Tromboembolismo Pulmonar

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Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo Pulmonar
Fernanda Queiroz
EMBOLIA PULMONAR
DEFINIÇÃO: É a obstrução de vasos da circulação arterial pulmonar
causada pela impactação de particulas cujo diâmetro seja maior do
que o do vaso acometido. Pode ser causada por:
-Bolha de gás
-corpos estranhos
-gotículas de gordura
-células neoplásicas
-tromboembolismo venoso
Tromboembolia Pulmonar
•
Todo o sangue do corpo passa pelos pulmões
Impede que êmbolos oriundos do sistema nervoso
atinjam a circulação sistêmica
• Seu espectro de manifestação clínica é extremamente variável, na
dependência da magnitude da carga embólica e da função
cardiorrespiratória basal do individuo.
Difícil diagnóstico
Epidemiologia
• TVP/TEP é a 3ª doença cardiovascular mais comum.
• TVP é 3x mais frequente que o TEP
• Cerca de 2/3 dos casos em que TEP foi a causa de morte não
receberam o diagnóstico in vivo
baixa sensibilidade
• 2/3 dos casos com suspeita diagnostica de TEP in vivo não
apresentavam TEP na necrópsia
baixa especificidade
Etiologia
• Mais de 90% dos êmbolos pulmonares se originam de trombos em
veias profundas dos membros inferiores
•
Estase
Tríade de Virchow Lesão Vascular
Hipercoagulubilidade
Hereditária
Adquirida
Etiologia
• Fatores de risco:
-TVP prévio
-Idade
-Obesidade
-Tabagismo
-Trauma
-Cirurgia
-Imobilização
-Câncer
-Gravidez, uso de ACO e terapia de reposição hormonal
-Vida sedentária
Fisiopatologia
Embolização
Instalação na circulação pulmonar
espaço morto
hipoperfusão distal
Estimulação dos receptores J
Produção de mediadores
inflamatórios
Taquidispnéia
Hipoxemia
Indução de broncoespasmo
ventilação
Produção de surfactante
Atelectasia
• Consequências TEP:
-Hipertensão pulmonar aguda
obstrução mecânica
vasoespasmo
hipoxemia
Dilatação do VD
BNP
pós-carga
débito VD
isquemia miocárdica
débito VE
Hipotensão
Choque
Troponina
-Hemorragia
-Infarto pulmonar
5 a 7%
Circulação dupla!
Manifestações Clínicas
• Apenas 47% apresenta clínica de TVP dor
edema e eritema
palpação de cordão venoso
• Principal sintoma: dispneia súbita inexplicada
• Raramente se apresenta com colapso circulatório
• TEP maciço PAS <90mmHg
queda na PAS basal >40mmHg por mais de 15min
PA normal
• TEP moderado a grande Dilatação e hipocinesia do VD
• TEP pequeno a moderado PA normal
sem disfunção do VD
Diagnóstico
Escore de Wells
Moderada/Alta: >0
Baixa : ≤ 0
Alta: >4
Não-alta: <4
Exames Complementares
• Raio X:
-Achados mais comuns
Cardiomegalia
Atelectasia
Derrame pleural
Inespecíficos
Westermark
-Achados específicos: Pouco comuns Corcova de Hampton
Palla
Exames Complementares
• ECG:
-Descartar infarto
-Principais achados: sobrecarga de VD e taquicardia sinusal
-Síndrome S1Q3T3
pouco sensível
• Gasometria:
-Hipoxemia e Hipocapnia
achado inespecífico e nem sempre
presente.
•Ecocardiograma:
dilatação
-Disfunção do VD
hipocinesia
Sinal de McConnell
• Marcadores bioquímicos:
-Troponina e BNP
Estratificação de risco
-D-dímero
Elevado valor preditivo negativo
Alto na sepse, pós-operatório, ICC
Exames Específicos
• Duplex-Scan:
-melhor exame para identificação de TVP
-Principal critério para obstrução venosa: perda da compressibilidade
vascular
-Visualização direta do trombo: hipoecoico e homogeneo
Obs: Caso esteja normal, possibilidade de TEP não é excluída.
• Cintigrafia ventilação-perfusão:
-Existência de áreas mal-perfundidas, porém normalmente ventiladas é
um indicativo de doença vascular pulmonar
-Elevado valor preditivo negativo
-Presença de dois ou mais defeitos segmentares bem ventilados:
comprova presença de embolia. Entretanto, pode corresponder a
TEP prévio!
• Arteriografia pulmonar:
-Padrão ouro
-Cateterismo da artéria pulmonar com injeção direta de contraste
-Principal indicação: tratamento intervencionista endovascular
-CUIDADO: pacientes com cor pulmonale agudo!
Tratamento
• Anticoagulação:
-Reduz a taxa de mortalidade de 30% para 2-8%
-Medicações parenterais
orais
-Em caso de suspeita clínica: coagular empiricamente
-Pacientes hemodinamicamente estáveis: HBPM
-Pacientes hemodinamicamente instáveis: HNF
• Trombolíticos:
-Reduzem a quantidade de trombos formados
-Só podem ser administrados após confirmação do diagnóstico
-Heparina deve ser suspensa até o fim da infusão do trombolítico
• Filtro da veia cava:
-Impossibilidade de terapia anticoagulante
-Falha na anticoagulação
-Profilaxia em pacientes com alto risco
-Doença tromboembólica pulmonar crônica
Profilaxia
• Pacientes cirúrgicos: Deve ser iniciada logo antes ou logo após o
término de uma cirurgia de alto risco. Duração: extender a profilaxia
ao domicilio até 4 semanas;
• Pacientes clínicos: indicada para pacientes >40 anos que
apresentam pouca mobilidade por periodos maiores do que 3 dias
na presença de pelo menos um fator de risco para TVP.
Obrigada!

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