setor de “Veículos Leves”
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setor de “Veículos Leves”
SETORISE VEÍCULOS LEVES A produção industrial cresceu 0,9%, de jan-nov12. Pág.7 Perspectivas A nova política industrial para o setor automotivo entrará em vigor em 2013 e favorecerá o setor de veículos leves, pois estão previstos aumentos dos investimentos em tecnologia e em novas plantas produtivas. Pág. 5 Avaliação do Setor Preços Notícias Custos pressionados pela elevação de 7,3% dos insumos plásticos e de 3,1% dos metálicos, ante à alta de 0,4% dos preços dos veículos. Pág. 10 O Governo deverá prorrogar novamente o desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), com término previsto para jun13. Pág. 13 Produção, Vendas e Exportações de Veículos Leves 5 3.500.000 3.000.000 Aspectos Favoráveis: prorrogação do incentivo tributário, dinamização do mercado de crédito e manutenção da renda e do emprego. 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000 Fatores de Risco: alto patamar da inadimplência dos financiamentos de veículos. 0 Produção Vendas Jan-Nov11 Jan-Nov12 Exportações Fonte: Anfavea Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 1 SETORISE VEÍCULOS LEVES Resumo Perspectivas A expectativa para o 1tri13 é de resposta lenta da produção de veículos leves, em razão da queda das exportações, prejudicadas pelo desaquecimento da economia internacional. Entretanto, as vendas internas podem apresentar melhor desempenho, em virtude da nova prorrogação do incentivo tributário, da manutenção da renda e do emprego e da expansão do mercado de crédito. Situação Atual Durante 2012, a atividade da indústria brasileira, como a de veículos, foi prejudicada pelo maior comprometimento da renda da população com financiamentos, pelo aumento da inadimplência e pela piora da crise internacional, o que restringiu a expansão das exportações. Caracterização Os bens produzidos pela indústria nacional de veículos leves são bens duráveis que, ao longo do seu ciclo produtivo, incorporam inovações e se tornam de elevado valor agregado. São divididos em automóveis de passageiros, de uso misto e comerciais leves. Da produção brasileira de veículos leves realizada em 2011, de 3.142.315 unidades, 80,7% foram automóveis de passageiros e de uso misto e 19,3% de comerciais leves. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 2 SETORISE VEÍCULOS LEVES Índice A – Perspectivas 5 B – Análise da Situação Atual 7 Gráfico B1 – Produção Mensal de Veículos Leves, 2011-2012 7 Gráfico B2 – Vendas Mensais*de Veículos Leves, 2011-2012 8 Exportações 8 Gráfico B3 – Exportações Mensais de Veículos Leves, 2011-2012 8 Configuração de mercado 9 Gráfico B4 – Participação das Empresas nas Vendas de Automóveis, Jan-Nov12 9 Gráfico B5 – Participação das Empresas nas Vendas de Comerciais Leves, Jan-Nov12 10 Custos de Produção 10 Gráfico B6 – Preços no Atacado dos Principais Insumos, 2009-2012 10 Novas Medidas ao Setor 11 C – Negócios 12 Investimentos 12 Notícias 13 Eventos 13 D – Relação de Empresas 14 Quadro D1 – Empresas de Veículos Leves por Faixa de Receita Líquida, 2011 14 E – Caracterização 15 Quadro E1 – Principais Indicadores do Setor de Veículos Leves, 2008-2011 15 Produção 18 Gráfico E1 – Participação dos Automóveis Populares nas Vendas, 2001-2011 19 Empresas 19 Custos 19 Competitividade 20 Investimentos 20 Tributação 21 Gráfico E2 – Participação dos Tributos sobre Automóveis no Preço 21 Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 3 SETORISE VEÍCULOS LEVES ao Consumidor, Principais Países Produtores, 2011* 21 Mercado Externo 21 Gráfico E3 – Exportações por País de Destino, 2010 22 F – Análise Retrospectiva 23 2011 23 Gráfico F1 – Indicadores da Indústria Automobilística, 2009-2011 23 Exportações 24 Configurações de mercado 24 Custos de Produção 24 Políticas Econômicas Referentes ao Setor 25 2010 26 Exportações 26 Configuração de mercado 27 Custos de Produção 27 2009 28 Exportações 28 Configuração de mercado 29 Custos de Produção 29 Medidas ao setor 29 Definição – Notas do Setor 30 Análise Sintética 31 Tendências das Notas 31 Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 4 SETORISE VEÍCULOS LEVES A – Perspectivas A nova política industrial para o setor automotivo, denominada Inovar Auto, entrará em vigor em 2013 e favorecerá o setor de veículos leves, pois estão previstos aumentos dos investimentos em tecnologia e em novas plantas produtivas. A expectativa para o 1tri13 é de resposta lenta da produção de veículos leves, em razão da queda das exportações, prejudicadas pelo desaquecimento da economia internacional. Entretanto, as vendas internas podem apresentar melhor desempenho, em virtude da nova prorrogação do incentivo tributário, da manutenção da renda e do emprego e da expansão do mercado de crédito. Durante 2013, espera-se desempenho melhor, em razão do início das atividades de novas entrantes no setor de veículos leves; da tendência de queda da inadimplência e dos juros para financiamentos, que favorecem a aquisição de veículos; e, finalmente, da entrada do novo regime automotivo, o Inovar Auto, cujo principal desdobramento é o aumento dos investimentos setoriais. As principais exigências do regime são a eficiência energética e a inovação para os veículos fabricados no Brasil, o que deverá aproximar a qualidade dos carros aos padrões praticados nos Estados Unidos, na Europa ou no Japão. A adaptação a essas tecnologias obrigará o setor a atualizar desde os sistemas de motorização, à substituição de materiais, como o aço, por elementos mais leves, além do controle de emissão de poluentes, entre outros. Para adequar-se, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estima que o setor invista cerca de R$ 60 bilhões até 2017. Os custos de produção tenderão a aumentar. Os preços dos insumos metalúrgicos deverão seguir com reajustes e os preços dos insumos de origem petrolífera acompanharão a volatilidade da cotação do petróleo. Contudo, diante da desaceleração da economia mundial, reforçada pela piora da crise na Zona do Euro, estima-se que o preço do barril não encontrará sustentação para elevações significativas. Ao mesmo tempo, o setor poderá ser favorecido pela redução de até 20,0% dos custos com energia elétrica, ao longo de 2013, como efeito prático do pacote para o setor elétrico, anunciado recentemente pelo Governo Federal. Os fatores de risco ao setor de veículos leves serão: o comprometimento da renda das famílias com financiamentos adquiridos anteriormente; a manutenção, ainda que discreta, da seletividade nas concessões de crédito ao segmento, sobretudo dos bancos privados, em função do alto patamar da inadimplência dos financiamentos a veículos; a expansão do valor da mão de obra setorial, que acumulou aumentos superiores à inflação nos últimos anos. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 5 SETORISE VEÍCULOS LEVES Diante desse cenário, estimamos que, em 2013, os efeitos das medidas setoriais e de crédito sejam mais relevantes, com reflexo positivo na produção industrial de veículos leves, traduzidas em alta de 3,0%. Nota-se que a Anfavea espera crescimento de 4,5%. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 6 SETORISE VEÍCULOS LEVES B – Análise da Situação Atual Durante 2012, a atividade da indústria brasileira, como a de veículos, foi prejudicada pelo maior comprometimento da renda da população com financiamentos, pelo aumento da inadimplência e pela piora da crise internacional, o que restringiu a expansão das exportações. De jan-nov12 frente a jan-nov11, a produção de veículos leves cresceu 0,9%, influenciada pelo recuo de 20,9% das exportações, uma vez que as vendas internas cresceram 6,3% em igual comparativo (Gráficos B1, B2 e B3). Gráfico B1 – Produção Mensal de Veículos Leves, 2011-2012 2.925.105 Jan-Nov11 Jan-Nov12 Unidades 2.899.525 Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) Elaboração: Serasa Experian Os sucessivos estímulos ao consumo de veículos, como a prorrogação contínua da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e os incentivos ao mercado de crédito, garantiram a expansão das vendas de veículos leves no mercado interno (Gráfico B2). Na análise por segmento, observou-se alta de 7,9% nas vendas internas totais de automóveis de passeio e de 0,7% nas de comercias leves, no mesmo período de comparação. Ao contrário dos últimos 24 meses, o desempenho das vendas da categoria de importados foi inferior ao dos nacionais. Os importados decresceram 5,9% e os nacionais evoluíram 10,2%. A perda do dinamismo das vendas de veículos importados deveu-se à três fatores: a desvalorização cambial que encareceu as importações; o aumento de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros importados ao Brasil de fora do Mercosul, em set11, que atingiu sobretudo as marcas asiáticas; e, em menor grau, a revisão, em mar12, do acordo automotivo com o México, impondo limitações à parceria estabelecida desde 2002. Haverá cotas de importação aos veículos mexicanos até 2015. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 7 SETORISE VEÍCULOS LEVES Gráfico B2 – Vendas Mensais*de Veículos Leves, 2011-2012 3.290.250 Unidades 3.096.543 Jan-Nov11 Jan-Nov12 Obs.: *Licenciamentos Fonte: Anfavea Elaboração: Serasa Experian Exportações As exportações foram prejudicadas pela desaceleração econômica de demandantes, como a Argentina; pelo aumento do excedente produtivo no mercado mundial; e pela perda de competitividade do produto fabricado no Brasil, dada elevação do custo da mão de obra ante players como o México e a China. De jan-nov12, perante jan-nov11, as vendas externas caíram 20,9%, em razão da queda de 20,5% dos automóveis de passeio e de 22,6% nos comerciais leves (Gráfico B3). Gráfico B3 – Exportações Mensais de Veículos Leves, 2011-2012 469.638 Unidades 371.407 Jan-Nov11 Jan-Nov12 Fonte: Anfavea Elaboração: Serasa Experian Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 8 SETORISE VEÍCULOS LEVES Configuração de mercado O market share das empresas nas vendas internas, no período jan-nov12, foi o seguinte (Gráficos B4 e B5). a Fiat líder no segmento de automóveis de passeio e a Volkswagen vice-líder; a Honda ganhou 1,1 p.p. em relação ao igual período de 2011 e a Nissan, 1,3 p.p. O êxito nas vendas dos modelos City e March, influenciou positivamente o resultado. Gráfico B4 – Participação das Empresas nas Vendas de Automóveis, Jan-Nov12 Fiat 22,9% Volkswagen 22,7% GM 18,8% Ford 9,7% Renault 6,7% Peugeot/Citr… 4,9% Nissan 3,9% Honda 3,9% Outras* Toyota Hyundai 2,8% 2,1% 1,7% Obs.: Mercedes-Benz, Mitsubishi e empresas não associadas à Anfavea; Nacionais e Importados Fonte: Anfavea Elaboração: Serasa Experian a Fiat manteve a liderança no segmento de comerciais leves, e a Toyota e a Renault registraram os maiores ganhos de market share, de 0,6 e 5,2 p.p. A boa aceitação do mercado do modelo utilitário Duster, da Renault, ante os outros veículos da mesma categoria, foi destaque no período. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 9 SETORISE VEÍCULOS LEVES Gráfico B5 – Participação das Empresas nas Vendas de Comerciais Leves, Jan-Nov12 Fiat 21,6% 15,0% Volks GM 12,6% Outros 11,0% Ford 8,8% *MMC 6,5% Renault 6,2% Hyundai 5,9% Toyota 4,9% Honda Nissan Peugeot-… Mercedes… Iveco 2,6% 2,0% 1,3% 0,8% 0,8% *Obs.: Grupo Mitsubishi Fonte: Anfavea Elaboração: Serasa Experian Custos de Produção Os preços dos insumos utilizados pela indústria de veículos apresentaram o seguinte comportamento: o índice de preços ao atacado de metalurgia básica, o mais representativo para o setor, expandiu 3,1%, em nov12/dez11, e o índice de preços ao atacado de artigos de borracha e plástico, 7,3% (Gráfico B6). Contudo, o índice no atacado dos veículos automotores, reboques, carrocerias e autopeças cresceu 0,4%, abaixo, portanto, do reajuste dos insumos supracitados, o que significou pressão dos custos de produção. Gráfico B6 – Preços no Atacado dos Principais Insumos, 2009-2012 140 130 120 110 100 jan/2009 mar mai jul set nov jan/2010 mar mai jul set nov jan/2011 mar mai jul set nov jan/2012 mar mai jul set nov 90 Veículos Automotores, Reboques, Carrocerias e Autopeças Metalurgia Básica Artigos de Borracha e de Material Plástico Fonte: Anfavea Elaboração: Serasa Experian Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 10 SETORISE VEÍCULOS LEVES Novas Medidas ao Setor Em out12, foi lançado o novo regime automotivo que vigorará entre 2013-2017. Os principais pontos são: aumentar o conteúdo regional, medido pelo volume de peças e insumos estratégicos produzidos no País e no Mercosul, e assegurar o investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Até 2017, as companhias terão de melhorar, em pelo menos 12,0%, a eficiência energética dos carros, o que significa redução de 13,6% do consumo de combustível por quilômetro rodado, e, executar pelo menos seis das doze etapas fabris que integram a produção do automóvel no País, a partir de 2013. Caso as montadoras cumpram os requisitos mínimos ganharão desconto de até 30,0 pontos percentuais no IPI ao longo da vigência do regime automotivo. As novas empresas que se instalarem no Brasil terão regras mais flexíveis e prazos diferenciados para cumprir as metas estabelecidas no regime. Também terão cota para importar com desconto no IPI durante o período de construção da fábrica, que será de 50,0% do que a fábrica terá quando iniciar as operações. Metade dessa cota será importada como desconto de 30 p.p. no IPI e a outra metade não terá redução imediata do tributo, mas vai gerar créditos tributários a serem utilizados quando a fábrica começar. Tal flexibilização nas regras tem como objetivo evitar que a política automotiva desestimule a entrada de novos investidores no setor. Em dez12, o Governo Federal prorrogou, até jun13, o incentivo tributário do IPI de veículos. A partir de jan13, as alíquotas serão recompostas gradualmente, até voltarem aos níveis normais em jul13, conforme o quadro abaixo (Quadro B1): Quadro B1 – Percentual das Alíquotas de IPI para Veículos, jan-jul13 Automóveis Reduzida Jan-Mar Abr-Jun A partir Jul 0,0% 2,2% 3,5% 7,0% Flex 5,5% 7,0% 9,0% 11,0% Gasolina 6,5% 8,0% 10,0% 13,0% 1,0% 2,0% 3,0% 8,0% 1.0 De 1.0 a 2.0 Utilitários Fontes: Ministério da Fazenda Elaboração: Serasa Experian Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 11 SETORISE VEÍCULOS LEVES C – Negócios Investimentos Volkswagen – Investirá R$ 8,7 bilhões até 2016. (30.11.2012) Hyundai CAOA – Investirá R$ 900 milhões na construção de nova fábrica em Anápolis/GO. As obras devem ser iniciadas no próximo ano, com conclusão para 2014. (30.11.2012) Changan – A empresa chinesa anunciou que estuda a instalação de uma fábrica no Estado de Goiás, com investimento de US$ 200 milhões para montar até 100 mil carros/ano (25.10.2012) BMW – Instalará fábrica em Santa Catarina, com investimentos de R$ 1 bilhão (20.10.2012) Honda – Investirá R$ 1 bilhão até 2014 no segmento de automóveis no País. O foco dos recursos é o aumento da nacionalização de componentes, tema que ocupa o centro do debate da indústria neste ano. Prepara terreno para o novo compacto popular Brio. Depois de levar parte da produção do sedã City para a Argentina, a montadora japonesa se prepara para produzir um novo modelo em sua fábrica na cidade de Sumaré/SP, a ser lançado em 2013. A fábrica de automóveis na Argentina faz parte da estratégia da Honda para a América do Sul e desde o início de sua construção já era previsto o compartilhamento de produção entre as unidades. Lá a montadora investiu cerca de US$ 250 milhões. (18.07.2012). Peugeot-Citroën – Assinou acordo com o Estado do Rio de Janeiro para usar uma linha de crédito de R$ 4,8 bilhões, que serão usados na construção de uma segunda fábrica nos Estados, ampliação das instalações já existentes em Porto Real/RJ e desenvolvimento de produto (15.06.2012). JAC – A fábrica que será construída em Camaçari/BA receberá investimento de R$ 900 milhões, iniciará suas operações em 2014 e deve gerar 3,5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos (08.05.2012). Effa e Lifan – As montadoras chinesas Effa e Lifan, criaram joint venture para concorrer no mercado brasileiro. As duas vão investir US$ 120 milhões (19.01.2012). Ford – Investirá R$ 800 milhões em São Bernardo/SP. A fábrica fará o novo carro global. O montante faz parte do programa de investimento no Brasil, no total de R$ 4,5 bilhões de 2011 a 2015. A Ford não confirma essa informação, mas o carro a ser produzido no ABC paulista provavelmente será um compacto que substituirá os atuais Fiesta RoCam e o Ka, a partir de 2014, já que nenhum desses dois modelos são globais e, até 2015, a Ford promete globalizar integralmente o seu portfólio de produtos fabricados no Mercosul (08.12.2011). Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 12 SETORISE VEÍCULOS LEVES Chery – Vai antecipar fábrica no Brasil. A empresa negocia com fornecedores e aguarda flexibilização. Também pretende antecipar alguns meses a inauguração da fábrica em Jacareí/SP, onde poderão ser produzidos inicialmente até 50 mil unidades por ano, depois de investimento de US$ 130 milhões. Em uma segunda etapa, até 2015, a unidade receberá mais US$ 270 milhões para elevar a capacidade a 150 mil unidades/ano (08.11.2011). Renault-Nissan – A aliança Renault-Nissan anunciou novas fábricas no Brasil das duas marcas. A Renault receberá aporte de R$ 1,5 bilhão até 2015, destinado ao aumento de capacidade de produção, desenvolvimento de novos produtos e a instalação de um centro tecnológico de engenharia para as Américas. Já a Nissan, inaugurará fábrica no Rio de Janeiro, que será responsável pela produção da família do hatch March, o popular da marca lançado, em set11 (29.09.2011). Mitsubishi – Investirá R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos para ampliar a capacidade de produção da fábrica de Catalão/GO, nacionalizar produtos importados e lançar novos veículos. Atualmente focada em modelos com tração nas quatro rodas, utilitários esportivos e crossovers, a empresa pretende entrar no segmento de sedans e planeja a construção de uma fábrica de motores até 2014 (20.04.2011). Suzuki – Implantará fábrica que funcionará a partir de 2013, em Itumbiara/GO. O Estado de Goiás ofereceu a área para construção da linha de montagem mais investimentos em infraestrutura, e R$ 2,1 bilhões em financiamento de incentivos fiscais. O mini jipe Jimny deverá ser o primeiro veículo a ser fabricado (20.04.2011). Notícias Prorrogação IPI – O Governo prorrogou o desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até jun13 (20.12.2012). Regime Automotivo – Foi oficializado o novo regime automotivo que vigorará entre 2013-2017. Os principais pontos são: aumentar o conteúdo regional, medido pelo volume de peças e insumos estratégicos produzidos no País, e assegurar os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (04.10.2012). Eventos IV Fórum da Indústria Automobilística, 1° de abril 2013, Sheraton WTC, São Paulo, SP. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 13 SETORISE VEÍCULOS LEVES D – Relação de Empresas Quadro D1 – Empresas de Veículos Leves por Faixa de Receita Líquida, 2011 Receita acima de R$ 1 bilhão Fiat Automóveis S/A Renault do Brasil S/A Receita abaixo de R$ 1 bilhão Bramont Montadora Industrial e Comercial de Veículos S/A Obs. Faturamento Total da Amostra R$ 29,4 bilhões. Fonte: Serasa Experian Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 14 SETORISE VEÍCULOS LEVES E – Caracterização Os bens produzidos pela indústria nacional de veículos leves são bens duráveis que, ao longo do seu ciclo produtivo, incorporam inovações e se tornam bens de elevado valor agregado. São divididos em automóveis de passageiros, de uso misto e comerciais leves. Os automóveis de passageiros são aqueles cujo compartimento de bagagem - porta-malas não se comunica com os passageiros. Os automóveis de uso misto são aqueles dotados de porta traseira e banco traseiro removível ou escamoteável; seu compartimento de bagagem se comunica com os passageiros e a porta traseira pode também transportar carga. Os comerciais leves formam um grupo bastante heterogêneo, no qual incluem-se: picapes, blazers, vans, minivans, jipes e minijipes. O peso bruto total de um comercial leve é de até 3,5 toneladas. Da produção brasileira de veículos leves realizada em 2011, de 3.142.315 unidades, 80,7% foram automóveis de passageiros incluindo os de uso misto e 19,3% de comerciais leves. Quadro E1 – Principais Indicadores do Setor de Veículos Leves, 2008-2011 Indicadores Faturamento Produção Industrial Investimentos Empregados Balança Comercial Exportação Importação Saldo Unidades US$ milhões Milhões de Unidades US$ milhões Milhares US$ FOB mi US$ FOB mi US$ FOB mi 2009 2010 2011 2009 2010 2011 Comparação Interanual % 1,3 11,4 -1,3 85.060 94.754 93.543 3,0 3,2 3,1 2,7 4,0 -0,3 2.518 109,0 3.654 119,4 126,0 -13,6 -0,7 45,1 9,5 5,5 7.050 11.270 (4.220) 10.530 16.268 (5.738) 12.971 20.656 (8.071) -35,7 -18,1 - 45,4 44,3 - 27,0 23,2 - Fonte: Anuário Anfavea 2011, últimos dados disponíveis Elaboração: Serasa Experian Os modelos de automóveis de passeio disponíveis no mercado podem ser divididos em: Luxo ou "Top de linha": proporcionam maiores margens para os fabricantes, e destinase à consumidores de faixas superiores de renda; Básicos: em tese proporcionam margens estreitas, destina-se a segmentos de renda média do mercado consumidor. A partir do segundo acordo setorial, em fevereiro de 1993, passou-se a designar “Carros Populares” o básico até 1.000 cilindradas, produzido com incentivos fiscais. Esses automóveis gradativamente foram incorporando inovações e favorecendo a entrada de camadas consumidores de renda média no mercado de veículos "0 km". Já os modelos de comerciais leves dividem-se em: Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 15 SETORISE VEÍCULOS LEVES camioneta de carga: seu compartimento de carga pode ser aberto (picape) ou fechado (furgão); camioneta de uso misto (vans): com banco traseiro escamoteável ou removível, pode transportar passageiros e carga no mesmo compartimento. É um veículo especial projetado para prestação específica de serviço, como ambulância; utilitário: veículo como jipe, para diversas aplicações, fora-de-estrada, inclusive. A competição internacional e a globalização se intensificaram ao longo dos anos, obrigando a indústria nacional de automóveis a se reestruturar na busca de ganhos de competitividade. Alterações no processo de produção e nos métodos administrativos foram realizadas no setor. A defasagem entre o tempo de lançamento dos modelos no exterior e no Brasil também vem sendo reduzida em relação aos anos anteriores. Atualmente os modelos são internacionais e não mais exclusivamente desenvolvidos para o mercado brasileiro. Em decorrência da mudança nas linhas de produtos, a maioria das montadoras apresenta atualmente processo de produção enxuto, com menores esforços de montagem, com grande aumento de escala, e com expansão de produtividade. O processo de produção foi desverticalizado, associado a novas formas de relacionamento com a rede de fornecedores. As montadoras exigem dos fornecedores entrega em just in time, e fornecimento de sistemas e componentes e subconjuntos já montados e testados. Produtos mais leves, duráveis, menos poluentes, com qualidade e preços em níveis internacionais também passaram a ser exigência das montadoras. A cadeia de fornecedores está hierarquizada em 3 a 4 níveis, sendo os fornecedores de primeiro nível (Tier 1) aqueles que se comunicam diretamente com as montadoras, fornecendo sistema de componentes e subconjuntos montados e testados, participam do desenvolvimento de novos projetos da montadora desde o seu início e se mantêm a par de novos desenvolvimentos tecnológicos e métodos de produção mais eficientes. Também gerenciam o suprimento de partes. Os fornecedores de segundo nível (Tier 2) em diante fornecem componentes de peças isoladas e materiais para os fornecedores do primeiro nível. A estrutura de hierarquia de fornecedores vem permitindo às montadoras redução do número daqueles diretamente ligados a ela. Algumas montadoras por estarem distantes do principal centro produtor de peças e componentes, atraíram os fornecedores para atuarem diretamente dentro da fábrica. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 16 SETORISE VEÍCULOS LEVES A logística das montadoras confirma como fatores críticos na decisão de compra: capacidade de engenharia, custo total, qualidade de produto, preço, confiabilidade na entrega, proximidade da linha de montagem. Outros critérios secundários também são utilizados: flexibilidade no volume, saúde financeira do fornecedor, relacionamento comercial, referências, competência na área automotiva, capacidade de teste, engenharia no local de montagem, controle de custos, soluções logísticas, respostas a desafios tecnológicos e capacidade de ação gerencial em situação de emergência. A quantidade fabricada de automóveis depende da demanda, dos estoques, das importações e do nível tecnológico detido pelas montadoras e setores fornecedores de fatores produtivos como bens de capital, componentes e matérias-primas. Em termos de comparação com outros segmentos industriais, o setor automobilístico constituise em um agregador de diversos ramos, sendo de ampla magnitude o efeito multiplicador do seu nível de atividade sobre os outros ramos ligados à produção de automóveis, a saber: siderurgia, fundição, metalurgia, vidros, não-metálicos, artefatos de borracha, tinta e resinas, produtos químicos, autopeças, plásticos, pneus e componentes eletrônicos. No ramo de serviços destacam-se revendedoras, oficinas de manutenção e distribuidoras de combustíveis e postos de serviços. A esquematização da cadeia automobilística, em tempos atuais, ficou abaixo definida: Fontes: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e Núcleo de Estudos Industriais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Elaboração: Serasa Experian Em meados da década de noventa e início dos 2000, a indústria automobilística construiu 22 novas fábricas de veículos e de motores no Brasil. Dessa forma, o Brasil detém o maior número de fabricantes de automóveis do mundo, superando inclusive os Estados Unidos. Atualmente há 26 marcas de automóveis no Brasil, 53 unidades industriais distribuídos entre 9 estados e 39 municípios. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 17 SETORISE VEÍCULOS LEVES A capacidade instalada do setor automobilístico é 4,3 de milhões de veículos para uma produção de 3,1 milhão, dados de 2011. O setor projeta novo ciclo de aportes de até US$ 20 bilhões no período 2010-2015, para ampliação da capacidade produtiva e desenvolvimento de novos produtos. Conforme os últimos dados divulgados pela Anfavea baseados no ano de 2011, o setor representa 20,1% do PIB industrial e 5,0% do PIB nacional. O número de empregos em toda a cadeia - dos insumos às oficinas - é de cerca de 1,5 milhão de pessoas. O faturamento líquido das montadoras em 2011, últimos dados disponíveis, foi de US$ 121,3 bilhões, incluindo o setor de autopeças. Entre 2005-2011, a expansão acumulada da produção foi de 41,5%, ao passo que em igual período, as importações cresceram 292,9%, ou seja, em 2005, os importados representavam apenas 5,1% do mercado interno e encerraram 2011 absorvendo 24,9% do total de veículos comercializados. Em 2011, a posição mundial do Brasil é de 5º maior produtor e 4º maior mercado interno, segundo, conforme últimos os dados da Organization of Motor Vehicle Manufacturers (Oica) . Produção A demanda por veículos leves é influenciada pelo nível de renda da população, política econômica, regras que determinam o funcionamento do consórcio e leasing, prazos e juros de financiamento, tributação - que afeta o preço final do produto - e política de comércio exterior - importação e exportação. A demanda por veículos se acentua principalmente no terceiro e quarto trimestres do ano, em função dos efeitos da safra sobre a economia das regiões agrícolas, e do recebimento do 13º salário dos assalariados, respectivamente. A participação dos automóveis populares nas vendas ao mercado interno que era de 23,7% no ano de 1993 passou a ser de 45,2% em 2011 (Gráfico E1). No entanto, cabe destacar que esse percentual chegou a alcançar 75,4% do mercado no ano de 2001. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 18 SETORISE VEÍCULOS LEVES Gráfico E1 – Participação dos Automóveis Populares nas Vendas, 2001-2011 75,4 66,7 63,2 57,3 55,3 56,2 54,0 50,6 52,7 50,8 45,2 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Fonte: Anfavea Elaboração Serasa Experian O Brasil é considerado um dos maiores mercados potenciais do mundo, pois a relação habitantes/veículos é de 6,1, considerada elevada, quando comparada ao México, com 3,5 habitantes/veículos e EUA, com 1,2 habitantes/veículos. Os veículos leves têm como consumidores: frotistas – empresas, governo –, e pessoas físicas. A concentração de renda no Brasil limita as vendas de veículos novos à classe de renda alta e média. As pessoas físicas dependem da existência de linhas de crédito de médio e longo prazos. A comercialização de automóveis de passeio e uso misto novos dá-se pelas seguintes formas: Atacado, realizadas pelas montadoras às revendedoras autorizadas – concessionárias – mediante transações usuais de mercado; Varejo, realizada pelas revendedoras ao consumidor final. A comercialização pode ser à vista, financiada – leasing, sistema de consórcios, vinculada ou não às próprias concessionárias, CDC – por meio das concessionárias ou Internet. Empresas As empresas do setor buscam ganhar competitividade por meio da produção em grande escala de produtos diferenciados. É um setor oligopolizado em que cada vez mais os produtores de menor porte têm dificuldades de concorrer com as empresas líderes no mercado. Custos A busca pelas montadoras em reduzir os custos de estoques e dos componentes coloca como aspectos fundamentais: os preços, a tecnologia dos produtos, a adequação ao uso e prazo de entrega, a conformidade técnica e o aumento do volume importado de componentes. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 19 SETORISE VEÍCULOS LEVES A mão de obra das montadoras de veículos representa de 6% a 8% do custo de produção do automóvel, enquanto as peças representam cerca de 70% do preço antes do imposto. O aço contido nos veículos representa de 4% a 5% do preço. A decisão das montadoras de utilizar em maior ou menor escala um componente ou insumo está baseada na durabilidade, aparência, redução de custos - incluindo montagem final-, qualidade das peças, serviços de reposição competitivos e redução de peso. Em função disso, o principal insumo utilizado na montagem de veículos, o aço, vem sendo substituído por outros produtos como alumínio e plástico. Os segmentos de siderurgia, metalurgia, autopeças, produtos químicos, plásticos, pneus e componentes eletrônicos são os principais fornecedores das montadoras. Competitividade Os fatores de competitividade do setor são: o mercado – baixo preço do produto, elevada eficiência na assistência técnica, amplo mercado nacional; a configuração da indústria - integração produtiva, grande porte empresarial, desverticalização, competição no abastecimento – a aproximação com fornecedores selecionados e ampliação das compras dos insumos fora do país; as relações interindustriais - rapidez de entrega de insumos, durabilidade dos equipamentos, facilidade de acesso à tecnologia no exterior; A relevância do porte empresarial como requisito para a competitividade é decorrente da necessidade da economia de escala e da rapidez da entrega de insumos, durabilidade e acesso às tecnologias no exterior. A estratégia competitiva é de atingir mercado interno e externo para rapidamente amortizar custos de desenvolvimento de produtos. Investimentos As atividades do setor de automóveis, por gerarem efeitos dinâmicos diretos e indiretos sobre os outros níveis de atividade e emprego, estimulam as autoridades governamentais a concederem incentivos fiscais ou outros benefícios visando atrair a preferência das empresas em suas decisões locacionais. As principais empresas do setor têm planos de investimentos expressivos, porém tais planos são constantemente revistos e redimensionados em função das variáveis econômicas e políticas que influenciam e interferem no mercado. As decisões de ampliação nos investimentos no Brasil visam à eliminação de gargalos de produção, a renovação das linhas de produtos, a incorporação de novas tecnologias. Os investimentos das empresas também estão voltados para maior integração entre as plantas fabris do Brasil e dos países da América Latina – Venezuela, Chile, Peru, Argentina –, para abastecimentos desses mercados e para exportação. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 20 SETORISE VEÍCULOS LEVES Tributação Os impostos já chegaram a constituir cerca de 85% a 89% dos preços dos veículos no ano de 1986, caindo para 45% em 1987, e foram posteriormente reduzidos ainda mais em 1992 e 1993 com os acordos setoriais. A participação da carga tributária no preço ao consumidor que era, no ano de 1991, de 35,6% para os carros populares e de 45,0% para automóveis a gasolina de mais de 100hp, foi reduzida ao longo dos anos, sendo de 22,3% e de 33,1%, respectivamente, em 2008. Em 2010, enquanto a participação dos impostos nos preços ao consumidor no Brasil foi de 30,4%, nos Estados Unidos foi de 5,7% (Gráfico E2). Gráfico E2 – Participação dos Tributos sobre Automóveis no Preço ao Consumidor, Principais Países Produtores, 2011* 30,4% 16,4% 16,7% 17,3% Espanha Alemanha França Reino Unido Itália 15,3% 16,0% 9,1% 5,7% EUA Japão Brasil Obs.: últimos dados disponíveis Fonte: Anuário da Anfavea 2012 Elaboração Serasa Experian Em 2011, foi gerado US$ 31,4 bilhões em tributos – IPI, ICMS, PIS e Cofins –, considerando toda a cadeia, segundo o último Anuário da Anfavea. Mercado Externo Em geral, os países desenvolvem políticas de comércio exterior específicas para o setor de automóveis, devido à sua influência na atividade econômica. As exportações brasileiras que, inicialmente nos anos 70, foram direcionadas a países da África, América Latina e Oriente Médio, em meados dos anos 90, se voltaram, principalmente, para a Argentina, em razão da criação do Mercosul – Argentina, Uruguai, Paraguai além do Brasil. Contudo, com as sucessivas crises econômicas internacionais – a mexicana em 1994/1995, a crise asiática em 1997, a russa em 1998 e a maxidesvalorização brasileira em 1999 –, que afetaram especialmente a Argentina, as montadoras instaladas no Brasil passaram a garimpar Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 21 SETORISE VEÍCULOS LEVES novos mercados, de modo a contornar a perda das receitas com a abrupta queda do fluxo comercial com aquele país. Em 2002, foram firmados acordos comerciais com o México e com o Chile e nos próximos anos espera-se uma consolidação de acordos também com África do Sul, China, Índia e Comunidade Andina. Vale dizer que, em jun08, o acordo automotivo bilateral entre o Brasil e a Argentina foi renegociado e durará até jun13, quando será liberado o livre-comércio automotivo entre esses países. Em mar12, o Brasil reviu o acordo automotivo com o México, impondo limitações à parceria estabelecida desde 2002. Haverá cotas de importação aos veículos mexicanos até 2015, com valor de US$ 1,45 bilhão no primeiro ano, US$ 1,56 bilhão no segundo e US$ 1,64 bilhão no terceiro. Os números foram definidos com base na média de importações dos três anos anteriores. Gráfico E3 – Exportações por País de Destino, 2010 15,9% 12,9% 9,1% 7,8% 5,2% Argentina Paraguai EUA Bolívia Chile 4,8% 4,0% 3,6% Venezuela Indonésia África do Sul Obs.: últimos dados disponíveis Fonte: Anuário da Anfavea 2012 Elaboração Serasa Experian As exportações representaram cerca de 23,0%, do total produzido pelo setor, no período de 1989 a 1994, ao passo que em 2007 as exportações representaram 26,1% do total produzido. Em 2011, esse percentual atingiu 16,1%, em razão dos desdobramentos negativos causados pelo agravamento da crise financeira internacional. A política de importação vigente no País tem efeito direto sobre o setor de automóveis, uma vez que viabiliza ou não a busca por componentes e matéria-prima no mercado internacional, o que possibilita redução de custos produtivos. A política de importação de automóveis também traz reflexos nas diretrizes de cada montadora, bem como nos investimentos das multinacionais no País. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 22 SETORISE VEÍCULOS LEVES F – Análise Retrospectiva 2011 Embora com desempenho positivo, a economia interna, assim como o setor de veículos leves, diminuíram o ritmo de crescimento, em função do aumento da taxa básica de juros até jul11 e dos efeitos das medidas macroprudenciais. Em 2011, a produção de veículos decresceu 0,3%, em relação ao ano de 2010. As vendas totais no mercado interno apresentaram alta de 2,9%, incentivadas, sobretudo pela demanda de veículos importados; no mercado externo, a expansão foi de 7,4%, segundo os dados da Anfavea (Gráfico F1). Gráfico F1 – Indicadores da Indústria Automobilística, 2009-2011 4.000.000 3.500.000 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000 0 2009 Produção 2010 Vendas 2011 Exportações Fonte: IBGE Elaboração: Serasa Experian A conservação em elevado patamar do nível de emprego, da renda e da oferta de crédito, apesar deste último mais caro e restrito, estimulou as vendas internas de veículos leves. Na análise por segmento, observou-se incremento de 0,1% nas vendas internas de automóveis de passeio e de 13,8% na de comerciais leves, em igual comparativo. Contudo, diferentemente do comportamento observado nos anos anteriores, notou-se o aumento da participação dos veículos importados no total dos licenciamentos, que passou de 18,8%, em 2010, para 23,6% em 2011. Por origem dos licenciamentos, o resultado foi o seguinte: expansão de 29,9% nos licenciamentos de veículos leves novos importados, sendo de 34,3% de automóveis de passeio e de 21,5% no de comerciais leves; recuo de 3,7% nos licenciamentos de veículos leves nacionais, com queda de 6,6% de automóveis de passeio e alta de 9,9% nos comerciais leves; Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 23 SETORISE VEÍCULOS LEVES Ao mesmo tempo, a ampliação da renda e o aumento da concorrência chinesa via a oferta de veículos com mais itens opcionais incluídos no preço de fábrica estimulou um fenômeno no período analisado: o percentual de emplacamentos de veículos 1.0 decresceu, passando de 50,8%, em 2010, para 45,2%, em 2011. Já os veículos de motorização superior a 1.0 cilindradas passaram de 48,0% em 2010, para 53,2%, em 2011. Exportações O intercâmbio com a Argentina, já retomado em 2010, além dos demais países latino-americanos, ancorou o acréscimo de 7,4% das vendas externas, em 2011 ante 2010 (Gráfico F1). A alta das exportações do segmento de automóveis de passeio foi de 7,0% e a de comerciais leves, 8,9%. Em contrapartida, a manutenção da apreciação do real ante o dólar no comparativo interanual, à exceção dos meses de ago a dez, conjugada ao dinamismo do mercado interno favoreceu as importações. Na corrente de comércio setorial entre o Brasil e a Argentina, houve tentativa de negociação, que está suspensa, com o intuito de flexibilizar as barreiras comerciais entre os dois países. Isso porque, as diferenças comerciais entre ambos se agravaram, em mai11, quando o Brasil anunciou a suspensão de licenças automáticas para a importação de automóveis e autopeças oriundos da Argentina, como represália às barreiras impostas por parte daquele país, que excederam os limites previstos pela Organização Mundial de Comércio (OMC). Configurações de mercado O market share das empresas nas vendas internas foi o seguinte (Gráficos B4 e B5): a Fiat permaneceu na liderança no segmento de automóveis de passeio, embora tenha perdido 0,6 pontos percentuais em relação ao igual período do ano anterior; a Hyundai, a Renault e a Nissan se destacaram no segmento de automóveis de passeio, pela recuperação em relação a 2010, com ganho de 0,7, 0,8 e 1,0 pontos percentuais, respectivamente; a Fiat manteve a liderança no segmento de comerciais leves, e a categoria “Outros” continuou a registrar os maiores ganhos de market share, de 4,5 pontos percentuais, beneficiado pela apreciação cambial, que incentivou a entrada de modelos importados de variadas marcas. Custos de Produção Os preços dos insumos utilizados pela indústria de veículos leves tiveram comportamentos distintos: o índice de preços ao atacado de metalurgia básica, a mais representativa para o setor, recuou 2,4% em 2011 sobre 2010, enquanto, o índice de preços ao atacado de artigos de borracha e plástico, cresceu 6,1% (Gráfico B6). Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 24 SETORISE VEÍCULOS LEVES Ao mesmo tempo, o reajuste no atacado dos veículos automotores, reboques, carrocerias e autopeças foi de 1,8%. Desse modo, infere-se que houve repasses de parte da alta dos custos de produção, o que descomprimiu parcialmente as margens do setor. Políticas Econômicas Referentes ao Setor Em meio ao contínuo aumento das importações e da participação de commodities nas exportações brasileiras, em detrimento de bens industrializados, o Governo Federal lançou o programa “Brasil Maior”, destinado a alavancar o setor industrial do País. Para o complexo automotivo, as medidas da nova Política Industrial foram as seguintes: Incentivo tributário especial às montadoras como contrapartida ao investimento, agregação de valor, geração de emprego e eficiência. Deverá haver maior conteúdo local de partes, peças e componentes; Incentivo à componentes técnicos e serviços especializados, como ônibus híbridos; Extensão por mais 12 meses no prazo da redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para caminhões e comerciais leves; Extensão, até dez12, do Pro-Caminhoneiro, programa de incentivo ao financiamento de caminhões; Relançamento do Programa de financiamento BNDES Revitaliza, voltado a médias empresas, e que contemplará inclusive o setor de autopeças, dentre outros. A taxa vigente é de 9,0% ao ano, até dez12. Estímulos à ampliação do capital de giro para o Programa BNDES de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (BNDES Progeren) com novas condições de crédito e prazo, para setores como o de autopeças, fortalecendo a cadeia de fornecedores do setor. Entre ago11 e dez11, o Banco Central cortou 1,5 ponto percentual da taxa juro, para 11,0% a.a., ante a desaceleração do nível de atividade industrial brasileiro e a deterioração do cenário externo. Em out11, o Governo Federal ampliou parte das medidas da política industrial anunciada anteriormente e editou exigência de 65,0% de conteúdo nacional para veículos produzidos e comercializados no mercado interno, com a obrigatoriedade de as montadoras investirem 0,5% do faturamento em inovação. Aqueles que não se enquadrarem nessas categorias – por definição, as companhias que apenas atuam como importadoras de veículos – ficam sujeitos a pagar maior carga do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de 30%. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 25 SETORISE VEÍCULOS LEVES Em nov11, o Governo Federal decidiu afrouxar as medidas macroprudenciais de controle ao crédito, adotadas no final do ano passado, com o objetivo de combater a desaceleração da atividade, principalmente da indústria. Reduziram-se as exigências de capital dos bancos e financeiras de crédito ao consumidor, estimulando o financiamento de veículos, entre outras medidas 2010 Em 2010, a produção de veículos cresceu 12,4%, em relação a de 2009. Esse resultado foi sustentado pela expansão de 9,8% das vendas no mercado interno e de 61,1% nas exportações.. Houve pressão nos custos de produção. O desempenho positivo das vendas internas decorreu do aumento da oferta de crédito, do emprego e da renda do consumidor, assim como dos incentivos ficais, em vigor até mar10 para automóveis de passeio e prorrogados, até dez10, para comerciais leves – picapes e caminhonetes. O indicador de vendas, livre de influências sazonais, cresceu 4,4% em dez10, em relação à nov10 e na comparação com dez09, 27,2%, corroborando o comportamento favorável do setor. Exportações A retomada da atividade do Mercosul, outros países latino-americanos e África do Sul – e, a base de comparação deprimida, justificaram o crescimento de 61,1% da quantidade de veículos leves exportados no comparativo 2010/2009. A evolução do segmento de comerciais leves foi de 45,3% e a de automóveis de passeio, 64,5%. Desse modo, a participação das exportações no total produzido pelas montadoras foi de 21,5%, no período, número superior aos 14,5% registrados 2009. Note-se que houve maior participação dos carros desmontados exportados, conhecidos como, CKD – kit com as peças para a montagem do veículo no país de destino – e, portanto, de menor valor agregado. Em 2009, essa participação foi de 22,2%, saltando para 35,2% das vendas externas, em 2010. Essa tendência foi observada em outros mercados. O Ministério da Indústria Argentina, anunciou redução de 20,0% as importações de automóveis montados fora do Mercosul, sobretudo dos provenientes da União Europeia, com vistas a preservar a produção regional, perante a super-oferta mundial. Por outro lado, a manutenção da valorização do real ante o dólar, aliada ao dinamismo do mercado interno favoreceu as importações, no período analisado. Em 2010, a participação dos veículos importados nos licenciamentos foi de 19,7%. Em 2009, a participação foi de 16,1%, e, em 2008, de 14,8%. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 26 SETORISE VEÍCULOS LEVES Configuração de mercado O market share das empresas nas vendas internas foi: a Fiat manteve liderança no segmento de automóveis de passeio; a Renault, “Outras”, e a Hyundai se destacaram no segmento de automóveis de passeio, pela recuperação em relação a 2009, com ganho de 1,2, 1,0 e 0,9 pontos percentuais. O sucesso dos modelos como o Sandero e o i30, e a política de financiamentos agressiva, explicaram o ganho de mercado; a Fiat manteve a liderança no segmento de comerciais leves, entretanto, foi a categoria “Outros” quem apresentou os maiores ganhos de market-share, de 8,4 pontos percentuais, favorecida pela manutenção da valorização cambial que estimulou a entrada de modelos importados de diversas marcas, inclusive no segmento luxo. Custos de Produção No comparativo 2010/2009, os custos de produção - especialmente os insumos metálicos e plásticos - espelharam o aumento internacional dos preços das commodities, além dos reajustes das cotações do aço no mercado interno, portanto, houve pressão nas margens. O IPA-OG Metalurgia Básica cresceu 7,8% e o IPA-OG Artigos de Borracha e Matérias Plásticas, 5,2%, para uma alta de apenas 1,8% no IPA-OG Veículos Automotores, Reboques, Carrocerias e Autopeças (Gráfico B7). Entre os fatores que podem afetar direta ou indiretamente o setor, destaca-se que, em dez10, o Banco Central anunciou medidas preventivas para regular o crédito ao consumidor, a saber: aumentou de 11,0% para 16,5% o requerimento de capital das instituições financeiras; ampliou a alíquota de reserva por parte dos bancos aos financiamentos de veículos, quando o prazo de 24 a 36 meses tivesse entrada inferior a 20,0% do valor do bem; de 36 a 48 meses com entrada inferior a 30,0% do valor do bem; e de 48 a 60 meses, com entrada inferior a 40,0% do valor do bem. As medidas visaram garantir que as vendas de veículos financiados crescessem com sustentação e conferiram maior estabilidade ao sistema financeiro. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 27 SETORISE VEÍCULOS LEVES 2009 Em 2009, o setor automotivo apresentou aumento de 0,7% na produção de veículos leves, quando comparado ao ano de 2008. A expansão de 13,9% das vendas no mercado interno levou a esse resultado, uma vez que a quantidade exportada decresceu 33,6%, segundo a Anfavea. O mercado doméstico respondeu positivamente aos seguintes fatores: a maior disponibilidade de crédito às pessoas físicas, a ampliação da massa salarial e a desoneração fiscal sobre a produção de veículos. O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) dos veículos automotores fechou em consonância com os dados de produção. O estoque médio de veículos leves correspondeu a 26 dias, o que é considerado normal para a indústria automotiva. No ápice da crise, no final de 2008, os estoques chegaram a dois meses de vendas. O mercado automotivo brasileiro demonstrou que gerou resultados ao posicionar-se em sexto lugar no ranking dos maiores produtores mundiais em 2009, segundo pesquisa elaborada pela Organisation Internationel des Constructeurs d´Automobiles (OICA). A crise, entretanto, mudou a configuração dos principais players, como dos Estados Unidos que deixou de ser o primeiro no ranking, ocupado pela China. A China foi o único dos principais produtores que elevou a produção em 15,2%; Estados Unidos apresentou queda de 52,1% e o Japão, 45,2%. Tal movimento traduziu-se na retomada dos investimentos no mercado brasileiro. Exportações A recessão dos principais demandantes, como a Argentina e o México, e a valorização do real ante o dólar, atingiram o desempenho das exportações em 2009 ante 2008. A quantidade exportada recuou 33,6 %. Desses, a queda do segmento de automóveis de passeio foi de 33,0% e o de comerciais leves, 35,3%. Com isso, a participação das exportações no total produzido pelas montadoras foi de 14,9%, número inferior aos 22,6% registrados em 2008. A sobra de capacidade instalada da indústria automotiva pelo mundo, a queda nas vendas nos principais mercados e a apreciação do real ante o dólar, levou a uma pressão sobre o Brasil, que ampliou as importações, da categoria de veículos de superluxo, principalmente europeus e asiáticos e de luxo, dos parceiros em que possui acordos bilaterais, como a Argentina e o México. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 28 SETORISE VEÍCULOS LEVES Em 2009, a participação dos veículos importados nos licenciamentos foi de 15,6%, quando em 2008, a participação tinha sido de 13,3%. Configuração de mercado O market-share das empresas nas vendas internas foi a seguinte: a Volkswagen manteve a liderança no segmento de automóveis de passeio, ocupada pela Fiat em igual período do ano anterior. O ganho de participação pôde ser atribuída à política de preços diferenciada em relação à concorrência e aos novos lançamentos, como o Voyage e, principalmente, a reestilização do Novo Gol; Ford e Hyundai se destacaram no segmento de automóveis de passeio, pela recuperação de fatias de mercado em relação a 2008. Os lançamentos como o novo Ka e a fabricação nacional do Tucson, junto a política de juros para financiamentos diferenciada, justificaram o ganho de mercado; Fiat e “Outros” se sobressaíram no segmento de comerciais leves pela recuperação de fatias de mercado em relação a 2008. Custos de Produção Em 2009, os preços dos insumos utilizados pelas montadoras, espelharam a queda internacional dos preços das commodities, o que ocasionou menor pressão nos custos de produção e melhor resultado financeiro do setor. A isenção tributária influenciou no recuo dos preços. O IPA-OG Metalurgia Básica recuou 11,9% e o IPA-OG Veículos Automotores, Reboques, Carrocerias e Autopeças, 4,1%. O IPAOG Artigos de Borracha e Matérias Plásticas ficou estável, 0,0% (Gráfico B6). Medidas ao setor O governo prorrogou até 31 de março de 2010, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos com motores bicombustíveis até 2.000 cilindradas. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 29 SETORISE VEÍCULOS LEVES Definição – Notas do Setor 10 Excepcionais condições conjunturais econômicas e ou setoriais com número insignificante de fatores de risco capazes de limitar o crescimento. 9 Excelentes condições conjunturais econômicas e ou setoriais com número mínimo de fatores de risco capazes de limitar o crescimento. 8 Boas condições conjunturais econômicas e ou setoriais com fatores de risco muito baixo capazes de limitar o crescimento. 7 Boas condições conjunturais econômicas e ou setoriais com fatores de risco baixo capazes de limitar o crescimento. 6 Adequadas condições conjunturais econômicas e ou setoriais com fatores de risco baixo capazes de limitar o crescimento. 5 Adequadas condições conjunturais econômicas e ou setoriais com fatores de risco médio capazes de limitar o crescimento. 4 Condições conjunturais econômicas e ou setoriais vulneráveis com fatores de risco alto capazes de limitar o crescimento. 3 Condições conjunturais econômicas e ou setoriais mais vulneráveis com fatores de risco alto capazes de limitar o crescimento. 2 Condições conjunturais econômicas e ou setoriais com alta vulnerabilidade com fatores de risco muito alto. 1 Condições conjunturais econômicas e ou setoriais inadequadas com fatores de risco altíssimo. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 30 SETORISE VEÍCULOS LEVES Análise Sintética Avaliação do Setor Dez/2011 Mar/2012 Jun/2012 Set/2012 Dez/2012 6 6 5 5 5 Aspectos Favoráveis: as vendas internas podem apresentar melhor desempenho, em virtude da nova prorrogação do incentivo tributário, da manutenção da renda e do emprego e da expansão do mercado de crédito. A nova política industrial para o setor automotivo, denominada Inovar Auto, entrará em vigor em 2013 e favorecerá o setor de veículos leves, pois estão previstos aumentos dos investimentos em tecnologia e em novas plantas produtivas. Fatores de Risco: a expectativa para o 1tri13 é de resposta lenta da produção de veículos leves, em razão da queda das exportações, prejudicadas pelo desaquecimento da economia internacional. Os custos de produção tenderão a aumentar. Os preços dos insumos metalúrgicos deverão seguir com reajustes e os preços dos insumos de origem petrolífera acompanharão a volatilidade da cotação do petróleo. A manutenção, ainda que discreta, da seletividade nas concessões de crédito ao segmento, em função do alto patamar da inadimplência dos financiamentos a veículos; o comprometimento da renda das famílias com financiamentos adquiridos anteriormente. Tendências das Notas PARA 6 MESES: PARA 12 MESES: 6 6 Justificativa No período de 6 meses, a tendência é de aumento da nota para 6 e de manutenção para 12 meses, devido à entrada em vigor do Novo Regime Automotivo, conjugado à dinamização do mercado de crédito e à retomada do crescimento industrial. Todos os direitos reservados à Serasa Experian. Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. Veículos Leves – 26.12.2012 31