Quality Guidelines for Online Courses

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Quality Guidelines for Online Courses
ORIENTAÇÕES PARA A QUALIDADE DE CURSOS ONLINE:
O DESENVOLVIMENTO DE UM INSTRUMENTO DE AUDITORIA
DE UNIDADES CURRICULARES ONLINE
Herrington, A., Herrington, J., Oliver, R., Stoney, S. & Willis, J. (2001). Orientações para a
qualidade de cursos em online: O desenvolvimento de um instrumento de auditoria de unidades
curriculares online. In (G. Kennedy, M. Keppell, C. McNaught & T. Petrovic (Eds.) Meeting at the
crossroads: Proceedings of ASCILITE 2001, (pp 263-270). Melbourne: The University of
Melbourne.
Anthony Herrington
School of Education
Edith Cowan University, Australia
[email protected]
Jan Herrington
School of Communications and Multimedia
Edith Cowan University, Australia
[email protected]
Ron Oliver
School of Communications and Multimedia
Edith Cowan University, Australia
[email protected]
Sue Stoney
School of Management Information Systems
Edith Cowan University, Australia
[email protected]
&
Jackie Willis Resource
Development Centre Edith Cowan
University, Australia
[email protected]
Resumo
Pressões institucionais, nacionais e globais exigem que as universidades abordem questões de
qualidade inerentes ao ensino e à aprendizagem. A manutenção de cursos existentes e o imperativo
de oferecer novos cursos online precisa do desenvolvimento de medidas e diretrizes que possam
informar os designers instrucionais e académicos. Uma série de diretrizes sobre a qualidade têm
sido produzidas refletindo diferentes contextos e propósitos. Alguns centram-se na aprendizagem
escolar, outros apenas na pedagogia e outros refletem o design específico de um determinado
sistema de gestão de cursos. Este artigo propõe-se a descrever um conjunto de diretrizes praticáveis
para o docente e pessoal de apoio no desenvolvimento e aferição da qualidade do curso online
através da instituição que enfatizava abordagens atuais para o ensino e a aprendizagem no ensino
superior, apoiados pelo conteúdo adequado e estratégias de entrega.
Palavras – chave
Qualidade, online, orientações, ensinar e aprender
Introdução
A evolução da tecnologia da informação e da comunicação também muda fundamentalmente a maneira como pensamos sobre o input e e a qualidade. Um foco sobre o rácios
pessoal / alunos e o número de volumes na biblioteca está a ser substituída por um enfoque
sobre a qualidade das oportunidades educacionais e os resultados, mais do que sobre a
magnitude das entradas – de informação -.
(Kemp, 1999).
Chegámos a um ponto na adopção das tecnologias no ensino superior, onde a noção de qualidade
está-se a tornar uma questão importante e prioritária. Muitas universidades estão agora a oferecer
cursos e programas baseados nos sistemas de entrega online e estão a começar a questionar
aspectos relativos a essas formas de ensino e de aprendizagem. As perguntas que estão a ser feitas
incluem:
● A aprendizagem online é tão eficaz quanto a presencial?
● Os cursos online são tão bons como poderiam ser?
● Qual é a melhor maneira de oferecer cursos online?
● Por que meios é que podemos medir a qualidade da aprendizagem online?
Todas estas questões são levantadas frequentemente na literatura e na maioria das vezes as
respostas tendem a sugerir que a qualidade é muitas vezes comprometida em contextos de
aprendizagem online (por exemplo, Noble, 1997, Stoll, 1995; Nieuwenhuizen, 1997).
Tal como as preocupações institucionais existem pressões nacionais e globais que exigem um foco
na qualidade. Comparações entre a extensão e a natureza dos cursos universitários online estão a
ganhar ritmo. Em Maio de 2001, o Departamento de Educação, Formação e Juventude
(Departement of Education, Training and Youth Affairs, DETYA) inquiriu todas as universidades com
o objetivo de ganhar informações sobre a forma em que se ministraram cursos ou unidades
baseados na web, a administração online e serviços de suporte online. Iniciativas
não-governamentais também veem benefícios em fazer essas comparações, como o Guia de Boas
Universidades (por exemplo, Ashenden & Milligan, 2000) através da publicação das respostas dos
estudantes ao Questionário sobre a sua Experiência no Curso. A criação da Agência de Qualidade
das Universidades da Austrália, a partir de 2002, audita todos os aspectos de garantia de qualidade
das universidades uma vez a cada cinco anos. O processo vai incluir o ―acompanhamento, revisão e
elaboração de relatórios sobre o regime de garantia de qualidade no auto-credenciamento das
instituições e sobre os processos e procedimentos do Estado / Território das entidades de
acreditação, e sobre o impacto desses processos na qualidade dos programas" (Kemp, 1999 ).
Globalmente, a recente parceria estratégica formada entre ECU e o intermediário da educação a
distância Scottish Knowledge significou uma rápida entrada num mercado, globalmente e
competitivo, de matérias online de qualidade. Concorrência agressiva dos fornecedores no exterior
oferece uma gama de cursos que vai desde 'all star' (Reeves, 2001; Radford, 1997) até à recente
decisão do MIT no sentido de oferecer os seus cursos online gratuitamente (Krazit, 2001).
Dentro deste contexto os autores deste artigo trabalharam sobre a construção de um conjunto de
orientações que devem medir a qualidade dos recursos existentes online e orientem o
desenvolvimento de novos.
Orientações sobre a qualidade
Existe uma extensa bibliografia que descreve os atributos de cenários efetivos de aprendizagem e,
em especial, a eficácia do contexto online. Foram escritos muitos artigos que descrevem os
atributos da aprendizagem eficaz no ensino superior (por exemplo, Ramsden, 1992; Chickering &
Ehrmann, 1994) e da aprendizagem eficaz em contexto online (por exemplo, Burbules, 2000. CarrChellman & Duschatel, 2000. Reeves & Reeves, 1997). Ao mesmo tempo, encontramos
frequentemente artigos que descrevem instrumentos e mecanismos de avaliação que permitem aos
profissionais determinar a eficácia provável dos cursos online específicos (por exemplo, Beck, 1997;
Reeves & Laffey, 1999). Os conteúdos destes artigos são muitas vezes semelhantes, mas os
artigos diferem na forma em que contextualizam as suas informações e as procuram utilizar.
Instrumentos de avaliação da aprendizagem online foram desenvolvidos para atender a
uma variedade de funções. Por exemplo:
 Para explorar a potencial eficácia dos cursos online;



Para comparar os cursos online;
Como uma ferramenta estruturante para orientar e informar o desenvolvimento de
materiais de aprendizagem online;
Para fins sumativos associados à implementação da qualidade dos materiais
existentes.
Enquanto a determinação da qualidade dos materiais online usará ostensivamente os mesmos
princípios como a maioria dos instrumentos de avaliação, a finalidade na Universidade Edith Cowan
foi proporcionar uma medida da qualidade do material existente e fornecer um guia para o
desenvolvimento de novas unidades. Para alcançar este objectivo, precisámos de descobrir ou
construir um instrumento que identificasse os pontos fortes e fracos dos materiais de aprendizagem
online e que descrevesse estes elementos de forma eficiente e sucinta.
Diferentes autores argumentam que materiais de aprendizagem online eficazes devem apresentar um
número de elementos fundamentais. Por exemplo, Vaile (1999) argumenta que há 6 categorias que
devem constituir a base de uma avaliação da eficácia da aprendizagem online no contexto de todo o
ensino pré-universitário [nota dos tradutores: 1.º, 2.º e 3.º ciclos, K-12 no sistema americano]:
 Concepção da Aprendizagem: a pedagogia (incluindo o pensamento criativo,
modalidades e estilos de aprendizagem, e as abordagens de aprendizagem
específicas).
 Alinhamento de normas e currículo: na medida em que normas e currículo
coincidem com objetivos de aprendizagem.
 Conteúdos educativos: a qualidade do conteúdo ou assunto, organização de
conteúdo, tendência, conteúdo sensível e abrangência
 Recursos de apoio ao aluno: a prevalência de políticas com aplicação aceitável,
documentação de procedimentos e outros apoios para os alunos
 Recursos de apoio ao professor: a extensão dos materiais instrucionais e de apoio
para uso do professor.
 Design do site: a qualidade da interface, gráficos e design de multimédia.
Da mesma forma, Alley (2000) defende a existência de 10 elementos fundamentais para a eficiência
da aprendizagem online, os quais focam totalmente no design pedagógico:
 Conhecimento é construído.
 Aprendizagem é mais eficaz se um estudante pode assumir a responsabilidade
pela sua própria aprendizagem.
 Motivação do aluno é um forte determinante dos resultados e do sucesso da
aprendizagem.
 Aprendizagem de ordem superior exige reflexão.
 A aprendizagem é individual
 A aprendizagem é vivencial.
 A aprendizagem é social e privada.
 Pressupostos inexoráveis e epistemológicas podem desorientar a aprendizagem
de ordem superior.
 A aprendizagem é espiral.
 A aprendizagem é "confusa".
Igualmente, Barker (2001) descreve um conjunto de 15 páginas de orientações sobre a qualidade da
educação e formação online, elaborado para a Associação Comunitária para a Educação Comunitária
no Canadá. As orientações incluem vários critério em diferentes níveis como conteúdo, utilização de
tecnologia e pedagogia. A extensão destas orientações para avaliar e analisar a eficácia dos
materiais de aprendizagem online, de certa forma, prejudica mais do que ajuda a todos aqueles que
procuram realizar processos de revisão.
Em parceria com muitas outras universidades, Edith Cowan adotou o software de gestão de cursos
Blackboard para a disponibilização de software que permitirá que todos os académicos consigam
colocar online os seus cursos. Este passo tornou imperativas orientações que assegurem que
materiais utilizados nesta modalidade não perpetuem um modelo didático do ensino. As orientações
produzidas por Blackboard em conjunto com a Associação de Educação Nacional dos EUA (NEA &
Blackboard, 2000) identificaram 24 pontos de referência para o ensino a distância disponíveis na
Internet, dos quais apenas três estão relacionados com o ensino e aprendizagem, embora com um
ponto central tradicional — uma abordagem ao curso incentivada, se não explicitamente mandatada,
pelo software do Blackboard.
Assim, era importante fornecer um conjunto de orientações ao corpo de docentes e pessoal de apoio,
enquanto designers instrucionais, para o desenvolvimento e avaliação da qualidade do curso online
na instituição que aplicou ao ensino superior as atuais abordagens de ensino e aprendizagem,
sustentadas por conteúdos e estratégias de implementação/disponibilização adequados.
Um quadro de referências para avaliar cenários de aprendizagem online
Em pesquisas anteriores sobre o ensino e aprendizagem online na nossa universidade, temos
tomado consciência da necessidade de re-engenharia pedagógica, um processo de design, onde o
ambiente de aprendizagem é completamente redesenhado para tirar intencionalmente vantagem de
oportunidades de aprendizagem que são fornecidos pelas novas tecnologias (Collis, 1997). Tal
desenvolvimento constituiria um de enriquecimento do curso, onde as oportunidades online são
concebidas como recursos para enriquecer o que é aparentemente o mesmo programa de
aprendizagem transferido para um modo electrónico de disponibilização.
Na investigação sobre a concepção de ambientes de aprendizagem baseados na tecnologia eficazes,
desenvolvemos um quadro de referências que identificou e distinguiu entre três elementos
fundamentais que emergem dos três papéis distintos para os principais elementos: o professor, o
aluno e os materiais de informática (por exemplo, Oliver, Omari & Herrington, 1998). Esta pesquisa foi
fortemente influenciada pela nossa firme convicção nas noções do construtivismo e do construtivismo
social como as teorias que melhor descrevem como a aprendizagem ocorre. Nossa pesquisa e
desenvolvimento atuais lida com a utilidade de usar os princípios da aprendizagem situada para
projetar tarefas e recursos com o objetivo de apoiar a aprendizagem construtivista em ambientes
online.
A aprendizagem situada é um conceito que reconhece o valor a ser obtido através da
contextualização da aprendizagem em cenários que que refletem os objetivos da aprendizagem e
como os alunos poderão aplicar essa aprendizagem além da sala de aula finalmente (por exemplo,
Brown, Collins & Duguid, 1989). A aprendizagem situada incentiva os alunos a construir sua própria
interpretação/significado a partir do conhecimento e da informação no processo de aprendizagem e
coloca uma ênfase na interação e socialização entre os alunos. A aplicação desta abordagem à
aprendizagem sugere a necessidade de um quadro revisto de modo a refletir os processos envolvidos
na aprendizagem flexíveis e baseada na tecnologia. Neste cenário, os elementos fundamentais agora
parecem ser o conteúdo, as atividades de aprendizagem e os suportes de aprendizagem.Enquanto
estes três elementos ainda refletem aspectos dos elementos (stakeholder) em separado, eles
enfatizam mais as atividades de cada um no processo de aprendizagem. Estes elementos fornecem
uma sólida base para o design instrucional e destacam a importância do planeamento dos papéis
específicos a assumir pelos alunos, pelo professor e pela tecnologia no ambiente de aprendizagem.
O quadro de referências a seguir foi desenvolvido na ECU para fornecer um meio coerente de
avaliação e apreciação de materiais de aprendizagem online. O quadro foi projetado na forma de uma
listagem dos que são considerados elementos fundamentais de ambientes de aprendizagem
eficazes. A estrutura destina-se a fornecer aos utilizadores a capacidade de investigar a potencial
eficácia de unidades online através de uma determinação do âmbito e extensão desses elementos
fundamentais. A lista completa fornecerá uma descrição detalhada dos pontos fortes e fracos de uma
unidade online.
A lista é baseada em torno da determinação de elementos críticos dentro de três áreas principais que
descrevem o completo cenário/configuração online:
● pedagogias, as atividades de aprendizagem que estão na base da unidade;
● recursos, o conteúdo e informações que são fornecidas para os alunos e
● estratégias de disponibilização, questões relacionadas com as formas em que o
curso é disponibilizado para os alunos.
Pedagogias
Uma unidade curricular de qualidade operacionaliza teoria e pesquisa recentes sobre como as
pessoas aprendem. As caraterísticas identificadas por esta pesquisa são evidentes no ecrã no
ambiente de aprendizagem online ou na sua sugerida implementação. Ela não confia na tradição ou
na intuição do professor para guiar o seu design e implementação. Ela melhora a aprendizagem,
sustentando as caraterísticas de ambientes de aprendizagem identificadas como eficazes e
garantindo que estas estejam presentes e acessíveis.
Uma unidade curricular de qualidade apresenta um ou mais contextos de aprendizagem que refletem
o uso da unidade curricular definitivo. A interface reflete contextos da vida real, e cenários autênticos
são usados sempre que possível, em vez de cenários mais académicos, com abordagens baseadas
em texto descontextualizados. Unidades curriculares de qualidade são baseadas em atividades, em
vez de serem baseadas em conteúdo, e as atividades são complexas, sustentadas e refletem tarefas
da vida real. Os alunos têm a oportunidade de trabalhar colaborativamente em produtos e não de
forma exclusivamente individual.
Numa unidade curricular de qualidade, o papel do professor é o de um Coach, em vez de instrutor. O
professor facilita ao nível meta-cognitivo, ao invés de oferecer soluções para os problemas dos
alunos. Atividades e avaliação encontram-se integradas, ou seja, os alunos são avaliados em
atividades da unidade curricular em vez de serem avaliados através de trabalhos e exames em
separado, e têm a oportunidade de apresentar produtos refinados produzidos de forma colaborativa.
A tabela 1 apresenta uma lista de itens que pode ser usada para avaliar a qualidade da pedagogia
numa unidade curricular online.
Tabela 1 - As pedagogias usada em materiais de aprendizagem de qualidade
Descrição
Tarefas autênticas
Oportunidades de
colaboração
As atividades de aprendizagem
envolvem tarefas que refletem a
maneira pela qual o
conhecimento será usado em
contextos da vida real
Estudantes colaboram para criar
produtos que não poderiam ser
produzidos individualmente
Exemplos
●
●
●
●
●
●
Ambientes centrados
no aluno
Há um foco na aprendizagem
dos alunos em vez de no ensino
●
●
●
Motivante
Ambientes e tarefas de
aprendizagem desafiam e
motivam
●
●
●
Avaliações
significativas
Avaliação autêntica e integrada
é usada para avaliar o
desempenho dos alunos
●
●
●
Atividades de aprendizagem baseadas em
problemas em contextos da vida real;
Tarefas de aprendizagem em contexto de
trabalho;
Tarefas são complexas e
sustentadas
Definição de tarefas exigindo que os alunos
colaborem significativamente
Definição de tarefas que exigem que os
alunos colaboram significativamente
―Sistemas de Camaradagem‖ utilizados
para conectar os alunos
o papel do professor assume o papel de
coach e facilitador
Inquirição e Tarefas de aprendizagem
baseadas em problemas
Apoio do aluno nas atividades de apoio e
desenvolvimento de habilidades cognitiva
Problemas interessantes e complexos e
atividades ao invés de teoria
descontextualizada
Atividades despertam a curiosidade e o
interesse dos alunos
Atividades e avaliações relacionadas com
próprias experiências dos alunos
A avaliação é integrada com atividades ao
invés de separar-se deles
Oportunidade de apresentar produtos
refinados, em vez de projetos simples
Existem oportunidades para estudantes e
seus professores para dar apoio na
pesquisa académica
Recursos
Os recursos numa unidade curricular de qualidade devem ser acessíveis aos alunos num formato
não-linear. Devem refletir a precisão do objecto de estudo e ser atualizadas regularmente, se
apropriado, se bem que trabalhos antigos e germinadores, não devam ser desconsiderados. Direitos
de autores devem ser sempre observados.
Numa unidade curricular de qualidade, os recursos refletem uma variedade rica em perspectivas que
dão aos alunos a oportunidade de julgarem o mérito de diferentes posições, em vez de ser dado
apenas um único ponto de vista (a do professor). Esses recursos permitem aos alunos acederem a
uma série de opiniões de especialistas a partir da fonte de origem, se possível, em vez de fontes
secundárias.
Os materiais refletem os interesses de grupos, às vezes, marginalizados e demonstram inclusão
social, cultural e de género.
A tecnologia e os mídia são usados devidamente pelas suas vantagens, em vez do propósito de usar
tecnologia por si só.
Tabela 2 - Os recursos em materiais de aprendizagem de qualidade
Descrição
Acessibilidade
Recursos são organizados de forma a
serem facilmente acedidos e
localizáveis.
Exemplos
●
●
●
Precisão
A idade dos recursos é
apropriada ao objecto em
estudo.
●
●
●
Riqueza
Os recursos refletem uma
variedade rica em
perspectivas.
●
●
●
Uso intencional dos
mídia.
Mídia são adequados ao
propósito pretendido.
Inclusão
Materiais demonstram
inclusão social, cultural e de
género.
Recursos são separados das tarefas de
aprendizagem.
Estratégias de organização intuitivas e
claras.
Recursos disponíveis em formato não
linear.
Recursos devem estar atualizados e baseados
em revisão de literatura regular pelo autor.
Trabalhos de seminários não devem ser
removidos com base na idade.
Uso de recursos originais efectuado sempre que
possível.
Recursos devem representar uma variedade de
pontos de vista (inclusive contrastantes) que
permitam aos alunos a oportunidade de
analisarem o mérito dos argumentos.
Recursos oferecem um leque de perspectivas.
Os media são utilizados para enriquecer as fontes
de informação.
●
●
●
Variedade de mídia é usada quando apropriada.
Leitura de livros no ecrã deve ser evitada.
Multimédia elaborada deve ser evitada quando
um simples diagrama é adequado.
●
Recursos incluem variedade de perspectivas
culturais, quando possível.
Recursos evitam termos culturais e de género
exclusivos.
Separação do conteúdo local e genérico para
facilitar a personalização e adaptação
●
●
Estratégias de disponibilização
Unidades curriculares de qualidade são acessíveis a pessoas com necessidades especiais,
deficiências físicas ou alunos isolados geograficamente. Numa unidade curricular de qualidade a
tecnologia é idealmente transparente aos alunos. Os alunos são capazes de confiar na confiabilidade
da tecnologia com sistemas robustos. Os alunos têm acesso rápido ao site e são capazes de navegar
e descarregarem os materiais dentro de um período de tempo razoável. O site não é confuso ou
desordenado e existem direções claras sempre que apropriado. Os materiais da Unidade são
contextualizados, bem apresentados, apelativos e facilmente navegáveis.
A unidade de qualidade assegura que canais de comunicação apropriados estão disponíveis aos
alunos e estes deverão ser capazes de utilizarem uma variedade de tecnologias para comunicarem e
colaborarem entre si e com os professores.
A Tabela 3 apresenta uma lista de itens que podem ser usados para avaliar a qualidade da entrega
de unidades curriculares online.
Tabela 3 - As estratégias de Entrega em materiais de aprendizagem de Qualidade
Descrição
Exemplos
Interface confiável e
robusta
Os materiais são precisos e livres de
erros na sua utilização.
●
●
●
Site é acessível com confiança.
Navegação e orientação sem defeitos.
Várias formas de apoio aos alunos.
Objectivo, direções e
planos de aprendizagem
claros
Informação da unidade e expectativas
dos alunos são claras.
●
Alunos conseguem encontrar informação no
website acerca da unidade e os seus requisitos.
Estrutura da unidade faz relações explícitas entre
resultados da aprendizagem, recursos, atividades
e avaliações.
Instruções localizadas claramente e sempre
disponíveis.
●
●
Comunicação
Unidade fornece
oportunidades e encoraja o
diálogo entre alunos e com
os professores.
Largura de banda
apropriada
Materiais da Unidade são
acessíveis sem atrasos
demorados.
Acessibilidade
Materiais e atividade da
Unidade são acessíveis e
disponíveis para todos os
alunos.
Estilo corporativo
adequado
Unidades adoptam um estilo corporativo
para websites de forma a assegurar uma
marca de referência de apresentação.
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Canais de comunicação e Informação são abertos
e convidativos para os alunos.
Alunos são encorajados a comunicar com o
professor e outros membros da turma.
Gráficos e outros elementos são analisados por
tempos de descarga.
Formatos de entrega exigem estratégias para
optimizar tempos de descarga.
Websites são acessíveis a alunos deficientes.
Requisitos do curso e recursos são explícitos aos
alunos antecipadamente.
Alunos não são bloqueados por firewalls ou
restrições geográficas.
Layout e apresentação devem incorporar
elementos comuns à homepage da Unidade,
refletindo um estilo corporativo.
(O estilo deve realçar, em vez de ditar, uma
abordagem pedagógica)
Fontes, resolução, etc devem estar conforme o
estilo corporativo onde possível, mas alternativas
devem ser possíveis quando necessárias.
Conclusão
A necessidade de determinar e manter a qualidade no processo de produção, desenvolvimento e
disponibilização de materiais de aprendizagem online está a tornar-se uma questão importante junto
das universidades e instituições do mundo inteiro. É um processo que nós, na Universidade Edith
Cowan, temos levado a sério desde há algum tempo e agora estão na fase da formalização. Este
artigo descreve o desenvolvimento de uma lista de verificação de qualidade que esperamos venha
proporcionar uma orientação para os criadores e designers e apoiar as avaliações formativa e
sumativa das nossas ofertas flexíveis de disponibilização.
A próxima etapa do processo será aplicar o instrumento às unidades curriculares online existentes
para determinar a sua eficácia. A universidade emprega um número de designers instrucionais que
trabalham com académicos de várias faculdades e será com esses profissionais que começaremos a
nossa verificação. Como em todas as avaliações de qualidade, este processo será iterativo e
resultará da necessidade de modificar e aperfeiçoar o instrumento. A universidade irá depois
disponibilizar um conjunto final das orientações para que os docentes e pessoal de apoio as utilizem.
É provável que outras instituições em situações semelhantes considerem interessante este trabalho e
reconheçam o seu valor, pelo que ficaríamos satisfeitos em partilhar as nossas experiências com
eles.
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