Sorção das formas catiônica e zwitteriônica de danofloxacino em

Sociedade Brasileira de Química (SBQ)
Sorção das formas catiônica e zwitteriônica de danofloxacino em solos
característicos do Estado de São Paulo
Leandro A. Pereira1* (PG), Susanne Rath1 (PQ)
1
Universidade Estadual de Campinas, * [email protected]
Palavras Chave: Sorção, danofloxacino, solo.
Introdução
®
Danofloxacino (dano, Advocin ) é um antimicrobiano
de uso exclusivamente veterinário, pertencente à
classe das fluoroquinolonas. Resíduos de dano são
excretados via fezes e urina dos animais medicados,
1
podendo contaminar o solo . Desta forma, o objetivo
do trabalho foi avaliar a capacidade de sorção do
fármaco em dois solos característicos do Estado de
São Paulo: areia quartzosa (N1) e solo podzólico
argiloso (N2).
Figura 1: Isotermas de sorção de dano em N1 e S2.
Cs: concentração sorvida no solo.
Experimental
Solo
a
Tabela 1. Parâmetros de sorção obtidos por LF.
Tampão BR 40 mM
Centrifugação
Agitação d
b
Agitação (24 h)
N1
c
dano
Condições avaliadas:
Filtração
HPLC
a) 0,5; 1,0, 2,0 e 5 g
b) 35 mL, pH 5,0 e 7,5
c) 5 mL, 0,05 – 0,3 mg
mL-1
d) até 96 h
Resultados e Discussão
O tampão BR foi necessário para o controle do pH
do meio. As formas catiônica e zwitteriônica de dano
(pka1= 6,32, pka2 = 8,73) foram estáveis nos valores
de pH avaliados.
A razão de 0,5 g de solo e 40 mL de solução (1:80,
m/v) foi adotada para a realização estudos, uma vez
que, nesta condição, a concentração do fármaco
não sorvido (Caq) pôde ser determinada na fase
aquosa.
Através dos estudos cinéticos, verificou-se que o
período de 24 h foi suficiente para o
estabelecimento do equilíbrio de sorção do fármaco
entre as fases sólida e líquida.
As isotermas de sorção (Figura 1) ajustaram-se ao
modelo de Langmuir-Freundlich (LF) (Tabela 1).
36a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química
S2
pH 5,0
pH 7,5
pH 5,0
pH 7,5
K LF
c
0,072
0,014
2,5 x 10
8,4 x 10
1,13
2,15
0,72
12,81
qm
2811
1353
4,9 x 10 6
1694
r
0,995
0,992
0,994
0,995
-4
-9
KLF: coeficiente de sorção de LF (L mg-1), c: parâmetro de
heterogeneidade, qm: capacidade máxima de sorção (mg g-1), r:
coeficiente de regressão.
Conclusões
As
isotermas
de
sorção
ajustaram-se
adequadamente ao modelo LF (r > 0,99).
A sorção da forma catiônica (pH 5,0) foi maior
em relação à forma zwitteriônica (pH 7,5), oque
sugere a predominância do mecanismo de troca
catiônica em ambos os solos.
A maior porcentagem de carbono orgânico (MO)
de S2 frente à N1 (MO = 1,87 e 0,89 %,
respectivamente) contribuiu para maior sorção de
dano neste solo.
Agradecimentos
Os autores agradecem à FAPESP, Embrapa e IAC.
____________________
1
Yen, Y.; Rosazza, J. P. N.; Reese, C. P.; Chang, H-Y.; Nowakowski,
M. A. e Kiplinger, J. P. J. Ind. Microbiol. Biot. 1997, 19, 378.