SBAhq

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SBAhq
Ano 64 | jan/mar de 2014 | Nº 01
http://www.sba.com.br
Café - 1935
Cândido Portinari
SBA
SBA | Editorial
Editorial
Por Erick Freitas Curi *
Renovar: um elo entre responsabilidade e
comprometimento
• Durante a vida, nos encontra-
mos com um imenso número de
pessoas. Relacionamos-nos de
forma direta ou indireta com
uma significativa parcela delas.
Algumas possuem o dom de nos
tirar da posição de conforto e nos
remetem ao exercício da ref lexão.
Há um tempo, um pequeno grande amigo, Dr. Rodrigo Aboudib,
me estimulou a pensar na sensível
diferença entre o “compromisso”
e o “comprometimento”. Confesso que a inquietude da alma me
fez recorrer ao dicionário. Logo
percebi a diferença entre ter compromissos, um ato quase protocolar, e ter comprometimento,
que é o envolvimento, o fazer, o
cumprimento dos deveres e das
promessas assumidas.
Este primeiro número da Anestesia em revista de 2014 me remeteu mais uma vez a essa reflexão.
Os colegas terão à disposição
uma série de matérias, todas com
informações importantes para
nosso associativismo. Porém, duas
delas merecem atenção especial do
nosso editorial: “Posse da diretoria da SBA – gestão 2014” e “A história de um homem”. Na primeira,
a Diretoria da SBA, representada
por seu presidente, Sylvio Valença
de Lemos Neto, assume compromissos, apresenta o planejamento
anual e se coloca à disposição para
o cumprimento do dever de defesa
da anestesiologia. Trata-se do reinício da renovação das forças e das
ideias. Ali, registra-se oficialmente
nosso compromisso.
Já “A história de um homem” traz
uma singela parcela do significado do Dr. Ney Santos para a anestesiologia brasileira e também
para a SBA. O Dr. Ney nos deixou
no dia 22 de fevereiro de 2014.
Era o último representante vivo
dos fundadores de nossa sociedade. Presidente na gestão 1969,
foi exemplo de luta e liderança.
Seus atos foram de envolvimento
e realização. Ou seja, a lucidez e a
clareza do comprometimento.
A Sociedade Brasileira de Anestesiologia planeja um futuro embasado em 66 anos de experiência e de
muita dedicação. Assim, os “compromissos” assumidos durante a
cerimônia de posse, norteados por
exemplos de “comprometimento”
como o do Dr. Ney, nos remetem ao
dever da renovação sem nos afastar
da responsabilidade de dar continuidade a uma história gloriosa.
Desejamos uma prazerosa leitura
a todos!
■
* O autor é diretor do
Departamento Administrativo e
responsável por esta publicação.
Editorial |
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Expediente
Foto do Sumário: Homenagem - Dr. Ney Santos.
Capa: Café 1935 - obra de Cândido Portinari.
Conselho Editorial: Sylvio Valença de Lemos Neto, Oscar César Pires, Ricardo Almeida de Azevedo, Sérgio
Luiz do Logar Mattos, Getúlio Rodrigues de Oliveira Filho, Antônio Fernando Carneiro e Erick Freitas Curi.
Diretor Responsável: Erick Freitas Curi.
Editora: Mercedes Azevedo.
Diagramação: Marcelo Marinho.
Impressão e Acabamento: Walprint Gráfica e Editora - Tiragem 11.000 - Distribuição Gratuita.
Importante: mantenha seu cadastro atualizado, cadastre seu e-mail na SBA.
Rua Professor Alfredo Gomes, 36 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ
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Os artigos publicados na Anestesia em revista são de inteira responsabilidade dos seus respectivos autores
Sumário
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07
08
10
13
21
52
55
56
Palavra de Diretoria
Nossa união, “orgulho de ser SBA”!
Opinião do Leitor
Matéria de Capa
Biografia de Cândido Portinari
Artigo Especial
A história de um homem!
Artigos Científicos
Exames complementares: avaliação custo-benefício ...
A utilização de softwares para relatos de eventos adversos ...
Notícias
Concurso TSA, considera mérito acadêmico do candidato
Posse da Diretoria da SBA - gestão 2014
Certificação na área de atuação em Dor e Cuidados Paliativos
Biblioteca virtual - Clinical Key
38ª JONNA - Jornada Norte-Nordeste de Anestesiologia
49ª JOSULBRA - Jornada Sul-Brasileira de Anestesiologia
Bem-Estar Ocupacional em Anestesiologia
Nova Credencial de CET: Instrutor Associado
Informações associativas
Calendário Científico
Pesquisa de Satisfação 2013
A responsabilidade civil na anestesiologia
Regionais e Cooperativas
Novas Diretorias Executivas de Regionais e Cooperativas ...
Prata da Casa
Poesia e Música - A Cura dos Males da Alma
Responsabilidade Social
Solidariedade, um ato de amor!
SBA | Palavra da Diretoria
SBA
Palavra da Diretoria
Por Sylvio Valença de Lemos Neto *
Nossa união, “orgulho de ser SBA”!
• Passadas as festas de fim de ano
e as de início de um novo ano, eis
que já acabou também o carnaval. Daqui a alguns dias, Copa do
Mundo e, então, eleições!
De repente, o ano acabou. Nossa!
Como passou rápido, dirão alguns.
Outros argumentarão, cheios de
propriedade, que terá sido um ano
atípico, diferente dos demais.
Uma coisa não mudou e não mudará, certamente, este ano: o trabalho do médico. Diuturno, mal
remunerado, com péssimas condições para o exercício da profissão,
vínculos precários de trabalho e,
sobretudo, desconsiderado!
a saúde e o bem-estar ocupacional do anestesista. Este ano, em
Curitiba, repetiremos o Simpósio
de Saúde Ocupacional. A participação dos associados da SBA é
de importância capital para o entendimento do que devemos fazer
para buscarmos melhores condições de saúde e bem-estar. Precisamos trocar informações acerca
de nossa realidade para determinarmos estratégias e ações para
nos protegermos. Precisamos
disso para trabalhar com mais segurança e melhor rendimento.
Trabalha-se cada vez mais na tentativa de manter o ganho. Jornadas de
trabalho mais longas, subsequentes
e, muitas vezes, distantes de nossos
lares nos tornam mais cansados
para os poucos momentos de lazer.
Adoecemos. Corpo e mente. Às
vezes, a alma.
O ensino e a educação continuada
de qualidade, nosso diferencial,
têm que ser aprimorados a cada
ano, para continuarmos formando
mais e melhores especialistas em
anestesia. Por isso, continuaremos
a melhorar o processo de formulação de provas da SBA, tanto da Comissão de Ensino e Treinamento
como da Comissão Examinadora
do TSA.
Há algumas diretorias a SBA
vem propondo discussões sobre
Realizaremos, durante o 61º
CBA, em Recife, PE, o II Fórum
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| Anestesia em revista - Nº 01/2014
Científico Associativo da SBA, que
discutirá temas de qualidade e segurança e bem-estar ocupacional.
Ah, as eleições... Passei batido por
elas. Não deveria, desculpem.
Afinal, com todas as ações perpetradas contra nossa categoria nos
últimos meses, só nos resta manifestar nossa insatisfação por meio
de legítimo e democrático instrumento: o voto!
Eu, por exemplo, resolvi aderir à
proposta do presidente do Conselho Regional de Medicina da
Bahia, nosso colega Abelardo Meneses, e não voto em quem difama
a categoria médica!
■
* Presidente da SBA – gestão 2014
SBA | Opinião do Leitor
SBA
Opinião do Leitor
• Caro Leitor amigo,
Abrimos este espaço para publicarmos as manifestações recebidas de
nossos leitores, referentes às matérias
publicadas na Anestesia em revista.
Trabalhamos com alegria e entusiasmo na preparação desta revista, desejando sempre atender às expectativas
do leitor.
Leiam, curtam, participem mandando seus comentários.
pela Seção NOTÍCIAS com várias informações e orientações de
suma importância para os associados, mostrando o comprometimento de nossa entidade para
com todos os anestesiologistas de
nosso país.
Opinião do Leitor
de DEUS, outras a justiça, a cultura, a saúde, projetos, mas todas
são exercidas por profissionais.
Independente de qual seja ela,
merece o respeito, gratidão e agradecimentos. Parabéns a você que
é uma profissional digna da mais
profunda admiração, pela forma
incansável, com a qual se dedica
aos seus objetivos, valores, princípios e crenças.
Opinião do Leitor
Em especial aos 25 anos de dedicação, não poderíamos deixar de
prestar-lhe nossas homenagens,
hoje enviadas em gotas de paz,
amor, felicidade, sucesso e muita
luz. Agradecemos por tudo e que
DEUS em sua imensa sabedoria lhe
faça feliz.
----- Original Message -----
Atenciosamente,
Contamos com vocês!
■
Mercedes Azevedo
Editora da Revista
From: _________________
To: [email protected]
Sent: Friday, January 24, 2014 12:03 PM
Subject: Solicitação a SBA
Correspondência encaminhada à
SBA, após leitura da Anestesia em
revista 04/2013 - Seção Prata da
Casa - páginas 43 a 46.
Ofício-SAEGO-077/2013
Goiânia, 05 de dezembro de 2013.
Bom dia,
Meu nome é Leandro Cezario
Raso, chefe do Serviço de Anestesiologia do Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Geraldo Teixeira
de Juiz de Fora - MG.
Ilma Senhora
Maria de Las Mercedes Gregoria
Martin de Azevedo
Gerente Administrativa e Financeira da SBA
Gostaria de parabenizar nossa Sociedade pela revista ANESTESIA
EM REVISTA (Ano 63, Out/Dez
2013, Número 04), principalmente
Existem missões que são extremamente sublimes nesta vida, algumas imitam a nobreza do amor
Dr. Wagner Ricardo Soares de Sá
Presidente da SAEGO
Dr. Getulivam Pinheiro de Belém
Presidente-COOPANEST-GO

Opinião do Leitor |
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SBA | Matéria de Capa
SBA
Matéria de Capa
Biografia de Cândido Portinari
• Em 2014, a Anestesia em revista deseja publicar, em cada
edição, a biografia de um grande
pintor brasileiro. Assim, iniciamos o ano destacando a obra de
Cândido Portinari.
Brodowski (interior do estado de
São Paulo), em 29 de dezembro
de 1903. Destacou-se também nas
áreas de poesia e política.
Estudou na Escola de Belas-Artes
do Rio de Janeiro, concluindo seus
estudos na Itália.
Em 1935, recebeu uma premiação em Nova York por sua obra
Café. Desse momento em diante,
sua obra passou a ser mundialmente conhecida.
Obras de Portinari – pintura expressionista, arte expressionista,
artista plástico do século XX, vida
de Portinari e principais realizações.
Biografia
Cândido Portinari foi um dos pintores brasileiros mais famosos. Esse
grande artista nasceu na cidade de
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| Anestesia em revista - Nº 01/2014
- Suas obras de arte refletem influências do surrealismo, do cubismo
e da arte dos muralistas mexicanos.
- Arte figurativa que valoriza as tradições da pintura.
Relação das principais obras
de Portinari
No dia 6 de fevereiro de 1962, o
Brasil perdeu um de seus maiores
artistas plásticos, aquele que, com
sua obra de arte, muito contribuiu
para que o Brasil fosse reconhecido
em outros países.
- Meio ambiente
- Colhedores de café
- Mestiço
- Favelas
- O Lavrador de café
- O sapateiro de Brodósqui
- Meninos e piões
- Lavadeiras
- Grupos de meninas brincando
- Menino com carneiro
- Cena rural
- A primeira missa no Brasil
- São Francisco de Assis
- Os retirantes
A morte de Cândido Portinari teve
como causa aparente uma intoxicação originária de elementos químicos presentes em certas tintas.
Publicação de matéria e fotos autorizadas por João Portinari, filho
do artista e sua mãe detentores dos
direitos autorais de suas obras.
Características principais de
suas obras
- Retratou questões sociais do Brasil.
Fonte de pesquisa: http://www.
portinari.org.br/#/pagina/projetoportinari/apresentacao
Entre suas obras, destacam-se A primeira missa no Brasil, São Francisco
de Assis e Tiradentes. Seus retratos
mais famosos são: o autorretrato, o
retrato de sua mãe e o do famoso escritor brasileiro Mário de Andrade.
Cândido Portinari
- Utilizou alguns elementos artísticos da arte moderna europeia.
■
SBA | Matéria de Capa
‘
Em 1935, recebeu uma
premiação em Nova York por
sua obra Café
Primeira Missa no
Brasil - 1948
Café - 1935
São Francisco de Assis - 1944
Tiradentes - 1948 - 1949
Matéria de Capa |
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SBA
SBA | Artigos
Artigo Especial
A história de um homem
• No dia 25 de fevereiro de 2014,
a SBA completou 66 anos de fundação. Um sonho concretizado em
1948 por 33 médicos apaixonados
pela anestesia que acreditavam que
essa união poderia dar certo. E não
é que deu?
Todos os heróis já partiram, deixando saudades, e não tristeza.
Ficam o respeito e o sentimento de
gratidão, pois sabemos que a presença física não mais existe, mas a
herança deixada cresce a cada dia e
se fortalece.
O último a partir, no dia 22/2/2014,
aos 94 anos, foi exatamente nosso
homenageado, dr. Ney Santos,
sócio fundador, presidente da
SBA 1969, que esteve conosco durante 65 anos.
Hoje somos 10.300 associados
distribuídos em todo o território
nacional, unidos pela força da qualidade, da segurança e de objetivos
éticos e morais.
Dr. Ney,
Junte-se aos demais 32 fundadores
e descansem em paz. Não deixem
de olhar por nossa SBA.
Somos seres humanos sensíveis à
dor e ao sofrimento, somos médicos,
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| Anestesia em revista - Nº 01/2014
somos anestesistas e, acima de tudo,
temos orgulho de ser SBA!
Diretoria da SBA

Depoimento de amigos e familiares
Ney Santos, honra e glória da
medicina brasileira!
Veio ao mundo em 25 de setembro
de 1919 na então romântica cidade
de Cachoeiro do Itapemirim, ES.
Passou a infância nessa cidade,
onde viveu intensamente sua juventude de menino esperto que, desde
os primórdios, já demonstrava
inteligência e aptidões acima da
média. Fez seus cursos primário e
ginasial no Liceu Pedro Palácios,
naquela cidade.
Conta meu tio Eck, contemporâneo
de Ney, que todas as peraltices de
criança do interior – que não eram
poucas – eram resolvidas pelo famoso Nilo Gabiroba, a figura mais
ousada, forte e com disposição para
qualquer enfrentamento, que fazia
parte de seu grupo e que Ney se
dizia protegido por ele. A amizade
foi tão grande que o primeiro filho
de Nilo Gabiroba se chamou Ney.
Desde o início de sua infância apaixonou-se pela criação de galos de
briga e até conseguiu apurar bons
produtos. Carregou esse fascínio
por toda a vida, tendo até aprendido a se comunicar em japonês para
importar ovos de galos de briga de
Narita, no Japão. Eu mesmo, Guilherme, recebi a missão de procurar
ovos de galo de briga na Argentina,
mais precisamente na Avenida
Santa Fé. Só que me deram o número errado. Para não dizer que
não fiz nada, comprei uma dúzia
de ovos na quitanda perto de casa
e dei para ele. Ficou dois meses sem
falar comigo. Ao comentar com o
Dr. Garambone o assunto, usou a
seguinte expressão: “Passarinho
que anda com morcego dorme de
cabeça para baixo e amanhece com
o pescoço chupado.”
Formou-se na Faculdade Fluminense de Medicina, onde trabalhou
como cirurgião no Hospital dos
Marítimos, no serviço do Dr. José
Martins. Nesse serviço tomou conhecimento das modernas técnicas
anestésicas advindas dos recursos
desenvolvidos na Segunda Guerra
Mundial, entre elas entubação orotraqueal e ventilação mecânica com
pressão positiva, o que permitiu
enorme avanço na cirurgia torácica abdominal e na neurocirurgia e
possibilitou um cuidado especial no
pós-operatório imediato, dando início às unidades de terapia intensiva.
Seus conhecimentos iniciais foram
influenciados pelo professor Mário
Castro D’Almeida Filho, o primeiro
a transformar a anestesia em especialidade médica na 23ª Enfermaria da
Santa Casa de Misericórdia do Rio
de Janeiro, no Serviço de Cirurgia
Geral do professor Brandão Filho,
quando se tornaram grandes amigos.
O que o Dr. Ney aprendia no Rio
levava para Niterói, sua base, onde
introduziu esses avanços na Faculdade de Medicina de Niterói, que já
ocupava, por convênio e comodato, o Hospital Municipal Antonio
Pedro e, por extensão na atividade
privada e previdenciária, atingia
diretamente o Hospital de Santa
Cruz, de onde foi diretor até sua
triste insolvência.
Porque procurava saber sempre
mais, frequentava todos os congressos nacionais e internacionais,
de onde trazia conhecimento, novidade e experiência para aplicar
aos pacientes e difundir entre os
jovens anestesistas de Niterói e do
Rio de Janeiro.
No início dos anos 1950, Washington
Pinto iniciou a cirurgia cardiovascular em Niterói. Da sua equipe
faziam parte Geraldo Ramalho e,
logicamente, Ney Santos como
anestesistas. Esse grupo era de uma
dedicação total à cirurgia cardíaca,
pois ela exigia horas de cirurgia
experimental, que era feita numa
SBA | Artigos
‘
... agradecimento dos milhares de
doentes desconhecidos que hoje se
beneficiam das grandes contribuições
técnicas do dr. Ney ...
fábrica de cimento em Guaxindiba,
onde Washington Pinto conseguiu,
com esforço próprio e de toda a
equipe, criar e fazer funcionar um
laboratório experimental de cirurgia cardiovascular.
Todas as grandes cirurgias foram
beneficiadas por essas descobertas;
também foram agregados novos
conhecimentos sobre equilíbrio
hidroeletrolítico que, juntamente
com a entubação, ajudaram muito
os pacientes.
O Dr. Ney foi pioneiro na área da
anestesiologia e trouxe grande
avanço para a cirurgia cardíaca no
Brasil. Foi presidente da SBA em
1969 e arrebatou, como grandes
amigos, o Dr. Rui Vaz Gomide do
Amaral, chefe do Serviço de Anestesia da Cirurgia Cardíaca de São
Paulo, e o Dr. Kentaro Takaoka,
um dos fundadores da Sociedade
Brasileira de Anestesiologia.
Em 1º de julho de 1974, houve a fusão
da antiga Guanabara com o Rio de
Janeiro, que passou a ser a capital do
novo estado em março de 1975. O
Dr. Ney foi o primeiro presidente da
SAERJ após a fusão, em 1975.
Além do interesse científico, Ney
possuía uma verve humorística
fora do comum. Bastava mostrar
o rosto que já era motivo de riso
nas festas da Sociedade Brasileira
de Anestesiologia, onde era figura
obrigatória nos shows humorísticos
de sua criação. Um homem alegre,
sempre feliz com a vida, cercado por
uma família composta por Hedina,
sua esposa, Teresa Cristina, sua
filha, e seus netos. E, ainda por
cima, era tio do grande advogado
brasileiro Dr. Sérgio Bermudes.
Ney Santos foi o primeiro amigo
do pai do Dr. Garambone quando
chegou a Cachoeiro de Itapemirim,
influenciando-o a seguir a carreira
de anestesista. Tornou-se grande
amigo do Dr. Garambone nas andanças anestésicas e “galísticas”.
O Dr. Ney foi o grande homenageado
na cerimônia de posse da Diretoria
da SBA 2013, por ocasião da comemoração dos 65 anos de fundação
da entidade, como o único membro
fundador vivo da nossa sociedade.
Por último, devemos receber a gratidão dos milhares de doentes desconhecidos que hoje se beneficiam com
as grandes contribuições técnicas do
Dr. Ney à anestesiologia brasileira e
que, graças a ele, sobreviveram a suas
enfermidades cardíacas.
Seus eternos amigos,
Dr. Guilherme Eurico Bastos
da Cunha
Dr. Marco Antonio Garambone
Aeroporto
Joaquim chega ao Brasil e, na alfândega, um fiscal o questiona:
– E aí, Joaquim? Tudo joia?
Artigos |
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SBA
SBA | Artigos
Artigo Especial
Joaquim, de pronto, responde:
– Não, metade é roupa!
Lembro-me como se fosse ontem.
Eu e meu avô conversando, quando,
pela primeira vez, ele me contou
essa piada. Juro que ri simplesmente
por ser meu avô, porque, na verdade, não a havia compreendido! Essa
piada se perpetuou entre nós. Como
a piada do pavê! Sabe? “É pá vê ou
pra cumê?”
Meu avô era uma criança de jaleco
branco. Tínhamos praticamente a
mesma idade! Acho que envelheci e
ele ficou. Ainda ria dessa piada quando eu respondia: “Metade é roupa!”
E foi exatamente assim que fiz no
dia anterior a sua partida, porém
eu é que perguntava: “E aí, doutor? Tudo joia ou metade é roupa?”
Adorei cada segundo do nosso besteirol, não mudaria uma vírgula da
nossa história. Beijo, te amo!
Faltam-me palavras para descrever
minha gratidão a Deus por ter me
colocado no seu caminho e ter tido o
privilégio de ser seu neto, mas, com
certeza, sobrarão lembranças. E das
boas! Durma bem. Te amo, vô!
Ney Santos Alves (neto)
Vô piadista e alegre
Não conheci meu avô como o grande médico que foi. Conheci como
vovô Ney. O vô piadista e alegre
que voltava dos congressos sempre
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| Anestesia em revista - Nº 01/2014
com a mala cheia de presentes pra
gente. O vô que vinha a nossa casa
e, escondido, roubava lanche na
geladeira. O vô que, quando ficávamos doentes, se sentava ao nosso
lado e colocava as mãos sobre
nosso corpo falando: “Tá sentindo? Vovô tá tirando toda a febre.”
Que se sentava no mesmo sofá pra
ver TV sempre de pernas cruzadas.
Que chorou como eu nunca tinha
visto quando eu parti para os Estados Unidos para estudar medicina,
achando que nunca mais iria me
ver. E ainda vivemos juntos por
14 anos depois de minha volta. Só
agora começo a entender o peso
que tinha como médico e, principalmente, como anestesista. E isso
só confirma o grande homem que
foi. Que, mesmo com uma grande
carreira, nunca deixou de lado a
família e os deleites de ser um verdadeiro vô.
conhecer e viver o Ney Pai. Protetor, cuidador, amigo, presente em
todos os momentos alegres e tristes,
cúmplice, com amor incondicional
por sua família. Esposo exemplar,
avô e bisavô único.
A DEUS toda gratidão, pois sei
que, num mundo de tanta violência e rejeição, ele me deu um pai
especial que soube dividir carinhosamente o dom de cuidar de
todos os que o cercam.
Te amo!
Tereza Santos (filha)
Foto posse SBA 2013 com a família
Renata Santos Alves (neta)
Apocalipse 14:13
Dr. Ney e família
Então ouviu uma voz dos céus dizendo: “Escreva: Felizes os mortos
que morrem no Senhor de agora
em diante.”
Diz o Espírito: “Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas
obras os seguirão.”
Todos conheceram o Ney médico anestesista, trabalhador pela
vida, porém, tive o privilégio de
■
Giulia e Carolina (bisnetas)
SBA | Artigos Científicos
SBA
Artigos Científicos
Por Jerusa Guilhermoni Castilho1, Felipe Siqueira
Ramos1, Oscar César Pires2, Elton Constantino3,
Irimar de Paula Posso4
Exames complementares: avaliação custobenefício em um hospital universitário
• RESUMO
Introdução: os exames laboratoriais eram considerados métodos
de triagem de doenças preexistentes ou ainda não diagnosticadas. A
racionalização dos custos fez com
que os médicos passassem a ser
mais precisos quanto à história e ao
exame físico, a fim de limitar os pedidos de exames apenas para casos
estritamente necessários.
A avaliação pré-anestésica consiste no reconhecimento clínico de
informações que determinarão a
conduta adequada no pré-operatório, restringindo a solicitação
de exames às reais necessidades
do paciente, além de aumentar
a qualidade do ato anestésico-cirúrgico e reduzir a morbidade
e os custos.
Fora do contexto clínico, o excesso de exames pode gerar elevado
número de falso-positivos e falso-negativos. Assim, com base na
literatura estudada, é necessário
avaliar a existência de correlação
entre dados clínicos e os exames
complementares pré-operatórios
de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos e analisar
o impacto financeiro decorrente
dos custos da realização de exames complementares.
Objetivos: avaliar o custo-benefício da coleta de exames de rotina
no pré-operatório.
Material e métodos: estudo
transversal, após aprovação no comitê de ética, realizado com 120
pacientes, de ambos os sexos, com
idade a partir de 1 ano e sem limite
superior, agendados para cirurgias
eletivas no Hospital Universitário
de Taubaté, nas mais diversas especialidades, para coletar dados do
prontuário médico e avaliar, por
meio de análises estatísticas, a prevalência de falso-positivos e falso-negativos e o custo financeiro da
coleta de exames desnecessários.
Resultados: de 120 pacientes,
66 eram do sexo feminino (55%)
e 54, do sexo masculino (45%);
média de idade de 46,2 anos (DP =
17,82); quanto ao estado físico, 75
pacientes ASA I (62,5%); 43 ASA
II (35,8%) e dois ASA III (1,7%).
Apresentavam comorbidades 45
(37,5%) e 23 (19,2%) foram avaliados por outros especialistas. Foram
coletados 1.105 exames complementares pré-operatórios, 883
(79,9%) sem evidências clínicas
para coleta, com índice de alteração
em 40 (3,6%); não houve suspensão
da cirurgia ou mudança na conduta
anestésica. O custo da instituição,
baseado no valor repassado pelo
SUS, contabilizou R$ 3.338,18.
Conclusão: a avaliação pré-anestésica criteriosa, com valorização da
história e do exame físico e inclusão
do paciente em categorias de risco,
gera diminuição de gastos para a
instituição e possibilita o direcionamento de recursos para outras
finalidades. É necessária também a
sintonia da equipe cirúrgica com o
ambulatório de pré-anestésico, visando reduzir a solicitação de exames e de interconsultas com outras
especialidades.
Palavras-chave: pré-operatório,
exames complementares, impacto financeiro.
INTRODUÇÃO
É de conhecimento geral que o
aumento da expectativa de vida
da humanidade nos últimos dois
séculos se deve aos avanços das
pesquisas nas mais diversas áreas
do conhecimento médico. Segundo Atkinson1, talvez não exista
Artigos Científicos |
13
nenhum avanço no conhecimento
da medicina que tenha aliviado
mais o sofrimento humano do que
a cirurgia sem dor demonstrada
por Willian Tomas Green Morton,
em 16 de outubro de 1846.
Atualmente, por causa dos avanços tecnológicos da área médica e
com o aumento da expectativa de
vida, tornou-se comum a realização de procedimentos anestésicos
em pacientes de faixas etárias extremas (neonatos e senis). Isso se
deve não só à melhor qualidade
da monitorização intraoperatória
e aos novos fármacos anestésicos, mas à padronização de uma
avaliação pré-operatória mais elaborada, na qual são analisadas as
alterações fisiológicas próprias da
idade e doenças coexistentes2 .
Milhares de pacientes são submetidos a procedimentos anestésicos
diariamente, nas mais diversas especialidades e em diferentes procedimentos diagnósticos e terapêuticos.
Avanços tecnológicos, como a videocirurgia, fizeram com que procedimentos complexos pudessem ser
menos agressivos aos pacientes,
diminuindo o tempo de internação
intra-hospitalar ou até mesmo possibilitando sua realização em caráter
ambulatorial. Vários estudos na área
da anestesiologia realizaram revisões
sistemáticas sobre a avaliação pré-anestésica e a solicitação de exames
complementares de rotina3.
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| Anestesia em revista - Nº 01/2014
No período entre 1960 e 1980, os
exames laboratoriais eram considerados o método ideal de triagem
de doenças preexistentes ou ainda
não diagnosticadas no momento da
avaliação pré-operatória. Tornou-se usual iniciar o atendimento
aos pacientes submetidos a procedimento cirúrgico, independentemente da idade, do estado físico ou
do tipo de procedimento4,5, com a
solicitação de uma série de exames
complementares. Entretanto, a
partir da década de 1990, a racionalização dos custos fez com que os
médicos passassem a ser mais precisos quanto à história e ao exame
físico, a fim de limitar os pedidos
de exame apenas para casos estritamente necessários6.
Na atualidade, a tendência é a realização de exames que tenham
como referência dados positivos da
história clínica ou do exame físico,
inclusão do paciente em categorias
que dependem do risco individual
ou de valores pré-operatórios de
determinados exames, que podem
sofrer alterações no intraoperatório
ou em procedimentos associados7.
A avaliação pré-anestésica (APA)
consiste no reconhecimento clínico
de informações que determinarão a
conduta adequada no pré-operatório, limitando os exames pré-operatórios às reais necessidades do
paciente, além de aumentar a qualidade do ato anestésico-cirúrgico
SBA | Artigos Científicos
‘
A avaliação pré-anestésica consiste
no reconhecimento clínico de
informações que determinarão a
conduta adequada no pré-operatório...
e reduzir a morbidade e os custos8.
Muitos estudos já mostraram a
importância da avaliação pré-operatória, tendo um deles revelado que 56% dos diagnósticos
em uma clínica geral foram feitos
através da história do paciente, e
esta porcentagem subiu para 73%
após o exame físico9. Estima-se
que testes pré-operatórios custam USS 3 bilhões anualmente
nos Estados Unidos10 .
Estudo com 325 pacientes submetidos a exames prévios a cirurgias
ambulatoriais apontou que 272
(84%) apresentavam pelo menos
um teste de triagem alterado, enquanto apenas 28 cirurgias foram
adiadas ou canceladas. E, ainda,
apenas três pacientes foram beneficiados com os resultados: um deles
foi diagnosticado com diabetes e
em dois deles foram detectadas
alterações eletrocardiográficas11.
Nesse sentido, exames pré-operatórios devem, então, ser solicitados
quando há suspeita de alguma patologia, sem o objetivo de diagnosticar doenças não suspeitadas12 .
O excesso de exames pode gerar
elevado número de falso-positivos
e falso-negativos6,10,12 . Os riscos
envolvidos em procedimentos
cirúrgicos dependem de fatores
próprios do paciente e do tipo de
procedimento cirúrgico. Os preditores importantes da morbimortalidade pós-operatória incluem
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SBA
Artigos Científicos
idade do paciente e estado físico,
segundo a American Society of
Anesthesiology (ASA)13, com base
na literatura avaliada e de acordo
com os estudos de Roizen14.
OBJETIVO
Este estudo teve como objetivo
avaliar o custo-benefício da coleta
de exames de rotina no pré-operatório e quantificar os exames
pré-operatórios solicitados aos
pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos em um hospital
de ensino.
MATERIAL E MÉTODOS
Estudo transversal, retrospectivo, com coleta de dados com base
nos prontuários médicos, realizado após aprovação no comitê de
ética e pesquisa da Universidade
de Taubaté, com participação
de 120 pacientes, de ambos os
sexos, com idade a partir de 1 ano
e sem limite superior, nas mais
diversas especialidades médicas,
agendados para cirurgias eletivas no Hospital Universitário de
Taubaté. Os dados registrados
foram: idade, sexo, peso, classificação do estado físico (ASA),
procedimento realizado, exames
complementares solicitados e
respectivas alterações, avaliações
com outros especialistas e doenças coexistentes. Para considerar
o exame recomendado foi utilizada a diretriz descrita por Roizen14
e quantificada a prevalência de
falso-positivos, falso-negativos
e o custo financeiro da coleta de
exames desnecessários.
RESULTADOS
Foram analisados 120 pacientes,
dos quais 66 (55%) eram do sexo
masculino e 54 (45%) do sexo feminino. A menor idade apresentada foi 1 ano e a maior, 77 anos.
A média de idade foi de 46,2 (±
17,82) anos. Quanto ao estado
físico dos pacientes, 62,5% (75)
foram classificados como ASA P1;
35,8% (43) como ASA P2 e 1,7%
(2) como ASA P3. Para os 120
pacientes, foram solicitados 1.105
exames no pré-operatório, sendo
79,9% (883) considerados desnecessários e 3,6% (45) estavam alterados. Dos pacientes estudados,
37,5% (45) apresentavam alguma
comorbidade e 19,2% (23) passaram por avaliação de especialista. Em nenhum caso o resultado
alterado do exame ou a consulta
com o especialista interferiu no
agendamento do procedimento
cirúrgico. O valor gasto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com
os exames considerados desnecessários (883) foi de R$ 3.338,18.
Os exames mais solicitados estão
descritos na Tabela 1.
Tabela 1 - Exames mais solicitados
e número de exames alterados
Exames solicitados
Número
Alterados
Hemograma
118
0
Provas de coagulação
286
0
Glicemia
81
7
ECG
60
2
Ur/Cr
69
0
Na/K
24
0
Rx de tórax
45
0
Outros
422
36
1.105
45
Total
Artigos Científicos |
15
DISCUSSÃO
Conforme descrito na Tabela 1,
dos 1.105 exames solicitados no
pré-operatório, 883 (79,9%) foram
julgados desnecessários e apenas
45 (3,6%) estavam alterados, resultado obtido de acordo com o
estudo realizado por Soares et al.15,
que abrangeu 800 pacientes com
solicitação de 3.646 exames no
pré-operatório, dos quais 2,25%
(82) encontravam-se alterados.
Observa-se ainda que a maioria
dos pacientes (62,5%) não apresentava nenhuma comorbidade e
23 (19,2%) foram avaliados por um
especialista sem que houvesse suspensão do procedimento cirúrgico.
No estudo de Soares et al.15 houve
mudança de conduta em apenas 14
casos (0,38%), sugerindo que a solicitação de exames não deve ser feita
indiscriminadamente, mas, sim,
de acordo com a história clínica, o
exame físico e o porte do procedimento cirúrgico15.
Sem considerar o contexto clínico,
o excesso de exames pode gerar
elevado número de falso-positivos,
enquanto um exame com baixa
sensibilidade pode revelar resultados falso-negativos6,10,12 . Interpretar um exame como anormal sem
correlação com o estado clínico do
paciente pode apenas causar danos
ao indivíduo em função de terapias
inapropriadas, intervenções desnecessárias e ansiedade9.
16
| Anestesia em revista - Nº 01/2014
Um estudo de Blery et al.16 que
encontrou 0,4% dos exames
pré-operatórios sem indicação
forneceu informações clínicas
relevantes, enquanto, ao se considerarem o exame físico e a história clínica como determinantes
principais dos exames pré-operatórios, 60-70% dos testes laboratoriais foram desnecessários17,18 .
Perez et al.19 analisaram 3.131 pacientes e encontraram, em 27%
deles, alguma anormalidade no
exame pré-operatório, enquanto
a conduta perioperatória foi alterada em apenas 0,56-0,26% dos
casos, confirmando a necessidade
de seleção racional dos exames
pré-operatórios. Em consonância
com esse estudo, em que foi encontrado um valor total gasto com
os 883 exames julgados desnecessários de R$ 3.338,18, o estudo de
Pasternak10 já havia estimado em
US$ 3 bilhões anualmente os custos de testes pré-operatórios nos
Estados Unidos.
Outro estudo estima que 30
milhões de procedimentos são
afetados pela prática do pedido
indiscriminado de exames, com
um custo direto ultrapassando
US$ 18 milhões20. Em relação
aos exames mais solicitados no
pré-operatório dos pacientes
dessa pesquisa, foram encontrados 10,7% (118) de hemogramas
sem nenhum resultado alterado.
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‘
O excesso de exames pode gerar
elevado número de falso-positivos e
falso-negativos6,10,12.
As provas de coagulação, que incluíram INR, TTPA, plaquetas
e tempo de sangramento, totalizaram 286 (25,9%) exames e em
nenhuma das provas houve alteração. Das 81 (7,3%) glicemias, sete
estavam alteradas sem nenhuma
repercussão relacionada ao procedimento cirúrgico. Em relação ao
eletrocardiograma, foi solicitado
em 60 (5,4%) pacientes, com apenas dois resultados alterados. Dos
69 (6,3%) exames de ureia e creatinina, nenhum estava alterado
e dos 24 (2,2%) exames de sódio
e potássio também não houve nenhuma alteração. As radiografias
de tórax foram solicitadas em 45
(4%) pacientes e nenhum resultado alterado foi encontrado. Outros exames não discriminados na
pesquisa somaram 422 (38,2%).
Diversos estudos mostram que
resultados falso-positivos e falso-negativos são constantes – o que
gera estresse ao paciente 6,10,12 – e,
mesmo assim, certas conduta não
mudam, e comprovam a economia
dos gastos quando a avaliação inicial é feita pelo anestesiologista 21.
O gasto total com 1.105 exames
desnecessários foi de R$ 3.338,18
em 120 cirurgias. Considerando
que esse resultado representa 20%
das cirurgias realizadas em um mês,
estima-se que o valor total gasto
pela instituição em um ano seja de
aproximadamente R$ 200 mil.
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SBA
Artigos Científicos
CONCLUSÃO
De acordo com os resultados obtidos, a solicitação de exames de
rotina no pré-operatório, sem correlacionar com o quadro clínico,
apresenta elevado custo sem evidente benefício, tanto para o paciente
quanto para a instituição. Nesse
sentido, uma avaliação pré-anestésica criteriosa – com a valorização
da história, do exame físico –, a inclusão do paciente em categorias de
risco e uma sintonia entre equipe
cirúrgica e ambulatório de pré-anestésico poderão reduzir a solicitação
de exames e de interconsultas com
outras especialidades, promovendo
a redução de gastos, com possibilidade de direcionamento de recursos
para outras finalidades.
Referências:
1.Atkinson RS, Boulton TB. The history of
anesthesia, London: The Parthenon Publishing Group, 1987.
2.Garcia-Miguel FJ, Garcia Caballero J,
Gomez de Caso-Canto JA. Indicaciones
del electrocardiograma para la valoración
preoperatorio en cirugía programada. Rev
Esp Anestesio l Reanim, 2002; 49:5-12.
3.Macpherson DS. Preoperative laboratory
testing: should any tests be “routine” before surgery? Med Clin North Am, 1993;
77:289-308.
4.Roizen MF, Cohn S. Preoperative evaluetion for elective surgery – what laboratory tests are needed? Adv Anesth, 1993;
10:25-47.
5.Macpherson DS, Snow R Lofgren RP. Preoperative screening: value of previous tests.
Ann Intern Med, 1990; 113:969-973.
6.Mathias LA, Guaratini A A, Gozzani JL et
al. Exames complementares pré-operatórios: análise crítica. Revista Brasileira de
Anestesiologia, 2006; vol.56: 658-668.
7.Pasternak LR. Preanesthesia evaluation of the surgical patient. ASA Refresher Coursers in Anesthesiology, 1996;
24(16): 205-219.
8.Issa MRN, Isoni NFC, Soares AM et al.
Avaliação Pré-Anestésica e Redução dos
Custos do Preparo Pré-Operatório. Revista Brasileira de Anestesiologia, 2011;
61:1: 60-71.
9.Sweitzer BJ. Overview of Preoperative
Assessment and Management. Anesthesiology, 2008. Longenecker DE et al. Editora Mc Graw Hill Medical Chicago.
10. Pasternak LR. Preoperative evaluation,
testing, and planning. Anesthesiol Clin
North Am, 2004;22:XIII-XIV.
11. Golub R, Cantu R, Sorrento JJ et al.
Efficacy of preadmission testing in ambulatory surgical patients. Am J Surg
1992;163:565.
12. Ladeira MCB. A Necessidade de exames complementares pré-operatórios.
Revista Hospital Universitário Pedro
Ernesto, 2007;Vol.6;N.2.
13. Carvalho RWF et al. O paciente cirúrgico. Parte I. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. vol.10 no.4 Camaragibe
Sept./Dec. 2010.
17. Roizen MF. More preoperative assessment by physicians an less by laboratory
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18. Korvin CC, Pearce RH, Stanley J. Admissions screening: clinical benefits.
Ann intern Med, 1975; 83:197-203.
19. Perez A, Planell J, Bacardaz C et al. Value
of routine preoperative tests: a multicentre study in four general hospitals. British Journal of Anaesthesia, 1994. Volume
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20. Yen C, Mitchell T, Macario A. Preoperative evaluation clinics. Current opinion in
Anethesiology. 2010;23:167-172.
21. Fleicher LA. Effect of preoperative evaluation and consultation on cost and outcome of surgical care. Current opinion in
Anesthesiology. 2000; 13:209-213.
Autores são: Instituição de origem
- Universidade de Taubaté (Unitau), São Paulo, Brasil.
Acadêmicos do curso de medicina
da Universidade de Taubaté (Unitau), São Paulo, Brasil.
1
Professor doutor de farmacologia
da Universidade de Taubaté (Unitau), São Paulo, Brasil.
2
14. Roizen MF, Foss JF, Fisher SP. Preoperative Evaluation. In Miller R D – Anesthesia. 5 ed, Churchill Livingstone,
824-883, 2000.
Professor de anestesiologia da
Universidade de Taubaté (Unitau),
São Paulo, Brasil.
15. Soares DS, Brandão RRM, Mourão
MRN et al. Relevância de Exames de
Rotina em Pacientes de Baixo Risco Submetidos a Cirurgias de Pequeno e Médio
Porte. Revista Brasileira de Anestesiologia, 2013. Vol. 63 (2). Pag. 197-201.
Professor titular de farmacologia
da Universidade de Taubaté (Unitau), São Paulo, Brasil.
3
4
16. Blery C, Szatan M, Fourgeaux B et al.
Evaluation of a protocol for selective
ordering of preoperative tests. Lancet
1986; 18:139-141.
Artigos Científicos |
17
SBA | Artigos Científicos
SBA
Artigos Científicos
Por Júlio Cezar Mendes Brandão *
A utilização de softwares para relatos de
eventos adversos em anestesia
• O desenvolvimento da cultura
de qualidade e segurança em anestesia passa por importante evolução. A tomada de consciência das
sociedades para construir sistemas
permanentes e ferramentas que
ofereçam elementos para melhorar
a segurança da anestesia é notável.
Sem dúvida, as possibilidades que
se abrem com o atual desenvolvimento da informática têm transformado sonhos em realidade.
A SBA integra esse movimento em
diversos níveis, desde a colaboração
internacional, com o Tratado de
Helsinque (Sociedade Europeia de
Anestesiologia), em que atende a demandas lá inseridas, como o envio
de relatórios das medidas adotadas
para cumprir a construção de uma
anestesia, até a construção do logbook, em que dados de anestesias
dos centros de ensino (que se aproximam de 1 milhão de fichas catalogadas) servirão de base para futuras
investidas nesse ambiente.
As sociedades americana, espanhola e britânica de anestesia possuem
sistemas eletrônicos de relato de
eventos adversos bem desenvolvidos e devidamente protegidos, de
modo que resguarde legalmente
18
| Anestesia em revista - Nº 01/2014
os usuários desse serviço em relação ao anonimato. Algumas dessas
sociedades utilizam os dados coletados para nortear campanhas de
treinamento e prevenção de eventos adversos e publicam periodicamente suas análises.
Os eventos adversos são lesões
ocorridas de forma não intencional, causadas por condutas médicas, e não pela história natural da
doença. Esses eventos podem ser
determinantes do prolongamento
da internação e do agravamento da
doença inicial e podem aumentar
a morbidade e a mortalidade do
paciente no ambiente hospitalar e
após a alta.
Como métodos de prevenção da
ocorrência desses eventos, várias
tentativas de reconhecimento dos
eventos adversos foram realizadas, mas sem grandes repercussões. Em 1999, um estudo feito na
Universidade de Harvard, Estados
Unidos, com o título “Errar é humano”, evidenciou que tais eventos são muito mais comuns do que
se parecia, o que despertou o interesse sobre o assunto e chamou a
atenção da comunidade científica internacional. Logo após esse
estudo, foram publicados outros
trabalhos no mesmo ano, mostrando que, em média, poderia
se atribuir, aos eventos adversos,
cerca de 48-98 mil mortes anuais
nos Estados Unidos.
A partir disso, foram implementados trabalhos para se avaliarem
métodos de detecção dos eventos
adversos, e o grande desafio tornou-se a criação de um sistema eficiente, com baixo custo, que trouxesse
menos ônus e agregasse informações suficientes para pôr em prática
políticas que norteassem medidas
para a diminuição da prevalência
desses eventos adversos.
A comunicação espontânea de
eventos adversos é estatisticamente
baixa, porque o profissional tende a
esconder o problema por medo de
possíveis punições, críticas etc., o
que pode levar à perda parcial de
informações e tornar o banco de
dados enviesado.
A revisão direta de prontuários
pode ser uma maneira de avaliar
os eventos adversos, mas é uma
medida custosa e pouco efetiva,
pois buscar prontuário por prontuário é uma tarefa extremamente
trabalhosa. Assim, programas de
computador específicos para a verificação de prontuários eletrônicos,
arquivos hospitalares, exames de
laboratórios e de imagem e despachos da farmácia, entre outros
documentos, foram colocados em
prática, com o objetivo de obter informações mais precisas, de fontes
diversas e com derivação da fonte
avaliadora, que traria dados filtrados com base em sinais de alerta.
As informações pesquisadas pelos
softwares para relatos de eventos
adversos podem ser obtidas em
diversas fontes hospitalares e transmitidas pelos aparelhos de registros
diretos (monitores, ventiladores
mecânicos, prontuários eletrônicos,
bombas de infusão, sistemas operacionais de logística, aparelhos de
imagem, estações de anestesia, aparelhos de exames de imagem).
funcionários, tende a ser executada e ratificada com mais facilidade e rapidez, o que contribui
para a interação dos profissionais
assistentes do paciente mais cedo,
evitando novos eventos.
A avaliação eletrônica de eventos
adversos é mais barata e efetiva
em hospitais informatizados, pois
diminui o trabalho manual, levando a buscas específicas e menor
perda de tempo. Dessa forma, a
verificação direta de prontuários
e suas revisões são feitas apenas
em alguns prontuários que têm
sinal de alerta detectado por softwares programados para a busca
de eventos. Com o uso cada vez
maior de prontuários eletrônicos – um caminho sem volta
SBA | Artigos Científicos
‘
Os eventos adversos são lesões ocorridas
de forma não intencional, causadas por
condutas médicas, e não pela história
natural da doença.
– percebemos que, a médio prazo,
é mais eficaz e menos oneroso
para o sistema de saúde.
Para desenvolver ferramentas de
detecção de eventos adversos, quatro etapas são fundamentais na elaboração da estratégia:
A - coleta de dados de forma
eletrônica;
B - uso de algoritmos e
ferramentas de detecção e
busca de informações;
C - avaliação da consistência
dos dados obtidos;
D - determinação do valor
preditivo desses feitos.
A acurácia do método dará valor
legal e técnico à avaliação, com
Os softwares podem ser programados para realizar buscas com
base em critérios preestabelecidos
e definidos com palavras-chaves,
alterações de exames e dos parâmetros nos monitores, citações,
alertas, prescrições conflitantes,
número de CID utilizados, dados
da farmácia etc.
A comunicação entre os setores hospitalares, por meio da
informática (dados da farmácia
e dos laboratórios, por exemplo), com troca de informações
e treinamento adequado dos
Figura 1 - Passos envolvidos na vigilância computadorizada de um sistema de detecção de eventos adversos.
Artigos Científicos |
19
SBA | Artigos Científicos
SBA
Artigos Científicos
respaldo ao resultado encontrado.
A seleção e decisão para a emissão
dos sinais de alerta variam de acordo com os algoritmos adotados e
estes dependem da confiabilidade
das fontes e das informações encontradas (Figura 1).
A detecção de eventos adversos por
meio de softwares encontra informações relevantes mais precocemente e pode ajudar na prevenção
de novas ocorrências. O objetivo
não é só detectar, mas elaborar estudos de prevalência, treinamento,
orientação, esclarecimento, mudança de tática nos treinamentos
das equipes, focando nos eventos
mais comuns, o que levaria o sistema de detecção de informações
a servir como fator importante de
profilaxia também.
Ainda há muito que evoluir, incluindo a necessidade de validação, avaliação da sensibilidade e
especificidade do método, treinamento, sincronia de dados e comunicação de interfaces de áreas
diferentes, além das questões associadas ao sigilo. Há vários estudos
20
| Anestesia em revista - Nº 01/2014
em andamento com o objetivo de
validar o método. Com a evolução
dos softwares e a incorporação de
novas técnicas, certamente aparecerão novos sinais ou bandeiras
que serão incorporadas ao sistema
de vigilância e adicionadas aos
algoritmos de análise. Ao mesmo
tempo, variáveis menos específicas podem ser remanejadas ou ter
seus pesos diminuídos nas análises, o que melhorará a eficiência
dos softwares.
Avisos espontâneos de eventos
adversos intra-hospitalares são
insuficientes e abrangem um leque
pequeno da realidade. Técnicas de
informática são uma grande ferramenta para a detecção de eventos
adversos, mais acuradas e efetivas,
o que gera menos gasto e contribui
para a implementação de políticas
mais eficazes com o objetivo de
prevenir eventos adversos mais
comuns em determinado hospital. Pesquisas e publicações darão,
cada vez mais, validação aos novos
instrumentos utilizados na obtenção de dados de eventos adversos.
Referências:
1.Bates et al. Detecting adverse events using
information technology. J Am Med Inform
Assoc. 2003; 10:115-128.
2.Institute of Medicine. To err is human.
Building a safer health system. Washington, DC, National Academy Press, 1999.
3.Institute of Medicine. Crossing the quality chasm: a new health system for the 21st
century. Washington, DC, National Academy Press, 2001.
4.Leape LL. Reporting of adverse events.
N Engl J Med, v 347, n 20. November
14, 2002.
5.Catchpole K, MDD Bell, Johnson S. Safety
in anaesthesia: a study of 12 606 reported
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and Learning System. Anaesthesia, 2008;
63:340-346.
6.Glavin RJ. Drug errors: consequences, mechanisms and avoidance. British Journal of
Anaesthesia. 2010; 105(1):76-82. Advance
Access publication 27 May 2010.
7.Salman FC, Diego LAS, Silva JH; Moraes J MS; Carneiro, A F. Qualidade e
segurança em anestesiologia. SBA, v 1;
out/2012; p. 35-45.
*O autor é membro da
Comissão de Qualidade e
Segurança da SBA.
SBA
SBA | Notícias
Notícias
Concurso TSA, considera mérito acadêmico
do candidato
• A assembleia de representantes
realizada durante o 60º Congresso Brasileiro de Anestesiologia
aprovou a inclusão de currículo no cômputo da nota final da
prova escrita para a obtenção do
Título Superior em Anestesiologia (TSA). As modificações no
regulamento do TSA passam a
considerar o mérito acadêmico
do candidato a partir de 2014, até
10 pontos poderão ser adicionados à nota da prova escrita pelas
atividades acadêmicas dos candidatos. Como no máximo 10 pontos poderão ser atribuídos a essas
atividades, e considerando que a
nota para aprovação na prova escrita do TSA é de, no mínimo, 60
pontos, a nova regra será aplicada
a candidatos que obtiverem entre
50 e 59 pontos na prova escrita.
A nota curricular é facultativa, de
forma que, no processo de inscrição, o candidato deverá optar pela
inclusão de seus dados curriculares
em formulário eletrônico. A escolha é importante, uma vez que não
haverá a possibilidade de adicionar
os elementos do currículo caso o
candidato não tenha optado por
este benefício.
Para o cadastramento dos dados
curriculares, o candidato deverá
dispor de cópias em formato PDF,
com tamanho de até 1 MB, que
será exigido para a comprovação
de cada atividade. Portanto, sugere-se que o candidato providencie
a digitalização dos arquivos em
tamanho e formato compatíveis e
os tenha em uma pasta, para agilizar o processo de preenchimento
do currículo.
O sistema permite que, até a data
final de inscrição, o candidato adicione itens ao seu currículo. Portanto, o único requisito essencial
para que utilize a prova de títulos,
é optar pelo benefício durante o
processo de inscrição. Os registros com comprovação, poderão
ser feitos paulatinamente, mas a
finalização deverá ser realizada até
o dia considerado término do período de inscrição.
O total de pontos somados com
os dados curriculares poderá ser
consultado pelo candidato no
próprio formulário do currículo
que, automaticamente, atualiza a
pontuação curricular primária, ou
seja, sem análise manual feita pela
Comissão Examinadora do Título
Superior de Anestesiologia, conforme explicado a seguir.
Os candidatos que tiverem escolhido
a prova de títulos para o cômputo
da nota final da prova escrita para a
obtenção do TSA, deverão somar, no
mínimo, 50 pontos na prova escrita
e no máximo 59. Esses candidatos
terão seus currículos analisados
manualmente pela Comissão Examinadora do Título Superior em
Anestesiologia, com base nos documentos anexados ao currículo. Candidatos que obtiverem menos que
50 pontos ou 60 pontos ou mais não
terão seus currículos analisados.
Os candidatos cuja pontuação baseada na análise manual preliminar do
currículo, SOMADA à pontuação
obtida na prova escrita, resultar em
nota igual ou superior a 60 pontos,
serão considerados aprovados para
fins de divulgação. Esses candidatos
deverão enviar cópias autenticadas
dos documentos anexados ao currículo eletrônico em um período de
até 60 dias após a divulgação dos
resultados preliminares, por correio,
com aviso de recebimento (AR), à
secretaria da Sociedade Brasileira de
Anestesiologia. Somente após a análise dos comprovantes autenticados,
Notícias |
21
SBA | Notícias
‘
Concurso TSA considera mérito
acadêmico do candidato.
a aprovação na prova escrita será
confirmada ou não, sendo o candidato habilitado ou não a se submeter à
prova oral para conquistar do Título
Superior em Anestesiologia.
O novo sistema para a realização
nas provas foi disponibilizados.
■
Boa sorte!
Prof. dr. Getúlio R. de Oliveira
Filho, TSA.
Diretor do Departamento
Científico da Sociedade Brasileira
de Anestesiologia.
Depoimento de associado que realizou a prova escrita do
TSA em 2013:
Neste último exame no qual participei, a prova escrita estava focada
na problemática prática, com diversos casos clínicos ilustrativos,
que permitiram uma melhor interpretação e resolução do exame.
Desta forma, o TSA escrito passou
de um obstáculo a um incentivo,
pois cada pergunta poderia ter
sido um problema real no centro
cirúrgico, motivando o estudo
das questões que tive dúvida após
o término do teste. Assim, este
processo me motivou, inclusive, a
dar continuidade na resolução dos
exames posteriores para obtenção
do tão sonhado Título Superior
em Anestesiologia - TSA.
Matheus Vane - associado de SP
aprovado prova TSA escrita/2013
Até a data do fechamento desta revista, a Comissão Examinadora do TSA se reuniu, na sede da SBA, nos meses de
janeiro e fevereiro, trabalhando na elaboração das provas do concurso do TSA.
Membros da Comissão Examinadora do Título Superior em Anestesiologia - da esquerda para a direita: Leonardo
Teixeira Domingues Duarte (SP), Paulo César de Abreu Sales (MG), Waston Vieira Silva (PE), José Fernando Bastos
Folgosi (GO), Daniel Volquind (RS) e Deise Martins Rosa (RJ).
22
| Anestesia em revista - Nº 01/2014
SBA
SBA | Notícias
Notícias
Posse da Diretoria da SBA – gestão 2014
• No dia 11 de janeiro de 2014,
no Rio de Janeiro/RJ, tomou
posse a Diretoria Executiva da
SBA, gestão 2014, eleita pela Assembleia Geral em novembro de
2013, estando assim constituída:
Dr. Sylvio Valença de Lemos
Neto – presidente
Dr. Oscar César Pires – vicepresidente
Dr. Ricardo Almeida de
Azevedo – secretário-geral
Dr. Sérgio Luiz do Logar Mattos
– tesoureiro
Dr. Getúlio Rodrigues de
Oliveira Filho – diretor do
Departamento Científico
Dr. Antônio Fernando Carneiro
– diretor do Departamento de
Defesa Profissional
Dr. Erick Freitas Curi –
diretor do Departamento
Administrativo
Passando a Presidência da SBA, com
uma enorme dose de satisfação e orgulho, contamos com a participação
do Dr. Airton Bagatini, presidente
da gestão 2013 e presidente do Conselho Superior 2014.
Representação internacional:
Confederação Latino-americana
de Sociedades de Anestesiologia
(CLASA) por seu vice-presidente,
Dr. Carlos Eduardo Lopes Nunes.
Federação Mundial de Sociedades
de Anestesiologia (WFSA) – Dr.
Getúlio Rodrigues de Oliveira
Filho. Além de diretor eleito, é
membro do Comitê de Educação
da Federação Mundial de Sociedades de Anestesiologistas.
Representações nacionais:
Recebemos, presidentes e diretores de regionais, membros de comissões permanentes, conselhos,
comitês e do centros de ensino e
treinamento em Anestesiologia,
Dor e Cuidados Paliativos da
SBA, cooperativas de anestesiologistas, diretores da Febracan e o
editor chefe da Revista Brasileira
de Anestesiologia.
Tivemos a honra de contar,
ainda, com a presença das seguintes autoridades:
Dr. Geraldo Ferreira Filho – presidente da Federação Nacional
dos Médicos.
Dr. Desiré Carlos Callegari – secretário geral do CFM - representante
do Conselho Federal de Medicina.
Dr. Francisco Alberto de Oliveira Júnior – presidente da Federação Brasileira de Cooperativas
de Anestesiologistas.
Dr. Rogério Casemiro – coordenador de anestesia e trauma da Secretaria Estadual de Saúde do Estado
do Rio de Janeiro.
Dr. Jorge Darze – presidente do
Sindicato dos Médicos do Estado
do Rio de Janeiro.
Dr. Marcos Botelho da Fonseca
Lima – conselheiro do Conselho
Regional de Medicina do Estado
do Rio de Janeiro, representando o
presidente do CREMERJ.
Dr. Severino Dantas Filho – presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Espírito Santo.
O presidente da Federação Nacional dos Médicos, dr. Geraldo
Ferreira Filho, fez um breve e
marcante pronunciamento, conclamando a todos os médicos presentes, de todas as especialidades, e em
especial os anestesiologistas, para
que, juntos, lutemos por melhores
condições de trabalho e remuneração. Ressaltou ainda a importância
da SBA nas lutas da classe médica.
O dr. Airton Bagatini, presidente da
SBA 2013, em seu pronunciamento
Notícias |
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de despedida, ressaltou a importância que a SBA assumiu em sua
vida pessoal e profissional.
Embalado por uma frase de Tom
Jobim, que fala sobre a paralisação
do tempo, e depois ratificado pelo
poema Recomeçar, de Carlos Drummond de Andrade, o discurso proferido pelo dr. Sylvio Lemos, presidente
SBA 2014, foi só emoção e satisfação
pela conquista alcançada.
Seguindo a tradição em cerimônias
de posse de diretoria executiva, a
foto do presidente da gestão anterior foi descerrada, passando a fazer
parte da galeria de ex-presidentes
no museu existente na sede da SBA,
sendo o dr. Sylvio Lemos condecorado com a Medalha Presidencial
da SBA.
A Diretoria prestou uma homenagem à gerente da SBA, Maria de
Las Mercedes Azevedo, que, em
2013, completou 25 anos de dedicação profissional à SBA.
A presença de associados, familiares e alguns convidados foi brindada em um jantar de congraçamento
servido logo após a cerimônia, que
contou com a alegria e a descontração de todos.
Alguns momentos da cerimônia
podem ser conferidos por meio de
fotos destacadas, assim como a irreverente homenagem prestada ao
presidente dr. Sylvio Lemos, quando
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| Anestesia em revista - Nº 01/2014
SBA | Notícias
‘
O correr da vida embrulha tudo. A vida
é assim: esquenta e esfria, aperta e daí
afrouxa, sossega e depois desinquieta. O
que ela quer da gente é coragem.
mencionou seu time de coração (veja
pelo canal YouTube, http://www.youtube.com/watch?v=zf9z90mBMVk).
medos e receios, conto com esta
Diretoria, que, não duvidem, tem
aquela coragem a que se refere o
velho Rosa.
Transcrição dos discursos,
na íntegra.
Como cheguei até aqui? Graduei-me em medicina na Escola Médica
da Universidade Gama Filho, aqui
no Rio de Janeiro, há 33 anos. Fiz
minha especialização no Centro
de Ensino e Treinamento do Hospital Central do IASERJ e realizei
o doutorado no Departamento de
Anestesia da Faculdade de Medicina de Botucatu, da UNESP, onde
sigo fazendo um pós-doutorado.
Dr. Sylvio Valença de Lemos Neto, presidente da
SBA 2014
“O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.”
Guimarães Rosa
Dr. Airton Bagatini
Presidente do Conselho Superior da
SBA, colegas, senhoras e senhores.
É exatamente como me sinto hoje,
aquecido, solto e totalmente inquieto. Falar que estou feliz e alegre não
bastaria. Dizer que tenho medos e
receios me parece absolutamente
óbvio. Partilhar essa felicidade e
alegria, pretendo fazê-lo com cada
um de vocês hoje. Para superar os
Preciso e devo fazer, neste momento, um público agradecimento
ao dr. Francisco Eduardo Sampaio Fagundes, fantástico professor que me apresentou, ainda
na graduação, à anestesia como
ciência e mudou completamente
minha perspectiva de vida médica. Aos queridos doutores Marildo Assunção Gouveia e Gilda
Moraes Labrunie, meus mestres
na especialidade, meus anjos da
guarda na vida profissional, que
me mostraram a importância da
vida associativa e me adotaram
como um filho desde a primeira
semana de residência médica. Ao
professor doutor Pedro Thadeu
Galvão Vianna, meu orientador na
pós-graduação, que me acolheu de
modo tão fraternal que, mesmo a
700 quilômetros de distância, faz
me sentir em casa.
SBA
SBA | Notícias
Notícias
Muitíssimo obrigado pelo tempo,
pelos ensinamentos, pela paciência
e pelo carinho que me dispensaram. Espero, sinceramente, ter feito
valer a pena. Meu mais profundo
reconhecimento e uma gratidão
sem fim.
mundo sabe o que é isso, estêncil?).
E eu, aprendiz de feiticeiro, ia junto.
O mimeógrafo tinha uma tal flauta
que entupia, alguém assoprava, a
tinta voava e o resultado, além da
circular pronta, foram muitas camisas e calças estragadas.
Desde a residência frequentava as
atividades científicas da SAERJ.
Entretanto, somente a partir de
1985 comecei a frequentar as assembleias, levado pelos amigos
Carlos Alberto Pereira de Moura
e Jorge Ronaldo Moll, então membros da Diretoria da SAERJ.
Não tinha mais jeito. O bichinho
tinha me picado e eu estava definitivamente contaminado pela mesma
doença daqueles caras. Ingressei em
1987 como tesoureiro na Diretoria
de minha querida SAERJ, presidida
pelo dr. Marcos Botelho da Fonseca
Lima. Fui secretário na gestão seguinte, do dr. Jorge Ronaldo Moll, e
cheguei à Presidência em 1991, ano
em que realizamos o XXI Congresso Latino-americano de Anestesiologia no Rio de Janeiro.
Era o auge do movimento de descredenciamento dos convênios
no Rio de Janeiro, iniciado por
Newton da S. Carvalho Leme,
e, àquela altura, liderado pelo
então presidente da SAERJ, que
se tornaria um amigo querido, dr.
Icaro Roldão Chaves de Barros,
e eu fiquei absolutamente fascinado por aquela aglutinação de
pessoas, pelos debates, pelo desprendimento de todos em busca
de uma situação que fosse melhor
ou mesmo ideal para o anestesista
do estado do Rio de Janeiro.
Os caras eram uns alucinados.
Saíam das assembleias tarde da noite
e, dependendo da importância ou
da urgência em divulgar as deliberações aprovadas, iam para a sede da
SAERJ, na Rua das Marrecas, para
datilografar e rodar o estêncil (todo
Nesse mesmo ano, participei, pela
primeira vez, de uma diretoria da
SBA como secretário-geral, tendo
sido, em sequência, tesoureiro e
vice-presidente da SBA. Atuei em
sete diretorias, tive um grande
aprendizado, fiz grandes amigos,
como os presidentes Icaro Roldão,
Paulo César Medauar Reis e Antônio Leite Oliva Filho. Não cheguei
à Presidência.
Destino. Talvez não estivesse devidamente preparado ainda. Mas
o fato é que, como nos ensinou
Fernando Sabino, “No fim tudo dá
certo, e se não deu certo é porque
ainda não chegou ao fim”.
A grande quantidade de amigos
conquistados neste Brasil afora,
através da atividade associativa,
não permitiu que me afastasse
em nenhum momento da SBA.
Eles foram, e são, uma fonte inesgotável de renovação de ideias
e energia. Não tenho como nominar cada um, mas agradeço a
imerecida deferência e o carinho
paternal que me dedicaram os
drs. Leão João Pouza Machado e
Valdir Cavalcanti Medrado – espero tocar cada um de vocês.
E, assim, em 2009, retornei à Diretoria da SAERJ sob a presidência
do dr. Sérgio Luiz do Logar Mattos.
Esse retorno se deu através da atuação de, basicamente, quatro pessoas: os drs. Sérgio Logar, Samuel F.
da Fonseca Gelli, Helton José Bastos Setta e Carlos Eduardo Lopes
Nunes (Cadu). Vocês não sabem a
felicidade que me proporcionaram.
Minto, vocês sabiam.
Tanto que, em setembro de 2009, o
Cadu me convidou para fazer parte
da chapa que ele estava estruturando para a Diretoria da SBA em
2010. Melhor impossível!
Nova trajetória, secretaria-geral,
tesouraria, vice-presidência. Muito
trabalho, novos amigos: Nádia,
Mariano, Bagatini.
Novas ferramentas de gestão – ISO
9001:2008, planejamento estratégico,
Notícias |
25
metas, painel de bordo. Globalização,
digitalização, informação online, comunicação idem. Gente, tudo diferente de minha passagem anterior pela
Diretoria da SBA. Definitivamente,
a SBA partira para uma gestão empresarial! Claro, 13 anos se passaram.
Que belo trabalho fora feito por aquelas diretorias!
No entanto, se a gestão era empresarial, a SBA não era, não é e, creio eu,
jamais será uma empresa. Permanecia aquilo que sempre foi o nosso
diferencial a doação, a preocupação com a coletividade, a obsessão
com o interesse do anestesista e
a representatividade da categoria
médica. Permanecia a capacidade
de se reinventar. De acompanhar
e antecipar as guinadas do mundo.
Diretorias, comissões, comitês,
conselhos, diretorias de regionais,
responsáveis por CETs, mais de mil
pessoas trabalhando e zelando de
forma voluntária e, muitas vezes,
anônima pelo mercado de trabalho,
pela atualização, pela capacitação e
pelo bem-estar do anestesista brasileiro e pela segurança e dignidade
de pacientes em todo o Brasil.
Para realizar tantas coisas, para planejar e executar tantos projetos, só
mesmo com a abnegação de nossos
funcionários, nossos entusiasmados colaboradores. Conhecem seu
trabalho, vibram com ele. Conhecem os donos da SBA, todos nós,
os associados. Pasmem, conhecem
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| Anestesia em revista - Nº 01/2014
pelo nome, sabem de onde são e
onde atuam. Definitivamente, nenhuma empresa tem isso.
Somos mais de 10.300 associados.
Crescemos gradualmente a cada
ano. Ao reafirmar a grandiosidade
de nossa sociedade, entendemos
que a grandeza nunca é dada. Ela
deve ser conquistada. Nossa jornada nunca foi de atalhos ou de
aceitar menos. Nunca foi a trilha
dos inseguros, dos que preferem
descansar a trabalhar.
Nossos desafios podem ser novos.
Os instrumentos com os quais os
enfrentamos podem ser novos. Mas
aqueles valores dos quais nosso
sucesso depende – trabalho duro
e honestidade, coragem e justiça,
tolerância e transparência, união e
perseverança –, essas coisas são antigas. Essas coisas são verdadeiras.
Elas têm sido a força silenciosa do
progresso ao longo de nossos quase
66 anos de história.
As corporações de grande porte,
governos entre elas, são responsáveis pelo grosso da publicidade que
vemos nos meios de comunicação, e
como essa publicidade quase sempre
opta não por dar informações sobre
o produto, e sim criar uma imagem
humana simpática da empresa –
imagens de famílias, de bebês, de
carinho, de médicos e cientistas com
suas roupas brancas –, a população
tem certa dificuldade de conciliar
SBA | Notícias
‘
... àquela altura, liderado pelo então
presidente da SAERJ, que se tornaria
um amigo querido, dr. Icaro Roldão
Chaves de Barros
o nome de uma corporação com a
truculência das atividades que esta
desenvolve, a guerra eleitoral, a tropa
de vassalos legisladores, o cinismo
marqueteiro ou as milícias intelectuais. Creio que isso possa explicar
a aceitação obtida pelo “Mais Médicos”, isso e a incredulidade da categoria médica na execução desse projeto
anacrônico, truculento, eleitoreiro
e demagógico.
Estejamos atentos, SBA!
A elevação geométrica do número
de vagas de residência médica, em
anestesia, inclusive, sem preocupação acadêmica ou educacional,
associada ao discurso de carência
de profissionais, sem abordar distribuição, fixação, condições de
trabalho e remuneração, nem a
precariedade do vínculo, permite-nos imaginar que, depois do modelo de importação cubano, possa
advir um modelo americano de
assistência em nossa especialidade, baseado na argumentação
simplista que é melhor ter alguém
fazendo, ainda que sem formação,
do que não ter ninguém.
Não repercutiremos as queixas
mesquinhas e as falsas promessas,
as recriminações e os dogmas desgastados, que, por muito tempo,
têm enfraquecido nosso entendimento com o Governo Federal.
Entenda-se MEC, Ministério da
Saúde e CNRM.
SBA
Não nos furtaremos a discutir. Com
serenidade, como é do meu feitio,
mas com firmeza. Buscando sempre
o caminho do diálogo e do convencimento, mas sem fugir à responsabilidade de decidir o que julgarmos
justo para a anestesiologia, para o
anestesista e para a população brasileira. Afinal, como bem disse o
notável Graciliano Ramos, “É fácil
livrar-se das responsabilidades. Difícil é escapar das consequências de
ter se livrado delas”.
Desde outubro passado, a Diretoria vem preparando, por meio de
reuniões mensais, o Planejamento
Estratégico de 2014. Esse trabalho,
finalizado em dezembro, foi apresentado ontem aos presidentes de
comissões permanentes da SBA e
ao editor-chefe da RBA e contém
as ações que serão implementadas
para alcançar os objetivos estabelecidos pelo Planejamento 2014.
Hoje pela manhã o expusemos aos
presidentes de regionais para que
ele obtenha capilaridade. Capilaridade que apenas e tão somente
as regionais podem proporcionar.
Seremos parceiros na execução
desse planejamento. Pretendo visitar todas as regionais da SBA,
conhecer as sedes, as atividades, os
associados, participar de reuniões
das diretorias. Acredito fortemente
que a força e a representatividade
da SBA são decorrentes da atuação
de suas regionais.
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Não vou cansá-los discorrendo sobre
o Planejamento Estratégico deste
ano, mas permitam-me ressaltar alguns pontos que serão alvo de ações:
–– A ampliação do Programa Integrar (diminuição do uso de
papel), compromisso de responsabilidade social da SBA
coordenado pelo secretário-geral dr. Ricardo Azevedo.
–– O II Simpósio Internacional de
Saúde Ocupacional.
–– A elaboração de um projeto,
em parceria com a FEBRACAN, de seguro-fomento para
profissionais em tratamento
de drogadição, sob o empreendedorismo do dr. Fernando
Carneiro, diretor do Departamento de Defesa Profissional.
Sob a égide do Departamento Administrativo, capitaneado pelo dr.
Erick Curi, encontram-se:
–– A finalização do projeto de federalização da SBA.
–– A preparação da auditoria de
manutenção da certificação ISO
9001, já em março.
–– O projeto de treinamento e capacitação de nossos colaboradores.
No Departamento Científico da
SBA, o dr. Getúlio de Oliveira
Filho projetou:
–– Otimizar o sistema de avaliação por provas da SBA.
–– Expandir as ferramentas de ensino e educação continuada de
nossos associados.
–– Promover ações gerenciais que
busquem melhorar o fator de
impacto da Revista Brasileira
de Anestesiologia.
Ah! Vocês ainda não sabiam que a
RBA já tem fator de impacto? Pois
é, conseguimos! No final do ano
passado, essa informação foi divulgada. Consequência do empenho e
da obstinação dos editores-chefes
e das diretorias que se sucederam
desde o primeiro número da revista, em 1951. Portanto, de José
Joaquim Cabral d’ Almeida até
Mário José da Conceição, de Renato Ribeiro a Airton Bagatini, nosso
respeito e admiração.
Evidentemente, nada disso ocorrerá se não tivermos a atuação atenta
e eficaz de nosso diretor tesoureiro,
dr. Sérgio Logar, buscando e garantindo o suporte financeiro para a
execução desse planejamento.
Não me esqueci de você, não, dr.
Oscar Pires, vice-presidente, com
quem terei a enorme satisfação de
contar para as missões especiais.
Você, dr. Oscar, será o “boina verde”
da Diretoria, o cara do “BOPE”.
Para nos tranquilizar, estimular e clarear nossas decisões, contamos com
o aconselhamento, sempre sincero e
objetivo, do dr. Airton Bagatini, presidente do Conselho Superior.
Notícias |
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SBA
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Finalizando, afirmo-lhes que toda a
minha energia produtiva está direcionada para a SBA.
desperdiçar. Como dizia o sambista, “sou feliz e agradeço por tudo
que Deus me deu!”
para a Sociedade Brasileira de
Anestesiologia e para a sociedade
em geral.
Tenho, como sempre tive, uma
forte estrutura familiar que me suporta e auxilia. Recebo afeto, amor,
carinho, críticas e incentivos de
cada um deles.
Caros amigos, a sociedade como um
todo, com seu caráter tecnicista e sua
cultura midiática e internética, multiplicou as possibilidades de prazer,
mas tem grandes dificuldades em
engendrar alegria. Prazer é coisa dos
sentidos. Alegria é coisa do coração.
Dessa forma, eu os conclamo para
que, esta noite, estejamos todos alegres. Muito alegres! Como eu estou!
Vejo aqui o sorriso estampado no
rosto de cada um dos senhores,
pais, mães, irmãos, esposos, esposas, namorados e namoradas,
filhos, filhas e amigos, mostrando
o orgulho de fazer parte deste momento de conquista tão sublime
em suas vidas. A beleza desta cerimônia mostra a dimensão da emoção que invade nossos corações
neste instante.
O talentoso e dedicado time que
divide comigo a Direção do Hospital do Câncer, aqui representado
pelos drs. Luiz Augusto Vianna e
Roberto Araújo Lima, aos quais já
agradeço antecipadamente a cobertura de minhas ausências.
Que Deus abençoe todos nós!
Muito obrigado.
Aos drs. Vítor Valice e Renata
Prá, agradeço o suporte e a tranquilidade que me asseguram no
atendimento à clínica privada. Aí
me lembro de que fiz anestesia
para o Vítor nascer e percebo o
significado do caráter inexorável
do tempo.
Não poderia deixar de citar a
amizade, o respeito profissional
e a mútua confiança que reveste
a relação com os dois cirurgiões
com quem divido há mais tempo
as salas de operação. Aos drs. Reinaldo Rondinelli e Flávio Assad
Garcia agradeço a compreensão e
a tolerância.
Repeti muitas vezes neste discurso,
e estou consciente disso, a palavra
amigo. Não poderia ser de outra
forma, já que isso é o que a vida associativa nos oferece. Seria pecado
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| Anestesia em revista - Nº 01/2014
Dr. Airton Bagatini, presidente da SBA 2013
Senhoras e senhores, boa noite!
Cumprimento o dr. Sylvio Lemos,
presidente eleito da SBA, em nome
do qual cumprimento os demais
participantes da mesa.
Diretores,
Hoje é um dia muito especial para
suas vidas, para seus familiares,
Sei que é um momento de festa,
mas não podemos esquecer que
a classe médica foi forçosamente
alavancada como a grande vilã da
saúde pública no Brasil. Nossos
governantes sujaram as mãos manipulando a opinião pública sobre
a falta de médicos, psicólogos, fisioterapeutas, respiradores, macas, leitos hospitalares, resumindo: falta
de gestão e estrutura.
Com essa máscara, nosso povo sofrido e sem condições de obter uma
educação merecida foi forçado a
aceitar, pela mão forte do Governo
brasileiro, que a classe médica é a
culpada pelas deficiências da saúde
no Brasil.
Digo, senhores, a anestesiologia se
fez presente nos movimentos, participou de reuniões e assembleias.
Infelizmente, o grito da classe médica, que tanto sofre com a “doença
SBA
SBA | Notícias
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da saúde”, perdeu. E como diria o
poeta: “E agora, José?”
Eu respondo: não podemos ficar de
braços cruzados, o momento é de
estarmos de mãos dadas em prol de
um objetivo comum. Lutando pela
saúde e dignidade do brasileiro, geradas, principalmente, pela criação
de condições favoráveis para o desenvolvimento da medicina.
Momentos bons ou ruins precisam
passar, pois novos virão. Vamos
comemorar o trabalho, o estudo
e as dificuldades vividas nos anos
passados; eles nos servirão como
aprendizado de vida.
Nossos desafios são enormes, mas,
nem por isso, intransponíveis. Esperamos também que cada um siga
os próprios passos, que trilhe novos
caminhos, que ouse, que transforme. Nosso desejo é convidar a todos
que participem ativamente para que
tenhamos o êxito desejado.
Bom...
Agir, eis a inteligência verdadeira.
Serei o que quiser.
Mas tenho que querer o que for.
O êxito está em ter êxito, e não em
ter condições de êxito.
Condições de palácio tem qualquer terra larga,
Mas onde estará o palácio se não
o fizerem ali?
Fernando Pessoa
Vocês: Sylvio, Oscar, Fernando,
Ricardo, Getúlio, Erick e Sérgio
estão aqui, poderiam ser outros?
Sim. Mas são vocês que estão tomando posse, vocês que conquistaram este espaço. Tinha a terra vasta
e foram vocês que construíram
seus castelos. Parabéns! Fiquem
felizes, vocês conseguiram!
Neste momento, muitas vezes nos
esquecemos, como filho que somos,
dos que nos ensinaram, dos que nos
coordenaram e dos que se preocuparam conosco. Não cometam tal
injustiça, por mais pensamentos que
poderia ser melhor, e tudo pode ser
melhorado! Teve alguém que se preocupou e preparou o caminho para
vocês trilharem.
Nesses 65 anos de SBA, houve
várias diretorias, vários membros
de comissões e comitês, vários
responsáveis por CET, vários
Joões, Marias, Cristinas, ilustres
associados anônimos que trabalharam e fortificaram nossa instituição para torná-la reconhecida
mundialmente por suas realizações na área de defesa profissional e de educação continuada de
seus associados.
A SBA, que sempre foi sua casa
durante esses anos, que passou por
transformações profundas, talvez
despercebidas pelos dias de correria e preocupação com a vida privada e associativa, está terminando
mais um ciclo. E assim tem que ser,
para que um novo se inicie.
Lembro que nesse ciclo que se encerra conseguimos medir, analisar,
tomar medidas e significar para a
comunidade em geral uma entidade exemplar no campo do ensino,
da atualização científica, da defesa
profissional, da qualidade e da segurança da anestesiologia, com reconhecimento científico mundial.
Destaco o acompanhamento do
presidente do Conselho Superior,
dr. José Mariano de Soares de Moraes, nesse projeto de conquistas
nacionais e internacionais. Agradeço também a cada um dos diretores: drs. Sylvio Lemos, Oscar Pires,
Fernando Carneiro, Ricardo Azevedo, Sérgio Logar e Fábio Topolski o empenho em nossas vitórias e
o apoio nas derrotas.
Como um dia foi dito: poderiam
nos tirar a sede da SBA. Poderiam
nos tirar os recursos financeiros
da SBA. Poderiam tentar apagar
a história da SBA. Mas se nos
deixassem essa equipe de funcionários, coordenados pela impressionante dama Mercedes, nós, em
poucos anos, construiríamos tudo
novamente: meu muitíssimo obrigado a vocês.
Aproveito a oportunidade para agradecer nossos parceiros da indústria
farmacêutica e de equipamentos,
que, com seu desprendimento, nos
Notícias |
29
SBA
ajudaram sobremaneira a desenvolver nossos projetos audaciosos.
Sylvio, a partir de hoje, você passa
a fazer parte do seleto grupo de
associados da SBA que atingiu o
topo da pirâmide associativa. Você
está preparado para desempenhar
funções qualificadas. E chamo a
atenção de todos os diretores: a liderança é essencial para ascender a
um posto de destaque em qualquer
organização, seja ela pública ou privada.
No mundo globalizado, o conhecimento é essencial, porém, não se
contentem apenas com o adquirido
até aqui. Essa grande conquista de
vocês necessita de outras habilidades
que complementem sua formação,
como: humanização, ética, senso de
coletividade, organização e busca
contínua pelo conhecimento.
Também nunca se esqueçam da
família. Os pais sempre estiveram
atentos a essa jornada de vocês. É
por isso que eles também se sentem embriagados com a beleza
desta solenidade. Toda gratidão é
pouca. Neste momento, me lembro
aqui da Cassiana, da Nathalia, do
Lorenzo e da Luise e, com poucas
palavras, mas intensas, agradeço
a eles estarem comigo nessa longa
jornada ante a SBA.
É boa hora de terminar. Desde o
discurso de posse de Barak Obama
ficou estabelecido que ninguém
30
| Anestesia em revista - Nº 01/2014
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deve falar mais do que 20 minutos.
Aliás, em matéria de discursos da
Presidência dos Estados Unidos,
tenho passado a vida assombrado
desde que li o seguinte: George Washington fez o menor discurso de
posse na história americana, com
apenas 133 palavras. William Henry
Harrison fez o maior, com 8.433 palavras, num dia frio e tempestuoso
em Washington, D.C. Ele morreu
um mês depois, de uma gripe extremamente severa que contraiu
naquela noite. Creio que esta seja a
maldição que recai sobre os oradores que falam além de seu tempo.
Senhores de sangue e de afeto: somos
nós que estamos no palco, mas esta
noite é de vocês. Aqui se celebra a
continuidade de nossa instituição.
Um novo ciclo começa para elevar
ainda mais nossa SBA a conquistas
inimagináveis por causa do trabalho
e da criatividade das novas diretorias.
Daqui a SBA partirá para conquistar
o mundo. Respirem fundo.
Diretores: não se esqueçam de serem
felizes. Lembrem-se de que a felicidade tem mais a ver com atitude do que
com circunstância. Voem alto, mergulhem fundo, encontrem o próprio
caminho. Não tenham medo de tentar, de recomeçar, de insistir. O maior
naufrágio é não partir.
Para mim, toda despedida é uma
tristeza; tenho dificuldade de me
libertar, mas procuro não perder a
noção da insignificância do indivíduo perante a instituição, principalmente uma que se encontra na
melhor idade, vive a maturidade de
seus 65 anos.
O coletivo sempre será mais importante do que a unidade. Tenho que
ir. Obrigado pelo apoio e por terem
acreditado em meu trabalho.
Que o Grande Arquiteto dos Universos nos ilumine.
■
Boa noite!
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Por Oscar César Pires
Certificação na área de atuação em Dor e
Cuidados Paliativos
• A Anestesiologia é uma das especialidades médicas que detêm
a prerrogativa de requerer certificação na área de Dor e Cuidados
Paliativos, através de concurso
realizado pela Associação Médica
Brasileira (AMB).
Para obter a certificação em área de
atuação, faz-se necessário que o médico possua Título de Especialista
nas áreas afins como: Dor - Academia Brasileira de Neurologia (ABN);
Associação Brasileira de Medicina
Física e Reabilitação (ABMFR); Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA); Sociedade Brasileira
de Anestesiologia (SBA); Sociedade
Brasileira de Neurocirurgia (SBN);
Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia (SBOT) e Sociedade
Brasileira de Reumatologia (SBR).
Concurso 2013 - DOR - Ana Ligia
Bittencourt Yamamura, Gilvandro
Lins de Oliveira Jr, Mariana Camargo Palladini, Roberta Cristina Risso,
Sanderland José Tavares Gurgel;
Para a certificação em cuidados
paliativos foram contempladas as
seguintes sociedades de especialidades: Sociedade Brasileira de
Anestesiologia (SBA); Sociedade
Brasileira de Cancerologia (SBC);
Sociedade Brasileira de Clínica
Médica (SBCM); Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
(SBGG); Sociedade Brasileira de
Medicina de Família e Comunidade
(SBMFC) e Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP).
No primeiro ano da instituição
dessa certificação, a emissão dos
certificados ocorreu após a comprovação de critérios definidos por
uma comissão estabelecida pela
AMB, com representantes das especialidades envolvidas.
Concurso 2012 - Paliativa Anestesiologia - Adivanio Cardoso
Américo, Antonio Bedin, Breno José
Santiago Bezerra de Lima, Emily
Santos Montarroyos, Fernanda
Bono Fukushima, Flavia Claro da
Silva, Giselane Lacerda Figueredo
Salamonde, Glauco Facão Acquati, Guilherme Antonio Moreira de
Barros, Inês Tavares Vale e Melo,
João Batista Santos Garcia, Liane
Carvalho Brito de Souza, Lilian
Hennemann Krause, Lucia Miranda
Monteiro dos Santos, Marcos Aristoteles Borges, Maria Salete de Angelis
Nascimento, Mario Tadeu Waltrick
Rodrigues, Mirlane Guimarães de
Melo Cardoso, Teresa Neumann
Sampaio Bezerra, Zemilson Bastos
Brandão Souza.
Até 2012, a emissão do Certificado
de Atuação na Área de Dor, ocorria
após realização de provas elaboradas pelas sociedades de especialidades envolvidas, e encaminhamento
à AMB da lista dos aprovados. A
partir de 2013, a AMB assumiu a
realização das provas para a emissão
do Certificado de Atuação na Área
de Dor e Cuidados Paliativos, retirando essa incumbência das sociedades de especialidades.
Nessa nova determinação, todos
os colegas que almejam certificação nestas áreas, inscrever-se no
concurso elaborados pela comissão
presidida pela AMB, composta por
representantes das sociedades envolvidas, sendo os pré-requisitos para a
inscrição: um ano de especialização
(2.800 horas) em serviço reconhecido pela sociedade de especialidade, um ano de residência médica na
área de certificação ou dois anos de
atividade comprovada na área. O
edital da AMB foi publicado e que
se o concurso seja marcado no mês
de novembro. Porém, alterações no
edital poderão ocorrer e serão amplamente divulgadas pela SBA. Nesse
sentido, a SBA estará atenta às possíveis modificações dos critérios, e os
interessados devem estar atentos às
divulgações da SBA.
■
Notícias |
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Por Oscar César Pires *
Uso da Biblioteca virtual – Clinical Key
• Ao longo dos anos, a Sociedade
Brasileira de Anestesiologia não
tem medido esforços para deixar o
associado atualizado e, para isso,
publica, regularmente, pelo menos,
dois livros por ano e coloca à disposição aulas em seu portal, além de
manter contratos de elevado custo
com representantes de editoras para
oferecer a seus associados o mais
abrangente número de periódicos
em anestesiologia e áreas correlatas.
Entendemos que o aprimoramento
científico é nossa prioridade.
Detectamos que, alguns colegas, na
ansiedade de, por algum motivo,
Grafico 2: Buscas por tipo de conteúdo:
32
| Anestesia em revista - Nº 01/2014
não mais poder contar com tais
produtos, acabam por baixar elevada quantidade de arquivos para seu
computador pessoal.
Embora aqueles de propriedade
intelectual da SBA possam ser baixados, os contratos assinados entre
a SBA e os editores para o acesso às
bases eletrônicas de dados estabelecem restrições de uso e respeito à
propriedade intelectual e vedam o
acesso aos materiais de maneira que
infrinja os direitos autorais a eles relativos. Como copiar, baixar ou tentar
baixar porcentagens elevadas de publicações ou até mesmo publicações
inteiras e utilizar de mecanismos de
cópia direta de base de dados, como
utilitários de cópia de site ou robôs
de pesquisas/capturas sequenciais,
são práticas que configuram pirataria
e que podem resultar em ações judiciais e na interrupção do acesso pelo
editor, causando prejuízos a todos os
anestesiologistas brasileiros, é importante que cada anestesiologista
acesse o site de modo responsável e
usufrua do material à disposição de
maneira prudente para não incorrer
em tais práticas.
■
* O autor é vice-presidente da SBA.
SBA
SBA | Notícias
Notícias
38ª JONNA - Jornada Norte-Nordeste
de Anestesiologia
• O Ceará vai sediar a 38ª JONNA,
um evento que está sendo organizado pela Sociedade de Anestesiologia do Estado do Ceará (SAEC),
com o apoio da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA).
Programação
Quinta - Feira 27/03/2014
08:30 - 12:30
Sala 01 - Workshop de anestesia
Sala 02 - Melhor forma de conduzir
10:30 - 11:00 - Coffee Break
15:30 - 16:00
Sala 01 - Uso de drogas vasoativas.
Sala 02 - Anestesia geral com
11:00 - 11:30
Sala 01 - Paciente com insuficiência
hipotensão na gestante.
desflurano.
Sala 02 - Fórum Febracan.
16:00 - 16:30 - Coffee Break.
11:30 - 12:00
Sala 01 - Pacientes hepatopatas.
Sala 02 - Fórum Febracan.
16:30 - 17:00
Sala 01 - Como prevenir distúrbios
cognitivos nos pós-operatório.
regional guiada por Ultrassom (30
vagas). Valor: R$ 250,00
Sala 02 - Anestesia geral venosa
alvo controlada. Como eu faço?
Sr. Wendell Martins
Fones: (85) 3244-7383 | 9621-7510
[email protected]
www. saec.org.br
Sexta - Feira 28/03/2014
Inscrições:
14:30 - 15:00
Sala 01 - Fatores impactantes no
09:00 - 09:30
Sala 01 - Repercussões das
desfecho transoperatório.
drogas anestésicas em situação
específicas. Paciente em uso de
anticonvulsivantes.
- Triple Low influencia no resultado?
Sala 02 - Fórum Febracan.
Sala 02 - Falando com o especialista 1.
- Como conduzir a criança com IVAS.
15:00 - 15:30
Sala 01 - Controle da hipotermia.
coronariana.
09:30 - 10:00
Sala 01 - Em pacientes com lesão
renal não dialítica.
Sala 02 - Fórum Febracan.
14:30 - 15:00
Sala 01 - Como eu faço?
- Analgesia através de cateter de
nervo periférico.
Sala 02 - Dor.
- Uso dos gabapentóides na
prevenção da dor pós-operatório
15:00 - 15:30
Sala 01 - Avaliação pré-anestésica.
Sala 02 - Técnica anestésico e
evolução do câncer.
15:30 - 16:00
Sala 01 - Profilaxia de Náuseas e
vômitos pós-operatório.
Sala 02 - Bloqueio anestésico e
neurolíticos na dor crônica.
Notícias |
33
SBA
SBA | Notícias
Notícias
16:00 - 16:30 - Coffe break.
10:30 - 11:00 - Coffee Break
15:00 - 15:30
Sala 01 - Intubação sob sequência
11:00 - 11:30
Sala 01 - Sedação da paciente
Sala 02 - Tratamento da dor pósoperatório no idoso. Qual a melhor
técnica.
Sala 02 - SUGAMADEX, quando
eu indico?
17:00 - 17:30
Sala 01 - Controle glicêmico
11:30 - 12:00
Sala 01 - Hiperalgesi com o uso de
rápida.
transoperatório do diabético.
Sala 02 - Dor pós-operatório no
paciente com dor crônica. Como
abordar?
Sábado 29/03/2014
09:00 - 09:30
Sala 01 - Controversas em
anestesia.
- Posso realizar anestesia regional no
paciente portador de lesão nervosa
prévia.
Sala 02 - Falando com o
especialista II.
- Manejo da via aérea em paciente
com TRM cervical instável.
09:30 - 10:00
Sala 01 - Raquianestesia para
mamoplastia.
Sala 02 - Acessos venoso guiados
por ultrassom.
34
| Anestesia em revista - Nº 01/2014
obstétrica. É seguro?
opióides: Por que? Como prevenir?
Sala 02 - Uso de PCA na analgesi
pós-operatória. Da teoria à prática.
12:00 - 12:30
Sala 01 - Anestesia no paciente
usuária de drogas.
Sala 02 - Bloqueios periféricos no
trauma e na emergência.
Reuniões Associativas SBA
28/03/14 (sábado)
- 09:00 h - reunião da Diretoria da
SBA com Presidentes de Regionais.
- 08:00 h - reunião da Comissão
de Ensino e Treinamento com
Responsáveis por CET da regiões
Norte e Nordeste
- 10:00 h - reunião da Comissão de
Ensino e Treinamento com Médicos em Especialização da regiões
Norte e Nordeste.
■
Venha aproveitar o evento e traga
sua família!
Há vários motivos para mudar para um
dispositivo de via aérea supraglótica de
segunda geração.
Mas só a nossa palavra não basta.
Utilize o seu smartphone e escaneie
o código QR sobre a boca do médico
para aprender mais sobre essa
tecnologia ou visite
http://youtube/U-rBypQAfbQ
Já não é hora de mudar para a Máscara Laríngea LMA Supreme® ?
A aspiração continua sendo uma preocupação primordial na anestesia.
Onde a aspiração é um risco, mas a intubação não é indicada, o relatório1
NAP4 recomenda o uso de dispositivos supraglóticos de via aérea (SADs)
de segunda geração ao invés de SADs de primeira geração.
LMA Supreme® oferece um novo padrão de assistência ao paciente
seguindo as recomendações do relatório NAP4, sendo um dispositivo
Second Seal™
de uso único, SAD de segunda geração com acesso gástrico e
(vedação
esofágica)
inovadora tecnologia Second Seal™.
First Seal™
(vedação orofaríngea)
Para mais informações, visite www.make-a-switch.com
Referências: 1. 4th National Audit Project of the Royal College of Anaesthetists and the Difficult Airway
Society: Major Complications of Airway Management in the United Kingdom. Report and findings: Mach 2011.
Editors: Dr Tim Cook, Dr Nick Woodall e Dr Chris Frerk.
Teleflex, LMA, LMA Supreme, First Seal e Second Seal marcas comerciais ou registradas da Teleflex Incorporated ou suas
afiliadas. Direitos Autorais © 2014 Teleflex Incorporated. Todos os direitos reservados. LA_AN_0145_v1_2014
Telefone +1.919.433.4999 Email [email protected] www.teleflex.com ou www.lmaco.com
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Notícias
49ª JOSULBRA - Jornada Sul-Brasileira
de Anestesiologia
•
A 49ª Jornada Sul-Brasileira de
Anestesiologia, será realizada de 11
a 13 de abril de 2014, Centrosul Florianópolis / SC.
Programação Preliminar
SEXTA-FEIRA - 11 DE ABRIL DE 2014
SALA ARVOREDO 2
Tema: TRAUMA E TERAPIA INTENSIVA
Coordenadora: Maristela Bueno Lopes (PR)
08h30 – 08h50
Avaliação e conduta da hemorragia
maciça na sala de cirurgia
Maristela Bueno Lopes (PR)
08h50 – 09h10
Aumento da PIC X trauma: o que
faço?
Alexandre Slullitel (SP)
09h10 – 09h30
Acidose hiperclorêmica e suas consequências
Jorge Hamilton Soares Garcia (SC)
09h30 – 10h00
Manejo da via aérea no trauma: aspectos importantes
Márcio Pinho Martins (RJ)
10h00 – 10h30 - Intervalo – visita
aos expositores
10h30 – 11h00
Suporte cardiovascular em pacientes
septicêmicos
Adílson José Dal Mago (SC)
36
| Anestesia em revista - Nº 01/2014
11h00 – 11h20
Diagnóstico e tratamento de TEP perioperatório
Luiz Fernando Ribeiro de Menezes
(RS)
11h20 – 11h40
Prevenção da infecção perioperatória: qual o papel do anestesiologista?
Florentino Fernandes Mendes (RS)
11h40 – 12h00
Coagulopatia no paciente politraumatizado. Monitorização e estratégias de manejo
Maristela Bueno Lopes (PR)
12h00 - 13h30 - Intervalo para almoço
Tema: NEUROANESTESIA
Coordenador: Jean Abreu Machado
(SC)
13h30 – 13h50
Neurocirurgia com o paciente acordado: indicações e técnica
Jean Abreu Machado (SC)
13h50 – 14h10
Manejo atual do trauma raquimedular
Ricardo Lopes da Silva (PR)
14h10 – 14h30
Procedimentos neurocirúrgicos na sala
de hemodinâmica: o que devo saber?
Ronaldo Contreiras de Oliveira Vinagre (RJ)
14h30 – 15h00
FastTrack em neuroanestesia. Quando é possível?
Alexandre Slullitel (SP)
15h00 – 15h30 - Intervalo – visita
aos expositores
15h30 – 15h50
Fisiologia cerebral aplicada: existe
algo novo?
Giorgio Pretto (SC)
15h50 – 16h10
Aumento da pressão intracraniana:
implicações e manejo
Ronaldo Contreiras de Oliveira Vinagre (RJ)
16h10 – 16h30
Monitorização da função e metabolismo cerebral e medular
Giorgio Pretto (SC)
16h30 - Abertura oficial - coquetel
SALA JURERÊ
Tema: ANESTESIA
AMBULATORIAL
Coordenador: Glauco Facão
Acquati (SC)
08h30 – 08h50
Anestesia ambulatorial no paciente
idoso e ASA III. É possível?
Ranger Cavalcante da Silva (PR)
08h50 – 09h10
Anestesia regional e analgesia
regional no paciente ambulatorial:
critérios de alta
Pedro Paulo Kimachi (SP)
09h10 – 09h30
Náuseas e vômitos pós operatórios.
Qual melhor protocolo em pacientes
ambulatoriais?
Antônio Bedin (SC)
SBA
09h30 – 10h00
Apnéia do sono X paciente
ambulatorial. O que fazer?
Fabiano Tadashi Shiohara (PR)
10h00 – 10h30 - Intervalo – visita
aos expositores
10h30 – 11h00
Sedação para endoscopia gástrica
e colonoscopia: armadilhas e
cuidados
Glauco Facão Acquati (SC)
11h00 – 11h20
Profilaxia da trombose venosa em
pacientes ambulatoriais
Alexandre Carlos Buffon (SC)
11h20 – 11h40
Anestesia geral inalatória X venosa
total para pacientes ambulatoriais
Fernando S. Nora (RS)
11h40 – 12h00
Terapia antitrombótica X pacientes
oftalmológicos ambulatoriais
Luiz Marciano Cangiani (SP)
12h00 - 13h30 - Intervalo para
almoço
Tema: ANESTESIA PEDIÁTRICA
Coordenador: Carlos Alberto da
Silva Júnior (SC)
13h30 – 13h50
Procedimentos otorrinológicos em
pacientes pediátricos: o que importa
saber no perioperatório?
Emilton Arena Silva Junior (SC)
13h50 – 14h10
Anestesia pediátrica X obesidade
infantil
Débora de Oliveira Cumino (SP)
14h10 – 14h30
Anestesia pediátrica fora do
CC: aspectos importantes para
segurança
Alexandre Carlos Buffon (SC)
SBA | Notícias
Notícias
14h30 – 15h00
Efeitos cognitivos pós operatórios
da anestesia inalatória em pediatria.
O que sabemos até agora?
Mário José da Conceição (SC)
15h00 – 15h30 - Intervalo – visita
aos expositores
15h30 – 15h50
Hidratação em pediatria: o modelo
de Holiday e Segar ainda é o ideal?
Marcelo Ferreira (PR)
15h50 – 16h10
Urgências cirúrgicas neonatais:
hérnia diafragmática e
meningomielocele
Mário José da Conceição (SC)
16h10 – 16h30
Medicação Pré Anestésica no
paciente pediátrico: como fazer?
Débora de Oliveira Cumino (SP)
16h30 - Abertura oficial - Coquetel
10h00 – 10h30 - Intervalo – visita
aos expositores
10h30 – 11h00
Manejo glicêmico transoperatório
Gastão Duval Neto (RS)
11h00 – 11h20
Cirurgia sobre a coluna: perda visual
pós operatória e proteção medular
Eduardo Bianchini (SC)
11h20 – 11h40
O que podemos obter através da
monitorização hemodinâmica
básica?
Eric Benedet Lineburger (SC)
11h40 – 12h00
Monitorização da volemia em
cirurgias de grande porte
Ana Cristina Pinho Mendes Pereira
(RJ)
12h00 - 13h30 - Intervalo para
almoço
SALA JOAQUINA
Tema: TEMAS DIVERSOS
Coordenador: Eduardo Bianchini
(SC)
08h30 – 08h50
PCR: aspectos do último algoritmo
Marisa Pizzichini (PR)
08h50 – 09h10
Delirium pós-operatório:
fisiopatologia, prevenção e manejo
Florentino Fernandes Mendes (RS)
09h10 – 09h30
Monitorização minimamente
invasiva da hemoglobina
Leandro Sotto Maior Cardoso (SC)
09h30 – 10h00
Anestesia X resposta inflamatória
perioperatória. O que sabemos até
agora
Ana Cristina Pinho Mendes Pereira
(RJ)
Tema: FARMACOLOGIA
Coordenador: A definir
13h30 – 13h50
Desflurano X Sevoflurano.
Farmacologia comparada
Jurandir Coan Turazzi (SC)
13h50 – 14h10
Sugammadex: farmacologia e
necessidade de monitorizar o BNM
Fabiano Tadashi Shiohara (PR)
14h10 – 14h30
Dexmedetomidina na anestesia
atual: onde usar?
Airton Bagatini (RS)
14h30 – 15h00
Reação alérgica no transoperatório:
diagnóstico e tratamento
Maria Anita Costa Spindola (SC)
15h00 – 15h30 - Intervalo – visita
aos expositores
Notícias |
37
SBA
15h30 – 15h50
Farmacologia no paciente idoso. O
que importa?
Ranger Cavalcante da Silva (PR)
15h50 – 16h10
Colóides X cristalóides: solução
mais próxima do fim?
Gastão Duval Neto (RS)
16h10 – 16h30
Anestesia venosa alvo controlada
com propofol e remifentanil. Qual
modelo farmacocinético seguir?
Ricardo Francisco Simoni (SP)
16h30 - Abertura oficial - Coquetel
SÁBADO - 12 DE ABRIL DE 2014
SALA ARVOREDO 2
Tema: MANHÃ DOS
RESIDENTES
Coordenador: Jorge Hamilton
Soares Garcia (SC)
08h30 – 09h00
Via aérea: diagnóstico e manejo
Márcio Pinho Martins (RJ)
09h00 – 09h20
Hipotermia perioperatória:
prevenção e conduta
Abel Fernando Rech (SC)
09h20 – 09h40
Como utilizar e pesquisar a base de
dados da SBA
A definir
09h40 – 10h00
Farmacologia clínica dos
anestésicos locais
Pablo Escovedo Helayel (SC)
10h00 – 10h30 - Intervalo – visita
aos expositores
38
| Anestesia em revista - Nº 01/2014
SBA | Notícias
Notícias
10h30 – 11h00
Interpretando gasometria arterial e
venosa no transoperatório
Glauco Facão Acquati (SC)
11h00 – 11h20
Fisiologia respiratória. Aplicações
clínicas
Marisa Pizzichini (PR)
11h20 – 11h40
Ventilação mecânica no
transoperatório (Pressão X Volume,
PEEP, riscos e benefícios)
Fábio Amaral Ribas (RS)
11h40 – 12h00
Como ler e usar revisões
sistemáticas
Jorge Hamilton Soares Garcia (SC)
12h00 - 13h30 - Intervalo para
almoço
Tema: OBSTETRÍCIA
Coordenador: Giovani de
Figueiredo Locks (SC)
13h30 – 13h50
Conduta na punção inadvertida da
dura-máter durante a assistência ao
trabalho de parto
Raquel da Rocha Pereira (SC)
13h50 – 14h10
Síndrome de HELLP: como avaliar
a possibilidade de realizar anestesia
regional?
Ricardo Vieira Carlos (SP)
14h10 – 14h30
Reanimação fetal intrauterina
durante analgesia de parto
Marcelo Abramides Torres (SP)
14h30 – 15h00
PCR na gestante: como devemos
agir?
Giovani de Figueiredo Locks (SC)
15h00 – 15h30 - Intervalo – visita
aos expositores
15h30 – 15h50
Manejo perioperatório da gestante
durante cirurgia não obstétrica
Tolomeu Artur Assunção Casali
(MG)
15h50 – 16h10
Emergências obstétricas: o que todo
anestesiologista deve saber?
Marcelo Abramides Torres (SP)
16h10 – 16h30
Uso do US e ecocardiografia
transoperatória em anestesia
obstétrica
Giovani de Figueiredo Locks (SC)
16h30 – 17h00
Assistência farmacológica ao
trabalho de parto
Raquel da Rocha Pereira (SC)
17h00 – 17h30
Anestesia regional. Implicações
e impacto sobre o aleitamento
materno
Ricardo Vieira Carlos (SP)
SALA JURERÊ
Tema: ANESTESIA
CARDIOVASCULAR E
TORÁCICA
Coordenador: Eric Benedet
Lineburger (SC)
08h30 – 08h50
Entendendo e indicando os
monitores não invasivos de débito
cardíaco
Marisa Pizzichini (PR)
08h50 – 09h10
Anestesia para RM: FastTrack X
Ultra FastTrack
Kleber Machareth de Souza (MS)
09h10 – 09h30
Pré condicionamento cardíaco:
evidências atuais
Paulo Armando Ribas Junior (PR)
SBA
09h30 – 10h00
Diagnóstico e tratamento de complicações cardíacas no perioperatório
Ricardo Lopes da Silva (PR)
10h00 – 10h30 - Intervalo – visita
aos expositores
10h30 – 11h00
Ventilação monopulmonar no
século 21. Como fazer?
Fábio Amaral Ribas (RS)
11h00 – 11h20
Ecografia transoperatória em
cirurgia cardíaca
Kleber Machareth de Souza (MS)
11h20 – 11h40
Proteção cerebral em cirurgia
cardíaca
Eric Benedet Lineburger (SC)
11h40 – 12h00
Antiagregantes plaquetários e anticoagulantes X manejo perioperatório
Luiz Fernando Ribeiro de Menezes
(RS)
12h00 - 13h30 - Intervalo para
almoço
Tema: ANESTESIA REGIONAL
E DOR
Coordenador: Pablo Escovedo
Helayel (SC)
13h30 – 13h50
Anestesia regional X IRC e
insuficiência hepática: cuidados
Juan Carlos de la Cuadra Fontaine
(Chile)
13h50 – 14h10
Anestésicos locais de liberação
prolongada. Substituto da infusão
contínua?
Pablo Escovedo Helayel (SC)
14h10 – 14h30
Posso evitar dor crônica futura no
transoperatório?
Márcia Regina Ghellar (SC)
SBA | Notícias
Notícias
14h30 – 15h00
Anestesia regional periférica: US,
neuroestmimulador ou ambos?
Pedro Paulo Kimachi (SP)
15h00 – 15h30 - Intervalo – visita
aos expositores
15h30 – 15h50
Novos anticoagulantes X anestesia
regional
Augusto Key Karazawa Takaschima
(SC)
15h50 – 16h10
Analgesia para cirurgia de prótese
de joelho: sistêmica, regional ou
infiltração local?
Diogo Brüggemann da Conceição
(SC)
16h10 – 16h30
Metadona para analgesia pós
operatória. Qual seu papel?
Mário Tadeu Waltrick Rodrigues
(SC)
16h30 – 17h00
Intoxicação por anestésico local.
Meu hospital deve ter um protocolo
para o tratamento?
Tolomeu Artur Assunção Casali
(MG)
17h00 – 17h30
Opções de tratamento
intervencionista para o paciente
com dor crônica
Breno José Santiago Bezerra de
Lima (SC)
SALA JOAQUINA
Tema: SESSÃO PROJETO
CIRURGIA SEGURA
Coordenador: Gustavo Luchi Boos
(SC)
08h30 – 09h00
“Safe Surgery Project” o que é?
Gustavo Luchi Boos (SC)
09h00 – 09h20
Como implementar o protocolo de
cirurgia segura no seu hospital?
Leonardo Schonhorst (SC)
09h20 – 09h40
Erro de administração de
medicamentos: como evitar?
Elaine Aparecida Felix (RS)
09h40 – 10h00
Indicadores de qualidade e segurança
Airton Bagatini (RS)
10h00 – 10h30 - Intervalo – visita
aos expositores
SESSÃO “DOIS TOQUES”
Coordenador: Adílson José Dal
Mago (SC)
10h30 – 10h40
Indução rápida X estômago cheio.
Qual relaxante muscular usar?
Maria Cristina Simões de Almeida
(SC)
10h40 – 10h50
Reversão com Sugammadex é
garantia total de proteção de via aérea?
Maria Cristina Simões de Almeida
(SC)
10h50 – 11h00
Paciente ASA I, tem PCR sem sucesso na reanimação. O que não posso
deixar de fazer para defender-me?
Jurandir Coan Turazzi (SC)
11h00 – 11h10
É obrigatório no Brasil seguir a
resolução 1802 de 2006 do CFM?
A definir
SESSÃO DEBATE
Coordenador: Adílson José Dal
Mago (SC)
11h10 – 11h30
O cirurgião plástico insiste em
realizar cirurgias múltiplas em
Notícias |
39
SBA
paciente de risco. Como devo me
comportar nesta situação?
Adílson José Dal Mago (SC)
11h30 – 11h50
Paciente testemunha de Jeová
que assina o termo para não ser
transfundido. O que devo fazer se
for necessária a transfusão?
Vilson Fontana (SC)
11h50 – 12h00 - Discussão
12h00 - 13h30 - Intervalo para
almoço
Tema: FÓRUM
COOPERATIVISMO E VIDA
PROFISSIONAL
13h30 – 14h00
As cooperativas de anestesia e
inserção no mercado de trabalho –
desafio ou solução?
Roberto Henrique Benedetti (SC)
14h00 – 14h20
A cooperativa e o setor público
Renato Almeida Couto de Castro
(SC)
14h20 – 14h40
A cooperativa e os planos de saúde
Ricardo Lopes da Silva (PR)
14h40 – 15h00
Relação cooperativa e os cooperados
Francisco Alberto de Oliveira Jr.
(CE)
15h00 – 15h30 - Intervalo – visita
aos expositores
15h30 – 16h00
Importância da FEBRACAN para o
cooperativismo
Francisco Alberto de Oliveira Jr.
(CE)
16h00 – 16h20
Profissionalização da gestão
cooperativa
Erick Freitas Curi (ES)
40
| Anestesia em revista - Nº 01/2014
SBA | Notícias
Notícias
16h20 – 16h40
Novas modalidades de contratação
Ricardo Lopes da Silva (PR)
16h40 – 17h00
Definição do futuro profissional
baseado nas âncoras de carreira
Jurandir Coan Turazzi (SC)
17h00 – 17h30
Vantagens e desvantagens do
trabalho em grupo e associativo
Carlos Alberto da Silva Júnior (SC)
DOMINGO - 13 DE ABRIL DE 2014
SALA ARVOREDO 2
08h30 – 12h30
WORKSHOP
Ultrassonografia
Juan Carlos de la Cuadra Fontaine
(Chile)
12h30
ENCERRAMENTO
SALA JURERÊ
08h30 – 12h30
WORKSHOP
Bloqueios em Oftalmologia
Luiz Marciano Cangiani (SP)
12h30
ENCERRAMENTO
SALA JOAQUINA
08h00 – 08h30
WORKSHOP
Via aérea
08h00 / 09h30 - Aulas teóricas: Importância e avaliação da via aérea; Algoritmos de abordagem da via aérea;
Preparo para intubação acordado.
Palestrante: Antônio Vanderlei
Ortenzi (SP)
Organizador das estações:
Gustavo Nascimento (SP)
09h30 – 10h00
Estações práticas: Posicionamento
para IT, bougie, estiletes, trocador
de tubo
Instrutores: Eric Benedet
Lineburger (SC) e Glauco Facão
Acquati (SC)
10h00 – 10h30 - Intervalo
10h30 – 11h00
Estações práticas: Supraglóticos I
(Aura once, Aura 40, LMA Clássica,
tubo laríngeo com e sem canal
Supreme, Proseal, i-Gel
Instrutor: Ricardo Lopes da Silva
(PR)
11h00 – 11h30
Estações práticas: Supraglóticos II
(para intubação - Fastrach e Air-Q )
Instrutor: Alexandre Slullitel (SP)
11h30 / 12h00
Estações práticas: Intubação por
fibroscopia flexível / Aura-I +
A-Scope; videolaringoscópios
Instrutores: Maurício Sperotto
Ceccon (SC) e Marcos Lazaro
Loureiro (SC)
12h00 / 12h30
Estações práticas: Acesso invasivo
à via aérea (intubação retrógrada e
cricotirotomia)
Instrutor: Emilton Arena Silva
Junior (SC)
12h30 - Encerramento
SALA TAPERA
08h30 – 12h30
WORKSHOP
Ensino em anestesiologia
12h30 - Encerramento
SBA
Notícias
SBA | Notícias
Por Antônio Fernando Carneiro *
Bem-Estar Ocupacional em Anestesiologia
• Em parceria com o Conselho Federal de Medicina, Confederação
Latinoamericana de Sociedades de
Anestesiologia e Federação Mundial
de Sociedades de Anestesiologistas,
assim como, com a colaboração de
renomados especialistas em doenças
ocupacionais, a SBA pode realizar
um trabalho de valor inestimável,
não só para a anestesiologia como
também para toda a classe médica.
A publicação do livro, “Bem-Estar
Ocupacional em Anestesiologia”,
vem despertando enorme interesse
da classe médica, tanto no âmbito
nacional como internacional. Diante das solicitações recebidas que
retratam a importância do trabalho
realizado, a obra foi disponibilizada
no site da SBA, no formato e-book,
em área aberta, ou seja, disponível
para todos os interessados e não
somente aos associados da SBA,
entendendo ser esta uma ação de
utilidade pública. Providenciamos a
tradução de todo livro para o idioma
inglês, com novo registro no ISBN
desta versão. A publicação na língua
inglesa foi disponibilizada também
no site da SBA, assim como encaminhada à WFSA para divulgação aos
seus associados de todo o mundo,
fato este que possibilita uma maior
visibilidade mundial da produção
científica brasileira.
Pelos fatos ora relatados, vimos
de público agradecer aos autores
de capítulos, que de forma voluntária nos permitiram concretizar
esta atividade.

É importante salientar que o prin“cipal
objetivo do livro Bem-estar
ocupacional em anestesiologia é
abordar os distúrbios patológicos da
situação de bem-estar ocupacional
em anestesiologistas, abrangendo
desde seu diagnóstico, prevalência e
profilaxia até as abordagens terapêuticas, com base em evidências epidemiológicas publicadas na literatura
atual, para conscientizar que tais patologias afetam de maneira complexa
e, por vezes, gravemente a saúde física e psíquica, as crenças pessoais e as
relações sociais do anestesiologista.
Por outro lado, evidencia sua direta
correlação com a segurança dos pacientes anestésico-cirúrgicos submetidos a seus cuidados clínicos.
Seu conteúdo foi desenvolvido
em quatro sessões básicas:
––princípios e fundamentos em
saúde ocupacional;
––responsabilidades
institucionais com o bemestar ocupacional de médicos
(anestesiologistas);
––riscos biológicos e saúde
ocupacional;
––aspectos interdisciplinares na
saúde ocupacional.
Com base nas considerações anteriormente descritas, este livro
visa estimular o desenvolvimento de ações efetivas por parte das
entidades mundiais e regionais
envolvidas com a anestesiologia,
em prol do controle da saúde ocupacional dos anestesiologistas e da
segurança dos pacientes anestésico-cirúrgicos.
”
Gastão F. Duval Neto
Presidente do Comitê de Saúde
Ocupacional da SBA e Chair of the
Occupational Wellbeing of WFSA
A Sociedade Brasileira de Anes“tesiologia,
Conselho Federal de
Medicina, Confederação Latinoamericana de Sociedades de Anestesiologia e a Federação Mundial
de Sociedades de Anestesiologistas, realizaram trabalho conjunto, disponibilizando assim para a
classe médica, a obra Bem-Estar
Ocupacional em Anestesiologia
Notícias |
41
SBA
que aborda as condições laborais
para garantir um elevado grau de
segurança e qualidade de vida no
trabalho, alertando sobre a necessidade imperiosa da proteção
da saúde dos médicos, ensinando
a promover o bem-estar físico,
mental, social e moral; bem como
a prevenção, detecção, condutas
de abordagem/tratamento e controle dos acidentes e/ou doenças
decorrentes da prática da medicina, possibilitando assim a redução das condições de riscos.
Esperamos suscitar no leitor o entendimento sobre a necessidade de
uma mudança de atitude pessoal,
especialmente quanto ao seu comportamento nos hospitais, clínicas
e no seu próprio lar; possibilitando
assim que o bem-estar proporcione
realização profissional, aliada a felicidade pessoal.
”
Dr. Airton Bagatini
Presidente da Sociedade Brasileira
de Anestesiologia/2013
“A saúde e o bem-estar ocupacional dos médicos brasileiros
são pontos de preocupação do
Conselho Federal de Medicina
(CFM). Na atualidade, vivemos
um tempo de grandes transformações sociais, culturais, econômicas e políticas que impactam
diretamente na relação médico-paciente, no modo como fazer
medicina e na vida pessoal e
42
| Anestesia em revista - Nº 01/2014
SBA | Notícias
Notícias
profissional dos colegas que cumprem sua missão nos hospitais,
prontos-socorros, ambulatórios e
postos de saúde.
difíceis, que ajuda está disponível e
que utilizando esta ajuda não será
deletério para sua carreira futura;
de fato, poderá salvá-la.
Este livro e um dos primeiros
produtos deste grupo. Os artigos
compilados oferecem dados relevantes para a formulação de um
diagnostico do problema e apontam caminhos para futuras estratégias de enfrentamento. Num
primeiro momento, os anestesiologistas compõem o grupo focal,
mas breve se espera estender esses
benefícios e serviços gerados pela
abordagem a classe médica como
um todo.
Dr. David J Wilkinson
Presidente da WFSA
(World Federation of Societies of
Anaesthesiologists)
”
”
Dr. Roberto Luiz d’Avila
Presidente do Conselho Federal
de Medicina
as pessoas experimenta“rãoTodas
estresse durante suas vidas.
Estresse, afinal, é concomitante
com a vida moderna e seja qual
for o seu trabalho, é provável que
experimente momentos de estresse extremo.
Se adicionarmos a isto o estresse de
ser quase totalmente responsável
pela vida de alguém, não é realmente surpreendente que muitas pessoas de nossa profissão sucumbam às
pressões deste estresse.
Esperamos que este livro ajude
as pessoas a imaginar que não
estão sós ao experimentar tempos
Acesse o livro e desfrute do seu
conteúdo. Link: http://www.sba.
com.br/conhecimento/ebooks.
Divulgue aos seus colegas anestesiologistas e também de outras especialidades médicas.
Ajude a divulgar esta obra, ajude a
ajudar e sinta o orgulho de ter escolhido esta especialidade e, principalmente sinta orgulho de “SER SBA”.
* O autor é Diretor do
Departamento de Defesa
Profissional da SBA
SBA
SBA | Notícias
Notícias
Nova Credencial de CET: Instrutor Associado
• A Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) encontra-se
atualmente representada em 26
Estados brasileiros e, dentre estes,
18 possuem Centros de Ensino e
Treinamento (CETs), credenciados, cumprindo assim seu papel
na formação de novos especialistas
em anestesiologia.
A formação é coordenada pela Diretoria da SBA, por intermédio da
Comissão de Ensino e Treinamento, utilizando material científico de
alta qualidade - Biblioteca Física
e Biblioteca Virtual, assim como
ferramentas pedagógicas e tecnológicas, desenvolvidas especialmente
para seu público interno (CETs).
Para a formação do médico anestesiologista é necessário o desenvolvimento de trabalho fundamental
de cunho educativo, através dos
CETs e seus Responsáveis credenciados, contando para tal com o
trabalho dedicado e voluntário, de
colegas especialistas denominados
Instrutores. Os Instrutores são
especialistas qualificados, pertencentes ao corpo clínico das Instituições credenciadas, ou que pelo
menos, de forma comprovada, participem de atividades teóricas e/ou
práticas, perfazendo pelo menos 48
horas mensais.
Até 2013, somente os portadores
do Título Superior em Anestesiologia (TSA) poderiam obter
credencial de Instrutor emitida
pela SBA. Os especialistas não
portadores do TSA, mesmo com
capacitação comprovada, mesmo
que participassem ativamente da
formação dos novos especialistas
dentro do ambiente dos CETs, não
podiam receber a credencial emitida pela SBA.
A Assembleia de Representantes
em 2013, aprovou para vigorar
a partir de 2014, mudança nos
tipos de credenciais de Instrutores, passando assim a valorizar o
trabalho realizado por colegas de
renome, que por inúmeros motivo
de ordem pessoal e/ou profissional, não sejam portadores do TSA.
Com as alterações aprovadas atualmente os tipos de credenciais
são as seguintes: Responsável,
Instrutor Corresponsável, Instrutor e Instrutor Associado.
Para a obtenção de credencial de
Instrutor Associado, faz-se necessário a observação das exigências
contidas no Regulamento dos
Centros de Ensino e Treinamento e Normas para concessão de
credencial de Instrutores de CET,
entretanto, permite que colegas de
especialidade, não portadores do
TSA, possam obter credencial.
Entendemos que a aprovação deste
tipo de credencial - Instrutor Associado - , após anos de discussões
expressa o valor imensurável e
reconhecimento, do trabalho de
colegas que mesmo sem a titulação
não mediam esforços para transmitirem seus conhecimentos aos interessados em nossa especialidade.
Este foi mais um avanço nesta trajetória sóbria e muito bem planejada,
que realmente tem feito a história
de uma sociedade de especialidade
que prima pela excelência, eficiência e eficácia, no que faz, como
marca de qualidade.
Dr. Tolomeu Assunção Casalli
Presidente da Comissão de Ensino
e Treinamento da SBA
Primeira associada a obter a credencial de instrutora associada
Dra. Marise Gouvêa Silva, Membro ativo - admissão em 3/7/1991.
SBA: A senhora já participava da
formação de médicos em especialização vinculados ao Centro de Ensino e Treinamento (CET) mesmo
não tendo nenhuma credencial
emitida pela SBA?
Notícias |
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SBA
SBA | Notícias
Notícias
Dra. Marise: Sim. Sou colaboradora
do CET/UNIRIO, cujo responsável
é o Dr. Luiz Carlos Bastos Salles,
desde sua concepção e credenciamento. Também trabalho com médicos em formação no CET do Hospital
da Piedade, cujo responsável é o Dr.
José Abel de Almeida Neto.
Respeito ao paciente e ética no trabalho também fazem parte da formação médica, e isso se aprende no dia
a dia. Com a criação dessa credencial,
a SBA mostrou-se sensível e atenta ao
trabalho desses profissionais, prestigiando e valorizando o anestesiologista envolvido no ensino.
SBA: Há quanto tempo desenvolve
esse trabalho?
SBA: O que a motivou a encaminhar seu currículo para análise
com vistas ao credenciamento?
Dra. Marise: Na realidade, recebi
um convite irrecusável do Dr. Luiz
Carlos Bastos Salles, responsável
pelo CET/UNIRIO, amigo dileto
que sempre procurou envolver os
profissionais do Serviço de Anestesiologia do HUGG na tarefa de
formar os médicos em especialização. Como achei a iniciativa da
SBA muito interessante, aceitei
o convite e enviei meu currículo
para análise.
Dra. Marise: O CET/UNIRIO
completa 10 anos em 2014. Mas já
acompanho médicos em especialização desde 1993, inicialmente no
Hospital Municipal Miguel Couto,
onde trabalhei por três anos. A
partir de 1996, como médica do
Ministério da Saúde no CET/Hospital da Piedade e, posteriormente,
no CET/UNIRIO do Hospital
Universitário Gaffrée e Guinle.
SBA: O que a senhora achou da
criação da credencial de instrutores associados aos CET/SBA?
Dra. Marise: Achei a iniciativa
um marco na história da SBA. Os
responsáveis e corresponsáveis de
CETs sempre precisaram contar
com a colaboração dos diversos
anestesiologistas das unidades na
formação dos médicos em especialização. Esses profissionais são
aqueles que “seguram o residente
pela mão”, transmitindo sua experiência na sala de cirurgia.
44
| Anestesia em revista - Nº 01/2014
Esse reconhecimento reforça meu
compromisso em compartilhar
minha experiência e conhecimento
com os médicos em especialização.
A notícia de que sou a primeira
associada a receber a credencial
de instrutora associada da SBA foi
uma grata surpresa, e fico feliz por
dar início a esse importantíssimo
processo de valorização do profissional envolvido no ensino.
Por fim, não obstante tudo que
foi dito, não poderia deixar de enxergar, nessa oportunidade, uma
valorização profissional bastante
interessante, se levarmos em conta
que a iniciativa está sendo capitaneada por uma instituição digna e
que atua em prol de nossa categoria, como a SBA.
■
SBA: Essa credencial possui importância para sua vida profissional
ou é apenas uma satisfação pessoal?
Dra. Marise: Sem dúvida, meu
credenciamento como instrutora
associada me trouxe uma grande
satisfação pessoal, pois me sinto
prestigiada pelo Dr. Luiz Carlos B.
Salles e pela SBA, que reconhecem
o papel que venho desenvolvendo
há muitos anos na formação de
novos especialistas.
Dra. Marise Gouvêa Silva
SBA
SBA | Notícias
Notícias
Informações associativas
1- ANUIDADES 2014
ATIVOS E ADJUNTOS
Pagamento até: 30/04/2014:
R$ 450,00 (quatrocentos e
cinquenta reais) - valor integral.
ASPIRANTES
ME1 (ADMISSÃO)
R$ 225,00 (duzentos e vinte e
cinco reais).
Juntamente com a
documentação para admissão
como membro Aspirante.
ME2 E ME3
Até 30/04/2014: R$ 225,00
(duzentos e vinte e cinco reais).
Desconto de 50% da anuidade do
Membro Ativo.
Após o vencimento - 01/05/2014
até 01/10/2014: R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais). O
membro Aspirante que não quitar
sua anuidade até a data estatutária
limite/regulamentar - 30 de abril,
perderá o direito ao desconto.
ASPIRANTE-ADJUNTO
Ingresso e Renovação anual de
filiação - R$ 225,00 (duzentos e
vinte e cinco reais). Renovação, somente mediante cumprimento do
Art. 6º do Regulamento da Admissão de Sócios.
ESTRANGEIRO
US$ 240,00 (duzentos e quarenta
dólares americanos).
2- TAXA DE READMISSÃO
ATIVOS/ADJUNTOS
R$ 20,00 (vinte reais).
Acréscimo ao valor da anuidade,
após o vencimento - 30/04/2014:
R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais) + taxa de readmissão
vigente R$ 20,00 (vinte reais) - totalizando o valor de R$ 470,00 (quatrocentos e setenta reais) - pagamento à vista, após 01/05/2014.
3- PARCELAMENTO
ANUIDADES - MEMBROS
ATIVOS E ADJUNTOS
Até o vencimento da anuidade
30/04/2014, poderá ocorrer parcelamento em até 3 vezes, devendo o vencimento da última parcela coincidir com o da anuidade
- 30/04/2014.
1º Vencimento 28/02/2014
2º Vencimento 31/03/2014
3º Vencimento 30/04/2014
A taxa de readmissão e parcelamento, R$ 20,00 cada, serão
acrescidas integralmente na primeira parcela da anuidade.
4- ASSINATURA DA
REVISTA BRASILEIRA DE
ANESTESIOLOGIA:
Nacional R$ 450,00 (quatrocentos
e cinquenta reais)
Internacional U$ 240,00 (dólares
americanos)
O valor cobrado de anuidade,
“corresponde
ao reembolso de parte
do valor gasto para fornecimento
dos benefícios aos associados.
”
Não esqueça de que a SBA
SOMOS TODOS NÓS.
Diretoria SBA

Informações
técnicoassociativas
Datas associativas
ELEIÇÕES DIRETORIA E
CONSELHO FISCAL - SBA
14/08/2014 à 13/09/2014 inscrição de chapas para eleições
da Diretoria e Conselho Fiscal.
14/08/2014 - convocação
associados aptos a participarem
das eleições
Notícias |
45
SBA
13/11/2014 - data limite para recebimento de votos das eleições da
Diretoria e Conselho Fiscal na caixa postal - correio em Pernambuco.
ASSEMBLEIA GERAL (AG)
14/08/2014 - convocação
Assembleia Geral.
15/11/2014 - 11h - Assembleia
Geral, eleição da Diretoria,
Conselho Fiscal.
15/11/2014 - limite para a
regularização, com a SBA e
regional, dos membros ativos e
remidos que queiram participar da
assembleia geral.
ASSEMBLEIA DE
REPRESENTANTES(AR)
14/08/2014 - entrega de listagem de
membros ativos quites com a regional, contendo ano de quitação e matrícula do associado, para cálculo do
número de representantes da AR.
15/09/2014 - convocação para a
Assembleia de Representantes.
15/09/2014 - limite para regularização associativa dos membros
Ativos para indicação como representantes e/ou suplentes de regionais para AR.
10/08/2014 - limite de envio dos
relatórios para o Boletim Agenda
(diretoria, comissões, comitês,
conselhos e RBA).
46
| Anestesia em revista - Nº 01/2014
SBA | Notícias
Notícias
15/09/2014 - divulgação do total de
representantes de cada regional para
a assembleia de representantes.
JABC - 16/08/2014, sábado, 09h
14/11/2014 - até 12h - entrega da
lista de representantes e suplentes
de suas regionais, a secretaria da
SBA, no CBA, pelos presidentes
das regionais, .
REUNIÕES DA COMISSÃO DE
ENSINO E TREINAMENTO
COM OS RESPONSÁVEIS
POR CET E MÉDICOS EM
ESPECIALIZAÇÃO (ME)
15/11/2014 - até 11h - disponibilização das credenciais dos representantes e suplentes para os presidentes de regionais.
Com responsáveis: 08h
Com ME: 10h
15/11/2014 - 13h - sessão de instalação da AR.
JOSULBRA – 15/04/2014 –
sábado
15/11/2014 - 13h - devolução, à
mesa da AR, da lista de representantes e suplentes, assinada, para a
liberação da bancada.
JASB – 31/05/2014 – sábado
16/11/2014 - até 17h - disponibilização do material da AR para os
presidentes de regionais, na secretaria da SBA, no local do CBA.
17/11/2014 - 13h - sessão de Ordem do Dia da AR.
REUNIÕES DIRETORIA
COM PRESIDENTES DAS
REGIONAIS
(convidados: Cooperativas e
Febracan)
JONNA - 29/03/2014, sábado, 09h
JOSULBRA - 15/04/2014, sábado,
09h
JASB - 31/05/2014, sábado, 09h
CBA - 14/11/2014, sábado, 10h
JONNA – 29/03/2014 – sábado
JABC – 16/08/2014 – sábado
CBA – 14/11/2014 – sábado
(somente com responsáveis)
Lembrete rápido
30/06/2014 - data limite para
os responsáveis finalizarem o
relatório anual dos CET.
Como efetuar sua inscrição?
Concurso TSA escrita e oral - acesse
o portal da SBA e siga as instruções
para efetuar sua inscrição.
Data limite para inscrição no
concurso:
TSA oral segundo semestre e
escrita - 15/08/2014.
Concurso para não sócios informações no site da SBA.
SBA
1- Confirme no portal da SBA
o Regulamento e/ou Edital da
prova desejada.
2- Para associados, inscrições
exclusivamente pelo portal de
inscrições, não serão aceitas inscrições via fax, e-mail ou correio
e para não associados, somente
pelo correio.
3- Caso não receba a confirmação
da sua inscrição ou necessite de
maiores esclarecimentos sobre o
assunto, favor contatar a SBA - (21)
3528-1050 ou [email protected].
4- Não haverá prorrogação de
prazo para inscrição, assim sendo,
não serão aceitas inscrições fora do
prazo regulamentar.
5- No dia da prova será exigida
como identificação do candidato, a
carta de confirmação da inscrição
e documento de identidade com
foto atualizada. O candidato
deverá estar munido de caneta
preta ou azul.
6- Data das Provas Escritas:
Prova TEA
- dia 03/08/2014
Prova TSA - dia 14/11/2014
7- Provas Orais: a distribuição
dos dias de realização das provas
orais, será efetuada pela ordem
de recebimento e pagamento das
inscrições, assim sendo, antecipe
sua inscrição, caso queira definir
logo o dia da prova.
SBA | Notícias
Notícias
Prova Nacional para
Médicos em Especialização
em Centros de Ensino e
Treinamento
14 de dezembro de 2014
▶ dom i ngo ◀
Horário: 9h às 13h
- Os Membros Aspirantes
deverão quitar a anuidade da
SBA e Regional até a data de
vencimento (30/04/2014),
podendo usufruir de desconto de
50% do valor de Membro Ativo.
a secretaria da SBA, por escrito,
pelo(a) Responsável pelo CET
até 01/10/2014.

Maiores informações, acesse o
portal da SBA
http://www.sba.com.br

- Data limite para pagamento da
anuidade de membro Aspirante
integral – 01/10/2014 (sem
desconto).
- Os Membros Aspirantes em
situação irregular, não poderão
realizar a prova nacional.
- A prova obrigatória para
médicos em especialização
(ME) em CET/SBA - Membros
Aspirantes da SBA.
- A não realização da prova
nacional implica em reprovação
do ME.
- Solicitações de realização de
prova fora da Regional onde
o ME encontra-se cadastrado,
deverão ser encaminhadas para
Olá! Sou o Anestesio!
Não vou deixar você esquecer nenhuma data associativa importante.
Conte comigo!
Notícias |
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CALENDÁRIO CIENTÍFICO 2014
38ª JONNA - Jornada Norte e
Nordeste de Anestesiologia
27 a 29 de março de 2014
Vila Galé Cumbuco - CE
49ª JOSULBRA - Jornada
Sulbrasileira de Anestesiologia
11 a 13 de abril de 2014
Florianópolis - SC
1º Congresso de Medicina
Perioperatória e 38ª Jornada de
Anestesiologia do Estado do Rio
de Janeiro
24 a 26 de abril de 2014
Windsor Barra Hotel, Rio de
Janeiro - RJ
48ª JASB - Jornada de
Anestesiologia do Sudeste
Brasileiro e 11º COPA –
Congresso Paulista de
Anestesiologia
29 de maio a 01 de junho de 2014
São Paulo - SP
ESA 2014 - European Society of
Anaesthesiology Congress
31 de maio a 03 de junho de 2014
Estocolmo - Suécia
XXI Jornada Norteriograndense
de Anestesiologia e XIII
Jornada de Anestesiologia de
Mossoró(JAM)
31 de julho a 02 de agosto de 2014
Resort & Hotel Thermas de
Mossoró – RN
45ª JABC - Jornada de
Anestesiologia do Brasil
Central e XXIX Encontro de
Anestesiologia
Goiás/Distrito Federal
15 e 16 de agosto de 2014
Goiânia – Goiás
26ª JORBA – Jornada Baiana de
Anestesiologia
26 a 28 de setembro de 2014
Salvador – Bahia
Asa Annual Meeting - 2014
11 a 15 de outubro de 2014
New Orleans, LA - USA
61º Congresso Brasileiro de
Anestesiologia
14 a 18 de novembro de 2014
Recife - PE
Núcleo SBA Vida:
Curso Básico de
Ecocardiografia Transesofágica
no Intraoperatório (ETI)
Módulo II
– 12 e 13 de abril de 2014
Módulo I
– 09 e 10 de agosto de 2014
Módulo II
– 27 e 28 de setembro de 2014
SBA
SBA | Notícias
Notícias
Pesquisa de Satisfação 2013
•
A partir de 2013, a meta de
satisfação a ser atingida por
parte do sócio passou a ser de
90%. Nessa pesquisa realizada
ano passado com nossos sócios,
82,02% dos que a responderam
revelaram-se satisfeitos em serem
sócios da SBA. Com relação aos
anos anteriores, não houve diferença, o resultado manteve-se
estável. A diferença está na meta,
que, com a mudança de 80% para
90%, nos fez ficar aquém do desejado. Isso não será motivo para
lamentações, e sim para nos esforçarmos mais para realizar as
ações e mudanças necessárias
para que o associado fique ainda
mais satisfeito em fazer parte de
nosso quadro.
No ano de 2013 houve um incremento de 694 novos associados,
com um índice de fidelização de
94,5%, o que proporcionou um
crescimento de 10.221 sócios, em
2012, para 10.488, em 2013. Temos
consciência de que poderíamos
crescer muito mais. Nosso objetivo
é que todo anestesista brasileiro
faça parte da SBA. Sabemos que o
Brasil é muito grande e que transmitir nossa mensagem e nossas
ações para todos é uma tarefa extremamente difícil.
Na pesquisa, 71,76% disseram conhecer algum anestesista que não
é sócio da SBA. Esse resultado, ao
mesmo tempo em que nos deixa
preocupados com a massa de anestesistas fora de nossos quadros, nos
motiva por saber de nossa capacidade de crescimento e aptidão para
alcançar esses profissionais que
ainda não se atentaram para a importância do associativismo.
Como nas outras pesquisas já realizadas, nossos sócios permanecem satisfeitos com as formas de
comunicação utilizadas (82% responderam positivamente). Também mantiveram continuidade os
64,9% que já utilizaram algum serviço oferecido. O mais importante
é que, ao utilizar o serviço, 77,8%
ficaram satisfeitos com a resposta
obtida. A biblioteca virtual continua sendo o serviço mais usado.
Quando a SBA passou a ser certificada pela ISO 9001, muitas mudanças aconteceram, como a criação
do planejamento estratégico e a
continuidade de ações e metas estabelecidas. Mas o sócio não percebeu prontamente essas mudanças,
e isso ficou claro nas outras edições
da pesquisa. Por isso mesmo algumas ações foram executadas para
informar a nossos sócios como essa
ferramenta administrativa é importante. Finalmente, nessa pesquisa,
78,9% dos respondentes reconheceram a importância de a SBA possuir
a ISO 9001.
Os livros e periódicos produzidos
pela SBA sempre são bem avaliados,
o que prova a qualidade de nossa
produção científica e a capacidade
de nossos comitês e comissões. E
dessa vez não foi diferente: 84,08%
dos associados disseram estar satisfeitos com nossas publicações.
A SBA recebe todos os dias uma
grande quantidade de solicitações
e questionamentos por meio de
e-mail, telefonemas e correspondências. Dentro de nossas limitações, todas as solicitações deverão
ser respondidas. Nessa pesquisa,
46,9% responderam que já fizeram
alguma solicitação e 43,66% não
ficaram satisfeitos com a resposta
obtida. Esse resultado nos dá consciência de que devemos melhorar
nossa comunicação com o associado, aumentando a eficiência, qualidade e rapidez das respostas
enviadas. Para isso, vamos rever,
este ano, toda a nossa estrutura de
comunicação, desde a organização
do site e o incremento do uso das
Notícias |
49
SBA
redes sociais até a contratação de
uma nova assessoria de imprensa.
A comunicação eficiente continua
sendo a melhor forma de aproximação com o sócio.
Em 2013 foi lançado um livro
que continha um estudo sobre a
responsabilidade civil do médico
anestesista, trabalho importante e
inédito entre as sociedades de especialidade no Brasil e que mostrou a
realidade jurídica da especialidade.
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| Anestesia em revista - Nº 01/2014
SBA | Notícias
Notícias
Com base nesse tema, foi perguntado se o sócio conhece algum colega
que já foi ou está sendo processado
por algum evento adverso e 57,6%
responderam que sim. Esse resultado serve para nos alertar que
esse problema é mais comum do
que pensamos e que todo cuidado
é pouco quando se trata da segurança do ato anestésico. Pois hoje
um evento adverso mal conduzido
pode trazer sérias consequências
para o profissional médico.
Desde que passamos a realizar essa
pesquisa, como parte integrante do
planejamento estratégico da ISO
9001, ano a ano, o número de participantes vem diminuindo – em
2013 tivemos apenas 640 sócios
que a responderam. Isso acaba
comprometendo o resultado final.
Por isso, em 2014, faremos algumas
alterações para tornar o instrumento mais confiável e estimular maior
participação do associado.
■
SBA
Notícias
SBA | Notícias
Por Antônio Fernando Carneiro *
A responsabilidade civil na anestesiologia
• O ato anestésico é de fundamen-
tal importância para o sucesso de
uma intervenção cirúrgica e, cada
dia mais, somos cobrados sobre a
responsabilidade inerentes ao ato.
Nossas atitudes devem ser precisas durante o procedimento
cirúrgico, cabendo-nos
decidir sobre o início ou
não da cirurgia ou sobre
sua interrupção, mediante a observação dos itens
de segurança.
A SBA, ciente da complexidade do ato anestésico e da
possibilidade de ocorrência de
eventos adversos, iniciou, em
2012, um trabalho de mapeamento e análise da jurisprudência brasileira relativa à responsabilidade
civil do médico anestesiologista.
Foram contratados advogados
para realizar pesquisa nos tribunais brasileiros, com a finalidade
de catalogar e analisar todos os
casos que envolvessem quaisquer
aspectos relativos à anestesiologia, assim como a responsabilidade civil dos médicos habilitados a
praticarem a especialidade.
Ao longo de todo o ano de 2013, o
trabalho de pesquisa foi realizado,
o que permitiu a criação de um
banco de dados de valor inestimável, em que foi compilada a mais
relevante jurisprudência brasileira
existente
1) Transformar esse banco de
dados em um livro eletrônico e
colocar à disposição dos associados da SBA (link disponível na
área restrita aos associados no
site da SBA).
2) Todo o material coletado será
tecnicamente analisado pela Comissão de Qualidade e Segurança
em Anestesiologia da SBA, para
posterior divulgação dos resultados aos associados.
3) Meta para 2014 – realizar
um levantamento sobre a responsabilidade criminal do
anestesiologista.
4) Meta para 2015 – concluir o trabalho com o
levantamento da responsabilidade ética
do anestesiologista.
sobre o assunto,
no período compreendido entre janeiro de 2003 e junho de 2013.
O resultado obtido com essa primeira etapa da pesquisa gerou as
seguintes decisões por parte da diretoria da SBA:
Colegas, nosso trabalho é
intenso no sentido de zelar por
nossa especialidade e, sobretudo,
por nossos associados.
■
* Dr. Antônio Fernando Carneiro
Diretor do Departamento de Defesa Profissional
Notícias |
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Regionais e Cooperativas
SBA | Regionais e Cooperativas
SBA
Novas Diretorias Executivas de Regionais e
Cooperativas- 2014/2015
•
Regionais da SBA elegeram e
empossaram novas diretorias. Agradecemos a dedicação, o apoio e a
competência de cada membro dessas entidades. Juntos trabalharemos
para que, cada vez mais, sejamos
vistos como pioneiras e referencial
de lutas e conquistas, assim como
responsáveis pelo alcance de objetivos únicos para a valorização e o
desenvolvimento de nossos associados, parceiros e assistidos.
Desejamos uma profícua gestão
para todos nós!
SAERN
Presidente: Frederich Marcks
Abreu de Góes
Vice-Presidente: Marcos Antonio
Martins de Mello
Secretário: Sebastião Monte Neto
Tesoureiro: Francisco Mendes de
Oliveira Filho
Diretor Social: José Delfino da
Silva Neto
Diretor Cientifico: Frederico
Augusto de Souza Santos
Diretor de Defesa Profissional:
Ronaldo Fixina Barreto
SAEB
Presidente: José Admirço Lima
Filho
Vice-Presidente: Vera Lúcia
Fernandes Azevedo
Secretário Geral: Fernando Cézar
Cabral de Oliveira Filho
Primeiro Secretário: Alexandre
Chaves Mira
Primeiro Tesoureiro: Libório
Ximenes Aragão Filho
Segundo Tesoureiro: Ana Cláudia
Morant Braid
Diretor Científico: Lucas Jorge
Santana de Castro Alves
Diretor De Defesa Profissional:
Paulo Cezar Medauar Reis
SAMG
Presidente: Jaci Custódio Jorge
Vice-Presidente: Michelle Nacur
Lorentz
Primeiro Secretário: Rogério de
Souza Ferreira
Segunda Secretária: Cláudia
Helena Ribeiro da Silva
Primeiro Tesoureiro: Rômulo
Augusto Pinheiro
Segundo Tesoureiro: André
Vinicius Campos Andrade
Diretor Cientifico: Antônio Carlos
Aguiar Brandão
Diretor Social: Renato Hebert
Guimarães Silva
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| Anestesia em revista - Nº 01/2014
SAES
Presidente: Dra. Carla Vasconcelos
Cáspar Andrade
Vice-presidente: Dr. Carlos
Eduardo David de Almeida
Secretário Geral: Dr. Andre
Carnevali da Silva
Tesoureiro: Dr. Victor Emanuel
Puppin Pinto
Diretor Científico: Dr. Paulo
Antonio de Mattos Gouvêa
Secretário Sul: Dr. Manoel
Antonio Freitas
Secretário Norte: Dr. Ricardo
Pinto Lobato Lopes
SADIF
Presidente: Dr. José Tadeu dos
Santos Palmieri
Diretor Administrativo: Dr.
Ricardo Jackson de Freitas Maia
Vice Diretora Administrativa: Dra.
Ellen Muraro
Diretor Cientifico: Dr. Yuri
Moreira Soares
Diretor Financeiro: Dr. Rodolfo
Fernando de M. Souza
SBA | Regionais e Cooperativas
‘
... sejamos vistos como pioneiras e
referencial de lutas e conquistas
SAESP
Presidente: Enis Donizetti Silva
Vice-Presidente: Marcelo Luis
Abramides Torres
Primeiro Secretário: Eduardo
Helfenstein
Segundo Secretário: Luis
Henrique Cangiani
Primeiro Tesoureiro: Diego
Marcelo May
Segundo Tesoureiro: José Maria
Leal Gomes
Diretor de Defesa Profissional:
Victório dos Santos Júnior
Vice-Diretor de Defesa
Profissional: Luiz Candido Borges
Barreto
Diretor Científico: Carlos Othon
Bastos
Vice-Diretor Científico: Maria
José Carvalho Carmona
Diretor de Eventos: Claudia
Marquez Simões
Vice-Diretor de Eventos: Rita de
Cassia Rodrigues
SAESC
Presidente: Augusto Key
Karazawa Takashima
Vice-Presidente: Giorgio Pretto
Secretário Geral: Rafael Cechet
Tesoureiro: Marcos Lazaro
Loureiro
Diretor Científico: Eric Benedet
Lineburger
Diretorias eleitas
Regionais e Cooperativas |
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SBA
SBA | Prata da Casa
Prata da Casa
Por José Delfino da Silva Neto *
Poesia e Música - A Cura dos Males da Alma
• SBA: O que é a sua poesia?
Sei lá , eu não sou poeta; a gente é
o que faz pra sobreviver. Sou leitor,
ouvinte, espectador, músico frustrado. Bem que eu faço por onde as
coisas darem certo. Sentei praça na
escola de música da UFRN cinco
anos, e abandonei pra ser médico. Pra agradar papai. Por mim eu
passaria a vida toda deitado numa
rede, lendo, vendo filme, ouvindo
música, nos intervalos tocando violão. Na verdade, eu como um bom
anestesiologista, ponho é as pessoas pra dormir, com tudo que faço.
SBA: De onde vem a sua poesia?
Não sou eu quem a faz. Ela se faz.
Não escrevo sob inspiração. Não
sonho e acordo com texto pronto.
O que escrevo sai “a frio”. Sofrido
como dor de parto, suponho; com
cólica que dá e passa sem deixar
vestígio. Brinco com as palavras
de forma aleatória, procuro explorar os duplos sentidos; tira daqui,
bota dali, e de repente parece que
aparece algo com lógica. É quando
começa o processo consciente. Do
meio pro fim , o tema e o ritmo se
assumem e o poema termina por
si só. Parece, pelo menos me dá
a impressão que é isso. Tanto é
que quando as pessoas me leem
inferem, às vezes, o que nunca me
passou pela cabeça.
SBA: Há um músico em você,
violonista. Ele toca o poeta?
Eu não toco, o violão é que se toca ,
talvez com pena de mim e me compreende. Alguns músicos profissionais, amigos meus, sabem muito
bem disso: É só terapia sem plano
de saúde.
SBA: Poesia e música, é doença
ou cura?
O melhor em dormir de rede é não
ter de responder qual o livro de cabeceira. Talvez, cura.
E escrever é o quê ? Já escrevi
sobre isso.
“ ah as palavras
num vai e vem
em minha mente
se abrem e fecham
em copas como lábios
como portas
como dedos de mãos
que vagas imitam
em arco envergam-se
sobem e descem
às folhas de papel
se curvam se rendem
escrevem
e não dizem ...”
SBA: Você transpira quando
escreve?
Claro, sempre: jasmim, mau cheiro;
depende; sai sempre da pele suada
algo assim. Pouquinho, às vezes, de
um jeito maneiro. Essa história de
inspiração, acho, é só o inverso da
expiração. No que diz respeito aos
meus poemas, papo furado.
SBA: Publicar é “leiloar a alma”?
É mais do que isso. É se desnudar, se
expor, é derramar, , extravasar sem
controlar o sangue, com prazer e sofrimento , até não dar mais. Em módicas
prestações. O mulherio, pelo menos,
deve entender ao que me refiro.
Trôpego *
É que às vezes me sinto
bago de fruta azeda
caído em teus ombros
bêbado mar verde-absinto
deserto ardido em chama
jardim ao avesso
é que às vezes me acho
acha em teu corpo acesa
atirada em escombros
em véspera de cinza.
* Prêmio literário Canon de poesia 2008
Acesse o vídeo:
http://youtu.be/MbJh0bbxOAY
■
* O autor é médico
anestesiologista/RN
Prata da Casa |
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Responsabilidade Social
Por Mercedes Azevedo *
SBA | Responsabilidade Social
SBA
Solidariedade, um ato de amor!
• Conforme já divulgado em algu-
mas edições da Anestesia em revista
em anos anteriores, os funcionários da SBA realizam um trabalho
social de grande valor. Ao longo de
todo o ano, doam, a suas expensas,
e ainda arrecadam de amigos e
familiares alimentos, roupas, calçados e brinquedos, que doam às
pessoas mais desfavorecidas.
“Fica sempre um pouco de perfume
nas mãos que oferecem rosas,
nas mãos que sabem ser generosas.
Dar um pouco que se tem ao que
tem menos ainda
enriquece o doador, faz sua alma
ainda mais linda...”
(Trecho de música gospel de autor desconhecido)
Depoimento dos funcionários
“Entendemos que um ato de solidariedade nos permite sentir o
prazer do amor ao próximo e nos
torna seres humanos melhores.
Precisamos continuar acreditando
na humanidade, e esse trabalho nos
uniu muito mais.”
Adelaide Rodrigues, Alcinete
Souza, Andrea Sousa, Carla Palmieri, Deize Silva, Elizângela Malvar,
Hosenclever Louzada, José Bredariol Júnior, Marcelo Marinho,
Marcelo Sperle, Mercedes Azevedo,
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| Anestesia em revista - Nº 01/2014
Rodrigo Matos, Rosana Manso, Simone Gama e Teresa Libório.
Como a quantidade arrecadada é significativa para quem recebe, mas pequena para a distribuição em várias
frentes, adotamos o REPARTIR –
Associação de Apoio às Crianças do
Hospital Jesus, RJ, para receber nossa
arrecadação ao longo do ano.
Por ocasião das festas natalinas, sempre intensificamos essa ação de solidariedade, contando, inclusive, com
o apoio dos membros da Diretoria,
por meio de contribuição individual.
Com o valor arrecadado em dezembro de 2013 foram adquiridos e doados itens carentes nas cestas natalinas
das famílias assistidas pelo Hospital
Jesus - REPARTIR, a saber: 10 ventiladores; 1.020 fraldas (tamanhos
P, M e G); 10 kg de feijão; 10 kg de
arroz; 10 kg de açúcar; 5 kg de macarrão e 5 kg de farinha de mesa.
Doações Natal/2013
REPARTIR – um dos amigos, Ziraldo, contribuiu para a associação
com a criação da logo que traduz o
sonho de repartir, através das ações
de assistência e apoio.
Conheça o trabalho realizado pelo
REPARTIR acessando:
http://www.repartir.org.br/
Fábula utilizada por
Betinho como metáfora de
solidariedade
Diz a lenda que havia uma imensa
floresta onde viviam milhares de
animais, aves e insetos. Certo dia,
uma enorme coluna de fumaça
foi avistada ao longe e, em pouco
tempo, embaladas pelo vento, as
chamas já eram visíveis por uma
das copas das árvores.
SBA | Responsabilidade Social
‘
Fica sempre, um pouco de perfume
nas mãos que oferecem rosas,nas
mãos que sabem ser generosas
Os animais assustados diante da
terrível ameaça de morrerem queimados fugiam o mais rápido que
podiam, exceto um pequeno beija-flor. Este passava zunindo como
uma flecha, indo veloz em direção
ao foco do incêndio, e dava um voo
quase rasante por uma das labaredas; em seguida, voltava ligeiro em
direção a um pequeno lago que ficava no centro da floresta. Incansável em sua tarefa e bastante ligeiro,
ele chamou a atenção de um elefante que, com suas orelhas imensas,
ouviu suas idas e vindas pelo caminho e, curioso para saber por que o
pequenino não procurava também
afastar-se do perigo como todos os
outros animais, pediu-lhe gentilmente que o escutasse, ao que ele
prontamente atendeu, pairando no
ar a pequena distância do gigantesco curioso.
lá estarei fazendo minha parte
para evitar que nossa mãe floresta
seja destruída.
Em menos de um segundo o enorme animal marchou rapidamente
atrás do beija-f lor e, com sua vigorosa capacidade, acrescentou
centenas de litros d’água às pequenas gotinhas que ele lançava
sobre as chamas.
Notando o esforço dos dois, em
meio ao vapor que subia vitorioso
dentre alguns troncos carbonizados, outros animais lançaram-se ao
lago formando um imenso exército
de combate ao fogo.
Quando a noite chegou, os animais
da floresta, exaustos pela dura batalha e um pouco chamuscados pelas
brasas e chamas que lhes fustigaram, sentaram-se sobre a relva que
duramente protegeram e contemplaram um luar como nunca antes
haviam notado.
Fonte:
http://www.truco.com.br/beijaflor/betinho.html
*A autora é gerente administrativa
e financeira da SBA e editora da revista Anestesia em revista.
– Meu amiguinho, notei que tem
voado várias vezes ao local do incêndio. Não percebe o perigo que
está correndo? Se retardar a
sua fuga talvez não haja mais
tempo de salvar a si próprio!
O que você está fazendo de
tão importante? – Tem razão, senhor
elefante, há mesmo um
grande perigo em meio
àquelas chamas, mas
acredito que, se eu conseguir levar um pouco de água
em cada voo que fizer do lago, até
Responsabilidade Social |
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'*\'+[\DX`f
PAGAMENTO À VISTA
10% DE DESCONTO
PA RT I C I P E !
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W O R K S H O P S | 1 3 . a b r i l . 2 0 1 4
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