01 JAN 1970 a 01 JAN 1970

PT.13
01 JAN 1970 a 01 JAN 1970
A cidade de Montemor-o-Novo acolheu, entre os dias 29 de maio e 1 de Junho, a 3ª edição da Plataforma Portuguesa de
Artes Performativas (PT.13), evento bianual que se afirmou como a maior mostra do género para programadores
portugueses e internacionais. Um painel de curadores apoiado por um conselho consultivo mais alargado, selecionou 17
projetos, que foram apresentados em 4 diferentes espaços da cidade: os já existentes Cine Teatro Curvo Semedo e
BlackBox, bem como em palcos inteiramente montados para o efeito, nomeadamente a Sociedade Carlista e WhiteBox. A
Plataforma contou, ainda, com um indispensável ponto de encontro entre criadores e programadores, que acontece no
Espaço do Tempo, no Convento da Saudação.
A PT.13 apresentarou alguns dos mais interessantes criadores da cena portuguesa atual. A dança contemporânea foi
representada pelo sólido trabalho de Marlene Monteiro de Freitas, Tânia Carvalho, TOK ᤀ䄀刀吀Ⰰ Sofia Dias & Vítor Roriz e
Victor Hugo Pontes, António Cabrita e São Castro e Luís Guerra; o universo da dança encontra o universo do teatro no
trabalho da Mala Voadora + Miguel Pereira. Ainda no teatro este evento igualmente com obras do Mundo Perfeito, Mónica
Garnel, Cão Solteiro e Teatro Praga. A performance marca a sua presença nas obras de Tiago Cadete, Ana Borralho & João
Galante e Cláudia Dias, assim como nos novíssimos Nulsls ZoBop e Lander Patrick.
Para além de assistirem aos espetáculos, os cerca de 70 programadores, a maioria dos quais vinda do estrangeiro,
tiveram a oportunidade de contactar os criadores, em encontros informais denominados "meet the artist".
A 3ª Plataforma Portuguesa de Artes Performativas foi uma produção d ᤀ伀 Espaço do Tempo, com financiamento do QREN
e Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, e o apoio da DGartes bem como de inúmeros sponsors nacionais e locais.
"Hoje, na sociedade portuguesa, e em particular na cultura, vive-se um dia de cada vez, num clima de incerteza que
afecta profundamente o trabalho dos criadores. No entanto, e fruto da sua resiliência e pujança criativa, a criação
portuguesa encontra-se num momento particularmente rico, enfrentando o desafio dos tempos. Por esta razão, circular
em Portugal e sobretudo internacionalmente, é hoje condição de sustentabilidade, bem como de afirmação de uma
geração de artistas que, apesar das dificuldades, investe na sua linguagem e num constante renovar da pesquisa
criativa.".
Rui Horta.
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