Litologias biossilícicas

Transcrição

Litologias biossilícicas
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Laboratório de Geologia/CPTL
Litologias biossilícicas
em depósitos continentais no Brasil
Um ensaio preliminar
José Luiz Lorenz Silva
[email protected]
Três Lagoas, 2012
ÍNDICE
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
1.1. Contexto e forma de abordagem
1.2. A terminologia adotada
1.3. Rochas e sedimentos biossilícicos: O registro oficial
2. MÉTODOS
3. TRÍPOLI:
3.1. Dados gerais sobre a litologia
3.2. Ocorrência nacional: a evolução do conhecimento
3.4. Dados litológicos e correlatos
3.5. Uso do recurso natural
4. DIATOMITO:
4.1. Dados gerais sobre a litologia
4.2. Sobre a flora originária
4.3. Ocorrência nacional: a evolução do conhecimento
4.4. Dados litológicos e correlatos
4.5. Dados micropaleontológicos e correlatos
4.6. Uso do recurso natural
5. ESPONGILITO:
5.1. Dados gerais sobre a litologia
5.2. Sobre a fauna originária
5.3. Ocorrência nacional: a evolução do conhecimento
5.4. Dados litológicos e correlatos
5.5. Dados micropaleontológicos e correlatos
5.6. Uso do recurso natural
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6.1.
6.2.
6.3.
7. BIBLIOGRAFIA
8. ANEXOS
8.1. Diatomitos: Relação dos empreendimentos registrados no DNPM.
8.2. Gêneros da Diatomoflora por ordem de abundância (SP ; BA)
8.3. Gêneros da espongofauna por ordem de abundância (MS;MG)
8.4. A classificação adotada pelo BGS
8.5. Figuras
RESUMO
Ocorrências nacionais de três litologias silicosas continentais, com similaridades
físicoquímicas e de uso, são abordadas. A exigüidade de estudos e do conhecimento
popular a cerca das mesmas, têm propiciado inferências equivocadas, mormente a cerca
de suas gênese e composição. De comum, as referidas litologias também têm a vinculação
biológica; no Trípoli expressa como bioturbação e nos Diatomitos e Espongilitos, pelas
respectivas gênese e constituição.
No Brasil a única ocorrência de Trípoli, (sílica microcristalina), constitui um depósito de
pequenas expressão e continuidade, estratigraficamente incluído no topo da Formação
Tatuí, que aflora no flanco leste paulista da Bacia do Paraná. Evidências estratigráficas,
sedimentológicas e mineralógicas sugerem que soluções silicosas quentes teriam percolado
os sedimentos permianos da Formação Tatuí e precipitado ao resfriar. Atribui-se esse
hidrotermalismo aos estágios finais do magmatismo Serra Geral, o que situa no Cretáceo
Inferior o processo de formação do Trípoli (Abreu, 1973 & Riccomini et al., 1997).
As ocorrências nacionais de Diatomito, (oozes ou rochas leves e pulverulentas,
compostas por frústulas de diatomáceas), distribuem-se ao longo do litoral brasileiro, em
terrenos pantanosos e no fundo de lagoas, formando camadas freqüentemente argilosas. Os
depósitos de planalto, (terras enxutas), constituem acumulações de pretéritos corpos d´água
bem iluminados. No Brasil constata-se concentrações de Diatomitos nos Estados do Rio
Grande no Norte, (27 áreas pesquisadas), e Bahia (14 áreas pesquisadas). A maior parte das
ocorrências nacionais é presumidamente holocênica (Motta et a.l., 1986 e CETEM, 2002).
Duas regiões brasileiras concentram o maior número de depósitos de Espongilitos,
(oozes e rochas originadas a partir da deposição de espículas de esponjas de água doce, em
ambientes semi-lóticos de orla vegetada). A primeira é setentrional e presumidamente
holocênica. Situa-se nas imediações do cinturão de dunas que se estende do Estado do
Maranhão ao Rio Grande do Norte. A segunda, entre os Estados de Minas Gerais, São Paulo,
Goiás e Mato Grosso do Sul, vincula-se aos cerrados meridionais, com depósitos
pleitocênicos e holocênicos de baixios, que ocorrem mormente sobre a zona de maior
espessura da Bacia do Paraná (Volkmer-Ribeiro et al.,1998 & Lorenz-Silva et al., 2003).
ABSTRACT
Three continental silicic lithologic types with uses and physicochemical similarities are
commented. The exiguous studies and popular understanding about those sediments and
rocks have generated mistaken inferences, especially about the biolithites genesis and
composition. Brazilian continental occurrences are focused also in respect to the biological
activities; in Tripoli as bioturbation promoter, and in the Diatomites and Espongillites, as
the genesis and constitution controllers.
The only brazilian occurrence of Tripoli, (microcrystalline quartz deposition with
microbial mats), constitutes a small deposit on the top of the Tatuí Formation. The unit
surfaces in the São Paulo State, eastern flank of the Paraná Basin and its stratigraphical,
sedimentological and mineralogical evidences suggests origin by silica rich hydrothermal
percolation. In such event, the quartz precipitation was contemporaneous with carbonate
rocks dissolution and the generation of the euhedral quartz cement that overgrowths on
sandstones detrital grains (Abreu, 1973 & Riccomini et al., 1997).
The national occurrences of Diatomite, (powdery and light rocks or oozes originated
by diatom frustules accumulation), are distributed along the brazilian coast, where they are
deposited in the botton of ponds and marshy lands. In such sites it forms layered deposits
that frequently shows clay association. In plateau dry lands, the Diatomite constitute fresh
water and well illuminated environments fossil registration. Diatomite largest deposit
concentration is verified at Rio Grande do Norte State (27 researched areas) and Bahia
State (14 researched areas). In that sites the occurrences are presumed to be more recent
than pleistocenic (Motta et al, 1986 and CETEM, 2002).
Two brazilian areas concentrates deposits of Espongillites, (also powdery and light
rocks or oozes, but these are originated by the deposition and consolidation of fresh water
sponge spicules). A northern occorrence, presumed to be holocenic, is located among a dune
belt that is extended from Maranhão to Rio Grande do Norte States. A second concentration,
with pleistocenic to holocenic ages, is sited in savannah original environments, positioned
among Minas Gerais, São Paulo, Goiás and Mato Grosso do Sul States. Great part of this area
is coincident with Paraná Basin larger thickness zone. (Volkmer-Ribeiro et al., 1998 & LorenzSilva et al., 2003).
1. INTRODUÇÃO
1.1. Contexto e enfoque
No Centro Oeste brasileiro, há décadas, os sedimentos biossilícicos são explorados
pela indústria oleira de pequeno porte. Extração mais intensiva ocorreu ao longo da década
de 60, quando muitas empreiteiras a serviço da CESP, Companhia Energética do Estado de
São Paulo, prospectaram rochas e sedimentos para uso nas obras das usinas do Complexo
Hidrelétrico de Urubupungá. Desde então muitos dos depósitos originais foram exauridos
sem que dos mesmos fossem feitas análises mais refinadas.
O enfoque deste trabalho foi estabelecido a partir das noções a cerca das oozes ou
das rochas comuns nas lagoas do leste sul-mato-grossense, manifestas por técnicos que, ao
longo dos anos 60, trabalharam nas obras do complexo hidrelétrico; por oleiros, que ainda
manufaturam tijolos com a referida matéria-prima e por moradores das imediações
lacustres, sítios dos depósitos em apreço.
Todas as pessoas questionadas referem, com ênfase, a ocorrência de reações
alérgicas decorrentes do manuseio ou do eventual contato com o que denominam “Pó de
Mico” ou “Piçarra”. Os antigos técnicos da CESP relembram os métodos utilizados na
exploração e o destino dos sedimentos, aos quais denominam também de “Pozolana,
Diatomito ou Trípoli”.
A cerca dos mencionados termos, buscou-se informações que os vinculassem com a
litologia alvo de pesquisa para tese e, de forma complementar, que agregassem dados
relativos aos sítios nacionais de sua ocorrência.
Interesse especial despertou dados atinentes às similaridades e discrepâncias
petrográficas entre as litologias enfocadas, sobretudo as peculiaridades físico-químicas e as
características dos respectivos meios de geração e ou deposição.
1.2. A terminología adotada
A bibliografia a cerca do tema ora abordado é exígua; nela constata-se uma grande
diversidade terminológica para a denominação de rochas e sedimentos análogos, fato
decorrente da inexistência de normas nacionais.
Na presente abordagem as litologias consolidadas são referidas através de
denominação específica, se existente (Ex.“Trípoli”); ou através de denominação composta
por prefixo designativo do grupo orgânico gerador e predominante na composição da
rocha, e o sufixo “ito” (Ex.”Diatomito e Espongilito). As oozes são denominadas através de
nomes compostos, sendo o primeiro de cunho sedimentológico-granulométrico e o
segundo um termo distintivo e atinente à matriz coesiva (Ex. arenito espiculítico).
Da bibliografia consultada, as denominações discrepantes, se atinentes à uma
mesma litologia neste trabalho abordada, são redenominadas conforme o acima exposto.
1.3. Rochas e sedimentos biossilícicos:o registro oficial
Embora a classificação de rocha ou sedimento biossilícico abrigue litologias muito
distintas, o DNPM, nos anuários e sumários atinentes à produção e consumo dos
respectivos bens no Brasil, registra apenas dados para Diatomito. Nos quadros estatísticos
no entanto, refere ”Diatomito e substituto”, reconhecimento tácito da existência de
recursos minerais similares que ainda não foram discriminados através de estudos de
detalhe. (Quadro 1).
Quadro 1 – Consumo aparente de Diatomito no Brasil
Diatomito e substituto (b)
Produção (em t)
(p)
2001
6.976
Importação (em t)
14.229
Exportação (em t)
2.531
Consumo Aparente (em t)
18.674
Consumo Aparente = Produção + Importação - Exportação;
(b) Beneficiada; (p) Dado preliminar; Fonte: Modificado do DNPM/DIRIN (2002).
2. MÉTODOS
O ponto inicial das atividades foram entrevistas informais feitas com pessoas que, de
alguma forma, foram ou são afetas ao objeto de estudo. Essas serviram como base para
uma posterior oitiva de vários residentes do município sul-mato-grossense de Três Lagoas.
A partir dos referidos depoimentos buscou-se levantar dados a cerca do Trípoli, dos
Diatomitos e das pozolanas. Embora não tenham sido referidos os Espongilitos, em função
dos estudos em curso, as informações a cerca desta litologia já vinham sendo compiladas.
Dados iniciais foram pesquisado via Internet. Para o refino dos mesmos fez-se a
aquisição de separatas via comutação bibliográfica, consultas à base de periódicos
disponibilizada pela CAPES e pesquisa direta nos acervos bibliográficos das UNISINOS,
UFMS e FZB.
Das litologias que dão título a esta monografia foram alvos de atenção particular: as
peculiaridades físico-químicas e as bio ou minerogênicas; as inter-similaridades e
discrepâncias, os dados nacionais de ocorrência, produção e consumo, e as informações
relativas ao uso potencial desses recursos com base nas novas demandas em curso no
contexto extranacional.
Sendo o caráter da presente abordagem correlato e informativo, não serão
detalhados os métodos analíticos que originaram as informações técnicas neste
apresentadas, e resultantes de ensaios próprios ou obtidas através de aporte bibliográfico.
As fotomicrografias de frústulas de diatomáceas das espécies presentes no
Espongilito de Três Lagoas, foram feitas em equipamento digital de alta resolução acoplado
à microscópio ótico. Para tanto foram enviadas amostras aos laboratórios de
micropaleontologia da Universidade de Michigan, sob responsabilidade do Prof. Dr. E. F.
Stuermer, a quem cabe a autoria das estampas.
OBS: No presente ensaio não são apresentadas as imagens acima referidas, as quais são
disponibilizadas em www.dcnemrevista.com.br (Vide textos LABGEO - tese)
3.1. Dados gerais sobre a litologia
O Trípoli é conhecido desde 1894, quando foram estudados as primeiras ocorrências
no estado americano do Missouri. A denominação dessa litologia é uma toponímia à capital
Líbia onde existem diatomitos de aspecto similar. Na acepção de Abreu, (1973), o Trípoli,
também denominado farinha fóssil, trata-se de um agregado friável, constituído por restos
orgânicos silicificados e minerais detríticos de quartzo, feldspato e mica, material que é
coeso por cimento microcristalino quartzoso. O autor não situa ocorrências nacionais dessa
litologia, mas aponta a lixiviação de calcários silicosos como o processo geológico de sua
formação.
Riccomini et. al.,(1997), procederam a única análise petrográfica de detalhe da litologia
a partir de amostras coletadas no Brasil, constatando que o Trípoli é uma deposição de sílica
microcristalina gerada a partir da percolação hidrotermal de sedimentos lagunares.
3.2. Ocorrência nacional: evolução dos conhecimentos
No Brasil o Trípoli ocorre sob a forma de camadas de espessura decimétrica, de cores
entre o branco e o amarelado ou amarronado quando com alterado. Sua a estrutura é
maciça à incipientemente laminada. É uma litologia bastante friável e que sob exame táctil, é
predominantemente siltosa. Sua ocorrência está associada à falhas e fraturas em litologias
sedimentares permianas da Bacia do Paraná no Estado de São Paulo (Riccomini et. al.1997).
Segundo os mesmos autores o hidrotermalismo gerador do Trípoli envolveria soluções
silicosas que após resfriadas sofreriam ação bacteriana e uma cimentação detrítica via
precipitação silicosa. Tal conjunto de eventos seria concomitante à dissolução de rochas
carbonáticas e redundaria na formação dos microcristais euedrais de quartzo que
caracterizam a litologia. Haveria, segundo a mesma fonte, um controle estratigráfico da
ocorrência, visto que a silicifïcação é constatada no topo da Formação Tatuí (Permiano) em
situação subjacente aos folhelhos e siltitos da Formação Taquaral. Estes constituíriam uma
barreira de permeabilidade para as soluções hidrotermais tardias e atinentes ao
magmatismo Serra Geral.
Quadro 3.1 - Resenha evolutiva dos conhecimentos a cerca do Trípoli no Brasil
Ano
1973
1997
Ator
Abreu, S. F.
Riccomini et al.
Contribuição
Primeira referência à litologia em compêndio sobre recursos minerais no Brasil.
Único estudo detalhado de ocorrência nacional
3.4. Dados litológicos e correlatos
Imagens obtidas através de microscopia eletrônica (MEV) possibilitam verificar que o
Trípoli é constituído por agregados de cristais euedrais a subedrais de quartzo com diâmetro
médio da ordem de 10 µm e, subordinadamente, por cristais de quartzo maiores. Nestes
sedimentos o quartzo está comumente associado a óxidos de Mn, estes detectados por EDS.
Os agregados quartzosos compõem uma massa fina e muitoporosa, A sílica
microcristalina ocorre ainda sob a forma de nódulos e concreções de sílex disseminados nos
arenitos finos das porções de topo da Formação Tatuí. Localmente ocorre uma camada de
silexito com espessura métrica, a qual representa antigo depósito carbonático com esteiras
microbianas, agora silicificadas, como indicam as estruturas sedimentares ainda
preservadas.
A hipótese de gênese via hidrotermalismo está baseada em evidências mineralógicas e
na forma de ocorrência dos depósitos que podem ser assim resenhadas:
a) Presença de faces cristalinas e forma euédrica dos cristais de quartzo que compõem
a sílica microcristalina, sugerindo cristalização direta a partir de soluções silicosas;
b) Forma euédrica dos cristais de quartzo com eixo cristalográfico aproximadamente
ortogonal à superfície que serviu de base para o seu crescimento, indicando, segundo que
sua precipitação ocorreu em espaços abertos, diretamente a partir das soluções
hidrotermais (Fournier,1985 em Riccomini et. al.1997);,
c) Relação textural do revestimento de grãos detríticos por quartzo fino euédrico;
d) falta de continuidade lateral dos depósitos de sílica microcristalina; e
e) distribuição das ocorrências ao longo de fraturas, provavelmente ativas durante a
fase de extensão NE-SW e, secundariamente, NW-SE, do Cretáceo Inferior.
Se a origem da sílica microcristalina estivesse relacionada à deposição primária na
bacia sedimentar ou à lixiviação intempérica ao longo de um plano de discordância ou
superfície topográfica, a sílica microcristalina exibiria, no mesmo nível estratigráfico, alguma
continuidade lateral.
O processo hidrotermal permite a percolação de soluções silicosas nos sedimentos da
Formação Tatuí. Com a diminuição da temperatura, estariam geradas as condições para a
cristalização de quartzo diretamente da solução e sobre a superfície dos grãos detríticos. A
textura fina dos cristais de quartzo sugere a presença de soluções com elevadas
concentrações de sílica e alta taxa de precipitação (Folk & Pittmann 1972, Mussa & Coimbra
1984).
A preservação de fragmentos e estruturas biogênicas em litologia constituída
mormente por sílica microcristalina, seria decorrente da eventualidade simultânea do
hidrotermalismo com percolação de sílica e a dissolução de carbonatos pré-existentes. A
fonte das águas hidrotermais para a silicificação da Formação Tatuí pode ser
preliminarmente atribuída aos estágios finais do magmatismo Serra Geral.
3.5. A potencialidade de uso
A capacidade de caracterização textural de vários tipos de matéria é um coadjuvante
de importância na identificação dos melhores usos e aplicações tecnológicas daquelas. Com
o advento da microscopia eletrônica, esse tipo de análise foi otimizado. Empregada na
análise de amostras do Trípol nacional, a MEV possibilitou o refino da caracterização física
dessa litologia (Keller 1978).
Segundo Riccomini et. al. (1997), as texturas do Trípoli da Formação Tatuí são similares
as das ocorrências da região de Seneca, (Missouri, EUA). Nos Estados Unidos, desde o final
do penúltimo século o Trípoli tem sido usado em diversos ramos da indústria. Os termos
pobres em ferro são usados na como aditivo pozolânico e de carga (extender), na produção
do cimento Portland.
4. DIATOMITO
4.1. Dados gerais
Na década de 30, quando foram realizados os primeiros estudos brasileiros
enfocando os Diatomitos, esses depósitos foram designados “Kieselguhr” (termo alemão),
“Moler” (termo dinamarquês para ocorrências mais
argilosas), ou terra diatomácea,
denominação adotada nos Estados Unidos e referida por Abreu, (1973). Segundo a mesma
fonte, o termo Diatomito designa uma rocha pulverulenta e muito leve, gerada pelo
acúmulo de frústulas silicosas de algas diatomáceas. No quadro 4.1. apresentam-se as
principais características físicas dos Diatomitos nacionais.
Quadro 4.1.: Características físicas médias dos Diatomitos brasileiros
Peso específico real
Porosidade
Permeabilidade
Abrasividade/dureza
Condutividade térmica
1,9-2,2
80-90%
Alta
5,5-6,5
Baixa (0,49 a 0,77K)
Fonte: Modificado de Abreu 1973
4.2. Sobre diatomáceas
As diatomáceas são algas unicelulares clorofiladas de hábitos plantônicos ou
bentônicos e dimensões variáveis entre 50 m e 2mm. Ocorrem em nichos bem iluminados
no mar, em água doce, no solo ou em rochas úmidas. Segundo Seyve, (1990), há cerca de
250 gêneros e 100.000 espécies registradas. Entre estas, 2.000 são de água doce e estão
distribuídas em 67 gêneros. As formas marinhas, existem desde o Cretáceo Superior e as
dulcícolas desde o Terciário.
Segundo Rocha, (2000), no Brasil há registro de aproximadamente 1.200 espécies e
estimativa de existência de até 5.000.
Nos sedimentos, oozes e biolititos, os elementos distintivos das diatomáceas são as
frústulas, um esqueleto intracitoplasmático silicoso e formado por duas valvas ou tecas.
A forma e a ornamentação das frústulas são consideradas no reconhecimento
taxonômico das diatomáceas; segundo tais variáveis o grupo foi subdividido em: Centrales;
diatomáceas de formas circulares, elípticas ou poligonais e com ornamentação concêntrica
ou radiada. Estas diatomáceas congregam um grande número de espécies marinhas; sua
reprodução é sexuada e realizada através de micrósporos. Penales; diatomáceas de formas
naviculares e que exibem uma rafe, estrutura que separa as valvas em duas metades. Estas
diatomáceas têm reprodução assexuada e congregam a maior parte das espécies dulcícolas
(Palacio & Bermudez, 1963).
Segundo os mesmos autores, tendo como critério a sensibilidade ao teor de sal do
meio, as diatomáceas podem ser classificadas em: Polihalóbias; formas que vivem em
ambiente marinho de salinidade igual ou maior do que 30ppm. Mesohalóbias; formas que
vivem em águas salobras, de salinidade variável entre 2 e 30ppm. Oligohalóbias; formas que
vivem em águas de salinidade inferior a 2ppm, e Halófobes; formas que vivem em corpos de
água doce.
4.3. Ocorrências nacionais: a evolução do conhecimento
As primeiras ocorrências nacionais de Diatomitos foram estudadas no âmbito do INT –
Instituto Nacional de Tecnologia, no Rio de Janeiro, ao longo dos anos 30. Sílvio Froes de
Abreu, autor do compêndio “Recursos Minerais do Brasil” , também pesquisador dos
quadros INT, descreve as jazidas nacionais de Diatomito como depósitos argilosos
pleistocênicos ou mais recentes, formados em águas continentais, nas baixadas de terrenos
pantanosos ou no fundo de lagoas. Segundo o mesmo autor, os Diatomitos depositados nas
terras enxutas dos terraços e planaltos brasileiros, são registros de acúmulos aquosos
semelhantes aos antes descritos, porém de idade mais antiga.
Segundo a mesma fonte, no Brasil, os depósitos de Diatomito mostram-se comumente
associados à Espongilitos, fato que o autor salienta ocorrer principalmente em lagos e
igarapés amazônicos. Localmente as referidas ocorrências são denominadas de “cauchi”. O
autor menciona a comum confusão entre Diatomitos e Trípoli ao qual também denomina de
“farinha fóssil”. Esse é descrito como um pó abrasivo, formado por chert residual e quartzo.
Diferentemente dos depósitos brasileiros, a maior parte dos Diatomitos em depósitos
extra-nacionais, são de idade terciária e origem marinha. Entre as ocorrências mais
destacadas figuram os Diatomitos de Lompoc, localidade do estado norte americano da
Califórnia. O registro sedimentar de associações fitoplanctônicas têm sido apontado como
eficiente gerador de indicadores de alterações das condições ambientais (Alvarez-Cobelas et
al., 1998). No quadro 4.2. apresentam-se dados a cerca da distribuição nacional das
principais reservas de Diatomitos. O quadro 4.3. enfoca a evolução dos conhecimentos a
cerca de Diatomitos no Brasil.
Quadro 4.2.: Ocorrências de Diatomitos no Brasil
UF
Localidade/Município
Rio Grande do Santa Vitória do Palmar
Sul
Fonte
■
¤
■
Obs
Elevado grau de impurezas
Santa Catarina
Araranguá*, Imbituba
Paraná
São Paulo
São Simão*,Palmeiras
Porto Ferreira
Rio de Janeiro
Campos*(Lagoa de Cima)
Campos dos Goitacazes
¤
■
Diat. com a té 50% de argila (Moler)
*Com depósitos de espículas.
Há´levantamento básico da flora**.
Espírito Santo
Bahia
Guarapari
Ibicoara, Medeiros Neto,
Mucugê, Vitória da Conquista ,
Morro do Chapéu
¤
¤
#
Mina superficial ativa
Muitos depósitos em terrenos secos. Há várias minas
superficiais em exploração.
Há levantamento básico da flora.**
Alagoas
Maceió (Bairro Mangabeiras)
■
Jazida de diatomito de alto grau de pureza (rtante no
Bairro Mangabeiras
Pernambuco
Dois Irmãos (Recife)
Rio Grande do Ceará-Mirim, Extremoz,
Norte
Macaíba, Maxaranguape,
Nisia Floresta, Rio do Fogo,
Touros
■
Depósito com alto grau de pureza.
Várias minas superficiais em exploração.
Depósitos variam entre termos puros e argilosos. Desde
a década de 30 usados na indústria oleira para tijolos
refratários.
Há levantamento básico da flora. **
Ceará
Acaraú, Aquiraz, Aracati,
Camocim, Horizonte, Itapipoca,
Trair, Lagoa do Craçuí*
¤
*Com depósitos de espículas
Piauí
Parnaíba
■
Depósitos de baixada litorânea.
Maranhão
Amazonas
Tutóia
Tocantins, Santo Antônio do Içá
(imediações do Rio Solimões)
■
■
Associação com Espongilitos
Espongilitos?
Acre
No alto curso do Rio Branco
■
Em terrenos secos entre igarapés
¤
¤
■
* Com reserva inferida
*Com depósitos de espículas
Ocorrência
na estrada SP 330 que interliga à
Piraçununga
Em destaque as maiores reservas estaduais - Fontes: ■ Abreu (1973), e ¤ DNPM (2001), # CETEM (2003)
Quadro 4.3.: Diatomitos no Brasil: Cronologia e evolução dos conhecimentos
Ano
Autor
Contribuição
1935
INT
Primeiras abordagens a cerca de Diatomitos no Brasil, enfocando
ocorrências no Nordeste do país.
(em Abreu, 1973)
1937
Leite, T. J. R.
(em Abreu, 1973)
Primeira abordagem de aspectos químicos atinentes às ocorrências antes
estudadas pelo INT.
1939
DFPM Souza & Abreu
Refino das informações sobre as ocorrências nordestinas inicialmente
investigadas pelo INT.
1952
Braun
Estudou diatomáceas em sedimentos do Rio Tapajós, fazendo o único
registro brasileiro de Eunotia papilio, diatomácea rara e recentemente
também registrada no Espongilito de Três Lagoas.
(em Abreu 1973)
1971
Santos et al.
Primeira abordagem de um Diatomito da Bahia com análise qualiquantitativa de constituintes.
1973
Abreu
Publicou o maior compêndio já elaborado sobre recursos minerais do
Brasil, onde situa e descreve as mais importantes ocorrências de
Diatomitos nacionais.
1976
CPRM
Desenvolveu pesquisas e publicou dados caracterizando depósitos de
Diatomito da região da Chapada Diamantina, na Bahia.
1977
Moro
Em dissertação o autor fez uma resenha dos conhecimentos a cerca dos
Diatomitos brasileiros com base nos conhecimentos até então existentes.
1980
PAULIPETRO
Promoveu avaliação e publicou resultados referentes à avaliação geológica
da porção paulista da Bacia Sedimentar do Paraná, situando ocorrências de
Diatomitos na região noroeste paulista, entre Tupã e Araçatuba.
1982
IPT
Publicou resultados de estudos de depósitos de turfeiras situadas nos vales
dos Rios Moji-Guaçú, Ribeira do Iguape, Jacaré-Pepira e Itapetininga.
1983
IPT
Gênese, distribuição e estratigrafia dos sedimentos cenozóicos no Estado
de São Paulo. São Paulo: Melo, M. S. & Ponçano, W.L. (org)
1983
DNPM
Perfil analítico do Diatomito.
1984
IPT
Promoveu uma campanha para a prospecção regional de Diatomito no
Estado de São Paulo.
1986
IPT
Realizou prospecção de Diatomito no Estado de São Paulo, investigando
depósitos do litoral sul do Vale do Paraíba.
1986
Motta et al.
A partir dos levantados anteriormente realizados no âmbito do IPT os
autores publicaram dados a cerca de depósitos biossilícicos no Estado de
São Paulo.
1987
Campanha & Jacinto.
Publicaram resultados de estudos a cerca da metodologia aplicada às
pesquisas de diatomitos não-marinhos brasileiros.
2002
CETEM
Realizaram ensaios com Diatomitos do Estado da Bahia, publicando a
proposta de técnicas otimizadas para o beneficiamento do mesmo.
Siglas: DFPM – Divisão de Fomento da Produção Mineral, Rio de Janeiro.
4.4. Dados litológicos e correlatos
Segundo Kadey Jr., (1975), a formação dos Diatomitos exige condições ambientais
específicas e propícias ao desenvolvimento da respectiva flora. Para tanto o autor destaca
como necessários: 1) O estabelecimento de bacias aquosas grandes e rasas, nas quais seja
possível a realização dos processos fotossintéticos; 2) O suprimento abundante de sílica
solúvel; 3) A ausência de toxidez; 4) A abundância de nutrientes e 5) O reduzido
revolvimento de clastos.
Moro, (1977), destaca a ocorrência nacional de muitos Diatomitos pleistocênicos e
holocênicos aos quais vincula à dinâmica interglacial ao longo daqueles períodos. O mesmo
autor destaca o reduzido valor comercial de Diatomitos afetos por alta diagênese ou
metamorfismo, em decorrência da impossibilidade de seu aproveitamento nas tradicionais
aplicações daquela litologia.
Motta et al., (1986), descrevem os depósitos brasileiros de Diatomitos como
ocorrências dulcícolas formadas em aluviões afogados e lagos rasos, típicos das planícies
costeiras ou das elevadas regiões interioranas, também de relevo aplainado. Os mesmos
autores salientam a comum associação entre diatomitos e espongilitos, a qual estaria
baseada na ocupação de um mesmo ambiente genético.
Nos anos 80, o IPT realizou campanha para a prospecção dos Diatomitos no Estado de
São Paulo. Aquele instituto buscou, preliminarmente, situar e avaliar lagoas enquadráveis
no contexto das seqüências sedimentares continentais quaternárias. Na atividade, 480
corpos (lagos e lagoas), foram cadastrados. Em etapa subseqüente, foram investigados todos
os corpos cuja área fosse superior a 45.000 m2 . Foram realizadas sondagens manuais em 71
lagoas, sendo que em 42, registraram-se concentrações biogênicas.
Na mesma campanha o IPT estudou meandros abandonados e corpos d’água mais
isolados da influência direta da ação fluvial, nas imediações dos Rios Moji-Guaçú, Ribeira do
Iguape, Paraíba do Sul e Itapetininga.
As lagoas continentais são referidas, nos relatórios do IPT, como pequenos
embaciamentos cenozóicos originados por abatimento, cuja sedimentação pelítica inclui
camadas com matéria biogênica. A maior parte desses corpos revelou profundidade máxima
de 6m e abundante vegetação aquática, (aguapés e esteiras algálicas no fundo), com
gramíneas na borda.
As respectivas bacias apresentam configurações circulares, ovaladas ou irregulares,
com dimensões variáveis desde algumas centenas de metros até 2km em relação ao seu eixo
maior Em São Paulo, os mais ricos depósitos biogênicos foram encontrados na região de
Araçatuba, na área de influência das bacias dos Rios Tietê e Paraná, mormente sobre solos
de alteração da Formação Adamantina.
4.5. A diatomoflora registrada
Na bibliografia consultada a cerca da ocorrência de Diatomitos em sedimentos, oozes e
biolititos continentais no Brasil, constata-se a referência à 43 gêneros, sendo raro o
detalhamentos à nível de espécie. O fato deve-se ao caráter geológico-minerário da maior
parte dos estudos deste tipo de depósito. Entre os gêneros computados, somente Eunotia é
comum a todas as listagens, seguindo-o, em freqüência: Pinnularia; Navicula; Melosira e
Cymbella. (Quadro 4.4.). Da base pesquisada, o maior detalhamento fitoflorístico é
constatado nos relatórios do IPT, instituto que, ao longo dos anos 80, prospectou o território
paulista, concluindo pela inexistência no estado, de depósitos significativos dr Diatomitos.
Quadro 4.4.: Diatomáceas: relação dos Taxa freqüentes em sedimentos, oozes e
biolititos , por unidade da federação.
Unidade da Federação
Taxa registrados (em ordem decrescente de freqüência)
Maranhão
Eunotia spp.; Actinella sp.; Anomoeoneis spp.; Frustulia sp.; Pinnularia spp. Nitzchia sp.
Navícula sp.
Rio Grande do Norte
Eunotia spp.; Anomoeoneis spp.; Navicula sp.; Melosira sp.; Frustulia sp.; Cymbella sp.
Pernanbuco
Pinnularia sp.; Eunotia spp.; Navicula sp.; Melosira sp.; Frustulia sp.
Rio de Janeiro
Melosira sp.; Fragillaria sp. Eunotia sp.; Pinnularia sp.; Cymbella sp.;
Bahia
Fam. Navivulaceae
São Paulo
(oozes lacustrinas)
Pinnularia spp; Fragillaria sp.; Melosira sp.;Gonphonema sp.; Navicula sp.; Eunotia sp.;
Nitzchia sp.; Stauroneis.; Synedra sp.; Rhopalodia sp.; Hantzchia sp.; Anomoeoneis
sp.;Cymbella sp.;Cyclotella sp.;Coscinodiscus sp.;Achnantes sp.;Actinoptychus
sp.;Stephanodiscus sp.;Neidium sp.;Rhaphoneis sp.
São Paulo
(oozes costeiras costeiras)
Pinnularia spp.;Diploneis spp.; Coscinodiscus spp.; Melosira spp.; Navicula spp,; Nitzchia
spp.; Actinoptychus spp.;Paralia spp.;Synedra sp.;Stauroneis sp.;Tetracyclus
sp.;Thalassiosira sp.;Eunotia spp.;Triceratium sp.;Hyalodiscus sp.;Stephanodiscus
sp.;Fragillaria sp.;Rouxia sp.;Gomphonema sp.;Surirela sp.;Epithemia sp.;Hantzchia
sp.;Caloneis
sp,.Cyclotella
sp.;Arachnoidiscus
sp.;Thalassiothriz
sp.;Cymbella
sp.;Dictyocha sp.;Gramatophora sp.;Rhaddonema sp.;Cocconeis sp.;Bruviosis
sp.;Chaetoceros sp.;Podosira sp.;Biddulphia sp.
4.6. Uso do recurso natural
As reservas nacionais de Diatomito, segundo estimativa do DNPM (2002), são de 3,5
milhões de toneladas, montante assim distribuído: Bahia (44%), Rio Grande do Norte (36%),
Ceará (18%), Rio de Janeiro (1%), São Paulo (0,7%) e Santa Catarina (0,3%).
Devido ao baixo coeficiente de transmissão de calor, (entre 0,49 e 0,77 K), o Diatomito
é um bom isolante térmico. Tal característica é vinculada ao ar aprisionado nos poros e
interstícios existentes entre as micro partículas da litologia. Essa propriedade torna o uso do
Diatomito em pó, pastas, grânulos ou tijolos, apropriado à vedação térmica de instalações e
equipamentos industriais Abreu, (1973)
Segundo a mesma fonte, em decorrência da alta capacidade de retenção de partículas,
os Diatomitos são excelentes coadjuvantes para filtrações rápidas, especialmente
de
líquidos viscosos, como óleos e xaropes. Diatomitos constituem os elementos filtrantes mais
usados nas indústrias de bebidas e soluções açucaradas em geral
Na Bahia, sitio atual das maiores minas de Diatomito em atividade no Brasil, níveis
humificados, arenosos ou argilosos constituem impurezas capazes de inviabilizar ou limitar o
uso desse recurso natural. No quadro 4.5. apresentam-se as faixas de teor de óxidos
desejáveis (sílica) e aceitáveis (demais), de um Diatomito bruto para o respectivo
aproveitamento comercial.
Quadro 4.5. Diatomito para uso comercial: Percentuais de óxidos desejáveis/aceitáveis
Óxidos
%
SiO2
85 - 94
Al2O3
1-7
Fe2O3
0,4 – 2,5
TiO2
0,1 – 0,5
CaO
0,3 – 3
K2O
0,3 – 0,9
P2O5
0,03 – 0,2
Fonte: CETEM, (2002).
Sendo a maior parte da constituição do Diatomito sílica hidratada (semelhante à
opala), os filtros de Diatomito são inertes aos ataques ácidos ou alcalinos, sendo por isso
usados no trato de produtos corrosivos. Quando isentos de grãos de quartzo os Diatomitos
são beneficiados para uso em micro-abrasivos destinados ao polimento de jóias, vidrarias e
pastas polidoras para a limpeza e polimento de objetos de prata. Uma versão abrandada do
mesmo abrasivo participa da composição dos cremes dentais (CETEM, 2002).
Segundo a mesma fonte, a grande inércia química, faz do Diatomito puro e de muitos
de seus beneficiados, excelentes agentes de carga, característica necessária a uma série de
produtos mas de uso mais freqüente na indústria de tintas e vernizes. A alta capacidade
absorvente e a grande leveza, vêm sendo a característica mais explorada dos produtos
produzidos a base de Diatomito. Neste sentido é crescente o seu uso na contenção de
derrames líquidos, principalmente óleos, inseticidas, detergentes, e produtos químicos em
geral. Suas leveza e porosidade fazem-no o substituto ideal do isopor como embalagem
envolvente de frascos e outras embalagens com risco de quebra e ou derrame.
Segundo Lorini et al., (2001), o Diatomito tratado aumenta a sua capacidade de
dispersão e absorção, tornando-se também um pó secante de primeira linha para emprego
como base para inseticidas sólidos ou líquidos. No Brasil, uma das mais recentes aplicações
para o Diatomito em pó ou grânulo, vêm sendo o controle de pragas do milho que fica longo
tempo armazenado em silos. Tal aplicação vem sendo estudada desde a década de 90 por
pesquisadores da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, unidade de
Passo Fundo, RS.
Segundo o DNPM, (2002), no ano de 2000 o Brasil importou cerca de 20.412 t de
Diatomito e seus derivados, montante que representou um acréscimo de 21% sobre a
importação dos mesmos produtos no ano anterior. Segundo a mesma fonte os setores que
mais consumiram beneficiados de diatomito para carga foram as indústrias de tinta e
vernizes. A indústria de bebidas e do açúcar foram as maiores consumidoras de Diatomito
em agentes filtrantes. Consumo importante também é registrado nas indústrias de
abrasivos, ceras, fibras e isolantes.
Afora os usos descritos, o Diatomito encontra grande demanda como pozolana, cujo
uso foi abordado no capítulo 3. desta monografia.
5. ESPONGILITO
5.1. Dados gerais sobre a litologia
Vide tese completa em www.dcnemrevisra.com.br
5.2. Noções sobre a espongofauna
As esponjas são animais metazoários sésseis cujo corpo é constituídos por células
altamente móveis e totipotentes. São caracterizados pela ausência de tecidos e uma
superfície corpórea dotada de poros e ósculos, respectivas entrada e saída do um sistema
filtrador aqüífero. Este é também dotado de canais inalantes e exalantes que se conectam
à câmaras revestidas por uma camada de células coanocitárias. Grande parte das espécies
de esponjas possui um esqueleto estruturado por espículas calcíticas ou silicosas (Hooper
& van Soest, 2002).
Estudos recentes de biologia molecular confirmam a natureza metazoária desses
animais, sem elucidar no entanto, o seu relacionamento com os demais metazoários. As
esponjas estão presentes com espécimes no registro fóssil marinho desde há 750 milhões
de anos AP (Reitner & Wörheide, 2002).
Suas espículas são abundantes em depósitos marinhos da zona de intermarés mas
podem ser encontrados até na zona abissal. Os registros continentais testemunham
deposições sedimentares gerados por esponjas de águas doces em ambientes pouco
profundos.
Os poríferos são organismos hermafroditos ou gonocóricos, sendo que algumas
espécies marinhas e, quase todas de água doce, dispõem de reprodução assexuada, através
da produção de gêmulas, geralmente guarnecidas de espículas peculiares. A peculiaridade
reprodutiva das esponjas parece ser a base da persistência filogenética e cronológica desses
animais. O seu crescimento e a forma corpórea final são respostas adaptativas às condições
químicas, hidrodinâmicas e morfológicas do meio. As formas atuais, tanto de esponjas
marinhas quando de águas continentais são abundantes e caracterizam águas claras, calmas
e limpas, onde há menor risco à obturação de seus poros (Palacio e Bermudez, 1963).
Considerando as diferentes formas e composições químicas dos elementos
esqueletais das esponjas o Filo Porífera é subdividido em três classes.
a) Calcarea ou Calcispongiae, com espículas calcárias, incluindo as formas marinhas
ocorrentes até 30 metros de profundidade;
b) Hexatinellida ou Hyalospongiae, com esqueleto constituído por espículas silicosas
hexarradiadas e capazes de viver no mar até os mil metros de profundidade;
c) Demospongia, com esqueleto constituído por espículas silicosas e espongina ou
apenas espongina, abrangendo formas dulcícolas ou marinhas distribuídas até 300 metros
de profundidade. A classe inclui 90 % das espécies atuais e todas as espécies de água doce.
Em função da maior abundância e diversidade das esponjas marinhas constata-se
haver um maior número de estudos micropaleontológicos atinentes àquele ambiente, em
detrimento dos depósitos continentais, gerados pelas esponjas de água doce.
5.3. Ocorrência nacional: a evolução do conhecimento
Desde 1976 o estudo dos espongiários dulcícolas e dos respectivos registros
sedimentares em depósitos neotropicais, de modo especial as ocorrências brasileiras, vêm
sendo diversificado e refinado, fruto do trabalho da Dra. Cecília Volkmer Ribeiro. À referida
pesquisadora, atuante na Fundação Zoobotânica do Estado do Rio Grande do Sul, cabe o
mérito da mais ampla abordagem desses poríferos. A obra de Volkmer-Ribeiro, rica em
quantidade e qualidade, oportuniza o acesso à conhecimentos variados, sejam
peculiaridades ecológicas das espécies ou minúcias morfológicas, distintivos necessários à
proposição de novos taxa.
No início da década de 80, geólogos da CODESUL, Companhia de Desenvolvimento do
Estado de Mato Grosso do Sul, realizando uma avaliação do patrimônio mineral da, então
recém criada, unidade da federação, constataram haver, nos Municípios de Paranaíba e
Aparecida do Taboado, a exploração irregular de sedimentos lacustres. Os sedimentos
eram destinados, como matéria-prima, à inúmeras pequenas olarias locais.
Como ainda não houvesse uma estrutura estadual apta a promover análises de
detalhe, a CODESUL contratou os serviços do IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
Estado de São Paulo, o qual desencadeou o "Projeto Diatomito" (Blini, 2000). Resultados
parciais do referido estudo foram divulgados pela SEPLAN/MS, Secretaria de
Planejamento do Estado de Mato Grosso do Sul, em 1989.
Quadro: Espongilitos no Brasil – Evolução dos conhecimentos
Cronologia
1895
Autoria
Traxler
1973
Abreu
1986
Motta et al.
1989
Gomes et al.
1992
Volkmer-Ribeiro
1993
Fernandes et al.
1995
Volkmer-Ribeiro,
& Motta,
1998
Volkmer-Ribeiro
et al. em
Ratter & Milliken
1998
Volkmer-Ribeiro
et al.
2000
Blini, &
Lorenz-Silva
2000
Yamamoto
Contribuição diferencial
Ocorrência de três espécies de esponjas de água doce em sedimentos
lacustres da região de Porto Ferreira, noroeste do Estado de São Paulo.
O autor refere haver associação freqüente de espongilitos e diatomitos e
destacando a ocorrência desse tipo de depósito na região dos lagoas
maranhenses. Refere-se à "cauchi" como sendo a denominação dos
espongilitos dos lagos e igarapés do Amazonas. O autor faz referência às
fortes reações alérgicas geradas pelo espongilito.
Promoveu os primeiros estudos estudos das lagoas com espongilitos da
região dos cerrados, constatando que a maior parte daqueles corpos se
encontra em peneplanos da Bacia do Paraná. Sua origem estaria ligada a
movimentos tectônicos, à ocorrência de pipings erosivos e ou a eventos de
deflação, com posterior recobrimento detrítico.
os autores situaram a ocorrência de espongilitos em lagoas de uma região
costeira situada entre os Estados do Maranhão e Rio Grande do Norte
onde, em terraços terciários e planícies fluviais, ocorreriam depósitos
lacustres proximos à faixa de dunas da Formação Barreiras.
Reavaliou as ocorrências paulistas do Município de Porto Ferreira,
reconhecendo elementos esqueletais de cinco espécies de esponjas:
Metania spinata, (Carter, 1881); Dosilia pydanieli, (Volkmer-Ribeiro, 1992);
Corvomeyenia thumi, (Traxler, 1895); Radiospongilla amazonensis
(Volkmer-Ribeiro & Maciel, 1983) e Trochospongilla variabilis, (Bonetto &
Ezcurra de Drago, 1973). No mesmo trabalho a autora confrontou táxons
ali encontrados com espécies atuais de lagoas do Estado de Roraima.
realizaram a análise qualitativa dos elementos esqueletais das esponjas nos
sedimentos, bem como da espongofauna atual da ocorrência antes situada
por Gomes et al, (1989). Constataram que nos depósitos lacustres da região
das dunas, embora haja um volume significativo de sedimentos
espiculíticos (espongilitos), predominam as concentrações de frústulas de
diatomáceas (diatomitos).
Detalharam alguns depósitos lacustres da região do Triângulo Mineiro e
adjascências, constatando que a maior parte dos elementos esqueletais de
espongiários encontrados são, na base, de Metania spinata, espécie
colonizadora e típica de climas mais amenos. No topo dos depósitos
abundam espículas de Corvomeyenia thumi, espécie de ambientes
expostos e típica de climas mais quentes. Tais ocorrências têm constituído
importantes indicadores paleoambientais que registram a dinâmica do
meio ao longo do tempo (Volkmer-Ribeiro et al.,1995 e 1998).e ...
Registraram a ocorrência, na região amazônica da Ilha do Maracá, de uma
espongofauna abundante e similar a que constitui os espongilitos da região
centro-oeste. As esponjas dulcícolas de Maracá constituem uma fauna
distinta da encontrada na amazônia central.
Discriminaram, no Brasil, duas zonas de concentração de espongilítos
lacustres; uma no centro-oeste do país, região originalmente recoberta por
Cerrados, cuja abrangência inclui parte dos Estados de Minas Gerais, São
Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, e outra situada entre o cinturão de
dunas que se estende do Estado do Maranhão até o Rio Grande do Norte
A partir de sondagens de percussão, realizadas até 50cm de profundidade,
registraram a ocorrência de níveis espiculíticos em sedimentos do sistema
lacustre da região de Três Lagoas, MS.
Reavaliaram depósitos de espongilitos da região noroeste do Estado de
2000
Roque-Silva &
Lorenz-Silva
2000
Volkmer-Ribeiro
2001
Volkmer-Ribeiro
et al.
2001
Delben
et al.
2002
Blini
et al.
Lorenz-Silva
et al.
Lorenz-Silva
et al.
2002
2003
São Paulo realizando amostragens visando estudos de viabilidade de uso
desse recurso natural como aditivo pozolânico para cimentos e concretos.
Abordaram o contexto geográfico geomorfológico e os impactos recentes
decorrentes da urbanização dos entornos e da exploração dos sedimentos
espiculíticos do sistema de lagoas da região leste do Estado de Mato
Grosso do Sul.
Estão em estudo os depósitos sílico-biogênicos dos lagos e lagoas
temporários e igarapés amazônicos da Ilha do Maracá
os depósitos da Lagoa do Caçó (no Estado do Maranhão) na zona do
ecótono cerrado/dunas do Estado do Maranhão, revelaram, através dos
elementos esqueletais existentes nos sedimentos, uma espongofauna
típica de ambiente semi-lótico
Caracterização físico-química de amostras homogeneizadas do espongilito
da Lagoa do Araré, Município de Paranaíba, MS. (mineral bruto
denominado espongiolito ou espongilito). Coleta e direito sobre as
amostras fornecidas pela Companhia de Desenvolvimento do Estado de
Mato Grosso do Sul, (CODESUL), órgão detentor do direito de lavra da
referida ocorrência.
Análise micropaleontológica inicial do Espongilito Consolidado de Três
Lagoas, MS.
Publicação de técnicas para o preparo de amostras, laminação e análise
micropaleontológica de espongilitos.
Caracterização micropaleontológica, petrográfica e datação preliminar da
base psamítica da laje de espongilito consolidado de Três Lagoas, MS.
Nestes os sedimentos analisados foram descritos como pelitos inconsolidados de cor
cinza clara ou escura, a depender do conteúdo humífero associado bem como do grau de
hidratação.
Segundo a mesma fonte, a análise qualitativa desses sedimentos revelou a
predominância de fragmentos de espículas de esponjas (.....percentual......) e quantidades
subordinadas de fragmentos de frústulas de diatomáceas. Como constituintes
minerogênicos foram constatados grãos subarredondados de quartzo e argilominerais. O
elevado grau de fragmentação da matéria biogênica analisada foi atribuído, pelo IPT, aos
processos de homogeneização pré-analítica via aquecimento e britagem, aos quais foram
submetidas as amostras (Santos, 1993).
Em 1993 a CODEMS, nova sigla da mesma Companhia de Desenvolvimento do Estado
de Mato Grosso do Sul, com a SEPLAN/MS, publicaram resultados das análises realizadas
pelo IPT na década anterior. Relatório do IPT (1984), disponibiliza dados morfológicos,
dimensionais e batimétricos da Lagoa do Araré, corpo d´água situado no Município de
Paranaíba, assim como a seguinte composição dos respectivos sedimentos: 32,25% de
componentes clásticos, (areias de grã variada, silte e argila); 67,75% de componentes
biogênicos, (2,40 % de fragmentos de frústulas de diatomáceas, 12,62 % de matéria
orgânica não identificada e 52,74 % de fragmentos de espículas de esponjas). A cubagem
do horizonte mineralizado apontou uma reserva local de 132.065m 3, montante que
garantiria 10 anos de exploração contínua do espongilito (Lorenz-Silva,1990).
Volkmer-Ribeiro & Motta, (1995), analisando amostras dos pelitos lacustres da Lagoa
do Araré, identificaram elementos esqueletais de Dosilia pydanieli, como espécie
predominante e indicativa de topo de colmatação; Metania spinata, como espécie
colonizadora e abundante da base ao topo dos depósitos, e Corvomeyenia thumi, como
espécie rarefeita e indicativa de topos de depósitos em formação sob climas quentes.
Segundo os autores, as espécies identificadas têm em comum o fato de suportarem
ambientes estacionalmente secos.
Em 1998, a imprensa de Três Lagoas, município sul-mato-grossense situado cerca de
200 km ao sul do Município de Paranaíba, denunciaria que funcionários da
municipalidade encarregados da limpeza de uma das lagoas locais, teriam sido
encaminhados ao hospital local apresentando inchaço dos membros inferiores como
decorrência do contato com "um pó branco" encontrado no fundo do referido corpo
d´água. Especialistas do IBAMA e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, haviam
sido contrários à referida limpeza com os métodos que haviam sido divulgados. Tal
oposição, no entanto, não impediu a ação da prefeitura local, nem as inúmeras reações
decorrentes.
A UFMS, no âmbito do DCN, Departamento de Ciências Naturais do Campus de Três
Lagoas, promoveu desde então, uma série de estudos, gerando várias monografias,
resumos e artigos atinentes às lagoas locais, produtos, parte dos quais, foi divulgada pela
imprensa do município. Alguns dos temas abordados foram: a análise preliminar dos
sedimentos (Giovanini, 2000); o registro de reações alérgicas (Machado, 2000); a
dinâmica geoambiental recente (Silva, 1999); a qualidade da água (Nacayama, 2000) e a
diversidade faunística pretérita (Pereira, 2000).
Entre fevereiro de julho de 1999 e fevereiro de 2001, o setor de Geologia do
DCN/UFMS, ampliaria o universo das investigações até então realizadas, através de uma
campanha de sondagens de percussão realizada, até 50 cm de profundidade, em oito
lagoas da região. Em nenhum dos corpos d´água investigados foram encontradas
esponjas atuais. A análise da fração pelítica dos sedimentos revelou, nas amostras dos
corpos d´água dos altos terraços fluviais, níveis com até 50% do conteúdo de espículas,
dispostos até 30 cm de profundidade. Tal concentração não foi constatada nos
sedimentos amostrados em lagoas situadas a cerca de 60 km ao sul e a oeste do núcleo
urbano três-lagoense, nos baixos terraços ou no compartimento de colinas. As amostras
provenientes desses últimos corpos d´água revelaram conteúdo de espículas entre 0 e
5% apenas nos níveis mais superficiais (Nunes, 2001).
Ao longo da investigação acima referida, pesquisadores da UFMS constataram a
existência de espongilitos consolidados apenas num dos corpos d´água investigados, a
Lagoa do Meio, situada nas imediações do núcleo urbano de Três Lagoas. A população de
oleiros locais foi entrevistada, revelando que o referido sedimento foi alvo de intensa
exploração ao longo das décadas de 60 e 70, para agregação, como pozolana, ao concreto
destinado às obras do complexo hidrelétrico regional, (Usinas Hidrelétricas de Ilha Solteira
e Engenheiro Souza Dias) (Blini & Lorenz-Silva, 2000).
A análise micropaleontológica dos sedimentos da base do pacote de espongilitos,
possibilitou o reconhecimento de micro e macroscleras, de rótulas e, em menor
quantidade, de gemoscleras íntegras, Via correlação morfológica foi possível confirmar a
ocorrência, no nível investigado, de esponjas da espécie Metania spinata. Tais resultados
foram publicados por Lorenz-Silva & Leipnitz, (2001), em trabalho que refere o
reconhecimento de uma associação florística de diatomáceas dos gêneros: Eunotia,
(predominante), Stauroneis, Navicula e Pinnularia, todas típicas de ambiente oligoalino,
sendo Eunotia típica de águas ácidas e Pinnularia , típica de águas ferruginosas.
5.4. Dados litológicos e correlatos
5.5. Dados micropaleontológicos e correlatos
Vide tese completa em www.dcnemrevista.com.br
5.6. Uso do recurso natural
Segundo Santos (1993), as maiores reservas de espongilito encontram-se na Austrália
e nos Estados Unidos. Por constituir matéria amorfa de fácil desagregação, naqueles países
o espongilito é usado na obtenção de produtos especiais, principalmente sílica gel e silicato
de sódio. Até o final da década de 90, toda a sílica gel consumida no Brasil era importada.
Segundo o IPT (1984), testes de beneficiamento e aplicabilidade de amostras
oriundas de depósitos sul-mato-grossenses de Paranaíba e Aparecida do Tabuado
revelaram a boa potencialidade daqueles sedimentos como matéria-prima para a indústria
de isolantes, refratários e pozolanas. O referido instituto estimou custos totais de
fabricação de isolantes e refratários produzidos a partir de espongilito em US$ 124.80 por
tonelada, quanto o valor dos respectivos produtos acabados chegava a US$ 411.00 por
tonelada.
Segundo Ferreira et al. (1995), pozolana é a denominação da matéria silicosa ou
sílico-aluminosa natural ou residual de atividades industriais e agrícolas, a qual, quando
finamente moída e na presença de água, reage com hidróxido de cálcio, formando
compostos cimentantes. Segundo os mesmos, os espongilitos são pozolanas de excelente
qualidade e substitutos vantajosos para o clínquer, durante a fabricação do Cimento
Portland, assim como para parte do cimento durante o preparo de argamassas e concretos.
Segundo Gava (1999), o uso de cimento pozolânico é considerado uma tecnologia de
segurança especialmente na construção das barragens de concreto, pois seu uso acarreta
numa sensível redução da reatividade química ao longo do tempo. O concreto com pozolana
é menos permeável e mais compacto do que aquele produzido pelo uso do cimento.
No sul do Brasil são adicionadas ao cimento como pozolanas, as cinzas produzidas pela
queima do carvão nas usinas termelétricas. No Nordeste o cimento recebe a mistura de
argilas calcinadas. No Sudeste, onde se produz 54,25% do cimento nacional, o uso de
aditivos pozolânicos ainda éincipienteas pozolanas é mínimo, mormente em decorrência da
falta de estudos de detalhe de jazidas como as de espongilito, as jazidas. No Estado de São
Paulo, pesquisadores da USP vêm investigando ocorrências de pozolanas naturais situadas
entre os Municípios de Assis, Presidente Prudente e Araçatuba (Yamamoto (2000).
O uso das pozolanas preserva as jazidas de calcário, principal componente do cimento
comum, mas produto com muitas outras aplicações, tais como: corretivo de solo, na
fabricação de cal e na produção do ferro-gusa. Para o meio ambiente, o uso das pozolanas
reduz a emissão de dióxido de carbono pois a produção do cimento pozolânico requer
temperaturas menores do que as usadas no fabrico do cimento convencional. Os fornos de
alta temperatura, usados na queima de calcário e argila para a produção do tipo Portland,
são responsáveis pela liberação de enormes quantidades de dióxido de carbono na
atmosfera .O uso do cimento pozolânico agrega soluções de alta tecnologia a vários
problemas enfrentados pela construção civil (Yamamoto, 2000).
FIGURA XXX - Espongilito junto à estrada Araçatuba-Guararapes
Fonte: Yamamoto (2000).
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo das peculiaridades físicas, químicas e biológicas de um recurso natural e
do respectivo ambiente de sua geração e depósito deve preceder à exploração o efetivo
uso do mesmo. Tal ordenação, já comum na atividade mineraria dos centros
desenvolvidos, gera subsídios preditivos ou não aleatórios, principalmente quando os
recursos prospectados são bens minerais. A busca pela otimização do aproveitamento de
cada recurso passa pela realização de ensaios e análises adequados e compatíveis a cada
objeto de estudo.
Especificamente sobre diatomitos e espongilitos, constata-se que a maior parte dos
estudos nacionais, mesmo a desenvolvida no âmbito acadêmico, investiga propriedades
potencialmente vantajosas em novas aplicações, composições e produtos. Tais estudos,
seguindo o interesse e a economia do patrocínio, induzem à análise de amostras
compostas ou homogeneizadas, as quais nada revelam sobre as variações horizontais e
verticais de cada depósito, inviabilizando entre outras, a construção de inferências
paleoecológicas.
6.1. Discrepâncias, similaridades e mazelas
O caráter biogênico pode ser considerado a maior discrepância entre o Trípoli e as
demais litologias ora abordadas; visto que naquele, a contribuição orgânica está afeta à
arquitetura do depósito e não à gênese e constituição, como nos Diatomitos e
Espongilitos.
Por outro lado as litologias abordadas constituem todas, agregados microcristalinos
pulverulentos e gerados em ambientes continentais. Através de exame macroscópico,
Trípoli, Diatomito e Espongilito são indistinguíveis, e essa similaridade físico-dimensional
é também a determinante da porosidade e da friabilidade dessas rochas e oozes. As três
litologias encontram semelhanças, também, quanto ao aproveitamento econômico,
campo fértil pra as mais recentes pesquisas a cerca desses recursos naturais, mormente
no contexto extranacional.
Especial atenção merece a composição química que, como característica básica, é
moduladora de várias outras propriedades, talvez representando o ponto de maior
similaridade entre as três litologias abordadas. Do Trípoli, a partir do estudo feito por
Riccomini et al.(1997), sabe-se que a respectiva composição mineralógica inclui entre 98
e 99% de sílica total, sem que haja um refino quantitativo tipológico deste dado. Quanto
aos Diatomito e Espongilito, nos quadros 6A e 6B expõem-se de forma comparativa,
dados atinentes à química dos mesmos.
Quadro 6A: Óxidos e Perdas ao fogo: Seleção comparativa e média percentual a partir de
amostras de Espongilitos e Diatomitos de contextos geográficos diversos.
SiO2
Al2O3
Fe2O3
Perdas ao fogo
TiO2
Cão
MgO
Na2O
K2O
MnO
P2O5
% em peso
E1
E2
E3
E4
M/E
D1
D2
D3
D4
M/D
82,50 97,50 77,50 92,00 87,38 88,20 75,30 72,70 64,00 76,10
7,40 1,87 11,70 2,30 5,82 0,90 9,30 10,50 19,40 10,15
0,85 0,24 1,70 0,40 0,80 0,50 0,60 2,90 1,80 1,15
7,50
7,80
4,40
7,10
1,36
0,05
0,09
0,02
0,06
0,00
0,00
0,28
0,01
0,01
0,05
0,05
0,01
0,00
0,00
0,10
0,40
0,10
0,10
0,01
0,01
0,00
0,05
0,20
0,10
0,10
0,01
0,02
6,70
2,20
7,70 10,80 5,10
6,45
Legendas: AC = Amostra composta; B = Base do
depósito; T = Topo do depósito. E1 – Espongilito
de Paranaíba, MS. (AC/1); E2 – Espongilito de
João Pinheiro, MG. (AC/2); E3 – Espongilito de
Três Lagoas, MS. (B/3); E4 - Espongilito de Três
Lagoas, MS. (T/3); D1 – Diatomito Mina da
Ponte , BA. (AC/4); D2 - Diatomito Lagoa Graçuí,
CE. (AC/5), D3 – Lagoa dos Doidos, RN. (AC/5) e
D4 – Lagoa de Cima, RJ.(AC/5).
Fontes: 1) Dias et al., (1988); 2) Esper, (2000); 3) Lorenz-Silva et al.,(2003); 4) CETEM (2002); 5) INT
em Abreu, (1973).
Quadro 6B: Sílica: análise tipológica no Diatomito da Mina Ponte, Mucugê, BA.
Sílica total
Sílica amorfa
Sílica quartzo
Sílica caulinita
88,2%
70,5%
07,0%
10,7%
Fonte: CETEM (2002)
A exploração desordenada e sem fiscalização, o manuseio, o beneficiamento e a
comercialização irregular dos sedimentos biossilícicos e respectivos produtos de olaria,
exaurem os depósitos nacionais e geram uma série de passivos, inclusive ambientais
A acelerada exaustão das jazidas rasas e dos depósitos biossilícicos, de forma especial
daqueles mais próximos aos núcleos urbanos, decorrem das atividades exploratórias não
controladas e da demanda por materiais que é proporcional à velocidade de expansão
dos centros urbanos. No setor mineral brasileiro, o detrimento à pesquisa geológica
básica e a inércia de fiscalização são mazelas a eliminar e que delegam ao âmbito
acadêmico o papel de gerar, organizar, dar a conhecer e refinar o conhecimento a cerca
dos recursos nacionais.
Constata-se que nos centros desenvolvidos cresce a demanda por produtos com
diferenciais vantajosos, em decorrência do que, têm aumentado proporcionalmente os
investimentos na pesquisa das matérias-primas minerais e no estudo dos ambientes e dos
processos de sua formação e deposição.
Não havendo como valorar o que se desconhece, a solução de qualquer carência
inicia pela consciência da mesma e prossegue através da busca por conhecimentos. Em se
tratando do patrimônio mineral brasileiro, importa também, evitar a perda de divisas
decorrentes do sub aproveitamento, através da eliminação do hiato existente entre o
destino efetivo atual e o uso mais valorizado de nossos bens minerais.
Do Trípoli, conhecidas as peculiaridades e a potencialidade de uso a partir dos
resultados de estudos publicados por Bradbury & Ehrlinger, (1983) e Harben, (1983) e,
considerada a proximidade do sítio nacional de ocorrência ao maior pólo industrial
brasileiro, releva-se o interesse pelo respectivo detalhamento da ocorrência paulista.
Sobre o tema Riccomini et al., (1997), salientam a necessidade de promover prospecções
subsuperfíciais com a finalidade de avaliar possíveis outras áreas de silicificação nas
unidades permianas da Bacia do Paraná.
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