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Ano 64 | jan/mar de 2014 | Nº 01 http://www.sba.com.br Café - 1935 Cândido Portinari SBA SBA | Editorial Editorial Por Erick Freitas Curi * Renovar: um elo entre responsabilidade e comprometimento • Durante a vida, nos encontra- mos com um imenso número de pessoas. Relacionamos-nos de forma direta ou indireta com uma significativa parcela delas. Algumas possuem o dom de nos tirar da posição de conforto e nos remetem ao exercício da ref lexão. Há um tempo, um pequeno grande amigo, Dr. Rodrigo Aboudib, me estimulou a pensar na sensível diferença entre o “compromisso” e o “comprometimento”. Confesso que a inquietude da alma me fez recorrer ao dicionário. Logo percebi a diferença entre ter compromissos, um ato quase protocolar, e ter comprometimento, que é o envolvimento, o fazer, o cumprimento dos deveres e das promessas assumidas. Este primeiro número da Anestesia em revista de 2014 me remeteu mais uma vez a essa reflexão. Os colegas terão à disposição uma série de matérias, todas com informações importantes para nosso associativismo. Porém, duas delas merecem atenção especial do nosso editorial: “Posse da diretoria da SBA – gestão 2014” e “A história de um homem”. Na primeira, a Diretoria da SBA, representada por seu presidente, Sylvio Valença de Lemos Neto, assume compromissos, apresenta o planejamento anual e se coloca à disposição para o cumprimento do dever de defesa da anestesiologia. Trata-se do reinício da renovação das forças e das ideias. Ali, registra-se oficialmente nosso compromisso. Já “A história de um homem” traz uma singela parcela do significado do Dr. Ney Santos para a anestesiologia brasileira e também para a SBA. O Dr. Ney nos deixou no dia 22 de fevereiro de 2014. Era o último representante vivo dos fundadores de nossa sociedade. Presidente na gestão 1969, foi exemplo de luta e liderança. Seus atos foram de envolvimento e realização. Ou seja, a lucidez e a clareza do comprometimento. A Sociedade Brasileira de Anestesiologia planeja um futuro embasado em 66 anos de experiência e de muita dedicação. Assim, os “compromissos” assumidos durante a cerimônia de posse, norteados por exemplos de “comprometimento” como o do Dr. Ney, nos remetem ao dever da renovação sem nos afastar da responsabilidade de dar continuidade a uma história gloriosa. Desejamos uma prazerosa leitura a todos! ■ * O autor é diretor do Departamento Administrativo e responsável por esta publicação. Editorial | 3 Expediente Foto do Sumário: Homenagem - Dr. Ney Santos. Capa: Café 1935 - obra de Cândido Portinari. Conselho Editorial: Sylvio Valença de Lemos Neto, Oscar César Pires, Ricardo Almeida de Azevedo, Sérgio Luiz do Logar Mattos, Getúlio Rodrigues de Oliveira Filho, Antônio Fernando Carneiro e Erick Freitas Curi. Diretor Responsável: Erick Freitas Curi. Editora: Mercedes Azevedo. Diagramação: Marcelo Marinho. Impressão e Acabamento: Walprint Gráfica e Editora - Tiragem 11.000 - Distribuição Gratuita. Importante: mantenha seu cadastro atualizado, cadastre seu e-mail na SBA. Rua Professor Alfredo Gomes, 36 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ CEP 22251-080 | Tel.: (21) 3528-1050 / 2537-8100 - Fax: (21) 3528-1099 - E-Mail: [email protected] - Portal: www.sba.com.br Os artigos publicados na Anestesia em revista são de inteira responsabilidade dos seus respectivos autores Sumário 06 07 08 10 13 21 52 55 56 Palavra de Diretoria Nossa união, “orgulho de ser SBA”! Opinião do Leitor Matéria de Capa Biografia de Cândido Portinari Artigo Especial A história de um homem! Artigos Científicos Exames complementares: avaliação custo-benefício ... A utilização de softwares para relatos de eventos adversos ... Notícias Concurso TSA, considera mérito acadêmico do candidato Posse da Diretoria da SBA - gestão 2014 Certificação na área de atuação em Dor e Cuidados Paliativos Biblioteca virtual - Clinical Key 38ª JONNA - Jornada Norte-Nordeste de Anestesiologia 49ª JOSULBRA - Jornada Sul-Brasileira de Anestesiologia Bem-Estar Ocupacional em Anestesiologia Nova Credencial de CET: Instrutor Associado Informações associativas Calendário Científico Pesquisa de Satisfação 2013 A responsabilidade civil na anestesiologia Regionais e Cooperativas Novas Diretorias Executivas de Regionais e Cooperativas ... Prata da Casa Poesia e Música - A Cura dos Males da Alma Responsabilidade Social Solidariedade, um ato de amor! SBA | Palavra da Diretoria SBA Palavra da Diretoria Por Sylvio Valença de Lemos Neto * Nossa união, “orgulho de ser SBA”! • Passadas as festas de fim de ano e as de início de um novo ano, eis que já acabou também o carnaval. Daqui a alguns dias, Copa do Mundo e, então, eleições! De repente, o ano acabou. Nossa! Como passou rápido, dirão alguns. Outros argumentarão, cheios de propriedade, que terá sido um ano atípico, diferente dos demais. Uma coisa não mudou e não mudará, certamente, este ano: o trabalho do médico. Diuturno, mal remunerado, com péssimas condições para o exercício da profissão, vínculos precários de trabalho e, sobretudo, desconsiderado! a saúde e o bem-estar ocupacional do anestesista. Este ano, em Curitiba, repetiremos o Simpósio de Saúde Ocupacional. A participação dos associados da SBA é de importância capital para o entendimento do que devemos fazer para buscarmos melhores condições de saúde e bem-estar. Precisamos trocar informações acerca de nossa realidade para determinarmos estratégias e ações para nos protegermos. Precisamos disso para trabalhar com mais segurança e melhor rendimento. Trabalha-se cada vez mais na tentativa de manter o ganho. Jornadas de trabalho mais longas, subsequentes e, muitas vezes, distantes de nossos lares nos tornam mais cansados para os poucos momentos de lazer. Adoecemos. Corpo e mente. Às vezes, a alma. O ensino e a educação continuada de qualidade, nosso diferencial, têm que ser aprimorados a cada ano, para continuarmos formando mais e melhores especialistas em anestesia. Por isso, continuaremos a melhorar o processo de formulação de provas da SBA, tanto da Comissão de Ensino e Treinamento como da Comissão Examinadora do TSA. Há algumas diretorias a SBA vem propondo discussões sobre Realizaremos, durante o 61º CBA, em Recife, PE, o II Fórum 6 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 Científico Associativo da SBA, que discutirá temas de qualidade e segurança e bem-estar ocupacional. Ah, as eleições... Passei batido por elas. Não deveria, desculpem. Afinal, com todas as ações perpetradas contra nossa categoria nos últimos meses, só nos resta manifestar nossa insatisfação por meio de legítimo e democrático instrumento: o voto! Eu, por exemplo, resolvi aderir à proposta do presidente do Conselho Regional de Medicina da Bahia, nosso colega Abelardo Meneses, e não voto em quem difama a categoria médica! ■ * Presidente da SBA – gestão 2014 SBA | Opinião do Leitor SBA Opinião do Leitor • Caro Leitor amigo, Abrimos este espaço para publicarmos as manifestações recebidas de nossos leitores, referentes às matérias publicadas na Anestesia em revista. Trabalhamos com alegria e entusiasmo na preparação desta revista, desejando sempre atender às expectativas do leitor. Leiam, curtam, participem mandando seus comentários. pela Seção NOTÍCIAS com várias informações e orientações de suma importância para os associados, mostrando o comprometimento de nossa entidade para com todos os anestesiologistas de nosso país. Opinião do Leitor de DEUS, outras a justiça, a cultura, a saúde, projetos, mas todas são exercidas por profissionais. Independente de qual seja ela, merece o respeito, gratidão e agradecimentos. Parabéns a você que é uma profissional digna da mais profunda admiração, pela forma incansável, com a qual se dedica aos seus objetivos, valores, princípios e crenças. Opinião do Leitor Em especial aos 25 anos de dedicação, não poderíamos deixar de prestar-lhe nossas homenagens, hoje enviadas em gotas de paz, amor, felicidade, sucesso e muita luz. Agradecemos por tudo e que DEUS em sua imensa sabedoria lhe faça feliz. ----- Original Message ----- Atenciosamente, Contamos com vocês! ■ Mercedes Azevedo Editora da Revista From: _________________ To: [email protected] Sent: Friday, January 24, 2014 12:03 PM Subject: Solicitação a SBA Correspondência encaminhada à SBA, após leitura da Anestesia em revista 04/2013 - Seção Prata da Casa - páginas 43 a 46. Ofício-SAEGO-077/2013 Goiânia, 05 de dezembro de 2013. Bom dia, Meu nome é Leandro Cezario Raso, chefe do Serviço de Anestesiologia do Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Geraldo Teixeira de Juiz de Fora - MG. Ilma Senhora Maria de Las Mercedes Gregoria Martin de Azevedo Gerente Administrativa e Financeira da SBA Gostaria de parabenizar nossa Sociedade pela revista ANESTESIA EM REVISTA (Ano 63, Out/Dez 2013, Número 04), principalmente Existem missões que são extremamente sublimes nesta vida, algumas imitam a nobreza do amor Dr. Wagner Ricardo Soares de Sá Presidente da SAEGO Dr. Getulivam Pinheiro de Belém Presidente-COOPANEST-GO Opinião do Leitor | 7 SBA | Matéria de Capa SBA Matéria de Capa Biografia de Cândido Portinari • Em 2014, a Anestesia em revista deseja publicar, em cada edição, a biografia de um grande pintor brasileiro. Assim, iniciamos o ano destacando a obra de Cândido Portinari. Brodowski (interior do estado de São Paulo), em 29 de dezembro de 1903. Destacou-se também nas áreas de poesia e política. Estudou na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro, concluindo seus estudos na Itália. Em 1935, recebeu uma premiação em Nova York por sua obra Café. Desse momento em diante, sua obra passou a ser mundialmente conhecida. Obras de Portinari – pintura expressionista, arte expressionista, artista plástico do século XX, vida de Portinari e principais realizações. Biografia Cândido Portinari foi um dos pintores brasileiros mais famosos. Esse grande artista nasceu na cidade de 8 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 - Suas obras de arte refletem influências do surrealismo, do cubismo e da arte dos muralistas mexicanos. - Arte figurativa que valoriza as tradições da pintura. Relação das principais obras de Portinari No dia 6 de fevereiro de 1962, o Brasil perdeu um de seus maiores artistas plásticos, aquele que, com sua obra de arte, muito contribuiu para que o Brasil fosse reconhecido em outros países. - Meio ambiente - Colhedores de café - Mestiço - Favelas - O Lavrador de café - O sapateiro de Brodósqui - Meninos e piões - Lavadeiras - Grupos de meninas brincando - Menino com carneiro - Cena rural - A primeira missa no Brasil - São Francisco de Assis - Os retirantes A morte de Cândido Portinari teve como causa aparente uma intoxicação originária de elementos químicos presentes em certas tintas. Publicação de matéria e fotos autorizadas por João Portinari, filho do artista e sua mãe detentores dos direitos autorais de suas obras. Características principais de suas obras - Retratou questões sociais do Brasil. Fonte de pesquisa: http://www. portinari.org.br/#/pagina/projetoportinari/apresentacao Entre suas obras, destacam-se A primeira missa no Brasil, São Francisco de Assis e Tiradentes. Seus retratos mais famosos são: o autorretrato, o retrato de sua mãe e o do famoso escritor brasileiro Mário de Andrade. Cândido Portinari - Utilizou alguns elementos artísticos da arte moderna europeia. ■ SBA | Matéria de Capa ‘ Em 1935, recebeu uma premiação em Nova York por sua obra Café Primeira Missa no Brasil - 1948 Café - 1935 São Francisco de Assis - 1944 Tiradentes - 1948 - 1949 Matéria de Capa | 9 SBA SBA | Artigos Artigo Especial A história de um homem • No dia 25 de fevereiro de 2014, a SBA completou 66 anos de fundação. Um sonho concretizado em 1948 por 33 médicos apaixonados pela anestesia que acreditavam que essa união poderia dar certo. E não é que deu? Todos os heróis já partiram, deixando saudades, e não tristeza. Ficam o respeito e o sentimento de gratidão, pois sabemos que a presença física não mais existe, mas a herança deixada cresce a cada dia e se fortalece. O último a partir, no dia 22/2/2014, aos 94 anos, foi exatamente nosso homenageado, dr. Ney Santos, sócio fundador, presidente da SBA 1969, que esteve conosco durante 65 anos. Hoje somos 10.300 associados distribuídos em todo o território nacional, unidos pela força da qualidade, da segurança e de objetivos éticos e morais. Dr. Ney, Junte-se aos demais 32 fundadores e descansem em paz. Não deixem de olhar por nossa SBA. Somos seres humanos sensíveis à dor e ao sofrimento, somos médicos, 10 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 somos anestesistas e, acima de tudo, temos orgulho de ser SBA! Diretoria da SBA Depoimento de amigos e familiares Ney Santos, honra e glória da medicina brasileira! Veio ao mundo em 25 de setembro de 1919 na então romântica cidade de Cachoeiro do Itapemirim, ES. Passou a infância nessa cidade, onde viveu intensamente sua juventude de menino esperto que, desde os primórdios, já demonstrava inteligência e aptidões acima da média. Fez seus cursos primário e ginasial no Liceu Pedro Palácios, naquela cidade. Conta meu tio Eck, contemporâneo de Ney, que todas as peraltices de criança do interior – que não eram poucas – eram resolvidas pelo famoso Nilo Gabiroba, a figura mais ousada, forte e com disposição para qualquer enfrentamento, que fazia parte de seu grupo e que Ney se dizia protegido por ele. A amizade foi tão grande que o primeiro filho de Nilo Gabiroba se chamou Ney. Desde o início de sua infância apaixonou-se pela criação de galos de briga e até conseguiu apurar bons produtos. Carregou esse fascínio por toda a vida, tendo até aprendido a se comunicar em japonês para importar ovos de galos de briga de Narita, no Japão. Eu mesmo, Guilherme, recebi a missão de procurar ovos de galo de briga na Argentina, mais precisamente na Avenida Santa Fé. Só que me deram o número errado. Para não dizer que não fiz nada, comprei uma dúzia de ovos na quitanda perto de casa e dei para ele. Ficou dois meses sem falar comigo. Ao comentar com o Dr. Garambone o assunto, usou a seguinte expressão: “Passarinho que anda com morcego dorme de cabeça para baixo e amanhece com o pescoço chupado.” Formou-se na Faculdade Fluminense de Medicina, onde trabalhou como cirurgião no Hospital dos Marítimos, no serviço do Dr. José Martins. Nesse serviço tomou conhecimento das modernas técnicas anestésicas advindas dos recursos desenvolvidos na Segunda Guerra Mundial, entre elas entubação orotraqueal e ventilação mecânica com pressão positiva, o que permitiu enorme avanço na cirurgia torácica abdominal e na neurocirurgia e possibilitou um cuidado especial no pós-operatório imediato, dando início às unidades de terapia intensiva. Seus conhecimentos iniciais foram influenciados pelo professor Mário Castro D’Almeida Filho, o primeiro a transformar a anestesia em especialidade médica na 23ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, no Serviço de Cirurgia Geral do professor Brandão Filho, quando se tornaram grandes amigos. O que o Dr. Ney aprendia no Rio levava para Niterói, sua base, onde introduziu esses avanços na Faculdade de Medicina de Niterói, que já ocupava, por convênio e comodato, o Hospital Municipal Antonio Pedro e, por extensão na atividade privada e previdenciária, atingia diretamente o Hospital de Santa Cruz, de onde foi diretor até sua triste insolvência. Porque procurava saber sempre mais, frequentava todos os congressos nacionais e internacionais, de onde trazia conhecimento, novidade e experiência para aplicar aos pacientes e difundir entre os jovens anestesistas de Niterói e do Rio de Janeiro. No início dos anos 1950, Washington Pinto iniciou a cirurgia cardiovascular em Niterói. Da sua equipe faziam parte Geraldo Ramalho e, logicamente, Ney Santos como anestesistas. Esse grupo era de uma dedicação total à cirurgia cardíaca, pois ela exigia horas de cirurgia experimental, que era feita numa SBA | Artigos ‘ ... agradecimento dos milhares de doentes desconhecidos que hoje se beneficiam das grandes contribuições técnicas do dr. Ney ... fábrica de cimento em Guaxindiba, onde Washington Pinto conseguiu, com esforço próprio e de toda a equipe, criar e fazer funcionar um laboratório experimental de cirurgia cardiovascular. Todas as grandes cirurgias foram beneficiadas por essas descobertas; também foram agregados novos conhecimentos sobre equilíbrio hidroeletrolítico que, juntamente com a entubação, ajudaram muito os pacientes. O Dr. Ney foi pioneiro na área da anestesiologia e trouxe grande avanço para a cirurgia cardíaca no Brasil. Foi presidente da SBA em 1969 e arrebatou, como grandes amigos, o Dr. Rui Vaz Gomide do Amaral, chefe do Serviço de Anestesia da Cirurgia Cardíaca de São Paulo, e o Dr. Kentaro Takaoka, um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Em 1º de julho de 1974, houve a fusão da antiga Guanabara com o Rio de Janeiro, que passou a ser a capital do novo estado em março de 1975. O Dr. Ney foi o primeiro presidente da SAERJ após a fusão, em 1975. Além do interesse científico, Ney possuía uma verve humorística fora do comum. Bastava mostrar o rosto que já era motivo de riso nas festas da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, onde era figura obrigatória nos shows humorísticos de sua criação. Um homem alegre, sempre feliz com a vida, cercado por uma família composta por Hedina, sua esposa, Teresa Cristina, sua filha, e seus netos. E, ainda por cima, era tio do grande advogado brasileiro Dr. Sérgio Bermudes. Ney Santos foi o primeiro amigo do pai do Dr. Garambone quando chegou a Cachoeiro de Itapemirim, influenciando-o a seguir a carreira de anestesista. Tornou-se grande amigo do Dr. Garambone nas andanças anestésicas e “galísticas”. O Dr. Ney foi o grande homenageado na cerimônia de posse da Diretoria da SBA 2013, por ocasião da comemoração dos 65 anos de fundação da entidade, como o único membro fundador vivo da nossa sociedade. Por último, devemos receber a gratidão dos milhares de doentes desconhecidos que hoje se beneficiam com as grandes contribuições técnicas do Dr. Ney à anestesiologia brasileira e que, graças a ele, sobreviveram a suas enfermidades cardíacas. Seus eternos amigos, Dr. Guilherme Eurico Bastos da Cunha Dr. Marco Antonio Garambone Aeroporto Joaquim chega ao Brasil e, na alfândega, um fiscal o questiona: – E aí, Joaquim? Tudo joia? Artigos | 11 SBA SBA | Artigos Artigo Especial Joaquim, de pronto, responde: – Não, metade é roupa! Lembro-me como se fosse ontem. Eu e meu avô conversando, quando, pela primeira vez, ele me contou essa piada. Juro que ri simplesmente por ser meu avô, porque, na verdade, não a havia compreendido! Essa piada se perpetuou entre nós. Como a piada do pavê! Sabe? “É pá vê ou pra cumê?” Meu avô era uma criança de jaleco branco. Tínhamos praticamente a mesma idade! Acho que envelheci e ele ficou. Ainda ria dessa piada quando eu respondia: “Metade é roupa!” E foi exatamente assim que fiz no dia anterior a sua partida, porém eu é que perguntava: “E aí, doutor? Tudo joia ou metade é roupa?” Adorei cada segundo do nosso besteirol, não mudaria uma vírgula da nossa história. Beijo, te amo! Faltam-me palavras para descrever minha gratidão a Deus por ter me colocado no seu caminho e ter tido o privilégio de ser seu neto, mas, com certeza, sobrarão lembranças. E das boas! Durma bem. Te amo, vô! Ney Santos Alves (neto) Vô piadista e alegre Não conheci meu avô como o grande médico que foi. Conheci como vovô Ney. O vô piadista e alegre que voltava dos congressos sempre 12 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 com a mala cheia de presentes pra gente. O vô que vinha a nossa casa e, escondido, roubava lanche na geladeira. O vô que, quando ficávamos doentes, se sentava ao nosso lado e colocava as mãos sobre nosso corpo falando: “Tá sentindo? Vovô tá tirando toda a febre.” Que se sentava no mesmo sofá pra ver TV sempre de pernas cruzadas. Que chorou como eu nunca tinha visto quando eu parti para os Estados Unidos para estudar medicina, achando que nunca mais iria me ver. E ainda vivemos juntos por 14 anos depois de minha volta. Só agora começo a entender o peso que tinha como médico e, principalmente, como anestesista. E isso só confirma o grande homem que foi. Que, mesmo com uma grande carreira, nunca deixou de lado a família e os deleites de ser um verdadeiro vô. conhecer e viver o Ney Pai. Protetor, cuidador, amigo, presente em todos os momentos alegres e tristes, cúmplice, com amor incondicional por sua família. Esposo exemplar, avô e bisavô único. A DEUS toda gratidão, pois sei que, num mundo de tanta violência e rejeição, ele me deu um pai especial que soube dividir carinhosamente o dom de cuidar de todos os que o cercam. Te amo! Tereza Santos (filha) Foto posse SBA 2013 com a família Renata Santos Alves (neta) Apocalipse 14:13 Dr. Ney e família Então ouviu uma voz dos céus dizendo: “Escreva: Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante.” Diz o Espírito: “Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão.” Todos conheceram o Ney médico anestesista, trabalhador pela vida, porém, tive o privilégio de ■ Giulia e Carolina (bisnetas) SBA | Artigos Científicos SBA Artigos Científicos Por Jerusa Guilhermoni Castilho1, Felipe Siqueira Ramos1, Oscar César Pires2, Elton Constantino3, Irimar de Paula Posso4 Exames complementares: avaliação custobenefício em um hospital universitário • RESUMO Introdução: os exames laboratoriais eram considerados métodos de triagem de doenças preexistentes ou ainda não diagnosticadas. A racionalização dos custos fez com que os médicos passassem a ser mais precisos quanto à história e ao exame físico, a fim de limitar os pedidos de exames apenas para casos estritamente necessários. A avaliação pré-anestésica consiste no reconhecimento clínico de informações que determinarão a conduta adequada no pré-operatório, restringindo a solicitação de exames às reais necessidades do paciente, além de aumentar a qualidade do ato anestésico-cirúrgico e reduzir a morbidade e os custos. Fora do contexto clínico, o excesso de exames pode gerar elevado número de falso-positivos e falso-negativos. Assim, com base na literatura estudada, é necessário avaliar a existência de correlação entre dados clínicos e os exames complementares pré-operatórios de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos e analisar o impacto financeiro decorrente dos custos da realização de exames complementares. Objetivos: avaliar o custo-benefício da coleta de exames de rotina no pré-operatório. Material e métodos: estudo transversal, após aprovação no comitê de ética, realizado com 120 pacientes, de ambos os sexos, com idade a partir de 1 ano e sem limite superior, agendados para cirurgias eletivas no Hospital Universitário de Taubaté, nas mais diversas especialidades, para coletar dados do prontuário médico e avaliar, por meio de análises estatísticas, a prevalência de falso-positivos e falso-negativos e o custo financeiro da coleta de exames desnecessários. Resultados: de 120 pacientes, 66 eram do sexo feminino (55%) e 54, do sexo masculino (45%); média de idade de 46,2 anos (DP = 17,82); quanto ao estado físico, 75 pacientes ASA I (62,5%); 43 ASA II (35,8%) e dois ASA III (1,7%). Apresentavam comorbidades 45 (37,5%) e 23 (19,2%) foram avaliados por outros especialistas. Foram coletados 1.105 exames complementares pré-operatórios, 883 (79,9%) sem evidências clínicas para coleta, com índice de alteração em 40 (3,6%); não houve suspensão da cirurgia ou mudança na conduta anestésica. O custo da instituição, baseado no valor repassado pelo SUS, contabilizou R$ 3.338,18. Conclusão: a avaliação pré-anestésica criteriosa, com valorização da história e do exame físico e inclusão do paciente em categorias de risco, gera diminuição de gastos para a instituição e possibilita o direcionamento de recursos para outras finalidades. É necessária também a sintonia da equipe cirúrgica com o ambulatório de pré-anestésico, visando reduzir a solicitação de exames e de interconsultas com outras especialidades. Palavras-chave: pré-operatório, exames complementares, impacto financeiro. INTRODUÇÃO É de conhecimento geral que o aumento da expectativa de vida da humanidade nos últimos dois séculos se deve aos avanços das pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento médico. Segundo Atkinson1, talvez não exista Artigos Científicos | 13 nenhum avanço no conhecimento da medicina que tenha aliviado mais o sofrimento humano do que a cirurgia sem dor demonstrada por Willian Tomas Green Morton, em 16 de outubro de 1846. Atualmente, por causa dos avanços tecnológicos da área médica e com o aumento da expectativa de vida, tornou-se comum a realização de procedimentos anestésicos em pacientes de faixas etárias extremas (neonatos e senis). Isso se deve não só à melhor qualidade da monitorização intraoperatória e aos novos fármacos anestésicos, mas à padronização de uma avaliação pré-operatória mais elaborada, na qual são analisadas as alterações fisiológicas próprias da idade e doenças coexistentes2 . Milhares de pacientes são submetidos a procedimentos anestésicos diariamente, nas mais diversas especialidades e em diferentes procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Avanços tecnológicos, como a videocirurgia, fizeram com que procedimentos complexos pudessem ser menos agressivos aos pacientes, diminuindo o tempo de internação intra-hospitalar ou até mesmo possibilitando sua realização em caráter ambulatorial. Vários estudos na área da anestesiologia realizaram revisões sistemáticas sobre a avaliação pré-anestésica e a solicitação de exames complementares de rotina3. 14 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 No período entre 1960 e 1980, os exames laboratoriais eram considerados o método ideal de triagem de doenças preexistentes ou ainda não diagnosticadas no momento da avaliação pré-operatória. Tornou-se usual iniciar o atendimento aos pacientes submetidos a procedimento cirúrgico, independentemente da idade, do estado físico ou do tipo de procedimento4,5, com a solicitação de uma série de exames complementares. Entretanto, a partir da década de 1990, a racionalização dos custos fez com que os médicos passassem a ser mais precisos quanto à história e ao exame físico, a fim de limitar os pedidos de exame apenas para casos estritamente necessários6. Na atualidade, a tendência é a realização de exames que tenham como referência dados positivos da história clínica ou do exame físico, inclusão do paciente em categorias que dependem do risco individual ou de valores pré-operatórios de determinados exames, que podem sofrer alterações no intraoperatório ou em procedimentos associados7. A avaliação pré-anestésica (APA) consiste no reconhecimento clínico de informações que determinarão a conduta adequada no pré-operatório, limitando os exames pré-operatórios às reais necessidades do paciente, além de aumentar a qualidade do ato anestésico-cirúrgico SBA | Artigos Científicos ‘ A avaliação pré-anestésica consiste no reconhecimento clínico de informações que determinarão a conduta adequada no pré-operatório... e reduzir a morbidade e os custos8. Muitos estudos já mostraram a importância da avaliação pré-operatória, tendo um deles revelado que 56% dos diagnósticos em uma clínica geral foram feitos através da história do paciente, e esta porcentagem subiu para 73% após o exame físico9. Estima-se que testes pré-operatórios custam USS 3 bilhões anualmente nos Estados Unidos10 . Estudo com 325 pacientes submetidos a exames prévios a cirurgias ambulatoriais apontou que 272 (84%) apresentavam pelo menos um teste de triagem alterado, enquanto apenas 28 cirurgias foram adiadas ou canceladas. E, ainda, apenas três pacientes foram beneficiados com os resultados: um deles foi diagnosticado com diabetes e em dois deles foram detectadas alterações eletrocardiográficas11. Nesse sentido, exames pré-operatórios devem, então, ser solicitados quando há suspeita de alguma patologia, sem o objetivo de diagnosticar doenças não suspeitadas12 . O excesso de exames pode gerar elevado número de falso-positivos e falso-negativos6,10,12 . Os riscos envolvidos em procedimentos cirúrgicos dependem de fatores próprios do paciente e do tipo de procedimento cirúrgico. Os preditores importantes da morbimortalidade pós-operatória incluem SBA | Artigos Científicos SBA Artigos Científicos idade do paciente e estado físico, segundo a American Society of Anesthesiology (ASA)13, com base na literatura avaliada e de acordo com os estudos de Roizen14. OBJETIVO Este estudo teve como objetivo avaliar o custo-benefício da coleta de exames de rotina no pré-operatório e quantificar os exames pré-operatórios solicitados aos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos em um hospital de ensino. MATERIAL E MÉTODOS Estudo transversal, retrospectivo, com coleta de dados com base nos prontuários médicos, realizado após aprovação no comitê de ética e pesquisa da Universidade de Taubaté, com participação de 120 pacientes, de ambos os sexos, com idade a partir de 1 ano e sem limite superior, nas mais diversas especialidades médicas, agendados para cirurgias eletivas no Hospital Universitário de Taubaté. Os dados registrados foram: idade, sexo, peso, classificação do estado físico (ASA), procedimento realizado, exames complementares solicitados e respectivas alterações, avaliações com outros especialistas e doenças coexistentes. Para considerar o exame recomendado foi utilizada a diretriz descrita por Roizen14 e quantificada a prevalência de falso-positivos, falso-negativos e o custo financeiro da coleta de exames desnecessários. RESULTADOS Foram analisados 120 pacientes, dos quais 66 (55%) eram do sexo masculino e 54 (45%) do sexo feminino. A menor idade apresentada foi 1 ano e a maior, 77 anos. A média de idade foi de 46,2 (± 17,82) anos. Quanto ao estado físico dos pacientes, 62,5% (75) foram classificados como ASA P1; 35,8% (43) como ASA P2 e 1,7% (2) como ASA P3. Para os 120 pacientes, foram solicitados 1.105 exames no pré-operatório, sendo 79,9% (883) considerados desnecessários e 3,6% (45) estavam alterados. Dos pacientes estudados, 37,5% (45) apresentavam alguma comorbidade e 19,2% (23) passaram por avaliação de especialista. Em nenhum caso o resultado alterado do exame ou a consulta com o especialista interferiu no agendamento do procedimento cirúrgico. O valor gasto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com os exames considerados desnecessários (883) foi de R$ 3.338,18. Os exames mais solicitados estão descritos na Tabela 1. Tabela 1 - Exames mais solicitados e número de exames alterados Exames solicitados Número Alterados Hemograma 118 0 Provas de coagulação 286 0 Glicemia 81 7 ECG 60 2 Ur/Cr 69 0 Na/K 24 0 Rx de tórax 45 0 Outros 422 36 1.105 45 Total Artigos Científicos | 15 DISCUSSÃO Conforme descrito na Tabela 1, dos 1.105 exames solicitados no pré-operatório, 883 (79,9%) foram julgados desnecessários e apenas 45 (3,6%) estavam alterados, resultado obtido de acordo com o estudo realizado por Soares et al.15, que abrangeu 800 pacientes com solicitação de 3.646 exames no pré-operatório, dos quais 2,25% (82) encontravam-se alterados. Observa-se ainda que a maioria dos pacientes (62,5%) não apresentava nenhuma comorbidade e 23 (19,2%) foram avaliados por um especialista sem que houvesse suspensão do procedimento cirúrgico. No estudo de Soares et al.15 houve mudança de conduta em apenas 14 casos (0,38%), sugerindo que a solicitação de exames não deve ser feita indiscriminadamente, mas, sim, de acordo com a história clínica, o exame físico e o porte do procedimento cirúrgico15. Sem considerar o contexto clínico, o excesso de exames pode gerar elevado número de falso-positivos, enquanto um exame com baixa sensibilidade pode revelar resultados falso-negativos6,10,12 . Interpretar um exame como anormal sem correlação com o estado clínico do paciente pode apenas causar danos ao indivíduo em função de terapias inapropriadas, intervenções desnecessárias e ansiedade9. 16 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 Um estudo de Blery et al.16 que encontrou 0,4% dos exames pré-operatórios sem indicação forneceu informações clínicas relevantes, enquanto, ao se considerarem o exame físico e a história clínica como determinantes principais dos exames pré-operatórios, 60-70% dos testes laboratoriais foram desnecessários17,18 . Perez et al.19 analisaram 3.131 pacientes e encontraram, em 27% deles, alguma anormalidade no exame pré-operatório, enquanto a conduta perioperatória foi alterada em apenas 0,56-0,26% dos casos, confirmando a necessidade de seleção racional dos exames pré-operatórios. Em consonância com esse estudo, em que foi encontrado um valor total gasto com os 883 exames julgados desnecessários de R$ 3.338,18, o estudo de Pasternak10 já havia estimado em US$ 3 bilhões anualmente os custos de testes pré-operatórios nos Estados Unidos. Outro estudo estima que 30 milhões de procedimentos são afetados pela prática do pedido indiscriminado de exames, com um custo direto ultrapassando US$ 18 milhões20. Em relação aos exames mais solicitados no pré-operatório dos pacientes dessa pesquisa, foram encontrados 10,7% (118) de hemogramas sem nenhum resultado alterado. SBA | Artigos Científicos ‘ O excesso de exames pode gerar elevado número de falso-positivos e falso-negativos6,10,12. As provas de coagulação, que incluíram INR, TTPA, plaquetas e tempo de sangramento, totalizaram 286 (25,9%) exames e em nenhuma das provas houve alteração. Das 81 (7,3%) glicemias, sete estavam alteradas sem nenhuma repercussão relacionada ao procedimento cirúrgico. Em relação ao eletrocardiograma, foi solicitado em 60 (5,4%) pacientes, com apenas dois resultados alterados. Dos 69 (6,3%) exames de ureia e creatinina, nenhum estava alterado e dos 24 (2,2%) exames de sódio e potássio também não houve nenhuma alteração. As radiografias de tórax foram solicitadas em 45 (4%) pacientes e nenhum resultado alterado foi encontrado. Outros exames não discriminados na pesquisa somaram 422 (38,2%). Diversos estudos mostram que resultados falso-positivos e falso-negativos são constantes – o que gera estresse ao paciente 6,10,12 – e, mesmo assim, certas conduta não mudam, e comprovam a economia dos gastos quando a avaliação inicial é feita pelo anestesiologista 21. O gasto total com 1.105 exames desnecessários foi de R$ 3.338,18 em 120 cirurgias. Considerando que esse resultado representa 20% das cirurgias realizadas em um mês, estima-se que o valor total gasto pela instituição em um ano seja de aproximadamente R$ 200 mil. SBA | Artigos Científicos SBA Artigos Científicos CONCLUSÃO De acordo com os resultados obtidos, a solicitação de exames de rotina no pré-operatório, sem correlacionar com o quadro clínico, apresenta elevado custo sem evidente benefício, tanto para o paciente quanto para a instituição. Nesse sentido, uma avaliação pré-anestésica criteriosa – com a valorização da história, do exame físico –, a inclusão do paciente em categorias de risco e uma sintonia entre equipe cirúrgica e ambulatório de pré-anestésico poderão reduzir a solicitação de exames e de interconsultas com outras especialidades, promovendo a redução de gastos, com possibilidade de direcionamento de recursos para outras finalidades. Referências: 1.Atkinson RS, Boulton TB. The history of anesthesia, London: The Parthenon Publishing Group, 1987. 2.Garcia-Miguel FJ, Garcia Caballero J, Gomez de Caso-Canto JA. Indicaciones del electrocardiograma para la valoración preoperatorio en cirugía programada. Rev Esp Anestesio l Reanim, 2002; 49:5-12. 3.Macpherson DS. Preoperative laboratory testing: should any tests be “routine” before surgery? Med Clin North Am, 1993; 77:289-308. 4.Roizen MF, Cohn S. Preoperative evaluetion for elective surgery – what laboratory tests are needed? Adv Anesth, 1993; 10:25-47. 5.Macpherson DS, Snow R Lofgren RP. Preoperative screening: value of previous tests. Ann Intern Med, 1990; 113:969-973. 6.Mathias LA, Guaratini A A, Gozzani JL et al. Exames complementares pré-operatórios: análise crítica. Revista Brasileira de Anestesiologia, 2006; vol.56: 658-668. 7.Pasternak LR. Preanesthesia evaluation of the surgical patient. ASA Refresher Coursers in Anesthesiology, 1996; 24(16): 205-219. 8.Issa MRN, Isoni NFC, Soares AM et al. Avaliação Pré-Anestésica e Redução dos Custos do Preparo Pré-Operatório. Revista Brasileira de Anestesiologia, 2011; 61:1: 60-71. 9.Sweitzer BJ. Overview of Preoperative Assessment and Management. Anesthesiology, 2008. Longenecker DE et al. Editora Mc Graw Hill Medical Chicago. 10. Pasternak LR. Preoperative evaluation, testing, and planning. Anesthesiol Clin North Am, 2004;22:XIII-XIV. 11. Golub R, Cantu R, Sorrento JJ et al. Efficacy of preadmission testing in ambulatory surgical patients. Am J Surg 1992;163:565. 12. Ladeira MCB. A Necessidade de exames complementares pré-operatórios. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, 2007;Vol.6;N.2. 13. Carvalho RWF et al. O paciente cirúrgico. Parte I. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. vol.10 no.4 Camaragibe Sept./Dec. 2010. 17. Roizen MF. More preoperative assessment by physicians an less by laboratory tests. N Engl J Med, 2000;342:204-205. 18. Korvin CC, Pearce RH, Stanley J. Admissions screening: clinical benefits. Ann intern Med, 1975; 83:197-203. 19. Perez A, Planell J, Bacardaz C et al. Value of routine preoperative tests: a multicentre study in four general hospitals. British Journal of Anaesthesia, 1994. Volume 74. Pag. 250-256. 20. Yen C, Mitchell T, Macario A. Preoperative evaluation clinics. Current opinion in Anethesiology. 2010;23:167-172. 21. Fleicher LA. Effect of preoperative evaluation and consultation on cost and outcome of surgical care. Current opinion in Anesthesiology. 2000; 13:209-213. Autores são: Instituição de origem - Universidade de Taubaté (Unitau), São Paulo, Brasil. Acadêmicos do curso de medicina da Universidade de Taubaté (Unitau), São Paulo, Brasil. 1 Professor doutor de farmacologia da Universidade de Taubaté (Unitau), São Paulo, Brasil. 2 14. Roizen MF, Foss JF, Fisher SP. Preoperative Evaluation. In Miller R D – Anesthesia. 5 ed, Churchill Livingstone, 824-883, 2000. Professor de anestesiologia da Universidade de Taubaté (Unitau), São Paulo, Brasil. 15. Soares DS, Brandão RRM, Mourão MRN et al. Relevância de Exames de Rotina em Pacientes de Baixo Risco Submetidos a Cirurgias de Pequeno e Médio Porte. Revista Brasileira de Anestesiologia, 2013. Vol. 63 (2). Pag. 197-201. Professor titular de farmacologia da Universidade de Taubaté (Unitau), São Paulo, Brasil. 3 4 16. Blery C, Szatan M, Fourgeaux B et al. Evaluation of a protocol for selective ordering of preoperative tests. Lancet 1986; 18:139-141. Artigos Científicos | 17 SBA | Artigos Científicos SBA Artigos Científicos Por Júlio Cezar Mendes Brandão * A utilização de softwares para relatos de eventos adversos em anestesia • O desenvolvimento da cultura de qualidade e segurança em anestesia passa por importante evolução. A tomada de consciência das sociedades para construir sistemas permanentes e ferramentas que ofereçam elementos para melhorar a segurança da anestesia é notável. Sem dúvida, as possibilidades que se abrem com o atual desenvolvimento da informática têm transformado sonhos em realidade. A SBA integra esse movimento em diversos níveis, desde a colaboração internacional, com o Tratado de Helsinque (Sociedade Europeia de Anestesiologia), em que atende a demandas lá inseridas, como o envio de relatórios das medidas adotadas para cumprir a construção de uma anestesia, até a construção do logbook, em que dados de anestesias dos centros de ensino (que se aproximam de 1 milhão de fichas catalogadas) servirão de base para futuras investidas nesse ambiente. As sociedades americana, espanhola e britânica de anestesia possuem sistemas eletrônicos de relato de eventos adversos bem desenvolvidos e devidamente protegidos, de modo que resguarde legalmente 18 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 os usuários desse serviço em relação ao anonimato. Algumas dessas sociedades utilizam os dados coletados para nortear campanhas de treinamento e prevenção de eventos adversos e publicam periodicamente suas análises. Os eventos adversos são lesões ocorridas de forma não intencional, causadas por condutas médicas, e não pela história natural da doença. Esses eventos podem ser determinantes do prolongamento da internação e do agravamento da doença inicial e podem aumentar a morbidade e a mortalidade do paciente no ambiente hospitalar e após a alta. Como métodos de prevenção da ocorrência desses eventos, várias tentativas de reconhecimento dos eventos adversos foram realizadas, mas sem grandes repercussões. Em 1999, um estudo feito na Universidade de Harvard, Estados Unidos, com o título “Errar é humano”, evidenciou que tais eventos são muito mais comuns do que se parecia, o que despertou o interesse sobre o assunto e chamou a atenção da comunidade científica internacional. Logo após esse estudo, foram publicados outros trabalhos no mesmo ano, mostrando que, em média, poderia se atribuir, aos eventos adversos, cerca de 48-98 mil mortes anuais nos Estados Unidos. A partir disso, foram implementados trabalhos para se avaliarem métodos de detecção dos eventos adversos, e o grande desafio tornou-se a criação de um sistema eficiente, com baixo custo, que trouxesse menos ônus e agregasse informações suficientes para pôr em prática políticas que norteassem medidas para a diminuição da prevalência desses eventos adversos. A comunicação espontânea de eventos adversos é estatisticamente baixa, porque o profissional tende a esconder o problema por medo de possíveis punições, críticas etc., o que pode levar à perda parcial de informações e tornar o banco de dados enviesado. A revisão direta de prontuários pode ser uma maneira de avaliar os eventos adversos, mas é uma medida custosa e pouco efetiva, pois buscar prontuário por prontuário é uma tarefa extremamente trabalhosa. Assim, programas de computador específicos para a verificação de prontuários eletrônicos, arquivos hospitalares, exames de laboratórios e de imagem e despachos da farmácia, entre outros documentos, foram colocados em prática, com o objetivo de obter informações mais precisas, de fontes diversas e com derivação da fonte avaliadora, que traria dados filtrados com base em sinais de alerta. As informações pesquisadas pelos softwares para relatos de eventos adversos podem ser obtidas em diversas fontes hospitalares e transmitidas pelos aparelhos de registros diretos (monitores, ventiladores mecânicos, prontuários eletrônicos, bombas de infusão, sistemas operacionais de logística, aparelhos de imagem, estações de anestesia, aparelhos de exames de imagem). funcionários, tende a ser executada e ratificada com mais facilidade e rapidez, o que contribui para a interação dos profissionais assistentes do paciente mais cedo, evitando novos eventos. A avaliação eletrônica de eventos adversos é mais barata e efetiva em hospitais informatizados, pois diminui o trabalho manual, levando a buscas específicas e menor perda de tempo. Dessa forma, a verificação direta de prontuários e suas revisões são feitas apenas em alguns prontuários que têm sinal de alerta detectado por softwares programados para a busca de eventos. Com o uso cada vez maior de prontuários eletrônicos – um caminho sem volta SBA | Artigos Científicos ‘ Os eventos adversos são lesões ocorridas de forma não intencional, causadas por condutas médicas, e não pela história natural da doença. – percebemos que, a médio prazo, é mais eficaz e menos oneroso para o sistema de saúde. Para desenvolver ferramentas de detecção de eventos adversos, quatro etapas são fundamentais na elaboração da estratégia: A - coleta de dados de forma eletrônica; B - uso de algoritmos e ferramentas de detecção e busca de informações; C - avaliação da consistência dos dados obtidos; D - determinação do valor preditivo desses feitos. A acurácia do método dará valor legal e técnico à avaliação, com Os softwares podem ser programados para realizar buscas com base em critérios preestabelecidos e definidos com palavras-chaves, alterações de exames e dos parâmetros nos monitores, citações, alertas, prescrições conflitantes, número de CID utilizados, dados da farmácia etc. A comunicação entre os setores hospitalares, por meio da informática (dados da farmácia e dos laboratórios, por exemplo), com troca de informações e treinamento adequado dos Figura 1 - Passos envolvidos na vigilância computadorizada de um sistema de detecção de eventos adversos. Artigos Científicos | 19 SBA | Artigos Científicos SBA Artigos Científicos respaldo ao resultado encontrado. A seleção e decisão para a emissão dos sinais de alerta variam de acordo com os algoritmos adotados e estes dependem da confiabilidade das fontes e das informações encontradas (Figura 1). A detecção de eventos adversos por meio de softwares encontra informações relevantes mais precocemente e pode ajudar na prevenção de novas ocorrências. O objetivo não é só detectar, mas elaborar estudos de prevalência, treinamento, orientação, esclarecimento, mudança de tática nos treinamentos das equipes, focando nos eventos mais comuns, o que levaria o sistema de detecção de informações a servir como fator importante de profilaxia também. Ainda há muito que evoluir, incluindo a necessidade de validação, avaliação da sensibilidade e especificidade do método, treinamento, sincronia de dados e comunicação de interfaces de áreas diferentes, além das questões associadas ao sigilo. Há vários estudos 20 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 em andamento com o objetivo de validar o método. Com a evolução dos softwares e a incorporação de novas técnicas, certamente aparecerão novos sinais ou bandeiras que serão incorporadas ao sistema de vigilância e adicionadas aos algoritmos de análise. Ao mesmo tempo, variáveis menos específicas podem ser remanejadas ou ter seus pesos diminuídos nas análises, o que melhorará a eficiência dos softwares. Avisos espontâneos de eventos adversos intra-hospitalares são insuficientes e abrangem um leque pequeno da realidade. Técnicas de informática são uma grande ferramenta para a detecção de eventos adversos, mais acuradas e efetivas, o que gera menos gasto e contribui para a implementação de políticas mais eficazes com o objetivo de prevenir eventos adversos mais comuns em determinado hospital. Pesquisas e publicações darão, cada vez mais, validação aos novos instrumentos utilizados na obtenção de dados de eventos adversos. Referências: 1.Bates et al. Detecting adverse events using information technology. J Am Med Inform Assoc. 2003; 10:115-128. 2.Institute of Medicine. To err is human. Building a safer health system. Washington, DC, National Academy Press, 1999. 3.Institute of Medicine. Crossing the quality chasm: a new health system for the 21st century. Washington, DC, National Academy Press, 2001. 4.Leape LL. Reporting of adverse events. N Engl J Med, v 347, n 20. November 14, 2002. 5.Catchpole K, MDD Bell, Johnson S. Safety in anaesthesia: a study of 12 606 reported incidents from the UK National Reporting and Learning System. Anaesthesia, 2008; 63:340-346. 6.Glavin RJ. Drug errors: consequences, mechanisms and avoidance. British Journal of Anaesthesia. 2010; 105(1):76-82. Advance Access publication 27 May 2010. 7.Salman FC, Diego LAS, Silva JH; Moraes J MS; Carneiro, A F. Qualidade e segurança em anestesiologia. SBA, v 1; out/2012; p. 35-45. *O autor é membro da Comissão de Qualidade e Segurança da SBA. SBA SBA | Notícias Notícias Concurso TSA, considera mérito acadêmico do candidato • A assembleia de representantes realizada durante o 60º Congresso Brasileiro de Anestesiologia aprovou a inclusão de currículo no cômputo da nota final da prova escrita para a obtenção do Título Superior em Anestesiologia (TSA). As modificações no regulamento do TSA passam a considerar o mérito acadêmico do candidato a partir de 2014, até 10 pontos poderão ser adicionados à nota da prova escrita pelas atividades acadêmicas dos candidatos. Como no máximo 10 pontos poderão ser atribuídos a essas atividades, e considerando que a nota para aprovação na prova escrita do TSA é de, no mínimo, 60 pontos, a nova regra será aplicada a candidatos que obtiverem entre 50 e 59 pontos na prova escrita. A nota curricular é facultativa, de forma que, no processo de inscrição, o candidato deverá optar pela inclusão de seus dados curriculares em formulário eletrônico. A escolha é importante, uma vez que não haverá a possibilidade de adicionar os elementos do currículo caso o candidato não tenha optado por este benefício. Para o cadastramento dos dados curriculares, o candidato deverá dispor de cópias em formato PDF, com tamanho de até 1 MB, que será exigido para a comprovação de cada atividade. Portanto, sugere-se que o candidato providencie a digitalização dos arquivos em tamanho e formato compatíveis e os tenha em uma pasta, para agilizar o processo de preenchimento do currículo. O sistema permite que, até a data final de inscrição, o candidato adicione itens ao seu currículo. Portanto, o único requisito essencial para que utilize a prova de títulos, é optar pelo benefício durante o processo de inscrição. Os registros com comprovação, poderão ser feitos paulatinamente, mas a finalização deverá ser realizada até o dia considerado término do período de inscrição. O total de pontos somados com os dados curriculares poderá ser consultado pelo candidato no próprio formulário do currículo que, automaticamente, atualiza a pontuação curricular primária, ou seja, sem análise manual feita pela Comissão Examinadora do Título Superior de Anestesiologia, conforme explicado a seguir. Os candidatos que tiverem escolhido a prova de títulos para o cômputo da nota final da prova escrita para a obtenção do TSA, deverão somar, no mínimo, 50 pontos na prova escrita e no máximo 59. Esses candidatos terão seus currículos analisados manualmente pela Comissão Examinadora do Título Superior em Anestesiologia, com base nos documentos anexados ao currículo. Candidatos que obtiverem menos que 50 pontos ou 60 pontos ou mais não terão seus currículos analisados. Os candidatos cuja pontuação baseada na análise manual preliminar do currículo, SOMADA à pontuação obtida na prova escrita, resultar em nota igual ou superior a 60 pontos, serão considerados aprovados para fins de divulgação. Esses candidatos deverão enviar cópias autenticadas dos documentos anexados ao currículo eletrônico em um período de até 60 dias após a divulgação dos resultados preliminares, por correio, com aviso de recebimento (AR), à secretaria da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Somente após a análise dos comprovantes autenticados, Notícias | 21 SBA | Notícias ‘ Concurso TSA considera mérito acadêmico do candidato. a aprovação na prova escrita será confirmada ou não, sendo o candidato habilitado ou não a se submeter à prova oral para conquistar do Título Superior em Anestesiologia. O novo sistema para a realização nas provas foi disponibilizados. ■ Boa sorte! Prof. dr. Getúlio R. de Oliveira Filho, TSA. Diretor do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Depoimento de associado que realizou a prova escrita do TSA em 2013: Neste último exame no qual participei, a prova escrita estava focada na problemática prática, com diversos casos clínicos ilustrativos, que permitiram uma melhor interpretação e resolução do exame. Desta forma, o TSA escrito passou de um obstáculo a um incentivo, pois cada pergunta poderia ter sido um problema real no centro cirúrgico, motivando o estudo das questões que tive dúvida após o término do teste. Assim, este processo me motivou, inclusive, a dar continuidade na resolução dos exames posteriores para obtenção do tão sonhado Título Superior em Anestesiologia - TSA. Matheus Vane - associado de SP aprovado prova TSA escrita/2013 Até a data do fechamento desta revista, a Comissão Examinadora do TSA se reuniu, na sede da SBA, nos meses de janeiro e fevereiro, trabalhando na elaboração das provas do concurso do TSA. Membros da Comissão Examinadora do Título Superior em Anestesiologia - da esquerda para a direita: Leonardo Teixeira Domingues Duarte (SP), Paulo César de Abreu Sales (MG), Waston Vieira Silva (PE), José Fernando Bastos Folgosi (GO), Daniel Volquind (RS) e Deise Martins Rosa (RJ). 22 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 SBA SBA | Notícias Notícias Posse da Diretoria da SBA – gestão 2014 • No dia 11 de janeiro de 2014, no Rio de Janeiro/RJ, tomou posse a Diretoria Executiva da SBA, gestão 2014, eleita pela Assembleia Geral em novembro de 2013, estando assim constituída: Dr. Sylvio Valença de Lemos Neto – presidente Dr. Oscar César Pires – vicepresidente Dr. Ricardo Almeida de Azevedo – secretário-geral Dr. Sérgio Luiz do Logar Mattos – tesoureiro Dr. Getúlio Rodrigues de Oliveira Filho – diretor do Departamento Científico Dr. Antônio Fernando Carneiro – diretor do Departamento de Defesa Profissional Dr. Erick Freitas Curi – diretor do Departamento Administrativo Passando a Presidência da SBA, com uma enorme dose de satisfação e orgulho, contamos com a participação do Dr. Airton Bagatini, presidente da gestão 2013 e presidente do Conselho Superior 2014. Representação internacional: Confederação Latino-americana de Sociedades de Anestesiologia (CLASA) por seu vice-presidente, Dr. Carlos Eduardo Lopes Nunes. Federação Mundial de Sociedades de Anestesiologia (WFSA) – Dr. Getúlio Rodrigues de Oliveira Filho. Além de diretor eleito, é membro do Comitê de Educação da Federação Mundial de Sociedades de Anestesiologistas. Representações nacionais: Recebemos, presidentes e diretores de regionais, membros de comissões permanentes, conselhos, comitês e do centros de ensino e treinamento em Anestesiologia, Dor e Cuidados Paliativos da SBA, cooperativas de anestesiologistas, diretores da Febracan e o editor chefe da Revista Brasileira de Anestesiologia. Tivemos a honra de contar, ainda, com a presença das seguintes autoridades: Dr. Geraldo Ferreira Filho – presidente da Federação Nacional dos Médicos. Dr. Desiré Carlos Callegari – secretário geral do CFM - representante do Conselho Federal de Medicina. Dr. Francisco Alberto de Oliveira Júnior – presidente da Federação Brasileira de Cooperativas de Anestesiologistas. Dr. Rogério Casemiro – coordenador de anestesia e trauma da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Dr. Jorge Darze – presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Rio de Janeiro. Dr. Marcos Botelho da Fonseca Lima – conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, representando o presidente do CREMERJ. Dr. Severino Dantas Filho – presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Espírito Santo. O presidente da Federação Nacional dos Médicos, dr. Geraldo Ferreira Filho, fez um breve e marcante pronunciamento, conclamando a todos os médicos presentes, de todas as especialidades, e em especial os anestesiologistas, para que, juntos, lutemos por melhores condições de trabalho e remuneração. Ressaltou ainda a importância da SBA nas lutas da classe médica. O dr. Airton Bagatini, presidente da SBA 2013, em seu pronunciamento Notícias | 23 de despedida, ressaltou a importância que a SBA assumiu em sua vida pessoal e profissional. Embalado por uma frase de Tom Jobim, que fala sobre a paralisação do tempo, e depois ratificado pelo poema Recomeçar, de Carlos Drummond de Andrade, o discurso proferido pelo dr. Sylvio Lemos, presidente SBA 2014, foi só emoção e satisfação pela conquista alcançada. Seguindo a tradição em cerimônias de posse de diretoria executiva, a foto do presidente da gestão anterior foi descerrada, passando a fazer parte da galeria de ex-presidentes no museu existente na sede da SBA, sendo o dr. Sylvio Lemos condecorado com a Medalha Presidencial da SBA. A Diretoria prestou uma homenagem à gerente da SBA, Maria de Las Mercedes Azevedo, que, em 2013, completou 25 anos de dedicação profissional à SBA. A presença de associados, familiares e alguns convidados foi brindada em um jantar de congraçamento servido logo após a cerimônia, que contou com a alegria e a descontração de todos. Alguns momentos da cerimônia podem ser conferidos por meio de fotos destacadas, assim como a irreverente homenagem prestada ao presidente dr. Sylvio Lemos, quando 24 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 SBA | Notícias ‘ O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. mencionou seu time de coração (veja pelo canal YouTube, http://www.youtube.com/watch?v=zf9z90mBMVk). medos e receios, conto com esta Diretoria, que, não duvidem, tem aquela coragem a que se refere o velho Rosa. Transcrição dos discursos, na íntegra. Como cheguei até aqui? Graduei-me em medicina na Escola Médica da Universidade Gama Filho, aqui no Rio de Janeiro, há 33 anos. Fiz minha especialização no Centro de Ensino e Treinamento do Hospital Central do IASERJ e realizei o doutorado no Departamento de Anestesia da Faculdade de Medicina de Botucatu, da UNESP, onde sigo fazendo um pós-doutorado. Dr. Sylvio Valença de Lemos Neto, presidente da SBA 2014 “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.” Guimarães Rosa Dr. Airton Bagatini Presidente do Conselho Superior da SBA, colegas, senhoras e senhores. É exatamente como me sinto hoje, aquecido, solto e totalmente inquieto. Falar que estou feliz e alegre não bastaria. Dizer que tenho medos e receios me parece absolutamente óbvio. Partilhar essa felicidade e alegria, pretendo fazê-lo com cada um de vocês hoje. Para superar os Preciso e devo fazer, neste momento, um público agradecimento ao dr. Francisco Eduardo Sampaio Fagundes, fantástico professor que me apresentou, ainda na graduação, à anestesia como ciência e mudou completamente minha perspectiva de vida médica. Aos queridos doutores Marildo Assunção Gouveia e Gilda Moraes Labrunie, meus mestres na especialidade, meus anjos da guarda na vida profissional, que me mostraram a importância da vida associativa e me adotaram como um filho desde a primeira semana de residência médica. Ao professor doutor Pedro Thadeu Galvão Vianna, meu orientador na pós-graduação, que me acolheu de modo tão fraternal que, mesmo a 700 quilômetros de distância, faz me sentir em casa. SBA SBA | Notícias Notícias Muitíssimo obrigado pelo tempo, pelos ensinamentos, pela paciência e pelo carinho que me dispensaram. Espero, sinceramente, ter feito valer a pena. Meu mais profundo reconhecimento e uma gratidão sem fim. mundo sabe o que é isso, estêncil?). E eu, aprendiz de feiticeiro, ia junto. O mimeógrafo tinha uma tal flauta que entupia, alguém assoprava, a tinta voava e o resultado, além da circular pronta, foram muitas camisas e calças estragadas. Desde a residência frequentava as atividades científicas da SAERJ. Entretanto, somente a partir de 1985 comecei a frequentar as assembleias, levado pelos amigos Carlos Alberto Pereira de Moura e Jorge Ronaldo Moll, então membros da Diretoria da SAERJ. Não tinha mais jeito. O bichinho tinha me picado e eu estava definitivamente contaminado pela mesma doença daqueles caras. Ingressei em 1987 como tesoureiro na Diretoria de minha querida SAERJ, presidida pelo dr. Marcos Botelho da Fonseca Lima. Fui secretário na gestão seguinte, do dr. Jorge Ronaldo Moll, e cheguei à Presidência em 1991, ano em que realizamos o XXI Congresso Latino-americano de Anestesiologia no Rio de Janeiro. Era o auge do movimento de descredenciamento dos convênios no Rio de Janeiro, iniciado por Newton da S. Carvalho Leme, e, àquela altura, liderado pelo então presidente da SAERJ, que se tornaria um amigo querido, dr. Icaro Roldão Chaves de Barros, e eu fiquei absolutamente fascinado por aquela aglutinação de pessoas, pelos debates, pelo desprendimento de todos em busca de uma situação que fosse melhor ou mesmo ideal para o anestesista do estado do Rio de Janeiro. Os caras eram uns alucinados. Saíam das assembleias tarde da noite e, dependendo da importância ou da urgência em divulgar as deliberações aprovadas, iam para a sede da SAERJ, na Rua das Marrecas, para datilografar e rodar o estêncil (todo Nesse mesmo ano, participei, pela primeira vez, de uma diretoria da SBA como secretário-geral, tendo sido, em sequência, tesoureiro e vice-presidente da SBA. Atuei em sete diretorias, tive um grande aprendizado, fiz grandes amigos, como os presidentes Icaro Roldão, Paulo César Medauar Reis e Antônio Leite Oliva Filho. Não cheguei à Presidência. Destino. Talvez não estivesse devidamente preparado ainda. Mas o fato é que, como nos ensinou Fernando Sabino, “No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim”. A grande quantidade de amigos conquistados neste Brasil afora, através da atividade associativa, não permitiu que me afastasse em nenhum momento da SBA. Eles foram, e são, uma fonte inesgotável de renovação de ideias e energia. Não tenho como nominar cada um, mas agradeço a imerecida deferência e o carinho paternal que me dedicaram os drs. Leão João Pouza Machado e Valdir Cavalcanti Medrado – espero tocar cada um de vocês. E, assim, em 2009, retornei à Diretoria da SAERJ sob a presidência do dr. Sérgio Luiz do Logar Mattos. Esse retorno se deu através da atuação de, basicamente, quatro pessoas: os drs. Sérgio Logar, Samuel F. da Fonseca Gelli, Helton José Bastos Setta e Carlos Eduardo Lopes Nunes (Cadu). Vocês não sabem a felicidade que me proporcionaram. Minto, vocês sabiam. Tanto que, em setembro de 2009, o Cadu me convidou para fazer parte da chapa que ele estava estruturando para a Diretoria da SBA em 2010. Melhor impossível! Nova trajetória, secretaria-geral, tesouraria, vice-presidência. Muito trabalho, novos amigos: Nádia, Mariano, Bagatini. Novas ferramentas de gestão – ISO 9001:2008, planejamento estratégico, Notícias | 25 metas, painel de bordo. Globalização, digitalização, informação online, comunicação idem. Gente, tudo diferente de minha passagem anterior pela Diretoria da SBA. Definitivamente, a SBA partira para uma gestão empresarial! Claro, 13 anos se passaram. Que belo trabalho fora feito por aquelas diretorias! No entanto, se a gestão era empresarial, a SBA não era, não é e, creio eu, jamais será uma empresa. Permanecia aquilo que sempre foi o nosso diferencial a doação, a preocupação com a coletividade, a obsessão com o interesse do anestesista e a representatividade da categoria médica. Permanecia a capacidade de se reinventar. De acompanhar e antecipar as guinadas do mundo. Diretorias, comissões, comitês, conselhos, diretorias de regionais, responsáveis por CETs, mais de mil pessoas trabalhando e zelando de forma voluntária e, muitas vezes, anônima pelo mercado de trabalho, pela atualização, pela capacitação e pelo bem-estar do anestesista brasileiro e pela segurança e dignidade de pacientes em todo o Brasil. Para realizar tantas coisas, para planejar e executar tantos projetos, só mesmo com a abnegação de nossos funcionários, nossos entusiasmados colaboradores. Conhecem seu trabalho, vibram com ele. Conhecem os donos da SBA, todos nós, os associados. Pasmem, conhecem 26 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 pelo nome, sabem de onde são e onde atuam. Definitivamente, nenhuma empresa tem isso. Somos mais de 10.300 associados. Crescemos gradualmente a cada ano. Ao reafirmar a grandiosidade de nossa sociedade, entendemos que a grandeza nunca é dada. Ela deve ser conquistada. Nossa jornada nunca foi de atalhos ou de aceitar menos. Nunca foi a trilha dos inseguros, dos que preferem descansar a trabalhar. Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com os quais os enfrentamos podem ser novos. Mas aqueles valores dos quais nosso sucesso depende – trabalho duro e honestidade, coragem e justiça, tolerância e transparência, união e perseverança –, essas coisas são antigas. Essas coisas são verdadeiras. Elas têm sido a força silenciosa do progresso ao longo de nossos quase 66 anos de história. As corporações de grande porte, governos entre elas, são responsáveis pelo grosso da publicidade que vemos nos meios de comunicação, e como essa publicidade quase sempre opta não por dar informações sobre o produto, e sim criar uma imagem humana simpática da empresa – imagens de famílias, de bebês, de carinho, de médicos e cientistas com suas roupas brancas –, a população tem certa dificuldade de conciliar SBA | Notícias ‘ ... àquela altura, liderado pelo então presidente da SAERJ, que se tornaria um amigo querido, dr. Icaro Roldão Chaves de Barros o nome de uma corporação com a truculência das atividades que esta desenvolve, a guerra eleitoral, a tropa de vassalos legisladores, o cinismo marqueteiro ou as milícias intelectuais. Creio que isso possa explicar a aceitação obtida pelo “Mais Médicos”, isso e a incredulidade da categoria médica na execução desse projeto anacrônico, truculento, eleitoreiro e demagógico. Estejamos atentos, SBA! A elevação geométrica do número de vagas de residência médica, em anestesia, inclusive, sem preocupação acadêmica ou educacional, associada ao discurso de carência de profissionais, sem abordar distribuição, fixação, condições de trabalho e remuneração, nem a precariedade do vínculo, permite-nos imaginar que, depois do modelo de importação cubano, possa advir um modelo americano de assistência em nossa especialidade, baseado na argumentação simplista que é melhor ter alguém fazendo, ainda que sem formação, do que não ter ninguém. Não repercutiremos as queixas mesquinhas e as falsas promessas, as recriminações e os dogmas desgastados, que, por muito tempo, têm enfraquecido nosso entendimento com o Governo Federal. Entenda-se MEC, Ministério da Saúde e CNRM. SBA Não nos furtaremos a discutir. Com serenidade, como é do meu feitio, mas com firmeza. Buscando sempre o caminho do diálogo e do convencimento, mas sem fugir à responsabilidade de decidir o que julgarmos justo para a anestesiologia, para o anestesista e para a população brasileira. Afinal, como bem disse o notável Graciliano Ramos, “É fácil livrar-se das responsabilidades. Difícil é escapar das consequências de ter se livrado delas”. Desde outubro passado, a Diretoria vem preparando, por meio de reuniões mensais, o Planejamento Estratégico de 2014. Esse trabalho, finalizado em dezembro, foi apresentado ontem aos presidentes de comissões permanentes da SBA e ao editor-chefe da RBA e contém as ações que serão implementadas para alcançar os objetivos estabelecidos pelo Planejamento 2014. Hoje pela manhã o expusemos aos presidentes de regionais para que ele obtenha capilaridade. Capilaridade que apenas e tão somente as regionais podem proporcionar. Seremos parceiros na execução desse planejamento. Pretendo visitar todas as regionais da SBA, conhecer as sedes, as atividades, os associados, participar de reuniões das diretorias. Acredito fortemente que a força e a representatividade da SBA são decorrentes da atuação de suas regionais. SBA | Notícias Notícias Não vou cansá-los discorrendo sobre o Planejamento Estratégico deste ano, mas permitam-me ressaltar alguns pontos que serão alvo de ações: –– A ampliação do Programa Integrar (diminuição do uso de papel), compromisso de responsabilidade social da SBA coordenado pelo secretário-geral dr. Ricardo Azevedo. –– O II Simpósio Internacional de Saúde Ocupacional. –– A elaboração de um projeto, em parceria com a FEBRACAN, de seguro-fomento para profissionais em tratamento de drogadição, sob o empreendedorismo do dr. Fernando Carneiro, diretor do Departamento de Defesa Profissional. Sob a égide do Departamento Administrativo, capitaneado pelo dr. Erick Curi, encontram-se: –– A finalização do projeto de federalização da SBA. –– A preparação da auditoria de manutenção da certificação ISO 9001, já em março. –– O projeto de treinamento e capacitação de nossos colaboradores. No Departamento Científico da SBA, o dr. Getúlio de Oliveira Filho projetou: –– Otimizar o sistema de avaliação por provas da SBA. –– Expandir as ferramentas de ensino e educação continuada de nossos associados. –– Promover ações gerenciais que busquem melhorar o fator de impacto da Revista Brasileira de Anestesiologia. Ah! Vocês ainda não sabiam que a RBA já tem fator de impacto? Pois é, conseguimos! No final do ano passado, essa informação foi divulgada. Consequência do empenho e da obstinação dos editores-chefes e das diretorias que se sucederam desde o primeiro número da revista, em 1951. Portanto, de José Joaquim Cabral d’ Almeida até Mário José da Conceição, de Renato Ribeiro a Airton Bagatini, nosso respeito e admiração. Evidentemente, nada disso ocorrerá se não tivermos a atuação atenta e eficaz de nosso diretor tesoureiro, dr. Sérgio Logar, buscando e garantindo o suporte financeiro para a execução desse planejamento. Não me esqueci de você, não, dr. Oscar Pires, vice-presidente, com quem terei a enorme satisfação de contar para as missões especiais. Você, dr. Oscar, será o “boina verde” da Diretoria, o cara do “BOPE”. Para nos tranquilizar, estimular e clarear nossas decisões, contamos com o aconselhamento, sempre sincero e objetivo, do dr. Airton Bagatini, presidente do Conselho Superior. Notícias | 27 SBA SBA | Notícias Notícias Finalizando, afirmo-lhes que toda a minha energia produtiva está direcionada para a SBA. desperdiçar. Como dizia o sambista, “sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu!” para a Sociedade Brasileira de Anestesiologia e para a sociedade em geral. Tenho, como sempre tive, uma forte estrutura familiar que me suporta e auxilia. Recebo afeto, amor, carinho, críticas e incentivos de cada um deles. Caros amigos, a sociedade como um todo, com seu caráter tecnicista e sua cultura midiática e internética, multiplicou as possibilidades de prazer, mas tem grandes dificuldades em engendrar alegria. Prazer é coisa dos sentidos. Alegria é coisa do coração. Dessa forma, eu os conclamo para que, esta noite, estejamos todos alegres. Muito alegres! Como eu estou! Vejo aqui o sorriso estampado no rosto de cada um dos senhores, pais, mães, irmãos, esposos, esposas, namorados e namoradas, filhos, filhas e amigos, mostrando o orgulho de fazer parte deste momento de conquista tão sublime em suas vidas. A beleza desta cerimônia mostra a dimensão da emoção que invade nossos corações neste instante. O talentoso e dedicado time que divide comigo a Direção do Hospital do Câncer, aqui representado pelos drs. Luiz Augusto Vianna e Roberto Araújo Lima, aos quais já agradeço antecipadamente a cobertura de minhas ausências. Que Deus abençoe todos nós! Muito obrigado. Aos drs. Vítor Valice e Renata Prá, agradeço o suporte e a tranquilidade que me asseguram no atendimento à clínica privada. Aí me lembro de que fiz anestesia para o Vítor nascer e percebo o significado do caráter inexorável do tempo. Não poderia deixar de citar a amizade, o respeito profissional e a mútua confiança que reveste a relação com os dois cirurgiões com quem divido há mais tempo as salas de operação. Aos drs. Reinaldo Rondinelli e Flávio Assad Garcia agradeço a compreensão e a tolerância. Repeti muitas vezes neste discurso, e estou consciente disso, a palavra amigo. Não poderia ser de outra forma, já que isso é o que a vida associativa nos oferece. Seria pecado 28 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 Dr. Airton Bagatini, presidente da SBA 2013 Senhoras e senhores, boa noite! Cumprimento o dr. Sylvio Lemos, presidente eleito da SBA, em nome do qual cumprimento os demais participantes da mesa. Diretores, Hoje é um dia muito especial para suas vidas, para seus familiares, Sei que é um momento de festa, mas não podemos esquecer que a classe médica foi forçosamente alavancada como a grande vilã da saúde pública no Brasil. Nossos governantes sujaram as mãos manipulando a opinião pública sobre a falta de médicos, psicólogos, fisioterapeutas, respiradores, macas, leitos hospitalares, resumindo: falta de gestão e estrutura. Com essa máscara, nosso povo sofrido e sem condições de obter uma educação merecida foi forçado a aceitar, pela mão forte do Governo brasileiro, que a classe médica é a culpada pelas deficiências da saúde no Brasil. Digo, senhores, a anestesiologia se fez presente nos movimentos, participou de reuniões e assembleias. Infelizmente, o grito da classe médica, que tanto sofre com a “doença SBA SBA | Notícias Notícias da saúde”, perdeu. E como diria o poeta: “E agora, José?” Eu respondo: não podemos ficar de braços cruzados, o momento é de estarmos de mãos dadas em prol de um objetivo comum. Lutando pela saúde e dignidade do brasileiro, geradas, principalmente, pela criação de condições favoráveis para o desenvolvimento da medicina. Momentos bons ou ruins precisam passar, pois novos virão. Vamos comemorar o trabalho, o estudo e as dificuldades vividas nos anos passados; eles nos servirão como aprendizado de vida. Nossos desafios são enormes, mas, nem por isso, intransponíveis. Esperamos também que cada um siga os próprios passos, que trilhe novos caminhos, que ouse, que transforme. Nosso desejo é convidar a todos que participem ativamente para que tenhamos o êxito desejado. Bom... Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, Mas onde estará o palácio se não o fizerem ali? Fernando Pessoa Vocês: Sylvio, Oscar, Fernando, Ricardo, Getúlio, Erick e Sérgio estão aqui, poderiam ser outros? Sim. Mas são vocês que estão tomando posse, vocês que conquistaram este espaço. Tinha a terra vasta e foram vocês que construíram seus castelos. Parabéns! Fiquem felizes, vocês conseguiram! Neste momento, muitas vezes nos esquecemos, como filho que somos, dos que nos ensinaram, dos que nos coordenaram e dos que se preocuparam conosco. Não cometam tal injustiça, por mais pensamentos que poderia ser melhor, e tudo pode ser melhorado! Teve alguém que se preocupou e preparou o caminho para vocês trilharem. Nesses 65 anos de SBA, houve várias diretorias, vários membros de comissões e comitês, vários responsáveis por CET, vários Joões, Marias, Cristinas, ilustres associados anônimos que trabalharam e fortificaram nossa instituição para torná-la reconhecida mundialmente por suas realizações na área de defesa profissional e de educação continuada de seus associados. A SBA, que sempre foi sua casa durante esses anos, que passou por transformações profundas, talvez despercebidas pelos dias de correria e preocupação com a vida privada e associativa, está terminando mais um ciclo. E assim tem que ser, para que um novo se inicie. Lembro que nesse ciclo que se encerra conseguimos medir, analisar, tomar medidas e significar para a comunidade em geral uma entidade exemplar no campo do ensino, da atualização científica, da defesa profissional, da qualidade e da segurança da anestesiologia, com reconhecimento científico mundial. Destaco o acompanhamento do presidente do Conselho Superior, dr. José Mariano de Soares de Moraes, nesse projeto de conquistas nacionais e internacionais. Agradeço também a cada um dos diretores: drs. Sylvio Lemos, Oscar Pires, Fernando Carneiro, Ricardo Azevedo, Sérgio Logar e Fábio Topolski o empenho em nossas vitórias e o apoio nas derrotas. Como um dia foi dito: poderiam nos tirar a sede da SBA. Poderiam nos tirar os recursos financeiros da SBA. Poderiam tentar apagar a história da SBA. Mas se nos deixassem essa equipe de funcionários, coordenados pela impressionante dama Mercedes, nós, em poucos anos, construiríamos tudo novamente: meu muitíssimo obrigado a vocês. Aproveito a oportunidade para agradecer nossos parceiros da indústria farmacêutica e de equipamentos, que, com seu desprendimento, nos Notícias | 29 SBA ajudaram sobremaneira a desenvolver nossos projetos audaciosos. Sylvio, a partir de hoje, você passa a fazer parte do seleto grupo de associados da SBA que atingiu o topo da pirâmide associativa. Você está preparado para desempenhar funções qualificadas. E chamo a atenção de todos os diretores: a liderança é essencial para ascender a um posto de destaque em qualquer organização, seja ela pública ou privada. No mundo globalizado, o conhecimento é essencial, porém, não se contentem apenas com o adquirido até aqui. Essa grande conquista de vocês necessita de outras habilidades que complementem sua formação, como: humanização, ética, senso de coletividade, organização e busca contínua pelo conhecimento. Também nunca se esqueçam da família. Os pais sempre estiveram atentos a essa jornada de vocês. É por isso que eles também se sentem embriagados com a beleza desta solenidade. Toda gratidão é pouca. Neste momento, me lembro aqui da Cassiana, da Nathalia, do Lorenzo e da Luise e, com poucas palavras, mas intensas, agradeço a eles estarem comigo nessa longa jornada ante a SBA. É boa hora de terminar. Desde o discurso de posse de Barak Obama ficou estabelecido que ninguém 30 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 SBA | Notícias Notícias deve falar mais do que 20 minutos. Aliás, em matéria de discursos da Presidência dos Estados Unidos, tenho passado a vida assombrado desde que li o seguinte: George Washington fez o menor discurso de posse na história americana, com apenas 133 palavras. William Henry Harrison fez o maior, com 8.433 palavras, num dia frio e tempestuoso em Washington, D.C. Ele morreu um mês depois, de uma gripe extremamente severa que contraiu naquela noite. Creio que esta seja a maldição que recai sobre os oradores que falam além de seu tempo. Senhores de sangue e de afeto: somos nós que estamos no palco, mas esta noite é de vocês. Aqui se celebra a continuidade de nossa instituição. Um novo ciclo começa para elevar ainda mais nossa SBA a conquistas inimagináveis por causa do trabalho e da criatividade das novas diretorias. Daqui a SBA partirá para conquistar o mundo. Respirem fundo. Diretores: não se esqueçam de serem felizes. Lembrem-se de que a felicidade tem mais a ver com atitude do que com circunstância. Voem alto, mergulhem fundo, encontrem o próprio caminho. Não tenham medo de tentar, de recomeçar, de insistir. O maior naufrágio é não partir. Para mim, toda despedida é uma tristeza; tenho dificuldade de me libertar, mas procuro não perder a noção da insignificância do indivíduo perante a instituição, principalmente uma que se encontra na melhor idade, vive a maturidade de seus 65 anos. O coletivo sempre será mais importante do que a unidade. Tenho que ir. Obrigado pelo apoio e por terem acreditado em meu trabalho. Que o Grande Arquiteto dos Universos nos ilumine. ■ Boa noite! Galeria de fotos SBA Notícias SBA | Notícias Por Oscar César Pires Certificação na área de atuação em Dor e Cuidados Paliativos • A Anestesiologia é uma das especialidades médicas que detêm a prerrogativa de requerer certificação na área de Dor e Cuidados Paliativos, através de concurso realizado pela Associação Médica Brasileira (AMB). Para obter a certificação em área de atuação, faz-se necessário que o médico possua Título de Especialista nas áreas afins como: Dor - Academia Brasileira de Neurologia (ABN); Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (ABMFR); Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA); Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA); Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN); Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Concurso 2013 - DOR - Ana Ligia Bittencourt Yamamura, Gilvandro Lins de Oliveira Jr, Mariana Camargo Palladini, Roberta Cristina Risso, Sanderland José Tavares Gurgel; Para a certificação em cuidados paliativos foram contempladas as seguintes sociedades de especialidades: Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA); Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC); Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM); Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG); Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). No primeiro ano da instituição dessa certificação, a emissão dos certificados ocorreu após a comprovação de critérios definidos por uma comissão estabelecida pela AMB, com representantes das especialidades envolvidas. Concurso 2012 - Paliativa Anestesiologia - Adivanio Cardoso Américo, Antonio Bedin, Breno José Santiago Bezerra de Lima, Emily Santos Montarroyos, Fernanda Bono Fukushima, Flavia Claro da Silva, Giselane Lacerda Figueredo Salamonde, Glauco Facão Acquati, Guilherme Antonio Moreira de Barros, Inês Tavares Vale e Melo, João Batista Santos Garcia, Liane Carvalho Brito de Souza, Lilian Hennemann Krause, Lucia Miranda Monteiro dos Santos, Marcos Aristoteles Borges, Maria Salete de Angelis Nascimento, Mario Tadeu Waltrick Rodrigues, Mirlane Guimarães de Melo Cardoso, Teresa Neumann Sampaio Bezerra, Zemilson Bastos Brandão Souza. Até 2012, a emissão do Certificado de Atuação na Área de Dor, ocorria após realização de provas elaboradas pelas sociedades de especialidades envolvidas, e encaminhamento à AMB da lista dos aprovados. A partir de 2013, a AMB assumiu a realização das provas para a emissão do Certificado de Atuação na Área de Dor e Cuidados Paliativos, retirando essa incumbência das sociedades de especialidades. Nessa nova determinação, todos os colegas que almejam certificação nestas áreas, inscrever-se no concurso elaborados pela comissão presidida pela AMB, composta por representantes das sociedades envolvidas, sendo os pré-requisitos para a inscrição: um ano de especialização (2.800 horas) em serviço reconhecido pela sociedade de especialidade, um ano de residência médica na área de certificação ou dois anos de atividade comprovada na área. O edital da AMB foi publicado e que se o concurso seja marcado no mês de novembro. Porém, alterações no edital poderão ocorrer e serão amplamente divulgadas pela SBA. Nesse sentido, a SBA estará atenta às possíveis modificações dos critérios, e os interessados devem estar atentos às divulgações da SBA. ■ Notícias | 31 SBA Notícias SBA | Notícias Por Oscar César Pires * Uso da Biblioteca virtual – Clinical Key • Ao longo dos anos, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia não tem medido esforços para deixar o associado atualizado e, para isso, publica, regularmente, pelo menos, dois livros por ano e coloca à disposição aulas em seu portal, além de manter contratos de elevado custo com representantes de editoras para oferecer a seus associados o mais abrangente número de periódicos em anestesiologia e áreas correlatas. Entendemos que o aprimoramento científico é nossa prioridade. Detectamos que, alguns colegas, na ansiedade de, por algum motivo, Grafico 2: Buscas por tipo de conteúdo: 32 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 não mais poder contar com tais produtos, acabam por baixar elevada quantidade de arquivos para seu computador pessoal. Embora aqueles de propriedade intelectual da SBA possam ser baixados, os contratos assinados entre a SBA e os editores para o acesso às bases eletrônicas de dados estabelecem restrições de uso e respeito à propriedade intelectual e vedam o acesso aos materiais de maneira que infrinja os direitos autorais a eles relativos. Como copiar, baixar ou tentar baixar porcentagens elevadas de publicações ou até mesmo publicações inteiras e utilizar de mecanismos de cópia direta de base de dados, como utilitários de cópia de site ou robôs de pesquisas/capturas sequenciais, são práticas que configuram pirataria e que podem resultar em ações judiciais e na interrupção do acesso pelo editor, causando prejuízos a todos os anestesiologistas brasileiros, é importante que cada anestesiologista acesse o site de modo responsável e usufrua do material à disposição de maneira prudente para não incorrer em tais práticas. ■ * O autor é vice-presidente da SBA. SBA SBA | Notícias Notícias 38ª JONNA - Jornada Norte-Nordeste de Anestesiologia • O Ceará vai sediar a 38ª JONNA, um evento que está sendo organizado pela Sociedade de Anestesiologia do Estado do Ceará (SAEC), com o apoio da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Programação Quinta - Feira 27/03/2014 08:30 - 12:30 Sala 01 - Workshop de anestesia Sala 02 - Melhor forma de conduzir 10:30 - 11:00 - Coffee Break 15:30 - 16:00 Sala 01 - Uso de drogas vasoativas. Sala 02 - Anestesia geral com 11:00 - 11:30 Sala 01 - Paciente com insuficiência hipotensão na gestante. desflurano. Sala 02 - Fórum Febracan. 16:00 - 16:30 - Coffee Break. 11:30 - 12:00 Sala 01 - Pacientes hepatopatas. Sala 02 - Fórum Febracan. 16:30 - 17:00 Sala 01 - Como prevenir distúrbios cognitivos nos pós-operatório. regional guiada por Ultrassom (30 vagas). Valor: R$ 250,00 Sala 02 - Anestesia geral venosa alvo controlada. Como eu faço? Sr. Wendell Martins Fones: (85) 3244-7383 | 9621-7510 [email protected] www. saec.org.br Sexta - Feira 28/03/2014 Inscrições: 14:30 - 15:00 Sala 01 - Fatores impactantes no 09:00 - 09:30 Sala 01 - Repercussões das desfecho transoperatório. drogas anestésicas em situação específicas. Paciente em uso de anticonvulsivantes. - Triple Low influencia no resultado? Sala 02 - Fórum Febracan. Sala 02 - Falando com o especialista 1. - Como conduzir a criança com IVAS. 15:00 - 15:30 Sala 01 - Controle da hipotermia. coronariana. 09:30 - 10:00 Sala 01 - Em pacientes com lesão renal não dialítica. Sala 02 - Fórum Febracan. 14:30 - 15:00 Sala 01 - Como eu faço? - Analgesia através de cateter de nervo periférico. Sala 02 - Dor. - Uso dos gabapentóides na prevenção da dor pós-operatório 15:00 - 15:30 Sala 01 - Avaliação pré-anestésica. Sala 02 - Técnica anestésico e evolução do câncer. 15:30 - 16:00 Sala 01 - Profilaxia de Náuseas e vômitos pós-operatório. Sala 02 - Bloqueio anestésico e neurolíticos na dor crônica. Notícias | 33 SBA SBA | Notícias Notícias 16:00 - 16:30 - Coffe break. 10:30 - 11:00 - Coffee Break 15:00 - 15:30 Sala 01 - Intubação sob sequência 11:00 - 11:30 Sala 01 - Sedação da paciente Sala 02 - Tratamento da dor pósoperatório no idoso. Qual a melhor técnica. Sala 02 - SUGAMADEX, quando eu indico? 17:00 - 17:30 Sala 01 - Controle glicêmico 11:30 - 12:00 Sala 01 - Hiperalgesi com o uso de rápida. transoperatório do diabético. Sala 02 - Dor pós-operatório no paciente com dor crônica. Como abordar? Sábado 29/03/2014 09:00 - 09:30 Sala 01 - Controversas em anestesia. - Posso realizar anestesia regional no paciente portador de lesão nervosa prévia. Sala 02 - Falando com o especialista II. - Manejo da via aérea em paciente com TRM cervical instável. 09:30 - 10:00 Sala 01 - Raquianestesia para mamoplastia. Sala 02 - Acessos venoso guiados por ultrassom. 34 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 obstétrica. É seguro? opióides: Por que? Como prevenir? Sala 02 - Uso de PCA na analgesi pós-operatória. Da teoria à prática. 12:00 - 12:30 Sala 01 - Anestesia no paciente usuária de drogas. Sala 02 - Bloqueios periféricos no trauma e na emergência. Reuniões Associativas SBA 28/03/14 (sábado) - 09:00 h - reunião da Diretoria da SBA com Presidentes de Regionais. - 08:00 h - reunião da Comissão de Ensino e Treinamento com Responsáveis por CET da regiões Norte e Nordeste - 10:00 h - reunião da Comissão de Ensino e Treinamento com Médicos em Especialização da regiões Norte e Nordeste. ■ Venha aproveitar o evento e traga sua família! Há vários motivos para mudar para um dispositivo de via aérea supraglótica de segunda geração. Mas só a nossa palavra não basta. Utilize o seu smartphone e escaneie o código QR sobre a boca do médico para aprender mais sobre essa tecnologia ou visite http://youtube/U-rBypQAfbQ Já não é hora de mudar para a Máscara Laríngea LMA Supreme® ? A aspiração continua sendo uma preocupação primordial na anestesia. Onde a aspiração é um risco, mas a intubação não é indicada, o relatório1 NAP4 recomenda o uso de dispositivos supraglóticos de via aérea (SADs) de segunda geração ao invés de SADs de primeira geração. LMA Supreme® oferece um novo padrão de assistência ao paciente seguindo as recomendações do relatório NAP4, sendo um dispositivo Second Seal™ de uso único, SAD de segunda geração com acesso gástrico e (vedação esofágica) inovadora tecnologia Second Seal™. First Seal™ (vedação orofaríngea) Para mais informações, visite www.make-a-switch.com Referências: 1. 4th National Audit Project of the Royal College of Anaesthetists and the Difficult Airway Society: Major Complications of Airway Management in the United Kingdom. Report and findings: Mach 2011. Editors: Dr Tim Cook, Dr Nick Woodall e Dr Chris Frerk. Teleflex, LMA, LMA Supreme, First Seal e Second Seal marcas comerciais ou registradas da Teleflex Incorporated ou suas afiliadas. Direitos Autorais © 2014 Teleflex Incorporated. Todos os direitos reservados. LA_AN_0145_v1_2014 Telefone +1.919.433.4999 Email [email protected] www.teleflex.com ou www.lmaco.com SBA SBA | Notícias Notícias 49ª JOSULBRA - Jornada Sul-Brasileira de Anestesiologia • A 49ª Jornada Sul-Brasileira de Anestesiologia, será realizada de 11 a 13 de abril de 2014, Centrosul Florianópolis / SC. Programação Preliminar SEXTA-FEIRA - 11 DE ABRIL DE 2014 SALA ARVOREDO 2 Tema: TRAUMA E TERAPIA INTENSIVA Coordenadora: Maristela Bueno Lopes (PR) 08h30 – 08h50 Avaliação e conduta da hemorragia maciça na sala de cirurgia Maristela Bueno Lopes (PR) 08h50 – 09h10 Aumento da PIC X trauma: o que faço? Alexandre Slullitel (SP) 09h10 – 09h30 Acidose hiperclorêmica e suas consequências Jorge Hamilton Soares Garcia (SC) 09h30 – 10h00 Manejo da via aérea no trauma: aspectos importantes Márcio Pinho Martins (RJ) 10h00 – 10h30 - Intervalo – visita aos expositores 10h30 – 11h00 Suporte cardiovascular em pacientes septicêmicos Adílson José Dal Mago (SC) 36 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 11h00 – 11h20 Diagnóstico e tratamento de TEP perioperatório Luiz Fernando Ribeiro de Menezes (RS) 11h20 – 11h40 Prevenção da infecção perioperatória: qual o papel do anestesiologista? Florentino Fernandes Mendes (RS) 11h40 – 12h00 Coagulopatia no paciente politraumatizado. Monitorização e estratégias de manejo Maristela Bueno Lopes (PR) 12h00 - 13h30 - Intervalo para almoço Tema: NEUROANESTESIA Coordenador: Jean Abreu Machado (SC) 13h30 – 13h50 Neurocirurgia com o paciente acordado: indicações e técnica Jean Abreu Machado (SC) 13h50 – 14h10 Manejo atual do trauma raquimedular Ricardo Lopes da Silva (PR) 14h10 – 14h30 Procedimentos neurocirúrgicos na sala de hemodinâmica: o que devo saber? Ronaldo Contreiras de Oliveira Vinagre (RJ) 14h30 – 15h00 FastTrack em neuroanestesia. Quando é possível? Alexandre Slullitel (SP) 15h00 – 15h30 - Intervalo – visita aos expositores 15h30 – 15h50 Fisiologia cerebral aplicada: existe algo novo? Giorgio Pretto (SC) 15h50 – 16h10 Aumento da pressão intracraniana: implicações e manejo Ronaldo Contreiras de Oliveira Vinagre (RJ) 16h10 – 16h30 Monitorização da função e metabolismo cerebral e medular Giorgio Pretto (SC) 16h30 - Abertura oficial - coquetel SALA JURERÊ Tema: ANESTESIA AMBULATORIAL Coordenador: Glauco Facão Acquati (SC) 08h30 – 08h50 Anestesia ambulatorial no paciente idoso e ASA III. É possível? Ranger Cavalcante da Silva (PR) 08h50 – 09h10 Anestesia regional e analgesia regional no paciente ambulatorial: critérios de alta Pedro Paulo Kimachi (SP) 09h10 – 09h30 Náuseas e vômitos pós operatórios. Qual melhor protocolo em pacientes ambulatoriais? Antônio Bedin (SC) SBA 09h30 – 10h00 Apnéia do sono X paciente ambulatorial. O que fazer? Fabiano Tadashi Shiohara (PR) 10h00 – 10h30 - Intervalo – visita aos expositores 10h30 – 11h00 Sedação para endoscopia gástrica e colonoscopia: armadilhas e cuidados Glauco Facão Acquati (SC) 11h00 – 11h20 Profilaxia da trombose venosa em pacientes ambulatoriais Alexandre Carlos Buffon (SC) 11h20 – 11h40 Anestesia geral inalatória X venosa total para pacientes ambulatoriais Fernando S. Nora (RS) 11h40 – 12h00 Terapia antitrombótica X pacientes oftalmológicos ambulatoriais Luiz Marciano Cangiani (SP) 12h00 - 13h30 - Intervalo para almoço Tema: ANESTESIA PEDIÁTRICA Coordenador: Carlos Alberto da Silva Júnior (SC) 13h30 – 13h50 Procedimentos otorrinológicos em pacientes pediátricos: o que importa saber no perioperatório? Emilton Arena Silva Junior (SC) 13h50 – 14h10 Anestesia pediátrica X obesidade infantil Débora de Oliveira Cumino (SP) 14h10 – 14h30 Anestesia pediátrica fora do CC: aspectos importantes para segurança Alexandre Carlos Buffon (SC) SBA | Notícias Notícias 14h30 – 15h00 Efeitos cognitivos pós operatórios da anestesia inalatória em pediatria. O que sabemos até agora? Mário José da Conceição (SC) 15h00 – 15h30 - Intervalo – visita aos expositores 15h30 – 15h50 Hidratação em pediatria: o modelo de Holiday e Segar ainda é o ideal? Marcelo Ferreira (PR) 15h50 – 16h10 Urgências cirúrgicas neonatais: hérnia diafragmática e meningomielocele Mário José da Conceição (SC) 16h10 – 16h30 Medicação Pré Anestésica no paciente pediátrico: como fazer? Débora de Oliveira Cumino (SP) 16h30 - Abertura oficial - Coquetel 10h00 – 10h30 - Intervalo – visita aos expositores 10h30 – 11h00 Manejo glicêmico transoperatório Gastão Duval Neto (RS) 11h00 – 11h20 Cirurgia sobre a coluna: perda visual pós operatória e proteção medular Eduardo Bianchini (SC) 11h20 – 11h40 O que podemos obter através da monitorização hemodinâmica básica? Eric Benedet Lineburger (SC) 11h40 – 12h00 Monitorização da volemia em cirurgias de grande porte Ana Cristina Pinho Mendes Pereira (RJ) 12h00 - 13h30 - Intervalo para almoço SALA JOAQUINA Tema: TEMAS DIVERSOS Coordenador: Eduardo Bianchini (SC) 08h30 – 08h50 PCR: aspectos do último algoritmo Marisa Pizzichini (PR) 08h50 – 09h10 Delirium pós-operatório: fisiopatologia, prevenção e manejo Florentino Fernandes Mendes (RS) 09h10 – 09h30 Monitorização minimamente invasiva da hemoglobina Leandro Sotto Maior Cardoso (SC) 09h30 – 10h00 Anestesia X resposta inflamatória perioperatória. O que sabemos até agora Ana Cristina Pinho Mendes Pereira (RJ) Tema: FARMACOLOGIA Coordenador: A definir 13h30 – 13h50 Desflurano X Sevoflurano. Farmacologia comparada Jurandir Coan Turazzi (SC) 13h50 – 14h10 Sugammadex: farmacologia e necessidade de monitorizar o BNM Fabiano Tadashi Shiohara (PR) 14h10 – 14h30 Dexmedetomidina na anestesia atual: onde usar? Airton Bagatini (RS) 14h30 – 15h00 Reação alérgica no transoperatório: diagnóstico e tratamento Maria Anita Costa Spindola (SC) 15h00 – 15h30 - Intervalo – visita aos expositores Notícias | 37 SBA 15h30 – 15h50 Farmacologia no paciente idoso. O que importa? Ranger Cavalcante da Silva (PR) 15h50 – 16h10 Colóides X cristalóides: solução mais próxima do fim? Gastão Duval Neto (RS) 16h10 – 16h30 Anestesia venosa alvo controlada com propofol e remifentanil. Qual modelo farmacocinético seguir? Ricardo Francisco Simoni (SP) 16h30 - Abertura oficial - Coquetel SÁBADO - 12 DE ABRIL DE 2014 SALA ARVOREDO 2 Tema: MANHÃ DOS RESIDENTES Coordenador: Jorge Hamilton Soares Garcia (SC) 08h30 – 09h00 Via aérea: diagnóstico e manejo Márcio Pinho Martins (RJ) 09h00 – 09h20 Hipotermia perioperatória: prevenção e conduta Abel Fernando Rech (SC) 09h20 – 09h40 Como utilizar e pesquisar a base de dados da SBA A definir 09h40 – 10h00 Farmacologia clínica dos anestésicos locais Pablo Escovedo Helayel (SC) 10h00 – 10h30 - Intervalo – visita aos expositores 38 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 SBA | Notícias Notícias 10h30 – 11h00 Interpretando gasometria arterial e venosa no transoperatório Glauco Facão Acquati (SC) 11h00 – 11h20 Fisiologia respiratória. Aplicações clínicas Marisa Pizzichini (PR) 11h20 – 11h40 Ventilação mecânica no transoperatório (Pressão X Volume, PEEP, riscos e benefícios) Fábio Amaral Ribas (RS) 11h40 – 12h00 Como ler e usar revisões sistemáticas Jorge Hamilton Soares Garcia (SC) 12h00 - 13h30 - Intervalo para almoço Tema: OBSTETRÍCIA Coordenador: Giovani de Figueiredo Locks (SC) 13h30 – 13h50 Conduta na punção inadvertida da dura-máter durante a assistência ao trabalho de parto Raquel da Rocha Pereira (SC) 13h50 – 14h10 Síndrome de HELLP: como avaliar a possibilidade de realizar anestesia regional? Ricardo Vieira Carlos (SP) 14h10 – 14h30 Reanimação fetal intrauterina durante analgesia de parto Marcelo Abramides Torres (SP) 14h30 – 15h00 PCR na gestante: como devemos agir? Giovani de Figueiredo Locks (SC) 15h00 – 15h30 - Intervalo – visita aos expositores 15h30 – 15h50 Manejo perioperatório da gestante durante cirurgia não obstétrica Tolomeu Artur Assunção Casali (MG) 15h50 – 16h10 Emergências obstétricas: o que todo anestesiologista deve saber? Marcelo Abramides Torres (SP) 16h10 – 16h30 Uso do US e ecocardiografia transoperatória em anestesia obstétrica Giovani de Figueiredo Locks (SC) 16h30 – 17h00 Assistência farmacológica ao trabalho de parto Raquel da Rocha Pereira (SC) 17h00 – 17h30 Anestesia regional. Implicações e impacto sobre o aleitamento materno Ricardo Vieira Carlos (SP) SALA JURERÊ Tema: ANESTESIA CARDIOVASCULAR E TORÁCICA Coordenador: Eric Benedet Lineburger (SC) 08h30 – 08h50 Entendendo e indicando os monitores não invasivos de débito cardíaco Marisa Pizzichini (PR) 08h50 – 09h10 Anestesia para RM: FastTrack X Ultra FastTrack Kleber Machareth de Souza (MS) 09h10 – 09h30 Pré condicionamento cardíaco: evidências atuais Paulo Armando Ribas Junior (PR) SBA 09h30 – 10h00 Diagnóstico e tratamento de complicações cardíacas no perioperatório Ricardo Lopes da Silva (PR) 10h00 – 10h30 - Intervalo – visita aos expositores 10h30 – 11h00 Ventilação monopulmonar no século 21. Como fazer? Fábio Amaral Ribas (RS) 11h00 – 11h20 Ecografia transoperatória em cirurgia cardíaca Kleber Machareth de Souza (MS) 11h20 – 11h40 Proteção cerebral em cirurgia cardíaca Eric Benedet Lineburger (SC) 11h40 – 12h00 Antiagregantes plaquetários e anticoagulantes X manejo perioperatório Luiz Fernando Ribeiro de Menezes (RS) 12h00 - 13h30 - Intervalo para almoço Tema: ANESTESIA REGIONAL E DOR Coordenador: Pablo Escovedo Helayel (SC) 13h30 – 13h50 Anestesia regional X IRC e insuficiência hepática: cuidados Juan Carlos de la Cuadra Fontaine (Chile) 13h50 – 14h10 Anestésicos locais de liberação prolongada. Substituto da infusão contínua? Pablo Escovedo Helayel (SC) 14h10 – 14h30 Posso evitar dor crônica futura no transoperatório? Márcia Regina Ghellar (SC) SBA | Notícias Notícias 14h30 – 15h00 Anestesia regional periférica: US, neuroestmimulador ou ambos? Pedro Paulo Kimachi (SP) 15h00 – 15h30 - Intervalo – visita aos expositores 15h30 – 15h50 Novos anticoagulantes X anestesia regional Augusto Key Karazawa Takaschima (SC) 15h50 – 16h10 Analgesia para cirurgia de prótese de joelho: sistêmica, regional ou infiltração local? Diogo Brüggemann da Conceição (SC) 16h10 – 16h30 Metadona para analgesia pós operatória. Qual seu papel? Mário Tadeu Waltrick Rodrigues (SC) 16h30 – 17h00 Intoxicação por anestésico local. Meu hospital deve ter um protocolo para o tratamento? Tolomeu Artur Assunção Casali (MG) 17h00 – 17h30 Opções de tratamento intervencionista para o paciente com dor crônica Breno José Santiago Bezerra de Lima (SC) SALA JOAQUINA Tema: SESSÃO PROJETO CIRURGIA SEGURA Coordenador: Gustavo Luchi Boos (SC) 08h30 – 09h00 “Safe Surgery Project” o que é? Gustavo Luchi Boos (SC) 09h00 – 09h20 Como implementar o protocolo de cirurgia segura no seu hospital? Leonardo Schonhorst (SC) 09h20 – 09h40 Erro de administração de medicamentos: como evitar? Elaine Aparecida Felix (RS) 09h40 – 10h00 Indicadores de qualidade e segurança Airton Bagatini (RS) 10h00 – 10h30 - Intervalo – visita aos expositores SESSÃO “DOIS TOQUES” Coordenador: Adílson José Dal Mago (SC) 10h30 – 10h40 Indução rápida X estômago cheio. Qual relaxante muscular usar? Maria Cristina Simões de Almeida (SC) 10h40 – 10h50 Reversão com Sugammadex é garantia total de proteção de via aérea? Maria Cristina Simões de Almeida (SC) 10h50 – 11h00 Paciente ASA I, tem PCR sem sucesso na reanimação. O que não posso deixar de fazer para defender-me? Jurandir Coan Turazzi (SC) 11h00 – 11h10 É obrigatório no Brasil seguir a resolução 1802 de 2006 do CFM? A definir SESSÃO DEBATE Coordenador: Adílson José Dal Mago (SC) 11h10 – 11h30 O cirurgião plástico insiste em realizar cirurgias múltiplas em Notícias | 39 SBA paciente de risco. Como devo me comportar nesta situação? Adílson José Dal Mago (SC) 11h30 – 11h50 Paciente testemunha de Jeová que assina o termo para não ser transfundido. O que devo fazer se for necessária a transfusão? Vilson Fontana (SC) 11h50 – 12h00 - Discussão 12h00 - 13h30 - Intervalo para almoço Tema: FÓRUM COOPERATIVISMO E VIDA PROFISSIONAL 13h30 – 14h00 As cooperativas de anestesia e inserção no mercado de trabalho – desafio ou solução? Roberto Henrique Benedetti (SC) 14h00 – 14h20 A cooperativa e o setor público Renato Almeida Couto de Castro (SC) 14h20 – 14h40 A cooperativa e os planos de saúde Ricardo Lopes da Silva (PR) 14h40 – 15h00 Relação cooperativa e os cooperados Francisco Alberto de Oliveira Jr. (CE) 15h00 – 15h30 - Intervalo – visita aos expositores 15h30 – 16h00 Importância da FEBRACAN para o cooperativismo Francisco Alberto de Oliveira Jr. (CE) 16h00 – 16h20 Profissionalização da gestão cooperativa Erick Freitas Curi (ES) 40 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 SBA | Notícias Notícias 16h20 – 16h40 Novas modalidades de contratação Ricardo Lopes da Silva (PR) 16h40 – 17h00 Definição do futuro profissional baseado nas âncoras de carreira Jurandir Coan Turazzi (SC) 17h00 – 17h30 Vantagens e desvantagens do trabalho em grupo e associativo Carlos Alberto da Silva Júnior (SC) DOMINGO - 13 DE ABRIL DE 2014 SALA ARVOREDO 2 08h30 – 12h30 WORKSHOP Ultrassonografia Juan Carlos de la Cuadra Fontaine (Chile) 12h30 ENCERRAMENTO SALA JURERÊ 08h30 – 12h30 WORKSHOP Bloqueios em Oftalmologia Luiz Marciano Cangiani (SP) 12h30 ENCERRAMENTO SALA JOAQUINA 08h00 – 08h30 WORKSHOP Via aérea 08h00 / 09h30 - Aulas teóricas: Importância e avaliação da via aérea; Algoritmos de abordagem da via aérea; Preparo para intubação acordado. Palestrante: Antônio Vanderlei Ortenzi (SP) Organizador das estações: Gustavo Nascimento (SP) 09h30 – 10h00 Estações práticas: Posicionamento para IT, bougie, estiletes, trocador de tubo Instrutores: Eric Benedet Lineburger (SC) e Glauco Facão Acquati (SC) 10h00 – 10h30 - Intervalo 10h30 – 11h00 Estações práticas: Supraglóticos I (Aura once, Aura 40, LMA Clássica, tubo laríngeo com e sem canal Supreme, Proseal, i-Gel Instrutor: Ricardo Lopes da Silva (PR) 11h00 – 11h30 Estações práticas: Supraglóticos II (para intubação - Fastrach e Air-Q ) Instrutor: Alexandre Slullitel (SP) 11h30 / 12h00 Estações práticas: Intubação por fibroscopia flexível / Aura-I + A-Scope; videolaringoscópios Instrutores: Maurício Sperotto Ceccon (SC) e Marcos Lazaro Loureiro (SC) 12h00 / 12h30 Estações práticas: Acesso invasivo à via aérea (intubação retrógrada e cricotirotomia) Instrutor: Emilton Arena Silva Junior (SC) 12h30 - Encerramento SALA TAPERA 08h30 – 12h30 WORKSHOP Ensino em anestesiologia 12h30 - Encerramento SBA Notícias SBA | Notícias Por Antônio Fernando Carneiro * Bem-Estar Ocupacional em Anestesiologia • Em parceria com o Conselho Federal de Medicina, Confederação Latinoamericana de Sociedades de Anestesiologia e Federação Mundial de Sociedades de Anestesiologistas, assim como, com a colaboração de renomados especialistas em doenças ocupacionais, a SBA pode realizar um trabalho de valor inestimável, não só para a anestesiologia como também para toda a classe médica. A publicação do livro, “Bem-Estar Ocupacional em Anestesiologia”, vem despertando enorme interesse da classe médica, tanto no âmbito nacional como internacional. Diante das solicitações recebidas que retratam a importância do trabalho realizado, a obra foi disponibilizada no site da SBA, no formato e-book, em área aberta, ou seja, disponível para todos os interessados e não somente aos associados da SBA, entendendo ser esta uma ação de utilidade pública. Providenciamos a tradução de todo livro para o idioma inglês, com novo registro no ISBN desta versão. A publicação na língua inglesa foi disponibilizada também no site da SBA, assim como encaminhada à WFSA para divulgação aos seus associados de todo o mundo, fato este que possibilita uma maior visibilidade mundial da produção científica brasileira. Pelos fatos ora relatados, vimos de público agradecer aos autores de capítulos, que de forma voluntária nos permitiram concretizar esta atividade. É importante salientar que o prin“cipal objetivo do livro Bem-estar ocupacional em anestesiologia é abordar os distúrbios patológicos da situação de bem-estar ocupacional em anestesiologistas, abrangendo desde seu diagnóstico, prevalência e profilaxia até as abordagens terapêuticas, com base em evidências epidemiológicas publicadas na literatura atual, para conscientizar que tais patologias afetam de maneira complexa e, por vezes, gravemente a saúde física e psíquica, as crenças pessoais e as relações sociais do anestesiologista. Por outro lado, evidencia sua direta correlação com a segurança dos pacientes anestésico-cirúrgicos submetidos a seus cuidados clínicos. Seu conteúdo foi desenvolvido em quatro sessões básicas: ––princípios e fundamentos em saúde ocupacional; ––responsabilidades institucionais com o bemestar ocupacional de médicos (anestesiologistas); ––riscos biológicos e saúde ocupacional; ––aspectos interdisciplinares na saúde ocupacional. Com base nas considerações anteriormente descritas, este livro visa estimular o desenvolvimento de ações efetivas por parte das entidades mundiais e regionais envolvidas com a anestesiologia, em prol do controle da saúde ocupacional dos anestesiologistas e da segurança dos pacientes anestésico-cirúrgicos. ” Gastão F. Duval Neto Presidente do Comitê de Saúde Ocupacional da SBA e Chair of the Occupational Wellbeing of WFSA A Sociedade Brasileira de Anes“tesiologia, Conselho Federal de Medicina, Confederação Latinoamericana de Sociedades de Anestesiologia e a Federação Mundial de Sociedades de Anestesiologistas, realizaram trabalho conjunto, disponibilizando assim para a classe médica, a obra Bem-Estar Ocupacional em Anestesiologia Notícias | 41 SBA que aborda as condições laborais para garantir um elevado grau de segurança e qualidade de vida no trabalho, alertando sobre a necessidade imperiosa da proteção da saúde dos médicos, ensinando a promover o bem-estar físico, mental, social e moral; bem como a prevenção, detecção, condutas de abordagem/tratamento e controle dos acidentes e/ou doenças decorrentes da prática da medicina, possibilitando assim a redução das condições de riscos. Esperamos suscitar no leitor o entendimento sobre a necessidade de uma mudança de atitude pessoal, especialmente quanto ao seu comportamento nos hospitais, clínicas e no seu próprio lar; possibilitando assim que o bem-estar proporcione realização profissional, aliada a felicidade pessoal. ” Dr. Airton Bagatini Presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia/2013 “A saúde e o bem-estar ocupacional dos médicos brasileiros são pontos de preocupação do Conselho Federal de Medicina (CFM). Na atualidade, vivemos um tempo de grandes transformações sociais, culturais, econômicas e políticas que impactam diretamente na relação médico-paciente, no modo como fazer medicina e na vida pessoal e 42 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 SBA | Notícias Notícias profissional dos colegas que cumprem sua missão nos hospitais, prontos-socorros, ambulatórios e postos de saúde. difíceis, que ajuda está disponível e que utilizando esta ajuda não será deletério para sua carreira futura; de fato, poderá salvá-la. Este livro e um dos primeiros produtos deste grupo. Os artigos compilados oferecem dados relevantes para a formulação de um diagnostico do problema e apontam caminhos para futuras estratégias de enfrentamento. Num primeiro momento, os anestesiologistas compõem o grupo focal, mas breve se espera estender esses benefícios e serviços gerados pela abordagem a classe médica como um todo. Dr. David J Wilkinson Presidente da WFSA (World Federation of Societies of Anaesthesiologists) ” ” Dr. Roberto Luiz d’Avila Presidente do Conselho Federal de Medicina as pessoas experimenta“rãoTodas estresse durante suas vidas. Estresse, afinal, é concomitante com a vida moderna e seja qual for o seu trabalho, é provável que experimente momentos de estresse extremo. Se adicionarmos a isto o estresse de ser quase totalmente responsável pela vida de alguém, não é realmente surpreendente que muitas pessoas de nossa profissão sucumbam às pressões deste estresse. Esperamos que este livro ajude as pessoas a imaginar que não estão sós ao experimentar tempos Acesse o livro e desfrute do seu conteúdo. Link: http://www.sba. com.br/conhecimento/ebooks. Divulgue aos seus colegas anestesiologistas e também de outras especialidades médicas. Ajude a divulgar esta obra, ajude a ajudar e sinta o orgulho de ter escolhido esta especialidade e, principalmente sinta orgulho de “SER SBA”. * O autor é Diretor do Departamento de Defesa Profissional da SBA SBA SBA | Notícias Notícias Nova Credencial de CET: Instrutor Associado • A Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) encontra-se atualmente representada em 26 Estados brasileiros e, dentre estes, 18 possuem Centros de Ensino e Treinamento (CETs), credenciados, cumprindo assim seu papel na formação de novos especialistas em anestesiologia. A formação é coordenada pela Diretoria da SBA, por intermédio da Comissão de Ensino e Treinamento, utilizando material científico de alta qualidade - Biblioteca Física e Biblioteca Virtual, assim como ferramentas pedagógicas e tecnológicas, desenvolvidas especialmente para seu público interno (CETs). Para a formação do médico anestesiologista é necessário o desenvolvimento de trabalho fundamental de cunho educativo, através dos CETs e seus Responsáveis credenciados, contando para tal com o trabalho dedicado e voluntário, de colegas especialistas denominados Instrutores. Os Instrutores são especialistas qualificados, pertencentes ao corpo clínico das Instituições credenciadas, ou que pelo menos, de forma comprovada, participem de atividades teóricas e/ou práticas, perfazendo pelo menos 48 horas mensais. Até 2013, somente os portadores do Título Superior em Anestesiologia (TSA) poderiam obter credencial de Instrutor emitida pela SBA. Os especialistas não portadores do TSA, mesmo com capacitação comprovada, mesmo que participassem ativamente da formação dos novos especialistas dentro do ambiente dos CETs, não podiam receber a credencial emitida pela SBA. A Assembleia de Representantes em 2013, aprovou para vigorar a partir de 2014, mudança nos tipos de credenciais de Instrutores, passando assim a valorizar o trabalho realizado por colegas de renome, que por inúmeros motivo de ordem pessoal e/ou profissional, não sejam portadores do TSA. Com as alterações aprovadas atualmente os tipos de credenciais são as seguintes: Responsável, Instrutor Corresponsável, Instrutor e Instrutor Associado. Para a obtenção de credencial de Instrutor Associado, faz-se necessário a observação das exigências contidas no Regulamento dos Centros de Ensino e Treinamento e Normas para concessão de credencial de Instrutores de CET, entretanto, permite que colegas de especialidade, não portadores do TSA, possam obter credencial. Entendemos que a aprovação deste tipo de credencial - Instrutor Associado - , após anos de discussões expressa o valor imensurável e reconhecimento, do trabalho de colegas que mesmo sem a titulação não mediam esforços para transmitirem seus conhecimentos aos interessados em nossa especialidade. Este foi mais um avanço nesta trajetória sóbria e muito bem planejada, que realmente tem feito a história de uma sociedade de especialidade que prima pela excelência, eficiência e eficácia, no que faz, como marca de qualidade. Dr. Tolomeu Assunção Casalli Presidente da Comissão de Ensino e Treinamento da SBA Primeira associada a obter a credencial de instrutora associada Dra. Marise Gouvêa Silva, Membro ativo - admissão em 3/7/1991. SBA: A senhora já participava da formação de médicos em especialização vinculados ao Centro de Ensino e Treinamento (CET) mesmo não tendo nenhuma credencial emitida pela SBA? Notícias | 43 SBA SBA | Notícias Notícias Dra. Marise: Sim. Sou colaboradora do CET/UNIRIO, cujo responsável é o Dr. Luiz Carlos Bastos Salles, desde sua concepção e credenciamento. Também trabalho com médicos em formação no CET do Hospital da Piedade, cujo responsável é o Dr. José Abel de Almeida Neto. Respeito ao paciente e ética no trabalho também fazem parte da formação médica, e isso se aprende no dia a dia. Com a criação dessa credencial, a SBA mostrou-se sensível e atenta ao trabalho desses profissionais, prestigiando e valorizando o anestesiologista envolvido no ensino. SBA: Há quanto tempo desenvolve esse trabalho? SBA: O que a motivou a encaminhar seu currículo para análise com vistas ao credenciamento? Dra. Marise: Na realidade, recebi um convite irrecusável do Dr. Luiz Carlos Bastos Salles, responsável pelo CET/UNIRIO, amigo dileto que sempre procurou envolver os profissionais do Serviço de Anestesiologia do HUGG na tarefa de formar os médicos em especialização. Como achei a iniciativa da SBA muito interessante, aceitei o convite e enviei meu currículo para análise. Dra. Marise: O CET/UNIRIO completa 10 anos em 2014. Mas já acompanho médicos em especialização desde 1993, inicialmente no Hospital Municipal Miguel Couto, onde trabalhei por três anos. A partir de 1996, como médica do Ministério da Saúde no CET/Hospital da Piedade e, posteriormente, no CET/UNIRIO do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. SBA: O que a senhora achou da criação da credencial de instrutores associados aos CET/SBA? Dra. Marise: Achei a iniciativa um marco na história da SBA. Os responsáveis e corresponsáveis de CETs sempre precisaram contar com a colaboração dos diversos anestesiologistas das unidades na formação dos médicos em especialização. Esses profissionais são aqueles que “seguram o residente pela mão”, transmitindo sua experiência na sala de cirurgia. 44 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 Esse reconhecimento reforça meu compromisso em compartilhar minha experiência e conhecimento com os médicos em especialização. A notícia de que sou a primeira associada a receber a credencial de instrutora associada da SBA foi uma grata surpresa, e fico feliz por dar início a esse importantíssimo processo de valorização do profissional envolvido no ensino. Por fim, não obstante tudo que foi dito, não poderia deixar de enxergar, nessa oportunidade, uma valorização profissional bastante interessante, se levarmos em conta que a iniciativa está sendo capitaneada por uma instituição digna e que atua em prol de nossa categoria, como a SBA. ■ SBA: Essa credencial possui importância para sua vida profissional ou é apenas uma satisfação pessoal? Dra. Marise: Sem dúvida, meu credenciamento como instrutora associada me trouxe uma grande satisfação pessoal, pois me sinto prestigiada pelo Dr. Luiz Carlos B. Salles e pela SBA, que reconhecem o papel que venho desenvolvendo há muitos anos na formação de novos especialistas. Dra. Marise Gouvêa Silva SBA SBA | Notícias Notícias Informações associativas 1- ANUIDADES 2014 ATIVOS E ADJUNTOS Pagamento até: 30/04/2014: R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais) - valor integral. ASPIRANTES ME1 (ADMISSÃO) R$ 225,00 (duzentos e vinte e cinco reais). Juntamente com a documentação para admissão como membro Aspirante. ME2 E ME3 Até 30/04/2014: R$ 225,00 (duzentos e vinte e cinco reais). Desconto de 50% da anuidade do Membro Ativo. Após o vencimento - 01/05/2014 até 01/10/2014: R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais). O membro Aspirante que não quitar sua anuidade até a data estatutária limite/regulamentar - 30 de abril, perderá o direito ao desconto. ASPIRANTE-ADJUNTO Ingresso e Renovação anual de filiação - R$ 225,00 (duzentos e vinte e cinco reais). Renovação, somente mediante cumprimento do Art. 6º do Regulamento da Admissão de Sócios. ESTRANGEIRO US$ 240,00 (duzentos e quarenta dólares americanos). 2- TAXA DE READMISSÃO ATIVOS/ADJUNTOS R$ 20,00 (vinte reais). Acréscimo ao valor da anuidade, após o vencimento - 30/04/2014: R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais) + taxa de readmissão vigente R$ 20,00 (vinte reais) - totalizando o valor de R$ 470,00 (quatrocentos e setenta reais) - pagamento à vista, após 01/05/2014. 3- PARCELAMENTO ANUIDADES - MEMBROS ATIVOS E ADJUNTOS Até o vencimento da anuidade 30/04/2014, poderá ocorrer parcelamento em até 3 vezes, devendo o vencimento da última parcela coincidir com o da anuidade - 30/04/2014. 1º Vencimento 28/02/2014 2º Vencimento 31/03/2014 3º Vencimento 30/04/2014 A taxa de readmissão e parcelamento, R$ 20,00 cada, serão acrescidas integralmente na primeira parcela da anuidade. 4- ASSINATURA DA REVISTA BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA: Nacional R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais) Internacional U$ 240,00 (dólares americanos) O valor cobrado de anuidade, “corresponde ao reembolso de parte do valor gasto para fornecimento dos benefícios aos associados. ” Não esqueça de que a SBA SOMOS TODOS NÓS. Diretoria SBA Informações técnicoassociativas Datas associativas ELEIÇÕES DIRETORIA E CONSELHO FISCAL - SBA 14/08/2014 à 13/09/2014 inscrição de chapas para eleições da Diretoria e Conselho Fiscal. 14/08/2014 - convocação associados aptos a participarem das eleições Notícias | 45 SBA 13/11/2014 - data limite para recebimento de votos das eleições da Diretoria e Conselho Fiscal na caixa postal - correio em Pernambuco. ASSEMBLEIA GERAL (AG) 14/08/2014 - convocação Assembleia Geral. 15/11/2014 - 11h - Assembleia Geral, eleição da Diretoria, Conselho Fiscal. 15/11/2014 - limite para a regularização, com a SBA e regional, dos membros ativos e remidos que queiram participar da assembleia geral. ASSEMBLEIA DE REPRESENTANTES(AR) 14/08/2014 - entrega de listagem de membros ativos quites com a regional, contendo ano de quitação e matrícula do associado, para cálculo do número de representantes da AR. 15/09/2014 - convocação para a Assembleia de Representantes. 15/09/2014 - limite para regularização associativa dos membros Ativos para indicação como representantes e/ou suplentes de regionais para AR. 10/08/2014 - limite de envio dos relatórios para o Boletim Agenda (diretoria, comissões, comitês, conselhos e RBA). 46 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 SBA | Notícias Notícias 15/09/2014 - divulgação do total de representantes de cada regional para a assembleia de representantes. JABC - 16/08/2014, sábado, 09h 14/11/2014 - até 12h - entrega da lista de representantes e suplentes de suas regionais, a secretaria da SBA, no CBA, pelos presidentes das regionais, . REUNIÕES DA COMISSÃO DE ENSINO E TREINAMENTO COM OS RESPONSÁVEIS POR CET E MÉDICOS EM ESPECIALIZAÇÃO (ME) 15/11/2014 - até 11h - disponibilização das credenciais dos representantes e suplentes para os presidentes de regionais. Com responsáveis: 08h Com ME: 10h 15/11/2014 - 13h - sessão de instalação da AR. JOSULBRA – 15/04/2014 – sábado 15/11/2014 - 13h - devolução, à mesa da AR, da lista de representantes e suplentes, assinada, para a liberação da bancada. JASB – 31/05/2014 – sábado 16/11/2014 - até 17h - disponibilização do material da AR para os presidentes de regionais, na secretaria da SBA, no local do CBA. 17/11/2014 - 13h - sessão de Ordem do Dia da AR. REUNIÕES DIRETORIA COM PRESIDENTES DAS REGIONAIS (convidados: Cooperativas e Febracan) JONNA - 29/03/2014, sábado, 09h JOSULBRA - 15/04/2014, sábado, 09h JASB - 31/05/2014, sábado, 09h CBA - 14/11/2014, sábado, 10h JONNA – 29/03/2014 – sábado JABC – 16/08/2014 – sábado CBA – 14/11/2014 – sábado (somente com responsáveis) Lembrete rápido 30/06/2014 - data limite para os responsáveis finalizarem o relatório anual dos CET. Como efetuar sua inscrição? Concurso TSA escrita e oral - acesse o portal da SBA e siga as instruções para efetuar sua inscrição. Data limite para inscrição no concurso: TSA oral segundo semestre e escrita - 15/08/2014. Concurso para não sócios informações no site da SBA. SBA 1- Confirme no portal da SBA o Regulamento e/ou Edital da prova desejada. 2- Para associados, inscrições exclusivamente pelo portal de inscrições, não serão aceitas inscrições via fax, e-mail ou correio e para não associados, somente pelo correio. 3- Caso não receba a confirmação da sua inscrição ou necessite de maiores esclarecimentos sobre o assunto, favor contatar a SBA - (21) 3528-1050 ou [email protected]. 4- Não haverá prorrogação de prazo para inscrição, assim sendo, não serão aceitas inscrições fora do prazo regulamentar. 5- No dia da prova será exigida como identificação do candidato, a carta de confirmação da inscrição e documento de identidade com foto atualizada. O candidato deverá estar munido de caneta preta ou azul. 6- Data das Provas Escritas: Prova TEA - dia 03/08/2014 Prova TSA - dia 14/11/2014 7- Provas Orais: a distribuição dos dias de realização das provas orais, será efetuada pela ordem de recebimento e pagamento das inscrições, assim sendo, antecipe sua inscrição, caso queira definir logo o dia da prova. SBA | Notícias Notícias Prova Nacional para Médicos em Especialização em Centros de Ensino e Treinamento 14 de dezembro de 2014 ▶ dom i ngo ◀ Horário: 9h às 13h - Os Membros Aspirantes deverão quitar a anuidade da SBA e Regional até a data de vencimento (30/04/2014), podendo usufruir de desconto de 50% do valor de Membro Ativo. a secretaria da SBA, por escrito, pelo(a) Responsável pelo CET até 01/10/2014. Maiores informações, acesse o portal da SBA http://www.sba.com.br - Data limite para pagamento da anuidade de membro Aspirante integral – 01/10/2014 (sem desconto). - Os Membros Aspirantes em situação irregular, não poderão realizar a prova nacional. - A prova obrigatória para médicos em especialização (ME) em CET/SBA - Membros Aspirantes da SBA. - A não realização da prova nacional implica em reprovação do ME. - Solicitações de realização de prova fora da Regional onde o ME encontra-se cadastrado, deverão ser encaminhadas para Olá! Sou o Anestesio! Não vou deixar você esquecer nenhuma data associativa importante. Conte comigo! Notícias | 47 CALENDÁRIO CIENTÍFICO 2014 38ª JONNA - Jornada Norte e Nordeste de Anestesiologia 27 a 29 de março de 2014 Vila Galé Cumbuco - CE 49ª JOSULBRA - Jornada Sulbrasileira de Anestesiologia 11 a 13 de abril de 2014 Florianópolis - SC 1º Congresso de Medicina Perioperatória e 38ª Jornada de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro 24 a 26 de abril de 2014 Windsor Barra Hotel, Rio de Janeiro - RJ 48ª JASB - Jornada de Anestesiologia do Sudeste Brasileiro e 11º COPA – Congresso Paulista de Anestesiologia 29 de maio a 01 de junho de 2014 São Paulo - SP ESA 2014 - European Society of Anaesthesiology Congress 31 de maio a 03 de junho de 2014 Estocolmo - Suécia XXI Jornada Norteriograndense de Anestesiologia e XIII Jornada de Anestesiologia de Mossoró(JAM) 31 de julho a 02 de agosto de 2014 Resort & Hotel Thermas de Mossoró – RN 45ª JABC - Jornada de Anestesiologia do Brasil Central e XXIX Encontro de Anestesiologia Goiás/Distrito Federal 15 e 16 de agosto de 2014 Goiânia – Goiás 26ª JORBA – Jornada Baiana de Anestesiologia 26 a 28 de setembro de 2014 Salvador – Bahia Asa Annual Meeting - 2014 11 a 15 de outubro de 2014 New Orleans, LA - USA 61º Congresso Brasileiro de Anestesiologia 14 a 18 de novembro de 2014 Recife - PE Núcleo SBA Vida: Curso Básico de Ecocardiografia Transesofágica no Intraoperatório (ETI) Módulo II – 12 e 13 de abril de 2014 Módulo I – 09 e 10 de agosto de 2014 Módulo II – 27 e 28 de setembro de 2014 SBA SBA | Notícias Notícias Pesquisa de Satisfação 2013 • A partir de 2013, a meta de satisfação a ser atingida por parte do sócio passou a ser de 90%. Nessa pesquisa realizada ano passado com nossos sócios, 82,02% dos que a responderam revelaram-se satisfeitos em serem sócios da SBA. Com relação aos anos anteriores, não houve diferença, o resultado manteve-se estável. A diferença está na meta, que, com a mudança de 80% para 90%, nos fez ficar aquém do desejado. Isso não será motivo para lamentações, e sim para nos esforçarmos mais para realizar as ações e mudanças necessárias para que o associado fique ainda mais satisfeito em fazer parte de nosso quadro. No ano de 2013 houve um incremento de 694 novos associados, com um índice de fidelização de 94,5%, o que proporcionou um crescimento de 10.221 sócios, em 2012, para 10.488, em 2013. Temos consciência de que poderíamos crescer muito mais. Nosso objetivo é que todo anestesista brasileiro faça parte da SBA. Sabemos que o Brasil é muito grande e que transmitir nossa mensagem e nossas ações para todos é uma tarefa extremamente difícil. Na pesquisa, 71,76% disseram conhecer algum anestesista que não é sócio da SBA. Esse resultado, ao mesmo tempo em que nos deixa preocupados com a massa de anestesistas fora de nossos quadros, nos motiva por saber de nossa capacidade de crescimento e aptidão para alcançar esses profissionais que ainda não se atentaram para a importância do associativismo. Como nas outras pesquisas já realizadas, nossos sócios permanecem satisfeitos com as formas de comunicação utilizadas (82% responderam positivamente). Também mantiveram continuidade os 64,9% que já utilizaram algum serviço oferecido. O mais importante é que, ao utilizar o serviço, 77,8% ficaram satisfeitos com a resposta obtida. A biblioteca virtual continua sendo o serviço mais usado. Quando a SBA passou a ser certificada pela ISO 9001, muitas mudanças aconteceram, como a criação do planejamento estratégico e a continuidade de ações e metas estabelecidas. Mas o sócio não percebeu prontamente essas mudanças, e isso ficou claro nas outras edições da pesquisa. Por isso mesmo algumas ações foram executadas para informar a nossos sócios como essa ferramenta administrativa é importante. Finalmente, nessa pesquisa, 78,9% dos respondentes reconheceram a importância de a SBA possuir a ISO 9001. Os livros e periódicos produzidos pela SBA sempre são bem avaliados, o que prova a qualidade de nossa produção científica e a capacidade de nossos comitês e comissões. E dessa vez não foi diferente: 84,08% dos associados disseram estar satisfeitos com nossas publicações. A SBA recebe todos os dias uma grande quantidade de solicitações e questionamentos por meio de e-mail, telefonemas e correspondências. Dentro de nossas limitações, todas as solicitações deverão ser respondidas. Nessa pesquisa, 46,9% responderam que já fizeram alguma solicitação e 43,66% não ficaram satisfeitos com a resposta obtida. Esse resultado nos dá consciência de que devemos melhorar nossa comunicação com o associado, aumentando a eficiência, qualidade e rapidez das respostas enviadas. Para isso, vamos rever, este ano, toda a nossa estrutura de comunicação, desde a organização do site e o incremento do uso das Notícias | 49 SBA redes sociais até a contratação de uma nova assessoria de imprensa. A comunicação eficiente continua sendo a melhor forma de aproximação com o sócio. Em 2013 foi lançado um livro que continha um estudo sobre a responsabilidade civil do médico anestesista, trabalho importante e inédito entre as sociedades de especialidade no Brasil e que mostrou a realidade jurídica da especialidade. 50 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 SBA | Notícias Notícias Com base nesse tema, foi perguntado se o sócio conhece algum colega que já foi ou está sendo processado por algum evento adverso e 57,6% responderam que sim. Esse resultado serve para nos alertar que esse problema é mais comum do que pensamos e que todo cuidado é pouco quando se trata da segurança do ato anestésico. Pois hoje um evento adverso mal conduzido pode trazer sérias consequências para o profissional médico. Desde que passamos a realizar essa pesquisa, como parte integrante do planejamento estratégico da ISO 9001, ano a ano, o número de participantes vem diminuindo – em 2013 tivemos apenas 640 sócios que a responderam. Isso acaba comprometendo o resultado final. Por isso, em 2014, faremos algumas alterações para tornar o instrumento mais confiável e estimular maior participação do associado. ■ SBA Notícias SBA | Notícias Por Antônio Fernando Carneiro * A responsabilidade civil na anestesiologia • O ato anestésico é de fundamen- tal importância para o sucesso de uma intervenção cirúrgica e, cada dia mais, somos cobrados sobre a responsabilidade inerentes ao ato. Nossas atitudes devem ser precisas durante o procedimento cirúrgico, cabendo-nos decidir sobre o início ou não da cirurgia ou sobre sua interrupção, mediante a observação dos itens de segurança. A SBA, ciente da complexidade do ato anestésico e da possibilidade de ocorrência de eventos adversos, iniciou, em 2012, um trabalho de mapeamento e análise da jurisprudência brasileira relativa à responsabilidade civil do médico anestesiologista. Foram contratados advogados para realizar pesquisa nos tribunais brasileiros, com a finalidade de catalogar e analisar todos os casos que envolvessem quaisquer aspectos relativos à anestesiologia, assim como a responsabilidade civil dos médicos habilitados a praticarem a especialidade. Ao longo de todo o ano de 2013, o trabalho de pesquisa foi realizado, o que permitiu a criação de um banco de dados de valor inestimável, em que foi compilada a mais relevante jurisprudência brasileira existente 1) Transformar esse banco de dados em um livro eletrônico e colocar à disposição dos associados da SBA (link disponível na área restrita aos associados no site da SBA). 2) Todo o material coletado será tecnicamente analisado pela Comissão de Qualidade e Segurança em Anestesiologia da SBA, para posterior divulgação dos resultados aos associados. 3) Meta para 2014 – realizar um levantamento sobre a responsabilidade criminal do anestesiologista. 4) Meta para 2015 – concluir o trabalho com o levantamento da responsabilidade ética do anestesiologista. sobre o assunto, no período compreendido entre janeiro de 2003 e junho de 2013. O resultado obtido com essa primeira etapa da pesquisa gerou as seguintes decisões por parte da diretoria da SBA: Colegas, nosso trabalho é intenso no sentido de zelar por nossa especialidade e, sobretudo, por nossos associados. ■ * Dr. Antônio Fernando Carneiro Diretor do Departamento de Defesa Profissional Notícias | 51 Regionais e Cooperativas SBA | Regionais e Cooperativas SBA Novas Diretorias Executivas de Regionais e Cooperativas- 2014/2015 • Regionais da SBA elegeram e empossaram novas diretorias. Agradecemos a dedicação, o apoio e a competência de cada membro dessas entidades. Juntos trabalharemos para que, cada vez mais, sejamos vistos como pioneiras e referencial de lutas e conquistas, assim como responsáveis pelo alcance de objetivos únicos para a valorização e o desenvolvimento de nossos associados, parceiros e assistidos. Desejamos uma profícua gestão para todos nós! SAERN Presidente: Frederich Marcks Abreu de Góes Vice-Presidente: Marcos Antonio Martins de Mello Secretário: Sebastião Monte Neto Tesoureiro: Francisco Mendes de Oliveira Filho Diretor Social: José Delfino da Silva Neto Diretor Cientifico: Frederico Augusto de Souza Santos Diretor de Defesa Profissional: Ronaldo Fixina Barreto SAEB Presidente: José Admirço Lima Filho Vice-Presidente: Vera Lúcia Fernandes Azevedo Secretário Geral: Fernando Cézar Cabral de Oliveira Filho Primeiro Secretário: Alexandre Chaves Mira Primeiro Tesoureiro: Libório Ximenes Aragão Filho Segundo Tesoureiro: Ana Cláudia Morant Braid Diretor Científico: Lucas Jorge Santana de Castro Alves Diretor De Defesa Profissional: Paulo Cezar Medauar Reis SAMG Presidente: Jaci Custódio Jorge Vice-Presidente: Michelle Nacur Lorentz Primeiro Secretário: Rogério de Souza Ferreira Segunda Secretária: Cláudia Helena Ribeiro da Silva Primeiro Tesoureiro: Rômulo Augusto Pinheiro Segundo Tesoureiro: André Vinicius Campos Andrade Diretor Cientifico: Antônio Carlos Aguiar Brandão Diretor Social: Renato Hebert Guimarães Silva 52 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 SAES Presidente: Dra. Carla Vasconcelos Cáspar Andrade Vice-presidente: Dr. Carlos Eduardo David de Almeida Secretário Geral: Dr. Andre Carnevali da Silva Tesoureiro: Dr. Victor Emanuel Puppin Pinto Diretor Científico: Dr. Paulo Antonio de Mattos Gouvêa Secretário Sul: Dr. Manoel Antonio Freitas Secretário Norte: Dr. Ricardo Pinto Lobato Lopes SADIF Presidente: Dr. José Tadeu dos Santos Palmieri Diretor Administrativo: Dr. Ricardo Jackson de Freitas Maia Vice Diretora Administrativa: Dra. Ellen Muraro Diretor Cientifico: Dr. Yuri Moreira Soares Diretor Financeiro: Dr. Rodolfo Fernando de M. Souza SBA | Regionais e Cooperativas ‘ ... sejamos vistos como pioneiras e referencial de lutas e conquistas SAESP Presidente: Enis Donizetti Silva Vice-Presidente: Marcelo Luis Abramides Torres Primeiro Secretário: Eduardo Helfenstein Segundo Secretário: Luis Henrique Cangiani Primeiro Tesoureiro: Diego Marcelo May Segundo Tesoureiro: José Maria Leal Gomes Diretor de Defesa Profissional: Victório dos Santos Júnior Vice-Diretor de Defesa Profissional: Luiz Candido Borges Barreto Diretor Científico: Carlos Othon Bastos Vice-Diretor Científico: Maria José Carvalho Carmona Diretor de Eventos: Claudia Marquez Simões Vice-Diretor de Eventos: Rita de Cassia Rodrigues SAESC Presidente: Augusto Key Karazawa Takashima Vice-Presidente: Giorgio Pretto Secretário Geral: Rafael Cechet Tesoureiro: Marcos Lazaro Loureiro Diretor Científico: Eric Benedet Lineburger Diretorias eleitas Regionais e Cooperativas | 53 SBA SBA | Prata da Casa Prata da Casa Por José Delfino da Silva Neto * Poesia e Música - A Cura dos Males da Alma • SBA: O que é a sua poesia? Sei lá , eu não sou poeta; a gente é o que faz pra sobreviver. Sou leitor, ouvinte, espectador, músico frustrado. Bem que eu faço por onde as coisas darem certo. Sentei praça na escola de música da UFRN cinco anos, e abandonei pra ser médico. Pra agradar papai. Por mim eu passaria a vida toda deitado numa rede, lendo, vendo filme, ouvindo música, nos intervalos tocando violão. Na verdade, eu como um bom anestesiologista, ponho é as pessoas pra dormir, com tudo que faço. SBA: De onde vem a sua poesia? Não sou eu quem a faz. Ela se faz. Não escrevo sob inspiração. Não sonho e acordo com texto pronto. O que escrevo sai “a frio”. Sofrido como dor de parto, suponho; com cólica que dá e passa sem deixar vestígio. Brinco com as palavras de forma aleatória, procuro explorar os duplos sentidos; tira daqui, bota dali, e de repente parece que aparece algo com lógica. É quando começa o processo consciente. Do meio pro fim , o tema e o ritmo se assumem e o poema termina por si só. Parece, pelo menos me dá a impressão que é isso. Tanto é que quando as pessoas me leem inferem, às vezes, o que nunca me passou pela cabeça. SBA: Há um músico em você, violonista. Ele toca o poeta? Eu não toco, o violão é que se toca , talvez com pena de mim e me compreende. Alguns músicos profissionais, amigos meus, sabem muito bem disso: É só terapia sem plano de saúde. SBA: Poesia e música, é doença ou cura? O melhor em dormir de rede é não ter de responder qual o livro de cabeceira. Talvez, cura. E escrever é o quê ? Já escrevi sobre isso. “ ah as palavras num vai e vem em minha mente se abrem e fecham em copas como lábios como portas como dedos de mãos que vagas imitam em arco envergam-se sobem e descem às folhas de papel se curvam se rendem escrevem e não dizem ...” SBA: Você transpira quando escreve? Claro, sempre: jasmim, mau cheiro; depende; sai sempre da pele suada algo assim. Pouquinho, às vezes, de um jeito maneiro. Essa história de inspiração, acho, é só o inverso da expiração. No que diz respeito aos meus poemas, papo furado. SBA: Publicar é “leiloar a alma”? É mais do que isso. É se desnudar, se expor, é derramar, , extravasar sem controlar o sangue, com prazer e sofrimento , até não dar mais. Em módicas prestações. O mulherio, pelo menos, deve entender ao que me refiro. Trôpego * É que às vezes me sinto bago de fruta azeda caído em teus ombros bêbado mar verde-absinto deserto ardido em chama jardim ao avesso é que às vezes me acho acha em teu corpo acesa atirada em escombros em véspera de cinza. * Prêmio literário Canon de poesia 2008 Acesse o vídeo: http://youtu.be/MbJh0bbxOAY ■ * O autor é médico anestesiologista/RN Prata da Casa | 55 Responsabilidade Social Por Mercedes Azevedo * SBA | Responsabilidade Social SBA Solidariedade, um ato de amor! • Conforme já divulgado em algu- mas edições da Anestesia em revista em anos anteriores, os funcionários da SBA realizam um trabalho social de grande valor. Ao longo de todo o ano, doam, a suas expensas, e ainda arrecadam de amigos e familiares alimentos, roupas, calçados e brinquedos, que doam às pessoas mais desfavorecidas. “Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas, nas mãos que sabem ser generosas. Dar um pouco que se tem ao que tem menos ainda enriquece o doador, faz sua alma ainda mais linda...” (Trecho de música gospel de autor desconhecido) Depoimento dos funcionários “Entendemos que um ato de solidariedade nos permite sentir o prazer do amor ao próximo e nos torna seres humanos melhores. Precisamos continuar acreditando na humanidade, e esse trabalho nos uniu muito mais.” Adelaide Rodrigues, Alcinete Souza, Andrea Sousa, Carla Palmieri, Deize Silva, Elizângela Malvar, Hosenclever Louzada, José Bredariol Júnior, Marcelo Marinho, Marcelo Sperle, Mercedes Azevedo, 56 | Anestesia em revista - Nº 01/2014 Rodrigo Matos, Rosana Manso, Simone Gama e Teresa Libório. Como a quantidade arrecadada é significativa para quem recebe, mas pequena para a distribuição em várias frentes, adotamos o REPARTIR – Associação de Apoio às Crianças do Hospital Jesus, RJ, para receber nossa arrecadação ao longo do ano. Por ocasião das festas natalinas, sempre intensificamos essa ação de solidariedade, contando, inclusive, com o apoio dos membros da Diretoria, por meio de contribuição individual. Com o valor arrecadado em dezembro de 2013 foram adquiridos e doados itens carentes nas cestas natalinas das famílias assistidas pelo Hospital Jesus - REPARTIR, a saber: 10 ventiladores; 1.020 fraldas (tamanhos P, M e G); 10 kg de feijão; 10 kg de arroz; 10 kg de açúcar; 5 kg de macarrão e 5 kg de farinha de mesa. Doações Natal/2013 REPARTIR – um dos amigos, Ziraldo, contribuiu para a associação com a criação da logo que traduz o sonho de repartir, através das ações de assistência e apoio. Conheça o trabalho realizado pelo REPARTIR acessando: http://www.repartir.org.br/ Fábula utilizada por Betinho como metáfora de solidariedade Diz a lenda que havia uma imensa floresta onde viviam milhares de animais, aves e insetos. Certo dia, uma enorme coluna de fumaça foi avistada ao longe e, em pouco tempo, embaladas pelo vento, as chamas já eram visíveis por uma das copas das árvores. SBA | Responsabilidade Social ‘ Fica sempre, um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas,nas mãos que sabem ser generosas Os animais assustados diante da terrível ameaça de morrerem queimados fugiam o mais rápido que podiam, exceto um pequeno beija-flor. Este passava zunindo como uma flecha, indo veloz em direção ao foco do incêndio, e dava um voo quase rasante por uma das labaredas; em seguida, voltava ligeiro em direção a um pequeno lago que ficava no centro da floresta. Incansável em sua tarefa e bastante ligeiro, ele chamou a atenção de um elefante que, com suas orelhas imensas, ouviu suas idas e vindas pelo caminho e, curioso para saber por que o pequenino não procurava também afastar-se do perigo como todos os outros animais, pediu-lhe gentilmente que o escutasse, ao que ele prontamente atendeu, pairando no ar a pequena distância do gigantesco curioso. lá estarei fazendo minha parte para evitar que nossa mãe floresta seja destruída. Em menos de um segundo o enorme animal marchou rapidamente atrás do beija-f lor e, com sua vigorosa capacidade, acrescentou centenas de litros d’água às pequenas gotinhas que ele lançava sobre as chamas. Notando o esforço dos dois, em meio ao vapor que subia vitorioso dentre alguns troncos carbonizados, outros animais lançaram-se ao lago formando um imenso exército de combate ao fogo. Quando a noite chegou, os animais da floresta, exaustos pela dura batalha e um pouco chamuscados pelas brasas e chamas que lhes fustigaram, sentaram-se sobre a relva que duramente protegeram e contemplaram um luar como nunca antes haviam notado. Fonte: http://www.truco.com.br/beijaflor/betinho.html *A autora é gerente administrativa e financeira da SBA e editora da revista Anestesia em revista. – Meu amiguinho, notei que tem voado várias vezes ao local do incêndio. Não percebe o perigo que está correndo? Se retardar a sua fuga talvez não haja mais tempo de salvar a si próprio! O que você está fazendo de tão importante? – Tem razão, senhor elefante, há mesmo um grande perigo em meio àquelas chamas, mas acredito que, se eu conseguir levar um pouco de água em cada voo que fizer do lago, até Responsabilidade Social | 57 '*\'+[\DX`f PAGAMENTO À VISTA 10% DE DESCONTO PA RT I C I P E ! T T E E M M A A S S P P R R II N N C C II P PA A II S S • Anestesia ambulatorial • Anestesia cardiovascular e torácica • Anestesia regional e dor • Farmacologia • Manhã dos residentes • Neuroanestesia • Obstetrícia • Pediatria • Trauma e terapia intensiva W O R K S H O P S | 1 3 . a b r i l . 2 0 1 4 • Bloqueios em Oftalmologia • Ensino em Anestesiologia • Ultrassonografia • Via Aérea Aguardamos Você! PROMOÇÃO REALIZAÇÃO APOIO INSTITUCIONAL APOIO Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Santa Catarina AGÊNCIA OFICIAL ORGANIZAÇÃO www.oceanoeventos.com.br
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