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2010 Revista Multidisciplinar de Iniciação Científica e Engenharia do Conhecimento dos Seminários Eniac Anais dos: Seminários Multidisciplinares das Faculdades ENIAC /Guarulhos SP/Brasil Encontro da Engenharia do Conhecimento das Faculdades ENIAC /Guarulhos SP/Brasil Encontro de Iniciação Científica Fábrica de Artigos R IS O 9001 ISO ENIAC 9001 Educação Básica e Superior Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br A Revista Caleidoscópio - Revista Acadêmica Multidisciplinar de Iniciação Científica e Engenharia do Conhecimento é uma publicação anual da Faculdade ENIAC Tem a Missão de proporcionar reflexões acerca de temáticas acadêmicas relevantes e principalmente ser um veículo de comunicação da iniciação científica para dar publicidade às ideias e pesquisas do mundo atual; ser, de fato, um espaço para publicação de professores pesquisadores e alunos de iniciação científica divulgarem seus estudos e pesquisas. Sem prejuízo de acolhimento e difusão de contribuições da engenharia do conhecimento, este veículo acolhe todos os campos do conhecimento acadêmico e não elege nesta Edição, uma área temática preferencial. Privilegia a multidisciplinaridade e compõe os temas em dossiês - artigos, resenhas e similares, nacionais e internacionais, contribuindo para o debate intelectual. Dentre os objetivos da Revista Caleidoscópio - Revista Acadêmica Multidisciplinar de Iniciação Científica e Engenharia do Conhecimento se destacam: estabelecer-se e consolidar-se como uma referência dos veículos de comunicação e divulgação da Produção de Iniciação Científica da Faculdade ENIAC. Publicar os resultados dos temas previstos e debatidos nas linhas de pesquisa, divulgar informações específicas das diversas áreas da engenharia do conhecimento para alimentar corpo docente e discente da instituição e o publico em geral. A partir dos debates levantar dados estruturais do ambiente acadêmico e empresarial para os quais as pesquisa são direcionadas no processo da formação – a instituição forma para o mercado, seja acadêmico, comercial, industrial, de serviços e outros. Aplicar a teoria na prática - que é o foco do PI – Projeto Integrador da faculdade. Reunir docentes da engenharia do conhecimento, interessados nas linhas de pesquisas pré-estabelecidas em suas áreas, e em desenvolver ideias com os alunos, nas fábricas de artigos, seja presencial em sala de aula, biblioteca ou orientação virtual dos trabalhos acadêmicos. Consagrar-se como ponto de encontro para integrar as áreas da engenharia do conhecimento e evoluir como o próprio sistema ENIAC. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br A II Revista Caleidoscópio 2010 Revista Acadêmica Multidisciplinar de Iniciação Científica e Engenharia do Conhecimento dos Seminários ENIAC publica os: Anais do II Seminário Multidisciplinar 2010 das Faculdades ENIAC /Guarulhos SP/Brasil II Encontro da Engenharia do Conhecimento das Faculdades ENIAC /Guarulhos SP/Brasil II Encontro de Iniciação Científica ENIAC II Fábrica de artigos ENIAC EDITORA: Profa. Dra. Monica Maria Martins de Souza COEDITOR: Prof. Dr. João Carlos Lopes Fernandes EDITORIAL A II Revista Acadêmica Caleidoscópio 2010, considera que apresentar um trabalho em um seminário, encontro, simpósio ou congresso é uma oportunidade de se mostrar, expor pensamentos e publicar seja em revista, jornais ou anais impressos e/ou eletrônicos. A realização deste segundo Seminário ENIAC consolidou a resposta a uma chamada para que professores a alunos aproveitassem a oportunidade revissem os melhores trabalhos, mesmo aqueles do semestre anterior e realinhassem as ideias transformando-as em artigos. A partir desta atitude professores e alunos incorporaram-se ao grupo de Pesquisa, Iniciação Científica e a Fábrica de Artigos que iniciou os trabalhos oficialmente em 2009. Os pesquisadores se reúnem todas as quintas feiras a partir das catorze horas até dezessete na biblioteca, espaço acadêmico reservado da instituição para os estudos e desenvolvimento de trabalhos. Este encontro coroa de êxito o esforço coletivo dos pesquisadores desta instituição de ensino que deseja ver o seu trabalho valorizado e publicado. Este evento representa a vocação natural do corpo docente e discente para a pesquisa e iniciação científica, que aqui sempre existiu, sem se dar conta deste fazer, pois, não era pensada como tal. Sempre esteve inserida na metodologia de ensino e presente no planejamento das aulas - no projeto integrador, multidisciplinar, que instiga aluno e professor a pesquisar, elaborar ideias e construir textos. Este evento acontece anualmente para que as produções intelectuais possam ser compartilhadas principalmente com os pares. As apresentações acontecem no auditório de manha e a noite e as produções em forma de banners ficam expostas no hall da faculdade. As apresentações demonstram o desenvolvimento e a habilidade de alunos e professores em transarem ideias e se comunicar com o público interno e a comunidade do entorno. Como todo evento traduz um esforço coletivo esse não é diferente e contou com o apoio administrativo, acadêmico e esforço pessoal de muitos profissionais convidados. O Professor Francisco Lameiras coordenador do curso de engenharia contou com vários alunos no evento. Parabéns ao mantenedor, Ruy Guérios, pelo plantio de uma semente tão fértil e pela sua equipe que dentre muitos conta com o esforço incondicional dos Diretores: Prof. Daniel José Lopes Jr. e Prof. José Antonio Dias Carvalho, Prof. José Antonio Siqueira Ribeiro e a representante da mantenedora: Neide Oliveira. Homenageados pela comissão organizadora. A Editora e Coeditor Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br COORDENAÇÃO: Profa. Dra. Monica Maria Martins de Souza (PUCSP) Jornalista e Coordenadora de iniciação científica COMISSÃO ORGANIZADORA, DE EDIÇÃO, REVISÃO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA 2010 Prof. Me. Claudinei Senger Jornalista, Advogado, Administrador do Sistema OJS e Diagramador Profa. Rose Delpino coordenadora da Pós-graduação Prof. Mestranda: Neide Oliveira Assessora da mantenedora Profa. Me. Cimara Apostólico (PUC-SP) Revisora Profa. Me. Maria Helena Veloso (USP) Orientadora Profa. Esp. Fátima Sanches (USP) Orientador Revisor Prof. Esp. Mauricio Pedro da Silva (UNG) Revisor e Administradora do Sistema OJS. Prof. Mestrando: Bruno Cesar Prof. Mestrando: Celso Jacubavicius (USP) coordenador técnico e Administrador do Sistema OJS. Prof. mestranda: Janaina Macedo Calvo: Orientadora da Pós-graduação Prof. Me. Ricardo Araujo Camargo (USP) Orientador Profa. Dra Nanci Geroldo (USP) Revisora Profa. Dra. Laura Cruz (USP) Revisora Prof. Dr. Marcos Roberto Celestino (USP) Revisor e Parecerista Prof. Dr. Fernando Almeida (PUCSP) Parecerista Prof. Dr. Marcelo Eloy (PUCSP) Parecerista Prof. Dr. Osmildo Sobral (PUCSP) Parecerista Profa. Dra. Monica Maria Martins de Souza (PUCSP) Jornalista Coordenadora do Grupo de Pesquisa, Iniciação Cientifica e Fábrica de artigos. Administradora do Sistema OJS. Leonardo da Costa Simão - Diagramador COMISSÃO DE ORGANIZADORES ADMINISTRATIVOS Prof. Me. Walter Costa Prof. Me. José Antonio Dias Carvalho Prof. Me. José Antonio Siqueira Ribeiro Elizabete Sella Figueroa Tiessa Vilela Sanchez Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br MESTRE DE CERIMONIAS: Prof. Esp. Mauricio Pedro da Silva (UNG) Prof. Mestrando: Bruno Cesar (UNIP) Prof. Me. Ricardo Araujo Camargo (USP) Prof. Me. Reginaldo ORGANIZAÇÃO GERAL DO EVENTO Profa. Dra. Monica Maria Martins de Souza TRABALHOS APRESENTADOS Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br SUMÁRIO Projeto Coleta Seletiva e Inclusão Social Alan Alan 5-9 Projeto botoeira automatizada para deficiente visual Sebastião Garcia Junior 10-19 Retenção de jovens talentos nas empresas modernas - quem são esses profissionais e o que os motiva a permanecer nas organizações Vânia de Souza Nascimento, Erika Santos, Maria Aparecida 20-28 Campos Análise da participação do colégio ENIAC em competições internacionais de robótica Michelle Martins, José Antonio Dias de Carvalho 29-36 Transitando pelos transistores: a emergência da SulAmérica Trânsito nos rádios paulistanos Bruno César dos Santos 37-44 A influência dos controles internos para melhoria da administração de risco. Edvaldo Campos Mesquita, Ivone Fernanda da Costa, Josenalva Araujo 45-52 de Oliveira, Rogério de Paiva Silva A gestão do tempo na elaboração de trabalhos acadêmicos: oito passos para desenvolver uma pesquisa Itamar Bezerra dos Santos, Ivo César Bonfim 53-58 Avaliação de atendimento ao cliente na prestação de serviços de concretagem Vanessa Abreu Ramos 59-64 Releitura da “Governança Corporativa” no conceito da “Auditoria” Elenilton Rodrigues Guimarães, Leonice Aparecida Savi, Tatiane 65-78 Kaufmann de Moraes, Vanessa de Abreu Ramos Motivação em busca do sucesso: criatividade, você tem? Shimizu Adriano 79-80 Mulheres empreendedoras Claudete Moura da Gama Santos 81-86 Reciclagem e meio ambiente: Pré-requisito para a sustentabilidade Claret Barbosa, Edna Messias, Mônica Maria Martins de Souza Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 87-93 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Debate sobre a documentação da evidência e os programas de auditoria Edilson de Souza Barbosa, Ronaldo Araújo da Silva, Silvio Luiz da 94-107 Silva Bassoto, Wesley Souza Santos Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Anais do II Seminário Multidisciplinar ENIAC Pesquisa 2010 II Encontro Da Engenharia Do Conhecimento Eniac II Encontro De Iniciação Científica Eniac II Fábrica de Artigos PROJETO COLETA SELETIVA E INCLUSÃO SOCIAL SELECTIVE COLLECTION AND SOCIAL INCLUSION PROJECT ______________________ Alan Alan Alan Alan é Pesquisador da Iniciação Cientifica da Engenharia do Conhecimento ENIAC. O Projeto Coleta Seletiva e inclusão social é desenvolvido na Equipe ENIAC. Orientador: Prof. Douglas Reis ______________________ ABSTRACT RESUMO The advancement of current technology allows O avanço da permite constant evolutions in the creations, and the constantes evoluções nas criações, e a trend is to improve the value added to the tendência é melhorar o valor agregado à quality of life of people with disabilities. From qualidade com this, this paper proposes the development of deficiência. A partir disso, este trabalho propõe differentiated dumps for the visually impaired, o desenvolvimento de lixeiras diferenciadas i.e. the project may be viable, presenting para os deficientes visuais, ou seja, o projeto performance and functionality. de tecnologia vida das atual pessoas pode ser viável, apresentar desempenho e funcionalidade. Palavras-chave:: visuais, lixeiras. 5 tecnologia, deficientes Keywords: dumpsters. ALAN, A . Projet o Colet a S eletiv a E Inc lus ão Social . technology, visually impaired, produtos que auxiliam a se locomover, a INTRODUÇÃO comprar produtos, a ler livros e até no mundo O termo deficiência visual refere-se a uma virtual. situação irreversível de diminuição da resposta Depois da criação do braile grande parte de visual, em virtude de causas congênitas ou produtos no supermercado já se encontram hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ com este tipo de escrita, facilitando assim os ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. deficientes visuais. A diminuição da resposta visual pode ser leve, Mesmo moderada, severa, profunda (que compõem o tecnologias essas pessoas, têm dificuldades grupo de visão subnormal ou baixa visão) e em certos momentos, um deles abordados ausência total da resposta visual (cegueira). A neste artigo, em relação ambiental, é a coleta população vem crescendo muito nos últimos seletiva. anos, e com proporção a este crescimento Os cegos não têm como identificar os vem aumentando também o número de símbolos das lixeiras com relação às cores. deficientes visuais, segundo o IBGE (Instituto Para os deficientes, jogar objetos no lixo é um Brasileiro Geografia e Estatística) dentre a ato tão normal quanto o de qualquer outra população total brasileira (pouco mais de 191 pessoa, mas colocá-los nas cestas das cores milhões) milhões certas é um problema. Se houvesse um meio apresentam deficiência visual, e dentro deste que os auxiliasse a identificar as lixeiras, com número 150 mil já se declaram totalmente certeza seria muito bom, tanto para a sua cegos. autoestima, quanto na ajuda ao meio ambiente Esta deficiência dentre as outras vem tendo e a reciclagem. estima-se que 16,6 com todas essas novidades e durante os anos muitas melhoras em seu suporte, hoje já existem inúmeros produtos no O gráfico a seguir mostra a produção de lixo qual são especialmente para este público, no Brasil com dados coletados do IBGE. A população total brasileira produz em média responsável por 6,5% da produção de lixo 45 milhões de toneladas de lixo por ano. O mundial. Desta população que produz o valor país concentra 3% da população mundial e é total de 45 milhões de toneladas de lixo, uma Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br parte possui algum tipo de deficiência visual. fixar na parte superior ou lateral das lixeiras. Aproximadamente 8% desse lixo, ou seja, Este é um método de sinalização pensado, quase 4 milhões de toneladas, é produzido por para que os deficientes visuais possam essas pessoas. identificar as lixeiras. Refletindo acerca desses números é que Eles deverão posicionar a mão sobre a chapa surgiu a ideia de adaptar lixeiras para metálica escrita em braile para identificar a cor deficientes visuais. A ideia consiste em da lixeira e o tipo de material que pode ser escrever em uma chapa metálica, os nomes descartado ali. de cada tipo de lixo e das cores das lixeiras, As chapas escritas para serem fixadas nas em braile. Pegar essa chapa metálica, furar e lixeiras teriam os seguintes dígitos. Essas chapas metálicas seriam produzidas lixo deve ser descartado. A ideia da chapa através metálica de prensamento. Depois de escrita em braile tem várias prensadas, elas seriam fixadas nas lixeiras vantagens. Além de possuir menor custo, as das empresas, das próprias casas e das ruas lixeiras não precisam ser trocadas por lixeiras onde elas já existem. Em geral, são colocadas novas. Elas podem ser fixadas às lixeiras já em transportes coletivos e paradas de ônibus. existentes. Além de possuir vários benefícios, essas Essa chapas metálicas podem ser produzidas a fabricação como de fixação, é simples e de partir de materiais reciclados, diminuindo ainda fácil execução. Não possui muitas etapas, a mais os seus custos. construção não é demorada e o custo não é Uma equipe do curso de engenharia ambiental tão alto. em Belo Horizonte criou uma lixeira que Assim, o projeto pode ser viável, apresentar detecta a presença de pessoas e “fala” qual desempenho e funcionalidade. 7 tecnologia, ALAN, A . Projet o Colet a S eletiv a E Inc lus ão Social . e processo, tanto de Equipes de alunos de outras instituições já tendência é melhorar o valor agregado à criaram vários instrumentos e produtos que qualidade auxiliam e facilitam a vida dos deficientes deficiência, propiciando-lhes um direito que é visuais. deles. O avanço da tecnologia atual de vida das pessoas com permite constantes evoluções nas criações, e a Fonte: imagem produzida no laboratório Eniac elaborado pelo aluno do curso de mecatrônica sob a orientação do Professor Douglas Reis. 2010. 1. Considerações parciais com todos os processos sociais. Como essa população vem crescendo muito nos últimos Relato de pesquisa em desenvolvimento - anos, e com proporção a este crescimento Embora a diminuição visual seja uma condição vem aumentando também o número de comum entre os brasileiros seja uma realidade deficientes visuais, segundo o IBGE, mais de seja leve, moderada, severa, profunda (que 191 milhões. compõem o grupo de visão subnormal ou apresentam deficiência visual, e dentro deste baixa visão) e ausência total da resposta número 150 mil já se declaram totalmente visual (cegueira) Essas pessoas convivem cegos, não existe outra alternativa para Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 Estima-se que 16,6 milhões www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br sociedade empresas e sistema governamental que transformar o mundo para que essas pessoas convivam da melhor maneira possível. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS WWW.abnt.com.br, acesso em 05/08/2010. WWW.ibge.com.br, acesso em 05/08/2010. www.lerparaver.com/, acesso em 05/08/2010. WWW.deficienciavisualsp.com/, acesso em 05/08/2010. WWW.weg.com.br, acesso em 05/08/2010. www.schmersal.com.br acesso em 05/08/2010. 9 ALAN, A . Projet o Colet a S eletiv a E Inc lus ão Social . Anais do II Seminário Multidisciplinar ENIAC Pesquisa 2010 II Encontro Da Engenharia Do Conhecimento Eniac II Encontro De Iniciação Científica Eniac II Fábrica de Artigos PROJETO BOTOEIRA AUTOMATIZADA PARA DEFICIENTE VISUAL KEYPAD FOR AUTOMATED PROJECT VISUALLY IMPAIRED ______________________ Sebastião Garcia Junior. Sebastião Garcia Junior. é Pesquisador da Iniciação Cientifica da Engenharia do Conhecimento ENIAC. Curso Tecnologia Mecatrônica. ENIAC. O Projeto botoeira automatizada para deficiente visual é desenvolvido na Equipe ENIAC GREEN. Orientador: Prof. Ms. Douglas Reis equipamento ______________________ com esta interface homem máquina capaz de indicar todas as etapas de funcionamento e enviar sinais vibratórios RESUMO através de uma botoeira adaptada de tal forma Um sistema automatizado para controlar processos de funcionamento de máquinas e que o deficiente visual possa ter total controle sobre este equipamento com segurança. equipamentos, para possibilitar a inclusão de um deficiente visual em uma planta industrial, Palavras-chave: de tecnologia, deficiente visual. forma segura e prática dotada de equipamento, sistema, tecnologia acessível e de baixo custo baseado na troca de informações da máquina ou Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br deficiência. Os resultados do Censo 2000 ABSTRACT mostram que, aproximadamente, 24,6 milhões An automated system for control of processes de pessoas, ou 14,5% da população total, functioning of machines and equipment, to apresentaram algum tipo de incapacidade ou facilitate the inclusion of a visually impaired in deficiência. São pessoas com ao menos an industrial plant, safely and practice with alguma accessible and low-cost technology based on locomover-se ou alguma deficiência física ou the exchange of information of the machine or mental. equipment with this human machine interface Entre 16,6 milhões de pessoas com algum able to indicate all operating steps and send grau de deficiência visual, quase 150 mil se vibrating signals through a buttonhole adapted declararam cegos. Já entre os 5,7 milhões de in such a way that the visually impaired can brasileiros com algum grau de deficiência have complete control over This equipment auditiva, um pouco menos de 170 mil se safely. declararam surdos. É importante destacar que a dificuldade proporção de de enxergar, ouvir, pessoas portadoras de Keywords: equipment, system, technology, deficiência aumenta com a idade, passando de visually impaired. 4,3% nas crianças até 14 anos, para 54% do total das pessoas com idade superior a 65 anos. A medida que a estrutura da população INTRODUÇÃO está Com o crescimento da população nos últimos anos, esta aumentando também o número de deficientes visuais, conforme aponta o IBGE (Instituto Brasileiro Geografia e Estatística) dentre a população total brasileira (pouco mais de 191 milhões) estima-se que 16,6 milhões apresentam deficiência visual, e dentro deste número 150 mil já se declaram totalmente cegos. Esta deficiência dentre as outras vem tendo durante os anos muitas melhoras em seu suporte, hoje já existem inúmeros produtos no qual são especialmente para este público, produtos que auxiliam a se locomover, a comprar produtos, a ler livros e até no mundo virtual. Depois da criação do braile grande parte de produtos no supermercado já se encontram com este tipo de escrita, facilitando assim os deficientes visuais. Segundo o IBGE No Brasil, 14,5% da população 11 são pessoas portadoras de mais envelhecida, a proporção de pessoas com deficiência aumenta, surgindo um novo elenco de demandas para atender as necessidades específicas deste grupo. Os dados do Censo 2000 mostram, também, que os homens predominam no caso de deficiência mental, física (especialmente no caso de falta de membro ou parte dele) e auditiva. O resultado é compatível com o tipo de atividade desenvolvida pelos homens e com o risco de acidentes de diversas causas. Já a predominância das mulheres com dificuldades motoras (incapacidade de caminhar ou subir escadas) ou visuais é coerente com a composição por sexo da população idosa, com o predomínio de mulheres a partir dos 60 anos. O conceito ampliado utilizado no Censo 2000 para caracterizar as pessoas com deficiência, que inclui diversos graus de severidade na capacidade de enxergar, ouvir e locomover-se, GARCIA , S , J unior. P r ojet o B otoeira A ut omat izada Para D ef icient e Vis ual é compatível com a Classificação Internacional proporção de ocupadas varia entre 27% e de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde 37%. O tipo de deficiência que dificulta mais a (CIF), divulgada em 2001 pela Organização inserção Mundial de Saúde (OMS). deficiência mental: pessoas que no deficiência mercado de trabalho somente 19,3% declararam mental é a das apresentar permanente estão 1. Os estimados 9 milhões de pessoas ocupadas. As outras incapacidades permitem portadoras de deficiência trabalham uma inserção maior no mercado de trabalho: ativamente incapacidade física ou motora (24,1%), dificuldade na audição (34,0%) e dificuldade Quando se trata da inserção de pessoas para enxergar (40,8%). Para quem não portadoras de deficiência no mercado de apresenta nenhuma destas deficiências, a trabalho, proporção de pessoas ocupadas sobe para verifica-se uma proporção de pessoas ocupadas menor neste grupo que no 49,9%. das pessoas sem nenhuma das deficiências Com todas essas novidades e tecnologias investigadas. Das 65,6 milhões de pessoas de ainda sim essas pessoas têm dificuldades em 10 anos ou mais de idade que compõem a certos momentos, o que abordarmos neste população ocupada no País, 9 milhões são artigo, é inclusão de um deficiente visual em portadoras uma linha de produção industrial em geral. de alguma das deficiências pesquisadas. Conforme a Lei de Cotas (Nº 8.213/91) existe A taxa de escolarização das crianças de 7 a desde 1991, e obriga as empresas a reservar 14 anos de idade, portadoras de deficiência é uma parcela de suas vagas para a inclusão de de 88,6%, portanto seis pontos percentuais pessoas com deficiência. A Lei exige que em abaixo da taxa de escolarização do total de estabelecimentos comerciais que tenham de crianças nesta faixa etária que é de 94,5%. 100 a 200 funcionários 2% das vagas sejam Em relação à instrução, as diferenças são reservada para pessoas com deficiência. Para marcantes: 32,9% da população sem instrução as que têm de 201 a 500 empregados, a cota ou com menos de três anos de estudo é é de 3% e, para as que têm de 501 a mil portadora de deficiência. As proporções de cooperados, portadores quando companhias não devem ter menos de 5% de aumenta o nível de instrução, chegando a 10% inclusões. Seu descumprimento pode resultar de portadores de deficiência entre as pessoas em multas, que podem ultrapassar os cem mil com mais de 11 anos de estudo. reais, com embasamento nesta necessidade A proporção de pessoas ocupadas de 10 anos de inclusão social pela empresa, este artigo ou mais de idade é de 51,8% para os homens demonstrara um dispositivo no qual seja portadores de deficiência e de 63,0% para os possível incluir o deficiente visual em uma homens que declararam não possuir nenhuma área de produção industrial. de deficiência caem de 4%. Acima disso, as das deficiências investigadas, ou seja, uma diferença maior que 10%. Diferença semelhante é observada entre as mulheres: a Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br 2. Metodologia do processo que estará sendo executado de forma rápida e segura. As pessoas portadoras de deficiência têm os Metodologia mesmos liberdades funcionamento desta botoeira se dará no fundamentais que outras pessoas e que estes principio da vibração e sinalização sonora, direitos, para poder orientar o deficiente visual quando direitos humanos e inclusive o direito de não ser de funcionamento: submetidas à discriminação com base na o processo estiver sendo executado. deficiência, emanam da dignidade e da Esta botoeira possuirá os seguintes botões: igualdade que são inerentes a todo ser Liga botoeira humano. Bi-manual É sabido que pela falta da visão, o deficiente Emergência visual tem como principal característica a Homing (voltar à posição inicial) potencialização dos outros quatro sentidos, Ativação de alerta sonoro. este artigo verificará a importância O de utilizarmos os outros sentidos que o deficiente Todos os botões estarão com sua identificação possui em todo seu processo de operação, em Braille, em uma posição ergonômica utilizando uma botoeira automatizada, com correta e segura, a máquina será dotada de interface de ligação com o equipamento a ser proteção tipo barreira de luz, onde isentara a operado. possibilidade de inserção de partes do corpo Isso será possível através de uma Botoeira em áreas de risco. As denominações de cada integrada a um micro (CLP) que irá se botão serão feitas em chapa de aço prensada comunicar com a máquina e emitir sinais de com as inscrições em Braille pertinentes a retorno de tal forma que seja possível o cada um, como descrições abaixo as mesmas deficiente visual identificar todas as operações ficarão a frente de cada botão. Dispositivo de controle programável (CLP) WEG Fonte: Imagem produzida pelo autor nos laboratórios das Faculdades Eniac, (2010) 13 GARCIA , S , J unior. P r ojet o B otoeira A ut omat izada Para D ef icient e Vis ual Normas de segurança (aplicadas no Brasil) NBR 14153 Estas normas são aplicadas para o correto Segurança em máquinas - partes de sistemas funcionamento do dispositivo com segurança. de comando relacionados à segurança princípios gerais para projeto. DIN 31001 Configuração técnica de segurança de NBR 14152 produtos técnicos - medidas técnicas de Segurança em máquinas - dispositivos de segurança em locais de perigo. comando bimanuais - aspectos fundamentais e princípios para projeto. ZHI/456 Regras de segurança para chaveamentos bimanuais em prensas de processamento de metais, acionados mecanicamente. Segurança do dispositivo de acionamento (circuito interno do dispositivo) Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Botoeira Modelo de identificação dos botões Liga botoeira 15 GARCIA , S , J unior. P r ojet o B otoeira A ut omat izada Para D ef icient e Vis ual Acionamento bi-manual Emergência Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Voltar à posição inicial Ativar alerta sonoro 3. Fluxograma de funcionamento que está acontecendo com a máquina enquanto esta estiver em produção, esta Este sistema será possível através de vibração acontecerá através de um motor com respostas do processo a ser executado com uma polia desbalanceada fixada em seu eixo. frequências vibratórias geradas na botoeira, O processo de funcionamento da interface de onde comunicação serão estipuladas as etapas do homem está para exemplificado o processo, onde cada uma terá uma frequência deficiente de pulsos vibratórios diferentes, tornando fluxograma de funcionamento do programa possível para o deficiente visual identificar o que será inserido no CLP da botoeira. 17 visual /máquina GARCIA , S , J unior. P r ojet o B otoeira A ut omat izada Para D ef icient e Vis ual no B Acionar botão homing Homing executado início A Posicionamento Para trabalho Emitir frequência de vibração 3 Alimentadores em posição inicial sim nã0 A Confirmado final de ciclo Detectou vibração 3 Emitir frequência de vibração 6 Não B Alimentador Posicionado Emitir sinal sonoro de alerta e retornar a posição inicial não sim Acionar vibração 1 de inicio de trabalho não Dispositivo em ciclo de trabalho não Acionar vibração 1 de inicio de trabalho Ciclo de trabalho terminado Detectou vibração 1 Emitir frequência de vibração 4 Não B Reiniciar ciclo de alimentação FIM Sim Detectou vibração 1 não Detectou vibração 6 Alimentar dispositivo sim Iniciar ciclo não Detectou vibração 4 sim B Retirar péça não Emitir sinal sonoro de alerta e para na posição atual Dispositivo alimentado corretamente NÃO Retirou péça Sim Emitir frequência de vibração 2 SIM Ciclo de trabalho terminado PEDIR AJUDA Detectou vibração 2 Emitir frequência de vibração 5 Sim Inicio de operação não Detecou vibração 5 sim B A Em todo o processo de funcionamento A deficiente visual nunca fique sem uma exemplificado no fluxograma acima, foram informação do que está acontecendo no tomados os devidos cuidados para que o processo, seja ele de forma contínua e sem Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br falhas ou com problemas no decorrer da operação do equipamento. Esta relação de informações de processo se dará com seis tipos de frequências vibratórias distintas e pré-determinadas e um alerta sonoro de emergência para adaptação do deficiente visual ao processo com segurança. 4. Considerações parciais Através do estudo mostrado neste artigo, é possível verificar a viabilidade da unificação de todos os dispositivos e conceitos citados acima para elaborar um dispositivo de controle eficiente e seguro. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS WWW.abnt.com.br, acesso em 05/08/2010. WWW.ibge.com.br, acesso em 05/08/2010. www.lerparaver.com/, acesso em 05/08/2010. WWW.deficienciavisualsp.com/, acesso em 05/08/2010. WWW.weg.com.br, acesso em 05/08/2010. www.schmersal.com.br, acesso em 05/08/2010. 19 GARCIA , S , J unior. P r ojet o B otoeira A ut omat izada Para D ef icient e Vis ual Anais do II Seminário Multidisciplinar ENIAC Pesquisa 2010 II Encontro Da Engenharia Do Conhecimento Eniac II Encontro De Iniciação Científica Eniac II Fábrica de Artigos RETENÇÃO DE JOVENS TALENTOS NAS EMPRESAS MODERNAS - QUEM SÃO ESSES PROFISSIONAIS E O QUE OS MOTIVA A PERMANECER NAS ORGANIZAÇÕES RETENTION OF YOUNG TALENTS IN MODERN COMPANIESWHO ARE THESE PEOPLE AND WHAT MOTIVATES THEM TO REMAIN IN ORGANIZATIONS ______________________ Vânia de Souza Nascimento Erika Santos Maria Aparecida Campos Vânia de Souza Nascimento Formada em Gestão de Recursos Humanos no Centro Universitário Santanna (UniSant’anna), São Paulo, SP. Especialização em curso na Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), em Gestão Estratégica de Pessoas para Alta Performance. Contatos: [email protected] (11) 24213898 e (11) 9357-4685. Erika Santos (UNICID) é Formada em Administração Geral, com certificação em Gestão de Pessoas, pela Faculdade Flamingo, São Paulo/SP. Especialização em curso na Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), em Gestão Estratégica de Pessoas para Alta Performance. Contatos: [email protected] (11) 2042-2867 e (11) 9558-8880. Maria Aparecida Campos (UNICID/ENIAC) ENIAC Guarulhos 2010 é Docente em Psicologia e Gestão de Pessoas, pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) e pela Faculdade Eniac (ENIAC), Guarulhos/SP para cursos de graduação, tecnologia e pós graduação. Mestre em Psicologia Social, especialista em recursos humanos na gestão de negócios e graduada em psicologia. Contatos: [email protected], (11) 84414361, Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br in order of importance for satisfaction and ______________________ personal fulfillment and professional with 31 young. The result found points the favorable RESUMO environment, the remuneration, the democratic Acompanhando a evolução do mercado, as leadership and autonomy as the factors most empresas estão buscando a melhor maneira valued by this generation. de investir nas pessoas, especialmente nos jovens talentos, encontrando dificuldades na Keywords: atração achievement, leadership. e retenção denominado valores e Geração desse Y, atitudes muito novo por perfil strategy, professional possuírem diferentes das INTRODUÇÃO gerações anteriores. A finalidade deste estudo é conhecer estes valores para o alinhamento “... Criamos a época da velocidade, mas nos de interesses mútuos. Para isso, foi realizada sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos uma pesquisa quantitativa com a aplicação de deixado em penúria. Mais do que questionário com dez estratégias para serem máquinas, classificadas em ordem de importância para (CHAPLIN, 1940 - O último discurso). precisamos de de humanidade” satisfação e realização pessoal e profissional com 31 jovens. O resultado encontrado aponta A partir dessa ideia até os dias de hoje, muita o ambiente favorável, a remuneração, a coisa já mudou na configuração do homem- liderança democrática e a autonomia como os máquina. fatores mais valorizados por esta geração. retomou o direito de máquina pensante e, por Esta conseguinte, Palavras chaves: estratégia, realização máquina antes transformou-se na alienada máquina essencial para explorar os novos horizontes que o mundo capitalista desbravou. profissional, liderança. E neste novo cenário percebe-se claramente o quanto a humanidade é determinante para o ABSTRACT funcionamento das máquinas, não apenas a Following the evolution of the market, companies are seeking the best way to invest in people, especially in young talent, finding difficulties in attraction and retention of this new profile called Generation Y, because they have very different attitudes and values of previous generations. The purpose of this study is to know these values for the alignment of mutual interests. For this, a quantitative research was carried out with the application of a questionnaire with ten strategies to be sorted 21 máquina no sentido literal, mas a que movimenta a economia, a política e, também, os negócios e os bons resultados. É o homem quem conquista o sucesso e influencia o ritmo do progresso. Diante do exposto, começamos a compreender o porquê da preocupação com a atração e a retenção de talentos tornou-se uma questão tão discutida no atual cenário do mercado de trabalho. A tecnologia trouxe não apenas a evolução, mas o resgate e a NASC I MEN TO, V. S. ;SA NTO S, E. ; C AMPOS , M. A. R et e nçã o D e J ove ns Ta l en tos Nas E mpr esas Moder nas - Quem S ão Ess es Pr of issionais E O Q ue Os Mot iva A Per manec er N as Or ganizaç ões . valorização do homem que foi chamado à técnicas e comportamentais, mantendo a reflexão por Chaplin, num outro contexto, mas empresa com o mesmo objetivo: libertar-se do julgo desenvolvimento e competitividade. dominante. De maneira gradativa o homem Para isso, a área de recursos humanos vem conquistando o seu posto de ser estratégica tem um papel fundamental neste pensante e, quanto mais ele toma consciência processo, pois é sua a responsabilidade de da sua potencialidade, mais ele assume o traçar papel que por direito, jamais deveria lhe ter organização busca, assim como, adequar as sido tirado, sendo hoje disputado como um suas políticas e práticas às necessidades da talento que se deve conquistar e valorizar empresa e do talento que está contratando. adequadamente. possamos Neste sentido, há algum tempo, já existe a entender esta evolução, daremos um pulo na preocupação para a adequação das práticas história para conhecer o novo perfil do homem, capazes de atrair e reter talentos, pois como já agora não mais máquina e, sim, capital dizia Chiavenato (2003, p. 186): humano em constante processo de ascensão “os social e profissional, para o qual os olhares organização estão remuneração, E para voltados, imprescindíveis como para o que engrenagens sucesso das organizações. em o um perfil processos ritmo do de crescente profissional manter focalizam que pessoas de a na fundamentalmente benefícios, condições de trabalho e gestão de conflitos. Na base está a busca contínua e constante de transformar a organização no melhor lugar para se trabalhar. 1. O Talento e a Importância da Qualidade de vida é fundamental”. Retenção. Chiavenato traz um referencial relevante para Dentre os autores pesquisados, ficou evidente o tema em questão, pois trata especificamente que encontrar o significado de talento não é das estratégias do subsistema de manutenção algo tão simples, porém encontramos em dos recursos humanos, que necessitam ser Michaelis, Handfield e Axelrod (2002 apud reavaliadas e reestruturadas, em harmonia Silva 2006, p. 21), um significado abrangente com as mudanças relacionadas ao capital do termo: “talento é o conjunto de habilidades intelectual, de uma pessoa. Os dons, conhecimento, profissional da nova era. Cinco anos depois, experiência, discernimento, Pedrosa (2005, p. 101 apud FERREIRA, 2008, atitude, caráter e impulsos inatos, e que inclui - p. 74), fundamentado na mesma preocupação, ainda - a capacidade de aprender”. aponta para a importância do RH neste A partir desta compreensão fica mais fácil processo de retenção de talentos ao afirmar encontrar o significado de talento para o que: mundo consequentemente, “o desafio para a empresa é cuidar do entender que a retenção de talentos para a paradoxo de contratar profissionais com perfil organização está diretamente ligada à busca mais aderente à sua cultura, mas que, ao do perfil ideal, ou seja, do profissional que mesmo tempo, possam contribuir para injetar reúna o maior número de competências sangue novo, provocando a revisão das inteligência, corporativo e, Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 que determina o valor do www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br práticas em vigor e a busca por práticas em cargos estratégicos de liderança, inovadoras consistentes com os constantes garantindo a perpetuidade das organizações. desafios que as empresas enfrentam”. Diante destas referências, supõe-se que a importância da retenção de talentos está Este novo perfil profissional é o que as diretamente organizações competências que estes jovens profissionais denominam talento, cujas relacionada ao conjunto de características, segundo Dreher et al. (1999, apresentam, pois: apud FERREIRA, 2008, p. 65) abrangem: “... todo profissional apresenta um perfil de “a capacidade de agregar valor e fazer a competências que compreende competências diferença organizacional técnicas e comportamentais. Se no passado o complexo e imprevisível, (...) mudar e se mercado só tinha olhos para competências adaptar técnicas, em a um novos mundo ambientes, consistente hoje as competências formação acadêmica, ampla visão de mundo, comportamentais tem sido foco de muita cultura geral, capacidade de liderança e de atenção. Antigamente, se o profissional fosse alta performance, sólido conhecimento técnico, tecnicamente competente, além de sensibilidade, intuição, integridade, requisitos para ocupar seu lugar no mercado harmonia consigo mesmo, de trabalho. habilidade de já possuía os Hoje por sua vez, muitos relacionamento, capacidade para trabalhar em profissionais, de todos os níveis, considerados equipe, para exímios tecnicamente, têm sido desligados de adequar-se a um ambiente pluricultural, além suas empresas, porque não perceberam a do bom-humor, do entusiasmo, do prazer, do importância otimismo, da imaginação e da energia para comportamentais e não se adéquam em atuar e fazer acontecer em ambientes de tempo hábil (RABAGLIO, 2001, p. 04)”. confiança e credibilidade das competências negócios competitivos e estressantes”. A empresa que souber valorizar estes Encontrar esses profissionais não é tarefa fácil profissionais terá como parceiro um captador e e o investimento que a empresa precisa provedor de conhecimentos, tendo dentre realizar para conquistar a confiança e o outros benefícios, a diminuição da rotatividade comprometimento destes novos talentos, hoje, e, consequentemente, a redução de custos denominados Geração Y é bem alto e se dá com desligamentos e constantes processos de por meio das perspectivas proporcionadas recrutamento e seleção. pela organização. Perspectivas estas que têm um forte apelo demonstradas com quando implantadas e 2. Geração Y clareza a partir dos programas de trainees que, de acordo com Para entender este novo perfil pertencente à Ferreira (2008, p. 13), “... se apresentam como Era do Conhecimento, cabe um breve resumo uma das atuais práticas da gestão de sobre a divisão das gerações. Segundo Viana pessoas...”, capazes de despertar o interesse e o comprometimento desses jovens talentos, 23 NASC I MEN TO, V. S. ;SA NTO S, E. ; C AMPOS , M. A. R et e nçã o D e J ove ns Ta l en tos Nas E mpr esas Moder nas - Quem S ão Ess es Pr of issionais E O Q ue Os Mot iva A Per manec er N as Or ganizaç ões . 1 análise for comparativa, pode-se considerar foi uma geração orientada a preservar o que foram justamente estes pontos fracos, os emprego e garantir a estabilidade. A geração motivadores de novas perspectivas para o X (1965-1978) foi marcada pela entrada das mercado de trabalho e de tornar esta nova e mulheres no mercado de trabalho, mas ainda intrigante personalidade um grande desafio. seguindo a A insubordinação tende a romper um círculo permanência era o principal objetivo, até que de ações viciadas; a impaciência tende a gerar momentos instáveis da economia causaram a soluções rápidas; o imediatismo tende a quebra desse paradigma. E, por fim, a geração agilizar tomadas de decisão e a infidelidade... Y (1979-1992), que acostumada a viver a Esta ausência dos pais, foi criada por babás ou em organização. Segundo Capelli (2003, p. 94), creches escolas, “os trabalhadores mais jovens, principalmente tornando-se desde cedo independentes e aqueles na faixa dos vinte anos, trazem exigentes, tanto em relação ao seu futuro energia, profissional, como em relação à manutenção conhecimentos técnicos para a força de da sua qualidade de vida. trabalho A fim de conhecer mais detalhadamente a particularmente interessados em definir suas personalidade vem carreiras e em conseguir empregos que os abalando o conservadorismo do empresariado ajudem a avançar para os próximos empregos, mundial, sintetizamos abaixo os pontos fortes (...) sentem-se mais à vontade com mudanças e os pontos fracos destes novos talentos. rápidas...”. (2008), a geração baby boomer (1946-1964) o e, modelo na anterior, sequência, destes onde nas jovens que sim é um frescor de grande e uma os risco para mais empresa, a recentes (...) estão Quadro 1 - Características da geração Y Pontos fortes Pontos fracos Estas características denotam um grau de Flexíveis Inovadores Inteligentes Autoconfiantes Boa aceitação de diversidades e mudanças Insubordinados Impacientes Imediatistas Infiéis exigência e flexibilidade com os quais, no passado, as organizações não se defrontavam, o que as faz verem-se obrigadas a encontrar as melhores estratégias para a atração e a permanência desses talentos que Fonte: Desenvolvido pelas autoras a partir de Amaral podem, como descreveu Amaral (2008, p. 25), (2008, p. 25). “ser leais e quase fanáticos às pessoas e instituições Analisando este quadro, surge o questionamento sobre qual a vantagem de reter pessoas insubordinadas, impacientes, imediatistas e infiéis? Se a análise for feita somente do ponto de vista negativo, realmente que atendam às suas necessidades de significado e propósito.” Diante do exposto, quais seriam os motivos que levam os jovens talentos a permanecer ou a deixar as organizações? No quadro a seguir apontamos algumas possibilidades: não haveria qualquer interesse, porém se a 1 Cabe ressaltar que existem divergências em relação ao ano de nascimento correspondente a cada geração, porém são mínimas e não alteram as suas características peculiares. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Quadro 2 Motivos que levam as pessoas a permanecerem ou a deixarem as organizações Permanecer na organização Deixar a organização Orgulho da organização Mudança no comando da empresa Um supervisor respeitado Conflito com superiores imediatos Remuneração justa Amigos íntimos Associação (a oportunidade de trabalhar com colegas respeitados e compatíveis) Uma mudança desfavorável de responsabilidade do cargo Trabalho significativo Fonte: Desenvolvido pelas autoras a partir de Capelli (2003, p. 99 e 101). A partir deste levantamento obtido por meio da benefícios que os atraem e retêm em uma análise de uma ínfima parcela dos estudos organização, achamos por bem optar pela relacionados o pesquisa quantitativa para obtenção dos influencia positiva ou aspectos mais representativos da população ao assunto, 2 quanto a liderança percebemos negativamente no comprometimento destes em questão. jovens pertinente Os sujeitos da pesquisa não pertencem a uma observar a postura da organização em relação organização ou a um segmento de mercado aos seus gestores, pois, segundo Silva (2006, específico, pois foi levado em conta apenas a p. 61), “torna-se desafiadora e estimulante à faixa etária correspondente à geração Y, implementação da cultura empresarial que considerando os nascidos a partir de 1980. Foi favoreça com utilizado como instrumento de coleta de dados orientação cooperativa e participativa entre os um questionário desenvolvido pelas autoras, líderes e liderados”. apontando dez políticas e práticas como Sendo este estudo direcionado aos jovens estratégias para a retenção de talentos. Estas talentos, suas características e seus anseios, escolhas tiveram como referência a vivência o fator liderança não será abordado de prática maneira mais abrangente, estudados, optando-se por dez sugestões talentos, a tornando-se supervisão nutritiva, nos limitamos e a adaptação dos conceitos apenas a ressaltar a importância do papel do consideradas mais simples e aplicáveis. líder para a implantação e o sucesso de um Nesta pesquisa também foi deixado um programa espaço para que a população pesquisada de retenção de talentos nas organizações. pudesse acrescentar outras estratégias que considerassem relevantes. Foram distribuídos 3. Metodologia 60 questionários, tanto diretamente quanto por e-mail, no qual o pesquisado deveria Tendo em vista que o objetivo deste estudo, classificar as estratégias de acordo com o grau além de conhecer as características da de importância que elas representassem para Geração Y, é também identificar a percepção a desses jovens talentos com relação aos profissional. sua satisfação pessoal e realização Esta classificação foi representada por uma 2 Por esta razão as referências feitas à liderança aparecem em negrito no quadro. 25 escala de 1 a 10, em que o número 1 demonstrava a política mais representativa; o NASC I MEN TO, V. S. ;SA NTO S, E. ; C AMPOS , M. A. R et e nçã o D e J ove ns Ta l en tos Nas E mpr esas Moder nas - Quem S ão Ess es Pr of issionais E O Q ue Os Mot iva A Per manec er N as Or ganizaç ões . 2, uma política menos representativa e, assim, aproximadamente 52%, ou seja, 31 pessoas sucessivamente devolveram o questionário respondido. representava até a o número política 10, de que menor representatividade para ele. O resultado a seguir parte da apuração efetuada com base no maior número de votos em cada classificação (1, 2, 3, até o 10), 4. Apresentação e discussão dos determinando em que ordem de prioridade as resultados políticas e práticas sugeridas são eficientes para atrair e reter esses jovens talentos: Na pesquisa realizada, questionários, do total obtivemos um de 60 retorno de Quadro 3- Tabela de resultados da pesquisa Classificação 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª Políticas e Práticas para Retenção Talentos Ambiente favorável Salário e liderança democrática Autonomia Salário Treinamentos, Benefícios e Feedback Projetos desafiadores Feedback e Premiações Projetos desafiadores Premiações Premiações de Quantidade de votos 13 7 7 6 5 6 5 7 7 8 Fonte: Desenvolvido pelas autoras. Gostaríamos de fazer constar que, dentre as evidente que os anseios desta geração são políticas apresentadas neste quadro, constava muito também “plano de carreira” que, apesar de classificação está representada por 42% dos não aparecer na apuração dos resultados, não respondentes, significa que deixou de ser votada, porém o ultrapassam os 26%. número de votos que recebeu em diversas Diante disto, indicamos como ponto de partida, classificações (10 votos na 1ª; 5 votos na 2ª, quatro 3ª e 4ª; 4 votos na 5ª; e 1 voto na 7ª e 8ª (2003), pois, segundo ele, poderão satisfazer classificação) não superou o número de votos os anseios desses jovens talentos e reter os de outras políticas equivalentes a estas melhores: a primeira é adaptar o trabalho à mesmas classificações. formação educacional e à experiência deles; a Apesar de representar uma minúscula parcela segunda da Geração Y, estes resultados permitem uma profissional para este grupo; a terceira é percepção dos desafios que as organizações liderar por meio do aprendizado e, a quarta é a precisam gestão vencer, começando pelo alinhamento de interesses mútuos, pois ficou Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 diversificados, enquanto estratégias é já as sugeridas incluir participativa, que o a primeira demais por não Capelli desenvolvimento permitindo que eles expressem as suas opiniões. www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Enfim, dentro da primeira sugestão, o autor a propõe sugestões para que a subjetividade das que os líderes conheçam profundamente as qualificações da sua equipe forma como foram redigidas essas autoras não alterasse o seu significado. para tornar estimulantes as tarefas que lhes 5. Considerações Finais são confiadas; na segunda, ele propõe que se dê o suporte desenvolvimento adequado de suas para o carreiras; na Neste estudo em busca da identidade de uma terceira, incentiva o treinamento e programas nova de estágios que propiciem o conhecimento dos ameaçadora para as gerações anteriores propósitos da empresa, o que permitirá ao percebe-se como apontado na discussão dos jovem a resultados, que na verdade, ela é um grande da desafio para as organizações, pois pode organização; e, por fim, ele confirma a tornar-se ameaçadora se for contrariada em importância da aprendizagem organizacional, seus interesses. a partir da troca de informações, aproveitando- Trata-se se da tecnologia para disseminar os diferentes determinada, conhecimentos. conforme apontado por Rabaglio (2001), o E, para finalizar, cabe deixar registrados perfil do profissional da era do conhecimento outros interesses esta deve apresentar não apenas competências população respondente, são eles: simpatia em técnicas, mas também comportamentais e, caso de problemas; trabalho interessante; das habilidades apontadas por ela, podemos clareza materiais dizer que a grande maioria desses jovens necessários para executar o trabalho (bom talentos possui a maioria e, por possuí-las, computador, telefone, material de escritório...); estão ditando as regras da empregabilidade. acesso à liderança; a segurança de não ser No demitido; valorização de suas ideias; colegas apresentadas algumas sugestões para a de trabalho capazes e amigáveis; a empresa eficácia da implantação de um programa de respeitar o horário do funcionário; cuidado com retenção de talentos, portanto, cabe às meio ambiente; tempo para relaxar/exercícios organizações (10 minutos); troca de função (promoção); necessidades e até que ponto estão dispostas palestras, reciclagem; organização no setor; a alterar suas políticas, pois não pode existir o tolerância de horário para quem estuda e faz de conta na relação com a Geração Y, ou ajuda de custo para treinamentos. seja, o que foi prometido tem de ser cumprido. Nota-se que, em alguns casos houve uma Diante disso, vale reforçar que de nada redundância do que já havia sido sugerido, adianta oferecer treinamentos e projetos mas achamos por bem fazê-los constar, por desafiadores, sem oferecer desenvolvimento e considerar a colocação como uma afirmação ascensão profissional, pois se isto ocorrer daquilo que foi considerado representativo, acarretará acreditando também não ser adequado corrigir comprometimento conhecer importância 27 da na o sua posicionamento equipe apresentados comunicação; dentro por e geração que, de a uma parecia personalidade ousada desenvolvimento e estudo quais desmotivação, e, forte, corajosa, deste analisar em princípio, mas, foram as falta suas de consequentemente, NASC I MEN TO, V. S. ;SA NTO S, E. ; C AMPOS , M. A. R et e nçã o D e J ove ns Ta l en tos Nas E mpr esas Moder nas - Quem S ão Ess es Pr of issionais E O Q ue Os Mot iva A Per manec er N as Or ganizaç ões . desligamento do jovem talento. Lembrando CHIAVENATO, também que toda e qualquer estratégia Benefícios e Relações de Trabalho: Como oferece oportunidades e ameaças, pontos Reter Talentos na Organização. 3 ed. São fortes Paulo: Editora Atlas, 2003. 200 p. e pontos fracos. Conhecê-los é Idalberto. Remuneração, essencial para a segurança das ferramentas que serão empregadas. FERREIRA, A. M. Dissertação de Mestrado Sem dúvida, a valorização do capital humano Profissional em Administração - Políticas e é uma conquista justa e legítima, porém a práticas de gestão de pessoas como fatores expectativa é que ela continue numa escalada de retenção de jovens talentos: um estudo segura de progresso e, pensando nisso, com trainees de empresa brasileira do setor sugerimos siderúrgico. PUC. MG. BH, 2008. que nas políticas e práticas adotadas para a retenção de jovens talentos, esteja sempre previsto um programa de RABAGLIO, M. O. Seleção por Competências. coaching, que possa ajudá-los a se tornar não 5ª.ed. ampl. São Paulo: Educator, 2001. p.126 somente grandes profissionais, mas principalmente grandes pessoas, incentivando SILVA, E. na descoberta de valores que os estimulem a Profissionalizante em Administração - Os vencer, não pelo domínio e pela arrogância, Efeitos da Liderança na Retenção de Talentos mas sim, pela sabedoria. um estudo rotatividade REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS M. Dissertação sobre numa de Mestrado comprometimento Indústria e Petroquímica. Faculdade de Economia e Finanças Ibmec. Rio de Janeiro, 2006. 140 AMARAL, Elizabeht. Geração Y, 2008. Disponível em: VIANA, Fernando. Os novos tempos: das gerações http://www.serhumanorh.com.br/ convivência eventos/thbrasil2008/palestra/elizabethamaral. empresas, . Acesso em 27 de junho de 2010. http://www.infonet.com.br/fernandoviana/ler.as 2008. X e Disponível Y a nas em: p?id73931&titulo Fernando Viana. Acesso: 27 CAPELLI, Peter (org); tradução de Nivaldo Montingelli. Melhores Contratando Pessoas. e Mantendo Harvard de junho de 2010. as Business Essentials. Rio de Janeiro - São Paulo: Ed. Record, 2003. 208 p. CHAPLIN, Charles. O Último Discurso do filme O Grande Ditador. Origem/Ano: EUA/1940. http://www.miniweb.com.br/artes/artigos/charle s_chaplin.html Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Anais do II Seminário Multidisciplinar ENIAC Pesquisa 2010 II Encontro Da Engenharia Do Conhecimento Eniac II Encontro De Iniciação Científica Eniac II Fábrica de Artigos ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO DO COLÉGIO ENIAC EM COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS DE ROBÓTICA ANALYSIS OF COLLEGE PARTICIPATION INTERNATIONAL COMPETITIONS OF ROBOTICS ENIAC IN ______________________ Michelle Martins José Antônio Dias de Carvalho Michelle Martins é estagiária líder da equipe de robótica, pelo Colégio ENIAC (ENIAC); Estudante de Tecnologia Mecatrônica Industrial, pela Faculdade (ENIAC) Guarulhos/SP. Contatos: [email protected] (11) 2497-3991 e (11)9796-9459. José Antônio Dias de Carvalho é professor e Coordenador da Faculdade ENIAC; Engenheiro Eletricista pela EFEI; Mestre em Engenharia Eletrônica e Computação pelo ITA; Doutorando em Engenharia Mecatrônica pelo ITA. Contatos: [email protected]. ______________________ descrever quais minimizados e problemas quais podem benefícios ser são alcançados ao inserir nas instituições de RESUMO ensino a robótica com fins educacionais. O objetivo do artigo é mostrar como a robótica Palavras chaves: educacional pode tornar o aprendizado de aprendizado. robótica, educação, alunos do ensino médio mais significativo com a utilização de kits de montagem. Serão ABSTRACT apresentados os equipamentos utilizados, o desafio proposto e a participação da equipe de The objective of this article is to show how the robótica do Colégio ENIAC no campeonato educational Robotics can make learning of mundial realizado pela empresa VEX Robotics. middle Através do histórico e planejamento das significant use of mounting kits. Will be atividades exercidas pelos alunos é possível presented the equipment used, the challenge 29 school students with the most MA RT INS , M. ; CAR VA LHO , J.A.D .; A n ál ise D a Pa rt ic ip aç ão D o Co lé g io E n iac E m Competiç ões I nt er nacionais D e Robót ica . and the participation of high-school robotics Hoje, através de estudos e aplicação team ENIAC at the World Championships prática do hosted by VEX Robotics company. Through protótipos robóticos podem assumir diversas the history and planning of the activities carried formas out by the students it is possible to describe auxiliam no melhoramento da qualidade de which problems can be minimized and what vida humana. A robótica surge para trazer benefits are achieved when inserting in the benefícios, mesmo que remotamente, para a robotics education institutions with educational vida humana e, dentre esses benefícios, os purposes. que se referem à educação ganham a cada Keywords: Robotics, education, learning. dia e conhecimento desempenhar mais espaço por adquirido, atividades gerar os que relevantes contribuições. O objetivo da robótica educacional é tornar o 1. INTRODUÇÃO aprendizado mais significativo, através de seu A robótica com fins educacionais é uma das uso novas possibilidades da inserção do uso da conhecimento e competências. Por meio dos tecnologia que kits de montagem e softwares especializados, proporciona a modificação da forma de os alunos terão a oportunidade de adquirir transmissão de conteúdos, a aprendizagem do meios de solucionar problemas constantes, aluno e a relação entre os responsáveis pelo além de que, o professor poderá demonstrar processo educativo. Antes de ser inserida em na prática muitos conceitos teóricos, até os de instituições educacionais, a robótica atravessa difícil fases evolutivas, oferecendo contribuições envolvidos na atividade. diversas para a sociedade, e perpassando A oferta de kits didáticos de robótica no pela educação. mercado A palavra robô é uma contribuição tcheca ao montagem de sistemas e experimentos que vocabulário universal, significa escravo e se desenvolvam as competências básicas e popularizou depois do sucesso do livro Robôs forneçam as bases tecnológicas necessárias Universais, de 1920, do autor tcheco, Karel ao Capek. Ele lançou em 1923 a ideia de criação Normalmente, estas ferramentas são utilizadas do “Homem Mecânico” como obra de ficção, no ensino fundamental, médio e técnico para há indícios também de referência ao “Homem introdução Mecânico” construído por relojoeiros com a incluindo assuntos relacionados a sistemas de finalidade de exibição em feiras. Encontramos transmissão vestígios na história de animações mecânicas, cinemática, energia, sensores e lógica de como foi o caso do leão animado de Leonardo programação [2]. Da Vinci e todos os seus esforços para No Colégio e Faculdade ENIAC, os alunos construir máquinas que reproduzissem o voo começam a se interar com a robótica desde o dos pássaros, porém tais dispositivos eram ensino fundamental através das aulas com kits limitados, pois não podiam realizar mais de LEGO® e participando da equipe ENIAC uma tarefa. [3] Challengers Junior, no qual se envolvem em no universo escolar o Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 pedagógico e compreensão, proporciona aprendizado aos e da diferentes tipos motivando todos os condições Robótica conceitos de movimento, de para em a geral. Mecânica, equilíbrio, www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br competições regionais voltadas mínimos de participação, sendo um deles a exclusivamente para o uso desses kits. Assim utilização dos sistemas VEX® Robotics. que o aluno passa para o ensino médio ele Uma vez por ano ocorre o VEX® Robotics pode fazer parte da equipe ENIAC Challengers World High School e logo em seguida ao ENIAC equipes formadas por estudantes do mundo Challengers forma, todo se reúnem para competir com seus robôs gradualmente o aluno vai se aperfeiçoando e montados segundo o desafio proposto. A aprendendo cada vez mais o que é importante equipe na área de robótica como mecânica e grande evento realizado na cidade de Dallas, programação. Após a utilização dos kits Texas – EUA representando o Brasil e a didáticos LEGO® e VEX®, o aluno consegue cidade elaborar consecutivo. Cerca de 400 equipes de todo o College. projetos Desta utilizando recursos eletrônica e qualquer material da disponível Championship ENIAC de mundo onde Challengers Guarulhos estiveram as melhores esteve pelo neste terceiro presentes no ano Dallas devido aos anos de prática. Esse processo faz Convention Center and Arena durante os dias com que o aluno se desenvolva rapidamente, 24, 25 5 26 de abril de 2010 para a contribuindo para o seu ingresso no mercado participação de trabalho. Championship. Este artigo tem como objetivo mostrar as competições é estimular o aprendizado dos possibilidades as jovens em áreas que envolvem robótica, realizadas pela ciência e tecnologia de uma maneira fácil e de competições de aprendizado robótica que empresa VEX oferecem aos alunos através no VEX® O Robotics objetivo World principal das prática. dos kits educacionais oferecidos pela empresa e do histórico de planejamento do robô da 2.2. Material Utilizado equipe de robótica do Colégio ENIAC. O VEX® Robotics Design System oferece aos alunos uma plataforma interessante para 2. DESENVOLVIMENTO: aprender sobre robótica, com oportunidades de carreira de ciência, tecnologia, engenharia 2.1. Competições VEX O material utilizado pela equipe de robótica ENIAC Challengers está disponível no kit “Vex® Robotics Design System”, comercializado no Brasil pela empresa Index® Robotics. Todos os anos a empresa realiza competições regionais de robótica em várias partes do mundo. Essas competições têm o intuito de estimular estudantes a ingressar no mundo da robótica utilizando os kits didáticos oferecidos pela VEX® através de um desafio proposto que abrange regras e requisitos e matemática. Estas são apenas algumas das muitas áreas que os alunos podem explorar, criando com o sistema VEX® Robotics. Além da ciência e dos princípios de engenharia, o projeto VEX® Robotics incentiva o trabalho em equipe, liderança e resolução de problemas entre os grupos. Ele também permite que os educadores facilmente personalizem projetos para atender o nível de habilidades dos alunos. A plataforma VEX® está se expandindo rapidamente e agora é encontrada em escolas de ensino fundamental, escolas de 31 MA RT INS , M. ; CAR VA LHO , J.A.D .; A n ál ise D a Pa rt ic ip aç ão D o Co lé g io E n iac E m Competiç ões I nt er nacionais D e Robót ica . ensino médio e laboratórios de universidades ao redor apreciam do mundo. Hobistas as capacidades 2.3. Desafio 2009/2010 também avançadas do 2.3.1. sistema VEX®. [1] Competição Clean Sweep O sistema consiste basicamente de peças estruturais; motores e engrenagens; conjunto opcional de tração; esteiras e correntes; sensores como: chave de limite, sensor de luz, chave de ultrassom; pressão, codificador microcontrolador entradas/saídas digitais, de eixo, com 16 16 entradas analógicas, 8 saídas PWM; receptor de RF e transmissor de rádio controle; software de programação em ambiente EasyC® com Anualmente o jogo do VEX Robotics World Championship apresenta um novo desafio com intuito de explorar ao máximo conhecimentos dos alunos no ramo os da robótica. Em 2010 o desafio foi o Clean Sweep. O VEX® Clean Sweep é jogado em um campo de 12'x12' quadrado configurado como mostrado na figura 3. [4] interface USB-Serial RS232C. A figura 1 mostra os componentes de um sistema VEX® Robotics, enquanto a figura 2 ilustra em detalhes o microcontrolador, peça fundamental da montagem do sistema robótico. Figura 3 – Arena do desafio Clean Sweep. Duas alianças - uma vermelha e uma azul composta de duas equipes cada, competem em jogos que consistem em um período de vinte segundos de movimentação autônoma do robô seguido por dois minutos de jogo Figura 1. Partes integrantes de um kit de projeto de comandado pelo piloto. O objetivo do jogo é sistemas robótico VEX. atingir uma pontuação mais elevada do que aliança do seu oponente movendo tantas bolas quanto possível para o seu lado do campo e colocar pequenas bolas verdes nas metas triangulares. Ganha a aliança que tem o maior número de pontos ao final do período autônomo e dos dois minutos comandados pelo piloto. Figura 2. Microcontrolador Vex® com detalhes dos sinais disponíveis. Há um total de cinquenta (50) bolas verdes pequenas, (21) bolas laranja médias e (2) bolas brancas grandes disponíveis como Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br objetos de pontuação no jogo. O campo é robôs podem colocar as bolas verdes. Existem dividido ao centro por uma parede acrílico de duas ranhuras na parede que os robôs podem 11,5 '' de altura. Esse muro separa as duas empurrar as bolas verdes através delas. No alianças de dois robôs em lados opostos do início da partida as bolas pequenas e médias campo. Cada robô (não maior do que 18" x18 estão posicionadas no centro da parede, e ao "x18") começa o jogo do seu lado do campo e redor do campo. Cada aliança tem uma bola toca a parede mais distante da parede do branca que devem ser introduzida para o jogo centro. A parede possui 18" de altura e caixas com menos de trinta segundos restantes. triangulares fixadas na parede no qual os Tabela 1 – Pontuação VEX® Clean Sweep Pontos Clean Sweep Cada Bola Verde Cada Bola Verde no Triângulo Cada Bola Média Laranja Cada Bola Branca Período Autônomo 2.3.2. 1 ponto 3 pontos 5 pontos 10pontos 5 pontos VEX Robotics Design Challenge pontuados pelos membros registrados. Os Para participar do desafio de melhor vídeo é vídeos são avaliados numa escala de 50 necessário levar em consideração pelo menos pontos. A votação da comunidade determinou uma ou qualquer combinação da lista a seguir: os dez finalistas para serem julgados para o Mostrar a experiência da equipe em premio final. Três finalistas foram escolhidos toda a temporada atual ou passada em pelo Conselho Consultivo dentre os dez Competições VEX Robotics, incluindo cenas finalistas que forem para a última rodada de da competição, construção do robô e todo o julgamento. processo e desenvolvimento do mesmo. julgados Os vídeos levando-se finalistas em foram consideração a Promover a forma como a VEX pontuação da votação da comunidade, as Robotics Competition atua sobre os alunos, na pontuações dadas pelo Conselho Consultivo comunidade local ou escolas / clubes que VEX Robotics e participam do evento. representantes Promover aprendizado dos as experiências alunos em todas de competição as Championship. participações no VEX Robotics Competition. Criar um anúncio de entretenimento ou 2.3.2.1 Julgamento 15 Pontos exibidos www.RobotEvents.com/Challenge 33 no e site foram VEX A Robotics pontuação da World combinada Tabela 2 – Escala de pontos. 20 pontos são patrocinadores de melhor Vídeo 2010. VEX Robotics. vídeos dos determina o vencedor do Prêmio Promocional um filme curto destacando a importância da Os pontuações dadas por 15 pontos Clareza e poder de persuasão; mostrar / promover a dinâmica da equipe descrito nos detalhes acima. Entretenimento e diversão para quem está assistindo o vídeo. Qualidade do vídeo; técnica de vídeo, incluindo a composição, iluminação, roteiro, som, imagem e edição de título. MA RT INS , M. ; CAR VA LHO , J.A.D .; A n ál ise D a Pa rt ic ip aç ão D o Co lé g io E n iac E m Competiç ões I nt er nacionais D e Robót ica . desenhos e montagem 2.4. Projeto do robô, já os estudantes do técnico em informática se O sistema do robô da Equipe ENIAC com a divisão da equipe, em alguns momentos Challengers é composto por subsistemas: Tração – executado por 4 rodas omnidirecionais, permitindo agilidade dedicaram a parte de programação. Mesmo e os alunos tiveram a oportunidade de trocarem informações entre si, o que possibilitou um aprendizado maior a todos. liberdade nos movimentos laterais. Cesta – capaz de armazenar até 5 3. RESULTADOS bolas laranjas e 3 verdes. Braço Móvel – para o basculhamento das bolas a serem jogadas na cesta. 3.1.Clean Sweep O robô foi construído com perfis de alumínio para que se tornasse mais ágil durante o jogo. Assim a tração distribuiu igualmente a força A competição foi dividida em quatro divisões dos motores o suficiente para que fosse de possível percorrer toda a arena em busca das TECHNOLOGY, ENGINEERING e MATH. No bolas. Foram utilizados quatro motores na total, 400 equipes de todo o mundo estiveram tração, três motores na cesta e três motores presentes com seus robôs representando seus no braço móvel totalizando dez motores. A países e colégios. O Brasil foi representado utilização das redes de proteção foi essencial por quatro equipes: para uma maior diminuição no peso total do robô, diminuindo a quantidade de perfis de Porto Alegre, RS ferro. O planejamento das atividades da equipe Guarulhos, SP foram divididas em: Layout do robô – onde foram Montagem do robô – após o desenho equipes cada: SCIENCE, Equipe #7002 (Powerfull Team) – Equipe #7011 (ENIAC Challengers) – Equipe #7020 (XC274) – Porto Alegre, RS elaborados vários protótipos em desenho. 100 Equipe #7008A (EREM) – Porto Alegre, RS escolhido, as peças a serem utilizadas foram A equipe brasileira melhor colocada ficou em separadas para a montagem. Programação – com a estrutura do sexto lugar e a equipe ENIAC Challengers robô pronta, foram executados testes com a obteve a quadragésima quarta colocação das programação 100 equipes da divisão ENGINEERING. de acordo com o desafio proposto. Testes – a análise geral do 3.2.VEX Robotics Design Challenge comportamento do robô foi necessária para realizar pequenos ajustes de programação e Dentre os vinte e oito vídeos participantes a também na parte estrutural. equipe ENIAC Challengers ganhou o prêmio Os alunos do ensino médio/técnico em de melhor Vídeo Promocional pelo segundo mecatrônica ano consecutivo. O vídeo postado com o tema ficaram responsáveis pelos Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br “What’s the Meaning to be a VEX Team?” foi os feito com o intuito de mostrar os novos desempenhando projetos da equipe e o significado de ser um raciocínio rápido diante de situações adversas. conhecimentos funções já adquiridos que exigiram “Challenger” através de depoimentos dos membros da equipe. A produção e edição 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS foram feitas em parceria com a equipe da TV ENIAC, responsável pela edição do vídeo e Após o término da competição, algumas fases também pela cobertura e registro em vídeo de do processo de elaboração do projeto foram todo reavaliadas para que se obtenha um melhor o evento VEX Robotics World Championship 2010. aproveitamento no trabalho executado pelos Tabela 3 - Resultados Desafio Melhor Vídeo Promocional 2010. alunos. As estratégias de jogo, a programação 1st Place: #7011 (ENIAC Challengers) – Brasil Vídeo: “What’s the meaning to be a VEX Team?” 2nd Place: #2243B – Nova Zelândia Vídeo: “A Journey into VEX” 3rd Place: #2012 (Discobots) – EUA Vídeo: “Enter the Discobots” do autônomo, o uso de sensores e a realização dos testes em arenas iguais aos ambientes de competição foram alguns dos assuntos abordados para se obter um melhor desempenho nos próximos desafios. 3.3.Projeto ENIAC Challengers De maneira geral, a equipe colocou em prática boa parte dos conhecimentos Durante os testes realizados, o robô adquiridos nas disciplinas escolares, além de apresentou um ótimo desempenho, porém não ter a oportunidade de se trabalhar em grupo e se levou em consideração o fato de que os aprender a lidar com situações onde foram testes não foram feitos na arena onde seria necessárias ações rápidas para a resolução realizado o desafio. Percebeu-se que essa de problemas. situação seria um problema ao colocar o robô A competição VEX é um meio de na arena de testes do evento, pois os aprendizado prático para os alunos que resultados foram totalmente diferentes dos desejam ingressar no ramo da robótica e obtidos em primeira instância. A tração não automação. Durante todo o processo de respondeu de forma adequada devido ao construção e programação dos robôs foi maior atrito, o que consequentemente, levou a possível observar a evolução de todos os um consumo maior das baterias, afetando as alunos. No Brasil a utilização dos kits didáticos outras funções do robô. Após os ajustes de robótica como disciplina escolar ainda está necessários na tração a programação também no começo, porém o que ficou bem claro é que teve que ser readequada, porém como o outros países em especial os Estados Unidos tempo necessário para testes era escasso da América e Canadá já aderiram a este alguns acertos tiveram que ser realizados recurso durante as aulas o que torna o entre os intervalos das partidas, prejudicando aprendizado mais dinâmico e divertido aos o desempenho da equipe. estudantes. Ao se deparar com situações em que foram necessárias tomar decisões e ações rápidas, os alunos tiveram a oportunidade de aprimorar 35 MA RT INS , M. ; CAR VA LHO , J.A.D .; A n ál ise D a Pa rt ic ip aç ão D o Co lé g io E n iac E m Competiç ões I nt er nacionais D e Robót ica . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Vex Inventor’s Guide. Disponível em <http://www.vexforum.com/wiki/indexphp/Inven tor%27s_Guide>. Acesso: Setembro 2010. [2] Carvalho, José Antônio Dias de; Grechi, Roberto. Metodologias de Ensino em Robótica Industrial e proposta de aprendizagem vivencial. XXXVI Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia, setembro de 2008, São Paulo, Brasil. [3] HISTÓRICO da Robótica. Disponível em<http://www.colegiosale.com.br/robotica/his torico.html>. Acesso em: Setembro 2010. [4] Round Up Challenge Description. Disponível em <http://www.vexforum.com/wiki/index.php/Rou nd_Up>. Acesso em: Setembro 2010. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Anais do II Seminário Multidisciplinar ENIAC Pesquisa 2010 II Encontro Da Engenharia Do Conhecimento Eniac II Encontro De Iniciação Científica Eniac II Fábrica de Artigos TRANSITANDO PELOS TRANSISTORES: A EMERGÊNCIA DA SULAMÉRICA TRÂNSITO NOS RÁDIOS PAULISTANOS TRANSITING BY TRANSISTORS: THE EMERGENCE OF THE SUL AMÉRICA TRANSIT THROUGH RADIOS PAULISTANOS ______________________ Bruno César dos Santos Bruno César dos Santos apresentou o presente trabalho como parte do projeto de pesquisa de Mestrado “A notícia em tempo real: o ressurgimento do jornalismo allnews em emissoras de rádio na cidade de São Paulo” (nome provisório), orientado pela Profa. Dra. Anna Maria Balogh (ECA/USP e UNIP) e co-orientado pelo Prof. Dr. Antonio Adami (UNIP). sentidos da palavra). A partir deste cenário, ______________________ decidiu-se observar a grade de programação, como RESUMO também os recursos jornalísticos utilizados para construir sentidos e divulgar De forma ligeira e esboçada, este trabalho notícias, na possibilidade em compreender busca tentar traçar alguns dos caminhos este fenômeno, tanto da quantidade de percorridos pela Radio SulAmérica Trânsito, ouvintes, como também a circulação dos localizada na cidade de São Paulo. Em sentidos, via ondas radiofônicas. apenas dois anos, a emissora praticamente dobrou a quantidade de ouvintes por minuto, Palavras-chave: consolidando comunicação. as práticas e imaginários programação, jornalismo, relacionados ao rádio, veículo de comunicação considerado por muitos como veloz, prestativo e colaborativo (empregamos aqui os dois 37 SAN TOS, B.C . Tr ansitando Pelos Trâns it o N os Rádios P aulis tanos Tr ans ist or es:A Emer gênc ia Da S ulamér ica maneira a sua leitura é na verdade uma ABSTRACT reescritura”. A comunicação não foge a essa Lightly and outlined, this job search trying to sutileza da realidade ficcional que é uma trace some of the paths traversed by Radio hibridização carregada de características de SulAmérica traffic, located in the city of São dupla criação. No processo desta pesquisa Paulo. In just two years, the station practically que a fabricação do meio de comunicação doubled the amount of listeners per minute, observa-se que o receptor e o emissor tecem consolidating related practices and imaginary vínculos com imagens mentais. Falam do radio communication vehicle, considered by transito a partir do imaginário, uma liberdade many to be fast, helpful and collaborative (we criativa. Assim, ancoras recompõe o texto com employ here the two senses of the word). From o seu provocando imagens invisíveis ao olhar this scenario, it was decided to observe the do ouvinte, adequando-o ao seu mundo, programming grid, as well as journalistic dentro da sua possibilidade (Sfez 1994: 98). resources used to build senses and report the Com apenas dois anos de existência – sua news, this fundação foi no início do primeiro semestre de phenomenon, both the amount of listeners, as 2007 –, a sua proposta busca informar o well as the circulation of the senses, via motorista (ou aquele que está num transporte airwaves. coletivo terrestre, como o ônibus) que se the possibility to understand encontra nos emaranhados de ruas e avenidas Keywords: programming, journalism, que formam a malha viária da cidade de São Paulo, bem como demais acessos que fazem communication. parte da Região Metropolitana do município. A ação pode ser considerada inédita, pois INTRODUÇÃO além da SulAmérica ser a única emissora em 1. APERTANDO OS CINTOS E ACIONANDO O DIAL: CONTEXTO DE PESQUISA E DO OBJETO DE rádio FM da Grande São Paulo (mais vinte e oito estações radiotransmissoras em atividade e 40 licenças concedidas pelo Governo Federal), a Radio Trânsito America localidades do Latina mundo, – nas apenas demais Shangai (China), Nova Iorque (Estados Unidos) e news similar – que tem uma programação Dentro do vasto espectro de emissoras de SulAmérica a Londres (Inglaterra) tem emissora de radio all ANÁLISE precisamente toda é considerada uma estação caçula, mas com atributos que a tornam diferente das demais. SFEZ, Lucien Sfez encontra uma citação de Sartre e Barthes, que ilustra esse processo ao dizer que: “o receptor ao ler o texto o refaz, e a sua Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 estritamente voltada para o fluxo de trânsito da cidade, como também a segmentação do radio paulistano, com a criação de emissoras que atendam a públicos específicos. A comunicação que “regulamenta os movimentos internos e externos à emissora que determinam o percurso dos corpos que nestes espaços, representam papéis. Nessa representação verbalmente os atores governados contracenam pela imaginação (Souza 2005)”. deve ser feito um parêntese: www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br nos dois últimos anos, três emissoras de radio como no campo. As músicas e vinhetas nasceram sob o signo da segmentação no dial empregadas na grade da emissora visam paulistano, sendo todas associadas a uma fortalecer a rádio em questão, como também a marca ou produto. Basta analisar o espaço marca veiculada ao ser utilizada. É possível aberto e trilhado pela Radio SulAmérica notar a criação e o estabelecimento de uma Trânsito (92,1 FM) percorrido em seguida experiência pelas emissoras Mitsubishi FM (92,5 FM) e OI aspecto explorado apenas superficialmente ao FM (94,1 FM). longo deste trabalho em função do seu foco. Cada uma estabelecer das uma rádios citadas intimidade sonora em cada emissora, busca É necessário pontuar que o nascimento seus dessas emissoras ocorre crucialmente em São entre produtos oferecidos e sua identidade de Paulo, marca, a partir de um conjunto de objetos possibilidades que a cidade oferece. Contudo, radiofônicos transmitidos, inseridos em uma cidades como o Rio de Janeiro, Porto Alegre e grade de programação específica. Vislumbra- algumas capitais brasileiras e outras cidades se, a partir deste contexto, a possibilidade em economicamente importantes (Campinas é um transformar o radio como forma de fidelizar um exemplo) recebam, aos poucos, rádios que provável cliente, por meio de um produto atendam a públicos específicos e existentes ofertado gratuitamente, de forma repetida e em suas respectivas localidades. ampla. Deve-se ressaltar ainda que tanto a Mitsubishi Basta notar a quantidade de vezes que uma FM (ou MIT 4X4), como a SulAmérica Trânsito pessoa irá dizer o nome da emissora, como ambas fazem parte do conjunto de emissoras “coloque na rádio X, pois vamos saber se está do Grupo Bandeirantes de Radio, cujo foco de congestionada a Vinte e Três de Maio”, ou mercado reside em atingir diversos públicos de ainda “quando eu pego estrada, escuto a rádio ouvintes, sendo estes os mais massificados e Y para esquecer-se de tudo”. alcance nacional, como também aqueles que Exemplos das situações descritas acima sejam mais segmentados e específicos, com seriam traçados locais. os referentes à seguradora Sul devido ao amplo mercado de América, que decidiu ampliar sua exposição Dentro da situação descrita inicialmente, é enquanto marca, por meio do produto “seguro possível notar que a SulAmerica preenche para automóveis”, materializado na emissora uma lacuna no cotidiano da cidade de São de radio all news SulAmérica. O mesmo ocorre Paulo e assume importante posição no dial, com a operadora de telefonia celular Oi, cuja visto que a maior parte das pessoas que intenção principal reside em ser reconhecida moram na região metropolitana paulistana como empresa diferenciada em relação às necessita das informações publicadas pela suas concorrentes. Assim, sua programação radio, para poder organizar seu cotidiano ou, musical consiste em propiciar ao ouvinte algo como é dito na radio, “o seu caminho”. que não seria ouvido em outra estação. Para fomentar essa necessidade incessante Por sua vez, a Mitsubishi fortalece sua de informações, que pode ser considerada imagem a partir da versatilidade dos seus vital veículos, os quais servem tanto na cidade, massacrante, emerge a necessidade de um 39 SAN TOS, B.C . Tr ansitando Pelos Trâns it o N os Rádios P aulis tanos à sobrevivência Tr ans ist or es:A Emer gênc ia do Da cotidiano S ulamér ica emissor de informações preciso, rápido e “que conseguiram ajuda você no trânsito de São Paulo” (sic). É informativo a respeito. com esse lema que a radio Sulamerica se Sob este cenário – o de participação coletiva e estabelece como referencia no dial paulistano, colaborativa (algo em voga nos dias atuais) –, quando o assunto é trânsito. é que este trabalho está calcado. Assim, para Na tentava de evitar com que seu ouvinte – poder traçar um possível percurso de análise, seja ele motorista, passageiro ou mesmo serão algum interessado – transforme seus sequer produzir mobilizados conceitos de algum funcionalmente jornalismo os colaborativo e caminhos em seu habitat, devido ao tempo sincronização. Contudo, alguns autores serão que é desperdiçado, a SulAmérica emprega destacados ao longo do trabalho, no intuito de diversos recursos para poder informar o implementar o cenário aqui desejado. cidadão e, ao mesmo tempo, criar a atmosfera incessante de uma radio al lnews. É claro, 2. DAS ROTAS A SEREM TRILHADAS especializada em notícias do trânsito da AO DESTINO A SER ALCANÇADO: cidade de São Paulo. OS Além de sua equipe de Jornalismo, composta PERCORRIDOS por vinte e três profissionais, sendo que oito SURGIMENTO DA SUL AMERICA pessoas estão in loco nas ruas de São Paulo TRÂNSITO utilizam os canais oficiais como DIVERSOS CAMINHOS PARA O CET (Companhia de Engenharia de Trafego), DER Mitsubishi FM apresenta uma série de músicas e DERSA (Departamento de Estradas de – em geral, classificadas como Rock, com o Rodagem e Desenvolvimento Rodoviário S.A, emprego de destinada aqueles que gostam de respectivamente), SMT (Secretaria Municipal aventuras off-road, seja ela ouvida no interior de Transportes), Concessionárias de Rodovias de uma pick-up da Mitsubishi, ou não. Família Estaduais e Federais (ViaOeste – Rodovia Sanzone, Castelo Branco e Rodoanel; AutoBAn – Paulista, Rodovias Bandeirantes e Anhanguera; Auto funcionando o AM 1070kHz, muito popular na Pistas OHL – Rodovia Fernão Dias; Ecovias – região do Alto Tietê. Mas nunca soube o que Rodovias e fazer com a concessão FM, em 92,1MHz. Imigrantes; Nova Dutra – Rodovia Presidente Antes da emissora ser “arrendada” para a Dutra, e outras) dentre outras autarquias Igreja Pentecostal Deus É Amor, ali funcionou públicas e empresas privadas que estão durante algum tempo a Líder FM (também da validadas e família Sanzone) e, por menos tempo ainda, a Anchieta, Trabalhadores autorizadas a pronunciar a dona de Mogi Rádio Metropolitana das Cruzes, Emoção Soma-se ainda a participação diversificada emprestada para a Record (lembram disso?). dos ouvintes – ou colaboradores – da radio, os Pois uma excelente jogada publicitária deve quais podem utilizar diversos canais de popularizar os 92,1 ao menos entre os cinco comunicação, relatando como está o trânsito milhões de veículos que circulam na capital em um determinado local em que tanto os paulista. jornalistas como as entidades oficiais não Propaganda, a seguradora SulAmérica e o II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 A quando família a mantém respeito de transportes e trafego de veículos. Anais do FM, da frequência Sanzone, a foi MPM www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Grupo Bandeirantes trabalharam e negociaram conseguiam identificar as razões de um durante um ano, formatando um tremendo congestionamento, um ouvinte ligou para a canal de comunicação para o motorista: a rádio e relatou tudo. Estava inaugurada a era Rádio SulAmérica Trânsito. O primeiro entrou do “ouvinte-repórter” na emissora. com a concessão; o segundo elaborou a ideia; A iniciativa tem prós e contras. A grande o terceiro entrou com a marca e a grana; por maravilha do rádio é seu posto de pioneira em último, mas não menos importante, o quarto participação do público – esse negócio que entrou com a credibilidade jornalística. A nova hoje a Internet banalizou, já que qualquer emissora entrou no ar no último dia 12 de fórum meia-boca é batizado de “interação”. Ao fevereiro. será mesmo tempo, colocar o espectador no lugar desvinculada da arte, da mitologia, das do jornalista pode legitimar uma redação religiões, das lendas e das manifestações enxuta (portanto, mais barata). Sem falar no arcaicas GEBAUER, & WULF, 2004. risco de ouvir o Seu Zé, direto da Rua Rei dos comunicação nunca Cocos, dizendo que “aqui a coisa está impressionante”. E a gente fica sem saber se 2.1. O ouvinte-repórter está bom ou não. A grande novidade “editorial”, digamos assim, 3. é uma cobertura maciça da movimentação nas COMO FUNCIONA ruas da cidade, entre as cinco da manhã e às nove da noite – há décadas, esse serviço já Como faço parte (claramente, diga-se) do existe nas outras emissoras jornalísticas da público-alvo da emissora, já me habituei a capital, mas para o dia todo, só em outras ouvi-la desde o momento que saio de casa, duas metrópoles, Xangai e Londres. Aliás, até chegar à Marginal Tietê – como a rádio abre parênteses. O mais inovador entre os pertence à Metropolitana, a antena deve ficar formatos do gênero foi usado por um tempão na Serra do Itapeti, entre Mogi e a Ayrton na finada 89 FM. O Giro 89, durante o horário Senna. Assim, a recepção fica horrível no de pico à tarde, soltava pérolas sensacionais centro como “o trânsito na Avenida Tiradentes está experiência feita sem qualquer referência enforcadaço, enquanto a Doutor Arnaldo anterior segue doente nos dois sentidos”. Fecha funcionando. O locutor no horário que costumo parênteses. sair é o ótimo Flávio Siqueira, conhecido de Em São Paulo, isso não inclui apenas os oito qualquer aficcionado por rádio. Imagino que, repórteres, os seis âncoras e as dez viaturas tanto ele quanto os demais âncoras, adorariam circulando. Mas especialmente os ouvintes, ter que “filosofar” menos a respeito da que ligam para 3743-2475 e entram no ar ao importância dessa iniciativa, do quanto estão vivo. Isso também não é novidade. Em 1983, o felizes em ajudar o paulistano e proporcionar atual vice-presidente da Band Marcelo Parada uma estava na Rádio Eldorado. E num momento “papagaiada” imposta por quem manda (ou em que nem o repórter na rua e nem o talvez uma tentativa de amenizar esse assunto helicóptero (outra invenção da Eldorado) chato), mas meio desnecessária para quem se 41 SAN TOS, B.C . Tr ansitando Pelos Trâns it o N os Rádios P aulis tanos expandido. passa vida Além por melhor… Tr ans ist or es:A disso, muitos ajustes Certamente Emer gênc ia Da qualquer é já uma S ulamér ica propõe a falar sempre sobre o que realmente 4. BENESSE DA PROPAGANDA me interessa. Então ele coloca alguns trechos de músicas voltadas para o público adulto Não existe “graça divina” de graça, óbvio. (mistura de Antena 1 com Nova Brasil). Mas Essa brincadeira toda vai custar, segundo só trechos curtos, já que a programação consta, R$ 30 milhões. A grande sacada não cultural, sempre alternadas com dicas para os está no auxílio ao pobre coitado preso no motoristas e informações gerais sobre a engarrafamento durante o horário de pico. O cidade, é depois das nove. Antes mesmo do negócio atende pelo nome de marketing de refrão, entram os repórteres do horário: conteúdo. Daniela Florenzano, Isabel Campos e Álvaro Toda a concepção foi da MPM propaganda, Bufarah. que teve a brilhante ideia de associar a Mas o grosso mesmo da programação é o imagem da seguradora a uma informação “você repórter”. Flávio Siqueira chama o absolutamente relevante. Mais do que isso: a ouvinte pelo nome – o que pressupõe uma marca do patrocinador está no próprio nome triagem da prévia, para minimizar possíveis emissora. Associação mais direta, avacalhações. E a coisa funciona: se o âncora impossível. percebe que o cidadão pode acrescentar algo Para mais, ele pergunta: “e no sentido contrário, frequência da nova emissora em boa parte dos como está indo”? Caso contrário, ele corta relógios de rua da cidade. A novidade também rapidamente e agradece, dizendo “ligue mais foi anunciada na Veja São Paulo, jornais de vezes”. onde grande porte e em outras emissoras – não só comunicação fracassa, a própria comunicação na Rede Bandeirantes de Rádio, mas em estabelece algo em comum que ele esclarece, algumas concorrentes. Quem mora em São valendo-se de uma citação de Baudrillard: Paulo e anda de carro com certeza já ouviu “Todos nós somos prisioneiros da espiral falar nessa emissora. comunicativa, e dela não podemos escapar”. Dessa forma, eu e você fixamos a marca da Em duas semanas, foram ouvidas poucas as SulAmérica não só através da publicidade, informações contraditórias – o primeiro: “a digamos, tradicional. Mas praticamente graças Marginal tá toda parada, um horror” e, logo ao seu conteúdo informativo gerado por uma depois, “olha, também estou na Marginal, mas empresa de credibilidade, tá tudo andando, viu”? Faltou dizer é em qual conversar sem ruídos mesmo com quem não é local. Até mesmo os fiscais da CET costumam cliente da empresa. Aliás, este certamente vai entrar ao vivo para esclarecer algo – “olha, nós associar a marca com coisas boas, positivas. não multamos quem anda com engate fora de E como qualquer veículo de comunicação, especificação, isso é trabalho da polícia outras empresas poderão anunciar ali e militar”. embarcar Aqui Além se observa que de toneladas de ouvintes completar, na a agência ideia agradecendo por essa graça divina em forma evidentemente, não de prestação de serviços (GASSET, 2002). seguradora. Genial, não? – espalhou a que consegue desde concorra que, com a Inicialmente, o projeto tem duração prevista de três Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 anos. Até lá, dificilmente outras www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br alternativas a uma emissora 100% trânsito GIRO DE REPORTAGEM poderiam ser mais úteis – o que mais se Processo de sincronização aproxima disso chama-se Traffic Message Construção da notícia Channel, um protocolo de transmissão digital Espaço Sonoro capaz de transmitir informações (em texto) Elaboração do espelho. sobre condições de trânsito (não confundir Pesquisa: SANTOS, Bruno Cesar. São Paulo, com GPS, que só informa a localização). pós-graduação UNIP, 2010. Funciona tanto via satélite quanto associado ao FM. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Até o TMC chegar por aqui, a SulAmérica BATESON, Gregory. Steps To an ecology of pode muito bem ter superado a Porto Seguro, mind. São Francisco: Chandler ed., 1972. que _____. La nouvelle communication. Paris: atualmente domina o mercado de seguradoras no país. Então a rádio trânsito já Seuil, 1988. terá cumprido seu papel. Enquanto isso não CONTRERA, Malena Segura. Mídia e pânico. acontece, vamos saudar sua existência e São Paulo: Annablume, 2002. aproveitá-la bem (GASSET, 2002). _____, GUIMARÃES, L., PELEGRINI, M., SILVA, M. R. O espírito do nosso tempo. 5. PARTIDA NO CARRO E DE OLHO São Paulo, Ed. Annablume. 2004. NO RETROVISOR: AS NOTÍCIAS DE ELIADE, M. Images et symboles. Paris: TRÂNSITO NO RÁDIO SÃO MAIS Gallimard, 1980. ANTIGAS DO QUE SE IMAGINA __________. Images et Symboles.París: Gallimard, 1980. Dentro do vasto espectro de emissoras de ELIAS, Norbert. O Processo civilizador. Vol I. rádio FM da Grande São Paulo (mais Uma história dos costumes apresentação precisamente Renato J. Ribeiro. São Paulo: Ed. Jorge Zahar, vinte e oito estações radiotransmissoras em atividade e 40 licenças 2000. concedidas pelo Governo Federal), a Radio GASSET, José Ortega y. A rebelião das SulAmérica uma massas; tradução Marylene Pinto Michael, 2a. estação caçula, mas com atributos que a ed., São Paulo: Martins Fontes. (Título original: tornam diferente das demais. Fazer um La rebelión de Las masas, 1a. ed. 1937, ed. exercício de leitura (e audição) Espasa-Calpe. Trânsito é considerada Argentina, Buenos Aires), 2002. GIRO DE REPORTAGEM: GEBAUER, Considerar Portal de Voz Acessos miméticos ao mundo. Agir social, Participação ao vivo rituais e jogos e produções estéticas. São Vinhetas Paulo: Annablume, 2004. Informações atualizadas dos principais pontos HALL, EDWARD T. A dança da vida. A outra Giro de reportagem dimensão Programação Musical Relógio D’Água, 1996. 43 SAN TOS, B.C . Tr ansitando Pelos Trâns it o N os Rádios P aulis tanos Günter do Tr ans ist or es:A & tempo. WULF, Christoph. Portugal, Emer gênc ia Da Lisboa: S ulamér ica _____. A linguagem silenciosa. Portugal, QUEVEDO, M. Introdução aos Sistemas Lisboa: Relógio D’Água, 1998. Internacionais HLADE A. P. Instituto Brasileiro de Direito de PUCSP, 2004. Família - IBDFAM. Disponível em <http:// ROMANO, Vicente. Desarrollo y Progreso: www.advocaciaconsultoria.com.br>. por una ecología de la comunicación. Acesso de Comunicação. D/M em 03 ago. 2005. Barcelona: Editorial Teide, 1993. HILLMAN, James. Encarando os deuses. _____. São Paulo: Cultrix/Pensamento, 1997. comunicación. Hondarribia: Argitaletxe Hiru, _____. Paranóia. Petrópolis: Vozes, 1993. 1999. KAMPER, D. Wulf, C. Looking back on the SERRES, Michel. A lenda dos anjos. São end of the world. Nova York: Columbia Paulo: Aleph, 1995. University, 1989. _____. Os cinco sentidos: filosofia dos KAMPER, DIETMAR. A estrutura temporal das corpos misturados. Rio de Janeiro: B. Brasil, imagens. São Paulo: Revista Ghrebh 2002. 2001. _____. O Trabalho Como Vida. São Paulo: SFEZ, Lucien. Crítica da comunicação. São Annablume, 1998. Paulo: Loyola, 1994:13. _____. Loucura. Texto. Tradução de Maurício SODRÉ, M. Antropológica do espelho: Uma Andrade, www.cisc.org.br. COSPUCP, 2003. teoria da comunicação linear em rede. complexidade. Porto Alegre, Sulina, 1997. Petrópolis: Vozes. 2002. MARCONDES FILHO, C. A produção social WINKIN, Yves. A nova comunicação: da da loucura, São Paulo: ed. Paulus, 2003. teoria ao trabalho de campo. Campinas: _____. Quem manipula quem? 2. ed. Tiempo y espacio en la Papiros, (Org. Etienne Samain), 1998. Petrópolis: RJ. Vozes, 1987. MCLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensões do homem. 8a. ed. São Paulo: Cultrix, 1979. PROSS, H. Sociedade do protesto, São Paulo: Annablume, 1997. _____. Estructura simbólica del poder. Barcelona: Gustavo GILI, 1980. PROSS, H. & ROMANO, V. Atrapados em la rede de los medios. Orientación Em La diversidad. Hondarribia: Argitaletxe Hiru, 1999. PINTO, Álvaro Vieira. O conceito de Tecnologia. Vol. 1. 2005, p. 444. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Anais do II Seminário Multidisciplinar ENIAC Pesquisa 2010 II Encontro Da Engenharia Do Conhecimento Eniac II Encontro De Iniciação Científica Eniac II Fábrica de Artigos A INFLUÊNCIA DOS CONTROLES INTERNOS PARA MELHORIA DA ADMINISTRAÇÃO DE RISCO. THE INFLUENCE OF INTERNAL CONTROLS FOR IMPROVED RISK MANAGEMENT. ______________________ Edvaldo Campos Mesquita Ivone Fernanda da Costa Josenalva Araujo de Oliveira Rogério de Paiva Silva Orientador: Prof. Ms. Ricardo Camargo Edvaldo Campos Mesquita é graduanda da Faculdade Eniac. Curso Administração financeira Ivone Fernanda da Costa é graduanda da Faculdade Eniac. Curso Administração financeira Josenalva Araujo de Oliveira é graduanda da Faculdade Eniac. Curso Adm. financeira Rogério de Paiva Silva é graduando da Faculdade Eniac. Curso Administração financeira Ricardo Camargo é Mestre, professor da Faculdade UNIP e Eniac e ENIAC em Guarulhos 2010. ______________________ riscos, avaliar o sistema e os controles internos. RESUMO Palavras chaves: gerenciamento, liderança, A presente investigação trata dos Controles avaliação. Internos e suas funções de Gerenciamento de riscos. Para isso se faz necessário entender o negócio, esclarecer objetivos, identificar os 45 ME SQUI TA , E. C.; et al . A I nf lu ê nci a Dos C o ntr o les Int er n os Pa ra Mel h ori a D a Administr aç ão D e R isco. temos que estabelecer controles rígidos que ABSTRACT envolvam cada operação. Para o caso de uma The present investigation deals with the probabilidade de ocorrência elevada, porém internal management com potencial de perda baixa, devemos functions. For this it is necessary to understand estabelecer controles no processo de forma a the business, clarify objectives, identify risks, administrar a probabilidade. Por último, para evaluate the system and internal controls. probabilidade de perda baixa e potencial de controls and risk perda Keywords: management, leadership, baixo, é desnecessário o desenvolvimento e controles. evaluation. 2. Para o Gerenciamento de Riscos é necessário INTRODUÇÃO 1. CONTROLES GERENCIAMENTO DE RISCOS INTERNOS E SUAS desenvolver a seguinte estrutura de controles: 2.1. Entender o negócio FUNÇÕES É função da administração de uma empresa Qual a natureza do negócio? estabelecer Qual a cultura e estilo de operação do controles que mantenham e operem uma estrutura de controle do negócio negócio? de forma a melhor contribuir para que o Existem restrições internas? negócio alcance os seus objetivos, incluindo Existem restrições externas? obrigações com os acionistas, funcionários, A 1º Passo: Entender qual é o contexto e quais abrangência deve incluir todas as atividades são os limites do Negócio, e em que ambiente da empresa sejam elas operacionais, técnicas, ele opera. comerciais, financeiras ou administrativas. A estrutura de controles deverá levar em É função dos controles a administração de consideração: A natureza do negócio: quais os riscos que produtos clientes, governos neste e a contexto sociedade. significa que e serviços, tamanho, clientes, eventos ou transações possam causar perdas, condições da indústria, competição, entre danos, ferimentos para a empresa, sua outros. A cultura e estilo de operação dentro reputação ou imagem, seus funcionários seus do negócio específico: crenças, valores, tipos ativos, seus estoques, e terceiros. de organização, atitudes, entre outros. A Para estabelecer um aparato de controles cultura e estilo de operação no ambiente onde eficaz, temos que classificar os riscos segundo o negócio opera: crenças e valores, a maneira sua probabilidade de ocorrência e potencial de como provocar perdas. Para o caso de probabilidade consistência de ocorrência elevada e potencial de perda acionistas e outros interessados no negócio. a sociedade das leis, opera, clareza expectativas e dos grande, o correto é parar a operação e rever o processo do negócio de forma administrar o 2.2 Esclarecer objetivos. Para tanto é risco de perda ou probabilidade de ocorrência. preciso que eles sejam: Para o caso de probabilidade de ocorrência Mensuráveis; baixa, porém com perda potencial elevada Específicos; Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br 2.3.1 Avaliar Riscos Estejam alinhados; Sejam realísticos; Mapear os riscos; Tenham prazos definidos. Identificar os impactos; Estimar a probabilidade de ocorrência; 2º Passo: Entender e clarificar o que o Responder às seguintes questões Negócio espera obter. sobre os riscos: Observando os pontos abaixo obteremos Tomar o risco? clareza nos objetivos: Transferir o risco? Seja específico: quanto mais nebuloso for o Terminar com o risco? objetivo maior será a chance de ser mal Tratar o risco? interpretado. Estabelecer objetivos mensuráveis: qual o ponto que se quer chegar 4º Passo: Quais os riscos são mais relevantes. e como saber se atingimos este ponto? Usando a matriz de risco, avaliar os riscos Objetivos alinhados: dentro e fora da segundo sua probabilidade e potencial de organização, de cima para baixo da estrutura. causar perdas. Assegurar-se Fazer uma avaliação base-zero facilita na que não existam objetivos desalinhados ou incompatíveis. Objetivos realistas: avaliação objetivos desafiantes dos existentes podem riscos, pois prejudicar avaliações ao levar a estimulam as pessoas ao passo que objetivos conclusões enganadoras, a não ser que impossíveis de serem alcançados provocam tenham sido avaliadas e testadas. alienação e desestímulo. Prazos: qual o tempo que dispomos para 5º Passo: O que fazer com os riscos? alcançar os objetivos? Nenhum objetivo dura Com a possibilidade de ocorrência dos riscos para sempre. Caso as condições mudarem, o que fazer? revisar os objetivos. Tomar 2.3 Identificar riscos Aceitar e adotar a exposição ao risco; Quais são os riscos principais? 3º Passo: Identificar oportunidades ou Definir níveis de perdas toleráveis; quais restrições são que as podem impactar no processo de atingir os objetivos. Fazer uma lista de riscos prováveis para os processos da organização onde abranja: País, Operações, Pessoas, Tecnologia, Sistemas, Integridade dos ativos, Reputação, Fraudes, Parceiros, Eventos Clientes, naturais, Riscos Riscos ambientais, Financeiros, Competição Mercados, Organização. 47 Adotar margem compatível com o risco; Definir contingências; Definir planos de recuperação; Adotar ações de acompanhamento; Desenvolver ações de reavaliação; Mensurar os riscos de perdas financeiras. Tratar Ajustar a organização para atingir os objetivos; ME SQUI TA , E. C.; et al . A I nf lu ê nci a Dos C o ntr o les Int er n os Pa ra Mel h ori a D a Administr aç ão D e R isco. Pessoas e relacionamentos: valores e - Investimentos (aplicações financeiras) ética, competência, motivação compromisso, - Exigibilidades trabalho em equipe; empréstimos e financiamentos,...) com quantos bancos operar. orientar ações e decisões; garantam Com segurança proteção e controles de acesso, características. operacionais garantidas, Números de Bancos em operação: Princípios e guias gerais claros para Processos (contas que Bancos Operar: Quem pode abrir contas: Somente limites de transação, segregação de funções, procedimentos, e sistemas de contingência; quais sócios conforme Contrato Social. Recebimento Monitorar o desempenho. ou ingresso de recursos: Transferir - Omissão de lançamentos; Fazer seguro; - Manipulação de registros; Dividir através de alianças e parcerias; - Manipulação de documentos; Diversificar; - Desvios de procedimentos de controle; Restringir. - Valores recebidos e não depositados; - Proteção inadequada dos valores não depositados; Terminar – Cessar o risco Cessar a atividade; - Conciliação bancária, Contas a Pagar; Sair do mercado; - Conciliação bancária, Contas a receber; Desinvestir; - Cheques assinados em branco, em poder do caixa; Reavaliar os objetivos; - Recebidos de caixa assinados ou mantidos Rever os processos; por outras pessoas que não o caixa; Reduzir a escala. - 3. O SISTEMA DE CONTROLES INTERNOS usados pelo caixa inadequadamente controlados; - Recebimentos de vendas a vista sem identificação com a transação original. Sem 3.1 Controles Internos em Tesouraria Caixa: Recebidos restringir ao suficiente rastreabilidade; para - Recebimentos não registrados diariamente; pagamento de pequenas despesas diárias. - Não envio de extratos de contas aos clientes; Fundo Rotativo: recomposto por emissão de - Não conciliação do razão geral com o auxiliar cheque. de contas de clientes; Fundo Fixo: Valor mínimo necessário, sendo - Não conciliação/ análise de contas a receber reposto periodicamente. de clientes; Bancos: Operações Ativas e Passivas - Disponibilidades imediatas (saldos bancários - Recebimentos de cheque pré ou pós-datados sem controle. Pagamentos ou e valores em caixa) recursos: - Créditos (cobrança) - Manipulação de registros; Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 saídas de www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br - Manipulação de documentos; - - Desvios de procedimentos de controle funcionário autorizado. Cheques e recibos de caixa em branco, Requisição de compras, emitida por - Tomada de preços aos fornecedores da lista apropriada. sem proteção ou controle. Cheques assinados e não cancelados/ - Prepara e aprova OC com todas as informações da transação. destruídos. Lançamentos para cancelar cheques sem Contas a Pagar: vínculo com original. Cheques pendentes e não cancelados Nenhum documento sem a evidência documental. (expirados). Emissão - de cheques sem seguir Cada empresa precisa desenvolver adequadamente seus controles internos para a procedimentos previstos. Cheques em branco ou obsoletos não Área de Compras. É necessário observar: destruídos. Cheques não datados e lançados na Preço de venda sabendo a aplicação de quais clientes. emissão. Cheques pagáveis a procuradores sabendo quem autoriza a venda. assinados pelo próprio. Documentos de pagamentos cancelados Controle s/ cheques prontos e ainda não Numerar, codificar, definir cota. (definir procedimento) enviados ao favorecido. conciliação Padronizar pedidos internos. (definir procedimento) inadequadamente. Falta Recebimento de pedidos dos clientes dos extratos dos fornecedores x saldos de CAP. Aprovar crédito, classificar. (definir procedimento) Atualizar inventários. Atualizar programas de produção. Geral: - Extratos bancários e cheques cancelados acessíveis ao caixa. Emissão de notas fiscais de expedição. - Pessoas não autorizadas em contato com Conhecimentos de fretes. bancos. Emissão de Faturas. - Conta bancária aberta sem a devida Custeio de vendas. aprovação. Observar informações à contabilidade de - Não confirmações diretamente de Instituições todas as operações. financeiras. - Acesso restrito as senhas ou terminais. 3.3 Controles Internos na Área de Pessoal e 3.2 Controles Internos em Compras e Folha de Pagamentos: Contas a Pagar: 3.4.1 Admissão de empregados: Compras: - Procedimentos de compras. 49 Métodos de desvio ou fraude na admissão de empregados. Preparação de documentos ME SQUI TA , E. C.; et al . A I nf lu ê nci a Dos C o ntr o les Int er n os Pa ra Mel h ori a D a Administr aç ão D e R isco. falsos e cadastros na folha. Cadastramento em duplicidade no sistema da Folha. 3.4.2 Férias: Falta de controle específico poderá gerar pagamento em duplicidade, ou até dobrar mapa de controle de período aquisitivo. 3.4.5 Folha de pagamento (Métodos de desvios ou fraudes): Aumento salarial superior ao percentual estipulado. Promoções e/ ou méritos que não condizem à realidade. Trabalhos em horários extras sem 3.4.3 Demissão – principais fraudes: necessidade ou objetividade. Empregado depois de demitido ainda constando da Folha. Horas extras sem autorização dos responsáveis pelo depto. Empregado demitido durante o mês e constando na folha e/ ou adiantamento. Erro na contagem das horas-extras realizadas. Recibo falso. Erro no percentual utilizado para Pagamento com cheque endossado à cálculo das horas extras. mesma pessoa. Faltas injustificadas ao trabalho não Pagamento de verbas excessivas, descontadas. além do que o empregado teria direito. Idem descanso semanal remunerado. FGTS e salário desemprego. Idem sobre férias. Instituir solicitação do depto para a demissão de pessoal - formulário próprio. Vales transporte, refeição ou cesta básica sem controle. Controle dos empregados por depto. Criação de procedimento de dupla Pagamentos dos encargos ou impostos com cheque ao portador. conferência. Falsificação de autenticação bancária Utilização de cheques ou depósitos em guias de recolhimento. em C/C. Parceria de informações entre as chefias e a área de pessoal. Controles internos em Área de Pessoal: 3.4.4 Processos Trabalhistas – principais fraudes: Definição quanto à cultura organizacional Políticas de RH: Seleção de Pessoal – atribuições Na maioria das vezes trata-se de falta de organização e não te fraude. Tais como: Arquivo 3.4.6 indevido da citação, extraviando-a. Falta de entrega de documentos em período hábil para defesa. Perda de prazo para defesa. Preposto não comparece a audiência. Falta de preparo, desconhecimento da causa. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 técnicas, pessoais e gerenciais. Definição de Promoção Pessoal – Jobrotation, treinamento... Salarial e remuneração variável. Motivacionais e de desempenho. De Comunicação. De Benefícios – saúde, farmácia, restaurante, transporte, segurança,... De vestuário. De comércio interno. www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br De empréstimos financeiros. De recreação e lazer. funcionamento do sistema. De uso de ativos da empresa – Controle de qualidade. Controle dos serviços – Mão de Obra. Controle de custo. veículos, laptops, celulares,...) De uso de estacionamento da Conservação e regularidade de empresa. De uso de telefones fixos da empresa. Custos – Matéria-Prima: De uso de internet na empresa. De confidencialidade de informações. mediante autorização. De presentes oferecidos por uso de cartão de crédito De mobiliário. De despesas de viagem. De grau de parentesco no trabalho entre Outros. Outros serviços terceirizados, Atenção às legislações específicas, caso a Representantes Comerciais, Prestadores de Serviços autônomos, outros. Enfatizando a necessidade de consulta a Advogados. longo prazo: Escolha e projeto dos produtos e ou serviços. Seleção do equipamento de produção e do processo. Projeto de itens fabricados. Delineamento. Localização. Instalação dos equipamentos. De curto prazo: 51 rastreabilidade das Contagens físicas dos estoques. Custos – Processo: Programação da capacidade Controle dos estoques em processo. Avaliação das operações. Funcionamento das ordens de serviço ou de produção. Requisição dos materiais. Controle de produção acabada. Estamos oferecendo aquilo que o consumidor quer. 3.4.8 Controles Internos em Produção: De Garantir necessária por CR. autônomos e estagiários: caso. informações. corporativo. 3.4.7 Cumprimento de rotina de transito de material, identificação e sua estocagem. vendedores ou clientes. De Controle de movimentação sempre Controle da produção e dos estoques. Cliente x consumidor. Pesquisa de satisfação do cliente. 3.4.9 Controles internos em Estoques e transferências: Guarda de ativos: Acompanhamento e manutenção da eficiência operacional. Garantia da eficácia do sistema de informações. Garantia do cumprimento de normas administrativas. Operacionais: Características serviços. dos produtos ou ME SQUI TA , E. C.; et al . A I nf lu ê nci a Dos C o ntr o les Int er n os Pa ra Mel h ori a D a Administr aç ão D e R isco. Tipos de produtos e procedimentos de produção. Quantidade de produtos pouco usuais. Quantidade de produtos homogêneos. Materiais de valor elevado. Rotação do estoque e obsolescência. Possibilidade de transporte ou mobilidade do produto. Relação materiais, com o custo de estoque. Sazonalidade dos produtos ou padrões de produção. Características perigosas ou danosas ao meio ambiente. Natureza do processo de produção. Existência e negociabilidade dos subprodutos. Subcontratação de fases do processo produtivo. Características do processo produtivo: encomenda ou contínuo. Duração do ciclo de produção x de custos coerentes. Condições econômicas, concorrências e tendências do negócio. a) Estabelecimento de padrões. b) Avaliação de desempenho. c) Correção dos desvios. 4.2 Abrangência: De acordo com Chiavenato, (1994, p. 435-495) o controle pode ocorrer em três níveis: Estratégico: nível institucional temos o controle estratégico; Tático: ao nível intermediário temos o controle tático; Operacional: ao nível operacional temos o controle operacional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. São Paulo: Atlas, 1996. ANTHONY, Robert N.. Sistemas de Controle Gerencial. São Paulo: Atlas, 2002. KOONTZ, Administrativos: Extensão no uso de orçamentos para: - previsões de vendas (sinergia comercial x produção x finanças) - níveis de estoques (definir regularmente) - atividades de produção, mão de obra e custos indiretos Acompanhamento dos resultados realizados e orçados. Procedimentos de acompanhamento de estoques e custos. Relatórios quantidade em estoque, ao H. O'DONNEL. Princípios de administração. 11.ed. São Paulo: Pioneira, 1978. Apostila Controladoria do curso de MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria. FGV de 2010. Apostila Controladoria: Planejamento, Controles Internos e Avaliação da Gestão. IOB Educação Corporativa. Instrutor: Clayton Roberto Moraes. 2010. custos padrão, preços de compra, margens. Quanto aos controles contábeis: - existência física - cálculos (valores aceitos, comprováveis) - Avaliação - Contabilização 4. CONTROLES INTERNOS 4.1 Fases: Para Koontz & O'Donnel (1978, p.226) as fases do controle são três: Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Anais do II Seminário Multidisciplinar ENIAC Pesquisa 2010 II Encontro Da Engenharia Do Conhecimento Eniac II Encontro De Iniciação Científica Eniac II Fábrica de Artigos A GESTÃO DO TEMPO NA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS: OITO PASSOS PARA DESENVOLVER UMA PESQUISA. TIME MANAGEMENT IN THE PREPARATION OF SCHOLARLY WORKS: EIGHT STEPS TO DEVELOP A RESEARCH ______________________ Itamar Bezerra dos Santos Ivo César Bonfim. Itamar Bezerra dos Santos é Especialista e Tutor da Faculdade Eniac em Guarulhos 2010 Ivo César Bonfim é Especialista e Tutor da Faculdade Eniac em Guarulhos 2010 ______________________ ABSTRACT RESUMO Este artigo tem como foco direcionar as pessoas das organizações que vão as academias buscarem formação para elaborar de forma prática a criação dos trabalhos acadêmicos profissionais, pois, como professores do nível superior observaram, muitos discentes têm dificuldades na hora formar um banco de dados consistente para fazer as pesquisas acadêmicas com viés profissional. Palavras-chave: pesquisa, acadêmico, organização do tempo. 53 This article focuses on direct people organisations will seek to elaborate training academies in a practical way the creation of scholarly works, as professional teachers of upper level observed, many students have difficulties in time form a consistent database to make academic research with professional bias. Keywords: research, scholarly organisation of working time. work, trabalho SAN TOS, I. B.; BONF I M, I .C . A G est ã o Do Te mp o Na E la b or açã o D e Tr a ba l hos Acadêmicos : O it o Pas s os P ar a Des envolver U ma Pes quis a. INTRODUÇÃO O tempo é sem dúvida o recurso mais precioso e escasso que nós temos, para algumas pessoas o tempo é um fator decisório nas suas vidas. Pense numa corrida de fórmula um e como décimos de segundos podem separar o 1º colocado do 2º colocado, para uma pessoa que está em cárcere um simples minuto pode se transformar numa eternidade. No ambiente corporativo o tempo é um fator primordial para a ascensão ou queda de uma organização. Em 1990 o Brasil passou por uma transformação em termos econômicos, até o início da década de 90 o mercado de produtos e serviços era protegido, ou seja, havia uma espécie de monopólio das empresas brasileiras, adquirirem um produto importado era um privilégio para poucos. Quando assumiu a presidência da república Fernando Collor de Melo adotou medidas que abriram as fronteiras do mercado do Brasil para empresas estrangeiras que por sua vez puderam situar-se em novos nichos de mercado. A partir daí as organizações do país tiveram que se adequar ao novo cenário e com isso buscaram alternativas para ganhar competitividade frente aos produtos importados, deu-se inicio então aos estudos e práticas empresarias que visavam à busca da qualidade total. Com a vinda das empresas estrangeiras para o Brasil, trouxeram consigo as práticas de gestão mais avançadas, principalmente ferramentas de gestão de empresas do Japão que buscam justamente a redução do tempo de produção e redução de custos operacionais, métodos de gestão que existem há dezenas, centenas de anos, práticas como JUST IN TIME – JIT, KANBAN entre outras. O sucesso dessas ferramentas envolve o elemento que norteia a confecção deste artigo o tempo, para os orientais milésimos de segundo podem fazer a diferença, o desempenho destes métodos de trabalho está atribuído aos seguintes fatores: . Tempo de planejamento: O povo oriental tem na sua cultura a disciplina como base para o seu cotidiano e planejar faz parte do dia a dia. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 . Redução dos desperdícios: Na cultura oriental não é permitido desperdícios, sejam materiais e/ou humanos, todo o trabalho é feito da forma certa no tempo certo na quantidade certa. No período pós-guerra o Japão foi reconstruído com poucos recursos materiais e humanos. . Busca da qualidade em todas as fases de elaboração do trabalho: Na cultura nipônica, todas as pessoas recebem treinamento, são educadas para entender todas as fases de um trabalho. 1. O BRASIL E O RACIONAMENTO DOS POSTOS DE TRABALHO A partir da eleição de Fernando Collor as empresa brasileiras sofreram um choque de gestão, o mercado até então era estável, não havia concorrência. No setor automobilístico, por exemplo, apenas quatro montadoras dominavam o mercado, Collor na ocasião afirmou que os veículos nacionais eram carroças. Com os novos concorrentes a empresas do Brasil tiveram que adotar práticas que pudessem proporcionar competitividade frente às empresas estrangeiras. Foi então que as organizações passaram a adotar o downsizing que é uma prática que consiste no achatamento dos niveis hierárquicos de uma organização, um trabalho que era feito por uma equipe de quatro pessoas, por exemplo, passou a ser desempenhado por apenas uma. “Trata-se de um projeto de racionalização planejado em todas as suas etapas, que deve estar consistente com Planejamento estratégico do negócio cuja meta global é construir uma organização o mais eficiente e capaz possível, privilegiando práticas que mantenham a organização mais enxuta possível (http://pt.wikipedia.org/wiki/Downsizing).” O novo modelo de gestão que levou as organizações do Brasil a achatarem os seus níveis hierárquicos fez com os sobrevivessem nas empresas apenas os colaboradores que agregassem valor ao negócio, sob este novo olhar dos gestores, os colaboradores foram levados a buscar formação. www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br O Brasil e a nova geração de empregados: Com o advento das multinacionais e o achatamento dos níveis de hierarquias das empresas, surgiu também um novo tipo de colaborador, os funcionários da geração “y”. Esta nova gama de pessoas inseridas nas empresas surgiu mediante aos avanços da tecnologia, a prática do “downsizing” fez com que as empresas mantivessem no seu quadro apenas as pessoas que realmente fizessem a diferença, e com isso os colaboradores remanescentes se tornaram mais exigentes uma vez que estavam acumulando uma carga maior de atribuições às empresas tiveram que dar uma contrapartida para essas pessoas. A característica que é marcante nas pessoas da geração “y” é justamente o fato de não querer esperar muito tempo para alcançar os seus objetivos, a geração “y” busca constantemente atingir as suas metas em pouco tempo. O desafio das organizações é alinhar o modelo de gestão enxuto, ou seja, apenas com pessoas que agreguem valor ao negócio, com os objetivos da geração “y”, uma vez que pessoas desta geração buscam atingir as suas metas em pouco tempo. A partir desse novo contexto foi que as pessoas que desejam manterem-se atrativas no mercado de trabalho passaram a buscar formação profissional a fim de suprir as necessidades das organizações e ao mesmo tempo, atender as expectativas da geração “y” e assim surgiram os cursos com foco na formação profissional, universidades, faculdades e cursos técnicos tem o propósito de suprir as empresas com mão de obra qualificada e agregar valor para as organizações e as pessoas. A formação de mão de obra competitiva: A partir da necessidade das empresas terem em seus quadros de colaboradores com conhecimento tácito que agreguem valor aos negócios é que cresceu substancialmente a oferta de ensino profissionalizante seja nas universidades, faculdades e cursos técnicos, é justamente nesse ponto que é o foco deste artigo, que é direcionar as pessoas das organizações que vão as academias buscarem formação para elaborar de forma prática a criação dos trabalhos acadêmicos profissionais, pois como professores do nível superior observaram que muitos discentes têm 55 dificuldades na hora formar um banco de dados consistente para fazer as pesquisas acadêmicas com viés profissional. Definindo estratégias de trabalho: Para ter um trabalho consistente os discentes têm de trabalhar com metas claras e principalmente prazos definidos, podemos dividir a construção do trabalho em diversas etapas: Objetivos, problemática, hipótese, justificativa, corpus, referencial teórico e por último e não menos importante a disciplina. Objetivos ao se começar a coleta dados para a pesquisa cientifica, o discente deve ter claro, qual é o objetivo da sua pesquisa, ou seja, qual é problema em questão, é fundamental que a natureza do trabalho esteja bem definida para o aluno, só a partir daí que é possível definir quais os meios de pesquisa irão nortear a confecção do seu trabalho. A definição da problemática comumente apresenta dificuldade para os discentes que têm dificuldades para encontrar um tema adequado as suas expectativas pessoais, bem como as expectativas e determinações do curso. A busca do assunto/tema a ser focado na pesquisa deve ser direcionada de forma que o discente sinta-se atraído pelo o objeto de estudo, é dispensável investir diversas horas para leitura de trabalhos correlatos. Para Martins (2007:7) o aluno deve escolher um tema ligado a sua área de atuação e/ou que faça parte da vivencia pessoal do estudante o que torna o trabalho mais interessante e coeso. A coesão só é possível assim, porque o estudante já tem conhecimentos prévios do assunto, além facilitar a compreensão de termos técnicos e jargões da área em questão. Isso facilita a busca de referencias escritas e o contato com profissionais especializados como aponta descartes: “Para principiar mais vale que nos sirvamos das que se apresentam espontaneamente aos nossos sentidos do que procurar outras mais raras e complicadas...” Para o autor “parecia que se poderia encontrar muito mais verdade no raciocínio, que cada um forma sobre os assuntos que consideram importantes.” Para formar a problemática da pesquisa o discente deve buscar dentro de si e/ou dentro da organização em que está inserido um problema que pode e deve ser resolvido e ter a ciência que uma vez que o SAN TOS, I. B.; BONF I M, I .C . A G est ã o Do Te mp o Na E la b or açã o D e Tr a ba l hos Acadêmicos : O it o Pas s os P ar a Des envolver U ma Pes quis a. problema foi definido há uma ou várias hipóteses de solução. Hipótese: Uma vez que o problema foi estabelecido o discente trabalhará na busca de soluções para a questão, durante a fase de coleta de informações para a pesquisa ele pode se deparar com caminhos que podem fazê-lo dispersar do tema original. É fundamental que o aluno faça uma pesquisa com alcance delimitado, ou seja, ele deve cercear a quantidade de assuntos a serem discutidos na pesquisa. Um único problema pode diversas hipóteses de solução, o fato interessante em relação esse contexto é que uma pesquisa pode servir de base para outras, uma pergunta que foi respondida pode gerar outras perguntas que por sua vez geram outras pesquisas. Na Justificativa, como o próprio o nome diz - é o ato de justificar a pesquisa. A justificativa é ponto onde o aluno estabelece as razões que fundamentam a sua pesquisa, ou seja, de forma consistente traz a tona quais são as razões que o fizeram falar sobre determinado tema, que é complementada pelo problema, que é uma questão sem resolução, é a vontade do aluno em preencher uma lacuna existente no objeto de estudo. A justificativa da pesquisa visa esclarecer a relevância do tema abordado dessa forma os fins de pesquisa podem justificar o meio, ou seja, quais serão os passos a serem seguidos para a conclusão da pesquisa. Por exemplo: Se um aluno quer trabalhar um tema de pesquisa sobre gestão de estoques na cadeia de suprimentos ele deve procurar quais são os problemas que existem na gestão de estoques e pontuar as principais causas do problema e buscar material consistente que possa trazer a solução para o problema em debate. A construção da pesquisa se a partir de uma busca minuciosa seja nas referências bibliográficas e/ou na busca de informações junto aos profissionais mais experientes da área e da empresa, essa busca por referencias que vão ditar os caminhos da pesquisa é definido como “corpus”. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 2. CONSTRUINDO CONSISTENTE MATERIAL Conforme afirmado por Martins (2007:7) para desenvolver uma pesquisa acadêmica profissional o aluno não necessita investir um tempo considerável na leitura de livros sobre o tema proposto, ele deve, porém, ter definido claramente quais serão as fontes que ele irá coletar as informações para elaboração do seu trabalho. A formação do banco de dados é definida como corpus. Corpus este que se resume em todas as informações que o discente busca para formar uma pesquisa coesa, independente de quais sejam as fontes, sejam escritas, digitais ou até mesmo faladas. A compilação de todos os dados para a formação da pesquisa origina-se os “corpora”, só coma formação do corpus/corpora é que o aluno pode se perguntar qual é o caminho que deverá ser seguido, por exemplo: a partir da formação dos “corpora” é que o aluno sabe quantas pessoas deverá entrevistas, quantas perguntas deverá fazer, qual a linha de raciocínio a ser seguida. Com a linha de pensamento bem definida o acadêmico pode justificar a sua pesquisa. O Referencial Teórico tem como papel principal apresentar e debater os assuntos que envolvem a pesquisa, o referencial é importante, pois é exposto o ponto de vista dos autores que norteiam a pesquisa e serve como base para responder possíveis perguntas que pode surgir durante a pesquisa. A partir do referencial teórico é que o leitor sabe quais foram as fontes que o discente uso para responder a questão em debate. 3. DISCIPLINA Para seguir todas as etapas abordadas anteriormente, o discente deve ter o elemento básico para qualquer desenvolvimento de trabalho: Disciplina, a construção de um trabalho científico demanda foco, o aluno tem que ter claro que desenvolver um projeto de pesquisa requer um esforço considerável, esse esforço resulta em um grande investimento de tempo. Como objeto central deste artigo é justamente a gestão do tempo vamos definir algumas regras a ser seguida, segundo Miranda (2008) existem doze passos www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br a ser respeitados para se ter uma boa gestão do tempo. Porém vamos abordados oito passos que são fundamentais na construção de uma pesquisa cientifica. Reconhecer e eliminar os desperdiçadores de tempo: para construir uma pesquisa coerente, o discente deve saber reconhecer e eliminar quaisquer entraves que possam atrapalhar a elaboração do seu projeto. Para Miranda (2008:43) é preciso ter o ambiente de trabalho ordem, neste caso os materiais de pesquisa organizados. Além do senso de organização o discente deve ter consciência que se há alguma atividade que precisa de sua atenção, esta deve ser feita o quanto antes, não se deve de forma alguma postergar, procrastinar as suas tarefas. As tarefas mais simples podem ser administradas imediatamente e assim se ganha tempo para as tarefas mais complexas. Planejar e definir as prioridades: Ao construir a sua pesquisa o aluno já tem em mente qual tema quer abordar, embora algumas informações mais simples estejam em mente, é importante o discente tenha uma pauta que contenha todas as suas atividades. Para Miranda (2008:67) a relação das atividades a serem desempenhadas deve ser dividida numa escala de prioridades da seguinte forma: As prioridades são as atividades que dependem do momento presente para serem executadas, sob o risco de não conseguir o mesmo resultado esperado se for executada depois. Prioridade 1: Consistem nas atividades que estão no limite do adiamento, ou seja, já foram adiadas diversas vezes e devem ser executadas assim que forem feitas as atividades com prioridade zero. Prioridade dois: resume-se nas atividades de menor importância, devem ser executadas logo após a execução das atividades zero e um, tais atividades não interferem diretamente no processo de elaboração da pesquisa e podem ser postergadas. Uma vez feito o planejamento que define as prioridades, o discente poderá ter a relação das atividades e algumas podem até ser delegadas a terceiros. Realizar uma tarefa de cada vez: O discente tem que ter todas as suas atividades definidas, anotadas em uma agenda, ter uma pauta das 57 tarefas faz com o discente estabeleça as metas, tarefas a serem executadas. Miranda (2008:71) afirma que é necessário ter foco, a falta de foco pode fazer com que o aluno perca o seu objetivo inicial, fazer o TCC. Otimizar o tempo de pesquisa: Ao desenvolver a sua pesquisa é necessário que o aluno saiba aproveitar os inshigts, ou seja, é recomendado que se tenha sempre a mão um bloco onde possa fazer anotações de possíveis ideias que possa ter. Para quem não dispõe de tempo para ler, por exemplo, pode aproveitar o tempo de deslocamento para ir de casa ao trabalho e vice versa para ler os livros que compõem a bibliografia da sua pesquisa. Miranda (2008:76) define que também é importante que o discente peça a opinião de terceiros sobre o andamento dos seus trabalhos, pois que está de fora pode descobrir eventuais falhas que passam despercebidas ao aluno. Delegar tarefas: Criar um grupo de estudos é uma forma interessante que o discente pode trabalhar a elaboração de uma pesquisa, partindo do pressuposto do trabalho em equipe é fundamental que o discente faça uma troca de informações com os demais acadêmicos. Com o grupo de estudos formados os discentes podem delegar tarefas entre o grupo, de acordo com os talentos da equipe cada membro assume uma responsabilidade, delegar é uma forma inteligente tempo. Aprenda a dizer não: A cultura do Brasil tem enraizado o hábito de deixar tudo para o último dia, ou seja, o podemos definir como o ato de postergar/procrastinar. Ao desenvolver um trabalho acadêmico acontece a mesma coisa com os discentes, é importante que o aluno saiba gerenciar as suas tarefas para que lhe sobre tempo para desenvolver outras atividades que não estão ligadas ao meio acadêmico. Dizer não para atividades que não condizem com a confecção do seu trabalho é fundamental para não perder o foco. Reconhecer os momentos produtivos: Miranda (2008:90) diz que cada indivíduo tem o seu momento onde é mais produtivo, ou seja, há uma determinada parte do dia que nós temos um pico na produção individual, ou seja, numa determinada parte do dia somos mais produtivos. É importante que o aluno saiba reconhecer esses momentos e que faça as SAN TOS, I. B.; BONF I M, I .C . A G est ã o Do Te mp o Na E la b or açã o D e Tr a ba l hos Acadêmicos : O it o Pas s os P ar a Des envolver U ma Pes quis a. suas atividades nesses momentos, dessa forma o discente aperfeiçoa a sua pesquisa. Não ser perfeccionista e/ou detalhista: Ao buscar informações para construir a sua pesquisa, o discente corre o risco de depararse com diversas outras questões além da problemática inicial da sua pesquisa, é nesse momento que o aluno tem que ter a ciência de que nem todas as questões poderão ser resolvidas, isso, porém, não quer dizer que o aluno conduzir a sua pesquisa de maneira relapsa. Monitorar as ações e buscar a melhoria contínua: Nenhuma atividade está isenta de falhas, seja no ambiente empresarial ou acadêmico, partindo deste pressuposto o aluno pode fazer uso de algumas ferramentas da qualidade, que são denominadas ferramentas kaizen. A filosofia kaizen parte da ideia da melhoria contínua, qualquer atividade pode ser melhorada o discente pode usar diversas ferramentas, o ciclo PDCA é uma delas. O ciclo PDCA consiste em P- Planejar, como citado anteriormente o discente deve planejar as suas atividades e definir quais são as prioridades. DO – É a fase de execução do planejamento estabelecido. CHECK – É a fase de monitoramento das atividades propostas que estão sendo executadas. DO – É parte final do ciclo, consiste em por em andamento possíveis melhorias. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme citado no inicio deste artigo a procura por cursos de nível superior aumentou consideravelmente nesta década, tal fato está ligado a crescente demanda por parte das empresas de profissionais capacitados que agreguem valo ao negócio. Por outro lado o downsizing fez as empresas reduzir a mão de obra, sob este novo olhar as pessoas inseridas nessas organizações foram obrigadas a voltar para a sala de aula. Porém, como boa parte dos colaboradores destas organizações são pertecentes a geração “y” essas pessoas busca resultados a curto prazo, a confecção de um TCC demanda um tempo considerável em todas as suas fases, é muito comum os discentes buscarem resultados instantâneos . Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 Se fossemos resumir tudo o que foi abordado até aqui em relação a gestão do tempo para construir um trabalho acadêmico, podemos afirmar que é fundamental que o discente elimine por completo os disperdiçadores de tempo que podem limitar a sua pesquisa. Ao seguir os oito passos citados neste artigo o aluno conseguirá desepenhar as suas tarefas com agilidade e formar um trabalho coeso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, A. J. Fundamentos de Metodologia: Um guia para a iniciação científica – 2° Edição Ampliada. São Paulo: Markon books, 2000. GIL, A Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 Ed. – 11. – São Paulo: Atlas, 2008. MARTINS, Gilberto de A. Guia para elaboração de monografias e trabalhos de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 2007. MIRANDA, J. Os 12 mandamentos da adm do tempo. São Paulo: LCTE Editora, 2008. http://revistagalileu/Revista/Galileu/EDG871657943-219,00-GERACAO+Y.html acesso 21/ 09/ 2010 às 13:h. http://www.tudosobreconcursos.com/content/vi ew/122/36/ acesso 19/09/2010 as 11h00min. http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpus acessado dia 17/09/2010 as 09h30min. http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met05.htm acessado dia 12/09/2010 as 15h00min. http://monografandoufrgs.wordpress.com/tag/c orpus/ acessado dia 10/09/2010 às 13h45min. http://pt.wikipedia.org/wiki/Gera%C3%A7%C3 %A3o_Y acessado dia 11/09/2010 as 12:h. www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Anais do II Seminário Multidisciplinar ENIAC Pesquisa 2010 II Encontro Da Engenharia Do Conhecimento Eniac II Encontro De Iniciação Científica Eniac II Fábrica de Artigos AVALIAÇÃO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONCRETAGEM. CUSTOMER SERVICES SERVICE ASSESSMENT ON CONCRETING ______________________ Vanessa Abreu Ramos Vanessa Abreu Ramos é pós-graduanda do curso de Estratégias de Recursos Humanos da Faculdade ENIAC Guarulhos 2010 Orientadora: Monica Maria Martins de Souza Monica Maria Martins de Souza é Psicóloga CRP: 10263MG/ES, Jornalista MTE: 0067950SP, Doutora em Comunicação e Semiótica PUCSP. Mestre em Administração. Especialista em Docência, Adm de RH, Docência em EAD e Tecnologia Educacional. Editora da Revista Acadêmica: Augusto Guzzo. Avaliadora INEP. desde 2006. serviços, com aplicações práticas, análise e ______________________ resultados, metas, indicadores e tomadas de ações para melhoria contínua. A metodologia utiliza RESUMO técnicas estatísticas, técnicas de pesquisa de mercado, técnicas de análise de O presente trabalho consiste em apresentar a decisão de metodologia para avaliação da satisfação de concretagem. uma empresa serviços de clientes em uma cadeia logística com foco na prestação de serviço de concretagem, que Palavras-chave: avaliação, visa a melhoria dos serviços logísticos. Estuda logística. o método existente de avaliação gerenciamento, de atendimento ao cliente nessa prestação de 59 RA MOS, V .A. Av al iaç ã o D e At en d i me nt o A o C li e nt e Na Pr est açã o D e Se rviç os D e Concret agem. Este método de avaliação de atendimento ao ABSTRACT cliente será focado na pontualidade de entrega The present work consists in presenting the do serviço que influencia diretamente outros methodology for assessment of customers ' processos dentro da cadeia produtiva de uma satisfaction in a logistics chain with a focus on obra. O resultado do trabalho será avaliar o the provision of concrete services, aimed at the método utilizado pela empresa de prestação improvement of logistical services. Study the de serviço de concretagem existing method of valuation of customer indicadores utilizados, se condiz com a service in the provision of services, with realidade da percepção dos clientes, além de practical applications, analysis and results, desenvolver targets, indicators and actions taken for método e os motivos que os tornem funcionais continuous improvement. The methodology para qualquer tipo de prestação de serviço. uses statistical techniques, market research A justificativa do trabalho considera o bom techniques, techniques of decision analysis of entendimento a concrete services company. fundamental para a qualidade do atendimento soluções do para quanto aos aplicação processo do logístico é de concreto. A gestão da cadeia logística pode Keywords: assessment, management, logistics. resultar em um incremento no valor percebido pelo cliente com relação ao serviço oferecido pela organização. O valor percebido pelo INTRODUÇÃO cliente pode ser definido como a maneira como o cliente percebe o que a organização O presente trabalho consiste em estudar o método existente de avaliação de atendimento ao cliente na prestação de serviços de concretagem, com aplicações práticas, análise se resultados, metas, indicadores e tomadas de ações para melhoria contínua. As bibliografias sugeridas para o estudo serão baseadas em logística aplicada à prestação de serviços, satisfação de clientes, o valor do atendimento percebido pelo cliente, métodos oferece. A percepção do cliente abrange as dimensões de: conformidade com suas exigências, preço e marca e serviços que acrescem valor. A habilidade de oferecer o que o cliente quer e precisa é uma exigência básica. A gestão da cadeia logística pode contribuir para isso determinando estratégias que atendam as expectativas do mercado e comparando as características do serviço oferecido com as necessidades do cliente. de avaliação de atendimento ao cliente de empresas prestadoras de serviço que envolva logística ou não no processo. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Requisitos que a Concreteira precisa melhorar - Obras 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Qualidade do concreto Infra estrutura Atendimento Técnico Atendimento Comercial Atendimento Operacional Atendimento Telefônico Pontualidade Disponibilidade para atendimento diário 0 Figura 2: Pesquisa de satisfação de clientes (fonte: 5W1H Consultoria – 12/2008). O prestador de serviços tem a necessidade de quão satisfeito o cliente está com relação aos se antecipar em relação aos processos em serviços prestados, visto que cada (obra) que existe maior probabilidade de haver erros, cliente e principalmente no setor de concreto o atendimento diferente. bombeamento do concreto, e assim criar No serviço de concretagem cada empresa do medidas de setor tem uma característica de atendimento preservar a confiança do cliente, que sofre que se aplica aos clientes menores, médios e com o erro. O trabalho fará uma análise do grandes. Cada nicho de mercado, tamanho atendimento prestado pela concreteira às das obras, tem necessidades diferentes e por obras, avaliando horário de chegada do isso as empresas se especializam em atuar caminhão na obra. Será comparando o horário nas principais necessidades destes clientes programado pelo cliente com o horário real do tão distintos. corretivas atendimento. do clientes maior será o de retenção. A satisfação na própria empresa e nos clientes. deve ser analisada duas situações: Existem concretagem: empresas do A cliente maior setor de deste qualidade identificar possibilidades de melhorias e ações do partir objetivo de Quanto maior o grau de satisfação dos satisfação a o percepção indicador A E com tem no serviço preocupação concreto é de aqueles “clientes perdidos” que não compra das mais porque está insatisfeito, passando a ser a atendido pela concorrência, e o outro pontualidade no atendimento, ou seja, ter um momento de análise é durante o atendimento diferencial horários se o cliente tem ou não reclamação do programados sem onerar a produtividade atendimento. Medir o número de reclamações (meta principal) para continuar competitiva e é a melhor maneira de identificar o nível de aumentar a sua participação no mercado. satisfação dos clientes, além do que evidência E como é medida a satisfação dos clientes a percepção para o cliente do atendimento neste setor? Não é uma tarefa fácil medir o prestado. O indicador de satisfação do cliente 61 no cumprimento de RA MOS, V .A. Av al iaç ã o D e At en d i me nt o A o C li e nt e Na Pr est açã o D e Se rviç os D e Concret agem. é fundamental para definir a longevidade desta preso em outra obra, onde não pode sair até parceria, mas não é garantia, pois esse que finalizasse a concretagem. indicador é apenas uma pista limitada da Na obra, todas as etapas são pré-requisito capacidade de retenção dos clientes em para uma etapa seguinte. Quando atrasa uma mercados altamente As concretagem, o atraso se espalha para etapas empresas de com subsequentes, além de haver a perda do regularidade algum percentual de clientes próprio dia, porque se fica com uma equipe de satisfeitos. operários parados, esperando a primeira O impacto competitivos. concreto do perdem atendimento na obra: viagem de concreto chegar. Construtoras reclamam de atrasos na entrega Na Capital paulistana, onde a situação não do concreto e contam como estão lidando com poderia ser distinta, há um motivador peculiar a do para os atrasos: o trânsito caótico da cidade. aquecimento do setor vêm atingindo, com Muitas vezes a programação da concreteira é incômoda assiduidade, um dos componentes cumprida à risca, o caminhão sai da Central na mais demandados no canteiro: o concreto hora certa, mas não consegue chegar à obra dosado em central. A observação parte de no horário. Uma concretagem de estaca construtores de vários pontos do Brasil, que hélice, situação que requer um horário bem reclamam atendimento definido e rigoroso, muitas obras acabamos capazes de prejudicar o cronograma físico das enfrentando algumas dificuldades, pois o obras atraso pode ser causado por falta de matéria- situação. Os de e efeitos gargalos a negativos no programação diária dos operários. Nesse sentido, a queixa prima, atraso de bomba, quebra de mais recorrente aponta para atrasos no equipamento entre outros fatores. Outras fornecimento do produto pelas concreteiras. obras adiam as concretagens para o dia As empresas ficam de começar a concretagem seguinte, pois o atraso do dia faria com que a num determinado horário e não cumprem. Ou obra começasse às quatro da tarde, e este seja, nem sempre uma concretagem que inicia fato leva a obra entrar noite adentro, além do no horário vai finalizar o horário previsto e vice problema do barulho, teria que pagar as horas versa, uma concretagem que começa atrasado extras dos funcionários. pode também finalizar antes do horário O método de análise crítica da concretagem: combinado. Isso acontece porque o que Para medir o índice de satisfação do cliente determina o bom atendimento é o sincronismo são utilizados os indicadores: Número de entre o carregamento na Central igual ao reclamações / volume (m3) entregue (mensal) intervalo da descarga da obra, por isso que o e a pontualidade número de pedidos atendidos intervalo pontualmente / número total de pedidos. de fundamental descarga no estudo é uma de variável logística e A análise de pontualidade da entrega aponta programação de concreto. que o indicador mais adequado para medir A maior reclamação das obras não são satisfação do cliente é o método de análise apenas casos isolados, os atrasos acontecem crítica da concretagem, como se pode ver no com Relatório a seguir. Na análise do resultado da frequência, e normalmente as concreteiras alegam que o equipamento ficou Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 aplicação do método: www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Verificou-se que o emprego do diagrama de que estas, devem fazer parte da cultura da análise critica da qualidade da concretagem empresa, ser vivenciada a todo o momento e possibilitou: em qualquer situação, seja ela em relações • levantar os diversos tipos de falhas possíveis entre os clientes internos ou com os clientes de da massa ativa do mercado. Todos devem acordo com a tabela “Principais ocorrências”. “comprar a ideia”, insistir para que a qualidade • analisar a ocorrência das falhas e o impacto seja contínua e no atendimento e satisfação do cliente. percepção que o cliente tem da empresa, • correlacionar às anomalias (reclamações dos influencia diretamente na sua avaliação quanto clientes) com as principais causa de falhas. á qualidade do serviço e ter uma percepção • correlacionar um evento de topo com as positiva é o ideal de todas as relações de causas primárias e intermediárias; negócios. • selecionar a falha mais comum, relacionando Vários fatores influenciaram para que os os efeitos, as causas, os mecanismos de clientes adotassem a postura atual e embora prevenção e a priorização das ações, com as empresas saibam que a qualidade seja um base na ocorrência. diferencial o atendimento ainda é o principal • monitorar a melhoria nos índices ao longo da motivo para que os clientes deixem de utilizar implantação do Plano de Ação. os serviços da empresa. O uso do método para avaliar o atendimento Existem diversos tipos de clientes e cada qual pode se tornar uma ferramenta realmente possui seu estilo, sua percepção, enfim o seu fundamental numa comportamento sobre tudo o que os acerca. conjuntura onde as falhas inerentes ao Entender o comportamento dos clientes e processo de produção sejam antecipadas. saber lidar com suas reações, emoções, é Reduzindo-se falhas uma ferramenta que pode ser utilizada e que bom traz benefícios à relação empresa-cliente. As uma ações de melhoria sugeridas neste trabalho, atuação proativa junto as suas principais como trazer ao cliente a realidade do serviço causas, estaremos diminuindo o número de prestado pela empresa e suas interferências, reprogramações, reduzindo os custos da obra agregou muito valor no resultado positivo do e ainda, tornando o nível de satisfação do método, o que evidencia a maturidade da cliente muito superior. O uso do método e relação e a credibilidade da empresa para com técnicas da qualidade, conforme apresentado o cliente, além de possibilitar r criar empatia neste trabalho, mostrou-se capaz de auxiliar com o ele e cada vez mais estreitar o sobremaneira o gerenciamento de obras de relacionamento. construção civil, haja vista a eficiência e Encantar o cliente é fundamental no mundo de facilidade de aplicação encontrada durante o hoje e o diferencial. Portanto, para se obter estudo. uma vantagem competitiva sobre as demais A conclusão da análise apontou que quando empresas no ramo em que se atuam, as as organizações decidem adotar medidas para organizações precisam ainda mais investir em se atingir a qualidade, é importante lembrar qualidade. Este investimento pode muitas das quando o realizado número das potencialmente prejudiciais andamento serviços, 63 dos ao mediante se torne excelente. A RA MOS, V .A. Av al iaç ã o D e At en d i me nt o A o C li e nt e Na Pr est açã o D e Se rviç os D e Concret agem. vezes não ser alto em relação a custos, mas ASSUMPÇÃO, J. F. P. Gerenciamento de com certeza será alto em relação ao valor empreendimentos agregado para seus clientes. Modelo para planejamento estratégico da em Construção Civil: produção de edifícios. São Paulo. 206p. Tese (Doutoramento) – Poli –USP. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se que a introdução do modelo de BARBOSA, c. Gerenciamento de custos – controle Série Gerenciamento de Projetos – FGV de qualidade na empresa de prestação de serviço de concretagem, tornou EDITORA. 2007. muito eficaz e assertiva o resultado de avaliação do atendimento. Este método além PERFORMANCE RESEARCH ASSOCIATES. de apresentar os dados e o indicador de Atendimento nota 10. Tradução de Cíntia atendimento Braga. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. 190p. ao cliente, ainda fornece informações de como a obra está recebendo o concreto, ou seja, se a obra pode mudar ALVES, J. B. Gestão de clientes: arte da algum item como acessos liberados para conquista e manutenção do cliente. Rio de receber o caminhão, grua disponível para Janeiro: Q ark, 2004. 128 p. subida da tubulação entre outros. Este método resume a eficácia do início das concretagens LEBARBENCHON, A. F. et al. A qualidade no pela empresa como um todo dia a dia. O atendimento ao cliente no setor de serviços. indicador da pontualidade é bem representado 2001. Monografia (Pós-graduação em gestão pelos dados estudados neste trabalho, pois da qualidade e da produtividade) – Fundação indica o número de obras do tipo bombeado E. Sociais do Paraná, Curitiba, 2001. que foram atendidas no horário programado Disponível pelo cliente. Isto representa o controle da <www.observadordaqualidade.com.br>. empresa e as chances de direcionar as ações Acesso em: 20/04/2010 em: de melhoria para as obras ou Centrais identificadas como as mais problemáticas. MARQUES, F. Guia prático: conquistar clientes, aumentar os lucros e viver melhor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SIMCHI-LEVI desdobramento et da AL. Introdução qualidade. BH SP: Nobel, 2006. 120p. ao MG: Fundação Christiano Ottoni, 1996. 5W1H JUNIOR, mercadológica. 5. Harper Ed. W. Rio de Pesquisa de satisfação de clientes – 12/2008. Associação Brasileira das empresas prestadora de serviço de BOYD CONSULTORIA, Pesquisa concretagem. Disponível em: <www.abesc.org.br/> Acesso em 10/05/2010 Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Anais do II Seminário Multidisciplinar ENIAC Pesquisa 2010 II Encontro Da Engenharia Do Conhecimento Eniac II Encontro De Iniciação Científica Eniac II Fábrica de Artigos RELEITURA DA “GOVERNANÇA CORPORATIVA” NO CONCEITO DA “AUDITORIA”. RE-READING OF "CORPORATE GOVERNANCE" ON THE CONCEPT OF "AUDIT" ______________________ Elenilton Rodrigues Guimarães Leonice Aparecida Savi Tatiane Kaufmann de Moraes Vanessa de Abreu Ramos Elenilton Rodrigues Guimarães é Pós-graduanda da Faculdade Eniac. Curso Administração Financeira Leonice Aparecida Savi é Pós-graduanda da Faculdade Eniac. Curso Administração Financeira Tatiane Kaufmann de Moraes é Pós-graduanda da Faculdade Eniac. Curso Administração Financeira Vanessa de Abreu Ramos é Pós-graduanda da Faculdade Eniac. Curso Administração Financeira Orientador: Prof. Me. Ricardo Camargo Araújo Ricardo Camargo Araújo é Mestre, professor da Pós-graduação da Faculdade UNIP e Eniac em Guarulhos 2010. relacionados ______________________ desempenho aos demonstrativos empresarial, cujo do resultado busca a agregação de valor da companhia RESUMO para os acionistas e investimentos. É sabido Governança Corporativa é assunto cujo que cada empresa deve possuir objetivos interesse e impacto na gestão empresarial tem próprios sido crescente. Trata de políticas e práticas governança com exigências 65 influência sobre diversos aspectos ao utilizar alguma corporativa, legais prática embora e de existam corporativas GUI MAR ÃES , E.R .; e t a l. Re l ei tu ra D a “Gov er n anç a Cor p or at iv a” N o C o nce it o D a “Audit or ia”. estabelecendo regras gerais, é comum essas seus recursos”, de tal forma que reflitam, com organizações contratar e colocar em pratica as fidedignidade, a sua real posição perante o auditorias seja ela Interna ou Externa com foco mercado, já que precisam pleitear recursos na transparência e no acompanhamento dos junto a credores, em especial, bancos e controles das mesmas. investidores. Tais credores aplicam seus recursos baseando-se na situação econômico- Palavras-chave: Auditoria; Investimento; Governança. financeira das empresas, obtida pela análise dos demonstrativos contábeis. Por isso a importância de se ter esses documentos com dados verdadeiros, para não induzirem o ABSTRACT usuário a tomarem decisões de maneira Corporate governance is a subject whose equivocada. interest and impact on business management A governança corporativa das companhias has been growing. Comes to influence policies vem sendo objeto de vários estudos nacionais and practices on various aspects related to e internacionais e é considerado como um business whose fator essencial para o acesso das empresas outcome seeks added value for shareholders ao mercado de capitais. Para determinar o and company investments. It is known that valor de qualquer negócio, o administrador every company must have own objectives deve when investimentos (aplicação de recursos) e de performance using any statements, practice of corporate tomar decisões adequadas de governance, although there are legal and financiamento (captação de recursos). De corporate requirements establishing general acordo de rules, it is common to these organizations hire Governança Corporativa” - IBGC (2006) é: “o and put into practice the audits be it internal or sistema pelo qual as sociedades são dirigidas external with a focus on transparency and e monitoring of controls of the same. relacionamentos entre Acionistas / Cotistas, com “Instituto monitoradas, Conselho Keywords: audit; Investment; Governance. o de Brasileiro envolvendo Administração, os Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de Governança Corporativa bem INTRODUÇÃO como o auxilio das Auditorias Interna e Externa, têm a finalidade de aumentar o valor No mundo capitalista contemporâneo, cada vez mais as entidades necessitam de créditos para financiar as suas operações. Dessa forma, têm necessidades de apresentar os seus demonstrativos contábeis, que segundo Almeida (2003, p. 36) correspondem “a posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade". O objetivo é aprofundar o conhecimento na relação entre os conceitos na forma de Auditoria Interna e Externa e as boas práticas da Governança Corporativa, na busca do entendimento do processo de Gestão Empresarial, no momento em que as grandes empresas através de seus acionistas têm www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br requerido transparência e prestação fidedigna parâmetros e a partir deles mostrar suas de contas, com o intuito de obter confiabilidade tendências. Assim, partindo da obtenção dos e segurança nos negócios. resultados, A justificativa é a transparência de discuti-se Governança o Corporativa fenômeno e sua da real informações tem um papel fundamental no importância de agregação do reforço das funcionamento Auditorias. do mercado de capitais. Segundo, Bushman e Smith (2003) afirmaram A governança corporativa é uma expressão que a transparência é essencial para a empregada desde o início dos anos 90, no avaliação das oportunidades de investimentos qual segundo (IBGC) “Instituto Brasileiro de em uma economia, em seu papel de auxiliar Governança Corporativa”, é designada para os investidores a alocarem seus recursos de abranger os assuntos relativos ao poder de forma mais eficiente entre as diferentes controle e direção de uma empresa, bem opções disponíveis no mercado. como as diferentes formas e esferas de seu Sob essa ótica, a transparência torna-se uma exercício e os diversos interesses que, de ferramenta alguma forma, estão ligados à vida das importante das empresas se diferenciarem das demais em termos de sociedades comerciais. apresentarem suas A preocupação da Governança Corporativa é estratégias, visão de mercado, diferenciais criar um conjunto eficiente de mecanismos, competitivos, de tanto de incentivos quanto de monitoramento, investimento, tudo isso no contexto da Boa a fim de assegurar que o comportamento dos Governança Corporativa. executivos esteja sempre alinhado com o seu desempenho, novos A metodologia do programas presente se interesse dos acionistas. A boa Governança enquadra, então no formato de revisão da proporciona aos proprietários (acionistas ou bibliografia O cotistas) a gestão estratégica de sua empresa delineamento do estudo configura-se como e a monitoração da direção executiva. As exploratório, utilizando-se de fontes primárias, principais ferramentas que com abordagem lógica dedutiva. Gil (1995) controle da propriedade sobre a gestão são o afirma conselho pertinente que as trabalho ao pesquisas tema. exploratórias de asseguram administração, a o auditoria objetivam desenvolver, esclarecer e modificar independente e o conselho fiscal. conceitos e ideias, visando à formulação de Com crescimento das corporações, a abertura problemas de capital e a expansão dos mercados, mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. tornaram as atividades de auditoria cada vez De acordo com Oliveira (2002, p.119) “a mais importantes como fator de apoio à pesquisa finalidade tomada de decisão de administradores e conhecer as diferentes formas de contribuição investidores. Com a expansão dos negócios, científica que se realizaram sobre determinado as empresas passaram a necessitar de uma assunto ou fenômeno”. Sendo assim, este traz estrutura interna mais forte, com normas e uma análise acerca do tema Governança procedimentos internos para alinhar a prática Corporativa, bem como sua relação com a empresarial, pois o administrador já não podia Auditoria, 67 bibliográfica com intuito tem de por discutir seus GUI MAR ÃES , E.R .; e t a l. Re l ei tu ra D a “Gov er n anç a Cor p or at iv a” N o C o nce it o D a “Audit or ia”. mais supervisionar pessoalmente as operações de uma organização, ajudando-a a atividades dos empregados. atingir O órgão (IIA 2008) - The Institute of Internal abordagem sistemática e disciplinada de Auditors, define a auditoria interna como uma avaliação e melhoria da eficácia da gestão de atividade independente, objetiva, segura e riscos e controles e dos processos de consultiva que adiciona valor e melhora as governança. Para Bergamini p.149) “a incentivadas, envolvendo os relacionamentos governança é a expressão utilizada, de forma entre proprietários, conselho de administração, ampla, para denominar os assuntos relativos diretoria e órgãos de controle. ao poder de controle e direção de uma As boas práticas de governança corporativa empresa, convertem princípios em governativa no contexto internacional ou de objetivas, alinhando interesses uma (IBGC) finalidade de preservar e otimizar o valor da Governança Corporativa é o sistema pelo qual organização, facilitando seu acesso ao capital as organizações são dirigidas, monitoradas e e contribuindo para a sua perenidade. 1. ou nação”. Júnior (2005, mesmo Ainda da capacidade conforme seus objetivos através de uma recomendações com a LINHA DO TEMPO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA. Comparativo entre Brasil X Mundo” de 1992 / 2009 (IBGC). Ano 1992 Governança no Brasil 1.1.1.1 Governança no Mundo Não houve registro sobre governança neste período. Publicação do Relatório Cadbury, considerado o primeiro código de boas práticas de governança corporativa. O documento, elaborado por uma comissão coordenada por Sir Adrian Cadbury, surgiu como resposta aos escândalos registrados no mercado corporativo e financeiro da Inglaterra no final dos anos 1980. O Relatório influenciou as publicações dos futuros códigos de diversos países. GM divulga suas "Diretrizes de Governança Corporativa", considerado o primeiro código de governança elaborado por uma empresa. Ano 1995 - Governança no Brasil 1.1.1.2 Governança no Mundo Fundado o (IBCA) Instituto Brasileiro de Conselheiros Publicação do Relatório Vienot, marco da governança Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br de Administração, atual IBGC Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Ano 1996 - Governança no Brasil O primeiro evento público do IBCA, no Museu de Arte Moderna, abre ciclo de debates inédito no País sobre conselheiros de administração e governança corporativa. Ano 1997 - Governança no Brasil É aprovada a Lei 9.457, reformando a Lei das Sociedades Anônimas original (Lei 6.404/1976). A Lei revoga o Tag Along de 100% para ordinaristas, sendo considerada um retrocesso na questão do direito dos acionistas minoritários. Ano 1998 - Governança no Brasil Primeiro fundo voltado para a governança (Dynamo Puma), no programa de Valor e Liquidez do BNDESPar. IBCA realiza primeiro curso para conselheiros. Ano 1999 - Governança no Brasil Lançado o primeiro código brasileiro sobre governança corporativa, o "Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa", de autoria do IBGC. (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). CVM lança Instrução 299, sobre ofertas públicas, e rodízio de auditorias. Condições econômicas gerais como flutuações nas taxas de câmbio ou inflação. Ano 2001 - Governança no Brasil Bovespa cria o Índice de Governança Corporativa (IGC) cujo objetivo é medir o desempenho de uma carteira composta por ações de empresas que apresentem bons níveis de governança. A Lei das SAs é reformada, sendo promulgada a Lei 10.303/2001, apresentando avanços, embora tímidos em relação ao projeto inicial. Ano 2002 - Governança no Brasil Em junho, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lança sua cartilha sobre governança: "Recomendações da CVM sobre Governança Corporativa", voltada para as companhias abertas. A autarquia lança ainda as instruções 358 e 361 sobre informações relevantes e fechamento branco, respectivamente. CCR e Sabesp ingressam pioneiramente no Novo Mercado. Ano 2003 - Governança no Brasil 1ª edição do Prêmio IBGC de Monografias. Lançada a pesquisa Panorama Atual da Governança Corporativa no Brasil, objeto de parceria entre o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) e a 69 na França. 1.1.1.3 Governança no Mundo Criado o sistema “BSC” (Balanced Scorecard) por Norton e Kaplan. Segundo Kaplan e Norton (1997, p.25), o Balanced Scorecard reflete o equilíbrio entre objetivos de curto e longo prazo, entre medidas financeiras e não financeiras, entre indicadores de tendências e ocorrências e, ainda, entre as perspectivas interna e externa de desempenho. 1.1.1.4 Governança no Mundo Criação do novo mercado (Neuer Markt) da Bolsa de Frankfurt, Alemanha. No mesmo ano, a Federação Japonesa das Organizações Econômicas lança relatório com recomendações sobre governança corporativa. Em setembro, ocorre a crise asiática, fomentada, entre outras coisas, por más práticas da governança. 1.1.1.5 Governança no Mundo O Comitê de Governança Corporativa, estabelecido pelo Fórum de Governança Corporativa do Japão, elabora "Os Princípios de Governança Corporativa Uma Visão Japonesa". O documento baseou-se no relatório britânico, porém com diretrizes mais modestas. No mesmo ano, a OCDE cria o Business Sector Advisory Group on Corporate Governance. 1.1.1.6 Governança no Mundo O grupo de governança corporativa da OCDE abre caminho para a consolidação dos Principais of Corporate Governance, divulgado em maio, contendo diretrizes e recomendações sobre as boas práticas de governança. 1.1.1.7 Governança no Mundo Em novembro, é divulgado ao mundo os problemas de fraude contábil na Enron. Na sequencia, diversas empresas norte-americanas são obrigadas a refazer suas demonstrações financeiras. Como uma das consequências, a empresa de auditoria norte-americana Arthur Andersen cessa suas operações, após ser acusada de obstruir os trabalhos da justiça. 1.1.1.8 Governança no Mundo As sempre citadas fraudes contábeis e financeiras de 2000 e 2001 envolvendo grandes empresas do país, como Enron, Worldcom e Tyco, entre outras. Com isso o congresso norte-americano aprova à edição da Lei (SOX) Sarbanes-Oxley nos Estados Unidos, em 1º de julho de 2002, cujo propósito foi o de reerguer a credibilidade do combalido mercado de capitais norteamericano. 1.1.1.9 Governança no Mundo Em maio, a Nasdaq anuncia normas semelhantes à Bolsa de Nova York. Em dezembro, ocorre um escândalo corporativo na Parmalat, sendo o primeiro de muitos problemas de governança corporativa com GUI MAR ÃES , E.R .; e t a l. Re l ei tu ra D a “Gov er n anç a Cor p or at iv a” N o C o nce it o D a “Audit or ia”. Booz Allen Hamilton. CVM lança instrução 381 sobre serviços oferecidos pelas auditorias. Ano 2005 - Governança no Brasil É realizada a oferta de ações da primeira companhia brasileira de capital amplamente disperso (Lojas Renner), uma inovação no modelo brasileiro de governança corporativa. O IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) completa 10 anos e lança o livro "Uma década de Governança Corporativa História do IBGC, marcos e lições da experiência". grandes empresas da Europa Continental. Ano 2006 - Governança no Brasil 1ª edição do Prêmio (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) IBGC / Itaú de Jornalismo. Bovespa amplia regras para os níveis diferenciados de listagem. Neste mesmo ano, um caso de insider trading ocorrido durante a tentativa pioneira de aquisição hostil da Perdigão pela Sadia causa grande repercussão no mercado, aumentando a atenção do órgão regulador em operações similares. Ano 2008 - Governança no Brasil 1.2 O recente escândalo da Agrenco (empresa que atua no agronegócio) traz à tona a vulnerabilidade de quem exerce o papel de conselheiro na organização. IBGC lança a primeira Carta-Diretriz, se posicionando sobre o tema: Independência dos Conselheiros de Administração - Melhores Práticas e o Artigo 118 da Lei das Sociedades Anônimas. Ano 2009 - Governança no Brasil Em iniciativa inédita no Brasil, Usiminas divulga remuneração dos administradores em seu relatório anual de 2008. IBGC lança a quarta versão do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. CVM lança a instrução 480, trazendo como uma das principais mudanças o aumento no nível de informações prestadas pelas companhias. 1.1.1.11 Governança no Mundo Mais um problema de governança corporativa é anunciado no mercado norte-americano: mais de 130 empresas são acusadas de manipular as datas de concessão dos planos de opções de ações dos seus executivos, visando aumentar seus ganhos pessoais. O escândalo, conhecido como options backdating, causa a demissão de mais de 50 CEOs (Chief Executive Officer) e conselheiros. 1.1.1.10 Governança no Mundo Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) lança documento contendo diretrizes de boa governança para empresas de controle estatal. ICGN lança seu código de melhores práticas de Governança Corporativa: Global Corporate Governance Principles. 1.2.1.1 Governança no Mundo Crise financeira expõe problemas de gestão de riscos e o papel dos conselhos de administração. 1.2.1.2 Governança no Mundo Ostrom e Williamson levam Nobel de Economia por estudos relacionados à governança. Em janeiro, o fundador e presidente do Conselho de Administração da companhia indiana de tecnologia da informação Satyam admitiu ter manipulado os balanços da empresa: 94% do caixa não existia. Fonte: (IBGC) Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Como a Governança pressupõe Auditorias, Com a expansão dos negócios, as empresas elas podem ser: internas e externas. As passaram a necessitar de uma estrutura auditorias internas conforme, Attie (1998, interna p.110) equivale a um trabalho organizado de procedimentos internos para alinhar a prática revisão e apreciação dos controles internos, empresarial, pois o administrador já não podia normalmente executados mais departamento especializado organização. Com por um dentro da crescimento das mais forte, supervisionar com normas pessoalmente e as atividades dos empregados. De acordo com Silveira (2004), informações mais corporações, a abertura de capital e a transparentes e seguras aumentam o grau de expansão dos as governança corporativa e, assim, promovem atividades de mais maior alinhamento entre os contratos que mercados, auditoria tornaram cada vez importantes como fator de apoio à tomada de vigoram no ambiente empresarial. decisão de administradores e investidores. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br O órgão (IIA 2008) - The Institute of Infernal relacionadas às exigências da (Lei Sarbanes- Auditors, define a auditoria interna como uma Oxley), atividade independente, objetiva, segura e avaliações do desenho e da execução dos consultiva que adiciona valor e melhora as controles operações de uma organização, ajudando-a a financeiras, o apoio consultivo às áreas atingir uma responsáveis pelos controles na elaboração de abordagem sistemática e disciplinada de planos de ação para solução de hiatos entre a avaliação e melhoria da eficácia da gestão de estrutura riscos e controles e dos processos de demandada pela lei norte-americana. governança. A Lei Sarbanes-Oxley - É uma lei criada nos Além do IIA, diversos autores apresentam EUA, assinada em 30 de julho de 2002. suas definições sobre a atividade de auditoria Motivada interna. Porém, em vários deles, como Attie corporativos (dentre eles o da Enron, que (2008), ideias acabou por afetar drasticamente a empresa de características do cenário em que a área se auditoria Arthur Andersen), essa lei foi redigida desenvolvia anos atrás. Dentre os objetivos da com o objetivo de evitar o esvaziamento dos auditoria, investimentos financeiros e realmente contribuam para a execução da investidores pela estratégia empresarial, como verificar se os insegurança riscos existentes estão sendo mitigados de adequada das empresas. seus objetivos são não através de apresentadas são citados fatores que que podem internos de incluir, sobre controles por respeito das demonstrações existente escândalos causada a além da e a financeiros a fuga dos aparente governança modo a serem compatíveis com o apetite de risco da empresa e as atividades consultivas realizadas pelas áreas de auditoria. Diferentes procedimentos compõem as atividades de auditoria. Além dos trabalhos planejados com vistas a avaliar a gestão de riscos empresariais específicos, atualmente muitas 71 auditorias realizam atividades GUI MAR ÃES , E.R .; e t a l. Re l ei tu ra D a “Gov er n anç a Cor p or at iv a” N o C o nce it o D a “Audit or ia”. A auditoria externa, segundo Attie (1998, interna em suas estruturas de gestão, e o p.25), “é uma especialização contábil voltada a assunto, até há bem pouco tempo, era testar a eficiência e eficácia do controle completamente ignorado nos códigos de patrimonial implantado com o objetivo de e governança corporativa do país. expressar uma opinião sobre determinado O código do Instituto Brasileiro de Governança dado”. É um exame independente, objetivo e Corporativa – (IBGC, 2004), nos capítulos competente de um conjunto de demonstrações referentes ao conselho de administração e financeiras de uma entidade, sendo conduzido conselho fiscal da terceira versão do Código com o objetivo de exprimir uma opinião sobre, das se as Demonstrações Financeiras apresentam Corporativa, de forma verdadeira e apropriada a posição disposições sobre a auditoria interna, definindo financeira da empresa. Observe que o parecer que deve ser emitido por um profissional, o mais funcionamento dos controles internos e se os independente possível da empresa auditada. regulamentos, instruções e políticas estão Um banco, por exemplo, para conceder um sendo observados”. empréstimo a ter Os Tipos de Auditoria de acordo com alguns segurança de demonstrações autores que descrevem os vários tipos de financeiras apresentadas são confiáveis. O auditorias, como por exemplo, auditoria de banco teria dúvidas caso a opinião fosse sistemas, auditoria fiscal, auditoria tributária, emitida por um entre outras. No que se refere ao tema aqui uma sociedade, que as profissional quer que tivesse Melhores sua Práticas publicada de Governança em competência 2004, “é inseriu verificar o vínculos com a empresa. tratado serão dois tipos - financeiras ou de As demonstrações financeiras, que para as gestão e quais o auditor deve emitir seu parecer, (2004) demonstrações financeiras ou segundo a lei das S/A são: gestão e operacional são dois tipos de - Balanço Patrimonial. auditoria que - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos auditoria externa (ou independente) e auditoria Acumulados ou Demonstração das Mutações interna, do Patrimônio Líquido. então, saber o significado de cada uma dessas - Demonstração das Origens e Aplicações de duas modalidades de auditoria para melhor Recursos. compreender os aspectos que envolvem este - Demonstração do Resultado do Exercício. procedimento de avaliação das empresas. - Notas Explicativas. Para Almeida (2003, p. 26), a auditoria externa A auditoria é a boa prática de Governança das demonstrações contábeis é: Corporativa conforme Barros (2008). Ela [...] “Aquela que examina as demonstrações desempenha papel importante no sistema de contábeis de uma empresa e emite sua governança corporativa. A regulação no Brasil, opinião exceto para as instituições financeiras e para fundamental, vista como uma medida de as sociedades controladas pelo governo, não segurança, na opinião dos investidores, que impõe a obrigatoriedade de as empresas passaram a exigir que as demonstrações manterem os departamentos de auditoria contábeis Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 operacional. Segundo também se respectivamente. sobre estas, fossem o Crepaldi traduzem É de por interessante, que examinadas a tornou por um www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br profissional independente da empresa e de propósito do trabalho, os parâmetros para a reconhecida capacidade técnica”. sua Enquanto isso, a auditoria a preocupação com os e controles internos, a dependência profissional, operacional para Oliveira & Diniz Filho (2001, a forma de relatórios e os principais usuários. p. 16) “constitui o conjunto de procedimentos Apesar técnicos que tem por objetivo examinar a ressaltar que integridade, (externa) e adequação e interna execução, eficácia dos dessas diferenças a a auditoria auditoria é importante independente interna se controles internos e das informações físicas, complementam, para que haja sempre um contábeis, trabalho confiável na visão dos investidores de financeiras e operacionais da entidade”. uma determinada empresa, bem como de Essas duas modalidades de auditoria citadas seus próprios gestores. podem ser confundidas muitas vezes, por isso, torna-se diferenças necessário básicas esclarecer entre elas: algumas como o Quadro 1: Diferença entre Auditoria Interna e Auditoria Externa 2. O Comitê de Auditoria X Conselho Fiscal (II) verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários; (III) denunciar aos órgãos da administração ou KPMG Business Magazine (2009). O Conselho à Assembleia Geral os erros, fraudes ou Fiscal é um órgão criado pela legislação crimes brasileira em 1976, com a edição da Lei das providências. Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404). A principal característica que diferencia de De forma geral, a Lei estabelece que compete modo definitivo o conselho fiscal do comitê de ao Conselho Fiscal: auditoria é a autonomia. O conselho fiscal é (I) fiscalizar os atos da administração; um órgão sem relação de subordinação à 73 que descobrirem e sugerir GUI MAR ÃES , E.R .; e t a l. Re l ei tu ra D a “Gov er n anç a Cor p or at iv a” N o C o nce it o D a “Audit or ia”. diretoria ou ao conselho de administração. O mercado de capitais Comitê de Auditoria se tornou um requisito no conforme tabela abaixo. norte-americano Brasil após ter se tornado uma exigência no Diferenças Comitê de Auditoria Conselho Fiscal Base Legal Auto-regulação Lei 6.404/76 Independência Dependente Independente Público Alvo Conselho de Administração Acionistas Composição Membros do Comitê de Mínimo de 3 e de preferência Administração Independentes. Fonte: KPMG Business Magazine (2009). 3. O PAPEL DAS AUDITORIAS NO capital aberto. A figura a seguir apresenta PROCESSO essa estrutura: DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DAS EMPRESAS. Conforme William J. (consultor FGV/SP), para entender esse papel é fundamental compreender a estrutura de uma empresa de A s s e m b lé iaG e ra ld o sA c io n is ta s C o n s e lh od eA d m in is tra ç ã o P re s id e n te D ire to re s Fonte: William FGV/SP A instância superior de mando de uma assembleia de acionistas de uma empresa empresa é a sua Assembleia Geral de com capital bastante pulverizado tentando Acionistas. É ela que tem o poder maior e uma deliberar sobre a estratégia da empresa. Seria das suas principais funções é a de indicar o uma discussão sem fim e sem consenso. Conselho de Administração. Esse conselho, O Conselho de Administração não deve se que nas empresas consideradas de boa envolver nas questões do dia a dia. Para isso governança deve ter elementos externos a ela, ele indica o Presidente da companhia e seus é quem vai definir os rumos da empresa. Até diretores. Eles sim vão ser os responsáveis por uma questão de praticidade há que existir pela gestão do dia a dia da empresa. Assim um Conselho de Administração. Podemos surge a auditoria. Ela tem como papel principal imaginar garantir que o presidente e a diretoria ajam em a confusão que seria uma Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br consonância com os objetivos dos acionistas. da Mas para que esse papel seja cumprido com administrativo/ financeiro e gente & gestão, eficiência há que se considerar como será a nas inserção da empresa de auditoria na estrutura contabilidade, materiais, vendas e distribuição, de governança da empresa. Como ela está lá produção, manutenção, projetos, qualidade e para vigiar o presidente e a diretoria, é lógico de que sua contratação seja feita pelo Conselho Governança da Pioneiros se apoia em três de Administração. Só assim a auditoria terá a pilares, o estratégico, o gerenciamento da necessária isenção para atuar de forma rotina e o crescimento das pessoas, que são eficiente dos sustentados por doze processos de gestão, acionistas. Mas em muitas empresas não é dentre os quais merecem destaque. Gestão isso que ocorre, quem contrata a auditoria é a Sistêmica; diretoria, de Processo de Informação e Documentação; interesses que vai de encontro aos interesses Processo de Desenvolvimento de Políticas e dos acionistas. Planejamento; Processo de Gerenciamento Para o aperfeiçoamento dos mecanismos de Geral Efetivo; Processo de Cobertura e governança das empresas e, sobretudo, de Atuação junto ao Mercado; Processo de proteção aos acionistas minoritários não basta Definição de Produto Adequado; Processo de que o conselho de administração tenha Produção Enxuto; Processo de Envolvimento membros externos, ou que os mandatos das Pessoas; Processo de Ambiente Propício tenham prazo fixo, é fundamental que as ao relações entre os diversos agentes envolvidos Habilidades; no processo de gestão e governança atendam Processo de Auditorias, através do uso de claramente aos interesses desses acionistas técnicas e ferramentas mundialmente testadas conforme a Fonte: William FGV/SP. e aprovadas. na defesa gerando dos um interesses claro conflito empresa, como operações recursos o agroindustrial, essenciais humanos. Processo Desenvolvimento Processo O de de finanças, Modelo Política o de Básica; de Talentos e de Liderança; e, Os pilares de sustentação utilizados antes de 4. O MODELO DE GOVERNANÇA – UM qualquer outra coisa são: missão, princípios e CASO REAL valores da empresa. A Pioneiros entende que estes aspectos são primordiais e acabam por A empresa “Pioneiros Bioenergia SA” produz nortear todas as relações humanas que são etanol anidro e hidratado. Para solidificar sua estabelecidas em seu dia a dia. missão e fazer jus ao Pioneirismo que vem de A missão é “Contribuir para o suprimento seu S.A. energético global, utilizando energia renovável canaliza esforços na implementação de um dentro de um modelo sustentável econômica, “Modelo de Governança” que tem como ambiental e socialmente.” Desta forma, a fundamento primordial a sobrevivência e o empresa se coloca a serviço da nação crescimento da organização, numa constante brasileira de forma a contribuir para a geração busca A de energia, através de fontes alternativas, no implantação deste Modelo teve início em caso, a biomassa. Essa disponibilidade é 14/11/2006 e abrange todos os departamentos muito importante, haja vista que, a falta de 75 nome, de a Pioneiros Bioenergia inovação e melhorias. GUI MAR ÃES , E.R .; e t a l. Re l ei tu ra D a “Gov er n anç a Cor p or at iv a” N o C o nce it o D a “Audit or ia”. energia impede um país de crescer e se perpetuação, gerando aos acionistas uma desenvolver. rentabilidade superior às oportunidades do A empresa compromete-se a crescer e a mercado. Sempre respeitando os aspectos contribuir para o crescimento nacional, com legais e a conservação do ecossistema. A responsabilidade, empresa preservando o meio retribui o apoio comunidades o desenvolvimento econômico e social de seus progresso econômico e social da região, parceiros, colaboradores e das comunidades influindo de modo a diminuir as barreiras onde tiver atuação. sociais, respeitando a pluralidade cultural e Os princípios e valores da empresa estimula difundindo uma relação de parceria de longo prazo com acredita. sues clientes e fornecedores, numa relação A Empresa estimula seus colaboradores ao ganha-ganha, com o intuito de gerar a máxima treinamento efetividade valor. humano integral, promovendo o espírito de e equipe Respeitam-se sua cadeia os valores de humanos a os e atua das ambiente e promovendo ações que garantam em onde recebido valores contínuo o promovendo éticos e nos o quais desenvolvimento compartilhamento do aplicação de práticas de desenvolvimento conhecimento. A atração e retenção de sustentável; talentos é um de seus maiores objetivos, e buscam-se parceiros que adotem os mesmos princípios de ética e visando à valorização do potencial humano. confiança. A Empresa entende os obstáculos como oportunidades de crescimento e persiste em seus propósitos de garantir a sua Estrutura Organizacional - Pioneiros Bioenergia S.A. Conselho de Administração Presidência Conselheiros Cícero Junqueira Franco Arnaldo Shigueyuki Enomoto Celso Toquato Junqueira Franco Diretoria Executiva Diretor Administrativo/Financeiro Eugênio Falanghe Bertini José Angelo Stafuzza Diretor Administrativo/Financeiro Diretor Agroindustrial Diretor Gente & Gestão Luiz Gustavo Scartezini Rodrigues Manoel Moreira Fonte: Pioneiros Bioenergia. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS pesquisas bibliográficas pertinentes ao tema. Percebe-se com os estudos apresentados que O presente estudo avaliou a influência e as as boas práticas de governança corporativa, atribuições da desde auditoria no contexto da seu surgimento, vêm buscando governança corporativa, tanto interna como proporcionar melhoras significativas na gestão independente, para as empresas que aderiram das empresas, além de mais proteção aos aos governança investidores. através minoritários como para os majoritários, as níveis corporativa, diferenciados foi de desenvolvida de Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 Tanto para os acionistas www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br práticas dos preceitos da boa governança BARROS, J. S. Auditoria interna no contexto corporativa resultam em uma redução no risco da governança corporativa. Dissert, UFC 2007. do investimento efetuado, devido à maior confiabilidade das informações divulgadas ao DIAS, Sérgio V. S. Auditoria de processos mercado. organizacionais. São Paulo: Atlas, 2006. Assim, observou-se que existe influência da auditoria, tanto interna como externa, no GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de alinhamento pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1995. governança com as boas corporativa. práticas Diversos de autores consideram que a auditoria é um instrumento JENSEN, M. C; MECKLING, W. H. Teoria da de proteção aos investidores e fornecedora de firma: comportamento dos administradores, informações sobre a situação patrimonial atual custos de agência e estrutura de propriedade. das empresas, além de avaliar a gestão de Revista de Administração de Empresas. V. 48, riscos e controles internos associados à n. 2, abr/jun 2008, p. 87-125. preparação e à divulgação das demonstrações financeiras. MARTIN, Nilton C; SANTOS, L. R; DIAS, F. M. Considerando as normas do (IBGC), que Governança empresarial, riscos e controles estabelece que a propriedade da empresa internos: a emergência de um novo modelo de deva apresentar regras que visam eliminar o controladoria. distanciamento entre Finanças. N. 34, jan/abr 2004, p. 7-22. controladores, prevendo minoritários o e Revista Contabilidade e tratamento equânime entre todos os acionistas, sócios ou OLIVEIRA, L M; DINIZ FILHO, André. Curso quotistas, Básico de Auditoria. São Paulo: Atlas, 2001. verifica-se que a auditoria independente, em conjunto com o Conselho de Administração e Conselho Fiscal, assegura PAXON, D; WOOD, D. (Org). Dicionário a confiança dos investidores de que o capital enciclopédico de finanças. São Paulo: Atlas, que eles estão investindo será protegido de 2001. utilização indevida por parte dos diretores, RICHARDSON, conselheiros ou acionistas controladores. Roberto Jarry. Pesquisa Social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, A; ROSSETTI, José P. SITES: BERGAMINI, Júnior. Controles Governança Corporativa. São Paulo: Atlas, Internos como um Instrumento de Governança 2004. Corporativa. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v. 12, n. 24, 2005. Disponível em: ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 3. http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sit ed. São Paulo: Atlas, 1998. es/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conheci mento/ revista/rev2406.. Acesso em: 23- set.2010 às 16:h55. 77 GUI MAR ÃES , E.R .; e t a l. Re l ei tu ra D a “Gov er n anç a Cor p or at iv a” N o C o nce it o D a “Audit or ia”. BUSHMAN, R, SMITH, A. FRBN Economic Policy Review, 2003. Disponível http://www.ppge.ufrgs. em: br/giacomo/ arquivos/gov-corp/lanzana-2004. Acesso em: 23-set.2010 às 12:h55. GAZETA MERCANTIL, JURISPRUDÊNCIA, LEGAL Disponivel & em: http://www.citadini.com.br/ auditoria/gm030827.htm, Acesso em:25- set.2010 às 11h45 IBGC - INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. 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DO SUCESSO: MOTIVATION IN SEARCH OF SUCCESS: CREATIVITY, YOU HAVE? ______________________ Adriano Shimizu Adriano Shimizu é professor da Faculdade Eniac em Guarulhos 2010 ______________________ RESUMO ABSTRACT Observe que todas as pessoas que a tem, são pessoas que estão bem perto do sucesso. Afirmo isto porque a criatividade é cada vez mais exigida no mercado de trabalho, ou ainda não notou que as empresas ficam loucas a procura de pessoas criativas que é muito difícil de encontrá-las disponíveis e ficam felizes só de identificar pessoas que tem simples sinais da tal criatividade e as rotulam pelo chamando Note that all the people who have it are people who are very close to success. I say this because creativity is increasingly required in the labor market, or hasn't noticed that companies go crazy looking for creative people it is very difficult to find them available and are happy just to identify people who have simple signs of such creativity and the label by calling creative profile. perfil criativo. Keywords: Creativity, success, happiness. Palavras-chave: Criatividade, sucesso, felicidade. 79 SHI MI ZU , A . Mot ivaç ã o E m B usca D o S uc esso: Cr i at iv id a de , Voc ê T em? INTRODUÇÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Existe uma lógica, para a motivação em busca Henry Ford é um exemplo de uma pessoa do sucesso, a criatividade. Pessoas criativas criativa. Pode-se observar que ao criar o estão bem próximas de serem bem sucedidas modelo para linha de montagem de veículos e são super procuradas para trabalho. Você foi inovador e criou também um novo modelo quer ser uma pessoa criativa? Porque eu crio no mercado de veículos o Ford T com suas esta simples reflexão sempre quando comento características únicas que fez sucesso sem de criatividade, bom para que além do querer precedentes por 50 anos sem concorrentes. que todos óbvios que querem uma boa Seja Criativo e Inove! oportunidade de trabalho, para que possam ser bem aceito, ter sucesso entre outras REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS virtudes, temos que entender e procurar potencializar o desejado. Fonte: Basicamente criatividade é fazer de maneira diferente algo que já existe ou é feito http://www.adrianoshimizu.com.br/artigo_04_4 3.html de determinada maneira. Agora ser criativo não está tão difícil não é? Porém não caia na ilusão que todos após descobrir o real significado ficam pensando dias e noites para mudar tudo aquilo que já esta sendo feito em nossas vidas. Não basta nos dias atuais, só sermos criativos precisamos criar uma fusão de criatividade com a inovação. Com isto sim, podemos ser profissionais diferenciados no mercado, além de estarmos a poucos centímetros de um grande sucesso. Veja no caso do conhecido Henry Ford, criador da linha de montagem de veículos da Ford e da inovação com o modelo Ford T. Você sabe como isto foi possível? Simples, ele ao observar em um matadouro os açougueiros desmontando literalmente um boi imaginou aquela situação aonde o boi vinha pendurado sobre ganchos até os açougueiros que ficavam posicionados e esperando o boi passar para desmontá-lo em cortes que compramos hoje com o nome de acém, picanha, maminha, contrafilé etc. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Anais do II Seminário Multidisciplinar ENIAC Pesquisa 2010 II Encontro Da Engenharia Do Conhecimento Eniac II Encontro De Iniciação Científica Eniac II Fábrica de Artigos MULHERES EMPREENDEDORAS WOMEN ENTREPRENEURS ______________________ Claudete Moura da Gama Santos Claudete Moura da Gama Santos é graduanda em Administração da faculdade Eniac Orientador: Prof. Itamar Bezerra dos Santos Itamar Bezerra dos Santos é Professor de Administração da faculdade Eniac em Guarulhos 2010 ______________________ RESUMO O objetivo da pesquisa “mulheres empreendedoras” e fazer um levantamento sobre as suas conquistas para compreender as modificações que ocorreram ao longo dos séculos. Na sociedade patriarcal as mulheres eram meras coadjuvantes nos casamentos. A mulher era o “sexo frágil” impossibilitada de assumir a sua família. Palavras-chave: sociedade, mulher. empreendedorismo, ABSTRACT The goal of the survey "women entrepreneurs" and make a survey about their conquests to understand the changes that have occurred over the centuries. In the patriarchal society 81 women were merely adjuncts at weddings. The woman was the "weaker sex" unable to assume his family. Keywords: entrepreneurship, society, woman. INTRODUÇÃO Nas sociedades matriarcais as mulheres eram mães, esposas e filhas, mas como matriarcas de suas famílias. “Matriarca foi um termo cunhado no século XIX, no âmbito dos estudos antropológicos, para indicar uma figura da mulher e mãe que assume uma posição dominante (Publicado em 26/07/2010, por Christina Stephano de Queiroz, Wikipédia). Ao longo dos séculos as matriarcas se mostram capazes de assumir responsabilidades que antes eram lugares ocupados apenas pelos homens. Elas participam ativamente da política, decidem quantos filhos ter, com quem casar e assumem negócios próprios, sem que SAN TOS, C .M.G; Mulher es Empr eendedoras . haja a necessidade da autorização de seus maridos ou pais. Elas tornam-se proprietárias e empreendedoras contribuindo com a economia do país. participam ativamente das organizações como intra-empreendedoras, empreendedora social e empreendedora individual. Na idade da pedra, a mulher no período neolítico, 12 mil e 4 mil AC, a sociedade neolítica era nômade e dividia-se em clãs no qual as mulheres eram apresentadas diante da sociedade como meras coadjuvantes na forma de genitoras, cuidadoras do lar, o trabalho na agricultura enquanto os homens se responsabilizavam pela segurança e manutenção do grupo, caça e pesca. Mas alguns grupos deixaram de ser nômades e fixaram suas famílias em lugares seguros. Tornam-se tribos e formaram aldeias. Na sociedade pré-capitalista o modelo familiar tornou-se multigeracional onde todos executavam as mesmas funções dentro de uma sociedade patriarcal, a mulher continuou subordinada ao marido e considerada frágil e incapaz para assumir a chefia familiar. A mulher era propriedade do homem, servia para que ele pudesse perpetuar a sua descendência. A função da mulher era conceber e cuidar da prole e a sua função era restrita ao mundo doméstico. No decorrer século XX na época da guerra os homens se foram para as trincheiras e as mulheres tomaram os seus lugares nas fabricas e assumiram o lugar de chefes de família. Depois da guerra quando eles não voltaram ou voltaram mutilados, sem condições de trabalhar, o seu lugar ficou estabelecido, mas sempre com cargos submissos na hierarquia organizacional. A revolução industrial trouxe muitos benefícios à mulher das camadas populares. Ela conquistou o direito à jornada trabalho remunerada nas fabricas, mas em contra partida açulou a função na jornada familiar o cuidado domestico e o cuidado com os filhos. Mas ainda no século XX elas se organizaram em defesa dos direitos da mulher contra formas de opressão na sociedade capitalista e machista. Esse movimento foi denominado feminismo. Havia muitas dificuldades entre as próprias mulheres porque as conservadoras viam as feministas como inadequadas para sociedade da época. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 Os desafios se acumulavam e vidas foram perdidas. Um grupo de 129 mulheres que reivindicaram menor jornada de trabalho, e salário compatível com o seu trabalho, foram trancadas e queimadas vivas na fábrica de tecidos em Nova Iorque, em 8 de março de 1857. Isso motivou o estabelecimento do dia internacional da mulher a partir de 1970. Estas mulheres buscavam o direito de trabalhar a uma jornada de trabalho digna. Desde os anos 50 as mulheres vêm lutando pelo direito escolher seus parceiros para casar, de escolher ter ou não ter filhos, o direito ao divórcio, ao voto, ao direito de participar de atividades esportivas, de votar e se eleger na política. Desde então tem estudado e se feito presente em todos os setores econômicos. Com a era digital e os avanços tecnológicos, a mulher ganhou tempo e priorizou e suas atividades com as compras por internet, lavadoras, microondas e outros. O setor farmacêutico com a pílula anticoncepcional permitiu ampliar a sua revolução com o poder sobre o seu corpo, de gerar quando desejasse e não todas as vezes que copulasse. Em pleno século vinte a sociedade machista ainda existe e resiste a aceitar que as mulheres são seres pensantes. Continuam desafiando o equilíbrio nas relações humanas entre os sexos. Ditados populares ainda são cantados por muitos que ainda defendem que a mulher deve “esquentar a barriga no fogão e esfriar no tanque” e que “a mulher tem o pé pequeno para ficar mais perto do fogão”, entre muitos outros. Mas, nada as faz desistir da busca pelos seus direitos e tornam-se professoras, advogadas, engenheiras, militares, motoristas de ônibus, profissionais da construção civil, e até presidentas. Elas deixam de ser coadjuvantes obedientes aos seus senhores, e assumem-se como donas das suas escolhas. Suas conquistas são infinitas, e como empreendedoras desafiam o mercado antes masculino e por eles são vistas ainda com certa desconfiança. Na idade contemporânea as mulheres se emanciparam, embora, cerca de dez mulheres morram diariamente no Brasil, vítimas do próprio parceiro, mas as reivindicações continuam. Desde as conquistas do século XIX, na Revolução Industrial que empregou um grande www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br número de mulheres elas têm enfrentado muitas dificuldades. Na busca de tornarem-se gestoras de empresas ou do seu próprio negócio, as mulheres arregaçaram as mangas e saíram à luta enfrentando todo tipo de dificuldades. A desconfiança de uma sociedade machista e até mesmo de outras mulheres. Muitas mulheres, mesmo aquelas sem formação acadêmica, que eram apenas do lar empreenderam negócios em casa utilizando as suas habilidades, tanto na área de alimentos quanto das artes manuais, artesanais ou negócios e prestação de serviços. Criaram oportunidade de emprego contribuindo com a economia do país. Independente do nível social, mulheres de todas as idades, buscam o reconhecimento profissional. Hoje a profissão de modelo tem dado às mulheres jovens, grande vantagem sobre os homens, porque a procura por modelos femininas tem porcentagem e salário superior ao dos homens. Atualmente a mulher trabalha 35 horas em suas funções fora do lar e mais 20 horas em serviços domésticos. Porém, continua ganhando 10% menos que o homem. As mulheres mais escolarizadas que tem entre 12 anos de estudos ou mais, a inserção no trabalho e mais intensa na atividade de educação. No ranking das mulheres empreendedoras a brasileira é a sexta mais atuante do mundo, com taxa de 10.8%, ficando abaixo apenas de 5 países: Venezuela, Tailândia, Jamaica, Nova Zelândia e china. Deste percentual 63% empreendem por necessidade. Entre os homens que se tornam empreendedores, 38% empreendem por necessidade (IBGE 2006:34). As diferenças no percentual de mulheres trabalhando com rendimento de até um salário mínimo ainda são maiores que a dos homens com o mesmo rendimento. Mas as faixas de renda de dois salários mínimos ainda e maior no caso dos homens. O rendimento das trabalhadoras com nível superior é 60% do recebido pelos homens com a mesma escolaridade. As mulheres tinham 59,9% em 11 anos ou mais de estudo em janeiro de 2008, contra 51,9% dos homens (IBGE 2006:34). Enquanto o percentual de trabalhadoras com carteira assinada em 2008 era de 37,8%, entre os homens ele já atingia 48,6%. 83 As transformações no mundo Feminino as características das mulheres que se tornaram provedoras do lar mudaram, foram aperfeiçoadas em sua essência. Enquanto cuidavam dos seus afazeres domésticos, não avaliavam a sua importância como companheira preocupada com a economia e a administração do salário dos maridos. A Mulher tem aperfeiçoado seu conhecimento diante desta grande fatia do mercado, tornando-se competidoras no mercado aos homens. A mulher com sua visão holística por natureza precisa trabalhar o comando, para mudar o mundo dos negócios. Atualmente, empreendem, enquanto realizam sonhos. O economista Antônio Marcos Ambrozio, secretário de assuntos econômicos, atribui a desigualdade salarial “robusta” entre mulheres e homens, às dificuldades e restrições que o sexo feminino encontra para escolher entre a família e os cargos de chefia. Para ele, a disparidade salarial entre homens e mulheres se reduziu de forma “muito tímida” ao longo dos últimos dez anos. “A persistir essa tendência, seriam necessários mais de 75 anos para eliminar completamente a desigualdade salarial por sexo”. A liderança feminina - A partir do momento que a mulher assumiu a posição de gestora, teve que provar duplamente a sua capacidade em pé de igualdade com o homem. A mulher atua com cuidado e responsabilidade para transmitir confiança aos seus subordinados. Evita comportamentos feministas e para provar sua competencia desenvolve uma conduta com estilo de liderança servidora. Os obstáculos no século XXI - Quando a mulher decidiu tornar-se dona do seu próprio negócio enfrentou vários obstáculos. Luiza diz que “Para tornar-se empreendedora teve que matar o desejo dos meus pais de torna-la uma profissional de odontologia e de um noivo com um relacionamento duvidoso. Mas, o ímpeto do seu coração a tornou empreendedora mesmo enfrentando a indiferença de muitos”. A mulher atual, que está entrando no mundo dos negócios precisa desenvolver inovação e visão macro para os negócios no mundo de concorrências, conhecimento do negócio que deseja e capacitar-se na tecnologia sempre a frente do tempo. Pensar a globalização e a geração de novas oportunidades no mercado de trabalho. Ingressar no mercado de trabalho, SAN TOS, C .M.G; Mulher es Empr eendedoras . e ocupar este espaço exige superação de obstáculos sociais, econômicos, familiares, culturais e políticos. As mulheres guerreiras que abriram oportunidades com visão proativa enfrentou todo tipo de preconceito, e aproveitou oportunidades. Faz parte da história do país, estuda e conquista posições que antes eram de privilégio dos homens. As mulheres iniciaram empreendimentos próprios, buscam compatibilizar o trabalho no lar, com atividade que gere renda para família. A mulher venceu os obstáculos e entrou no mundo dos negócios com atuação inovadora e visão macro para que o negócio e no mundo de concorrências. Desenvolveram conhecimento de negócios e em tecnologia para enfrentar a globalização e novas oportunidades no mercado de trabalho. Ingressaram no mercado de trabalho, ocupando cada vez mais espaço superando obstáculos sociais, econômicos, familiares, culturais e políticos. Mulheres guerreiras abriram oportunidades com uma visão de futuro, enfrentou todo tipo de preconceito, criou oportunidades para fazer parte da história estudaram e conquistaram posições que antes eram de privilégio dos homens. Com a globalização desenvolveramse financeiramente e iniciaram empreendimentos próprios, buscaram compatibilizar o trabalho no lar, com atividade que gere renda para família. As conquistas de longo prazo – de acordo com o “Jornal Agora” nos últimos 30 anos as mulheres conquistaram profissões que antes eram apenas masculinas, mas com salário menor em cargos de liderança. A pesquisadora Regina Matarazzo comparou cargos e salários de homens e mulheres com a PNAD - Pesquisa nacional da Amostra de Domicílios, do IBGE- e observou que elas conquistaram 21 ocupações do domínio masculino de 1978 e 2008. Assumiram as profissões e executam os mesmos trabalhos inclusive construção civil com conhecimento, capacidade e liderança porem as pesquisas prospectaram que só em 2081 alcançarão igualdade salarial. A pesquisa aponta que dentre os médicos e advogados a metade é composta por mulheres, dentre os engenheiros 5% são mulheres, e 11% dos motoristas profissionais são mulheres. Um Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 universo ainda pequeno, o crescimento de 1978 a 2008 foi de 0,2% para 1,4%. A mulher avançou cronologicamente ao longo da história: Em 1827 surgiu a primeira legislação relativa à educação das mulheres, lei que admitia meninas apenas para as escolas elementares. Em 1899, Primeira mulher admitida no tribunal de justiça Myrthes de Campos, para defender um cliente. Em 1918 Bertha Lutz, constitui no Rio de Janeiro a federação pelo progresso feminino. Em 1939 Maria Lenk bate dois recordes mundiais, nos 200m 400m nado peito. Em 1951 OIT Aprovação pela Organização Internacional do Trabalho, em 19 de junho, convenção de igualdade de remuneração entre trabalho masculino e feminino. Em 1857 129 operarias têxteis queimadas vivas, depois de reivindicarem seus direitos na carga horária. Em 1910 em 8 de março declarado dia Internacional da mulher. Em 12 de Janeiro de 1996 Lei Planejamento familiar Lei que Mulheres e Homens optam para o direito esterilização. Em 2006, Punição para agressores de Mulheres (Lei Maria da Penha em 22 de Agosto de 2006). No mercado de trabalho as mulheres enfrentam problemas para competir com os homens nas empresas. Com este avanço onde as mulheres conquistam cada vez mais as oportunidades no mercado de trabalho à competição aumentou muito mais as mesmas vagas em disputa de promoções. Especialistas em coaching informam que devido aos fatores internos as mulheres esperam ter seu trabalho reconhecido. Os homens em contra parida buscam demonstrar a importância no serviço executado por eles. Para muitos profissionais quando uma mulher e firme e considerada agressiva. Desta maneira muitas tem que dosar sua autoridade sobre seus subordinados sabendo lidar com criticas externa para que não sejam manipuladas, mas com sabedoria criar soluções para está forma de visão. A presença da mulher no percurso histórico do empreendedorismo no Brasil - a década de 80 foi marcada por crises econômicas, políticas e sociais que deixaram um rastro de ceticismo as altas taxas de inflação. A crise do petróleo provocou transtornos econômicos, houve aumento nas taxas de juros internacionais em 1982 e moratória Mexicana no mesmo ano. No www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br campo político e social o povo lutava contra a inflação, o desemprego, e direito da abertura política. O Brasil desenvolveu planejamentos Nacionais de Desenvolvimento sem sucesso, voltados à política econômica (monetária e fiscal). O Plano Cruzado em (1986), Plano Bresser e verão (1987), Plano feijão e Arroz do Ministro da Fazenda Sr. Marcílio Marques Moreira. Antes dos anos 90 o empreendedorismo era pouco falado no Brasil a economia do país estava em baixa e a importação e exportação eram pouco significativas, os empreendedores encontravam dificuldades em iniciar negócios em micro e pequenas empresas, devido à burocracia e a falta de capital financeiro e de política econômica. O povo provocou a mudança e buscou o conhecimento e se tornou empreendedor, aplicando o conhecimento no mercado financeiro. A partir dos anos 90, no Brasil, o empreendedorismo abriu novas oportunidades na economia do país. Iniciou-se um transito de produtos nos portos e importados e aos poucos foi se acomodando. A mudança tanto trouxe sucesso quanto problemas, pois muitas empresas não conseguiram competir com os importados depois da globalização inclusive empresas de brinquedos e de confecções. Os empreendedores visionários começaram a mudar e provocar mudanças para competir no mercado econômico mundial. O governo criou várias reformas para controlar a inflação e ajustar a economia. Assim no novo milênio um milhão de novos postos de trabalho cresceram e novos investidores de começara a aplicar seu dinheiro no Brasil. As importações e exportações aumentaram e o país tornou-se um polo econômico, interno e externamente. Com a ajuda e participação do SEBRAE as técnicas do empreendedorismo se difundiram e as micro e pequenas empresas empregaram 40 milhões de trabalhadores sendo mais da metade da mão de obra, feminina. A participação das mulheres empreendedoras emergentes foi significativa na economia do País. Diferente de reivindicações feministas ou guerra dos sexos, as mulheres assumiram empresas se desenvolveu na tecnologia, Educação, política, e ajudaram a vencer a crise conquistando certo equilíbrio em 2008 no Brasil. 85 Este movimento positivo para economia apontou para as mulheres como consumidoras de produtos de alto valor em função da sua nova situação. Kate Sayre da consultoria da Boston Consulting Group (BCG) Autora da pesquisa diz que as mulheres lideraram na crise e vão liderar no pós-crise. Elas aumentaram a renda familiar contribuindo com o produto interno bruto (PIB). Na economia mundial as mulheres foram protagonistas e responsáveis pela mudança econômica mundial em 2009. As famílias mudaram as decisões que eram apenas dos homens hoje são tomadas em conjunto, pois, elas colaboram na economia doméstica quando não são as únicas mantenedoras. A Universidade Harvard em uma pesquisa afirma que os homens ainda dominam 70% dos postos de comando nas maiores companhias. Mas as mulheres atuais têm conquistado posições profissionais superiores, se comparadas com as mulheres do passado (Revista Exame 2009:18 a 30). As mulheres tem poder de influenciar o consumo e conquistam cada vez mais as decisões de compra. Elas escolhem, negociam e decidem, são empreendedoras e ajudam na administração do orçamento da casa. De acordo com o PIB americano as mulheres injetam parte da sua renda na economia. Uma pesquisa de 2003 (BCG) ressalta que uma fatia mundial de crescimento salarial, em média 8% ao ano depende delas. No Brasil cento e cinquenta mil brasileiras conquistam o mercado de trabalho conforme dados do IBGE entre 2003 e 2008. O salário delas cresceu 42% no país em comparação de 26% da remuneração dos homens. Elas deixam de consumir produtos, apenas doméstico e participam da aquisição de carros, reforma e compra de casas, o que era ação dos homens há pouco tempo atrás. Elas são competitivas e provam que não se preocupam apenas com a aparência, são inteligentes e preocupam com a qualidade são exigentes querem conforto, praticidade de utilização e valor. As empresas mudaram a visão de apresentação dos seus produtos e locais adequados para recebê-las tendo como referencia o publico alvo que são as mulheres Elas são as compradoras e são exigentes, criticas e para conquistar esta consumidora estão mudando as características do ambiente SAN TOS, C .M.G; Mulher es Empr eendedoras . como: espaços mais claros, Centros de beleza, salas de ginástica e pilates incluindo salas de lazer para os filhos, valem tudo em qualidade na apresentação para elas que são exigentes e observadoras. As empresas estão mudando com referência a suas consumidoras - preocupados em conquistá-las pesquisam sobre o que quer uma mulher. A visão anteriormente voltada para o público masculino, hoje preocupa cada vez mais as mulheres casadas, solteiras, aquelas que possuem pequenas ou grandes famílias. Aos poucos começaram a dominar o mercado. O capitalismo Mundial buscou novos mercados que sustentem o crescimento dos negócios nas empresas e enxergaram essa parcela significativa em vários segmentos da sociedade. CONSIDERAÇÕES FINAIS Tanto os homens quanto as mulheres lutam por coisas que acreditam, por um país livre em que todos tenham oportunidade de torna-se alguém. A mulher sempre fez parte da historia mesmo quando o seu papel era uma de mera coadjuvante na história. A mulher através dos tempos passou a ter o papel principal dentro de uma sociedade machista. Ao não se calar mais provam que pensam e ter vontade própria, ou seja, são capazes de liderar e comandar os setores econômicos e sociais. Tornaram-se empreendedoras capazes de colocar um negócio em destaque. Ainda são vistas por muitos com desconfiança quando transmitem ordens nas grandes empresas, um estereótipo que tende a mudar com o tempo. Está visão tende a transformar favoravelmente, quando todos se despirem de pré-conceitos. http://www.mulherecidadania.al.gov.br/artigos/ a-luta-pela-emancipacao-da-mulher/ 22/12/2009 ás 15h13minhs. Htt:/www.portaleducação.com.br/gestao-eliderança/artigos/2097/empreendedorismo-nobrasil 19/2/2010 15:19 Revistas e Jornais: Exame Edição 968 Nº. 9 19/05/2010 Ano 44 Época data edição 30/11/09’Editor Globo Jornal Agora 2010-05-27 Manual SEBRAE Bezerra, Itamar. Trabalho de Conclusão de Curso Tutor: O coaching acadêmico a serviço da educação Um estudo de caso da Faculdade Eniac de Guarulhos. Dolabela, Fernando C. Chagas. Segredos de Luisa Culturas Editoras Associadas, 1999. Hunter, James C.O Monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança / James C. Hunter tradução de Magalhães, M. C. F. Rio de Janeiro: Sextante, 2009. H922m. Autoestima Trad: The servant ISBN 978-857542-467-4. 2. Liderança Aspectos morais e éticos. Título. II. Série. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Sites: http://www.suapesquisa.com/pesquisa/neolitic o.htm http://luciaconde.blogspot.com/2009/02/mulher es-na-politica-i.html Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br Anais do II Seminário Multidisciplinar ENIAC Pesquisa 2010 II Encontro Da Engenharia Do Conhecimento Eniac II Encontro De Iniciação Científica Eniac II Fábrica de Artigos RECICLAGEM E MEIO AMBIENTE: PRÉREQUISITO PARA A SUSTENTABILIDADE RECYCLING AND SUSTAINABILITY ENVIRONMENT: PREREQUISITE FOR ______________________ Benedito Claret Barbosa Edna Messias Monica Maria Martins de Souza Claret Barbosa, Benedito é engenheiro e empresário Pós-graduado em sistema e Docência em EAD. Edna Messias é administradora graduada pela FICS – Faculdades Integradas Campos Salles. Monica Maria Martins de Souza é Psicóloga CRP: 10263MG/ES, Jornalista MTE: 0067950SP, Doutora em Comunicação e Semiótica PUCSP. Mestre em Administração. Especialista em Docência, Adm de RH, Docência em EAD e Tecnologia Educacional. Editora da Revista Acadêmica: Augusto Guzzo. Avaliadora INEP. desde 2006. ______________________ RESUMO Reciclagem e Sustentabilidade é um dos temas que circula nos quatro cantos do mundo a sustentabilidade do planeta, a sua manutenção depende do comportamento humano dentro das suas possibilidades de considerar as suas ações éticas universais. As pessoas precisam adotar mudanças no cotidiano, evitando desperdícios, descartes irresponsáveis e exageros desnecessários. Destacando a importância da adoção destas e de outras condutas, lance um olhar nas cidades e verifique como administram a sua relação com o meio ambiente. As "metas do 87 milênio", estimulam às nações, as empresas e as pessoas, a adotarem condutas mais adequadas, oferecendo maior qualidade de vida ao planeta e consequentemente às pessoas que Nele vivem garantindo assim condições de vida para a população futura. Os aterros sanitários demonstram a destruição e degradação consequente do ato impensado da população sobre o destino dos resíduos do consumo. A pesquisa de campo em visita ao "Aterro Sanitário Bandeirantes" – forneceu importante informação sobre a produção de gás no aterro, atualmente em operação em São Paulo é uma referência de sucesso em sustentabilidade. A observação in loco constatou que a Sustentabilidade e a Reciclagem são lições de cidadania e que tais BARB OSA , B .C .; ME SS IAS , E .; SOU ZA, M. M. M. R ecic l ag e m E Mei o A mb i en te : Pr é Requisito P ar a A Sus tent abilidade temas podem ser tratados oportunidades de negócios. Palavras-chave:reciclagem, tecnologia. como produção, ABSTRACT Recycling and sustainability is one of the themes that circulate in the four corners of the Earth the sustainability of the planet, its maintenance depends on human behavior within its possibilities to consider its actions universal ethics. People need to adopt changes in everyday life, avoiding waste, discard irresponsible and unnecessary exaggerations. Highlighting the importance of the adoption of these and other conduits lance a look at cities and check how to administer its relationship with the environment. The "Millennium Goals", stimulate to the Nations, businesses and people, to adopt more appropriate conduct, offering better quality of life to the planet and consequently people living on it thus ensuring living conditions for the population in the future. Landfills demonstrate the destruction and degradation resulting from the leak of the population about the fate of the waste in consumption. Field research in visit to "Bandeirantes Landfill" – provided important information about the production of landfill gas, currently in operation in São Paulo is a benchmark of success in sustainability. On-the-spot observation found that sustainability and recycling are lessons of citizenship and that such topic can be treated as business opportunities. Keywords: recycling, production, technology. INTRODUÇÃO Os objetivos gerais da pesquisa é investigar de forma concisa a questão do lixo na sociedade contemporânea, mostrando que existe um mercado a ser explorado neste segmento, e se for bem desenvolvido o lucro será de todos, buscando a atingir a consciência das pessoas com relação a esta questão, e revelando a sua importância no aspecto social e econômico. Os objetivos e Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 metas basicamente estão focado na geração de emprego, renda e na Economia. Os objetivos específicos se concentram em: conscientizar a sociedade da problemática do lixo; Identificar os tipos de resíduos, sua classificação e característica; Definir reciclagem e como trabalhar com este segmento; Identificar a importância, quanto à questão socioeconômica; desenvolver parcerias justas entre a sociedade e o sistema. A hipótese A hipótese é que a conscientização da preservação da natureza e da manutenção dos recursos naturais para a sobrevivência é um pressuposto básico de que a reciclagem pode melhorar as condições de vida das pessoas e do planeta. A responsabilidade social compartilhada, pessoas físicas e jurídicas, com o poder público, pode solucionar a problemática do inadequado cuidado com a adequada seleção, destinação e tratamento dos produtos descartados – lixo, que tanto afeta o meio ambiente. Referencial teórico: utilizando as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (1987) esta investigação explora os conceitos da resíduos sólidos, as pesquisas da CEPAM - Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal 2010. Coleta Seletiva de Eigenheer (1998). Que aborda as experiências brasileiras. E o desenvolvimento sustentável como modelo analítico integrado e adaptativo de Christian Silva (2008). Equilíbrio ambiental & Resíduos na Sociedade moderna de Brasil, Santos & Simão (2004) E os bilhões perdidos no lixo de Sabatai Calderoni (1997). 1. METODOLOGIA DA PESQUISA RECICLAGEM E MEIO AMBIENTE A metodologia utilizou a pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo com observação in loco na cidade de São Paulo. Considerando que se pode ampliar o rol dos fatores e pontos de vista da reciclagem em função da viabilidade econômica. Duas metodologias distintas para mensuração dos ganhos decorrentes da reciclagem do lixo, das quais são também apresentadas algumas críticas a estas formulações, sendo sugerida uma nova formulação. A formulação inicial: a primeira das metodologias encontradas na literatura (Duston, pp. 41-63) frequentemente apresentada em debates e publicações. De www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br acordo com essa metodologia, a viabilidade econômica da reciclagem é avaliada pela comparação entre, de um lado, o montante alcançado com a venda dos materiais recicláveis e, de outro, o custo envolvido na coleta e separação de tais materiais. Esta metodologia seria a seguinte equação: G = V – C Onde: G = Ganho. V = Venda dos materiais recicláveis; e C = Custo do processo de reciclagem. O processo de reciclagem abrange a coleta (seletiva ou não), a triagem (realizada na calçada, antes da coleta, ou após, em Centros de Triagem / Reciclagem) e o processamento dos materiais (prensagem, enfardamento, trituração e outros), além de situação diferenciada de transporte. O item V (Venda dos Materiais Recicláveis) é apresentada com o sinal positivo nesta formulação. É válido se a análise se refere ao ponto de vista de quem vende: a Prefeitura, os sucateiros, os carrinheiros e os catadores. Para quem compra, o sinal é negativo, como da indústria e dos sucateiros (que compram de carrinheiros). A visão do processo de Reciclagem considera o ponto de vista de todos os agentes envolvidos, a Prefeitura, as indústrias, os sucateiros, carrinheiros e catadores, os governos federal e estadual, a população. Essa visão de conjunto, o item V, (venda dos matérias recicláveis), é receita para uns e, ao mesmo tempo, despesa para outros, Apresentando uma segunda vez na mesma equação, com sinal negativo. Onde: G = (V-V) – C. O item C, custo do processo de reciclagem, é definido, como custo de transporte, de armazenagem, de enfardamento - caso do papel e dos metais, de trituração - caso do vidro -, de lavagem – caso do vidro e do plástico -, além de outras possíveis modalidades de beneficiamento, adotadas ou não, conforme as circunstâncias que especificam o fornecimento. Adicionalmente, considerando os custos administrativos envolvidos. Os custos de coleta e de triagem são representados pela receita dos carrinheiros e catadores. O custo para sucateiro é receita para o carrinheiro e acatador. No ponto de vista para sociedade, trata-se de mera transferência de renda interna ao conjunto dos agentes envolvidos. Não havendo, custo, ganho a sociedade. O 89 lucro do sucateiro trata-se de despesas para a indústria e receita para o sucateiro, havendo, e a sociedade, apenas uma transferência de renda interna ao processo de reciclagem. O custo de oportunidade da atividade do sucateiro, de difícil mensuração, poderá equivaler, ou não diferir muito, do custo de oportunidade negativo mencionado anteriormente com relação aos carrinheiros e catadores. As transações de recicláveis são realizadas no mercado de forma tal que C (custo da reciclagem), preço dos recicláveis. Quando as indústrias compram recicláveis dos sucateiros, estes auferem receita suficiente para garantir sua permanência no mercado. O pagamento dos carrinheiros e catadores a quantia é suficiente para que se mantenham nesta atividade. O peso de C, ou mesmo de V, encontra-se muito aquém dos ganhos proporcionados pela reciclagem do lixo. Sendo assim, pequenas diferenças referentes à magnitude dos custos de oportunidade não estarão perto de afetar as conclusões da pesquisa. Com relação ao cronograma da Pesquisa: a pesquisa durou oito meses - de 25 de fevereiro a 30 de setembro de 2009. 2. A RECICLAGEM COMO EXERCÍCIO DE CIDADANIA A vida da população mundial vem sofrendo com problemas ambientais de difícil solução, tais como o aquecimento global e poluição ambiental. As soluções para essas questões dependem tanto do poder publico, como da população que contribui com uma significativa parcela. O poder público por falta de leis e de atitudes e a população por falta de cultura e educação básica ou desinformação sobre os problemas decorrentes da falta de envolvimento com a gestão do meio ambiente. Partindo dessas premissas observa-se que a educação tem um papel importante no desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e valores relacionados à questão ambiental. A conscientização não é somente saber o que é certo ou errado, mas assumir o papel de responsável pela mudança de hábitos. Compreender que é difícil tomar pequenas atitudes e iniciar novos comportamentos como fator decisivo para BARB OSA , B .C .; ME SS IAS , E .; SOU ZA, M. M. M. R ecic l ag e m E Mei o A mb i en te : Pr é Requisito P ar a A Sus tent abilidade multiplicá-los coletivamente a fim de melhorar a qualidade de vida de todos. O objetivo da investigação é conscientizar as pessoas acerca das consequências da produção do lixo pela sociedade humana e os impactos deste para o meio ambiente, denunciando a necessidade de se utilizar meios que diminuam a produção do lixo e promovam o reaproveitamento e a reciclagem deste. Para atingir a profundidade necessária a questão precisaria passar pela educação como o veículo de aplicação em colégios, residências e empresas a fim de construir uma consciência primária do meio ambiente como fator que de sobrevivência humana e seus impactos sobre a vida e a natureza. A justificativa da preservação da natureza como forma de sobrevivência humana e do planeta resvala a economia brasileira que cresceu muito nos últimos anos. A justificativa é que os resultados da reciclagem são expressivos tanto no campo ambiental, como nos campos Econômico e Social. No aspecto Econômico a reciclagem contribui para a utilização mais racional de recursos naturais e reposição daqueles recursos que são passíveis de reaproveitamento. 3. RECICLAGEM E SUSTENTABILIDADE Poucos temas são tão importantes e ao mesmo tempo tão menosprezados como o tratamento do lixo na sociedade. Lixo é “tudo que não tem mais serventia”; o conceito de lixo está associado às coisas descartadas e que deixa de ter utilidade (AUTOR, 2008:793). Este tema tem recebido crescente atenção da sociedade, dos todos ambientalistas, simpatizantes, e é um assunto de interesse da população. No entanto, este tema vem eivado de alguma complexidade marginal e falta de informação adequada, gerando vários problemas para a sociedade e também ao meio ambiente. É essencial abrir esse debate, e conscientizar a todos sobre a gravidade do problema que afeta a maioria das metrópoles e médias cidades. É fundamental desenvolver atividades de educação ambiental, motivando o cidadão sobre a sua responsabilidade acerca da limpeza municipal, e as consequências ambientais, econômicas e sociais. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 Para minimizar os problemas pertinentes ao tema é importante praticar atos simples no cotidiano. Dentre eles: o correto acondicionamento dos resíduos, a observâncias dos horários de coleta, não jogar lixo nas ruas, varrer e conservar limpas as calçadas. Estas medidas são incentivadas, há décadas, sem grande sucesso. Com no modo de vida atual, incentiva-se o excesso de consumo, há probabilidade de se gerar maior volume de lixo prejudicando e acentuando, ainda mais a gravidade do problema em questão. Este é um tema que necessita da atenção do poder público e da colaboração da sociedade As consequências destes procedimentos geram acúmulo de resíduos e envolvem aspectos culturais; políticos; econômicos; sociais e ambientais. recursos naturais; produção; distribuição; consumo; descarte; coleta; tratamento e disposição de lixo. O combate a tal comportamento merece especial atenção, e uso adequado dos serviços, considerando mudança de atitude da população e dos órgãos competentes para a correta destinação e tratamento do lixo. A análise do tema leva à percepção de que na realidade os produtos descartáveis são provenientes de recursos não renováveis. A produção destes provoca custos financeiros, que causam impactos negativos à economia e ao meio ambiente. A gravidade do problema alerta para a conscientização do consumo racional e redução na produção do lixo. Esta mudança de atitude requer reeducação das pessoas e incentivo à reciclagem. Esse novo comportamento promoverá geração de renda que impactará diretamente na economia dos municípios, estado e do país, minimizando o impacto ambiental. A pesquisa investiga os tipos de cuidados e os tratamentos adotados aos resíduos. Observa a adequada seleção e destinação, para que o lixo não prejudique o meio ambiente e os que nele vivem. Identifica os impactos que o seu acúmulo provoca na economia. A necessidade da conscientização, e responsabilidade social das organizações, e dos governos para ações mais eficazes. A aplicação de métodos de maior viabilidade operacional, financeira e econômica. O processo de eliminação do lixo passou a ser motivo de preocupação de todos em www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br função da poluição que provoca. A solução para o caso depende do exercício de cidadania. A administração, destinação e tratamento do lixo necessita de organização, discussão e envolvimento da sociedade, para implementação de projetos simples e viáveis, adequados à situação e locais, que possam, por meio desta ação, gerar emprego e renda. A sua presença provoca sérios problemas sociais e danos ao meio ambiente. A solução depende de aporte financeiro público e educação ambiental para incutir nas comunidades o hábito da reciclagem. O procedimento adequado poderá gerar emprego e renda para a sociedade. A reciclagem é uma atividade que pode ajudar a diminuir os problemas, ambientais, sociais e econômicos. Isso beneficia a inclusão de pessoas no mercado de trabalho e iniciação de novos negócios. Tem se revelado eficaz com resultado concreto em diversos lugares do Brasil e do Mundo. Há grupos que assumem toda a responsabilidade para si, como os catadores e coletores autônomos, mas esta não é uma responsabilidade só da sociedade, e sim governamental. As metrópoles são as grandes geradoras de resíduos e consequentemente os ocupantes do seu entorno, os que mais sofrem com as consequências. A solução poderia se dar pela conscientização de todos para a seleção dos resíduos, e esta seria a parte destinada à comunidade, mas, precisaria do poder público, na coleta sistemática e destinação responsável a unidades de reciclagem. A classificação adequada dos resíduos quanto a sua natureza e composição física, química e orgânica, para não prejudicar o meio ambiente e as pessoas depende da responsabilidade social. O tratamento correto dos resíduos, o reaproveitamento e reciclagem, é papel do governo. A parceria responsável com a sociedade cumprindo a sua parte na seleção, e o sistema criando usinas de aproveitamento em substituição aos rudimentares aterros sanitários que comprometem o solo, entopem bueiros que provocam enchentes e polui córregos que putrefatos poluem o ar, resolveriam o problema. O cumprimento rigoroso das tarefas de cada uma das partes colaboraria na redução de desperdício de materiais e com a reciclagem do lixo. Fatores 91 fundamentais para o crescimento social e econômico. É dever das pessoas, organizações e estado, desenvolver pesquisas para auxiliar na resolução dos problemas e ampliar a geração de serviços. Houve um aumento considerável em tamanho e numero de habitantes sendo que o motivo que leva a esta questão são os fatores do âmbito econômico, como as fontes geradoras de emprego e renda, além da expectativa de melhor qualidade de vida. No âmbito social, a reciclagem não só proporciona melhor qualidade de vida para as pessoas, através das melhorias ambientais, como também tem gerado muitos postos de trabalho e rendimento para as pessoas que vivem nas camadas mais pobres. No Brasil existem os carroceiros ou catadores de papel, que vivem de renda de sucatas, papeis, latas de alumínio e outros recicláveis. Também trabalham na coleta ou na classificação de materiais para reciclagem. Como é uns serviços penosos, pesados e sujos não tem grande poder atrativo para as pessoas mais qualificadas da população. A quantidade de entulho gerado nas construções nas cidades brasileiras demonstra grandes desperdícios de materiais, sendo que o entulho deve ser visto como fonte de materiais de grande utilidade para construção civil, como também pode transformar em matéria prima para componentes de construção, de qualidade comparável aos materiais tradicionais. Os principais resultados produzidos pela reciclagem do entulho são benefícios ambientais, econômicos, sociais, possibilitando muitas vantagens como, por exemplo, o custo e a mão de obra mais barata, o emprego de habitação popular trazendo bons resultados para alguns municípios brasileiros, na construção de casas populares. A reciclagem e o reaproveitamento do entulho são, portanto, de fundamental importância para o controle e minimização dos problemas ambientais causados pela geração de resíduos. A reciclagem pode proporcionar elevados ganhos econômicos, os benefícios econômicos são vários, as considerações econômicas tem sido importante nas decisões quanto à questão da reciclagem de materiais. BARB OSA , B .C .; ME SS IAS , E .; SOU ZA, M. M. M. R ecic l ag e m E Mei o A mb i en te : Pr é Requisito P ar a A Sus tent abilidade 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O que por um lado denuncia melhora de condições econômicas pelo aumento do consumo, por outro e descarte dos produtos demonstra a degradação da educação e a sua consequência - a destruição dos recursos naturais resultado desse aumento de produção e descuido com o descarte. De acordo com o IBGE a quantidade de lixo produzido diariamente nos centros urbanos é de 228.413 toneladas estimando que a população em torno de 180.000.000, isso daria 1,27 kg de lixo per capta. A coleta e o armazenamento aleatório geram problemas ambientais, sociais e econômicos. O montante é monstruoso, mas se seletivo, poderá ser reciclado facilmente por empresas e indústrias estudado vantagens no processo. Isso justificaria a importância de um estudo para conscientizar a população como um todo, mas com foco principal nas crianças, que educariam jovens, adultos e idosos, acerca da importância da coleta seletiva e do impactos positivos da reciclagem no exercício da cidadania. 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Curso Administração financeira Silvio Luiz da Silva Bassoto é graduando da Faculdade Eniac. Curso Administração financeira Wesley Souza Santos. é graduando da Faculdade Eniac. Curso Administração financeira Orientador: Ricardo C. de Araújo Ricardo Camargo é Mestre, professor da Faculdade UNIP e Eniac e ENIAC em Guarulhos 2010. ______________________ a auditoria é uma das especificidades do contador, porém suas técnicas não são de RESUMO conhecimento de muitos profissionais. Diante da complexidade desta atividade, surgem Certamente o “mundo da auditoria”, é fonte de muitas dúvidas, dentre as quais destacamos a curiosidade de muitas pessoas, pois assim seguinte: como cada área tem as suas funções resumir de forma lógica e transparente, toda a específicas, também na área de contabilidade, complexidade dos exames que envolvem Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 Como uma pessoa consegue www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br trabalhos de auditoria? E parte desta grande INTRODUÇÃO indagação o desenvolvimento deste artigo, onde iremos abordar como se dá a 1. O PROGRAMA DE AUDITORIA E A organização sistemática da tarefa do auditor DOCUMENTAÇÃO DA EVIDÊNCIA no Programa de auditoria, enfatizando o conjunto de documentos gerados por ele, O objetivo do presente trabalho é apresentar denominado de papéis de trabalhos (PT ou aspectos relevantes sobre o Programa de PTA). Auditoria e a Documentação da Evidência, bem como a sua importância e fazer com que Palavras-chave: Auditoria, papéis de trabalho, tal assunto se torne mais acessível ao público programa de auditora. em geral. Este trabalho se baseará em bibliografia especifica do tema para ser ABSTRACT utilizado como complementação da mesma. Nas empresas voltadas para o lucro, as Certainly the "world of audit", is a source of demonstrações financeiras formam a base curiosity for many people, as well as each area para a avaliação do desempenho de tais has its specific functions, also in the area of organizações. Avaliando tais demonstrações, accounting, auditing is one of the specificities a auditoria tem por finalidade emitir um of the counter, but his techniques are not parecer aware of many professionals. Given the refletem ou não a situação do patrimônio da complexity of this activity, there are many entidade doubts, the resultado das suas operações, de acordo com following: how a person manages to sum up os Princípios Fundamentais da Contabilidade. logically and transparent, all the complexity of As demonstrações financeiras precisam ser tests involving audit work? And part of this corretamente great quest the development of this article, adequada where we will address how the systematic obediências a preceitos técnicos oriundos da organization of the task of the auditor in the doutrina contábil e órgãos legais reguladores e Audit of a coleta de informações dos acontecimentos documents generated by him, called the work ocorridos em cada segmento da empresa. papers (PT or PTA). Portanto todo o trabalho da auditoria estará among Program, which we emphasizing highlight the set revelando em se uma as demonstrações determinada elaboradas, metodologia data, precisam que permita o de a voltado, por consequência, nos fatores que Keywords: program. audit, working papers, audit influenciam tais demonstrações e que acabam no setor contábil, que é responsável pelo seu preparo. 2. O PROGRAMA DE AUDITORIA Toda empresa deve contar com um programa de 95 auditoria, pois com o grande BARB OSA , E.S .; SI LV A, R.A .; BA SSO TO, S .L.S .; SAN TOS, W .S .S . D ebate S obr e A Document ação D a Ev idência E Os Pr ogr amas De A uditor ia desenvolvimento consequentes tecnológico as o programa de auditoria podemos estabelecer das técnicas a forma adequada de realização dos trabalhos, empresa evolui, bem como controlar o tempo de realização dos adaptações administrativas, a e necessitando acompanhar sempre as novas trabalhos e sua sequência lógica. técnicas praticadas, bem como manter sob controle a vida interna da organização. 2.3. Planejamento da auditoria Dá-se o nome de Programa de Auditoria a ação voltada para orientar e controlar a execução dos exames O A auditoria deve ser planejada conforme as programa de auditoria serve de planejamento Normas Brasileiras de Contabilidade e de para os trabalhos a serem realizados bem acordo com os prazos e demais compromissos como evidenciar os trabalhos já concretizados, acordados com visa controlar o tempo despendido no trabalho planejamento é a etapa fundamental para o e também fazer um possível exame com o sucesso do trabalho do auditor. Todo o tempo alcance previsto da auditoria. Com o decorrer usado para a sua realização será de extrema dos trabalhos realizados no programa de importância. Tal etapa exige um adequado auditoria se nível de conhecimento sobre o ramo de documentar tais evidências. Como objetivos atividade, negócios e práticas operacionais da adicionais, podem ser apontados: Planejar, entidade. Devem ser considerados todos os coordenar as fases da auditoria, construir um fatores relevantes para a execução dos registro histórico da informação contábil e dos trabalhos, em especial: procedimentos empregados. a. o conhecimento detalhado do sistema faz-se a de auditoria. necessidade de a empresa auditada. O contábil e de controles internos da entidade 2.2. Vantagens do programa de auditoria. bem como seu grau de confiabilidade; b. os riscos de auditoria, que segundo ATTIE (1998) é a possibilidade de o auditor vir a O Programa de Auditoria é a forma escrita e emitir uma opinião tecnicamente inadequada ordenada de uma série de procedimentos de sobre verificação a serem aplicados durante o significativamente incorretas; trabalho de auditoria, de modo que sejam c. a natureza, oportunidade e extensão dos obtidas as melhores evidências e provas das procedimento de auditoria a serem aplicados; áreas investigadas. Não se deve adotar um d. a existência de entidades associadas, filiais programa pré-fabricado, que seja aplicável a e partes relacionadas; e. todas as empresas. Alterações necessárias e. devem ser feitas de acordo com as atividades externos, especialistas e auditores internos. e da Todo o planejamento deve ser documentado entidade auditada. Todas as informações por escrito, detalhando o que for necessário à disponíveis ser sua compreensão dos procedimentos que contempladas pelo programa de auditoria para serão aplicados. Para a correta elaboração de que haja o desenvolvimento do trabalho. Com um programa de trabalho deve-se levar em outras características e necessárias específicas deverão Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 as demonstrações contábeis o uso do trabalho de outros auditores www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br consideração a definição dos objetivos da área quer individualmente quer ou tarefa auditada, bem como uma avaliação agregada com outras distorções. do controle interno como base para a extensão Importância e profundidade do trabalho a ser realizado. significado da evidência no conjunto de Relativa (IR) ou quando refere-se ao informações, tem peso e é comprobatória. Um 2.3.1. Planejamento de auditoria baseado no modelo de risco programa pode ser resumido da seguinte maneira: a. selecionados os objetivos. Tal planejamento é realizado primeiramente b. estudadas as variavéis. com a obtenção da informação inicial, que c. analisados os procedimentos. permitirá a definição dos objetivos da auditoria Em outras palavras: o que, quando e quanto. em seguida a determinação da Importância Relativa e dos riscos em nível geral, inerentes 2.4. Divisão das contas e a avaliação dos riscos de controle, e finalizase com um plano de auditoria e um programa Segundo de auditoria. processo identificando as contas que serão Faz-se saber que: verificadas Risco em nível geral considera-se todas as vinculadas entre si. Esse enfoque exige que as observâncias contábeis operações sejam consideradas em ciclos, tais tomadas no seu AVALOS em (2007) conjunto iniciamos por o estarem conjunto, bem como as atividades, qualidade como: da sistema Ciclo de receitas – o fluxo de operações que contábil e de controles internos e a situação geram as receitas e seus recebimentos, e econômica e financeira da entidade. Risco também suas atividades. inerente de Ciclo de compras – é o fluxo das operações incorreção no saldo de uma conta em função relacionadas com as compras, recepção de da inexistência dos controles internos. Nesse mercadorias, contas à pagar, salários e outros caso a falha decorre dos controles. Risco de desembolsos à vista. controle é o risco de que a incorreção no saldo Ciclo de produção – é o fluxo das operações de uma conta não seja evitada ou detectada relacionadas com a produção de mercadorias, oportunamente pelo sistema de controles bens e serviços, as atividas e os controles de internos. estoques. administração, consiste Mesmo avaliação na que do possibilidade haja controles adequados, existe a possibilidade de falha Após certas divisões, são selecionados os humana na sua aplicação. Risco de detecção objetivos da auditoria, sempre considerando é o risco de a aplicação dos procedimentos de que as afirmações individuais formam, no seu auditoria levar o auditor a concluir pela conjunto, os relatórios contabéis, e que cabe inexistência de incorreção que de fato existe. aos auditores opinar se estes mostram de Pode ser definido como o risco resultante de forma razoável o que pretendem mostrar. os procedimentos do auditor não conduzirem à detecção de uma distorção que exista numa asserção e possa ser materialmente relevante, 97 BARB OSA , E.S .; SI LV A, R.A .; BA SSO TO, S .L.S .; SAN TOS, W .S .S . D ebate S obr e A Document ação D a Ev idência E Os Pr ogr amas De A uditor ia 2.5. Avaliação dos riscos inerentes e de 2.6. Procedimentos controle de auditoria aplicáveis Existe uma relação inversa entre o risco e a Os procedimentos aplicáveis serão decididos a quantidade de evidência necessária para partir das análises do risco e são compostos suportar a opinião do auditor, portanto se o por: risco de auditoria é baixo, exige grande a. natureza: “que procedimentos”, decisão quantidade de evidência. O mesmo ocorre dependente do juízo do auditor ao avaliar se com o risco de detecção, por exemplo, se o as provas de cumprimento são suficientes ou auditor está disposto a suportar um risco de não. detecção baixo para uma afirmação em substantivas se sabe que existem deficiencias particular, b. momento: “quando se aplicarão”, é preciso deverá obter uma grande O auditor decidirá aplicar provas quantidade de evidência. decidir em que momento serão aplicados os A base para avaliação dos riscos consiste nas procedimentos. A intensidade e o momento da informações relacionadas com os diversos aplicação de determinados procedimentos aspectos do cliente e seu negócio, obtidas de serão definidos pelo controle interno. diversas fontes como informações referentes c. alcance: “comque intensidade”, e nesse ao caso é o risco da área que detemina a ramo dos financeiras negócios, recentes, os informações resultados da intensidade, ajudado pela importância relativa. auditória do ano anterior e os conhecimentos das normas de contabilidade e auditoria. Portanto os riscos inerentes provêm tanto das 2.7. Modelo teórico de um programa de auditoria condições que não estão sob controle da empresa como operações e das dos características saldos das das contas Segundo Avalos (2007), um programa de auditoria segue o seguinte fluxo de processos: correspondentes. Como decorrência dessas análises, surge um enfoque substantivo onde o auditor compila toda ou a maioria da 2.7.1. Seleção dos objetivos de auditoria evidência mediante as provas substantivas, É, primeiramente, a definição dos objetivos. pois confia pouco ou nada no controle interno, Para isso, são estruturados com as funções ou seja, o risco de controle interno é principais de controle interno: considerado máximo, e um enfoque de baixo a. objetivos relacionados com os saldos de risco de controle, onde o auditor confia de clientes/ contas à receber. forma moderada ou de forma consideravel nos b. objetivos relacionados com o recebimentos controles e, portanto, projeta poucas provas dos clientes/ contas à receber. substantivas. c. objetivos relacionados com as vendas. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br 2.7.2. Estudo das variáveis que determinam os procedimentos tesouraria ou os bancos. São, principalmente, os riscos, inerentes e de controle. O risco inerente avaliará consistir na inspeção desses valores com a 3. A DOCUMENTAÇÃO DA EVIDÊNCIA (PAPÉIS DE TRABALHO) a quantidade de clientes novos, a alteração de preços dos produtos vendidos, bem como 3.1. Afinal o que são papéis de trabalho em auditoria? todos os processos que estão envolvidos nos setores de vendas e entrada de caixa. O risco de controle avaliará a existencia do controle Segundo ATTIE (1998) os papéis de trabalho interno para as funções de recebimento/ formam faturamento e controle sobre os saldos finais. documentos que contêm as informações e Temos também a Importância Relativa, que apontamentos obtidos durante seu exame, será definida com relação aos clientes, valores bem como as provas e descrições dessas em carteira e devedores, levando-se em conta realizações. São através destes documentos se o lançamento é ou não significativo. que a auditoria demonstra o que foi executado, o conjunto de formulários e quais foram os itens examinados, qual foi a 2.7.3. Análise dos procedimentos de data de execução dos trabalhos, quem os auditoria aplicaveis executou, dentro outras informações importantes. São documentos extremamente São os objetivos relacionados com os saldos importantes, sem os quais a auditoria não de clientes/ contas a receber, onde se é existe, realizada sistematizados os papéis de trabalho, é a confirmação procedimento importância. da É auditoria Efetuada dos de saldos, maior mediantra uma vez que se não forem impossível demonstrar o que foi examinado. a circularização, quando o exame das contas por si só não garante uma plena explicação 3.2. Objetivos da emissão dos papéis de trabalho dos saldos ou o sistema de controle interno não opera como se deseja, esse procedimento Conforme ensinamentos de ALMEIDA (2003) torna-se ainda mais útil. os principais objetivos dos papéis de trabalho são os seguintes: 2.7.4. Objetivos relacionados com os recebimentos de clientes e contas a receber atender às normas de auditoria emitidas por entidades de classe; acumular as provas necessárias para suportar a opinião do auditor; Para essa evidência, estão previstas duas provas, a confirmação de valores, que utiliza o auxiliar o auditor durante a execução de seu trabalho; mesmo procedimento de circularização de facilitar a revisão por parte do clientes, e a contagem fisica, que deve auditor responsável, a fim dele assegurar-se 99 BARB OSA , E.S .; SI LV A, R.A .; BA SSO TO, S .L.S .; SAN TOS, W .S .S . D ebate S obr e A Document ação D a Ev idência E Os Pr ogr amas De A uditor ia de que o serviço foi executado de forma os mesmos trazem informações obtidas da correta; empresa. servir como base para avaliação De acordo com resolução emitida pelo CFC – Conselho Federal de Contabilidade, o auditor dos auditores; ajudar no trabalho da próxima deve conservar seus papéis de trabalho em auditoria, uma vez que uma auditoria bem boa guarda, pelo prazo de cinco anos executada em um exercício serve de base contados a partir da emissão de sua opinião para que no outro seja conduzida de uma sobre determinada transação. forma mais eficiente; apresentar na justiça as evidências do trabalho realizado, caso seja movido uma 3.4. Regras de estruturação dos papéis de trabalho ação contra o auditor; para defesa da conduta éticaprofissional junto a sua entidade de classe. De acordo com CREPALDI (2002), quando da elaboração dos papéis de trabalho, o auditor deverá levar em consideração alguns aspectos 3.3. Finalidades dos papéis de trabalho relativos à forma da estrutura, a saber: Concisão: os papéis de trabalho Os papéis de trabalho têm como finalidade devem ser concisos, de forma que todos colher elementos comprobatórios suficientes entendam sem a necessidade de explicações para evidenciar o trabalho realizado pelo por parte da pessoa que os elaborou. auditor e dar fundamento em sua opinião Qualquer pessoa com conhecimento razoável sobre de auditoria deve ser capaz de interpretar a as atividades e os processos examinados. Por trabalhar com documentos maneira com que foi conduzido o trabalho; originais da empresa, e pelo fato de haver um Objetividade: os papéis de trabalho grande volume de transações e informações, devem ser objetivos, de forma que se entenda seria inviável, além de oneroso para o auditor aonde o auditor pretende chegar. Não se deve comprovar a realização de seus trabalhos divagar nas conclusões e observações obtidas através de cópias dessa documentação. Para no decorrer da auditoria, para que se possível isso, ele utiliza os papéis de trabalho onde manter a objetividade do trabalho; registra as descobertas realizadas e pode Limpeza: os papéis de trabalho assim, comprovar o trabalho executado. devem ser limpos, de forma a não prejudicar o Embora, os papéis de trabalho tenham origem entendimento dos documentos que são de propriedade da informações, fontes de pesquisa, ao invés de empresa eles pertencem exclusivamente ao demonstrar a profundidade dos exames, pode auditor, devido ao fato de que neles está transparecer falta de planejamento, o que fundamentada a sua opinião. Os papéis de pode prejudicar o entendimento do trabalho trabalho são de natureza confidencial e não realizado; destes. Excesso de podem em hipótese alguma ser utilizados em Lógica: os papéis de trabalho devem benefício próprio ou de outrem, uma vez que ser elaborados de forma lógica de raciocínio, na sequência natural do objetivo a ser Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br atingido. A “abertura” de papéis de trabalho claramente para qual empresa está prestando com rigor lógico, desencadeamento de etapas, o favorece a revisão e entendimento do que foi documentos, além de indicar a área que está executado pelo auditor; sendo verificada. serviço, arquivar corretamente os Completos: os papéis de trabalho Os papéis de trabalho não podem ter seu devem ser completos por si só, evitando assim verso utilizado, os números assim como, as que o revisor destes tenha que recorrer a informações devem ser colocados na parte novas informações para fundamentar o que foi superior do papel de trabalho, enquanto que executado pelo auditor. as explicações advindas do trabalho executado devem ser colocadas na parte 3.5. Técnicas de elaboração dos papéis inferior. Esta recomendação é para que haja um padrão de apresentação, e que o auditor de trabalho concentre em um local as explicações dos Assim como, em qualquer área, na auditoria exames realizados. existem técnicas para a elaboração dos papéis As referências, tiques ou símbolos, são de trabalho para que os mesmos cumpram apostos ao lado do número auditado e devem com seus objetivos e também para que haja ser explicados na parte inferior do papel de uma padronização. para trabalho, servindo como evidência do trabalho confecção dos papéis de trabalho auxiliam na realizado. Os tiques são marcações que padronização da própria equipe de auditores, servem para mostrar que os trabalhos foram bem como para que estes atendam a regras executados e de onde estão vindo às de aceitação em várias partes do mundo, pois informações. Estas marcações agilizam a estas consagradas indicação do que efetivamente foi analisado, e internacionalmente. Em conformidade com facilitam a revisão dos trabalhos, considerando ALMEIDA (2003) sempre que possível o que o revisor conseguirá identificar que tipo de auditor deve fazer a anotação de seus exame foi procedido pela auditoria. O auditor trabalhos nosso, deve evitar o excesso de tiques em uma facilitando as possíveis alterações durante a mesma folha, pois pode “poluir” o documento e execução do serviço, principalmente quando dificultar consultas e revisões dos papéis de da trabalho. Os tiques devem ser anotados com As técnicas a revisão técnicas são lápis feita (preto). por Grifo auditores mais lápis de cor (normalmente vermelho), de modo experientes. encontra a identificar claramente o trabalho executado e justificativa quando os papéis são elaborados também a fim de facilitar as revisões dos manualmente, e estes não podem conter papéis de trabalho. Os tiques de auditoria não rasuras. Na parte superior do papel de podem ser iguais para explicações diferentes, trabalho devem ser anotados o nome da pois perderia a função de agilidade e clareza empresa auditada, a data-base do exame e a da informação, assim como não podem ser área excessivamente extensos, de modo a ter A escrituração que está a lápis sendo preto examinada. Esta recomendação é para que o auditor identifique 101 muitos dados na mesma explicação. BARB OSA , E.S .; SI LV A, R.A .; BA SSO TO, S .L.S .; SAN TOS, W .S .S . D ebate S obr e A Document ação D a Ev idência E Os Pr ogr amas De A uditor ia 3.6. Exemplos de tíquetes de auditoria Existem outras técnicas para a elaboração dos necessários. Assim, como os comentários PTA quando o desejo do auditor for o de dar devem conter uma redação clara e de fácil uma sobre compreensão. Os papéis de trabalho devem determinada informação auditada. O auditor ter sua apresentação e o seu conteúdo de pode também se utilizar do sistema de notas modo a permitir que uma pessoa que não para que possa dar todas as explicações que participou do trabalho possa compreendê-los achar necessárias nos papéis de trabalho, de imediato. E no final, os papéis de trabalho prestando uma informação mais completa que devem indicar as conclusões alcançadas. os próprios tíquetes. Existe uma codificação dos papéis de trabalho explicação mais prolongada para que as informações anotadas pelo auditor 3.7. Exemplos de notas em auditoria sejam facilmente encontradas. Essa codificação pode ser feita através de sistema Nota 01: Não foi possível a constatação da numérico ou alfabético, ou pela combinação aplicação da convenção coletiva de trabalho, dos dois. A codificação deve ser feita com considerando que a mesma não estava lápis de cor azul e aposto na parte direita arquivada no escritório regional, e não foi superior do papel de trabalho. localizada em outra sede. Todos os papéis devem ser codificados. Esta Nota 02: A realização do inventário físico foi codificação impraticável de ocorrer na data programada, “amarração” das informações que constam devido ao fato da empresa ter participado de nos PTA, de modo que sempre seja indicada a licitação e ter sido escolhida, o que gerou origem de determinada informação/número, e demanda para onde esta informação está indo. Os de serviço no período da auxilia no arquivamento e programação do inventário. papéis de trabalho normalmente iniciam com a Os papéis de trabalho que são montados “folha/cédula líder”, ou “folha/cédula mestra” devem ser aqueles que somente trarão uma que é aquela que recebe a primeira letra utilidade para o auditor, e as informações que indicadora, e onde constam os dados ou neles irão conter devem se limitar aos dados valores sintéticos. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br As folhas seguintes, conhecidas por folhas/ A posição da referência com cédulas subsidiárias, ou folhas/ cédulas de relação ao no referenciado indica sua direção, desdobramento receberão a letra indicadora a saber: da folha líder, precedida de uma numeração A referência de um número sequencial, demonstrando que os valores ou que “vai para.” coloca-se do lado direito ou dados serão abertos analiticamente. abaixo do No. A referência de um número 3.8. Exemplo de codificação/amarração: Folha/cédula lide que “vem de...” coloca-se do lado esquerdo. A Auditoria na tesouraria Folha/cédula subsidiária de A 3.10. Exemplo de referências cruzadas A1 Relação analítica dos bancos Folha/cédula líder B Auditoria em vendas Folha/cédula subsidiária de B B1 Relação analítica de clientes Folha/cédula líder C Auditoria em compras Outro exemplo de referências cruzadas Folha/cédula subsidiária de C C1 Solicitações de compras Dentro do item de amarração, é importante mencionarmos a técnica correta para referências cruzadas, as quais são utilizadas para “ligar” um PTA de auditoria a outro, ou evidenciando números dentro do mesmo PTA, Como última técnica da elaboração de papéis demonstrando a correlação existente entre os de trabalho, vamos abordar o item que recebe dados. o nome de exceção, a qual normalmente pode ser constatada pela auditoria na execução dos 3.9. Regras básicas para cruzar cruzar cifras referências Somente testes de observância feitos para verificar como estão funcionando os sistemas e, idênticas; consequentemente representa o descumprimento de algum passo ou item do O cruzamento das referências de ser preferencialmente na cor azul; O cruzamento deve ser feito em ambas as direções. sistema. As exceções recebem a simbologia de uma “letra argolada” de cor azul, e são indicativos nos PTA de que algo não está correto na sistemática de controles internos da empresa, portanto o auditor não está concordando com o procedimento adotado. 103 BARB OSA , E.S .; SI LV A, R.A .; BA SSO TO, S .L.S .; SAN TOS, W .S .S . D ebate S obr e A Document ação D a Ev idência E Os Pr ogr amas De A uditor ia Toda exceção deverá ser efetivamente documentada nos papéis de trabalho, e posteriormente abordada detalhadamente em relatório. 3.11. Exemplos da representação das exceções De acordo com instruções emitidas pelo A IBRACON, Instituto Brasileiro dos Auditores evidenciada nos papéis de trabalho e não nas Independentes folhas de pendências onde foram levantadas; abordaremos aspectos relativos à custódia dos PTA e sua revisão. eliminação das pendências deve ser A promoção dos auditores dentro da hierarquia da organização encontra como um dos itens 3.12. Aspectos relativos à custódia dos de avaliação, a clareza e objetividade com que são “abertos” e desenvolvidos os PTA. papéis de trabalho São de propriedade exclusiva do 3.14. Tipos de papéis de trabalho departamento de auditoria; Não devem ser entregues a terceiros, Há uma padronização dos papéis de trabalho ou com estes discutidos sem a autorização do para que facilite o seu uso, entendimento, gerente de auditoria; arquivo e sobre tudo para demonstrar a As informações constantes nos papéis evidência do exame praticado. Citamos três de trabalho nunca devem ser discutidas fora papéis de trabalho: o memorando, o papel de do departamento de auditoria; trabalho de sete colunas e o programa de Devem ser conservados em local auditoria. ou O memorando é utilizado quando o auditor arquivos fechados, tanto durante o almoço, precisa relatar alguns procedimentos adotados como ao final do expediente; pela empresa no momento, por exemplo, que seguro, preferencialmente em cofres, estiver realizando um trabalho de contagem 3.13. Revisão dos papéis de trabalho física. Os papéis de trabalho sete ou quatorze colunas são utilizados quando o auditor realiza Os papéis de trabalho estão sujeitos à revisão um exame mais apurado, como por exemplo, do sênior, que prepara uma folha de “pontos uma conciliação ou análise, onde além de pendentes”; expressar o objetivo ele relatará os exames e A revisão representa um comentário crítico do sênior sobre o trabalho do assistente; evidências praticadas. O programa de auditoria serve como roteiro básico de todas as etapas que o auditor tem que cumprir para Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br a realização do seu trabalho. De acordo com é fundamental, pois serão estas que darão LOPES DE SÁ (2002) existem duas categorias consistência e formalização aos trabalhos, de papéis de trabalho que podem ser divididos contribuindo para que estes sejam executados em: de forma racional, lógica e livre de erros. contém Para a execução das atividades os auditores informações utilizadas em mais de um trabalho se utilizam de modelos padronizados de ou exercício social. Esses papéis devem papéis de trabalho, onde os mais comuns são conter informações importantes que tenham os de sete colunas, quatorze colunas e interesses permanentes e que possam ser memorando. Embora atualmente os papéis de utilizados em bases recorrentes. trabalho Papéis permanentes, que sejam executados de forma utilizados eletrônica, à formatação e disposição dos somente para o trabalho em curso, ou melhor, campos segue mais ou menos àqueles papéis dizendo do próprio exercício social. de trabalho físicos, preservando os elementos Papéis correntes são essenciais consagrados pelas doutrinas em auditoria. A utilização dos papéis de trabalho Exemplos de papéis de trabalho permanente: os manuais de procedimentos de sete e, quatorze colunas normalmente é quando o auditor necessita a demonstração de internos; o Estatuto ou Contrato Social; cálculos e informações numéricas, ao passo plano de contas; que o papel de trabalho memorando é mais documentos de planejamento de longo utilizado na redação de sugestões e descrições de atividades. prazo. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Exemplos de papéis de trabalho correntes: o programa de auditoria; o anotações dos ajustes e Os trabalhos executados por profissionais de reclassificações; auditoria ganham importância na medida em o que questionário de controles internos; são executados com clareza, profissionalismo e transparência, servindo de Para comprovar a realização dos trabalhos, o subsídios para muitas pessoas interessadas auditor deve documentar as atividades através nas informações que estes transmitem. da abertura de papéis de trabalhos (PT ou Quando PTA), para realização dos trabalhos pelo auditor, menor representar os auditores na justiça ou diante será a possibilidade de sua atividade incorrer de defesa em órgãos de classe quando forem em erros, ou falhas graves, evitando assim questionados. Na elaboração de papéis de que sua imagem seja “arranhada”. Pois o trabalho são utilizadas palavras que fazem maior ativo que um profissional a área de parte do linguajar dos auditores, tais como auditoria pode ter é seu nome, sua marca, pois tiques, amarrações, exceções, referências se assim não for, poderá perder a credibilidade cruzadas, entre outros. Na elaboração dos de uma hora para a outra. os quais servem inclusive maior rigor técnico houver na papéis de trabalho o respeito a estas técnicas 105 BARB OSA , E.S .; SI LV A, R.A .; BA SSO TO, S .L.S .; SAN TOS, W .S .S . D ebate S obr e A Document ação D a Ev idência E Os Pr ogr amas De A uditor ia Como esquecer o caso emblemático da AVALOS, J. M. A. Auditoria e Gestão de empresa de auditoria Arthur Andersen (AA) Riscos. Inst. Chiavenato. São Paulo. Saraiva, que em 2002 auditou vários balanços de 2007. empresas americanas, como a Enron, Word Com, entre outras, onde estas manipularam os CORDEIRO, números, e estes haviam sido auditados pela “Auditoria Interna: Qual é a sua postura em um AA, que não informou sobre estes problemas. ambiente globalizado e competitivo?" Artigo Como consequências, a Arthur Andersen, uma técnico publicado na Revista do Conselho empresa centenária, que na época estava Regional de Contabilidade do Paraná - nº 122 entre as cinco maiores empresas de auditoria – página 17. Curitiba: 1998. do mundo ruiu, desapareceu. Cláudio Marcelo Rodrigues. Aqueles que militam na área sabem como o trabalho de CORDEIRO, auditoria é complexo, regulamentado, e se não abordagem sobre a ética no desenvolvimento for executado com todos os cuidados, a de trabalhos de Auditoria e de Perícia responsabilidade pela não informação aos Contábil" Artigo técnico publicado na Revista usuários, do Conselho Regional de Contabilidade do sobre problemas relevantes da empresa auditada, poderá levar a prisão do C. M. Rodrigues. "Uma Paraná - nº 123 - página 10. Curitiba: 1999. auditor, e a mácula na imagem de toda uma organização desta natureza. CORDEIRO, C. M. R. "Auditoria Contábil, Em contra partida, os auditores muitas vezes Analítica são pressionados pelo tempo, pela péssima semelhanças?" Artigo técnico Revista CR. de qualidade Contabilidade do Paraná - nº 125 - pág 40. da informação prestada, pela excessiva quantidade de documentos para e da Qualidade, quais as Curitiba: 1999. avaliar e não rara às vezes pela Direção da CORDEIRO, Cláudio M. R. “Segurança de própria companhia que o contratou. Dados em Meios Eletrônicos” Artigo técnico pub. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Revista Conselho Regional de Contabilidade do Paraná - nº 127 - pág 38. ALBUQUERQUE, J. Celso Veloso de. Curitiba: 2000. Auditoria Contabil. São Paulo. Rumo Editora. CORDEIRO, 2002. C. M. R. “Auditoria como Instrumento de Gestão”. Artigo técnico publ. ALMEIDA, M. C. Auditoria: Um curso moderno Revista do Conselho Regional de e completo. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2003. Contabilidade do Paraná - nº 130 - página 28. Curitiba: 2001. ATTIE, Willian. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 1998. CREPALDI, S. A. Auditoria Contábil Teoria e Prática. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2002. Anais do II Seminário Multidisc iplinar E NIA C 2010, V ol. 1, Nº 2 www .e n iac.c o m. br ojs .e n iac.c o m. br FRANCO, H e MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil, 4ª edição. São Paulo: Atlas, 2001. LOPES DE SÁ, Antônio. Curso de Auditoria, Curso de Auditoria, 10ª edição. São Paulo, Atlas FERREIRA, Ricardo J. Auditoria. – 3. ed. Rio de Janeiro. Editora Ferreira. 2004. 107 BARB OSA , E.S .; SI LV A, R.A .; BA SSO TO, S .L.S .; SAN TOS, W .S .S . D ebate S obr e A Document ação D a Ev idência E Os Pr ogr amas De A uditor ia