Baixar PDF - Ciab FEBRABAN

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Baixar PDF - Ciab FEBRABAN
Nº 50
REVISTA
O corpo
é a prova
Saiba como e por
que a biometria está
ocupando o lugar
de senhas, cartões
e chaves em bancos,
repartições públicas
e até danceterias
Com que roupa?
Memória
Eletrônicos “vestíveis” transformam
a maneira como as empresas se
relacionam com clientes
Conheça a história do cheque, desde
sua chegada ao Brasil à compensação
em apenas dois dias
sumário
5
Certificação digital
12
Biometria
19
Com que roupa?
Em artigo, o professor de relações do
trabalho da USP José Pastore defende
tecnologia para registro de ponto
Dos bancos às academias de ginásticas,
sensores biométricos se espalham no dia a
dia da população
4 Editorial
5 Artigo
7 Update
9 Social commerce
12 Reportagem de capa
19 Tecnologia pessoal
23 Memória
27 Patrocinadores e expositores
Saiba como aparelhos “vestíveis”
transformam a maneira como as empresas
se relacionam com clientes
COMISSÃO ORGANIZADORA: PRESIDENTE: Gustavo de Souza Fosse – Banco do Brasil. VICE-PRESIDENTE: Keiji Sakai – Banco BM&FBovespa. MEMBROS: Adauto Del Fávero – HSBC,
Armando Corrêa – Citibank, Eliane Grotti Borges – Caixa Econômica Federal, Jorge Fernando Krug Santos – Banrisul, Jorge Luiz Viegas Ramalho – Itaú Unibanco, Jorge Vacarini – Deutsche
Bank, Paulo César Duarte Cherberle – Bradesco, Ricardo Shigueaki Nozuma – Santander Brasil, Ronei Maranssati – Banco do Brasil. DIRETORIA DE EVENTOS: Nair Macedo (diretora),
Marcelo Assumpção (gerente de relacionamento), Hilda Nishijima Solera (assessora). DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO: William Salasar (diretor), Cleide Sanchez Rodriguez (gerente),
Danilo Gregório (assessor). DIRETORIA DE POLÍTICAS DE NEGÓCIOS E OPERAÇÕES: Leandro Vilain João (diretor), Nilton César Gratão (assessor), Vitor Lee Harris (assessor).
MARKETING: Silvia Fernanda Mazzola (assessora)
Revista Ciab FEBRABAN: EDIÇÃO: Danilo Gregório. PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO: Ideia Visual. JORNALISTA RESPONSÁVEL: Cleide Sanchez Rodriguez (MTb 15.318)
Esta é uma publicação da Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN, Av. Brigadeiro Faria Lima, 1485 – 14º andar – Torre Norte – 01452-921 – São Paulo – SP
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fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
3
editorial
Gustavo Fosse
Diretor Setorial de Tecnologia e Automação
Bancária da FEBRABAN
A chave é você
J
á parou para pensar quantas vezes você esqueceu a senha do cartão? Ou nos prejuízos
provocados por roubos de informações pessoais, muitas vezes propiciados pelo descuido da
vítima ao anotar o código num papel ou escolher combinações óbvias e facilmente decifráveis,
como datas de nascimento e sequências numéricas do tipo “1, 2, 3”? Pois cidadãos, empresas
e o Estado são vítimas dessa cilada. É por isso que estão descobrindo as benesses da tecnologia
biométrica, como mostra nossa reportagem de capa.
Os bancos brasileiros são, possivelmente, os mais avançados no mundo na adoção da biometria
para o reconhecimento de clientes. As modalidades são variadas - impressões digitais, veias da palma
da mão, veias do dedo, íris e voz, por exemplo -, mas o objetivo principal é o mesmo: combater
fraudes realizadas com dados roubados. Além de proteção, os clientes ganham comodidade com
essa tecnologia, fazendo transações bancárias em menos tempo, sem precisar inserir tantas senhas
e códigos secretos, e podendo até sacar dinheiro sem usar cartão.
O entusiasmo dos bancos com a biometria nos fez acrescentar esse tema na Pesquisa
FEBRABAN de Tecnologia Bancária deste ano. Aproveito para frisar que contamos com o engajamento das equipes de tecnologia de todos os bancos associados para a produção de um levantamento que reflita fielmente os investimentos e a evolução do setor bancário nessa área. Atenção
para o prazo de envio das respostas: termina no dia 7 de março!
Gastos com big data e pagamentos móveis também entraram na Pesquisa FEBRABAN,
dois assuntos que comprovam a vocação dos bancos brasileiros para inovar. Outra evidência
dessa característica está na matéria que trata da história do cheque no Brasil (pág. 23), desde seus
primórdios até a compensação digital. O sistema atual permite que um cheque depositado em
qualquer agência do País seja compensado em até dois dias.
Mas não vamos parar nesse ponto. O Ciab 2014 vem logo aí, em junho, trazendo novas luzes
e desafios para a tecnologia bancária continuar caminhando para frente. Quer pistas do que vai
chamar a atenção? A partir da página 27, veja uma relação de patrocinadores e expositores que
vão rechear a próxima edição do evento. Eles representam o que há de mais atual e eficiente em
tecnologia e automação para o setor financeiro. Ótima leitura. ■
4
revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
artigo
Resistência às
inovações
Por José Pastore*
N
o campo trabalhista, as inovações costumam enfrentar resistência quando afetam o emprego e
os ganhos dos trabalhadores. É
natural. As pessoas ficam apreensivas com a
perspectiva de ficarem sem trabalho e sem renda devido à entrada de máquinas. No início
da Revolução Industrial, os luddistas (em referência a Ned Ludd) promoveram retumbantes
protestos contra a entrada do tear a vapor nas
fábricas britânicas por medo de uma destruição
generalizada dos empregos da Inglaterra - o que
nunca aconteceu. Outros movimentos surgiram pela mesma infundada razão ao longo da
história.
Mas há resistências que nada têm a ver com
ameaça ao emprego ou à renda. Esse é o caso
da longa polêmica a respeito dos equipamentos
para controle de jornada de trabalho no Brasil.
O que se busca com esses equipamentos é garantir o cumprimento de jornadas normais de
trabalho, remunerando adequadamente quando
os empregados fazem horas extras e evitando-se
os abusos. Nada mais correto e oportuno.
Ocorre que o Ministério do Trabalho e
Emprego optou por um sistema único de controle de jornada de trabalho representado pelo
Registro Eletrônico do Ponto (REP). Em relação aos sistemas antigos, foi um passo positivo.
A marcação manual nos velhos livros de ponto
estava sujeita a erros e fraudes. A marcação
mecânica nos antigos relógios de ponto sofria
do mesmo mal.
O REP veio com a promessa de superar
esses problemas, assegurando a inviolabilidade
Se a certificação digital
tem tantas vantagens e
obedece às exigências
de governos e empresas,
por que não serve para
registrar a jornada de
trabalho?
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
5
artigo
da marcação do ponto e o fácil acesso aos registros por parte da fiscalização. Sim, porque os
trabalhadores marcam o ponto e recebem um
recibo em papel das horas de entrada e saída
no trabalho e os fiscais obtêm uma cópia de
tudo pela simples inserção de um pen drive em
cada REP da empresa.
Ao lado dessas vantagens, os usuários do
sistema começaram detectar algumas desvantagens. Uma delas diz respeito à necessidade
de se ter esse equipamento fixado na parede da
empresa - o que dificulta a marcação de ponto
para empregados que trabalham longe desse
local ou que fazem atividades itinerantes nos
vários sites da mesma empresa -, sem falar nos
que trabalham na lavoura e nas obras de grande porte no interior do Brasil. O uso do REP
no trabalho à distância igualmente mostrou-se
difícil pelo fato de estar fixado a quilômetros
do efetivo local de trabalho.
O caso do REP não foi diferente de outras inovações. Assim que introduzidas, surgiram as sugestões de aperfeiçoamento. Os
técnicos da ciência da informação propuseram
o registro de jornada com base na certificação digital. Esse procedimento é conhecido
e largamente utilizado pelas empresas e pelo
governo no caso de emissão de notas fiscais,
apresentação de declaração de impostos e
contribuições, obtenção de certidões de quitação, etc. Não pairam dúvidas quanto à sua
segurança e inviolabilidade. Apesar disso, a
proposta vem sendo rejeitada por funcionários do Ministério do Trabalho, que levaram
as centrais sindicais a considerar a certificação
digital como inadequada.
Em relação ao REP, a certificação digital
traz inúmeras vantagens. A primeira é que
a marcação do ponto pode ser feita in loco
e à distância por meio de um computador
6
revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
de mesa, um notebook e até de um telefone
celular. A segunda é que a segurança é maior
do que a do REP, pois os registros eletrônicos são armazenados em lugares diferentes
de modo que a eventual perda de um registro não prejudica em nada o trabalhador.
A terceira vantagem é que o equipamento
com certificação digital pode oferecer ao trabalhador um registro eletrônico do ponto
marcado - armazenado em seu computador,
notebook ou celular, com acesso instantâneo
e seguro. A quarta vantagem é que a fiscalização pode facilmente reunir em um só banco
de dados as informações colhidas em vários
locais onde foram registradas as jornadas
de trabalho. Finalmente há que se destacar
que o REP é um artefato de uso exclusivo,
e os equipamentos de certificação digital
são de usos múltiplos. As empresas utilizam
os computadores em inúmeras atividades e
praticamente já se tornaram equipamentos
universais.
Ora, se a certificação digital tem todas
essas vantagens e se obedece às exigências de
governos e das empresas, por que não serve
para marcar o ponto, que é uma tarefa bem
mais simples?
A proposta apresentada pelos técnicos ao
Ministério do Trabalho e Emprego não visa
acabar com o REP e com as demais formas
de marcação de ponto. Visa apenas aprovar
uma alternativa que pode ser usada com mais
facilidade por uma imensidão de empresas,
garantindo-se sempre a segurança e a inviolabilidade, assim como o livre acesso à fiscalização
de modo bem mais amplo do que é o oferecido
pelo REP. ■
*José Pastore é professor de Relações do
Trabalho da USP
update
Gustavo Fosse assume
Ciab e CNAB
G
Fosse:
executivo
do BB está à
frente do Ciab
Divulgação Banco do Brasil
ustavo de Souza Fosse é o novo diretor setorial de tecnologia e automação
bancária da FEBRABAN. Em janeiro, Fosse
assumiu a direção da Comissão de Tecnologia
e Automação Bancária (CNAB) e, por tabela,
a presidência da Comissão Organizadora do
Ciab. Ele ocupa a vaga aberta por Marco Tavares, que deixou o posto em função de seu
desligamento do HSBC Bank Brasil.
Tomar as rédeas de uma carruagem em pleno movimento não será uma tarefa ingrata para
Fosse, que já participava ativamente da competente gestão de Marco Tavares, como diretor
setorial adjunto da CNAB. Em 2013, foi vice-presidente do Ciab. Dos seus 27 anos de carreira no
Banco do Brasil, 21 foram dedicados à tecnologia
da companhia estatal. Hoje, é gerente geral da
Unidade de Construção de Soluções de TI da Diretoria de Tecnologia do Banco do Brasil.
Graduado em administração de sistemas
de informação e pós-graduado nas áreas de governança de TI e consultoria financeira e mer-
cado de capitais, o executivo do BB tem agora a missão de tocar uma agenda com a qual
está bem familiarizado: a busca incessante dos
bancos por inovação, eficiência operacional,
melhores controles, mais segurança nas transações e maior conveniência para os clientes.
E, é claro, não vai poupar esforços para levar o
Ciab a mais uma edição de sucesso. ■
Pesquisa FEBRABAN recebe
respostas até março
A
s áreas de tecnologia dos bancos têm
até 7 de março para responder à Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária,
relativa ao ano de 2013, que retrata a evolução e as tendências do uso de recursos
tecnológicos pela rede bancária no Brasil. Realizado há 22 anos, o levantamento
consolidou-se como uma das principais referências de investimentos em tecnologia
para instituições financeiras, entidades de
classe, órgãos do governo, meio acadêmico e imprensa.
A FEBRABAN conta com a colaboração
de seus associados para a entrega de informações consistentes dentro do prazo. A pesquisa é respondida por meio de uma planilha
Excel, sendo necessário o cadastramento
de cada banco no endereço https://www.
febraban.org.br/cadastropesquisa/?id_pesquisa=34. As respostas devem ser enviadas
para o e-mail [email protected]. Entre as
novidades este ano estão a inclusão de investimentos em big data e mobile payment e de
informações sobre biometria. ■
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
7
update
Sistema informatizado vai gerir
seguro rural obrigatório
U
Projeto prevê
monitoramento
via satélite de
áreas seguradas
8
m novo sistema tecnológico, desenvolvido em conjunto pela Federação
Brasileira de Bancos – FEBRABAN e pelo
Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável do Agronegócio (IBDAgro), será
responsável pela gestão compartilhada de
contratos de seguro rural, a partir de julho
deste ano. É quando entra em vigor, pela Resolução nº 4.235, de 2013, do Banco Central,
a obrigatoriedade de contratação de seguro
rural para todas as operações de crédito rural, com juros controlados pelo governo, limitadas ao valor de R$ 300 mil.
revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
Hoje, a exigência de seguro rural vale
apenas para créditos tomados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e pelo Programa
Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural
(Pronamp). A resolução incluiu o financiamento da produção agropecuária de áreas
do Zoneamento Agrícola de Risco Climático
(Zarc). O seguro rural pode ser privado ou
obtido pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), modalidade
que é garantida pela União. Pelo sistema público, o mais utilizado, o governo federal cobre até 100% das perdas causadas por pragas, doenças e fenômenos naturais, como
secas, geadas e chuvas.
Com a ampliação da obrigatoriedade de
seguro, espera-se um aumento na demanda
por Proagro. A expectativa é que o sistema
eletrônico administre cerca de 100 mil contratos de Proagro no primeiro ano de funcionamento, com potencial para chegar a um
milhão. A centralização da gestão em uma
única câmara vai facilitar o processamento e
a apuração de sinistros, diluindo custos operacionais para os bancos e acelerando as indenizações para os produtores rurais.
O projeto prevê o monitoramento via
satélite de áreas cobertas pelo seguro, com
o objetivo de registrar imagens de lavouras
dizimadas por fenômenos naturais. O processo também ganhará agilidade com a gestão eletrônica de documentos, como notas
fiscais que comprovam o desembolso feito
pelo tomador. “O maior beneficiado é o produtor rural que, ao perder sua produção em
uma seca, por exemplo, tem dificuldade de
pagar a dívida e entra num círculo vicioso
que é ruim para ele, para o banco e para o
País”, diz Ademiro Vian, diretor adjunto de
negócios da FEBRABAN. ■
social commerce
Não basta estar
no Facebook
Por Kátia Arima
Com diferentes
estratégias, as empresas
exploram o boca a boca
virtual para conquistar
consumidores
E
u amo, eu indico e, se não gostar, certamente eu reclamo de um serviço ou
produto. No Facebook, Twitter, Instagram e outras redes sociais, o consumidor conhece o seu poder de influenciar,
ao menos, seu círculo de amigos e familiares.
Mas como e quando abordar esse consumidor
e convencê-lo a efetuar uma compra? Até que
ponto é possível fazer uma oferta sem soar
intrusivo? Diante desses e outros questionamentos, as empresas se aventuram pelo social
commerce (s-commerce), buscando oportunidades de vendas nas redes sociais. Um fértil
terreno que deve movimentar US$ 30 bilhões
no mundo até 2015, segundo a consultoria
Booz&Co.
A construtora Tecnisa tem se surpreendido com os resultados das campanhas no
Facebook. No ano passado, o foco da estratégia de lançamento de um empreendimento
no bairro Jardim das Perdizes, em São Paulo,
foi na rede social. O primeiro contato com o
cliente era sempre feito pelo Facebook. Para
atrair interessados foram publicados na página da rede social mais de 600 posts e 6 mil
anúncios. “No Facebook podemos abordar
públicos segmentados, como dos palmeiren-
ses, já que o estádio do clube deles fica na
região do empreendimento, e dos frequentadores do Bourbon Shopping, que fica perto
do imóvel”, explica Gustavo Reis, gerente de
marketing digital e mídia online da Tecnisa.
Segundo ele, os posts relativos ao empreendimento tiveram, em média, 285 comentários e
479 curtidas. E se converteram em vendas: R$
20 milhões. “Esse resultado expressivo aconteceu porque o direcionamento de conteúdo
foi para o público correto.”
Para acertar o alvo, a Netshoes, loja online de artigos esportivos, usa redes sociais
como bússola. “Analisamos as métricas para
descobrir o interesse do público. Foi assim
que percebemos que as pessoas queriam bonés da NBA e não só camisetas. Passamos
a importar”, diz Renato Mendes, gerente de
marca e assuntos corporativos da empresa.
Na sua página do Facebook, a Netshoes tem
uma aba para compra de vale-presente com
uma foto personalizada. Porém, a estratégia é
usar as redes sociais para construção de marca
por meio do conteúdo (branding), atendimento (pré e pós-venda), além de conduzir os
consumidores interessados para a loja virtual.
“Acredito mais no modelo que gera tráfego
para o site de e-commerce do que na compra
direta pela rede social. O desafio é entender
esse tráfego, tudo você tem de testar.”
Ter ou não ter
Nos últimos anos, marcas famosas como a
GAP e Banana Republic e J.C. Penney abriram e fecharam suas lojas dentro do Facefevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
9
social commerce
book, o que desestimulou outras empresas
a arriscarem a mesma tática. “Há dois anos,
acreditava-se que daria certo vender dentro do
Facebook. Mas as pessoas não querem que o
Facebook vire uma vitrine de produtos”, diz
Felipe Wassermann, professor do curso Social
Commerce da ESPM.
Especialistas como Wasserman e Eric
Messa, coordenador geral do Núcleo de
Inovação em Mídia Digital da Fundação
Armando Álvares Penteado (Faap), acreditam que a popularização dos smartphones e
das redes de dados de celular impulsionará
o social commerce. “Mas será preciso fazer
uma abordagem diferente com o cliente,
mais informal e menos agressiva”, diz Messa. Em tempos de redes sociais, o que fará
diferença na hora de vender será a reputação
de uma marca ou de uma pessoa. “A pessoa
que vai convencê-lo a comprar não precisa
ser famosa, mas uma referência no assunto.
Se o produto for um sabão, por exemplo,
vou seguir o conselho da minha mãe, que
tem reputação para falar sobre isso”, explica.
“Por isso, acredito que o próximo passo é a
proliferação de lojas de pessoas.”
Microempreendedores
Esse conceito, de transformar qualquer pessoa
em um vendedor nas redes sociais, foi adotado
pelo Magazine Luiza, no programa Magazine
Luiza e Você. Qualquer usuário do Facebook
pode abrir sua miniloja dentro da rede social e
oferecer produtos do Magazine Luiza – se vender, leva uma comissão. Hoje 170 mil pessoas
mantêm suas lojas com produtos do Magazine
Compras por impulso no Instagram
C
om mais de 1 bilhão de usuários, o Facebook é um estrondo. Só no Brasil, tem 76 milhões de
inscritos, dos quais 47 milhões dentram diariamente na página. Mas o Instagram, rede social
voltada para publicação de fotos por smartphone, vem ganhando espaço, já com 150 milhões de
adeptos no mundo. É neste ambiente que aposta a empresa Arco, que oferece uma ferramenta
de social commerce voltada para o Instagram. Atualmente, são 200 lojas e 4 mil consumidores
cadastrados no sistema.
Mas o que leva uma pessoa a comprar assim? Para Luciana Obniski, uma das sócias da Arco,
as pessoas gostam da praticidade da ferramenta, que permite comprar com
facilidade. “O perfil do nosso consumidor é aquele que gosta de resolver a vida
de forma prática, é fã de tecnologia e faz tudo pelo celular.” Por isso, a Arco
buscou oferecer uma ferramenta que permita completar a venda com o menor número de passos possível. “Nosso lema é: ‘por uma internet com menos
campos obrigatórios’; do contrário, o cliente desiste de comprar.” A compra
pelas redes sociais é quase sempre por impulso, observa Luciana. “A pessoa
bate o olho em um produto diferenciado e quer comprar na hora, é uma coisa
de momento”, diz. “E se ele tem o aval dos amigos, melhor ainda. A opinião dos
outros importa na hora de comprar, o brasileiro é assim, muito social.”
10
revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
Luiza no Facebook. Quando projeto foi lançado, em 2013, a expectativa era abrir 10 mil
lojas no primeiro ano – marca que foi alcançada já no primeiro mês, diz Frederico Trajano,
diretor executivo de operações do Magazine
Luiza. “Segundo o Ibope, antes de comprar,
90% dos consumidores ouvem sugestões de
pessoas conhecidas. O brasileiro é social por
natureza, está na nossa cultura, por isso é tão
grande a adesão nas redes sociais.”
Mas não são apenas as grandes empresas
que conseguem se beneficiar do social commerce. Pelo contrário: os microempresários encontram nas redes sociais uma forma de vender
sem fazer grandes investimentos. A ferramenta
Facíleme, que permite criar e manter lojas no
Facebook, já tem 32 mil usuários. “A maioria
dos nossos clientes são microempresários do
setor de cosmético e vestuário, que gostam da
facilidade do sistema”, diz Cynthia Akao, CEO
da Facíleme, que viu o número de clientes crescer 1.000% no ano passado.
A marca de roupas Little White Tee criou
sua loja no Facebook com o serviço da Facílime, em julho de 2013, antes mesmo de seu site
de e-commerce. “Vender pelo Facebook deu
um retorno espetacular, o volume de vendas
foi bem acima do esperado”, diz Márcia Garcia Costa, diretora e estilista da empresa, que
conta com 20 funcionários. “Na nossa página
do Facebook, temos de produzir conteúdo relevante, fazer promoções exclusivas e investir em
propaganda paga. Há vários ‘macetes’.”
Custo da lealdade
Sim, não basta abrir a loja no Facebook e esperar a clientela. Para vender nas redes sociais, as
empresas devem ter uma postura bem diferente
da adotada pelo varejo tradicional, diz Raphael
Lassance, cofundador da E-Like, outra desenvolvedora de plataforma de social commerce.
Divulgação
social commerce
“O consumidor que está na sua página do Facebook é mais do que um simples visitante,
ele é um fã. Está no grau máximo da escala de
lealdade e, por isso, espera condições e ofertas
diferenciadas.” A rapidez e a eficiência no atendimento são obrigatórias. “Como a compra é
por impulso, o timing é outro.”
As marcas que adotaram a ferramenta da
E-Like ficam reunidas no Meu Shopping, no
Facebook. Lassance orienta seus clientes a não
tentarem reproduzir o ambiente de seus sites
na loja do Facebook. “A loja no Facebook não
pode ser redundante, reproduzir o site igualzinho, senão perde apelo.”
Atualmente, o Meu Shopping tem 27
lojas, de grifes como Forum, Colcci, Richards
e Coca-Cola Clothing, que repassam para a E-Like uma parte de seus lucros com as vendas.
A maioria das empresas é da área de vestuário.
“No Facebook, fica mais fácil vender para grupos de afinidade como esportistas, fotógrafos,
corredores, mães. São nichos que criam suas
comunidades”, diz Lassance. Para ele, o social
commerce não depende do sucesso de uma ou
outra rede social. “Mesmo que o Facebook
acabe, é um caminho sem volta.” ■
Frederico Trajano,
do Magazine Luiza:
170 mil “minilojas”
na rede de Mark
Zuckerberg
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
11
capa
Biometria para todos
Por Kátia Arima
Nos bancos, academias
de ginástica, aeroportos,
caixas eletrônicos,
danceterias, ônibus
e no governo, nossas
características físicas
são usadas para garantir
uma identificação
rápida e certeira.
Definitivamente, a
biometria entrou no dia
a dia da população
12
revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
V
ocê acorda e, ao entrar na cozinha,
sua cafeteira automaticamente prepara
um café ao seu gosto. Ao sair de casa,
não precisa se preocupar em desligar as luzes
e o ar condicionado ou trancar as portas. Na
garagem, o carro detecta sua aproximação e abre
as portas. Quando chegar ao local de trabalho,
nada de crachá para entrar na empresa nem senhas para ativar computador, tablet e afins. Este
cenário futurista não é tão fantasioso quanto
parece. Com a tecnologia biométrica, que faz o
reconhecimento das pessoas por meio de suas
características físicas (anatômicas e fisiológicas)
ou comportamentais, todas essas facilidades de
autenticação e personalização no uso aparelhos
eletrônicos farão parte do cotidiano.
Recorrer a traços biológicos para identificar pessoas é uma prática conhecida desde as
primeiras civilizações: os babilônios deixaram
evidências, 500 anos a.C., de que aplicavam
impressões digitais em tabuletas de argila para
transações comerciais. Essa técnica rudimentar
foi substancialmente aprimorada com a evolução da ciência, a partir de modelos estatísticos e
computadores cada vez mais potentes. É verdade
que ainda precisamos nos esforçar para memorizar senhas, portar vários cartões e carregar um
molho de chaves, mas o avanço segue a passos
largos. A tecnologia baseada em biometria já
está presente em várias atividades corriqueiras,
na vida pessoal e profissional e nos serviços prestados por empresas e pelo Estado.
Segundo estudo da consultoria Frost &
Sullivan, a biometria movimentou US$ 1,48
bilhão em 2012, receita que poderá chegar a
capa
US$ 6,15 bilhões em 2019. Outras pesquisas
preveem um número ainda maior: o Biometric
Research Group estima que o mercado alcance
a cifra de US$ 16,7 bilhões em cinco anos.
Os bancos, sobretudo os brasileiros, reconhecidos por sua grande capacidade de investimento em tecnologia e necessidade de levar
segurança e comodidade aos seus clientes, são
um dos propulsores da biometria (leia mais
na página 16). Mas a população também está
cada vez mais aderente a esse mecanismo. Fatigada pelo excesso de senhas necessárias hoje
em dia para usufruir serviços básicos, passa a
ver a biometria como um facilitador. Em uma
pesquisa recente da empresa Unisys, 75% dos
entrevistados disseram confiar na biometria
para usar serviços financeiros. “Os sistemas
biométricos estão cada vez mais populares,
com tendência à massificação. Não há resistência das pessoas, nem limitações tecnológicas. O maior obstáculo é a coleta e registro
dos dados biométricos”, diz Marcelo Neves,
especialista em segurança e diretor da unidade de Tecnologia, Consultoria e Soluções de
Integração (TCIS) da Unisys Brasil.
Cadastrar até 2018 as impressões
digitais de todo o eleitorado brasileiro, cerca de 140 milhões de
pessoas, é a meta desafiadora do
Tribunal Superior Eleitoral do Brasil (TSE). Até o fim de 213, haviam sido coletadas as impressões
digitais de 22 milhões de pessoas,
o que representa 16% do total de
eleitores, de 790 municípios. “Essa
mobilização para construir a base
biométrica é muito complexa”, diz
Giuseppe Janino, secretário de tecnologia da informação do
Divulgação
O dedo é a prova
TSE. Janino afirma que sistema biométrico
adotado pelo TSE segue os padrões definidos pelo projeto Registro de Identidade Civil
(RIC), do governo federal, que define uma
cédula de identificação do cidadão com chip,
unificando diversos documentos como CPF e
título de eleitor. O projeto RIC, no entanto,
está temporariamente suspenso.
No processo eleitoral, o benefício da
biometria é cristalino. Segundo Janino, o
Fadiga de senhas
F
aça as contas: quantas senhas você precisa memorizar? É
uma senha para cada uma das suas várias contas de e-mail,
algumas para as contas bancárias e cartões, outras para desbloquear dispositivos como tablets, notebooks e celulares. E ainda
têm aquelas para os sites e serviços na internet – segundo a empresa McAfee, 60% das pessoas visitam de 5 a 20 sites que exigem login e senha. Diante dessa infinidade de números (e letras e
símbolos, para ter maior segurança), o que a maioria das pessoas
faz? Anota a senha em algum lugar ou adota a mesma para várias
funções. Segundo a empresa de segurança Norton,
40% das pessoas não usa senhas complexas ou faz
mudanças regulares de senha, como é recomendado
pelos especialistas, enquanto estudo da McAffee revela que 63% usam senhas fáceis de lembrar ou repetidas para diferentes serviços.
O resultado disso é um cenário favorável a fraudes.
“Por isso o foco dos criminosos é sempre o usuário”, diz
Marcelo Neves, especialista em segurança da Unisys.
De acordo com a pesquisa da empresa,
Sensor do
75% dos entrevistados aceitam usar
iPhone 5s:
a biometria para usar seus serviços fitecnologia
nanceiros. “A resistência já foi superada,
chega ao
pois as pessoas já perceberam que a tecvarejo
nologia não é invasiva”, diz.
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
13
capa
soa não vote ou registre presença pela outra”,
diz o vereador Léo Burguês, presidente da
Câmara, que teve a iniciativa de instalar o
sistema. O controle biométrico foi adotado
após denúncias de registro de presença de
vereadores por outras pessoas. Por mês, a
aluguel dos 48 scanners usados no local custa
R$ 4.650 .
Licença para dirigir
Banco de Imagens TSE
Meta do TSE é
cadastrar todo
o eleitorado
brasileiro até 2018.
Ex-ministro do
tribunal, Castro
Meira (abaixo
à dir.) faz seu
cadastramento
objetivo é reduzir a intervenção humana e,
assim, aumentar a transparência e segurança.
“No processo convencional, o mesário checa
os documentos de identidade do eleitor, o
que abre espaço para que uma pessoa vote
no lugar de outra. Com a biometria, isso não
será possível.”
A premissa vale até para o poder público.
Para reduzir os casos de falsidade ideológica, câmaras municipais de cidades como São
Paulo, Belo Horizonte, Ouro Preto (MG) e
Uberlândia (MG) estão adotando sistemas
biométricos. Na Câmara Municipal de Belo
Horizonte, por exemplo, os 41 vereadores
usam o scanner de impressão digital para
registrar a presença e nas votações, desde
junho de 2013. “Isso é importante para a
credibilidade da Câmara, para que uma pes-
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revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
Registrar as digitais também é uma exigência
para entrar no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). No Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo
(Detran-SP), por exemplo, desde 2011, todos
os candidatos passam pelo sistema biométrico.
As digitais do candidato são conferidas no exame médico, na avaliação psicológica, nas aulas
teóricas e nas aulas práticas de direção
veicular. Médicos e psicólogos que avaliam os candidatos também coletam e
apresentam suas digitais. “A biometria
é uma forma de assegurar que um profissional X examinou o candidato Y, em
determinado dia e horário. Antes, com
formulários de papel, havia maior margem para fraudes”, diz Daniel Annenberg, diretor-presidente do Detran-SP.
Apesar da tecnologia, há casos de
autoescolas que conseguiram burlar o sistema.
No início de 2013, proprietários de duas autoescolas foram presos porque usavam dedos
de silicone com as digitais dos alunos que não
queriam assistir às aulas - e cobravam R$ 3
mil por isso. “O Detran-SP fiscaliza as autoescolas e os profissionais credenciados periodicamente, em parceria com a Corregedoria
Geral da Administração e a Polícia Civil. Isso
resultou no descredenciamento de 40 centros
de formação de condutores em 2012”, afirma
Annenberg.
capa
A pulseira que ouve o coração
A
s batidas do seu coração podem ser parâmetro para os sistemas biométricos. A empresa
canadense Bionym desenvolveu a Nymi, uma pulseira que faz a autenticação de uma pessoa a partir de seu eletrocardiograma (ECG). “A frequência cardíaca se altera com exercícios, por
exemplo, mas isso não muda os fatores de identificação que encontramos nas ondas do ECG”,
diz Kurt Barlett, gerente de marketing da Bionym. A pulseira, que já está em pré-venda na internet por US$ 79, deve ser lançada no primeiro semestre de 2014 e tem potencial de ser mais do
que um dispositivo de identificação. Combinada com outras tecnologias como sensor de presença, leitor de movimentos, a biometria pode permitir criar ambientes e dispositivos inteligentes.
Imagine, por exemplo, que ao chegar à sua estação de trabalho, o seu computador automaticamente entre no seu perfil de usuário, que estará configurado com seus aplicativos de preferência. A agenda já aponta seus compromissos do dia e os novos e-mails. Nada de digitar todas
aquelas senhas complicadas. “Será possível comunicar aos equipamentos suas preferências pessoais”, comenta. Mas, para que o sistema de iluminação da sua casa detecte sua presença e ligue
as luzes automaticamente, por exemplo, não basta ter a pulseira - será necessário o engajamento dos desenvolvedores nesse tipo de projeto. “Com o lançamento
do nosso programa, recebemos várias ideias futuristas que podem virar
realidade rapidamente”, diz Barlett.
Divulgação
Na Universidade da Califórnia – Berkeley, os pesquisadores se
empenham em estudar o uso de ondas cerebrais como forma de
autenticação. Nos testes, o sistema funcionou com 99% de acerto. Nada mau trocar a chave por um simples pensamento.
Mais conveniência
Nas catracas das academias de ginástica, das
mais modestas às mais sofisticadas, já é comum
o aluno ter de escanear a digital para entrar
no estabelecimento. “Os alunos não querem
memorizar números ou carregar carteirinhas,
pois sempre esquecem ambos”, diz José Cosme
Nascimento, da PlannerTI, que implementou
o sistema na Fit2U, academia em São Paulo que
tem como proprietária a apresentadora de TV
Sabrina Sato. Segundo ele, os sistemas biométricos mais simples, para acesso a estabelecimentos,
já estão bem popularizados: o software custa de
R$ 4.000 a R$ 5.000 e o scanner digital tem
preço entre R$ 300 e R$ 1.000.
A biometria também auxilia o controle
financeiro de pequenas e médias empresas. Na
danceteria Sky Room, em Ribeirão Preto, no
Acessório da
Bionym reconhece
eletrocardioagrama
interior de São Paulo, o cliente registra sua
digital na entrada e precisa tocar no scanner
na hora de pegar um drink no bar. “Isso evita
discussões na hora de pagar a conta, pois não
tem como o funcionário marcar errado e o
cliente confirma seu próprio consumo”, diz
Francisco de Assis Barbosa Júnior, proprietário
da Skyroom. Outras vantagens são a diminuição das filas e o fim do extravio de comandas.
A danceteria, que recebe por volta de 7 mil
pessoas por semana, tem 26 scanners, espalhados pela área de entrada, nos bares e nos
caixas. Barbosa conta que o sistema já falhou
duas vezes desde que foi implementado na
danceteria. Apesar disso, ele afirma que está
satisfeito. “Não é uma solução barata, mas vale
a pena. Na próxima danceteria que inaugurar, pretendo adotar a biometria também.” Ao
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
15
capa
todo, foram gastos R$ 130 mil com o sistema
biométrico, além do custo mensal de R$ 1.500
para manutenção.
Checagem no ônibus
Outra área impactada pelo progresso da
biometria é a do transporte público. Em
Salvador, na Bahia, a tecnologia está sendo
testada nos ônibus urbanos para averiguar se
os cartões com desconto na passagem estão
sendo utilizados pelos próprios donos. “Atualmente a fraude fica em torno de 30% das
utilizações, nossa expectativa é reduzir esse
percentual significativamente”, diz Cláudio
Malamut, coordenador do projeto de identificação biométrica do Salvador Card, o sistema
de bilhetagem eletrônica da capital baiana. O
teste está sendo feito com 600 pessoas, que
devem usar a digital para passar na catraca
de 70 ônibus. A impressão digital é previamente coletada nos postos de atendimento.
A expectativa é que o sistema passe a valer já
no primeiro trimestre de 2014, quando outros
ônibus vão receber os leitores biométricos e
Sinônimo de segurança e conveniência
N
os próximos anos, a biometria terá se
consolidado no acesso a serviços bancários em todo o País. A previsão é de Gilson
Girardi, membro efetivo da Comissão de Tecnologia e Automação Bancária da FEBRABAN
(CNAB). Hoje, para uma boa parte dos clientes, já é comum usar o dedo ou a palma da
mão para liberar etapas de transações em
caixas eletrônicos, em vez de digitar códigos
e letras de acesso. A tendência é que a biometria elimine, um dia, até a necessidade de
memorizar senhas.
A segurança com que ocorrem as transações financeiras é uma questão prioritária
para os bancos e não para de evoluir. A biometria derruba as chances de um fraudador
utilizar as credenciais de um cliente para
realizar operações financeiras no sistema
bancário. Afinal, é muito mais fácil roubar
informações pessoais e senhas do que simular características biológicas de alguém. As
vantagens da biometria, entretanto, não se
limitam ao combate a fraudes. A tecnologia
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também aumenta a conveniência para os
clientes, que conseguem realizar transações
mais rapidamente e não precisam se preocupar em lembrar de mais um código para liberar serviços bancários.
Não à toa, a Caixa Econômica Federal priorizou os programas sociais no cadastramento
de seu sistema biométrico, iniciando esse
processo com beneficiários do Bolsa Família e
do INSS. A biometria é um instrumento facilitador para um idoso, por exemplo, que corre
o risco de deixar de receber um benefício momentaneamente só por ter esquecido a senha
do cartão. Atualmente, a Caixa tem 4 milhões
de clientes cadastrados no seu projeto de biometria, 13 mil terminais de autoatendimento
equipados com essa tecnologia e mais 6 mil
previstos até o fim de 2014. Para este ano, é
aguardada também a chegada do mecanismo
aos canais lotéricos. Até o fim 2016, todo o
parque de ATMs da Caixa deverá contar com
sensores biométricos.
No Itaú Unibanco, o plano é levar a bio-
todos os beneficiários do sistema terão de cadastrar suas digitais.
Em Fortaleza, Belo Horizonte e mais 33
municípios, o sistema de transporte público
adotou a biometria facial da Empresa1. A tecnologia é usada para evita fraudes, fazendo
a comparação da foto do usuário titular de
benefício (Bilhete Único, meia passagem ou
isenção) com imagens capturadas dentro do
ônibus no momento da utilização do desconto.
“A biometria facial não depende do contato
físico do usuário e tem impacto no tempo de
metria a todos os canais eletrônicos até o fim
deste de fevereiro deste ano. De acordo com a
instituição, “a maioria” da clientela já registrou
suas impressões digitais no sistema, e a meta
é transformar isso em totalidade ainda em
2014. Uma novidade bem recebida pelos usuários foi a possibilidade de realizar saques sem
cartão para quem está cadastrado no programa de biometria: a cada segundo ocorre uma
operação do tipo no Itaú, segundo o banco.
As impressões digitais não são a única forma de autenticar clientes no setor bancário.
O Bradesco utiliza as veias da mão e dotou
100% de seus ATMs com essa funcionalidade.
O banco informa que, em dezembro de 2013,
máquinas de autoatendimento da Rede 24
horas também contavam com esse tipo de
sensor, e o número de contas ativas inseridas
no sistema de biometria era de 9.831. Entre
os projetos em estudo, está o aumento das
opções de operações sem cartão - hoje restritas aos saques -, como extratos, pagamentos
e transferências.
Rachmaninoff/Wikimedia Commons
capa
A diversidade de modelos de biometria também aparece no Banco do Brasil. Ao longo deste
ano, serão instalados em espaços conceito do
BB terminais de autoatendimento “futuristas”,
que capturam a íris e a voz, além da impressão
digital. Hoje, predomina no banco a coleta de
impressões digitais. Mais de 60 mil clientes já se
registraram no sistema, e 800 ATMs de seu parque são dotados de dispositivos biométricos. A
meta é, em até sete anos, elevar esses dois números a 100% de suas bases.
O Santander informa que concluiu a fase
piloto de seu projeto de identificação biométrica e iniciou a implantação do sistema
na rede de atendimento, com a previsão de
contar com a tecnologia em todas as agências até o fim de 2014. A instituição acrescenta que a modalidade adotada é a leitura
de impressões digitais, a mesma utilizada por
órgãos do governo federal. Os clientes serão
convidados a se cadastrarem no sistema à
medida que as agências estiveram prontas
para operar a tecnologia. (Danilo Gregório)
Sensores de
impressão digital
são uma das
formas mais
conhecidas de
biometria
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
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capa
embarque”, diz Christine Rosenburg, gerente
de marketing da Empresa1.
A biometria facial está ficando mais comum porque as câmeras estão ficando mais
baratas e presentes. “Há câmeras nos celulares
e as pessoas estão cada vez mais confortáveis ao
serem fotografadas”, diz Anne Robins, diretora
de pesquisas da consultoria Gartner. Segundo
ela, as tecnologias biométricas baseadas na face,
impressões digitais, íris e voz já estão em um
estágio maduro. A biometria pela impressão
digital é a mais comum e bastante usada pelo
governo; a biometria por voz ganhou espaço
na autenticação de usuários em call centers.
Impulso do varejo
Um passo importante será dado quando dispositivos de reconhecimento biométrico se tornarem
acessórios comuns dos usuários finais. O scanner
de digitais do iPhone 5s, o ID-Touch, integrante
da geração mais recente de smartphones da Apple, é um sinal de que o mercado evoluiu para
o lado do consumidor. “A adoção da biometria
nos smartphones mostra que caminho em direção a este tipo de tecnologia é irreversível”, diz
Marcelo Neves, da Unisys. Para Anne Robins,
diretora de pesquisas do Gartner, isso permitirá
que milhões de pessoas se familiarizem com o
uso de scanner de impressão digital, o que naturalmente facilitará a adoção da biometria em
outras aplicações. A Apple, porém, restringiu
o uso do scanner de digitais a poucas funções
como o desbloqueio do aparelho e a compra
no iTunes. “Isso limita a utilidade do scanner,
já que ninguém pode usá-lo para suas próprias
aplicações. Esperamos que os outros fabricantes
de celulares tenham uma estratégia diferente no
uso do leitor biométrico”, diz Anne.
De fato, para que a biometria possa facilitar o processo de autenticação dos smartphones, uso de aplicativos e e-commerce, a
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revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
indústria já está unindo forças. Empresas como
PayPal, Google, Mastercard e Lenovo formaram a Fido Alliance, em busca de um padrão
técnico para os sensores biométricos. O grupo está definindo regras para diversos tipos de
equipamentos biométricos como de impressão
digital, íris, voz, reconhecimento facial, com o
objetivo de massificar o uso da biometria para
mobile banking, e-commerce e outros serviços
online pelo celular.
Em meio a tanta coleta de dados biométricos, discussões éticas são inevitáveis. A empresa Amscreen desenvolveu uma tecnologia
que usa a biometria facial para identificar o
gênero e a idade aproximada de uma pessoa.
Este sistema está sendo usado em postos de
gasolina da empresa britânica Tesco para exibir publicidade direcionada de acordo com o
perfil da pessoa que está na frente da câmera.
Nos planos da empresa, a publicidade direcionada, com ajuda da biometria, será adotada
na sua rede de supermercados. As entidades
que defendem a privacidade do consumidor
já começaram a exigir que as pessoas sejam
informadas do uso da tecnologia no local, para
que seus hábitos não sejam monitorados sem
seu consentimento.
Por parte do usuário, o interesse existe,
comprovou o estudo da Ericsson, realizado
com 100 mil pessoas, em 40 países: 52% dos
entrevistados disseram que desejam usar a biometria por impressão digital para desbloquear
o celular (no Brasil, esse percentual sobe para
79%) e 48% afirmaram interesse no reconhecimento pela íris. “As pessoas ainda se preocupam com a segurança e privacidade quando o
assunto é biometria. A verdade é que, com o
uso dos sistemas biométricos para conferir sua
identidade corretamente, você de fato pode
proteger sua segurança e privacidade”, diz a
Anne Robins, do Gartner. n
tecnologia pessoal
Seu corpo será um
dispositivo conectado
Por Felipe Falleti
Por que o fenômeno
dos “wearable devices”
pode mudar o modo
como as empresas - e os
bancos - se relacionam
com seus consumidores
A
o entrar em um shopping center,
os óculos conectados identificam
as ofertas ao seu redor. Um olhar
mais atento ao pôster de um filme
em cartaz fará o dispositivo oferecer a opção
de comprar, por meio de um comando de voz,
ingressos para a próxima sessão. Em uma loja
de eletrônicos, os óculos lembrarão o usuário
que ele precisa de pilhas novas para o controle
remoto da TV de casa e vão alertá-lo para a
taxa de juros cobrada pelo varejo para aquele
ar condicionado. Situações como essas são imaginadas por quem aposta no potencial de interatividade dos chamados “wearable devices”
(em português, dispositivos “vestíveis”). O surgimento de artigos de moda computadorizados
e ligados à internet abriu um novo nicho para
desenvolvedores e empresas interessadas em
inovar no relacionamento com consumidores.
“Mais do que dizer seu saldo ou lembrar o
limite de compras disponível no cartão de crédito, aplicativos para dispositivos vestíveis, como
o Google Glass, deverão favorecer uma relação
mais contextual entre o cliente e sua instituição
financeira”, afirma Leonardo Copello, cofundador da uTouchLabs, startup especializada
no desenvolvimento de aplicativos móveis. Por
“contextual”, Copello define as operações digitais em que o software analisa o comportamento
do usuário ao longo de milhares de operações,
seu estilo de consumo e o local onde está.
Um exemplo de computação contextual
é o recurso Google Now, já oferecido em smartphones. O app identifica, pelo horário e locafevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
19
tecnologia pessoal
lização geográfica do usuário, que aquele deve
ser o momento em que ele volta para casa do
trabalho e, aí, mostra as condições do trânsito.
Ou ainda, armazena a compra de uma passagem
para um destino litorâneo e, na véspera da viagem, oferece informações como a previsão do
tempo na praia de destino.
Acessório informante
Na avaliação de Copello, esse tipo de recurso
será recorrente com a popularização de roupas
e acessórios, como o Google Glass ou relógios
e pulseiras inteligentes. No caso dos bancos, a
mudança será disruptiva: a instituição financeira oferecerá aconselhamento em tempo real
ao seu cliente, ora lembrando que ele já gastou
demais naquele mês, ora revelando que há disponível uma linha de crédito mais econômica, por exemplo, do que o financiamento de
um aparelho de ar condicionado em dez vezes
diretamente na loja de varejo. “Atualmente,
os bancos não têm dados para oferecer esse
tipo de informação ao usuário. No entanto,
se o app do banco estiver instalado em uma
pulseira ou óculos conectados e for possível
juntar informações como movimentação financeira, crédito disponível, localização geográfica
e comportamento de compras, uma revolução
no relacionamento banco-cliente deverá ocorrer”, afirma Copello.
Atualmente, os apps bancários disponíveis
para esse tipo de aparelho ainda são bastante
singelos. O Bradesco, por exemplo, foi o primeiro banco nacional a anunciar a criação de
um app para o Google Glass. Por meio da aplicação, os óculos identificam a posição geográfica do usuário e são capazes de informar onde
estão as agências mais próximas ou os caixas
automáticos em funcionamento. “Nosso app
também permite identificar, por meio de geolocalização, o hospital ou clínica médica mais
próximos do cliente do Bradesco Saúde”, afirma
Em franca expansão
US$ 1.5 bilhão
Dispositivos vestíveis vão movimentar, em 2014,
no mundo. A maior parte deste faturamento virá de equipamentos esportivos com
sensores, pulseiras que monitoram o sono e relógios com acesso à internet.
Os principais mercados são os Estados Unidos e a Europa. Em 2018, a projeção
US$ 19 bilhões de faturamento.
Neste ano, serão vendidos 100 milhões de dispositivos vestíveis no mundo.
é de
Este volume deve triplicar até 2016
60%
Até 2018,
dos dispositivos vendidos estarão concentrados na área
médica (dispositivos para monitorar o sono, a alimentação, índices de glicose, queima
calórica, etc.). Outro segmento com grande impacto é o de fitness e esportes:
calçados e pulseiras que medem esforço, deslocamento, batimento cardíaco, por
exemplo, e mandam as informações para a nuvem.
Fonte: IDC e Juniper Research
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revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
Divulgação
tecnologia pessoal
Nosso app também permite
identificar, por meio de
geolocalização, o hospital ou
clínica médica mais próximos do
cliente do Bradesco Saúde
Luca Cavalcanti, diretor de canais
digitais do Bradesco
Luca Cavalcanti, diretor de canais digitais do
Bradesco. Um software similar foi desenvolvido
pelo banco espanhol Sabadell e possibilita aos
seus correntistas checar, num mapa projetado
no visor do Glass, caixas de autoatendimento e
agências mais próximas.
De acordo com Breno Masi, cofundador da
desenvolvedora de apps ONoffRE, é natural que
as primeiras aplicações para dispositivos vestíveis
sejam simples. Mesmo o Glass ainda está em fase
de testes e não chegou às lojas – algo esperado
para este ano. Oficialmente, o protótipo pode
ser adquirido somente por “convidados”: aqueles que se registrarem num site do Google específico para isso, forem selecionados para usar a
versão experimental do produto e pagarem US$
1.500 (mais impostos). Para Masi, a computação
vestível vive sua infância. “Dispositivos como o
Glass e os relógios conectados, como o possível
iWatch, que a Apple planeja lançar, ainda são
um primeiro passo no desenvolvimento de hardware e aplicações mais poderosas. Apesar disso,
devemos lembrar que a indústria de tecnologia
tem se movido de forma progressivamente veloz,
de forma que eu espero que esses aparelhos já
estejam maduros num período de até 24 meses”,
afirma o desenvolvedor.
O cofundador da ONoffRE diz ainda que
os bancos estão pesquisando com muita atenção
o fenômeno dos dispositivos vestíveis e devem
estrear, em pouco tempo, aplicações capazes
não só de dar informações sobre a localização de
agências, mas também permitir que transações
financeiras sejam efetuadas por comandos de voz.
“Um grande banco internacional nos procurou
há alguns meses pedindo um estudo de aplicativo
transacional”, afirma Masi, sem revelar o nome
da instituição que encomendou a análise.
Para transações financeiras por meio de
pulseiras ou óculos conectados se tornarem realidade, pesquisas sobre a segurança dos dados
dos correntistas precisarão ser feitas, no entanto.
Porém, é improvável que surjam grandes dificuldades. “Os gadgets vestíveis usam praticamente
os mesmos protocolos já explorados nos aplicativos móveis, de forma que são bem conhecidos
dos sistemas de segurança bancários”, diz Masi.
Estágio inicial
O interesse das instituições financeiras, bem
como de marcas de serviços e consumo, se
concentra, ainda, em compreender como esse
fenômeno afetará seu modelo de negócios e
relacionamento com os consumidores. Mais
do que desenvolver um produto final, o momento é de pesquisa para a maior parte dos
desbravadores. O diretor de TI do Itaú Unibanco, Ricardo Guerra, afirma que a instituição pesquisa o uso das tecnologias vestíveis,
mas ainda aguarda sua maturidade. “Nós já
criamos alguns protótipos de app, mas nada
que possa, neste momento, ser utilizado pelo
usuário final. Queremos entender como as
pessoas farão uso dessas novas tecnologias e
em que medida os serviços da nossa instituição poderão ajudá-las”, diz Guerra. O Banco
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
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Divulgação
tecnologia pessoal
Queremos entender como
as pessoas farão uso dessas
novas tecnologias
Ricardo Guerra, diretor de TI do Itaú Unibanco
do Brasil é outro que testa soluções para plataformas dessa natureza.
Para a pesquisadora americana Lisa Oshima, diretora da startup digital Socialize Mobilize, o fenômeno dos gadgets vestíveis é irreversível, mas ainda deve levar tempo até que esses
dispositivos se tornem tão populares como são
os smartphones hoje. “Avalio que ainda levaremos quatro ou cinco anos para ver as pessoas nas
ruas com suas pulseiras e relógios conectados.”
A pesquisadora vê três principais obstáculos para a massificação dos acessórios inteligentes. O primeiro deles é simplesmente o
fato de, como existem atualmente, não fazerem
muito sentido. “Os dispositivos disponíveis são
engraçadinhos, mas capazes de realizar poucas
funções realmente úteis para os usuários. Os
computadores vestíveis terão de tirar vantagem
de estarem colados em seu corpo para resolver
algum problema de forma mais conveniente do
que fazem os smartphones”, afirma.
Design conta
Banco de Imagens TSE
Lisa também se queixa da duração da bateria
destes equipamentos. Como precisam ser leves e
pequenos, têm pouca autonomia de carga, o que
diminui sua utilidade. Por fim, eles precisam ser
bonitos. “Para ser algo vestível, o gadget precisa
ter algum apelo fashion. Você pode criar algo
realmente fantástico do ponto de vista técnico,
mas se ele pesar demais na armação dos óculos
ou for um relógio feio, as pessoas vão preferir
continuar usando seus smartphones”, diz Lisa.
22
revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
Cecilia Abadie, cofundadora da startup
norte-americana LynxFit, apresenta ainda um
quarto entrave: as resistências culturais. “Uma
pessoa com uma câmera no rosto, como é o
caso do Glass, ainda gera algum espanto e,
sem dúvidas, isso ainda é um problema. No
entanto, devemos lembrar que o surgimento
de novas tecnologias sempre causa resistências.
Há quinze anos, por exemplo, era muito esquisito alguém sair de casa com um telefone
preso à cintura. Hoje, porém, é a coisa mais
normal do mundo viver colada ao seu smartphone”, afirma Cecilia. Para ela, vivemos o
início de uma revolução da microinformática
que, por ser incipiente, ainda deixa muitas
dúvidas em aberto. Conteúdo, a expectativa
é de crescimento exponencial, semelhante ao
sucesso de tablets e smartphones, plataformas
para as quais praticamente todas as empresas
oferecem apps.
“Nos anos 1970, foi uma revolução criar
computadores pessoais, como o Apple I e II, mas
ninguém imaginava que todos fôssemos ter um
deles em nossas mesas de trabalho, como previa
Bill Gates, ao criar o Windows. Depois, o desktop
virou um notebook que podíamos levar de casa
para o trabalho e, por fim, o acesso à web migrou
para tablets e smartphones que cabem no bolso.
Agora, está chegando a hora de vestir nossos dispositivos”, afirma Cecilia. Não é absurdo prever
que, o próximo passo da indústria será criar engenhocas tão pequenas que possamos implantá-los
sob nossa pele ou retina. n
memória
Dos malotes
para a rede
Por Tatiany Banagouro
Como o Sistema de
Pagamentos Brasileiro
transformou um dos
meios de pagamento
mais tradicionais:
o cheque
E
le nasceu de uma folha de papel em
branco e transformou-se em um dos
meios de pagamento mais tradicionais no mundo: o cheque. Registros
históricos apontam que o cheque vem sendo
utilizado desde o século 18. Primeiramente, na
Inglaterra, e com o tempo, alastrando-se por
outros países até se tornar, mais de 200 anos
depois, uma das mais conhecidas e utilizadas
modalidades de pagamento.
No Brasil, o cheque desembarcou em
1906. Houve muitas alterações de procedimentos e sistemas até se chegar ao modelo atual,
que possibilita ao cliente bancário receber em
sua conta, em qualquer ponto do País e em
apenas dois dias, um pagamento feito em cheque em seu favor. Uma mudança decorrente
dos pesados investimentos em tecnologia, que
gerou economias ao setor na ordem de R$ 136
milhões, segundo dados da FEBRABAN, foi a
implementação da compensação por imagem.
Mas quem mais ganhou com isso foi o cliente bancário, que pode emitir um cheque em
qualquer lugar do Brasil e saber que ele vai ser
compensado, com segurança e em poucos dias.
História da Compe
Para fazer com que a folha de papel vire dinheiro em apenas dois dias, como ocorre hoje, é
necessário que haja uma câmara, onde é feita a
compensação multilateral das obrigações entre
os participantes, e que esteja tecnologicamente
aparelhada para realizar a liquidação das ordens
eletrônicas em operações de débito e crédito,
entre outras operações.
A Centralizadora de Compensação de
Cheques (Compe) é o sistema responsável
pela compensação interbancária e liquidação
de cheques. O sistema Compe é composto de
uma câmara nacional e 15 câmaras regionais. O
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
23
memória
Banco do Brasil, operador da Compe, fornece
o espaço físico e o apoio logístico necessário
para seu funcionamento, seja para a troca física de documentos, nas situações em que isso
acontece, seja para a compensação eletrônica
de todas as obrigações.
Mas nem sempre foi assim. A compensação passou por diversas mudanças até chegar ao
modelo atual. Surgiu em 1921 como um serviço
espalhado em algumas capitais do Brasil e sem
regulamentação. A compensação era manual
e física. Primeiro, o banco emissor recebia o
malote com os cheques do banco receptor; na
sequência, iniciava-se a checagem manual das
folhas, uma a uma, para a verificação dos dados.
Eram conferidos a numeração, a assinatura do
cliente, a veracidade do documento e o saldo
disponível para compensação.
O volume elevado de cheques, principalmente nos grandes centros, levou os bancos a
utilizar os meios eletrônicos para seu tratamento. Foi então que os bancos perceberam que
era preciso ampliar esse processo e desenvolver
mecanismos para facilitar a compensação e a
comunicação entre as instituições financeiras.
Em 1985 surgiu o projeto de compensação eletrônica. A proposta era criar um sistema que
seria adotado por todos os bancos participantes,
gerando uma base de dados uniforme a ser utilizada pela instituição remetente, a executante
e a destinatária. “A Compe Nacional fez com
que os cheques, de qualquer banco existente no
País, fossem aceitos como meio de pagamento
em todo território brasileiro”, escreveu Zuleide
Martinello, em seu livro sobre A História da
Compensação de Cheques.
Compe Nacional
Desse projeto nasceu, no ano de 1988, o Sistema de Compensação Eletrônica, inicialmente
testado na cidade de São Paulo, com 12 par-
24
revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
ticipantes. O primeiro processo eletrônico
para a compensação começou com o uso de
uma maquineta que contava a numeração
do cheque – posteriormente substituída pelo
código de barras -, também conhecida como
CMC7. Esse processo facilitou a contagem
dos cheques para os bancos, pois a maquineta
conseguia ler centenas deles em questão de
minutos. Com o novo processo de automação, o banco não precisava mais fazer o processamento das informações internamente.
A instituição já recebia o código CMC7 do
banco receptor. “Mas mesmo com essa evolução, ainda era necessário conferir os dados
recebidos eletronicamente com o documento
em papel e, para isso ocorrer, precisávamos
transportar os cheques de um banco para
outro”, conta Walter Tadeu de Faria, diretor
adjunto de operações da FEBRABAN.
Em 1990, um estudo comprovou que o
método utilizado proporcionava ganho para o
setor bancário com a compensação eletrônica.
O método tradicional levava 403,990 minutos para compensar 1 milheiro de documentos; enquanto com a Compe Eletrônica eram
gastos 228,221 minutos, uma redução de 44%
do tempo. Em 1941 foram compensados 1,6
milhão de cheques; em 1964 aproximadamente 120 milhões; mas foi em 1993 que a compensação chegou ao seu auge, ultrapassando
a casa do bilhão, com a compensação de 4,4
bilhões de cheques.
Em 1988 existiam 388 praças em que a
compensação de cheques ocorria em 20 dias.
Com a Compe Nacional, os prazos para compensação começaram a cair. Em 1993 eram
necessários de 5 a 11 dias úteis para ocorrer a
compensação de cheques emitidos numa mesma
praça. Depois esse número diminuiu de 3 a 6
dias úteis até chegar a dois dias úteis em todo o
Brasil, em 2011. Tal nível de rapidez e segurança
memória
só foi possível graças a investimentos robustos
do setor bancário em tecnologia e no processo
de digitalização dos cheques.
Compe Digital
Antes de 2011, a compensação bancária funcionava da seguinte forma: o banco A enviava
os cheques (físico) recebidos durante o dia
para a Compe. O Banco do Brasil, que é o
executante da compensação conforme normativo do Banco Central, fazia o encaminhamento das folhas às instituições financeiras de
origem para averiguação de saldo em conta
corrente e conferência dos aspectos formais.
Após todo esse procedimento, ocorria a compensação do cheque.
A partir de 2011, a compensação mudou
radicalmente com o processo de digitalização.
A Compensação Digital por Imagem permitiu
eliminar a necessidade de conferir os dados recebidos eletronicamente com o cheque em papel.
A partir da Compe Digital, os cheques começaram a ser conferidos por meio de imagem, graças
a um scanner de alta velocidade. “Os cheques
são digitalizados e encaminhados para o executante da compensação, que é o Banco do Brasil,
seguindo a norma do Banco Central. O BB, por
sua vez, separa os cheques por banco emissor e
faz o encaminhamento das informações lógicas
e da imagem do cheque para conferência”, descreve o executivo da FEBRABAN.
Hoje, todas as agências bancárias possuem
a tecnologia para escanear os cheques, por meio
do código de barras CMC7. Isso só foi possível
graças ao processo de certificação digital: um
mecanismo de segurança para transações, capaz
de garantir a autenticidade, confidencialidade e
integridade das informações eletrônicas. Uma
Linha do tempo: história do cheque
1700
Surgimento do
cheque na Inglaterra
1985
Elaboração do
projeto de
compensação
eletrônica
1906
1921
Cheque chega
ao Brasil
1968
Criada a primeira
câmara de
compensação
1988
Nasceu o Sistema
Nacional de
compensação
Bacen padroniza o
formulário do
cheque
2000
Início do projeto de
reestruturação do
Sistema de
Pagamentos Brasileiro
2011
Digitalização do
cheque permite
compensação em
2 dias
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
25
memória
das características principais do novo sistema
Compe por Imagem é a digitalização da imagem
do cheque e a assinatura dessa imagem com um
certificado digital ICP-Brasil. A imagem certificada tem validade jurídica e isso facilita a troca
do documento físico (cheque) para sua compensação por meio da imagem (digitalização
autenticada do documento). Outra vantagem
importante da Compensação Digital por Imagem, de acordo com o executivo, é a segurança:
“Com a eliminação do trajeto físico do cheque,
reduz-se a possibilidade de clonagem, extravio,
perdas e roubo”, frisa Faria, da FEBRABAN.
O sistema Compe por imagem funciona
basicamente da seguinte forma: o banco que
recebe o cheque efetua a captura das informações através do código de barras e o digitaliza.
A imagem digitalizada gera um arquivo eletrônico que será assinado com um certificado
digital do banco e em seguida transmitido
para o sistema da Câmara de Compensação,
operada pelo Banco do Brasil. O BB processa
esse arquivo e o encaminha ao banco de origem do cheque. O banco de origem valida os
dados enviados (como imagem, certificado
e data, por exemplo) e os confirma para o
sistema da Câmara de Compensação. Após
esse procedimento, ocorre a compensação sem
a necessidade do envio físico do cheque. O
26
revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
cheque físico fica no banco A e é eliminado
após sua compensação.
Futuro do cheque
Com a constante inovação tecnológica do setor
bancário, novos meios de pagamento surgiram
e caíram no gosto da população, de cartões
de débito e crédito a aplicativos de mobile
banking, passando pela transferência eletrônica
disponível (TED). É uma evolução natural do
sistema. Para se ter uma ideia dessa transformação, hoje são compensados anualmente 1
bilhão de cheques, segundo a FEBRABAN,
quando dez anos atrás, a compensação era de
1,6 bilhão. Para os bancos, os cartões de pagamento, por exemplo, são uma alternativa mais
eficiente para o processamento de transações
(quando comparado ao numerário ou cheque).
Para os clientes, representam maior comodidade e segurança – se o dinheiro cai do bolso ou
da bolsa, adeus! Se o cartão cair, basta cancelar.
Com o avanço da tecnologia móvel, os terminais POS sem fio têm permitido o aumento da capilaridade desse canal, inclusive, para
profissionais como taxistas e entregadores de
pizza. Tanto que as operações com cartões não
param de crescer. Em 2008 foram realizadas
mais de 5 bilhões de transações com os plásticos, em 2012 o número atingiu 9,72 bilhões,
praticamente o dobro. A base dos cartões de
pagamento – que inclui crédito, débito e de
lojas – era de 514 milhões em 2008 e em 2012
chegou a 750 milhões.
De acordo com o órgão de autorregulação da indústria de pagamentos na Austrália, a
APCA, em 2018, o cheque deixará de ser utilizado e talvez isso, de fato, ocorra. Mas, antes do
fim inevitável do cheque decretado por alguns,
o cheque ainda será um meio de pagamento
seguro e eficiente, graças aos avanços da tecnologia bancária. n
2014
Patrocinadores e expositores
O Ciab FEBRABAN 2014 vai reunir produtos e serviços
desenvolvidos para o mercado financeiro. A seguir, saiba mais
sobre patrocinadores e expositores confirmados, assim como as
soluções tecnológicas que serão apresentadas durante o evento.
n Acesso Digital
A Acesso Digital é uma empresa de tecnologia que atende
o segmento financeiro na digitalização e formalização de
documentos. Além da agilidade na captura, o processo de
crédito se torna mais seguro, devido à visualização em um
portal na internet e a auditoria sobre as imagens analisadas.
Muito eficiente no combate a fraudes, a solução da Acesso
Digital está presente em diversas frentes de crédito (cartões,
veículos, imobiliário e outros).
www.acessodigital.com.br
n AllCheck
O Grupo AllCheck, consolidado no mercado desde 1993,
atua no ramo da tecnologia cadastral, auxiliando o comércio
varejista, atacadista, distribuidoras, bancos, financeiras,
correspondentes bancários e cobradoras na aprovação e
recuperação do crédito em âmbito nacional. É desenvolvedora
de eficientes e completas ferramentas como Localizador e
Totallonline, que automatizam os processos de análise,
deliberação e recuperação de crédito, apresentando dados
palpáveis ao cliente que terá uma rápida e correta avaliação,
reduzindo custos e otimizando o tempo de análise.
www.allcheck.info
n Aware
A Aware é uma empresa inovadora fundada em 1986 e baseada
em Bedford, Massachusetts, tornando-se desde então uma
das líderes e com grande tradição no segmento de tecnologias
avançadas em processamento de sinais aplicados a biometria. A
fornece
e serviços
de software
biométrico
A suaAware
empresa
pode produtos
ser uma das
patrocinadoras
do maior
e melhorpara
evento
de Tecnologia
para o Sistema
Financeiroanálise
da América
Latina.
diferentes
modalidades
para captura,
e identificação
. sendo aplicados em diferentes setores
Acesse
porwww.ciab.org.br
digitais, face e íris,
em crescimento, como identificação e autenticação de
credenciais para aplicações civis e financeiras, aplicação da
lei, gestão de fronteiras e defesa nacional.
www.aware.com
n BRQ
Fundada em 1993, a BRQ é uma das principais empresas
de serviços de TI do País. Em 2013 teve uma receita de R$
480 milhões, contando com mais de 4.000 profissionais
distribuídos nas filiais de São Paulo, Alphaville, Rio de Janeiro,
Curitiba, Fortaleza, Recife, Aracaju, Salvador, Brasília e
Nova Iorque. As ofertas vão de Outsourcing de Aplicações e
Service Desk, Desenvolvimento de Aplicações Sob Medida,
Soluções de Mobilidade, Cloud Computing, Consultoria em
TI e Processos Financeiros, até a Terceirização de Processos
de Negócio (BPO).
www.brq.com
n BrScan
A BrScan é uma empresa especializada no desenvolvimento de
soluções tecnológicas focadas na gestão de riscos, informações
e imagens. No Ciab 2014, a BrScan apresentará soluções
que identificam riscos de fraude sobre documentos e, por
consequência, reduzem expressivamente as perdas financeiras
dos seus clientes. Também será apresentada solução de
assinatura e emissão eletrônica de contratos via aplicativos
móveis, permitindo ganhos consideráveis em agilidade e
eficiência nas vendas. Dentre as tecnologias utilizadas pela
empresa em suas soluções, destaca-se a biometria com
reconhecimento facial.
www.brscan.com.br
n BR Token
A BRToken desenvolve e fabrica soluções em autenticação
forte com assinatura eletrônica de
transações
no ambiente
Siga-nos
nas redes
sociais e
mantenha-se
web para o mercado global, comprovando
quehiperatualizado.
é Simples Ser
CiabFEBRABAN
Seguro. Única empresa brasileira@na
fabricação de tokens,
desenvolve seus produtos a partir de modernos processos,
com alta tecnologia e seguindo rígidos padrões mundiais
de segurança (como FCC,CE, RoHS e ISO9001:2008),
adaptáveis às necessidades e exigências dos seus clientes.
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
27
2014
Sua unidade fabril e de desenvolvimento de software
localiza-se no Vale da Eletrônica em Minas Gerais, e as áreas
técnica e comercial em Cotia-SP.
www.brtoken.com.br
n Bull
Nosso conhecimento e experiência são transformados em
valor para nossos clientes. Melhoria no índice de eficiência
operacional e gestão integrada de risco são alguns dos
principais objetivos dos bancos e seguradoras. A Bull, por
meio de suas soluções e expertise em projetos para o
mercado financeiro, proporciona a seus clientes o diferencial
competitivo que é demandado para o desenvolvimento de
seus negócios. Bull, o coração da tecnologia do futuro e de
projetos inovadores.
www.bull.com
n Burroughs
A Burroughs, Inc., líder na indústria de tecnologia para
processamento de pagamentos, oferece também suporte às
necessidades desta indústria. A Burroughs é responsável pelos
scanners SmartSource® (líderes neste mercado). Servidores
corporativos, software de monitoração do desempenho dos
dispositivos e uma vasta gama de impressoras e suprimentos
financeiros, combinados com a implementação e manutenção,
completam o portfólio da Burroughs. A nossa organização
de vendas funciona através de revendedores autorizados,
distribuidores e diretamente com clientes em mais de 55 países
em todo o mundo.
www.burroughs.com
n Capgemini
Com mais de 130 mil profissionais em 44 países, a Capgemini é
um dos principais provedores globais de serviços de consultoria,
tecnologia e terceirização. Em 2010, o Grupo Capgemini
adquiriu a CPM Braxis, que vem operando com sucesso no
Brasil por mais de 30 anos; e, no final de 2012, teve sua marca
local mudada para Capgemini. No País, emprega 7,8 mil pessoas
e atende mais de 200 clientes, oferecendo quatro principais
linhas de serviços: Applications Services, Infrastructure Services
and Products, e Business Process Outsourcing (BPO).
Awww.br.capgemini.com
sua empresa pode ser uma das patrocinadoras do maior e melhor
evento de Tecnologia para o Sistema Financeiro da América Latina.
Acesse
www.ciab.org.br .
n Cassiopae
O grupo Cassiopae possui mais de 300 clientes e atua em
36 países. Líder no mercado de leasing brasileiro, através
da sua filial Cassiopae Brasil, conta com uma equipe com
mais de 30 anos de expertise no mercado de financiamento
nacional, processando e gerenciando cerca de 11 bilhões de
reais em operações. Através de uma plataforma completa para
28
revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
leasing, empréstimos e imobiliário,a Cassiopae oferece aos
seus clientes uma solução flexível,totalmente parametrizável,
multilínguas, multimoeda,full WEB orientada a Workflow, com
tecnologia JAVA e Oracle.
www.cassiopae.com
n C&M Software
A C&M Software é especializada no desenvolvimento de
softwares de alto desempenho e fornecendo produtos e
serviços de alta tecnologia para o mercado financeiro e
empresas que fazem cessão de crédito com fundo próprio.
Com produtos como o Rocket, uma plataforma completa
de transações comerciais, atua na gestão de processos
para crédito, cobrança, vendas, risco e fraude. O SPB X DDa
ready, que possibilita visibilidade das transações nos bancos
comerciais para empresas que estão integradas no sistema
da C&M Software, o novo PowerDeck, que é única solução
completa para contas de pagamento.
www.cmsoftware.com.br
n Ceser
A Central de Serviços e Proteção ao Seguro – Ceser, um dos
braços operacionais da CNseg, é responsável por desenvolver
projetos que aumentam a eficácia do mercado segurador e
a qualidade dos serviços. Os projetos contemplam bancos
de dados, sistemas e serviços operacionalizados por
meio de convênios e contratos com entidades públicas e
privadas e com o mercado. A Ceser também presta serviço a
instituições financeiras que realizam operações de compra/
venda de veículos a prazo, agilizando, por meio de envio
de informações aos Detrans, as funções de gravame e de
registro de contratos.
www.ceser.org.br
n Cetip
A Cetip é a integradora do mercado financeiro. É uma
companhia de capital aberto que oferece serviços de registro,
central depositária, negociação e liquidação de ativos e
títulos. Por meio de soluções de tecnologia e infraestrutura,
proporciona liquidez, segurança e transparência para as
operações financeiras, contribuindo para o desenvolvimento
nasAredes
sociais
sustentável do mercado e da sociedadeSiga-nos
brasileira.
empresa
é, e
mantenha-se
hiperatualizado.
também, a maior depositária de títulos privados de renda fixa
@CiabFEBRABAN
da América Latina e a maior câmara de ativos
privados do País.
www.cetip.com.br
n CIS
Há 30 anos no mercado, a CIS atua decisivamente no
segmento de automação bancária, fornecendo produtos de
alta qualidade. Além dos tradicionais produtos de captura de
Patrocinadores e expositores
dados, a CIS apresentará soluções de biometria, mobilidade e
segurança como: sensor digital integrado com “finger-vein”;
PinPad, com biometria (S300) e com interface Bluetooth
(D200 e D180); tablet com biometria; scanner de documentos
com criptografia e certificado digital; leitores NFC; pendrive
de altíssima segurança - Ironkey; e impressora térmica/
autenticadora com ink-jet.
www.cis.com.br
n Cisco
A Cisco é líder mundial em redes de comunicação e oferece
soluções específicas para o mercado financeiro. Os destaques
da Cisco no evento incluem: Caixa do Futuro, nova forma de
atendimento para otimizar recursos e eficiência e evitar fila
nas agências; Gestão de eficiência no atendimento da agência,
para mensurar a produtividade no atendimento via telefone;
Mobile Concierge, para abordagem mais eficaz e proativa, a
partir da identificação do cliente na agência, Mobile Advisor,
consultoria financeira por vídeo em dispositivos móveis; e
soluções de segurança Cyber Security.
www.cisco.com
n Comprova.com
Com mais de 10 anos no mercado, a Comprova.com é a
primeira e maior plataforma brasileira de formalização
digital. O Email Comprova e o Carteira de Contratos
possibilitam o envio de notificações eletrônicas com valor
jurídico e a assinatura digital de contratos, duplicatas e
outros documentos com gerenciamento automatizado de
firmas e poderes. Milhares de empresas, incluindo cerca de
50 bancos e seguradoras, utilizam as soluções da Comprova.
com, nos modelos SaaS ou “on-premises”, e alcançam
expressiva redução de custos, eficiência operacional e
segurança para suas operações.
www.comprova.com.br
n Consist
Há mais de 40 anos no Brasil e presente em cinco países
da América Latina, a Consist cria informações de valor
para que pessoas tomem melhores decisões e empresas
agilizem processos e atinjam seus objetivos de negócios. São
soluções para análise, planejamento e gestão estratégica;
gestão administrativo-econômico-financeira integrada;
gestão de suprimentos, recursos humanos e folha de
pagamentos; empréstimos consignados; modernização de
sistemas; automação de processos; auditoria e prevenção
de fraudes; gestão de documentos eletrônicos e conferência
corporativa web.
www.consist.com.br
n Copp Clark
A Copp Clark é a fonte oficial de informações sobre feriados
para o mercado financeiro global. No ritmo acelerado de hoje,
dados confiáveis e precisos sobre feriados são componentes
essenciais de qualquer sistema financeiro. Nossos produtos
e serviços elevam a integridade das transações, garantindo
exatidão em datas e horários comerciais. Nossos calendários de
feriados e relatórios de horários de negociação são fidedignos
e reconhecidos como o padrão do mercado. É por isso que as
organizações financeiras em todo o mundo procuram a Copp
Clark para soluções confiáveis e de baixo custo.
www.coppclark.com
n CPqD
Há 37 anos atuando em Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC), o CPqD destaca-se como fornecedor e
desenvolvedor de sistemas de missão crítica para suporte a
operações e negócios, tecnologias de produtos e consultorias.
Com cerca de 1.300 profissionais altamente capacitados, suas
soluções são utilizadas por empresas e instituições no Brasil e no
mercado internacional. Comprometido com a inovação em TIC,
o CPqD oferece ao mercado financeiro soluções para redução de
perdas, aumento de receita, gestão de fraudes e fidelização de
clientes. Banco do Futuro, um dos pilares de inovação do CPqD!
www.cpqd.com.br
n Crivo TransUnion
A Crivo TransUnion é responsável pelo desenvolvimento de
uma das ferramentas mais completas do mercado na área de
automação de análise de crédito, risco e fraude, que permite
às empresas aumentar a qualidade da tomada de decisão
e atingir seus objetivos por meio de tecnologia exclusiva e
soluções integradas e inovadoras. Seus produtos proporcionam
vantagens competitivas, gerando economia de tempo, redução
de custos, decisões flexíveis e assertivas. A empresa também
é provedora de serviços de informação e analytics e, para isso,
desenvolve soluções personalizadas.
www.crivotransunion.com.br
n Digital Check
Fabricante de scanners de cheques, com mais de 420.000
scanners instalados em mais de 100 países, a Digital Check
é reconhecida como a solução mais segura na captura de
cheques do mercado, pioneira em RDC- Remote Deposit
Capture (Captura Remota de Depósitos). Já deu início também
no Brasil aos primeiros projetos de RDC trazendo importante
aumento na eficiência operacional para os bancos e de
múltiplas vantagens para os bancos e seus clientes.
www.digitalcheck.com
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
29
2014
n EasySolutions
n Fujitsu
n Easy-Way do Brasil
n Função Informática
n Embratel
n Grupo New Space
A EasySolutions é a única empresa focada na detecção e
prevenção de fraudes eletrônicas em todos os dispositivos,
canais e nuvens. Protegemos 40 milhões de usuários de mais
de 150 empresas da América Latina e EUA. Oferecemos várias
soluções, como monitoramento em tempo real para identificar
e derrubar ataques de phishing (DMS); proteção ao usuário
final contra pharming, phishing e malware (DSB); autenticação
multifatorial e multicanal (DetectID); análise e qualificação do
risco transacional em tempo real (DetectTA); e autenticação
para aplicações web (DetectIDCloud).
www.easysol.net
Fundada em 1991, a Easy-Way do Brasil firmou-se no mercado
como empresa líder em sistemas para as áreas contábil, fiscal
e tributária. Atende mais de 15.000 organizações de grande
porte, de diversos segmentos, destacando-se pela excelência
de seus produtos e do seu atendimento pré e pós-venda. O
compromisso e a competência de profissionais de alto nível
fazem com que a Easy-Way desenvolva soluções completas
que atendem às constantes alterações na legislação: Easy-IRPJ,
Easy-Tributos, Easy-Transfer Pricing, Easy-Judicial, Easy-Sped
Contábil, Easy-Sped Fiscal, Easy-ePis/Cofins e Easy-eSocial.
www.ewb.com.br
A Embratel é uma das maiores operadoras de telecomunicações
do País e faz parte do grupo América Móvil, líder no segmento
na América Latina. Por ter uma estrutura tão completa
e diferenciada, oferece serviços de voz (telefonia local,
nacional e internacional), dados, internet, TV por assinatura,
videoconferência, telepresença, soluções via satélite, além de
soluções de data center e TI. Pense Grande. Pense Embratel.
www.embratel.com.br
n E-VAL Tecnologia
A E-VAL Tecnologia completa 10 anos de sua fundação em
2014, provendo soluções inovadoras e de alta qualidade em
assinatura digital e segurança. Com a oferta das soluções
CryptoSFN, para SPB, DDA e MES; CryptoCOMPE, para
Acompensação
sua empresa pode
uma daspor
patrocinadoras
maior e melhor
de ser
cheques
imagem; edoPlataforma
de
evento de Tecnologia para o Sistema Financeiro da América Latina.
Certificação Digital, para câmbio e transações, a E-VAL se
Acesse www.ciab.org.br .
consolidou no mercado financeiro. Recentemente, lançou o
IdentityServer, para autenticação com múltiplos fatores. Este
ano, a E-VAL passa a oferecer suas soluções para o segmento
de seguros. A empresa marca presença no CIAB pela 8º vez.
www.evaltec.com.br
30
revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
A Fujitsu é a empresa japonesa líder em Tecnologia da
Informação e da Comunicação (TIC), oferecendo uma gama
completa de produtos tecnológicos, soluções e serviços.
Aproximadamente 170 mil colaboradores prestam suporte
a clientes em mais de 100 países. Utilizamos a nossa
experiência e o poder das TICs para construir o futuro
da sociedade com os nossos clientes. A Fujitsu Limited
(TSE:6702) divulgou receita consolidada de 4,4 trilhões de
ienes (US$ 47 bilhões) no ano fiscal encerrado em 31 de
março de 2013.
www.fujitsu.com/br
A Função Informática, fornecedora de software para o mercado
financeiro, possui uma linha completa de aplicativos e serviços
para controle de operações de crédito. Nossa carteira de 55
clientes, entre instituições nacionais e estrangeiras, conta com
produtos da mais alta qualidade nas áreas de varejo (crédito
consignado e financiamento a lojista e de veículos); atacado
(capital de giro, desconto, repasses BNDES e ME, crédito rural,
microcrédito, fiança, hot money, recebíveis, vendor/compror,
Funcafé, entre outros); arrendamento mercantil; e cessão e
aquisição de crédito.
www.funcao.com.br
Há 29 anos no mercado, o GRUPO NEW SPACE é composto
pela NS BPO SERVICES e NS TECNOLOGIA. Oferece os
serviços de fábrica de software em alta e baixa plataformas,
soluções e serviços de prevenção a fraudes, BPO em gestão
de documentos e conteúdo, custódia de mídias e guarda
de documentos. Para a prestação dos serviços, o GRUPO
NEW SPACE dispõe de sites interligados com fibra óptica,
data centers redundantes, grupos geradores independentes
para prédios e data centers e completa infraestrutura
predial, permitindo total contingência assegurando a plena
continuidade do processamento dos serviços.
www.newspace.com.br
n Glory
Siga-nos
nas redes
Fundado em 1918 em Himeji, Japão,
o grupo
contasociais
come
mantenha-se hiperatualizado.
9.000 colaboradores em mais de 80 países. É pioneiro no
@CiabFEBRABAN
desenvolvimento e manufatura de equipamentos e sistemas
de manuseio de numerário como tesoureiro eletrônico, vending
machines, selecionadoras de cédulas para as mais diversas
indústrias (financeiro varejo e jogos). Os produtos Glory
contribuem para que os nossos usuários possam alcançar alta
eficiência nos processos, com um menor consumo de energia.
Patrocinadores e expositores
Em 2012, a Glory Ltd. adquiriu o controle do Grupo Talaris,
fortalecendo a sua presença global.
www.gloryglobalsolutions.com
n HESS Latam
Fundada em 1885 na Alemanha, a HESS integra o Grupo
Gauselmann desde 2008. Especialista em soluções de
autoatendimento com processamento de cédulas e moedas,
a filial HESS Latam já produz o hardware e o software no
Brasil. Nossas soluções inovadoras estão presentes em
mais de 50 países, unindo hardware, software e serviços em
soluções completas, com implantação simples e rápida. Após
intenso investimento em pesquisa e desenvolvimento, HESS
demonstrará no Ciab 2014 a solução completa para câmbio
de moeda estrangeira em autoatendimento - a HESS ForEx
714, além das soluções para moedas metálicas.
www.hesslatam.com
n HP
A HP (NYSE: HPQ) cria novas possibilidades para que a
tecnologia tenha um impacto significativo nas pessoas, nas
empresas, nos governos e na sociedade. Como uma das maiores
empresas de tecnologia do mundo, a HP reúne um portfólio
inovador de produtos que abrange impressão, computação
pessoal, software, serviços e infraestrutura de TI para adicionar
valor aos negócios dos clientes.
www.hp.com
n IBM
A IBM, uma das maiores empresas de tecnologia da informação,
é líder em soluções completas de TI, que envolvem serviços,
consultoria, hardware, software, financiamento e pesquisa. A
companhia, que celebrou seu centenário em 2011, mantém
operações em mais de 170 países. A IBM Brasil, inaugurada
em 1917, foi a primeira filial da companhia fora dos Estados
Unidos. O portfólio de produtos e serviços da IBM ajuda as
instituições financeiras a tornarem-se mais centradas no
cliente, equilibrarem custos com agilidade e melhorarem a
gestão de risco integrado, permitindo sua diferenciação na
indústria.
www.ibm.com
n Intervalor
O Grupo Intervalor apresentará sua nova unidade, voltada
ao desenvolvimento de soluções tecnológicas: Novigo. As
soluções Novigo acompanham o histórico de atuação da
Intervalor, que há mais de 14 anos atua na prestação de
serviços relacionados ao ciclo de crédito e cobrança. A partir
da plataforma BizFlow, a Novigo oferece soluções e serviços
voltados para a automação e a integração de cada etapa do seu
processo de negócio: desde a captura de propostas, aprovação
de crédito, validação de documentos e relacionamento com
clientes até a recuperação de crédito.
www.intervalor.com.br / www.novigo.com.br
n Lumidigm
A Lumidigm implantou autenticação biométrica em mais de
50 mil caixas eletrônicos na América Latina. Nossas soluções
de autenticação biométrica proporcionam segurança e
comodidade. A Lumidigm sempre é escolhida pelo desempenho
superior de nossa tecnologia. Nossas soluções de autenticação
aumentam a conveniência para o cliente, eliminando os
desafios relacionados ao roubo de identidade, operações
fraudulentas, renovações de PIN e problemas relacionados
a desempenho.
www.lumidigm.com
n MATERA Systems
Com 27 anos de história, possui a solução mais completa
do mercado, totalmente integrada, full web e disponível
na nuvem no modelo SaaS. Sua rápida implantação e baixo
custo facilitam a abertura de novos bancos: nos últimos três
anos, 10 bancos iniciaram suas operações no Brasil com o
MATERA Banco. Destaques: SPB, internet banking, garantias,
arrecadação/convênios, liquidação financeira, conta corrente,
pagamentos, portal de cobrança, empréstimos, contratos,
aplicação automática, DDA, renda fixa, gestão contábil,
impostos, informes legais, captura de informações, Finame
e fluxo de caixa.
www.matera.com
n Micro Focus
Líder mundial na oferta de soluções para modernização, testes
e gerenciamento de aplicações críticas aos negócios, a Micro
Focus conta com mais de 18 mil clientes ao redor do mundo
e dois milhões de usuários licenciados. No Brasil, a empresa
tem reforçado sua presença no mercado com a oferta de um
portfólio completo e a criação de uma estrutura de parcerias
e alianças estratégicas. Além disso, a empresa investe em uma
série de cursos de capacitação gratuitos para desenvolvedores.
Outra iniciativa são os acordos com universidades e centros
de formação no Brasil para o ensino do Cobol.
www.microfocus.com.br
n NCR
A NCR, líder global em tecnologia de transações de consumo,
está investindo em desenvolvimento e inovação e, também,
aposta no conceito de Branch Transformation, com a oferta
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
31
2014
de soluções de hardware e software, que visam aumentar a
produtividade dos bancos, por meio da satisfação dos clientes.
Esse conceito prevê a realização de cada vez mais negócios
na agência e não somente o atendimento às necessidades
imediatas do cliente. A NCR possui ofertas abrangentes através
de uma abordagem integrada de software, hardware e serviços
em diversos setores.
www.ncr.com
n Neurotech
A Neurotech é uma empresa pioneira no Brasil no
desenvolvimento de soluções avançadas para automação
de todo o ciclo de decisão em operações de crédito,
risco e fraude, caracterizadas pela inovação e elevada
competência técnica. Sua ampla experiência está baseada
no desenvolvimento de mais de 500 soluções, na maior
parte para o mercado de crédito, sempre empregando as
melhores práticas, processos e ferramentas tecnológicas
avançadas. Com sede em Recife e escritório em São Paulo,
a empresa dispõe de 140 funcionários e mais de 100 clientes
em todo o País.
www.neurotech.com.br
n OKI Brasil
A OKI Brasil provê soluções tecnológicas em automações
bancária e comercial e serviços tecnológicos. Resultado da
parceria entre OKI Electric e Itautec, com cerca de 4000
funcionários e extensa rede de serviços, cobrindo 3700
municípios no País. Considerando as bases originárias de
Itautec e OKI Electric, o grupo OKI possui a 4ª maior base
instalada de ATMs no mundo. A OKI Electric também é líder em
ATMs recicladores na Ásia, com destacada presença no Japão
e China. Nossas soluções oferecem produtividade, agilidade
e segurança e contribuem para o crescimento dos negócios
de nossos clientes.
www.okibrasil.com
n Oracle
Fundada em 1977, a Oracle é fornecedora dos sistemas de
software e hardware mais completos, abertos e integrados
do mundo. Sua liderança no mercado de Tecnologia da
AInformação
sua empresa(TI)
podeéser
uma das patrocinadoras
do maior
e melhor
resultado
de um histórico
constante
de
evento
de
Tecnologia
para
o
Sistema
Financeiro
da
América
Latina.
inovações tecnológicas. A companhia oferece soluções
. de TI, incluindo banco de dados,
Acesse
www.ciab.org.br
completas
e integradas
servidores de aplicação, aplicativos empresariais, soluções
de colaboração, ferramentas para desenvolvimento de
aplicações, bem como serviços de consultoria, treinamento
e suporte em mais de 145 países.
www.oracle.com
32
revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
n Panini
A Panini é líder mundial em soluções para captura de imagem
e processamento de documentos com alta tecnologia. A
sua linha de soluções de captura de cheques e documentos
abrange aplicações como a captura no varejo (RDC), em
correspondentes, nos caixas, processos de retaguarda e
captura de documentos diversos. Fornece serviços especiais
de atendimento, gerenciamento e manutenção de soluções,
peças e produtos, com soluções de captura e gerenciamento
remoto, fornecendo ao mercado uma linha de soluções que
garantem o retorno financeiro aos seus clientes.
www.panini.com
n Perto
A Perto atua há 25 anos no mercado de soluções de hardware,
software e serviços para os segmentos de automação bancária
e comercial. A empresa é reconhecida nos seus segmentos de
atuação por oferecer soluções inovadoras e que incorporaram
o conceito de tecnologia para bancos e varejo no Brasil e no
mundo. Possui uma fábrica com 43 mil metros quadrados em
Gravataí (RS) que se destaca pela capacidade de inovar e oferecer
produtos e serviços que gerem diferenciais competitivos aos seus
clientes, com garantia de segurança e eficiência operacional.
www.perto.com.br
n Prime IT Services
A Prime IT Services atua há mais de 18 anos no desenvolvimento
e sustentação de soluções específicas, integrando a tecnologia
da informação aos processos de negócios dos clientes,
envolvendo implementações complexas e de missão crítica,
destacando-se o compromisso com a inovação, atualização
tecnológica e metodológica. No Ciab 2014, a Prime apresentará
soluções de mobilidade integrada a orquestração de processos
de negócios, e o tratamento inteligente de documentos em um
mundo digital cada vez mais hiperconectado.
www.primeinformatica.com.br
n PromonLogicalis
A PromonLogicalis, joint-venture entre o grupo brasileiro
Promon e a inglesa Logicalis, é provedora de serviços e soluções
de tecnologia da informação e comunicação na América Latina,
nas redes
sociais e
com operações na Argentina, Bolívia, Siga-nos
Brasil, Chile,
Colômbia,
mantenha-se hiperatualizado.
Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai. Com destacada
@CiabFEBRABAN
capacidade consultiva e uma rede de parceiros de primeira linha,
a empresa possui uma oferta dinâmica e bem estruturada para
atender a todas as necessidades de infraestrutura tecnológica de
seus 800 clientes, que incluem operadoras de telecomunicações,
grandes corporações e setor público.
www.br.promonlogicalis.com
Patrocinadores e expositores
n Recognition
Com mais de 20 anos de experiência no mercado brasileiro
e líder em tecnologia de imagem para o setor financeiro, a
Recognition oferece uma suíte corporativa para documentos
(financeiros e não financeiros) por imagem. Seguindo a
mesma tendência dos EUA, as Soluções de Captura Remota de
Depósitos e Pagamentos (RDC e RTC) são o grande destaque
para os bancos brasileiros, representando uma nova forma de
proverem serviços diferenciados aos seus clientes. Também
será apresentada a suíte de prevenção a fraudes, através de
parceiro internacional que possui como clientes os 10 maiores
bancos mundiais.
www.recognition.com.br
n Resource IT Solutions
A Resource é uma das maiores integradoras nacionais de
serviços de TI. Fundada em 1991, possui 18 escritórios, com
matriz em São Paulo e filiais em Alphaville, Americana,
Campinas, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Curitiba, Itajaí
e Porto Alegre. Além de subsidiárias na Argentina, Chile,
Colômbia e Estados Unidos. Com mais de 2,8 mil colaboradores
e mais de 300 clientes, é pioneira na certificação CMMI - Nível
3 em Fábrica de Código e Fábrica de Projeto e certificada Run
SAP Implementation.
www.resource.com.br
n RTM
A RTM atua no segmento de serviços de tecnologia para
o mercado financeiro. Possui uma extranet privada que
reúne mais de 500 instituições e cerca de 30 provedores de
informações/serviços em um único ambiente operacional.
Com atendimento diferenciado, realizado exclusivamente
por técnicos especializados, gerencia serviços de voz,
dados e imagem, oferecendo segurança e alta taxa de
disponibilidade. Através de sua abrangência e produtos de
valor agregado, cria soluções específicas como serviços de
data center e aplicativos em modelo SaaS ofertados em
parceria.
www.rtm.net.br
n Samsung Techwin
A Samsung Techwin é uma das maiores fornecedoras de
soluções avançadas de vigilância eletrônica para sistemas
IP, analógicos e híbridos. Baseada na história de inovação
da empresa, a Samsung Security Systems é o braço da
empresa dedicado a fornecer soluções de sistema com os
mais altos níveis de desempenho, confiabilidade e custobenefício. Como subsidiária de uma empresa importante
de um mercado internacional, é compromisso da Samsung
continuar desenvolvendo sistemas inovadores para aplicações
de segurança profissionais.
www.samsungseguranca.com
n Saque e Pague
A Saque e Pague oferece um conjunto de soluções inovadoras em
autoatendimento que proporciona conveniência e convergência
de canais aproximando o banco do varejo. Seus equipamentos
de alta modularidade permitem a oferta de diversos produtos e
serviços em um único terminal. Com a utilização de recicladores
de cédulas é possível a reutilização do dinheiro depositado e
a compensação do valor em tempo real na conta do cliente.
Além disso, com a expertise em gestão operacional disponibiliza
serviços que englobam monitoramento, gestão de numerário,
manutenção, call center e back office.
saqueepague.com.br
n SAS
Fundado nos EUA em 1976, o SAS é o líder de mercado em
soluções e serviços de Business Analytics e o maior fornecedor
independente no mercado de Business Intelligence. Com
aplicações de negócios inovadoras, ajudamos empresas
a melhorar o desempenho, oferecendo valor por meio de
tomada de decisões mais precisas e rápidas. A companhia
possui uma sólida base de clientes com atuação em: finanças;
manufatura; varejo; energia; telecomunicações e governo. No
Brasil desde 1996, a empresa conta com 200 clientes e 170
colaboradores divididos nos escritórios de São Paulo, Rio de
Janeiro e Brasília.
www.sas.com/br
n Scopus Tecnologia
A Scopus Tecnologia é uma das maiores fornecedoras de
serviços e soluções de TI do mercado brasileiro. Fundada
há 38 anos, atua nas áreas de desenvolvimento, segurança,
soluções em mobilidade, consultoria em inovação, portais
transacionais e automação bancária. Destaca-se pelo
desenvolvimento de soluções inovadoras, orientadas às
necessidades do cliente, e com processos alinhados ao nível
3 do CMMI. Na área de serviços de TI, está entre as dez
maiores empresas do mercado brasileiro, com uma estrutura
operacional que abrange todo o país.
www.scopus.com.br
n Seac Banche
A Seac Banche é líder na fabricação de equipamentos e
software para digitalização de documentos financeiros. Com
larga experiência em sistemas de processamento de cheques,
é pioneira na nova geração de máquinas de grande rapidez e
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
33
2014
eficiência para leitura, digitalização e classificação, inclusive
para sistemas de autoatendimento. Com mais de 20 anos
de experiência no setor bancário e com parque instalado
de mais de 450 mil leitores e scanners pelo mundo todo,
fornece soluções abrangentes não somente a organizações
financeiras, mas também ao setor governamental,
educacional, varejo e loterias.
www.seacbanche.com
n SIS
SIS - Solução Integrada de Sistemas é uma empresa moderna,
que atua na área de tecnologia da informação de acordo com
os mais rigorosos padrões metodológicos. Desde sua fundação,
a trajetória de SIS se estrutura sobre valores como ética,
honestidade, transparência, maturidade e comprometimento;
assim, por meio do desempenho de profissionais altamente
capacitados, experientes e motivados, desenvolve as mais
adequadas soluções para o setor financeiro e atende plenamente
às necessidades de seus clientes - sempre com o objetivo de
estabelecer patamares ainda mais elevados de excelência.
www.sisconsultoria.com.br
n Sistemas Críticos
Através de sua plataforma de payment solutions, TenS, oferece
soluções completas e modulares para ambientes de meios de
pagamento em geral, resolvendo todos os tipos de transações,
origens, redes de captura, emissores e bandeiras. TenS tem
alta performance com 6.850 TPS como Switch, convive com
soluções existentes e atende com agilidade os constantes
desafios e as novas necessidades exigidos pela dinâmica do
mercado. Com 20 anos em ambientes HW/SW de missão
crítica e disponibilidade contínua, Sistemas Criticos atua na
América Latina com sedes em São Paulo, Montevidéu, Lima
e Buenos Aires.
www.sistemascriticos.com
n Stefanini
A Stefanini é uma multinacional brasileira com 27 anos de
atuação no setor de serviços em TI. Totalmente verticalizada
por segmento de indústrias, possui grande expertise no
mercado financeiro (atende as dez maiores instituições
Afinanceiras
sua empresa
sertelecomunicações,
uma das patrocinadoras
do maior e melhor
dopode
País),
seguradoras
e setor
evento
de
Tecnologia
para
o
Sistema
Financeiro
da
Américaabrange
Latina.
público. Presente em 30 países, sua oferta de serviços
.
Acesse
www.ciab.org.br
consultoria,
integração,
desenvolvimento de soluções e
outsourcing para aplicativos e infraestrutura; e ainda BPO
para processos de negócios. Reconhecida mundialmente,
a Stefanini está entre as 100 maiores empresas de TI do
mundo (BBC News).
www.stefanini.com
34
revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014
n Symantec
A Symantec protege informações de todo o mundo e é líder
global em soluções de segurança, backup e disponibilidade.
Nossos produtos e serviços inovadores protegem pessoas e
informações em qualquer ambiente – desde o menor dispositivo
móvel até data centers empresariais e sistemas baseados
na nuvem. Nossa experiência de liderança no mercado de
proteção de dados, identidades e interações proporciona aos
nossos clientes a confiança no mundo conectado.
www.symantec.com
n TOTVS
Líder absoluta no Brasil, com 55,4% de market share, de acordo
com o Gartner, e também na América Latina, com 35%, a
TOTVS é uma empresa de software, serviços e tecnologia. É
a 6ª maior desenvolvedora de sistemas de gestão integrada
(ERP) do mundo e a 1ª em países emergentes, liderando
também o mercado de PMEs. A TOTVS foi a primeira empresa
do setor de TI da América Latina a abrir capital e está listada
no Novo Mercado da Bovespa. Suas operações em ERP são
complementadas por um amplo portfólio de soluções verticais
e por serviços como consultoria e cloud computing.
www.totvs.com
n View Financial Systems
Há quase 20 anos atuando no setor financeiro, a View Financial
Systems traz ao mercado um sistema completo de crédito
altamente sofisticado e totalmente parametrizável (produtos,
relatórios, críticas, campos, etc.). Desenvolvido em J2EE
multiplataforma, conta com: workflow interno, integração
com certidões, camadas de WebService para interação e troca
de informações com outros sistemas. Módulos: Simulação,
Crédito, Formalização, Carteira, Cobrança e Jurídico, Produtos
de Repasse (BNDES), Financiamentos, Empréstimos, Fiança,
Arrendamento, Imobiliário e Floorplan.
www.viewinformatica.com.br
n WBA Informática
A WBA é uma empresa nacional especializada no
desenvolvimento de software corporativo para o segmento
de recebíveis. A WBA possui uma divisão de produtos na área
Siga-nos
redes sociais
digital, atuando de acordo com os padrões
danas
ICP-Brasil,
são e
mantenha-se
hiperatualizado.
eles: iDuplicata – Duplicata Digital, iChecagem – Checagem
@
de Documentos Fiscais, iCarta – E-mail CiabFEBRABAN
Rastreável, iContrato
– Assinatura Digital de Contratos e iSelo – Carimbo do Tempo.
A WBA é Autoridade de Carimbo do Tempo e está autorizada
a emitir carimbo do tempo certificado pelo Observatório
Nacional.
www.wba.com.br
fevereiro de 2014 revista Ciab FEBRABAN
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revista Ciab FEBRABAN fevereiro de 2014

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