Léo e Bia - Festival Internacional de Cinema Infantil

Transcrição

Léo e Bia - Festival Internacional de Cinema Infantil
Léo e Bia
Sugestões
de Atividades
decorrentes
da Visita ao
Festival
Faulkner dizia que “o passado não passa”. Realmente, o passado está no presente e sempre
presente, para nos mostrar que os fatos não surgem do nada e tudo na verdade é uma grande
cadeia. O passado justifica o presente e antevê o futuro.
Olhando este grupo de jovens ensaiando num galpão, vemos que a cena pode estar acontecendo
neste exato momento em qualquer lugar do mundo. O encontro cheio idealismo e alegria, as
certezas e dúvidas que fazem parte do processo de descoberta e amadurecimento, estão em
qualquer tempo e lugar. Quando se descobre o quanto a vida pode ser incoerente, com situações
absolutamente inexplicáveis, todo o jovem sofre. Estas dores do crescimento e a forma como as
encaramos fazem com que cada um se torne o que é, durante toda a vida.
O contexto histórico e social da época do filme, há quarenta anos atrás, é um tempo de dor e
delícia. Dor por estar sufocado, oprimido e desrespeitado pelo autoritarismo e delícia por viver em
um tempo de paz e amor, onde os jovens de todo o mundo descobriam o amor livre e afirmavam
em coro: - É proibido proibir!
Nada era proibido às mentes criativas e as músicas, poemas, filmes e peças teatrais brotavam de
todas as partes, movidas por uma força comum – a de crescer e melhorar o mundo.
Foi uma época de sonhos, alguns frustrados outros não, que nos mostrou alguns caminhos, para
o bem ou para o mal. Olhar tudo isso acontecendo e procurar os fios que se ligam ao presente
é uma emocionante experiência. Observar semelhanças e diferenças, comparar situações e ver
que nada mudou no sentimento das pessoas mesmo que tudo possa ter mudado na forma de
viver, é uma preciosa oportunidade. Assim como a de constatar que, dos pensamentos idealistas
de muitos jovens surgiram instituições civis que forçaram os governos a apurar a verdade e
estabelecer a justiça. Vamos então ver Léo e Bia e com eles, assistir a esta grande aventura de
crescer e ficar adulto, tentando construir uma sociedade mais justa e uma vida melhor.
A HISTÓRIA
Brasília, 1973. No auge da ditadura militar, sete amigos, jovens
como a cidade em que moram, sonham viver de teatro. Liderado
pelo diretor Léo, o grupo leva adiante os ensaios de uma peça
que tece comparações entre Jesus Cristo e o cangaceiro Lampião.
Enquanto a repressão política rola solta na capital federal e a
liberdade sexual ainda é tabu, a mãe de uma das jovens adoece. E
em sua desvairada obsessão pela filha Bia, oprime-a cruelmente.
Soma-se à atmosfera opressora, a aridez cultural de Brasília. A
turma do Distrito Federal sonha romper com esta cotidiana asfixia.
Antes de
Assistir:
CURIOSIDADES
1
2
3
Léo e Bia foi uma peça musical de sucesso, nos anos 80 e mais
tarde transformada em filme por seu diretor e produtor.
4
O filme tem muito de autobiográfico, já o compositor e cantor
Oswaldo Montenegro teve bastante envolvimento com grupos de
teatro no início da década de 1970 em Brasília.
5
Personagens reais foram unidos em apenas um, outros foram
inventados e outros tiveram as características transpostas. A
personagem Marina é baseada em Madalena Salles, flautista
que acompanha o músico há 35 anos.
O filme foi feito com recursos próprios, sem nenhum patrocínio.
Recebeu os prêmios de Melhor Trilha Sonora (Oswaldo
Montenegro) e Melhor Atriz (Paloma Duarte), no Festival de
Cinema Cine PE.
6
AS filmagens foram feitas em um único cenário: a sala de ensaios
de um grupo de jovens atores.
7
Oswaldo Montenegro, diretor e roteirista do filme, também se
dedica à criação de trilhas sonoras para apresentações de balé.
8
O artista incentiva novos talentos, promovendo concursos. Além
de um concurso de clipes está lançando o “Prêmio Ana Botafogo
de Dança”, outro concurso na Internet, que visa dar oportunidade
e visibilidade a talentos da dança, de qualquer estilo.
O QUE DEVE SER OBSERVADO
Quem aparece no filme.
Como são os personagens.
Onde ele é passado.
Por que tudo aconteceu.
Se isso poderia acontecer na vida real.
Como o filme foi feito.
ENSINO FUNDAMENTAL
natureza, função, organização, estrutura das
1º e 2º CICLO
manifestações, de acordo com as condições
OBJETIVOS RELACIONADOS
As atividades sugeridas oferecem a
possibilidade de integração com os
Parâmetros Curriculares Nacionais do
Ministério da Educação.
No caso deste filme, consideramos os
seguintes objetivos relevantes e pertinentes:
de produção/ recepção (intenção, época,
local, interlocutores participantes da criação e
propagação de ideias e escolhas, tecnologias
disponíveis etc.).
• Articular as redes de diferenças e
semelhanças entre as linguagens e seus
códigos.
Língua Portuguesa:
As atividades sugeridas oferecem a
possibilidade de integração com os
Parâmetros Curriculares Nacionais do
Ministério da Educação.
No caso deste filme, consideramos os
seguintes objetivos relevantes e pertinentes:
Contextualização sócio-cultural
Linguagens e Códigos
Língua Portuguesa
Representação e comunicação
• Compreender e usar os sistemas simbólicos
das diferentes linguagens como meios de:
organização cognitiva da realidade pela
constituição de significados, expressão,
comunicação e informação.
• Confrontar opiniões e pontos de vista
sobre as diferentes linguagens e suas
manifestações específicas.
• Utilizar-se das linguagens como meio de
expressão, informação e comunicação, em
situações intersubjetivas, que exijam graus de
distanciamento e reflexão sobre os contextos
e estatutos dos interlocutores; e colocar-se
como protagonista no processo de produção/
recepção.
• Compreender e usar a Língua Portuguesa
como língua materna, geradora de
significação e integradora da organização de
mundo e da própria identidade.
• Aplicar as tecnologias da comunicação e da
informação na escola, no trabalho e em outros
contextos relevantes para a sua vida.
Investigação e compreensão
• Analisar, interpretar e aplicar os recursos
expressivos das linguagens, relacionando
textos com seus contextos, mediante a
• Considerar a linguagem e suas
manifestações como fontes de legitimação
de acordos e condutas sociais, e sua
representação simbólica como forma
de expressão de sentidos, emoções e
experiências do ser humano na vida social.
• Respeitar e preservar as manifestações da
linguagem, utilizadas por diferentes grupos
sociais, em suas esferas de socialização;
usufruir do patrimônio nacional e internacional,
com as suas diferentes visões de mundo;
e construir categorias de diferenciação,
apreciação e criação.
Arte
Representação e comunicação
• Realizar produções artísticas, individuais
e/ou coletivas, nas linguagens da arte
(música, artes visuais, dança, teatro, artes
audiovisuais).
• Apreciar produtos de arte, em suas várias
linguagens, desenvolvendo tanto a fruição
quanto a análise estética.
Investigação e compreensão
• Analisar, refletir e compreender os diferentes
processos da Arte, com seus diferentes
instrumentos de ordem material e ideal, como
manifestações sócio-culturais e históricas.
• Conhecer, analisar, refletir e compreender
critérios culturalmente construídos e
embasados em conhecimentos afins, de
caráter filosófico, histórico, sociológico,
antropológico, semiótico, científico e
tecnológico, entre outros.
Contextualização sócio-cultural
• Analisar, refletir, respeitar e preservar as
diversas manifestações de Arte – em suas
múltiplas funções – utilizadas por diferentes
grupos sociais e étnicos, interagindo com
o patrimônio nacional e internacional, que
se deve conhecer e compreender em sua
dimensão sócio-histórica.
Ciências da Natureza e Matemática
Biologia
Investigação e compreensão
• Relacionar fenômenos, fatos, processos
e ideias em Biologia, elaborando conceitos,
identificando regularidades e diferenças,
construindo generalizações.
• Selecionar e utilizar metodologias científicas
adequadas para a resolução de problemas,
fazendo uso, quando for o caso, de tratamento
estatístico na análise de dados coletados.
• Utilizar noções e conceitos da Biologia em
novas situações de aprendizado (existencial
ou escolar).
• Identificar a interferência de aspectos
místicos e culturais nos conhecimentos
do senso comum relacionados a aspectos
biológicos.
Matemática
Contextualização sócio-cultural
• Desenvolver a capacidade de utilizar a
Matemática na interpretação e intervenção no
real.
• Aplicar conhecimentos e métodos
matemáticos em situações reais, em especial
em outras áreas do conhecimento.
Ciências Humanas
História
Representação e comunicação
• Produzir textos analíticos e interpretativos
sobre os processos históricos, a partir das
categorias e procedimentos próprios do
discurso historiográfico.
Investigação e compreensão
• Estabelecer relações entre continuidade/
permanência e ruptura/ transformação nos
processos históricos.
• Construir a identidade pessoal e social na
dimensão histórica, a partir do reconhecimento
do papel do indivíduo nos processos históricos
simultaneamente como sujeito e como produto
dos mesmos.
• Relacionar o conhecimento das diversas
disciplinas para o entendimento de fatos ou
processos biológicos (lógica externa).
• Atuar sobre os processos de construção
da memória social, partindo da crítica dos
diversos “lugares de memória” socialmente
instituídos.
Contextualização sócio-cultural
Contextualização sócio-cultural
• Reconhecer a Biologia como um fazer
humano e, portanto, histórico, fruto da
conjunção de fatores sociais, políticos,
econômicos, culturais, religiosos e
tecnológicos.
• Situar as diversas produções da cultura
– as linguagens, as artes, a filosofia, a
religião, as ciências, as tecnologias e outras
manifestações sociais – nos contextos
históricos de sua constituição e significação.
• Situar os momentos históricos nos diversos
ritmos da duração e nas relações de sucessão
e/ ou de simultaneidade.
• Comparar problemáticas atuais e de outros
momentos históricos.
quanto em outros planos: o pessoalbiográfico; o entorno sócio-político, histórico e
cultural; o horizonte da sociedade científicotecnológica.
• Posicionar-se diante de fatos presentes a
partir da interpretação de suas relações com o
passado.
ATIVIDADES
Sociologia, Antropologia e Política
Representação e comunicação
Faça perguntas para medir a compreensão:
• Identificar, analisar e comparar os diferentes
discursos sobre a realidade: as explicações
das Ciências Sociais, amparadas nos vários
paradigmas teóricos, e as do senso comum.
• Produzir novos discursos sobre as diferentes
realidades sociais, a partir das observações e
reflexões realizadas.
Filosofia
Representação e comunicação
• Ler textos filosóficos de modo significativo.
• Ler, de modo filosófico, textos de diferentes
estruturas e registros.
• Elaborar por escrito o que foi apropriado de
modo reflexivo.
• Debater, tomando uma posição,
defendendo-a argumentativamente e
mudando de posição face a argumentos mais
consistentes.
1
– O que acharam do filme?
– O que mais gostaram?
– E o que não gostaram?
– Quem é o personagem protagonista do
filme?
– Quem mais aparece no filme?
– Qual o personagem favorito? Por quê?
– Como acha que o filme foi feito?
2
Arte – Língua Portuguesa
Assista o trailer com seus alunos e peça que
comentem as cenas exibidas.
www.youtube.com/watch?v=ROHFZBbfu9w
3
Arte - Língua Portuguesa
Ofereça um perfil dos personagens. Depois,
pergunte com quem houve uma identificação
e o porquê.
Investigação e compreensão
• Articular conhecimentos filosóficos e
diferentes conteúdos e modos discursivos nas
Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em
outras produções culturais.
Contextualização sócio-cultural
• Contextualizar conhecimentos filosóficos,
tanto no plano de sua origem específica,
Quem é quem em Léo e Bia:
Cachorrinha - feliz, animada, carinhosa,
infantil, surpreendente, queria ser hippie, mas
com muito conforto.
Cabelo – lindo, sofisticado, homossexual,
morador do Guará, super esforçado, pobre,
culto, elegante, poliglota, chique e fanático por
Paris.
Leo – líder, instigador, criativo, crítico e
apaixonado por Bia.
Brook – rico, boa gente e namorado da
Cachorrinha.
Bia – submissa, contida, sensível,
emocionalmente frágil.
Marina - otimista, equilibrada, solidária,
racional e apaixonada pelo Brasil.
4
Biologia – Matemática
– História - Sociologia,
Antropologia e Política
No início do filme, os personagens aparecem
deitados em círculo e passando uns para os
outros, um cigarro de maconha. O clima é
de descontração e de muito bom humor, são
amigos e levam o momento na brincadeira.
Sugira uma discussão sobre essa cena e os
rumos que o consumo de drogas tomou da
época do filme até os dias de hoje e suas
consequências sociais. Oriente cada grupo
na construção de uma tabela em que possam
comparar os efeitos fisiológicos, psicológicos e
sociais das drogas.
Drogas ilícitas
Droga ilícita é toda e qualquer substância
química proibida por lei. Note-se que algumas
drogas, ilícitas em determinados países
(como o álcool em determinados estados
muçulmanos) são permitidas e de uso
corrente em países onde o seu uso é aceito
culturalmente.
No uso corrente, trata-se de substância
psicoativa produzida, vendida ou usada fora
dos canais sancionados legalmente, porém
qualquer outra substância, se produzida ou
comercializada ilegalmente, é ilícita.
Historicamente, houve vários momentos em
que drogas atualmente ilícitas serviram como
arma de dominação. Os melhores exemplos
históricos são dados pelo colonialismo e
pelo imperialismo. No século XIX, diante da
resistência da China ao domínio ocidental, a
Inglaterra estimulou o consumo de ópio entre
os chineses, chegando a guerrear contra o
governo desse país (Guerra do Ópio) por
causa da proibição do comércio da droga.
O álcool, cujo consumo é lícito no Ocidente,
também foi usado pelos conquistadores
europeus nas Américas, do século XV até o
século XIX), para enfraquecer e dominar os
povos nativos.
No Brasil
O Brasil tem adotado uma política de controle
e combate ao tráfico de drogas baseada no
repressão à produção não autorizada e ao
tráfico, dentro das fronteiras nacionais, além
atuar em cooperação com outros países, para
intercâmbio de informações sobre a produção
e delitos conexos (especialmente o tráfico de
armas, a lavagem de dinheiro)
Os críticos dessa abordagem argumentam
que a proibição do uso de substâncias
psicoativas baseia-se principalmente em
padrões culturais e morais, ainda que o
argumento invocado seja o mal produzido pelo
uso de determinadas substâncias. Ademais,
a chamada guerra às drogas, convocada e
liderada no mundo pelo governo dos Estados
Unidos, tem sido considerada como perdida
por diversas autoridades, já que muitos
traficantes têm sido mortos e presos sem que
isso contenha a ampliação do acesso e do uso
das drogas ilícitas.
O Brasil é signatário dos tratados mais
relevantes relacionados ao controle de
drogas e, em maio de 1995, foi eleito para
a Comissão de Entorpecentes das Nações
Unidas. Da mesma forma, em nível regional,
o País tem participado ativamente do trabalho
da Comissão Interamericana para o Controle
do Abuso de Drogas da Organização dos
Estados Americanos (OEA).
No plano bilateral, o Brasil é signatário
de vários acordos de cooperação para
a prevenção do uso abusivo, para a
reabilitação e para a troca de informações
sobre legislação e jurisprudência nacional.
Tais acordos marcam o início de uma nova
etapa na cooperação bilateral em matéria de
entorpecentes, ao trazerem para os esforços
conjuntos uma visão compartilhada sobre
os desafios a serem enfrentados. O país
também desenvolveu uma série de programas
bilaterais visando combater o narcotráfico ao
longo das fronteiras e vem tomando medidas
para atualizar e melhorar sua legislação,
visando reduzir a demanda por narcóticos.
A Secretaria Nacional de Políticas sobre
Drogas (SENAD) é o órgão do Governo
Federal encarregado de planejar, coordenar,
supervisionar e controlar as atividades de
prevenção e repressão ao tráfico ilícito,
uso indevido e produção não autorizada de
entorpecentes, bem como as atividades de
recuperação de dependentes.
A aprovação e supervisão da Política Nacional
Antidrogas, proposta pela SENAD, é feita
pelo Conselho Nacional Antidrogas (CONAD),
órgão colegiado que reúne representantes
das diversas instâncias da Administração
Federal envolvidas na questão.
Dando continuidade aos compromissos
assumidos no âmbito das Nações Unidas,
com a assinatura da Convenção contra
o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e de
Substâncias Psicotrópicas, celebrada em
Viena, em 1988, o governo brasileiro aprovou,
em março de 1998, a Lei nº 9.613, que dispõe
sobre o crime de “lavagem ou ocultação de
bens, direitos e valores” e cria o Conselho de
Controle de Atividades Financeiras.
O principal objetivo do COAF é coordenar
esforços governamentais com vistas ao
combate a um dos principais delitos conexos
com o narcotráfico: a lavagem de dinheiro.
O trabalho do COAF está em consonância
com as orientações que vêm sendo adotadas
internacionalmente, pelos organismos
envolvidos no combate à lavagem de dinheiro,
como o Grupo de Ação Financeira / Financial
Action Task Force (GAFi/FATF) entidade
vinculada à OCDE que estabelece padrões
internacionais para o combate a esse tipo
de delito vinculado ao narcotráfico. O Brasil
participa do GAFi/FAFT.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Drogas_il%C3%ADcitas
5
Língua Portuguesa –
História - Sociologia,
Antropologia e Política Filosofia
Ainda em relação ao tema, distribua o
texto abaixo e use-o como ponto de partida
para uma grande discussão a respeito da
legalização da maconha. O debate pode ser
enriquecido com os links abaixo. Você pode
realizar uma pesquisa de opinião seguida de
um júri simulado.
Ofereça mais dados para discussão exibindo
os vídeos abaixo.
Cortina de Fumaça
Trailer: http://www.youtube.com/
watch?v=2GbqujLL5Ek
Filme completo: http://www.youtube.com/
watch?v=L44QDZjKNzY
Quebrando o Tabu
Trailer: http://www.youtube.com/
watch?v=Hz0EWwC-hug
Filme completo: http://www.youtube.com/
watch?v=XABODnPpeO8
Na véspera do jogo Brasil x Holanda na Copa
do Mundo deste ano, o neurocientista carioca
Stevens Rehen, um dos mais respeitados
pesquisadores brasileiros de células-tronco,
recebeu um telefonema do irmão. Do outro
lado da linha estava o músico e antropólogo
Lucas Kastrup Rehen, baterista da banda de
reggae carioca Ponto de Equilíbrio. Contava
que o guitarrista do grupo, Pedro Caetano,
29 anos, havia sido preso por cultivar dez
pés de maconha em casa. Adepto da religião
rastafári, seita de origem jamaicana que faz
uso da droga em seus rituais, Pedro fora
enquadrado como traficante por causa da
ambiguidade da lei 11.343, de 2006, que não
determina a quantidade exata de droga que
separa usuários e fornecedores. E por isso
ficou 14 dias na cadeia. A história teria sido
mais uma nas páginas de jornal se não tivesse
esquentado uma discussão que começava
no meio científico, sobre a legalização da
maconha no Brasil. O tema veio à baila
diversas vezes desde que a Organização das
Nações Unidas (ONU), em 1961, aconselhou
todos os países signatários a proibi-la. A
diferença é que, desta vez, os debatedores
foram inéditos.
Em vez de políticos ou artistas com ideais
liberais, quem levantou a bandeira da
legalização foram quatro dos cientistas mais
respeitados do Brasil: Stevens Rehen é
diretor adjunto de pesquisa do Instituto de
Ciências Biomédicas da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ); João Menezes,
neurocientista com Ph.D. no Massachusetts
General Hospital e na Harvard Medical School,
nos Estados Unidos, além de professor da
UFRJ; Cecília Hedin, neurocientista e doutora
em biofísica, divide com Menezes a direção
do Laboratório de Neuroanatomia Celular do
Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ; e
Sidarta Ribeiro, Ph.D. em neurociências pela
Universidade Duke, nos Estados Unidos, é
chefe do laboratório do Instituto Internacional
de Neurociências de Natal Edmond e Lily
Safra e professor da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (UFRN).
A questão levantada pelos cientistas se
resume em três pontos. No primeiro,
argumentam que o que é proibido não pode
ser regulamentado. A maconha vendida no
mercado ilegal é mais nociva para a saúde
de quem consome, uma vez que a erva pode
ser misturada com outras substâncias mais
pesadas, como o crack. O segundo ponto é
o de que a Cannabis sativa (nome científico
da maconha) pode ser usada como remédio
no tratamento de diversas doenças. O
terceiro, e principal ponto da argumentação,
diz que a droga faz mal ao corpo — mas
não tanto quanto já se pensou — e que esse
problema é bem menor quando comparado
aos males que seu comércio ilegal causa
à sociedade. “Precisamos discutir o que é
‘menos prejudicial’: os efeitos da maconha no
indivíduo ou a violência associada ao tráfico”,
diz Rehen.
Com esses argumentos na cabeça, os quatro
neurocientistas publicaram no jornal Folha de
S. Paulo, em julho, uma carta que criticava
a prisão de Pedro Caetano. Diziam que a
política de proibição da maconha é mais
danosa do que seu consumo. Causaram
polêmica. E inauguraram um debate incitado
pela troca de artigos (ao todo quatro, dois
a favor e dois contra, até o fechamento
desta edição) a respeito da legalização da
maconha, publicados no mesmo jornal. A
discussão foi adiante e chegou-se ao ponto
de questionar se esses profissionais deveriam
marcar posição em questões sociais. “É
comum o cientista achar que não é seu papel
participar desses debates, sem perceber que
sua disciplina é, muitas vezes, utilizada para
justificar políticas públicas”, afirma Menezes.
“Muitos se julgam neutros, mas raramente um
de nós de fato é”
http://revistagalileu.globo.com/Revista/
Common/0,,EMI173688-17773,00-MACONHA+A+CIEN
CIA+DA+LEGALIZACAO+TRECHO.html
6
Língua Portuguesa –
História - Sociologia,
Antropologia e Política Filosofia
O filme se passa em uma de época de
repressão, no auge da ditadura militar. O
teatro é o canal encontrado pelos jovens para
abordar assuntos como: ditadura, preconceito,
privacidade, homossexualidade, gravidez e
liberdade. Divida a turma em grupos e peça
que façam uma pesquisa comparando as
abordagens atuais desses temas e de outros
que considerar importantes, com as da época
(1973).
Como era
em 73:
Ditadura
Preconceito
Privacidade
Homossexualidade
Gravidez
Liberdade
Como é
atualmente:
7
Língua Portuguesa –
História - Sociologia,
Antropologia e Política Filosofia
Nem toda conclusão é definitiva. Ao longo
do tempo surgem novas perguntas e novas
respostas que nos levam a novas conclusões.
Atualmente estamos acompanhando na mídia
a demanda pela verdade, pela reconstrução
da memória e pela justiça em relação aos
fatos ocorridos durante a ditadura militar. O
que vocês sabem sobre os avanços nesse
assunto e quais os grupos envolvidos em
buscar essa verdade? Pesquise e escreva a
respeito.
Grupo Tortura Nunca Mais
O Grupo Tortura Nunca Mais/ RJ (GTNM/
RJ) foi fundado em 1985 por iniciativa de
ex-presos políticos que viveram situações
de tortura durante o regime militar e por
familiares de mortos e desaparecidos políticos
e tornou-se, através das lutas em defesa dos
direitos humanos de que tem participado e
desenvolvido, uma referência importante no
cenário nacional. Considerando que o regime
ditatorial contribuiu decisivamente para o
esgarçamento e a deterioração de valores
éticos, o GTNM/RJ constituiu-se em torno do
resgate de valores, da dignidade, da defesa e
dos direitos da cidadania. Desta maneira, tem
assumido um claro compromisso na luta pelos
direitos humanos, pelo esclarecimento das
circunstâncias de morte e desaparecimento
de militantes políticos, pelo resgate da
memória histórica, pelo afastamento imediato
de cargos públicos das pessoas envolvidas
com a tortura, pela formação de uma
consciência ética, convicto de que estas são
condições indispensáveis na luta hoje contra a
impunidade e pela justiça.
Algumas conquistas, ao longo destes mais
de quatorze anos, têm sido alcançadas:
torturadores foram afastados de cargos
públicos, profissionais de saúde nos
estados do Rio de Janeiro e São Paulo que
colaboraram com práticas de tortura, como
médicos que emitiram laudos falsos, tiveram
seus registros cassados e foram impedidos de
exercer suas atividades profissionais.
Sistematicamente a entidade tem denunciado
antigos e novos casos de tortura, exigindo
punição para aqueles que violam os direitos
humanos, através de notas na mídia,
entrevistas, atos públicos, seminários e outras
atividades.
Na linha de valorização das experiências de
luta, o GTNM/RJ tem sensibilizado governos e
comunidades ao homenagear pessoas mortas
sob tortura e desaparecidos políticos através
da inauguração de ruas e escolas públicas
com seus nomes. Promove anualmente,
há doze anos, a cerimonia de entrega da
Medalha Chico Mendes de Resistência
homenageando pessoas e entidades que
se destacaram na luta em prol dos direitos
humanos no Brasil e no exterior.
Na perspectiva de formação de uma
consciência crítica de defesa intransigente dos
direitos humanos, o GTNM/RJ tem participado
de encontros nacionais e internacionais junto
a estudantes, trabalhadores, profissionais de
saúde e de educação, apontando sempre em
direção à construção de uma rede social que
contribua para romper definitivamente com as
práticas de violência e impunidade.
O GTNM/RJ promove encontros semanais em
sua sede, possuindo cerca de 100 membros
filiados e mantém uma publicação trimestral
regular, o Jornal do GTNM/RJ.
Os principais objetivos da entidade são:
- lutar contra toda e qualquer violação dos
direitos humanos
- dar apoio e solidariedade às pessoas que
lutam pela causa dos direitos humanos no
mundo
- intercambiar experiências e informações
com entidades de direitos humanos nacionais
e internacionais
- dar assistência – reabilitação física e
psicológica – a pessoas atingidas pela
violência organizada
- trazer a história de nosso país durante
o período de ditadura, esclarecendo as
circunstâncias das prisões, torturas, mortes e
desaparecimentos ocorridos naquele período.
O GTNM/RJ tem assumido cada vez mais
um papel importante na sociedade, devido à
sua ação permanente em defesa dos direitos
humanos. A edição de 1997 do Dicionário
Histórico-Biográfico Brasileiro do Centro de
Pesquisa e Documentação e da Fundação
Getúlio Vargas traz um verbete sobre a
entidade.
Presente na imprensa em entrevistas e
declarações, apoiando entidades de defesa
dos direitos de cidadania, promovendo
eventos sobre a história recente de
nosso país, participando de simpósios e
congressos de direitos humanos, o GTNM/
RJ tem conquistado reconhecimento e
solidariedade de um número cada vez maior
de pessoas, grupos e organizações nacionais
e internacionais. É filiado ao SOS Torture
(Genebra), à FEDEFAN - Latin America
Federation of Arrested and Disappeared
People Relatives – (Caracas, Venezuela) e à
Sociedade Internacional para Saúde e Direitos
Humanos - International Society for Health
and Human Rights e à Red Latinoamericana y
del Caribe de Instituciones de la Salud contra
la Tortura, la Impunidad y otras Violaciones a
los Derechos Humanos do IRCT (Conselho
Internacional de Reabilitação de Vítimas de
Torturas - Dinamarca).
Assim, as ações do GTNM/RJ têm se apoiado
na premissa de que, com a apropriação
de nossa história recente, estaremos mais
capacitados para fazer frente às práticas
de violações de direitos humanos que se
apresentam na atualidade do panorama
nacional, como efeitos da impunidade. Essas
ações têm como imperativo ético denunciar
o que ocorreu nas prisões durante a ditadura
militar e o que ocorre na atualidade, como
consequência da preservação dos métodos
e das práticas autoritárias e arbitrárias, para
que, algum dia, todos possamos dizer “Nunca
Mais” à tortura e à impunidade.
http://www.torturanuncamais-rj.org.br/
O Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça
O Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça
é um espaço do qual participam diferentes
entidades, movimentos e pessoas. Tem como
proposição desenvolver atividades/ ações
relacionadas ao campo da Memória, Verdade
e Justiça, tendo como diretrizes norteadoras
as seguintes reivindicações:
- Por uma Comissão da Verdade soberana e
independente;
- Pelo cumprimento da sentença da Corte
Interamericana de Direitos Humanos sobre a
Guerrilha do Araguaia;
- Pela abertura de todos os documentos
privados e públicos da época compreendida
entre 1964/1988;
- Em defesa da memória dos lutadores e
lutadoras da resistência à ditadura civil-militar.
Para entrar em contato, basta enviar um mail
para [email protected]
http://coletivorj.blogspot.com.br/
Forum de Reparação e Memória
O QUE É O FORUM DE REPARAÇÃO e
MEMÓRIA. Um coletivo aberto a todos os
interessados na luta pelos Direitos Humanos,
especialmente o de pessoas atingidas por
violência de agentes do Estado do Rio de
Janeiro em decorrência de ações motivadas
por ideias políticas no período da ditadura
militar entre 1964 e 1985.
http://forumrepararmemoria.blogspot.com.br/
Comissão da Verdade – iniciativa do
governo
Dilma Rousseff durante cerimônia de Instalação da
Comissão da Verdade:
a Comissão Nacional da Verdade foi instalada em
16 de março de 2012
Brasília - Representantes dos comitês
estaduais, formados por organizações da
sociedade civil, sobre mortos e desaparecidos
durante a ditadura militar fizeram hoje (30)
reivindicações aos integrantes da Comissão
Nacional da Verdade pedindo a abertura
das audiências da comissão, agilidade
nos trabalhos, investigação dos abusos
cometidos contra índios durante a ditadura e a
divulgação do orçamento da comissão.
“Queremos o impossível”, disse a
representante do Comitê pela Verdade,
Memória e Justiça do Distrito Federal, Iara
Xavier, ao falar sobre a expectativa em
relação ao trabalho da Comissão da Verdade.
“A comissão tem que partir do que já está feito
e avançar, tem que exigir a abertura de todos
os arquivos ainda não abertos, as audiências
tem que ser públicas, a comissão deve ter um
mecanismo ágil para receber as denúncias e
processar estes documentos”, completou.
Integrante do Fórum Memória e Verdade
do Espírito Santo, Francisco Celso Calmon,
manifestou a preocupação de que o relatório
final da comissão passe a integrar apenas o
“arquivo morto” do país. “Nos preocupamos
que o resultado do relatório não sirva ao
arquivo morto da nação, mas que seja um
relatório vivo para que se criminalize os que
cometeram crimes contra a humanidade.”
O período de dois anos previsto para a
conclusão dos trabalhos da comissão fez o
representante do Comitê Santa-Mariense
de Direito à Memória e à Verdade, de
Santa Maria (RS), Diego Oliveira, pedir a
dedicação exclusiva dos titulares do órgão.
“O efetivo reduzido [prazo] da comissão seria
compensado com a dedicação exclusiva”. Ele
disse também considerar que falta autonomia
orçamentária da comissão, que é vinculada
à Casa Civil, e pediu a divulgação do valor
previsto para a execução dos trabalhos.
Após ouvir as considerações, o coordenador
da Comissão da Verdade, Gilson Dipp, disse
que a exposição das demandas é importante
para fazer avançar o trabalho e unir esforços.
“Temos essa demanda natural, muitas vezes
até reprimida, mas o importante é que vamos
trabalhar em apoio e sintonia com todos os
comitês estaduais para que eles possam
realizar algumas das tarefas nos estados para
que possamos fazer a triagem”, disse Dipp.
Alguns dos representantes dos comitês
estaduais colocaram à disposição da
Comissão da Verdade documentos relativos
à ditadura militar e também para tomar
depoimentos de presos e perseguidos
políticos. Houve ainda quem manifestou
preocupação com a segurança dos arquivos
armazenados nos estados em função do início
das investigações. A reunião, proposta pela
Comissão da Verdade, reuniu representantes
de cerca de 40 comitês de todo o país.
A Comissão Nacional da Verdade foi instalada
em 16 de março de 2012, com prazo de
dois anos para apurar violações aos direitos
humanos ocorridas no período entre 1946 e
1988, que inclui a ditadura militar (1964-1985).
http://exame.abril.com.br/brasil/politica/noticias/
sociedade-civil-pede-transparencia-na-comissao-daverdade
8
Encrenca adora fazer citações. Paul Valéry é
seu autor favorito. Mas as frases citadas serão
realmente deste autor? Apresente algumas,
para que eles confirmem a autoria.
- “Quem não pode atacar o argumento ataca o
argumentador.”
- “A elegância é a arte de não se fazer notar
aliada ao cuidado sutil de deixar-se distinguir.”
- “Se tudo fosse claro, tudo nos pareceria
inútil.”
Paul Valéry
Ambroise-Paul-Toussaint-Jules Valéry (Sète,
30 de outubro de 1871 — Paris, 20 de julho
de 1945) foi um filósofo, escritor e poeta
francês da escola simbolista cujos escritos
incluem interesses em matemática, filosofia e
música.
Realizou os estudos secundários em
Montpellier e iniciou sua carreira em Direito
em 1889. Na mesma época publicou seus
primeiros versos, fortemente influenciados
pela estética da literatura simbolista
dominante na época. Em 1894 se instalou
em Paris, onde trabalhou como redator no
Ministério de Guerra. Depois da Primeira
Guerra Mundial se dedicou inteiramente à
literatura e foi aceito pela Academia Francesa
em 1925.
Sua obra poética foi influenciada por
Stéphane Mallarmé, que consequentemente
influenciou outro francês, Jean-Paul Sartre.
9
Língua Portuguesa Sociologia, Antropologia e
Política
Cabelo nasceu no Guará, uma “cidadesatélite” de Brasília. Era pobre, muitas vezes
não tinha dinheiro para a passagem.
Sugira que seus alunos definam o termo
“cidade-satélite” e o justifiquem.
Cidade-satélite é uma designação usada
para se referir a centros urbanos surgidos nos
arredores de uma grande cidade, tipicamente
para trazer algum benefício a cidade núcleo
da região.
Cidades-satélites não devem ser confundidas
com subúrbios de grandes cidades, pois
diferem explicitamente.
Um resumo da definição “cidade-satélite”
pode ser o seguinte: as cidades-satélites
são centros urbanos construídos para trazer
algum benefício sócioeconômico para a região
onde se encontram. Um centro urbano, por
exemplo, que foi construído para abrigar
trabalhadores de industrias importantes para o
desenvolvimento do lugar pode ser chamado
de cidade-satélite.
No Brasil, este termo foi proibido pelo decreto
nº 19.040, de 18 de fevereiro de 1998,
que proíbe a utilização do termo satélite
se referindo as cidades situadas na região
do Distrito Federal (atualmente as antigas
“cidades-satélites” do Distrito Federal são
denominadas de “regiões administrativas”).
A atual região administrativa de Brasília
nunca recebeu essa designação, assim
como as regiões do Lago Sul e do Lago
Norte raramente eram chamadas de cidadessatélites, muito embora fossem.
Tal denominação é oportuna, pois no resto
do país os conceitos de município e cidade
confundem-se, correspondendo para cada
cidade um município. Desse modo, o termo
cidade-satélite é inequívoco, já que uma
região administrativa não se refere a um
município, o que poderia ser presumido se
fosse chamada apenas de cidade. De fato,
as cidades-satélites eram meras divisões
administrativas do Distrito Federal, tendo
em vista a divisão do Distrito Federal em
municípios ser vedada pelo Art. 32 da
Constituição Federal de 1988. Por esse
motivo, no Distrito Federal não há eleições
para Prefeitos ou Vereadores, entretanto, cada
atual Região Administrativa é comandada por
um Administrador Regional, que até o ano
de 2002 era indicado pelo Governador do
Distrito Federal. Entretanto, por determinação
do Governador, para o exercício de 2003,
os Administradores Regionais passaram
a ser indicados pela população local de
cada Região Administrativa, através de um
processo seletivo dos candidatos indicados
pelas entidades representativas dos diversos
segmentos da sociedade.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade-sat%C3%A9lite
10
Língua Portuguesa Sociologia, Antropologia e
Política
A descrição do personagem Cabelo serve
para muitos brasileiros em diferentes lugares
do Brasil. Solicite uma pesquisa sobre a
periferia da cidade onde seus alunos residem,
como está constituída e quais suas principais
características.
11
Língua Portuguesa –
História - Sociologia,
Antropologia e Política
“Lúcio Costa e Niemeyer resolveram o
problema da pobreza no plano piloto varrendo
todos os pobres para as cidades satélites.”
Quem são as pessoas citadas acima?
Com base no contexto, justifique o uso da
palavra em negrito.
LUCIO COSTA
27/2/1902, Toulon, França
13/7/1998, Rio de Janeiro
Em 1957, Costa venceu
o concurso nacional
para a elaboração do
Plano-Piloto de Brasília
Em 1957, Costa venceu o concurso nac
Em quase sete décadas de trabalho, Lucio
Costa, dos maiores arquitetos brasileiros,
forjou um legado de modéstia e inteligência,
precisão e talento. Brasília, sua obra mais
conhecida, foi concebida com estas quatro
escalas: monumental, residencial, gregária e
bucólica.
Filho de brasileiros em serviço no exterior, ele
nasceu na França. Devido às atividades do
pai (o almirante Joaquim Ribeiro da Costa),
estudou em Newcastle (Inglaterra) e Montreux
(Suíça).
Em 1917, voltou para o Brasil. Estudou
pintura e arquitetura na Escola Nacional de
Belas-Artes, formando-se em 1924 e sendo
nomeado diretor da mesma instituição em
1930.
O arquiteto casou-se com Julieta Guimarães
em 1928 (ela morreria num acidente
automobilístico sofrido pelo casal em 1954).
Em 1936, Lucio Costa convidou o arquiteto
suíço Le Corbusier para vir avaliar o projeto
do edifício-sede do Ministério da Educação,
no Rio de Janeiro. Em 1938, projetou (ao lado
de Oscar Niemeyer) o pavilhão brasileiro da
Feira Universal de Nova York.
Em 1957, venceu o concurso nacional para
a elaboração do Plano-Piloto de Brasília, o
que o tornou conhecido no mundo inteiro.
Passou então a receber convites para projetar
diversos planos urbanísticos.
Em 1960, recebeu o título de professor
“honoris causa” da Harvard University (EUA).
Quatro anos depois, foi convidado a integrar
a equipe de reconstrução da cidade de
Florença, atingida por uma inundação.
Lucio Costa escreveu os livros
“Documentação Necessária”, “Notas Sobre
a Evolução do Mobiliário Luso-Brasileiro” e
“Arquitetura Jesuítica no Brasil”.
Pela obra de toda uma vida, recebeu diversas
honrarias, entre os quais a Legião de Honra
(França) e o Prêmio Calouste Gulbenkian
(Portugal). Morreu em casa, aos 96 anos.
Deixou uma filha, Ana Elisa Costa, também
[creditofoto]
arquiteta.
OSCAR NIEMEYER
15/12/1907, Rio de Janeiro
Em 1950 projetou o
parque do Ibirapuera
e o Edifício Copan,
cartões-postais da
cidade de São Paulo.
mas também nos Estados Unidos, França,
Alemanha, Argélia, Itália e Israel, entre outros
países.
Apesar de sua preocupação com a
funcionalidade das obras que criou, sua
atenção à estética é mais que evidente. A
maioria dos arquitetos reconhece nele um
desenhista extraordinário. Além disso, em
geral se associou a grandes artistas plásticos
para completar suas construções: Cândido
Portinari, Bruno Giorgi, Alfredo Ceschiatti,
Burle Marx e Tomie Othake.
Niemeyer matriculou-se na Escola Nacional
de Belas Artes do Rio de Janeiro em 1929.
Obteve o diploma de engenheiro arquiteto
em 1934. Dois anos depois, já trabalhava
no escritório de Lúcio Costa, integrando a
equipe que projetou o prédio do Ministério da
Educação, um marco da arquitetura brasileira.
Le Corbusier e Juscelino
Através de Lúcio Costa, conheceu o arquiteto
franco-suíço Le Courbusier, que foi uma
influência definitiva na sua vida e com quem
teria oportunidade de colaborar. Também com
Lúcio Costa, viajou para Nova York em 1939
para projetar o Pavilhão do Brasil na Feira
Mundial que acontecia naquela cidade.
O ano seguinte reuniu Niemeyer ao político
Juscelino Kubitschek, então prefeito de Belo
Horizonte, que o convidou para projetar o
Conjunto da Pampulha - obra que o arquiteto
até hoje considera uma de suas favoritas.
Niemeyer ingressou no Partido Comunista
Brasileiro em 1945 e essa opção política veio
a lhe criar diversos problemas. Em 1946, foi
convidado a dar um curso na Universidade
de Yale nos Estados Unidos, mas não pôde
entrar no país. No entanto, no ano seguinte,
ganhou por unanimidade o concurso para
a construção da sede da Organização das
Nações Unidas em Nova York e obteve o visto
de entrada para desenvolver seu projeto.
No início da década de 1950 projetou o
parque do Ibirapuera e o Edifício Copan,
que se tornariam cartões-postais da cidade
de São Paulo. Também viajou pela primeira
vez à Europa, participando do projeto para a
reconstrução de Berlim.
O Brasil conquistou seu lugar Em
na1950
história
Um monumento no planalto Central
projetouda
o parque do Ibirapuera
e
o
Edifício
Copan,
cartões-postais
da
arquitetura mundial graças a Oscar Niemeyer
Juscelino
Kubitschek assumiu a Presidência
cidade de São Paulo
Ribeiro Soares Filho, cujas obras - prédiosda República em 1º. de janeiro de 1956.
esculturas - estão presentes não só no Brasil,
Entre outros projetos, pretendia construir uma
nova capital no planalto Central do país e
encarregou Niemeyer de organizar o concurso
para a escolha do plano-piloto de Brasília,
vencido por Lúcio Costa.
Em poucos meses, Oscar Niemeyer projetou
o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto,
o Congresso Nacional, a Catedral, os prédios
dos Ministérios, além de edifícios residenciais
e comerciais da nova capital, inaugurada em
21 de abril de 1960, embora as festividades
tivessem começado na véspera.
No início dos anos 60, foi nomeado
coordenador da Escola de Arquitetura
da recém-fundada UnB (Universidade de
Brasília), que tinha como reitor o antropólogo
Darcy Ribeiro. Em 1964, foi surpreendido
em Israel pela notícia do golpe militar de 31
de março no Brasil. Ao retornar ao país, em
novembro, foi chamado a depor no famigerado
DOPS - Departamento de Ordem Política e
Social, um dos principais órgãos de repressão
política da ditadura militar.
Exílio e abertura
Em 1965, juntamente com outros 200
professores, Niemeyer deixou a UnB em
protesto contra a nova política universitária
do governo. Praticamente impedido de
trabalhar no Brasil, o arquiteto transferiu-se
para Paris, onde projetou a sede do Partido
Comunista Francês. Além de projetos na Itália
(sede da Editora Mondadori) e na Argélia
(Universidade de Constantine, Mesquita de
Argel), acompanhou exposição sobre sua obra
na Europa.
No início da década de 1980, com o
abrandamento ou distensão política da
ditadura militar, a chamada “abertura lenta,
segura e gradual”, Oscar Niemeyer voltou ao
Brasil. Em 1980 mesmo, projetou o Memorial
Juscelino Kubitschek em Brasília. Quatro anos
depois, sob o governo de Leonel Brizola, no
Rio de Janeiro, projetou o Sambódromo. Em
1987, o Memorial da América Latina em São
Paulo.
Sua produtividade é impressionante: em 1991
projetou o Museu de Arte Contemporânea
de Niterói e ao longo dos dez anos finais
do século 20 criou várias outras obras
importantes. Não interrompeu seu trabalho
nos primeiros oito anos do século 21,
desenvolvendo projetos no Brasil, em Oslo
(Noruega), em Moscou e em Londres.
Mantém-se produtivo e lúcido.
O lado humano
No plano pessoal, casou-se com Annita
Baldo, em 1928, com quem teve somente
uma filha Anna Maria Niemeyer. Niemeyer
tem cinco netos, treze bisnetos e quatro
trinetos. Segundo depoimento do arquiteto,
foi o casamento que o fez compreender
a responsabilidade e o direcionou para o
trabalho com seriedade.
Não se pode concluir uma biografia sua
sem destacar seu caráter e generosidade:
foi um homem corajoso que não hesitou em
desprezar honrarias em prol de suas ideias,
tendo se desligado da Academia Americana
de Artes e Ciências em protesto contra a
guerra do Vietnã. Além disso, fez diversos
projetos gratuitamente, em benefício das
causas que inspiravam sua construção.
Também colaborou na manutenção do líder
comunista Luís Carlos Prestes, que não
dispunha de renda própria na velhice. Vale
lembrar que ambos se desligaram do Partido
Comunista Brasileiro em 1990, por discordar
dos rumos que a agremiação tomava.
http://educacao.uol.com.br/biografias/oscar-niemeyer.
jhtm
Outras informações: http://www.niemeyer.org.br/
http://www.infoescola.com/biografias/lucio-costa/
12
Língua Portuguesa Sociologia, Antropologia e
Política - Filosofia
Um país que mistura Edith Piaf com Jean Paul
Sartre é o orgulho do ser humano na terra”.
(Cabelo)
“Um país que mistura Xangô com Cristo,
um país que mistura preto com branco está
automaticamente salvo.” (Marina)
Divida a turma em dois grupos e solicite que
cada grupo interprete uma dessas afirmativas.
Edith Piaf
Édith Giovanna
Gassion, (Paris, 19
de dezembro de
1915 — Plascassier, 11 de outubro de 1963,
ou simplesmente, Édith Piaf foi uma cantora
francesa de música de salão e variedades,
mas foi reconhecida internacionalmente pelo
seu talento no estilo francês da chanson).
O seu canto expressava claramente sua
trágica história de vida. Entre seus maiores
sucessos estão “La vie en rose” (1946),
“Hymne à l’amour” (1949), “Milord” (1959),
“Non, je ne regrette rien” (1960). Participou
de peças teatrais e filmes. Em junho de 2007
foi lançado um filme biográfico sobre ela,
chegando ao cinemas brasileiros em agosto
do mesmo ano com o título “Piaf – Um Hino
Ao Amor” (originalmente “La Môme”, em inglês
“La Vie En Rose”), direção de Olivier Dahan.
Édith Piaf está sepultada na mais célebre
necrópole parisiense, o cemitério do PèreLachaise. Seu funeral foi acompanhado por
uma multidão poucas vezes vista na capital
francesa. Hoje, o seu túmulo é um dos mais
visitados por turistas do mundo inteiro.
Sartre
Jean-Paul Charles Aymard
Sartre (Paris, 21 de Junho
de 1905 — Paris, 15 de
Abril de 1980) foi um
filósofo, escritor e crítico
francês, conhecido como representante do
existencialismo. Acreditava que os intelectuais
têm de desempenhar um papel ativo na
sociedade. Era um artista militante, e apoiou
causas políticas de esquerda com a sua vida
e a sua obra.
Repeliu as distinções e as funções oficiais
e, por estes motivos, se recusou a receber o
Nobel de Literatura de 1964. Sua filosofia dizia
que no caso humano (e só no caso humano) a
existência precede a essência, pois o homem
primeiro existe, depois se define, enquanto
todas as outras coisas são o que são, sem
se definir, e por isso sem ter uma “essência”
posterior à existência.
Xangô
Xangô, Shango ou
Sango, é Orixá, de
origem Yorubá. Seu
mito conta que foi
Rei da cidade de Oyo, identificado no jogo do
merindilogun pelos odu obará, ejilaxebora e
representado materialmente e imaterial pelo
candomblé, através do assentamento sagrado
denominado igba xango.
Xangô foi o quarto rei lendário de Oyo
(Nigéria, África), tornado Orixá de caráter
violento e vingativo, cuja manifestação são
o fogo, o Sol, os Raios, as Tempestades e
os trovões. Filho de Oranian, teve várias
esposas sendo as mais conhecidas: Oyá,
Oxum e Obá. Xangô é viril e justiceiro; castiga
os mentirosos, os ladrões e os malfeitores.
Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois
gumes. Xangô é o Orixá do Poder, ele é a
representação máxima do poder de Olorun.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Xang%C3%B4
Jesus
Jesus (8-4? a.C. – 29-36?
d.C.), também chamado
de Jesus de Nazaré, é a
figura central do cristianismo. Para a maioria
dos cristãos Jesus é Cristo, a encarnação
de Deus e o “Filho de Deus”, que teria sido
enviado ao mundo para salvar a humanidade.
Acreditam que foi crucificado, morto e
sepultado, desceu à mansão dos mortos (Mas
muitos estudiosos acreditam que depois de
morto, Jesus foi ao paraíso, pois foi o que
Ele disse em Lucas 23: 43 e ressuscitou no
terceiro dia (na Páscoa)). Para os adeptos do
islamismo, Jesus é conhecido no idioma árabe
como Isa (‫ىسيع‬, transl. Īsā), Ibn Maryam
(“Jesus, filho de Maria”). Os muçulmanos
tratam-no como um grande profeta e
aguardam seu retorno antes do Juízo Final.
Alguns segmentos do judaísmo o consideram
um profeta, outros um apóstata. Os quatro
evangelhos canônicos são a principal fonte
de informação sobre Jesus.Embora tenha
pregado apenas em regiões próximas de onde
nasceu, a província romana da Judeia, sua
influência difundiu-se enormemente ao longo
dos séculos após a sua morte, ajudando a
delinear o rumo da civilização ocidental.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus
13
Língua Portuguesa Sociologia, Antropologia e
Política
“O povo é burro”.(Encrenca)
“O povo é vítima”. (Léo)
Analise essas duas afirmativas sob a ótica
das questões políticas atuais, discutindo e
questionando o que se pode concluir a partir
delas:
• O que é o povo? O povo somos nós?
• Até que ponto o povo é responsável ou
sofre as consequências da corrupção e
incompetência dos homens públicos?
• O povo é manipulado ou manipulador?
• O povo tem meios de mudar a realidade?
14
Língua Portuguesa Sociologia, Antropologia e
Política
Aproveitando dois momentos distintos do
filme: um em que se exalta o que é chique e o
outro, em que cada um é convidado a mostrar
seu lado brega, proponha que estabeleçam os
conceitos de brega e de chique. Depois realize
um sorteio em que as pessoas podem receber
uma das alternativas. Realize uma festa onde
eles deverão comparecer caracterizados de
acordo com a opção sorteada.
Definições:
brega - Que tem gosto duvidoso ou de mau
gosto; cafona. sf
chique - Bonito, catita, elegante, sécio. 2
Apurado, de bom gosto. sm.
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.
php?lingua=portugues-portugues&palavra=chique
15
Arte - Língua Portuguesa
– História - Sociologia,
Antropologia e Política
Há um simbolismo em cada personagem.
A partir do exercício de “observações rasas
sobre a ditadura”, proposto por Léo, que
personagem a representaria?Quais as cenas
onde é feita esta analogia?
- A ditadura é uma senhora que tem certeza
absoluta.
- A ditadura acha que protege e na verdade
ela tortura.
- Ditadura não tem a ver com sexo, tem a ver
com estupro.
- Os seres selvagens não são ditadores,
são selvagens. Os seres pacíficos não só
ditadores, são felizes, a não ser quando
encontram a ditadura.
- A ditadura teme ser abandonada por quem
ela protege e por quem ela tortura. Na maioria
às vezes é a mesma pessoa.
- A ditadura tem medo da alegria
- A ditadura não é rainha. A realeza serve ao
povo e a ditadura domina o povo.
- A ditadura pode parecer correta em
momentos de perigo, mas é um perigo se
achar isso.
16
Arte
As cenas se passam num galpão onde um
grupo de teatro amador realiza exercícios de
laboratório. Pergunte se desejam reproduzir
o exercício em que Léo propõe que cada um
expresse com o corpo como está se sentindo
no momento.
17
Arte - História - Sociologia,
Antropologia e Política
Em uma cena do filme, Léo diz ao amigo
Cabelo: “Quando você estiver triste, a gente
vai fazer teatro, quando você estiver feliz, a
gente vai fazer teatro e quando você estiver
arrasado, a gente vai fazer teatro”. Comente
a respeito da importância do teatro para
extravasar emoções e sentimentos. Pergunte
se alguém já participou de uma montagem
teatral e se gostariam de formar um grupo
teatral e encenar uma peça. Ilustre com as
funções do teatro e cite alguns grupos que
começaram como os do filme e hoje tem seu
nome consolidado e reconhecido.
Para que serve o teatro?
O Teatro é em primeiro lugar um jogo.
Antes de ser clássico ou moderno, poético
ou político, catártico ou crítico, o Teatro é
uma forma de vida onde o que está em jogo
é justamente a possibilidade de jogar a
existência. O Teatro é, de todas as artes, a
mais próxima da Vida porque ele é o Jogo dos
Homens.
Podemos desde logo afirmar que o Teatro
sempre existiu porque vive em cada um de
nós, seres essencialmente teatrais. O Teatro
ou o instinto teatral parece pois corresponder
a uma necessidade universal do homem que
é a necessidade de transfiguração. Segundo
Aristóteles, desde a infância, os homens têm
inscrito na sua natureza, simultaneamente
uma tendência para representar e uma
tendência para ter prazer em assistir às
representações teatrais. Porque o Teatro,
mesmo sob as suas formas estéticas mais
complexas, continua a ser um Jogo. Podemos
traçar um percurso que vai do desejo de teatro
mais infantil até às portas da profissão e não,
como vulgarmente se afirma, um percurso do
jogo ao teatro.
O Teatro existe pela necessidade dos
Homens brincarem. Hoje mais do que nunca.
Porque “hoje, os deuses morreram, estamos
sozinhos, o mito esvaziou-se, a tragédia
abandonou a cena da cidade grega e foi
habitar para o nosso inconsciente. (...) Ficounos a nevrose para nos preservar dela, restanos o Teatro.” (Pierre Bugard)
http://visoesdomundo.no.sapo.pt/para_que_serve.htm
Grupos teatrais:
Nós do Morro
O Nós do Morro foi fundado em 1986, com
o objetivo de criar acesso à arte e à cultura
para as crianças, jovens e adultos do Morro
do Vidigal. Hoje, o projeto se consolidou e
oferece cursos de formação nas áreas de
teatro (atores e técnicos) e cinema (roteiristas,
diretores e técnicos), abrindo e ampliando os
horizontes para um sem-número de crianças,
jovens e adultos moradores, ou não, do
Vidigal.
http://www.nosdomorro.com.br/index.php?option=com_
content&view=category&layout=blog&id=3&Itemid=4
Grupo TAPA
Teatro Amador Produções Artísticas (TAPA)
é um grupo estável de teatro liderado pelo
diretor Eduardo Tolentino , fundado em 1979,
no Rio de Janeiro.
Consagrado por adaptações de textos
clássicos, com grande rigor técnico e calcadas
na pesquisa dramatúrgica, o grupo Tapa
encenou o espetáculo “Alguns Blues do
Tennessee”. As apresentações aconteceram
no Viga Espaço Cênico em São Paulo.
http://guia.folha.uol.com.br/teatro/
ult10053u918308.shtml
Folias D’Arte
O grupo, que surgiu em 1997, instalou-se
num Galpão no bairro Santa Cecília, local
onde busca dialogar com a sociedade. No
currículo, o Folias conta com cerca de 43
prêmios. Atualmente, a equipe do galpão
é composta de aproximadamente 60
profissionais. O nome do grupo foi escolhido
a partir do primeiro espetáculo montado por
eles, “Folias Fellinianas”, uma obra sobre o
universo do diretor italiano. Em 1999, o grupo
Folias D’Arte se destacou no Movimento Arte
Contra a Barbárie, na ocasião, o galpão do
Folias sediou alguns fóruns e discussões que
culminaram na criação da Lei de Fomento ao
Teatro.
http://www.cooperativadeteatro.com.br/2010/?p=7134
Grupo Galpão
O Grupo Galpão é uma das companhias
mais importantes do cenário teatral brasileiro.
Criado em 1982, o grupo desenvolve um
teatro que alia rigor, pesquisa, busca de
linguagem, com montagem de peças que
possuem grande poder de comunicação com
o público.
Ao longo de sua trajetória, o Grupo participou
de mais 40 festivais internacionais (na Europa,
América latina, Estados Unidos e Canadá) e
cerca de 70 nacionais, em todas as regiões
do país, sendo o único grupo brasileiro a se
apresentar no “Globe Theather”, em Londres.
O Grupo acumula ainda mais de 100 prêmios
brasileiros.
http://www.grupogalpao.com.br/port/ogrupo/
18
Biologia – Matemática Sociologia, Antropologia e
Política
“Quando o homem se controla a mulher
não engravida”. O diálogo entre Brook e
Cachorrinha, que posteriormente engravida,
ilustra uma situação que reflete a ignorância
em relação aos métodos anticoncepcionais.
Proponha uma pesquisa a respeito dos
mesmos com destaque ao grau de eficiência
dos mesmos. Posteriormente os dados devem
ser reunidos em um gráfico.
19
Língua Portuguesa Sociologia, Antropologia e
Política
Cabelo sofria por ter sua homossexualidade
incompreendida. A homofobia era mais
acentuada nos anos 70, mas permanece de
forma muito agressiva até os dias de hoje.
Peça que pesquisem nos sites de jornais,
TVs e revistas os fatos relacionados ao tema,
acontecidos na última semana.
20
Relembre a cena em que o grupo faz uma
serenata ao professor a partir da afirmativa
do filme: “Puxar saco do professor não é
pecado”. Distribua a letra da música e peça
que a interpretem.
Serenata ao Professor
Oswaldo Montenegro
Acorda, meu querido grande mestre, meu
amigo
Quero lhe mostrar o quanto e não consigo
Quanta gratidão a gente traz no coração por ti
Juro que acredito em tudo o quanto me
contaste
Que a gramática nos servirá na vida
Que a princesa Isabel amava o crioléu daqui
Sabe, meu querido grande mestre, eu acredito
Que o Cabral bateu aqui pelo destino
Cantarei o nosso hino, cada vez que eu for
dormir
Sabe, reconheço o teu salário é uma desgraça
Mas na vida, o senhor sabe, tudo passa
Se isso é uma lei da vida
Por que não nos passar também?

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