boletim nº 29 - Museu Histórico Nacional
Transcrição
boletim nº 29 - Museu Histórico Nacional
Boletim Informativo ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO MUSEU HISTÓRICO ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS FINANCIA PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ACERVO NACIONAL Ano VI – nº 29 - Abril 2008 Graças ao patrocínio integral da AAMHN, foi restaurada a monumental escultura em gesso do Imperador D. Pedro I, do renomado artista Rodolfo Bernardelli, hoje um dos pontos altos da exposição “Um Novo Mundo, Um Novo Império – A Corte Portuguesa no Brasil”. Foto: Helcio Peynado Para a mostra, a escultura ganhou movimentos labiais e piscar de olhos, num verdadeiro show de tecnologia e ao proclamar as célebres palavras ditas no Ipiranga - “Independência ou Morte. Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro fazer a liberdade do Brasil” – emociona os visitantes e arrebata palmas da platéia. A recuperação do D. Pedro I faz parte de um grande Os Presidentes das Repúblicas do Brasil projeto da AAMHN para restaurar todas as esculturas e de Portugal e respectivas esposas, em frente à escultura de D. Pedro I, de Rodolfo em gesso do Museu, iniciado com a escultura eqüestre Bernardelli. Foto: Roberto Alves Foto: Laudessi Torquato de D. Pedro II, de autoria do escultor Francisco Manoel Chaves Pinheiro, hoje exposta no hall de acesso ao circuito de exposições. Vários bustos de personagens históricos já foram também restaurados no âmbito desse projeto, estando em andamento, no momento, a recuperação da escultura eqüestre de Floriano Peixoto, também de Bernardelli. Outras três esculturas desse artista – Barão do Rio Branco, Barão de Mauá e Duque de Caxias também serão beneficiadas pelo projeto. MUSEU CELEBRA BICENTENÁRIO DA CHEGADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA AO BRASIL Desde a realização em 1999 do seminário internacional “D. João VI: Um Rei Aclamado na América”, o Museu Histórico Nacional empenha-se em trazer à luz novas pesquisas sobre a transferência da corte portuguesa para o Brasil e o papel histórico do primeiro monarca europeu a atravessar o Atlântico, assim como a articular e organizar eventos destinados a marcar o bicentenário desse relevante episódio, que representou efetivamente o início da formação da nação brasileira e a construção de um império na América. Ao longo de quase uma década, o MHN “D. João VI e D. Carlota Joaquina” - Retrato de Manuel Dias de Oliveira, o Brasiliense ou o Romano. Óleo sobre tela, século XIX. Coleção MHN. Foto: Paulo Scheuenstuhl foi palco de eventos, seminários, debates e encontros em torno do tema, que culminaram na realização da exposição “Um Novo Mundo, Um Novo Império: A Corte Portuguesa no Brasil”, viabilizada graças ao patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian e ao apoio da AAMHN, do Banco BBM e da TAP. Com a presença dos excelentíssimos Presidentes das Repúblicas do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, acompanhados das respectivas esposas, a exposição foi inaugurada no dia 7 de março, continua pag. 02 MUSEU CELEBRA BICENTENÁRIO DA CHEGADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA AO BRASIL Trono Foto: Hélcio Peynado Presidente Aníbal Cavaco Silva oblitera Selo Comemorativo ao lado do Presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Carlos Henrique Custódio. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva quebra o cunho da Medalha Comemorativa, ao lado do Presidente da Casa da Moeda do Brasil, José dos Santos Barbosa Os presidente receberam de presente soldadinhos de chumbo da série “A Brava Gente - Miniaturas Históricas”, produzida com apoio da AAMHN. Fotos dos presidentes: Luís Filipe Catarino às 18h, na mesma data e horário em que há duzentos anos, ainda à bordo da Nau Príncipe Real, recém chegada à Baía da Guanabara, o então Príncipe Regente D. João recebia convidados importantes para a cerimônia do beija-mão. Simbolicamente, o evento do MHN marcou a abertura das comemorações oficiais do governo federal em torno do bicentenário da chegada da família real portuguesa ao Brasil. Ainda no dia 7 de março foi lançada pelo Clube da Medalha/ Casa da Moeda do Brasil a Medalha Comemorativa dos 200 anos da chegada de D. João ao Brasil e obliterado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos o selo alusivo à efeméride. Detalhe: tanto a medalha como o selo foram desenvolvidos em conjunto por Brasil e Portugal. Com o apoio da Diretoria de Assuntos Culturais do Exército Brasileiro, um destacamento de soldados em indumentária histórica e banda militar em muito abrilhantaram a cerimônia de abertura das comemorações. Na véspera da inauguração, dia 6 de março, foi realizada no Auditório do Museu mesa redonda sobre o tema, com os historiadores 2 Boletim Informativo Arno Wehling, Presidente do IHGB, e Jorge Couto, Diretor da Biblioteca de Lisboa. É especialmente interessante ressaltar que o conjunto arquitetônico no qual está abrigado o MHN já existia quando a Corte se estabeleceu na cidade do Rio de Janeiro e fez parte dos acontecimentos de então. Esse conjunto de origem militar, que incluía o Arsenal de Guerra e a Casa do Trem, tinha funções restritas no Brasil colônia, uma vez em que a fabricação de armas era proibida até 1808. Com a chegada da corte portuguesa, o Arsenal passou a ter uma organização semelhante ao de Lisboa, sendo então denominado de Arsenal Real do Exército e estando apto a produzir munição para as tropas reais. Já na Casa do Trem foi instalada em 1811 a Academia Militar, a primeira instituição brasileira de ensino superior, origem da primeira escola de engenharia do país. Paralelamente à exposição, foi desenvolvido um projeto educativo com material didático e treinamento específicos para os professores e caderno de atividades para os estudantes. Só nos primeiros 17 dias visitaram a exposição cerca de 12.000 alunos e 411 professores das redes pública e privada participaram do treinamento. Foi editado, ainda, catálogo da exposição, compreendendo 190 páginas, com artigos de historiadores portugueses e brasileiros, textos da exposição e fotografias a cores das peças apresentadas. A publicação está disponível na loja do Museu. No hall de acesso à exposição, o visitante pode ver, ainda, dois figurinos utilizados pelas Escolas de Samba GRES Imperatriz Leopoldinense e GRES Mocidade Independente de Padre Miguel no Carnaval de 2008, quando escolas dos Grupos de Acesso e do Grupo Especial homenagearam, de maneira alegre como deve acontecer nessa festa popular, os duzentos anos da vinda, para o Brasil, da Família Real portuguesa. Devido ao empenho do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e ao patrocínio do BNDES, a exposição terá uma versão itinerante, em forma de cartazes informativos, que serão distribuídos a cerca de mil instituições e escolas em todo o país. A mostra itinerante será inaugurada na sede do BNDES no dia 18 de junho. EXPOSIÇÃO “UM NOVO MUNDO, UM NOVO IMPÉRIO – A CORTE PORTUGUESA NO BRASIL” Abrigada em belas galerias totalizando mil metros quadrados e reunindo 247 peças, entre objetos e documentos, muitos dos quais inéditos ao público e com recursos cênicos que a tornam extremamente interessante, a exposição está dividida em núcleos e auxilia o público na compreensão do contexto político, social, econômico e cultural que cercou D. João VI. O núcleo inicial aborda as conquistas de Napoleão na Europa, em especial na Península Ibérica, seguidas de biografias dos personagens envolvidos no conflito – Napoleão, Carlos IV, D. Maria I e Jorge III. Através de acervo iconográfico cedido por instituições portuguesas, são mostrados aspectos da cidade de Lisboa por ocasião do embarque, bem como retratos das infantas portuguesas que vieram para o Brasil. O núcleo seguinte aborda o embarque em Lisboa e as dificuldades enfrentadas ao longo de 54 dias de travessia do Atlântico. A chegada à Bahia, em 22 de janeiro de 1808, está representada pela monumental tela de Cândido Portinari, “Chegada de D. João VI a Salvador”, gentilmente cedida pelo Banco BBM e Associação Comercial da Bahia e pela primeira vez apresentada no Rio de Janeiro. Um importante conjunto documental, pertencente ao Arquivo Nacional, revela o processo da “Abertura dos Portos às Nações Amigas”, uma das primeiras providências tomadas por D. João ao chegar à Bahia, marco inicial do desenvolvimento do comércio. O Rio de Janeiro encontrado pela família real e as transformações ocorridas na cidade a partir da chegada da corte são abordados em outro núcleo. Instituições portuguesas, como o Arquivo Real, a Real Biblioteca e o Erário, foram recriadas no Brasil para permitir o funcionamento do Estado português em solo americano. O livre comércio, o estabelecimento de indústrias, a introdução de novos hábitos culturais e a criação de importantes instituições, tais como a Imprensa Régia, a Real Junta do Comércio e as Academias científicas, modificaram definitivamente o perfil colonial do país e introduziram no cenário nacional novas forças sociais que produziram imagens simbólicas e definiram o poder monárquico no Novo Mundo. E foi a cidade do Rio de Janeiro que mais rapidamente sentiu essas modificações, com a redefinição do panorama urbano, a introdução de novos estilos arquitetônicos – sobretudo a partir da vinda da missão artística francesa de 1816 – e a mudança do comportamento da sociedade, Oleo sobre tela “Chegada de D. João VI a Salvador”, de Cândido Portinari, 1952. Coleção Banco BBM (em exposição na Associação Comercial da Bahia) Foto: Paulo Scheuenstuhl Cadeira acústica, desenvolvida na Inglaterra em 1819, especialmente para D. João VI, visando atender à sua deficiência auditiva. Coleção particular Foto: Paulo Cintra que passa a viver de maneira cosmopolita: entre saraus, festas e apresentações teatrais, efervescia a vida política, social e cultural. Integram esse núcleo instrumentos científicos contemporâneos a D. João VI; a cadeira acústica criada na Inglaterra especialmente para o monarca; a pintura a óleo contemporânea que reproduz com fidelidade a cena da chegada da frota real à baía da Guanabara e vários objetos de época – mobiliário, porcelanas, condecorações, etc – além de extensa iconografia do período. O penúltimo núcleo aborda os conflitos que se instalaram no Brasil e em Portugal a partir de 1817, até a decisão das Cortes portuguesas de exigirem o retorno de D. João VI em 1820, o que efetivamente ocorreu em 1821, após treze anos em terras brasileiras. Se, ao chegar ao Rio de Janeiro em 1808, D. João VI desembarcou numa provinciana cidade colonial, ao partir em 1821, deixou um Brasil bem diferente daquele encontrado, que se transformaria na sede do maior Império das Américas. ¨D. João VI veio criar e realmente fundou na América um império, pois merece bem assim ser classificado o de ter dado foros de nacionalidade a uma imensa colônia amorfa, para que o filho, porém, lhe desfrutasse a obra. Ele próprio regressava menos rei do que chegara, porquanto sua autoridade era agora contrariada sem pejo. Deixara, contudo, o Brasil maior do que o encontrara.¨, como bem ressaltou o historiador Oliveira Lima. Como conseqüência natural da vinda da corte portuguesa para sua colônia nos trópicos, a alusão à Proclamação da Independência do Brasil pelo Imperador D. Pedro I encerra a exposição, que estará aberta ao público até 8 de junho. Boletim Informativo 3 DARWIN NO RIO Fotos acima: Hélcio Peynado Representante oficial do Museu de História Natural de Nova York no Brasil, o Instituto Sangari trouxe ao Rio de Janeiro a exposição “Darwin: Descubra o Homem e a Teoria Revolucionária que Mudou o Mundo”, realizada no MHN de 23 de janeiro a 13 de abril, com grande sucesso de público. A exposição, dividida em oito módulos, retratou a trajetória de vida de Darwin, a expedição do HMS Beagle, a descoberta de espécimes e o desenvolvimento da teoria da evolução por seleção natural. Animais vivos e plantas conectaram os visitantes à surpreendente diversidade encontrada e estudada pelo naturalista. Na área dedicada à viagem feita a bordo do Beagle foi criada uma cenografia da Mata Atlântica, bioma que foi de grande importância para o naturalista. O diário de Darwin com anotações sobre sua passagem pelo Rio de Janeiro foi uma das atrações da mostra, levando os visitantes a conhecerem a cidade de 175 anos atrás, através dos olhos de um dos mais famosos cientistas do mundo, responsável pela transformação da percepção sobre a origem e a natureza das espécies. Governador Sérgio Cabral Filho na mostra. Foto: Roberto Alves A partir de julho de 2008, a exposição passará por outras capitais como Brasília, Goiânia, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte. Mais informações sobre a exposição: http://www.darwinbrasil.com.br GEMAS E JÓIAS Broche de Rita Ruivo inspirado no quadro de D. Maria I, de José Leandro de Carvalho, pertencente à coleção do MHN. Foto: Paulo Scheuenstuhl 4 Ainda no âmbito das comemorações do bicentenário da chegada da família real portuguesa, foram inauguradas no dia 14 de março as exposições “Jóias Reais – Joalheria Contemporânea Luso-Brasileira” e “As Gemas de Ontem e de Hoje”, que estarão abertas ao público até 14 de maio. O MHN, o Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro e a Associação dos Joalheiros e Relojoeiros do Rio de Janeiro uniram-se para desenvolver um projeto cultural Boletim Informativo e artístico que revelasse na produção contemporânea as raízes comuns do Brasil e de Portugal. Inspirados em acervos dos séculos XVIII e XIX existentes em importantes museus brasileiros e portugueses, 48 artistas (24 de cada país) criaram, sempre trabalhando em duplas de nacionalidades diferentes, jóias que demonstram a criatividade, a sofisticação e o alto nível da joalheria em ambos os países. A exposição tem o apoio do Curso de Joalheria do Centro de Design do Senac Rio de Janeiro e curadoria de Cristina Filipe e Lúcia Abdenur. Com curadoria de Rui Galopim de Carvalho, os 200 anos de história das gemas brasileiras na joalheria são tema de outra exposição simultânea. Ambas as exposições serão apresentadas em outubro em Lisboa, no Palácio Nacional da Ajuda. ARTES MARCIAIS Para marcar as comemorações oficiais do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, estará aberta ao público de 11 de junho a 27 de julho a exposição “O Espírito do Budô: A História das Artes Marciais do Japão”, reunindo reúne cerca de 87 peças japonesas relacionadas à história das artes marciais do Japão. Integrarão a exposição espadas antigas, indumentárias completas utilizadas nas diversas artes marciais tradicionais, como o kendô (baseado na filosofia dos antigos guerreiros japoneses samurais), capacetes de diversos estilos, armaduras completas utilizadas pelos antigos guerreiros, utensílios de lutas e outros objetos afins. O Rio de Janeiro será a única cidade brasileira a receber esta exposição diretamente do Japão, conferindo a mesma maior importância e caráter exclusivo. Em 2008 completa-se um século da chegada do “Kasato Maru”, o primeiro navio a trazer imigrantes japoneses ao porto de Santos, em 1908. Hoje vivem no Brasil em torno de um milhão e quatrocentos mil imigrantes japoneses e seus descendentes (sendo a maior colônia japonesa no exterior). Também há cerca de trezentos mil nipo-brasileiros trabalhando no Japão. A exposição será realizada pela Fundação Japão e Consulado Geral do Japão no Rio de Janeiro, com o apoio da Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira do Estado do Rio de Janeiro (RENMEI), do Instituto Cultural Brasil-Japão, da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Rio de Janeiro e da Associação Nikkei do Rio de Janeiro. Indumentária do Japão. Foto: Divulgação DOAÇÕES Em 2007, o MHN incorporou ao seu acervo 431 novas peças, graças à generosa doação das seguintes pessoas e instituições: Amsterdam Sauer Joalheiros, Ana Maria Mesquita, Ângela Cardoso Guedes, Ângela L. Barbosa, Armando Pereira, Banco Central do Brasil, Comitê Olímpico Brasileiro, Dercila Omena Gone, Ecyla Castanheira Brandão, Eliana Flora Sales, Elmo Monteiro, Elza Agapito da Veiga, Joana D’Arc da Silva, João Luís Pirassinunga, Lina Maria Flores Melo, Lúcia Carvalho Reis, Lúcia Maria G. Albrecht, Maria Cristina P. Coelho, Marisa Figueiredo P i n g e n t e d e o u r o c o m de Assis Pacheco, Nair de M. Carvalho, Norma o símbolo do PAN, doado pela Portugal, Paulo Barragat, René Grosman, Amsterdam Sauer. Roberto Naegeli, Rubens Bomtempo, Sérgio G de Lima e Sonia Epaminondas. A coleção de indumentária e acessórios foi acrescida de amostras de tecidos, roupas infantis, inclusive trajes de batizado e de primeira comunhão, roupas do século XIX e exemplares da década de 1990, dos estilistas Armani e Frank Amauri. Já a coleção de brinquedos foi contemplada com a incorporação de um microscópio/luneta dos anos 50 e de um autorama TCR, fabricado pela trol na década de 1970, além de um exemplar da Clarinha, a primeira boneca com síndrome de down feita no Brasil. O universo lúdico dos adultos foi ampliado com a entrada de carnês de baile do século XIX, jogos de dados, partituras musicais e figurinos da ópera Otelo. Uma máquina fotográfica ICA, de 1920, lentes de contato da década de 1940, um rádio Montreal fabricado no Brasil e uma TV Philips fabricada na zona franca de Manaus na década de 1980, uma agenda eletrônica, um rádio gravador cassete e um aspirador de pó da década de 1990 auxiliarão, ao lado de outros itens do gênero já existentes, a compreender a evolução tecnológica do último século. Objetos referentes aos Jogos Pan-Americanos 2007, realizados no Rio de Janeiro, também foram incorporados, entre os quais moeda comemorativa em prata e selos desse importante evento desportivo; uniformes oficiais e acessórios; brinquedos e jóia. A coleção referente a Gustavo Barroso, fundador e primeiro diretor do MHN, ganhou um exemplar da obra “Os Protocolos dos Sábios do Sião”, de 1936, e a reprodução de desenho de Sérgio G. de Lima feito a pedido do autor para a capa da obra “Mucuripe”, de 1959. A coleção de numismática conta agora com um exemplar da medalha comemorativa do centenário do 14 Bis de Santos Dumont e medalhas referentes à Força Expedicionária Brasileira/FEB, e a de armaria mais duas pistolas da década de 1930/40. Álbuns do Estado do Rio de Janeiro, entre os quais um referente à Exposição Nacional de 1908, e 47 fotografias do Rio de Janeiro já estão no Arquivo Histórico. Cerca de 80 itens, entre correspondências, fotos e outras peças, compõem a doação referente a Dídimo Agapito da Veiga Júnior, nascido em Nova Friburgo, RJ, em 1847, que, diplomado em Direito, foi o Presidente do Tribunal de Contas da União de 1895 a 1917. Mais dois pratos de porcelana, um do serviço oficial do Palácio do Catete e outro com a inscrição Deodoro, também já fazem parte do acervo do Museu. A todos os doadores, os nossos agradecimentos. Boletim Informativo 5 Lançamento Será lançado no dia 6 de maio, às 16h30m, o livro “ Um Olhar Contemporâneo Sobre a Preservação do Patrimônio Cultural Material” , reunindo artigos de pesquisadores convidados e de conferencistas que participaram do seminário internacional sobre o tema, realizado no MHN em outubro de 2007. Para marcar esse lançamento, será realizada no Auditório do Museu, às 14h30m, a Mesa Redonda “Pesquisa, Produção Científica e Divulgação em MUSEUS”, visando a análise e o debate sobre a pesquisa, a produção científica e a divulgação em universidades e em museus. Participam da mesa redonda os professores Charles Pessanha, professor adjunto da UFRJ e membro do Conselho Editorial da Editora da UFRJ, do Scielo Social Sciences e da revista Dados; Tânia Bessone, professora da UERJ e Marcus Granato, vice-coordenador do Programa de Pós Graduação em Museologia e Patrimônio da UNIRIO/ MAST e vice diretor do MAST, além da professora Vera Lúcia Bottrel Tostes, museóloga e diretora do Museu Histórico Nacional. Para a Mesa Redonda a entrada é franca, sem necessidade de inscrição. O livro poderá ser adquirido na Loja do Museu. BIBLIOTECA Com o patrocínio da Caix a Econômica Federal e apoio da AAMHN, todo o acervo da Biblioteca do MHN está sendo processado tecnicamente e i n fo r m a t i z a d o , a partir da aquisição de computadores e de software específico e da contrat ação de estagiários e profissionais de biblioteconomia. Mais de 26 mil obras já foram processadas e em breve as referências bibliográficas estarão disponíveis para consulta on line. Com o apoio da DocPro Bibliotecas Virtuais, está no ar a Biblioteca Virtual, disponibilizando ao público parte do acer vo do MHN: Anais do Museu, c o mp r e e n d e n d o o período de 1940 a 2006; publicação “ M o e d a s portuguesas da época do descobrimento – 1383 a 1583” e livros e periódicos sobre indumentária e moda, acompanhados por documentos iconográficos e fotografias de objetos tridimensionais. Patrocínio da Caixa Econômica Federal garante processamento técnico e informatização do acervo da Biblioteca do Museu. Fotos: Rômulo Fialdini O link pode ser acessado através do site www.museuhistoriconacional.com.br MÚSICA NO MUSEU Promovida pela Carpex Empreendimentos com o apoio da AAMHN, já foi iniciada no MHN a temporada 2008, reunindo em três concertos cerca de 400 pessoas em nosso Auditório. Na programação, o Duo Ernani Marones e Nicolau Lasetá; o trio Angela de Carvalho, Sérgio Lavor e Joabe Ferreira e o Quarteto Colonial, com Doriana Mendes, Talita Siqueira, Geilson Santos e Luiz Kleber Queiroz. Lembramos a todos os amigos que os concertos do Música no Museu são realizados toda a última sexta-feira do mês, às 12h30m, com entrada franca. 6 Boletim Informativo Em março, o Quarteto Colonial realizou concerto comemorativo aos 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil, apresentando a música de Padre José Maurício Nunes Garcia, muito apreciada por D. João VI. O CD do programa apresentado encontra-se disponível na Loja do Museu. Foto: Laudessi Torquato CURSOS NO MUSEU De 12 a 16 de maio, das 14h às 18h: “O Móvel no Brasil antes do movimento moderno” Profa. Norma Elizabeth Pereira Correa. Inscrição: R$ 150,00. Objetivo: estudar o mobiliário utilizado no Brasil antes do movimento moderno. Influências, procedências, estilos e características. A indústria e design de Thonet e sua influência no móvel brasileiro; O Móvel Beranger e a marcenaria pernambucana; As interpretações historicistas no mobiliário brasileiro: o neomanuelino, o neo-gótico, e outros revivails. Os Móveis produzidos por Carrera: a cama Patente e a difusão do mobiliário na casa brasileira. De 09 a 13 de junho, das 14h às 18h: “Escultura Religiosa no Brasil”. Profa. Myriam Ribeiro. Inscrição: R$ 150,00 Objetivo: fornecer uma visão panorâmica das imagens sacras produzidas no Brasil na época colonial, destacando as oficinas conventuais do século XVII e as escolas regionais do século XVIII. De 16 a 20 de junho, das 14h às 18h: “Preservação de Acervos Audiovisuais: Uma Abordagem Gerencial”. Profs.Adriana Cox Hollós, Carlos Augusto S. Ditadi, Hernani Hefferner, Marco Dreer e Solange Zuniga. Inscrição: R$ 150,00. Objetivo: promover o conhecimento sobre a preservação de acervos audiovisuais; estabelecer sua relação com os diversos recursos existentes para este fim e enfocar a identificação dos diferentes tipos de suportes e formatos audiovisuais, seus mecanismos de deterioração e estratégias eficazes para o gerenciamento de um programa de preservação, incluindo o contexto digital. Com o apoio da AAMHN, o MHN organizou dez cursos para 2008. Lembramos aos nossos associados que eles têm 20% de desconto no valor da inscrição. Conheça a programação: De 07 a 11 de julho, das 14h às 18h: “Preservação de Bens Culturais: O Patrimônio Edificado”. Profa. Cláudia S. Rodrigues de Carvalho. Inscrição: R$ 150,00. Objetivo: identificar as transformações por que passaram os princípios e conceitos da conservação e da restauração do patrimônio arquitetônico ao longo do tempo, contextualizando a experiência brasileira; e discutir novas abordagens e a preservação do patrimônio recente. De 14 a 18 de julho, das 14h às 17h: “O Azulejo: Sua Percepção como Herança Cultural Portuguesa”. Profa. Dora Alcântara. Inscrição:R$ 125,00 Objetivo: estudar o azulejo enquanto elemento definidor de nossa identidade cultural, herança portuguesa; reconhecer seu valor utilitário e artístico; identificar as coleções museológicas e as técnicas de restauração e observar as transformações ocorridas ao longo do tempo e as diferentes linguagens estilísticas. Técnica e Exposição”. Prof. Ivan Coelho de Sá. Inscrição: R$ 150,00 Objetivo: fornecer subsídios básicos, teóricos e práticos, de preservação de acervos sobre suporte papel em reserva técnica e exposição. De 11 a 15 de agosto, 14h às 17h: “Organização de Acervos Fotográficos”. Profa. Aline Lopes Lacerda . Inscrição: R$ 125,00. Objetivo: fornecer informações básicas sobre o tratamento técnico de organização de arquivos e coleções fotográficas, numa abordagem arquivística. De 18 a 22 de agosto, 14h às 17h: “Introdução à Conservação Fotográfica”. Profa. Sandra Baruki. Inscrição: R$ 125,00. Vagas limitadas: 25 pessoas. Objetivos: identificação d e p ro c e s s o s foto g r á f i c o s e conservação preventiva de acervos fotográficos. Aulas expositivas, com prática programada apenas sobre o tema identificação de processos fotográficos. De 21 a 25 de julho, das 14h às 18h: “A Moda: Da Chegada da Família Real ao Baile da Ilha Fiscal”. Profas. Gláucia Centeno, Irina Aragão e Vera Lima. Inscrição: R$ 150,00 Objetivos: Estudar as transformações na moda – indumentária, acessórios e joalheria – ocorridas no Rio de Janeiro a partir da chegada da Família Real em 1808, relacionandoas a aspectos sociais, culturais e políticos da época. De 08 a 12 de setembro, 14h às 17h: “Museu e Educação: Uma Abordagem para Além da Teoria”. Profas Cristina Carvalho e Marcelle Pereira. Inscrição: R$ 125,00. Objetivo: refletir sobre como os espaços museológicos e a educação podem, na interface do fazer museológico e do fazer pedagógico, contribuir para a construção de uma sociedade crítica e reflexiva que valorize, reconheça e preserve seu Patrimônio histórico e cultural. De 28 de julho a 01 de agosto, 14h às 18h: “Acondicionamento de Obra de Arte Sobre Papel: Reserva Mais informações pelos telefones 21-25509260 / 92436153 ou pelo e-mail [email protected] Boletim Informativo 7 NOSSA ASSOCIAÇÃO LOJA DO MUSEU Graças ao patrocínio da AAMHN, a loja do Museu já está funcionando próxima ao auditório, no Pátio da Minerva. O espaço foi inteiramente adequado, com a instalação de equipamentos, mobiliário e sinalização. Além Foto: Denize Pereira das publicações editadas pelo Museu e de produtos especialmente desenvolvidos para a Instituição, como os soldadinhos de chumbo “Brava Gente - Miniaturas Históricas”, a Loja está disponibilizando ao público uma série de outros interessantes objetos e livros. Mais informações pelo telefone 21-22408078. MEDALHA Foi realizada no dia 11 de dezembro de 2007 a solenidade de entrega da Medalha Henrique Sérgio Gregori aos agraciados daquele ano. Através dessa Medalha, instituída em 1990, a AAMHN homenageia, anualmente, empresas, instituições e representações estrangeiras no Rio de Janeiro, que apoiaram financeiramente projetos do MHN, além de pessoas que se distinguiram por sua relevante colaboração à Instituição. Foram homenageadas as seguintes pessoas: - Tenente Brigadeiro do Ar Octávio Júlio Moreira Lima, diretor do Instituto Histórico e Cultural da Aeronáutica, por apoiar a realização da programação de cursos do museu em 2007; -Sidney Falcão, diretor presidente da Rioluz, pela manutenção da iluminação do MHN e de seu entorno, fundamentais para a segurança do Museu e de seu acervo; -Samuel Kaufmann, pela colaboração para a implantação da Loja do Museu; -Maria Marques Linhares e Olavo Ramos Cabral, membros do Conselho Fiscal, pela dedicação às atividades da AAMHN; -Célia Goulart Simões, pela sua dedicação às atividades do MHN ao longo dos últimos 23 anos. CONSELHO DELIBERATIVO Presidente Roberto Paulo Cezar de Andrade Vice-Presidente João Sérgio Marinho Nunes Diretor Adjunto Samuel Kauffmann Diretora Executiva Heleny Pires de Castro Conselheiros Afonso Romano de Sant’ana Agenor Pinheiro Rodrigues Vale Alice Cezar de Andrade Vianna Antônio Gomes da Costa Antônio Luiz Porto e Albuquerque Antonio Fantinato Neto Carlos Botelho Martins Filho Dora Alcântara Ecyla Castanheira Brandão Elysio Medeiros Pires Filho Flavio Martins Rodrigues Iara Valdetaro Madeira João Hermes Pereira de Araújo Joaquim de Arruda Falcão Neto José Carlos Barbosa de Oliveira Jorge de Souza Hue Luis Eduardo Costa Carvalho Luís Roberto Nascimento Silva Magali de Oliveira Cabral dos Santos Márcio Fortes Márcio Moreira Alves Maria Elisabeth Banchi Alves Mauro Salles Salvador Monteiro Sonia Maria Tavares Ferreira Vera Alencar Vera Lucia Bottrel Tostes Solange Sampaio Godoy Roberto Lima Neto Conselho Fiscal José Antonio Ferreira Maria Linhares Pinto Martha Luiza Vieira Lopes Olavo Cabral Ramos Filho Síglia Mattos dos Reis Boletim Informativo Responsável: Heleny Pires de Castro Redação: Angela Cardoso Guedes Coordenação Gráfica: ASIL-Rio Tel/Fax:(21) 2278-3796 Diagramação: Helcio Peynado helciopeynado.carbonmade.com Impressão: Zit Gráfica e Editora Tel. (21) 2136-6969 Heleny Pires de Castro entrega a Medalha a Samuel Kaufmann/Mesa da AAMHN. Fotos: Roberto Alves PREZADOS ASSOCIADOS CNPJ: 3 2 .268.617/0001-89 Aguardamos sua visita. Venha e traga um novo amigo para participar da nossa AAMHN. E não se esqueça: sua anuidade é importante. Esteja em dia! Praça Marechal Âncora, s/nº CEP: 20021-200 - Centro - RJ Tel.: (21) 2550-9234 www.museuhistoriconacional.com.br [email protected] Home Page do Museu Histórico Nacional na Internet: www.museuhistoriconacional.com.br @ 8 Associação dos Amigos do Museu Histórico Nacional Boletim Informativo
Documentos relacionados
boletim nº 30 - Museu Histórico Nacional
agraciados de 2008. Instituída em 1990 pela AAMHN, a Medalha é concedida anualmente a empresas, instituições e pessoas que se distinguiram por sua relevante contribuição às atividades e projetos da...
Leia maisboletim nº 34 - Museu Histórico Nacional
itinerantes e apoio técnico a museus, empresas, instituições, escolas e até casas de custódia do Rio de Janeiro e de outras cidades. Site na Internet, publicações diversas, seminários internacionai...
Leia mais