Litologias biossilícicas
Transcrição
Litologias biossilícicas
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Laboratório de Geologia/CPTL Litologias biossilícicas em depósitos continentais no Brasil Um ensaio preliminar José Luiz Lorenz Silva [email protected] Três Lagoas, 2012 ÍNDICE RESUMO ABSTRACT 1. INTRODUÇÃO 1.1. Contexto e forma de abordagem 1.2. A terminologia adotada 1.3. Rochas e sedimentos biossilícicos: O registro oficial 2. MÉTODOS 3. TRÍPOLI: 3.1. Dados gerais sobre a litologia 3.2. Ocorrência nacional: a evolução do conhecimento 3.4. Dados litológicos e correlatos 3.5. Uso do recurso natural 4. DIATOMITO: 4.1. Dados gerais sobre a litologia 4.2. Sobre a flora originária 4.3. Ocorrência nacional: a evolução do conhecimento 4.4. Dados litológicos e correlatos 4.5. Dados micropaleontológicos e correlatos 4.6. Uso do recurso natural 5. ESPONGILITO: 5.1. Dados gerais sobre a litologia 5.2. Sobre a fauna originária 5.3. Ocorrência nacional: a evolução do conhecimento 5.4. Dados litológicos e correlatos 5.5. Dados micropaleontológicos e correlatos 5.6. Uso do recurso natural 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 6.1. 6.2. 6.3. 7. BIBLIOGRAFIA 8. ANEXOS 8.1. Diatomitos: Relação dos empreendimentos registrados no DNPM. 8.2. Gêneros da Diatomoflora por ordem de abundância (SP ; BA) 8.3. Gêneros da espongofauna por ordem de abundância (MS;MG) 8.4. A classificação adotada pelo BGS 8.5. Figuras RESUMO Ocorrências nacionais de três litologias silicosas continentais, com similaridades físicoquímicas e de uso, são abordadas. A exigüidade de estudos e do conhecimento popular a cerca das mesmas, têm propiciado inferências equivocadas, mormente a cerca de suas gênese e composição. De comum, as referidas litologias também têm a vinculação biológica; no Trípoli expressa como bioturbação e nos Diatomitos e Espongilitos, pelas respectivas gênese e constituição. No Brasil a única ocorrência de Trípoli, (sílica microcristalina), constitui um depósito de pequenas expressão e continuidade, estratigraficamente incluído no topo da Formação Tatuí, que aflora no flanco leste paulista da Bacia do Paraná. Evidências estratigráficas, sedimentológicas e mineralógicas sugerem que soluções silicosas quentes teriam percolado os sedimentos permianos da Formação Tatuí e precipitado ao resfriar. Atribui-se esse hidrotermalismo aos estágios finais do magmatismo Serra Geral, o que situa no Cretáceo Inferior o processo de formação do Trípoli (Abreu, 1973 & Riccomini et al., 1997). As ocorrências nacionais de Diatomito, (oozes ou rochas leves e pulverulentas, compostas por frústulas de diatomáceas), distribuem-se ao longo do litoral brasileiro, em terrenos pantanosos e no fundo de lagoas, formando camadas freqüentemente argilosas. Os depósitos de planalto, (terras enxutas), constituem acumulações de pretéritos corpos d´água bem iluminados. No Brasil constata-se concentrações de Diatomitos nos Estados do Rio Grande no Norte, (27 áreas pesquisadas), e Bahia (14 áreas pesquisadas). A maior parte das ocorrências nacionais é presumidamente holocênica (Motta et a.l., 1986 e CETEM, 2002). Duas regiões brasileiras concentram o maior número de depósitos de Espongilitos, (oozes e rochas originadas a partir da deposição de espículas de esponjas de água doce, em ambientes semi-lóticos de orla vegetada). A primeira é setentrional e presumidamente holocênica. Situa-se nas imediações do cinturão de dunas que se estende do Estado do Maranhão ao Rio Grande do Norte. A segunda, entre os Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, vincula-se aos cerrados meridionais, com depósitos pleitocênicos e holocênicos de baixios, que ocorrem mormente sobre a zona de maior espessura da Bacia do Paraná (Volkmer-Ribeiro et al.,1998 & Lorenz-Silva et al., 2003). ABSTRACT Three continental silicic lithologic types with uses and physicochemical similarities are commented. The exiguous studies and popular understanding about those sediments and rocks have generated mistaken inferences, especially about the biolithites genesis and composition. Brazilian continental occurrences are focused also in respect to the biological activities; in Tripoli as bioturbation promoter, and in the Diatomites and Espongillites, as the genesis and constitution controllers. The only brazilian occurrence of Tripoli, (microcrystalline quartz deposition with microbial mats), constitutes a small deposit on the top of the Tatuí Formation. The unit surfaces in the São Paulo State, eastern flank of the Paraná Basin and its stratigraphical, sedimentological and mineralogical evidences suggests origin by silica rich hydrothermal percolation. In such event, the quartz precipitation was contemporaneous with carbonate rocks dissolution and the generation of the euhedral quartz cement that overgrowths on sandstones detrital grains (Abreu, 1973 & Riccomini et al., 1997). The national occurrences of Diatomite, (powdery and light rocks or oozes originated by diatom frustules accumulation), are distributed along the brazilian coast, where they are deposited in the botton of ponds and marshy lands. In such sites it forms layered deposits that frequently shows clay association. In plateau dry lands, the Diatomite constitute fresh water and well illuminated environments fossil registration. Diatomite largest deposit concentration is verified at Rio Grande do Norte State (27 researched areas) and Bahia State (14 researched areas). In that sites the occurrences are presumed to be more recent than pleistocenic (Motta et al, 1986 and CETEM, 2002). Two brazilian areas concentrates deposits of Espongillites, (also powdery and light rocks or oozes, but these are originated by the deposition and consolidation of fresh water sponge spicules). A northern occorrence, presumed to be holocenic, is located among a dune belt that is extended from Maranhão to Rio Grande do Norte States. A second concentration, with pleistocenic to holocenic ages, is sited in savannah original environments, positioned among Minas Gerais, São Paulo, Goiás and Mato Grosso do Sul States. Great part of this area is coincident with Paraná Basin larger thickness zone. (Volkmer-Ribeiro et al., 1998 & LorenzSilva et al., 2003). 1. INTRODUÇÃO 1.1. Contexto e enfoque No Centro Oeste brasileiro, há décadas, os sedimentos biossilícicos são explorados pela indústria oleira de pequeno porte. Extração mais intensiva ocorreu ao longo da década de 60, quando muitas empreiteiras a serviço da CESP, Companhia Energética do Estado de São Paulo, prospectaram rochas e sedimentos para uso nas obras das usinas do Complexo Hidrelétrico de Urubupungá. Desde então muitos dos depósitos originais foram exauridos sem que dos mesmos fossem feitas análises mais refinadas. O enfoque deste trabalho foi estabelecido a partir das noções a cerca das oozes ou das rochas comuns nas lagoas do leste sul-mato-grossense, manifestas por técnicos que, ao longo dos anos 60, trabalharam nas obras do complexo hidrelétrico; por oleiros, que ainda manufaturam tijolos com a referida matéria-prima e por moradores das imediações lacustres, sítios dos depósitos em apreço. Todas as pessoas questionadas referem, com ênfase, a ocorrência de reações alérgicas decorrentes do manuseio ou do eventual contato com o que denominam “Pó de Mico” ou “Piçarra”. Os antigos técnicos da CESP relembram os métodos utilizados na exploração e o destino dos sedimentos, aos quais denominam também de “Pozolana, Diatomito ou Trípoli”. A cerca dos mencionados termos, buscou-se informações que os vinculassem com a litologia alvo de pesquisa para tese e, de forma complementar, que agregassem dados relativos aos sítios nacionais de sua ocorrência. Interesse especial despertou dados atinentes às similaridades e discrepâncias petrográficas entre as litologias enfocadas, sobretudo as peculiaridades físico-químicas e as características dos respectivos meios de geração e ou deposição. 1.2. A terminología adotada A bibliografia a cerca do tema ora abordado é exígua; nela constata-se uma grande diversidade terminológica para a denominação de rochas e sedimentos análogos, fato decorrente da inexistência de normas nacionais. Na presente abordagem as litologias consolidadas são referidas através de denominação específica, se existente (Ex.“Trípoli”); ou através de denominação composta por prefixo designativo do grupo orgânico gerador e predominante na composição da rocha, e o sufixo “ito” (Ex.”Diatomito e Espongilito). As oozes são denominadas através de nomes compostos, sendo o primeiro de cunho sedimentológico-granulométrico e o segundo um termo distintivo e atinente à matriz coesiva (Ex. arenito espiculítico). Da bibliografia consultada, as denominações discrepantes, se atinentes à uma mesma litologia neste trabalho abordada, são redenominadas conforme o acima exposto. 1.3. Rochas e sedimentos biossilícicos:o registro oficial Embora a classificação de rocha ou sedimento biossilícico abrigue litologias muito distintas, o DNPM, nos anuários e sumários atinentes à produção e consumo dos respectivos bens no Brasil, registra apenas dados para Diatomito. Nos quadros estatísticos no entanto, refere ”Diatomito e substituto”, reconhecimento tácito da existência de recursos minerais similares que ainda não foram discriminados através de estudos de detalhe. (Quadro 1). Quadro 1 – Consumo aparente de Diatomito no Brasil Diatomito e substituto (b) Produção (em t) (p) 2001 6.976 Importação (em t) 14.229 Exportação (em t) 2.531 Consumo Aparente (em t) 18.674 Consumo Aparente = Produção + Importação - Exportação; (b) Beneficiada; (p) Dado preliminar; Fonte: Modificado do DNPM/DIRIN (2002). 2. MÉTODOS O ponto inicial das atividades foram entrevistas informais feitas com pessoas que, de alguma forma, foram ou são afetas ao objeto de estudo. Essas serviram como base para uma posterior oitiva de vários residentes do município sul-mato-grossense de Três Lagoas. A partir dos referidos depoimentos buscou-se levantar dados a cerca do Trípoli, dos Diatomitos e das pozolanas. Embora não tenham sido referidos os Espongilitos, em função dos estudos em curso, as informações a cerca desta litologia já vinham sendo compiladas. Dados iniciais foram pesquisado via Internet. Para o refino dos mesmos fez-se a aquisição de separatas via comutação bibliográfica, consultas à base de periódicos disponibilizada pela CAPES e pesquisa direta nos acervos bibliográficos das UNISINOS, UFMS e FZB. Das litologias que dão título a esta monografia foram alvos de atenção particular: as peculiaridades físico-químicas e as bio ou minerogênicas; as inter-similaridades e discrepâncias, os dados nacionais de ocorrência, produção e consumo, e as informações relativas ao uso potencial desses recursos com base nas novas demandas em curso no contexto extranacional. Sendo o caráter da presente abordagem correlato e informativo, não serão detalhados os métodos analíticos que originaram as informações técnicas neste apresentadas, e resultantes de ensaios próprios ou obtidas através de aporte bibliográfico. As fotomicrografias de frústulas de diatomáceas das espécies presentes no Espongilito de Três Lagoas, foram feitas em equipamento digital de alta resolução acoplado à microscópio ótico. Para tanto foram enviadas amostras aos laboratórios de micropaleontologia da Universidade de Michigan, sob responsabilidade do Prof. Dr. E. F. Stuermer, a quem cabe a autoria das estampas. OBS: No presente ensaio não são apresentadas as imagens acima referidas, as quais são disponibilizadas em www.dcnemrevista.com.br (Vide textos LABGEO - tese) 3.1. Dados gerais sobre a litologia O Trípoli é conhecido desde 1894, quando foram estudados as primeiras ocorrências no estado americano do Missouri. A denominação dessa litologia é uma toponímia à capital Líbia onde existem diatomitos de aspecto similar. Na acepção de Abreu, (1973), o Trípoli, também denominado farinha fóssil, trata-se de um agregado friável, constituído por restos orgânicos silicificados e minerais detríticos de quartzo, feldspato e mica, material que é coeso por cimento microcristalino quartzoso. O autor não situa ocorrências nacionais dessa litologia, mas aponta a lixiviação de calcários silicosos como o processo geológico de sua formação. Riccomini et. al.,(1997), procederam a única análise petrográfica de detalhe da litologia a partir de amostras coletadas no Brasil, constatando que o Trípoli é uma deposição de sílica microcristalina gerada a partir da percolação hidrotermal de sedimentos lagunares. 3.2. Ocorrência nacional: evolução dos conhecimentos No Brasil o Trípoli ocorre sob a forma de camadas de espessura decimétrica, de cores entre o branco e o amarelado ou amarronado quando com alterado. Sua a estrutura é maciça à incipientemente laminada. É uma litologia bastante friável e que sob exame táctil, é predominantemente siltosa. Sua ocorrência está associada à falhas e fraturas em litologias sedimentares permianas da Bacia do Paraná no Estado de São Paulo (Riccomini et. al.1997). Segundo os mesmos autores o hidrotermalismo gerador do Trípoli envolveria soluções silicosas que após resfriadas sofreriam ação bacteriana e uma cimentação detrítica via precipitação silicosa. Tal conjunto de eventos seria concomitante à dissolução de rochas carbonáticas e redundaria na formação dos microcristais euedrais de quartzo que caracterizam a litologia. Haveria, segundo a mesma fonte, um controle estratigráfico da ocorrência, visto que a silicifïcação é constatada no topo da Formação Tatuí (Permiano) em situação subjacente aos folhelhos e siltitos da Formação Taquaral. Estes constituíriam uma barreira de permeabilidade para as soluções hidrotermais tardias e atinentes ao magmatismo Serra Geral. Quadro 3.1 - Resenha evolutiva dos conhecimentos a cerca do Trípoli no Brasil Ano 1973 1997 Ator Abreu, S. F. Riccomini et al. Contribuição Primeira referência à litologia em compêndio sobre recursos minerais no Brasil. Único estudo detalhado de ocorrência nacional 3.4. Dados litológicos e correlatos Imagens obtidas através de microscopia eletrônica (MEV) possibilitam verificar que o Trípoli é constituído por agregados de cristais euedrais a subedrais de quartzo com diâmetro médio da ordem de 10 µm e, subordinadamente, por cristais de quartzo maiores. Nestes sedimentos o quartzo está comumente associado a óxidos de Mn, estes detectados por EDS. Os agregados quartzosos compõem uma massa fina e muitoporosa, A sílica microcristalina ocorre ainda sob a forma de nódulos e concreções de sílex disseminados nos arenitos finos das porções de topo da Formação Tatuí. Localmente ocorre uma camada de silexito com espessura métrica, a qual representa antigo depósito carbonático com esteiras microbianas, agora silicificadas, como indicam as estruturas sedimentares ainda preservadas. A hipótese de gênese via hidrotermalismo está baseada em evidências mineralógicas e na forma de ocorrência dos depósitos que podem ser assim resenhadas: a) Presença de faces cristalinas e forma euédrica dos cristais de quartzo que compõem a sílica microcristalina, sugerindo cristalização direta a partir de soluções silicosas; b) Forma euédrica dos cristais de quartzo com eixo cristalográfico aproximadamente ortogonal à superfície que serviu de base para o seu crescimento, indicando, segundo que sua precipitação ocorreu em espaços abertos, diretamente a partir das soluções hidrotermais (Fournier,1985 em Riccomini et. al.1997);, c) Relação textural do revestimento de grãos detríticos por quartzo fino euédrico; d) falta de continuidade lateral dos depósitos de sílica microcristalina; e e) distribuição das ocorrências ao longo de fraturas, provavelmente ativas durante a fase de extensão NE-SW e, secundariamente, NW-SE, do Cretáceo Inferior. Se a origem da sílica microcristalina estivesse relacionada à deposição primária na bacia sedimentar ou à lixiviação intempérica ao longo de um plano de discordância ou superfície topográfica, a sílica microcristalina exibiria, no mesmo nível estratigráfico, alguma continuidade lateral. O processo hidrotermal permite a percolação de soluções silicosas nos sedimentos da Formação Tatuí. Com a diminuição da temperatura, estariam geradas as condições para a cristalização de quartzo diretamente da solução e sobre a superfície dos grãos detríticos. A textura fina dos cristais de quartzo sugere a presença de soluções com elevadas concentrações de sílica e alta taxa de precipitação (Folk & Pittmann 1972, Mussa & Coimbra 1984). A preservação de fragmentos e estruturas biogênicas em litologia constituída mormente por sílica microcristalina, seria decorrente da eventualidade simultânea do hidrotermalismo com percolação de sílica e a dissolução de carbonatos pré-existentes. A fonte das águas hidrotermais para a silicificação da Formação Tatuí pode ser preliminarmente atribuída aos estágios finais do magmatismo Serra Geral. 3.5. A potencialidade de uso A capacidade de caracterização textural de vários tipos de matéria é um coadjuvante de importância na identificação dos melhores usos e aplicações tecnológicas daquelas. Com o advento da microscopia eletrônica, esse tipo de análise foi otimizado. Empregada na análise de amostras do Trípol nacional, a MEV possibilitou o refino da caracterização física dessa litologia (Keller 1978). Segundo Riccomini et. al. (1997), as texturas do Trípoli da Formação Tatuí são similares as das ocorrências da região de Seneca, (Missouri, EUA). Nos Estados Unidos, desde o final do penúltimo século o Trípoli tem sido usado em diversos ramos da indústria. Os termos pobres em ferro são usados na como aditivo pozolânico e de carga (extender), na produção do cimento Portland. 4. DIATOMITO 4.1. Dados gerais Na década de 30, quando foram realizados os primeiros estudos brasileiros enfocando os Diatomitos, esses depósitos foram designados “Kieselguhr” (termo alemão), “Moler” (termo dinamarquês para ocorrências mais argilosas), ou terra diatomácea, denominação adotada nos Estados Unidos e referida por Abreu, (1973). Segundo a mesma fonte, o termo Diatomito designa uma rocha pulverulenta e muito leve, gerada pelo acúmulo de frústulas silicosas de algas diatomáceas. No quadro 4.1. apresentam-se as principais características físicas dos Diatomitos nacionais. Quadro 4.1.: Características físicas médias dos Diatomitos brasileiros Peso específico real Porosidade Permeabilidade Abrasividade/dureza Condutividade térmica 1,9-2,2 80-90% Alta 5,5-6,5 Baixa (0,49 a 0,77K) Fonte: Modificado de Abreu 1973 4.2. Sobre diatomáceas As diatomáceas são algas unicelulares clorofiladas de hábitos plantônicos ou bentônicos e dimensões variáveis entre 50 m e 2mm. Ocorrem em nichos bem iluminados no mar, em água doce, no solo ou em rochas úmidas. Segundo Seyve, (1990), há cerca de 250 gêneros e 100.000 espécies registradas. Entre estas, 2.000 são de água doce e estão distribuídas em 67 gêneros. As formas marinhas, existem desde o Cretáceo Superior e as dulcícolas desde o Terciário. Segundo Rocha, (2000), no Brasil há registro de aproximadamente 1.200 espécies e estimativa de existência de até 5.000. Nos sedimentos, oozes e biolititos, os elementos distintivos das diatomáceas são as frústulas, um esqueleto intracitoplasmático silicoso e formado por duas valvas ou tecas. A forma e a ornamentação das frústulas são consideradas no reconhecimento taxonômico das diatomáceas; segundo tais variáveis o grupo foi subdividido em: Centrales; diatomáceas de formas circulares, elípticas ou poligonais e com ornamentação concêntrica ou radiada. Estas diatomáceas congregam um grande número de espécies marinhas; sua reprodução é sexuada e realizada através de micrósporos. Penales; diatomáceas de formas naviculares e que exibem uma rafe, estrutura que separa as valvas em duas metades. Estas diatomáceas têm reprodução assexuada e congregam a maior parte das espécies dulcícolas (Palacio & Bermudez, 1963). Segundo os mesmos autores, tendo como critério a sensibilidade ao teor de sal do meio, as diatomáceas podem ser classificadas em: Polihalóbias; formas que vivem em ambiente marinho de salinidade igual ou maior do que 30ppm. Mesohalóbias; formas que vivem em águas salobras, de salinidade variável entre 2 e 30ppm. Oligohalóbias; formas que vivem em águas de salinidade inferior a 2ppm, e Halófobes; formas que vivem em corpos de água doce. 4.3. Ocorrências nacionais: a evolução do conhecimento As primeiras ocorrências nacionais de Diatomitos foram estudadas no âmbito do INT – Instituto Nacional de Tecnologia, no Rio de Janeiro, ao longo dos anos 30. Sílvio Froes de Abreu, autor do compêndio “Recursos Minerais do Brasil” , também pesquisador dos quadros INT, descreve as jazidas nacionais de Diatomito como depósitos argilosos pleistocênicos ou mais recentes, formados em águas continentais, nas baixadas de terrenos pantanosos ou no fundo de lagoas. Segundo o mesmo autor, os Diatomitos depositados nas terras enxutas dos terraços e planaltos brasileiros, são registros de acúmulos aquosos semelhantes aos antes descritos, porém de idade mais antiga. Segundo a mesma fonte, no Brasil, os depósitos de Diatomito mostram-se comumente associados à Espongilitos, fato que o autor salienta ocorrer principalmente em lagos e igarapés amazônicos. Localmente as referidas ocorrências são denominadas de “cauchi”. O autor menciona a comum confusão entre Diatomitos e Trípoli ao qual também denomina de “farinha fóssil”. Esse é descrito como um pó abrasivo, formado por chert residual e quartzo. Diferentemente dos depósitos brasileiros, a maior parte dos Diatomitos em depósitos extra-nacionais, são de idade terciária e origem marinha. Entre as ocorrências mais destacadas figuram os Diatomitos de Lompoc, localidade do estado norte americano da Califórnia. O registro sedimentar de associações fitoplanctônicas têm sido apontado como eficiente gerador de indicadores de alterações das condições ambientais (Alvarez-Cobelas et al., 1998). No quadro 4.2. apresentam-se dados a cerca da distribuição nacional das principais reservas de Diatomitos. O quadro 4.3. enfoca a evolução dos conhecimentos a cerca de Diatomitos no Brasil. Quadro 4.2.: Ocorrências de Diatomitos no Brasil UF Localidade/Município Rio Grande do Santa Vitória do Palmar Sul Fonte ■ ¤ ■ Obs Elevado grau de impurezas Santa Catarina Araranguá*, Imbituba Paraná São Paulo São Simão*,Palmeiras Porto Ferreira Rio de Janeiro Campos*(Lagoa de Cima) Campos dos Goitacazes ¤ ■ Diat. com a té 50% de argila (Moler) *Com depósitos de espículas. Há´levantamento básico da flora**. Espírito Santo Bahia Guarapari Ibicoara, Medeiros Neto, Mucugê, Vitória da Conquista , Morro do Chapéu ¤ ¤ # Mina superficial ativa Muitos depósitos em terrenos secos. Há várias minas superficiais em exploração. Há levantamento básico da flora.** Alagoas Maceió (Bairro Mangabeiras) ■ Jazida de diatomito de alto grau de pureza (rtante no Bairro Mangabeiras Pernambuco Dois Irmãos (Recife) Rio Grande do Ceará-Mirim, Extremoz, Norte Macaíba, Maxaranguape, Nisia Floresta, Rio do Fogo, Touros ■ Depósito com alto grau de pureza. Várias minas superficiais em exploração. Depósitos variam entre termos puros e argilosos. Desde a década de 30 usados na indústria oleira para tijolos refratários. Há levantamento básico da flora. ** Ceará Acaraú, Aquiraz, Aracati, Camocim, Horizonte, Itapipoca, Trair, Lagoa do Craçuí* ¤ *Com depósitos de espículas Piauí Parnaíba ■ Depósitos de baixada litorânea. Maranhão Amazonas Tutóia Tocantins, Santo Antônio do Içá (imediações do Rio Solimões) ■ ■ Associação com Espongilitos Espongilitos? Acre No alto curso do Rio Branco ■ Em terrenos secos entre igarapés ¤ ¤ ■ * Com reserva inferida *Com depósitos de espículas Ocorrência na estrada SP 330 que interliga à Piraçununga Em destaque as maiores reservas estaduais - Fontes: ■ Abreu (1973), e ¤ DNPM (2001), # CETEM (2003) Quadro 4.3.: Diatomitos no Brasil: Cronologia e evolução dos conhecimentos Ano Autor Contribuição 1935 INT Primeiras abordagens a cerca de Diatomitos no Brasil, enfocando ocorrências no Nordeste do país. (em Abreu, 1973) 1937 Leite, T. J. R. (em Abreu, 1973) Primeira abordagem de aspectos químicos atinentes às ocorrências antes estudadas pelo INT. 1939 DFPM Souza & Abreu Refino das informações sobre as ocorrências nordestinas inicialmente investigadas pelo INT. 1952 Braun Estudou diatomáceas em sedimentos do Rio Tapajós, fazendo o único registro brasileiro de Eunotia papilio, diatomácea rara e recentemente também registrada no Espongilito de Três Lagoas. (em Abreu 1973) 1971 Santos et al. Primeira abordagem de um Diatomito da Bahia com análise qualiquantitativa de constituintes. 1973 Abreu Publicou o maior compêndio já elaborado sobre recursos minerais do Brasil, onde situa e descreve as mais importantes ocorrências de Diatomitos nacionais. 1976 CPRM Desenvolveu pesquisas e publicou dados caracterizando depósitos de Diatomito da região da Chapada Diamantina, na Bahia. 1977 Moro Em dissertação o autor fez uma resenha dos conhecimentos a cerca dos Diatomitos brasileiros com base nos conhecimentos até então existentes. 1980 PAULIPETRO Promoveu avaliação e publicou resultados referentes à avaliação geológica da porção paulista da Bacia Sedimentar do Paraná, situando ocorrências de Diatomitos na região noroeste paulista, entre Tupã e Araçatuba. 1982 IPT Publicou resultados de estudos de depósitos de turfeiras situadas nos vales dos Rios Moji-Guaçú, Ribeira do Iguape, Jacaré-Pepira e Itapetininga. 1983 IPT Gênese, distribuição e estratigrafia dos sedimentos cenozóicos no Estado de São Paulo. São Paulo: Melo, M. S. & Ponçano, W.L. (org) 1983 DNPM Perfil analítico do Diatomito. 1984 IPT Promoveu uma campanha para a prospecção regional de Diatomito no Estado de São Paulo. 1986 IPT Realizou prospecção de Diatomito no Estado de São Paulo, investigando depósitos do litoral sul do Vale do Paraíba. 1986 Motta et al. A partir dos levantados anteriormente realizados no âmbito do IPT os autores publicaram dados a cerca de depósitos biossilícicos no Estado de São Paulo. 1987 Campanha & Jacinto. Publicaram resultados de estudos a cerca da metodologia aplicada às pesquisas de diatomitos não-marinhos brasileiros. 2002 CETEM Realizaram ensaios com Diatomitos do Estado da Bahia, publicando a proposta de técnicas otimizadas para o beneficiamento do mesmo. Siglas: DFPM – Divisão de Fomento da Produção Mineral, Rio de Janeiro. 4.4. Dados litológicos e correlatos Segundo Kadey Jr., (1975), a formação dos Diatomitos exige condições ambientais específicas e propícias ao desenvolvimento da respectiva flora. Para tanto o autor destaca como necessários: 1) O estabelecimento de bacias aquosas grandes e rasas, nas quais seja possível a realização dos processos fotossintéticos; 2) O suprimento abundante de sílica solúvel; 3) A ausência de toxidez; 4) A abundância de nutrientes e 5) O reduzido revolvimento de clastos. Moro, (1977), destaca a ocorrência nacional de muitos Diatomitos pleistocênicos e holocênicos aos quais vincula à dinâmica interglacial ao longo daqueles períodos. O mesmo autor destaca o reduzido valor comercial de Diatomitos afetos por alta diagênese ou metamorfismo, em decorrência da impossibilidade de seu aproveitamento nas tradicionais aplicações daquela litologia. Motta et al., (1986), descrevem os depósitos brasileiros de Diatomitos como ocorrências dulcícolas formadas em aluviões afogados e lagos rasos, típicos das planícies costeiras ou das elevadas regiões interioranas, também de relevo aplainado. Os mesmos autores salientam a comum associação entre diatomitos e espongilitos, a qual estaria baseada na ocupação de um mesmo ambiente genético. Nos anos 80, o IPT realizou campanha para a prospecção dos Diatomitos no Estado de São Paulo. Aquele instituto buscou, preliminarmente, situar e avaliar lagoas enquadráveis no contexto das seqüências sedimentares continentais quaternárias. Na atividade, 480 corpos (lagos e lagoas), foram cadastrados. Em etapa subseqüente, foram investigados todos os corpos cuja área fosse superior a 45.000 m2 . Foram realizadas sondagens manuais em 71 lagoas, sendo que em 42, registraram-se concentrações biogênicas. Na mesma campanha o IPT estudou meandros abandonados e corpos d’água mais isolados da influência direta da ação fluvial, nas imediações dos Rios Moji-Guaçú, Ribeira do Iguape, Paraíba do Sul e Itapetininga. As lagoas continentais são referidas, nos relatórios do IPT, como pequenos embaciamentos cenozóicos originados por abatimento, cuja sedimentação pelítica inclui camadas com matéria biogênica. A maior parte desses corpos revelou profundidade máxima de 6m e abundante vegetação aquática, (aguapés e esteiras algálicas no fundo), com gramíneas na borda. As respectivas bacias apresentam configurações circulares, ovaladas ou irregulares, com dimensões variáveis desde algumas centenas de metros até 2km em relação ao seu eixo maior Em São Paulo, os mais ricos depósitos biogênicos foram encontrados na região de Araçatuba, na área de influência das bacias dos Rios Tietê e Paraná, mormente sobre solos de alteração da Formação Adamantina. 4.5. A diatomoflora registrada Na bibliografia consultada a cerca da ocorrência de Diatomitos em sedimentos, oozes e biolititos continentais no Brasil, constata-se a referência à 43 gêneros, sendo raro o detalhamentos à nível de espécie. O fato deve-se ao caráter geológico-minerário da maior parte dos estudos deste tipo de depósito. Entre os gêneros computados, somente Eunotia é comum a todas as listagens, seguindo-o, em freqüência: Pinnularia; Navicula; Melosira e Cymbella. (Quadro 4.4.). Da base pesquisada, o maior detalhamento fitoflorístico é constatado nos relatórios do IPT, instituto que, ao longo dos anos 80, prospectou o território paulista, concluindo pela inexistência no estado, de depósitos significativos dr Diatomitos. Quadro 4.4.: Diatomáceas: relação dos Taxa freqüentes em sedimentos, oozes e biolititos , por unidade da federação. Unidade da Federação Taxa registrados (em ordem decrescente de freqüência) Maranhão Eunotia spp.; Actinella sp.; Anomoeoneis spp.; Frustulia sp.; Pinnularia spp. Nitzchia sp. Navícula sp. Rio Grande do Norte Eunotia spp.; Anomoeoneis spp.; Navicula sp.; Melosira sp.; Frustulia sp.; Cymbella sp. Pernanbuco Pinnularia sp.; Eunotia spp.; Navicula sp.; Melosira sp.; Frustulia sp. Rio de Janeiro Melosira sp.; Fragillaria sp. Eunotia sp.; Pinnularia sp.; Cymbella sp.; Bahia Fam. Navivulaceae São Paulo (oozes lacustrinas) Pinnularia spp; Fragillaria sp.; Melosira sp.;Gonphonema sp.; Navicula sp.; Eunotia sp.; Nitzchia sp.; Stauroneis.; Synedra sp.; Rhopalodia sp.; Hantzchia sp.; Anomoeoneis sp.;Cymbella sp.;Cyclotella sp.;Coscinodiscus sp.;Achnantes sp.;Actinoptychus sp.;Stephanodiscus sp.;Neidium sp.;Rhaphoneis sp. São Paulo (oozes costeiras costeiras) Pinnularia spp.;Diploneis spp.; Coscinodiscus spp.; Melosira spp.; Navicula spp,; Nitzchia spp.; Actinoptychus spp.;Paralia spp.;Synedra sp.;Stauroneis sp.;Tetracyclus sp.;Thalassiosira sp.;Eunotia spp.;Triceratium sp.;Hyalodiscus sp.;Stephanodiscus sp.;Fragillaria sp.;Rouxia sp.;Gomphonema sp.;Surirela sp.;Epithemia sp.;Hantzchia sp.;Caloneis sp,.Cyclotella sp.;Arachnoidiscus sp.;Thalassiothriz sp.;Cymbella sp.;Dictyocha sp.;Gramatophora sp.;Rhaddonema sp.;Cocconeis sp.;Bruviosis sp.;Chaetoceros sp.;Podosira sp.;Biddulphia sp. 4.6. Uso do recurso natural As reservas nacionais de Diatomito, segundo estimativa do DNPM (2002), são de 3,5 milhões de toneladas, montante assim distribuído: Bahia (44%), Rio Grande do Norte (36%), Ceará (18%), Rio de Janeiro (1%), São Paulo (0,7%) e Santa Catarina (0,3%). Devido ao baixo coeficiente de transmissão de calor, (entre 0,49 e 0,77 K), o Diatomito é um bom isolante térmico. Tal característica é vinculada ao ar aprisionado nos poros e interstícios existentes entre as micro partículas da litologia. Essa propriedade torna o uso do Diatomito em pó, pastas, grânulos ou tijolos, apropriado à vedação térmica de instalações e equipamentos industriais Abreu, (1973) Segundo a mesma fonte, em decorrência da alta capacidade de retenção de partículas, os Diatomitos são excelentes coadjuvantes para filtrações rápidas, especialmente de líquidos viscosos, como óleos e xaropes. Diatomitos constituem os elementos filtrantes mais usados nas indústrias de bebidas e soluções açucaradas em geral Na Bahia, sitio atual das maiores minas de Diatomito em atividade no Brasil, níveis humificados, arenosos ou argilosos constituem impurezas capazes de inviabilizar ou limitar o uso desse recurso natural. No quadro 4.5. apresentam-se as faixas de teor de óxidos desejáveis (sílica) e aceitáveis (demais), de um Diatomito bruto para o respectivo aproveitamento comercial. Quadro 4.5. Diatomito para uso comercial: Percentuais de óxidos desejáveis/aceitáveis Óxidos % SiO2 85 - 94 Al2O3 1-7 Fe2O3 0,4 – 2,5 TiO2 0,1 – 0,5 CaO 0,3 – 3 K2O 0,3 – 0,9 P2O5 0,03 – 0,2 Fonte: CETEM, (2002). Sendo a maior parte da constituição do Diatomito sílica hidratada (semelhante à opala), os filtros de Diatomito são inertes aos ataques ácidos ou alcalinos, sendo por isso usados no trato de produtos corrosivos. Quando isentos de grãos de quartzo os Diatomitos são beneficiados para uso em micro-abrasivos destinados ao polimento de jóias, vidrarias e pastas polidoras para a limpeza e polimento de objetos de prata. Uma versão abrandada do mesmo abrasivo participa da composição dos cremes dentais (CETEM, 2002). Segundo a mesma fonte, a grande inércia química, faz do Diatomito puro e de muitos de seus beneficiados, excelentes agentes de carga, característica necessária a uma série de produtos mas de uso mais freqüente na indústria de tintas e vernizes. A alta capacidade absorvente e a grande leveza, vêm sendo a característica mais explorada dos produtos produzidos a base de Diatomito. Neste sentido é crescente o seu uso na contenção de derrames líquidos, principalmente óleos, inseticidas, detergentes, e produtos químicos em geral. Suas leveza e porosidade fazem-no o substituto ideal do isopor como embalagem envolvente de frascos e outras embalagens com risco de quebra e ou derrame. Segundo Lorini et al., (2001), o Diatomito tratado aumenta a sua capacidade de dispersão e absorção, tornando-se também um pó secante de primeira linha para emprego como base para inseticidas sólidos ou líquidos. No Brasil, uma das mais recentes aplicações para o Diatomito em pó ou grânulo, vêm sendo o controle de pragas do milho que fica longo tempo armazenado em silos. Tal aplicação vem sendo estudada desde a década de 90 por pesquisadores da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, unidade de Passo Fundo, RS. Segundo o DNPM, (2002), no ano de 2000 o Brasil importou cerca de 20.412 t de Diatomito e seus derivados, montante que representou um acréscimo de 21% sobre a importação dos mesmos produtos no ano anterior. Segundo a mesma fonte os setores que mais consumiram beneficiados de diatomito para carga foram as indústrias de tinta e vernizes. A indústria de bebidas e do açúcar foram as maiores consumidoras de Diatomito em agentes filtrantes. Consumo importante também é registrado nas indústrias de abrasivos, ceras, fibras e isolantes. Afora os usos descritos, o Diatomito encontra grande demanda como pozolana, cujo uso foi abordado no capítulo 3. desta monografia. 5. ESPONGILITO 5.1. Dados gerais sobre a litologia Vide tese completa em www.dcnemrevisra.com.br 5.2. Noções sobre a espongofauna As esponjas são animais metazoários sésseis cujo corpo é constituídos por células altamente móveis e totipotentes. São caracterizados pela ausência de tecidos e uma superfície corpórea dotada de poros e ósculos, respectivas entrada e saída do um sistema filtrador aqüífero. Este é também dotado de canais inalantes e exalantes que se conectam à câmaras revestidas por uma camada de células coanocitárias. Grande parte das espécies de esponjas possui um esqueleto estruturado por espículas calcíticas ou silicosas (Hooper & van Soest, 2002). Estudos recentes de biologia molecular confirmam a natureza metazoária desses animais, sem elucidar no entanto, o seu relacionamento com os demais metazoários. As esponjas estão presentes com espécimes no registro fóssil marinho desde há 750 milhões de anos AP (Reitner & Wörheide, 2002). Suas espículas são abundantes em depósitos marinhos da zona de intermarés mas podem ser encontrados até na zona abissal. Os registros continentais testemunham deposições sedimentares gerados por esponjas de águas doces em ambientes pouco profundos. Os poríferos são organismos hermafroditos ou gonocóricos, sendo que algumas espécies marinhas e, quase todas de água doce, dispõem de reprodução assexuada, através da produção de gêmulas, geralmente guarnecidas de espículas peculiares. A peculiaridade reprodutiva das esponjas parece ser a base da persistência filogenética e cronológica desses animais. O seu crescimento e a forma corpórea final são respostas adaptativas às condições químicas, hidrodinâmicas e morfológicas do meio. As formas atuais, tanto de esponjas marinhas quando de águas continentais são abundantes e caracterizam águas claras, calmas e limpas, onde há menor risco à obturação de seus poros (Palacio e Bermudez, 1963). Considerando as diferentes formas e composições químicas dos elementos esqueletais das esponjas o Filo Porífera é subdividido em três classes. a) Calcarea ou Calcispongiae, com espículas calcárias, incluindo as formas marinhas ocorrentes até 30 metros de profundidade; b) Hexatinellida ou Hyalospongiae, com esqueleto constituído por espículas silicosas hexarradiadas e capazes de viver no mar até os mil metros de profundidade; c) Demospongia, com esqueleto constituído por espículas silicosas e espongina ou apenas espongina, abrangendo formas dulcícolas ou marinhas distribuídas até 300 metros de profundidade. A classe inclui 90 % das espécies atuais e todas as espécies de água doce. Em função da maior abundância e diversidade das esponjas marinhas constata-se haver um maior número de estudos micropaleontológicos atinentes àquele ambiente, em detrimento dos depósitos continentais, gerados pelas esponjas de água doce. 5.3. Ocorrência nacional: a evolução do conhecimento Desde 1976 o estudo dos espongiários dulcícolas e dos respectivos registros sedimentares em depósitos neotropicais, de modo especial as ocorrências brasileiras, vêm sendo diversificado e refinado, fruto do trabalho da Dra. Cecília Volkmer Ribeiro. À referida pesquisadora, atuante na Fundação Zoobotânica do Estado do Rio Grande do Sul, cabe o mérito da mais ampla abordagem desses poríferos. A obra de Volkmer-Ribeiro, rica em quantidade e qualidade, oportuniza o acesso à conhecimentos variados, sejam peculiaridades ecológicas das espécies ou minúcias morfológicas, distintivos necessários à proposição de novos taxa. No início da década de 80, geólogos da CODESUL, Companhia de Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso do Sul, realizando uma avaliação do patrimônio mineral da, então recém criada, unidade da federação, constataram haver, nos Municípios de Paranaíba e Aparecida do Taboado, a exploração irregular de sedimentos lacustres. Os sedimentos eram destinados, como matéria-prima, à inúmeras pequenas olarias locais. Como ainda não houvesse uma estrutura estadual apta a promover análises de detalhe, a CODESUL contratou os serviços do IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, o qual desencadeou o "Projeto Diatomito" (Blini, 2000). Resultados parciais do referido estudo foram divulgados pela SEPLAN/MS, Secretaria de Planejamento do Estado de Mato Grosso do Sul, em 1989. Quadro: Espongilitos no Brasil – Evolução dos conhecimentos Cronologia 1895 Autoria Traxler 1973 Abreu 1986 Motta et al. 1989 Gomes et al. 1992 Volkmer-Ribeiro 1993 Fernandes et al. 1995 Volkmer-Ribeiro, & Motta, 1998 Volkmer-Ribeiro et al. em Ratter & Milliken 1998 Volkmer-Ribeiro et al. 2000 Blini, & Lorenz-Silva 2000 Yamamoto Contribuição diferencial Ocorrência de três espécies de esponjas de água doce em sedimentos lacustres da região de Porto Ferreira, noroeste do Estado de São Paulo. O autor refere haver associação freqüente de espongilitos e diatomitos e destacando a ocorrência desse tipo de depósito na região dos lagoas maranhenses. Refere-se à "cauchi" como sendo a denominação dos espongilitos dos lagos e igarapés do Amazonas. O autor faz referência às fortes reações alérgicas geradas pelo espongilito. Promoveu os primeiros estudos estudos das lagoas com espongilitos da região dos cerrados, constatando que a maior parte daqueles corpos se encontra em peneplanos da Bacia do Paraná. Sua origem estaria ligada a movimentos tectônicos, à ocorrência de pipings erosivos e ou a eventos de deflação, com posterior recobrimento detrítico. os autores situaram a ocorrência de espongilitos em lagoas de uma região costeira situada entre os Estados do Maranhão e Rio Grande do Norte onde, em terraços terciários e planícies fluviais, ocorreriam depósitos lacustres proximos à faixa de dunas da Formação Barreiras. Reavaliou as ocorrências paulistas do Município de Porto Ferreira, reconhecendo elementos esqueletais de cinco espécies de esponjas: Metania spinata, (Carter, 1881); Dosilia pydanieli, (Volkmer-Ribeiro, 1992); Corvomeyenia thumi, (Traxler, 1895); Radiospongilla amazonensis (Volkmer-Ribeiro & Maciel, 1983) e Trochospongilla variabilis, (Bonetto & Ezcurra de Drago, 1973). No mesmo trabalho a autora confrontou táxons ali encontrados com espécies atuais de lagoas do Estado de Roraima. realizaram a análise qualitativa dos elementos esqueletais das esponjas nos sedimentos, bem como da espongofauna atual da ocorrência antes situada por Gomes et al, (1989). Constataram que nos depósitos lacustres da região das dunas, embora haja um volume significativo de sedimentos espiculíticos (espongilitos), predominam as concentrações de frústulas de diatomáceas (diatomitos). Detalharam alguns depósitos lacustres da região do Triângulo Mineiro e adjascências, constatando que a maior parte dos elementos esqueletais de espongiários encontrados são, na base, de Metania spinata, espécie colonizadora e típica de climas mais amenos. No topo dos depósitos abundam espículas de Corvomeyenia thumi, espécie de ambientes expostos e típica de climas mais quentes. Tais ocorrências têm constituído importantes indicadores paleoambientais que registram a dinâmica do meio ao longo do tempo (Volkmer-Ribeiro et al.,1995 e 1998).e ... Registraram a ocorrência, na região amazônica da Ilha do Maracá, de uma espongofauna abundante e similar a que constitui os espongilitos da região centro-oeste. As esponjas dulcícolas de Maracá constituem uma fauna distinta da encontrada na amazônia central. Discriminaram, no Brasil, duas zonas de concentração de espongilítos lacustres; uma no centro-oeste do país, região originalmente recoberta por Cerrados, cuja abrangência inclui parte dos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, e outra situada entre o cinturão de dunas que se estende do Estado do Maranhão até o Rio Grande do Norte A partir de sondagens de percussão, realizadas até 50cm de profundidade, registraram a ocorrência de níveis espiculíticos em sedimentos do sistema lacustre da região de Três Lagoas, MS. Reavaliaram depósitos de espongilitos da região noroeste do Estado de 2000 Roque-Silva & Lorenz-Silva 2000 Volkmer-Ribeiro 2001 Volkmer-Ribeiro et al. 2001 Delben et al. 2002 Blini et al. Lorenz-Silva et al. Lorenz-Silva et al. 2002 2003 São Paulo realizando amostragens visando estudos de viabilidade de uso desse recurso natural como aditivo pozolânico para cimentos e concretos. Abordaram o contexto geográfico geomorfológico e os impactos recentes decorrentes da urbanização dos entornos e da exploração dos sedimentos espiculíticos do sistema de lagoas da região leste do Estado de Mato Grosso do Sul. Estão em estudo os depósitos sílico-biogênicos dos lagos e lagoas temporários e igarapés amazônicos da Ilha do Maracá os depósitos da Lagoa do Caçó (no Estado do Maranhão) na zona do ecótono cerrado/dunas do Estado do Maranhão, revelaram, através dos elementos esqueletais existentes nos sedimentos, uma espongofauna típica de ambiente semi-lótico Caracterização físico-química de amostras homogeneizadas do espongilito da Lagoa do Araré, Município de Paranaíba, MS. (mineral bruto denominado espongiolito ou espongilito). Coleta e direito sobre as amostras fornecidas pela Companhia de Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso do Sul, (CODESUL), órgão detentor do direito de lavra da referida ocorrência. Análise micropaleontológica inicial do Espongilito Consolidado de Três Lagoas, MS. Publicação de técnicas para o preparo de amostras, laminação e análise micropaleontológica de espongilitos. Caracterização micropaleontológica, petrográfica e datação preliminar da base psamítica da laje de espongilito consolidado de Três Lagoas, MS. Nestes os sedimentos analisados foram descritos como pelitos inconsolidados de cor cinza clara ou escura, a depender do conteúdo humífero associado bem como do grau de hidratação. Segundo a mesma fonte, a análise qualitativa desses sedimentos revelou a predominância de fragmentos de espículas de esponjas (.....percentual......) e quantidades subordinadas de fragmentos de frústulas de diatomáceas. Como constituintes minerogênicos foram constatados grãos subarredondados de quartzo e argilominerais. O elevado grau de fragmentação da matéria biogênica analisada foi atribuído, pelo IPT, aos processos de homogeneização pré-analítica via aquecimento e britagem, aos quais foram submetidas as amostras (Santos, 1993). Em 1993 a CODEMS, nova sigla da mesma Companhia de Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso do Sul, com a SEPLAN/MS, publicaram resultados das análises realizadas pelo IPT na década anterior. Relatório do IPT (1984), disponibiliza dados morfológicos, dimensionais e batimétricos da Lagoa do Araré, corpo d´água situado no Município de Paranaíba, assim como a seguinte composição dos respectivos sedimentos: 32,25% de componentes clásticos, (areias de grã variada, silte e argila); 67,75% de componentes biogênicos, (2,40 % de fragmentos de frústulas de diatomáceas, 12,62 % de matéria orgânica não identificada e 52,74 % de fragmentos de espículas de esponjas). A cubagem do horizonte mineralizado apontou uma reserva local de 132.065m 3, montante que garantiria 10 anos de exploração contínua do espongilito (Lorenz-Silva,1990). Volkmer-Ribeiro & Motta, (1995), analisando amostras dos pelitos lacustres da Lagoa do Araré, identificaram elementos esqueletais de Dosilia pydanieli, como espécie predominante e indicativa de topo de colmatação; Metania spinata, como espécie colonizadora e abundante da base ao topo dos depósitos, e Corvomeyenia thumi, como espécie rarefeita e indicativa de topos de depósitos em formação sob climas quentes. Segundo os autores, as espécies identificadas têm em comum o fato de suportarem ambientes estacionalmente secos. Em 1998, a imprensa de Três Lagoas, município sul-mato-grossense situado cerca de 200 km ao sul do Município de Paranaíba, denunciaria que funcionários da municipalidade encarregados da limpeza de uma das lagoas locais, teriam sido encaminhados ao hospital local apresentando inchaço dos membros inferiores como decorrência do contato com "um pó branco" encontrado no fundo do referido corpo d´água. Especialistas do IBAMA e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, haviam sido contrários à referida limpeza com os métodos que haviam sido divulgados. Tal oposição, no entanto, não impediu a ação da prefeitura local, nem as inúmeras reações decorrentes. A UFMS, no âmbito do DCN, Departamento de Ciências Naturais do Campus de Três Lagoas, promoveu desde então, uma série de estudos, gerando várias monografias, resumos e artigos atinentes às lagoas locais, produtos, parte dos quais, foi divulgada pela imprensa do município. Alguns dos temas abordados foram: a análise preliminar dos sedimentos (Giovanini, 2000); o registro de reações alérgicas (Machado, 2000); a dinâmica geoambiental recente (Silva, 1999); a qualidade da água (Nacayama, 2000) e a diversidade faunística pretérita (Pereira, 2000). Entre fevereiro de julho de 1999 e fevereiro de 2001, o setor de Geologia do DCN/UFMS, ampliaria o universo das investigações até então realizadas, através de uma campanha de sondagens de percussão realizada, até 50 cm de profundidade, em oito lagoas da região. Em nenhum dos corpos d´água investigados foram encontradas esponjas atuais. A análise da fração pelítica dos sedimentos revelou, nas amostras dos corpos d´água dos altos terraços fluviais, níveis com até 50% do conteúdo de espículas, dispostos até 30 cm de profundidade. Tal concentração não foi constatada nos sedimentos amostrados em lagoas situadas a cerca de 60 km ao sul e a oeste do núcleo urbano três-lagoense, nos baixos terraços ou no compartimento de colinas. As amostras provenientes desses últimos corpos d´água revelaram conteúdo de espículas entre 0 e 5% apenas nos níveis mais superficiais (Nunes, 2001). Ao longo da investigação acima referida, pesquisadores da UFMS constataram a existência de espongilitos consolidados apenas num dos corpos d´água investigados, a Lagoa do Meio, situada nas imediações do núcleo urbano de Três Lagoas. A população de oleiros locais foi entrevistada, revelando que o referido sedimento foi alvo de intensa exploração ao longo das décadas de 60 e 70, para agregação, como pozolana, ao concreto destinado às obras do complexo hidrelétrico regional, (Usinas Hidrelétricas de Ilha Solteira e Engenheiro Souza Dias) (Blini & Lorenz-Silva, 2000). A análise micropaleontológica dos sedimentos da base do pacote de espongilitos, possibilitou o reconhecimento de micro e macroscleras, de rótulas e, em menor quantidade, de gemoscleras íntegras, Via correlação morfológica foi possível confirmar a ocorrência, no nível investigado, de esponjas da espécie Metania spinata. Tais resultados foram publicados por Lorenz-Silva & Leipnitz, (2001), em trabalho que refere o reconhecimento de uma associação florística de diatomáceas dos gêneros: Eunotia, (predominante), Stauroneis, Navicula e Pinnularia, todas típicas de ambiente oligoalino, sendo Eunotia típica de águas ácidas e Pinnularia , típica de águas ferruginosas. 5.4. Dados litológicos e correlatos 5.5. Dados micropaleontológicos e correlatos Vide tese completa em www.dcnemrevista.com.br 5.6. Uso do recurso natural Segundo Santos (1993), as maiores reservas de espongilito encontram-se na Austrália e nos Estados Unidos. Por constituir matéria amorfa de fácil desagregação, naqueles países o espongilito é usado na obtenção de produtos especiais, principalmente sílica gel e silicato de sódio. Até o final da década de 90, toda a sílica gel consumida no Brasil era importada. Segundo o IPT (1984), testes de beneficiamento e aplicabilidade de amostras oriundas de depósitos sul-mato-grossenses de Paranaíba e Aparecida do Tabuado revelaram a boa potencialidade daqueles sedimentos como matéria-prima para a indústria de isolantes, refratários e pozolanas. O referido instituto estimou custos totais de fabricação de isolantes e refratários produzidos a partir de espongilito em US$ 124.80 por tonelada, quanto o valor dos respectivos produtos acabados chegava a US$ 411.00 por tonelada. Segundo Ferreira et al. (1995), pozolana é a denominação da matéria silicosa ou sílico-aluminosa natural ou residual de atividades industriais e agrícolas, a qual, quando finamente moída e na presença de água, reage com hidróxido de cálcio, formando compostos cimentantes. Segundo os mesmos, os espongilitos são pozolanas de excelente qualidade e substitutos vantajosos para o clínquer, durante a fabricação do Cimento Portland, assim como para parte do cimento durante o preparo de argamassas e concretos. Segundo Gava (1999), o uso de cimento pozolânico é considerado uma tecnologia de segurança especialmente na construção das barragens de concreto, pois seu uso acarreta numa sensível redução da reatividade química ao longo do tempo. O concreto com pozolana é menos permeável e mais compacto do que aquele produzido pelo uso do cimento. No sul do Brasil são adicionadas ao cimento como pozolanas, as cinzas produzidas pela queima do carvão nas usinas termelétricas. No Nordeste o cimento recebe a mistura de argilas calcinadas. No Sudeste, onde se produz 54,25% do cimento nacional, o uso de aditivos pozolânicos ainda éincipienteas pozolanas é mínimo, mormente em decorrência da falta de estudos de detalhe de jazidas como as de espongilito, as jazidas. No Estado de São Paulo, pesquisadores da USP vêm investigando ocorrências de pozolanas naturais situadas entre os Municípios de Assis, Presidente Prudente e Araçatuba (Yamamoto (2000). O uso das pozolanas preserva as jazidas de calcário, principal componente do cimento comum, mas produto com muitas outras aplicações, tais como: corretivo de solo, na fabricação de cal e na produção do ferro-gusa. Para o meio ambiente, o uso das pozolanas reduz a emissão de dióxido de carbono pois a produção do cimento pozolânico requer temperaturas menores do que as usadas no fabrico do cimento convencional. Os fornos de alta temperatura, usados na queima de calcário e argila para a produção do tipo Portland, são responsáveis pela liberação de enormes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera .O uso do cimento pozolânico agrega soluções de alta tecnologia a vários problemas enfrentados pela construção civil (Yamamoto, 2000). FIGURA XXX - Espongilito junto à estrada Araçatuba-Guararapes Fonte: Yamamoto (2000). 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo das peculiaridades físicas, químicas e biológicas de um recurso natural e do respectivo ambiente de sua geração e depósito deve preceder à exploração o efetivo uso do mesmo. Tal ordenação, já comum na atividade mineraria dos centros desenvolvidos, gera subsídios preditivos ou não aleatórios, principalmente quando os recursos prospectados são bens minerais. A busca pela otimização do aproveitamento de cada recurso passa pela realização de ensaios e análises adequados e compatíveis a cada objeto de estudo. Especificamente sobre diatomitos e espongilitos, constata-se que a maior parte dos estudos nacionais, mesmo a desenvolvida no âmbito acadêmico, investiga propriedades potencialmente vantajosas em novas aplicações, composições e produtos. Tais estudos, seguindo o interesse e a economia do patrocínio, induzem à análise de amostras compostas ou homogeneizadas, as quais nada revelam sobre as variações horizontais e verticais de cada depósito, inviabilizando entre outras, a construção de inferências paleoecológicas. 6.1. Discrepâncias, similaridades e mazelas O caráter biogênico pode ser considerado a maior discrepância entre o Trípoli e as demais litologias ora abordadas; visto que naquele, a contribuição orgânica está afeta à arquitetura do depósito e não à gênese e constituição, como nos Diatomitos e Espongilitos. Por outro lado as litologias abordadas constituem todas, agregados microcristalinos pulverulentos e gerados em ambientes continentais. Através de exame macroscópico, Trípoli, Diatomito e Espongilito são indistinguíveis, e essa similaridade físico-dimensional é também a determinante da porosidade e da friabilidade dessas rochas e oozes. As três litologias encontram semelhanças, também, quanto ao aproveitamento econômico, campo fértil pra as mais recentes pesquisas a cerca desses recursos naturais, mormente no contexto extranacional. Especial atenção merece a composição química que, como característica básica, é moduladora de várias outras propriedades, talvez representando o ponto de maior similaridade entre as três litologias abordadas. Do Trípoli, a partir do estudo feito por Riccomini et al.(1997), sabe-se que a respectiva composição mineralógica inclui entre 98 e 99% de sílica total, sem que haja um refino quantitativo tipológico deste dado. Quanto aos Diatomito e Espongilito, nos quadros 6A e 6B expõem-se de forma comparativa, dados atinentes à química dos mesmos. Quadro 6A: Óxidos e Perdas ao fogo: Seleção comparativa e média percentual a partir de amostras de Espongilitos e Diatomitos de contextos geográficos diversos. SiO2 Al2O3 Fe2O3 Perdas ao fogo TiO2 Cão MgO Na2O K2O MnO P2O5 % em peso E1 E2 E3 E4 M/E D1 D2 D3 D4 M/D 82,50 97,50 77,50 92,00 87,38 88,20 75,30 72,70 64,00 76,10 7,40 1,87 11,70 2,30 5,82 0,90 9,30 10,50 19,40 10,15 0,85 0,24 1,70 0,40 0,80 0,50 0,60 2,90 1,80 1,15 7,50 7,80 4,40 7,10 1,36 0,05 0,09 0,02 0,06 0,00 0,00 0,28 0,01 0,01 0,05 0,05 0,01 0,00 0,00 0,10 0,40 0,10 0,10 0,01 0,01 0,00 0,05 0,20 0,10 0,10 0,01 0,02 6,70 2,20 7,70 10,80 5,10 6,45 Legendas: AC = Amostra composta; B = Base do depósito; T = Topo do depósito. E1 – Espongilito de Paranaíba, MS. (AC/1); E2 – Espongilito de João Pinheiro, MG. (AC/2); E3 – Espongilito de Três Lagoas, MS. (B/3); E4 - Espongilito de Três Lagoas, MS. (T/3); D1 – Diatomito Mina da Ponte , BA. (AC/4); D2 - Diatomito Lagoa Graçuí, CE. (AC/5), D3 – Lagoa dos Doidos, RN. (AC/5) e D4 – Lagoa de Cima, RJ.(AC/5). Fontes: 1) Dias et al., (1988); 2) Esper, (2000); 3) Lorenz-Silva et al.,(2003); 4) CETEM (2002); 5) INT em Abreu, (1973). Quadro 6B: Sílica: análise tipológica no Diatomito da Mina Ponte, Mucugê, BA. Sílica total Sílica amorfa Sílica quartzo Sílica caulinita 88,2% 70,5% 07,0% 10,7% Fonte: CETEM (2002) A exploração desordenada e sem fiscalização, o manuseio, o beneficiamento e a comercialização irregular dos sedimentos biossilícicos e respectivos produtos de olaria, exaurem os depósitos nacionais e geram uma série de passivos, inclusive ambientais A acelerada exaustão das jazidas rasas e dos depósitos biossilícicos, de forma especial daqueles mais próximos aos núcleos urbanos, decorrem das atividades exploratórias não controladas e da demanda por materiais que é proporcional à velocidade de expansão dos centros urbanos. No setor mineral brasileiro, o detrimento à pesquisa geológica básica e a inércia de fiscalização são mazelas a eliminar e que delegam ao âmbito acadêmico o papel de gerar, organizar, dar a conhecer e refinar o conhecimento a cerca dos recursos nacionais. Constata-se que nos centros desenvolvidos cresce a demanda por produtos com diferenciais vantajosos, em decorrência do que, têm aumentado proporcionalmente os investimentos na pesquisa das matérias-primas minerais e no estudo dos ambientes e dos processos de sua formação e deposição. Não havendo como valorar o que se desconhece, a solução de qualquer carência inicia pela consciência da mesma e prossegue através da busca por conhecimentos. Em se tratando do patrimônio mineral brasileiro, importa também, evitar a perda de divisas decorrentes do sub aproveitamento, através da eliminação do hiato existente entre o destino efetivo atual e o uso mais valorizado de nossos bens minerais. Do Trípoli, conhecidas as peculiaridades e a potencialidade de uso a partir dos resultados de estudos publicados por Bradbury & Ehrlinger, (1983) e Harben, (1983) e, considerada a proximidade do sítio nacional de ocorrência ao maior pólo industrial brasileiro, releva-se o interesse pelo respectivo detalhamento da ocorrência paulista. Sobre o tema Riccomini et al., (1997), salientam a necessidade de promover prospecções subsuperfíciais com a finalidade de avaliar possíveis outras áreas de silicificação nas unidades permianas da Bacia do Paraná. 7. Bibliografia Ab’saber, A.N. 1969. Formações Quaternárias em áreas de reverso de cuestas em São Paulo. Bol. da Fac. de Fil. Ciências e Letras da USP. Geomorfologia, 16. Ab’saber, A.N. 1969. Os baixos chapadões do Oeste Paulista. Bol. da Fac. de Fil. Ciências e Letras da USP. Geomorfologia ,17. Abreu, S. F. 1973. Recursos minerais do Brasil, v.1. Ed. Edgard Blücher/Edusp....... Abreu, S.F.1973. Recursos minerais do Brasil. 3 ed. São Paulo, Edgard Blücher/EDUSP, 345 p. Almeida, F.F.A. & Melo, M.S. 1981. A Bacia do Paraná e o vulcanismo mesozóico. In: Bistrichi, C.A. & Carneiro, C.D.R. (eds.). Mapa geológico do Estado de São Paulo – nota explicativa. IPT, São Paulo, v.1. p.46-47. Almeida, F.F.M. & Barbosa, O. 1953. Geologia das quadrículas de Piracicaba e Rio Claro, Estado de São Paulo. Rio de Janeiro, DNPM/DGM, 96 p. (Boletim 143) Andrade, S.M. & Soares, P.C. 1971. Geologia do centro-leste do Estado de São Paulo. PETROBRÁS/DESULSEGES. (Relatório 407) Barbosa, O. & Gomes, F.A. 1958. Pesquisa de petróleo na bacia do Rio Corumbataí. Rio de Janeiro, DNPM/DGM, 40 p. (Boletim 171) Barcelos, J.H. 1984. Reconstrução paleogeográfica da sedimentação do Grupo Bauru baseada na sua redefinição estratigráfica parcial em território paulista e no estudo preliminar fora do Estado de São Paulo. UNESP/IGCE,Rio Claro, Tese de Doutoramento, 470p. Berg, R.B. & Masters,'j.M. 1994. Geology of microcrystalline sílica (tripoli) deposits, southernmost Illinois. Illinois State Geological Surve\, Circular, 555, 89 p. Bigarella, J.J.; Becker, R.D;, Santos, G. F. 1994. Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais. Florianópolis. EDUFSC, p.307-308. Blini, R.C.B. & Lorenz-Silva, J.L. 2000. A ocorrência de níveis de sedimentos biogênicos lacustres na Região do Alto Paraná, MS/SP. In: SBPC, Reunião anual da SBPC, 52, Brasília, Anais em CD. Boggiani, P.C. & Coimbra. A.A. 1991.Proveniência dos clastos silicosos das cascalheiras dos rios Paraná e Araguaia. In: SBG, Simpósio de Geologia do Sudeste, 2, São Paulo, Atas, 1:1-7. Boogs, J.R.S. 2001. Principles os Sedimentology and Stratigraphy. 3 ed. New Jersey, U. Oregon/Prentice Hall,.726 p. Bradbury, J.C. & Ehrlinger, H.P. 1983. Tripoli. In: Lefond, S.J. (ed.) Industrial Minerais and Rocks. New York, American Instituto of Mining, Metallurgical and Petroleum Engineers, p.1209-1218 Campanha, V. A & Jacinto, M. C. 1986.Refinamento da metodologia apli cada às pesquisas de diatomitos não-marinhos brasileiros. Bol. Geografia em Debate nº1, PUC/SP Cattanio, M.B. & Lorenz-Silva, J.L. 1997. Geologia e Geomorfologia de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. Revista Científica e Cultural da UFMS., 2: 36-38. Christofoletti, A. 1980. Geomorfologia. 2ed. São Paulo, Edgard Blücher, 120p. Coimbra, A.M.; Brandt Neto, M.; Coutinho, J.M.V. 1981. Silicifïcação dos arenitos da Formação Bauru no Estado de São Paulo. In: SBG/ Núcleo São Paulo, A Formação Bauru no Estado de São Paulo e regiões adjacentes. São Paulo, Coletânea de trabalhos e debates, 103-115 Collinson, J.D. Tompson, D.B. 1989. Sedimentary Structures. 2ed. George Allen and Unwin, London, 207 p. Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais. 1976. Projeto Diatomita na Chapada Diamantina, Bahia. Relatório CPRM 22/76. 86p. Conway, R. 1991 In: Gammon, P.R. & James, N.P. 2001 Palaeogeographical influence on Late Eocene biosiliceous sponge-rich sedimentation, southern Western Australia. London, IAS. Sedimentology, 48:559-584. Costa, L.M.; Keller, W.D.; Johns, W.D. 1992. Espículas de esponjas em solos de João Pinheiro, MG. Revista. Ceres, 39:597-603. Curitiba, Tese para Professor Titular, 130 p. Souza Filho, E.E. 1983. Tectônica da região de Rio ClaroPiracicaba, Domo de Pitanga. In: SBG/ Núcleo São Paulo, Simpósio Regional de Geologia, 4, São Paulo, Atas, 191-196. De Laubenfels, M.W. 1953. Fossil sponges os Western Autralia. Bol. J. Roy. Soc. W. Australia, 37:105-117. De Ros, L.F. 1987. Petrologia e características de reservatório da Formação Sergi (Jurássico) no Campo de Sesmaria, Bacia do Recôncavo, Brasil. Ciência, Técnica, Petróleo,19 :107 p. Eiten, G. 1993. Cerrado In: Pinto, M.N. (orgª). Cerrado: ocupação, caracterização e perspectivas. 2 ed. Brasília, EDUNB, p. 117-73. Esteves, F. A. 1988. Fundamentos de limnologia. 2ed. Rio de Janeiro, Interciência , 602 p. Farjallat, J.E.S. & Suguio, K. 1966. Observações sobre a zeolitização em basalto e arenito, Nioaque, Mato Grosso. Bol. Soe. Bros. Geol, 15:51-58 Fernandes, J.L;. Franchi, J.G.; Lazzari, R.T. 1993. Diatomite deposits from Januario Cicco, Rio Grande do Norte. In: SBG, Symposium of Northeastern Geology, 1, Natal, Bulletin, 1:222-224. Ferreira, H.R. Neves, C. Araujo, G. 1995. Cais Pozolânicas uma Opção Economica - Estado da arte. In: CBC/ABC Congresso Brasileiro de Cerâmica, 40. Águas de Lindóia,. Anais, 1:1066-1071. Folk, R.L. & Pittmann, J. 1972. Length-slow chalcedony: a new testament for vanished evaporites. J. Sed. Petrol, 41:1045-1058 Fournier, R.0.1985. The behaviour of sílica in hydrothermal solutions. In: Berger, B.R. & Bethke, P.M. (eds.). 1985. Fúlfaro, V.J. & Barcelos, J.H. 1992. O Cretáceo sedimentar das bacias centro e sudeste do Brasil. In: Simpósio sobre as bacias cretácicas brasileiras, 2, Rio Claro, Anais, 1:115-116. Fúlfaro, V.J.; Saad, A.R.; Santos, M.V. 1982. Compartimentação e evolução tectônica da Bacia do Paraná. Rev. Bras. de Geociências, V.12, 4:233-256. Fúlfaro, V.J.; Saad, A.R.; Santos, M.V.; Vianna, R.B. 1982. Compartimentação e evolução tectônica da Bacia do Paraná. São Paulo, PAULIPETRO/CESP/IPT, p. 75-142. (Relatório) Gammon, P.R. & James, N.P. 2001. Palaeogeographical influence on Late Eocene biosiliceous sponge-rich sedimentation, southern Western Australia. Sedimentology, 48:.559-584. Gammon, P.R. & James, N.P. Pisera, A. 2000. Late Eocene shallow-marine sponge deposits, Western Australia. Geology, 28: 855-858. Gammon, P.R.; James, N.P.; Bone. Y.; Clarke, J.D.A. 2000. Sedimentology and Lithoestratigraphy of a late Eocene sponge-dominated sequence, southern Western Australia. Aust. J. Earth Sci., 47: 1087-1103. Gava, P.G. 1999. Estudo Comparativo de diferentes metodologias para a avaliação de atividade pozolânica . Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Dissertação de Mestrado, 240 p. Geology and geochemistry ofepithermal systems. Chelsea, Society of Economic Geologists, Reviews in Economic Geology, v.2, p. 45-61 Giovanini, V.V. 2000. Análise preliminar de sedimentos bentônicos do sistema lacustre de Três Lagoas, MS.. UFMS/DCN, Campus de Três Lagoas, Monografia do Curso de Licenciatura em Ciências. 40p. Girardi, A.V.; Melfi, A.J.; Amaral, S.E. 1978. Efeitos termais associados aos diabásios mesozóicos da Bacia do Paraná. Bol. IG-USP, 9:47-55 Gomes. J.R.C.; França,F.A.B.; Barros, M.J.G. 1989. Geologia In: Recursos naturais. Nota explicativa das folhas folhas SB 24/25, Jaguaribe/Natal. DNPM/RDAMBRASIL, p. 11-24. Guerra, A. J. T. 1969. Dicionário Geológico-Geomorfológico. 3ed. Rio de Janeiro, IBGE, 550 p. Guerra, A.J.T., & Cunha, S.B. 1994. Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro,. Bertrand Brasil. 240p. Guerra, A.J.T.1980. In: Recursos Naturais do Brasil. Rio de Janeiro, IBGE, 110p. Guidicini, G. & Fernandes Da Silva, R. 1972. Sobre a ocorrência de uma extensa bacia de acumulação de sedimentos rudáceos na região de Três Lagoas, sudeste de Mato Grosso. In: SBG, Congresso Brasileiro de Geologia, 26,. Belém, Anais, 1:154-165. Gutmans, M. 1949. Tectônica da Bacia do Paraná. In: Mineração e Metalurgia 14(80): 47-49. jul/agosto. São Paulo. Hachiro, J.; Coimbra, A.M.; Matos, S.F.L. 1993.0 caráter cronoestratográfïco da Unidade Irati. In: IGCE/UNESP, Simpósio sobre Cronoestratigrafia da Bacia do Paraná, l, Rio Claro, Resumos, 62-63 Hachiro, J.; Coutinho, J.M.V.; Coimbra, A.M. 1994. Efeitos metamórficos de instrusivas básicas em sedimentos do Subgrupo Irati (Rio Aporé - MS). In: SBG/ Núcleo Brasília, Simpósio de Geologia do Centro-Oeste, 4, Brasília, Anais, 64-65 Hallsworth, C. R. & Knox, R. W. 1999. Classification of sediments and sedimentary rocks. BGS Rock Classification Scheme. British Geological Survey Research Report nº RR 99-3. Nottingham, UK. 44p. Harben, P. 1983. Tripoli and novaculite -the little known relations. Industrial Minerais,184 :28-32 Harms, J.C.; Southard, J.B.; Walker, R.G. 1982. Structures and Sequences in Clastic Rocks. Tulsa, Short Course,. SEPM., 2:35-84. Harrison, F.W. 1988. Utilization of freshwater sponges in palelological studies. In: GRAY, J. (ed.) Paleolimnology. Elsevier, Amsterdam, p. 387-397. Harrison, F.W., 1998. Utilization of freshwater sponges in paleocological studies. in GRAY, J. (ed.) Paleolimnology. Elsevier, Amsterdam, pp. 387-397 Henrique. H. 1992. Análise granulométrica dos solos do Município de Três Lagoas, MS. UFMS/DCN, Campus de Três Lagoas, Monografia do Curso de Biologia. 40 p. Hooper, J. N .A. & Van Soest, R., W., M. 2002. Systema Porifera. A Guide to the Classification of Sponges. Vol. 1. Kluwer Academic/Plenum Publ.New York. 1101+ xlviii. Huszar, V. L. de M. & Silva L. H. S. 1999. A Estrutura da Comunidade Fitoplanctônica No Brasil: Cinco Décadas de Estudos – LIMNOTEMAS – SBL. Soc. Bras. de Limnologia, Hipertexto. IBGE - Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 1988. Geografia do Brasil: Região Centro Oeste. p. 81-83. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. 1982. Avaliação de turfeiras nos vales dos Rios Moji-Guaçu, Ribeira do Iguape, Jacaré-Pepira e Itapetininga; fase de semidetalhe. São Paulo. DMGA. IPT, Relatório nº 16408. 82p. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. 1983. Gênese, distribuição e estratigrafia dos sedimentos cenozóicos no Estado de São Paulo. Melo, M. S. & Ponçano, W.L. (org). São Paulo: IPT . Série monografias nº9. PUB.nº1364. 58p. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. 1984. Prospecção regional de Diatomito no Estado de São Paulo. São Paulo. DMGA 2v. IPT relatório 21416. 94p. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. 1986. Prospecção d Diatomito no litoral sul do Vale do Paraíba. DMGA. IPT relatório 23517, 69p. IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas. 1984. Relatório n.º 21.039, Projeto Diatomito. São Paulo, 59p. Jones,D.J.1969.Introduction to Microfossils.University of Utah. Hafner Publishing Company.New York.406 p. Keller, W.D. 1978. Textures of tripoli illustrated by scanning electron micrographs. Econ. Geol., 73 :442-446 Klemme, H.D. 1980. Petroleum basins, classification and characteristics. Journal of Petroleum Geology, Beaconsfield. v3. 2:187-207. Koltun, V.M. 1970. Sponges of the Arctic and Antarctic: A faunistic review. In: The Biology of the Porifer Symposia , 1, Bol. of the Zoological Society os London, 25: 285-297. Landim, P.M.B. & Poeschl, A. 1967. Sulfetos na zona de contato entre diabásio e sedimentos da Formação Corumbataí (Piracicaba, SP). Eng. Min. Met., 45 :19-21 Leinz, V. 1937. Observações nos contactos de diabásio com sedimentos. Rio de Janeiro, SOM, p. 13-16. (Notas Preliminares e Estudos 7) Mussa, D. & Coimbra, A.M. 1984. Método de estudo tafonômico aplicado a lignispécies permianos da Bacia do Paraná. An. Acad. Bros. CL, 56:85-101 Oppenheim, V. & Malamphy, M.C. 1936. Landim, P.M.B. & Soares, P.C. 1976. Estratigrafia da Formação Caiuá. In: SBG, Congresso Brasileiro de Geologia, 29, Ouro Preto, Anais, 2:277-280. Lepesh, I.F. 1977. Solos, formação e conservação. São Paulo, EDUSP. 111p.. Lorenz-Silva, J,L & Leipnitz, I.I. Os espongilitos lacustres do Alto Paraná. In: Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário, 8, Imbé, Boletim de resumos, 1:387-389. Lorenz-Silva, J.L. 1990. O Setor mineral sul-mato-grossesnse: Panorama do primeiro decênio, Campinas .UNICAMP/IG - Dissertação de Mestrado 160 p. Machado, L.A. 2000. Registro das reações alérgicas geradas por sedimentos biogênicos do sistema lacustre de Três Lagoas, MS. UFMS/DCN/Três Lagoas, Monografia do Curso de Biologia. 35p. Magalhães, F. M. 1997. Considerações sobre o geoambiente e a exploração de sedimentos no Rio Paraná, Município de Castilho – SP. UFMS/DCH, Monografia para Bacharelado em Geografia, 120p. Maldonado, M.; Carmona, M.C.; Uriz, M,; Cruzado, A. 1999. Decline in Mesozoic reef-building sponges explained by silicon limitation. Nature, 401: 785-788. Manzini, F.F. 1992 Aspectos tectono-sedimentares no Grupo Bauru (K), na região de Monte Alto (SP). In: Simpósio sobre as bacias Cretácicas brasileiras, 2, Rio Claro, Anais, 1: 145-146. Mendes, J.C. 1984. Elementos de Estratigrafia. São Paulo, EDUSP, 566p Milani, E. J. 1997. Evolução tectono-estratigráfica da Bacia do Paraná e seu relacionamento com a geodinâmica fanerozóica do Gondwana sul-ocidental. UFRGS/IG. Tese de doutorado, 255p. Moraes, L.J. 1944. Espongilitos do Triânculo Mineiro e no Estado de são Paulo. Boletim da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP, 1:14-21 Moro, S. 1977. Propriedades da diatomita brasileira. São Paulo. USP, Dissertação de mestrado. Escola Politécnica. 180p. Motta, J. M. F. , Cabral Jr., M & Campanha, V.ª 1986. Diatomitos e espongilitos no Estado de são Paulo. Congresso Brasileiro de Geologia, XXXIV. Anais . Goiânia:V5. Pg. 2329-2336. Motta, J.F.M.; Cabral, .Jr. M.; Campanha, V.A. 1986. Diatomitos e Espongilitos no Estado de São Paulo. In: SBG, Congresso Brasileiro de Geologia, 34, Goiânia, . Anais. 1:.2329-2341. Nacayama, A.M. 2000. Lagoa Maior do Município de Três Lagoas: Qualidade da Água e inferências ambientais. UFMS/DCN/Três Lagoas, Monografia do Curso de Licenciatura em Ciências. 36p. Notas sobre a tectônica da área São Pedro-Xarqueada. Nunes, M.T.R. 2001. A diversidade Sedimentar dos pelitos lacustres da Região de Três Lagoas. UFMS/DCH/, Três Lagoas, Monografia para Bacharelado em Geografia. 22p. Palacio, F.C.R. & Bermudez, P.J. 1963. Micropalentologia General. Univ. Central de Venezuela. 808p. Parizzi, C. 1998.Genesis na environmental history of Lagoa Santa, southeastern Brazil. Holocene., v..8. 3:311-3421. Paulipetro - 1980. Geologia do Bloco 38: Região de Araçatuba/Tupã; escala 1:50.000. São Paulo. Paulipetro. 2v. Relatório RT 14/80. 120p. Pereira, P.M. 2000. Lagoa Maior do Município de Três Lagoas: A diversidade faunística pretérita. UFMS/DCN, Campus de Três Lagoas, Monografia do Curso de Licenciatura em Ciências.42p. Pickett, J.W. 1983. An annotated bibliography and review os Australian fossil sponges. Assoc. Australas. Paleontol .Mem., 1:.93-120. Protero, D.R. & Schwab, F., 1996. Sedimentary Geology. 2ed. W.H. Freeman Co. New York, 575p. Razanen, M. E.; Salo, I.; Junger, R. 1991. Holocene floodplain lake-sediments in the Amazon-c-14 dating and palecoogical use. Quaternary Science Rev. Pergamon-Elsevier Science LTDA, 3: 363-372. Reading, H.G. (Ed.) 1997. Sedimentary Environments and Facies. 2ed. Oxford, Blackwell Scientific Publications, 615 p. Reid, R.H.H. 1967 Thetys and the zoogeography os some modern and Mesozoic Porifera. In AGER, D.V. & ADAMS, C.G. (Eds.) 1967. Aspects os Tethyan Biogeography London, The Systematics Association Bol. 2: 171-181. Reineck, H.E. & Singh, I.B. 1980. Depositional Sedimentary Environments. 2 ed. Springer-Verlang, Berlin, 549 p. Reitner, J. & Keupp, H. 1991. Fossil and Recent Sponges. Springer-Verlang, Berlin, 578 p. Reitner, J. & Wörheide, G. 2002. Non-Lithistid Fossil Demospongiae- Origins of their Palaeobiodiversity and Highlights in History of Preservation. In : HOOPER, J. N. A. & Van SOEST, R., W. M. Systema Porifera. A Guide to the Classification of Sponges. Vol. 1. Kluwer Academic/Plenum Pulb. New York. : 52- 68. Riccomini, C. 1992. Estilos estruturais da região do Domo de Pitanga, Bacia do Paraná, SP. Boi. IG-USP, Publicação Especial, 12 :93-94 Riccomini, C. 1995. Tectonismo gerador e deformador dos depósitos sedimentares pós-gondvânicos da porção centro-oriental do Estado de São Paulo e áreas vizinhas. Inst. de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, Tese de Livre-Docência, 100 p. Rigby, J.K. & Stearn, C.V. 1991. Saponges and Spongiomorphs, Indianapolis, University of Tennessee. 22p. Rio de Janeiro, SFPM, 12 p. (Avulso 7) Pickering, S.M., Jr.; Avant, A.J.; Salomon, A.J.; Fox, W.R. 1986. Southern Illinois white tripoli as filler, extender and abrasive. Mining Engineeríng,38 :1125-1127 Rocha, A.A. & Branco, S. M. 1986. A Eutrofização e Suas Implicações na Ciclagem de Nutrientes. Acta Limnológica Brasileira. p. 223-246. Rosales, I.; Mehl, D.; Fernández-Mediola, P.A.; García-Mondéjar, J. 1995 . An usual poriferan community in the Albian of Islares (north Spain) paleonvironmental and tectonic implications. Palaeoclimatol. Palaeoecol, 19: 47-61. Rützler, K. & Macintyre, L.G. 1978. Siliceous sponge spicules in coral reef sediments. Biology, 49: 147-159. Santos, E.R. 1991. Situação e características das lentes de seixos quaternários em Três Lagoas MS. UFMS/DCN/Três Lagoas, Monografia do Curso de Biologia 32p. . Santos, I.V.1993. Pó-de-Mico, estudo de uma ocorrência em Paranaíba MS. UFMS/DCN, Campus de Três Lagoas, Monografia do Curso de Biologia 42 p. Santos, M.L. & Stevaux, J. C. 2001. Fácies e suas associações nos depósitos rudáceos na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná em seu curso superior: Uma tentativa de classificação. In: ABEQUA, Congresso, 8, Imbé, Boletim de resumos, 1: 252-253. Saucen, T., & Venezianni, P. Manuais de treinamento de Sensoriamento Remoto , São José dos Campos, INPE, 1990, 40 P. Schreiber, B.C. 1978. Tripoli, tripolite. In: Fairbridge, R. W. & Bourgeois, J. (eds). 1978. The encyclopedia of sedimentology. Stroudsburg, Dowden, Hutchinson and Ross, p. 821 Sepúlveda, E.C. & Martinez-Macchiavello, J.C., 1985. La Form. Puerta Del Diablo En El Gran Bajo del Gualicho (Rio Negro, Argentina), y su Paleoecologia basada en diatomeas. Ameghiniana, 22: 81-96. Sepúlveda, E.C., Martinez-Macchiavello, J.C., 1985. La Formacion Puerta Del Diablo en el Gran Bajo del Gualicho (Rio Negro, Argentina) y su paleoecologia basada en diatomeas. Ameghiniana 22 (1-2): 81-96. Seyve, C. 1990. Introdução à Micropaleontologia. Aquitaine Angola , UAN/DG/Elf, 232p. Seyve, C., 1990. Introdução à Micropaleontologia. Universidade A. Neto, Faculdade de Ciências Departamento de Geologia. Elf Aquitaine. 232p. Silva, H.A. 1999. Transformações recentes no ambiente lacustre do Município de Três Lagoas, MS. UFMS/DCH/ Três Lagoas, Monografia para Bacharelado em Geografia, 80p. Silva, K.A. & Lorenz-Silva, J.L. 1999. A ocorrência de espículas de esponjas no sistema lacustre da Região do Alto Paraná, MS/SP. In: UEM.,Encontro Maringaense de Biologia, 1, e Semana de Biologia, 14, Maringá, Anais, 1: p.151. Silva, L.C.R. & Lorenz-Silva, J.L. 2000. Sistema lacustre do Alto Paraná - Registro das transformações ambientais recentes, fruto da ação antrópica In: SBPC., Reunião anual, 52, Brasília,. Anais em CD. Silveira, A.B. 1998. Tipificação da Cobertura Vegetal da Região Oriental do Mato Grosso do Sul, Área do Reservatório da Usina Hidrelétrica Eng.º Sérgio Motta, Através de Imagens de LANDSAT/TM. UFMS/DCN/Três Lagoas, Monografia do Curso de Licenciatura em ciências biológicas, 92p. Soares, J.M. 1973 Contribuição à geologia do extremo oeste do Estado de São Paulo. UNESP/FCT/Presidente Prudente, Tese de Doutoramento, 320p. Soares, P.C. 1991. Tectônica sinsedimentar cíclica na Bacia do Paraná -controles. Departamento de Geologia, Universidade Federal do Paraná, Soares, P.C. 1991. Tectônica sinssedimentar cíclica na Bacia do Paraná. UFPR/DG/Curitiba. Tese para concurso para Professor Titular. 131 p. Soares, P.C.; Landim, P.M.B.; Fulfaro, V,J,; Amaral, G.; Suguio, K.; Coimbra, A.M. Sobreiro Neto, A.C;. Giancursi, F.D.; Correa, W.A.G.; Castro, C.G.J. 1979. Geologia da região sudoeste do Estado de São Paulo. In: Simpósio Regional de Geologia, 2, Rio Claro, Atas. 2: 307-319. Souza Filho, E.E. 1995. Efeitos dos movimentos tectônicos Cenozóicos sobre o Rio Paraná na região de Porto Rico (PR) e Nova Andradina (MS).In: UNESP/IGCE, Simpósio de Geologia do Sudeste, 4, São Pedro, Boletim de Resumos, 1: 91. Souza, J.F. 1983. Perfil analítico da diatomita. Rio de Janeiro. DNPM. Bol.nº11. 8p. Suguio, K. 1973.Introdução à sedimentologia. São Paulo, Edgard Blücher/ EDUSP, 320 p. Suguio, K., 1973. Introdução à Sedimentologia. EDUSP/Ed. Edgard Blücher Ltda. São Paulo. 317p. Suguio, K.; Fulfaro, V. J.; Amaral, G; Guidorzi, L.A. 1977. Comportamento estratigráfico e estrutural da Formação Bauru nas regiões administrativas 7,8 e 9, no Estado de São Paulo. In: SBG., Simposio Regional de Geologia, 1, São Paaulo, Atas, 1:231-244. Suguio, K.1980. Rochas Sedimentares, São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda., 500p. Traxler, L. 1895. Spikule von Süsswasserschämen aus Brasilien. Földtani Közlony, .25:62-64. Tucker (1991) in British Geological Survey Research Report nº RR 99-3. Nottingham, UK. 44p. Tudge, C., 2000. The variety of life, a survey and a celebration of all creatures that have ever lived. Oxford University Press, New York. 684p. Tumer, S.; Regelous, M.; Kelley, S.; Hawkesworth, C.; Mantovani, M. 1994. Magmatism and continental break-up in the South Atlantic: high precision40 Ar-39 Ar geochronology. Earth Planet. Sci. Lett., 124 :333-348 Volkmer-Ribeiro, C. & Costa, P.R.C. 1992. On Metania spinata (Carter, 1881) and Metania kiliani n.sp.: Porifera, Metaniidae Wolkmer -Ribeiro, 1986. Amazoniana, 12:.7-16. Volkmer-Ribeiro, C. & Maciel, B.S. 1983. New freshwater sponges from Amazonian waters. Amazoniana, 8: 255-264. Volkmer-Ribeiro, C. & Rosa-Barbosa, R 1972. On Acalle recurvata (Bowerbank, 1863) and an aassociated fauna of other freshwater sponges. Rev. Brasil. Biol., 32: 303-317. Volkmer-Ribeiro, C. & Rützler, K. 1997. Pachyrotula, a new genus of freshwater sponges from New Caledonia (Porifera: Spongillidae). Proceedings of the Biological Society of Washington, 110: 489-501. Volkmer-Ribeiro, C. & Tavares, M.C.M. 1993. Sponges from the flooded sandy beaches of two amazonian clear water rivers (Porifera). Iheringia ( Zool.), 75:187-188. Volkmer-Ribeiro, C. & Turcq, B. 1996. SEM analysis os siliceous spicules of a freshwater sponge indicates paleoenvironmental changes. Acta microscopica, 5B:186-187. Volkmer-Ribeiro, C. , Motta, J. F. M. & Callegaro, V. L. M. .1998. Taxonomy and Distribution of Brazilian Spongillites. In: Watanabe, Y. & Fusetani, N. (eds.) Sponge Sciences-Multidisciplinary Perspective. Springer, Tokyo:271-278. Volkmer-Ribeiro, C. 1976. A new monotipic genus of freshwater sponges (Porifera – Spongillidae) and the evidence of a speciation via hybridism. Hidrobiologia, 50: 271-281. Volkmer-Ribeiro, C. 1981. Porifera. In: Aquatic biota of Tropical South America, Part 2. Anarthropoda, Hurlbert, S.H.; Rodrigues, G; Santos, N.D. (Eds.), San Diego, State U. California.. p..86-95. Volkmer-Ribeiro, C. 1992. The freshwater sponges in some peat-bog ponds in Brazil. Amazoniana, v.12. 2:.317-335 Volkmer-Ribeiro, C. 1996. Ecoindicator species os freshwater sponges: study of tree cases. International Conference on Sponge Science, Otsu, Abstracts, nº.34. Volkmer-Ribeiro, C. E Motta, J.F.M. 1995. Esponjas formadoras de espongilitos lagoas, com indicação de preservação de habitat. In: Biociências. Porto Alegre, IB/PUCRS, v.3, 2:145-169. Volkmer-Ribeiro, C.& Grosser, K. M. 1981. Contents of Leporinus obtusidens, sensu Ihering (Pisces, Characoidei) used in a survey for freshwater sponges. Revta Bras. Biol. 41:175-183. Volkmer-Ribeiro, C., Motta, J.F.M., 1995. Esponjas formadoras de espongilitos em lagoas no Triangulo Mineiro e adjacências, com indicação de preservação de hábitat. Biociências, 3(2):145-169. Volkmer-Ribeiro, C.; Candido, J.L. Turq,B.J. Sifedine,A. Cordeiro, R.C. Filho, F.L.S. 2001. Silicious spicular remains of freshwater sponges and their contribution to paleoenvironmental reconstruction in South America. In: GTPEQ/SGP/AEQUA., Reunião do Quaternário Ibérico , 5 e Congresso do Quaternário de Países de Língua Ibérica, I,. Actas p.411-413. Volkmer-Ribeiro, C.; Correia, M.M.F.;C. Brenha, S.L.A.; Mendonça, M.A. 1999. Freshwater sponges from a Neotropical sand dune area. Memoirs of the Queensland Museum, 44. p. 643-649. Volkmer-Ribeiro, C.; Mansur, M.C.; Mera, P.S. Ross, S.M. 1989. Biological indicators of quatlity of water on the island os Maracá, Roraima, Brasil. In: RATTER, J. A. & MILLIKEN, W (eds.) Maracá Rainforest Project: Invertebrates & Limnology. Royal Botanic Garden, Edinburgh, p.65-79. Volkmer-Ribeiro, C.; Motta, J. F. M.; Callegaro, V.L. 1998. Taxonomy and distribution of Brazilian Spongillites. In: Watanabe, Y & Fusetani, N. (eds.) Sponge Sciences – Multidisciplinary Perspectives. Springer-Verlang. Tokyo. p.271-278. Volkmer-Ribeiro, C.; Rosa-Barbosa, R.; Mansur, M.C.D. 1981. Fauna espongiológica e malacológica bêntica da Lagoa Negra, Parque Estadual de Itapuã, Rio Grande do Sul. Iheringia (Zool.), 59:13-24. Volkmer-Ribeiro, C.; Sifedine, A.; Albuquerque, A.L.S. 2001, Avaliação ambiental indicada por espículas silicosas de esponja nos sedimentos atuais e sub-f[osseis do Lago do Caçó, MA.In: ABEQUA, Congresso, 8, Imbé, Boletim de resumos, 1: 333-335. Volkmer-Ribeiro, C.1981. Key to the presently known families and genera of neotropical freshwater sponges. Resta. Bras. Biol. 41: 803-808. Walker, R.G. & James, N.P. 1994. Facies Models – Response to Sea Level Chang. 2ed. Ontario, Geological Association of Canada, 454 p. Washbume, C.W. 1930. Petroleum geology ofthe State of São Paulo - Brazil. São Paulo, Com. Geog. Geol. do Est. S. Paulo, 282 p. (Boletim 22) Yamamoto, J.K. 2000. Avaliação do potencial geológico de materiais pozolânicos no Estado de São Paulo DGSA/IG/USP/FAPESP. Pesquisa FAPESP nº 60.
Documentos relacionados
Para saber mais (Leituras recomendadas) José Luiz Lorenz Silva
Guerra, A.J.T., & Cunha, S.B. 1994. Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro,. Bertrand Brasil. 240p. Guerra, A.J.T.1980. In: Recursos Naturais do Brasil. Rio de Janeiro,...
Leia mais