oque deve saber antes e depois de comprar casa

Transcrição

oque deve saber antes e depois de comprar casa
'1f'~-
(JTHIRD CLASS MAIlf)
~
~
VIUVA DE PORTUGUES· MORTO
EM TORONTO ·RECEBE $6.000 pag.IO
o jornol
comunitc5ri'
portugu8s
c)31 COllE<JE ST.
ANO
II
NUMERO 5
NOVEMBRO
1
1976
THE PORTUGUESE COMMUNITY NEWSPAPER
TELEFONE 535-8616
PRECO AVULSO 25c
ASSINATURA
TORONTO
$7:00 POR ANO
14 de
Outubro
um dia de
protesto.
Mais de 1 milhgo de
trabalhadores canadianos,a maior parte filiados em sindicatos,
nao foi trabalhar no
dia 14 de Outubro pas"
sado para protestar 0
controlo de salarios
pelo Governo Federal.
Em quase todas as
cidades,algumas fabricas fecharam ou a produqao foi reduzida devido
ausencia dos
trabalhadores,muitos
dos quais se juntaram
em ralis na frente de
edif{cios publicos,onde ouviram discursos e
canqoes pelos chefes
dos sindicatos.Em Toronto 200 mil operarios nao
" compareceram no
emprego,cerca de 8 mil
reuniram-se em frente
do parlamento provincial e 2 mil ern frente
do parlamento federal,
em Ottawa.
a
Continua na Pagina 2'
fJranRa na cJLuausfa
o despertar da vida em manha de qualquer estaqao do ano no negocio que se faz, nas compras
que se ultimam, na bica que se toma, esta ali
patente a todo 0 madrugador que nao aburguese
o sabado em horas de sono sem conta que se
prolonguem pelo dia fora.
meu costume, percorrer a Augusta em manh~ de Sabado de-nada-fazer, buscando notfcia da hora no Portuguese
Book Store ou matando saudade de torrada corn
manteiga
portuguesa, satisfeita corn cafe que
nada tern dessa mistela a que ca no s{tio se d~
o mesmo nome.
Nao' so 0 fade da Amalia, berrado no gramofone
da loja cheia, ou a "Micas apaga a vela" ou
banda bern alta e marcada dao urn sabor de gente
portuguesa em paisagem humana estampada na rua.
Ha a conversa, ~ a historia, hi 0 sabor~
AS vezes, a historia comeqa assim:
- Saudades de Portugal, sim~ Mas n~o para
voltar.
I.embro-me um dia em que, chegada a
hora da ceia de caldo corn migas, meu pai abriu
o "almario". Partiu 0 pao. Fatia a cada um dos
sete filhos.
Para ele ficou 0 nada, chorando
no amor de nao ter mais para dar.
o resto foi 0 sentir a historia, em pranto
mal dessolvido na chavena de cafe.
/
E" a Augusta, unico
lugar com cor humana,
neste Toronto imenso e sem alma.
Outras vezes
a historia de c~, corn revolta
as carradas a lembrar o-que-os-estupores-me-fizeram, revolta surda que para outra vez
sera.
Para sentir a vida da nossa gente, 0 seu
drama, 0 seu mundo, 0 seu triunfo e 0 seu desastre, so ha urn caminho neste Toronto sem
alma: I.evantar-se cedo e ~r a Augusta.
E
a
e
j. faria
o que deve saber antes
e depois de comprar casa
Publicamos a seguir um resumo da conferencia "0
QUE DEVE SABER ANTES E DEPOIS DE COMPRAR CASA",
dada por Manuel Azevedo, agente da Real Estate, no
dia 14 de Outubro, na sede do jornal Comunidade.
DOCUMENTO DE COMPRA E VENDA
Logo no inicio do processo de comprar
uma casa atraves do Toronto Real Estate
agente usa um formulario chamado Acordo
Venda (Agreement of Purchase and Sale),
cido pelo papel da "Oferta".
A parte mais importante deste papel
em branco, onde se escreve os termos do
sobre hipotecas (mortgages).
ou vender
Board 0
de Compra e
mais conhe-
e0
o
QUE
E UMA
espaco
contrato
HIPOTECA
Uma hipoteca e uma divida a outra pessoa, ou companhia, e a casa
a seguranqa no caso de faltar ao
pagamento da divida. Enquanto nao pagar a hipoteca
a casa nao fica no seu nome, mas sim no nome da entidade que possui a hipoteca. Neste sentido a casa
nao e sua.
Quando acabar de pagar a casa tern de
preencher um papel com 0 seu advogado e mudar 0 nome da casa no registo de propriedades na City Hall,
e entao a casa passa a ser sua. Muitas pessoas
esquecem-se de notificar 0 advogado para preencher
este papel.
Se ha duas ou mais hipotecas a casa fica no aome
da pessoa que tern a primeira hipoteca.
QUANTAS HIPOTECAS PODE HAVER?
Pode haver duas, tres, ou mais hipotecas. Se comprar uma casa por 55 mil dolares, e der 5 mil dolares de entrada, fica com ~a divida de 50 mil dolares. Diqamos que ja existe na propriedade uma hipo-
e
Cant inua na Pagina 3
Sem passar por Lisboa...
Govemo.dos A~res queria
contactar Washington ...
pag. ::;
2 Comunidade
~NTARIO
~
CHRY$LER I.'lD
Carlas ao ··Conlunidade··
Senhor Editor
Acho que nesta mesa redonda e a senhora a unica muDesculpe-me pelo meu por-::ugues pois ter.ho apenas
lher portuguesa que nos lembra a boa educaqao e 0
4 anos de escola e acabei esta aos 10 anos. Conto
respeito pela familia.
agora 53. Como ve estou bastante esquecida, para
Dr. Ferreira: COncordo que a crian9a deve correr,
mais que vivo aqui ja ha 13 anos aproximadamente.
mas deve ser educada) e ,em casa) deve respeitar os
Mas vi no vosso jornal urn artigo que nao posse
que moram corn eles. As pessoas muitas vezes estao
ficar calada e por tal razao vou dar-vos a minha
exaustas de barulho no trabalho. Entao a crian~a
opiniao sobre 0 assunto:
corra na escola, no 'recr~io, no parque ou no quino
1
~
.
1- Resposta - Bma de Carvalho:
ta. Nao, sera assim?
Esta senhora diz: Muitos jovens saem de casa porQuanto a falta de comunica9ao devido os dois pais
que os pais nao sabem ir ao encontro dos filhos
trabalharem: A mulher quando chega a casa, tern coetc., etc. Os jovens saem de casa por causa do' con- mer para fazer, casa para limpar e se h~ filhos , os
tacto con a educa~ao Canadiana e influencia de cofilhos para tratar. Se possivel 0 marido ve telelegas e professores nas escolas. Ensubordinam as
vis~o e depois exije qualquer coisa a que a mulher
crianqas contra os pais, diz=ndo-lhes que sao imigran. ja nao tern paciencia nem desposisao. Sera ou nao
tes e ignorantes, e outras coisas mais. Assim a
verdade?
pouco e pouco a crianca perde todo 0 respeito pelos
,Outra coisa que ja.' tenho observado neste jornal,
pais e deixa de os ouvir. Nao seria mais correcto
e que se preocupam muito corn compra de casas e corn
dizer-lhes: Sabes, os teus pais nao tiveram a pos- ~(mortgages~> Sera que alguem generoso querera ajudar
sibilidade de terem escola como voces tern, mas voces a pagar aquelas que mais pobres sao ~ que gostam
tern 0 dever de os respeitar e fazer-lhes compreender de possuir a sua propria casa? Ate 0 pobre passaque eles tern que compreender a vida moderna e tentar rinho, 0 mais.pequeno que seja, ambiciona fazer 0
unir a fam{lia em vez de a separar.
seu ninho~ Porque e' que a socieiade condena urn ser
o Dr. Ferreira diz: A fam{lia portuguesa em Toron- humane por lutar pelo seu lar?
to e fundamentalmente de origem rural, vinda do norE certo que e~duro mas tambem se compreende que
te do pais e dos AGores. Sera que so havera ignoquanto mais se pagar menos se paga de juros e isso
rantes no norte de Portugal e nos Asores?
acho que e logico.
De onde serao Senhor Dr. Ferreira?..
Sobre 0 assunto das creches: Na minha id~ia seria
Choque Cultural
uma,coisa que talvez pudesse ser feito, sobre tudo
Aqui trata-se da mulher no lar e como educadora.
em grandes organizaqoes. Fazer as creches junto
Sim diga-me: A quem pertence tomar conta de seus
aos pr6prios trabalhos e' nessa altura a hora de alfilhos? Estas baby sitters nem do lar sabem cuidar: moso juntar os filhos as maes. Assim a crianya
o meu filho foi v{tima de uma opera9ao aos tubos
compreendia a presen9a da mae e estava no habito de
dos bronqliios por causa da baby sitter. Esteve entre ter as r~feiqoes juntos, 0 que acho ser bastante
a vida e a morte e corn a agravante dessa estupida
importante para a familia.
pessoa nunca me ter contado 0 que se passava. Urn
Aqui os pais sao apenas as pessoas que dao dinheidoutor portugues estava - 0 tratando como se fosse
ro para 0 que faz falta ou para 0 que eles querem,
asma e andou a pobre c~ian9a sofrendo nao sei ja
e muitos pais ja assim estao habituados. Dao dinhei'
quanta tempo. Levei tres interpretes para explicaro aos filhos para se verem livres deles e estes
rem ja 0 outro doutor 0 que a mim me parecia, pois
fazem 0 que bem aretece.
via 0 meu filho praticamente a morrer e sem the
Vou terminar pois penso que ja disse bastante.
poder valer. Os interpretes nada diziam que 0 m~Espero que tenham mais soluGoes e que lutem pela
dico entendesse e continuava a tratar a crianca de
boa organizas~o da familia.
asma, ate que dB cid,i arranj ar urn dicionkio de
ingles e portugues e ir eu ao doutor sozinha e exPrezados amigos,
plicar a historia como podia.
muito obrigado por me terem deixado
Nessa altura 0 medico ficou embara9ado e chamou
participar na mesa redonda de ontem a noite.As vos
uma interprete. 0 meu filho foi salvo, pode dizersas ideias e 0 vosso jornal poderao realmente aju-se por milagre.
dar a comunidade e 0 individuo na evoluc~o a que
COndeno a ideia da mae trabalhar enquanto tiver
aspiram e que n~o podera falhar.
crianqas menores de 7 anos e depois disso so em caso de grande necessidade. Como eu estou so'com
Sinceros parab¥ns pelo frescor da iniciativa.
todos os encargos e por tal razao tE' ,t1-J.o sofrido
bastante para criar e educar 0 meu filho.
Cordialmente
- Volta Filomena Medeiros:
Aldo colangelo
oiz que muitos problemas mencionados aqui existem
noutras famllias n~o portuguesas. Estes problemas
Aa jornal Comunidade:
surgem em todas as familias que se presem de educar
"Viva a Liberdade",
a frase que se ouve muito no
as crianqas com respeito e dignidade.
Seculo xx. No entanto a exploracao do homem pelo
o Sr. Joao Medeiros diz que mui tos casais de 50
homem continua. A "Dominion Mushroom" em Pickering,
anos se estao separando. Sao contagiados pela vida
cidadezinha aqui nos arredores, e'urn exemplo.
social americana. A mulher nao quer sacrif{cios
o trabalho la'nao tem condiqoes aceitaveis pois as
porque ganha para ela, e 0 homem nao quer responsacasas onde se apanha os cogumelos sao apertadas,dibilidades e portanto cada qual faz a vida livre
ficuftando movimento. No res-do-chio muitas vezes
come a nova geracao entende que eo melhor, porque
tem agua de forma que molha os pes das apanhadoras
o amor ao lar acabou. So' se pem;a no prazer e na
que sac muitas vezes forcadas a andar com os pes
pouca vergonha.
molhados todo 0 dia pois nao tern outra alternativa.
- Fernanda Pereira: Esta julga-se algu~m por traAs ,divisoes dos pisos sao feitas em madeira e muita
balhar para a catholic Children's Aid. Isto
como
vez
ao andar por cima de duas tabuas de madeira que
os policias, quando fazem falta nunca aparecem.
nos separam do andar debaixo, nos sentimo-las ranger
Ela devia ter filhos que era para saber como edicomo se se fossem partir. Enjoos e falta de limpeza
ficil educa-los nesta sociedade. Tudo quanto esta
ainda
tornam 0 trabalho mias miseravel. Nao existe
mulher acusa e' falta de respeito pela fam{lia e por
nenhum regulamento quanto ao horario; por vezes travezes comeCa pela maneira da orienta9ao da propria.
balha-se das sete da menha ate as 10 horas da noite.
Quanto ao abuse de bater, nao vejo isso em caso de
A quantia que eles pagam e'de $2.65 a hora, magro
maes portuguesas. Muita parra e pouca uva. Geralpagamento que nem paga os prejuizos de saude que 0
mente, fazem muito barulho mas no fim nao e nada.
trabalho
da' nem a dureza desse mesmo, e nem pagam
Caso de abuso de pais para com os filhos, em por"overtime".
'tugueses penso nao haver assim uma grande raza'o de
Quando nos vamos finalmente decidir a dar as macs
queixa.
em Uniao para mais facilmente defendermos os nos sos
Sobre maes solteiras isso eo que eles preparam
corn a saida das meninas de 15, 16 e 17 anos e alegam direitos, e a perq~nta que me assalta constantementp
que elas na~ sac flores de estufa. Para mim sao
Ana Maria
flores muito delicadas, pois se nao forem vigiadas
Dear sir:
ou ficam gravidas ou cheias de doenGas venereas que
Attached is a cheque for $7.00 for renewal of
lhes ficam no sangue para toda a vida e para a fami"Comunidade" on behalf of Carlos Rodrigues.
lia vindoura. Sobre 0 caso do roubo e'outra falta
da educayao canadiana. Dizem que n~o se deve dizer
I will take thi~ opportunity to congratulate all
who are directly involved in producing thi3 newspaa crianya que roubou, que ela faz isso por ter ouper. I have read it and oftem wish that the older
tros problemas e nao se deve castigar. Mandam-na
generation would take a little time and interest in
para 0 psiquiatra. Depois disto tudo a crianca que
eesperta, e que vulgarmente tem 0 instinto de fazer reading it also.
Comunidade is very informative and always contains
arreliar os mais velhos, abusa do caso e muitas
articles of interest to all ages.
vezes vai aos extremos.
I sincerely wish continued success in the growinq
Isto enta~ esta'espalhado nas escolas que da~afli­
years of Comunidade.
9ao. Especialmente nas escolas pJblicas em que os
Yours truly,
professores nao ligam nenhurn. A coisa continua de
mal a pior.
Carlos Rodrigues
Voltando ao Doutor Ferreira: Este preocupa-se
Caros
Senhores:
muito com a gordura dos miudos. Sinceramente que nos
Ai vos envio a minha assinatura para o prO'ximo ano,
nossos miudos nao vejo essas gorduras em questao.
Vamos la: Os Agoreanos trazem os miudos bem vestidos. e tambem vai urn novo assinante.
o cheque e para as duas assinaturas.
Sera que ~s continentais nao saber~o tratar das
Sem mais de momento,
criangas ou traze-las limpas?
Jose Eduardo Gomes
Bma de Carvalho - Estou de acordo com a senhora.
e
Jaime Monteiro
Carros Novos
e Usados
922·61&1
1001 Bay St. Toronto.
111
DEOUTUBRO
dia de proleslo
Co~ua~ao da p~~a pag~na
As industrias pesadas foram as mais afectadas pe-,
la sa~da dos trabalhadores. Os metalurgicos (Steelworkers) fecharam as f~bricas Inglis e Moffatt corn
urn total de 850 trabalhadores em cada fabrica.
Nao
compareceram tambem ao trabalho 300 trabalhadores
da Dominion Bridge e 7.500 em numerosas fabricas
pequenas de Toronto. Da ~e Havilland sairam 600 e
da Goodyear 1.000 (dos dois turnos).
Ficaram completamente fechadas a Chrysler, a con~
"
Uma imagem da demonstracao em
frente da Camara Municipal.
surners Glass, as fabricas da Federal Nut and Bolt
Co. Ltd., e Automotive Hardware.
Os Vereadores de Toronto John Sewell, Dan Heap,
Allan Sparrowe Michael Goldrick, juntaram-se
11.nha de piquete que cercava a CJmara de Toronto.
o llder provincial do NDP, Stephen Lewis, urn do,'
discursantes, di33~ a certa .altura ,{ multidao reun;'
da em frente do Parlamento: A rnelhor maneira de conseguir mudar 0 destino das coisas { alcancar aquilo
/
que hoje vem aqui pedir e mudando 0 governo
e isso
faz-se nas eleicoes.
Os d~sticos, e "placards" empenhados pelas pessoaE
na demonstrayao indicavam uma variedade de solusoes
para os problernas dos trabalhadores. "Ponham impostos na.s corporas::oes", PAZ, TRABALHO e SEGURAN9A nurn
Canada independente", "Facam os ricos pagar, foram
algumas das sugestoes e proclama~oes de apoio aos
trabalhadores.
.
a
-
.-
e
POIHUC.UE5E COMMUNITY NEW5PAPEI\
e>31 COLLEGE 51
Publicacao de
TOI\ONTO
Mo v.i.me.n.to
Comun..Ui1JUo PoJttuguv..
Colaboraram neste jornal:
Domingos Marques, Jorge De Mendonca, Joao Faria,
Lilia Almeida, Herran Medina, Carlos Ferreira,
Nuno Medei~os, Filomena Almeida Medeiros, Joao
Medeiros, Esmeralda Sousa, Gilberto Prioste.
~~
PJtometemO-6 Yl.O uU.-imo joJtnal public.M h2J e. uma Jt e.po Jt.ta.g em -6 eJt6 auo Yl.iLt -60 bJt e. :l -6 duac;ao do.6
.i.m~gJtan.te.6 de.ga-u., a v~vVtem no CaYW.da. llma
pe.6qu..u.,a ~n.te.YlI.>a 60~ .te.va.da a cabo poJt urn 1[('pOJt.tVt do ToJton.to stM. em c.o.ta.boJtar;.ao cam um
e1.eme.n.to do joJtna1 ComurUdade.. PJto b.temCL6 de va·
JtJ...a. oJtdem -6uJtg.utam no e.n.tan.to e. mud:a ~n60Jtma­
c;.ao MO pode. -6eJr. public.a.da
que. vrVuO.6 CL6pe.c..:tO-6 .te.ga-u., .tenham -6.wo Jte.6o.tv.i.d.0.6. EJ., ;oe..'tamo.6 que. quando 0 ptr.6x.i.mo joJtna1 601[ public.a.do
ja tudo .tenha e.6c.apado a Jtede. dO-6 bUJtoc.Jta.ta..6
e. po-6.6amO-6 e.n.taD .tJtazVt a pubt~c.o a ~n60tr.mar;.ao
que. c.othemo-6 ha ja a1.gUYll.> me;., v...
a..te.
Comunidade 3
o que deve saber antes
e depois de comprar casa
CoYltiYJJJ.a~ao
teca de urn banco de 30 mil dolares, ainda the restam mais 20 mil para pagar a casa. Digamos ainda
que a pessoa que Ihe vende a casa diz que aceita a
segunda hipoteca. Neste caso fica com duas hipotecas, a do banco e a do antigo done da casa.
A LEI SOBRE 0 CONTRATO DE HIPOTECAS
Quando assina urn contrato que envolvp. hipoteca
fica responsavel perante a lei por:
1. - Pagar 0 proprio e os juros.
2. - Pagar os impostos da casa.
3.
Ter seguro contra 0 fogo para cobrir as despesas da casa em caso de fogo, pelo menos para
cobrir 0 que deve.
4. - Manter a propriedade em boas condi~6es para
esta nao desvalorizar.
VENDA DA CASA
Pode vender uma casa de duas maneiras:
1. Registar a casa atraves do Toronto Real Estate
Board.
2. Vender a casa em particular.
Ha vantagens e desvantagens nos dois processos.
A vantagem em vender em particular
que nao paga
uma percentagem
cornpanhia da Real Estate. Por
exemplo no caso de 6 por cento (tabela usada em geral) pagara 3 mil dolares nurna casa de 50 mil dolares.
Se vender ern particular, tern que por urn anuncio
na casa, ou num jornal. Tem de saber Ingles, e de
'saber preencher 0 formulario das ofertas, ou entaD
vai a urn advogado. Se vender por uma cornpanhia esta
faz publicidade em todo Toronto, e tern os servi90s
do agente da real estate.
e
a
o QUE E QUE 0 AGENTE TEM DE FAZER POR LEI?
o agente e obrigado' a f~zer quatro coisas:
COMO PAGAR AS HIPOTECAS
Ha tres maneiras de pagar as hipotecas:
1. - Paga a mesma quantia todos os meses (por ex.
100 dolares) ate ao fim do termo da hipoteca. A
medida que os pagamentos sao feitos,o juro diminui
e 0 proprio aumenta, embora a quantia seja a mesma.
Esta maneira e mais usada na compra de apartamentos.
2. - Paga 0 proprio e 0 juro de tres em tres meses
coma ficou estipulado no contrato. 0 juro diminui
medida que entra corn 0 proprio. Este processo
0
mais usado nesta area.
3. - Paga 56 os juros durante 0 termo da hipoteca
e no fim outra corn todo 0 proprio. Esta maneira
e raramente usada.
a
da p!Wnwa pigiYUl.
e
1. Tern de fazer 0 que voce quer, nao 0 que ele quer,
pJr exemplo: - 0 preco da casa, a quantia de entrada
no alistamento nao podern ser modificados. Voce e 0
patrao dele. Ele trabalha para voce.
2. Deve ser competente, e saber 0 que faz.
3. Fazer as coisas em boa fe, Ele tera que descobrir
qualquer coisa que vai afectar 0 valor da casa. Nao
pode fazer nada em segredo. Se algurn agente quer Fes
soalmente comprar a casa por tudo ern papel, e voce
tern de assinar como conhecedor do assunto antes de
assinar 0 contrato.
TRIBUNAL DE QtIJ:l:<AS
HIPOTECAS ABERTAS E FECHADAS
Ha urn tribunal especial do governo no qual se poNuma hipoteca aberta pode pagar-se todo ou parte
de apresentar queixas contra casos de fraude cometido proprio a qualquer altura, sem noticia ou multa.
dos pelo agente. Este tribunal e governado pelo ReNurna hipoteca fechada so se pode pagar 0 que fica
al Estate And Brokers Act. 0 governo pode retirar
estipulado no contracto, Sec!'m-lo a lei do Ontario
'a licenca do agente,. recusar-lhe uma nova licenca,
nao existe teoricamente nenhurna hipoteca fechada.
ou aplicar-lhe urna multa de 2.000 dolares ou rnandaTodavia d4rante urn periodo de cinco anos pode ser
10 para a prisao. Urna corporaCao pode ser multada
fechada, embora ao fim deste tempo tem de ser aberta ate 25 mil dolares.
no dia do aniversario. Nesse dia pode pagar 0 proPara vender casas
necessario estar registado,
prio todo corn a multa de tres meses de juro. 0 dia
ter completado urn curso corn sucesso, tirando not as
rninimas de 75%.
.
da abertura e c9ntado a partir do dia em que comecou a hipoteca.
outra hipoteca em que todos os anos no aniverCOISAS IM~ORTANTES A SABER
sario da hipoteca se pode dar uma percentagem do
proprio. Esta percentagem e estabelecida no contra- 1. Nunca assine papel alguffi s~ saber 0 que se pasto e ern geral
de 10 por cento.
sa ou por se sentir forcado, Tire 0 seu tempo, fale
antes corn a sua esposa ou 0 seu advogado.
RENOJAi;AO DA HIPOTECA
2. Se quer vender a sua casa para comprar outra, nao
aconselhavel comprar a outra antes de vender a
Quando a hipoteca chega ao seu termo pede fazersua, porque no caso de nao vender a casa,fica a
pagar hipotecas de duas casas.
-se 0 seguinte:
3. No que respeita a hipotecas: Veja exactamente
1. - Renovar 0 contrato segundo novos termos, se as
duas partes concordarem.
a qualidade da hipoteca e que juros tern. Se
por
3 anos fechada, ou por cinco anos, aberta. As corn2. - Arr~njar outra hipoteca de qualquer outra
panhias nao gostam de hipotecas abertas. Normalmenparte.
te querem por 3 anos, fechadas e corn juro alto.
4. Deve procurar saber antes quanto imposto paga a
QUE FAZER SE FALTAR AO PAGAMENTO?
propriedade.
5. Saber que nao se pode ter apartamento legalrnente
1. - Ern certos casos em que a pessoa tenha urn acino "Basement".
dente, ou tenha falta de trabalho 0 Welfare'faz os
pagamentos para nao perder a casa. Deste modo em
6. Saber que depois de assinar 0 contrato pode pervez de pagar a renda
familia nurn apartamento,
der 0 deposito se se arrepender.
paga a hipoteca.
7. Se arrendar parte da casa ou fizer renovacoes
2. - Quw,do a pessoa falta ao pagamento 0 done da
pode incluir os recibos no "income tax".
hipoteca faz urna notificacao no tribunal a dizer
que tenciona tomar conta da casa novamente.
A pessoa que deve 0 dinheiro e notificada e tem 15
dias
para ir ao tribunal dar~a notificaCao chamada D.O.R. (Desire Opportunity to Redeem),
o que significa que deseja a oportunidade de redimi-la. Se nao fizer esta notificacao perde 0 dio Toronto Board of Education criou urn Deparreito
casa e 0 outro pode tomar-lhe a casa. De
tamento de Relacoes entre Escola e Comunidade,
contrario, 0 tribunal da-lhe 6 meses para juntar
como parte da n~va pol{tica multicultural, e
o dinheiro para fazer os pagamentos. Normalmente
necessita de:
,
a pessoa pode por a casa
venda e pagar 0 dinheiCOORDENADORES COMUNITARIOS DA ESCOLA
ro que deve.
/
Se nao preencher 0 D.O.R. no tribunal 0 done da
SALARIO: $18.000 - $20.800 por ano
hipoteca pode actuar de diversos modos: - par a
pessoa fora de casa nos 15 dias seguintes; arrenQualificacoes
dar a casa; tirar dinheiro do salario da pessoa
atraves do patrao (garnish wages) e confiscar-lhe
1. 0 candidato deveria ter urn grau Universivalores, tais como carro, mobilia, etc., para liquitario.
dar a divida. Se a pessoa ao fim dos seis meses 2. seria ~til compettncia em linguas e urn coainda nao tern 0 dinheiro, perde a casa. A pessoa
nhecirnento de outras cUlturas, al~rn do
que tem a hipoteca pode vender a casa pelo tribuIngles.
nal, (raro) ou atraves do "poder de venda". se
3. cornpet;ncia em Ingl~s escrito e falado.
estiver estipulado no con~ato da hipoteca
4. Esperi£ncia em desenvolvimento comunit;rio.
5. Conhecirnento dos sistemas de escolas de
grande centros urbanos.
COMO OBTER HIPOTECAS
6. Cinco anos de experie~cia, pelo menos,
incluindo experiencia de supervisi!o.
Ern geral as companhias levam (entre 1 e 2% de
?ercentagem) para arranjar urna hipoteca. Urna hipo/
,I.
Este concurso e aberto a individuos dos dois
teca de 30 mil dolares pode custar-lhe uns 400 dol asexos. Requerimentos por escrito, ate 1 de
~es so para arranjar a hipoteca e pagar ao advogado.
Novembro 1976 para:
o pagamento ao advogado e em geral meio ou urn por
Staff Relations Officer,
:ento do valor da casa. Do mesmo modo todas as
Personnel Department,
'ezes que compra urna casa tem de pagar urn imposto
Toronto Board of Education~
~e regula a uma media de 250 dolares nurna casa de
155 College Street,
o mil dolares.
Toronto,
Ontario.
So para as hipotecas, advogado e imposto pode cusar-lhe ate mil dolares.
e
fOlIO RilL
y.
Na .6 emaYUl. de 11 a 17 de futubJto 60i oJtgarU..zada n.a HaJtboW!.6Jtont de ToJtonto a "Seman.a PoJttugue.6a". E6-ta JteaLi..zar;.iio 60i levada a c.a.bo
poJt urna Qomih.6iio e.6Qo.e.h.<.da pe.f.o Rev. P~e A,f,beJt.to Cunha. PaJtuupal!:am nU-te "6e.6uval" algun!.> dube.6 e aMoUar;.Oe.6 da COI1UrU..dade polttugUe.6a de ToJtonto, apJte.6entando urna expMiq.M
da.6 .6uM ailividade.6.
o pubUQO QompaJteQeu em numeJto mu.<.-to Jteduzido e a paJt.ti.upar;.ao do.6 poJt-tuguu e.6 dwou
mu.<.-to a duejaJt. Soubemo.6 que mu.<.-tM ind.{.viduo.6
e oJtgarU..zar;.oe.6 que unham, .6em duv.<.da, atgo a
06eJteQeJt paJta que a QU.f..tuJta polttugue.6a 6M6e
BEM JtepJte.6entada Qomo e digno do povo poJt-tuguu, naG uuveJtam la.
Temo.6 que aMed.<.-taJt que uma irU..uativa Qomo
u-ta_dev.<.a daJt opoJt.turU..dade a .:todM a.6 M.60Ua~Oe.6 polttugUe.6M de apJte.6entaJt a noMa QU,f,.tuJta e :tJtad.<.r;.o e.6 Qom 0 rU..ve.f. de que .6 omo.6 digno.6 .
PoJt 6a.e.-ta de OJtgarUzar;.iio (ou -teJta hav.<.do ou:tJta Jtazao?) PoJt.tuguu e week. 60i urn 6JtaQa.6M,
.6egundo a opiMaa de qUMe -tOdM M pe.6MM
que erWteviMamM. A ma-<-M paJt-te dM QO.{.f.>M
60Jtam 6wa.6 a ultima hoJta. Houve aYJJJ.nuo.6 de
pJtogJtama.6 que YJJJ.nQa 60Jtam Mn6.<.Jtmado.6 e pOJ!.
.<.6.6 0 naG poudeJtam .0 eJt apJte.6 entadM, duxando
urn gJtupo de QW!..{.o.60.6 a e.6peJta da wW!.ada .6imu.f.ada (?).
Sab emo.6 qu e ha 6ilme.6 c.u.e..tuJtaJil polttugu e.6 e.6
digno.6 de JtepJte.6en-taJt a Qu.f.WJta do povo poJt.tuguu. Nao enQorWtamM nenhurn poJt.tugUe.6 oJtgu.f.ho.6o daqu.<..f.o que 60i apJte.6entado na HaJtbouJt6Jton.-t.
,
E QeJt-to que -toJ!.na-.6e mu.<.-to 6a~ dizeJt mal
e ~QM 0 e.6 60Jt~o pM veze.6 de.6inteJte.6.6 ado
de atgun!.>. Contudo e.6.6a nao e nOMa .<.n-tenr;.iio.
Polttugue.6e Week. nao 60i urna .6 emana poJt-tugue.6a
e pod.{.a -telL .6ido, .6e .6e t-<-Ve.6.6e oJtgaMzado,
Qom me.6e.6 de anteQedenQia, urna c.om.{.f.>.oM de
9ente poJt-tugue.6a Qapaz de levaJt a c.abo urn empJteend.<.mento du-ta na.-tuJteza.
Onde eMeve 0 VUto? Niio queJtemo.6 menuonaJt
nome.6, mM 0.6 enQaJtJtg.gado.6 dM pJtogJtama.6 da
HaJtbouJtt\Jtont na.o e.6-tiio Qom c.eJt.teza a de.6empenhoJr. 0 .6eu pape.f. de Jt~pon!.>ivu.6 quando ojeJteQem a.6 .6UM in!.>-talar;.o e.6 a gJtupO.6 ou indA.-v.<.duo.6
que nao QOn!.>eguem apJte.6en-tM ao pubUQO .6eniio
uma .<.magem pobJte do povo poJt-tugUe.6 -tiio tUQO'
n.a .6ua aJt-i:e e QO.6-tume.6 -tJtad.<.uona-<-.6.
_Que e.6-ta expwenQia .6.{.Jtva pe.f.o menM de Ur;.ao paJta 6u-i:uJto.6 empJteend.<.mento.o de.6-te 9 eneJto.
Ha
e
e
e
a
precisa-se
a
a
~
ESTE MES
I\enovaram a Assinatura
Manuel Raposo,Jose Carlos de S.Rodrigues,Antonio
Aguiar, Lourdes Vieira 4 Duartino Serpa, Carlos Rodrigues,Antonio Baptista dos Santos,Joao Borges,
Antonio Vicente,Eduardo Martins,Elidio Pereira,
Arsenio Fernandes, Flor-do-Mar Fish Market, Liduina
Machado,Fernando Ferreira,Jose Santos,Eduino Ribeiro,Jose Gomes,Joaquim Fonseca,Deolinda Pinto, Lucia
Costa.
Novas Ass inanles
Jose Roque RodrigueS,Em1dio Narciso,Ivana Versiani,
Antonio Correia,Virgilio Silva,Antonio Santos,Maria
Medeiros,Jose Leonardo,Nicolau Moniz,Ana Maria Luis
Ofertas:
Ant6nio Aguiar .......•. lO.OO
Arsenio Fernandes .•.... lO.OO
Ivana Versiani ......••. 10.00
Ficamos muito agradecidos aos nossos leitores
que renovaram a sua assinatura, pois este e urn sinal de apre~o e confian~a no nosso trabalho. Ainda
ha porem alguns leitores cuja assinatura terminou
em Setembro e ainda nao ouvimos nada deles. Fazem~s urn apelo aos que receberam a carta e tern inten~oes de renovar a assinatura para que 0 fa~am 0
mais depressa possivel. porque as despesas continuam.
-Damos as boas vindas aos novos assinantes pondo
as paginas deste jornal
vossa disposi~ao. 0 leitor tern urn papel activo neste jornal atraves de
cartas que escreva eu pedidos de informa~ao.
-Se mudar de direc~ao ou tiver problemas em receber 0 jornal pelo correio comunique connosco
imediatamente.
a
AOS NOVOS LE/TORES
Esta edicao do jornal Comunidade vai chegar as
maos de muitos leitores que pela primeira vez terao
a oportunidade de conhecer 0 jornal comunitario portugues que mais tern contribuido para informar os
portugueses imigrantes do Canada.
Se e a primeira vez que este jornal Ihe vai ter as
maos, arranje 15 minutos para escrever urn cheque de
$7.00 a fim de 0 receber em sua casa todos os meses.
se fizer isto, talvez no futuro possa dizer que essa
foi a melhor decisao que fez no ana de 1976.
Cupao na pagina 10
"
4 Comunidade
••••••••••••••••••••
DE PORTUGAL:
os estudos feitos la fora
de ensmo ate 6 anos de escolandade.
e 0 seguinte
-
-
-
2-
o Ministerio da Educar,;ao e Investigar,;ao Cientif,ca
estabeleceu normas gerais do regime de equivalencias
relativas a habilitar,;oes adquiridas no estrangeiro. Este
regime contem disposir,;oes diferentes consoante as equivalencias solicitadas sejam para efeicos de contmuar,;ao
de estudos em Portugal. para provimento em cargos publicos
ou para fins militares.
No que respeita ao ensino liceal. as equivalencias
a conceder comarao por base 0 numero de anos de escolaridade que 0 interessado comprove atraves do respectivo
cereificado de habilitar,;oes.
•
.
No entanco. a equivalencia condecida s6 produzira
os efeicos pretendidos ap6s a aprovar,;ao do aluno nas disciplinas de Porcugues. Hist6ria e Geografia de Portugal.
duma maneira geral ao nivel do ano' em que e concedida
a equivalencia.
Se. porem. a equivalencia for concedida relativamente
ao curso complementar dos liceus. alem do exame sobre
culcura .portuguesa ao nlvel do curso geral. deverao ser
prestadas pro vas de exame «ad hoc» rela-tivas as disciplinas
consideradas fundamentais para 0 curso superior que 0
inceressado pretende seguir (normalmente. as chamadas
«nueleares») e que nao constem do curriculo escolar que
prufessou no estrangeiro.
No que respeila ao ensino tecnico profissional. e
adoptado 0 esquema acima descrito para 6 ensino lieeal.
atendendo-se. porem. a algumas especialidades decorrentes
do facto de os cursos professados neste Ensino estarem
anualmente sujeicos a exame.
Na sequencia da equivalencia concedida. seja no
ensino liceal ou no ensino tecnico profissional. e facultada
ao requerente a frequ{mcia em ana inferior aquele em que
foi estabelecida a equivaleneia. desde que 0 mesmo se
ju/gue a si pr6prio ou seja considerado como nao possuindo
a preparar,;ao necessaria a frequencia do ana em que por
efeito de equivalencia concedida Ihe e permitida Cl matrlcula.
Quanto ao ensino basico. isto e. para aqueles estudances que no estrangeiro frequentavam estabeleeimentos
regime estabelecido
para os que tenham 3 ou menos anos de escolaridade. e-Ihes exigido um cereificado dos estudos
feltos e a equivalencia ser-Ihes-a concedida ap6s
prova de verifiear,;ao de conheclmentos e de acordo
com a idade e os anos de escolaridade no estrangeiro.
para os que tenham completado quatro anos de
eseolaridade e tenham tido aproveitamento. como
norma geral transitam para 0 1.° ana do C!clo
Preparat6rio:
para os que tenham. com aproveitamento. cineo
anos de escolaridade. poem-se duas hip6teses.
1-
-
0
ou fazem exame de transir,;ao de Portugues.
Hist6ria e Geografia:
ou matriculam-se no 1.° e 2 ° ana do ensino
pareicular eumulativamente. fazendo oportunamente 0 exame do fim do Ciclo Preparat6rio:
para os que ten ham seis anos complecos de escolaridade. e-Ihes concedida a equivalencia ao Ciclo
Preparat6rio. mediante exames «ad hoc» de Portugues. Hist6ria e Geografia. Quanto a estes. dado
que aqueles exames «ad hoc» podem ser efectuados
em qualquer altura. poderao frequentar condicionalmente 0 1.° ana do Ensino Liceal ou Tecnico
Profissional ate a prestar,;ao dos exames. sendo
considerada vtJlida a frequencia do 1.° ana no
caso de aprovar,;ao nos exames ou devendo regressar
ao Oclo Preparat6rio no caso de reprovar,;ao nos
mesmos.
Finalmente. as equivalencias de tltulos aeademicos
obtidos no estrangeiro (bacharelaco. licenciatura ou doutoramenco) serao analisadas caso por caso. enquanto que
as equiva/encias para os estudantes de cursos superiores
serao escudadas tendo em atenr,;ao nao os anos de curso
.professado. mas sim as disciplinas. sendo as respectivas
equivalencias concedidas disciplina por disciplina.
Para obtenr,;ao de esc/arecimentos sobre os regimes
de equivalencias deverao os interessados dirigir-se:
-
para
0
ensino secundario:
Direcr,;ao-Geral do Ensino Secundario
Campo dos Mareires da Patria. 2 - Lisboa-l
-
para
0
Ensino Basico:
Secr,;ao de Equivalencias
Direcr,;ao-Geral do Ensino Basico
A venida de Berna. 56
Lisboa-l
-
para
0
Ensino Superior:
• equivalencias de graus academicos:
Ministro da Educar,;ao e Investigar,;ao Cientlfiea
A venida 5 de Outubro
Lisboa-l
• estudantes de curso superior:
A
secretaria da Faculdade onde pretendem prosseguir os estudos.
Va Rev~ta 25 de Abnil., n~ 6 e 7, Vezemb~o .1975
...
RAMALHO EANES NA MADEIRA
e
Democraciano dia-a di. a
e unidade· nacional
.
.
FUNCHAL
. "A
democracia que estamos
a oonstrWr deve afinnar~se no
dia-a-dia dos homens e das
institui~oes" afirmou
o general Ramalho Banes. no
ubado, durante a sessiio solene
da Assembleia Regional do
Arquipelago da Madeira.
o quadrimotor da For\;a
Aerea que transportava
a oomitiva presidencial aterrou
no aeroporto desta cidade cerea
das 10 e 30. Acompa~havam
o Presidente da Republica.
entre outlas individ'Ualidades.
o conselheiro da Revolu\;iio
major lorge Ribeiro Cardoso
o. P~J!1}ei.ro-Ministro Mario
SOB res e 0 presidente dq
Supremo Tribunal de Justi~
dr. Almei~ Borp.
,. A
Constitui~iio
da
RepUblica Portusuesa - diriB
Ramalho Eanes no decorrer da
IeIIio IOlene da Assembleia
Regional -' consBara
• democracia e exige que as
iDltitui95es aunpram as
lIU8I
miasoes reapeitando
intearalmeJ\te B vontade
popular e respondendf;)
l legitima1. esperan~. dos
•.
'~"'.
.1t.e f ~._r) Q,}l 0.- s.e .:
~~.
eo uqwpela&a
da Madeira e aos seus 6rgiios termoeleetrica.
Depois de tcr saudado
regionais, 0 Presidente da
Republica acentuou· que "0 "todos quantos daqui partiram
Pais .e os madeirenses esperam
que as institui\;Oes regionais
sirvam~ autenticamente, as
necessidades de toda
a populll\;8o e que. aos estratos
mais desfavorecidos dediquem
aten\;iio especial".
.
Acrescentou que "0 apoio
governamental niio faltara as
autoridades regionais. No
entanto, tera de ser
dimensionado de acordo com
o circunstancialismo
e con 6 mico- fi nan ce i ro
vigente". Eanes falaria,
tambem. na "competencia
e realismo" com que as
nec:essidades locais tem de .er
satisfeitas.
Falou. em seguida,' das
rea !iu 9Oes que se encontram
projec:tadas a m6dio e Iongo
prazo para 0 arquipelalo.
citando "0 port~ .do Funchal
a coaduir em 78. e 0 de Porto
Santo. a adjudicar em
a ..tiafa9io daa necessidades
portuariu_ do arqu{pelago.
A conatru~io do aeroporto
internBcional. com inicio
previsto para 79. 0 qUal abrira
\DOY~ borizontcs A- indUstria
turfstic:a". ReferiU-se. ainda,
_1 ~ ~ ~ova central
in,
-
=
TRABALHADORES
• EMIGRANTES
••
••
••
••
••
•••
••
••
••
••
••
•
Dado 0 seu interesse.apresentamos a seguir
alguns dados do numero de Julho do Boletim
Informativo do Banco Totta e A~ores recentemente distribuido. Esse estudo sobre a
evolu~ao e 0 impacto das remessas dos trabalhadores emigrantes na nossa economia.
come~a por esclarecer que essas remessas
constituem mais de 807. das transferencias
privadas do estrangeiro para 0 nosso
pais. A partir de 1971. situa-se no entanto um ponto de viragem e 0 crescimento
tem urna queda progressiva,ate se tornar
negativo em 1975,ano em que ha uma redu~ao
de 3,8 milhoes de contos em rela~ao a 1974.
Em numeros globais 0 volume de transferencias privadas atingiu os 28 milhoes de co~
tos em 1974. Acrescente-se que a partir
de 1965 os principais fornecedores destas
transferencias sac os paises europeus da
OCDE.~m especial relevo para a Fran~a e
Alemanha; as remessas daqueles paises.
no primeiro trimestre de 1975,representaram 567. do total e, nos ultimos dois anos.
cerea de 3/4 do total das remessas recebidas. Lembra-se. a este propes1to que os
numeros oficiais de trabalhadores portugueses em Fran~a eram em 1 de Janeiro de
1972, 1975 e 1976.respectivamente,894.550,
840.460 e 858.929.
. contrapart~.a.as
-d
.
~m
rernessas eroven~entes
dus Estados Un~dos e do Canada cont~nuarn a
declinar. apes urn periodo de relativa esta•
•
bilidade. 0 que significa,seguramente;uma
•
progressiva irnplanta~ao dos emigrantes e
seus farniliares nestes dois paises. irnpli•
cando urna paragem no envio de rernessas.
•
Como se verifica.ainda. 0 saldo das trans•
ferencias privadas tem representado urna
•
percentagem crescente do rendirnento nacio•
nal. Em 1972.ano em que atingiu 0 seu rna•
x!mo. essa percentagern era de 12.17.. E ta~
bem importante real~ar que as rernessas fo•
ram suficientes para compensar os defices
•
progressivamente crescentes da nossa balan
•
~a comercial.no periodo de 1967 a 1973. Essa diferen~a positiva entre os saldos das
•
transferencias privadas e da balan~a corner
•
cial permitiu. inclusivamente. em alguns
•
anos.cobrir 0 "defice" da balan~a de ca~ pitais.e aumentar substancialrnente as re•
',seFva! ~e divisas. 0 ~ue evit~u 0 recur so
•
ao cred~to externo. So a part~r de 1973,
ana de inversao da tendencia.as transfe•
rencias se tornaram insuficientes para com
•
pensar 0 enorme defice da balan~a comer- cial. Pode afirmar-se pois. em conclusao.
•
•
que as remessas dos ernigrantes possuem um
valor extraordinario como factor de equi•
librio da'balan~a de pagamentos e como
•
contributo para elevar 0 nivel da poupan~a
•
nacional.
. ,.J
•
•
VD Bole.tim PORTUGAL - I NFORMA~AO
••••••••••••••••••••
0
Presidente da Republica
0
.
primeiro projecto d
afinnou que "a ,.gionaH_ pmpo"a de le', ,e1ati,
e um desejo e ao mesmo tempo
uma esperan\;a, desejo
e esperan\;a que nao se esgotam
ao nivel regional".
Mais adiante disse que "a
hora presente e de desafio"
e que "0 povo que somos, velho
e em terras estrangeiras de oito seculos, vai
trabalham e coniinuam, apesar reassumir-se num projecto de
de 'tuc;:lo, portugueses", unidade a que a regionaliza\;ao
confere ~alidade e fidelidade
democrlitlca".
Depois de recordar que "as
For\;as Armadas saberao
defender a nossa
independencia e garantir
a soberania nacional",
o general Ramalho Eanes
considerou que "a hora e de
desafio, desafio historicamente
repetido ao povo que fomos,
a gente que somos".
Por sua vez, Emanuel
Rodrigues, presidente da
Assembleia Regional da
Madeira, apes ter historiado
longamente a luta dos
madeirenses pela autonomia
regional e de se ter referido ao
"majestoso imperio d~
democracia", afirmou:
"Acreditamos e desejamos
que haja a necessaria e proficua
colabora\;ao e entrendimento
entre os 6rgaos de soberania
nacionais e regionais".
Emanuel Rodrigues aludiu,
ainda, a "atitudes dubias e de
certo modo infelizes como
a que ainda ontem foi assumida
na Assembleia da Republica
perante 0 pedido de adop\;iio
do pedido de urgencia para
a cria\;ao de servi\;os na regia
e de provimento de lugares".,
Considerou, no entanto, qud
com "esta atitude nao houveJ
provavelmente, inten\;ao d
obstruir ou de fazer fracassar 0
objectivos que com a nos
iniciativa legislativa se'
pretende atingir".
P ALAVRAS
NO REGRESSO
Na viagem de regresso
a Lisboa, Ramalho Eane.
e Mario Soares trocara
impressOes com os jornalista
acerca da viagem e de outro
problemas da politica nacional
o Primeiro-Ministr
considerou indispensave
a constru~ao de um nov
aeroporto na Madeira, 0 qua
contribuira, segundo disse
para 0 "incremento turistico d
arquipelago".
Desmentindo a existencia d
uma crise no seio do Govern
Constitucional, que e tambe
o governo. do seu partido, 0 dr
Mario Soares disse haver po
parte do gabinete que dirigl
"uma condu~iio firm
e dialogante da situa\;ao".
Preferindo falar d
"sensibilidades" em vez d
"tendencias", no interior d
PS, adiantou que 0 <;angre
do seu partido Ira consagr
a "unidade na diversidade".
Diario 22/10/76
..
~~.mid~g~:~:~
-Mota AlDaral "adia"
viagem a AlDerica
por interven~io de Eanes
>
ESGlAREGEM-SE POSSIVEIS OOVIOAS SOBRE ASPEGTOS
RELAGIONAOOS GOM AS GONTAS EM MOEOA ESTRANGEIRA
o «adiamentolO da visita de Mota Amaral, chefe do
governo regional dos A~ores, aos Estados Unidos e
resultante, Dlo dos afazeres do presidente do executivo
de uma energica interve~o de Ramalho
Eanes, que teria considerado tal visita como uma
interpreta~o inaceit'vel do cooceito de autonomia, por
parte de Mota Amaral, e uma interferencia
inconstitucional no ambito das atribui~Oes do Presidente
da Republica e do Governo.
a~oriaDO, mas
A visita de Mota Amaral aos -qualquer tentativa de extravazaEstados Unidos havia sido promento de corn petenc ias. Por outro lado, segundo fontes fidedigmovida por urn grupo de dezassete industriais americanos (Iinas, 0 relato de Galvio de Figados ao Partido Republicano), gueiredo nio teria sido particuinteressados em investir nos larmante lisonjeiro para Mota
A"ores, os quais desenvolveram Amaral e 0 seu governo, bem
contactos no sentido de que 0
coma para 0 sector mais a direipresidente Gerald Ford recebesta do PPD 8'<oriano.
se, na Casa Branca, 0 chefe do
Mas as deambulacoes politigoverno regional a"oriano.
C85 do sector mais a- direita dd
A rea~ao do Presidente porPPD/PSD 8'<oriano nio paretugues registou-se a tres niveis:
cem ser enc arad as corn olhos beSa Carneiro fo·i chamado a Pre- nevolentes no interior do partisidencia da Republica, Galvio
do, quer a nivel local quer a
de Figueiredo a Lisboa e os nivel nacional.
EUA avisados de que, a consuA ala esquerda do PPD/PSD
mar-se a recep"ao de Ford a M l>a"oriano - centrada em Angra
ta Amaral, tal seria considerado
do Heroismo e conhecida por
coma acto in am istoso. A con se«grupo de Angra» - e c4ias
quencia de tal reac"ao foi 0
personalidades mais salientes fo«adiamento» da viagem «para ram afastadas do governo regiodata oportuna•• - 0 que quer nal (Borges de Carvalho, Alvaridizer que 0 projecto de encontro
no Pinheiro, Bettencourt de
corn Ford foi cancelado pelos
Araujo, entre outros) devera paramericanos.
ticipar brevemente num enconSe a convoc8'<ao de Sa Car- tro nacional de figuras do partineiro a Belem teve por objectivo do, promovido pelo CERESD,
chamar a aten"ao do chefe do no decorrer do qual sera d iscutiPPD/PSD
para as con se- do 0 problema dos governos requencias inevitaveis de qualquer gionais e a imagem negativa
actua"ao de dirigentes locais do que a sua politica esta a acarrepartido (nomeadamente daque- tar ao PPD a nivel nacional.
les que desempenham fun"oes
Por outro lado, uma missio
governativas) que entre em cho- tecnica do PPD/PSD chefiada
que corn 0 edificio constitucio- por Sousa Franco, que recentenal, a vinda a Lisboa do minis- mente visitou os A"ores, teria
tro da Republica para os A"ores regressado extremamente ceptisob a capa oficial do «tratar da ca quanto a viabilidade do exetransferencia de servi"os para 0 cutivo regional, sob 0 ponto de
governo regional, teve coma vista da sua competencia e capaconsequencia 0 refor"o, pelo cidade governativa Nao deixaPresidente, da posi"io de Gal- ram ainda de ser notadas, coma
vio de Figueiredo, no sentido 'reveladoras de urn certo espirito
de uma firme e inequivoca ac- que se instala progressivamente
tU8'<ao do ministro da Republi- em alguns dirigentes nacionais
ca em tudo 0 que- respeite a do partido, as perguntas que
acontes~ao
instals-se
no interior
do proprio PPD
'Servulo Correia dirigiu ao deputado socialista Jaime Gama
(Servulo Correia era de resto,
o candidato do «grupo de Angra» para 0 cargo de presidente
do governo regional) pelo
simples facto de a defesa do governo regional ter de ser assumida cada vez mais pelos dirigentes nacionais que pelos deputados a"orianos, ao contrario do
que sueedia na Constituinle. 0
proprio envio da missio tecnica
do PPD/PSD 80S A"ores, se
con tern urn natural intuito de
lijuda, demonstra uma certa inseguran"a.
A posi"ao do «grupo de Angra.. e da esquerda do PPD
a"orianos e ainda e1ucidativa
quanto a questio dos gabinetes
de apoio aos governos regionais,
que 0 Governo Central planeara
criar. Firmemente combatida
pelo grupo de Mota Amaral,
que os considerava coma uma
especie de governo paralelo, a
cria"io dos gabinetes contava
no entanto corn 0 beneplacito
da ala esquerda do PPD dos
A"ores (alguns dos seus membros seriam, de resto, neles integrados coma tecnicos).
As contradi"oes que cercam
p governo regional, quer no in-.
terior do partido, quer a nivel
politico global, parecem assim
com~ar a tornar-se visiveis.
Nomeadamente no respeitante
as iniciativas do governo de Mota Amaral no campo da «politica externa.., algo podera tornar-se mais c1aro, quanto as rela"C\es corn 0 poder central,
quando da visita do chefe' do
Governo a"oriano a I.isboa.
JORNAL
J.M.B.
o
••••••••••••••••••••••••••••••••••••• ••••
•
: NA0 DES PER n ICE EST E J 0 RNA L .L
E I A-
•
o·
••
•• ****** ******************************** •
•
,...J
Pergunta - Posso ter contas em varias
moedas? Por exemplo, trabalhando eu
em Inglaterra e dado que a libra tem
vindo a desvalorizar, poderia par parte
do meu dinheiro em libras e outra parte,
diga mos, em francos sui<;os?
Resposta - Pode, desde que a soma dos saldos· dessas contas nao seja inferior ao equivalente a 10 mil escudos.
P. - Li que, sempre que fique inferior a
10 mil escudos, 0 saldo de uma conta
passa imediatamente para Depositos a
Ordem, em escudos. E se eu tiver mais
do que uma conta, 0 que se passa?
R. - Somaremos os saldos dessas contas. Se
essa soma for igual ou superior a 10 OOOSOO.
o depOsito em moeda estrangeira continuara.
P. - Vai haver casos em que um emigrante traz notas em moedas que nao
estao incluidas nas oito previstas. Suponha que eu trago 10 mil cruzeiros e que
quero abrir uma conta em dolares
americanos. Como que 0 Banco faz?
R. - Come~a por Ihe adquirir os cruzeiros ao
cambio de compra da nota (por exemplo:
2$(0). 0 que Ihe dara 20 mil escudos. Depois.
calcula urn cambio media do dolar cheque,
que sera, supunhamos, 29S68. Finalmente,
vera quantos dol ares, ao cambio de 29$68.
sao necessiuios para dar os 20 mil escudos.
Sao 673.85 dolares. A conta seria, portanto,
abcrta corn 673,85 dolares e receberia juros a
taxa de 7')r" se fosse a 6 meses ou de 7,5% se
rosse a I ano.
P. - Para que este aspecto fique bem
esclarecido, vou apresentar-Ihe outro
exemplo: suponha que 0 emigrante esta
na Afric,! do Sui, tem para vender
1 000 rands em notas e quer abrir uma
conta em francos sui90S.
R. - 0 Banco comprara os I 000 rands ao
cambio de compra da nota - 21 S65, por
cxemplo -, 0 que darit 21 650$00. Depois,
calcula 0 cambio media do franco sui~o che
que, 0 que darit, por hipotese. 11 $72 J2.
Vamos vcr, a este cambio, quantos francos
sui~os sap precisos para atingir os 21 650
escudos. Seria corn I 848,53 francos sui~os
que 0 Banco abriria a conta. Os juros seriam
de 5% ou 5,5% ao ano, conforme a conta
fosse a 6 meses ou a I ano.
P. - Reparei que 0 cambio do rand nota
e muito mais baixo do que 0 do cheque:
21 $65 para quase 34$00. Porque 7
R. - Nao ha saida para os rands notas e,
como toda a gente sabe, sempre que nao ha
procura de uma mercadoria. ela baixa de
pre~o. Mas 0 cambio tanto e baixo para 0 emi
grante coma para urn turista sul-africano que
quisesse vender-nos notas de rands.
P. - Falando, agora, de juros: ha uma
conhecido por suas arbitrariedades
e violencias, foi morto pelo sr.
Joviro Barbosa por ocasiao da
prisao dos filhos deste num c1ima de
valentia e arbitrariedade.
.A morte do cabo trouxe ao
po'voado de Ribeiriio Bonito um
grande contingente de policiais de
Barra de Gar~lis. A policia semeou
o terror na area, prendendo,
espancando, torturando».
«N A0 MIE BIAT AIM»
• D. Margarida Barbosa, irma do
sr. Jovino, foi presa nos dias 5 e 11
deste mes e torturada pela policia,
que a fez ajoelhar-se em cima de
tampas de garrafas, durante todo
o dia, de bra"os abertos. Enfiaram
uma agulha na sua garganta,
bra~os, joelhos e sob as unhas das
maos. Espancaram-na. Fizeram
interrogatorios sob a mira do fuzil
e com dois revolveres aos ouvidos.
Durante este tempo nao recebeu
comida nem agua·. No dia 11, as 17
horas, ouviam -se da rua os seus
gritos: .nao me batam!».
.Dona Santana, esposa de Paulo,
filho do sr. Jovino, em rcsguardo de
umas duas semanas, foi presa
tambem nosdias 5 ell e violentada
por· varios soldados, que tambem
q!!~imaram a ro~a e a casa do
marido, com todo () arroz na tulha .
«0 sofrimento destas mulheres
foi 0 motivo da ida de D. Pedro e do
padre Joao Bosco a delegacia de
Ribeirao Bonito. Eles tentaram em
vao urn dialogo sereno com os
cabos Juraci e M'essias e corn dois
soldados, IOtercedendo pelas
coitadas. A policia reagiu com
insultos e amea~as. Concretamente
amea~ando D. Pedro de morte se
ousasse denunciar estas
arbitrariedades: .voce, seja quem
for, esteja on de estiver, vai
tambem».O padre recebeu de um
soldado um soco e uma coronhada
no rosto e um tiro de bala explosiva
no parietal direito, que atingiu
o cerebro.
, .Durante umas tres horas de
lucidez, quando recebia "S
primeiros socorros do dr. Luis e da
irmii Beatriz, no ambulatorio da
Prelazia, 0 padre Joao Bosco
ofereceu seus sofrimentos. pelo
povo. pelos indios. Foi ungido por
D. Pedroeinvocouonomedelesus
com muita fe e entrega.
Interessou-se pelo CIMI e num
gesto de missiio cumprida disse:
• D. Pedro, acabamos a nossa
·tarefa•.
.0 povo acompanhou 0 lance
e 0 sofrimento do padre com
impression ante amizade, gratidiio
e fe. Consegui-se encontrar ainda
it noite, no rumo da BR-80, um taxi
aereo que decolava com 0 padre
Joao Bosco,o bispo D. Pedro e 0 dr.
Luis e a inni! B'eatriz no alvorecer
do dia 12, festividade de -Nc~~;!.
e
e
I
/
i
i
Senhora Aparecida.
«Em Goiania 0 padre fol
internado no In'stituto Neurol6gico
em estado de v}lsoplegia, vindo
a falecer asj 7lwf.a<...
«Na mesma regiao pastoral do
CIMI, perde a Igreja mission aria
dois sacerdotes no espa~o de dois
meses. Padre Rodolfo Lunkenbein
morreu defenden~o a causa dos
indios bororos. Padre Joao Bosco
agora morre defendendo duas
mulheres pobres e do povo.
«I:: hora de martirio. I:: hora de
solidaria comunhiio.
o
......----
CANAGUES
~
j
- Sabem que so agora e que descobri que para receber 0 COMUNIDADEl
tenho de pagar 7
dolares por ano?~
--~
~
•
i
i
NEGOCIOS
EM PORTUGAL?
I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
PRECISA DE ADVOGAOO?
I
I
Contacte:
Tito da Costa
Rua Joao Mendon9a, 27 l~Esq. B. Aveiro.1
...............................
v. W. Petryshyn
Advogado
Diario,21/10/ 76
----
Boletim In~o~ativo do Baneo
Po,lz;tugu0 do Ate.a.YL:tJ..eo
r·····························,
Missionarios do Brasil:
hora de solidaria comunhao
o Conselho Indigenista
Missionario (CIMI), do Brasil.
emitiu uma nota sobre 0 assassinato
do padre Joiio Bosco Penido
Burnier, de 61 anos de idade.
o crime foi praticado pelo soldado
Ezy Ramalho Feitosa, da Policia
Militar de Mato Grosso,
segunda-feira passada. Diz a nota:
«0 CIMI lamenta ter que
comunicar a opiniiio p tblica do pais
o assassinato, pela policia do Mato
Grosso, do pa(j.re Joao Bosco
Penidcf Burnier, ~ioeiro, jesuita,
missionario entre os indios bacairi,
na Prelazia de Drlmtantino, no
M ato Grosso, e coordenador
regional do CIMI no norte
m atogrossense. A:' agressiio
aconteceu dia 11 deste mes, as 19
horas.
«Regressava 0 padre de Santa
Teresinha, na Prelazia de Siio Felix,
Mato Grosso, onde participara do
encontro indigenista anual da
mesma Prelazia. Passando por
Ribeiriio Bonito, povoado da
Prelazia de Siio Felix e Municipio
de Barra do Gar~as, fez questiio de
acompanhar 0 bispo D. Pedro
Casaldaliga a delegacia (esquadra)
local para ambos reclamarem da
injusta prisao e das torturas que
estavam sofrendo duas mu!!leres do
lugar.
• Oito dias antes, 0 cabo Felix. da
Policia Militar de Mato Grosso. que
fazia cinco anos na regiiio e era
pequena diferen9a de criterio entre as
contas que saD abertas com notas e as
que saD abertas com cheques. Porque?
R. - Como se sabe, urn Banco leva mais
tempo a mandar as notas do Que urn cheQue
para 0 estrangeiro. Urn cheque pode seguir no
proprio dia em que .e comprado ao emigrante.
As notas nao podem ser remetidas em pequenos valores, pois tern que haver 0 respectivo
registo. seguro, etc., tarefas que sao, naturalmente, trabalhosas e que obrigam os bancos a
juntar uma quantidade razoavel. Assim. 0
dinheiro fica parado uns dias no Banco e,
mcsmo, os bancos estrangeiros a quem se
enviam as notas demoram algum tempo a creditar a conta do banco portugues que Ihas
remeteu. Por tudo isto, sempr~ que 0 emigrante cntrega notas, urn deposito a 6 meses,
por exemplo, vence-se ao fim de 6 meses e 10
dias. Se for a urn ano, o· depOsito vence-se ao
fim de J ano e 10 dias.
P. - Quando 0 deposito se vence, que
situa90es podem surgir?
R. - Uma
0 emigrante querer levantar 0
dinheiro; 0 Banco entrega-Ihe escudos ao cambio de compra do cheque. Outra e se 0 emigrantc qucr prorrogar 0 deposito; nessa altura,
elc continuara a ter a conta em moeda estrangeira.
P. - Quais foram verdadeiramente as
inten<;oes que levaram a cria<;ao destas
contas?
R. - ' Responderei dizendo a que nos parece
scr a mais importante dessas razoes. Sabe-se
que. num dado momento, se caiu em Portugal
no vicio do entesoura_mento. vicio que, felizmente, se pode considerar liquidado, pois os
milhoes que se encontravam guardados em
casa ja regressaram aos bancos. Mas esse
vicio do entcsouramento tambem passou as
fronteiras e, assim, vimos muitos dos nossos
compatriotas que trabalham no estrangeiro a
guardar 0 dinheiro em casa, corn m~do de 0
enviarem para Portugal. quase sempre arrastados pelo prognostico da desvaloriza~ao do
escudo. Deste modo, corn as contas em moeda
estrangeira foi oferecida ao emigrante a possibilidade de guardar moeda estrangeira nos
bancos portugueses, sem correr 0 risco de ser
roubado e, ainda por cima, recebendo juros, 0
que ele. naturalmente, nao conseguiria se .,;ontinuasse a ter em casa 0 dinheiro que tanto Ihe
custou a ganhar.
P. - Esta, portanto, optimista quanto ao
interesse que estas contas vao despertar nos portugueses que trabalham no
estrangeiro ?
R. - Estou optimista em rela~ao ao modo
coma estas contas vao ser aceites e, tarn bern,
quanto a tudo que aos Servi~os de Emigra~ao
cm que trabalho diz respeito.
tern
pJta.ze!t de. anunCA..lVl. que. mudou
.6 e.u e.,6 cJU.;t6!t.A.-o palta.
0
602-A Bloor St. West
531-2455
A
FALAMOS PORTUGUES
0
6
~
Comunidade
e
illrnill[~~~ mu] [u]~~ill nmoooornOOill
Ade.Una da Suva - AI~m de que ver televisao
urn acto passivo' que poe as crian~as dormentes.
Ha alguns programas bons mas geralmente nao ha
oportunidade de selecyao.
Pa is e Esc.o las
e
Tony Glte.go4ia -
....
Val:teJt Lape6 - Ha aqui dois pontos de vista essen-
INTAODUCAO
E6ta. e. a :tetLc.ehta Me6a Re.donda que. 0 jOltn.a1 COMUNIVAVE e6:ta. a pubUc.aJ1. J.>O bite. aMun:to~ de. in:teJte6~ e.
c.omunilfuo. A pJtJ..mehta de.bltu9-~u -~ e. J.>O bite. o~ pltOble.mM da fJamfLW. pOlt:tugue6a e.m Tolton:ta e. a M.gunda
:tJta:tau dM pltable.mM da mulheJt paJt:tugue611 no :tJtabalha.
o jaltnal COMUNIVAVE c.an:tinualta a ve.ntitaJt a~ pltOble.mM da c.amunidade. poJt:tugue6_a a:tJtavi6 de6:te. mua
de. a.ru£eMe. e.m Me6a Re.danda. E ~6 a:tJtavi6 do ditilogo que. padeJtemM :tomaJt um c.anhe.c.ime.n:ta maM plta nundo dM plta ble.mM que. na~ a6lig em e. dM ~ af..u.r;o e6 que
de6 e.jamo~ .
Me.de.iJta~ - Para iniciar este dialogo sobre a
"Educas;:ao das Crians;:as Portuguesas nas Escolas Elementares gostava de agradecer as pessoas presentes: Sr. Tony Greg6rio, professor na Kensington
Commun~ty School, Adelino da Silva, interprete Conselheiro, Aldo Colangelo, tambem interprete Conselheiro, Valter ropes, School Community Relations
Worker e ainda aos companheiros de trabalho no jornal Comunidade, Martinho, Domingos e Gilberto. Relativamente ao tema que nos propomos tratar, gostaria de per a primeira pergunta: Quais as escolas
frequentadas por crianyas protuguesas?
Jaaa
Ade.Una da Suva - Temos a escola do Senhor Santo
Cristo em que quase 100% das crianyas sac portuguesas; Sta. Veronica onde estao muitas portuguesas; Sta. Helena em que a maioria eportuguesa corn
cerca de 35% nascidas em Portugal, alem dos filhos
de portugueses nascidos aqui; na' escola de St~.
Antonio mui tos s~o portugueses. Alem de St. L~e,
Sta.Lucy, Holy Family, S. Raymond onde estao tambem muitas crian~as portuguesas.
ciais. Haquem diga que 0 facto de juntar as crian~as portuguesas na mesma escola contribui para
desintegrar a crian~a. Por outro lado e importante
a ideia de socializa~ao. Para mim emuito importante esta ideia de comunidade, de bairro, em que as
pessoas se agrupam consoante os seus interesses
comuns, sem criar comunidades fechadas (ghetos).
0 grande problema
este: Em quanto que os pais canadianos se interessam pelo
andamento escolar dos filhos, os pais portugueses pouco se interessam e ,assim a crian~a nao
evolui. Os pais dizem que vieram para 0 canadapor
causa dos filhos, mas, chegados aqui, querem 0 ca
~o, a casa,
a carpete, trabalham muitas vezes em
dois trabalhos e nao tern tempo de se dedicarem aos
filhos, nem ao menos procuram saber na escola coma
os filhos se portam. Queixam-se depois que eles
nao aprendem.
EDU[A[AD D
,
Tany Glte.gaJtia - Fundamentalmente estou de acordo
corn 0 Adelino. Mas ja hoje a crian~a nao se perde
na escola" uma vez que ha: professores ou ajudantes
que falam portugues. 0 que me parece fundamental
e que a crian~a nao se desintegre ou nao
assimile. Se a crian~a aqui e que vai viver, precisa ~
do Ingles. Se n~o, nao chegar~ ao Col~gio e muito
menos a Universidade. Segundo estatisticas 0,03%
da populayao portuguesa eprofissional.
In~ les pobre
JOaD Me.de.iJta~ - Gostaria de p$r outro problema,
n~o da minha observa~ao mas de outras pessoas.
Mesmo que as crian~as falem so Ingl~s nas escolas,
se a maioria ou quase totalidade
imigrante, n~o
tern modelos de express~o proprios da l{ngua inglesa e assim 0 seu Ingl~s tende a ser mais pobre.
e
.,
PDRIUI
nAS ESlOlAS I
Tany Glte.goJtia - Acho que tern de haver urn limite.
Ha ate diversos livros publicados nesse sentido.
Se 0 aluno so'estuda Ingl~s na aula, acontece 0
mesmo que nos liceus portugueses: 0 aluno vai ~
aula de Frances ou Ingl~s e ao fim do curso nem
sabe escrever urna carta nas referidas l{nguas.
Adetino da Suva - Na minha opiniao 'e poss{vel aprender as duas l{nguas ao mesmo tempo falando 0
Ingles na escola e 0 portugues em casa. Se a crian9a cresce a aprender as duas l{nguas, podera saber hem as duas e isto tern urn valor positivo.
Ha
urna experi~ncia e urn estudo
feito pelo professor Anderson do OISE. Ele fez 0
seguinte: organizou urnaclasseem que 0 portugues
era 0 meio de comunica~ao e 0 Ingles disciplina,
e uma segundaclasse em que se usava exclusivamente
o Ingles. 0 primeiro grupo progrediu muito mais.
Alda Catange.lo -
Val:teh Lape6 - Devo esclarecer que as vantagens
foram sobretudo nas Matematicas e Cigncias, sem
se atrasarem no Ingles.
Adetino da Silva - Gostaria de fazer uma observa~ao: H~ professores que fazem pressao sobre os
alunos para que se fale Ingles em casa para praticarem 0 que aprenderam na escola.
Val:tetL Lope6 - 0 que esta aqui a debater-se e 0
sistema de integra~ao em que ha uma transi~ao do
Portugu@s para 0 Ingles, e 0 sistema de imersao
em que se opta pelo Ingles exclusivamente. Apesar
dos estudos feitos n~o esta provado qual seja 0
melhor.
Tany Glte.goJtia - Na America, no Novo Mexico, esta
a usar-se exactam~nte 0 programa de transi~ao em
que se vai inserindo 0 Ingl~s na escola mas progressivamente.
VALTER IDPES
Val:teJt Lape6 - Posso apresentar algumas percentagens relativamente ~ escolas p~licas. Vou referir as percentagens relativas a crian~as cuja l{ngua materna e 0 portugu~s mesmo que n~o nascidas
em Portugal.
Assim temos: Alexander Muir, 63%, Gladstone 48%,
OSsington 45%, Grace St. 46%, Kensington Community
School 48%. No ensino secundario a escola corn maior
percentagem de portugueses eHeydon Park corn 29%
e a Harbord Collegiate corn 9%.
j\mbiente Portu~ues
Jaao Me.de.iJto~ - Nao era minha inten9ao tratar t~o
profundamente 0 problema da l{ngua., Em todo 0 caso parece-me que 0 problema foi hem posto. Gostaria agora que voces enurnerassem mais alguns pro~
blemas das crianyas portuguesas na escola.
urn
Alda Cal8.n.ge.la dos problemas e' 0 do clima.
Muitas vezes as crianyas quando chegam, usam as
mesmas roupas que usavam em Portugal, 0 que cria
problemas de saude.
Joaa Me.de.iJta~ - 0 problema existir~ ainda ou sera
Joaa Me.dehta~ -Gostaria de par outro problema:
Quais sao as vantagens ou desvantagens da crian~a
estar num meio maiorit'rio portugu~s, em que a
primeira l{ngua n~o { 0 Ingl~s. Ter~ este facto
algum efeito na educa~?o da crian~a?
Adetino da Suva - oa-me a impressao que ha vantagem sobretudo para os alunos que vS-o pela primeira
vez para a escola. As crian~as sentem-se muito mais
~ vontade porque podem comunicar corn as outras
crian~as. Para os alunos que nab vao pela primeira
vez, pode have~alguma desvantagem, porque na clase
falam Ingles mas no recreio falam Portugu~s. Talvez
naquela idade fosse mais importante so aperfei~ar
o IngH!s.
Tany GJte.golUiJ - Sou professor corn dois anos de experiencia. Acho que temos de julgar este problema
segundo a prioridade. Se a prioridade e social
urn bern. Se a prioridade eeducacional ou de integra~ao na sociedade canadiana eurna desvantagem.
Agora, 0 que eu nota e que, ml!SllIO nas escolas ern
que a maioria eportuguesa, as crian~as so falam
em Ingl~s no recreio e so usam 0 portugugs quando
n~o se sabern expressar em Ingl~s. If claro que neste caso so sofrem os que chegaram h~ muito pouco
tempo ao canada.
e
apenas do passado?
Aldo Colange.lo - Ao menos foi urn problema que
existiu.'
Mudan(.a de j\mbiente
Adetino da Suva - Nao sou professor e por isso
nao sei os problemas na classe. Todavia, porque
estou em contacto corn os pais, sei que urn dos
maiores problemas e'esta mudan~a brusca do ambiente rural portugues para 0 ambiente urbana do Cana.da. Isto d~ origem a urn grave problema social.
Gostaria de dar urn exemplo: Uma cr!.im~a vem de
'Portugal, ve muitos carros, muito movimento. Tern
dificuldades de envolver-se corn outras crian~as,
mui tas vezes porque os pais n:io a deixam sair de
casa e brincar corn os outros miudos, corn medo do
movimento.
Un outro problema ~ 0 impacto da
televis~o. Sobretu~? crian~as das A~ores n~o
estavam habituadas a ver televis~o. Aqui a televisab passa a ser a babysitter er:', quanto os pais
trabalham. V~em ~e~~vi;~o seisou sete horas por
, d:!.:. e cheg~ ~ escoia extremamente cansados.
Val:te.Jt Lopu -
Val:te.Jt Lape6 - Nao vou taG longe. Ha muitos pais
que se interessam e querem que os filhos vao 0 mais
longe poss{vel. Mas 0 pior e' 0 desconhecimento do
sistema escolar aqui. Por isso deve contactar-se
os pais e explicar-Ihes 0 sistema escolar do Canad~
a.
Adetino da Silva - Os pais nao vem
escola porque nao estao habi tuados. Mas se nos os contactamos
eles mostram-se interessados.
Tany Glte.goJtia - Fiz urn estudo em Ottawa e verificou-se que 87% dos pais portugueses nao sabiam nada do ensino.
Alda Colange.la - Creio que ha urn problema que dificulta 0 contacto dos pais corn os professores. Em
Portugal 0 professor era urna autoridade. Sabia tudo
e estava tudo certo. Nao era necessario contacta-Io
Acho que isto existe na mentalidade P07tuguesa.
Val:teJt Lape6 - Ha pouco tempo aconteceu urn p:r;oblema corn uma miuda de catorze anos. O'Vice-Principal
pediu-me para.falar corn os pais. vi que nao havia
apoio em casa. Os pais desculparam-se que nao sabiam.
Tony Glte.goJtia - Muitos sao os problemas: clima, l{ngua, alimentayao. Muitas vezes nacr~a tempo de cuidar convenientemente da alimenta~ao da crian9a. Alem disso, as crian~as ngo dormem 0 suficiente.
Adetina da Suva - Acho que de via haver aqui pais,
porque estao a ser muito atacados. Muitas vezes 0
problema eC0nomico Et mais real do que a educa~ao
dos filhos.
Aldo Ca.tange.lo - Se os pais tern mais de 35 ou 40
anos e muito dificil inserirem-se no meio dos problemas educacionais. E tamb€m urn problema de culturi
Se sao mais novos, 0 problema de educa~ao e instruC;ao ja os preocupa mais.
Devemos notar tambem que a c:r:ian<;:a tira vantagem
da situa~ao porque percebe a diferen~a de comportamento que os pais e os professores exigem. As vezes
joga os pais contra os profess ores e os profess ores
contra os pais: "Ele nao di'sse nada, eu nao tenho
que fazer trabalho de casa ..• ~·"
Ccm.midade
Telev;sao
Tony G~egonio -
Nos os professores dizemos que 0
nosso maior inimigo
a televisao, porque as crian-_
~as sentam-se e tern tudo. Estao habituados corn tudo
feito. Quando vem para a escola no outro dia ja
nao querem fazer nada. Ha uma psicclogia tao grande
nos jogos da televisao que as crian~as ficam bebadas por aquilo. Tenho crian~as corn nove, dez anos,
que trazem os Jungle Jim e Bionic Women, e estao
sempre
espera do recreio, a olhar para 0 relogio
para brincar corn aquilo. Hoje em dia temos que lutar contra a televisao, a batata e a Coca Cola.
e
ta dos pais. Ha crian~as que vem da escola para a casa e portam-se de uma ~neira conside-- rada indisciplinada pelos pais: saltam, nao obedecem. A conclusao dos pais e que a escola nao
educa as crian~as como deve ser. A segunda coisa que queria par
vossa considera~ao e'esta:
qual
0 efeito do ensino do portugues depois
da escola, no aspecto-da quantidade de horas
que a crian~a gasta na escola e do cansa~o que
pode advir para a crian~a.
a
e
a
vatt~ Lop~
- Queria mencionar que a televisao nao
so provoca 0 cansa~o das crian~as, mas traz violencia. 0 outro aspecto e que em Portugal a escola e
a casa eram duas coisas completamente separadas. Aqui e diferente. E dificil para as pessoas perceber
5 [RIAD[A5
.,
EmEnTARE5
Discipline
e
Tony Gnegonio -
A disciplina
urn caso dif{cil,
porque 0 chicote (strap) e proibido, embora eu
seja contra isso. Os professores hoje em dia
nao tern nada para manter a disciplina. A crian~a quando chega aos 10 anos sabe que 0 professor
nao pode bater. So pode e falar alto. "Let him
shout; Quando tiver cansado cala-se:" 0 professor so pode mandar a crian~a para urn canto
corn urn livro. 0 aluno nao aprende, e portanto
o professor nao 0 pode manter no canto. Meia hora depois vai chama-lo de parte e explica-lhe
o que fez corn os outros. Portanto 0 professor
esta a prejudicar-se a si proprio. A disciplina
e'urna coisa que a crian~a deve levar para a escola e nao traze-la da escola para casa, no meu
ponto de vista. 0 pai se diz ao filho: "Tu nao
fazes isto, Manuel." 0 filho se nao obedece e
o pai nao Ihe faz nada, 0 filho na escola fara
o mesmo. A crian~a experimenta 0 professor.
7
Ade£.<.no da Sitva -
Para dizer que nao ha nenhuma
disciplina na escola nao e verdade. Existe disciplina ate certo ponto. Ha castigos. A crian~a fica na escola depois das t;es e meia, urna meia hora, urna hora. E alem disso tambem ha 0 chicote na
escola. Nao estou bem certo acerca disto, mas pen-,
so que para usar 0 chicote e preciso ter uma razao bem valida e ter urna testemunha presente. Ha
disciplina na escola, mesmo corporal, neste caso
tem de avisar os pais, dizendo que vao disciplinar
a crian~a. Ha certas regras que tern de seguir.
vatt0! Lop~ - Hamuita gente que pensa ern disciplina apenas no sentido de meter medo, bater, etc.
Mas disciplina emuito mais. A coisa mais importante na disciplina e ensinaz: a crian~a a autodisciplina. A crian~a saber 0 que eo' que e'-mau ou
born por razoes morais, c{vicas, ou razoes de simpIes convivencia corn outros seres hurnanos. Depois
deve saber que se fizer mal vai ser castigada, se
roubar sabe que vai para a pris~o, etc.
Vom.<.ngo~ MMqU.~ - Ha' crian~as que vem para casa e dizem ao pai e a maE' lUe nao fazem uma coisa porque 0 proprio professor Ihes diz que nao
fa~a. Deste modo 0 pai nao the pode exigir que
esteja quieto, ou que 0 professor de coisas para fazerem casa, nem pode dar castigos ffsicos.
Como responderia a isso?
G~ego~ - Eu penso que ele nao deveria proceder assim. 0 pai nao pode bater nurn filho, isso
e contra a lei do Canada:
Tony
"
Vom.<.ngo~ MMqU.~
-
Pois, mas eles batem ....
Tony G~egonio -
Nos todos. NOs humanos batemos
nas crian~as. Mas e contra a lei. Se urna pessoa
bater todos os dias nurna crian~a corn 0 cinto ou
outra coisa, a pol{cia vai la e tira-lhe a crian~a e os psicologos vao ver se a pessoa e capaz
de ser pai ou nao. Quando 0 professor diz que 0 ;
pai nao pode bater, esta apenas a dizer a lei.
Mas urn pai que
urn pai nao precisa de bater num
filho para 0 disciplinar.
e
Vorn.<.ngo~ MMqU.~ - Os pais poem muitas culpas
aos professores da mesma maneira que os professores poem m~itas culpas aos pais. Devemos tentar
saber se ha culpa das duas partes. Eu estou convencido que ha'.
vatt~ Lop~ - Temos de ver a crian~a como urn
produto. Os pais e' que fazem a socializa~ao desse
produto ate os seis anos. Depois a crian9a chega
aos 6 anos e.gasta na escola 6 horas por dia
(25% do tempo), 5 dias na semana, 0 que reduz 0
tempo na escola a 20%. Depois a crian~a sovai
escola pouco menos de duzentos dos 365 dias no
a
que tern de haver urna coopera~ao na educa~ao da
crian~a. Nao se trata de dizer que a educa~ao pertence
casa e 0 ABC
escola. Trata-se de uma coopera~ao mutua.
A outra coisa que queria referir e'que as crian~as que chegam de Portugal tern urn certo atraso em
rela~ao as crian~as que tiveram a sua educa~~o aqui, visto que la come~am a educa~ao so aos 7 'anos.
Aqui come9am aos 6 e ja tiveram dois anos de junior
e senior kindergarten.
a
vatt~ Lop~ - E para alem disso estao expostos a
urn certo ambiente. Ernbora alguns pais digam que em
Portugal se aprende em quatro anos 0 que aqui se a~
prende em oito. Nao sei se isso sera valido.
- E nesses tres aspectos que os pais
0 acento tonico: ler, escrever e contar, quatro anos, e a crianya esta pronta para 0 mundo do
trabalho.
vatt~ Lop~
MedeiAo~ - 0 ensino em Portugal esta a mudar
e penso que esta a tornar-se semelhante ao do Canada, embora eles tenham dificuldade em ter os mesmos materiais que aqui sao usados nas salas de aula. Eu gostava de p~r urn problema do ponto de vis-
lOaD
Claro, ha/disciplina na escola,
mas limitada. Nada camo antigamente. Hoje cada
escola usa 0 m~todo que julga mais conveniente.
Esc:ole de Portu~ues
MedeiAo~ - Algu'm quer falar sobre 0 efeito de mais horas escolares durante 0 dia?
loao
Ade£.<.no da Sil.va - Alguns principais queixam-se
que as crian~as tern 6 horas de escola por dia
e isso emais do que suficiente. Alem disso dizem que durante 0 dia a professora ou professor
ensina a crian~a corn un certo metodo, por vezes
diferente do que eusado na escola portuguesa,
sobretudo no que se refere
divisao e
pron~n­
cia. Ora, a crianya quando e'menor fica a pensar: "Mas afinal quem
que esta certo?"
a
a
e
e
e
Ler, ESc:rever e Canter
~em
-
G~egdnio - A crianca de 7 anos pode ficar
confusa na fonetica porque 0 som das vogais
diferente nas l{nguas Portuguesa e Inglesa. Agora se a crianqa ja tern 12 anos, sabe falar
Portugues, ja sabe que esta a aprender urn segundo idioma.
vatt~ Lop~ - Gostava de ouvir a opinia'o do
Domingos, visto que ensinou na escola Portuguesa. As escolas portuguesas sac uma coisa ad hoc
que preenchem urna vaga, absolutamente necessaria, visto que eproibido 0 ensino de Portugues
nas escolas primarias, e os pais portugueses
que rem que as crian~as aprendam 0 Portugues
por varias razoes, como comunica~ao, possibilidade de voltar para Portugal, cultura portuguesa. H~ outros pais que vao mais longe e dizem
que 0 sistema portugues
melhor e mais avan~ado. Para alem disso ha urn aspecto v~lido: acrian~a ate pode aprender mais matematica e para crian~as que vem atrasadas de Portugal, e
urna especie de explica~~o depois da escola. 0
que gostava era que as escolas portuguesas n~o
estivessem tao separadas da Direc9ao Escolar
e do ensino no Canada. Gostava de ver uma maior
comunica~ao entre os professores da escola portuguesa e os profesores da escola canadiana.
Come~am aos quatro praticamente ..
Tony Gttegdnio - A nossa educa9ao mudou muito. Iembro-me que quando estava na quarta classe em Portugal aprendi tres coisas: Ier e Escrever, a Hist6ria
Portuguesa e Matematica. N~O acredito hoje, 1976,
que a maioria das crianyas em Portugal saibam a
raiz quadrada, como uma senhora disse urn dia nurn
programa de radio de Oakville. Eu nunca aprendi a
tirar a raiz quadrada na-quarta classe. Aqui no
~au quatro aprende-se ciencias sociais, ciencias
naturais, faz-se ginastica. Em Portugal nunca fiz
ginastica em quatro anos de escola que la tive. Ern
Portugal nao se pinta, nao se trabalha corn barros,
n~o se corta papel, nao se aprende nada dessas
coisas.
G~eg6nio
Tony
a
Adetino da Sitva -
ADELINO DA SILVA
Tony
Aspec:tos Positivos
ano, ficando assim a escola reduzida a urn 15%. Por~
tanto, nao
so a escola que tem influencia na educa~ao da crian~a. '
e
Tony G~eg6~ - Eu agradecia muito que 0 pai ou mae
das minhas crian~as fosse a uma das minhas aulas
urna vez no ano para ver como 0 Joaozinho se porta
durante as aulas.
vatt~ Lop~ - A ideia da indisciplina na escola
depende da maneira como a escola moderna esta organizada. 0 pai portugues estava acosturnado aver
6 professor la em cima ao pe do quadro e as criancas sentadas em filas de carteiras. Dali nao se
mexe nern se abre 0 bico. A escola canadiana eurn
bocadinho diferente. A crian~a senta-se as vezes
em circulos, anda dum lado para 0 outro a cortar
papeis, a moldar plasticina, etc. Tudo isso faz u~~ CCLta confusao as pessoas que estavam acostumadas
escola das filas.
•
a
- Eu n~o concordo de maneira nenhuma corn a ideia de que a crian9a fica sobrecarregada corn muito trabalho indo as duas escolas. Vou
falar urn pouco baseado na minha experiencia e no
metodo de ensino da organiza9~0 escolar em que eu
estive. Em primeiro lugar, as crian9as que vao
aprender portugues, ~ m;ior parte sac do Continente. H~ um~ percentagern minima de ayoreanos. Segundo, os que frequentam a escola de portugues sac
geralmente os melhores alunos na escola do Canada.
Ainda ha pouco tempo falei corn urna professora canadiana e apontei-Ihe esse facto. Dai em diante ela
encoraja os seus alunos a aprender portugues. Urna
das coisas que Ihe deu muita satisfaGao foi saber
que dentro da classe, meia duzia de alunos que iam
a escola portuquesa, eram os melhores alunos dela.
A linica coisa que
dificil para a crianca e 0 facto de ter de se deslocar para a escola dura~~e urn
Vom.<.ngo~
ManqU.~
e
Continua. net pag-ina 10
.'
tl (JaTll..U'Udac1e
~(W ·1Jl)[3Q)[J11Q) ..LdM
-
--~-
QUEM FAZ A CIDADE?
(TJtan-6cAevem0.6 na .wteglta urn aJt:t{.g0 de Si..dYl.ey Plta:t;C,
public.ado Yl.a Cofuna do Tltaba1.ha.dolt do boletim "The
Ken-6ingtoYl.") •
Uma operaria que vive na Kensington veio procurar-me a semana passada. Tinha sido contactada pela
Uniao que estava a organizar 0 pessoal da f~rica
onde trabalha. "Como e que posse saber se devo as-sinar pela Uniao ou nao?", disse-me . "Estou ha
pouco tempo no Canada. Se assinar poderei ser despedida. Como e que vou saber quais dos meus colegas
de trabalho ja assinaram?"
PORQUE i QUE OS TRABALHADORES TEM MEDO DE ORGANIZAGAO?
Quanda trabalhava no Centro de Interpretes na
Kensington Community School esta pergunta vinha-me
frequenternente
cabe<;;a. Os trabalhadores de Kensington deveriam vir muitas vezes apresentar as suas
queixas ou reclamaqoes - sobre despedimentos de trabalhadores idosos, sobre perigos no trabalho, sobre
maquinas avariadas, trabalho-a-peqa, sobre abuso de
velocidade para aumento de produ9ao. Mas quando os
a
I
trabalhadores reclamavam (sobre estas coisas e ainda
outras) eram ignorados ou despedidos.
Os trabalhadores tern receio porque nao compreendem
que e 0 seu trabalho que poe a sociedade ern movimento. Sao as pessoas que vivem na Kensington - na
Nassau, Baldwin, Bellevue, etc. - e outras, por todo
o Toronto, que fazem desta cidade um importante
centro comercial, fabricando todos os produtos que
urna grande cidade precisa, distribuindo-os e vendendo-os, alimentando os habitantes de TC~0nto, mantendo a cidade limpa e hem servida.
Os trabalhadores tern receio porque nao tern a possibilidade de contactar uns corn os outros como pessoas. Muitas coisas os dividern. Talvez pense que
a maior divisao e porque uns falam Portugues, outros
Chines, Grego, Italiano e todas as 11nguas que se
ouvem ern Tbronto (talvez umas 50 diferentes~). No
entanto como-a-concorrencia 'p~lo mesmo lugar; necessidade de falar directamente corn 0 chefe ou capataz
em vez de discutir os problemas entre os colegas;
desconfian9a entre os colegas por receio de alguns
confidenciarem corn os chefes.
Quando os trabalhadores vencem estes problemas
a situa9ao e muito melhor. Corn certeza que nao sera
o Ceu na Terra~ Ha sempre problemas quando a riqueza dum pais nao
controlada pelo povo que a produz.
Ha quem pense que a ideia principal duma organizasao
de trabalhadores e'o aurnento de ordenado. Na verdade todos desejam ganhar mais. Mas somente mais di~eiro nao da seguran9a no emprego ou condi90es decentes.
Quando os trabalhadores estao organizados garantem
nao somente as suas condi<;;oes materiais, coma tambem
- 0 que e muito importante - 0 seu orgulho coma residentes no Canada em nao ter necessidade de esmolarem condiqoes decentes ou seguranya no trabalho, mas,
pelo contrario, te-las por direito. 0 dia do trabaIho (Labour Day), feriado na primeira segunda-feira
de Setembro, lembra aos trabalhadores todos os que
jaO lutaram pelos seus direitos. 0 l~ de Maio, Dia
de Maio (May Day), lembra-nos a luta internacional
de milhares de trabalhadores que perderam os seus
trabalhos ou, mesmo, morreram para que outros pudessem ter melhores condicoes.
Quando os trabalhadores se organizam obtem mais
informasoes sobre 0 seu trabalho, sobre as le is que
os protegem, e dividem os seus problernas corn os companheiros de modo que todos possam vir a ter uma
vida melhor no Canada. A fal ta de informacao sobr,e
os prdprios problemas, acerca dos direitos'respectivos, sobre as leis do Canada, aprendizagern e possibilidades profissionais faz os trabalhadores sentirem-se afastados uns dos outros e incapazes de modificar a situa~ao.
THE KENSINGTON prestar~, dentro dos pr;ximos meses,
aos trabalhadores desta area algumas informa~5es
bcisicas.
Se tern duvidas sobre os problemas do seu trabalha
telefone-nos ou escreva-nos para THE KENSINGTON,
925-2103, 91 Bellevue Ave.
e
SPORT CLUB LUSITANIA
OF TORONTO
Prirneiro Baile do Lusitania
No 103 da Ossington, realizou-se no passado dia
16, 0 prirneiro Baile do Lusitania. Diversos conjuntos rnusicais e numeroso publico participaram na
referida festa familiar.
(LUBE TRANSMONTANO
COMUNICAOO
o Clube Transmontano realizou corn grande exito no
passado sabado dia 18 0 Baile da Juventude, nurna at~
rnosfera jovern, de convlvio aberto a que foram atraidos cerea de 200 jovens.
o Clube agradece a todos os que cornparecerarn e
assirn participaram activamente no sucesso daquela
noite. Espera tambern,a vossa cornparencia nos bailes
a realizar no Ukranian Hall (College e Spadina) dia
2 de OUtubro e 20 de Novembro, abrilhantados pelo
conjunto "Capas Negras", -e na passagern do Ano abrilhantado pelo conjunto "Venus".
A sua presen~a e imprescindivel~
Venha, na certeza de que tudo sera feito para que
passe urn serao agradavel.
r----------~-------~------
Si..dYl.ey Plta:t;C e' al.>f.>iJ.,tmte MC.iai e tem ex.peJtibtc.ia
Yl.0 c.ampo de Iteiar;o ef.> eYL:tJte un.iaiJ / TltabaihadOltef.> , em
ef.> pec.iai dm:tJto da c.omuYLidade PoJt:tu.gUef.> a.
Ferias
elll Portugal?
DEPOIS DAS
REUNIOES
FAMILIARES
HA MUlTO
MAIS PARAVER
-
Entao, de volta a Portugal, em Ferias?
Optima ideia. Claro que os momentos mais
emocionantes serao ver a sua familia,os
velhos amigos e os lugares conhecidos.
Mas, uma vez la chegado, ha muito mais
para ver. E que variedade. Ha corn certeza partes de Portugal Continental ou da
Madeira que tern sempre estado nos seus
pIanos visitar, mas que nunc a chegou a
faze-loo
'Descubra urn Algarve inundado de Sol,
o excitamento duma Lisboa bulicosa, 0
glamor do Estoril, 0 encanto de Cascais.
Visite Fatima, a Cova da Iria, de fama
rnundial. Veja 0 Porto, corn 0 seu famoso
vinho e a Ponte de D.Maria Pia.
Mas crernos nao ser necessario termos de
Ihe dizer do tanto que ha para ver na
nossa patria.
o seu Agente de Viagens portugues pode
oferecer-lhe agora varios programas de
ferias, por baixo pre90. Consulte-o e
depois, por poucos dolares extras, descubra rnais de Portugal nas suas proxirnas
ferias.
OU entao, visite 0 pessoal amigo e so11cito do
CENTRO DE TURISMO
DE PORTUGAL NO CANADA
390 Bay Street, Toronto, Ontario,M5H 2V2
Telefone: (416) 364-8133
49 Frontenac, Place Bonaventure
Montreal, Quebec, H5A lE8
Telefone: (514) 861-4765
BIBLIOTECA PORTUGUESA
o Cfube
Rec.JteaUvo da Nazallt, YLa 1166 fuYl.dal.>
Wef.>t- To~oYL:to, Itec.ebeu. urna Itemef.>f.>a de 360
VItOf.> ooeJtec.idof.> pela FuYLda9Jio CaioU-6te GulbeYl.fwlY/.. Of.> livltof.> englobam urna valtiedade de topi~
C.Of.>: Tea:tJto, ltomaYLc.e, pOef.>ia, UVltO-6 iYl.oaYLtif.>,
pof,[;Uc.a, etc..
0-6 au.toltef.> f.>ao valtiadO-6, eYL:tJte Of.> quaif.> E~a de
Qy.UJtOf.>, Floltbeia Ef.>paYl.c.a, FeJtYta.Yl.do Namolta, AiVef.> Redoi,. UttbaYl.O TavaJtef.> RodJUguef.>, BeJtYI.aIldo
San.taJtmo, aMim c.omo au.:t0ltef.> de cU.ve!tf.>Of.> paJt:tidOf.> pof,[;UCO-6. e.n.:tJte Of.> quaif.> Sa CaIlYl.UJto, lIdJUo
SOallef.>, AiVaM CUYl.hai, etc..
0-6 livltO-6 oazem paJt:te da Bib~otec.a AiVef.> Redol, e ef.>:td'o ao fupOit. de toda a c.omuYLidade polt:tu.gUef.>a.
Fac.a-f.>e Mfc.io e pa.l.>M UY!6 bon-6 boc.adOf.> com Of.>
me.e.hOltef.> lUd:o Itef.> da iUeJta:tu.Jta po Jt:tu.g u ef.> a.
A quota meY!6ai
apmal.> de $1: 00 doialt.
PltewamOf.> do f.>e.u. apo-i.o e iYL:teJtef.>f.>e palla que
a Bibliotec.a vi. avante.
u-
st.
e.
PaIla maif.> .{.Yl.ooJtma9-oef.> teieooYl.e dUltaYL:te a, ~e­
mana palta AY!.:t6YLio AzeUona JIt. 532-:-1573 da6 3 M
9 da Yl.oUe, ou ao sabado paJta 0 NazaJte. Rec.Jteativo Ciu.be -531-0605 da.I.> 9 da maMa Gib 10 da
ltoUe •
.J
L
------------------------FOGO NO METRO DE TORONTO
No dia 15 de O1tubro, as duas da madrugada deflagrou urn incendio no Metropolitano da linha de Este
- oeste, na esta9ao da Christie, que destruiu cornpletamente quatro carruagens. Nao houve v1timas
pessoais. Os estragos sac calculados em dois rniIhoes e 500 mil ddlares. A linha esteve fechada
par alguns dias, sendo os passageiros transportados
por autocarros entre a St. George e a Ossington.
Portuguese Jff!ek
Ha rbourJront
ASPECTO DA EXPOSICAO DE ARTESANATO PORTUGUES
NA HARBOURFRONT, DURANTE A SEMANA PORTUGUESA.
;
NOTICIAS DO
APARECA
NO
SAB,~n()
Fe~ta do Ciube do~ Ido~o~
Vai encontrar divertimento, saude e alegria no
931 College Street, (Entre a Ossington e a Dufferin
Sts.) no Sab~do, 6 de Novembro, das 9:30 da manha
as 5:00 da tarde.
o West End YMCA convida todos, homens, mulheres e
crianc;;as, para este dia em que 0 "Y" esta aberto ao
pUblico.
Veja as condi~oes que 0 YMCA tern para si. Veja
coma
facil divertir-se. Pode nadar na piscina
interior embora esteja muito frio la fora. Pode
aprender novos desportos. Pode perder peso nos
exercicios sob orienta~ao profissional. Fara novos
amigos.
Observe as actividades ou participe nelas. Traga
os seus cal~6esl fate de banho, camisola. 0 YMCA
of erecera 0 sabao, a toalha e 0 chuveiro.
Havera exibi~6es e informa~ao.
o YMCA oferecera cafe na Sandwich Shoppe.
o Ctube
0
pe.to~ idoM~.
Leiliio de a!1.tigo~ domb.,tic.o~ (aJt.tigM novo~)
PoJttu.guua.
Jogo~ paJ1.a c.Jtia.n.CM.
Fado~ poft R06a MaJ1.quu.
Vi6ilM Cv.. in.6ta.tac;.o~ dupolttiva6 do YMCA.
~ic.a paJta danc;.aJ1..
ReUtal de CJtiancM.
TeatJto do Ca.n.agu€6 (pOft membfto~ dCf joJtn.al
Comun.idadel.
Tome nota d~ta 6uta. Apoie 0 Ciube ReCJteativo do~ Ido~M PoJttu.gu~e~ c.om a ~ua pJt~enca.
A en.tJtada ri gftd:tU>.
-
PROr,~IU1A
U
a.
DURANTE 0 DIA
Tomam conta de crian9as.
*
St. Helen's Catholic School
1196 College St.,
Segundas e Quartas
da 1:30 as 3:30
* Centenial United Church
701 Dovercourt Rd (Bloor)
Segundas e Quartas
das 9:30 as 11:30
* wesley United Church
248 Ossington Ave. (Dundas)
Ter9as e Quintas
das.9:30 as 11:30
* Welcome House - 30 de Agosto
•
•
•
•
•
•
P~C.M
Aulas de logles
••••••••••••••••••••••••••
•
no ~tibado, rU.a.
- EXpMiICM e ven.da de boftdado~, ftendM, ve.tM
c.otoJtidM paJ1.a 0 Natal e OutJtM aJ1.tu 6wa6
que vai fazer no Sabado, 6 de Novembro?
Co=eccrao do anuncio:
Durante 0 Inverno a TAP voara
somente quatro vezes por semana
directamente para Lisboa via Santa Maria
ou Terceira e nao cinco'vezes coma habitual
6uta
uta 6uta pfto.tongaJ1.-~e-a. do muo-cLla Cv.. J 1
hOftM da noile e. teJta. 06 ~eguA.n.t~ n.UmeJto~:
9:00 - 9:30 - Ginastica para crian~as de idade preescolar.
9:00 - 1:00 - Sala de jogos - Artesanato
9:30 - 12:00- Li~oes'de Nata~~o para crian9as.
10:00- 11:30- Judo para crian~as
10:00- 12:00- Gihas~ica para crian9as - Coso~ Hockey
12:00- 1:00- Nata~ao para criancas
9:00- 3:00- Campeonato de Handball
11:00- 12:00- Instru9ao de Racquetball - Sala 3
1:00- 2:00- Exibi~ao de Tenis de Mesa na Lobby
2:00- 3:00- ~monstra~ao de Treino de Peso- Salao de Pesos
2:00- 4:00- Jogo de Basketbol - Ginasio
9:00- 8:00- Pista de corridas - 28 voltas a 1
milha
1:00- 4:00- Nata~ao para todas as idades
4:00- 5:00- Waterpolo (na parte baixa da piscina)
para mais informa~ao chame 536-1166
•
•
•
•
•
ReCJtea,Uvo do~ IdoM~ PoJr.tugu~e~
VaA.. ftea.V.zaJ1. uma gfta.n.de
.78 de Vezembfto.
e
Agora,
~[W~~. \V
8 York ~t.,
Todos os dias
das 8:30 ~s 11:00 e
aas 11:45 ~s 2:15
•
_
,.,
INFORM Af;AO
SOCIAL
o deputado da Spadina, Peter Stollery, anunciou que 0 Departamento Portugues do West End
YMCA tinha qualificado para receber urn subsfdio
de 15 mil dolares do programa L.I.P. do Governo
Federal para realizar un projecto comunitario.
Este projecto chamado "INFORMAt;:AO UTIL" i::era
como fim recolher informa~oes em diversos departamentos do governo, tais como Manpower, Unemployment Insurance, Human Rights Commission, Ministry of Labour e outras institui~oes sociais tais
como hospitais, servi~os de assistencia a familia
e crian~as, servi~os de informa~ao, etc.
Esta informa~aQ urna vez recolhida devera ser
traduzida e espalhada pela Comunidade Portuguesa
atraves dos diversos meios de informa~ao.
No fim do programa toda essa informa~ao.sera
publicada nurn caderno que sera distribuido pela
comunidade de Toronto.
o projeto tera inicio no dia 8 de Novembro e
terminara no dia 3 de ~unho de 1977.
A sede do projecto sera no YMCA, 931 College St.
e 0 numero do telefone 535-8616. Durante 0 projecto se p~ecisar de alguma informa~ao n~o hesite em chamar este nUffiero.
FESTIVAL
Para angariar fundos para a Institui9ao, 0 Portuguese Free Interpreter Service promove urn festival
no dia 29 de Outubro na Kensington Public School,
401 College Street.
"Comunidade" agradece 0 convite.
DOCTOR'S HOSPITAL
Apesar de, par decisao da corte, continuar abe~to
este edificio de saude, teme-se ~e 0 Governo do
Ontario tente novo apelo contra a decisao da corte.
Para tratar do problema, havera urna reuniao no
dia 9 de Novembro, em que podem participar os interessados. A reuniao sera'na St. Stephen's Community House, 91 Bellevue Ave.
TAP
A partir de 1 de Novembro (Novembro - Mar~o),
a TAP iniciar~ um vdo semanal directo e sem
parage~de Montreal para Lisboa e de Lisboa
para Montreal, todas as sextas-feiras.
Alem caste, a TAP tern tr~s v~os semanais corn
paragem em Santa Maria e Terceira.
sem
asuacasa.
Volte a sua terra
connosco porque connosco a sua terra estara
mais perto.
A sua gente. A sua
lingua. E a'simpatia da
assistencia TAP viajarao
consigo a bordo dos
nossos avioes.
Cinco vezes por
semana! Directamente
para Lisboa, via Santa
Maria ou Terceira.
,
Confie os seus
pIanos de vlagem ao
seu agente.
Ele tambem colabora connosco para que
a sua proxima viagem
seJa
A viagem de portugueses corn portugueses a Portugal."
11
\
TAP 0 abra<;o amigo entre
o Canada e Portugal.
comunidade 9
TRANSPORTES
AEREOSPORTUGUESES
r
10 Comunidade
~
~~~t~~~~: Centrais
ANALISE EM MESA REDONDA
ana inteiro, sobretudo no inverno. Aquelas duas
horas que elas passam por dia e as 3 durante 0 sabado, nao cansam mentalmente a crian~a, por aqui10 que eu conhe~o. Tenho de dizer que nunca ensinei crian~as de primeira, segunda e terceira classes, portanto nao sei se 0 ensino da 11ngua portuguesa para essas crian~as vai criar urn grande problerna, na fonetica e na matematica. A respeito da
questao de decorar: ha de facto alguns professores
de certa idade, que nao tern no~ao nenhurna do sisterna canadiano, nao estao em contacto corn professores, nao sabern 0 que
que se passa. 0 sistema de ensino
exactamente co~o ern Portugal,
simplesmente passa-se no Canada. Nao coma Portugal de hoj~. mas coma Portugal do meu tempo,
ou talvez dos meus pais. Cheguei a presenciar algumas aulas nesse estilo, que me faziam bastante
impress~o. Nao sei se isto esta a mudar, sei que
ha professores novos que pensam de maneira diferente. Eu por exemplo n ao fui ao magisterio em
Portugal, nao tinha experiencia de ensino, e usei urn metodo que se adaptava a classe que ensinava. Claro que 0 professor esta limitado porque tern urn programa a cumprir, porque se tern de
fazer exercicios, pontos escritos e dar 0 diploma. No entanto a minha preocupa~ao maior e a de
alguns professores que eu conhe~o, era a 11ngua
e a cultura. Em historia e geografia tentavamos
explicar mais do que fazer .. decorar. Ate porque
ultimamente os livros sA'o muito melhores do que
no nosso tempo de escola. Os livros estao feitos
para a crian~a aprender progressivamente e come~a-se corn uma base muito mais simples. Portanto, pela minha experiencia, so vejo aspectos positivos e muito poucos aspectos negativos. Em
geral, a escola portuguesa so ajuda 0 aluno.
e
e
PrO~rCl_I'!1C1 J\dClptCldO
AdeL<-rw da Silva - Tinhas a quarta classe?
Vomingoc ~quec - Primeiro tive a quarta classe
durante dois anos, depois tive urn primeiro ano
e urn segundo ano. No . segundo ano ensinei frances. Eles ja tinham franc~s. Eu era contra ensinar frances, mas os miudos gostavam desta aula. Se ha algo a mudar devia ser no planeamento
de urn programa adaptado para as crian~as nestas
circunstancias especiais, em que tern as aulas
durante 0 dia e apenas precisam do aspecto cultural, urn pouco de historia e geografia dadas
ern termos muito diferentes e, principalmente
a lIngua, escrever, falar e pronuncia.
JOM Me.deJJtoc -
0 que
e que
sugeres nesse as-
pecto?
SE QUER SABER
o QUE SE
PASSA
SOBRE
Educa~ao
'>
."
....Z
Saude
'>
'"--..
o
Trabalho
Cultura
o
,...
D,esporto
'>
:Ill
Servi~os
de Informa~ao
1"11
'"."
o
:::11
Leis do (anada
'>
Z
o
.-
488·1Mf .6
·1VirII,'-'idad
y .•:. . . .
. . 8..
·C.
PREENCHA E ENVIE PELu CORREIO COM 0 PAGAMENTO AO
0 MU N I DAD E "~ 931 COLLEGE ST., TORONTO
'tic
,NOME
'MORADA •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
'l'ELEFONE
C6DlGO POSTAL
.............
METROPOLITAN TORONTO POLICE
FALL RECRUITMENT PROGRAM
M~quec '- Nao sei se temos gente capacitada para fazer urna coisa dessas. Por outro lado vejo que
diflcil ir a Portugal arranjar pedagogos que sejam capazes de compreender
o si sterna aqui e preparar urn programa. Mas
isso era necessario e depois era necessJrio
qu~ 0 Governo concede 5 se a equivalencia.
Vomingoc
e
ACT NOW!
Plan your future with a career that has a challenge,
involvement, good salary, and benefits. Stand out in a
crowd, become a
POLICE OFFICER
VaLteJt Lopec - Aqui ha pouco ternpo vi urn anuncio nurn jornal a pedir urna pessoa para trabalhar na feitura de programas de Portugues
nas escolas primarias de Massachussets. Aqui
nao ~ possivel, porque a lei proibe 0 ensino
de uma terceira 11ngua nas escolas primarias
durante as horas requlares.
Vomingoc M~quec - Continuo aver muitos aspectos positivos nisso. No ano passado ensinei 0 grau 11 e 12 de portugu~s na escola secundaria da Harbord e tive uns tres alunos
que j~ tinham sido meus alunos na escola primaria. Eles nao precisavam de estudar, tinham
urna facilidade imensa ern compreender em compara9ao corn outros que falavam urn bocado de Portugues mas nunca tiveram escola de Portugues.
Eles tinham mais facilidade ate na lIngua inglesa para compreender a estrutura das frases,
o sujeito, 0 predicado, 0 complemento directo.
Must be a Canadian citizen or a British subject. Minimum
requirements: Between 21 and 35 years, 5'8", 160 Ibs.
Grade 11 in the level four or five year school program
(21 credits at level 4 or higher). Pass the required medi·
cal, physical and visual tests. NOTE, vision required;
tested without the use of visual aids. Not less than 20125
in both eyes and not less than 20/40 in one eye. If
20/40 in one eye, a certificate of refractive error to be
produced. Normal color vision. (This allows us the opportunity of accepting applicants who wear glasses). Be of
good moral character and habits and have an Ontario
driver's licence with a good driving record.
1976 Salary Under Review
POLICE CADETS
17·21 years of age. Grade 12 (27 credits at level 4 or
higher) with other requirements similar to Police Officers.
$10,085 to $11,922
for further information .write, call or ottend,
PCliS InteressadOS
e
VaLteJt Lopec - Urn dos problemas
que n~o ha nenhurn estudo. varios pais mencionaram que os seus
filhos andam na escola portuguesa e por esse facto
estao mais avan~ados na escola canadiana que os
filhos dos vizinhos que nao frequentam a'escola
portuguesa. Mas claro, nao se sabe se os filhos
deles sac mais inteligentes ou tern mais possibilidades, ou os pais se interessam mais. Em geral os
pais que mandam os filhos para a escola portuguesa e estao dispostos a pagar e'porque estao interessados e, portanto, se eles estao interessados
os filhos devem fazer melhor.
Tonlj GJteg6Jtio - E coma minha mae costuma dizer: Em
Portugal antigamente, 0 filho de urn doutor, podia
ser urn burro, mas passava os anos todos, porque 0
paidele comprava-lhe 0 diploma. Nos A~ores tamnem e'assim. Vao para 0 Continente; nao sabem nada,
mas vem para ca formados em tudo. Ha muitos factores a contribuir. Ha'estud9s a dizer que os filhos
de doutores, advogados, medicos e professores, tern
mais sucesso na vida academica.
'
VaLteJt Lopec - Pois, evidentemente. E eles tern urn
quarto proprio, corn lampada propria, corn todos os
cadernos que querern, corn urna conversa~ao, por exemplo, a urn nivel superior as outras crian~as. Ao
passe que as crian~as filhas dos trabalhadores as
vezes partilham urn quarto corn mais tr~s ou quatro
crian~as, nAo podem estudar porque os outros fazern
barulho ...
AdeL<-no da Silva - Os pr6prios amigos e amigas
desses filhos dos senhores doutores sac mais bem
educados, 0 ambiente e'muito melhor.
VomingoJ.> M~quec - Muitos pais mandam os filhos
para as escolas portuguesas, a maior parte porque
pensam voltar para Portugal. Muitas vezes estes
sonhos n ao se realizam. Mas ha sempre aquele sonho.
No entanto ha,certos pais'que mesmo que nao pensem
em voltar para Portugal cedo, que rem que eles continuem a comunicar corn eles. Epor isso que eu nao
concordo muito corn 0 programa que existe neste momento nas escolas portuguesas. Hamuitas coisas
que sao inuteis, que a crian~a tern de aprender e
nao Ihe faZ' falta. Muitas coisas sac universais,
que a crian~a vai aprender atraves dos anos na escola canadiana, de historia, ciencias, etc. Acho
que se devia fazer era, coma 0 Valter disse, preparar urn programa especial para estas crian~as, havendo mais integra~~o entre os profess ores, focando sobretudo a Ifngua e a cultura, evitando matematica, ciencias, frances. Agora 0 problema que
vejo e que os pais querem urn diploma. Se nao houver urn diploma eles provavelmente nao mandam a
crian~a apenas para aprender a l{ngua.
,VaLteJt Lopec - Muitos pais tambe"m mandam as crian'~as para a escola portuguesa po~ falta de confian~a no sisterna escolar canadiano. Porque? Existe
desconhecimento desse sistema e 56 tern confian~a
no sisterna que eles conhecem.
, COMENTJ\AIO
Joan MedeJJtoc - Nesta mesa redonda foram tratados
muitos problemas de grande interesse actual e a
vossa experiencia e informa~ao e'de grande valor.
Tenho a lamentar todavia a falta da presen~a de
pais que certamente traria urna dimensao diferente
a esta conversa. Se me permitem urn comentario breve, eu penso que as escolas tern de adaptar-se as
comunidades e reflectir a vida dos pais na escola.
Vemos nas escolas desta area que a maior parte dos
professores
de fora, tern urna form~~!io de
classe m~dia, e nao percebem ou nao querem perceher os problernas das comunidades imigrantes. Tra-, tarn os alunos indiferenciadamente, sem ter em conta os seus problemas especlficos.
Por outro lado tambem concordo que 0 interesse
:que os pais poem ou nao na educa~ao dos filhos
Urn factor que tern grande influencia no comportamen-,
to destes em rela~ao 'a educa~ao.
Corn este comentario finalizo a mesa redonda e
:agrade~o a todos vas a vossa presen~a, esperando
.:
, .
.
.
:que estes comentar~os s~rvam de urn alerta aos pa~s
vera
e
~X"tugueses.
Avoid The Daily Routine
METROPOLITAN TORONTO POLICE
Employment Office
590 Jarvis St., Toronto, M4Y 2J5
TEL: 967-2391
Monday - Friday 8 a.m. - 4:30 p.m.
Appointments made for out-of-town applicants
upon receiving prior notification.
It will not he necessary for previous applicants to resubmit their application.
Viiva
No dia 23 de Julho de 1974 urn imigrante portugues, Joaquim Felicio, foi morto por urn homem de
29 anos ao atravessar 0 Alexandra Park na Bathurst
e Dundas. Nunca se chegou a descobrir a raz~o exacta daquele assalto, mas sabe-se que 0 senhor Joaquim Felicio nao conhecia 0 assaltante e foi portanto uma vltima inocente dum bebado criminoso.
Mais de dois anos depois deste acontecimento a
viuva, Sra.Margarida Felicio, que agora vive em
Portugal corn a filha e a sogra, recebeu urn total
de $5.979-48 mais um pagamento mensal de $230.00
adjudicado pelo Criminal Injuries Compensation
Board.
Na altura em que 0 marido foi atacado em Toronto
a senhora Margarida tinha ido visitar a sua filha
a Portugal. Desde a1 tern estado a receber $110.00
por mes da Canada Pension Plan, quantia essa que
sera reduzida para $68.00 quando a sua filha completar 18 anos.
o senho Joaquim Fe11cio imigrara para 0 Canada
em 1968 e trabalhava coma ajudante de carpinteiro
em Toronto. Era urn homem simples que tratava apenas da sua vida e vivia no segundo andar duma casa
que ficava a uns metros de distancia do local onde
o crime foi cometido •
ESCOLAS SECUNDRRIRS
NUmero e Percentagem de Alunos Portugueses nas
escolas secungarias de Toronto.
(Every Student Survey, 30 de Maio de 1975)
(0 nUmero refere-se ao total de alunos cuja Ifngua
mae eportuguesa e a percentagem refere-se ao ntimero de alunos cuja lIngua materna e portuguesa em
rela9ao ao nlimero total de alunos da escola indicada,
Percentagem
Numero
ESCOLAS
466
19.06%
Central Technical
20.97%
397
Central Commerce
20.68%
165
Brockton
15.52%
160
West Toronto
19.81%
145
Bickford Park
20.73%
West Park
- 142
29.31%
114
Heydon Park
9.40%
109
Harbord
66
3.07%
Western Technical
8.71%
65
Castle Frank
3.53%
34
Bloor
30
1.64%
Danforth Technical
4.30%
42
Parkdale
2.04%
25
Qakwood
qUE
1) - Esta lista mostra de maneira chocante coma
a grande maioria dos alunos portugueses frequenta escolas tecnicas, comerciais e vocacionais err
Toronto.
2) - 0 numero e percentagem de estudantes em escolas
academicas que em geral conduzern a estudos superiores e positivamente minoritaria.
Estas (Harbord, Bloor, Parkdale e 0akwood) encon
tram-se no fundo"da lista.
3) - A correcsao desta falta de balan90
necessaria.
o interesse e a intervenSao dos pais tern ter mui
to aver <::om essa correc9ao.
e
e
Comunidade 11
...--
Portuaal
PANOR,~MA
o futebol portugues era bem cotado em toda a Europa.
Pelo menos 0 Benfica fora mais de que uma vez
vencedor da mais importante proya europeia, a Ta9a
dos Campeoes Europeus .
...t
I
.-'--
DESPORTIVO
Na presente ~poca as equipes portuguesas, entraram
corn 0 pe esquerdo nas diversas competi90es organizadas pelos responsaveis da modalidade na Europa.
Logo na primeira ronda 0 Benfica foi eliminado pe10 Dinamo de Dresden da Republica Democratica Alema,
nos jogos a contar para a TaQa dos Campeoes Europeus
o F. C. Porto tambem foi eliminado da ta~a UEFA, _
o Belenenses, foi eliminado pelo poderoso Barcelona.
56 0 Boavista conseguiu continuar em prova, ao
vencer os dois jogos perante a equipa do GALATI da
Romenia, para a ta9a dos Vencedores das Ta9as.
Na passada quarta-feira 0 Boavista venceu por
3-1 0 representante da Bulgaria, 0 que nos da fundadas esperan9as de prosseguir na competiyao.
A Selecyao Nacional ao perder por 2-0 perante a
Polonia em jogo disputado no Porto. tambem ve comprometide 0 seu apuramento para 0 proximo campeonato mundial da futebol a realizar-se na Argentina.
Carlos Lopes
Urn aspecto do j ago da finalissima entre 0 First e 0 Panhellenic, vendo-se a
bancada do lado Este repleta de portugueses que for am apoiar a sua equipa.
NATIONAL SOCCER LEAGUE
o First Portuguese, depois de ter conseguido uma
boa classificayao no carnpeonato, teve a oportunidade de terminar 0 ano corn urn premio de consola9ao
ganhando a taya, mas ate isso Ihe foi negado.
o First foi
final corn 0 Toronto Panhellenic,
mas afinal a tal final teve duas finais devido aos
regulamentos da liga.
No primeiro jogo os portugueses sairam vencedores
por 1-0. Mas havia ainda outro jogo a disputar no
dia la de Outubro, urn domingo cheio de sol a prometer urn espectaculo de futebol.
o publico compareceu em grande numero. Os portugueses encheram a bancada do Este enquanto os gregos escolheram a outra.
Log" de ir.lcio foi evidente que os jog adores teriam de lutar contra dois
adversarios: 0 arbitro e a equipa adversaria.
Ficamos absolutamente chocados corn a incapacidade
da equipa cc acr~t~ajem. Nurna liga do calibre da
N.S.L. esperavamos fr~camente urn pouco mais de
a
nivel.
Os portugueses tiveram a infelicidade de
serem as maiores vitimas da incapacidade do arbitro
e 0 jogo, que ofereceu poucos momentos de interesse
chegou ao fim do tempo regulamentar corn a equipa
grega a vencer por 1-0.
0 golo tinha sido marcado
logo no in{cio do aesafio quando os portugueses deram a impressao de quererem defender 0 golo de vantagem que tinhm do jogo anterior.
Seguiu-se urn prolongamento de meia hora dividida
em dois per{odos, mas 0 vencedor teve de ser decidldo corn 5 penalidades cada.
Os gregos marcaram 3
e os portugueses 1.
Perder ou ganhar
desporto, diz 0 ditado. Mas
nao n,l d.lvida que custa perder assim, principalmente quando de futebol jogado tao pouco se viu e
de desporto ainda menos.
Talvez 0 que se salvou
foi 0 espectaculo, 0 aglomeramento de gente, de
gente portuguesa em terras do Canada.
Fernando Maia Esteves
e
No passado sabado,dia 9 de OUtubro, 0 magnlfico
atleta Carlos Lopes, teve uma justa homenagem organizada pelo Sporting, onde conpareceram mais de 40
mil espectadores.
A festa foi composta por provas de ciclismo, corn
a presen9a de Joaquim Agostinho, que mesmo nao
participando nas provas se apresentou equipado para
abra9ar 0 Carlos.
Ainda se disputou urn Sporting-Benfica onde reapareceu na equipa da Luz, 0 melhor futebolista ao
servi90 do futebol portugues, ou seja 0 ex-Toronto
Metros,Eusebio.
-
DENTISTA CIRURGIAO
DOUTOR JOSE DAVID CABRAL
MARQUE 0 SEU APONTAMENTO PELO TELEFONE 869-3455
SUITE 712, TORONTO DOMINION CENTRE
(Commerce Union Tower- entre a York e a King)
***********************'****************************************************************************
-
.
*
*
SEDE - 400 UNIVERSITY AYE (Ao pe da Ilmdas Street)
~
~ MINISTERIO DO TRABALHO DE ONTARIO ~.
.
._
..
..
ESI'E MINIsrERIO TRATA DE QUEIXAS E DA INFORMACOES SOBRE ASSUNTOS RELACIONADJS COM 0 TRABALID.
..
....
0 MAPA ABAIXO ~'DsrRA QUA"S OS ASSUNrOS QUE SAO TRA-
TADJS NOS DIVERSOS DEPAR1'AMEN'IOS.
:
..
:
*
*
..
..
..
..
..
..
- Ordenados
. ' .
-Horas extraordlnarlas
-Feriados oficiais
S l' . Mf'
lO
nJJno
-n:rlas pagas
-Aviso de despedimento
Pt·
1
t
- agamen 0 19ua por rabalh··
1
o 19ua
(l'Ihllheres e homens)
'- expllcatlvo
. . dos
-Talao
ganhos e descontos)
'd
- Li cenr;a por gravl ez
:* -.:: c:r
..
..
..
..
..*
*
:
*
*
*
*
~ RIGID'S COMMISSION
EMPLOYMENI' srANDARDS
6~ andar _ 965-5251
~.
:
andar - 965-6841
-Discr:i.nlinar;8.0 por:
Rar;a
C
or
,
Peligiao
Nacionalidade
Se
xo
..
Estado clvll
4 6
Idade ( 0- 5)
Discrimina<;a:o ocorre quan..
do uma pessoa e, reJeltada
ou sujeita a pagarnento ou
condi<;oes desiguais, par
causa de algurna das razOes
acima indicadC;S'
Ista e proibldo por lei,
ern ernpregos, em alugue1 de
casa e ern estabelecimentos
publ·lCOS.
'
OCCUPATIONAL SAFETY BRAI'K::H
8~ andar - 965-4125
-ProblEmas sobre seguranr;a
.
no ,trabalho, como seJarn:
~1aquina" per; O"osas
. -~
::".
Condir;oes
Prod t
. sanltarlas
t .
t
. u, os In OXlcan es
Poelras
Etc. . .
L~ RELATIONS EOARD
4. ac,dar - 965-4151
-Gertificar>ao de UniOes
.,.
-Se 50% dos
empregados
.
asSlnarEm a favor da
Uni8:o este IEpartamento
"certifica" a Uniao e a
anh'
.
comp
la tern de aceltar.
-Queixas contra companhias
( t"
).
pa roes que ameacem, cas·
tiguern ou despecam t r a balha?~res por quererem uma Unlao
. . . _
_
-Certlflcar;ao de nova Uniao
quando
os
trabalhadores
nao estao satisfeitos corn
a que tern.
-Q.;eixas contra_thi~s por
ma representar;ao dos mEmbros
-se 0 trabalhador e des.
pediio e a Uniao nao 0
d e f ende, '.,
-se 0 patrao deve ordena- .dos e a Umao nao obtEm
pagamento, etc..
-
WOMEN'S BUREAU
0
10. andar - 965-1537
-Informar;oes
e conselhos
a raparigas e mulheres
sabre a profissao que
podEm es£olher.
-Informar;oes em geral sobre as mulheres e 0 trabalho.
..
..
:
..
..
..
....
..
..
:
-
..
It
**
*
**
..
*
*
It
_
..
*********************************************~********************************************~********
Portugueses nas escolas de. Toronto
HOQAN PONTIAC BUICK CO. LIMITED
348 Dal1!o)'rh At (')!I{('
Aproveite os especiais de
Venha hoje mesmo fazer-nos
visita.
Re,;,,: 537-6103
L
Bu;.,: 461- 3561
(JAC) JESUS CORREIA
RerJ/1.ue.Yltante de. Ve.Y!dM
~
o estudo mostra que, quanto melhor e 0 emprego
dos pais mais provavel e que a crian~a tenha sucesso na escola.
Para as crian~as portuguesas, existe uma probabilidade de 74,2 por cento de que 0 chefe de familia
fa~a parte do grupo de ocupa~;es mais baixo (0
qual inclui serventes e operarios). Para crian~as
nascidas no canada, cuja lingua usada em casa e
ingles, essa percentagem e apenas de 26,5.
No cimo da escala socio-economica, as crian~as
portuguesas tern apenas uma probabilidade de 0,3 por
cento'de que os chefes das suas familias perten~am ao grupo de ocupa~oes (principalmente profissionais) mais altas. 13,3 por cento dos chefes de
familia cuja lingua e 0 ingles pertencem a esta
alta categoria.
Nao ha ainda numeros especLficos para maes portuguesas que trabalham, mas este estudo indica que
72 por cento das maes que trabalham, cujos filhos
nao tern 0 ingles coma primeira lingua, se encontram empregues na categoria de ocupa~oes mais baixas da escala. Para as maes de crian~as cuja pri-,
meira lingua era 0 ingles, esse numero e 27 por
cepto.
Apenas 1,7 por cento das maes que trabalharn, cujos
filhos nao tern ingles coma primeira lingua, se encontram na categoria'de ocupa~oes mais alta (principalmente profissionais). 7,6 por cento das maes
de lingua inglesa'encontram-se nesta categoria.
. . . . . SOLMAR TRAVEL
Transportes de bagagens,documentos legais,
Income Tax,
364- 7US
803 Dundas St. W. - Toronto, Ontario. 364-8370
--
----.
-p
o que vai po... esle mundo •••
ELEI C0 ES NQ QUE BEe
As elei90es provinciais na Provincia do Quebec,
realizar-se-ao no dia 15 de Novembro. Urn dos assuntos mais falados nas eleiqoes relaciona-se corn a
a lei 22 que tornou 0 Frances a unica lingua of icial do Quebec. A esta lei se opoem 1 milhao e
200 mil anglo-fonicos e algumas comunidades imigrantes, sobretudo a Italiana, que prefere mandar as
suas crian9as para escolas de lingua inglesa.
o maior contestante do partido liberal actualmente no poder, e 0 Partido de Quebec, de tendencia
separatista.
CONGRESSrJS
~ Corn 74 anos, morreu, na segunda semana de outubro, Carlo Gambino, chefe durna das familias
mais poderosas da Mafia de Nova Yorque.
* 0 governo militar do Peru prendeu cerca de
.30 chefes dos Sindicatos dos Pescadores e despediu m ais de 9 mil. pescadores para terminar
uma greve ~.- ~urava ha 3 dias e tinha paralisado a industria nacional da pesca de anchovas.
* A popula~ao do Canada era em Junho deste ano
22.598.000 habitantes. Ha Ginco anos 0 numero
era de 21.568.311.
* 0 arcebispo frances Marcel Lefebre recebeu
ordens do Papa para entregar todas as receitas dos Seminarios e organiza~oes que tern sido criadas emmuitas partes do mundo para apoiar as suas doutrinas ultraconservadoras.
* Bob Cormack, urn americano de 30 anos que
conquistou 0 monte Evereste no dia 28 de outubro perdeu 60 kilos de peso durante a subida que foi diflcultada por ventos muito fortes.
* Os premios Nobel de 1976 em Fisico-Quimicas,
Literatura, Medicina e Ciencias Economicas
foram ganhos por americanos.
*
0 chefe da Igreja Catolica do Chile disse
nurna revista italiana que 0 regime fascista
de Pinochet era urna ditadura como a do Hitler e que 85% da popula~ao estava contra 0
governo da junta.
* 0 Instituto de Pesquisa sobre a Paz Internacional de Estocolmo anunciou em OUtubro que
35 paises serao capazes de fabricar bombas
atomicas dentro de 9 anos e uma guerra nuclear sera inevitavel.
osnumeros
falamporsi
~
..
Crime violento em Toronto
...........•......•
Hornicidios •.........•...••..
Atentados
vida ......•••..•
Homicidio casual •.....•••...
Assalto sexual ••.•.••.•••.••
Ferimentos •.••.••.•••.•..•.•
Assalto ••..•..•.•.•..••••...
Assalto indecente .••.•....••
Roubo •..••.•.•••.••..•••••.•
a
OS GRANDES
DO
NAS EscnLAS
n~IT!\Rln
o Ministro da Educa~ao do Ontario, Thomas Wells,
anunciou que os alunos da escola secundaria no proximo ano terao de fazer urn total e 7 materias obrigatorias no grau 9 e 10.
As materias obrigat6rias incluem do is cursos de
Ingles, dois de Matematica, dois de Hist6ria do
Canada ou Geografia e urn de Ciencias. Os estudantes nos graus 12 e 13 deverao tirar mais dois cursos de Ingles.
Wells disse que as materias obrigatorias "repr'lsentam disciplinas essenciais que todos os estudantes devem tirar se quiserem graduar nas escolas
secundarias do Ontario com urn diploma."
Em 1972 0 Ministerio da'Educa~ao tinha declarado
que os 27 creditos para 0 programa de 4 anos da
escola secundaria deviam ser disciplinas de op~ao,
mas em 1974, Wells tornCIT obrigatorio que os estudantes fizessem quatro curso~ de Ingles e dois em
estudos canadianos.a fim de graduar.
. S~NTA
BE~TRIZ
11 A
Vai acabar a discrimina~ao
entre filhos legitimos e i1egitimos
Esta em prepara~ao urn projecto de diploma que
consagra, em lei, a plena igualdade juridica entre
a mulher e 0 homem.
O~tro diploma tarnbem em prepara~ao e 0 que vai
terminar de uma vez para sempre corn a distin~ao
entre filhos legitimos e ilegitimos.
Concretizar-se-a, assim, a norma ja aprovada na
Constitui~ao, segundo a qual os "filhos nascidos
fora do casamento nao podem por esse motive ser
objecto de qualquer discrimina~ao, nomeadamente
nao podendo a lei ou as reparti~oes oficiais usar
designa~oes discriminatorias relativas a filia~ao."
Passara a haver so filhos, iguais em dignidade e
em direitos tanto pessoais como patrimoni~is, 0
que so dignificara os filhos e os pais e, sobretudo
contribuira para libertar a mae solteira do afrontoso labeu que ainda sobre ela impende.
E tudo isto e tanto mais importante quanto e certo que, ainda em 1974, nasceram em Portugal 12.443
filhos chamados ilegitimos.
(Boletim Informativo do Banco
Portugues do Atlantico)
S I LV~
No passado dia 3 de Outubro,.o Papa Paulo VI
inscreveu no Catalogo dos Santos da Igreja, santa
Beatriz da Silva, portuguesa, fundadora das Religiosas Concepcionistas Franciscanas. A cerimonia decorreu na Basilica de S. Pedro, em Roma, repleta
de fieis em grande parte vindos de Portugal e Espanha, terra onde a santa viveu grande parte da
sua vida e onde esta sepultada.
,
CENTRO COMUNITARIO DE
SANTA MARIA, EM BRAMPTON
Chegou a .ultima hora ao jornal COMUNIDADE uma
noticia sobre a fundacao do Centro Comunitario de
Santa Maria em Brampton.
Na proxima edicao incluiremos a noticia completa.
IMAGEM DE UM ACTO DE REPRESSAO
NA TAILANDIA: DURANTE 0 GOLPE
DE ESTADO NO INICIO DE OUTUBRO.
AS FORGAS DA DIREITA ATACARAM
A UNIVERSIDADE, MASSACRANDO 41
ESTUDANTES E ·DEIXANDO 180 FERIDOS.
PORTUGUESES NAS ESCOLAS DE TORONTO
Num estudo recente Dan Koenig, professor de sociologia da Universidade de Victoria (B.C.), descobriu que os canadianos tern 10 vezes mais a possibilidade de morrerem num acidente de carro do
que serem assassinados. Por outro lado, por cada
canadiano assassinado quatro cometem SUiC1dio.
Em 1974 0 Canada teve 98.6 de crimes violentos
por 100.000 habitantes. Cerca de 90 por cento de
actos violentos sac cometidos por pessoas corn
idades entre os 16 e os 28 anos, diz 0 professor
Cyril Greenland da Universidade de McMaster.
Popula~ao
PAR TI DQ S
A agitar a cena pol{tica portuguesa est~o os
dois proximos congressos de partidos: P.S. de
30 de OUtubro a 1 de Novembro, e P.C.P. de 11
a 14 de Novembro.
prev~em-se aprofundamente de ideias e meios
de actuaFto que podem originar uma maior uni~o
dentro dos pr6prios partidos.
Mun~NCAS
o mundoem 2 linhos
DE
nq T IJ r, A L
1975
2,152,269
48
44
5
204
429
7,937
945
1,945
11,557
Ronald Huntington, membro do Parlamento federal,
do Partido Conservador, revelou a Bryce Commission
que a gigantesca Power Corporation de Montreal possui ou controla 157 companhias que valem bilioes de
d61ares em seguros, industrias, transportes e comunicacoes. No sector das comunicacoes possui ou controla 17 jornais, 10 estacoes de radio e 4 estacoes
de televisao. Esta companhia te~tou controlar recentemente urna outra companhia gigante de Toronto,
chamada Argus Corporation. Argus Corporation controla Massey Ferguson, Dominion Stores, Domtar,
Hollinger, B.C. Forest e Standard Broadcasting.
Por sua vez Standard Broadcasting tem 9 estacoes
de radio, incluindo CFRB Toronto, e CJAD Montreal,
e controla Bushnell Communications ottawa, que ope-
Cri~n~as nascidas em Portugal continental, A~o­
res e Macau sac agora 0 maior grupo de estudantes
nascidos no estrangeiro a frequentar as escolas
pUblicas de Toronto, de acordo corn urn estudo feito
pela Dire~ao Escolar de Toronto.
o "Estudo de Todos os Estudantes" foi completado
~r 98 por cento dos 96.000 estudantes desta Direc~ao Escolar, em 30 de Maio de 1975.
Esse estudo oferece urn perfil compreensivo e detalhado das crian~as das escolas de Toronto, providenciando uma larga quantidade de informa~ao acerca dos antecedentes das suas familias.
As crian~as portuguesas sac classificadas em duas
tabelas, urna das quais indica as crian~as de acordo corn 0 lugar de nascimento e a outra de acordo
corn a lingua que aprenderam a falar primeiro.
Na tabela de lugar de nascimento, Portugal esta
no cimo da lista corn 5.386 estudantes -quase 20
por cento do total dos estudantes nascidos no estrangeiro.
A tabela indica que ha cerca de 1.400 crian~as
imigrantes portuguesas nas escolas de Toronto a
mais do que havia em 1970, quando 0 ultimo estudo
foi feito.
Os maiores grupos de estudantes nascidos fora do
ra CJOH-TV no Este do Ontario e varias cornpanhias
de "cable".
o Senhor Huntington revelou tambem que os executivos da Power Corporation tern 0 habito de obter trabalho ou apontamentos no governo, e executivos do
governo obtem trabalhos corn a Power Corporation.
Wallace Clements, nurn livro publicado em 1975,
chamado Power Corporate Elite diz que Power CqrpOration e provavelmente a companhia mais poderosa e
complexa no Canada. Tem lacos fortes corn 0 partido
liber.l federal e 0 partido liberal do Quebec, e
beneficiou de 10 milhoes de dolares em subsidios
governamentais de 1968 a 1972.
A Bryce Commission a quem Huntington fez .estas
declaracoes foi estabelecida pelo Primeiro Ministro
Pierre Trudeau quando 0 Power Corporation de Montreal tentou controlar a Argus Corporation com base
em Toronto.
(Abreviado do Trade and Wind, jornal mensal da Local 46).
canada que se seguem sao os das Indias Ocidentais,
Italia, China e Hong Kong, e Grecia.
Na tabela de crian~as classificadas por lingua
materna, os portugueses sac os segundos, depois
dos italianos. Houve 5.704 crian~as que aprenderam
portugues como primeira lingua e mais 1.519 que a
aprenderam ao meSm0 tempo que aprenderam ingles.
Eis como a situa~ao tern mudado desde 1970:
Total de
Portugueses
matriculas escolares
rnatriculados
1970
106.921
4.816
1975
96.000
7.223
As crianqas portuguesas encontram-se particularmente concentradas na parte Oeste da cidade, sendo
o grupo dominante em nove escolas. Em duas dessas
escolas, Shaw e Alexander Muir, representam mais
de 60 por cento do total de alunos matriculados.
A seguinte e uma lista das escolas elementares
e secundarias que indicaram ter grupos de portugueses em nurneros consideraveis:
De 5% a 9%
De 10% a 24% De 25% a
40% e mais
Portugues
Portugues
39%
Portugues
(minimo de
Portu25 alunos)
gues.
Fern Ave.
Howard
Annette
Western Tech.
Perth
Davenport
Dovercourt
OsIer
.Regal Road
Willcrest
Winona
McMurrich
Bloor C.L
oakwood C.I.
Harbord C. I.
Palmerston
Castle Frank
Morse St.
Danforth Tech.
Parkdale
Niagara
West ToShirley
ronto S.S.
st.
Brock
Heydon
Brockton
Park S.S.
Kent
Montrose
West Park
King EDewson
dward
Pauline
Lord
Bickford
LandsCentral comdowne
merce
Clinton
Christie
Essex
Central Tech.
Ryerson
Continua na Pagina 11
Gladstone
Givins
Charles G.
Fraser
Shaw
Alexander
Muir
Old Orchard
Ossington
Grace
Kensington

Documentos relacionados