la repubblica - cidade jardim citta del lusso alla brasillana

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www.jhsf.com.br
repubblica.it
Título: Cidade Jardim Città del Lusso Alla Brasiliana
01/05/2006
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la Repubblica
Affari e Finanza
Data: maio/2006
“CIDADE JARDIM”, CIDADE DO
LUXO À BRASILEIRA.
Nove torres residenciais e cinco comerciais,
180 lojas, o maior Spa do bem-estar da
América Latina, 55 mil metros quadrados
de área verde: surgirá em São Paulo e já
parece estar predestinada a tornar-se um
caso no mundo das grandes marcas.
Marcela Gabbiano - Milão
“Uma cidade na cidade”. Assim os
operadores do luxo, do fashion e do design
definem “Cidade Jardim”, o shopping que
está sendo construído em São Paulo, Brasil.
Com as suas nove torres residenciais e cinco
comerciais, 180 lojas, o maior Spa do bemestar da América Latina (tudo isso imerso
em 55 mil metros quadrados de área
verde), Cidade jardim promete tornar-se o
maior centro comercial da América do Sul.
São Paulo, dizem os experts, é uma das
maiores cidades do mundo de acordo com a
população e, sobretudo, de acordo com o
consumo. O mercado dos bens de luxo no
Brasil é estimado por volta de 2,3 bilhões de
dólares, com uma taxa de crescimento de
35% ao ano. E três quartos desse consumo
chegam de São Paulo. Por esse motivo José
Auriemo Neto (presidente do grupo JHSF)
decidiu investir um bilhão de dólares
naquela que será a maior empresa da
cidade.
O primeiro “bloco” - representado pelo
bairro do shopping, pelo Spa e pelas quatro
torres residenciais - será inaugurado até o
outono de 2007. Entretanto do quartel
general do grupo chegam antecipações
sobre as marcas locais e internacionais que
já reservaram os espaços. Dentre os
brasileiros destacam-se marcas da moda
como Carlos Miele (moda feminina),
Costanza Basto (designer de calçados),
Noia Carolina (criadora de jóias
exclusivas). No tocante ao design made in
Brasil, há a Entreposto e Presentes Mickey
(decoração e acessórios para a casa). Para
manter no topo as cores do país em relação
ao luxo gastronômico, estarão
encarregados Isabella Suplicy (criadora dos
doces servidos durante os eventos e os
casamentos mais importantes da cidade) e
Fasano Emporium, de propriedade da
família Fasano, que no Brasil é tão
importante quanto os Gualtiero Marchesi,
os Vissani e outros na culinária made in
Italy. E como a qualidade de vida anda de
braços dados com a cultura, no centro
brasileiro haverá também a “Livraria da
Vila” (a livraria mais fashion de São Paulo,
atualizada em toda a literatura sulamericana e internacional) e a “Casa do
Saber”,que colhe sucessos entre a elite
brasileira.
Entre as grifes internacionais, cujas
negociações caminham em ritmo
acelerado, sabe-se que certamente abrirão
suas vitrines H.Stern, Reebok e Montblanc.
Mais particularmente, a grife de roupas
esportivas assinará também o “Reebok
Sports Club”, exclusivo gym center para a
saúde e o bem-estar que faz parte de uma
rede com sedes em Nova Iorque, Londres,
Madri e Moscou. Enquanto a grife
conhecida no mundo pela histórica caneta
marcada com uma estrela trará ao seu
espaço em São Paulo também a joalheria,
os relógios, os artigos de couro e os
acessórios. Enfim, todo o catálogo do grupo
que festejou neste ano um século de vida.
O Cidade Jardim tem por vizinhos
outros grandes pólos importantes das
compras: do outro lado do rio Pinheiros
está a Daslu, de Eliana Tranchesi, e não
muito distante está o Shopping Iguatemi,
ampliado no ano passado, onde estão
alojados D&G, um novo Empório Armani
com café anexo, e a Bulgari. É, portanto,
um cenário em movimento o que se vê em
São Paulo. “É a cidade da América Latina
que neste momento recebe as maiores
atenções por parte dos operadores
internacionais”, explica Luciano Giannetti,
responsável pela área fashion e luxo da Gea,
sociedade de Milão de consultoria
estratégica - que não tem relação com a
Gea World, envolvida no escândalo do
futebol. “Há um grande fermento também
na área da moda, onde muitos estilistas
estão ganhando espaço e popularidade nas
passarelas internacionais. Não por acaso lembra Giannetti - há alguns anos em São
Paulo acontece a Fashion Week. Acontece
que o mercado da América do Sul tem sido
meio crítico, por estar abaixo da linha do
Equador. Em outros termos, existe um
problema nos calendários das coleções:
enquanto nas capitais ocidentais da moda,
como Milão, Paris, Londres e Nova Iorque,
são apresentadas as coleções
primavera/verão, eles estão entrando no
inverno. Como conseqüência, as marcas
fashion demonstraram pouco interesse até
agora nesse mercado”. É verdade: as grifes
foram obrigadas a escolher entre mandar as
coleções com seis meses de antecedência
(coisa difícil devido ao tempo necessário
para o projeto e confecção das coleções), ou
seis meses depois, ou seja, com atraso. A
estratégia adotada até hoje foi mandar para
as vitrines brasileiras as coleções “já vistas”
nas capitais ocidentais, fazendo daquele
mercado uma espécie de outlet do fashion
internacional. Mas as coisas mudam. E as
dinâmicas da moda estão em contínua
evolução. Há até poucos anos atrás
ninguém diria que mesmo as marcas mais
nobres, que monopolizavam o mundo do
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Título: Cidade Jardim Città del Lusso Alla Brasiliana
01/05/2006
luxo, deveriam fazer as contas com o fast
fashion. Que redes como Zara, H&M e
outras “obrigariam” os grandes a rever
calendários, criando coleções
inter mediárias para amparar as
tradicionais primavera/verão e
outono/inverno. Entretanto aconteceu. O
Brasil está estudando a maneira para fazer
a sua revolução.
A INAUGURAÇÃO
Do Rio de janeiro a Milão, a longa viagem
de Osklen
A moda brasileira chega a Milão. Levada
pela Osklen (marca de ponta do mercado
sul-americano que assina moda,
sportswear, moda praiae acessórios), que
em 24 de maio inaugurará na Porta
Ticinese (rua trendy das compras em
Milão) a sua nova loja. Desenhado pelo
centro design da própria Osklen no Rio de
Janeiro, o novo espaço é uma sucessão de
cômodos claros, decorados com móveis em
madeira antiga, pranchas de surf, livros,
quadros e grandes luminárias com cúpulas
em pano cru. Para a vernissage, estará
presente até o fundador da Osklen, Oskar
Metsavaht, personagem multifacetado:
médico, industrial, estilista, amante dos
esportes radicais, autor de filmes e
documentários. Mas também ecologista
convicto, embaixador da Unesco e parceiro
na direção de uma Ong.
Um modelo de Carlos Miele, uma das
grandes marcas brasileiras que estarão
presentes no Cidade Jardim, à direita.