Sustentação e Arrasto em Aerofólios
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Sustentação e Arrasto em Aerofólios
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos (SEM5749) – Prof. Oscar M. H. Rodriguez Sustentação e Arrasto em Aerofólios Um aerofólio é um corpo carenado projetado para evitar a separação. Portanto, sem a separação, o arrasto ocorre principalmente devido a tensão de cisalhamento na parede, que resulta das forças de viscosidade na camada limite. Como a camada limite é muito delgada, a sustentação sobre um aerofólio pode ser aproximada pela integração da distribuição de pressão, como fornecida pela solução do escoamento não viscoso. O arrasto de atrito pode ser previsto por meio da solução das equações da camada limite (Eqs. de N-S simplificadas). O arrasto de atrito também pode ser avaliado empiricamente; para os aerofólios, usa-se uma área projetada maior, ou seja, a área plana que é a corda c multiplicada pelo comprimento L do aerofólio. Assim: FS FA , CS = CA = 1 1 2 ρV cL ρV 2 cL 2 2 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos (SEM5749) – Prof. Oscar M. H. Rodriguez Coeficientes de sustentação e arrasto para um aerofólio típico (Re = Vc/n= 9.106): CS CS CA a Figura 8.13 • Para aerofólio com projeto especial, CA pode ser tão baixo quanto 0,0035, porém CS máximo é aproximadamente 1,5. • Na condição de cruzeiro, CS é cerca de 0,3, correspondendo a um ângulo de ataque de aproximadamente 2o, longe da condição de estol (cerca de 16o) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos (SEM5749) – Prof. Oscar M. H. Rodriguez • Na aterrissagem e decolagem, os flapes são utilizados para aumentar a corda e o ângulo de ataque, resultando em coeficientes de sustentação maiores a baixas velocidades; as fendas são usadas para injetar ar da região de alta pressão (parte de baixo do aerofólio) na região de baixa pressão, evitando assim a separação da camada limite. • CS pode atingir 2,5 com um flape de fenda única e 3,2 com um flape de duas fendas • Para o cálculo da sustentação em aviões, é utilizado o comprimento efetivo da asa, ou a envergadura, considerada a distancia de ponta a ponta. • Uma velocidade menor resulta em economia de combustível, ainda que o aeroplano opere por mais tempo, pois o consumo depende da potência necessária e esta é igual a FA . V; portanto, o consumo de combustível depende do cubo da velocidade UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos (SEM5749) – Prof. Oscar M. H. Rodriguez Comentário sobre o tamanho finito de um aerofólio. • Devido à alta pressão na parte inferior e à baixa pressão na parte superior do aerofólio, surge um vórtice de ponta nas extremidades do aerofólio. Os vórtices distribuídos se juntas em dois grandes vórtices posteriores, os vórtices de fuga. • Os vórtices de fuga podem ser vistos como duas riscas brancas de vapor d`água atrás de um avião a grande altitude, persistindo por até 15 km. • Os vórtices de fuga podem fazer com que aviões de pequeno porte entrem em parafuso Pgm5 (08:50 – 16:45) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Núcleo de Engenharia Térmica e Fluidos (SEM5749) – Prof. Oscar M. H. Rodriguez Exemplo 3 Um avião leve pesa 10000 N, sua envergadura mede 12 m, sua corda mede 1,8 m e é prevista uma carga de 2000 N. Calcule (a) a velocidade de decolagem, para um ângulo de ataque de 8o, (b) a velocidade de estol do aerofólio convencional e (c) a potência requerida pelo aerofólio durante o percurso de cruzeiro a 50 m/s. (quadro negro)
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