoar...” (1Jo 1,9).
Ambiente: Bíblia, casinha, cruz, vela, pano branco,
e outros símbolos que o grupo achar importante para a reflexão.
Acolhida: Pela família que mora na casa.
Motivação e oração
Animador(a): Irmãos e irmãs, é bom estarmos juntos para rezar e refletir a
Palavra de Deus, que é viva e eficaz na nossa vida. Vamos partilhar o
que fizemos durante esta semana.
(Tempo para partilhar)
A: Neste Tempo Comum estamos refletindo passo a passo a nossa profissão de fé, o Credo, e vivenciando o Ano da Fé. Saudamos a presença da
Trindade Santa no meio de nós e em seguida pedimos perdão a Deus,
cantando:
Todos(as): Em nome do Pai...
Canto: 1. Perdão, Senhor, tantos erros cometi. Perdão, Senhor, tantas vezes
me omiti. /: Perdão, Senhor, pelos males que causei, pelas coisas
que falei, pelo irmão que eu julguei.:/
/: Piedade, Senhor, tem piedade, Senhor, meu pecado vem
lavar com teu amor. Piedade, Senhor, tem piedade, Senhor,
e liberta minha alma para o amor. :/
2. Perdão, Senhor, por que sou tão pecador. Perdão, Senhor, sou
pequeno e sem valor. /: Mas, mesmo assim, tu me amas, quero
então te entregar meu coração, suplicar o teu perdão.:/
A: Hoje vamos refletir sobre ‘crer na remissão dos pecados’. O Catecismo
da Igreja Católica ressalta que “o símbolo dos Apóstolos liga a fé no
89
perdão dos pecados à fé no Espírito Santo, mas também à fé na Igreja
e na comunhão dos santos” (CIC, 976). Ao professar nossa fé, revelamos a
presença atuante do Espírito Santo: na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne
e na vida eterna.
Canto: Creio, Senhor, mas aumentai minha fé.
Fato real
Leitor(a): Um casal tinha uma única filha, que amavam muito. Ela tinha uma
vida de princesa. Mas os pais eram muito exigentes, controlavam tudo
e não permitiam que ela fizesse nada sozinha. Qualquer decisão ou
escolha sua, seus divertimentos e estudos, suas amizades, enfim, tudo
tinha que passar pela aprovação de seus pais. Sentia-se aprisionada e
pensava: “Isso não é vida, não é amor”. Um dia, brigou com seus pais
e resolveu sair de casa, ter sua própria vida. Mesmo sofrendo com o
afastamento da filha, os pais tentaram compreendê-la. Muitos anos
se passaram, sem que ela desse notícias ou buscasse saber notícias
deles. Se em casa ela tinha de tudo, agora vivia apenas com o que ganhava para o seu sustento. Numa manhã, logo ao acordar, lembrou-se
vivamente de seus pais e pensou: “Será que ainda estão vivos, ainda
moram no mesmo lugar?” Durante o dia pensou muito neles e no modo
como viviam. À noite, resolveu escrever-lhes: “Eu gostaria de revê-los,
sei que errei muito ao sair de casa assim, quero pedir perdão e voltar
para casa. Depois do que fiz, não sei se vocês querem me ver, ou até
mesmo me perdoar. Irei visitá-los. Se me perdoaram, coloquem um lenço
branco na janela, onde eu o possa ver logo que me aproxime da casa”.
Sem dizer em qual dia voltaria, ela se aproximou da casa bem devagar.
Pensava: “Será que eles receberam a carta, ainda moram aqui, será que
me perdoaram”? Levou um susto, quando viu lençóis brancos estendidos
no portão, no jardim, no telhado, na janela. O que mais a comoveu foi
quando chegou bem perto e viu um casal já idoso sentado na varanda
da casa, com lenços brancos nas mãos, acenando... Estavam à espera
da filha perdida, sinalizando o seu perdão.
A: Esse conto nos faz refletir muito o tema de hoje: ‘Creio na remissão dos
pecados’ e na volta para a casa do Pai. Quem de nós, por algum motivo,
já não se afastou de Deus e da família? Conhecemos contos parecidos
com este na vida real?
(Refletir em silêncio)
90
A Palavra de Deus ilumina
A: O texto que vamos ouvir leva-nos a
caminhar com Deus, sentir sua misericórdia e o seu amor ao nos enviar seu
Filho Jesus Cristo para redimir-nos dos
nossos pecados e trazer a salvação.
Vamos acolher a Palavra, cantando:
Canto: /: A vossa Palavra, Senhor, é sinal
de interesse por nós. :/
1. Como um Pai ao redor de sua mesa, revelando seus planos de
amor.
Leitor(a) da Palavra: Leitura da primeira carta de São João 1,5-10.2,1-2.
(Um breve silêncio)
A: Vamos reler o texto, e dizer as palavras mais fortes para nós.
(Tempo para reler e responder)
A: Como podemos relacionar o fato real com o texto bíblico?
(Tempo para conversar)
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: O Catecismo diz: A remissão dos pecados é uma ação do Espírito Santo
na Igreja de Cristo, para tornar-nos seus fiéis seguidores e preparar-nos
para a vida eterna.
T: “Se reconhecemos os nossos pecados, então Deus se mostra fiel
e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de todas as
injustiças” (1Jo 1,9).
L 1: O batismo é o primeiro sacramento do perdão dos pecados, porque nos
une a Cristo, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa
justificação, a fim de que nós vivamos uma vida nova (cf. CIC, 977 a 980).
L 2: Depois da ressurreição, Cristo enviou os seus Apóstolos a anunciar a
todos os povos o arrependimento em seu nome, para a remissão dos
pecados (cf. CIC, 981).
T: “Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos..., e no seu nome será
anunciada a conversão, para o perdão dos pecados, a todas as
nações...” (Lc 24,46-47).
91
L 3: Para o perdão dos pecados cometidos depois do Batismo, Cristo instituiu o Sacramento da Reconciliação ou Penitência, por meio do qual o
cristão batizado é reconciliado com Deus e com a Igreja (CIC, cf. 981).
L 1: É por vontade de Cristo que a Igreja possui o poder de perdoar os pecados dos batizados; ela o exerce através dos presbíteros, de modo
habitual no Sacramento da Penitência. Somos também perdoados por
meio do Sacramento da Unção dos Enfermos e pela Eucaristia.
T: Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados serão
perdoados, e àqueles a quem os retiverdes serão retidos (Jo 20,22-23).
L 2: Na remissão dos pecados, os sacerdotes e os sacramentos são instrumentos dos quais o Senhor Jesus Cristo se serve para nos conceder a
graça do perdão e da salvação, (cf. CIC, 987).
L 3: É impossível ser cristão, viver bem em família, ser um bom cidadão,
ser feliz neste mundo, sem a purificação de nossos pecados e sem a
conversão.
A: Se na Igreja não houvesse a remissão dos pecados, nada haveria a
esperar, não existiria qualquer esperança na vida eterna, na libertação
eterna. Demos graças a Deus, que deu à sua Igreja esse dom.
Canto: 1. Reveste-me, Senhor, com tua graça. Eu quero meu irmão servir
melhor. Que o teu Espírito em mim se faça. Que eu possa caminhar no
teu amor.
/: Reveste-me, Senhor. Reveste-me, Senhor. Reveste-me,
Senhor, com teu amor. :/
2. Que eu busque em minha vida a santidade, no exemplo de Jesus,
a inspiração, na fé e na esperança e caridade, fazendo acontecer
libertação.
Compromisso
A: A partir da nossa reflexão do texto bíblico e do fato da vida, como
podemos assumir compromissos de verdadeiros cristãos e cristãs?
Sugestões:
– Dedicar um momento para ler, meditar e contemplar a Palavra de
Deus, buscar um encontro pessoal com Deus.
– Reconhecer nossos erros, e alimentar o desejo da conversão
diariamente.
– Fazer sempre uma boa confissão em qualquer tempo.
– Perdoar nossos irmãos e irmãs que muitas vezes achamos que nos
ofendem por pensarem diferente de nós.
92
A: Além desses compromissos, convidemos todas as famílias da comunidade para participarem do grande momento celebrativo em que a Igreja
arquidiocesana se reúne para celebrar com entusiasmo o encerramento
da vivência do Ano da Fé e da Solenidade de Cristo Rei.
Oração e bênção
A: A oração nos leva a Deus. Relembrando um pouco o fato real e o texto
bíblico, vamos com alegria fazer esse encontro de reconciliação com
Deus. Façamos a oração do Ato penitencial. Confessemos os nossos
pecados:
T: Confesso a Deus todo-poderoso, e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões,
por minha, culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria,
aos anjos e santos, e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim
a Deus, nosso Senhor. Amém.
A: Que Deus nos conceda o perdão de nossos pecados, que nos conceda
a alegria, a perseverança e a disponibilidade para estarmos novamente
reunidos na próxima semana. Pedimos a sua bênção.
T: Que Deus nos encha com sua bondade, nos proteja de todos os
males e nos abençoe, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.
Canto: 1. Dentro de mim existe uma luz, que me mostra por onde deverei
andar. Dentro de mim também mora Jesus, que me ensina a buscar o
seu jeito de amar.
/: Minha luz é Jesus, e Jesus me conduz pelos caminhos da
paz. :/
2. Dentro me mim existe um farol, que me mostra por onde deverei
remar. Dentro de mim Jesus Cristo é o sol, que me ensina a buscar
o seu jeito de sonhar.
3. Dentro de mim existe um amor, que me faz entender e lutar por
meu irmão. Dentro de mim Jesus Cristo é o calor, que acendeu
e aqueceu pra valer meu coração.
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
93
17º encontro
CREIO NA RESSURREIÇÃO
DA CARNE
“Se o Espírito daquele que ressuscitou
Jesus dos mortos habita em vós,...
dará a vida também para os corpos mortais,
pelo seu Espírito que habita em vós” (Rm 8,11).
Ambiente: Bíblia, vela, casinha, livro de cateque-
se, figuras de pessoas vivas e mortas.
Acolhida carinhosa pelos donos da casa.
Motivação e oração
Animador(a): Como é bom estarmos aqui reunidos em nome de Jesus, para
refletirmos um tema tão importante: ‘Creio na ressurreição da carne’!
Saudemos a Santíssima Trindade, cantando:
Canto: Em nome do Pai...
A: Olhemos para os símbolos e vamos dizer o que eles expressam.
(Tempo)
Canto: /: Vitória, tu reinarás. Ó cruz, tu nos salvarás. :/
A: Fechemos os olhos por um instante. Em silêncio, respiremos lentamente, tomando consciência do nosso corpo, pensamentos, sentimentos e
emoções. Peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine. Bebamos da
fonte da ternura que nasce do coração de Deus.
(Um breve silêncio)
A: Rezemos lentamente o Credo.
Todos(as): Creio em Deus Pai...
Fato real
Leitor(a): Marcelo contraiu uma bactéria na medula, que o tornou tetraplégico.
Como sempre confiou em Deus, acreditou com muita fé na sua cura, que
94
pedia a Deus com insistência. Ao mesmo tempo, conformado, rezava
com paciência, acreditando que, mesmo que não ficasse bom, um dia
ressurgiria pela fé num corpo transfigurado. A esposa ao seu lado o
apoiou com perseverança. Aos poucos ele foi melhorando e superou a
doença. Hoje anda com certa dificuldade, apoiado numa bengala, mas
muito alegre e atuante. É autodidata em Informática, solidário para com
as pessoas, participa ativamente na comunidade e exerce o ministério
da Palavra.
Canto: /: Dou graças, Senhor, por teu grande amor. :/
A Palavra de Deus ilumina
A: No texto bíblico vamos ouvir como Deus nos fala através da carta de
São Paulo aos Romanos. Acolhamos a Palavra, cantando.
Canto: 1. Eu vim para escutar tua Palavra, tua Palavra, tua Palavra de
amor.
2. Eu gosto de escutar tua Palavra, tua Palavra, tua Palavra de
amor.
3. Eu quero entender melhor tua Palavra, tua Palavra, tua Palavra
de amor.
Leitor(a) da Palavra: Leitura da carta de São Paulo aos Romanos 8,11-12.
(Um breve silêncio)
A: O que o texto diz? E o que mais nos chamou a atenção?
(Tempo)
A: O que o texto diz para nós hoje?
– O que o fato real tem a ver com o texto bíblico?
(Tempo para conversar)
Aprofundando o tema a partir da Palavra e do Catecismo
A: Ressurreição da carne, tema do nosso encontro. Esse assunto nos
enche de esperança. Vamos ver o que nos ensina o Catecismo.
T: Creio na ressurreição da carne.
95
Leitor(a) 1: Pela fé, cremos que Jesus morreu e ressuscitou, e também cremos
que na ressurreição receberemos um novo corpo, eterno e glorificado,
um corpo semelhante ao de Cristo Ressuscitado.
L 2: Quando foi formado nosso corpo, foi juntamente formada nossa alma.
Nossos pais nos geraram pela força e graça do criador.
L 3: A pessoa humana é ao mesmo tempo corporal e espiritual. O espírito e
a matéria, no ser humano, formam uma única natureza.
T: “Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em
vós, aquele que ressuscitou Cristo dos mortos dará a vida também para
os corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós” (Rm 8,11).
L 1: O Catecismo também nos diz que, na morte, morre a matéria (o corpo),
mas que a matéria e o espírito ressuscitam para o julgamento.
T: “São Paulo nos diz que receberemos um corpo glorioso, celestial,
como o de Cristo ressuscitado” (1Cor 15,44; Fil 3,21)
L 2: A fé na ressurreição nos leva a superar muitas situações difíceis e so­
fridas da nossa vida.
L 3: A ressurreição é a esperança que temos na vida eterna, por isso não
precisamos ter medo do amanhã, pois a morte não é o ponto final da
existência.
T: Jesus nos diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim,
ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em
mim, não morrerá jamais. Crês isto?” (Jo 11,25-26).
L 1: Ressurreição é vida nova, viver de novo, pois temos a certeza de que,
mesmo passando pelo poder da morte, dela seremos libertados pela
força criadora de Deus.
T: Eles mataram Cristo, pregando-o numa cruz. Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia. “Como Cristo ressuscitou, nós também ressuscitaremos” (Rm 8,11).
A: A morte não tem poder sobre Deus, ele vence o poder da morte e
garante-nos a vida eterna. Se essa verdade nortear nossa vida, não há
mais dúvidas de que a ressurreição de Cristo garante a ressurreição de
todos nós, no tempo certo designado por Deus.
T: Creio na ressurreição da carne.
Canto: /: Oh, vem cantar comigo, irmão, nesta festa da ressurreição. Oh,
vem cantar, irmão. Oh, vem cantar. :/
1. Jesus está vivo, é rei vencedor. O céu e a terra lhe cantam louvor.
Aleluia! Aleluia!
96
Compromisso
A: a) Fazer os encontros dos GBF na casa
de pessoas doentes, que não participam da Igreja...
b) Visitar e levar consolo às famílias que
sofrem pela perda de uma pessoa
querida.
c) Perdoar e saber receber o perdão
das pessoas, evitando mágoas.
d) Convidar as pessoas da comunidade para participar nas reivindicações por melhores condições de vida.
Além desses compromissos, convidar as famílias da comunidade, parentes e amigos, para participarem, no dia 24 de novembro, da festa de
Cristo Rei e do encerramento do Ano da Fé.
Oração e bênção
A: Diante do que refletimos, vamos elevar nossa
oração a Deus, lembrando as pessoas que
necessitam de nossas orações. Em seguida,
rezemos:
(Tempo para lembrar e falar os nomes)
T: Pai Nosso..., Ave Maria..., Glória ao Pai...
A: Pedimos a bênção de Deus.
T: Senhor, penetra em nosso ser e torna-nos reflexo da tua vida. Unge
a nossa cabeça, nossos olhos, nossos ouvidos, nossos lábios,
nossas mãos, nossos pés, nosso coração, nosso espírito, para o
serviço do teu Reino. Ó Deus, Pai e Mãe da criação, fonte de toda a
vida, pela força maternal do teu Espírito, fecunda nossos trabalhos,
abençoa-nos agora e sempre. Amém.
A: Com entusiasmo, demo-nos as mãos, cantando:
Canto: /: Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um
novo mar. E nesse dia os oprimidos, numa só voz, a liberdade
irão cantar. :/
1. Na nova terra, o fraco, o pobre e o injustiçado serão juízes deste
mundo de pecado. Na nova terra, o forte, o grande e o prepotente
irão chorar até ranger os dentes.
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2. Na nova terra, os povos todos irmanados, com sua cultura e
direitos respeitados, farão da vida um bonito amanhecer, com
igualdade no direito de viver.
Atenção:
É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.
Avaliação
Ao longo dos encontros refletimos e percebemos que seguimos
um novo roteiro. Pedimos aos membros dos grupos se reunirem e fazerem uma boa avaliação no término do livreto. Dê sua opinião sobre
o novo roteiro, os temas, os textos bíblicos, as orientações da Igreja,
os fatos reais, os anexos e também responder o questionário no final
do livreto.
98
18º Encontro
CREIO NA VIDA ETERNA
“Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles
que amam a Deus...” (Rm 8,28).
Ambiente: Bíblia, casinha, cruz com pano branco,
estampa ou figura de Jesus ressuscitado.
Acolhida: Pelas pessoas da casa.
Motivação e oração
Animadores(as): Sejam todos e todas bem-vindos! Estamos chegando ao fim
de uma longa jornada de trabalho, o livreto do Tempo Comum. Tempo em
que fizemos uma bela reflexão de nossa profissão de fé. Com alegria e
fortalecidos na fé, o Senhor nos reúne, derrama sobre nós o seu Santo
Espírito, nos alimenta com sua Palavra e nos envia em missão.
Todos(as): Bendito seja Deus para sempre.
A: Rezemos professando nossa fé na ressurreição para a vida eterna e
saudemos a Santíssima Trindade.
T: Em nome do Pai... Creio em Deus Pai...
Canto: /: Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre. Ontem, hoje e sempre,
aleluia. :/
1. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito da criação. Tudo
o que existe foi nele criado. Nele encontramos a Redenção.
A: Hoje vamos refletir sobre a ‘fé na vida eterna’. Todos nós um dia teremos
que deixar o ventre da mãe terra para experimentar a vida em plenitude
com Deus.
T: Deus nos criou para o amor, para a comunhão com ele. Ele é criador
na ordem da graça, mistério que só alcançamos pela fé.
A: A ressurreição é o centro da nossa fé cristã. Não se pode ser cristão
sem a fé na ressurreição de Cristo e em nossa própria ressurreição.
Como Cristo ressuscitou, nós também ressuscitaremos.
T: “O Espírito Santo, que ressuscitou Jesus, também há de nos ressuscitar...” (cf. Rm 8,11).
99
Fato real
Leitor(a): O dia 13 de outubro de 2010 marcou o fim do drama dos 33 mineiros presos em uma mina de cobre no norte do Chile, na qual estavam
soterrados a uma profundidade de 700 metros desde o dia 05 de agosto.
“Mesmo o plano de resgate tendo sido preparado com antecedência,
estávamos apreensivos, mas hoje é um dia de muita felicidade para todo
povo chileno no mundo. Eles estão sendo resgatados aos poucos. Se
não déssemos as mãos, seria mais difícil. Para nós é uma grande vitória,
o modo como está sendo realizado o resgate. Sabemos o que significa
esse tipo de trabalho, a angústia das famílias. É um milagre mesmo. O
fato de todos os operários conseguirem sobreviver ao desmoronamento
e os colegas não desistirem de procurá-los, só pode ser um milagre”,
disse Aldo Famolaro, cônsul geral do Chile em São Paulo.
A: Para Deus tudo é possível. Esse fato real mostra que a vida humana é
dom de Deus e que deve ser valorizada, cuidada... Quantos momentos
na nossa vida, em que já nos encontramos em situações desesperadoras, que só por Deus para nos ressuscitar, voltar à vida outra vez.
(Um breve silêncio)
Canto: Creio, Senhor, mas aumentai minha fé.
A Palavra de Deus ilumina
A: Vamos ouvir com atenção o que Deus diz para nós através da sua Palavra. Acolhamos com alegria a Palavra de Deus, cantando:
Canto: /: A Bíblia é a palavra de Deus semeada no meio do povo, que
cresceu, cresceu e nos transformou, ensinando-nos a viver num
mundo novo. :/
1. Deus é bom, nos ensina a viver. Nos revela o caminho a seguir.
Só no amor partilhando seus dons, sua presença iremos sentir.
Leitor(a) da Palavra: Leitura da carta de São Paulo aos Romanos 8,28-30.
(Um breve silêncio)
A: Vamos reler o texto e ver as palavras que mais nos chamaram a atenção.
(Tempo para reler e responder)
A: O que o texto quer dizer a nós hoje?
(Tempo para conversar)
100
A: No fato real, Deus nos mostra que, mesmo diante do mais penoso
sofrimento, sem perspectiva de sobrevivência, ele ouve o nosso clamor e age por iniciativas de pessoas que não perdem a esperança
e confiam nele.
T: “Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu projeto” (Rm 8,28).
Aprofundando o tema à luz da Palavra e do Catecismo
A: O credo cristão se serve de duas fórmulas para afirmar essa verdade
de fé: ressurreição dos mortos e ressurreição da carne.
L 2: Ressurreição dos mortos significa que, mesmo passando pelo poder da
morte, dela seremos libertados pela força criadora e regeneradora de
Deus.
L 3: A morte não tem poder sobre Deus. Ao contrário, sendo o Senhor dos vivos
(Mc 12,27), ele vence o poder da morte e garante-nos a força da vida.
A: A Igreja nos orienta, dizendo que, após a morte, Jesus nos dará a vida
eterna. Ela é dom de Deus. É vida que não terá fim.
T: “Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu projeto” (Rm 8,28).
L 1: Ressurreição da carne significa que, mesmo na fragilidade de nossa
carne mortal, na materialidade de nossa existência, própria de todas
as criaturas, nós seremos, se formos fiéis a Deus, glorificados, transformados, transfigurados.
A ressurreição é o centro da nossa fé cristã. Não se pode ser cristão
sem a fé na ressurreição de Cristo e em nossa própria ressurreição.
Como Cristo ressuscitou, nós também ressuscitaremos.
T: “No fim dos tempos receberemos um corpo glorioso, celestial,
como o de Cristo ressuscitado” (cf. 1Cor 15,44; Fil 3,21).
L 2: O julgamento que cada um recebe de Deus a partir da morte é em relação
à sua fé e às suas obras. Tal retribuição consiste no acesso à bem-aventurança do céu, imediatamente, ou depois de uma adequada purificação;
ou então, à condenação para quem não aceita a graça de Deus.
L 3: Os que morrerem na graça de Deus e estiverem perfeitamente purificados viverão para sempre com Cristo e em comunhão de amor da
Santíssima Trindade, com Maria, os anjos e os santos e intercedem por
nós (cf. CIC, 1023-1024).
101
T: “Os que morrem na plena graça de Deus são reunidos à Igreja
triunfante, onde veem a Deus face a face” (cf. 1Cor 13,12).
L 1: Os que morrem preparados para o abraço eterno do Pai morrem na
amizade de Deus, que lhes assegura a salvação eterna.
T: Na vida eterna, todos seremos um em Cristo, na sua totalidade e
plenitude de todas as coisas.
L 3: Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade
(1Tm 2,4). Ele tudo faz para que sua vontade salvífica universal realmente
aconteça, mas não interfere na salvação, respeita a nossa liberdade.
L 1: Deus é o único em quem nós encontramos a vida e a felicidade. Ninguém pode viver e ser feliz sem a presença de Deus. Só ele é criador
na ordem da graça, mistério que só alcançamos pela fé.
T: Que o Deus dos vivos e dos mortos nos dê a graça de uma permanente e persistente conversão, a fim de podermos ressuscitar com
Cristo para a glória eterna!
Canto: 1. Andar sem temor pela vida e sentir o valor de se ter liberdade. Poder
abraçar um amigo e sentir o calor de uma grande amizade.
/: Cristo é a felicidade. Cristo é a felicidade. Sem ter amor
nesta vida, não há quem seja feliz de verdade. :/
2. Sentir que se está sempre perto de Deus e que nele se encontra
a verdade. Andar sem temor pela vida e sentir o valor de uma
grande amizade.
Compromisso
A: Neste longo período refletindo sobre a nossa profissão de fé, percebemos
como é grande o amor misericordioso de Deus para conosco. Diante
disso, como podemos testemunhar que cremos nesse amor de Deus
por nós? Como podemos testemunhar que cremos na vida eterna?
(Tempo para conversar e ver o que pode ser assumido
de compromisso para o dia a dia)
Oração e bênção
A: A Igreja nos orienta, dizendo que, após a morte, Jesus nos dará a vida
eterna. Ela é dom de Deus, mas é também merecimento nosso, na medida em que usamos para o louvor de Deus o que provém de sua graça
e bondade. É vida que não terá fim. Professar a fé conscientemente
102
alarga o nosso coração com a esperança de vivermos eternamente
unidos a Jesus Cristo e aos irmãos e irmãs.
T: Somos chamados a testemunhar intensamente, com renovada convicção, a nossa fé em que Jesus Cristo é o cento da vida cristã.
A: Rezemos:
T: Pai nosso... Gloria ao Pai...
A: O Senhor esteja sempre conosco.
T: Ele está no meio de nós. Abençoe-nos o Pai, o Filho e o Espírito
Santo. Amém.
Canto: /: Vós sois o caminho, a verdade e a vida, o pão da alegria descido
do céu! :/
1. Nós somos caminheiros que marcham para os céus. Jesus é o
caminho que nos conduz a Deus.
2. Da noite da mentira, das trevas para a luz, busquemos a verdade,
verdade é só Jesus.
3. Pecar é não ter vida, pecar é não ter luz. Tem vida só quem segue
os passos de Jesus.
4. Jesus, verdade e vida, caminho que conduz a Igreja peregrina,
que marcha para a luz.
Lembrete:
Caso os grupos terminem os encontros do livreto do Tempo
Comum antes da solenidade de Cristo Rei, propomos que continuem
se encontrando para não dispersar o grupo. Sugestões:
99 Praticar a Leitura Orante da Palavra de Deus no próprio grupo
reunido;
99 Rever alguns encontros que mais chamaram a atenção ou que por
algum motivo marcaram o grupo;
99 Responder no grupo à avaliação que está no final do livreto, dar sua
opinião sobre o novo roteiro deste livreto e encaminhar à Coordenação Arquidiocesana dos GBF;
99 Conversar e combinar como organizar o lançamento do novo livreto
para o Advento e Natal.
103
Anexo 1
ANO DA FÉ
“O Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão
ao Senhor, único Salvador do mundo” (Porta da Fé, n. 6).
Ao publicar a Carta Apostólica Porta Fidei (Porta de Fé) o Papa
Bento XVI convocou os cristãos católicos do mundo inteiro para o Ano
da Fé dizendo: “Queremos celebrar
este Ano de forma digna e fecunda.
Deverá intensificar-se a reflexão
sobre a fé, para ajudar todos os
crentes em Cristo a tornarem mais
consciente e revigorarem a sua
adesão ao Evangelho, sobretudo
num momento de profunda mudança como este que a humanidade
está a viver” (Porta da Fé, n. 8).
A abertura do Ano da Fé
aconteceu em 11 de outubro de
2012 e o encerramento será em
24 de novembro de 2013. As duas principais razões que inspiram o Ano da
Fé são: a celebração dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II e os 20
anos de publicação do Catecismo da Igreja Católica.
Inspirados por esses dois grandes acontecimentos “desejamos que este
Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com
renovada convicção, com confiança e esperança. Será uma ocasião propícia
também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na
Eucaristia, que é a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte
de onde promana toda a sua força. Simultaneamente esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente
os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada e refletir sobre o
próprio ato com que se crê, é um compromisso que cada crente deve assumir,
sobretudo neste Ano” (Porta da Fé, n. 9).
Portanto, “o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol
da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no
104
Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de
facto, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos
Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram
os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros
modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar
certeza aos crentes na sua vida de fé [...]. Será uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade. Recorda São Paulo: «Agora
permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior
de todas é a caridade» (1Cor 13,13) (Porta da Fé, n. 11, 14).
Todos nós somos convidados a viver intensamente o Ano da Fé em
nossas famílias, Grupos Bíblicos em Família, comunidades e paróquias,
participando ativamente das celebrações, dos encontros de formação, e
demais atividades programadas. E, desde já, convidamos todos para
participar das celebrações de encerramento que serão realizadas na
Arquidiocese de Florianópolis, dia 24 de novembro, domingo, Festa
de Cristo Rei do Universo. Os locais e horários das celebrações serão
informados oportunamente.
Programe-se, reserve esta data para participar desse grande encontro
e celebrar a sua fé em comunhão com toda a Igreja Arquidiocesana e do
mundo inteiro.
Contamos com as suas orações e suplicamos as bênçãos de Deus
sobre todos!
Pe. Revelino Seidler
Coordenador Arquidiocesano de Pastoral
105
Anexo 2
MENSAGEM DE ACOLHIDA
Irmãs e irmãos das CEBs do Brasil
Paz e Bem!
Juazeiro do Norte, terra do padrinho Pe. Cícero Romão, da Beata Maria de Arauújo e
do Beato José Lourenço. Terra de Romeiros e romeiras de Religiosidade Popular, que
destaca a romaria como um ato de penitência de muita liberdade que dá sentido ao
sofrimento do romeiro(a), que criam sua própria liturgia nos caminhos de Juazeiro. Jesus disse: “Eu sou o Caminho”. Neste sentido, os romeiros(as) dão continuidade a esta
tradição cristã, a religião do Caminho. A cruz traz alegria para os momentos vividos, a
romaria não é alienante, é uma terapia para dar sentido ao sofrimento com liberdade.
Nas terras de Juazeiro do Norte, Dom Fernando Panico, bispo da diocese
de Crato, anfitriã do 13º Intereclesial, desde já faz uma calorosa acolhida aos
participantes dos 17 regionais da CNBB do Brasil, e a todas as representatividades da América Latina, dizendo: “Estejam na terra do Pe. Cícero, terra
feliz que acolhe o 13º Intereclesial”. A romaria não começa no Juazeiro, mas
na caminhada do romeiro(a) desde a saída de sua terra.
Considerando que a missão é a razão de ser da Igreja, seguimos com
dinamismo missionário rumo ao 13º Intereclesial das Comunidades Eclesiais
de Base (CEBs) e ao jubiloso Centenário da Diocese de Crato em 2014. O
rosto da nossa Igreja é romeira e missionária e tem uma caminhada de CEBs,
fruto das exigências do Vaticano II, que desenvolveu projetos sociais apoiados
pela Fundação Pe. Ibiapina.
A diocese de Crato construiu um Plano de Evangelização Rumo ao 13º Intereclesial, com objetivo e metodologia de reformular suas estruturas paroquiais, para
que seja uma rede de comunidades, na missão permanente, comprometida, no
cuidado com a vida em todas as suas dimensões, animando a fé do romeiro(a).
Façamos das Palavras de D. Pedro Casaldáliga um grande incentivo, para continuarmos firmes na missão em preparação ao 13º Intereclesial, em janeiro de 2014.
“Unimos nosso caminho, nosso compromisso e nossa oração a toda santa tribo romeira,
no lançamento da oração pelo 13º Intereclesial das CEBs. Preparando o Intereclesial,
devemos vivenciar cada dia o tema: Justiça e profecia a serviço da vida, e o lema: CEBs
Romeiras do Reino no campo e na cidade. Somos cada dia pátria de justiça, profecia,
serviço e vida. No Evangelho dos pobres, na memória dos nativos, na corresponsabilidade eclesial, recebam um forte abraço do tamanho da nossa esperança pessoal.”
Dom Fernando Panico
bispo da diocese de Crato
106
Anexo 3
RUMO AO 13º ENCONTRO INTERECLESIAL DAS CEBs
Deus Pai e Mãe, fazei com que nossa fé se faça ação
profética e transformadora, onde a Justiça e a Profecia
estejam a serviço da Vida.
Desde 2008, as Comunidades Eclesiais de Base e os Grupos de Reflexão e Família da CNBB Regional Sul IV, a Igreja em Santa Catarina, vêm
se empenhando em preparar bem animadores e animadoras desse ministério
para representarem o nosso Estado no 13º Encontro Intereclesial das CEBs,
nos dias 07 à 11 de Janeiro, em Juazeiro do Norte – Diocese de Crato.
A preparação dos representantes (delegados) para este grande encontro
aconteceu na colaboração mútua nas reuniões e seminários em nível regional e
arquidiocesano, como também no Interdiocesano dos GR/F e no 11º Encontro
Estadual das CEBs. Todos foram momentos em que foi estudado e refletido sobre
o tema “Justiça e Profecia a serviço da vida”, permeando a realidade atual, à luz
da Palavra de Deus, dos documentos eclesiais, da oração, da abertura à voz do
Espírito Santo, que nos impulsiona a ser Igreja seguidora de Jesus Cristo.
Há quatro anos, a diocese de Crato vem-se preparando com ardor
para acolher, com alegria e entusiasmo, animadores e animadoras delegados
representando as dioceses do nosso Estado, de todas as dioceses do Brasil
e convidados/as da América Latina, uma Igreja que marca sua trajetória na
história com um rasto de fé, comunidades de fé, que tem o seu dinamismo
baseado na “justiça e profecia a serviço da vida”.
A Paróquia São José do Limoeiro, em Juazeiro do Norte, desde já, acolhe
com carinho e alegria todos os animadores/as delegados representando as nossas
dioceses do Estado para o grandioso 13º Encontro Intereclesial das CEBs.
O Padre José Adelino e toda a comunidade da Paróquia do Limoeiro
querem aqui fazer memória dos costumes daquele povo que vive em harmonia
nos princípios da verdade. “Povo simples e humilde, mas de muita caridade,
fruto verdadeiro da semente plantada pelo Pe. Climério, que hoje faz sua
morada com Deus. A lição de Limoeiro a todos/as é de comunhão fraternal,
florescendo com firmeza a maior riqueza, o bem espiritual, motivados por Jesus
Cristo, o mutirão da profecia, gerando justiça a serviço da vida”.
Edson Luiz Mendes
Maria Gloria da Silva
107
Anexo 4
ORAÇÃO DO 13º ENCONTRO INTERECLESIAL
DAS CEBs e GR/F
Em comunhão com toda a Igreja, rezemos em nossas celebrações.
Deus da vida e do amor, Pai de
Jesus e Pai nosso, Santíssima Trindade,
a melhor comunidade: abençoai as nossas CEBs, rumo ao 13º Intereclesial que
iremos celebrar no coração alegre e forte
do Nordeste, nas terras do Pe. Cícero e
do Pe. Ibiapina, do beato Zé Lourenço
e da beata Maria de Araújo, e de tantos
sofredores e lutadores, profetas e mártires da caminhada, no Brasil, em nossa
América, no mundo solidário.
Ajudai-nos a reacender sempre mais a nossa paixão pelo Reino,
no seguimento de Jesus. À luz da
Bíblia e na mesa da Eucaristia, na
opção pelos pobres, em diálogo
ecumênico e ecológico, na defesa
dos Direitos Humanos, sobretudo dos Povos Indígenas e Quilombolas. No
cuidado da Terra, nossa mãe.
Em família e na comunidade eclesial, no trabalho, na política, no movimento popular, crianças, jovens e adultos, mulheres e homens, denunciando
a economia neoliberal dos grandes projetos depredadores, da seca, da cerca,
do consumismo e da exclusão.
Mãe das Dores e das Alegrias, ensinai-nos a sermos CEBs romeiras do
Reino, no campo e na cidade, fermento de justiça, de profecia e de esperança
pascal. Proclamando a Boa-Nova do Evangelho, sobretudo com a própria vida,
que é “o melhor presente que Deus nos deu”.
Amém, axé, auerê, aleluia!
(Pedro Casaldáliga, caminhante de bengala)
108
Anexo 5
LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS
A Leitura Orante é uma das formas de espiritualidade bíblica. Consiste
num momento em que se escolhe o texto bíblico e se reza pedindo a luz do
Espírito Santo.
Atitude do discípulo fiel
Leitura: Tomar a Bíblia, ler e reler o texto
bíblico com convicção de que Deus nos fala.
Procurar compreender a Palavra, marcar no
texto tudo o que nos chama atenção.
O que o texto diz?
(Pausa para responder)
Em atitude de interiorização, silenciar para ouvir a Deus.
Meditação:
O que o texto nos diz?
Refletir, ruminar, aprofundar, repetir as palavras significativas...
Aplicar a mensagem hoje.
Oração:
O que falamos ao Senhor, motivados pela
Palavra.
O que o texto nos faz dizer a Deus?
Conversar com Deus a partir do texto.
Em atitude de adoração, responder à Palavra, em forma de pedidos, de
louvor, de agradecimento, de perdão, através de um salmo ou de um canto.
Contemplação:
Ver a realidade com os olhos de Deus.
A Palavra provoca em nós conversão?
Avaliar nossas atitudes, olhar ao nosso redor, perceber
os fatos gritantes da realidade em que vivemos: situações de riscos, dos pobres, das pessoas que sofrem...
e assumir compromisso iluminado pela Palavra.
Sugestão: Fazer a Leitura Orante nos intervalos do término do Livreto
do Tempo Comum até a chegada do Livreto do Tempo do Advento/Natal.
109
Equipe de Elaboração e Revisão
Anita Kirchner
Carla Cristiani de Oliveira Guimarães
Celso Loraschi
Ir. Clea Fuck
Diác. Djalma Lemes
Elísio Finatto
Ir. Emília de Bona Sartor
Eva da Silva Linhares
Pe. Isaltino Dias
Diác. José Antônio Schweitzer
Jupira Silva da Costa
Marciel Linhares
Maria Angelina da Silva
Maria Glória da Silva
Silvia Togneri
Diác. Silvino Angst
Pe. Vitor Galdino Feller
Diác. Wilson Fábio de Castro
Equipe de Editoração
Digitação: Revisão teológica: Apresentação: Revisão final: Editoração eletrônica e capa: Maria Glória da Silva
Pe. Vitor Galdino Feller
Dom Wilson Tadeu Jönck
Ir. Clea Fuck
José Valmeci de Souza (Atta)
Coordenação Arquidiocesana de Pastoral
Pe. Revelino Seidler
Leda Cassol Vendrúscolo
110
Equipes de Articulação Arquidiocesana
dos Grupos Bíblicos em Família
Coordenação Arquidiocesana
Maria Glória da Silva – (48) 3224 4799 / (48)9634-4667
Rua: Esteves Júnior, 447 – Centro
CEP: 88015-130 – Florianópolis – SC
E-mail: [email protected]
Equipes de Articulação Comarcal
Comarca de Santo Amaro
Diác. Paulo Cesar Turnes – (48) 3245-5282 / 9994-9113
Comarca de São José
Osmarete Terezinha S. Barbosa – (48) 3247-8886
Claudia J. Orelo e Luizinho Orelo – (48) 3033-4301
Comarca da Ilha
Marlene de Almeida Dias – (48) 3225-2025 / 9103-5506
Mario Andricópolo e Lucia M. S. Andricópolo – (48) 3209-4090 / 9613-9513
Comarca do Estreito
Margarete Severino Pereira (48) 3243-2331/ 8430-6878
Alzira Steiner Horr – (48) 3346-7896
Diác. Wilson Fábio de Castro – (48) 3034-7264
Comarca de Biguaçu
Maria da Glória Agassi – (48) 3246-5945
Maria Helena Campos Siqueira – (48) 3243-4600
Marcia Cabral de Simas – (48) 3285-2038
Eliane Pereira – (48) 9622-7936
Comarca de Tijucas
Lucelaine Souza Loudetti – (48) 3265-0807
Comarca de Itajaí
Maria da Graça Vicente – (47) 3268-1954
Glória Maria Dal Castel – (47) 3348-5726
Noêmia Mariana da Silva – (47) 3344-2561
111
Comarca de Brusque
Elza Creppas Bosio – (47) 3355-2673
Regina Martinenghi – (47) 3355-7819
Maria Luiza Rodrigues – (47) 3351-1954 / 3044-1923
Coord. Arquidiocesana das Comunidades Eclesiais de Base
Edson Luiz Mendes – (48) 3733-5327 / (48) 9901-9316
Édem Silvana Demari – (48) 3733-5327 / (48) 9901-9297
E-mail: [email protected]
Programas dos GBFs nas rádios:
Rádio “Cultura AM 1110 – Mais Feliz com Jesus”
Programa dos GBF – “Igreja nas casas”, aos sábados
às 14hs30min.
Contato: Volmar de Souza Netto
(48) 3733-4941 / (48) 9998-6800
E-mail: [email protected]
Radio “Conceição” – Itajaí
Programa dos GBF – “Sintonia Bíblica”, às segundas-feiras
às 14hs30min.
Contato: Glória Maria Dal Castel
(47) 3348-5726
112
AVALIAÇÃO
As Equipes de Redação e de Articulação dos Grupos Bíblicos em Família
pedem que você colabore com o sucesso desta Prioridade Pastoral de nossa
Arquidiocese, respondendo ao seguinte questionário e enviando a resposta,
até o dia 10 de dezembro de 2013, endereçado à Coordenação Arquidiocesana
dos Grupos Bíblicos em Família ou E-mail: [email protected]
1) Quanto aos grupos:
Qual o nome da sua Paróquia e do grupo?
Quantos grupos há sua na sua paróquia ou comunidade?
2) Quantas pessoas costumam participar das reuniões do seu grupo?
– Todas as pessoas colaboram com a leitura, reflexões e sugestões?
Sim ( ) Não ( ) Algumas ( ).
– Convidamos outras pessoas, principalmente as que se encontram afastadas da Igreja?
Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).
3) O conteúdo do livreto:
– Os assuntos tratados nos encontros são importantes para a Igreja, para
a sua paróquia, para a sua comunidade?
Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).
– As ideias e compromissos propostos são assumidos pelos grupos?
Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).
– Ajudam a transformar a vida das pessoas e da comunidade?
Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).
4) A linguagem do livreto:
– Dá para entender bem tudo o que está escrito?
Tudo ( ) A maior parte ( ) Muito pouco ( ).
113
– Se não dá para entender tudo, qual é a principal dificuldade?
5) Os cantos:
– Os cantos estão de acordo com os temas tratados?
Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).
– Os cantos são conhecidos pelo seu grupo?
Todos ( ) A maioria ( ) Alguns ( ) Nenhum ( ).
6) Como é elaborado o planejamento dos Grupos Bíblicos em Família na sua
Paróquia?
7) Avalie a caminhada dos Grupos Bíblicos em Família na sua comunidade
e na sua paróquia.
– Três pontos positivos:
– O que e como poderia ser melhor:
8) Você ouve os programas de rádio dos GBF e das CEBs? Como os avalia
e qual é sua sugestão?
9) Relacione esse livreto do Tempo Comum, que traz um novo roteiro,
com os livretos anteriores e dê sua opinião, que é muito importante
para a equipe de elaboração e revisão.
114
ANOTAÇÕES
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Documentos relacionados