universidade estadual de santa cruz

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universidade estadual de santa cruz
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE
VALORAÇÃO ECONÔMICA DOS RECURSOS AMBIENTAIS DO
PARQUE MUNICIPAL DA BOA ESPERANÇA, ILHÉUS, E DA
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SERRA
DO TEIMOSO, JUSSARI, BAHIA
Solange Rodrigues dos Santos-Corrêa
ILHÉUS – BAHIA – BRASIL
Julho de 2005
SOLANGE RODRIGUES DOS SANTOS-CORRÊA
VALORAÇÃO ECONÔMICA DOS RECURSOS AMBIENTAIS DO
PARQUE MUNICIPAL DA BOA ESPERANÇA, ILHÉUS, E DA
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SERRA
DO TEIMOSO, JUSSARI, BAHIA
Dissertação
apresentada
à
Universidade Estadual de Santa
Cruz, como parte das exigências
para obtenção do título de
Mestre em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente.
ILHÉUS – BAHIA – BRASIL
Julho de 2005
ii
SOLANGE RODRIGUES DOS SANTOS-CORRÊA
VALORAÇÃO ECONÔMICA DOS RECURSOS AMBIENTAIS DO
PARQUE MUNICIPAL DA BOA ESPERANÇA, ILHÉUS, E DA
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SERRA
DO TEIMOSO, JUSSARI, BAHIA
Dissertação
apresentada
à
Universidade Estadual de Santa
Cruz, como parte das exigências
para obtenção do título de
Mestre em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente.
APROVADA: 14 de julho de 2005
Prof. Dr. Henrique Tomé da Costa Mata
UESC
Prof. Dr. Francisco Casimiro Filho
UFC
Prof. Dr. Neylor Alves Calasans Rego
UESC – Orientador
iii
Dedicatória
Ao Frei Conrado Goumans (OFM), in memorian, pelo modo carinhoso com
que me conduziu na vida.
Ao meu pai Geraldo Procópio, in memorian, pelo modo alegre que tentou
levar a vida.
Às minhas filhas Sara e Ester, pelo otimismo com que me fazem ver a vida.
Ao meu marido Ronan Xavier Corrêa, pelo seu amor e companheirismo em
minha vida.
A Deus, razão da minha vida.
iv
AGRADECIMENTOS
À Universidade Estadual de Santa Cruz, pela oportunidade da realização
do curso.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal para o Ensino Superior
(CAPES), pela concessão da minha bolsa.
Ao Professor Neylor Alves Calasans Rego, pela orientação, amizade e
compreensão.
Ao professor Francisco Casimiro Filho (UFC), por compor minha comissão
de orientação.
À Professora Irene Cazorla, pela orientação nas análises estatísticas.
Aos colegas e amigos de turma, Anaelson, Alene, Aline, Bethânia,
Christine, Dílson, Eliana (Nane), Jorge Augusto Bahia, Joaquim Sampaio, José
Wildes, Oscar Artaza, Patrícia, Romuald, Simey, Sizínio, Teodoro e Vivasvan,
pelo apoio e pela ajuda nos momentos de dificuldades.
Um especial agradecimento à amiga Simey Soeiro, pela sua capacidade de
amenizar as dificuldades.
Aos professores do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente, pelos ensinamentos.
Ao estudante de ciência da computação, Ramon Gomes Medrado, pela
colaboração.
Ao Professor Ronan Xavier Corrêa, de todo o coração e com os mais
profundos agradecimentos, por inspirar-me desde o início deste projeto e
fortalecer minha autoconfiança como pesquisadora, e pela revisão que trouxe
mais clareza aos meus pensamentos e melhorou cada parte desta dissertação.
v
ÍNDICE
EXTRATO .............................................................................................................vii
ABSTRACT........................................................................................................... ix
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................. 5
2.1. A biodiversidade como um valor de amplitude global................................... 5
2.2. A valoração econômica do recurso ambiental.............................................. 8
2.3. Diferentes formas de valoração econômica de recursos naturais .............. 11
2.4. Considerações sobre o método de valoração contingente......................... 15
2.5. Estudos de casos em valoração econômica de recursos naturais ............. 17
3. METODOLOGIA .............................................................................................. 21
3.1. Abordagem geral do projeto ....................................................................... 21
3.2. Caracterização da área de estudo.............................................................. 21
3.3. Procedimentos metodológicos ................................................................... 24
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 27
4.1. Respostas ao questionário ......................................................................... 27
4.2. Análise descritiva das respostas ................................................................ 28
4.2.1. Características demográficas dos respondentes ............................. 28
4.2.2. Justificativas para conservação de uma floresta tropical úmida ...... 28
4.3. Relações entre diferentes variáveis com a DAP ........................................ 34
4.4. Determinação do valor de duas florestas tropicais úmidas ........................ 37
5. CONCLUSÕES ................................................................................................ 42
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 43
APÊNDICES ........................................................................................................ 46
vi
Apêndice A – Versão em português do questionário testado entre 10 pessoas
aleatórias para validação do instrumento .......................................................... 46
Apêndice B – Versão em inglês do questionário validado que foi aplicado para
coleta dos dados ............................................................................................... 51
Apêndice C – Dados originais codificados e legenda dos códigos.................... 56
Apêndice D – Dados demográficos, sobre a parte 1 do questionário................ 64
Apêndice E – Dados os motivos de conservar a floresta, sobre a parte 2 do
questionário....................................................................................................... 69
Apêndice F – DAP e determinação do valor, dados sobre a parte 3 do
questionário....................................................................................................... 70
vii
EXTRATO
SANTOS-CORRÊA, Solange Rodrigues, M.S., Universidade Estadual de Santa
Cruz, Ilhéus, Julho de 2005. Valoração Econômica dos Recursos Ambientais
do Parque Municipal da Boa Esperança, Ilhéus, e da Reserva Particular do
Patrimônio Natural Serra do Teimoso, Jussari, Bahia. Orientador: Neylor Alves
Calasans Rego. Co-orientador: Francisco Casimiro Filho (UFC).
A valoração econômica dos recursos ambientais (atribuição de um valor a
um bem ambiental) propicia a realização de uma análise social de custo-benefício
para reservas naturais. Esse método é relativamente novo e há poucos sítios
ambientais no mundo que foram valorados. No Sul da Bahia existem áreas com
fragmentos representativos de Mata Atlântica, inclusive como reservas biológicas,
que carecem ser valoradas economicamente. Neste trabalho, objetivou-se
determinar os valores econômicos, com base na Disposição a Pagar (DAP - Valor
de Existência) por habitantes da união européia e dos Estados Unidos da América
pelos recursos ambientais que compõem a paisagem natural do Parque Municipal
da Boa Esperança (Ilhéus, BA) e da Reserva Natural Particular Serra do Teimoso
(Jussari, BA), ambos fragmentos de Mata Atlântica. Além disso, foram testados os
efeitos de diferentes variáveis na DAP. Foi utilizado o Método de Valoração
Contingente (MVC), captando, por meio de questionários, a visão de residentes
nos EUA e na Europa, que permitiram mensurar o Valor de Existência. Verificouse que o valor atribuído por esses dois conjuntos de respondentes não difere
entre si quanto ao país de origem. No entanto, o valor atribuído à RPPN Serra do
Teimoso mesmo sendo uma reserva menor, foi estatisticamente superior àquele
atribuído ao Parque Municipal da Boa Esperança. Esses resultados revelaram
que as pessoas estão dispostas a apoiar a conservação em lugares mais seguros
vii
em relação às pressões antrópicas. Além disso, constituíram-se em uma base de
dados importante para alimentar uma consciência ambiental de conservação dos
Recursos Naturais e definir políticas para conservação de sítios ambientais na
Mata Atlântica. Finalmente, verificou-se que pelo menos cinco variáveis têm efeito
significativo sobre a DAP e que o MVC mostrou-se adequado para quantificar O
valor de existência pela conservação das reservas biológicas estudadas.
viii
ABSTRACT
SANTOS-CORRÊA, Solange Rodrigues, M.S., State University of Santa Cruz,
Ilhéus, July of 2005. Economical Valuation of the Environmental Resources of
the Municipal Park of Boa da Esperança, Ihéus, and of the Particular Reserve
of the Serra do Teimoso, Jussari, Bahia. Advisor: Neylor Alves Calasans; Coadvisor: Francisco Casimiro Filho (UFC).
The economical valuation of the environmental resources (attribution of a
value to an environmental good) propitiates the accomplishment of a social costbenefit analysis for natural reserves. That method is relatively new and there are
few environmental sites in the world that were valuated. In the South of Bahia
there exist areas with representative fragments of Atlantic forest, as well as
biological reserves that needed to be economically valuated. The aim of this work
was to determine the economical values, based on the Disposition to Pay (DAP Existence Value) of the residents in Europe and United States of America, of the
environmental resources that compose the natural landscape of the Municipal
Park of Boa Esperança (Ilhéus, BA) and of the Private Natural Reserve of Serra
do Teimoso (Jussari, BA), both located inside Atlantic forest fragments. Beyond
that, the effects of different variables were tested in DAP. It was used the
Contingent Valuation Method (MVC), capturing, through questionnaires, the
residents' opinions of the USA and Europe, what allowed measuring the Existence
Value. It was verified that the value attributed by those two groups of
respondentes did not differ from each other with relation to the country of origin.
However, the value attributed to Serra do Teimoso, even being a smaller reserve,
was statistically greater than that attributed to the Municipal Park of Boa
ix
Esperança. These results revealed that the people are willing to support more the
conservation in safer places in relation to the areas under anthropic pressures.
Beyond of that, they constituted an important data base to increase the
environmental conscience of the natural resources conservation and to define
politics to preserve the Atlantic forest. Finally, it was verified that at least five
variables had significant effect on DAP and that the MVC was shown appropriate
to quantify the existence value for the conservation of the studied biological
reserves.
x
1. INTRODUÇÃO
A Valoração Econômica do Recurso Ambiental (atribuição de um valor a
um bem ambiental), uma ciência relativamente nova, propicia a realização de uma
análise social de custo-benefício para Reservas Naturais. A literatura reconhece
três tipos de conceitos: valor de uso, valor de opção e valor de existência.
Conforme salienta Beukering et al. (2003), a valoração do recurso natural
depende não apenas do preço de mercado dos seus usos diretos, mas também
de todos os outros componentes que geram valor em sentido amplo. Poucos
sítios ambientais no mundo foram valorados em relação a esses três tipos de
conceitos.
A mensuração do impacto nas comunidades locais tem-se mostrado de
grande importância na criação de áreas de proteção ambiental. No entanto, até
mesmo as Unidades de Conservação já existentes não dispõem de abordagem
sistematizadas sobre seu valor econômico e os benefícios locais e globais por
elas gerados. Dessa forma, a valoração econômica dos recursos naturais
apresenta-se como uma forma de gerar cientificamente indicadores convincentes
para a política de conservação da biodiversidade. Inclusive, a valoração
econômica dos recursos naturais foi apresentada por Mota (2001) como o estado
da arte na área de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, uma vez que
tem ampla aplicação na análise custo-benefício de projetos governamentais e
privados.
No Sul da Bahia, vêm sendo desenvolvidos vários trabalhos nas áreas
sócio-ambientais e ecológicas, visando subsidiar políticas conservacionistas,
graças ao fortalecimento institucional dos últimos 15 anos. Destacam-se as
seguintes instituições: Universidade Estadual de Santa Cruz, Instituto de Estudos
1
Sócio Ambientais do Sul da Bahia e Instituto Dríades. Com base em diversos
projetos, essas instituições atuam no complexo denominado Corredor Central da
Mata Atlântica. Nesta área, há um grande número de Unidades de Conservação,
muitas delas com área inferior a 100 ha. No entanto, formam uma cadeia de áreas
adjacentes a grandes porções de áreas com florestas, propícias à efetivação dos
corredores ecológicos. Nesse contexto, os sítios ecológicos (hot-spots) “Parque
Municipal da Boa Esperança” e “RPPN Serra do Teimoso” foram escolhidos
porque representam duas situações típicas, respectivamente: uma mata urbana
(adjacente à cidade de Ilhéus que tem cerca de 220.000 habitantes – ANUÁRIO
ESTATÍSTICO DA BAHIA, 2001) e uma RPPN de uso para pesquisas e
ecoturismo (localizada há 60 km de Ilhéus, próximo à cidade de Jussari que tem
cerca de 7.000 habitantes). Ambas apresentam características biológicas que as
tornam de grande interesse mundial para conservação da biodiversidade
(CARVALHO et al., 2001).
No Brasil, a abundância de recursos humanos, terrestres, aquáticos e
minerais contribuiu para que questões polêmicas relativas ao meio ambiente
fossem relevadas ao segundo plano por parte dos formuladores de políticas
públicas. Aliado a isso, vários desastres ecológicos, em especial na Amazônia,
serviram para sensibilizar a comunidade mundial e provocar reações nacionalistas
em alguns setores da sociedade brasileira. Estes fatos propiciaram uma nova
orientação aos movimentos sociais no Brasil, o que alertou para a necessidade de
estabelecimento de uma agenda ambiental que serviria para delinear tanto as
políticas do setor público, quanto às do setor privado, e conseqüentemente, as
questões ambientais, que até então, haviam ficado à margem das decisões
políticas, passando a ter, assim, uma importância significativa. Desta forma, as
pressões internacionais, aliadas ao surgimento de uma consciência ecológica por
parte da sociedade brasileira, levaram o Brasil a adotar uma legislação ambiental
e criar o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), em 1985, com
representação governamental e não-governamental (MARTINS, 2002). Outro fato
importante para aumentar a conscientização sobre os problemas ambientais no
Brasil foi a preparação e realização da conferência mundial sobre o meio
ambiente - ECO-92 -, no Rio de Janeiro em junho de 1992.
2
A idéia de associar questões ambientais com o desenvolvimento
econômico tornou-se princípio amplamente difundido, tanto nos segmentos da
comunidade científica quanto no meio político e na comunidade em geral. Neste
sentido, instituições internacionais financiadoras de projetos como o Banco
Interamericano do Desenvolvimento (BID) começaram a insistir na necessidade
de uma valoração dos custos e benefícios ambientais em projetos de
desenvolvimento. As pesquisas científicas passaram a considerar a valoração dos
bens e serviços ambientais como um instrumento para justificar os seus esforços
de preservação e conservação do meio ambiente, embora ainda seja incipiente o
estudo de valoração econômica.
No campo político, também tem havido discussão quanto ao aspecto
ambiental associado ao desenvolvimento econômico. Em novembro de 2004, a
Rússia aderiu ao Protocolo de Kyoto, chegando ao mínimo de assinaturas
requeridas para entrar em vigor o acordo para controlar o efeito estufa. As
divergências atuais, inclusive a não-adesão de países centrais como os Estados
Unidos e a Austrália, são evidências de que o passivo ambiental ainda não figura
como um componente aceito pelas economias mundiais. A decisão de proteger
determinado espaço natural gera conflitos de interesses e tem um custo que a
sociedade necessita arcar.
Diante do exposto, este trabalho e o seu objeto de análise são de extrema
importância não só para Ilhéus, Jussari e região, mas também para o Brasil
devido à sua diversidade biológica e aos inúmeros parques e reservas em
grandes áreas de floresta tropical do país. Além disto, têm-se observado nos
últimos anos um crescente desenvolvimento do ecoturismo nas regiões onde
existem fragmentos de Mata Atlântica e uma forte preocupação com o tipo de
manejo e planejamento das florestas tropicais.
Justifica-se ainda que esse estudo poderá subsidiar estratégias de
proteção de áreas prioritárias na Mata Atlântica, sendo os dois sítios ambientais
estudados neste projeto pertencentes ao projeto ECOMAN1, mantido por
1
Decision Support System for Sustainable Ecosystem Management in Atlantic Rain Forest Rural
Areas – ECOMAN. Este projeto foi desenvolvido sob coordenação do Prof. Neylor Alves Calazans
do Rego, tendo como objetivo principal o desenvolvimento de um sistema de apoio a tomada de
decisões em bases interdisciplinares, de maneira a promover o desenvolvimento sustentável de
áreas rurais situadas nas regiões de floresta tropicais sujeitas a uma intensiva e crescente pressão
antrópica.
3
instituições da União Européia e desenvolvido em Ilhéus, que visou desenvolver
um sistema de suporte a decisões de manejo sustentável do ecossistema Mata
Atlântica. Tendo em vista o contexto onde este estudo de caso está inserido, esta
pesquisa poderá representar, para organismos internacionais como o Banco
Mundial, um estudo-piloto no sentido de verificar a aplicabilidade do MVC (Método
de Valoração Contingente) para a valoração de bens ambientais de amplitude
global, tal como ocorreu com o estudo de caso das florestas tropicais de
Madagascar (KRAMER et al., 1995), na valoração de projetos de criação de
parques nacionais na Amazônia (HORTON et al., 2003) e em ilhas italianas no
mediterrâneo (ALBERINI et al., 2005).
No presente trabalho, foi determinada a disposição a pagar (DAP) pela
conservação de fragmentos de floresta tropical úmida, especificamente do Parque
Municipal da Boa Esperança (Ilhéus, BA) e da Reserva Natural da Serra do
Teimoso (Jussari, BA) e analisados os fatores que afetam a DAP e o valor de
existência desses dois sítios ecológicos. Os objetivos específicos foram:
a) Determinar a DAP pelos residentes nos EUA e na União Européia, pela
conservação dos recursos naturais de dois sítios ecológicos representativos
de uma floresta tropical úmida.
b) Identificar os principais motivos que levam os indivíduos à disposição a pagar
pela conservação de uma floresta tropical úmida, tendo como referência os
valores de uso e os de não-uso.
c) Estimar o valor de existência do Parque Municipal da Boa Esperança e da
RPPN Serra do Teimoso.
d) Testar o efeito de diferentes variáveis (demográficas, cognitivas sobre floresta
tropical úmida e conceitual sobre valor econômico) na DAP.
e) Verificar se a pressão antrópica existente no Parque da Boa Esperança tem
efeito no valor médio da DAP pela sua conservação.
4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. A biodiversidade como um valor de amplitude global
O termo Biodiversidade é amplamente utilizado como sinônimo de
"variedade de vidas". Gaston (1996) apresenta uma série de definições sobre
esse termo, nas quais se pode verificar que, no contexto das estratégias de
conservação, são explicitados cinco níveis de diversidade: genes, populações,
espécies, comunidades e ecossistemas. Os biólogos, ao dissecarem esses níveis,
gera um "pano de fundo" para o tratamento sócio-político da biodiversidade, visto
estar o homem inserido nesse contexto. Assim emerge a perspectiva de valorar a
biodiversidade, criando-se um indicador para sua conservação, afinado com a
noção econômica.
A
Mata
Atlântica
e
seus
ecossistemas
associados,
quando
do
descobrimento do Brasil em 1500, ocupavam uma área de 1.290.692,46 km2, o
que correspondia a cerca de 15% do Território Brasileiro. Este maciço florestal
estendia-se pelos estados brasileiros costeiros: Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Alagoas,
Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí; e pelos
Estados interiores: Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Segundo estudos
atuais, essa cobertura vegetal acha-se reduzida a cerca de 8,8% de sua cobertura
original (SOS Mata Atlântica, INPE & ISA, 1998) e, conseqüentemente, a Mata
Atlântica é um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo.
As principais causas da perda de espécies e do empobrecimento da
biodiversidade são: destruição e fragmentação de alguns habitats, poluição e
5
degradação; eliminação exagerada de plantas e animais pelo homem; efeitos
secundários de extinções; introdução de animais e plantas alienígenas (ou
exóticos). Além destas causas, McNeely (1994) aponta que:
“A perda da biodiversidade é devida sobretudo a fatores econômicos,
especialmente aos baixos valores econômicos dados à biodiversidade e às suas
funções ecológicas – como a proteção de bacias hidrográficas, ciclagem de
nutrientes, controle da poluição, formação dos solos, fotossíntese, e evolução – do
que depende o bem estar da humanidade. Portanto, virtualmente todos os setores
da sociedade humana têm interesse na conservação da diversidade biológica e no
uso sustentável de seus recursos biológicos”.
As causas da perda da biodiversidade são de ordem política, econômica e
cultural. Obviamente que essas causas também levam ao agravamento de
problemas ambientais como baixa qualidade e escassez de água, poluição do ar,
perda das qualidades do solo, grande número de espécies ameaçadas da flora e
da fauna, crescimento desordenado das populações humanas, descarte incorreto
do lixo sem reciclagem dos itens que podem ser reaproveitados, saneamento
básico insuficiente nas periferias das cidades e meio rural, mudanças climáticas e
desperdício de recursos da natureza. Portanto, torna-se necessário criar
parâmetros reconhecidos pelo mercado para justificar a conservação dos
recursos naturais.
Apesar de muitas das áreas remanescentes de floresta tropical serem
partes de unidades de conservação, não está assegurada a manutenção da
biodiversidade, visto que em termos ecológicos esses remanescentes precisam
ser conectados entre si e terem a sua importância reconhecida amplamente. Por
isso, faz-se necessário realizar a valoração ambiental, visando fornecer subsídios
aos planejadores e, ou, formuladores de políticas específicas para as referidas
áreas, por serem estas vulneráveis e de grande relevância sócio-ecológica.
Pearce e Turner (1990) consideram três aspectos de determinação dos valores
ambientais: as preferências individuais, as preferências públicas e as funções
biofísicas do ecossistema. Note que o primeiro e segundo aspecto tratam do
interesse humano e o terceiro refere-se ao ambiente, implicando em estender o
direito do uso (antropocentrismo) ao da existência de (e para) gerações humanas
e não-humanas (biocentrismo). A irreversibilidade e a incerteza que são atribuídas
às relações entre o homem e o ambiente fazem com que a sustentabilidade do
6
planeta, frente ao uso indiscriminado do recurso ambiental, fique ameaçada.
Dessa forma, por precaução, a opção pela preservação torna-se um princípio a
ser
adotado,
independentemente
da
postura
ética
que
seja
adotada
(antropocêntrica ou biocêntrica). Isso decorre também da percepção de que a
sustentabilidade do sistema social é interdependente à sustentabilidade do
ambiente, o que faz com que a determinação de um valor "intrínseco", dado por
critérios biológicos seja também um valor “instrumental”, isto é, de interesse do
homem.
O que é valor econômico do meio ambiente? Para valorar, há muitas
questões que se podem considerar e a principal delas é "como definir VALOR?".
Quanto a essa questão, tem-se, segundo Norton (1997):
a) valor de mercadoria: quando uma espécie pode ser transformada em
produto e comercializada no mercado, tanto diretamente pela venda de um
produto dela derivado como indiretamente pela sua imagem associada a um novo
produto (ex.: sapatos de vinil com desenhos de jacaré, camisas estampadas de
animais ou plantas endêmicas);
b) valor de conveniência (comodidade): Melhoria da vida de maneira nãomaterial, permitindo a contemplação (ex.: visão de um beija-flor ou de uma
orquídea), a recreação (ex.: andar, pescar, caçar) e o patriotismo (preservação de
espécies símbolos do país, ex.: mico-leão da cara dourada, arara azul, tartaruga);
c) valor moral: as espécies têm valor moral por elas próprias e, de acordo
com essa opinião, elas têm valor por si mesmas e esse valor não depende de
nenhum uso que se faça delas. As espécies têm valor como recursos morais para
os seres humanos, como uma chance para que eles formem, reformem e
melhorem seus próprios sistemas de valores;
d) valor de opção: para espécies que não têm o seu valor conhecido (pela
falta de conhecimento suficiente para calcular o valor da maioria das espécies),
considera-se que a sua extinção poderia ter efeitos irreversíveis sobre um futuro
uso.
Para se dar valor de opção ou uso a alguma espécie, implica em ter
conhecimento sobre aquela espécie e ainda incorporar um valor que futuramente
ela venha a ter devido a descobertas futuras, estimar uma data futura, depois
disso poder tentar traduzir os valores em unidades monetárias. Como se vê, dar
7
um valor financeiro às espécies é uma tarefa trabalhosa. Além disso, os cientistas
acreditam que identificaram e deram nome apenas a aproximadamente 15% das
espécies da Terra (NORTON, 1997).
As espécies não existem independentemente, elas co-evoluíram em
ecossistemas dos quais cada espécie individual depende de algum conjunto de
espécies para continuar sua existência, pode depender apenas de uma outra
espécie para sua alimentação, ou de um complexo de espécies interrelacionadas. A extinção de qualquer espécie, deve incluir perdas acumuladas em
benefícios futuros se outra espécie dependente também sucumbir. Assim, para se
obter o valor completo de uma espécie, deve-se considerar o valor das outras
espécies que dela dependam. Então para se calcular o valor de opção de uma
espécie, devem-se adicionar os valores de opção de todas as espécies
dependentes, e outro problema é que as dependências interespecíficas são
pouco compreendidas (NORTON, 1997).
Outra questão discutida por Norton (1997) é "qual é o valor da
biodiversidade?". Uma vez que as vidas humanas e as economias dependem da
biodiversidade, pode-se dizer que o valor da biodiversidade é o valor de tudo o
que existe. Garantir a vida da biodiversidade é um custo ambiental para a
sociedade e a mensuração destes custos é feita através dos métodos de
valoração ambiental.
2.2. A valoração econômica do recurso ambiental
A idéia de que o ambiente possui valor econômico é óbvia, embora os
procedimentos de descrição e controle do patrimônio das entidades econômicas
não o registre. Recentemente, vêm sendo desenvolvidos no âmbito das ciências
contábeis e econômicas os mecanismos para contabilizar o custo ambiental.
Segundo Marques & Comune (1997, p.22),
"o meio ambiente ao desempenhar funções imprescindíveis à vida humana
apresenta, em decorrência, valor econômico positivo, mesmo que não refletido
diretamente pelo funcionamento do mercado. Portanto, não é correto tratá-lo
como se tivesse valor zero, correndo o risco de uso excessivo ou, até mesmo, de
sua completa degradação. Um princípio básico observado é que o ambiente e o
sistema econômico interagem, quer através dos impactos que o sistema
8
econômico provoca no ambiente, quer através do impacto que os recursos
naturais causam na economia".
O desenvolvimento do conceito sobre valoração ambiental iniciou-se por
distinguir entre os valores de uso e valores de não-uso. A atual literatura
econômica ambiental distingue três valores que compõem o valor econômico total
do ambiente, quais sejam: valor de uso (uso atual direto e indireto), valor de
opção (uso futuro direto e indireto) e valor de existência (não-uso):
a) Valor de uso: “o valor de uso refere-se ao benefício obtido a partir da
utilização efetiva do ambiente, de forma direta ou indireta”. No caso do uso direto,
trata-se de fins de consumo (alimentos, remédio, energia, madeira e óleos) bem
como de não-consumo (recreação, turismo, ciência e educação). No uso indireto,
refere-se ao papel da biodiversidade na manutenção do ecossistema que
suportam a manutenção da produtividade biológica, a regulação do clima e a
manutenção do solo, da água e do ar” (WATSON et al., 1995).
Por essa definição, o valor de uso refere-se ao valor atribuído pelas
pessoas que realmente usam ou usufruem o recurso ambiental. Portanto, o valor
de uso está associado com as possibilidades presentes do uso dos recursos
naturais e são de mais fácil compreensão (MOTTA, 1998).
b) Valor de opção: “a população que atualmente dispõe do recurso
ambiental está disposta a pagar pela sua conservação para uso direto e indireto
no futuro” (WATSON et al., 1995).
O valor de opção é caracterizado como a disposição dos indivíduos a pagar
pela conservação das características atuais de um determinado recurso
ambiental, o qual seria difícil ou impossível restituir e, para o qual, não existem
substitutos próximos, para uso no futuro (KRUTILLA, 1967). Assim, surge o
conceito de preço de opção que é o montante monetário máximo que o
consumidor está disposto a pagar para assegurar a disponibilidade futura de um
recurso ambiental (MARTINS, 2002). Por exemplo, o benefício advindo de
fármacos desenvolvidos com base em propriedades medicinais, ainda não
descobertas, de plantas em florestas tropicais.
Pode-se aplicar aos conceitos de valor de uso e valor de opção a
constatação de Marques & Comune (1997, p.38), que diz:
9
"a disposição total a pagar compreende o valor esperado do excedente do
consumidor mais o valor de opção. O primeiro é o valor esperado em efetivamente
consumir o bem ou recurso ambiental e, o segundo é o valor em reter uma opção
para consumir no futuro, mesmo que isto não venha a ocorrer. Espera-se que o
valor de opção tenha um sinal positivo, implicando que o excedente esperado do
consumidor subestime o benefício de preservar um determinado ecossistema, por
exemplo".
c) Valor de existência: “corresponde à decisão altruísta do indivíduo em
preservar o recurso ambiental para todas as espécies de seres vivos ou para a
natureza em geral” (WATSON et al., 1995).
O valor de existência representa um valor atribuído à existência do meio
ambiente independentemente do seu uso atual e futuro. Realmente as pessoas
parecem atribuir valor a certos ativos ambientais, como por exemplo, florestas,
espécies raras ou em extinção, paisagens raras ou únicas, mesmo quando não há
qualquer intenção de usá-los ou apreciá-los de alguma forma (MOTTA, 1996). O
valor de existência está desvinculado da possibilidade das pessoas poderem
fazer qualquer uso do bem ou recurso, seja no presente, ou no futuro (PEARCE &
TURNER, 1990). Cinco razões podem auxiliar a explicação da origem do valor de
existência, quais sejam: motivo herança, motivo doação, motivo simpatia pelos
animais ou pessoas, motivo interdependência e motivo responsabilidade
(MARQUES & COMUNE, 1997). Outra nomenclatura associada ao valor de
existência é o valor de não-uso (VNU), ou valor passivo, que está dissociado do
uso (embora representa consumo ambiental) e deriva-se de uma posição moral,
cultural, ética ou altruística em relação aos direitos de existência de espécies nãohumanas ou preservação de outras riquezas naturais, mesmo que estas não
representem uso atual ou futuro para o indivíduo. Um exemplo simples deste valor
é a grande atração da opinião pública para salvamento de baleias ou sua
preservação em regiões remotas do planeta, onde a maioria das pessoas nunca
visitará ou terá qualquer benefício de uso (KRAMER et al., 1995).
Com base nessas definições, pode-se desagregar os componentes para o
valor econômico do recurso ambiental (VERA) em valor de uso (VU), o valor de
opção (VO) e o valor de não-uso (VNU), como sendo:
VERA = (VUD + VUI + VO) + VE
10
em que:
VUD = Valor de uso direto;
VUI = Valor de uso indireto;
VO = Valor de opção; e
VE = Valor de existência.
Note que VUD + VUI + VO representam os valores de uso atual e futuro
(VO), e VE representa o valor de não-uso. No entanto, apesar de haver conceitos
bem estabelecidos para esses valores, os valores dos recursos ambientais não
podem ser mensurados via preços de mercado. Dessa forma, os pesquisadores
vêm desenvolvendo métodos para contornar esse problema, como descrito no
item a seguir.
2.3. Diferentes formas de valoração econômica de recursos naturais
Geralmente, o valor econômico total de um recurso ambiental não é revelado
pelo mecanismo de livre mercado. Para se determinar o valor apropriado dos
bens e serviços oferecidos pelo ambiente natural, foram desenvolvidos métodos
que permitem orientar e justificar o processo de tomada de decisão pelos
formuladores de políticas estratégicas (MARQUES & COMUNE, 1997). Segundo
Martins (2002), o valor total de um recurso ambiental jamais poderá ser estimado
eficientemente, pois um dos seus componentes é o valor de existência, que não
pode ser integralmente determinado. No entanto, o MMA (2000), a despeito da
controvérsia encontrada na literatura ao considerar os limites entre os conceitos
de valor de opção e de existência, conclui que: “o que importa para o desafio da
valoração é admitir que indivíduos podem assinalar valores, independentemente
do uso que eles fazem hoje ou pretendem fazer amanhã”.
Os métodos de valoração ambiental podem ser classificados em diretos e
indiretos. Os métodos diretos são utilizados quando há preços de mercado ou
produtividade que podem ser associados aos ambientes a serem avaliados, ao
passo que, os métodos indiretos são utilizados quando não existem esses preços
de mercado. A seguir, os principais métodos diretos e indiretos de valoração
ambiental são apresentados conforme classificação proposta por Merico (1996).
11
Métodos Diretos: são aqueles que se relacionam diretamente aos preços
de mercado ou produtividade. São baseados nas relações físicas que
formalmente descrevem causa e efeito, providenciando medidas objetivas de
degradações, oriundas de diversas causas. São aplicáveis quando uma mudança
na qualidade ambiental e, ou, dos recursos naturais afeta a produção ou
capacidade produtiva do processo econômico. Através desses métodos, procurase obter os preços líquidos de mercado, ou a relação do nível de degradação
ambiental com o nível de impacto físico causado a um bem. Os métodos diretos
mais utilizados são:
1. Método do Preço Líquido: utiliza o princípio simples, porém eficiente, de
considerar o preço líquido de mercado de recursos naturais multiplicado
pelas unidades físicas desses recursos, como valor do recurso. Só pode
ser aplicado para recursos que possuam preço de mercado, fornecendo
uma boa noção de valor, e exigindo apenas dados atuais de preços e
custos de extração. É bastante utilizado para a valoração do consumo de
capital natural, principalmente quando se objetiva a contabilidade de
estoques de recursos naturais e sua dedução da contabilidade de renda
(nacional ou regional).
2. Método de Mudanças na Produtividade: trata-se de um método para se
medirem os custos ambientais do processo de desenvolvimento. Assim,
queda de produtividade agrícola associada a perdas de solos, pode
demonstrar o custo ambiental da degradação do solo, por exemplo.
3. Método de Custos de Doenças: é um método utilizado para valorar os
custos de poluição, relacionando-os com a morbidade. O nível de
exposição à poluição é associado ao nível de saúde humana. São
contabilizadas perdas de produtividade resultantes de doenças, custos
médicos, custos hospitalares, custos de medicamentos e de qualquer outro
fator que implique despesas.
4. Método de Custos de Mitigação: baseia-se na utilização de preços de
mercado de gastos potenciais, relacionando-os com o bem natural, ao
estabelecer padrões de qualidade ambiental e estimar o custo monetário
para se manter ou alcançar esses padrões estabelecidos. Uma vez
escolhido o padrão ambiental a ser utilizado, serão examinados os vários
12
meios de atingi-lo, avaliando-se os custos de capital e de operação de
diferentes tecnologias e métodos de controle ambiental.
5. Método dos Custos de Reposição: avalia os gastos que seriam
necessários para repor a capacidade reprodutiva de um recurso natural
que tenha sido degradado. Esses custos podem ser interpretados como o
valor da degradação ambiental. Seriam, então, os valores reais, a preços
de mercado, de alternativas tecnológicas capazes de (pelo menos em
parte) restaurar serviços ambientais que eventualmente tenham sido
destruídos, provocando a diminuição no fluxo desses serviços.
Métodos Indiretos: os métodos indiretos são aplicados quando um impacto
ambiental em determinado elemento do ecossistema, ou mesmo todo um
ecossistema, não pode ser valorado pelo comportamento do mercado. Uma das
alternativas, consiste em construir mercados hipotéticos, perguntando diretamente
a uma amostra de pessoas quanto elas estariam dispostas a pagar pelo
ambiente, ou pela redução da degradação desse ambiente. Os principais métodos
indiretos são:
1. Valoração Contingente: utiliza o processo de perguntar às pessoas o
quanto elas estariam dispostas a pagar por um benefício, pela restauração
ou preservação do ambiente natural, ou quanto estariam dispostas a
receber como compensação para tolerar uma determinada queda na
qualidade ambiental. Um de seus maiores atrativos é que, tecnicamente,
pode ser aplicado em quase todas as circunstâncias e, muitas vezes, é o
único método possível de se aplicar. O processo de questionamento pode
ser feito por meio de questionários ou técnicas experimentais em
laboratório. Os respondentes são submetidos a escolha de valores
monetários crescentes, como se um mercado existisse para o bem em
questão (mercado hipotético).
2. Método do Custo de Viagem: pressupõe que a observação dos
comportamentos pode derivar a demanda e estimar o valor de um bem
ambiental, principalmente pela valoração do tempo. O preço obtido por
esse método também pode ser considerado uma expressão da disposição
a pagar pelo direito de consumir o bem ou a utilidade recebida dele. É
aplicado geralmente na valoração de ambientes protegidos, parques, áreas
13
de lazer, etc. Considera-se o valor do tempo (horas de trabalho perdidas ou
rendimento não obtido) gasto pelos usuários para deslocamento e
permanência no local, ingressos ao local (se houver) e despesas de
viagem. O custo de viagem é o somatório desses fatores.
3. Método dos Valores Hedônicos: utilizam-se preços de mercado para
bens e serviços ambientais a fim de estimar um valor ambiental embutido
no preço observado. Um exemplo bastante comum seria a identificação de
diferenças em valores de propriedades para estimar o valor paisagístico de
determinados ambientes, ou para estimar o valor de um ambiente livre de
poluentes.
Observa-se que o método de Preços Hedônicos e o Método do Custo de
Viagem captam alguns valores de uso direto e indireto, em alguns casos pode-se
captar o valor de opção, mas a estimação do valor de existência é impossível por
estes métodos, uma vez que o valor de existência não está associado ao uso do
recurso mas aos valores altruísticos de garantir a existência do recurso.
O método de valoração contingente (MCV) está baseado na pressuposição
de que os indivíduos são capazes de responder questões que revelem as suas
preferências por bens públicos. A Valoração Contingente tenta colocar os
indivíduos diante de situações hipotéticas, criadas a partir de um mercado
artificialmente estruturado e, que são desenhadas ou estabelecidas pelo
pesquisador diante de circunstâncias contingenciais. Portanto, pode-se afirmar,
que a técnica de Valoração Contingente busca a valoração, que os indivíduos dão
aos bens, que não são comercializados diretamente no mercado, utilizando-se de
um conjunto de informações hipotéticas ou experimentais. Segundo Dharmaratne
& Brathwaite (1998), a maior vantagem do método de valoração contingente é
que ele baseia-se na teoria econômica da disposição a pagar e, os resultados
podem ser expressos como a diferença entre duas funções de dispêndio
derivadas de um processo indireto de maximização de utilidade (MARTINS,
2002).
O método de valoração contingente parece ser o mais adequado para
integrar o valor da qualidade do ambiente no cálculo do valor econômico dos bens
públicos e reservas biológicas. Segundo Belluzzo Jr. (1995): "os métodos para
valoração de bens públicos baseados na inferência das preferências do
14
consumidor a partir de seu comportamento em outros mercados, só podem captar
parte do valor total: o valor de uso. Apenas o método de Valoração Contingente é
capaz de fornecer estimativas ao valor de existência".
2.4. Considerações sobre o método de valoração contingente
O método de valoração contingente (MVC), permite quantificar as
preferências dos indivíduos por bens públicos, por meio da determinação da
disposição deles a pagar por melhorias na provisão desses bens, ou, por meio da
disposição a aceitar pela compensação por uma eventual perda de utilidade no
consumo desses bens. Portanto, o método baseia-se nos dois indicadores
monetários de preferências: a disposição a pagar (DAP) (willingness to pay) e
disposição a aceitar (DAA) (willingness to accept) pela compensação. São
apresentados aos indivíduos mercados hipotéticos, construídos por meio de
entrevistas, em que os consumidores teriam a oportunidade de comprar o bem
em questão, revelando suas preferências. O termo valoração contingente deve-se
ao fato de que os consumidores são colocados diante de situações particulares,
baseadas em questões que se relacionam a um mercado hipotético. Assim, os
valores estimados nesse método são contingentes ao mercado hipotetizado e
apresentado aos indivíduos (Mitchell & Carson, 1993).
As respostas dos entrevistados podem representar valores que refletem a
verdadeira disposição a pagar. Os resultados da pesquisa poderão ser
generalizados, com uma margem de erro conhecida, para toda a população da
qual a amostra foi retirada, desde que: i) a amostra seja selecionada obedecendo
aos
critérios
estatísticos
recomendados;
ii)
a
taxa
de
respostas
seja
suficientemente elevada; e, iii) os ajustamentos necessários para compensar a
perda de qualidade dos dados, decorrentes da quantidade de entrevistados que
se negaram a responder as questões (taxa de não-respostas) sejam realizados. A
capacidade de generalização dos resultados é um poderoso aspecto do método
de pesquisa amostral, permitindo que se façam inferências para toda a população
a partir dos resultados obtidos com a análise da amostra (MARTINS, 2002).
15
O relatório do Painel NOAA (National Oceanic and Atmospheric
Administration), que foi publicado nos Estados Unidos da América, após uma
série de discussões entre renomados especialistas (dentre os quais os Prêmios
Nobel de Economia, Robert Solow e Keneth Arrow), sobre os danos causados ao
meio ambiente pelo vazamento de petróleo do navio cargueiro Exon Valdez, em
1989 no mar do Alasca, estabeleceu algumas linhas reguladoras, para que o
método de Valoração Contingente, possa ser usado para estimar os prejuízos ou
pagamentos compensatórios, por danos causados ao meio ambiente.
Segundo Motta (1998), o Painel NOAA reconheceu que a única técnica
capaz de captar valores de existência é o método de valoração contingente,
entretanto, as seguintes recomendações devem ser seguidas: i) amostra
probabilística é essencial; ii) evitar respostas nulas; iii) usar entrevistas pessoais;
iv) treinar o entrevistador para ser neutro; v) os resultados devem ser
apresentados por completo, com desenho da amostra, questionário, método
estimativo e base de dados disponível; vi) realizar pesquisas-piloto (pré-teste)
para testar questionário; vii) ser conservador, adotando opções que subestimem a
medida monetária a ser estimada, portanto, aconselha-se o cálculo de disposição
a pagar, ao invés de se calcular a disposição a aceitar compensação; (viii) o
formato deve ser de referendum, e não com perguntas em aberto; ix) oferecer
informação adequada sobre o que está se medindo; x) testar o impacto de
fotografias para avaliar se não estão gerando impactos emocionais que possam
causar vieses nas respostas; xi) identificar os possíveis recursos ambientais
substitutos que permanecem inalterados; xii) identificar com clareza a alteração
de disponibilidade de recurso; xiii) administrar o tempo de pesquisa para evitar a
perda de qualidade das respostas; xiv) incluir qualificações para respostas sim ou
não; xv) incluir outras variáveis explicativas relacionadas com o uso do recurso;
xvi) checar se as informações do questionário são aceitas como verdadeiras pelos
entrevistados;
xvii)
lembrar
aos
entrevistados
sobre
suas
restrições
orçamentárias; xviii) o veículo de pagamento deve ser realista e apropriado às
condições culturais e econômicas; xix) questões específicas devem ser incluídas
para minimizar o problema da parte-todo; xx) evitar o uso do ponto inicial em
jogos de leilão e no cartão de pagamento; xxi) nos questionários com formato do
tipo escolha dicotômica, o lance mais alto deve alcançar 100% de rejeição e, o
16
lance mais baixo deve ser aceito por todos (100% de aceitação); e, xxii) ter
cuidado no processo de agregação para considerar a população relevante.
Segundo (BISHOP et al., 1995), o Método de Valoração Contingente
(MVC) é apropriado para o atual estudo. Esse método requer que o conteúdo do
questionário seja válido para a maioria dos respondentes e que as novas
pesquisas busquem aperfeiçoá-lo e consolidá-lo como ferramenta padrão para
avaliar bens de amplitude global.
2.5. Estudos de casos em valoração econômica de recursos naturais
Em situações similares às Unidades de Conservação do Parque Municipal
da Boa Esperança e da Reserva Natural da Serra do Teimoso, foram utilizados o
Método de Valoração Contingente (MVC), como descritos a seguir. Esse Método
é o único que permite a mensuração do Valor de Existência, um parâmetro
imprescindível para a valoração das riquezas ambientais.
Os benefícios advindos do uso do The Queen Elizabeth Forest Park,
situado na Escócia foram avaliados pelos métodos de custo de viagem e
valoração contingente, quando ele era utilizado para fins de recreação. Ambos os
métodos permitiram chegar resultados similares. No entanto, em nenhum deles o
autor objetivou calcular os benefícios que poderiam advir às pessoas que não
utilizam o referido parque para recreação, isto é, o valor de existência. Apesar do
método de custo de viagem não ser apropriado para captar o valor de existência,
o de valoração contingente permite, que tal cálculo seja feito. Como se pode
perceber, este trabalho reforça a validade do uso do MVC para a mensuração do
valor de existência (HANLEY, 1989).
Para determinar o valor das características físicas de florestas britânicas e,
conseqüentemente, explicar a variação que existe na avaliação feita por pessoas,
quando estas visitam florestas com características diferentes, Hanley & Ruffell
(1993) utilizaram duas aproximações do método de Valoração Contingente
(MVC). Primeiramente, uma série de fotografias do local foram mostradas aos
visitantes, tendo como objetivo determinar o quanto o visitante da floresta, com
características diferentes, estaria disposto a pagar para ter o direito de ter acesso
17
à ela. Posteriormente, as características físicas da floresta foram usadas como
variáveis explicativas da disposição a pagar dos visitantes. Os autores concluem
que, as características físicas da floresta estudada, em geral, não são uma boa
explicação para a disposição a pagar dos visitantes. Este estudo é importante na
medida em que fornece subsídios para os formuladores de políticas estratégicas
determinar o valor econômico das florestas públicas e, em assim sendo, poderá
contribuir para a conservação e preservação do meio ambiente (MARTINS, 2002).
Carson et al. (1994) aplicaram o método da valoração contingente para
estimar os benefícios econômicos de preservar a zona de proteção do parque de
Kakadu, incorporando-a ao parque nacional de Kakadu, Austrália. As diferentes
subamostras foram apresentadas com os cenários dos impactos que representam
o meio ambiente e a indústria, chegando-se à conclusão de que a relação custo
benefício é mais favorável à preservação da área.
Para determinar o valor econômico da Costa Sul e Oeste de Barbados,
Dharmaratne & Brathwaite (1998) utilizaram o método de valoração contingente
(MCV) e de custo de viagem (MCV). Os autores chegaram à conclusão de que se,
por acaso, fosse instituída uma taxa de cobrança pelo uso das praias de
Barbados, as receitas anuais geradas pelo setor de turismo poderiam ser
incrementadas em mais de US$ 12 milhões. Concluíram ainda que a conservação
do meio ambiente é extremamente importante para o desenvolvimento
sustentável do turismo. Esses resultados são mais um argumento para que os os
administradores dos destinos turísticos atentem para a importância do uso correto
e da conservação dos recursos naturais.
Lee et al. (1998) utilizaram o MVC para mensurar o valor econômico do uso
recreacional de recursos naturais na Coréia do Sul. Nesse estudo, os recursos
ligados ao ecoturismo foram considerados bens públicos, e portanto, não têm as
mesmas características que os chamados bens de mercado, devendo seu valor
econômico ser mensurado individualmente pelo método da disposição à pagar
(DAP). Esses autores também ressaltaram a necessidade de manter os
benefícios propiciados pelos recursos naturais nos projetos turísticos, em
observância ao princípio de desenvolvimento sustentável, na perspectiva de
continuidade da existência da humanidade e pela convivência harmoniosa entre o
homem e o meio ambiente.
18
Kramer et al. (1995) utilizaram o MVC para estimar o valor de existência da
preservação da floresta tropical úmida, tendo com estudo de caso as florestas de
Madagascar. A avaliação da disposição a aceitar pelos nativos de Madagascar
captou valores totais menores do que os da disposição a pagar pela preservação.
Provavelmente isso se deveu a menor qualificação dos nativos e menor costume
com transações monetárias. Esse autor discute também que na disposição a
pagar, oriunda da pesquisa entre os americanos, o componente valor de uso é um
dos componentes do valor calculado, embora se tenha pretendido captar o valor
de existência. Finalmente, os trabalhos discutidos neste capítulo, mostraram a
visão das diversas linhas de pesquisas, que estão sendo seguidas para abordar
problemas ligados aos recursos naturais.
Merico e Freygang (1996) fizeram a valoração de uma Área de Proteção
Ambiental dentro de uma área urbana em Blumenau, SC, pelo método de
valoração contingente. Nesse trabalho, foram incluídos na valoração os valores
de existência, valores de opção e valores de uso indireto, obtidos com base em
um extensivo trabalho de levantamento das preferências individuais. Esses
autores demonstram que a aplicação de metodologias de valoração ambiental é
fundamental para que o capital natural seja incorporado na análise econômica.
Este é um dos trabalhos iniciais que visaram produzir contribuições e
recomendações à aplicação de métodos de valoração contingente em condições
brasileiras.
Oliveira Junior et al (2003) calcularam o valor de uso de sítios localizados
no município de Brotas, SP. Embora se tenha proposto avaliar o valor econômico
total, as características do questionário descrito incluem apenas critérios
referentes ao valor de uso. O próprio autor, reporta o trabalho de Mota (1998) que
estabelece que o valor econômico total deve incluir o valor de uso e o valor de
não-uso. Isso reforça a necessidade de aprimorar os instrumentos de coleta de
dados para a valoração econômica, de modo a captar com mais precisão os
diferentes componentes do valor total.
Beukering et al. (2003) avaliaram o valor econômico total do parque
nacional do Leuser em Sumatra, Indonésia, sob três cenários: desmatamento
(para uso da madeira), conservação (permitindo-se uso de produtos não
madeireiro e ecoturismo) e uso seletivo (uso não madeireiro na floresta primária e
19
uso madeireiro no re-florestamento). O valor acumulado para um período de 30
anos foi menor no cenário de desmatamento do que nos demais.
O valor de existência da floresta Amazônica foi determinado com base no
MVC a partir de dois cenários: conservar 5 % ou 20 % dessa floresta. Nestas
duas faixas, os valores mínimos anuais variaram, respectivamente à proporção da
área conservada, de 36 a 50 dólares por pessoa (HORTON et al., 2003).
20
3. METODOLOGIA
3.1. Abordagem geral do projeto
No presente estudo de caso, foi aplicado o MVC para estimar o valor de
existência dados por residentes dos EUA e União Européia à proteção de uma
área de floresta tropical úmida, sem especificar o país em que a floresta seria
conservada. Essa omissão do país nos instrumentos de pesquisa (questionário)
visa minimizar preconceitos que possam existir entre os respondentes quanto à
localização da área a ser preservada. Segundo o Ministério do Meio Ambiente
(MMA, 2000), esta característica faz com que esta aplicação do MVC seja
bastante singular, tendo em vista que a maioria das aplicações dos métodos de
valoração é realizada em áreas definidas e esta aplicação aborda uma área
ambiental e a nível global. Portanto, considerando-se que as duas reservas
biológicas estudadas no presente trabalho constituam bens públicos, bem como
que as características do recurso natural analisado são relevantes, onde a
composição do ecossistema natural exerce um papel importante na atração de
visitantes e conservação da biodiversidade, optou-se por utilizar o MVC na
presente pesquisa, mensurar o valor de existência dos recursos ambientais do
Parque Municipal da Boa Esperança e Reserva Natural da Serra do Teimoso.
3.2. Caracterização da área de estudo
21
Para realização deste estudo, as unidades de conservação "Parque
Municipal da Boa Esperança" e “Reserva Natural da Serra do Teimoso” foram
tomadas como estudo de caso. Suas características foram utilizadas para
generalização de duas florestas tropicais úmidas, apresentadas aos entrevistados
como anônimas para dissipar o possível viés geopolítico. A Unidade de
Conservação "Parque Municipal da Boa Esperança" está localizada no Município
de Ilhéus, Bahia, entre os paralelos 14º 46’ 00” 14º 47’ 15” Latitude Sul e 39º 04’
00” 39º 05’ 30” Oeste de Greenwich sendo um dos poucos maciços com estrutura
de floresta tropical primária dentro de um perímetro urbano em todo Brasil. O
Parque é uma amostra de área remanescente de Mata Atlântica de significativa
importância pois, permite a implantação de uma nova visão conservacionista
destinada à população urbana. O Parque Municipal da Boa Esperança possui
uma área de 437,2 ha. Porém, o risco de degradação é iminente e o potencial do
parque, principalmente no que se refere à conservação de espécies endêmicas e
raras, só poderá ser utilizado em todos os sentidos, se principalmente, for
protegido contra essa degradação. Apesar de tudo, a área do Parque Municipal
da Boa Esperança ainda apresenta características próprias de um fragmento da
Floresta Atlântica (ECOMAN, 2002). Esse risco decorre sobretudo, de pressões
antrópicas advindas das populações circunvizinhas, com destaque para o bairro
Banco da Vitória.
Outra Unidade de Conservação incluída neste projeto é a Reserva
Particular do Patrimônio Natural (RPPN) denominada “Reserva Natural da Serra
do Teimoso” (15° 12' S e 39° 29' W), criada em 1997 (portaria IBAMA nº 93/97-N
de 15 de agosto de 1997) está situada em Jussari, Bahia, com área de 200 ha
inserida em uma propriedade particular de 520 ha de Mata Atlântica primária
preservada. Essa Unidade de Conservação está contígua a áreas vizinhas que
formam um maciço florestal com mais de 600 ha, de raro valor ecológico e
paisagístico, caracterizando-se como local próprio para o desenvolvimento de
atividades de pesquisa científica, educação ambiental e ecoturismo (ECOMAN,
2002).
22
Floresta Urbana/pressão
antrópica
Parque Municipal da Boa
Esperança
Banco da
Vitória
.
437 ha
Ilhéus
(A)
Rio Cachoeira
(B)
(C)
Jussari
Biodiversidade
10 Km
Fragmento de Mata Atlântica
RPPN
200 ha
Reserva Natural da Serra do Teimoso
Fazenda de
520 ha
Ecoturismo e Pesquisa
Figura 1. Caracterização esquemática das duas reservas incluídas como objeto
de valoração econômica. (A) Mapa com as coordenadas geográficas,
destacando-se a região cacaueira da Bahia, localizada entre os rios de
Contas e Jequitinhonha (Antônio Fontes Faria Filho, CEPLAC); (B)
Localização do "Parque Municipal da Boa Esperança", relativamente ao
Rio Cachoeira, à cidade de Ilhéus e à BR 418; e (C) Localização da
“Reserva Natural da Serra do Teimoso”, relativamente à cidade de
Jussari.
23
Segundo Carvalho et al. (1999), as matas da reserva abrigam espécies de
primatas em extinção, como o guigó (Callicebus personatus melanochi) e o micoleão-da-cara-dourada (Leonthopithecus chrysomelas), além disso há indícios da
ocorrência do muriqui, ou mono-carvoeiro (Brachytelles arachnoides). A Reserva
Natural Serra do Teimoso é um importante local para o desenvolvimento de
programas de pesquisa em fauna e flora da Mata Atlântica, educação ambiental e
sítio próprios para elaboração de cursos ligados à conservação ambiental.
3.3. Procedimentos metodológicos
Seguindo as recomendações disponíveis no Manual para Valoração
Econômica de Recursos Ambientais (MMA, 2000), foi determinado o método da
Valoração Contingente para ser adotado neste trabalho. Esse método é
apropriado para a abordagem aqui proposta porque não existe um mercado para
o bem em questão e sim, um mercado hipotético e porque, teoricamente, o MVC
é o único capaz de captar os valores de existência na situação onde um mercado
hipotético pode ser construído.
O questionário (Apêndice A) foi pré-testado entre pessoas residentes no
Brasil, sendo que alguns deles viveram nos EUA ou Europa. A versão em inglês
desse questionário (Apêndice B) foi aplicada a residentes na Europa e nos
Estados Unidos, tomados ao acaso, para saber sobre a DAP pela preservação da
Floresta Tropical Úmida. Esse questionário foi encaminhado por e-mail a 6.000
pessoas, individualmente (Quadro 1) bem como a 22 grupos de discussão que
possuem um total de 50.451 nomes cadastrados (Quadro 2). As mensagens
foram enviadas no período de 28/08/2004 a 27/01/2005, e as respostas que
chegaram até 15/02/2005 foram incluídas na análise. Os e-mails foram obtidos
aleatoriamente na Internet. No caso dos grupos de discussão, embora eles
estivessem sediados nos EUA ou Europa, alguns membros são provenientes de
outros países. Por causa disso, as análises estatísticas foram feitas em relação
ao total e a subgrupos de respondentes.
24
Quadro 1. Número de mensagens contendo o questionário anexado, enviadas
individualmente a 6.000 endereços eletrônicos (e-mail)
País
USA
CANADA
INGLATERRA
NORUEGA
HOLANDA
AUSTRALIA
DINAMARCA
ESPANHA
SUÉCIA
FRANÇA
nº de e-mails
756
682
1138
1
90
235
1
7
47
436
País
BÉLGICA
ITÁLIA
NOVA ZELÂNDIA
ALEMANHA
GRÉCIA
PORTUGAL
ISRAEL
IRLANDA
RÚSSIA
FINLÂNDIA
TOTAL
nº de e-mails
50
433
29
851
1202
1
2
36
1
2
6000
Quadro 2. Número de participantes dos grupos de discussão* por país, utilizados
para envio de questionários
Países
Número de membros por grupo de discussão
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12
13 14 15
517 5.936 1.149 2.896 336 872 860 330 2.824 2 1001 26.664 310 1341
458 1850 315 569 624 -
1
EUA
150
Reino Unido
793
França
674
Total Geral
*Total de grupos de discussão por país: EUA = 15; Reino Unido = 6; França = 1.
Total
45.188
4.609
674
50.471
Na elaboração do questionário, foram considerados os princípios de
elaboração de instrumentos para valorar o recurso ambiental, apresentados por
MMA (2000) e Mitchell & Carson (1993). Desta forma, o questionário foi
constituído pelos seguintes blocos de perguntas: a) na introdução do questionário,
foi apresentado o objetivo do projeto e a descrição geral de uma floresta tropical
úmida hipotética; b) no primeiro bloco de perguntas, foram levantadas as
informações sobre as características sócio-econômicas dos entrevistados
(residência, sexo, escolaridade, estado civil, idade e profissão); c) no segundo
bloco de perguntas, verificou se o indivíduo já dispunha de conhecimentos sobre
o bem a ser avaliado (uma floresta tropical úmida) e sobre os problemas
ambientais a ele relacionados, e as supostas finalidades da preservação do
recurso ambiental em questão; d) no terceiro bloco de perguntas, foram
introduzidas questões para determinar a disposição a pagar mensalmente um
25
valor monetário para preservar o bem a ser avaliado. Nesta etapa, foram
resumidas as características específicas das duas unidades de conservação em
estudo, e apresentados os valores crescentes para escolha pelo indivíduo.
O tamanho da amostra foi determinado empiricamente, com base em
análises parciais de cada variável realizadas pelo teste qui-quadrado, de modo
que os valores de cada classe das variáveis fossem superiores a cinco
respondentes. Exceção foi feita para o caso de faixa etária em que as faixas de
idade com menos de cinco indivíduos foram agregadas à faixa imediatamente
superior ou inferior para realização do teste. Além disso, foi adotado número de
respondentes superior aos menores encontrados na literatura em trabalhos
similares conforme encontrado em ALBERINI et al. (2005).
Os dados foram organizados em planilhas excell e submetidos a análises
estatísticas apropriadas, utilizando-se teste Qui-Quadrado para testar o efeito das
variáveis demográficas, bem como as variáveis que descrevem os motivos para
conservação, na disposição a pagar. A análise desses dados foi realizada com
auxílio do programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences).
A estimativa do valor de existência foi feita com base na Disposição a Pagar
Média (DAPM), definida pelo seguinte procedimento (MOTTA, 1998), com
pequenas modificações:
y
DAPT = ∑ DAPM.(ni/N).(X),
i=1
em que:
VE: valor de existência
ni: número de entrevistados dispostos a pagar;
N: número total de pessoas entrevistadas;
y: número de opções de valores relativos à DAP;
i: um dos valores relativos à resposta da DAP;
X: somatório do número de habitantes das cidades de origem dos
respondentes nos EUA ou na Europa, amostrados pela aplicação do questionário.
26
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Respostas ao questionário
Das 6.000 mensagens enviadas a endereços eletrônicos, tomados ao acaso
na Internet, foram recebidas 30 respostas (0,050%). Dos 22 grupos de discussão
utilizados nesse estudo, contendo 50.471 endereços cadastrados, foram
recebidas 137 respostas (0,271%). Observou-se que a taxa de resposta em
endereços eletrônicos tomados ao acaso foi 5,4 vezes menor do que aquela
obtida nos grupos de discussão, quando se considera o total de membros
inscritos nesses grupos. Provavelmente, isso se deve à maior predisposição de
seus participantes em discutir o tema apresentado nessa pesquisa, uma vez que
os grupos tinham os temas ambientais como prioritários.
De um modo geral, a abordagem feita por Internet mostrou-se pouco
eficiente quando comparada com as abordagens diretas para entrevistas. Por
exemplo, Martins (2002) teve 120 aceitações de entrevistas em 141 abordagens
diretas. Mesmo a abordagem clássica por questionário enviado por correio parece
dar um retorno mais expressivo do que a Internet. Por exemplo, Kramer et al.
(1995), obtiveram 163 respostas de 1200 questionários enviados pelo correio
nacional americano. Em todo caso, mesmo pela Internet, dada a intensa
abordagem feita neste trabalho (56.471 endereços eletrônicos), foi possível obter
um total de 167 questionários respondidos, número adequado às análises
realizadas (Apêndice C). Este número foi considerado adequado porque nos
testes qui-quadrado realizados as menores classes observadas tiveram pelo
menos cinco elementos. Além disso, essa estratégia era a única viável nas
27
condições desse projeto para ter acesso ao grupo de respondentes escolhido, isto
é, os residentes nos EUA e Europa. Em outros estudos similares foram utilizadas
amostras de tamanho menor do que a empregada neste trabalho (ALBERINI et
al., 2005).
4.2. Análise descritiva das respostas
4.2.1. Características demográficas dos respondentes
Foram obtidas 167 respostas, referentes à parte 1 do questionário que se
refere ao perfil demográfico dos respondentes (Quadro 3). Deve-se acrescentar
que os respondentes foram provenientes de 99 cidades em 28 países (Apêndice
D). Os respondentes oriundos de países da União Européia (UE) foram
considerados de forma agregada. As áreas de conhecimentos foram deduzidas
com base na profissão do respondente, tomando-se como referência lista de
grandes áreas de conhecimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico – CNPq. Aqueles não contemplados nessa classificação
foram denominados de “professor, pesquisador, estudantes e outros” (Apêndice
D). Entre os respondentes, observou-se uma predominância de pessoas do sexo
masculino (60,5%), de portadores do título de Mestre (51,5%) e de pessoas na
faixa etária de 26 a 50 anos (62,8%). Além disso, a áreas de ciências biológicas
detiveram 26,3%, a área de ciências sociais aplicadas e humanas juntas tiveram
19,8% dos respondentes enquanto que, as demais áreas de conhecimento
tiveram cerca de 10% dos respondentes em cada uma delas (Quadro 3).
4.2.2. Justificativas para conservação de uma floresta tropical úmida
Cerca de 98% dos respondentes dispunham de conhecimento sobre uma
floresta tropical úmida, adquirido pelos diferentes meios sugeridos no questionário
(questionário, Internet, TV, jornal e visita a uma floresta), bem como por outros
meios
indicados
pelos
respondentes
28
(revistas
e
seminários).
As
Quadro 3. Características demográficas dos respondentes ao questionário
Característica
Local de Origem
EUA
77
46,1
46,1
Europa
56
33,5
79,6
Canadá
19
11,4
91,0
100,0
Sexo
Titulação (nível
instrução)
Estado Civil
Idade
de
Freqüência
Outros
15
9,0
Feminino
66
39,5
39,5
Masculino
101
60,5
100,0
Ensino médio
11
6,6
6,6
Graduação
29
17,4
24,0
Especialização
22
13,2
37,1
Mestrado
86
51,5
88,6
Doutorado
19
11,4
100,0
Outra situação
14,0
8,4
8,4
Solteiro
75,0
44,9
53,3
Casado
78,0
46,7
100,0
Até 25 anos
23
13,8
13,8
26 a 35
54
32,3
46,1
36 a 50
51
30,5
76,6
51 ou mais
37
22,2
98,8
2
1,2
100,0
Exatas e da terra e engenharia
21
12,6
12,6
Biológicas e ambientais
44
26,3
38,9
Saúde
19
11,4
50,3
Agrárias
17
10,1
60,4
Sociais aplicadas e humanas
33
19,8
80,2
Professor e pesquisador
14
8,4
88,6
Estudantes e outros
19
11,4
100,0
Dados perdidos
Área de atuação
Porcentagem
Porcentagem
acumulada
Variável
Fonte: Resultados da pesquisa
y
Escola
132
35
Revistas
110
57
Visita
102
Jornal
97
Televisão
65
136
Internet
Não
kl
31
36
131
Questionário
Sim
70
77
90
x
0%
25%
50%
75%
100%
Figura 2. Proporção de indivíduos (x) que declararam conhecer uma floresta
tropical úmida por diferentes fontes de conhecimento (y).
29
proporções de pessoas que utilizaram estas diferentes fontes de informação
encontram-se Figura 2. Esta amostra mostrou-se qualitativamente adequada ao
MVC porque, embora esse método tenha a grande vantagem de poder ser
aplicado a um espectro de bens ambientais mais amplos (MMA, 2000), ele recebe
a grande crítica de ser limitado em captar valores ambientais que indivíduos não
entendem, ou mesmo desconhecem. No presente trabalho, todos respondentes
disseram conhecer uma “floresta tropical úmida”, inclusive, a grande maioria
(60,5%) possui mais do que três fontes de conhecimento sobre esse ambiente, o
que permite sugerir que essa limitação não ocorreu no presente trabalho. No
entanto, um instrumento de coleta de dados específico poderia ser aplicado em
estudos futuros para checar se de fato conhecem uma “floresta tropical úmida”.
Os motivos escolhidos pelos respondentes para conservação de uma
floresta tropical úmida foram utilizados para inferir o tipo de valor priorizado.
Observou-se que o valor de uso intrínseco (valor de existência) foi apontado como
prioritário (recebeu nota 1 em 68% das respostas) enquanto que o valor de uso e
o valor de opção foram apontados em cerca de 54% das respostas (Quadro 4).
Essa tendência ocorreu tanto na CEE como nos EUA.
Ao perguntar sobre a finalidade de conservação do patrimônio natural,
visando contrastar o valor de existência com os demais, 90% dos respondentes
marcaram ambas as finalidades, indicando que a base filosófica dos
respondentes não distingue os princípios antropocêntricos e biocêntricos que
poderiam ser considerados subjacentes ao pensamento do entrevistado. Mota
(2001) reconhece o valor intrínseco e o valor instrumental do recurso ambiental.
No entanto, enfatiza que “o valor é derivado de um conjunto de preferências
ordenadas das pessoas, em que estão envolvidos aprendizados (...) e
introspecção. O processo ético é construído a partir dessas premissas e tem
bases utilitárias, antropocêntricas e instrumentalistas.” O presente resultado
confirma essa assertiva, no sentido de que na lista de preferências submetidas ao
referendo há aquelas explicitamente relacionadas ao valor de não-uso e aquelas
relacionadas ao valor de uso. Portanto, as preferências prevalecem em vez da
consistência aos princípios filosóficos.
Embora 67,7% deles tenham colocado como prioritária a “conservação pelo
valor intrínseco da floresta”, isto é, o valor de existência, metade deles também
30
colocaram o valor de uso e o valor de opção como o segundo nível de prioridade.
Embora os dados do Quadro 4 permitam depreender essa tendência, o contraste
entre os princípios filosóficos inerentes aos diferentes valores (de existência, de
uso e opção) não foi plenamente distinguido pelos entrevistados, uma vez que a
maioria deles (90%) os colocou com igual importância quando responderam à
questão 10. Tomando-se como pressuposto que a base filosófica subjacente ao
valor de existência seja o biocentrismo e que ao valor de uso ou opção é o
antropocentrismo, torna-se necessário investigar melhor os motivos específicos
que os levaram a demonstrar disposição a pagar.
Quadro 4. Motivos apontados pelos respondentes para a conservação de uma
floresta tropical úmida
Notas*
Motivos
Total
Valor de Uso (uso atual)
Valor de Opção (uso futuro)
Valor de Existência (valor intrínseco)
Outros motivos
EUA
Valor de Uso (uso atual)
Valor de Opção (uso futuro)
Valor de Existência (valor intrínseco)
Outros motivos
EU
Valor de Uso (uso atual)
Valor de Opção (uso futuro)
Valor de Existência (valor intrínseco)
Outros motivos
* Nota menor indica mais alta prioridade.
Fonte: Resultados da pesquisa
1
2
3
4
Não
informou
14 (8,4%)
53 (31,7%)
91 (54,5%)
7 (4,2%)
2 (1,2%)
34 (20,4%)
90 (53,9%)
39 (23,4%)
2 (1,2%)
2 (1,2%)
113(67,7%)
17 (10,2%)
35 (21%)
0 (0,0%)
2 (1,2%)
0
7 (4,2%)
2 (1,2%)
158(94,6%
7 (9,1%)
30 (38,9%)
35 (45,5%)
4 (5,2%)
1(1,3%)
23 (29,9%)
34 (44,1%)
18 (23,4%)
1 (1,3%)
1(1,3%)
43 (55,8%)
10 (13,0%)
23 (29,9%)
0 (0,0%)
1(1,3%)
0
0
0
0
n.a.
6 (10,7%)
12 (21,4%)
36 (64,3%)
2 (3,6%)
0
6 (10,7%)
37 (66,1%)
12 (21,4%)
1 (1,8%)
0
43 (76,8%)
5 (8,9%)
8 (14,3%)
0 (0,0%)
0
0
0
0
0
n.a.
n.a.
A proporção de pessoas que visitaram uma floresta tropical úmida é maior
nos EUA do que na CEE, enquanto que a proporção dos que consideram que os
países industrializados devem ajudar a conservar a floresta tropical é maior na
CEE (Quadro 5). Em pesquisa similar, Kramer et al. (1995) encontraram 67% de
respostas favoráveis a essa proposta. Isso poderia representar uma mudança na
forma de pensar dos cidadãos, nos últimos 10 anos, em relação à coresponsabilidade entre nações sobre a conservação dos recursos naturais.
Metade dos entrevistados pretende visitar uma floresta tropical úmida
(Quadro 5). Esse dado é bem superior àquele encontrado Kramer et al. (1995),
em que nas florestas de Madagasgar houve apenas 10% dos norte-americanos
31
entrevistados que se mostraram interessados em visitar uma floresta tropical
úmida. Parte da DAP pode ser atribuída ao valor de opção em ambos os casos,
sendo essa parte proporcionalmente maior no presente estudo. Outro dado que
reforça essa hipótese é que, embora o valor de existência tenha sido o motivo
número 1 para conservação na visão dos indivíduos, o valor de opção aparece
como o motivo número 2 (numa escala de ordem decrescente de prioridade de 1
a 4) (Quadro 4). Portanto, no presente estudo, apesar do foco ter sido medir o
valor de existência, uma parcela significativa da DAP deve estar relacionada ao
valor de opção.
Quadro 5. Proporção de respostas sim e não aos questionamentos sobre o grau
de envolvimento e conscientização dos cidadãos sobre a floresta
tropical
Questionamentos
Sim
(%)
Total
Não
(%)
Você tem conhecimento sobre as causas do
80,84
desmatamento?
Você já visitou previamente uma Floresta
65,27
Tropical?
Você planeja visitar uma Floresta Tropical?
47,90
Os países industriais devem ajudar países em
95,21
desenvolvimento a pagar pela preservação de
suas Florestas Tropicais?
Sim
(%)
EUA
Não
(%)
Sim
(%)
CEE
Não
(%)
18,56
84,42
14,29
80,00
20,00
34,13
55,84
42,86
34,55
65,45
51,50
45,45
53,25
49,09
50,91
2,99
90,91
7,79
98,18
1,82
Fonte: Resultados da pesquisa
Os problemas ambientais que foram considerados prioritários são
qualidade do ar, poluição da água e desmatamento tropical e os que foram de
menor importância foram chuva ácida, destruição da camada de ozônio e efeito
estufa (Figura 3). Pode ser que os três últimos representam temas mais distantes
do cotidiano das pessoas, que exijam maior complexidade de análise.
Adicionalmente, água e ar representam bens de consumo imediatos das pessoas,
fazendo com que obrigatoriamente sejam considerados os mais importantes
problemas ambientais para a população. Kramer et al. (1995) obtiveram as
seguintes respostas a esses questionamentos: os problemas ambientais
indicados como mais importantes foram qualidade do ar, poluição da água,
destruição da camada de ozônio e o efeito estufa. Surgem como problemas
32
menos importantes o desmatamento tropical e a chuva ácida. Nota-se que as
mesmas preocupações continuam no tocante aos problemas ambientais
qualidade do ar e poluição da água no presente trabalho. Os estudos de
Beukering et al. (2003) indicam que o suprimento de água, usos não madeireiros,
turismo, biodiversidade, seqüestro de carbono são benefícios majoritários nos
cenários de conservação e uso seletivo do recurso natural, ao passo que esses
valores são mínimos na condição de desmatamento. Os únicos benefícios
superiores advindos do desmatamento (agricultura e madeira) têm efeito de curto
prazo. Portanto, os principais benefícios da conservação dos recursos naturais
incidem na prevenção dos recursos que se referem aos problemas indicados
como mais importantes pelos respondentes do presente trabalho.
100
90
80
70
60
%
50
Qualidade do ar
40
Poluição da água
30
Camada de Ozônio
20
Desmatamento Tropical
Efeito Estufa
Chuva ácida
10
0
1ª
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
Não
Prioridade
Figura 3. Prioridade acumulada atribuída aos problemas ambientais: 1ª = maior
prioridade até 6ª, a menor prioridade, de acordo com as respostas ao
questionário.
33
4.3. Relações entre diferentes variáveis com a DAP
Todas a variáveis foram testadas quanto ao efeito na DAP (Quadro 6). Ao
analisar a disposição a pagar entre todos os respondentes, verificou-se que nos
EUA e na CEE os números observados de pessoas dispostas a pagar foi maior
do que o esperado, enquanto que, em relação aos respondentes oriundos de
outros países, o número observado de pessoas dispostas a pagar foi menor do
que o esperado (Quadro 6). A relação entre titulação e DAP foi significativa,
sendo que o número esperado e observado foi muito próximo para as diferentes
titulações, exceto que todas as 22 pessoas com titulação de especialista que
também responderam sim na DAP. Observando-se a área de conhecimento
desse grupo de pessoas, verificou-se que todos são da área de ciências
biológicas e ambientais e, provavelmente esse fato seja mais importante causador
dessa maior disposição a pagar por este grupo. Verifica-se também que essa
tendência foi observada ao analisar a relação entre área de conhecimento da
profissão e a DAP, em que se observou que as pessoas das áreas de ciências
biológicas e ambientais foram proporcionalmente mais dispostas a pagar do que
as profissões das áreas de exatas e tecnológicas, agrárias e engenharias. Foi
verificado nas demais áreas do conhecimento que a relação observada entre DAP
e área ficou como a relação esperada. Na análise por origem, essa tendência
permaneceu válida nos EUA (Qui-quadrado com 6 g.l. = 18,13; P = 0,006) porém
não persistiu na CEE (Qui-quadrado com 6 g.l. = 7,22; P = 0,301).
Embora o número de fontes de conhecimento tenha apresentado relação
não significativa com a DAP (Quadro 6), observou-se que, em geral, há uma
tendência de as pessoas com maior número de fontes de conhecimento
apresentarem DAP, enquanto que aquelas pessoas com menor número de fontes
pelas quais tomou conhecimento sobre floresta tropical úmida não apresentarem
DAP (Figura 4A). Inclusive, ao analisar a relação com determinadas fontes
específicas de conhecimento com a DAP, estas tiveram efeito significativo na
DAP, como foi o caso da Internet, da TV e do questionário (Quadro 6). Em termos
práticos, esses dados indicam ser essas duas fontes ideais para disseminação de
conhecimentos sobre conservação da biodiversidade. Quando essa mesma
34
análise foi realizada separadamente por país de origem, Internet manteve
significativo apenas nos EUA e TV não se manteve significativo nos EUA e CEE.
Por outro lado, a fonte jornal foi significativa na CEE. Portanto, TV certamente foi
mais expressiva apenas nas demais localidades. Portanto, a escolha de
estratégias para realizar educação ambiental deve considerar as especificidades
de cada população-alvo.
Quadro 6. Relação entre as diferentes variáveis com a disposição a pagar
(resposta sim ou não à questão 13) pelo teste Qui-quadrado de
Pearson a 5% de probabilidade
Questão
1
1
2
3
4
5
6
7
8
8
8
8
8
8
8
8
9
11
11
11
11
1
12
Variável
Quiquadrado
1
País de origem
País de origem: EUA x CEE
Sexo
Titulação (grau de instrução)
Estado civil
Idade
Área de conhecimento
Conhecimento anterior
Conheceu por este questionário
Conheceu pela Internet
Conheceu pela TV
Conheceu pelo jornal
Conheceu em visita in loco
Conheceu por revistas
Conheceu na escola
Número fontes de conhecimento
Tipo de valor (VU, VO, VE)
Conhece causas do desmatamento
Visitou floresta tropical
Pretende visitar uma floresta
Países industrializados devem ajudar
a conservar
Problema ambiental prioritário
Graus de
liberdade
Probabilidade
9,17
0,15
0,78
16,68
0,41
6,15
16,61
1,04
4,30
10,08
8,50
0,83
0,00
0,08
0,05
11,68
9,73
0,84
0,07
0,01
8,60
3
1
1
4
2
3
6
1
1
1
1
1
1
1
1
6
2
1
1
1
1
0,027
0,696
0,378
0,002
0,817
0,104
0,011
0,308
0,038
0,001
0,004
0,362
0,977
0,777
0,818
0,070
0,008
0,360
0,796
0,913
0,003
*
10,04
3
0,018 *
ns
ns
*
ns
ns
*
ns
*
*
*
ns
ns
ns
ns
ns
*
ns
ns
ns
*
EUA, Europa, Canadá, outros.*Significativo a 5% de probabilidade pelo teste qui-quadrado de Pearson.
ns
NÃO significativo. A questão 10 foi excluída pois teve respostas inconsistentes com a questão 9.
Fonte: Resultados da pesquisa
O tipo de valor também teve efeito na DAP (Quadro 6), sendo que a
maioria das pessoas que se basearam no princípio do VU tende a não DAP, ao
passo que as que optam pelo VO e VE, são favoráveis à DAP (figura 4B). Essa
tendência se manteve quando a análise foi realizada individualmente por origem
(EUA e CEE).
35
Para os problemas ambientais anteriormente descritos como tendo maior
prioridade (Figura 3), verificou-se a seguinte relação com a DAP: dentre as
pessoas que marcaram qualidade da água como o problema prioritário, o número
de pessoas observado como dispostos a pagar foi maior do que o esperado;
dentre as pessoas que marcaram o desmatamento como problema prioritário, o
número de pessoas observado como dispostas a pagar foi menor do que o
esperado. Na Figura 4C, fica explicita essa relação entre a prioridade ao
%
desmatamento e a DAP.
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
90
80
70
Não DAP
60
Sim DAP
50
Não DAP
40
Sim DAP
30
20
10
0
1
2
3
4
5
6
7
0
Número de fontes de conhecimento
VU
A
VO
VE
B
80
70
60
50
Não DAP
40
Sim DAP
30
20
10
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Não DAP
Sim DAP
Não Pagar
0
Ar
Água
Clima
Pagar
Responsabilidade dos países industrializados
Floresta
C
D
Figura 4. Relação entre variáveis e percentual de pessoas com disposição a pagar
(DAP): A = número de fontes pelas quais o indivíduo obteve conhecimento
sobre floresta tropical úmida; B = tipo de valor econômico (VU = valor de uso;
VO = valor de opção; VE = valor de existência); C = problemas ambientais
considerados prioritários (qualidade do ar; poluição da água; mudança climática
do tipo efeito estufa; desmatamento das florestas); D = visão dos respondentes
quanto à responsabilidade dos países industrializados em pagar pela
conservação da floresta tropical úmida.
A responsabilização dos países industrializados pela contribuição na
conservação da floresta tropical foi significativa (Quadro 6), havendo uma clara
tendência de que as pessoas com DAP sejam geralmente favoráveis a essa
participação dos países industrializados (Figura 4D). Essa mesma tendência foi
36
encontrada por Kramer et al. (1995), que identificaram 67% de pessoas
entrevistadas apoiando essa idéia. Na análise individualizada por origem, o
número observado de pessoas não dispostas a pagar e que acham que os paises
industrializados não devam ajudar a conservar foi maior do que o esperado nos
EUA (Qui-quadrado com 1 g.l. = 9,96; p = 0,002); na CEE não houve diferença
entre o observado e o esperado (Qui-quadrado com 1 g.l. = 1,83; p = 0,176).
4.4. Determinação do valor de duas florestas tropicais úmidas
Verificou-se que não existe diferença entre o valor atribuído às reservas
biológicas pelos respondentes oriundos dos EUA e da CEE (Qui-quadrado com 1
g.l. = 0,15; p = 0,696). Por causa disso, os valores foram calculados com base no
conjunto dos dados.
Dos 167 respondentes, 104 (62,3%) responderam sim à questão “você
estaria disposto a pagar mensalmente um valor monetário para manter a Floresta
Tropical Úmida?” e 62 (37,1%) responderam não a essa questão. Um deles não
respondeu a esse item. O valor atribuído à Reserva Natural do Teimoso foi
superior àquele atribuído ao Parque Municipal da Boa Esperança, pelo teste t,
estando dispostos a pagar, em média, 5,74 dólares a mais pelo Teimoso (t(102)=4,196; p=0,000). Essa constatação encontra-se ilustrada pela Figura 5, em que se
pode observar que, embora estejam dispostos a pagar pelos dois sítios
ambientais, os sujeitos estão dispostos a pagar mais pela Serra do Teimoso do
que pelo Parque da Boa Esperança (para cada dólar investido no Teimoso,
propuseram 0,82 dólar para a Esperança). Apesar de o Parque da Boa Esperança
ser maior do que a Serra do Teimoso (ter mais que o dobro da área) o valor dado
à Serra do Teimoso é, em geral, 9,5181 maior que o Parque da Boa Esperança.
Beukering et al. (2003) encontraram a mesma tendência para o Parque Nacional
do Leuser, Sumatra, Indonésia, notando-se a preferência em pagar pela
conservação de lugares protegidos. Pode-se inferir que a pressão antrópica do
Parque da Boa Esperança e por ainda não estar estabelecido o eco-turismo no
local tenha intimidado os respondentes a confiar sobre a efetiva preservação de
uma floresta urbana. Adicionalmente, Horton et al. (2003) verificaram que o valor
37
para preservar 20% da Floresta Amazônica é apenas cerca de 40% a mais do
que o valor para preservar 5%, isto é, uma área quatro vezes menor dessa
mesma floresta, demonstrando que o valor da DAP por hectare de área
conservada cai, na medida em que aumenta a área a ser conservada.
Pela análise do Boxplot (Figura 6), observa-se que, dos 25% dos sujeitos
que ofereceram maiores valores, no parque da Esperança esses maiores valores
ficam entre 20 e 30 dólares ao passo que na Serra do Teimoso, estão entre 30 e
50 dólares. Ou ainda, o valor médio da Serra do Teimoso foi de 25,06 dólares ao
passo que o do Parque da Boa Esperança, de 19,32 dólares.
Dos 77 respondentes residentes nos Estados Unidos, 52 (67,5%)
responderam sim à questão “você estaria disposto a pagar mensalmente um valor
monetário para manter a Floresta Tropical Úmida?” e 24 (31,2%) responderam
não a essa questão e 1 deles não respondeu a esse item. Dos 56 respondentes
residentes na União Européia, 36 (64,3%) responderam sim à questão “você
estaria disposto a pagar mensalmente um valor monetário para manter a Floresta
Tropical Úmida?” e 20 (35,7%) responderam não a essa questão. Nota-se a
mesma tendência de disposição a pagar tanto nos Estados Unidos quanto na
União Européia, essa tendência também permanece no número total de
entrevistados. Conforme proposto por Kramer et al. (1995), os valores de
U$1.000,00 e U$10.000,00 dólares foram considerados como U$100,00 dólares
para efeito de análise uma vez que eram 10 vezes e 1000 vezes maiores que o
valor mais alto disponível como opção no questionário.
Com base nos dados disponíveis no Quadro 7, foram calculados os valores
mensais de cada localidade para os dois sítios ambientais. Considerando-se o
somatório das populações das 21 cidades americanas de origem dos
entrevistados, a taxa de respostas sim à DAP (67,5%) pelos entrevistados nos
EUA, e a DAPM mensal de U$ 19,90 por indivíduo para o Parque Municipal da
Boa Esperança e U$ 26,07 por indivíduo para a RPPN Serra do Teimoso, foi
obtido o valor de existência (DAPT) como sendo U$202.637.080,22 para o parque
e U$265.464.757,85 para a RPPN, por mês, no agregado. Considerando-se o
somatório das 27 cidades européias de origem dos entrevistados, a taxa de
respostas sim à DAP (64,3%), e a DAPM mensal de U$ 15,97 por indivíduo para o
Parque Municipal da Boa Esperança e U$21,66 por para a RPPN Serra do
38
Teimoso, mensurou-se o valor de U$ 85.359.196,12 para o Parque, e
U$115.772.084,40 como sendo o valor atribuído à RPPN, por mês, no agregado.
Valor na Serra do teimoso (US$)
120
y = 0,8244x + 9,1309
2
R = 0,6374
100
80
60
40
20
0
0
20
40
60
80
100
120
Valor no Parque Esperança (US$)
Figura 5. Correlação entre os valores atribuídos pela conservação do Parque
Municipal da Boa Esperança e da Reserva Natural do Teimoso.
120
100
Disposição a pagar (US$)
80
60
40
20
0
N=
103
103
Parque Esperança
Serra do Teimoso
Figura 6. Correlação entre os valores atribuídos pela conservação do Parque
Municipal da Boa Esperança e da Reserva Natural do Teimoso.
39
Quadro 7. Número de indivíduos dispostos a pagar e respectivos valores
atribuídos a cada sítio ambiental analisado por respondentes
residentes em diferentes cidades americanas e européias
Todos os Indivíduos
EUA*
CEE**
Valor Mensal
Esperança Teimoso
Esperança Teimoso
Esperança Teimoso
0
0
1
0
0
0
1
3
0
2
0
2
0
0
5
17
5
13
2
3
2
10
53
34
21
18
23
13
20
15
23
8
14
5
6
30
1
16
0
2
1
9
40
2
5
1
4
1
1
50
9
9
6
5
2
3
60
2
2
1
1
1
1
100
2
3
1
2
0
0
1.000
1
1
1
1
0
0
10.000
1
1
0
0
0
0
Não respondeu
1
2
1
1
0
0
* 21 cidades americanas (Apêndice D), cuja população total foi de 15.085.582 habitantes.
** 27 cidades européias (Apêndice D), cuja população total foi de 8.312.553 habitantes.
Fonte: Resultados da pesquisa
Em geral, as pessoas oferecem lances proporcionalmente maiores de DAP
por áreas maiores de preservação, embora o valor por hectare seja
significativamente menor, quando são colocadas duas opções de área para
conservação para serem valoradas (HORTON et al., 2003). Portanto, em relação
à variável área preservada, poder-se-ia esperar maior valor para o Parque Boa
Esperança, que é o dobro do tamanho da Serra do Teimoso. No entanto, ocorreu
o inverso, provavelmente por causa das diferenças entre os dois sítios (Quadro
8). A principal diferença entre os dois sítios está na evidente pressão antrópica
sofrida pelo Parque Boa Esperança em contraste com as características
favoráveis ao uso e à conservação dos recursos naturais da Reserva Serra do
Teimoso. Esse resultado está em consonância com o esperado para a situação
em que são empregados recursos acentuadores de diferenças entre os objetos
submetidos à valoração pelo MVC, considerando-se que “as preferências são
condicionadas por atributos de escolha” (BULTE et al, 2005).
40
Quadro 8. Diferenças e semelhanças entre os dois sítios ambientais estudados
Característica
Reserva Serra do Teimoso
Parque Boa Esperança
Alta
Alta
Semelhanças:
Riqueza de espécies
biodiversidade,
incluindo-se
biodiversidade,
incluindo-se
primatas e animais em extinção
espécies raras e endêmicas
Área preservada
200 hectares
437 hectares
Localização
Rural: 7.000 habitantes
Urbana: 250.000 habitantes
Uso
Pesquisa, educação e ecoturismo
Pesquisa
Diferenças:
e,
futuramente,
como
parque (condicionado à proteção)
Ameaça
Nenhuma, há 600 hectares de mata
Degradação
no entorno
baixa renda
Fonte: Dados da pesquisa, organizado a partir do Apêndice A.
41
por
populações
de
5. CONCLUSÕES
Dentre as pessoas provenientes dos EUA, 67,5% mostraram-se dispostos
a pagar pela conservação da floresta tropical úmida e, dos provenientes da CEE,
64,3% mostraram-se dispostos a pagar. Os motivos que levaram os indivíduos a
se disporem a pagar pela conservação de uma floresta tropical úmida incluem o
valor intrínseco da floresta como prioritário e os valores de uso atual e futuro
como secundários.
O valor de existência da Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra do
Teimoso foi estimado como os valores agregados de U$265.464.757,85 e
U$115.772.084,40 que as populações dos EUA e CEE estão dispostas a pagar,
respectivamente, pela sua conservação. O valor de existência do Parque da Boa
Esperança
foi
estimado
como
os
valores
agregados
mensais
de
U$202.637.080,22 e U$85.359.196,12 que as populações dos EUA e CEE estão
dispostos a pagar, respectivamente, pela sua conservação.
As variáveis áreas de conhecimento, compreensão sobre a finalidade de
conservação,
forma
de
conhecimento
sobre
floresta
tropical
úmida,
responsabilização dos países industrializados na conservação das florestas
tropicais e os problemas ambientais (poluição da água e do ar bem como
desmatamento) tiveram efeito significativo sobre a DAP.
Pelo teste t, conclui-se que os sujeitos estão dispostos a pagar mais pela
Reserva Natural Serra do Teimoso do que pelo Parque da Boa Esperança, em
média 5,74 dólares por mês por indivíduo a mais (t(102)=-4,196; p=0,000),
suportando a hipótese de que a pressão antrópica existente no Parque Boa
Esperança é uma ameaça à sua conservação.
42
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Willingness to Pay in a Contingent Valuation Study: The Value of S. Erasmo
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Econômicos e Sociais da Bahia – SEI, v. 15 p. 1-732. 2001.
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policy-markers. Cambrige: UNEP/Cambridge University. 1995.
45
APÊNDICES
Apêndice A – Versão em português do questionário testado entre 10
pessoas aleatórias para validação do instrumento
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE
QUESTIONÁRIO SOBRE CONSERVAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS
Estamos realizando uma pesquisa entre residentes na União Européia, e
nos Estados Unidos da América para determinar a Disposição a Pagar pela
Conservação de uma Floresta Tropical Úmida. As respostas dadas por meio
deste questionário serão utilizadas exclusivamente nesta pesquisa, não sendo de
maneira alguma utilizadas para definir qualquer cobrança de taxa para monitorar
a conservação de uma floresta específica. Os dados serão analisados como
sendo para uma floresta hipotética. Portanto, as informações serão sigilosas e
anônimas (não é necessário fornecer o seu nome, endereço e telefone) e as
análises científicas dos dados serão incluídas em artigo a ser publicado em
revista científica.
FLORESTA TROPICAL ÚMIDA
As florestas tropicais abrigam a maior biodiversidade do planeta, tanto em
plantas como em animais, possuindo cerca de 50% a 75% de todas as espécies
vivas do planeta. O potencial para exploração econômica é muito amplo e
variado, são inúmeros os produtos vegetais e animais, tanto para a pesca como
46
para a caça. Existem recursos minerais, hidroelétricos e agropecuários,
principalmente nas várzeas. Como conseqüência disso, a floresta tropical tem
sido destruída. Todas essas intervenções humanas trouxeram diversos impactos
sócio-ambientais graves como erradicação de ecossistemas, poluição de rios,
perda de biodiversidade, redução do potencial produtivo dos solos, erosão,
perturbação de comunidades locais, destruição de sítios arqueológicos,
desmatamento, queimadas, destruição e aculturação de povos indígenas,
conflitos de fronteira, incremento do tráfico e do plantio de drogas.
Exemplo de uma floresta tropical.
PARTE 1. Dados gerais do entrevistado
1) Onde você reside?
Cidade: .....................
Estado: ..................... País: ..........................
2) Sexo
( ) Masculino
(
) Feminino
3) Qual o seu grau de instrução?
( ) Ensino fundamental (1° grau)
( ) Ensino Médio (2° Grau)
( ) Superior (graduação)
( ) Mestre
( ) Doutor
( ) Outro. Qual? ............
4) Qual o seu estado civil?
( ) Solteiro
( ) Casado
( ) Outro
(
(
5) Qual a sua idade?
(
) Abaixo de 18 anos
) Entre 26 a 35 anos
65 anos
47
) Entre 51 a
(
) Entre 18 a 25 anos
(
) Entre 36 a 50 anos
(
) Acima de
65 anos
6) Qual a sua ocupação principal (profissão)?
.................................................................................................................................
PARTE 2. Porque e com que finalidade propõe-se conservar a floresta
tropical úmida.
7) Você já dispunha de conhecimentos sobre uma floresta tropical úmida?
( ) Sim
( ) Não
8) Se sim, como você tomou conhecimento sobre uma floresta tropical
úmida?
( ) por este questionário
( ) pelo jornal
( ) pela Internet
( ) pela TV
( ) por meio de visita a uma floresta tropical úmida
( ) por outro meio. Qual? .........................................................
9) Você acha que a Floresta Tropical Úmida deve ser conservada? Enumere
em ordem crescente os principais motivos para essa conservação:
( ) permite a obtenção de produtos para uso humano atual.
(
) consiste em um recurso ambiental destinado a satisfazer as necessidades
humanas futuras.
(
) possui um valor intrínseco, independente de sua utilidade ou função para o
homem.
( ) Outros. Quais? ...................................................................
10) O patrimônio natural dever ser conservado com a finalidade de:
(
) proteger a capacidade de aproveitamento do patrimônio natural para
satisfazer as necessidades atuais e futuras do homem;
(
) buscar a preservação da funcionalidade do patrimônio natural independente
de sua utilidade direta;
( ) Ambas as finalidades acima.
11) Perguntas relacionadas à Floresta Tropical Úmida:
Questionamentos:
Sim
Você tem conhecimento sobre as causas do desmatamento?
Você já visitou previamente uma Floresta Tropical?
Você planeja visitar uma Floresta Tropical?
Os países industriais devem ajudar países em
desenvolvimento a pagar pela preservação de suas Florestas
48
Não
Tropicais?
12) Ordene um conjunto de problemas ambientais, assinalando valores de 1 a
6 de acordo com a prioridade dada a cada um (1 para o de maior
importância e assim sucessivamente, até 6 o de menor importância).
Problemas ambientais
Qualidade do ar
Poluição da água
Destruição da Camada de Ozônio
Efeito Estufa
Desmatamento Tropical
Chuva ácida
Nota
PARTE 3. Determinação do valor de duas florestas:
13) Você estaria disposto a pagar mensalmente um valor monetário para
preservar a Floresta Tropical Úmida?
( ) Sim. Passe à questão 14.
( ) Não. Passe à questão 16.
14) Suponha uma floresta tropical com as seguintes características:
“Uma Unidade de Conservação localizada em uma cidade de 250.000
habitantes, sendo um dos poucos maciços com estrutura de floresta tropical
primária dentro de um perímetro urbano. Trata-se de um Parque com uma área
de 437,2 ha. Porém, o risco de degradação é iminente e o potencial do parque,
principalmente no que se refere à conservação de espécies endêmicas e raras, só
poderá ser utilizado em todos os sentidos, se principalmente, for protegido contra
essa degradação. Apesar de ainda apresentar características próprias de um
fragmento da Floresta úmida rica em diversidade, há riscos decorrentes de
pressões antrópicas advindas das populações circunvizinhas, caracteristicamente
de baixa renda.”
Quanto você estaria disposto a pagar mensalmente pela conservação desse
fragmento de Floresta Tropical Úmida?
U$10,00
U$60,00
U$20,00
U$70,00
U$30,00
U$80,00
U$40,00
U$90,00
U$50,00
U$100,00
Outro: U$
49
15) Suponha outra floresta tropical com as seguintes características:
“Uma Unidade de Conservação localizada há 5 km de uma cidade de 7.000
habitantes, sendo um dos poucos maciços com estrutura de floresta tropical
primária longe centros urbanos populosos. Trata-se de uma Reserva Particular do
Patrimônio Natural com uma área de 200 ha, localizada dentro de uma fazenda
de 520 ha. Tem áreas florestadas vizinhas, formando um maciço florestal com
mais de 600 ha, de raro valor ecológico e paisagístico, caracterizando-se como
local próprio para o desenvolvimento de atividades de pesquisa científica,
educação ambiental e ecoturismo. As matas da reserva abrigam espécies de
primatas e outros animais em extinção.
Quanto você estaria disposto a pagar mensalmente pela conservação desse
fragmento de Floresta Tropical Úmida?
U$10,00
U$60,00
U$20,00
U$70,00
U$30,00
U$80,00
U$40,00
U$90,00
U$50,00
U$100,00
Outro: U$
16) Se não, cite os motivos que o levaram a tomar esta decisão:
(
) Cada população local deve ser responsável pela manutenção do seu
patrimônio natural.
( ) A conservação deve ser mantida exclusivamente pelo poder público.
(
) Cabe às empresas e indústrias pagar uma taxa que será destinada a ações
de conservação dos recursos ambientais.
( ) Outros. Quais? ................................................................... ...........
50
Apêndice B – Versão em inglês do questionário validado que foi aplicado
para coleta dos dados
STATE UNIVERSITY OF SANTA CRUZ
Program of Postgraduate Qualifications in Regional
Development and Environment – Masters Degree
QUESTIONNAIRE ABOUT NATURAL RESOURCES PRESERVATION
We are carrying out research between residents of the European Union and
the United States of America to determine whether people would be willing to pay
for Tropical Rain Forest Conservation. The answers obtained from this
questionnaire will be used exclusively for this research. They will not be used to
define any kind of taxes to monitor a specific Tropical Rain Forest Conservation.
The results will be analysed for a hypothetical forest. This information will be kept
in secret and anonymous (it’s not necessary to give your name, address and
telephone number) and the scientific analyses of the results will be included in
papers that will be published in scientific magazines.
THE TROPICAL RAIN FOREST
Tropical Rain Forests have the biggest biodiversity in plants and animals,
including 50% a 75% of all living species, of the planet. But because the potential
for economic exploration be varied and large, and there be a lot of vegetable and
animal products coming from fishing and hunting; as well as minerals,
hydroelectrics, and agricultural resources, the Tropical Rain Forest has been
destroyed. These human activities have brought terrible environment and social
impacts, such as damaged ecosystems, rivers polluted, reduced biodiversity,
reduction of the productivity of soils, disturbing local communities, destruction of
archaeological places, deforestation, burning, destruction of Indians culture,
frontier conflicts and increase in drugs traffic.
51
Tropical Rain Forest example
PART 1. General Question (about yourself).
1.City: ................................. State country: ..............................Country: ..................
2. ( ) Male
( ) Female
3.( ) Elementary School
( ) High School
( ) Master Degree
( ) College
( ) P.H.D
(
)
Other. Which one?
4.( ) Single
( ) Marriage
( ) Other
5. How old are you?
(
) Under 18 years old
(
) Between 26 and 35 years old
(
) Between 51 and 65 years old
(
) Between 18 and 25 years old
(
) Between 36 and 50 years old
(
) Above 65 years old
6. What is your job (profession)?
...................................................................................................................................
PART 2. Why do you want to preserve the Tropical Rain Forest.
7. Had you ever heard anything about the Tropical Rain Forest before?
52
( ) Yes
( ) No
8. the answer is YES, how did you learn about the Tropical Rain Forest?
( ) by questionnaire
( ) by internet
( ) by TV
( ) by newspaper
( ) by visiting a Rain Forest
( ) by other way. Which one? .........................................................
9. Do you think the Tropical Rain Forest needs to be preserved? Put in order the
sentences below according to your opinion. Which one is the first more important
reason for this conservation? Which one is the second, Third and Fourth.
( ) permits gathering of products for current human use.
( ) consists of an environmental resource destined to the future human needs.
( ) there is an intrinsic value that doesn’t depend on utility or function for mankind.
(
) Others? Which ones? ................................................................... ...........
...................................................................................................................................
10. Why to protect the Natural Heritage:
( ) Protect the capability to use the Natural Heritage for current and future human
needs;
( ) Preserve the functionality of Natural Heritage independent of direct utility;
( ) Both of the sentences.
11. Questions about the Tropical Rain Forests:
Questions:
Do you know why people keep chopping down trees?
Had you ever been in a Tropical Rain Forest before?
Do you have plans for visiting a Tropical Rain Forest?
The industrial countries should help countries in development to
pay for their Tropical Rain Forests Preservation?
YES
NO
12. Put in order some environmental problems, giving them values from 1 to 6
according to the priority of each one. ( 1 for the most important, and 6 for the least
important).
Environmental problems
Air quality
Grade
53
Water pollution
Ozone layer destruction
CO2 air effects
Deforestation
Acid rain
PART 3. Determination of two forests values
13. Should you pay a tax every month to preserve the Tropical Rain Forest?
( ) Yes. Go directly to question 14.
( ) No. Go directly to question 16.
14. Think about a Tropical Rain Forest with these characteristics:
“A Conservation Unit, located in a city with 250.000 living people. It’s the
only place where there is still a structure of primary Tropical Forest within the
urban perimeter. It’s a Park – area 437,2 ha. The risk of degradation is imminent
and the potential use of the park, including conservation of rare species, is
possible, only, if there will be protection against this degradation. The place suffer
problems related to the population of the neighbourhood; however this place
presents special characteristics, like fragments of tropical forest rich in
biodiversity.”
How much could you pay for this Tropical Rain Forest Fragment
Conservation?
U$10,00
U$60,00
U$20,00
U$70,00
U$30,00
U$80,00
U$40,00
U$90,00
U$50,00
U$100,00
Other: U$
15. Think about a Tropical Rain Forest with this characteristics:
“A Conservation Unit located 5 km from a city with 7.000 living people. It’s a
place with a primary tropical forest structure far way from populate down town
centers. It’s a special Natural Heritage Reserve – area 200ha, located within a
520ha farm. There are others forests in the neighbourhood, forming a Tropical
Rain Forest with more than 600ha. It’s a place with rare ecological value, providing
54
opportunities for development of scientific research activities, environmental
education and ecotourism. The forests are home for primate and threatened
animals of extinguishing.
How much could you pay for this Tropical Rain Forest Fragment
Conservation?
U$10,00
U$60,00
U$20,00
U$70,00
U$30,00
U$80,00
U$40,00
U$90,00
U$50,00
U$100,00
Other: U$
16. If not, tell us why you made this decision:
( ) Each population should be responsible for your own Natural Heritage.
( )The conservation should be exclusively a government obligation.
(
)The enterprises and industries should pay a tax that will be destined for
Environmental Resources Conservation.
( ) Others? Which ones?
...................................................................................................................................
...............................................................................................................................
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Apêndice C – Dados originais codificados e legenda dos códigos
C1. Dados das respostas de 167 pessoas
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152 1 0 3 1 2 3 1 0 0
153 1 0 3 1 4 2 1 1 1
154 1 1 3 2 2 8 1 1 1
155 1 1 3 2 2 8 1 1 1
156 1 0 3 2 2 8 1 1 1
157 1 1 3 2 2 8 1 1 1
158 1 1 3 2 2 8 1 1 1
159 1 1 3 2 2 2 1 0 0
160 1 0 3 2 0 5 1 1 1
161 1 0 3 2 2 2 1 0 0
162 1 1 4 2 1 5 1 1 1
163 1 1 4 0 4 6 1 0 0
164 1 1 4 2 3 2 1 0 0
165 1 1 4 1 3 7 1 0 1
166 1 1 4 2 2 2 1 1 1
167 1 1 2 2 3 2 1 0 0
Legenda das variáveis: vide Quadro C2.
8c
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
0
1
0
1
0
0
1
1
1
8d
0
0
0
1
0
1
1
1
1
1
1
0
1
0
1
0
0
1
0
1
8e
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
0
1
1
0
0
1
0
8f
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
0
1
0
0
0
0
0
1
0
8g
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
0
0
1
0
1
vu
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
2
3
2
3
3
3
3
1
vo
3
3
3
1
1
3
1
2
1
1
1
2
3
2
1
2
2
2
2
2
ve
1
1
1
3
3
1
2
1
2
2
2
1
1
1
3
1
1
1
1
3
9d
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
3
us
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
61
ex
0
0
0
0
0
0
0
0
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0
0
0
0
0
0
0
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0
0
ue
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
cd
1
1
1
1
1
0
1
0
0
0
0
1
0
0
1
1
1
1
1
1
vi
1
1
1
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
0
0
1
1
0
1
0
pv
0
0
0
1
0
1
1
0
0
0
0
1
0
0
1
1
1
1
1
0
pi
1
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
ar
2
2
2
1
1
2
4
4
4
4
4
3
1
0
1
3
2
2
1
3
ag
1
1
1
2
3
1
2
2
2
2
2
1
2
0
2
4
2
1
3
5
oz
5
5
5
4
4
3
5
5
5
5
5
5
4
0
4
2
1
4
6
2
ef
3
3
3
6
2
4
3
3
3
3
1
4
3
0
6
1
1
5
4
1
dm
4
4
4
3
5
5
1
1
1
1
3
2
6
0
3
3
1
3
2
4
ch
6
6
6
5
6
6
6
6
6
6
6
6
5
0
5
6
1
6
5
6
dap
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
0
0
0
1
1
1
1
1
es
20
20
20
10
10
10
50
50
50
50
50
5
0
0
0
5
10
10
60
10
te
20
20
20
30
30
40
50
50
50
50
50
0
0
0
0
5
10
10
10
10
cp
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
pp
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
ep
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
dv
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
C2. Legenda dos dados com descrição das variáveis e da codificação constantes no Quadro C1
Variável
ind
lo
se
ti
e
id
ac
co
8a
8b
8c
8d
8e
8f
8g
vu
vo
ve
9d
us
ex
Descrição da variável e questão a que se refere, bem como codificação numérica das respostas
Número de identificação de cada indivíduo no banco de dados.
Local de origem, Questão 1, em que 1 = EUA, 2 = Europa, 3 = Canadá, 4 = outros países.
Sexo, questão 2, em que feminino = 0 e masculino = 1.
Titulação, questão 3, em que ensino médio = 0, graduação = 1, especialização = 2, mestrado = 3, doutorado = 4.
Estado Civil, questão 4, em que outros = 0, solteiro = 1, casado = 2.
Idade, questão 5, em que abaixo de 18 anos = 0, 18 a 25 = 1; 26 a 35 = 2, 36 a 50 = 3, 51 a 65 = 4, maior que 65 = 5.
Área de conhecimento (CNPq) deduzida com base na profissão declarada pelo respondente, questão 6, em que: não informou a profissão ou
declarou ser aposentado sem informar profissão = 0; exatas e da terra = 1; biológicas e ambientais = 2; engenharias = 3; saúde = 4; agrárias = 5;
sociais aplicadas = 6; humanas = 7; professor e, ou, pesquisador = 8; estudante = 9.
Conhecimento anterior sobre floresta tropical, questão 7, em que: não = zero e sim = 1.
Forma como tomou conhecimento sobre floresta tropical úmida: POR ESTE QUESTIONÁRIO, questão 8a, não = 0 e sim = 1.
Forma como tomou conhecimento sobre floresta tropical úmida: PELA Internet, questão 8b, não = 0 e sim = 1.
Forma como tomou conhecimento sobre floresta tropical úmida: PELA TV, questão 8c, não = 0 e sim = 1.
Forma como tomou conhecimento sobre floresta tropical úmida: PELO JORNAL, questão 8D, não = 0 e sim = 1.
Forma como tomou conhecimento sobre floresta tropical úmida: POR MEIO DE VISITA, questão 8E, não = 0 e sim = 1.
Forma como tomou conhecimento sobre floresta tropical úmida: POR REVISTAS questão 8F, não = 0 e sim = 1.
Forma como tomou conhecimento sobre floresta tropical úmida: POR ESCOLA, LITERATURA CIENTÍFICA, COMO PROFISSIONAL, NO
TRABALHO NA ÁREA, MORANDO OU POSSUINDO UMA FLORESTA, questão 8G, não = 0 e sim = 1.
Motivos indicados pela conservação da floresta, questão 9a: alternativa que tem como princípio filosófico o VALOR DE USO. Notas: 0 = motivo
não marcado; 1 = principal motivo; 2 = segundo motivo; 3 = terceiro motivo.
Motivos indicados pela conservação da floresta, questão 9b: alternativa que tem como princípio filosófico o VALOR DE OPÇÃO. Notas: 0 =
motivo não marcado; 1 = principal motivo; 2 = segundo motivo; 3 = terceiro motivo.
Motivos indicados pela conservação da floresta, questão 9c: alternativa que tem como princípio filosófico o VALOR DE EXISTÊNCIA. Notas: 0 =
motivo não marcado; 1 = principal motivo; 2 = segundo motivo; 3 = terceiro motivo.
Motivos indicados pela conservação da floresta, questão 9d: alternativa que o entrevistado poderia indicar outros motivos, diferentes dos três
primeiros, e as respostas foram agrupadas nas seguintes classes: 0 = motivo não marcado; 1 = uso atual pela população local; 2 = uso futuro
humano; 3 = valor ecológico; 4 = uso para ensino e pesquisa; 5 = contemplou justificativas atinentes aos valores de uso, opção e existência.
Finalidades indicadas para a conservação, questão 10a: alternativa que tem como princípio os valores de uso e opção (ambos são apresentados
na literatura como valores de uso). Opção não escolhida pelo respondente = 0; opção foi marcada = 1.
Finalidades indicadas para a conservação, questão 10a: alternativa que tem como princípio o valor de existência (é apresentado na literatura
como valor de não-uso). Opção não escolhida pelo respondente = 0; opção foi marcada = 1.
Continua...
62
C2. Continuação
Variável Descrição da variável e questão a que se refere, bem como codificação numérica das respostas
eu
Finalidades indicadas para a conservação, questão 10a: alternativa que mistura as opções a e b (ambos os motivos de uso e de não-uso,
mostrando que o princípio utilitarista prevalece). Opção não escolhida pelo respondente = 0; opção foi marcada = 1.
cd
Conhecimento do respondente sobre causas do desmatamento, questão 11a: não = 0; sim = 1.
vi
Visitou anteriormente a uma floresta tropical? Questão 11B: não = 0; sim = 1.
pv
Planeja visitar uma floresta tropical? Questão 11C: não = 0; sim = 1.
pi
Países industrializados devem ajudar aos países em desenvolvimento a pagar pela preservação das florestas? questão 11d: não = 0; sim = 1.
ar
Qualidade do ar, questão 12a, indicada como problema ambiental pelos respondentes, pela ordem de maior (1) para a de menor importância (6)
ag
Poluição da água, questão 12b, indicada como problema ambiental, ordenado como da maior (1) para a menor importância (6)
oz
Destruição da camada de ozônio, questão 12c, indicada como problema ambiental, ordenado pelos respondentes como da maior importância (1)
para a menor importância (6)
ef
Efeito estufa, questão 12d, indicada como problema ambiental, ordenado como da maior (1) para a menor importância (6)
dm
Desmatamento tropical, questão 12e, indicado como problema ambiental, ordenado como da maior (1) para a menor importância (6)
ch
dap
es
te
cp
pp
ep
dv
Chuva ácida, questão 12f, indicada como problema ambiental, ordenado como da maior (1) para a menor importância (6)
Disposição a pagar um valor mensal para conservar a floresta tropical, questão 13, não = 0 e sim = 1.
Valor indicado para conservar o Parque da Esperança, questão 14: 0 = para os que responderam não na questão 13, bem como os que
responderam sim, porém indicaram valor zero; demais valores constantes na questão; e outros valores apenas o valor 1.000 e 10.000, indicados
por dois respondentes, foram substituídos por 100, conforme Kramer et al., 1995, porque foram maior ou igual a 10 vezes o maior valor indicado.
Valor indicado para conservar a Reserva Natural Serra do Teimoso, questão 15: 0 = para os que responderam não na questão 13, bem como
os que responderam sim, porém indicaram valor zero; demais valores constantes na questão; apenas o valor 1.000 e 10.000, indicados por dois
respondentes, foram substituídos por 100, conforme Kramer et al., 1995, porque foram maior ou igual a 10 vezes o maior valor indicado.
Cada população mantém sua floresta, indicado como o motivo dos que não estão dispostos a pagar, questão 16a: não indicada = 0; indicada = 1.
Poder público mantém sua floresta, indicado como o motivo dos que não estão dispostos a pagar, questão 16b: não indicada = 0; indicada = 1.
Empresas e Indústrias pagar taxa para conservar as florestas, indicado como o motivo dos que não estão dispostos a pagar, questão 16c: não
indicada = 0; opção indicada = 1.
Outros motivos indicados pelos que não estão dispostos a pagar, questão 16d: opção não indicada = 0; taxar os produtos gerados na floresta
tropical para criar o próprio fundo de conservação = 1; doações para projetos de conservação = 2; políticas públicas deverem ser adotadas por
todos os países = 3; projetos transnacionais de conservação = 4; países industrializados devem manter projetos de conservação = 5; cada um
proteger o ambiente no seu dia a dia = 6; o pagamento deve ser por quem destrói as florestas = 7; corrupção e ineficiência no uso das taxas
pelos governos = 8; não está convencido sobre as necessidades de proteção ambiental =9.
63
Apêndice D – Dados demográficos, sobre a parte 1 do questionário
D1. Dados de cidade, estado, país (e agrupamento por local – lo), grau de
instrução (e titulação correspondente no Brasil – ti), profissão (e área de
conhecimento deduzida com base na classificação de áreas de conhecimento do
CNPq, estudante, pesquisador e professor)
Ind.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
Cidade
Darwin
Brisbane
Eisernez
Vienna
Timins
Timins
Toronto
Toronto
Toronto.
Amos
Toronto
Toronto
Fort
Chipewyan
Moosonee
Quebec
Amos
Amos
Amos
Amos
Augusta
Toronto
Ottawa
23
Vancouver
24
25
26
Slunj
Esbjerg
Viborg
Estado
NT
lo
4
4
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
Grau de instrução
Master Degree
Master Degree
High School
P.H.D
Bachelor of Science
Bachelor of Science
Bachelor of Science
Bachelor of Science
Bachelor of Science
College
College
College
Master Degree
ti
3
3
0
4
2
2
2
2
2
1
1
1
3
Profissão
Ontario
Ontario
Ontario
Ontario
Ontario
Quebec
Ontario
Ontario
Alberta
País
Australia
Australia
Austria
Austria
Canada
Canada
Canada
Canada
Canada
Canada
Canada
Canada
Canada
journalist
Engineer
Botanist
biologist
biologist
biologist
biologist
biologist
mathematician
biologist
biologist
medical veterinarian
ac
0
6
3
2
2
2
2
2
2
1
2
2
5
Ontario
Quebec
Quebec
Quebec
Quebec
Quebec
Maine
Ontario
Ontario
Canada
Canada
Canada
Canada
Canada
Canada
Canada
Canada
Canada
3
3
3
3
3
3
3
3
3
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
3
3
3
3
3
3
3
3
3
Nurse
Dentist
nurse
nurse
nurse
nurse
Geologis
biologist
consultant in dryland issues
4
4
4
4
4
4
1
2
5
3
P.H.D
4
Agronomist
5
4
2
2
College
College
Master Degree
1
1
3
Student
genetic engineer
Lawyer
Eisernez
BritishCol Canada
umbia
Croatia
Ribe
Denmark
Viborg
Denmark
64
9
2
6
Continua...
D1. Continuação
Ind.
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
Cidade
Viborg
Viborg
New Castle
Nottingham
Oxford
Winchester
Oulu
Auxerre
Bordeaux
Auxerre
Auxerre
Bordeaux
Montreuil
Laval
Montpellier
Bourges
Correze
Le Mans
La Roche
Montpellier
Toulouse
Wisbaden
Munique
Kiel
51
Berlin
52
Berlin
53
Kiel
54
Kiel
55
Dortmund
56
Dortmund
57
Sarre
58
Dessau
59
60
61
Augsburg
Augsburg
Grevená
Estado
Viborg
Viborg
País
Denmark
Denmark
England
England
England
England
Oulu
Finland
Yonne
France
Gironde France
Yonne
France
Yonne
France
Gironde France
France
Mayenne France
France
Cher
France
Tulle
France
Sarthe
France
France
France
France
Hesssen Germany
Baviera
Germany
Schleswi Germany
gHolstein
Schleswi Germany
gHolstein
Schleswi Germany
gHolstein
Schleswi Germany
gHolstein
Schleswi Germany
gHolstein
Nordhrein Germany
WestFall
en
Nordhrein Germany
WestFall
en
Saarbrüc Germany
ken
Sachsen- Germany
Anhalt
Bayern
Germany
Bayern
Germany
Greece
lo
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
Grau de instrução
Master Degree
Master Degree
College
College
Master Degree
P.H.D
Master Degree
Bachelor of Science
High School
High School
High School
High School
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
P.H.D
P.H.D
P.H.D
Bachelor of Science
Bachelor of Science
Bachelor of Science
2
Profissão
Lawyer
Nurse
Chemical engineer
mathematician
medical veterinarian
biomedical.
journalist
biologist
philosopher
Student
Student
botanist
P.H.D student
Engineer
Agronomist
geologist
nurse
mathematician
Teacher Researcher
Researcher
botanist
Biomedical
Marine Biologist
Student
ac
6
4
1
1
5
2
6
2
7
9
9
2
9
3
5
1
4
1
8
8
2
2
2
9
Bachelor of Science 2
biologist
2
2
Bachelor of Science 2
biologist
2
2
Bachelor of Science 2
biologist
2
2
Bachelor of Science 2
Student
9
2
High School
0
Student
9
2
High School
0
Student.
9
2
High School
0
Biomedical
2
2
Master Degree
3
Engineer
3
2
2
2
Master Degree
Master Degree
Master Degree
3
3
3
biologist
Lawyer
physical engineer
65
ti
3
3
1
1
3
4
3
2
0
0
0
0
3
3
3
3
3
3
4
4
4
2
2
2
2
6
1
Continua...
D1. Continuação
Ind. Cidade
62 Bangalore
63
64
65
66
67
68
69
Estado
Karnatak
a
País
India
lo Grau de instrução
4 College
ti
1
Profissão
engineer
ac
3
Indonésia
Indonésia
Iran
Ireland
Italy
Italy
México
4
4
4
2
2
2
4
College
College
Master Degree
Bachelor of Science
Master Degree
Master Degree
P.H.D
1
1
3
2
3
3
4
bussiness development
bussiness development
Foresty PHD Student
biologist
Agronomist
Agronomist
Biologist
6
6
5
2
5
5
2
Netherlands
2
College
1
Botanical
2
Netherlands
Netherlands
2
2
Master Degree
P.H.D
3
4
Engineer
Marine biologist
3
2
Nigeria
4
P.H.D
4
forest inventory specialist
2
Poland
2
P.H.D
4
biologist
2
Qatar
Russia
Russia
Samoa
4
4
4
4
College
Master Degree
P.H.D
P.H.D
1
3
4
4
5
5
2
8
70
jakarta
Jakarta
Abadeh
Longford
Bologna
Siena
San
Nicolás
Lelystad
71
72
Utrecht
Apeldoom
73
Akure
74
Wroclaw
75
76
77
78
Doha
Omsk
Omsk
Apia
79
80
81
82
83
84
Salamanca
Salamanca
Uppsala
Uppsala
Uppsala
Uppsala
uppland
Spain
Spain
Sweden
Sweden
Sweden
Sweden
2
2
2
2
2
2
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
3
3
3
3
3
3
Water manager
medical veterinarian
Wildlife Biologist
Private Consultant and
Researcher
medical veterinarian
Agronomist
PhD student
PhD student
PhD student
Researcher (laboratory biology)
85
86
87
88
Uppsala
Uppsala
Uppsala
Ebmatinge
n
Dar-esSalaaam
Sweden
Sweden
Sweden
Switzerland
2
2
2
4
Master Degree
Master Degree
P.H.D
Master Degree
3
3
4
3
Student
Map-technologist
P.H.D student
Human Resources Director
9
1
9
6
Tanzania
4
P.H.D
4
4
UK
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Master Degree
Bachelor of Science
Bachelor of Science
Bachelor of Science
Bachelor of Science
Bachelor of Science
Bachelor of Science
College
College
College
3
2
2
2
2
2
2
1
1
1
Pharmamacist and Senior
Lecturer in the School of
Pharmacy
Consultant.
biologist
biologist
Wildlife Biologist
Wildlife Biologist
biologist
Wildlife Biologist
videographer
Geologist
Network Administrator
Michigan USA
Arkansas USA
1
1
College
College
1
1
registered nurse
education
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
London
Birmigham
Orlando
Orlando
Plantation
Nashville
Plantation
Albion
La Grande
San
Francisco
100 Redford
101
Fars
Longford
Siena
Nuevo
León
Frevolan
d
Utrecht
Gelderlan
d
Ondo
Lower
Silesia
Qatar
uppland
Zurich
Dar-esSalaaam
Alabama
Florida
Florida
Florida
Tenesse
Florida
California
Oregon
California
66
5
5
9
9
9
2
8
2
2
2
2
2
2
6
1
6
4
7
Continua...
D1. Continuação
Ind. Cidade
102 Danvers
País
USA
lo Grau de instrução
1 College
ti
1
Profissão
retired
ac
0
103 Denver
104 Austin
Estado
Massach
usetts
Colorado
Texas
USA
USA
1
1
College
College
1
1
6
6
105 Monticello
Indiana
USA
1
College
1
Lawyer
Business manager , University of
Texas
Information Technology Specialist
6
106
107
108
109
Florida
Florida
California
Texas.
USA
USA
USA
USA
1
1
1
1
College
College
College
College
1
1
1
1
mathematician
philosopher
Science Illustration
Student
1
7
6
9
Texas
USA
1
College
1
Student
9
Ohio
USA
1
College
1
3
Wisconsi USA
n
California USA
1
College
1
retired mechanical
engineer,industrial distributor
Dentist and researcher
4
1
College
1
Government
6
USA
USA
1
1
High School
High School
0
0
biologist
2
0
USA
USA
1
1
0
2
Student.
Attorney (criminal prosecutor)
9
6
Colorado USA
California USA
1
1
High School
Juris Doctorate
(attorney)
Master Degree
Master Degree
3
3
environmental scientist
Director Agricultural Consulting
2
5
Oregon
Montana
Wisconsi
n
Arizona
Virginia
Utah
Wisconsi
n
Texas
Tenesse
Georgia
Ohio
California
USA
USA
USA
1
1
1
Master Degree
Master Degree
Master Degree
3
3
3
Landscape Architect
medical veterinarian
teacher
6
5
8
USA
USA
USA
USA
1
1
1
1
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
3
3
3
3
Architect
Forestry consultant
NPS Water Quality
Chemist
6
5
2
1
USA
USA
USA
USA
USA
1
1
1
1
1
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
3
3
3
3
3
Dentist
geologist
chemical engineer
Scientist
Scientist
4
1
1
8
8
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
1
1
1
1
1
1
1
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
3
3
3
3
3
3
3
Scientist
Scientist
Lawyer
Lawyer
Lawyer
Lawyer
Chemical engineer
8
8
6
6
6
6
1
Orlando
Orlando
Richmond
San
Antonio
110 San
Antonio
111 Cincinnati
112 Milwaukee
113 Los
Angeles
114 Austin
115 Santa Fe
116 Scottsbluff
117 Gainesville
118 Denver
119 Sacrament
o
120 Eugene
121 Helena
122 Watertown
123 Phoenix
124 Gainesville
125
126 Racine
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
Dallas
Nashville
Atlanta
Cleveland
Los
Angeles
LosAngeles
Cleveland
Cleveland
Cleveland
Cleveland
Cleveland
Kansas
City
Texas
New
Mexico
Nebraska
Florida
California
Ohio
Ohio
Ohio
Ohio
Ohio
Kansas
Continua...
67
D1. Continuação
Ind.
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
149
150
151
152
153
154
155
156
157
158
159
160
161
Cidade
Oklahoma City
Oklahoma City
Oklahoma City
Oklahoma City
Oklahoma City
Oklahoma City
SanDiego
SanDiego
Butte
Butte
Butte
Butte
Oklahoma City
Milwaukee
San Antonio
Austin
Austin
Austin
Denver
Austin
Washington
Helena
Kington
Estado
Oklahoma
Oklahoma
Oklahoma
Oklahoma
Oklahoma
Oklahoma
California
California
Montana
Montana
Montana
Montana
Oklahoma
Wisconsin
Texas.
Texas
Texas
Texas
Colorado
Texas
Montana
New York
País
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
USA
lo
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Grau de instrução
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
Master Degree
ti
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
162
163
164
165
166
167
Houston
Lexington
Annandale
Columbus
Austin
Texas
Virginia
Virginia
Ohio
Texas
California
USA
USA
USA
USA
USA
USA
1
1
1
1
1
1
P.H.D
P.H.D
P.H.D
P.H.D
P.H.D
Post grad degree
4
4
4
4
4
2
Profissão
nurse
Nurse
nurse
nurse
nurse
nurse
journalist
journalist
journalist
journalist
journalist.
journalist
nurse
Engineer
biologist
Teacher
Teacher
Teacher
Teacher
Teacher
environmental consulting
medical veterinarian
Project Manager for Stream
Management Program of NYC
Department of Environmental
Protection
engineer agronomist
Science Administrator
conservation biologist
Education
Biomedical
Sustainability and renewable
energy consultant
ac
4
4
4
4
4
4
6
6
6
6
6
6
4
3
2
8
8
8
8
8
2
5
2
5
6
2
7
2
2
Legenda:
lo
ti
ac
Local de origem, Questão 1, em que 1 = EUA, 2 = Europa, 3 = Canadá, 4 = outros países.
Titulação, questão 3, em que ensino médio = 0, graduação = 1, especialização = 2,
mestrado = 3, doutorado = 4.
Área de conhecimento (CNPq) deduzida com base na profissão declarada pelo
respondente, questão 6, em que: não informou a profissão ou declarou ser aposentado sem
informar profissão = 0; exatas e da terra = 1; biológicas e ambientais = 2; engenharias = 3;
saúde = 4; agrárias = 5; sociais aplicadas = 6; humanas = 7; professor e, ou, pesquisador =
8; estudante = 9.
68
Apêndice E – Dados os motivos de conservar a floresta, sobre a parte 2 do
questionário
E1. Total de respondentes à pergunta sobre problemas ambientais
Problemas ambientais
Qualidade do ar
Poluição da água
Destruição Camada de Ozônio
Efeito Estufa
Desmatamento Tropical
Chuva ácida
Ocorrência por Nota
3
4
5
6
Sem
resposta
26
7
3
1
37
11
5
4
1
6
35
31
58
29
1
14
16
50
53
17
15
2
43
47
21
18
19
17
2
7
3
1
18
49
87
2
1
2
65
44
21
55
54
7
E2. EUA
Problemas ambientais
Qualidade do ar
Poluição da água
Destruição Camada de Ozônio
Efeito Estufa
Desmatamento Tropical
Chuva ácida
1
26
34
3
9
16
3
2
23
25
2
5
21
1
Ocorrência por Nota
3
4
9
16
13
3
13
16
25
18
16
9
9
5
2
1
32
7
7
21
6
1
1
10
12
7
42
1
22
14
2
3
16
3
Ocorrência por Nota
2
3
4
14
8
7
19
11
8
1
14
11
6
18
20
15
4
6
1
4
5
3
2
18
6
11
15
6
2
2
10
3
4
33
Sem
resposta
1
1
1
1
E3. UE
Problemas ambientais
Qualidade do ar
Poluição da água
Destruição Camada de Ozônio
Efeito Estufa
Desmatamento Tropical
Chuva ácida
Sem
resposta
E4. Questionamentos sobre o grau de envolvimento e conscientização dos
cidadãos sobre a floresta tropical
Questionamento
Sim
Você tem conhecimento sobre as causas do 135
desmatamento?
Você já visitou previamente uma Floresta Tropical? 109
Você planeja visitar uma Floresta Tropical?
80
Os países industriais devem ajudar países em 159
desenvolvimento a pagar pela preservação de suas
Florestas Tropicais?
TOTAL
Não S.R.
31
1
Sim
65
EUA
Não S.R.
11
1
Sim
45
EU
Não
11
S.R.
0
57
86
5
43
35
70
33
41
6
10
27
55
36
29
1
0
0
0
69
1
1
3
1
1
1
Apêndice F – DAP e determinação do valor, dados sobre a parte 3 do
questionário
Quadro F1. Número de indivíduos dispostos a pagar e respectivos valores
atribuídos a cada local analisado
Local
Esperança
Teimoso
0
0
1
Valores em dólar
3 5 10 20 30 40 50 60 100
0 17 53 15 1 2 9 2
2
2 5 34 23 16 5 9 2
3
1.000
1
1
10.000 Não respondeu
1
1
1
2
EUA (52 estão dispostos a pagar, 24 não, 1 sem resposta
Local
Esperança
Teimoso
0
0
0
Valores em dólar
3 5 10 20 30 40 50 60 100
0 13 21 8 0 1 6 1
1
2 2 18 14 2 4 5 1
2
1.000
1
1
10.000 Não respondeu
0
1
0
1
1.000
0
0
10.000 Não respondeu
0
0
0
0
CEE (36 estão dispostos a pagar, 20 não)
Local
Esperança
Teimoso
0
0
1
3
0
0
Valores em dólar
5 10 20 30 40 50 60 100
3 23 5 1 1 2 1
0
2 13 6 9 1 3 1
0
Quadro F2. EUA - Motivos apontados pelos respondentes não dispostos a pagar
pela conservação de uma floresta tropical úmida
Motivos para os que não estão dispostos a pagar pela conservação
No
Cada população local deve ser responsável pela manutenção do seu patrimônio natural.
7
A conservação deve ser mantida exclusivamente pelo poder público.
4
Cabe às empresas e indústrias pagar uma taxa que será destinada a ações de 7
conservação dos recursos ambientais.
Outros*
9
*Outros motivos transcritos das respostas. Alguns desses motivos são justificativas dadas por
indivíduos que indicaram os motivos colocados como opção de resposta no questionário.
1) A global tax is not a viable. Other issues such as taxes on exports of tropical rain forest
products to fund rain forest protection in those countries that have them are more likely to
represent viable alternatives. Costs for those taxes would them be passed on to
consumers in other countries, thus allowing developing countries to charge developed
nations for the use of the developing country's rain forest products.
2) a technological population typically has socially isolated and displaced people, which are a
hazard to any park. A tropical forest area would have to be located so that people won't cut
it down, or move into it for living space. Ideally, (but unrealistically) the forest should help
them heal. a forest preserve will need an accompanyment of ideology that's compatable
with it, such as shamanism or buddism, but probably not one that claims the natural world
is for people to conquer. people with the means to distroy the forest typically don't care
about the forest, and they resent taxation to preserve it. it will be necessary to demonstrate
a direct link between their values and the benefits of a natural environment. Wealthy
people can be psychopathic, but there are psychological techniques for dealing with them.
3) Conservation agendas should not be funded by public tax dollars or fees on industry.
Rather industrial countries should
support products and the economy (through
commerce) of countries with rain forests that do properly manage the resources of rain
forests. Carrot vs.Stick mentality.
70
4) Conservation is necessary irrespective of individuals ability to pay taxes for it. Public policy
can help accomplish conservation goals without raising taxes.
5) Direct taxation by a foreign third party is unacceptable. Current indirect taxation methods
are not working (e.g. financing of multilaterals, bi-lateral aid, carbon bond supply vastly
exceeding carbon demand in industrial countries, failure of non-governmental
organizations to mobilize sufficient voluntary resources) and national policies do not make
rain forest conservation a priority. Control and governance of such a tax is unlikely to yield
needed actions at a local level.
6) donations and other resources can be used to obtain funds for the promotion and
protection of the rainforest, and to teach the local population conservation and reforestation
techniques
7) I am currently raising funds to protect a forest here. We have 140 acres in a land trust
8) There are so many environmental protection needs and I'm not convinced
9) Yes, I feel the rain forest should be protected and the whole world should help but the
question about paying a tax is too open. I would need assurance that the money was
going for the intended purpose and that is was being well managed. Does it include
finding other ways to help people who would be worse off if there use of the rain forest
was curtailed? I don't believe I would wish to pay a monthly tax but if my concerns were
answered, I would consider helping.
Quadro F3. CEE - Motivos apontados pelos respondentes não dispostos a pagar
pela conservação de uma floresta tropical úmida
Motivos para os que não estão dispostos a pagar pela conservação
No
Cada população local deve ser responsável pela manutenção do seu patrimônio natural.
12
A conservação deve ser mantida exclusivamente pelo poder público.
6
Cabe às empresas e indústrias pagar uma taxa que será destinada a ações de 2
conservação dos recursos ambientais.
Outros*
3
*Outros motivos transcritos das respostas. Alguns desses motivos são justificativas dadas por
indivíduos que indicaram os motivos colocados como opção de resposta no questionário.
1) Everybody have to protect the environment in its everyday life. It's not only a question of
tax
2) There is enough taxes as there is in Sweden, aid to preservation sounds nice but there
must be other ways of gathering money than a direct globaltax
3) Those who are responsible for the destruction in general should pay high sums. Without
them the rain forest is conserving itself
Quadro F4. Outras localidades. Motivos apontados pelos respondentes não
dispostos a pagar pela conservação de uma floresta tropical úmida
Motivos para os que não estão dispostos a pagar pela conservação
No
Cada população local deve ser responsável pela manutenção do seu patrimônio natural.
30
A conservação deve ser mantida exclusivamente pelo poder público.
9
Cabe às empresas e indústrias pagar uma taxa que será destinada a ações de 19
conservação dos recursos ambientais.
Outros*
15
*Outros motivos transcritos das respostas. Alguns desses motivos são justificativas dadas por
indivíduos que indicaram os motivos colocados como opção de resposta no questionário.
1) Project of un with a support of the industrial countries should help the tropical countries to
be conserved these forests.
2) Government to government issue, but not exclusively; individuals have a issue with wise
use of any donated funds given high levels of corruption in many of the problem countries
eg Indonesia, Papua New Guinea
3) Transnational enterprises should pay globally, Nationals at national level, and locals as in
first statement.
71

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