Professores aprovam a chapa “Resistência: nenhum direito
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Professores aprovam a chapa “Resistência: nenhum direito
Boletim Informativo do Sindicato dos Professores do ABC www.sinpro -abc.org.br Novembro 2015, nº 395 [email protected] Professores aprovam a chapa “Resistência: nenhum direito trabalhista a menos” do SINPRO ABC C om 92% de aprovação, os professores referendaram a chapa única “Resistência: nenhum direito trabalhista a menos” à diretoria do SINPRO ABC (Sindicato dos Professores do ABC), filidado à FEPESP (Federação dos Professores do Estado de São Paulo), CONTEE, DIEESE e CUT. A apuração aconteceu no dia 30/10 na sede da CUT ABC, rua Senador Fláquer, 443 – Centro – Santo André. O SINPRO ABC tem como base os professores das escolas particulares de Santo André, São Bernardo e São Caetano do Sul, além dos docentes do SESI/SENAI/SENAC. Foram quatro dias de votação entre 26 e 29 de outubro com quatro urnas fixas - SINPRO ABC, Fundação Santo André, Fundação ABC (Medicina) e Metodista (Universidade e Colégio)- e outras 12 itinerantes. Neste período 40 pessoas, entre fiscais e mesários, estiveram em 156 escolas recebendo o voto dos professores. O trabalho foi realizado diariamente das 06h às 23h. De acordo com Edilene Arjoni Moda, membro da comissão elei- Israel Barbosa Os novos diretores são: toral, “apesar da intensa jornada de trabalho a votação aconteceu com tranquilidade em todas as unidades escolares percorridas pelos mesários”. Segundo Edilene, “a atividade foi bastante produtiva, pois a cate- goria votou, referendando o trabalho que o SINPRO ABC vem desenvolvendo junto aos professores”, afirmou. A nova diretoria do SINPRO ABC toma posse no dia 16/12/15. 1)Alex Silva Nogueira; 2) Alexandre Cevalhos Linares; 3) Aloisio Alves da Silva; 4) Carlos Ayrton Sodré; 5) Célia Regina Ferrari; 6) Cristiane Gandolfi; 7) Denise Filomena L. Marques; 8) Edélcio Plenas Gomes; 9) Edilene Arjoni Moda; 10) Elias José Balbino da Silva; 11) Gladston Alberto M. da Silva; 12) Helio Sales Rios; 13) Jorge Gonçalves de Oliveira Jr; 14) José Carlos Oliveira Costa; 15) José Jorge Maggio; 16) José Oliveira dos Santos; 17) Marcelo Buzetto; 18) Maria Aparecida de Donato; 19) Mariana de Melo Rocha; 20) Nelson Bertarello; 21) Nelson Valverde Dias; 22) Paulo Roberto Yamaçake; 23) Rafael Pereira Fieri; 24) Thiago Figueira Boim. FSA descumpre acordo e não paga salários atrasados Mesmo depois de ter prometido pagar os salários atrasados até 05/11, a reitoria da Fundação Santo André descumpriu o acordo feito com os (as) professores (as) da casa e com o SINPRO ABC. A decisão foi firmada num encontro ocorrido dia 06 de outubro, mas até agora o pagamento integral dos salários ainda não foi depositado. Os docentes também formaram uma comissão, em conjunto com a reitoria e o conselho administrativo que gere a Fundação, para participar do “Plano de reestruturação econômica” da FSA. O SINPRO ABC entrou com ação na justiça para que o salário seja pago integralmente e a FSA multada. A causa já foi ganha em primeira instância, no entanto ainda cabe recurso. O Professor 02 Novembro Azul Editorial Valores invertidos, educação ameaçada Diante de governos que optam por fechar escolas, economizar no ensino e rechaçar professores, temos que nos opor e reagir sim! Afinal, a educação é a base de uma sociedade justa e igualitária. Vimos nos últimos meses um verdadeiro massacre aos direitos dos alunos, professores e familiares com o fechamento de 94 escolas estaduais, proposto pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) sob o pretexto de reestruturar a educação em São Paulo. Já no sistema “S” que abriga o SESI/ SENAI, o presidente da entidade, Paulo Skaf, atuou com o mesmo propósito, ameaçando fechar turmas, acabar com o período integral e demitir professores, para cortar gastos. No Paraná, o governador Beto Richa (PSDB) investiu com violência brutal sobre professores que reivindicavam seus direitos trabalhistas, também sob o pretexto de economizar. É lamentável constatar que hoje a educação é vista, por alguns políticos, como gasto e não como investimento. Os valores estão invertidos! Essa política abre espaço para que grandes grupos educacionais se aproveitem da situação e ampliem sua rede de influência e de dominação da educação pública brasileira. Enquanto grandes grupos empresariais lucram com a educação e transmitem aos estudantes o ideal econômico neoliberal, tramita na Comissão de Educação da Câmara o Projeto de Lei 1.411/15, conhecido como Lei da Mordaça, que propõe punição e prisão aos professores que forem considerados culpados de suposto “assédio ideológico”, ou seja, o professor não pode mais conscientizar seu aluno e fazer com que ele pense a realidade, com o intuito de transformá-la. Mais uma vez, valores invertidos. Por trás desse discurso de corte de custos e readequação do ensino está o modelo tucano de pensar a educação, mercantilizando-a. A proposta é que a educação seja um produto e não um direito. Por isso o SINPRO ABC reforça, com a nova diretoria, o compromisso de continuar lutando por um ensino amplo e de qualidade, pois a educação é um direito do cidadão e não uma mercadoria. Vamos mobilizar a categoria para que os direitos dos alunos e dos professores sejam respeitados. NENHUMA AULA A MENOS, NENHUM PROFESSOR DEMITIDO E NENHUMA CRIANÇA SEM ESCOLA. Charge Por Israel Barbosa Novembro Azul Em 2014 foram detectados cerca de 70 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil Por Sérgio Corrêa – SINPRO ABC Com o objetivo de conscientizar os homens e diminuir a taxa de mortalidade decorrente do câncer de próstata, que ainda é alta no País, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e o Instituto Lado a Lado pela Vida trouxeram para o Brasil a campanha “Novembro Azul”, que surgiu na Austrália em 2003. De acordo com informações da SBU, o câncer de próstata é o mais frequente no sexo masculino, perdendo somente para o câncer de pele. Estudos da Sociedade Brasileira de Urologia apontam que a cada seis homens, um é portador da doença. “Depois do aparecimento dos sintomas, mais de 95% dos casos de câncer de próstata já se encontram em fase avançada. Por isso, é importante o exame regular através do toque retal e do PSA periodicamente”, afirma Carlos Corradi Fonseca, presidente da SBU recomendando que “homens a partir de 50 anos procurem seu urologista. Aqueles com maior risco da doença (histórico familiar, raça negra) devem procurar o urologista a partir dos 45 anos” alerta. A realização de exames regulares e preventivos diminui em até 21% o índice de mortalidade pela doença. Sobre o Câncer de Próstata O Professor EXPEDIENTE: Boletim Informativo do Sindicato dos Professores do ABC ı ISSN: 1673-8473 ı Presidente: José Jorge Maggio ı Diretores responsáveis: Denise F. Lopes Marques e Jorge G. de Oliveira Jr. ı Jornalista responsável: Sérgio Corrêa (Mtb: 19.065) ı Diagramação: Israel Barbosa ıTiragem: 4000 exemplares ı Data de fechamento: 10/11/2015 ı Sites: www.sinpro-abc.org.br/ facebook.com/sinproabc/ ı E-mail: [email protected] ı Endereço: Rua Pirituba, 65 - B. Casa Branca Santo André - SP CEP: 09015-540 ı Telefone: (11) 4994-0700 Os artigos assinados são de responsabilidade do autor, não expressando, necessariamente, a opinião do SINPRO ABC. A próstata é uma glândula do aparelho reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, de forma e tamanho semelhantes a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma. Dúvidas: - Quais são os exames para detectar a doença? Os exames consistem na dosa- gem sérica do PSA e no exame digital retal, complementares para o diagnóstico, com periodicidade anual. - Por que não posso só fazer o exame de sangue? Porque cerca de 10 a 20% dos casos não são detectados pela dosagem de PSA no sangue. O exame de toque e o PSA são complementares. - Quais são os fatores de risco para o câncer de próstata? • Idade (cerca de 62% dos casos são de homens a partir dos 65 anos) • Histórico familiar • Raça (maior incidência entre os negros) • Alimentação inadequada, à base de gordura animal e deficiente em frutas, verduras, legumes e grãos • Sedentarismo • Obesidade - É possível prevenir? Evitar a doença, não. Mas é possível diagnosticá-la precocemente, quando as chances de cura são de cerca de 90%. - Quais são os sintomas? Na fase inicial, quando as chances de cura são maiores, não há qualquer sintoma. Por isso a importância dos exames. Na fase avançada, quando a cura é mais difícil, o paciente pode sentir: vontade de urinar com urgência, dificuldade para urinar e levantar várias vezes à noite para ir ao banheiro, dor óssea, queda do estado geral, insuficiência renal, dores fortes. - Quais são as opções de tratamento? De acordo com a fase do tumor e as características do paciente, o médico poderá definir quais as melhores formas de tratamento. Nos estágios iniciais da doença (tumores localizados e localmente avançados) a “prostatectomia radical” é o tratamento padrão. Consiste em uma cirurgia para retirada da próstata e apresenta altos índices de cura. 03 O Professor Mobilização SINPRO ABC barra SKAF na porta do SENAI Mário Amato e denuncia suas pataquadas! “Eu não quero nenhum professor me abordando hoje” essa foi a fala de Paulo Skaf quando chegou ao SENAI Mário Amato, em São Bernardo do Campo, na manhã do dia 23/10. O carro dele ficou parado na portaria da escola por conta da manifestação promovida pelo SINPRO ABC (Sindicato dos professores do ABC) em razão do fechamento de salas de aula, turmas e demissão de professores, que deverá ocorrer com a reestruturação anunciada por Skaf e suas “pataquadas”, terminilogia utilizada pelo SINPRO ABC para caracterizar as ações que estão sendo propostas. Dezenas de professores, familiares de alunos e sindicalistas estiveram presentes à manifestação que contou com o apoio da Apeoesp regional, do sindicato dos metalúrgicos do ABC e da CUT. De acordo com o presidente do sindicato dos professores do ABC, José Jorge Maggio, com a reestruturação anunciada por Skaf, 11 escolas serão fechadas, além de 54 salas de aula, prejudicando cerca de Mil e 700 alunos e o fechamento de centenas de postos de trabalho na região do ABC. A reestruturação deve afetar todo o estado de São Paulo ampliando ainda mais esses números. “Temos que mobilizar professores, alunos, familiares e a sociedade em geral, pois esta situação é um afronto à educação no País, o mesmo acontece com o governo de São Paulo, que pretende fechar escolas e demitir professores. Geraldo Alckmin e Paulo Skaf estão promovendo um crime contra nossas crianças e jovens. Isso sem contar os professores e professoras que ficarão desempregados. Temos que dar um basta neste descalabro e reverter esta situação”. Vitória dos Professores O SESI recuou, mas ainda é insuficiente Em carta, o SESI-SP comunicou o recuo em duas das decisões: o fechamento de classes do 1º ano do Fundamental e o fim das vagas de cursos técnicos, no ensino articulado SESI/SENAI, oferecidas aos alunos do nível médio. Esse recuo ocorre num momento em que aumenta a pressão dos Sindicatos e dos Professores contra os cortes, o fechamento de classes e a demissão de professores no SESI e no SENAI. A decisão de manter as vagas nas unidades externas e nos cursos técnicos são, contudo, insuficientes. O fim da escola de tempo integral no Fundamental II (do 6º ao 9º ano), se mantido, trará consequências perversas para toda a comunidade, professores e pais. Também pesam contra o SESI e o SENAI denúncias do autoritarismo na atribuição de aulas e da pressão sobre os professores diante da ameaça de demissão em massa, decorrente do fechamento de vagas e da reestruturação curricular. É necessário que professores continuem a demonstrar o descontentamento diante desta situação. Nenhuma aula a menos, nenhum professor demitido e nenhum aluno sem escola! Israel Barbosa Foto: Israel Barbosa FEPESP realiza audiência pública contra o desmonte da educação no sistema “S” Fotos: Israel Barbosa Acionar o Ministério Público e a Comissão de educação da Assembleia Legislativa de São Paulo. Estas foram as medidas da FEPESP (Federação dos Professores do Estado de São Paulo) em conjunto com os 26 SINPRO’S (Sindicato dos Professores) contra o desmonte da educação do SESI/SENAI. A decisão ocorreu no dia 07/11 numa audiência pública realizada na ALESP (Assembleia Legislativa de São Paulo) . O encontro reuniu professores, sindicalistas, políticos e pais de alunos. O tom dos depoimentos foi de indignação e denúncias sobre a atual situação dos docentes do sistema “S”. De acordo com Aloísio Alves da Silva, diretor do SINPRO ABC , o sindicato tem recebido várias denúncias sobre assédio moral no SESI. Segundo ele “um clima de terror foi instalado na instituição por conta do fechamento de turmas, readequação curricular e possível demissão de professores”. Outra reclamação da categoria foi sobre as condições de trabalho. Os professores relataram a falta de material básico para as aulas, como pincel de lousa e folhas de papel sulfites. Diante do atentado contra a educação no sistema “S”, o presidente do Sindicato dos Professores do ABC, José Jorge Maggio, disse que “Paulo Skaf vem adotando uma política de cortes que não se justifica, já que ele trabalha com uma suposta queda na verba para 2016 que não se confirma”. Segundo ele, “Skaf tem que revelar o segredo da caixa preta que envolve o SESI/SENAI e recuar em suas decisões”. Nenhuma aula a menos, nenhum professor demitido e nenhum aluno sem escola! O Professor 04 SINPRO ABC fará parte da nova diretoria Plena da CUT Arquivo SINPRO ABC O Sindicato dos Professores do ABC terá representatividade na Central Única dos Trabalhadores (CUT/ Nacional) na gestão 2016/2019. O presidente do SINPRO ABC, José Jorge Maggio, foi eleito para compor a Diretoria Plena da Central Sindical. Com isso a categoria terá participação nas decisões que nortearão os rumos dos trabalhadores na educação no País. A eleição aconteceu no dia 16/10 durante o 12º CONCUT, realizado em São Paulo. Previsão Orçamentária 2016 Será realizada no dia 23 de novembro (segunda-feira) uma Assembleia Geral com os professores (sócios) do SINPRO ABC para votarem a previsão orçamentária do próximo ano. O encontro acontecerá às 16h00 em primeira chamada e às 16h30 em segunda e última convocação na sede do sindicato, rua Pirituba, 61/65 – Bairro Casa Branca – Santo André. Quem poderá participar? Professores filiados que estejam quites com as mensalidades sindicais. Falta de Educação Governador Alckmin investe em presídios ao invés de melhorar a Educação O mês de outubro foi bastante conturbado no que se refere à educação no estado de São Paulo. Um anúncio do governo paulista sobre a nova organização da rede estadual de ensino criou polêmica, gerou insatisfação, ampliou o debate e fez com que alunos e familiares fossem às ruas protestar contra essa reestruturação. Embora Alckmin diga que a readequação seja para qualificar o ensino, na realidade, é uma reforma econômica que vai fechar escolas, causar problemas sociais às famílias e demitir professores, aumentando assim o número de desempregados no País. Segundo o governador, a ideia é a de que cada unidade escolar passe a oferecer aulas de apenas um dos ciclos da educação a partir de 2016. Ou seja, escolas de Ensino Fundamental I atendendo crianças de 1º ao 5º ano, escolas de Ensino Fundamental II com crianças do 6º ao 9º ano e outras instituições para o Ensino Médio. Com essa reestruturação 94 escolas serão fechadas. De acordo com o presidente do SINPRO ABC, José Jorge Maggio, “esta reestruturação do ensino em São Paulo provoca superlotação de salas, demissões de milhares de professores, fechamento de até 30% das escolas públicas e transtornos para os pais”. Maggio salienta ainda que “a mudança também tem por objetivo, municipalizar o ciclo inicial (1º ao 5º ano) e pode fechar o ensino médio para o período noturno, dificultando a vida de milhares de jovens que trabalham durante o dia e estudam à noite. O presidente do SINPRO ABC lembra ainda outro aspecto da reestruturação bastante relevante que contrapõe o argumento de Alckmin sobre a melhororia do ensino , é que “a reestruturação não mexe na essência da educação pois, não traz mudança de qualidade, pelo contrário, os professores continuarão com baixos salários, as condições de trabalho ficarão piores, devido à superlotação das salas, e os nossos alunos terão dificuldades para continuar os estudos no ensino superior ou técnico” afirma. Já o diretor do SINPRO ABC e co- ordenador do Fórum Regional de Educação, Paulo Roberto Yamaçake, declara que: “o estado não tem moral para falar sobre qualidade de ensino, já que, há mais de 30 anos, São Paulo não apresenta um plano estadual de educação”. Segundo ele, “nos seus mandatos, Geraldo Alckmin construiu, reformou e ampliou 53 presídios e não construiu nenhuma universidade, onde está o interesse do governador pela educação?” questiona. Câmara de Santo André realiza audiência pública Israel Barbosa Paulo Roberto Yamaçake (primeiro à direita), diretor do SINPRO ABC, compôs a mesa de trabalhos O encontro promovido pela vereadora Bete Tonobohn (PT), no dia 14/10, contou com a participação do SINPRO ABC, APEOESP (sub sede Santo André), Conselho Municipal de Educação, UMES (União Municipal de Estudantes Secundaristas), UPES (União Paulista dos Estudantes Secundaristas), secretário municipal de educação, Gilmar Silvério, vereadores de Santo André e o deputado Luís Turco (PT), além de professores, alunos e familiares. De acordo com a presidenta do Conselho Municipal de Educação de Santo André, Maria Antônia de Oliveira, a educação deve estar a serviço da “promoção do ser humano e seus conhecimentos e não para atender interesses econômicos desse ou daquele governo”. Segundo ela, “a juventude está se perdendo por omissão do estado e por consequência a família e a escola pública”, afirmou. Para o secretário de educação de Santo André, Gilmar Silvério, o governador está equivocado em sua decisão, já que “estamos indo na contramão do ensino no mundo, onde os países desenvolvidos, com qualidade na educação, têm optado por uma escola mista que vai do 1° ao 9° ano”. Ele afirma que o setor precisa de planejamento e o governador Geraldo Alckmin tem que conversar com a sociedade e com os protagonistas do ensino (professores, alunos e pais) para juntos definirem o melhor caminho para educação no estado. Escolas que serão fechadas no ABC Ribeirão Pires: E.E. Professor Álvaro Trindade de Oliveira, EE Fortunato Pandolf Armoni, EE Santinho Carnavale (será municipalizada) Santo André: E.E. Professor José Augusto de Azevedo Antunes, EE Vandomiro Silveira. São Bernardo do Campo: E.E. Tito Lima (será municipalizada). Fonte: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo 05 O Professor Nossos Direitos Professor demitido a partir de 16/10 tem salário garantido até janeiro/2016 Todo professor que for demitido sem justa causa a partir de 16 de outubro tem direito a receber o salário até o final do recesso, em janeiro de 2016. Na educação básica, as escolas devem assegurar os salários até o dia 20/01, pelo menos. No ensino superior, os professores recebem, no mínimo, até o dia 18/01. No Sesi e Senai, estão garantidos os salários até o reinício das aulas de 2016. É o que garantem as convenções coletivas dos professores de educação básica (cláusula 22), do ensino superior (cláusula 21) e os acordos letivo ou no curso das férias. A mudança na CLT teve origem no Enunciado nº 10 do Tribunal Superior do Trabalho que, desde 1969, assegurava o pagamento das férias escolares em caso de demissão no final do ano. Com isso, a Justiça garantia a sobrevivência do professor até o reinício das aulas, num novo trabalho. Embora não fosse lei, o enunciado (na época era chamado de súmula) servia para orientar as decisões dos juízes nas instâncias inferiores. Antes mesmo da mudança na CLT, nossas convenções coletivas coletivos do Sesi (cláusula 19), do Senai (cláusula 19) e do Senai Superior (cláusula 19). Como esse direito faz parte das convenções e acordos coletivos, é sempre bom lembrar: é uma conquista das campanhas salariais e, para ser mantido, depende sempre de toda a categoria. Convenção Coletiva e CLT Desde 1995, a CLT (art. 322, §3º) garante o direito ao pagamento das férias quando o professor é demitido no final do ano passaram a regulamentar o Enunciado nº 10, aperfeiçoando-o. Desde 1993, em caso de demissão a partir de 16 de outubro, ficam assegurados os salários até o término do recesso escolar, em janeiro do ano seguinte. O direito é garantido a todos os professores, independente do tempo de serviço na escola ou na IES. A garantia, em caso de demissão a partir de 16 de outubro, é o aprimoramento de um de nossos principais direitos: a garantia semestral de salários, conquistada em 1997. Proposta de calendário 2016 Na proposta de Calendário Escolar para o próximo ano, feita pelo SINPRO ABC, teremos 16 feriados, três emendas, dois dias de planejamento, 30 de férias e 23 dias de recesso escolar. Nesta sugestão, os 200 dias letivos (obrigatórios) estão contemplados, sem a necessidade D S T Q Q Jan S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Fev Mar 1 2 3 Abr Mai 1 2 3 Jun 1 2 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15* 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Set Out Nov 1 29 5 3 2 Dez S 3 29 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 30 18 22 29 30 31 23 21 29 30 31 0 Dia letivo 0 Planejamento 0 Feriado 0* Dia não letivo 0 Sábado e domingo 0 Férias 0 Recesso escolar 0 Emenda Fevereiro 8 e 9: Carnaval 10: Quarta-feira de Cinzas Março 25: Sexta-feira da Paixão Abril 8: Aniversário de Santo André 21: Tiradentes 22: Emenda Maio 1: Dia internacional do Trabalhador 26: Corpus Chisti 27: Emenda Julho 1: Início das férias escolares 9: Revolução Constitucionalista Agosto 1: Início do semestre Setembro 7: Independêcia do Brasil 20 19 29 30 16 31 Total geral Janeiro 1: Confraternização Universal 24: Término do recesso escolar 25 e 26: Planejamento 28: Início do ano letivo 18 20 3 Legenda Letivos 22 4 Jul Ago do (a) professor (a) trabalhar aos sábados para completar o calendário escolar. Portanto, se você trabalhar em algum sábado, deve exigir o pagamento de hora extra no valor de 100% da hora normal, mesmo sendo contratado (a) no regime “mensalista”. Outubro 12: Nossa Senhora Aparecida 15: Dia dos Professores Novembro 2: Finados 14: Emenda 15: Proclamação da República 20: Consciência Negra Dezembro 22: Termino do ano letivo 23: Início do recesso escolar 25: Natal 202 O Professor 06 Interesses econômicos ditaram o fim da escravidão no Brasil O Brasil foi o último país da América Latina a abolir a escravidão, em 13 de maio de 1888, após a promulgação da Lei Áurea. Já o Haiti foi o primeiro país latino onde os próprios escravos, através de lutas e rebeliões, se tornaram livres em 1804. Em Cuba, a escravidão foi praticada até 1886. Na época, o comércio de negros tinha sido adotado por portugueses e espanhóis que faziam o tráfico escravo para que a mão de obra africana fosse utilizada na exploração das riquezas naturais americanas em benefício da Europa. No início, o comércio era controlado por Portugal, que já havia exportado escravos do Congo desde 1441. Os portugueses seguiram sendo os mercadores de escravos de maior destaque até o começo do século XVII, quando foram superados pelos neerlandeses, franceses e ingleses. Foram centenas de anos explorando os negros até que a escravidão fosse abolida em nosso continente. “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos ainda haverá guerra” Autor desconhecido No entanto, alguns livros de história questionam mitos da libertação dos escravos no País. O próprio fim da escravidão gera controvérsias. De acordo com alguns historiadores, os ingleses tinham motivos ideológicos para pressionar pelo fim da escravidão no Brasil. Pesquisadores afirmam que o interesse era econômico e estava relacionado com o preço do açúcar exportado da América Latina para a Europa, o que desmistifica a figura da Princesa Isabel, como heroína da escravatura. Outro mito questionado é que a Lei Áurea acabou com a escravidão no Brasil. Apesar de representar o fim de uma era, a lei não resolveu o problema da escravidão, tornou livres os escravos, sem contudo, especificar reparações ou indenizações pelo tempo de exploração do trabalho, uma vez que os negros passaram a contrair dívidas praticamente impagáveis. Depoimentos “A reflexão é a melhor forma de projetarmos nossos anseios. Ansiamos por uma sociedade mais justa, igualitária, com mais dignidade. A nossa luta é permanente. O dia da consciência negra marca e relembra vários episódios. Não devemos esquecer da luta de nossos ancestrais, de nossos sonhos e de quem somos” – Vicente Paulo da Silva (deputado federal – PT). “O racismo se dá de forma velada no Brasil. Uma menina negra que não vê mulheres negras em situações favoráveis nas novelas ou nos programas de TV está sendo vítima do racismo. Um jovem que, em sala de aula, não ouve a história de luta de seus ancestrais está sendo vítima de racismo. Um profissional negro que tem salário mais baixo exercendo a mesma função que um profissional de qualquer outra etnia, está sendo vítima de racismo. Então, posso dizer, categoricamente, que todos os negros e negras, em nosso país, já foram e são vítimas do racismo” – Leci Brandão (deputada estadual – PC do B). “Até os parlamentares negros e negras de esquerda, de todos os par- Importância de Zumbi para a História do Brasil tidos, com raríssimas exceções, foram omissos na luta pelo mínimo de dignidade em prol dos direitos do seu povo negro” - Frei David Santos OFM - Teólogo e Filósofo; Especialista em Ações Afirmativas. Homenagem a Luiz Gama A Universidade Mackenzie (SP) realizou, nos dias 03 e 04 de novembro, um evento em que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil inscreveu oficialmente Luiz Gama nos quadros da advocacia nacional. Após 133 anos de sua morte, nosso maior advogado receberá o justo reconhecimento da instituição que representa advogados e advogadas de todo o País. Luiz Gama, negro nascido em 1830, foi escravo. Chegando a São Paulo, Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, atuou pela liberdade de culto, religião e prática da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra. conseguiu a liberdade, tornando-se depois importante jornalista, poeta e militante político de posições republicanas e abolicionistas. Tentou formarse advogado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, mas apesar de formalmente livre, o racismo não permitiu. Ainda assim, Luiz Gama tornou-se advogado provisionado, com autorização para atuar nos tribunais em defesa de escravos que lutavam por liberdade. Com teses brilhantes e atuação combativa libertou centenas de escravos, tornando-se exemplo no exercício da advocacia no País. “Primeiro levaram os negros, Mas não me importei com isso Eu não era negro. Em seguida levaram alguns operários, Mas não me importei com isso Eu também não era operário. Depois prenderam os miseráveis, Mas não me importei com isso Porque eu não sou miserável. Depois agarraram uns desempregados, Mas como tenho meu emprego Também não me importei. Agora estão me levando, Mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém, Ninguém se importa comigo”. Bertolt Brecht O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi instituído oficialmente pela lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares – situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na região Nordeste do Brasil. Zumbi foi morto em 1695, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. 07 O Professor Pagamento da 1ª parcela do 13º salário deve ser feito até 30/11 O professor ou a professora que optou por não receber a primeira parcela do 13º salário nas férias de julho, agora em novembro terá o pagamento mais recheado. É que a data limite para que o empregador pague a primeira parcela do 13º é 30 de novembro. Se o trabalhador tiver um ano ou mais de registro, o valor corresponde a 50% do seu salário sem descontos, já que os impostos são cobrados no pagamento da segunda parcela. Agora, se você tem menos de um ano de casa, deve fazer a seguinte conta para saber o valor que vai receber na primeira parcela: • Divida o valor do salário de dezembro por 12 • Multiplique esse valor pela quantidade de meses trabalhados durante o ano atual • Todo mês trabalhado no mínimo 15 dias já equivale a um mês completo 2ª Parcela do 13º salário A segunda parcela do 13º salário deverá ser paga pela empresa ao trabalhador no máximo até o dia 20 de dezembro. Nessa parcela ocorre o desconto referente ao INSS e ao Imposto de Renda, entre 8% a 11% e 7,5% a 27,5% consequentemente, então é normal o trabalhador tomar um rápido susto em perceber que o valor está um pouco abaixo do seu real salário, pois estão sendo descontados esses tributos. SUCESSO TOTAL – Festa dos professores 2015 Fotos: Israel Barbosa Cerca de Mil e 400 professores e familiares prestigiaram a “Festa dos Professores – 2015” promovida pelo SINPRO ABC, sindicato dos professores do ABC. Com o tema Charleston, a festa foi um jantar dançante realizado no dia 17/10 (sábado) no restaurante Florestal em São Bernardo do Campo. Muitos professores e convidados estavam vestidos a caráter o que deu um toque especial ao evento. Animados por um conjunto musical e um DJ, os participantes caíram na folia para comemorar o “Dia do Professor”. Os convidados se divertiram muito como conta Marcos Antônio Vicente. “A festa está ótima, aliás, acho que uma das melhores que o SINPRO já promoveu”. Já a professora Rosa Maria Vicente disse que “além da animação, a comida estava excelente, com muitas opções e tudo à vontade”. O SINPRO ABC organizou também um concurso entre os participantes caracterizados com trajes de época (Charleston e Chaplin). 11 pessoas foram contempladas com um cartão de compras no valor de R$ 300,00 e o primeiro colocado ganhou uma viagem ao litoral. A festa dos professores terminou por volta das 3h da manhã. Conscientização Política Mas o jantar em homenagem aos professores não foi somente diversão. Houve também a conscientização da categoria, sobre os desmandos e atos inconsequentes que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Skaf, presidente do SESI/SENAI, estão praticando contra a Educação. O governador com o fechamento de 94 escolas estaduais em São Paulo, sob o pretexto de reorganizar o ensino e SKAF com o objetivo de cortar custos, também quer fechar turmas, períodos e diminuir aulas, prejudicando assim 1700 alunos. Os dois têm em comum a responsabilidade pela demissão de centenas de professores e preconizar um prejuízo social às famílias. De acordo com Aloísio Alves da Silva, tesoureiro do SINPRO ABC, que falou aos professores durante o jantar, “a categoria tem que se mobilizar contra essas decisões de políticos irresponsáveis que acabam com a educação no País e deixam professores, alunos e familiares com prejuízos sociais irreparáveis”. Ele lembrou que o sindicato tem promovido diversas ações para conscientizar a sociedade sobre o assunto e tentar reverter a situação. 08 O Professor 5 1 0 2 s re o s s fe ro P s o d ta s Fe Charleston anos 30 FOTOS FOTOS Fotos: Israel Barbosa Veja mais fotos em www.facebook.com/sinproabc
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