espaço incentivador da gentileza

Transcrição

espaço incentivador da gentileza
Prezado leitor:
E
m 2009, a Escola Educação Criativa
completa seus 25 anos. É um tempo de muitas histórias, experiências,
desafios, descobertas, parcerias, inovações, aprendizado... Traçamos nosso percurso e nele, caminhamos para
a construção e o fortalecimento de
nossa identidade.
A
s datas comemorativas contribuem para pontuar, no tempo, as
nossas transformações e também perceber o que se mantém. Assim, este
ano, celebraremos nossas marcas temporais, trazendo a sensação da juventude e a convicção da maturidade. Aos
25 anos, a Escola tem o vigor do jovem
e a experiência do adulto, características essas que, em equilíbrio, conduzem, ao mesmo tempo, a um caminhar
ousado e seguro.
A
primeira edição da revista (foto
acima) foi publicada quando a Escola completou 15 anos. Nesta segunda edição da Revista Percurso, traze-
mos relatos e reflexões sobre as
experiências de nossos passos e
trajetória, no decorrer deste tempo. Desejamos a todos uma boa
leitura e esperamos estreitar ainda mais os laços com todos aqueles que são importantes para nossa história.
Expediente
Revista Percurso - Publicação comemorativa dos 25 anos
Jornalista responsável: Fernanda Lima Lopes (MTB 87678 JP-MG)
Colaboração: Ivana Alves Ferreira Esquírio, Lívia Rithiele da Silva, Luciene Souza Castro, Nayara Cristina S. Figueirêdo, Renata da Costa
Oliveira, Uelma Magalhães Leite, Verônica Pacheco de Oliveira Azeredo e Zélia Aparecida Alves.
Endereço: Rua Visconde de Mauá, 108 - Cidade Nobre - Ipatinga MG
Fotos: Arquivo Educação Criativa
Diagramação: Cid Malta Corrêa e Fernanda Lima Lopes
Apoio/revisão: Adiôsta Comunicação
2
Índice
Sala de aula:
espaço incentivador da gentileza ... pág. 4 e 5
Inglês criativo:
língua estrangeira e interdisciplinaridade ... pág. 6
Alfabetizar letrando:
conhecimento e uso da língua escrita ... pág. 7
Postura de educador:
do cuidador ao pesquisador ... pág. 8
Escola e comunicação:
estratégias organizacionais e ímpeto comunicativo ... pág. 9
Filosofia:
caminho para o pensamento cuidadoso ... pág. 10
Geração Criativa:
um projeto de educação e cidadania ... pág. 11
O jogo:
fonte de aprendizado e diversão ... pág. 12 e 13
Linha do tempo:
momentos dos nossos 25 anos ... pág. 14 e 15
3
Sala de aula:
espaço incentivador da gentileza
Neste atual cotidiano dos “sem-tempo”,
em que há pouca disponibilidade para o outro,
faz-se necessário chamar a atenção de nossas
crianças para uma virtude que está um pouco
esquecida: a gentileza. Esse é o tema que toda
a Escola Educação Criativa trabalha durante a
quarta etapa do ano letivo. Assim, cada educador conduz sua prática sob um olhar observador e analítico, com o intuito de que suas atividades possam culminar em ações efetivas ao
crescimento individual e coletivo.
Materializei o tema da Campanha com o
3º ano do ensino fundamental, trabalhando o
lema “Gentileza gera gentileza” e fazendo com
que os próprios alunos educassem uns aos outros.
Segundo o dicionário Houaiss, gentileza é
uma palavra de origem latina, vem do radical
gens (gentis, no genitivo) que significa o agrupamento familiar composto de indivíduos livres
de nascimento, ou seja, livre de maus hábitos.
Segundo Gabriel Chalita (2007), a palavra gentileza está na raiz do inglês gentleman (cavalheiro, homem gentil) e na evolução da noção
latina da palavra gentilis (aquele que pertence
a uma família). “Ser gentil depende do conhecimento; é uma qualidade do espírito refinado
pela educação, e especialmente pelo exemplo.”
(Chalita, 2007).
Gentileza e solidariedade
Partindo desses princípios, aproveitei todos
os momentos propícios para gerar mudança e
intensificar atitudes gentis, mostrando que escola é lugar de educação (de educar a ação). A
primeira atitude gentil trabalhada foi a maneira de circular pela Escola. Percebe-se que os
“sem-tempo” contagiam até as crianças, que
parecem querer “ganhar” tempo com a correria. Reforcei, então, a necessidade e a importância de se andar devagar e de se formar fila
em alguns ambientes, como os laboratórios.
Procurei desmistificar a ideia de que fila é um
arranjo tradicional e autoritário, explicando
que ela, além de ser uma forma de organização,
é uma maneira de esperar o tempo do outro
para andar, comprar, pagar, passar pelo semáforo... Todos aceitaram com boa vontade essa
organização. Para variar a ordem, sempre esta-
Zélia Alves
Pós-graduada em Psicopedagogia e
professora de E. Fundamental
belecíamos um critério diferente para saber
quem iniciaria a fila.
Em sala de aula, uma proposta de “monitoria” estimulou a colaboração entre alunos
que terminavam mais rápido suas atividades
e outros que demoravam mais. Assim que
concluíam, os mais ágeis já caminhavam pela
sala e se aproximavam de quem precisava,
oferecendo ajuda. Com essa atitude gentil,
de saber dividir conhecimentos e habilidades,
adquirimos mais uma qualidade de espírito:
saber reconhecer que há pluralidade no mundo e que todos podem viver em harmonia. O
momento também foi oportuno para ensinar
sobre a necessidade de saber ouvir; de saber
respeitar a opinião diferente e de saber se colocar no lugar do outro.
Solução de conflitos
Foram intensificadas ações para resolver
conflitos. Em ocasiões de tensão, era comum
se ouvir: “Ele(a) começou”, “Mas não foi só
eu”. “Eu fiz isso porque ele(a) me irritou”, e
diferentes justificativas típicas dessa etapa
de desenvolvimento social da criança (7 a 8
anos), na qual ela começa a estabelecer reciprocidade. A criança percebe o seu erro, mas
ainda não tem maturidade para assumi-lo,
pois necessita da ajuda do adulto para buscar
alternativas.
4
Ciente da relevância de minha intervenção,
empenhava-me para que os alunos entendessem que, cabe às partes envolvidas, reconhecerem o erro e encontrar, com o diálogo, a melhor
solução. Eles até conseguiam fazer isso, mas
no fundo, ainda ficava o ressentimento, a vontade de ver o(a) colega(a) em situação difícil.
Para mudar essa perspectiva, levei para a sala
de aula textos que estimulassem a capacidade
dos alunos de se colocarem no lugar do outro.
Usei também outras estratégias, incluindo uma
atividade com um crachá intitulado: “Queroquero gentilezas”.
Todas essas ações para a gentileza surtiram efeito, a aceitação por parte dos alunos
foi maior que minhas expectativas. A cada dia
traziam informações sobre o tema, sugeriam
várias formas de sermos gentis, tornavam-se
convictos da importância cotidiana de palavras como “por favor, com licença, boa tarde,
obrigada(o)...”; falavam sobre atitudes gentis
praticadas em casa e gostavam de agradar aos
colegas e à professora. Percebi significativas
mudanças: falavam com mais frequência as
palavras “mágicas”, ao saírem da sala faziam
questão de levar a garrafinha do(a) colega para
repor a água, quando uma criança se machucava, em vez de rirem, perguntavam se ela precisava de ajuda...
Respeito
Outra grande lição foi o reconhecimento
dos alunos, que começaram a perceber que,
uma opinião pode ser diferente da outra, sem
gerar constrangimentos. Notaram que é possível defender uma ideia, sem menosprezar
o ponto de vista do próximo, e que uma crítica construtiva, faz bem para o crescimento
pessoal e coletivo. Reconheceram também
que, em determinadas situações, dizer não
também é um ato gentil. No livro “Invista no
Poder da Gentileza”, Rosana Braga afirma que,
muitas vezes, a pessoa associa a palavra “não”
à raiva ou à falta de gentileza, quando, na verdade, essa palavra transmite apenas uma resposta, tão cabível quanto o “sim”.
A autora explica que falar não em situações pertinentes é tão gentil quanto inteligente, desde que dito com sinceridade e respeito,
e que seja coerente com o motivo pelo qual se
está dizendo “não”.
Nossos estudos mostraram que gentileza
é muito mais do que usar palavras bonitas ou
fazer gestos de delicadeza para o outro, mas
inclui, ao mesmo tempo, a ética e o respeito
sincero. Imbuídos de todas essas informações,
os alunos apresentaram um resumo para as
turmas do 1º ao 5º ano.
Durante a apresentação, perceberam que
atitudes poderiam ter sido mais gentis e pediram uma segunda chance, para explanar melhor os conhecimentos adquiridos e relatar as
práticas adotadas.
Sabemos que muitas chances ainda serão
pedidas e deverão ser oferecidas, pois reafirmo que as crianças estão na fase heterônoma,
na qual todas as atitudes que promovem o
bem-estar individual e coletivo devem ser reforçadas pelo adulto, até se tornarem hábito.
Ações refinadas devem fazer parte da infância e retroalimentadas pela educação. Compreendemos que, nossos alunos e filhos, são
meninos e meninas de hoje, porém homens
e mulheres de amanhã. Eles levarão consigo a
necessidade e o compromisso de provocarem
mudanças em prol de uma sociedade em que
as pessoas manifestem ações em benefício da
felicidade compartilhada.
Referências Bibliográficas:
CHALITA, Gabriel. Gentileza.
Editora Gente, 2007.
BRAGA, Rosana. Invista no Poder da
Gentileza. Editora Minuano, 2007.
5
Inglês criativo:
língua estrangeira e interdisciplinaridade
No mundo contemporâneo, marcado por
uma comunicação mundial, é inevitável perceber o inglês como língua predominante. Antes
do século XVIII, o Brasil tinha uma grande influência da língua francesa, mas com o poderio econômico da Inglaterra, derivado da Revolução Industrial, e depois, com o destaque
político-militar dos Estados Unidos, após a II
Guerra Mundial, a língua inglesa sobrepôs o
francês. Desde então, com os processos da
globalização e as demandas da modernidade,
aprender inglês é uma exigência que tem começado cada vez mais cedo.
É sabido que crianças e adolescentes possuem capacidade auditiva superior a dos adultos, isso pode explicar o motivo marcante da
superioridade infantil no processo de assimilação e aquisição de uma outra língua. Porém, só
isso não basta. É preciso também motivação, a
partir de fatos concretos, para que possam ser
vivenciados e consolidados pela própria criança.
É interessante ainda, explorar, além do
material didático convencional, as habilidades
específicas de cada faixa etária. As turmas de
2º ao 5º ano, que incluem crianças entre 7 e
9 anos, estão mais aptas a assimilar palavras,
enquanto os alunos a partir do 6º ano já conseguem promover articulação de ideias mais
complexas. Assim, na Educação Criativa, a facilidade típica dos jovens para o aprendizado
de novas linguagens é estimulada de maneira
criativa e envolvente.
A partir de temas transversais e trabalhos
interdisciplinares, a língua inglesa deixa de ser
apenas “mais uma disciplina” e vai adquirindo
espaço e interesse entre os aprendizes.
Em nossa Escola, o foco das aulas de inglês abrange tanto a aquisição de vocabulário
quanto a leitura, compreensão e produção de
textos. Isso é feito de maneira interdisciplinar e
aproveitando os temas amplamente trabalhados nas quatro campanhas realizadas durante
o ano letivo. A criatividade do professor e a inclusão de recursos extras ajudam a assimilação
do conteúdo.
A seguir, são listadas algumas atividades
interessantes, as quais são realizadas com as
diferentes séries na Escola. Por exemplo, o estudo dos espaços físicos de nossa cidade, juntamente com a construção de maquetes, levam
os alunos a travarem diálogos em inglês e apri-
Uelma Leite
pós-graduada em língua inglesa e
língua espanhola
e professora de língua inglesa
morarem seu vocabulário. Vários jogos são inseridos nas aulas de inglês e isso serve de motivação para estudar temas mais globais, que
são parte da educação integral que a Escola
preza. Isso se reflete na atividade sobre boas
maneiras (“good manners”), que incentiva o
uso de palavras em inglês e a prática de regras
construídas ao longo do ano.
As turmas do 3º ano do ensino fundamental estudam os bons hábitos de alimentação,
enquanto aprendem os nomes das frutas. O
trabalho é concluído com uma saborosa “fruit
salad” (salada de frutas). Já os alunos no 4º e
5º anos, têm um contato inicial com a literatura da língua inglesa, apresentando trabalhos
sobre os livros lidos. E, os alunos do 6º e 7º
anos, tratam do tema do “bullying”, termo de
origem inglesa que se refere a comportamentos de agressão e falta de respeito, que podem ocorrer muito comumente entre crianças
e adolescentes.
A abordagem interdisciplinar e o aproveitamento da superioridade das crianças e
adolescentes em assimilar uma outra língua
continuam até o último ano do ensino fundamental e prosseguem, inclusive, no ensino
médio. Além da literatura, outras formas de
arte estimulam o aprendizado do inglês. Os
estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e 1º ano do ensino médio apresentam
trabalhos sobre música, teatro e poemas das
culturas inglesa e britânica, contextualizando
os mesmos nos momentos históricos.
Tendo em vista o contexto contemporâneo e as demandas do mundo atual, a Escola
trabalha o ensino da língua inglesa com crianças e adolescentes, com uma abordagem interdisciplinar, e uma construção motivada e
concreta do conhecimento.
6
Alfabetizar letrando:
conhecimento e uso da língua escrita
Desde pequenas, as crianças entram em
contato com diversos tipos de textos: histórias
infantis e revistas que os pais leem para elas; os
letreiros e as imagens da televisão, publicidade,
embalagens, jogos...
Essa relação entre a criança e o mundo letrado vai se intensificando ao longo de sua trajetória. Ao ingressar na escola, a maior expectativa dos pais é, normalmente, em relação à
alfabetização da criança, apesar de se esperar
que ela também desenvolva outras habilidades.
Nesse processo, é importante alfabetizar
letrando, ou seja, “ensinar a ler e escrever no
contexto das práticas sociais de leitura e escrita, de modo que o indivíduo se torne, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado”. (Soares,
2004, p.47). Tal prática tem como objetivo a
apropriação do ler e do escrever, com leituras e
atividades de escrita reais e significativas para
os alunos.
No decorrer do ano, desenvolvemos com
os alunos leituras variadas, contemplando a
maior diversidade textual possível, aprimorando habilidades para: codificar e decodificar mensagens, sistematizar os textos com
sequência lógica, expor ideias e pensamentos,
desenvolver a criatividade, registrar sentimentos e fatos, traçar letras de forma legível, empregar a pontuação adequada, organizar o texto em parágrafos e automatizar a ortografia das
palavras, entre outros.
Primeiro, apresentamos aos alunos o gênero textual a ser trabalhado, com suas respectivas características. Na sequência, os alunos
produzem seus próprios textos, utilizando os
conhecimentos de que já dispõem. Já foram
Nayara Figueirêdo
professora de e. fundamental
experimentados diferentes modos de conduzir essa atividade, organizando os estudantes
individualmente, coletivamente, ou em duplas. Após a escrita do texto, eles realizam a
releitura, e a correção é conduzida pelo professor.
O momento da correção educa para um
Letramento, de acordo com a norma culta da
Língua Portuguesa, observando aspectos gramaticais, ortográficos, pontuação e concordância.
Proporcionar ao educando um ambiente
alfabetizador e letrador também é de fundamental importância. Certamente, a leitura é
estimulada pela frequência à biblioteca e o
contato com os livros, mas há inúmeros outros materiais que são parte do cotidiano do
aluno e que também se inserem no espaço
de alfabetização e letramento, tais como: o
próprio alfabeto, calendários, rótulos e embalagens de produtos, jornais, revistas, jogos,
cartazes e outros.
Na Educação Criativa, os educadores conduzem uma prática que permite que, o próprio aluno, obtenha um contato com a escrita,
pensando, questionando, argumentando, refletindo, interpretando o mundo e sua própria
ação sobre ele. Isso é feito com as atividades
e aulas, na dinâmica equilibrada de produção
de textos e comparação de sua escrita com a
impressa em outros materiais.
Referência:
SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento.
São Paulo: Contexto, 2004.
7
Postura de educador:
do cuidador ao pesquisador
O senso comum costuma considerar o professor de Educação Infantil como aquele que
tem um conjunto de brincadeiras nas mangas,
prontas a serem realizadas, e que sabe algumas músicas a serem “ensinadas” a seus alunos. Contudo, ele não se resume a isso. Aliás,
o bom educador deve adotar posturas que
ultrapassam o papel de cuidador. A realidade
educacional dos dias de hoje tem exigido desse
profissional uma conduta de pesquisador, que
saiba fazer interface com o que tem respaldo
científico e o que deve ser contemplado para
o desenvolvimento das habilidades cognitivas
nas crianças.
No mundo científico, é cada vez mais comum a associação entre diferentes áreas de
conhecimento: a medicina aborda questões no
âmbito filosófico, as engenharias se apropriam
de conhecimentos históricos e, no campo educacional, não seria diferente. Assim, contribuições de diversos campos têm sido adotadas na
teoria e prática pedagógica.
Uma dessas áreas é a Neuropsicologia.
A educação se depara com questões do tipo:
“como exigir de uma criança com comprometimentos cognitivos o mesmo desempenho de
outra com as funções cerebrais intactas?”, ou
mesmo, “como nivelar alunos com superdotação com aqueles de desenvolvimento mediano?” A Neuropsicologia tem se configurado
como ciência que busca resposta para perguntas como essas e, dessa maneira, interfere de
forma direta na práxis educativa.
A aplicação dos conhecimentos desse campo ultrapassam o espaço da educação escolar.
Ao buscar entender a máquina mais engenhosa
da humanidade – o cérebro – traz à tona paradigmas que tanto incomodam pais, alunos
Lívia Rithiele da Silva
pós-graduanda em neuropsicologia
professora de e. infantil
e professores, dentro e fora do ambiente da
escola. Um exemplo claro está relacionado à
simbolização e conceituação de acontecimentos. Para que seja capaz de conceituar fatos,
a criança passa por estágios mentais que têm
uma certa interdependência. Isso se inicia na
sensação do estímulo (visual, auditivo, motor...) passa pela percepção e conhecimento
desse estímulo, formação de imagens mentais
e, por fim, a organização de símbolos e conceitos. Existem patologias que podem interromper alguns desses estágios. A surdez, por
exemplo, interfere desde o início, já que sequer há produção do estímulo sensorial.
Outros aspectos também devem ser levados em conta nesse processo. O conhecimento prévio ou o quanto a criança foi ou
não estimulada são fatores que interferem na
construção dos símbolos e conceitos, tanto
quanto patologias congênitas ou adquiridas.
Fato inegável é que, uma criança, que
desde a mais tenra idade recebe os mais diversos estímulos, tem um rol de informações/
vivências superior àquelas que ficam isoladas
do convívio em sociedade. Verificam-se os benefícios da socialização e maturidade para as
crianças que têm a oportunidade de começar
a frequentar a escola desde o maternal. Ela
recebe estímulos adequados para o desenvolvimento de suas habilidades motoras, cognitivas, sociais e afetivas. Uma criança que, desde
cedo, está inserida em um espaço educativo,
saberá lidar com conflitos de uma forma muito mais saudável do que outra que foi privada
disso.
A Educação Infantil, sob essa perspectiva,
deixa de ser encarada como apenas “brincadeiras e musiquinhas” e torna-se um verdadeiro desafio para o educador. Por fim, educar crianças exige cada vez mais uma visão
diferenciada de educação, saindo do senso
comum. A postura de pesquisador é imprescindível a esse profissional, que deve buscar
conhecer, nas mais diversas áreas de estudo,
caminhos para conduzir seus educandos ao
conhecimento.
8
Escola e Comunicação:
estratégias comunicacionais e ímpeto educativo
O ambiente escolar é um lugar em que a
comunicação se faz presente de forma incomparável, e isso inclui processos comunicativos
de diversos âmbitos, a começar pelo próprio
ato de ensinar. A Educação, há muito tempo,
deixou de ser encarada como transmissão de
conhecimento de professor para aluno.
A comunicação educativa se faz com gestos, palavras, textos, imagens e todo tipo de
signos. Além disso, o processo comunicativo
ocorre também fora da sala de aula. A escola,
com seus diversos espaços de sociabilidade e
comunicação, oferece ao educador inúmeras
possibilidades de incrementar o ensino e ampliar os canais para se ouvir, falar, ler, pensar,
refletir, criar...
Comunicação Organizacional
Além de falar aos alunos, a escola estabelece contato com os pais, funcionários e a
comunidade. O profissional de comunicação
– jornalista, publicitário ou relações públicas
– encontra, no cotidiano escolar, um vasto
universo de processos comunicativos que, sob
seu ponto de vista, podem ser estratégicos. As
ferramentas de marketing e comunicação de
uma assessoria de comunicação são capazes de
deixar mais fluidos os fluxos comunicativos da
escola com seu público, tornando as relações
escola-família-comunidade mais transparentes
e eficientes.
Desde 2007, na Educação Criativa, há um
setor chamado Central de Informação e Comunicação (CIC). Profissionais com formações
variadas desempenham tarefas informativas e
comunicativas de diferentes tipos, trabalhando
com suportes impresso, audiovisual, digital e
fotográfico. Além do suporte de profissionais
de comunicação, responsáveis pelas publicações (notícias online, informativo e outros).
O setor abrange também serviços informacionais mais técnicos, como digitação, produção
de documentos e operações de sistema informático.
Entre os produtos derivados da Comunicação estão o site, atualizado pelo menos uma
vez por semana, com novidades sobre as atividades escolares; o InformATIVO Educação Criativa, publicação anual direcionada aos pais de
alunos, livros escritos por profissionais da Escola e ilustrados pelos estudantes, cartões, entre
outros. Esses materiais são importantes, pois
Fernanda Lopes
doutoranda em Comunicação
e jornalista
representam momentos e espaços de visibilidade da imagem da Escola, além de servirem
de canal de diálogo com todos os públicos
que se vinculam, de algum modo, à Educação
Criativa.
Ímpeto educador
Ainda que a comunicação tenha se tornado mais sistematizada com os trabalhos
de uma profissional de comunicação, desde
2004, e com a criação do CIC, em 2007, é interessante notar o quanto os fluxos comunicacionais de maior importância dentro de uma
escola são profundamente dependentes dos
outros profissionais que ali trabalham, sobretudo dos educadores.
Nesse sentido, urge se considerar o trabalho da área de comunicação no ambiente
escolar, como também um trabalho educativo, e não como mero acessório de marketing
empresarial ou de promoção da imagem da
instituição.
A existência do CIC só tem sentido porque está comprometido com as práticas de
ensino. Promover e auxiliar os fluxos comunicativos da Escola são atividades que ganham
aliados quando todos os educadores passam
a ser, acima de tudo, comunicadores.
E os comunicadores profissionais devem
ser igualmente educadores, cientes de que o
serviço que prestam deve servir à promoção
do ser humano e da vida social. Tal ímpeto
deve permear, portanto, os jornalistas e outros profissionais de comunicação que trabalham em escolas, que devem compreender
a amplitude da comunicação nesse espaço.
9
A Filosofia e os cuidados com o
pensamento
Luciene Castro
Graduada em Pedagogia
Especializada em Gênero e Diversidade
Professora E. Fundamental
Nas aulas de filosofia do 1º ao 5º ano do
Ensino Fundamental, temos refletido sobre
o verdadeiro sentido das ações humanas em
relação aos seus valores e ao meio ambiente.
Para nossos estudantes, a filosofia não é algo
enigmático, abstrato e muito distante da realidade. A cada etapa, eles aprimoram sua capacidade de elaborar perguntas e investigar alternativas de soluções para os diversos problemas
debatidos.
A criança necessita compreender a si mesma e o meio à sua volta. Nessa busca constante
de significados, a filosofia conduz cada questionamento a um pensamento mais crítico e mais
linear.
O conhecimento se amplia quando promovemos situações que permitem um estranhamento entre diferenças culturais. O estudante
precisa incomodar-se com a histórica ignorância humana e com seu permanente desejo de
verdade, de imaginação e de experiência.
A dúvida estimula as pessoas a buscarem
fundamentos para os fatos e acontecimentos.
Isso acontece também com nossos alunos, que
são instigados, nas aulas de filosofia, a desenvolverem o pensamento cuidadoso, por meio
de discussões, debates, novelas de livros literários e jogos.
A filosofia está presente na ciência, na arte,
no mito, na religião, no cotidiano, enfim, nas
mais diversas manifestações do homem. Ela
valoriza o pensamento a partir das inferências,
dos raciocínios, das razões, dos questionamentos, das formulações de hipóteses e respostas,
e das conclusões desenvolvidas com o diálogo.
A iniciação filosófica para crianças, a educação para o pensar, a preparação para uma
cidadania responsável, são objetivos concretos
da prática filosófica dos dias de hoje. Através da
educação escolar e familiar, podemos desenvolver o potencial criativo, desafiando o pensamento de nossas crianças, conduzindo-as a
uma análise cuidadosa e dando-lhes oportunidade de formularem suas próprias conclusões.
A capacidade do homem de perceber e de
inferir faz com que ele pense melhor sobre a
capacidade cognitiva do outro. Por isso, a filosofia tem contribuído com o desenvolvimento
do conhecimento em todas as áreas.
O filósofo Mathew Lipmam (LIPMAN,
1995, pp. 31-32, 342) acredita que ela é a disciplina que contribui com o desenvolvimento
da compreensão e análise lógica das crianças.
A ferramenta para o pensamento cuidadoso é o diálogo, meio pelo qual nossas crianças se pronunciam diante das demais, criam
regras e combinados, consolidam ou modificam atitudes e ações, respeitam os diferentes
pontos de vista, deparam-se com ideias diferentes e semelhantes às suas.
Contudo, nossa vida e as nossas ações
estão condicionadas ao nosso pensamento,
logo: “Quem pensa bem, vive bem. Quem
pensa mal, vive mal”. Através do desenvolvimento da maneira de pensar, nossas crianças
aprimoram, cada vez mais, o conhecimento,
partindo das habilidades de comparar, contrastar, estabelecer semelhanças e diferenças,
inferir, supor, resumir, buscar e dar razões,
dar ideias, concluir... Qualquer tema elas retratam e abordam, cuidadosamente, fazendo
analogias, considerando a vivência e as experiências. Nossa comunidade de investigação
produz muitos significados, conhecimentos,
transforma comportamentos e opiniões.
Quem cuida do pensamento cuida de si,
do meio e contribui com o pensamento do
outro.
Invista em você, pensando melhor!
10
GERAÇÃO CRIATIVA:
um projeto de educação e cidadania
A Educação Criativa alicerça suas ações no
modelo de currículo Reconstrucionista Social,
cujos objetivos são a ascensão social e promoção da cidadania responsável. Fundamentandose nesse modelo curricular, a Escola acredita
que, as mudanças sociais só se concretizam
quando os sonhos pessoais e coletivos são compartilhados e envolvem equipes comprometidas
para torná-los realidade.
Em sua essência, a palavra cidadania significa proporcionar a uma pessoa a legítima condição de membro de um Estado, gozando, dessa
forma, dos direitos e deveres criados e preservados em uma sociedade. É, portanto, a condição
para que o membro da sociedade possa participar da vida política de seu grupo. No entanto,
as injustiças sociais, econômicas e educacionais
acabam por restringir essa cidadania. Assim, o
espaço educacional tem o dever de contribuir
para que a promoção humana seja restabelecida e preservada.
Partindo desses princípios e com base em
diagnósticos que identificavam as necessidades
da comunidade, a Educação Criativa procurou
ampliar sua atuação junto aos moradores da Vila
da Paz, que também pertence ao bairro Cidade
Nobre. Deste modo, com o gesto solidário do
Professor Rildo Silvestre (Educação Física), dos
pais, alunos e dos demais profissionais da Escola, em 1998, nasceu o Projeto Geração Criativa.
O Projeto iniciou suas atividades com 20
crianças e adolescentes, moradores da Vila da
Paz. Ao longo dos anos, ganhou visibilidade e
credibilidade de muitos colaboradores. Atualmente, são 140 alunos que participam de aulas
de informática, esporte, arte, filosofia e ciências.
A motivação inicial era viabilizar a prática
esportiva como disciplina formadora de bons
hábitos e valores morais. Os educadores, cientes
da responsabilidade de organizar um programa
de curso que contemplasse os diversos saberes
conceituais, procedimentais e atitudinais, estabeleceram prioridades a serem vencidas semestralmente. Ao longo dos primeiros anos, foram
implantadas as práticas esportivas, incluindo
momentos de diálogos e reflexões bem contextualizadas às faixas etárias e, em conformidades
Verônica Pacheco
Professora de Filosofia no Unileste
Mestre em estética e filosofia de arte
com a planilha financeira da Educação Criativa.
Gradativamente, foi conquistada a convivência
respeitosa dentro dos ambientes educativos,
disponibilizados pela Escola.
Outro passo bastante significativo foi o início da construção de uma base de dados para
ampliar e socializar as informações. Para dar
clareza aos relatórios, criaram-se procedimentos para arquivar fotos, pautas de reuniões e
outros documentos. A sistematização dos fatos, que fazem a memória do Projeto, permite
mensurar e dimensionar as melhores decisões
em relação aos novos investimentos e processos.
A união do conhecimento, da sensibilidade e da ação gerou o progresso efetivo. Esta
combinação permitiu fazer mais e melhores
ações para alcançar objetivos do campo social
e especialmente, do campo cognitivo, com
eventos relacionados à arte, cultura e meio
ambiente. Os alunos do Projeto são convidados a se apresentarem em festividades, revelando competências e habilidades em diferentes áreas.
Atualmente, são oferecidas aos pais e
familiares desses alunos, palestras que contemplam questões sobre saúde, convivência,
afetividade e educação. Trabalhos efetuados
na Escola permitem a integração entre escolafamília-comunidade, ampliando a responsabilidade e o compromisso com a convivência,
além do resgate da identidade dos moradores.
Dentro dessa proposta, a Educação Criativa tem trabalhado com a compreensão de que,
para que a justiça e a fraternidade imperem, é
fundamental que o Projeto estimule a reflexão
crítica, a partilha e a busca permanente pelo
bem comum. Reconhecer o próximo, como
um outro em nós mesmos, é educar para o
respeito pela diversidade e dignidade humana. Consequentemente, devemos nos empenhar para que a educação liberte o homem da
ignorância e da injustiça social. Promovendo a
esperança, a criatividade e autonomia, garantiremos, dessa forma, os propósitos da
cidadania.
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O JOGO:
fonte de aprendizado e diversão
Renata da Costa Oliveira
Especialista em Fisiologia Humana e professora de Ed. Física
Ivana Esquírio
Especialista em Didática e professora do E. Fundamental
Para os educadores, o jogo é uma brincadeira que exige regras estruturadas. Durante
um jogo, observa-se o confronto de ideias, elaboração de solução de problemas, competição
e cooperação entre os participantes e o desenvolvimento da autonomia. Além do desenvolvimento motor, que utiliza os músculos e os
sentidos, que auxiliam no desenvolvimento do
corpo e da mente.
O jogo na sala de aula
Apesar de ser um interessante instrumento da prática didática, ainda existe uma
resistência ao jogo na sala de aula. Um dos motivos que justificam isso, é que ele foge do padrão de disciplina, do controle que caracteriza
a ordem instituída pela escola ou pela sociedade. A alegria do brincar pode assustar, desestruturar os que não foram preparados para o
ambiente de jogo. Contudo, não podemos nos
deixar levar por alguns padrões impostos pela
cultura, e devemos insistir na importância desses recursos.
Vygostsky (1989) afirma que o jogo
influencia, diretamente, no desenvolvimento
da criança. Através do lúdico, sua curiosidade
e autoconfiança são estimuladas, o que proporciona o desenvolvimento da linguagem,
do pensamento e da concentração. Os jogos
geram um sentimento de prazer e, ao mesmo
tempo, consolidam ações dos participantes.
Algumas mudanças de hábitos são necessárias para que o aparecimento do jogo, na
sala de aula, aconteça. Consciente disso, o professor deve estar atento a todos os elementos
à sua volta, para garantir um planejamento de
atividades dirigidas, que proporcionem um autêntico exercício cognitivo - motor e social. Os
materiais devem ser acessíveis, para também
instigarem a vontade de se jogar. As atividades
necessitam ser organizadas por ordem de idade, de modo que as crianças possam dar significado ao jogo dirigido. O professor é quem coor-
dena o andamento da atividade. Faz parte da
dinâmica que, os participantes determinem e
cumpram seus “combinados”.
Após o jogo, é necessário um tempo
para que a criança e o professor possam socializar o que foi vivenciado, avaliando todos
os aspectos. É bastante produtivo, do ponto
de vista pedagógico, que se faça um paralelo
entre os combinados orientados e os adotados durante a brincadeira. O educador é elemento integrante nessas práticas, ora como
organizador, ora como observador, ora como
elo entre as crianças e os objetos, ora como
personagem que explica, questiona e enriquece o desenrolar da brincadeira.
O jogo na Educação Física
Na Educação Física, os jogos são atividades em que nos exercitamos brincando,
distraindo-nos, de maneira alegre e prazerosa, até mesmo sem perceber. “Praticados de
modo despreocupado pelas pessoas, os jogos
permitem um descanso dos centros nervosos,
contribuindo para diminuir qualquer tipo de
tensão” (Teixeira, 2000, p.33).
O jogo pode ter duas funções: a lúdica e a função educativa, pois complementa
os alunos em seus saberes, conhecimentos
e vivências. Nas crianças, os jogos proporcionam liberação das energias acumuladas, que
precisam ser gastas, além de contribuir para
12
aspectos importantes da formação da personalidade. Por meio da diversão, elas descobrem
suas emoções e a existência do outro, suas
possibilidades e limitações. A cooperação, a
imaginação, a criatividade, a autoestima e o
autocontrole são elementos que podem ser
aprimorados com as brincadeiras, os brinquedos e os jogos.
O jogo dá margem à liberação de impulsos, como acontece, por exemplo, no jogo
de “queimada”: ao mesmo tempo que se divertem, as crianças utilizam os músculos e os
sentidos, o que auxilia o desenvolvimento do
corpo. Correr, pular, pegar e lançar são movimentos que precisam ser vivenciados desde a
infância.
Os jogos têm a função de nos ensinar
a viver em grupo, pois implicam trocas, partilhas, confrontos e negociações. Jogando, eles
aprendem que é preciso respeitar as normas
estabelecidas para a brincadeira funcionar. Desenvolvem conceitos de justiça e injustiça, o
que contribui na formação do caráter.
A afetividade envolvida nessa ação
pode passar por variações de harmonia e conflitos. Para que o resultado seja o melhor, o
adulto deve se colocar como mediador, mas
sem apresentar soluções. Além disso, é necessário que o professor de Educação Física ajuste
a atividade às condições climáticas; enriqueça-a, introduzindo novos personagens ou novas
situações; permita a repetição de jogos e esteja
atento ao espaço físico e aos materiais.
A cognição também pode ser trabalhada, até nos momentos difíceis dos conflitos.
Nessas ocasiões, o educador deve, primeiro,
observar com atenção os atritos existentes, intervindo, quando necessário, para resolvê-los,
ensinando a criança a pensar com lucidez para
chegar aos acordos.
É interessante, ainda, possibilitar a interação entre meninos e meninas; estimulando
o autoconhecimento e a identidade. O crescimento e a autonomia são valorizados quando
se dá responsabilidade às crianças para elaborarem e cumprirem as regras estabelecidas, bem como quando o professor motiva o
desenvolvimento da iniciativa, dando chance
e inspirando confiança, para cada um dizer o
que pensa.
Por fim, os jogos durante a Educação
Física, devem ser acompanhados do respeito às preferências de cada criança, compreendendo os interesses e as necessidades individuais, de forma a não forçá-la a realizar
determinada atividade ou participar de um
jogo coletivo. O trabalho torna-se muito mais
frutífero quando é apresentada a importância
de determinada atividade, contextualizando,
o máximo possível, suas características.
Finalizando, os jogos desempenham
um importante papel social e psicológico:
eles representam uma das maneiras que a
humanidade encontrou para transmitir papéis, valores culturais e éticos às gerações
futuras, além de ser um grande aliado na prática pedagógica.
No contexto escolar, comprova-se
que, o brincar e o jogar, transformados em
instrumentos na educação, favorecerem à
formação da criança, para cumprir bem o seu
papel social e intelectual quando adulto. Assim, mais ganhos de aprendizagem e sociabilidade entre os educandos serão alcançados,
à medida em que alguns educadores e instituições, ainda subjugados por uma cultura
restritiva, consigam promover a mudança de
hábitos.
Referências Bibliográficas:
VYGOSTSKY, Lev.
PIAGET, Jean.
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Linha do tempo
25 anos
1984
Fundação da Escola
A Escola iniciou suas atividades neste
ano com 17 crianças.
1985
Aquisição de terreno próprio
A Escola adquiriu um terreno próprio: mais
conforto e espaço para os alunos.
1990
Passa a oferecer ensino de 1° ao 5° ano
A Escola passa a
oferecer, gradativamente, o ensino de
1° ao 5° ano do ensino fundamental.
1995
Implementação gradativa de turmas de 6° ao 9° ano
Ampliação dos espaços educacionais, valorizando a continuidade do
desenvolvimento escolar.
Lançamento dos livros “Um Número Diferente” e “Guabiju”, das
professoras Rosemar e Edna.
14
1998
Início do Projeto Geração Criativa
Início das atividades do grupo junto às famílias do bairro Vila da Paz.
(Reflexões, oficinas e atividades).
2000-2008
Início das atividades do Ensino Médio
Preparação dos alunos para uma
educação integral, que contempla a
preparação para os vestibulares.
2009
25 anos da Escola
Um ano de comemorações, reflexões e
aprimoramento dos conceitos de família,
escola e sociedade.
Futuro
Sonhos.... Planos... Esperança.
Construção de um novo percurso, alinhado aos
fundamentos: valores morais, éticos e interdisciplinares, valorizando a criatividade, o aprendizado e o desenvolvimento dos estudantes.
15
Mensagem 25 anos
Presenças e Presentes
Alunos, Pais, Equipe de trabalho e Amigos foram e ainda são as
presenças mais importantes nesses 25 anos da Educação Criativa.
Presentear é doar o que se tem de melhor!
Fomos e somos presenteados
a cada dia, com sua dedicação, presença e apoio.
Obrigada por fazerem parte da nossa história!
A Direção.