Estudo sobre o BRT de Feira de Santana

Transcrição

Estudo sobre o BRT de Feira de Santana
PROJETO BRT FEIRA DE
SANTANA
Danilo Ferreira
CONCEITO
FEIRA DE SANTANA
O transporte deve girar em
torno do anel de contorno
como todo e qualquer fluxo da
cidade, conduzindo o cidadão
do mesmo modo que este
anda pela cidade. Definida
entre
três
principais
quadrantes a cidade tem
particularidades
e
desenvolvimentos
muito
similares, mas com fluxos
completamente distintos e
que se misturam entre si,
pode parecer complexo mas
esse é o desafio conduzir
pessoas da maneira mais
rápida e prática possível.
É preciso compreender a essência do transporte público de Feira de
Santana, de modo a entender que o de hoje não consegue atender sequer
a necessidades básicas da população, seja no conforto ou seja no conceito
de qualidade e eficiência, que envolver tempo gasto de viajem e distância
percorrida.
Por que o projeto já nasce ultrapassado?
Feira de Santana: Os três quadrantes
A organização urbana de Feira de Santana bem como seus fluxos viários
se traduz em torno do anel de contorno, seja de modo a convergir para o
centro da cidade, bem como, se extrapolando para a periferia. Não se
pode jamais planejar um sistema de transporte urbano, sem que tenha
como estrutura principal de escoamento, esse mesmo anel viário.
Não quer dizer que seja através da estrutura ultrapassada anel de
contorno, mas sim de aproveitar o mesmo recurso que está sendo
implantado na remodelação contraditória das principais avenidas da
cidade para realmente estabelecer a urbanização de todo anel de
contorno. Seguindo através dele um moderníssimo BRT que conduzisse
através de toda a cidade uma só linha de corredor BRT, nas vias
marginais ainda mal construídas e inexistentes ao longo do anel
rodoviário, transformando o mesmo em um instrumento e
desenvolvimento ainda mais importante de nossa cidade.
A organização Urbana de Feira de Santana está estabelecia ao longo de
três principais quadrantes, sendo eles: Quadrante Norte, entre a Av.
Tansnordestina e a Av. Presidente Dutra, Quadrante Sul, entre a Av.
Presidente Dutra e o Via duto da Br. 116 sul e o quadrante oeste, entre a
Br. 116 Sul e a Avenida Transnordestina, assim é preciso dotar cada setor
desse como setores independentes e autônomos do ponto de vista dos
serviços públicos e não seria diferente com o transporte coletivo.
BRT de Rio de Janeiro
Por que inventar, se a resposta está na forma que andamos em
nossa cidade.
O grande problema é a maneira que se planeja o transporte público, pois
não cabe na cidade um transporte que não atenda simultaneamente às demandas dessas três regiões de Feira de
Santana. Os corredores pensados para o BRT atual da prefeitura são estrangulados para viabilizar um transporte, que
certamente será ineficiente, ligando o centro ao centro, quando na verdade o problema maior é a ligação centro
periferia.
E preciso alimentar o centro a partir do anel viário, ou seja, com linhas que percorrem todo o perímetro da cidade bem
como com linhas concomitantes. O conceito de grandes terminais atrasa o tempo de viajem e inviabiliza a evolução do
transporte de massas, além de torna-se altamente oneroso do ponto de vista de investimento para ser executado. Os
terminais de integração devem ter duas ou três rampas para possibilitar uma exclusiva ao BRT, e outra para os ônibus
do centro ou periferia. Não é preciso que sejam terminais fechados, um bilhete eletrônico possibilita a perfeita
integração entre equipamentos, e o mesmo serve ao cidadão em um período determinado de tempo.
BRT Proposto
Defendemos a implantação imediata do BRT nos quadrantes norte e oeste, com uma única linha que contemple uma
distância de 12,5 Km e com um uma velocidade média acima da estabelecida no projeto apresentado pela prefeitura,
esse tempo de percurso de no máximo 25 minutos, que servirá ainda para a conexão nas extremidades para o setor sul,
assim com apenas nove estações seria possível atender a uma faixa muito importante da cidade e estabelecer uma
conexão mais eficiente entre a periferia e o centro da cidade, com linhas troncais cruzando com esta linha principal
BRT, essa sim seguindo através de grandes avenidas e permitindo que fosse possível o usuário seguir ao ponto do anel
viário mais próximo de seu destino e seguir em umas dessas linhas troncais ao destino final, em um intervalo de no
máximo 5 min entre os ônibus BRT, com sua frota de pelo menos 15 veículos equipados com todo o conforto, e
intervalos de também 5 minutos das troncais em horários de pico. As troncais devem ter seu percurso máximo com o
tempo de viajem de no máximo 30 minutos, assim conectando qualquer parte da cidade de um extremo ao outro em
no máximo: 65 min, sendo, (Espera troncal periferia) 5 min, (tempo médio da meia viagem troncal) 15 min, (tempo
médio da meia viagem BRT mais espera) 20 min, (espera troncal centro) 5 min, (tempo médio da meia viagem troncal
centro) 20 min. Sendo esse o tempo máximo de uma viagem, reduzindo consideravelmente o tempo médio que hoje é
de 180 min para o mesmo trajeto. É importante lembra que as troncais de periferia e centro devem estabelecer dentro
de seus quadrantes umas conexão direta, permitindo que o usuário tenha a possibilidade de seguir por um caminho
mais direto e reduzindo seu tempo de viagem pela metade.
Analogia com Sistema de Berlin
Dentro de uma lógica muito similar ao sistema de transporte da capital da Alemanha Berlin, onde o sistema de
transporte gira em torno de um anel de metrô chamado S-Rings, e onde outras tantas linhas alimentadoras fazem o
transporte para o interior e a região periférica, para o sistema de Feira de Santana, esse papel seria feito pelas Linhas
troncais, que cruzariam o nosso BRT. Buscamos adotar na concepção do sistema de transporte de Feira de Santana um
pensamento macro para o transporte coletivo, com a possibilidade por exemplo de no futuro essa mesma linha de BRT
anel de contorno vir a se transformar em um sistema de maior volume, como VLT e um até mesmo um metrô de
superfície, assim como acontece na capital Alemã.
Não é possível evoluir o transporte da “Princesa do Sertão”, sem abandonar por completo o sistema atual, o qual vem
levando muitas pessoas inclusive a se arriscarem em motos de baixo custo, e abandonar de vez o transporte coletivo,
fato esse que gera um custo social muito elevado, faz o transito de Feira de Santana ser muito perigoso.
MAPA DO SISTEMA DE TRANSPORTE DE BERLIN
QUADRANTES DE FEIRA DE SANTANA
DANILO FERREIRA
Eng. Civil

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