HISTÓRIA FAMÍLIA ROSSI NO BRASIL

Transcrição

HISTÓRIA FAMÍLIA ROSSI NO BRASIL
Revisado: Junho 2014
Por: Vilmar Rossi, Anton Georg Rossi e
Colaboradores.
[HISTÓRIA DA FAMÍLIA ROSSI NA
EUROPA A PARTIR DE 1863, E NO
BRASIL A PARTIR DE 1923]
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HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO ITALIANA
FAMÍLIA ROSSI
Nos anos 70 Zeferino Rossi, utilizando-se de lápis e papel, escrevia o nome das
pessoas pertencentes as famílias Rossi. Mostrava, e pedia: vocês que estão
estudando na escola, deveriam fazer anotações sobre a nossa família e os parentes.
Foi esta a lembrança que sempre tivemos em mente, quando iniciamos a fazer os
registros da história da família em 1997. Até os anos 80, ocorriam visitas entre as
Famílias Rossi do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O 1o Encontro de Famílias
ocorreu em 13 e 14 de janeiro de 1990, coordenados por Dionísio Zanco e familiares,
reuniram-se em Nova Brasília, Xaxim, os parentes do Rio Grande do Sul com a
Família de Alice Rossi. Dias festivos com Missa celebrada no Domingo por frei Sérgio
Dal Moro. A partir do 4º Encontro de Sananduva em 2005 e do 5º Encontro na Vila
Coração em 2006, ocorreu a participação de todas as 09 Famílias Rossi do Brasil.
ANO DE 1923
A Família Rossi, era formada por sete Irmãos:
Angelo (03 de Outubro de 1863 – 05 de
, Santo (10 de Março de 1866 - ), Teresa (1868-1896), Vincenzo (26 de Julho de 1871-1950) , Antonia (01 de
Janeiro de 1957)
Agosto de 1874 – 11 de Maio de 1885),
Redenzio
(30 de Julho de 1879 - 09 de Abril de 1962) e
de Março de 1886)
Santo Rossi
Teresa Rossi
(1866)
(1868)
1863
Angelo Rossi
1871
Vincenzo Rossi
Maria Anna
Rossi
Antonia Rossi
(1874)
Maria Anna (31 de Agosto de 1883 - 31
1879
(1883)
Redenzio Rossi
De origem da Região do Vêneto, Província de Vicenza, Norte
da Itália
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A História da Família Rossi no Brasil, começa em 24 de Novembro de 1923, com a chegada no
Porto de Santos em São Paulo, da Familia de Redenzio Rossi e Maria Angela Scotton,
trazendo os filhos:
Carlo, Luigi Santo, Innocente, Angelo, Mário, Lina e Emma Rosária, procedentes de Orgiano,
Província de Vicenza, Itália.
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Chegada de Italianos em Santos, SP
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Imigrantes aguardando embarque no Porto de Gênova, Itália
Roteiro da Viagem com destino ao Porto de Rio Grande - RS
Porto de
Gênova, Itália
Porto de Dakar,
África
Porto de
Santos
Porto de Rio
Grande
A SAGA DOS IMIGRANTES
Guerras, fome e falta de perspectivas na Europa - que se depara com a Revolução
Industrial - provocam desesperança em boa parte da população daquele continente.
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Ao mesmo tempo, se intensificam os relatos de maravilhosas terras, de clima ameno e solo fértil na
pouco conhecida América do Sul. A união dos fatos somada ao interesse do governo brasileiro em
contar com a mão de obra europeia, provoca a vinda daqueles que iriam incentivar o progresso no
Sul do Brasil.
Área Rural
Desde meados do século XVIII, quando recruscederam as disputas entre portugueses
e espanhóis no Brasil meridional, as autoridades coloniais se deram conta das consequências que a
ausência de um povoamento mais denso significava à garantia da posse no extremo Sul.
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Pensou-se então em criar uma ocupação efetiva baseada na pequena propriedade.
Décadas mais tarde, este modelo seria empregado amplamente no Sul do país para atrair
imigrantes para os projetos de colonização.
Os colonos conseguiram com seu trabalho tornar a região segura, valorizando-a e
integrando-a economicamente. Através dos núcleos de pequenas propriedades conseguiu-se a
valorização de terras antes desocupadas, cobertas de florestas, e em terreno acidentado. Pode-se
dizer, com certeza, que a valorização fundiária foi o objeto principal em toda a história da imigração
do século passado até as primeiras décadas do século XX.
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O BRANQUEAMENTO DA RAÇA
A colonização do Brasil, especialmente da região Sul, por imigrantes europeus tinha
porém outros objetivos. Os ideólogos da imigração tinham como propósito o “aprimoramento” ou
“branqueamento da raça brasileira”.
Setores da imprensa da época defendiam a vinda de imigrantes, para aumentar o povoamento e
“melhorar a população” do país. Sustentava-se que a existência de escravos não era propícia ao
desenvolvimento econômico e social do Brasil. As experiências dos colonos europeus permitiriam
verificar os métodos agrícolas mais vantajosos para o Brasil, que também passariam a ser imitados
pelos habitantes naturais do país.
GUERRA EXPULSA CAMPONES DA EUROPA
Ao longo do século XIX, a Europa foi sacudida por uma série de fatores que
contribuíram para o grande êxodo populacional, principalmente em direção ao Continente
Americano. As guerras napoleônicas,
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Batalha do Exército de Napoleão Século 18 (XVIII)
o elevado crescimento demográfico em relação aos meios de subsistência, crises econômicas nos
setores de produção agrícola e industrial, a própria Revolução Industrial liberando grande
quantidade de mão de obra tanto no campo como nas cidades, os desajustes políticos em
consequência de unificação de Alemanha e Itália, a melhoria dos meios de transporte que reduziu os
custos das viagens transoceânicas,
Navio a vapor utilizado nas viagens transoceânicas
tudo isso só fez crescer os contingentes de imigrantes europeus. A procura de trabalho e o sonho de
conseguir um pedaço de terra
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tornavam a América, o centro das atenções das grandes massas de europeus que viviam em estado
de pauperismo.
De 1841 a 1880, aproximadamente 13 milhões de pessoas buscaram o “eldorado” em
outros continentes. E nos 20 anos que se seguiram, ponto alto das imigrações europeias outros 13
milhões buscaram o mesmo caminho.
De 1856 a 1932, o Brasil acolheu 4,431 milhões de imigrantes.
O imigrante europeu, cujas terras haviam sido cuidadosamente controladas ao longo
dos séculos pelos grandes proprietários ou pela Coroa, sentia uma irresistível fome por um pedaço
de chão só seu. E foi essa fome reprimida de terra que os impeliu à colonização. Homens
empobrecidos, alguns condenados a morrer de fome,
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estavam dispostos a abandonar tudo, todas as vantagens de uma vida socializada e estável, para
gozar do privilégio elementar de ter suficiente alimento para comer e suficiente terra para nela
produzir.
HISTÓRIA DA FAMÍLIA ROSSI
Nos anos de 1800, época de períodos Imperiais, a Itália não existia como é hoje, viviam lá no Norte
da Itália os antepassados da Família Rossi.
O Brasão da Família Rossi é do período Imperial, efetivado para todas as Regiões Italianas da
época.
“Cognome affermato in tutte le regioni italiane, difuso in epoca imperiale”
Nesta época viveram nesta Região os Bisavós e Avós de Redenzio Rossi, o qual mais de 100 anos
depois, em 1923, com 44 anos de idade, tomou a grande decisão de sua vida, selando o destino das
futuras gerações, deixar a Itália com a Família com destino ao Brasil.
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1796 - A Áustria havia ocupado o norte da Itália. Em 1797 Napoleão expulsou os austríacos.
1799 - As tropas austríacas reocuparam o norte da Itália.
1800 - Napoleão realizou uma segunda campanha na Itália e expulsou os austríacos.
Norte da
Itália
De 1796 a 1800 a Áustria ocupou o norte da Itália,
sendo que após foram expulsos por Napoleão.
Napoleão Bonaparte
1812 - Napoleão invade a Rússia com um exército de 600.000 soldados aliados (França, Espanha,
parte da Itália, Alemanha e Polônia). Ganharam a guerra, mas os russos queimaram tudo, e no
inverno não haviam provisões. Apenas 50.000 soldados voltaram da campanha sobre a Rússia.
1814 - A Áustria anexa novamente o norte da Itália e região dos Bálcãs.
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Norte da Itália anexados a Áustria
em 1815
1815 - Napoleão é derrotado por Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia e morre em 1821.
1815 - 1830 A RESTAURAÇÃO DA ITÁLIA
O reino de Piemonte (Sardenha, Turim e Genova) foi governado pela Casa de Savóia.
O reino Lombardo-Vêneto foi ocupado pela Áustria.
1831 - Surgiram os Carbonários (Sociedade secreta italiana que luta contra o absolutismo e a
dominação estrangeira).
O movimento Jovem Itália fundado por José Mazzini lutou pelos mesmos ideais. Abria-se
caminho para a unificação italiana.
A revolução industrial na Inglaterra, transformou-a na potência econômica deste século.
Os primeiros 180 italianos chegaram ao Brasil em 1836 e a última leva aportou mais de um
século depois, em 1947 - ao todo, mais de 1,5 milhão de filhos da Itália imigraram para cá.
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Imagens da partida do Porto de Nápoles
O nascimento de Luigi Fioravante Rossi (pai de Angelo, Santo, Vincenzo, Antonia, Redenzio e Maria
Anna Rossi), ocorreu 12 de Agosto de 1840. E de Angela Brogiatto (a mãe) em 10 de Julho de 1844.
Em 30 de março de 1843, nosso último imperador, Dom Pedro II, casa com a princesa napolitana
Teresa Maria Cristina de Bourbon, filha de Francisco I, rei de Nápoles.
D. PEDRO II (07/04/1831 a 15/11/1889)
O imperador vinha manifestando forte interesse pela cultura italiana. Traduziu a Divina
Comédia para a língua portuguesa.
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Na Itália a nova realidade política, marcada por elevados impostos, não consegue
remediar a complicada situação econômica provocada pelo esgotamento das terras, pelos
constantes atritos das relações entre os trabalhadores e os grandes proprietários.
Uma das saídas estimuladas pela nova realidade política é o incentivo à imigração,
pelo menos nas duas zonas mais pobres: o Trentino e o Vêneto.
A imperatriz italiana vivia soprando nos ouvidos de Dom Pedro:
Terras brasileiras para os meus sem-terra italianos, per piacere.
Princesa Napolitana Teresa Maria Cristina de Bourbon, de origem italiana, esposa de D. Pedro II
1848 - Na Itália, apenas a Casa de Savóia, no reino de Piemonte, manteve uma Monarquia
Constitucional, tornando-se o ponto de encontro dos liberais italianos.
Neste período viviam no norte da Itália os pais do tataravô Luigi Fioravante Rossi
(Santo Rossi nascido em 1809, e Caterina Antonia Turatto) e os pais de Angela Broggiato (Giuseppe
Broggiato e .........Santulian).
Também viviam lá os pais de Domenico Saggiorato. Nasceu em 26 de Agosto de 1843, casou-se
com Maria Zeggiato, irmã de Rosa Zeggiato, mãe da bisavó Maria Angela Scotton.
Nesta época, segundo a história a região estava sob domínio austríaco.
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Região de origem da
Família Rossi,
libertada da Áustria
em 1866.
OS IMIGRANTES QUE FIZERAM O BRASIL
Os Italianos com 1.596.474 foram a segunda maior corrente de
imigração para o Brasil.
1848 - 1870 A UNIDADE ITALIANA
A luta pela unidade significou a luta contra dois grandes poderes da época: a Igreja
Romana, dona do centro da península Itálica, e o império austríaco, que ocupava o norte.
Os patriotas revolucionários formaram sociedades secretas como a Jovem Itália,
fundada por José Mazzini. Pregavam o uso da violência para expulsar os estrangeiros.
O Conde de Cavour, ministro de Vítor Emanuel II desde 1852, foi o principal promotor
da unidade peninsular. Era necessário buscar apoio contra o papado e a Áustria. Provocou o conflito
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com a Áustria em 1859. Obteve o apoio da França e da Inglaterra contra a Áustria e o papado.
Aproximou-se da Prússia com a mesma finalidade. Derrotou a Áustria e anexou os ducados do norte
ao reino de Piemonte.
No sul José Garibaldi libertou o reino das Duas Sicílias, dos Bourbon. As tropas
piemontesas tomaram os demais territórios pertencentes ao papado.
Em 1861, Vítor Emanuel II foi proclamado rei da Itália. Em 1866, Veneza foi incorporada ao Reino
da Itália. Em 1870 Roma foi incorporada ao reino da Itália. O papado só retomou sua autonomia
com a criação do Estado do Vaticano em 1929.
Em 1851 nascia na Itália, Santo
Scotton, pai de Maria Angela Scotton
(Esposa de Redenzio Rossi)
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1877 - Neste ano 13.582 imigrantes italianos desembarcaram no porto de Santos. Em 1888 este número
elevou-se para 104.353. Estas famílias foram recrutadas em regime de colonato em São Paulo, onde foram
muito exploradas pelos fazendeiros da época.
o
30 de Julho de 1879 – Nascia em Orgiano, na Rua Albarolo n 105, Redenzio Rossi, filho de Luigi Fioravante Rossi e Angela
Broggiato.
Registro degli Atti de nascita de Redenzio Rossi, figlio di Luigi Fioravante Rossi e Angela Broggiato.
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1885 - Falece na Itália, Angela Broggiato, mãe de Redenzio Rossi, o qual tinha 06 anos de idade.
Entraram no Rio Grande do Sul, 104.353 imigrantes italianos, Domenico Saggiorato (1843 - 1926), fazia
parte deste grupo.
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Embarque no Porto de Gênova
Adicionada foto embarque stazione marittima.....local de embarque
Instalou-se em Pinto Bandeira, Bento Gonçalves, e após algum tempo se mudou-se para a
Localidade de Tigre Alto, Sananduva.
Os primeiros moradores do Tigre foram os Banfi e os Zortéa.
Maria Zeggiato casada com Domenico Saggiorato, era a mãe de Abramo Saggiorato. Rosa Zeggiato
(irmã de Maria Zeggiato), era a mãe de Maria Angela Scotton (Esposa de Redenzio Rossi). Assim Abramo
e Maria Angela eram primos de 1º Grau, devido a este parentesco havia troca de correspondência
com as famílias da Itália.
Durante viagem da Itália até o Brasil, segundo informações dos filhos de Angelo Sasso e Onorina
Saggiorato, morreram os quatro filhos de Domenico Saggiorato (Giuseppe, Abramo, Ida Maria e
Edvige Sabbina).
De 1876 até 1900, um significativo número de 1.040.000 italianos imigrou para o Brasil.
Em 14 de Agosto de 1883, Nascia na Itália, na Rua Contrà Storte no 65, em
Orgiano, Maria Angela Scotton, filha de Santo Scotton e Rosa Zeggiato.
Registro degli Atti de nascita de Maria Angela Scotton, filha única de Santo Scotton e Rosa Zeggiato.
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Abramo Saggiorato
Em 30 de Janeiro de 1888, nascia em Pinto Bandeira, Bento Gonçalves, Abramo Saggiorato, pai de
Ida Saggiorato, e em 1890, Amélia irmã de Abramo.
No Brasil foi o ano da abolição dos escravos em 13 de Maio de 1888, a Lei Áurea foi assinada pela
Princesa Isabel, filha de D. Pedro II e da Imperatriz Italiana Maria Tereza Cristina de Bourbon.
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Princesa Isabel
1871 - 1914 A Europa viveu um período de paz, mas apesar disso, fortes tensões entre as
potências européias detonaram uma corrida armamentista.
As causas eram: a rivalidade colonialista entre as grandes potências européias; o desenvolvimento
da indústria armamentista; os conflitos pela dominação dos Bálcãs e tensões locais devido à
problemas de fronteiras.
1893 - Falece na Itália Luigi Fioravante Rossi, pai de Redenzio Rossi, o qual tinha 14 anos de idade.
Documentos da época evidenciam que em 18 de Dezembro de 1901 Redenzio passou a viver com o
irmão mais velho Angelo Rossi em Sossano.
Ricardo Gemo casou com Cesira Frizon e tiveram quatro filhas: Maria (1926), que
nasceu na Itália, Catarina (1930), Onorina (1932) e Inês (1934).
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Maria
Catarina
Onorina
Inês
Tempos depois (1935), aqui no Brasil, Redenzio Rossi e Família, ajudaram criar as filhas de Ricardo
e Cesira, devido ao falecimento prematuro dos dois.
Em 29.11.1903 casaram-se em Orgiano, Redenzio Rossi e Maria A. Scotton.
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Em abril de 1905, Redenzio Rossi foi trabalhar na Alemanha, em uma colônia de agricultores,
juntamente com a família do irmão mais velho Angelo Rossi (Caterina Thiene e os filhos Luigi Rossi,
Giuseppe Terzo Rossi e Maria Angela Rossi).
Em 21/09/1905 iniciou a formação da família de Redenzio Rossi e Maria Angela Scotton, com o
nascimento do 1º filho, Carlo Rossi.
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Em 29 de Agosto de 1907, Redenzio Rossi retornou de Lengerich - Alemanha para Orgiano - Itália.
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27/12/1908,
nasceu em
Orgiano o 2º
filho de
Redenzio
Rossi, Luigi
Santo Rossi.
28/12/1911, nasceu em Orgiano, o 3º filho, Innocente Rossi.
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Em 13/09/1913, nasceu em
Orgiano, o 4º filho, Angelo
Rossi.
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PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
1914 - Política de Alianças: rumo à Guerra Mundial.
. A Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria e Itália. A Itália se aliou a Alemanha e a Áustria, com a
intenção de expandir seus domínios coloniais, e tinha pretensão na região dos Bálcãs, neste período
a Itália manteve um exército permanente e construiu uma frota de guerra considerável. A tríplice
Entente: França, Rússia (1908) e Inglaterra.
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Nesta época Redenzio, o nono “Tálian” tinha 35 anos e quatro filhos: Carlos (09), Luigi
(06), Innocente (03) e Angelo (01).
Redenzio Rossi
Tálian”
“Nono
Carlo
Luigi
Innocente
Angelo
Quando nasceu Carlo Rossi o nono “Tálian” estava na Alemanha, onde aprendeu falar alemão.
Redenzio ia trabalhar numa mina de cal. Já nesta época existiam os “Pivetas” (Empreiteiros), que
agenciavam e exploravam os próprios trabalhadores italianos. Os alemães desconfiavam de quem
falava mal o alemão, pois geralmente eram estes aproveitadores.
Redenzio foi questionado se não era um deles, mas ele explicou que estava ali somente para
trabalhar, afim de poder sustentar a família. Em uma determinada noite, no processo de queima do
cal, entrou gás tóxico no dormitório, Redenzio acordou, abriu a porta, e isto permitiu a entrada de ar,
e apesar de fortes dores de cabeça, e desmaios, esta atitude salvou os colegas trabalhadores que
dormiam no alojamento. Credita-se este “alerta” que Redenzio levantou devido a sua sensibilidade e
pressentimento de que algo estava errado, salvando assim as pessoas de problemas mais sérios.
Mina de Cal na Alemanha
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A investigação feita pelos capatazes no dia seguinte, descobriu que haviam rachaduras na parede
por onde o gás penetrou.
O Início da Guerra
Em 28 de Junho de 1914 foi assassinado Francisco Ferdinando de Habsburgo,
arquiduque da Áustria em Sarajevo, na Bósnia. O império Austro-Húngaro, aliado da Alemanha,
declarou guerra à Sérvia. A Sérvia era aliada da França, Inglaterra, Rússia, Bélgica e Japão.
A visita do herdeiro a essa região tinha um nítido conteúdo político: pretendia
demonstrar o domínio austríaco na região.
A Rússia mobilizou seus exércitos na região, e em pouco tempo, toda a Europa estava
em guerra.
As Frentes de Guerra
. A frente ocidental, nas fronteiras entre Bélgica, França e Alemanha.
As Frentes de Guerra (1914 – 1918)
.
. Na frente dos Bálcãs, a Sérvia, Romênia e Grécia, com o apoio da Tríplice Entente,
lutaram contra Áustria, Turquia e Bulgária.
. A frente alpina se desenvolveu na fronteira entre a Áustria e Itália.
Redenzio ficou no exército, provavelmente em Vicenza, na retaguarda, na época da
guerra.
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1915 - A Itália entrou na Guerra ao lado da Entente, em maio de 1915, abrindo a frente alpina. Lá
desenvolveu-se também a guerra de trincheiras.
Em 14 de Setembro de 1915, nascia o 5o filho de Redenzio e Maria A. Scotton, Mário
Rossi.
Em outubro de 1917 os italianos foram derrotados por tropas austríacas e alemãs. Os
Estados Unidos entram na guerra, pois os alemães com o propósito de cortar os suprimentos para a
Inglaterra atacavam os navios norte-americanos.
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1918 - No dia 11 de Novembro, termina a Primeira Guerra Mundial.
O nono “Tálian”, Redenzio Rossi, foi o ordenança (secretário) do Coronel. Nunca deu
tiros. O Coronel era ateu, deixava Redenzio ir à missa aos domingos. O pelotão de soldados era de
30.000 homens e a função era abrir estradas. Redenzio era soldado de confiança do Coronel, e
cuidava do dinheiro destinado ao pagamento dos soldados, o Coronel depositava muita confiança
em Redenzio, pois sabia que um bom Cristão não rouba. O Coronel, era quem fazia o pagamento
aos soldados. Quando Redenzio tinha folga do exército, cortava alfafa, pois quase todos os homens
de Orgiano estavam na Guerra, ele auxiliava as famílias e ganhava algum dinheiro com isso.
Dos fatos da família que Innocente contava era que Redenzio foi convocado para a guerra na
Alemanha e deixou a esposa grávida do filho Mário, nascido em 14/09/1915, e que quando voltou da
guerra ele já chamava o “papà”.
Outro fato é que a família morava, neste período da guerra, com nosso bisavô materno Santo
Scotton, o qual dormia no mesmo quarto de Innocente, e toda manhã para sair da cama o Innocente
passava por cima dele. Então Innocente lembrava e falava com tristeza daquela manhã, que como
as outras o fez, mas como o avô demorou muito para se levantar sua mãe mandou chamá-lo, mas
ele tinha falecido durante a noite.
1919 - 1923 Abramo Saggiorato a pedido de seu pai Domingo, escrevia para a Itália, pedindo para
que a família de Redenzio e outra provavelmente Saggiorato, para que viessem também para o
Brasil. Fato este sempre comentado por Ida Saggiorato (filha de Abramo), e também confirmado por
Caterina Barocco (Maria Comazzeto), neta de Vincenzo Rossi, em 26 de Junho de 2010, quando
estivemos em Pilastro (Itália) em visita aquelas famílias.
Porém esta família desistiu e então Redenzio Rossi e a família vieram. Saíram da Itália para escapar
da perseguição dos fascistas, fugir da exploração dos ricos (Signore) e grandes proprietários,
proteger os filhos para evitar a convocação para o exército e devido à situação econômica ruim da
Itália.
Em 24 de Novembro de 1919 nasce Emma Vittoria Rossi (6º Filho (a)). Faleceu em 07 de Julho de
1920.
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Abramo Saggiorato
Embarque no navio
Logo depois de se instalar o nono Redenzio Tálian escrevia para Ricardo Gemo vir
para o Brasil.
Os imigrantes diziam ” Noi, italiani lavoratori. Allegri andiamo nel Brasile. E voi
altri d’ Itália signore. Lavoratelo il vostro badile. Se volete mangiare. Noi, lavoratori italiani.
Andiamo contenti in Brasile. E voi, nobili dell'Italia. Prendete la pala. Se volete mangiare.
Questo è stato lo spirito, era questa la canzone degli emigranti italiani, sulle le loro navi.
(“Nós italianos trabalhadores. Alegres partimos para o Brasil.
e vós que ficais, ó donos da Itália, trabalhai empunhando a enxada. Se quereis comer! Nós trabalhadores
italianos. Alegres partimos para o Brasil. E vós, nobres da Itália. Peguem a pá. Se quereis comer!”).
Logo após a Primeira Guerra, todas as cidades homenagearam seus soldados com
monumentos. Em Orgiano o prefeito não homenageou aqueles que retornaram.
Redenzio Rossi e um amigo, fizeram um registro em Cartório, e colocaram uma faixa com a
mensagem “GLÓRIA E ONORE AI SIGNORE DI ORGIANO”, onde o povo todo passava, um tempo mais
tarde foi então erguido um monumento.
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O FASCISMO ITALIANO
1919 - o processo tardio de unificação da Itália contribuiu com o atraso econômico, às vésperas da
Primeira Guerra Mundial. Após o conflito, esta situação agravou-se ainda mais. O desemprego e o
aumento do custo de vida levaram cerca de dois milhões de trabalhadores italianos a entrarem em
greve no ano de 1920.
Os grandes industriais italianos, os comerciantes e os grandes
proprietários rurais decidiram apoiar, no início dos anos 20, um pequeno grupo de direita, os
fascistas, para acabar com a força das organizações trabalhistas.
Benito Mussolini (Il Duce – O Líder) à esquerda e Adholfo Hitler à direita
Mussolini fundou o 1º núcleo do Partido Fascista Italiano. Foi organizado nos moldes
militares, composto de ex-combatentes desocupados, com uma rígida disciplina, submetia todos os
seus membros às ordens do Chefe, o Duce. A partir de 1920, os fascistas realizaram inúmeros
atentados contra líderes e membros de organização trabalhistas, com a conivência do governo
italiano.
Foto de 1921, os filhos Carlo(16), Luigi(13), Innocente(10), Angelo(8), Mário(6) e um
amigo de nome Sílvio. Estes meninos na época de inverno, brincavam com carrinhos de madeira,
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sobre o rio congelado em Orgiano. Quando havia escassez de lenha, eles iam no estábulo, na parte
de baixo da casa, junto aos animais para se aquecerem.
Foto de 1921
Luigi
Innocente
Angelo
Silvio (amigo)
Mário
Carlo
Mais tarde Angelo Rossi e Ana Dameto, deram o mesmo nome ao seu primeiro filho, em
homenagem ao colega que ficou na Itália.
Em 20 de Abril de 1921, nascia o 7º e o 8º filho (a), Lina Rossi e Lino Rossi, o menino
gêmeo, faleceu logo após o parto.
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1922 - Mussolini e seus adeptos realizaram a “Marcha sobre Roma”, desfilando pelas ruas da cidade
com seus uniformes pretos. O rei Vítor Emanuel II convidou então Mussolini para formar um
ministério com plenos poderes. O governo manteve as aparências de uma monarquia
parlamentarista, mas quem governava era o Duce.
Em 07 de Outubro de 1923, nascia o 9º filho (a), Emma Rosaria Rossi.
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1924 - o fascismo tomava o poder, mas o poder de fato, era exercido pelo próprio Mussolini. Foi
organizada também uma política para matar ou deportar os opositores do regime.
Os jovens passaram a ser educados de acordo com a ideologia do Partido: servir o Estado,
acima de tudo. Os interesses da Itália passavam a serem identificados com os interesses do Partido,
encarnado na figura do Duce.
Esse estado totalitário proporcionou o renascimento econômico, a produção de trigo cresceu,
multiplicaram-se as obras públicas, estradas, ferrovias. Durante o Governo fascista teve início também o
grande desenvolvimento da indústria italiana, porém restringida ao norte do país. O sul manteve sua estrutura
econômica agrária e atrasada. Ao mesmo tempo a Itália militarizava-se.
O estado fascista reatou relações com o Papa, cortadas desde a guerra de unificação italiana,
em 1870, com o objetivo de obter o apoio da ala conservadora da Igreja.
Todas essas conquistas, alcançadas à custa da repressão aos opositores do regime,
revelaram-se frágeis por ocasião da crise econômica mundial em 1929. O autoritarismo fascista
tomou conta da Europa: Áustria, Turquia, Espanha, Portugal e o Nazismo na Alemanha.
Hungria, Polônia, Iugoslávia, Bulgária, por ditaduras militares.
1923 - PREPARAÇÃO E VIAGEM DA FAMÍLIA ROSSI PARA O BRASIL
Redenzio vendeu “el campeto”, gleba de terra herdado pela esposa Maria, para
conseguir o dinheiro para a viagem. Maria era filha única.
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Documento original emitido para Maria Scotton em 10 de Agosto de 1923 em Orgiano – Vicenza.
Redenzio era conhecido como “Comazetto”. Na época ficaram na Itália dois irmãos de
Redenzio: 1) Angelo Rossi (03 de Outubro de 1863 - 1957), 18 anos mais velho. Esposa Catterina
Thiene (24 de Julho de 1864 - filha de Fidenzio Thiene e Domenica Divello). Filhos de Angelo Rossi:
Giuseppe Rossi (02 de Março de 1981 – 11 de Abril de 1984), Luigi Rossi (13 Setembro 1895 1956), Gêmeos: Giuseppe e Antonio Rossi (24 de Dezembro de 1898 – 26 de dezembro de 1898),
Giuseppe Rossi Terzo (18 de Agosto de 1900 - 1998) e Maria Angela Rossi (30 de Outubro de 1904
em Sossano - 1980).
2) Vincenzo Rossi (26 de Julho de 1871 – 05 de Março de 1950), irmão de Redenzio, 08 anos mais
velho, conhecido como “Cencio”. Vincenzo, irmão do nono Redenzio, teve uma filha de nome
Angela Rossi, nascida em 15 de Dezembro de 1901 e falecida em 1987. Ângela Rossi era casada
com Romano Barocco. Em 1986 Frei Sérgio Dal Moro visitou Angela Rossi e Caterina Barocco em
Pilastro. Os filhos de Romano Barocco e Angela Rossi são: Danilo Barocco (1925), Onelia Barocco
(1927), Lino Barocco (1929), Felice Barocco (1930) e Caterina “Maria Comazetto” Barocco (1933),
que mora atualmente em Pilastro. Foi contactada por Anton Georg Rossi em 23 de Novembro de
2009. Em 2010 estivemos na casa de Caterina em Pilastro.
Os italianos iniciaram a imigração por volta de 1875, e não tinham organização, vinham
sem destino exato. Os navios eram a vela e muitos morriam na viagem. A tuberculose matava tanto
na viagem bem como quando estavam em terras brasileiras.
Fato que chamou a atenção da Igreja, e o Pe Scalabrini intercedeu junto ao governo
italiano, sendo então colocadas algumas normas de segurança, mas até então o Governo italiano
não apoiava os imigrantes.
Os italianos vinham para São Paulo, Rio Grande do Sul e Estados Unidos. Os padres começaram a vir
juntos para auxiliar os imigrantes.
38
A imigração alemã que iniciou em 1870, vinha de forma mais organizada e ocuparam principalmente as
terras baixas (vargens).
Os italianos procuravam os terrenos montanhosos, “la terra negra” e “el mato bianco”.
Significava terra boa para plantação e mato fino, sem pinheiros, sómente com árvores de folhas, que facilitasse a
utilização para fazer lavouras; ganhavam então uma colônia de mato e algumas ferramentas.
39
Início do desbravamento das novas terras
A VIAGEM
Imigrantes aguardando e em seguida embarcando em navio no Porto
de Gênova, Itália.
Em 29 ou 30 de outubro de 1923 partiram de Orgiano com várias caixas e malas, trazendo basicamente,
roupas e utensílios.
40
um baú (canestra),
41
uma concha (cassa) usada, pendurada em um balde,
para beber água,
um prato de esmalte/ferro,
42
e um “sechelo”,
e um quadro da
“Madonna” pintada
em tecido.
Relíquias que serão
preservadas e
guardadas com
todo carinho.
43
Primeiro trajeto da viagem, Orgiano, Vicenza, Milão, Gênova
Milão
Vicenza
Porto de Gênova
 Vieram de trem saindo de Vicenza, passando
por Milão até o Porto de Gênova
Na passagem por Milão, Redenzio foi rezar na “Duomo” (Catedral). Sentou-se e começou a fazer
suas orações. Uma senhora aproximou-se e disse: “bisogna pagare per usare la sedia”. Redenzio
respondeu: “se è così, io prego in piedi”.
44
Catedral “Duomo” de Milão
No bilhete de embarque constam os nomes de Redenzio (44), Maria (40), Luigi (15), Innocente (13),
Angelo (10), Mario (8), Lina (3), Carlo (18), Emma Rosaria 03 meses. Navio a vapor INDIANA,
bilhete de embarque nº 6 ¾ (Biglietto d’Imbarco per nº 6. ¾ Posti di 3ª Classe), o qual partiu em 03
de novembro de 1923.
45
A senhora Onorina Saggiorato (filha de Abramo Saggiorato), relatou que a bisnona Maria
Angela Scotton esqueceu o par de chinelos em Gênova, e que queria voltar para pegá-los,
mas naquele momento o navio já estava saindo do Porto.
Porto de
Gênova
Segundo trajeto,
Porto de Gênova,
com escala em
Dakar – África,
para
reabastecimento,
e Santos.
Porto de
Dakar
Porto de
Santos
Emma Rosaria Rossi lembra que a mãe Maria Angela Scotton contava que
durante a viagem de navio, um senhor de origem árabe falava em tom de
46
brincadeira, que iria jogar no mar a nenem de colo pela janela do navio. Mesmo
assim, Maria Angela ficava aflita com a situação.
Chegada dos Imigrantes Italianos
No Memorial do Imigrante em São Paulo, encontra-se a certidão de desembarque em 24 de Novembro de 1923, no Porto
de Santos.
Conforme a Certidão de desembarque de 24 de novembro de 1923, a família era Redenzio Rossi (44 anos),
Maria Angela Scotton (40 anos); os filhos Carlo (18 anos), Luigi (15 anos), Innocente (12 anos), Ângelo (10
anos), Mário (08 anos), Lina (02 anos) e Emma Rosária (3 meses).
47
48
A viagem de Gênova à Santos durou 22 dias. Na chegada a Santos, representantes dos fazendeiros de café,
queriam que Redenzio Rossi ficasse em São Paulo, pois eles precisavam de pessoas para trabalhar nas
fazendas, nesta época não havia mais mão de obra escrava.
49
Outro episódio na chegada, foi que os fiscais da
alfândega, quiseram vistoriar as malas e caixas
da família de Redenzio. Então o nono Tálian, um
tanto indignado, pegou uma faca e começou a
cortar rapidamente todas as cordas das caixas,
mas os fiscais vendo aquilo, logo pediram que
parasse, pois estava tudo bem.
Como Redenzio estava destinado para o Rio Grande do Sul, decidiu seguir viagem. A
baldeação foi feita para um navio costeiro, viajando mais cinco dias até o porto de Rio Grande no
RS.
Terceiro trajeto da Viagem – Porto de Santos - SP ao Porto de Rio Grande - RS
Porto de
Santos
Porto de Rio
Grande
No quarto e último trajeto até o destino final, saíram do Porto de Rio Grande, passando por Porto
Alegre (ver carimbo na caixa de pertences).
50
Continuando a viagem de trem via Passo Fundo até Paiol Grande, hoje Erechim.
De Paiol Grande (Erechim) até Sananduva, utilizaram-se de carretas puxadas por
mulas. As carretas carregavam de 100 a 120 arrobas, e eram puxadas por 08 mulas. Este era o
único meio de transporte daquela região na época.
Em (09/08/09 - 22/11/09) fomos até a casa de Joaquim José Miotto (93), em Irani SC, (o
Pai faleceu em Mão Curta, quando Joaquim tinha 06 anos) a mãe (Santina Zortéa) casou-se com
Ferdinando Galvan (viúvo). Mudando-se logo para Sananduva, na Rua dos Carrapichos, onde
Ferdinando Galvan tinha 03 colônias de terras. Ferdinando Galvan era pai de Angelo Galvan que
trabalhou durante alguns anos junto com Belmiro Rossi e Aquiles Rossi na Cooperativa da linha
Coração. Joaquim nasceu em Mão Curta em 02 de Outubro de 1916, filho de Calixto Miotto e
Santina Zortéa, lembrou-se perfeitamente de Carlo, Luiz, Angelo Rossi e especialmente de Mário e
do Bisavô Redenzio Rossi (Redenzio Tálian).
Joaquim José Miotto confirma que Abramo Saggiorato escrevia e enviava cartas,
pedindo para que Redenzio Tálian viesse para o Brasil. Quando Redenzio confirmou que viria da
51
Itália, Abramo plantou, 01 saco de trigo e 05 quartas de milho, sem nenhum custo, para que quando
chegassem era somente cultivar e colher. Demonstrando sua satisfação com a vinda daquela família
para o Brasil.
Abramo Saggiorato era padrinho de batismo de Joaquim José Miotto. Sabe-se que
Domingo Saggiorato (pai de Abramo) conhecia a família de Redenzio Rossi lá da Itália.
Os carroceiros da época levavam banha com carroças tracionadas por terno de mulas
até Paiol Grande, e dentre eles, o terno de mulas e carroça considerada a melhor era do Sr.
Pellegrin. A família de Redenzio Rossi esperou em Paiol Grande (Erechim) alguns dias, Abramo
acertou com o Sr. Pellegrin para trazer a mudança e a família de Paiol Grande (Erechim) até na
casa de Ferdinando Galvan em Sananduva.
No dia que Redenzio Rossi e família chegaram de Paiol Grande (Erechim), ficaram no
porão da Casa do Sr Ferdinando Galvan e de Santina Zortéa em Sananduva. O porão era grande,
de chão batido, os mestres eram de cabriúva, e as travessas (madeira farquejada) de 09 a 12
metros de comprimento.
52
Joaquim José Miotto lembra que tinha a mesma idade do Mário Rossi, e comentou:
“.....fiquei impressionado com a roupa (chamada castanho) que a família recém chegada usava, era
feita de um tecido muito bom e inexistente no Brasil, era roupa própria para o frio......ficavam
sentados ao redor do fogo.....chamou minha atenção uma menina de colo, muito pequena junto aos
outros irmãos.....” (era Emma Rosaria Rossi).
Os pais de Joaquim José Miotto, não permitiam que ele e os irmãos se aproximassem e
conversassem com os recém chegados, conforme costume da época.
O tempo de estadia foi de três dias, quando Abramo veio buscá-los, conduzindo-os para a
Linha Tigre Alto, onde ficaram hospedados ao lado de sua casa. Estava na época da colheita do
trigo.
Passados alguns dias, Redenzio entrou no armazém de Vitório Borba e pediu: “....uno litro
di vin, per piacere....”, e o Sr. Vitório falou que somente tinha garrafa e não litro. Todos
acharam engraçado, o costume na Itália era pedir um litro.
Romilda Gresele (nora de Ferdinando Galvan e Santina Zortéa) nascida em 1931, casada
com Domingos Sávio Galvan (filho de Ferdinando Galvan), relata em (14/11/2009), que foi nesta
casa situada na antiga (Rua dos Carrapichos) de propriedade de Ferdinando Galvan, a qual possuía
02 andares, onde a Família de Redenzio Rossi ficou hospedada por três dias. O porão é exatamente
o mesmo da época. Atualmente (Novembro de 2009) mora na casa a Sra Esperanza Galvan
(esposa de Albino Galvan) e nora de Ferdinando Galvan.
Cada 15 dias Redenzio vinha até a casa de Ferdinando Galvan em Sananduva (22 km).
Quando Redenzio Rossi chegava com o cavalo (era uma égua preta muito bem tratada,
utilizada somente para vir em Sananduva à missa),o menino Joaquim José Miotto e família
cuidavam do animal dando água, milho, preparando-o para que Redenzio retornasse para Mão
Curta. Joaquim gostava muito de Redenzio, pois ele tinha “ ....uma fala bonita....” (falava em
italiano).
No domingo, Redenzio vinha almoçar na casa de Ferdinando Galvan e assistia às duas
missas (La prima messa e la seconda messa), que eram rezadas em italiano na Igreja de
Sananduva. Tinha que sair as 03 horas da manhã de Mão Curta,(percorria em torno de 22Km) para
chegar a tempo da missa,mas.....fazia isso com muito prazer. No inverno havia necessidade de
caminhar a pé, em parte do caminho, para não se congelar, e assim procurar se aquecer
Joaquim José Miotto recorda ainda, que chamavam Redenzio de “Redenzio Tálian”.
No ano de 1939 Joaquim, com 23 anos de idade, mudou-se de Sananduva para Irani em SC. Pouco
tempo depois, voltou a se encontrar várias vezes com Carlo, Luigi, Mário e Angelo (Móro), e então
conhecê-los melhor.
Joaquim frequentou a escola em Sananduva, naquela época onde só se falava o italiano. As
escolas eram particulares, tinha que pagar....conta ele.... não existia tinta, usavam somente a tabela,
e na maior parte do tempo ensinavam os alunos a rezar. Somente tempos depois da Segunda
Guerra Mundial (1945) surgiram as escolas públicas.
53
Na época, compraram os sinos para Igreja de Sananduva, eram três sinos com pesos de
2.800 Kg, 1.800 Kg e 800 Kg, os quais vieram da França (La Francia). Os sinos foram transportados
de Paiol Grande (atual Erechim) pelo terno de mulas do carroceiro Sr. Pellegrin.
Na festa da Igreja e Inauguração dos sinos o Sr. Bacchi foi escolhido o Padrinho dos sinos, o
qual deu para a Igreja como doação uma colônia de terra coberta de pinheiros. Foi feita uma rifa
desta colônia de terra e o Sr. Ferdinando Galvan comprou um numero com um saco de trigo e no
sorteio o mesmo ganhou a colônia de terra.
A família Gemo veio para o Brasil por influência de Redenzio, e foi morar em Mão-Curta. Ricardo
Gemo era chamado de “Ricardo Tálian”, o qual tinha uma bodega. Tempos depois, montou uma
casa de comércio e prosperou. Era vizinho da família de Joaquim José Miotto. A família de Ricardo
Gemo era composta por sua esposa Cesira Frizon e suas quatro filhas: Maria, Onorina, Catarina e
Inês (Agnhesi). Ele aprendeu o português em 40 dias, homem de discurso fácil, foi Diretor do
Colégio São José, em Sananduva. Além de possuir uma das melhores casas de comércio da época.
Ricardo Gemo e Cesira Frizon eram padrinhos de batismo de Emma Rosaria Rossi.
Em 1935, faleceram Ricardo Gemo e a esposa no Hospital em Caxias do sul, ficando a menor Inês
(02 anos) sob guarda de Redenzio, e as outras três ficaram no Colégio das Irmãs de Sananduva. O
comércio foi saqueado, e as autoridades identificaram que havia negócios (Notas/Duplicatas) com
Abramo Saggiorato, o qual teve que pagar novamente as contas já saldadas anteriormente. As
autoridades de Lagoa Vermelha tomaram conta de tudo, não deram nada para as meninas ou as
Irmãs, alegando que eram estrangeiros, ficando assim com todos os bens desta família.
Em 1935, faleceram Ricardo Gemo e esposa, ficando a menor Inês (02 anos) sob guarda de
Redenzio, e as outras três ficaram no Colégio das Irmãs de Sananduva. O comércio foi saqueado, e
as autoridades identificaram que havia negócios (Notas/Duplicatas) com Abramo Saggiorato, o qual
teve que pagar novamente as contas já saldadas anteriormente.
O irmão de Redenzio, Vincenzo era casado com uma Catterina Bertoldo, viúva de
Angelo Gemo, o qual era irmão de Ricardo Gemo.
Na época vizinhavam em Mão Curta as Familias: Miotto, Zancanaro, Pegorini, Pertilli, duas
Famílias de Alemães e Família Francisco Gubert estes localizados próximo ao Rio Ligeiro. A Família
de Abramo Saggiorato na Linha Tigre Alto.
O Sr. Joaquim José Miotto lembra que Redenzio Rossi e outras famílias de italianos,
demonstravam muita coragem e trabalhavam muito.
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Após um ano na Linha Tigre Alto, morando em um paiol, na terra de Abramo Saggiorato, a
família de Redenzio Rossi, adquiriu a terra da Família Zancanaro e mudou-se para a Localidade de
Mão Curta, Sananduva, RS.
A TERRA QUE ACOLHEU OS IMIGRANTES
Nossos antepassados imaginaram, e sonharam encontrar facilidades e ótimas
condições no prometido “eldorado”.
Mas o trato inicial, com uma recepção um tanto hostil e indiferente, causou
perplexidade.As canções refletem os sentimentos de nossos heróis antepassados, traduzindo seus
sonhos desta forma:
Mérica, Mérica, Mérica
Cosa sarala sta Mérica?
Mérica, Mérica, Mérica,
L’é UM BEL MAZZOLINO DI FIORI.
Tempos mais tarde, diante da realidade, este sonho se desfez. Esta amarga decepção,
deu origem a esta estrofe:
E nella Mérica che siamo arrivati
no abbiam trovato né paglia né feno;
abbiam dormito sul nudo terreno;
COME LE BESTIE ABBIAM RIPOSÀ.
Mas o espírito desbravador e a decisão de enfrentar os desafios, fez de nossos
antepassados, homens destemidos e de fibra, colonizando e valorizando a terra que haviam
ocupado.
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As canções criadas pelos pioneiros, traduziam seus sentimentos, distantes agora da
longínqua Itália, após grande jornada de viagem:
Dall’Itália noi siamo partiti
siamo partiti col nostro grande onore,
trentasei giorni de macchina e vapore
e in Mérica noi siamo arrivati.
Ma la Mérica a le longa e le larga
E le formata di monte e di piani
E con la industria di nostri italiani
Abbiam fundato paese e città.
A Família Rossi também se adaptava as novas condições de vida, e de certa forma,também
prosperava....nasciam aqui, no Brasil: Alice (1925) e José (1927).
Assim como nasciam novos filhos, casavam-se outros .....a Família crescia:
56
Os filhos de Redenzio e Maria Angela foram casando:
Carlo em 1927,
Luigi (Luis) em 1930,
Innocente em 1935,
Angelo em 1936,
57
Mário, 1937,
Lina, 1939,
58
Emma em 1940,
Alice em 1944,
José 1947,
59
Foto de 1937: Família de Redenzio e Maria A., Angelo Rossi, Ana Dametto e o filho Sílvio, Lina Rossi, Innocente e Esposa, Mário e Esposa, Emma,
Alice e José. A menina entre os nonos é Inês Gemo.
1933 - Hitler sobe ao poder na Alemanha, aproveitando as consequências da crise de 1929. No mesmo ano,
em 27 de fevereiro ocorreu o incêndio do Reichstag controlado pelos nazistas, os quais responsabilizaram o
agitador comunista, Marinus van der Lubbe. Com ele foram declarados culpados alguns líderes comunistas:
Vasil Popov, Georgi Dimitri e Blagoj Tanev.
No ano de 1937, Benigno Dal Moro (19 anos) foi morar com a família de Redenzio Rossi. O avô de
Benigno Dal Moro, de nome João Batista Dal Moro, foi sacristão de São João Bosco.
Em 1939 Catarina (10 anos) e Honorina (08 anos), saíram do Colégio e foram morar com a família do nono Tálian.
Maria Gemo (13 anos), ficou estudando no Colégio das Irmãs.
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Nas férias escolares, os filhos de Redenzio, iam buscá-las de carroça, para ir até Mão
Curta com a Família. Brincavam muito com Lina, Emma e Alice, aproveitando o que a natureza
oferecia de exuberante na época. Aos 15 anos de idade, em 1941, Maria Gemo saiu do Colégio e foi
morar com a Família de Innocente Rossi, logo saiu para trabalhar como professora na Linha Curzel,
residindo então em Sananduva, RS.
Redenzio Rossi “nono Tálian” era muito religioso,usava sempre o “gilè”
(colete),carregando no bolso um rosário, e utilizava-o para rezar constantemente,até mesmo
voltando do trabalho da roça..
61
Os padres da época, seguidamente iam descançar na casa de Redenzio, em MãoCurta. Redenzio era chamado de Bispo de Mão Curta, no inverno levantava de madrugada para
também ir à Sananduva, ler livros e liderar as pessoas para a missa de manhã e o terço à tarde.
Gostava de ler os livros de São João Bosco e São Francisco. Costumava ler jornais da época e
livros religiosos.
 Algumas características
marcantes dos italianos:
 Exímios construtores de
edificações de madeira.
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Na foto Luigi Santo Rossi e Gregório Pegoraro – Sistema movido a água, construído em madeira, para geração de energia e
processamento de cereais. Aos fundos casa típica de madeira de Luigi Santo Rossi.
Construção da Igreja na Linha Coração (à esquerda Angelo Rossi)
63
Outra característica marcante: O Pão, o Queijo e o Vinho
As dificuldades continuavam, e, o sonho de melhorar de vida levou alguns filhos de
(Angelo Rossi, Carlo Rossi e Luigi Santo Rossi)
Redenzio a mudarem para Santa Catarina, em busca de novas terras e suprir a falta de
carpinteiros.
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Em 1941 Luigi Santo Rossi e Angelo Rossi (Móro) fundaram uma Marcenaria na Linha Coração, na época Município de
Cruzeiro (atual Joaçaba).
 Uma das atividades importantes dos descendentes de
Italianos é o cultivo da uva e a fabricação de vinhos.
65
66
Irmãos, Carlo, Luigi, Inocente, Angelo, Mário e José.
Foto tirada em frente a casa antiga de Luigi Santo Rossi na Linha Coração, no ano de 1945.
Transporte da época, 2º da esquerda para a direita: Luigi Santo Rossi
67
Em 1948(9) Angelo Rossi, irmão de Redenzio, enviou a última correspondência da
Itália, foi um “cartão-foto”, que contém a seguinte mensagem no verso:
Esta correspondência marcou o último contato, após perdeu-se a ligação com a Itália.
Lembro-me de quando perguntava ao nono Luiz sobre os contatos com parentes que ficaram na
Itália, ele respondia que... “dopo da seconda Guerra, guemo perdesto el contato”.
Orgiano anos 60.
68
Em 1968 Ocorreu a Ordenação de Frei Abílio, filho de Innocente Rossi em Sanaduva RS, onde os nove irmãos:
Carlo, Luiz, Innocente, Mário, Angelo, Emma, Lina, Alice e José, com os conjugês estavam presentes.
A família de Henrique Bruzamarello e Maria Teresa Zanella eram vizinhos de Redenzio
Rossi. A filha de Henrique Bruzamarello, Assunta Bruzamarello, nascida em 1954, é casada com
Artêmio Saggiorato (filho de Achille Saggiorato, neto de Abramo Saggiorato), residem atualmente
em Sanaduva – RS. .......”meu pai Henrique auxiliava as pessoas ensinando Matemática, e estas
pessoas pagavam com trabalho na lavoura. Redenzio visitava nossa casa com frequência.......
69
quando Redenzio Rossi vinha visitá-los, eu tinha que ficar sentada no chão, cuidando para que os
mosquitos não picassem seus pés , e minha mãe dizia: “...Oggi arriva in su Redenzio, e
voi ragazze non mi imbarazzano....e voi Assunta tocca a te vegliare in modo
che le zanzare non pungono i piedi di Redenzio Rossi”.
Na casa de Redenzio, em Mão-Curta, havia uma espécie de placa, com as seguintes
frases:
“EM TE QUESTA CASA
NO SE BESTEMA
NO SE PARLA MALE
NO SE LAORA DE FESTA”
Conta-se que na comunidade de Mão-Curta, as pessoas que blasfemavam, eram
repreendidas, e, em alguns casos com surras.
Foto da casa onde a Família do nono Talian viveu em Mão-Curta, hoje modificada, onde reside o tio José Rossi e Filhos.
Maria Angela Scotton faleceu em 10 de Junho de 1948, em Mão-Curta, Sananduva, com 65
anos.
Redenzio Rossi faleceu em 1962, em Mão-Curta, Sananduva, com 83 anos de idade.
70
Redenzio Rossi e Maria Angela
71
Irmãos Rossi, em foto tirada nas escadarias da Igreja da Vila Coração
Bodas de Ouro de Luigi Santo Rossi (1982): Carlo, Luigi, Innocente, Angelo, Mário, José, Lina Emma, Alice.
Fatos que marcaram o reencontro das Famílias Rossi na Europa
1ª Visita à Orgiano/Pilastro terra de nossos Nonos: No ano de 1986, 63 após a saída da Itália, Frei
Sérgio Dal Moro encontrou em Pilastro, Angela Rossi (filha de Vincenzo Rossi) e Caterina Barocco,
e em orgiano com Luciano Micheletto (proprietário atual da casa dos Nonos).
2ª Visita à Orgiano/Pilastro: Em 1987, 64 anos depois da saída da Itália, Frei Sérgio Dal Moro e
Alceu Dal Moro:
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Nesta árvore, atrás da
casa em Orgiano, onde
os filhos de Redenzio;
Carlo, Luigi (Luis),
Innocente, Angelo,
Mário e Lina,
costumavam brincar, foi
usada para esconder
mantimentos, durante a
1ª Guerra Mundial. Isto
tinha o objetivo de
prevenir-se, para que os
soldados que
procuravam alimentos,
não os
encontrassem,
garantindo assim o
sustento da família.
Foto de 1987 em frente a antiga casa de Redenzio Rossi em Orgiano. Adele Veronese (que residia na parte da frente da
casa (sogra de Luciano Micheletto), o Senhor Luigi Bolcato (Sapateiro), era amigo de Carlo, Luigi, Innocente Rossi,
Luciano Micheletto (proprietário atual da casa) e Alceu Dal Moro.
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Casa e planta de construção
(Via Castello 18 B) onde
nasceram os filhos,
Innocente, Angelo, Mário, Lina e Lino, e
Emma Rosaria, além de
documentos/certidões, que se encontram
conservados e guardados no Uffício
Anagrafe (Cartório) do Município de
Orgiano.
Esta casa é em Pilastro onde morava Angela
Rossi, filha de Vincenzo Rossi, e Caterina
Barocco, visitada por Sérgio Dal Moro e Alceu Dal
Moro. Angela teve 05 filhos (Danilo, Onelia, Felice,
Lino e Caterina Barocco). Neste dia a Caterina
Barocco não estava em casa. Foto tirada por Alceu
Dal Moro em 1987.
Em 1994 Antono Georg Rossi, acompanhado de Anna e Aloys, esteve em uma feira em Vicenza,
indo em seguida até Orgiano.
3ª Visita à Orgiano: Em 1994 Eulália Mariza, Maximino e Valter, filhos de Benilda Rossi, 71 anos
depois.
4ª Visita à Orgiano/Pilastro: Em 1997 Vilmar Rossi, filho de Aquiles e neto de Luigi Santo Rossi, 74
anos depois, esteve em Orgiano, contactando Patrizia Castagna, no Ufficio Anagrafe. Em outubro de
1997, Anton achou o tumulo de Angelo Rossi no cemitério de Orgiano, também contactou Cesare
Porto.
74
Em 1997 localizamos a antiga casa de pedras na Rua Albarolo no 105, em Orgiano, onde nasceu Redenzio
Rossi (filho de Luigi Fioravante Rossi e Angela Broggiato), e a casa onde nasceu Maria Angela Scotton (filha
de Santo Scotton e Rosa Zeggiato), na Rua Contrà Storte no 65.
Orgiano 1997
Em 1998 Anton esteve novamente em Orgiano.
5ª Visita à Orgiano/Pilastro: Em 2009 Anton Georg Rossi, bisneto de Angelo Rossi, 86 anos depois,
esteve em Orgiano e Pilastro, e a partir desta data iniciaram-se os contatos com os Descendentes
no Brasil. O túmulo de Angelo Rossi, não foi mais encontrado. Passou-se um sentimento de que a
história havia sido perdida.
75
76
6ª Visita à Orgiano/Pilastro terra natal de nossos Nonos: Em 2010, sequencialmente: Selina Dal
Moro (Maio 2010),
Pedro Celso Dal Moro (Junho 2010),
77
Junho 2010 - Vilmar Rossi (com esposa Cleuza Inês Bortolozzi Rossi e os filhos Cristian Rossi e
78
Darlan Rossi), Alceu Dal Moro e esposa Iliani, João Carlos Dal Moro, Ocsandro Rossi e Franciele
Salvador, estiveram em Pilastro e Orgiano.
2010 - Visita a Orgiano: Encontros com Cesare Porto, Luciano Micheletto, Gianna Viale (esposa de
Micheletto), Adele Veronese, Patrizia Castagna, Giovanni Scavazza, Don Gabriele Cattelan.
79
2012 – Primeiro contato com os Primos da Alemanha (Descendentes de Giuseppe Terzo Rossi)
2014 – I Encontro Internacional da Família Rossi e
Descendentes
80
81
Em 2023 comemora-se o Centenário da
Imigração da Família Rossi no Brasil
82
Encontros da Família Rossi
Por iniciativa de Lina, José e Alice, iniciaram-se os Encontros Festivos, inicialmente
com Familiares do Rio Grande do Sul e Descendentes de Emma e Alice Rossi. A
partir do 4º Encontro uniram-se todas as nove famílias.
No.
Local
Data
1o
Nova Brasília - Xaxim – SC
2o
Mão Curta - Sananduva – RS
1991
3o
Nova Brasília - Xaxim – SC
1998
4o
Mão Curta - Sananduva – RS
29 e 30 de Janeiro de 2005
5o
Vila Coração
04 e 05 de fevereiro de 2006
6o
Nova Brasília - Xaxim – SC
03 e 04 de fevereiro de 2007
7o
Mão Curta - Sananduva – RS
02 e 03 de fevereiro de 2008
8o
Jupiá – SC
10 e 11 de janeiro de 2009
9o
Cerro Agudo - Irani – SC
06 e 07 de Fevereiro de 2010
10o
Nova Brasília - Xaxim – SC
05 e 06 de Fevereiro de 2011
11o
Mão Curta - Sananduva – RS
11 e 12 de Fevereiro de 2012
12o
Vila Coração
09 e 1o de Fevereiro de 2013
Encontro Internacional - Orgiano
04 de Fevereiro de 2014
1º
A serem realizados:
13 e 14 de Janeiro de 1990
13º Nova Brasília – Xaxim – SC - em Feveriro 2015
2o
Encontro Internacional da Grande FAMÍLIA ROSSI – em
Maio/2019. Local: Alemanha.

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