1 - EAPN Portugal
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Seminário Internacional “Aldeias Lar: um futuro para o interior de Portugal” Julián Mora Aliseda Beja, 15-06-2007 CONTEXTO MUNDIAL Segundo os relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU), nas últimas décadas houve uma mudança na estrutura demográfica na qual é notável um aumento da população idosa em todo o mundo. Estas pessoas representam nos países desenvolvidos cerca de 20% da população e as tendências futuras serão de 25%. Nos países em desenvolvimento e nos menos desenvolvidos o valor supera os 10% e nas próximas décadas irá aproximar-se aos 20%. ENVELHECIMENTO ACTIVO O envelhecimento activo é considerado como um processo que permite a optimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, promovendo uma maior qualidade de vida à medida que as pessoas vão envelhecendo Sistema demográfico Português: a tendência é marcada por um claro declínio da fecundidade, baixas taxas de natalidade e mortalidade, sendo que os níveis de fecundidade apontam valores próximos de 1 criança por mulher, a par dos índices apresentados por países como a Itália e a Grécia. Portanto, não é assegurada a substituição de gerações". Índices de envelhecimento (Censos 2001): Portalegre (194,5), Castelo Branco (193,9) Beja (196,4) Portugal possei 308 Municipios y 4241 freguesías. 5 Regioes administrativas: -Norte -Centro -Lisboa e Vale do Tejo -Alentejo -Algarve Pais sob alta pressao: Acoge a 11% das freguesías e 46% da populaçao País sonolento: 45% das freguesías y 11% da populaçao Fonte: Joao Ferrao Fonte: Joao Ferrao CENÁRIOS DEMOGRÁFICOS SEGUNDO AS PROJECÇOES EM PORTUGAL. 2003 População Residente 2005 2010 2020 2030 2040 2050 10.461 10.562 10.626 10.489 10.206 9.831 9.302 (milhares) Saldo Migratório (milhare s) 0-14 Distribuição Pe rce ntual por Grupos 15-64 Etários 65 + 63.5 45.8 10.0 10.0 10.0 10.0 10.0 15,8 15,7 15,4 13,9 12,7 12,9 13,1 67,5 67,5 66,9 65,7 63 58,5 55,1 16,7 16,9 17,7 20,4 24,2 28,6 31,8 Indice Sinté tico de Fe rtilidade (ISF) Indice de Envelhe cime nto Taxa de Natalidade % 1,41 1,38 1,38 1,44 1,52 1,61 1,71 105,6 107,8 114,8 146,5 190,3 222 242,9 10,5 10,2 9,6 8,3 8,3 8,3 8,3 Taxa de Mortalidade % 10,3 10,3 10,5 11,4 12,3 13,9 15,8 Homens 74 74,3 75,1 76,4 77,5 78,4 79 Mulheres 80,4 80,7 81,4 82,5 83,5 84,2 84,7 Esperança de Vida EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DOS 0-14 ANOS E 65 E MAIS ANOS 30 25 20 0-14 15 65 e + 10 5 0 1970 1981 1991 1998 2001 PIRÁMIDE EM EVOLUÇAO: PORTUGAL 1960-2000 1,5 Población diseminada 1,25 - 1,50 1,15 - 1,25 1,05 - 1,15 0,95 - 1,05 0,85 - 0,95 0,75 - 0,85 0,50 - 0,75 0,5 0 50 100 150 200 Valores Razones 3,86% - < 1,50 - < 3,22% - 3,86% 1,25 - 1,50 1,93% - 3,22% 0,75 - 1,25 1,29% - 1,93% 0,50 - 0,75 < - 1,29% < - 0,50 250 300 Crecimiento poblacional medio anual de 2001 a 2005 Valores < - -2% -2% - -1% -1% - 0% 0% - 2% 2% - < Edad media de la población Valores 57 - 63 51 - 57 45 - 51 39 - 45 33 - 39 1,5 Tasa de juventud 1,25 - 1,50 1,15 - 1,25 1,05 - 1,15 0,95 - 1,05 0,85 - 0,95 0,75 - 0,85 0,50 - 0,75 0,5 0 10 20 30 40 50 60 70 Valores Razones < - 7,76% < - 0,50 7,76% - 11,65% 0,50 - 0,75 11,65% - 19,41% 0,75 - 1,25 19,41% - 23,29% 1,25 - 1,50 23,29% - < 1,50 - < 80 90 1,5 Tasa de envejecimiento 1,25 - 1,50 1,15 - 1,25 1,05 - 1,15 0,95 - 1,05 0,85 - 0,95 0,75 - 0,85 0,50 - 0,75 0,5 0 10 20 30 40 50 60 70 Valores Razones 40,19% - < 1,50 - < 33,49% - 40,19% 1,25 - 1,50 20,09% - 33,49% 0,75 - 1,25 13,4% - 20,09% 0,50 - 0,75 < - 13,4% < - 0,50 80 90 1,5 Índice de dependencia 1,25 - 1,50 1,15 - 1,25 1,05 - 1,15 0,95 - 1,05 0,85 - 0,95 0,75 - 0,85 0,50 - 0,75 0,5 0 20 40 60 80 Valores Razones 103,75% - < 1,50 - < 86,46% - 103,75% 1,25 - 1,50 51,88% - 86,46% 0,75 - 1,25 34,58% - 51,88% 0,50 - 0,75 < - 34,58% < - 0,50 100 120 1,5 Tasa de actividad 1,25 - 1,50 1,15 - 1,25 1,05 - 1,15 0,95 - 1,05 0,85 - 0,95 0,75 - 0,85 0,50 - 0,75 0,5 0 20 40 60 80 100 Valores Razones < - 22,9% < - 0,50 22,9% - 34,35% 0,50 - 0,75 34,35% - 57,25% 0,75 - 1,25 57,25% - 68,7% 1,25 - 1,50 68,7% - < 1,50 - < 120 140 Componente 1. Dinámica demográfica Dinámica demográfica Bajo envejecimiento Envejecimiento medio Alto envejecimiento PROPOSTAS O próprio governo in Cap II – Novas Políticas Sociais - IV- Protecção Social e Combate à pobreza - Uma nova fronteira no combate à pobreza e à exclusão “ ... deverá ser dada uma especial atenção às políticas do desenvolvimento dos territórios, às políticas de apoio às famílias e às que visam o apoio aos rendimentos dos mais desprovidos . Desenvolver as capacidades das pessoas, das famílias, dos grupos, dos territórios. “ PRESSOPOSTOS DA INTERVENÇAO 1 – O envelhecimento é uma conquista civilizacional 2 – O Envelhecimento é fundamentalmente uma questão social com repercussões financeiras 3 – Necessidade de definir níveis de responsabilidade ( Pública, sociedade, família e individual ) PROPOSTAS Diferenciar as respostas de acordo com as condições particulares dos seus destinatários, de acordo com as circunstâncias próprias dos distintos territórios, no respeito pela equidade na distribuição dos recursos. Contratualizar as soluções assegurando que todos os intervenientes cidadãos, famílias, instituições públicas e privadas são mobilizadas e assumem compromissos nas intervenções de que sejam parte. PROPOSTAS INTERVENÇÕES PARA OBTER MAIS QUALIDADE FINALIDADE: Garantir aos cidadãos o acesso a serviços sociais de qualidade adequados à satisfação das necessidades, de forma co-responsável, por via dos acordos de cooperação celebrados entre os serviços de segurança social e as IPSS (Inst. Privadas Promoç. Social). OBJECTIVOS ESPECIFICOS: Identificação dos requisitos mínimos exigíveis nas construções de novos equipamentos e na adaptação dos existentes . Definição de modelos de avaliação da qualidade por níveis nos diversos processos e serviços das respostas sociais e boas práticas. PROPOSTAS EQUIPAMENTOS SOCIAIS Outras medidas de iniciativa municipal •ReInventar o Futuro Rede Social PAII ( FORHUM, CAD, SAD, STA) Apoio Domiciliário Atendimento social Cuidados Continuados Integrados Centros de Dia/ Convívio Centros de Noite Acolhimento Familiar Complemento Solidário para idosos Cidades Mixturadas EM RESUMO: É induvitável que o aumento do envelhecimento em Portugal contribuirá para o aumento do número de pessoas com risco aumentado de dependência, quer esta seja transitória ou definitiva, pelo que essas pessoas necessitarão de cuidados específicos adequados e integrados. As mudanças verificadas nas estruturas familiares evidenciam o insuficiente apoio da família, onde, na sua maioria, já não existe a coabitação e a cooperação de gerações. Portanto há que reforçar três grandes vectores de actuação: 1. Prevenção 2. Participação 3. Autonomia O FUTURO PARA ALENTEJO A consideração face aos idosos que precisam a atenção de outras pessoas ou apoios importantes nas suas actividades básicas da vida diária (incluindo alojamento, asistência e desenvolvimento pessoal integral) vai caminho se ser um novo direito de cidadania, e portanto da intervenção dos Poderes Públicos. Neste sentido, há que sublinhar que o Alentejo dispõe dum grande potencial para o desenvolvimento duma estratégia ligada aos idosos próprios e europeus na sua relação com o desenvolvimento regional. O Alentejo agora posei infraestruturas de grande dimensão (aeroporto, autoestradas, barragem, etc.) O FUTURO PARA ALENTEJO A consideração face aos idosos que precisam a atenção de outras pessoas ou apoios importantes nas suas actividades básicas da vida diária (incluindo alojamento, asistência e desenvolvimento pessoal integral) vai caminho se ser um novo direito de cidadania, e portanto da intervenção dos Poderes Públicos. Neste sentido, há que sublinhar que o Alentejo dispõe dum grande potencial para o desenvolvimento duma estratégia ligada aos idosos próprios e europeus na sua relação com o desenvolvimento regional. O Alentejo agora posei infraestruturas de grande dimensão (aeroporto, autoestradas, barragem, etc.) UM MODELO TRANSFRONTEIRIÇO PARA PARTILHAR O governo regional da Extremadura, aprovou um decreto (44/2007, de 20 de marzo, DOE, nº. 36) de “Ordenación de uso extensivo de Suelos No Urbanizables para actividades turísticas y fomento de actuaciones para la atención de personas mayores en ciudades mixtas” A idea é fazer actuações e promoções de habitações ligadas a campos de golfe, espelhos de água e similares, ao entender que istas modalidades turísticas são uma fonte de riqueza e emprego para territórios com potencialidades para explorar. CONCEITOS Este Decreto se enmarca en la legislación urbanística, acogiéndose a la modalidad de un PIR (Plan de Interés Regional) para evitar otros condicionamientos de los PGM (Planes Generales Municipales). Se pretende “regular la implantación de usos extensivos en el Suelo No Urbanizable vinculados a la realización de Conjuntos Turísticos, en los que podrán combinar las edificaciones e instalaciones estrictamente turísticas, de ocio, deportivas o similares, con alojamientos turísticos residenciales y, en su caso, viviendas protegidas de carácter mixto para la atención a personas mayores”. CONCEITOS Se entenderá por uso extensivo en Suelo No Urbanizable, aquél que vincule a la realización de los Conjuntos Turísticos un número superior a 30 alojamientos turísticos residenciales, o aquellas actuaciones que sean exclusivamente turísticas. Son Conjuntos Turísticos, los derivados de actuaciones urbanísticas acogidas a los PIR en los que se promueva un desarrollo urbanístico asociado al fomento de intereses turísticos, de ocio, deportivos o similares, generalmente en torno a campos de golf, láminas de agua o instalaciones para la práctica de cualquier otro deporte o actividad recreativa, culturales o de carácter lúdico al aire libre, de uso extensivo, a los que se asocian alojamientos turísticos residenciales, hoteles u otras empresas turísticas y, en su caso, viviendas protegidas. CONCEITOS Son Viviendas Mixtas, el conjunto inmobiliario, que tendrá la consideración de vivienda protegida, constituido por dos viviendas contiguas, una de ellas destinada a ser ocupada por personas mayores y otra por una familia acogedora o similar, encargada de la prestación de la asistencia requerida por la primera. Se denomina Familia Acogedora, a la unidad convivencial formada por una sola persona, por un matrimonio, pareja de hecho o persona conviviendo de forma análoga a la conyugal, o a varias personas unidas por lazos de consanguineidad o afinidad que convivan en el mismo domicilio, encargadas de la prestación del servicio de asistencia. CONCEITOS Son personas mayores, los que superen los 65 años, los pensionistas mayores de 60 y los pensionistas mayores de 50 con incapacidad física o psíquica cuyas circunstancias personales, familiares o sociales aconsejen la conveniencia de la utilización de este recurso. Son Servicios Complementarios de Asistencia Social de carácter integral, los requeridos para la prestación de servicios de cuidado personal y asistencia, de salud y bienestar personal, de desarrollo de la personalidad, de ocio y tiempo libre, de carácter cultural, y cualesquiera otros precisos para lograr una mejor calidad de vida para las personas mayores.