Torpor e EDerg~l(a em Belja-flores do Sudeslt DraslleJro Martin

Transcrição

Torpor e EDerg~l(a em Belja-flores do Sudeslt DraslleJro Martin
IIOI..~
8ooL. MEU.oLaT.IO(N.sD:.) 2:J·\,.
,
l_'~DlI99J
Torpor e EDerg~l(a em Belja-flores do
Sudeslt DraslleJro
AugustO S. Abe'. Claus 8ech', John F. Sleifensenl •
Martin BergI:f".It JoK E. P. W. Bio;ud<!'
ABSTRACT: T orpor . ad eII~'1:Hir cosl I. UJlenl Brazlll. n H"mm lma blrds.
Torpor ....., Its relaliombips 10 futin& lime was swdied In (he hummingbirru
1>kI-..oclrlha fiacws, AltftlZilia ~ic<JlOI' lZIeI £Ii~"",..ma ",aero","", at Santa
Teresa. ES, Btuil. Torp:.r was nonobligalOry M<I marktd ""wllions found In both
paaem 0IId ~1. However. whenever into lorpot. body remp<T1l""" was alwaY"
2.1"C above ombienl tempera""" (19" 10 230(;). reprdleu Ihe species. M. ~
sbowtd • sinile lOrpor bout. but two to three rpisodm was rrponed for A. ~17ico101'
and £. _1"0"",. The body temperature of non-wrpid humml/libirds was around
37"C, lZIeI similar for !he three species.. Oventi&lJt body W1!lgIu lou was iDvasely
relltcd to faS{illJ time, and lower in torpid birds. The 'MfJY expendirure was
c.lculated from the ovemight body W1!i&/I lou .. llUncIion of torpor time. A!orpor
for 10 hOllrs )'kIlled I melD <MrlY savina ranpal from 49.4% 10 61.1% for the
spec~ Mlldied. The effeaivmess ot tIIon !orpor bOIIl Is discu ...d
Key wonl., Humminlbitd, torpor, ~k. Min&. Iempentlll'C, metabDlism.
RESUMO: 0 Torpor lKIIlIrIKIe ..... "'Ia¢cs com 0 tempo dojejum fOtanl estl>dados
..... beija-llotes MdOltOtroChiI.. fruaa. ,jlJlQZllkl ~17icolOl' e £Ii~omena
1ItOCrt1W"a, em Saini Teresa. ES. 0 IOrpJr foi fKultati>'o e vatiOll no padrIo e na
~. No mtanto.I tempenl\U"a corp6rea dUrallte 0 torpol' foi 5em~ 2.8"C acima
da ambictllli de 19". 230(;, IllS nt, esp6cies. 0 periodo de 10fP0" foi oinico em !of
fuau. mas dols OIl I~' rpis6dio$ podiam ocorrer em A. ,.,'JlI:oIOI' e £. """"'0111'0. A
temptntu .. (CW))IIre' do, excmplans que 010 ~ntrar.\m em torpOI' foi em tomo Ik
37"<: 0 nlel difffiu en"" .. esp6:iet. A pmIa Ik peso COlJl6n!I notum. VV"iou
in~ers.amC1lle com 0 tempo de: .i<jum e foi mel>Ol" !lOS unnpiares em tOfpOf. A
e!lim.tiv> da t<:onomia de: onntia foi calculadl • partir da perdII de peso corp6ttt
em fllllOO'lo do tempo Ik lorp:.r. Um periodo Ik t"'POl".x 10 h _ emf...., uma
ecollOmi. de ene,," da orde:m do: 49.4%. 61.1%.. nl$ diftrtnteS"Picies est,.dad..
t!: disaltida • eficKia ..... CurIOS t'pis6dios de LorpOr.
r . lavru_d lv.>; &lj..l\oI. 1OrpOf. ~jejum. temp<T1llUta. mctaboli$mO.
u.._
t _ 00,.
.. l!>oIot'"
E>a.odIooI hoU>ca.I J ~ Rio l'lllto. ~P. IIn. i!.
! . Oqooo _ _ olZoolov, """.....,.olT_1'<" . ~I 0r00I<>¥0II.
J'_BioIoIitoIt ' _,.. U.lv-milyolC.: I , DK·JOOO Ikb""",. DioI_<>.
' .'6'$&1,,,,,_Il10 I<I_.D·«O\I M_.A ..........
S . ~ <I< fIo.IoIop ()enI. l,.IooMnidaok .:10 SOo
0$019<1 S., P...... SP. 0 ... :1.
_po
p_.
,
IDlrodu~lo
p"", os muitO$ animals endotermicos de ~qu.no pone. u lorpordiirio,; urn
mecanisma e5scllCial para suportal' periodos d. pri"~!10 do alimemo elou
seve"", condi,.oes cljm'li~as. que ~m comprGmet<'t 0 baJ~ cnergenlco.
Em aves. 0 torpor OCOlft em 14riu es¢Cies de 1"10 mmos $t'i, onlens (L)'1JIan.
1982; R.i~~n. 1983; Wang. 1988: Heller. 1989). 0 torpor diArio. qllf: eS1i
~Iacionado. comidertvcl cconomia do: energia. roi basunte CSludado nos bc:ija·
flo~ t ~ !otr uma esmlo!gia empregada ern cordi¢es de estresse
cnerg~ico (La$icwskl & Lasiewski. 1961; Hainswonh &. Wolf. 1970. 1978;
HaimwOlth of aI., 1977, 1981; 1ktxhaJ: of 01..l979; Hi.ben. 1990). Tanto que 0
torpor em bcija-nores 1m! lido ~mtc ~gislnldo em individuos bern
alimmmdos (KI1l&t:r . ' 0/., 1982). Todavia. ht dados q...e fomecem elemenl0:5
ruo;Ivcis, da independblcia do estado alimentl' no torpor em !leija-flor, como e
o caso de &lasplKJrw ",juJ (Carpenter &: Hix<m, 1988).
A lom.ada de dtdos fis iol6gicos em avcs till nalu~za, portm. ~ diroc;] c •
malona da.'! infonna¢es foram Gblida.'l de animais rnantidos mI c&liveiro.
PouCQs slo os escudos qllC Iprc:scn1llll1 dados de torpor em t>c)ja. nores l'1li
condi~Ocs n.lunUs (C.lder &; EIoosef. 1973; Carpen~r. 1974; Carpenter &
HixGn. 1983; Calder &: Calder, 1990), Oem fortnl •• quatJo da influt""ia do
($(resse (nergt1:i~o no 1OfpoI' dos bo:ij.-flofes (11l rondi¢es naiunois continua
uma ql>eSlJo (11l .berto.
o presm!( estudo inV($tip 0 to<por norumo em Ires esp«ies de beija-flo~ do sudest.e brasileiro. (11l rondi(Ocs s.emi_na!Unli$. rom e$pecial ~nfase panl
IS &I~ agudas do rstado mergttico.
Melodo5
Este e:studo foi realiudo
no
MU$oeIJ de
BiolO£i~
Pro(cW)r Mello Ltilllo.
(11l
Santa Te",sa (41 o W 2005.). E$tado do EspirilO Santo. As t$p!cies de tJc,ijafl~s e$tudadas (oram A1Ila=iIIQ wnicol(Y (peso m~io de 4.2 B-l.
Jff!anomxhil... fiuclU (I.I I) ( C~"""t/tQ macrollrtJ (9.0 B). Todos 05 exem-
plan, IIlilizados foram aduhos. mas nlo foj possivel dcl(nninar
Soe~o
~om
P'l'eisio
(I
tbs., -:s.
O! be j.·f1ores l'mjuent.av.m • !rea de e$ludo . • tnlidot por bet>tdouros
artif,eiais contendo ,&ua ~arada. onde pudenlm str f.cilmentt caplunldot.
letlIlmtme "" erurdt:«r. ApOs a ~.p1Ur" (oram mantidos em piol.s individuais
por Urn periodo de ~jum v.nAvel, 11~ 0 po. do sol (19:00 h). 0 e$"do e~ico
(oi eomrolado pela priva~1o da alimenla~!o ap6s (I 1"'.10<10 <lUI: st Stiuiu •
t aptuno.
•
Em g,d.a nperimemo os beija-flCft! forsm ~. com • pree;$IO de
0.01 I- c coloxados individualmmte nn calli" <Ie papelAo de 2.B I. provldas de
pGicirus. As caixu f(lftm coIOC1das .0 dcsabrlao dYramr .. ooi~e e as pa~1tS
IatmUs c superior do =ipiml<: ~ perfurldu. pcnnitindo .. expo!i~IO "
condi¢e:s oX \lmlperann e fOlopmooo nannl. Normalmente. as aves
pcnnancciam nnpolcifadas durant<: toda .. noil('.
A tempcnnn. COtpOiea (Ttl cIos beijI·nOl'ft foi JMdidl por meio de errrnop.a de cobre-con$WItan (California I)"pe 00), iMmdo.l wb-cll1lneaIMnte.
an pos~ WenlIOlft .. mllKUlann pciloral. 0 Imnopw roi lindo com lila
citUrgica e en ;eoobcno pm lISa quando .. .~ pmnlroecia empoleinuia.
~ COI'IIrOIes rom ell II'ts ~Ies. mosl!Vam que .. tempnat""' d.l
muscubnn pcitonl. tal como foi nledloia. nIo difm. lI\IIi, que 0.2-0.30(: (II.
mal. IOIMda simlllllllCamel'llt. Um tc,nlOpll' rol (:OIoeedo denuo III QI;U de
p.pdlo. pan • mcdi4a cia mnponnn ambictul .. qllt 01 be1ja-1I«n focavam
uposlOI d..nnte .. noil<:.
Os ~ foram c:onecudoI • UIII COllIe,..,. AID, viii pac;. tem'linal
DT-7S7. aoopIado I uma pJ.Q oX flqui~ cIc IiIOos (OT 21OS) insulada mI
um micm-compuQdor IBM·PC compatrvcl • ...sando 0 propama t.abtcch
Notet.c.N:. Com este dispo$iilvo, roi possIvcl .. medida cia Tc t dllCmpnal\n
Imbienl.l.l a CIIda 40 squnOos. ao Ionso III noite. Em t..u. noi~ III! wis oojaflom< podiam HI' medidol sim ... l~tc. Na rnanhl 5tluillle, IKI tempo de
despcrtar dos beijl-flom (6:00-1:00). as Iva r _ miradu du Qins.
repesada5 e wllQ.
o periodo em que os beiJa-fIorn mlnth'CTVJI .. Tc ItJiixo de lSOC duranl~ I
noile foi wmiderado como 0 lempo em lorpor. Em lempmuun. ~Ia 0
limiar da!i vari.~Oes dl T~ 110""11. 0 lorpor fol calcIII~ lpellQ nos inclivklUO$
em que se relli~troll ineqllivoci c dun.dou.nI red~lO d, Te.
RtS ulta dOI
As trts espkics de brija·nares cntraram f~lIltaljvamC1nc em torpor. em
tcmpcn.tllnl ambicnte variando de 19" • 2J«:. Ademlis. houve accnlWl<ia , ...
riIM;Jo no !*frio e dwa<:10 do torpor cnU'e M cspkics e os inclivlduos. 0 perlodo
de lorpor Una e prolonc.oo fol rtlllllirmcnte obM'rviWkl em M. fiuells (Fill"'"
I.). mas nas demais es¢cin. fnq""n"'mcntc. mils de urn cpi,odio pode ~r
~istn.do 10 Ionao da noite. Em A. ",,,koJor. a~ tm Pfriodos de lorpor foram
~iw3dos dl.lnllte uma ilnM:a nolle (Fil\ll'll Ib). Assim. em A. ,yn/coJo, e £.
~ I d~ tOlaJ do tempo de torpor dlnllte I lIOitc vanou de 2 • II
horu. Pata}.f /una I ~ do torpor foi mais prolona.dl. de 7.5. II horas.
A mtdia da Tc dos brijl-florcs 'I"" nIo mtmam em torpor fo; de 36.8 %
1.3'C (nWdia '"' desvio !*IftO;N - 22) pu1I A ,vrJicoIor. n .} % 1..«: (N - 25).
•
pan. .lI.fi=us e tie H.I r I X eN • 2S). pan £. "<I<TOIIrQ. As dif~u ~mre
Hp«ies nao fomn signifK"J.tiYU (A NOVA. p > 0.01). Dunnte 0 to<pO<. a Te
1$
f"; mantida 2.8"C adma da amblenta! de 19" a 230(, nas Ires Hpkies (Fiiura 2).
A Te do5 exemplare, em LQrpoT foi significalivarnenle menor que "'lucie. que
1'110 entno",m em torpor (A NOVA, P < 0.0 I J.
U
•0
.,./onolrochJf,u fIJ.cu.
"
--, "
-• ,."
0
0
E
•
~
T.
A
"" "
u
•
,e
-i
E
~
•
,
,.
\.
"
"
o.
Amorilifl .,.,..;w/or
.0
'V
'0
" ~
'0
T.
\.J
0'
..
V
o•
H oro
cr.)
FiprcI I. A . Tcmpon!UR ambitntal
e c"'pclrn .... dois unnplwn de
MJQff()(TOChi/us [!deus • .., Ionso cit noile. A .ilbiLl qy~ do tcmpennut amhlmlll
~. ~:OO (oi devida t <huVI. B _ Tffllpenrur.l ambitlluol c corp6n:a fflI A",,,,i!iJl
'_.,leolor. mosll'alldo II'fs episQdiO$ <It: torpor ao looso d. noite,
,
__ . MIJI . 11101.. MELLO I.ntAo (N.S! • .) 1. 19\11
u
,.r---,----r--~--_,r_--~--,
o
•
"
,.
ot::.
~
eo----'.I
,
-n;"T
60
6
6
a-- t)&>
"
'0
."
0
A. !;,flrsicolor
Mfuseus
E. maerOlJro
"
-
6
"
•
"
,.
"
'0
Temperatura ombiente OC
figun. 2. Tecnpuarun eoop60et. (Te) das ua cspkies de bei,?-fIorn dW'alllt 0
1OfpOf. till i\tno;lo dliemperarutl ambialla.l (Ta). A liIIlIIo a61ida indio;a a re~1o Tc
.. Ta e alum. IrICejadl I ItII Ido obQda P"I os vaIores de Tc reuni<:\od.: Tc" 1.2l
+ l.Oa Ta (r .. 0.77; P < 0.05; N .. 37).
A pm1Io de peso corp6mo (PPC), npressa como porc:mtagflll dio m&5S11
pmlida por hon. {ol Clkulada como 0 Indice de g&5to ene'i~lico
norumo. A PPC noruma _
sianificante decrticimo com 0 aumento do
tempo de jejum ames do por do iIO~ lIaS trfs esptc:ies de beija-fkItes (Fi,1ItlI 3).
Fo; Inleressante nOUr que mesmo 015 indlvid\lOl5 RIo em torpor. apresmtamn
similar red~lo do pto enera:ttiw com 0 tflllPO de jejwn. Esla n=~ foi
eswlstH:arnmle signiflCl.ti ..... p&nl M ji4CIJI e E. ..,«rowra. Toda~ia. I mnma
n=~ nIo foi possl~eJ ser demonsndJ. em A. wrIICO/OT pois a~na! urn
incIj~lduo RIo mtrou em lorpor com um perlodo de jejum acima dt uma hOfll
(Filii"" 3). Em 1:. IftOIC1'OWQ houve n=Ja(:Io positi.... e significati~1 entre a
tem~l'IIl\Ir. COIp6te:a n()IWTIII e I pmIa de peso rorp6Ieo (PPC '" 0.627 ... 0.0327
Tc; P <: 0.05. r .. 0.46, n .. 15). A mccvna rela.>lO nIo fol obsnvada para &5
demais es~des estudadas.
Em A. w r lico/or. a mellOr d.:u es¢<:ies estooadu. 0 tOTpOI' 0C<II11:11 mf';$mo
ern um ;nd;~1d1JQ que se aJimemou ali 0 OCI5O (Fi,ul'll 3), Foi tambtm e~idente ..
mmor IOImlnc:iI. de A. wrsic<)lor ao jejum, complnldo iI.s duas es¢<:ies maiun=s,
que podem pcrTNnC«f quase 1 horu privadas de alimentu e .inda &5Siru.
m3ll~m a nonnoIl:m'lia duranle I naile (Fi&1ItlI J). '" eaIfIO/T\;'" de tl\tr~ia cum
.~~";'a~
•
AB(
rr AI..:Toa.ooo. '''II[1J~·ftJ;.,U
o IOIpOr IIOIUIllO foi maior. quando H rompan com I PPC de indiv/duos n!o ern
10<p0f. eomo pode HI apredado 1\1 FiiUnI J. Elle dado pode ser visto na Fi~ul'l
4. que mostn.. com:llII;to Ilt'gI,iVII ~ slgni("'lme entre I PPC OOIuma r 0 Lempo
em lorp::!f.
,
0.' ,
•
Amazi,itI "."kolor
,•
0.',
..
~,
I • i
'
•
' •• •
0
•
X
,
....
0.' ,
u
••o 0.',
•• 0.00
••
•
o
•
o
••
~
o.~
,
, ,
, ,
,
"
0<>00, ,
"
W/at(;Jlr«/d..
0
•
8
0
0.' ,
0.00
-~
0. 0
~
• ••
••
£~~~
••CO
,
fu.~u.
o
, ,
~
~
• • ,. " , ,.,
• ••
50
~
-
100
,:10
200
250
Tempo em jejum ! minJ
fi",,,. 3. "'rda noruma de peso corpollrtO (% do pno cocp«tO pw:Iido por bon) rm
do ltmpo d< jtJum amn do oeaso, /1(1$ ~ijl.·norn esnwlodoo Os. d r",,1os
vuios rcprtSt'llllm M txtmplaru IIOmlOlfflniros ao l(>IIi" do noile • os .he"", '"
que enuvam em lor;><>< pot um perlodo varii ...L
~Io
•
,~.
.4trttNiNo .--r.iCtJlor
-,
0.7S
~
0,'"
'-"
0.25
c
,
0 ,00
c
0
1,25
•
--
,,00
I
~
-0
0
•
~
~
0
u
0
••
•
•
• • •"
•
,,00
0.7S
0 ,50
0.25
l
I
•
.. ;;-
AlMMt1II'OChiIIll ' I I _
t-
•
0,00
,
• i\-t
~
£ lIp./Om.nQ mtlCl'tJUtTJ
•
-•
~
0 ,15
0
~
0,50
Q,
I
•
0 . 25
0 ,00
-1 0
1 2
~
4 !5 6
••
....
l' 8 9 10 11 12
Tempo em jeju m (horos)
......... ~_dtpe$O cOlpo6ml ~ do pno cOll)6leo pmlldo porh ..... )nn
~ do IempO em torpor. IW tm Hpkies de ~ii-'t1oe'U. A Iltrda IIOIUma de
peso COIpOiev (P1'C) em ~ do lmlpo m1 torpor Tt podc Kr deocrito pel""
tq~; ppc . 0.790 - 0.11' n (r" 0,7': N " 22) A. _$Im /", .. PPC " 0.671 0.04 1 TI (f " 0.71: /II .. 29) M. fi«tIS: PPC .. 0.6004 • 0,036 Tl (T · 0,85: 1'1 " 27) E..
__,..,."... (p < O.OS
toda$., "'I""¢"').
'*'
"
A PPC noturna ~ urna medida indireta do gasto ene~co. A economia de
mc.wa COOl 0 torpor pode .er caJculada pelM linhas de regressao da ~I~ao
em", a PPC notuma em fwl~lo do tempo de torpor (Figura 4). Dests fonna. 0
gasto energ~lico cakulado para urn penodo de torpor de 10 horns. resulta em
urna ~nomia media de 49.4% para A. wmicoior, 61.1% para M jwsCIJS e de
59.6% para E. macro"",.
Discussio
Em tempernruras ambientais da ordem de L9" a 23"C, os rcsul\3<kt!; mOSlrata/I1 que <>com: torpor. air.da que facultativo. n.as 1m espkics de beija-f1ore.
estudadas. Todavia. 0 rato destas espkies .inda mantc",m a Tc 2.goc acima da
temperatW3 ambicntaJ durante 0 torpor indica que 0 con1rok <iii Tc n10 ~ fcilo
em seu nrvel inferior. 05 dados de medida do meubolismo em IWxn tempera1""", mO$mnom que M. jwCIJS controla a Tc de torpor entre 19' e 23«: c E.
entre 13° e 16<'C. A tcmpemlUnl ambientc IIQ ca9) (oj inferior II. Tc c
baixou a SOC. A Tc de A. vtniNJI(W em torpor nIo foi medida nas mesmas
condi¢es.. mill! em scis ouu3s especies de beija-flares de lamanllos s imil""'.
variou de 12°. III"C (Steffensen e/ 0/ .. nllo publicado). ()c,;ta fonn .. em !>(lites a
aproxirnadamcnte 2O"C os beija-tlores n&o u1!o aparentemcnte CXposlO5 a
!empen.turas baiu$ ItO ponto de l'qIulan:m a Te em 5CU nlvcl mail Mlxo (Fi gura
2), Guo conbirio. a Tc deveri. baiKar a nI",,;o maio pnlllUnos "" d& tempen.tura
ombicntaJ . 05 mecanismO$ '1oc Icwm eIlcmplare! de difen:ntes es¢cies. em
Vllriado$ periodos de jejwn c COm !an1anho! distintos. "" mesmo nrvel de Te.
quando cm torpor. sao desconhecidos.
A entr&da para 0 torpor nas !Its es¢du estudadas dependeD elan.men\e do
eslldo energo!tico. 00 seja. cia d~ do tempo de jejwn antes do 0<:L'l0. E.sIc
ralo corrot>on. a hip6tne de '111e 0 torpor 1105 beijl·tlO~ t urn meeanismo em
respos!a 10 esmsse mcrgo!tico ( Hainsworth c/ 01., 1977). Todavia. 01 da.dos de
torpor sao discon:lantcs da5 ~ ~ para ""iris cspo!<:ies de aves.
""" quais a Tc ~ l'qIulllb. em seu nrvel mail bl.ixo. em resposla 10 esU'eS$C
energ~tjoo (BanllOlomew &. Tnl5I. 1970; Biebach. 1977; Bartholomew f!I 01.,
1983: Chaplin ~Ial .• 1984; Reinertsen &. Haltom. 1984; Colliru 01: Britra. 1984;
Graf tl 01.• 1989). 0 nlvel de cconomia de energia. pomn. d& ordem de 40J"A. a
6 1% . ffit dentrQ da amplitude descrita para as especies de beija ·florn de outnLs
"'gilles e d· WI. dS aves. que apresen!an1 hipotermia notuma (KrOger cl ai., J982;
BarthoIom~ v tl a/., 1983; Wang, 1989).
.... Iguns esrudos indicam que 0$ beija_flores podem IIIttbem entrar em torpor
1\11 aDStncia de <>Sire"", cnergttkQ. CalpCnter 01: Hixon (1988) demonsttaram 'I""
o beija·flor Stlasphorru rufo~ pode tomar-se t6rpido durtll1te 0 perlodo petmigrat6riQ. ~ntemente para lICumular reservas com maio efici ~ncia.
mac,..".",
IIOL. M\IJ, 11""-, MlLlO I1ruo(N,Su., 1. 199'
"
Carpenler (1974) ~nlOli no ~ij .. Rot-dos-Andes. Ortomx/til", <"Ilella. dur&r1te 0 repouso. mamlda dif~. sazonal lUI ino;idtnda e du~o do torpor.
que foram maiores dunnte 0 invnno. Carpenter (1914) concluiu que nem a
tcmperal~ .mbicme 011 • disponlbilidade de alimemo explicam 0 torpo. de 0.
U teI/o. 0 torpor em ~ij.-norn em .us~nda de estn:sse aJimentar foi tam~m
regiRndo par Krllge. el W., ( 1982).
presente estudo oorrobora alium~ das OOsenlao;&s M:;ma ciladas. A ...
lim. A. '~rJlcolor poole t"Iltrnr em torpor a despeito da disponibilidade de alimenta. Para as duas outra!! ~Ies, urn periodo de jejurn lIuc pre«dc 0 pok do
1101 pan:ce neceM8rio para 0 ntabelecimenlO do torpor. No cnlanto, 0 pmodo
mlnlmo para 0 estabelecimenlO do torpor foi de 100 min. para U. fo,c~" en_
quantol/UC de.pmas 20 min. para E. ....xro...... (fiiUrl J). EslC dado sUlle~ que
E . MOCrovrtJ pode enttar em lorpot' -.pcsar de a1imenlado. Na ~8iAo onde foi
conduzldo 0 pfescmc esludo. as c hwas forte poderiam rlmtualmente impedi.
CM beija·1\orcs de sc a1imenllmn an," do Tepouso nolumo c indllZiT 0 torpor.
A. w n kolor e E. mQCro~ra podem entra. em mais de urn cpi..xlio de
torpor por noite. com atglll1ll dcles de pooca d~ (Figura lb). HaiMwO/1h e/
01 .• ( 1917) tllmbem relatam perfodos cunos de Iorpor em ~ij.J· nores. de 2.S h
para E~gtntJ folgtIU e de 3.$ h em Arr:nilocnUJ Q/uandri. No beija-Rot
5.IOJphonLJ ",jus cpi..xlios de torpor (Om d~ de 2.S • J h podem ocom:r
., final do TefIOUSO notumo (Hiebcft, 1990). Desta fanna. parece que os beij.nora podem cntrar em torpor pot" perfodos aaIOS. No enllllto•• oc:~nc;. de
multipios cpis6dios de 1OrpOI'. eomo 0 C>bset'vado nestc esti.ldo .•inda nIo hav;a
sido regislnda.
Os mOllipios cpis6dios de torpor nl<) devem estaT ~lacionadOl 10 proccdimen10 experimental. Em CISO de urn eslfmulo eKtemo esta: c,'e ,uualmente
intene/indo. SlUI ""to sena geraf sabre todos os beij~-f1ora em urnl $hie experimenul. 0 que nao foi obsenlrodo. Em urnl mesm~ stoic: experimental. algwIs
individuos apn:set1lavam mul1iplos epis6dios de lOt'pOI". 0UIr0$.pena$ urn Ion&o
epis6c:lio. enquanlO outros nIo enttlvam em lOfpOf. Es«: ~ ~ de ditlcil
explic~ e pam:c connitan1C (Om 0 conceito do peso minima em beiJa-flores.
segundo 0 q ....... por qunda da impossibililbde de man"'~ da temperatura
COl p6tu. 0 lOt'pOI" sen.. obrigll6rio (H.illJworth el al .• 1911).
A obsetva<;l0 de muhiplos cpiS&!ios levanta uma quesllo fundamental wIn • em:rg~li" do torpor_ 0 1empo neceswio para entrar ou $aIr do tOtpOt"
l umenta rotls;derave]mmte com 0 Ianlanho da ave, hem como 0 ilSlO energ~·
lico envolvido para a saida do processo (Lasiewski AI. Lasiewski. 1967; Calder AI.
King. 1974; Bal1holomew, 1981). Ass;m , 0 lumenlO da encraia noecessIoria .......
saida do torpor ~om 0 incn:menlO da massa «HJ>I'Irca limila ~ palencial erockia
do proc:csso nil econom;. de C'IlCrgia. Os ~I!ados do prescote es1udo rnostram
que a1,1II1lI indivlduos nIo pmnanecem !Odo 0 tempo em Iorpor. mu podem
o
"
rolOm&r deste est3do mesmo antes da Tc ;uin&,r
0 ni~'el
mah baixo (Figura lb).
E$le \bdo indica que a Tc baixou a niveis imerma!imos entre a oormOlennia e a
"IOl'pOlermia", Este padrto. envolvmdo perI~ "imelTllplOS" de torpor, foi mais
fmjurnlemen«: observado em A. ',",icokJr. Os resultados indicam qlle m<'5JftO
esleS periodos cW10S de torpor podem oer de signifdnda tcrm<>=gul1l6ria pan.
as aves. Desta fomtl, ocusto da !.aIda dessc pmc:c$W RIo <!eve SlJperM a teduo;i<>
da IalUI rnelab6iica resllltan\e da qucda cia tmlpcr.llun coop60u. ainda quo: CUl'laEm urn"'""tc estudo com (I beiJa-flor Sd(1;fphonG n¢in. m.antido em cativeiro.
Hicbel1 ( L990) wnbm! concLuiu 'Iue esQI esptcie- podc o;>;>nOmizu energia
entrando em perlodos curtos de torpor.
Av-decimcnlos
De~jam05
consignar IlOSS05 agradecimCrllOS ao b;610g0 strgio
L~M.
Mendes, do Set ..... de: Zoologia do M"""u de Biologia Mello Lcitlo. Sanu Te.esa.
e ao Dr. Jose Tabacow, Dimor do MlI50eU no period<> em 'Iue este trabIIlho foi
des<cn~oIYido.
pelos inestim'veis preslimos e soIidariedade. Aos fundonirios do
Museu. pelo constante apoio e o;arinho dutante 00!I:Ia estadia em s.ma Terc:sa..
E5tC cSluda recebeu suporte financeiro e apoio logwico da Ema and View
H&nelblad Foundation. da Sukia: Deutsche fonchungSCllfftC'inschaft,
Alernanha; NaIUlll! SCiellCll IW.earch Council. Dinanwc:a; The Hcruiben
Foundation. Dirwnarca e ConseLho Nac;onaI de Pesquisas (CNPq), enci!bdes is
quais e~lemamos nossos agradecimenl05. Am On.. C~lio F. B. Hadcbd. Sbgio
F. dos Reis e Jacques Vielliard pela leilura'aitica do manusailo.
Referencias Bibliogrifics!
BARTHOLOMEW, G. A. 1981. A matter of .~: ... examirwion of er.dolhmny
insects and te"..,5Irial venebnues. III B. Heimrich.. J Wiky &. Son, Cedo.).
, ...«u TMrllloreguJasion. New Yori(. p. 45-71.
BARTHOLOMEW, G. A., VLECK. C. M. &I: BUCHER. T. L 1911. EnC"f"IY
metaboli"" and noctumal hypothmnia in tw<> tropical paoserine r",&ivon,s.
MoflOC.,. vitelli".,. and PifH"G _",aI~. Physiol. Zool.• 56: J7().379.
CALDER. W. A. &I: BOOSER, J. 1973. Hypothennia of Broad· tailed Hummin&binh
durinp. jnc' . "Iion in natu", wilh ttoloiical ~latiOll'. Sciell«. ISO: "1_753.
CALDER. .~ . A. &. KING, J . R. 1974. Thmnal ar>d caloric reillions of birds. /" D.
S. Faner &I: J. R. Kin" (ed •. ). Aviall hitNqgy. Vol. IV. Academic I'ress .• N"",
Yorl<.. p. 2$9-413.
CARJ>ENTER. F. L. 1914. Torpot" in an Ande"" hummingbird: it< C"Coloiical
significance . Science. I &3;$45.547.
EIOo.. Mvs. BKJI.. Ma10UJT~O (N.St • .) 2. 199'
"
CAR.PENUR. F. L. &: HIXON , M. A. 198&. A n~w function for torpor. fat
~OIl$Cf>lation in a wild migrant hummingbird. Cond",., 90; 373-378,
CHAPLIN. S. B.• DIESEL, D, A. &: KASPARIE, J. A, 1984, B<KIy temperature
"'gulation in R~d-tailro Hawks and G",;u Homed Owl . ; ""]IOnse. to air
tempe"'U1te and food deprivation. Condor. &6; 175_181.
COLLINS. B. G. &: BRlFFA, P. 1984. Nocturnal energy e'r"'"dim", by honeye.,e ..
experiencing food shortage and low environmental temperatu"'. , Comp
Bluch.,m. P~ioJ., 7SA: 77-81.
GRAF, R.. KRISHNA. S. &: HELLER. H, C. 1989 . Regulated nocturnal hypothermia
inducroln pigeons by food deprivation. A m. J. Phy.iu/., 259; R 733-R 738,
HAINSWORTH , F. R.. COLLINS. B. G. & WOLf. L. L. 1977. The functiun of
torpOr in hummingbirds. Phy.loJ. Zoo/,. 50: 213·222.
HAINSWORT H, F. R. & WOLF. L. L. 1978. The economics of temperature
"'gulation and toIpOT in nOll·mammali"" organi"", . In L.CH. Wang &: ] ,W,
Hudson (eds.). Slra~gi~J in 1M CaJd: Nanna! Torpidit}-, and Thermogenesis .
Academic p.., .... New Yori<, p. 147·186.
HAINSWORTII.. F. R.. TARDIFF. M. F. & WOLF. L. L. 1981. Proportional cuntrol
for daily enern' ",gulation in hummingbirds. Phy.lol. Zoo/.. 5,4 ; 452-462.
HELLER. H. C. 1989. Sleep, hypometabolism. and tOrpol in birds. In C, B«h & R.
E. Reinemen (e<l<.). Phy.lology ofCoJd Adaplalirm In Birds. Plenum Press .,
N~w Vorl:, p. 231.245.
HIEBERT, S. M. 1990. Energy co ... and tempo",1 organization of tOJ1Xlr in the
Rufou. Hummingbird (s"I""ph",.", "'flu). PfrysioJ. Zoo!.. 63, 1082·1097.
KRUGER, K., PRINZINGER, R, & SCHUCHMANN, K·L. 1982. Torpor and
mel. holism in hummingbirds. Compo Bioch.,m. PII)";oI.. 73A: 679·689.
LYMAN. C. P. 1982. %0 is who among the bibernators. In c.P. Lyman .. J. S.
Willis., A. Malan &: L.C.H . Wang (eds.). HlberntJlirm and Torpor in Mammal,
and BIr<h, Academic Press., New Yori<o p. 12-36.
WANG, L.C.H. 1988. Complltalive aspem of hypothermia and torpor in bird, and
mammal" In II. 0",,1I0( Ceds.). ACIa XL,( CO,,!:US' 1m, Omit.. Vol , n. Un;,'.
O!tawa p.., .... p. 2702·2707 .
WANG. L.C.H. 1989. E~ologicat. physiologic,l, and biochemical aspects of 10rpor
in mammal< and birds. In L.C.H. Wang (ed.). AdI'ollCe, In COmparali>e and
Environmental Phy,;oIogy. Vol. 4. Springer· V~r l .g., Berlin. p. 362_40 I.