Câncer do Colo do Útero - Etec Professor Mário Antônio Verza

Transcrição

Câncer do Colo do Útero - Etec Professor Mário Antônio Verza
ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA
CURSO TÉCNICO EM AGENTE COMUNITÁRIO DE
SAÚDE
Adriana da Silva Pereira
Ana Celia Brigido
Andreia Pereira
Jaqueline Aparecida Rodrigues
Patrícia dos Santos Silva
Valdilena Antonia Marin
Câncer do Colo do Útero
Palmital
2012
ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA
CURSO TÉCNICO EM AGENTE COMUNITÁRIO DE
SAÚDE
Adriana da Silva Pereira
Ana Celia Brigido
Andreia Pereira
Jaqueline Aparecida Rodrigues
Patrícia dos Santos Silva
Valdilena Antonia Marin
Câncer do Colo do Útero
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Etec Profº Mário Antônio Verza como parte
dos requisitos necessários para a obtenção
do título de Técnico em Agente Comunitário
de Saúde.
Prof. Orientador: Nivea Mª A.V.Damini
Palmital
2012
Dedicamos nosso TCC a
todos os docentes que
sempre nos incentivaram
no término deste curso. O
nosso muito obrigado.
A aceitação da dor é o
primeiro
passo
para
suportá-la, caso contrario,
o
pessimismo,
impaciência
e
a
tolerância,
poderá
transformá-la num fardo
além de suas forças.
Autor: Ivan teorilang
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus por nos dar forças e paciência, para
concluir este trabalho.
Em segundo, nosso grande agradecimento é a nossa docente Adriana
Fernandes, que muito nos apoiou e ajudou.
E em terceiro, agradecemos as companheiras de grupo pela dedicação com
este.
.
LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS
1. DST-Doenças sexualmente transmissíveis
2. HPV- Infecção do Papiloma Vírus Humana
3. INCA-Instituto Nacional do câncer
4. MENARCA- Primeira mestruação
5. NICTALOPIA -Cegueira Noturna
6. AIDS-Sindrome da imunodeficiência adquirida
7. FIGO-Federaçao Internacional de Ginecologia e Obstetricia
8. ACS-Agente Comunitário de saúde
9. CA - Câncer
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 7
1.1.
Objetivo Geral ............................................................................................................................. 8
1.2.
Justificativa ................................................................................................................................. 9
2.
2.1.
ANATOMIA DO APARELHO GENITAL FEMININO ........................................................................... 9
Fisiologia ................................................................................................................................... 11
3.
FASES DO CÂNCER ........................................................................................................................ 12
4.
FATORES DE RISCO ....................................................................................................................... 13
4.1.
A infecção por HPV. .................................................................................................................. 13
4.2.
Atividade sexual precoce ......................................................................................................... 14
4.3.
Ingestão de vitaminas A e C ..................................................................................................... 14
4.4.
Má higiene na região intima .................................................................................................... 15
5.
SINTOMAS ..................................................................................................................................... 16
6.
DIAGNÓSTICO ............................................................................................................................... 17
7.
TRATAMENTO ............................................................................................................................... 18
7.1.
Os efeitos colaterais podem ser classificados em imediatos e tardios. ................................. 20
7.2.
Estadiamento ............................................................................................................................ 21
8.
ASPECTO PSICOLÓGICO ................................................................................................................ 22
9.
PREVENÇÃO DA DOENÇA ............................................................................................................. 23
10.
O PAPEL DO ACS NA PREVENÇÃO ............................................................................................ 24
Resumo ................................................................................................................................................. 25
Considerações finais ............................................................................................................................. 26
ANEXOS ................................................................................................................................................. 27
Referências Bibliográficas .................................................................................................................... 30
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CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
1. INTRODUÇÃO
O câncer de colo do útero é a segunda doença mais frequente na população feminina,
atrás apenas do câncer de mama, é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil,
por ano são 4.800 vitimas fatais e 18.430 novos casos. O que pode levar a esse tipo de câncer
é a infecção pelo Papiloma Vírus Humana (HPV).
Baseados nos artigos científicos e estudos clínicos desenvolvemos este projeto com o
princípio e a importância da detecção precoce da doença. O câncer de colo do útero ainda
representa um grave problema de saúde pública, especialmente para os países em
desenvolvimento que abrigam cerca de 80% dos casos e mortes decorrentes desta neoplasia.
Os programas de rastreamento sistemático da população feminina por meio do exame
citológico do colo do útero, também conhecido como exame de Papanicolau, tem sido uma
das estratégias públicas mais efetivas, seguras e de baixo custo para detecção precoce deste
câncer. Estudos indicam que as mulheres que não realizam ou nunca realizaram esse exame
desenvolvem a doença com maior frequência e que, em diferentes países, e tem havido
redução nas taxas após a introdução de programas de rastreamento.
As informações mostram que, o câncer de colo uterino continua sendo um desafio da
ciência médica, embora imensos recursos financeiros, tecnológicos, científicos e humanos
estejam disponíveis a pesquisa.
A redução da mortalidade se dá por meio da educação em saúde e detecção precoce
que se faz urgente e necessária. A educação em saúde se constitui numa medida de prevenção
primária, que tem como objetivo proporcionar informações a cerca dos fatores desencadeantes
para seu aparecimento.
A detecção precoce, entretanto, consiste na prevenção secundária e tem como principal
instrumento diagnóstico o exame de Papanicolau ou citopatológico capaz de identificar a
neoplasia maligna ainda em sua fase inicial.
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Os fatores de risco incluem os múltiplos parceiros sexuais, a idade precoce no
primeiro coito, o intervalo curto entre a menarca e o primeiro coito, o contato sexual com
homens cujas parceiras tiveram câncer de colo, exposição ao vírus HPV e tabagismo.
Sobre isso, nos afirma o INCA, que o câncer de colo uterino, dentre todos os tipos de
câncer, é o que tem maior potencial de prevenção da doença invasiva e cura. A detecção
precoce somada ao tratamento adequado reduz quase que totalmente a evolução da doença,
uma vez que sua progressão se dá de forma gradativa e lenta.
Entretanto, a soma da incidência investigada aos fatores de risco mais prevalentes,
pode proporcionar a implementação de novas ações ao combate e prevenção do câncer do
colo do útero, levando medidas educacionais que conscientizem as mulheres, fazendo com
que essas procurem o serviço público ou não para realizarem precocemente o exame
preventivo, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida e diminuição das taxas do
câncer do colo uterino. Mulheres diagnosticadas precocemente quando tratadas tem
praticamente 100% de chance de cura.
A presente pesquisa busca contribuir no incentivo a realização de exames preventivos
periodicamente por meio de uma efetiva educação em saúde, fazendo com essas mulheres
tenham conhecimento sobre os dados que comprovam a grande incidência de mortalidade por
esse tipo de câncer, e ainda esclarecimentos a cerca da doença, seus fatores de risco e seu
tratamento, conscientizado assim as mulheres de que a prevenção é a melhor escolha.
1.1.
Objetivo Geral
Conscientizar as mulheres sobre a importância da realização preventiva (Papanicolau)
através das campanhas federais, estaduais e municipais. Neste estudo podemos orientar sobre
a detecção precoce dos tipos de inflamação, DST e ainda os sinais do câncer do colo do útero,
levando ao diagnostico precoce e a cura do câncer.
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1.2.
Justificativa
Este trabalho justifica-se pela grande incidência de câncer do colo do útero entre as
mulheres, haja visto que o exame preventivo do colo do útero é meio de diagnostico precoce
sendo que o Agente Comunitário de saúde exerce papel importante na conscientização das
mulheres com vida sexual ativa, é com esse esclarecimento poderá assim evitar agravos dessa
doença.
2. ANATOMIA DO APARELHO GENITAL FEMININO
Sistema Reprodutor Feminino é composto anatomicamente pelos seguintes órgãos
internos:
Ovários: São duas gônadas ou glândulas sexuais femininas, também chamados de
órgãos primários. Localiza-se na parte inferior da cavidade abdominal, um de cada lado do
útero. Produz óvulos e hormônios sexuais femininos: estrógenos e progesterona.
Estrógenos: Os estrogênios são responsáveis principalmente pela proliferação e
crescimento de células especificas no corpo, que são responsáveis pelas características sexuais
secundarias femininas. Sua principal função consiste em determinar o crescimento e
proliferação celular de tecidos e órgãos sexuais e tecidos que estejam relacionados com a
reprodução.
Progesterona: Sua principal função consiste em promover alterações secretoras do
endométrio uterino durante a segunda metade do ciclo mensal feminino para preparar o útero
para o ovo fertilizado. Promove o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos das mamas, assim
estes adquirem capacidade secretora. Este hormônio também promove o aumento do volume
das mamas sendo responsável pelo seu desenvolvimento final.
Tuba uterina: São tubos musculares e flexíveis que comunicam o ovário com o útero
para transportarem os óvulos. Os espermatozoides que penetram na vagina passam por ela pra
atingir o óvulo, consequentemente é o lugar onde pode ocorrer a fecundação.
Útero: É um órgão oco que possui formato de pêra invertida e se situa entre a bexiga
urinaria e o reto. Comunica-se por um lado com a tuba uterina e por outro com a vagina. É
dividido em quatro partes que são eles: corpo do útero, fundo do útero, istmo colo do útero.
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O corpo do útero tem uma cavidade virtual (cavidade do útero), de forma triangular,
que se afunila gradualmente à medida que se aproxima do istmo. Em secção sagital dessa
cavidade observa-se estreitamento dessa região em virtude das paredes uterinas anteriores e
posteriores estarem quase em contato. Alterações traumáticas após procedimentos cirúrgicos
intempestivos ou processos infecciosos podem levar a destruição da camada de revestimento
dessa cavidade (endométrio), acarretando na formação de sinéquias, que são, em alguns casos,
responsáveis por infertilidade ou amenorréia.
O istmo do útero, é uma porção estreita que tem cerca de 1 cm ou menos de
comprimento. Essa pequena região é mal delimitada e se situa entre o colo e o corpo do útero.
No final da gestação, essa área tem suas dimensões consideravelmente aumentadas, sendo
denominado “segmento inferior”, e adquire importância funcional durante o trabalho de parto.
O colo do útero estende-se póstero-inferiormente e apresenta forma cilíndrica, com
comprimento variável entre 2,5 e 3 cm. Em sua extremidade superior tem continuidade com o
istmo do útero. A extremidade inferior, cônica, termina fazendo protrusão na porção superior
da vagina (porção vaginal do colo).
Vagina: conduto muscular membranoso, que se estende desde o colo do útero até a
vulva. É muito elástica e está coberta por uma pele fina, com muitas pregas. Por ela passa os
fluxos menstruais e o feto na hora do parto. A entrada da vagina é protegida por uma
membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulva-vaginal e geralmente
se rompe nas primeiras relações sexuais.
Sistema Reprodutor Feminino é composto anatomicamente pelos seguintes órgãos
externos:
Clitóris: É um órgão impar e mediano, erétil, situado na parte Antero posterior da
vulva, tem uma porção oculta entre os lábios maiores e outra livre, que termina numa
extremidade
chamada
glande,
coberta
pelo
prepúcio.
A extremidade ou glande do clitóris (gr. Kleitoris: pequena elevação) localiza-se
inferiormente ao Monte-de-vénus no local em que os pequenos lábios se unem, formando um
prepúcio. Visível externamente debaixo deste prepúcio encontra-se a glande do clitóris. O
corpo clitoriano é um órgão pequeno e cilíndrico composto principalmente de tecido eréctil,
de dois corpos esponjosos. Que se enchem rapidamente com sangue causando assim a
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intumescência e aumento de tamanho de todo o órgão, sob estimulação sexual. Isto também se
aplica ao tecido esponjoso que rodeia a uretra.
A glande do clitóris encontra-se parcialmente coberta pelo capuz clitoriano ou
prepúcio. È possível que as secreções genitais (esmegma) se acumulem debaixo deste
prepúcio, causando assim irritação e outros problemas. A glande é extremamente sensível ao
toque, apresentando inumeráveis terminações nervosas. Ao contrário do pénis, a glande de um
clitóris excitado não se exterioriza, mas sim se retrai para o interior do capuz. O clitóris é
facilmente excitável por estimulação mecânica, desempenhando um papel essencial na
excitação sexual da mulher.
Grandes lábios: são duas pregas cutâneas, alongadas, que delimitam entre si uma
fenda. Após a puberdade apresentam-se cobertas de pêlos, embora suas faces internas sejam
sempre lisas.
Pequenos lábios: são duas pequenas pregas cutâneas localizadas medialmente aos
lábios maiores.
2.1.
Fisiologia
No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células
que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos
primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos ovarianos. O inicio da
puberdade feminina é marcada pelo aparecimento da primeira menstruação, (MENARCA
entre 11 e 13 anos), e vai até a última menstruação, (MENOPAUSA - entre 45 e 50 anos). A
partir da menarca a menina passa a ser capaz de gerar uma nova vida, além disso, ocorre o
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários como o desenvolvimento das mamas e o
aparecimento de pêlos em determinadas regiões do corpo. Durante a vida fértil da mulher,
amadurece normalmente apenas um folículo a cada 28-30 dias produzindo um óvulo fértil,
que cai na tuba uterina, onde poderá ser fecundado ou não. No ponto de ruptura do folículo,
na parede do ovário, as células foliculares formam um tecido de cicatrização de função
endócrina, o chamado corpo lúteo (ou amarelo). Se não houver fecundação, o corpo lúteo
degenera após 10 dias. Se, no entanto, o óvulo for fecundado, o corpo amarelo cresce muito e
permanecem alguns meses produzindo a progesterona, que é o hormônio da gravidez.
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O ciclo menstrual compreende um período de 28 a 30 dias, durante o qual se origina
um óvulo que, não fecundado, será expulso junto com secreções, sangue e restos do
endométrio, que continua se desenvolvendo para garantir a fixação, proteção e nutrição do
futuro embrião. Nos primeiros 14 dias do ciclo, a hipófise, produzindo FSH (Hormônio
Folículo Estimulante), estimula a maturação de um folículo ovariano. Este produz estrógenos,
que, chegam ao útero promovendo o crescimento do endométrio. No 14° dia ocorre a
ovulação e nos 14 dias finais do ciclo a hipófise produz alta taxa de LH (hormônio
luteinizante), que estimula o desenvolvimento do corpo amarelo. Este tecido endócrino
produz então a progesterona, que continua estimulando o crescimento do endométrio,
preparando-o para receber o zigoto. O aumento da taxa de progesterona atua sobre a hipófise
inibindo a produção do LH. Assim, o corpo amarelo degenera, cai a taxa de progesterona e
ocorre o desprendimento do endométrio, eliminado como fluxo menstrual.
A menopausa acontece depois de uns 400 ciclos menstruais completos, ou menos,
sobrevém o declínio sexual da mulher. A menopausa, ou interrupção permanente da
menstruação, não é o climatério em si, mas uma das manifestações desse período. Além da
suspensão da menstruação, o climatério envolve profundas alterações orgânicas e psíquicas.
3. FASES DO CÂNCER
O câncer tem quatro fases ou estágios, sendo na fase um a inicial caracterizada quando
o tumor está localizado e não comprometeu os tecidos adjacentes. A fase dois e três é
considerada intermediária e acontecem quando o tumor se estendia a estrutura próxima. Na
fase quatro o câncer se espalhou para outro órgão, caracterizado pela metástase.
• Fase local o tumor é muito mais fácil de ser curado sem medo de reincidência
cirúrgica.
• Fase regional sua cura é possível onde à ressecção cirúrgica é grande o suficiente
para remover os gânglios envolvidos.
• Fases generalizadas durante este período praticamente nenhum caso de câncer é
curado e não pode mesmo parar a sua evolução a morte pode ser uma questão de meses ou
alguns anos.
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Existe uma fase pré-clínica -sem sintomas - do câncer do colo do útero, em que a
detecção de lesões precursoras, que antecedem o aparecimento da doença, pode ser feita
através do exame preventivo conhecido como exame de Papanicolau. Quando é diagnosticado
na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 100%.
4. FATORES DE RISCO
Nem sempre os médicos podem explicar as causas do desenvolvimento do Câncer de
Colo de Útero. Porém, sabe-se que há alguns fatores de risco podem aumentar a probabilidade
de a mulher desenvolver câncer de colo do útero. Alguns estudos têm encontrado fatores que
podem elevar a probabilidade da mulher ter câncer de colo de útero, dentre eles teremos:
4.1.
A infecção por HPV.
O HPV é um grupo de vírus que pode infectar o colo do útero. Existem muitos tipos de
HPV e eles são contraídos através do contato sexual. Em muitos casos vão embora, mas
outros permanecem no corpo, sendo assim, causam em algumas mulheres o câncer de colo de
útero. Não somente o HPV, mas outros fatores de risco também podem vir a agir em conjunto
para elevar o risco de contrair o câncer, como:
• Não fazer regularmente o exame de Papanicolau. Um exame que ajuda o médico a
encontrar células anormais, que sendo tratadas corretamente, podem ser mortas ou removidas
prevenindo assim que se tornem células cancerosas.
• O fumo eleva um pouco o risco de câncer no colo de útero nas mulheres infectadas
com HPV.
• Infecção por HIV (o vírus da AIDS) ou uso de drogas pode enfraquecer o sistema
imunológico eleva o risco do câncer.
• Mulheres que tiveram muitos parceiros sexuais ou, o parceiro sexual que teve muitas
parceiras anteriormente, também têm grande risco de ser infectada com HPV e vir a contrair o
câncer.
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• O uso de pílula anticoncepcional por muito tempo (Cinco anos ou mais) pode elevar
levemente o risco em mulheres com infecção por HPV. Porém, quando a mulher deixa de usar
a pílula o risco cai rapidamente.
• Estudos sugerem que mulheres que querem ter muitos filhos (Cinco ou mais), tomem
cuidado, pois aumenta levemente o risco, ainda se tiverem infectadas com o vírus HPV.
Outro fator de risco em destaque é a mulher que tem relações sexuais com homem que
apresente verrugas no pênis ou outras doenças sexualmente transmissíveis também apresenta
maiores chances de desenvolver câncer do colo do útero.
Meninas menores de quinze anos têm baixo risco desse tipo de tumor o risco aumenta
do vinte aos trinta e cinco anos. Acima de 40 anos as mulheres ainda tem risco e deve
continuar fazendo Papanicolau regularmente.
Dentre estes fatores citados acima, temos também o baixo nível socioeconômico que
pode ser conceituado como um conjunto de fatores sociais econômicos, políticos e culturais,
um direito a qualidade de vida e a saúde de todos. São recursos indispensáveis: paz, renda,
habitação, educação, alimentação adequada, recursos sustentáveis, equidade, justiça social.
4.2.
Atividade sexual precoce
A iniciação da atividade sexual precoce trás sérias consequências para a vida dos
adolescentes entre as mais preocupantes está relacionada as doenças sexualmente
transmissíveis e a gravidez. Nessa fase da vida, o primeiro coito e a multiplicidade de
parceiros sexuais aumenta o risco para neoplasia. O inicio precoce da atividade sexual
continua sendo mais dos riscos para o câncer do colo uterino.
4.3.
Ingestão de vitaminas A e C
A carência das vitaminas A e C nas dietas produzem doenças graves, as avitaminoses,
como o raquitismo, a nictalopia (cegueira noturna), a pelagra, diversas alterações no processo
de coagulação do sangue e a esterilidade. Também a ingestão excessiva de vitaminas pode
causar perturbações orgânicas, as hipervitaminoses.
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Vitamina A: As vitaminas são importantes para o nosso organismo. são de extrema
importância para um bom funcionamento do nosso organismo,principalmente porque ajuda a
evitar muitas doenças. Essas vitaminas são encontradas em frutas, verduras legumes, carnes,
etc.
As vitaminas receberam nomes científicos, mas são vulgarmente conhecidas por letras
maiúsculas ou por um termo associado à doença produzida pela carência da vitamina no
organismo. A vitamina A ou retinol, por exemplo, é chamada também antixeroftálmica. A
classificação geral das vitaminas é feita de acordo com sua solubilidade em água ou gordura.
As vitaminas hidrossolúveis são as que compõem o complexo vitamínico B (B1, B2, B6 e
B12) e a vitamina C. As lipossolúveis compreendem as vitaminas A, D, E e K.
A tiamina ou vitamina B1 é importante no metabolismo de alguns ácidos orgânicos.
Sua carência provoca uma doença nervosa caracterizada por paralisia e insensibilidade, o
beribéri. A B1 é encontrada em diversos alimentos, principalmente na casca do arroz. A
vitamina B2, ou riboflavina, cumpre importante papel na chamada cadeia transportadora de
elétrons, processo básico na respiração celular e na obtenção de energia por parte da célula. É
abundante na levedura, nos ovos e no leite. Sua deficiência produz distúrbios visuais, fissuras
nos lábios e inflamação da língua. A vitamina B6 intervêm no metabolismo dos aminoácidos
e sua deficiência provoca insônia, irritabilidade, fraqueza, dor abdominal, dificuldade de
andar e convulsões. São ricos em vitamina B6 (pirodoxina, piridoxamina e piridoxal)
alimentos como cereais integrais, legumes e leite.
A cobalamina (vitamina B12), presente principalmente na carne de fígado, está
associada à maturação dos glóbulos vermelhos no sangue. A carência dessa vitamina se traduz
em anemia pronunciada, a chamada anemia perniciosa. A vitamina PP, também chamada
niacina ou ácido nicotínico, também é um dos elementos do complexo B. Sua carência causa a
pelagra, doença que se caracteriza por erupções na pele, além de distúrbios neurológicos e
gastrintestinais.
4.4.
Má higiene na região intima
A falta de cuidados podem acarretar em muitos problemas desagradáveis como odores,
infecções e a proliferação de fungos. Com uma correta higienização com banhos e lavagens
deve fazer parte do cuidado pessoal diário. Preferir calcinha de algodão, evitar usar sempre
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roupas apertadas, lavagens corretas com as peças intimas, não se automedicar, cuidado com
higiene anal (sempre da frente para trás e nunca ao contrario) visitas regulares a médicos é
muito importante para os cuidado íntimos.
5. SINTOMAS
O Câncer de Colo de Útero, em sua fase inicial, não costuma causar sintomas. A
doença causa sintomas somente em fases mais avançadas. O sintoma mais comum é o
sangramento vaginal, geralmente após a relação sexual, e algumas vezes até no início da
relação. Em alguns casos, pode vir a ocorrer uma dor pélvica durante o sexo e algumas vezes
até sangramento vaginal fora do período menstrual.
Possivelmente, em casos mais avançados da doença, pode ocorrer secreção vaginal de
odor fétido e dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais.
O diagnóstico precoce, como em qualquer câncer, é essencial para o sucesso do
tratamento. Como não há sintomas na fase inicial da doença, o exame de Papanicolau, é a
melhor forma de rastreio visando à prevenção e sendo muito importante na luta contra o
câncer. Um teste de Papanicolau alterado pode ser um sinal precoce de câncer de colo do
útero. Entretanto, geralmente não há sintomas, principalmente nos estágios iniciais da doença.
Em estágios bem avançados, os sintomas incluem:
• Sangramento vaginal ou pequenos sangramentos entre as menstruações
• Sangramento após as relações sexuais
• Secreção vaginal espessa que pode ter qualquer cheiro
• Secreção vaginal aquosa
• Dor na região pélvica
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6. DIAGNÓSTICO
O paciente, ao procurar um médico, não sabe ainda a gravidade de sua doença e assim,
não procura diretamente um especialista, 70% dos diagnósticos de câncer são feitos por
médicos da rede básica de saúde com pouca experiência na doença.
O colo do útero tem várias camadas de células epiteliais pavimentosas, que ao
sofrerem mudanças podem evoluir para uma lesão cancerosa evasiva em um período de 10 a
20 anos.
Em alguns anos o câncer do colo do útero é lento e passa por fases pré-clínica
detectáveis e curáveis.
O exame preventivo é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o
diagnostico da doença, o exame preventivo é indolor, simples e rápido.
WHO (1988) acrescenta que o exame de Papanicolau deve ser realizado priorizando os
grupos de maior risco. Segundo o Ministério da Saúde (1997), o que anteriormente a faixa de
risco que era de 35 até 49 anos, passou para 25 a 59, em razão da incidência do HPV.
Atualmente, aconselha-se o início precoce da prevenção, aos 18 anos ou a partir do início da
atividade sexual.
Pode causar um pequeno desconforto que diminui se as mulheres tiverem tranquilas.
Os exames são realizados através da coleta do material, é introduzido um instrumento
chamado espéculo na vagina conhecido popularmente como bico de pato devido ao seu
formato, o médico faz a inspeção visual do interior da vagina e do colo do útero, a seguir, o
profissional promove a escamação da superfície externa e interna do colo do útero com uma
espátula de madeira e uma escovinha, as células colhidas são colocadas numa lâmina para
análise em laboratório especializado em citopatologia.
O médico deve preencher o prontuário com a representação gráfica da lesão, tamanho,
localização e extensão da mesma, e com indicação dos locais em que foram realizadas as
biópsias. O profissional chega ao diagnóstico através de varias etapas a qual deve proceder a
uma análise cuidadosa com base ao conhecimento do caso e da patologia.
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Para ter um bom resultado a mulher não deve ter relações sexuais nos dois dias
anteriores ao exame, evitar também
o uso de duchas, medicamentos vaginais e
anticoncepcionais locais nas 48 h anteriores do exame. É importante que não esteja
menstruada, pois pode alterar o resultado.
7. TRATAMENTO
O tratamento para o caso deve ser avaliado e orientado por um médico, entre os
tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero estão a cirurgia e a radioterapia. O
tipo de tratamento dependerá do estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores
pessoais, como idade e desejo de ter filhos.
A consulta anual ao ginecologista é a oportunidade de avaliar o estado geral de saúde,
examinar os seios e o aparelho genital e solicitar exames laboratoriais importantes, como o
Papanicolau, que pode diagnosticar doenças do colo do útero, detectando inclusive o risco do
aparecimento de câncer.
A decisão do tratamento vai depender da certeza do diagnóstico. São chamadas de
displasia as formas pré-cancerosas do câncer de colo uterino, essas displasias podem ser
tratadas com laser, conização (retirada de uma porção pequena do colo uterino) ou até
crioterapia (congelamento). Cirurgia ou radioterapia ou ate mesmo os dois juntos são usados
em tratamentos quando o câncer está em estagio avançado.
A quimioterapia e indicada em estágios mais tardios ainda, às vezes são necessárias
mais de um tipo de tratamento. Se o câncer não tiver se espalhando e a mulher ter planos em
engravidar no futuro, a depender do caso pode ser realizada uma conização, se a mulher não
tiver pretensões futuras de engravidar, pode-se optar, por uma histerectomia, a retirada total
do útero.
O tratamento pode ser para, cirúrgico e favorecer ao controle local a destruição
pequena e a obtenção de informações sobre a biologia do tumor e do seu prognóstico; Hoje
em dia a cirurgia de alta frequência e considerada um excelente método para o tratamento do
câncer de colo uterino, pode ser feito um cone a frio método clássico tanto para o diagnostico
19
quanto para a terapêutica de lesões NIC I, II uma histerectomia que é o tratamento de escolha
com carcinoma cervical.
Para se ter um bom prognóstico a escolha do tratamento depende do estágio e as
condições em que se encontra o paciente. Após o diagnóstico são solicitados, outros exames
são, solicitados para verificar se as células cancerígenas estão se espalhando para outras partes
do corpo.
O tratamento pode ser cirúrgico, realizando uma conização, remoção de fragmentos do
tecido em forma de cunha, assim fazendo a retirada do tecido cancerígeno, excisão eletro
cirúrgica em alça, o tecido cancerígeno e retirado com uma alça conectada a corrente elétrica,
que é como se fosse um bisturi elétrico.
Excisão a laser, a histerectomia são retirados o útero e a cérvice juntamente com o
tecido cancerígeno, na histerectomia total abdominal, em algumas ocasiões os ovários e as
trompas são removidos. Porém, nos casos em que o câncer se espalhou pode ser retirado além
do colo uterino o intestino grosso reto ou bexiga.
A radioterapia consiste na utilização de raios X de alta energia para matar células
cancerígenas e diminuir o tamanho do tumor, essa radiação pode vir tanto de uma maquina
radiações externas ou de materiais radioativos implantados no corpo, radiações internas.
A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos, chamados
quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada
ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia
antiblástica.
Atualmente, quimioterápicos mais ativos e menos tóxicos encontram-se disponíveis
para uso na prática clínica. Os avanços verificados nas últimas décadas, na área da
quimioterapia antineoplásica, têm facilitado consideravelmente a aplicação de outros tipos de
tratamento de câncer e permitido maior número de curas. A quimioterapia pode ser utilizada
em combinação com a cirurgia e a radioterapia. De acordo com as suas finalidades, a
quimioterapia é classificada em:
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• Curativa - quando é usada com o objetivo de se conseguir o controle completo do
tumor, como nos casos de doença de Hodgkin, leucemias agudas, carcinomas de testículo,
coriocarcinoma gestacional e outros tumores.
• Adjuvante - quando se segue à cirurgia curativa, tendo o objetivo de esterilizar
células residuais locais ou circulantes, diminuindo a incidência de metástases à distância.
Exemplo: quimioterapia adjuvante aplicada em caso de câncer de mama operado em estágio
II.
• Neoadjuvante ou prévia - quando indicada para se obter a redução parcial do tumor,
visando a permitir uma complementação terapêutica com a cirurgia e/ou radioterapia.
Exemplo: quimioterapia pré-operatória aplicada em caso de sarcomas de partes moles e
ósseos.
• Paliativa - não tem finalidade curativa. Usada com a finalidade de melhorar a
qualidade da sobrevida do paciente.
7.1.
Os efeitos colaterais podem ser classificados em imediatos e tardios
Os efeitos imediatos são observados nos tecidos que apresentam maior capacidade
proliferativa, como as gônadas, a epiderme, as mucosas dos tratos digestivo, urinário e
genital, e a medula óssea. Eles ocorrem somente se estes tecidos estiverem incluídos no
campo de irradiação e podem ser potencializados pela administração simultânea de
quimioterápicos. Manifestam-se clinicamente por anovulação, epitelites, mucosites e
mielodepressão (leucopenia e plaquetopenia) e devem ser tratados sintomaticamente, pois
geralmente são bem tolerados e reversíveis.
Os efeitos tardios são raros e ocorrem quando as doses de tolerância dos tecidos
normais são ultrapassadas. Os efeitos tardios manifestam-se por atrofias e fibroses. As
alterações de caráter genético e o desenvolvimento de outros tumores malignos são raramente
observados.
21
7.2.
Estadiamento
O estadiamento é feito pelo exame clínico Complementado por exames subsidiários
para os casos que aparentemente estão no estadio II A em diante. Os exames indicados pela
FIGO
(Federação
Internacional
de
Ginecologia
e
Obstetricia)
é
a
cistoscopia,
retosigmoidoscopia Ambos seguidos de biópsia de lesões vesicais e retais consideradas
suspeitas.
O estadiamento cirúrgico pré-tratamento é o método mais preciso para avaliação da
extensão da doença. No entanto, não há evidências que esta modalidade de estadiamento leve
à melhora da sobrevida, e por isso deve ser reservada apenas para os casos incluídos em
ensaios clínicos. A linfangiografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética
têm acurácia semelhante para a detecção de metástases de câncer de colo para gânglios
pélvicos e para-aórticos. (Tendo em vista que TC e a RM são menos invasivos, devem ser os
preferidos na avaliação das pacientes).
A necessidade de se classificar os casos de câncer em estádios baseia-se na
constatação de que as taxas de sobrevida são diferentes quando a doença está restrita ao órgão
de origem ou quando ela se estende a outros órgãos.
Estadiar um caso de neoplasia maligna significa avaliar o seu grau de disseminação.
Para tal, há regras internacionalmente estabelecidas, as quais estão em constante
aperfeiçoamento.
O estádio de um tumor reflete não apenas a taxa de crescimento e a extensão da
doença, mas também o tipo de tumor e sua relação com o hospedeiro.
A classificação das neoplasias malignas em grupos obedece a diferentes variáveis:
localização, tamanho ou volume do tumor, invasão direta e linfática, metástases à distância,
diagnóstico histopatológico, produção de substâncias, manifestações sistêmicas, duração dos
sinais e sintomas e idade do paciente, etc.
22
8. ASPECTO PSICOLÓGICO
Ao tomar conhecimento, por meio de médico, da necessidade de se submeter ao uma
cirurgia é provável que você sinta receio e preocupação, talvez uma resistência muito grande
em acreditar no que lhe falam. A convivência com os outros lhe parecem difícil,e muito
desses sentimento contraditórios levam-na ao temor e a incerteza da cura.Muitas vezes,por
desconhecer a doença, o tratamento e ate mesmo a chance de cura, a família se comporta de
uma forma inesperada em relação a paciente. Aparenta receio de conversar o assunto e isso
resulta em frieza e distanciamento, pois esses conflitos devem ser encarados como naturais. E
importante estar atenta aos seus, inclusive ou de abandono por parte das pessoas queridas.
Não é raro isso acontecer provavelmente, este fato esta ligado apenas a sua interpretação.
O câncer é fatal, e é uma situação inevitável aos aspectos psicológico. Essa realidade
faz com que se desenvolvam, no imaginário das pessoas, medos intensos em relação a essa
doença. Até há pouco tempo, não era difícil encontrara pessoas que se quer pronunciassem a
palavra câncer, o que pode ocorrer ainda hoje aqueles que não têm acesso adequado á
informação. Em relação ao câncer tem consequências importantes. Entre elas, o afastamento
das possibilidades de diagnostico precoce. Hoje sabemos que o diagnostico precoce e
adequada intervenção imediata são elementos decisivos, que chegam a definir o prognostico
da doença. Em muitos casos representam o diferencial para a cura.
A partir do momento em que a mulher compreende que é CA, e quais o risco que ele
pode trazer a sua saúde e que o controle da patologia é possível, porque ela passa a ter atitudes
de cuidado próprio voluntariamente e não como ato imposto.
Vale lembrar que o sofrimento, geralmente, não se restringe ao paciente apenas, mas,
em muitos casos, estendem-se a familiares, amigos, colegas e mesmo a própria equipe de
saúde responsável pelo tratamento. E no caso se a pessoa fazer o exame e o resultado for
positivo,ela poderá passar por emoções que acaba afetando seu psicológico onde muitas dela
se negam e realizar o exame.
23
9. PREVENÇÃO DA DOENÇA
A estratégia de prevenção secundária baseada na citologia cervical favorece o controle
do câncer de colo uterino. Essa prevenção é realizada através de um exame conhecido como
Papanicolau ou simplesmente exames preventivos vem sendo realizados a mais de trinta anos.
A prevenção primária do câncer do colo do útero está pode ser realizada através do uso de
preservativos durante a relação sexual, usando o preservativo é uma das formas de evitar o
contágio pelo HPV, vírus que tem um papel importante no desenvolvimento de lesões
precursoras e do câncer. A estratégia que se utiliza para diagnostico da lesão e o diagnóstico
precoce do câncer, essa é a prevenção secundária que é a principal estratégia, que é a
realização do exame do Papanicolau ou exame preventivo como e conhecido no Brasil. Este
exame pode ser realizado nos postos ou unidade se saúde que tenham profissionais
capacitados para realizá-lo. É de grande importância que os serviços de saúde dê orientações
sobre a importância de realizar o exame preventivo, e informações a cerca da doença, pois a
sua realização periódica permite reduzir a mortalidade por câncer de colo uterino da
população, o INCA vem realizando campanhas educativas para os profissionais de saúde, para
incentivar a população o exame preventivo.
As principais estratégias de prevenção para prevenir o câncer de colo uterino no Brasil
são a educação em saúde e o rastreamento ou exame do Papanicolau. A primeira é uma
medida de prevenção primaria que tem como objetivo proporcionar informações a cerca do
câncer de colo uterino, incluindo os esclarecimentos em relação os fatores desencadeantes e
do seu desenvolvimento e as variáveis de risco como idade precoce para relações sexuais,
multiplicidades de parceiros sexuais, gestações precoces, infecções por HPV e DSTs; dentre
outras.
Portanto, se faz necessário realizar ações primárias que incluam a promoção em saúde
e proteção especifica, onde essas ações estejam destinadas a manutenção da saúde dessas
mulheres impedindo assim o desenvolvimento da doença.
A estratégia de prevenção secundaria ao câncer de colo uterino consistem no
diagnostico precoce das lesões antes que estas se tornem invasivas, isso pode ser possível
através de técnicas de rastreamento compreendidas pelo exame do Papanicolau, colposcopia,
cervicografia, e agora o mais recente os testes de detecção do DNA do vírus do papiloma
humano em esfregaço citológico ou espécime histopatológico. O exame preventivo, entre os
24
métodos de diagnóstico, e considerado o mais efetivo entre a população em programas de
rastreamento do câncer de colo uterino, sendo uma técnica usada a mais de 40 anos.
O controle do câncer de colo uterino no Brasil, está sendo um dos maiores desafios
para a saúde pública, a falta de uma política que articulasse as diferentes etapas; Fazendo
busca das mulheres alvo, coleta, citopatologia, controle e tratamento dos casos positivos, isso
de forma equitativa em todo o Brasil, assim uma avaliação dos resultados obtidos, pode
considerar dois motivos pelos quais as ações de câncer de colo uterino com exceção algumas
regiões, não conseguem modificar o quadro da incidência e mortalidade da doença no país.
Assim a partir da Conferência Mundial sobre a saúde da mulher na china, no ano de
1995 o governo Brasileiro passou a investir na detecção do câncer do colo do útero. O
programa Nacional de controle do câncer do colo de útero “O Viva Mulher”, entretanto,
objetivando, reduzir a mortalidade e as repercussões físicas, psíquicas e sociais desses
cânceres na mulher brasileira, oferecendo serviços para prevenção e diagnostico em estágios
iniciais da doença, e também no tratamento, e o monitoramento da qualidade do atendimento
à mulher nas diferentes etapas do programa. As estratégias de implantação prevêem a
resolução das necessidades nas seguintes diretrizes, articular integrar uma rede nacional,
reduzir a desigualdade de acesso da mulher à rede de saúde, motivar a mulher a cuidar da
saúde, melhorar a qualidade do atendimento, aumentar a eficiência da rede de controle do
câncer.
10. O PAPEL DO ACS NA PREVENÇÃO
O agente comunitário de saúde é o profissional que realiza atividades de prevenção de
doenças e promoção da saúde nas comunidades, sempre supervisionado e coordenado por um
medico ou gestor de saúde.
Essa profissão sempre é exercida por um morador da comunidade que passa por
treinamento e cursos para entender melhor as origens das doenças e as técnicas de prevenção
formando assim um elo entre a população e o sistema de saúde. Além de realizar trabalhos de
conscientização, o agente comunitário de saúde promove o cadastro das famílias, e
orientações individual e coletiva identificar áreas de riscos ou focos de doenças realiza visitas
domiciliares desenvolve ações educativas que envolvam a comunidade entre outras funções.
25
Observa-se que na prática, o ACS é o profissional da equipe de Saúde da Família que
vai rotineiramente às casas das famílias acompanhadas. É ele quem faz a comunicação entre
as famílias e os demais profissionais da equipe e estabelece a relação famílias/unidade de
saúde; e o mesmo deve orientar as pessoas quanto aos cuidados de saúde, sobre como manter
a sua saúde, de suas famílias e de sua comunidade, para uma integralidade na atenção.
O ACS orienta sobre a importância da prevenção anual do câncer uterino, onde é
identificados fatores de risco; sinais de alertas e outras doenças, e assim é encaminhado para
um acompanhamento ao profissional de saúde.
O ACS é fundamental na importância da educação e orientação junto a população
feminina esclarecendo possíveis duvidas e incentivando na realização periódica do exame
contribuindo assim para uma redução do numero de casos de câncer do colo do útero.
Hoje ainda existem muitas mulheres que se sentem constrangidas em realizar o exame
preventivo, por isso o papel do ACS é justamente persistir no assunto indo atrás fazendo
visitas e orientando sobre o risco que elas estão submetidas a passar, orientando a participar
de palestras, ate que elas se conscientizam da importância do exame.
Resumo
Orientar as mulheres sobre a importância da realização do exame preventiva
(Papanicolau) faz se necessário para auxiliar na diminuição da incidência do câncer de colo de
útero. Durante a revisão bibliografia realizado neste trabalho verificamos que o câncer de colo
do útero é a segunda doença mais frequente na população feminina, por ano são 4.800 vitimas
fatais e 18.430 novos casos. Baseado nestes fatos e incidências, analisando a formas de
apresentação da doença e seus principais fatores que propiciam a desenvolver a doença,
certificamos que a base para que essa diminuição possa acontecer, a longo prazo, nada mais é
que a intenção orientação e incentivo ao exame preventivo. O câncer de colo do útero é uma
doença frequente na população feminina em virtude do medo, da vergonha, da falta de
informação e em muitos casos acabam não realizando o exame preventivo. O Agente
Comunitário de saúde exerce papel importante na conscientização, na busca ativa e no
incentivo dessas mulheres com vida sexual ativa, para o esclarecimento da doença e seus
26
agravos assim evitar o desenvolvimento da doença ou ainda o diagnostico precoce para o
tratamento e a cura.
Considerações finais
O trabalho apresentado demonstra a evolução da doença, os estadiamento e ainda
recomendações para prevenção, detecção precoce, diagnóstico e tratamento do câncer do colo
do útero, sendo o principal motivo para garantir uma melhor qualidade de vida, tanto para o
paciente quanto para seus familiares. È importante observar que cada mulher portadora do
câncer do colo de útero vivencia de forma diferente, sua experiência, sendo fundamental o
apoio da família, através da aceitação enfrentando seus medos e angustias. Este trabalho tem
como intuito de ampliar seus conhecimentos para a prevenção dessa doença, assim visando
sua detecção precoce para uma reabilitação e tratamento adequados.
27
ANEXOS
Figura 1. Colo do Útero
28
Figura 2. Câncer Cervical
Figura 3. Visão Anterior do Útero e Cérvix
Figura 4. Câncer no Colo do Útero
29
Figura 5. Procedimento do Papanicolau
30
Referências Bibliográficas
www.suapesquisa.com/ecologiasaude/tabela_vitaminas.htm Acesso em 24 de março de 2012
às 16:35 hr.
OLIVEIRA, Marcus Guazzelli Mauricio de, Livro: Prevenção e Tratamento. Pesquisa
realizada em 30 de Março de 2012 às 14:20 hr.
Revista: Enfermagem Integrada-Ipatinga: Unileste-MG-V3-N2; Nov./Dez.2010. Pesquisa
realizada em 8 de abril de 2012 às 13:50 hr.
http://www.unifesp.br/dmorfo/histologia/ensino/utero/anatomia.htm Acesso em 15 de Abril
de 2012 às 14:55 hr.
http://www2.hu-berlin.de/sexology/ECP1/clitoris.html Acesso em 20 de Abril de 2012 às
18:00 hr.
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http://www.febrasgo.org.br/arquivos/diretrizes/030.pdf Acesso em 18 de Maio de 2012 às
15:25 hr.
http://www.google.com.br/search?hl=ptBR&domains=www.etecpalmital.com.br&nfpr=1&q=imagem+colo+do+utero+com+cancer&
bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.,cf.osb&biw=1024&bih=675&safe=active&um=1&ie=UTF8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=FsfbT7ilDsmZ6AGt55iWCw Acesso em 25 de
Maio de 2012 às 16:30 hr.

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