série estudos agrícolas, 4 - Seagri
Transcrição
série estudos agrícolas, 4 - Seagri
SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária Salvador, 2003 SECRETARIA DA AGRICULTURA IRRIGAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Paulo Ganem Souto SECRETARIA DA AGRICULTURA, IRRIGAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA Pedro Barbosa de Deus SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICA DO AGRONEGÓCIO - SPA João Aurélio Soares Viana DIRETORIA DE POLÍTICA E ECONOMIA AGRÍCOLA José Mário Carvalhal de Oliveira Editoração e Revisão Rosangela Barbosa Machado (Coordenadora de Informação/SPA) Maria de Fátima Pires Mimoso Luiza de Oliveira Simas Design Gráfico e Editorial Effect Web & Design Impressão Presscolor Capa Foto Acervo Biblioteca / Seagri BAHIA. Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária. Superintendência de Política do Agronegócio. Conhecendo a agricultura baiana: da unidade produtiva ao PIB do agronegócio. Salvador: SPA/SEAGRI, 2003. 62p. il. (Série Estudos Agrícolas, 4). ISBN 1. Agricultura - Aspectos sócio-econômicos. 2. Agricultura Bahia. I. Título. II.Série. CDU: 631(814.2) Distribuição BIBLIOTECA/SEAGRI: 4ª Avenida, 405, Térreo - CAB - CEP 41.750-300 Salvador - Bahia - Brasil - Telefax: (71) 370-2783 Home page: www.seagri.ba.gov.br e-mail: agrí[email protected] Sumário Apresentação LEVANTAMENTO CADASTRAL DE ESTABELECIMENTOS AGRÍCOLAS DE BASE FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE RIBEIRA DO POMBAL, BAHIA Introdução 1 Caracterização do município 2 Metodologia 3 Análise dos resultados 3.1 Utilização de terra 3.2 Condição do produtor 3.3 Caracterização dos produtores e propriedades 3.4 Trabalhadores permanentes e temporários 3.5 Área, produção e produtividade das lavouras 3.6 Efetivo e características do rebanho bovino 3.7 Efetivo e características de outros rebanhos 3.8 Tecnologia empregada na lavoura de milho 3.9 Tecnologia empregada na lavoura de feijão 4 Considerações finais ESTIMAÇÃO DO PIB DO AGRONEGÓCIO NO ESTADO DA BAHIA, 1990 A 2001 1 Evolução do PIB do agronegócio da Bahia e do Brasil de 1999 a 2001 2 Estrutura do agronegócio em 1990, 1995 e 1999 3 Estrutura do agronegócio da Bahia em 1999 4 Considerações finais Apresentação Com grande satisfação, a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (SEAGRI) oferece aos estudiosos, pesquisadores, empresários, instituições financeiras e órgãos governamentais e não governamentais mais uma edição da série Estudos Agrícolas. Nesta quarta versão, a série apresenta dois estudos inéditos do mais elevado significado para o conhecimento mais aprofundado da agricultura baiana. Daí a razão para o título “Conhecendo a agricultura baiana”. No primeiro trabalho, Levantamento cadastral de estabelecimentos agrícolas de base familiar no município de Ribeira do Pombal - Bahia, são analisados os resultados obtidos através do levantamento cadastral realizado a partir dos estabelecimentos agrícolas existentes, dando, portanto, conhecimento da matriz produtiva, do nível tecnológico e da realidade sócio-econômica do município de Ribeira do Pombal. O segundo estudo, Estimação do PIB do agronegócio no estado da Bahia, 1990 a 2001, apresenta os principais resultados da pesquisa que levou à mensuração e o delineamento do PIB do agronegócio do Estado, assim como a metodologia utilizada. Iniciativa das mais inovadoras no campo do conhecimento sobre o agronegócio. Trata-se, portanto, de mais uma contribuição da SEAGRI, na concepção e execução de estudos e divulgação de informações importantes para o planejamento das atividades agropecuárias e da definição de políticas públicas para o setor. Finalmente, cumpre registrar os agradecimentos à Caixa Econômica Federal, agente financeiro repassador dos recursos do PRONAF, o qual possibilitou a realização do Levantamento Cadastral de Estabelecimentos Agrícolas de Base Familiar no Município de Ribeira do Pombal, e, de modo especial, aos professores Dr. Joaquim José Guilhoto da ESALQ/USP e do Dr. José Roberto Vicente, do Instituto de Economia Agrícola (IEA), aos quais agradecemos a colaboração e o privilégio do talento. Levantamento cadastral de estabelecimentos agrícolas de base familiar no município de Ribeira do Pombal, Bahia Levantamento cadastral de estabelecimentos agrícolas de base familiar no município de Ribeira do Pombal, Bahia José Roberto Vicente* O presente documento caracteriza-se como o relatório final da pesquisa direta realizada pela Superintendência de Política do Agronegócio, órgão da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI, junto aos estabelecimentos agropecuários do município de Ribeira do Pombal, na Bahia. A pesquisa teve como objetivo identificar elementos que possibilitem um conhecimento mais aprofundado da realidade agrícola municipal, ensejando a formulação de políticas públicas mais consentâneas com as necessidades da construção de um processo de desenvolvimento rural fundado na premissa da sustentabilidade. O município de Ribeira do Pombal foi escolhido para iniciar essa série devido à importância da sua agricultura familiar para a formação da economia municipal, assim como, por localizar-se na região semi-árida, atributos que, historicamente, dificultam avanços na modernização da matriz produtiva local. Vale destacar que a viabilização desta pesquisa deve-se ao importante apoio concedido pelo Programa de Apoio ao Fortalecimento da Agricultura Familiar PRONAF, através da Caixa Econômica Federal. *Engenheiro Agrônomo, Doutor em Economia, Pesquisador Científico do Instituto de Economia Agrícola da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (IEA-APTA); e-mail: [email protected] 9 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI 1 Caracterização do município O município de Ribeira do Pombal está situado na região Nordeste do 2 Estado. Possui uma área de 816km , totalmente inserido no Polígono das Secas, distando 271 km da capital, sendo servido pelas rodovias federais, BR 110, passando por Cipó e a BR 410, passando por Araci-Tucano. As coordenadas geográficas do município são10º50' de Latitude Sul e 38 º32' de Longitude Oeste e 200m de altitude, tendo como delimitadores os municípios de Cícero Dantas, Ribeira do Amparo, Banzaê, Heliópolis e Tucano. Quanto aos recursos naturais, o município está localizado na bacia sedimentar Recôncavo-Tucano onde se registra a existência de um importante aqüífero, com poços de altas vazões, a exemplo de Cipó, Caldas do Jorro e Jorrinho, todos próximos à Ribeira do Pombal. Os solos são geralmente de média a baixa fertilidade, com predominância dos arenosos, podzólicos, latossolos e planossolos, observando-se, ainda, a presença de material quartzoso, compondo, desta forma, uma estrutura geológica de paraconglomerados, arenitos e depósitos fluviais, dotada de aptidão regular ou restrita para lavouras e pastagens. Encontramos dois tipos de clima no município: o semi-árido e sub-úmido, ambos com pouco ou nenhum excedente hídrico. Em relação às temperaturas, estas variam de 20,7o a 29,5oC, configurando médias anuais em torno de 24,4ºC. Em relação à vegetação, esta é considerada uma área de tensão ecológica, ou seja, contatos entre vários tipos de vegetação, neste caso, Cerrado-Caatinga. A pluviosidade média anual está em torno de 626 mm, com o período de chuvas se estendendo de abril a junho, quando então se desenvolvem os trabalhos de plantio das lavouras. No plano hidrográfico, o município está localizado na Bacia do Itapicuru, tendo como principais rios o Rio Quente e Ribeira do Pombal. A população no município em 2001 era de 46.714 mil habitantes, sendo 54,9% deste total referente a população urbana e 45,1% a rural, segundo o Anuário Estatístico de 2002, da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI). A base econômica do município gira em torno da produção de mandioca, feijão, milho e caju, sendo o município um dos maiores produtores de castanha no Estado. Nos últimos anos, a pecuária bovina de leite vem apresentando destaque econômico, trazendo, com isso, o desenvolvimento de pequenas agroindústrias de laticínios. 10 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 O comércio também exerce forte influência na economia municipal e regional. Destaca-se, ainda, o Centro Administrativo Regional, onde se registra existência de diversos órgãos federais e estaduais em sua sede. 2 Metodologia O planejamento das atividades foi iniciado no segundo semestre de 2001, e nos meses de outubro a dezembro foi definido o questionário que seria aplicado. Participaram dessas atividades técnicos da Superintendência do Agronegócio/SEAGRI e do Instituto de Economia Agrícola (IEA/SP). Posteriormente, o questionário recebeu críticas e sugestões de técnicos da (EBDA) de Salvador e de Ribeira do Pombal, até assumir a forma definitiva. Para tornar factível o levantamento de campo e a digitação de dados, foi contratada a Fundação DESAGRO, que realizou a primeira parte das atividades nos meses de abril e maio de 2001. Após os primeiros procedimentos de depuração de dados, uma segunda etapa do levantamento de campo foi feita do início de setembro a meados de outubro de 2001. Os dados foram digitados em arquivos tipo mdb (Microsoft Access), em máscara especialmente desenvolvida pelo CPD/SEAGRI e, agrupados em arquivos xls (Microsoft Excel), para permitir a exclusão de duplicidades e a entrada no Statistical Analysis Software (SAS versão 8.02). No SAS, foram desenvolvidas rotinas de depuração de dados (consistências plana e cruzada), procurando-se identificar possíveis erros de preenchimento. As dúvidas sobre informações presentes nos formulários foram discutidas entre técnicos da Superintendência do Agronegócio/SEAGRI, do IEA/SP e da EBDA de Ribeira do Pombal, consultando-se os questionários e, em alguns casos, os enumeradores e produtores. Foram cadastrados 4.590 informantes. No Censo Agropecuário 1995-96, o IBGE cadastrou 4.652 estabelecimentos, o que leva a concluir que a cobertura realizada foi satisfatória. Na apresentação dos resultados, optou-se por distribuir as informações em estratos de área, seguindo a forma de apresentação dos censos agropecuários, exceto para o intervalo de áreas entre 100 e 200 hectares, que foi dividido em dois: de 100 a 120 hectares e de 120 a 200 hectares. Isso foi feito devido a ênfase principal do cadastro, que é a agricultura familiar. Portanto, interessa destacar os informantes com áreas de até quatro módulos fiscais, que no caso do município de Ribeira do Pombal é de 120 hectares. 11 7 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI 3 Análise dos resultados obtidos 3.1 Utilização da terra Nos 4.590 informantes cadastrados, a área total declarada atingiu 54.826,82 hectares. Somando-se as parcelas declaradas, o total de área foi de 54.075,47 hectares e, após os procedimentos de depuração, foram classificados mais 1.127,22 hectares como área sem discriminação, levando a área total cadastrada para 55.202,69 hectares (Tabela 1). Desse total, 4,5% correspondem a culturas temporárias, 1,7% a culturas permanentes, 7,1% a pastagens naturais, 44% a pastagens cultivadas, 19,2% a matas e florestas, 16,8% a áreas destinadas a lavouras temporárias em descanso, 3,8% a áreas produtivas não utilizadas e 0,9% a áreas inaproveitáveis, além de 2,0% sem discriminação. Entre as áreas destinadas às lavouras em 2001, destacaram-se a de milho (7.851,62 ha), feijão (8.007,61 ha), caju (1.027,18 ha) e mandioca (712,22 ha). Comparando-se esses resultados aos publicados pelo IBGE na Produção Agrícola Municipal (PAM) de 2001, observa-se uma provável subestimação da área de caju. Informações de técnicos da EBDA na região indicam que os produtores consideram o caju mais como uma atividade extrativa, enquanto o questionário solicitava dados sobre cultivos, o que pode explicar parte desse resultado. Por outro lado, a PAM aparentemente, subestima de forma considerável as áreas de milho e feijão. Os produtores do estrato de áreas até 1 ha representavam 24,8% do total de informantes, e apenas 1,2% da área total. Concentravam também 9,0% da área de milho, 9,9% da área de feijão, e 7,5% da área de mandioca. Observe-se que parte dessas áreas era plantada em parceria em outras propriedades. No estrato de 1 a 2 ha ficaram enquadrados 17,2% dos informantes e 2,0% da área total. Responderam por 10,7% das áreas de milho e feijão e por 11,3% da área de mandioca. Também neste estrato, percebe-se que parcela substancial da área de lavouras era plantada em parceria em outras propriedades. Os informantes do estrato entre 2 e 5 ha somavam 17,3% do total e 4,5% da área total. Esses produtores cultivaram 15,0% do milho, 14,5% do feijão e 15,7% da mandioca. Os produtores do estrato de áreas de 5 a 10 ha representavam 11,3% do total de informantes e 6,7% da área total. Concentravam 11,7% da área de milho, 11,5% da área de feijão e 13,0% da área de mandioca. 12 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 No estrato de 10 a 20 ha foram enquadrados 10,0% dos informantes e 11,7% da área total. Responderam por 14,4% da área de milho, 13,5% da área de feijão, e por 14,7% da área de mandioca. Os informantes do estrato entre 20 e 50 ha somavam 10,6% do total e 28,7% da área total. Esses produtores cultivaram 19,0% do milho, 19,5% do feijão e 20,2% da mandioca. Os produtores do estrato de áreas de 50 a 100 ha representaram 2,4% do total de informantes e 14,3% da área total. Concentraram 7,9% da área de milho, 8,3% da área de feijão e 8,8% da área de mandioca. No estrato de 100 a 120 ha ficaram 0,5% dos informantes e 4,1% da área total. Responderam por 2,0% da área de milho, 1,5% da área de feijão e 2,3% da área de mandioca. Portanto, nos estratos de área total até quatro módulos ficaram 94,1% dos informantes e 73,3% da área cadastrada, 89,6% da área cultivada com milho, 89,5% da área de feijão e 93,5% da área de mandioca. 3.2 Condição do produtor Dos 4.590 informantes cadastrados, 54,1% declararam-se como predominantemente proprietários, respondendo por 79,1% da área total. Em seguida, apareceram os parceiros (26,4% dos informantes e apenas 5,8% da área total) e ocupantes (15,5% dos informantes e 13,4% da área); 123 dos cadastrados preferiram declarar-se em mais de uma condição, enquanto 55 não se enquadraram em nenhuma delas (Tabbela 2). É interessante destacar que nos estratos de áreas totais de até 1 ha e de 1 a 2 ha predominavam parceiros, enquanto que, nos demais, proprietários eram majoritários. 3.3 Caracterização dos produtores e propriedades Em 87,1% dos casos, os informantes declararam que as receitas predominantes eram as da agricultura e 11,2% tinham receita principalmente da pecuária. Destaque-se que a pecuária cresce de importância proporcionalmente à área total, ou seja, nos estratos maiores (Tabela 3). Água para consumo humano estava disponível em 52,5% das propriedades; água para consumo de animais existia em 46,2% do total, enquanto água para irrigação em apenas 1,9%. Também, nesse caso, os percentuais crescem proporcionalmente ao tamanho das propriedades. 13 Informantes 14 Fonte: SEAGRI. Pesquisa direta. Milho Feijão Amendoim Abóbora Tomate Maracujá Cana Fumo Mandioca Caju Manga Banana Coco Laranja Áreas de lavouras em 2001 Área total calculada2 (soma) Área sem discriminação Área ocupada c/ cult. temporárias (incluir cana) Área ocupada com culturas permanentes Área ocupada com pastagens naturais Área ocupada com pastagens plantadas Área ocupada com matas e florestas Área de lavouras temporárias em descanso Área produtiva não utilizada Área inaproveitável Área total (declarada) Área total calculada1 (soma) 1a2 2a5 5 a 10 10 a 20 4,97 23,15 28,37 36,64 706,76 795,75 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 53,25 58,71 0,51 0,01 0,20 0,00 842,16 1.174,01 853,88 1.163,74 0,00 0,00 0,00 3,90 0,00 0,00 0,00 0,30 0,00 0,00 0,00 0,00 80,52 112,06 92,46 167,49 1,61 7,43 0,01 0,31 0,00 3,00 0,00 0,00 916,88 1.130,36 923,55 1.082,49 0,00 0,00 0,00 2,10 0,00 0,00 0,00 0,10 0,00 0,00 0,00 0,00 92,53 104,73 234,80 272,99 0,30 2,82 0,00 0,01 6,30 0,00 0,00 0,00 662,82 1.102,59 2.489,87 3.715,88 6.481,82 3,73 276,07 1.489,28 1.563,20 0,00 3,63 0,00 2,21 0,00 0,45 143,66 408,89 0,31 0,11 6,36 1,00 618,08 662,57 0,00 7,65 3,03 0,00 2,50 0,00 62,65 309,01 5,50 0,00 0,00 0,00 15.823,74 7.916,52 202,29 156,05 124,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,60 46,08 0,00 0,00 0,00 0,00 2.272,15 4,00 21 153,58 26,08 194,09 1.230,19 348,53 161,68 51,00 103,00 2.262,15 2.268,15 20 a 50 50 a 100 100 a 120 Estratos de Área Total (hectares) 1.138 790 792 518 459 487 112 41,04 70,94 178,72 257,42 270,21 480,59 311,70 23,78 44,80 99,97 127,65 145,46 256,60 71,06 4,37 20,52 65,43 173,92 370,95 1.348,41 812,52 74,92 194,19 856,64 1.800,89 3.059,31 6.102,60 3.615,03 1,92 14,28 100,21 192,09 879,08 3.928,55 1.347,53 483,30 711,36 1.061,48 932,09 1.397,85 2.220,20 1.062,39 25,16 37,48 94,13 189,19 284,60 1.138,51 280,20 4,60 4,05 10,14 14,26 37,72 145,99 140,02 657,40 1.096,55 2.471,97 3.697,21 6.462,16 15.784,24 7.894,14 659,09 1.097,62 2.466,72 3.687,51 6.445,18 15.621,45 7.640,45 até 1 Tabela 1 Utilização da terra, município de Ribeira do Pombal, Estado da Bahia, 1o. semestre de 2002 286,18 313,79 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 13,10 40,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3.177,68 11,60 22 300,47 37,00 194,15 1.840,45 644,31 149,00 0,00 0,70 3.177,68 3.166,08 253,05 243,05 0,00 0,00 2,00 0,00 0,00 0,00 4,00 122,60 0,00 0,00 0,00 0,00 6.779,32 100,10 23 317,00 82,70 520,60 2.823,77 1.810,15 1.112,00 0,00 13,00 6.779,32 6.679,22 56,60 56,60 30,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,12 10,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4.544,00 200,00 8 89,00 10,00 200,00 2.700,00 1.345,00 0,00 0,00 0,00 4.544,00 4.344,00 120 a 200 200 a 500 500 a 1.000 222,21 224,94 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 24,00 13,31 0,00 0,00 0,00 0,00 236,30 236,30 220 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 indefinido 7.851,62 8.007,61 30,00 17,28 5,03 2,61 2,50 0,45 712,22 1.776,34 18,48 0,45 6,48 1,00 55.202,69 1.127,22 4.590 2.470,67 925,10 3.904,96 24.297,99 10.611,65 9.291,35 2.100,27 473,48 54.826,82 54.075,47 Total Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Disponibilidade de energia elétrica foi declarada por 24,9% dos informantes, e uso de energia solar por somente 0,7% deles. Apenas 5,6% dos informantes declararam acesso a crédito através de bancos em 2001 e 0,9% obtiveram crédito de outras fontes. Nos estratos com áreas totais até 20 ha, percebe-se que as proporções de produtores com acesso a crédito são menores do que nos estratos maiores. 1 Os produtores que se declararam beneficiados pelo PRONAF somam 14,4% do total, predominando os de tipos B (7,8% do total) e C (3,6%). Acesso à assistência técnica foi declarado por 19,0% dos informantes, quase que totalmente governamental (15,9%), provida pelos órgãos da SEAGRI. 3.4 trabalhadores permanentes e temporários Dados sobre a mão-de-obra utilizada foram fornecidos por 3.991 informantes, totalizando 18.120 ocupações. Predominavam produtor e familiares (proprietário, parceiro, arrendatário e seus familiares), com 55,9% do total. Assalariados temporários (42,3%) eram a segunda categoria mais importante. Os assalariados permanentes representavam somente 1,8% do total. Considerando-se que os produtores cadastrados que não informaram uso de mão-de-obra utilizem-na nas mesmas proporções dos demais, chega-se a um total de 20.250 ocupações. Naturalmente, parte dos assalariados temporários pode trabalhar em mais de uma propriedade, e parte deles deve pertencer à outra condição de produtor que exerce atividades party time; portanto, não é possível concluir com segurança que o total de pessoas trabalhando na agropecuária esteja, de fato, entre 18 e 20 mil. Entre os estratos, nas áreas até 20 ha predominam produtores e familiares. Acima de 20 ha percebe-se que o número de assalariados supera 50% do total de trabalhadores (Tabela 4). O valor médio das diárias pagas a assalariados temporários foi informado por 1.686 cadastrados. Calculando-se as principais medidas de tendência central média, mediana e moda - chegou-se ao mesmo valor, R$ 6,00/dia. O valor mais baixo informado foi de R$ 2,00/dia, e o maior, R$ 18,00/dia. 1 No âmbito do crédito rural, o PRONAF é dividido em 4 grupos: Grupo A (assentados do programa nacional de reforma agrária) tem limite de operações de crédito produtivo para até R$ 12 mil e a garantia de assistência técnica integral; o Grupo B (agricultores com renda familiar bruta anual de até R$ 1,5 mil) com taxa de juros de 1% ao ano e 40% de rebate no principal de R$ 500,00; os Grupos C e D (agricultores com renda familiar bruta anual de até R$ 10 mil e R$ 30 mil, respectivamente) com os encargos financeiros fixados em 4% ao ano para operações de custeio e de investimento. 15 16 Fonte: SEAGRI. Pesquisa direta. 4 1,82 Sem discriminação Área total calculada3 (soma) 3 4,23 8 12,40 10 5,16 Parceiro e ocupante Área total calculada3 (soma) 12 18,61 1 1,50 38 18,90 Proprietário e parceiro Área total calculada3 (soma) 80 114,81 Proprietário e ocupante Área total calculada3 (soma) 134 72,87 Ocupante Área total calculada3 (soma) 368 496,81 4 10,24 6 19,03 3 9,98 18 56,29 108 359,82 181 500,61 559 338,73 471 1.530,87 2a5 Parceiro Área total calculada3 (soma) 318 454,23 1a2 1 3,03 393 225,34 até 1 4 31,69 4 29,49 1 5,14 8 53,43 89 655,05 20 135,10 392 2.805,98 5 a 10 2 35,66 2 25,41 7 114,58 73 1.023,93 14 200,48 361 5.081,76 10 a 20 Estratos de Área Total (hectares) Arrendatário Área total calculada3 (soma) Proprietário Área total calculada3 (soma) Condição do Produtor 6 219,07 2 72,73 104 3.828,62 9 261,01 366 11.442,31 20 a 50 1 90,75 10 680,60 1 76,50 100 7.068,67 50 a 100 Tabela 2 - Condição do Produto, Município de Ribeira do Pombal, Estado da Bahia, 1o. Semestre de 2002 3 332,95 0 0,00 18 1.939,20 100 a 120 1 121,00 21 3.056,68 120 a 200 1 200,00 0 0,00 22 6.579,32 200 a 500 2 1080,00 6 3.464,00 500 a 1.000 Total 31 52,97 3 4,11 109 142,97 57 0,00 3 13,50 55 446,43 30 91,49 5 16,62 88 338,65 711 7.411,62 1.212 3.210,24 4 16,53 17 2.485 22,75 43.671,11 indefinido Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI 17 Fonte: SEAGRI. Pesquisa direta. 12 108 96 105 93 1 11 3 1 Produtores que recebem assistência técnica Assistência Técnica do Governo Assistência Técnica Privada Assistência Técnica sem discriminação 0 72 3 1 92 1 PRONAF tipo A PRONAF tipo B PRONAF tipo C PRONAF tipo D PRONAF sem discriminação de tipo 28 6 78 189 3 28 13 95 272 3 Disponibilidade de energia elétrica Utilização de energia solar 331 231 6 761 16 11 2 1a2 Acessso a crédito através de bancos em 2001 Acessso a crédito através de outras fontes em 2001 Produtores Beneficiados pelo PRONAF 401 255 2 1.118 13 5 2 Disponibilidade de água para consumo humano Disponibilidade de água para consumo de animais Disponibilidade de água para irrigação Receita principalmente de Agricultura Receita principalmente de Pecuária Receita principalmente de Agricultura/Pecuária Receita sem especificação até 1 11 134 123 3 1 85 14 32 8 103 172 10 416 373 16 733 50 9 109 96 4 9 6 1 42 27 27 4 76 132 4 369 360 7 451 64 3 121 111 5 5 2 35 41 2 3 23 1 83 112 2 330 343 13 5 346 108 209 140 62 7 89 13 57 7 5 103 5 171 152 5 349 353 24 318 166 3 Estratos de Área Total (calculada 3) (hectares) 2a5 5 a 10 10 a 20 20 a 50 34 30 2 2 3 14 7 1 7 2 25 47 1 93 91 9 63 44 5 50 a 100 8 7 1 2 1 1 1 1 4 4 1 16 19 1 9 10 2 100 a 120 8 4 4 1 3 4 8 2 14 17 3 8 13 1 120 a 200 Tabela 3 - Caracterização dos Produtores e Propriedades, Município de Ribeira do Pombal, Estado da Bahia, 1o. Semestre de 2002 6 3 3 2 2 1 12 1 19 19 4 7 14 2 200 a 500 1 1 1 4 7 8 1 1 6 1 500 a 1.000 2 27 25 17 4 6 1 21 37 1 67 52 2 183 9 3 25 indefinido 870 729 82 59 94 359 164 22 23 257 41 662 1.141 33 2.412 2.121 88 3.998 513 45 34 Total SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI Tabela 4 - Trabalhadores Permanentes e Temporários, Município de Ribeira do Pombal, Estado da Bahia, 1º. Semestre de 2002 Mão-de-Obra utilizada condição/trabalhadores Proprietário - informantes Total de trabalhadores Proprietário e familiares Arrendatários e familiares Parceiros e familiares Assalariados permanentes Trabalhadores temporários até 1 1a2 369 1.062 857 5 27 4 169 308 935 758 3 28 2 144 Arrendatário - informantes Total de trabalhadores Proprietário e familiares Arrendatários e familiares Parceiros e familiares Assalariados permanentes Trabalhadores temporários Estratos de Área Total (calculada 3) (hectares) 2 a 5 5 a 10 10 a 20 20 a 50 50 a 100 100 a 120 120 a 200 200 a 500 500 a 1.000 indefinido 460 1.870 1.132 6 71 15 646 382 2.099 1.010 7 61 37 984 354 2.328 1.032 19 116 19 1.142 352 2.984 824 18 107 32 2.003 95 670 186 5 37 17 425 18 253 30 19 165 29 22 304 17 6 34 4 7 7 209 11 17 108 10 63 214 6 24 1 5 5 1 4 4 3 117 10 107 Parceiro - informantes Total de trabalhadores Proprietário e familiares Arrendatários e familiares Parceiros e familiares Assalariados permanentes Trabalhadores temporários 369 1.021 594 12 235 21 159 263 991 416 4 231 15 325 128 569 219 2 127 10 211 16 74 35 13 61 54 7 38 15 9 2 28 1 6 20 20 Ocupante - informantes Total de trabalhadores Proprietário e familiares Arrendatários e familiares Parceiros e familiares Assalariados permanentes Trabalhadores temporários 101 212 175 6 7 2 22 74 168 120 84 245 162 72 235 121 98 423 194 10 38 14 3 9 2 9 3 36 99 282 186 8 28 4 56 7 4 72 9 5 100 22 21 186 2 1 21 1 6 Proprietário e Parceiro - informantes Total de trabalhadores Proprietário e familiares Arrendatários e familiares Parceiros e familiares Assalariados permanentes Trabalhadores temporários 36 112 90 11 36 28 18 69 52 7 46 24 7 28 15 2 14 4 0 0 4 4 14 3 4 13 6 4 Proprietário e Ocupante - informantes Total de trabalhadores Proprietário e familiares Arrendatários e familiares Parceiros e familiares Assalariados permanentes Trabalhadores temporários 1 21 1 0 1 2 2 0 2 2 3 3 5 4 1 2 0 0 0 87 291 177 12 102 0 0 0 3 10 3 1 5 13 22 1 2 2 3 12 8 1 4 4 6 9 22 21 Sem discriminação - informantes Total de trabalhadores Proprietário e familiares Arrendatários e familiares Parceiros e familiares Assalariados permanentes Trabalhadores temporários 4 6 6 7 21 17 6 21 17 2 6 2 1 1 2 4 18 9 1 3 1 4 1 3 3 6 6 4 13 12 4 13 10 2 12 5 1 1 2 10 11 105 6 1 53 9 1 Sem declaração de trabalhadores Proprietário- informantes 24 Arrendatário- informantes Parceiro- informantes 190 Ocupante - informantes 33 Proprietário e Parceiro - informantes 2 Proprietário e Ocupante - informantes Parceiro e Ocupante - informantes 1 Sem discriminação - informantes 5 126 9 10 0 0 107 803 2.784 1.340 18 606 51 769 628 1.903 1.151 14 96 41 601 84 315 216 0 12 10 77 5 18 14 0 0 0 4 4 Parceiro e Ocupante - informantes Total de trabalhadores Proprietário e familiares Arrendatários e familiares Parceiros e familiares Assalariados permanentes Trabalhadores temporários Total 13 2.398 41 12.745 23 5.902 63 9 484 2 221 7 6.075 0 0 0 0 0 0 1 6 2 0 0 0 0 16 42 27 6 6 43 23 2 8 2 8 10 7 14 5 4 5 1 1 1 2 6 1 3 1 2 9 2 6 2 4 54 22 1 15 28 88 66 1 6 3 12 40 141 91 2 20 3 25 87 54 377 60 4 0 2 15 Fonte: SEAGRI. Pesquisa direta. 3.5 Área, produção e produtividade de lavouras O milho foi cultivado por 3.666 produtores em 2001, com área total plantada de 7.851,62 ha, 19,8% dos quais não foram colhidos; a área colhida é mais do que o dobro da divulgada na PAM/IBGE. Apenas três informantes, responsáveis por 4,63 ha, declararam que as áreas eram irrigadas. As lavouras eram basicamente consorciadas, com a área solteira representando somente 3,0% do total. Da produção obtida, 27,2 mil sc. 60kg, 31,8% foram vendidos, indicando uma 18 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 importante parcela de produção para subsistência. A produtividade foi de 259,23 kg/ha, 42,4% menor do que a da PAM/IBGE (Tabela 5). A área plantada com feijão atingiu 8.007,61 ha, cultivada por 3.731 informantes. A área colhida representou 95,1% do total, portanto, com perdas menores do que as do milho. As áreas irrigadas ou solteiras também representavam parcelas diminutas da área total. Um percentual de 43,3% da produção foi vendida e a produtividade de 273,61 kg/ha representa 91,2% da divulgada na PAM/IBGE. Assim, como no caso do milho, a área cadastrada de feijão é o dobro da existente na PAM/IBGE. O caju apareceu como a terceira lavoura em termos de área total cultivada, apesar dos problemas de falha de informação referidos no item 2.1. A área informada representa a metade da presente na PAM/IBGE, o rendimento obtido, 183,93 kg/ha de castanha, é 8% menor do que o dessa outra fonte. No caso da castanha, 82,2% da produção total foi declarada como vendida. A quarta maior lavoura informada foi a mandioca, com 712,22 ha, 66% da qual declarada como colhida. Assim como no caju, a área cadastrada é inferior a apresentada na PAM/IBGE. Entretanto, deve-se destacar que o IBGE reduziu o dado referente a mandioca, em 2001, em 20% com relação aos dos dois anos anteriores. O percentual vendido da produção atingiu 49,8% e o rendimento obtido, 15.580,31 kg/ha, é ligeiramente superior ao da PAM/IBGE. As demais lavouras informadas - manga, abóbora, coco, tomate, maracujá, cana, fumo, banana e laranja - apresentaram áreas inferiores a 20 ha, e a maioria delas sequer é relacionada na PAM/IBGE, como existente no município de Ribeira do Pombal. Saliente-se, entretanto, que se optou por digitar os dados apenas das quatro principais lavouras de cada informante, o que pode ter levado a desconsiderar algumas áreas dessas lavouras menos importantes. 3.6 Efetivo e características do rebanho bovino O total de animais no rebanho bovino somou 22.561 animais, de acordo com os dados de 1.837 informantes, predominando fêmeas com mais de dois anos de idade (40,0% do rebanho). Os animais enviados ao abate em 2001 (3.064) apresentaram peso médio de 12,4 @ e a produção de leite declarada somou cerca de 17,7 milhões de litros (Tabela 6). Como a ênfase do cadastro é a agricultura familiar, é possível que tenha ocorrido alguma subestimação, uma vez que não havia uma motivação maior para os produtores de propriedades dos estratos maiores prestarem informações. Feita 19 20 Fonte: SEAGRI. Pesquisa direta. Milho - informantes soma Feijão - informantes soma Cajú (castanha) - informantes soma Mandioca - informantes soma Manga - informantes soma Abóbora - informantes soma Coco - informantes soma Tomate - informantes soma Maracujá - informantes soma Cana - informantes soma Fumo - informantes soma Banana - informantes soma Laranja - informantes soma Lavoura 3.666 7.851,62 3.731 8.007,61 969 1.776,34 806 712,22 24 18,48 5 17,28 8 15,86 2 5,03 4 2,61 1 2,50 1 0,45 7 0,45 1 1,00 plantada 3.153 6.296,67 3.669 7.613,95 883 1.603,24 564 469,72 19 16,67 4 16,98 5 6,21 2 5,03 3 1,61 1 2,50 1 0,45 4 0,33 4 0,33 1 0,30 1 6,00 1 2,00 3 4,63 3 31,21 5 2,02 8 4,67 Área (ha) colhida irrigada 82 231,74 119 273,86 276 341,99 647 553,56 10 10,02 3 14,88 4 12,55 1 2,00 1 0,30 1 2,50 1 0,45 solteira 3.153 27.204,58 3.669 34.720,46 883 294.886,00 564 146.366,00 19 5.172,00 4 37.700,00 5 27.050,00 2 264.015,00 3 720,00 1 300.000,00 1 200,00 4 44,00 total cachos kg 120.000,00 kg 1 150,00 133,33 4.355,88 310,26 311,60 273,61 4,56 444,44 52.488,07 2.220,26 15.580,13 183,93 259,23 4,32 447,20 unidade Produtividade un/ha kg/ha 839 8.645,29 sc.60kg 1.343 15.022,80 sc.60kg 853 242.467,30 kg 283 72.844,00 sc.50kg 13 5.054,00 cento 4 22.700,00 kg 5 26.830,00 unidade 2 264.000,00 kg 3 720,00 kg Produção vendida Tabela 5 - Área, produção e produtividade de lavouras, município de Ribeira do Pombal, Estado da Bahia, 2001 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI 21 14 2 12 4 82 7 Fêmeas com 12 a 24 meses de idade - número atual vendidos em 2001 Machos c/ mais de 24 meses de idade-número atual vendidos em 2001 Fêmeas c/ mais de 24 meses de idade-número atual vendidos em 2001 Fonte: SEAGRI. Pesquisa direta. Produção de leite em 2001 (mil l) Existência de reserva estratégica alimentar 762 8 32 386,0 12,1 4 3 Machos com 12 a 24 meses de idade - número atual vendidos em 2001 Bovinos vendidos para abate em 2001 - número peso total (@) peso médio (@) 38 1 Fêmeas com 4 a 12 meses de idade - número atual vendidos em 2001 208 19 28 1 Machos com 4 a 12 meses de idade - número atual vendidos em 2001 total de vendidos em 2001 16 1 Fêmeas com até 4 meses de idade - número atual vendidos em 2001 Total atual de bovinos 80 14 0 até 1 Informantes Machos com até 4 meses de idade - número atual vendidos em 2001 Discriminação 559 15 42 506,0 12,0 370 42 162 15 29 10 24 3 25 8 32 2 51 4 26 0 122 21 0 1a2 3.104 69 176 2.145,0 12,2 1.473 162 621 63 99 43 154 9 79 18 167 19 178 6 93 3 304 82 1 2a5 1.847 82 409 4.992,6 12,2 2.637 279 1.171 90 184 61 252 20 189 55 245 12 244 25 197 11 388 155 5 5 a 10 1.783 109 612 7.515,1 12,3 4.000 496 1.564 158 438 161 417 45 313 71 361 12 430 38 240 9 360 237 2 10 a 20 Estratos de Área Total (hectares) 2.958 145 992 12.174,8 12,3 5.863 662 2.299 262 627 188 657 62 481 101 558 5 515 32 369 1 387 357 11 20 a 50 1.833 44 288 3.650,5 12,7 3.020 201 1.179 78 311 74 440 14 268 29 254 0 280 4 148 2 104 140 0 50 a 100 Tabela 6 - Efetivos e características do rebanho bovino, município de Ribeira do Pombal, Estado da Bahia, 2001 422 8 83 953,0 11,5 960 87 402 20 64 2 87 3 90 42 59 0 75 20 60 0 19 123 0 471 10 127 1.662,0 13,1 915 150 352 20 53 53 168 40 137 18 26 12 51 7 61 0 21 67 0 2.966 9 255 3.497,0 13,7 1.837 187 708 22 107 78 358 11 328 58 123 14 95 4 61 0 19 57 0 100 a 120 120 a 200 200 a 500 935 5 26 312,0 12,0 1.127 487 429 218 47 110 165 28 195 131 121 0 117 0 23 0 7 30 0 35 8 22 292,0 13,3 151 22 57 9 9 9 7 0 25 1 18 0 11 0 11 0 26 13 0 500 a 1.000indefinido Total 17.675 512 3.064 38.086 12,4 22.561 2.794 9.026 962 1.980 793 2.743 237 2.134 535 2.002 77 2.075 141 1.305 27 1.837 1.296 19 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI essa ressalva, os dados mostram que os informantes com áreas até 120 hectares representavam 96,0% do número, concentravam 82,1% do rebanho bovino e responderam por 86,0% dos animais enviados ao abate, com peso médio praticamente igual ao dos produtores de estratos maiores. A existência de reserva estratégica alimentar foi declarada por 27,9% dos informantes, e percebe-se certa concentração dessa prática nos estratos maiores. 3.7 Efetivo e características de outros rebanhos O total de caprinos dos informantes cadastrados somou 974 animais, com vendas de 251 animais em 2001. Os produtores com áreas até 120 hectares representavam 71,8% dos criadores e 45,2% do rebanho. A existência de reserva estratégica alimentar foi relatada por 14 informantes (19,7% do total) (Tabela 7). O número de aves somava 49 mil e as vendas em 2001 atingiram 8 mil animais. Os informantes relataram também a venda de 61,5 mil dúzias de ovos. É clara a concentração dessa exploração em propriedades familiares, já que os produtores de estratos até 120 hectares respondiam por 93,0 do total de animais. O rebanho ovino totalizava 9.618 animais, com vendas declaradas de 3.771 cabeças em 2001. Os produtores com áreas até 120 ha mantinham 82,2% do rebanho. Também o rebanho suíno estava concentrado nos produtores familiares, que representavam mais de 96% dos criadores e do total do rebanho. Os informantes declararam a venda de 4.632 animais em 2001, com peso médio de 3,5 @. É interessante destacar que, na região, os pequenos produtores costumam vender o “bacurinho”, animal que pesa entre 1 e 2 @, e os suinocultores mais especializados vendem animais que pesam ao redor de 10 @. 3.8 Tecnologia empregada na lavoura de milho As informações consolidadas, por estrato, sobre tecnologia empregada informantes e áreas - estão detalhadas na Tabela 8. Em alguns casos, produtores que plantaram em mais de uma área informaram distintas tecnologias, havendo estratos em que a soma das áreas sob as diversas possibilidades cobertas ultrapassa a área total plantada, presente na Tabela 1. Nos comentários que se seguem, tomou-se como área total-base para aração e gradeação, plantio e colheita, a soma das distintas possibilidades existentes para cada uma dessas operações no 22 23 número atual vendidos em 2001 peso total (@) peso médio (@) número atual vendidos em 2001 número atual vendidos em 2001 ovos vendidos em 2001 (dz) Fonte: SEAGRI. Pesquisa direta. Suínos - Informantes Ovinos - Informantes Aves - Informantes Caprinos - Informantes Machos com até 4 meses de idade - número atual vendidos em 2001 Fêmeas com até 4 meses de idade - número atual vendidos em 2001 Machos c/ mais de 4 meses de idade - número atual vendidos em 2001 Fêmeas c/ mais de 4 meses de idade - número atual vendidos em 2001 Matrizes - número atual vendidos em 2001 Reprodutores - número atual vendidos em 2001 Total atual de caprinos total de vendidos em 2001 Existência de reserva estratégica alimentar Discriminação 209 568 410 1.302 3,2 56 284 54 664 6.774 474 5.096 9 2 0 0 0 1 1 11 5 6 0 2 1 22 7 0 até 1 182 372 287 564 2,0 67 288 46 500 5.632 619 8.362 5 3 0 2 2 3 3 5 0 6 0 0 0 19 5 0 1a2 251 920 1.338 5.465 4,1 136 839 221 557 7.657 1.217 8.066 10 5 2 4 1 9 1 8 2 17 0 2 2 45 8 0 2a5 195 684 482 1.175 2,4 127 1.090 350 399 6.404 1.731 6.344 7 2 0 9 0 5 1 6 2 16 0 5 12 43 15 2 5 a 10 151 533 760 2.549 3,4 115 1.259 590 351 6.742 729 6.464 11 13 0 12 0 5 2 8 0 30 0 7 8 75 10 4 10 a 20 132 1.158 773 3.310 4,3 159 2.268 662 327 9.919 2.471 11.797 20 19 5 14 3 19 3 41 2 67 0 13 19 173 32 3 20 a 50 33 340 296 850 2,9 56 1.380 532 70 3.322 255 14.316 2 5 0 0 0 2 0 0 6 13 0 6 0 26 6 2 50 a 100 7 76 125 531 4,2 9 496 382 11 215 39 438 1 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 2 0 37 0 1 1 2 7 35 5,0 16 963 538 14 587 350 0 2 45 5 95 5 75 50 80 80 200 0 6 10 501 150 1 0,0 1 12 10 10 490 182 13 436 16 0 1 0 0 1 0 5 0 4 10 16 0 1 0 27 10 0 1 5 8 24 3,0 5 94 95 2 150 50 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 8 0 43 137 136 450 3,3 24 167 119 115 1.223 148 642 2 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 6 0 1 100 a 120 120 a 200 200 a 500 500 a 1.000 indefinido Estratos de Área Total (hectares) Tabela 7 - Efetivos e características de outros rebanhos, município de Ribeira do Pombal, Estado da Bahia, 2001 1.206 4.807 4.632 16.256 3,5 780 9.618 3.771 3.023 49.061 8.099 61.525 71 94 12 137 11 124 61 163 107 412 0 44 60 974 251 14 Total SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI questionário. Para adubação, inseticidas e herbicidas, a base de cálculo dos percentuais foi o valor máximo encontrado em cada estrato nas três operações anteriormente citadas. O número máximo de informantes nessa parte do questionário foi de 3.868 produtores. O procedimento adotado no cálculo dos percentuais abaixo equivale a considerar que os não-respondentes adotam tecnologias de produção iguais às dos informantes. Tração motorizada alugada é a mais empregada nas operações de aração e gradeação, cobrindo 44,3% da área plantada e prevalecendo nos estratos de 5 a 120 ha, e de 200 a 500 ha. A área arada e gradeada com tração animal própria atingiu 21,1% do total e é percentualmente mais importante nos estratos de áreas entre 5 e 50 ha. Tração animal alugada foi informada em 28,1% da área, destacando-se nos estratos de áreas até 2 ha, e de 120 a 200 ha, em que é predominante, e também no de áreas entre 2 e 5 ha, onde é a segunda prática do grupo aração e gradeação. No estrato de áreas superiores a 1000 ha destaca-se o uso de tração motorizada própria, utilizada em 70,7% da área. As operações de plantio foram realizadas, na quase totalidade da área (91,3%), manualmente (incluindo o uso de plantadeira manual). O uso de equipamento motorizado, próprio ou alugado, nas operações de plantio, teve importância relativa apenas nos estratos de áreas entre 120 e 200 ha, e de 200 a 500 ha, onde representou, respectivamente, 33,5% e 26,5% das áreas. A colheita do milho foi efetuada manualmente em 88,2% da área total. Colheita manual com auxílio de equipamento motorizado próprio apareceu com certa importância nos estratos com áreas entre 50 e 120 ha, enquanto que colheita manual com auxílio de equipamento motorizado alugado foi utilizada com algum destaque nos estratos com áreas totais entre 2 e 50 ha, e no estrato de áreas entre 120 e 200 ha. É interessante observar que colheita com uso de colheitadeira própria foi efetuada em 23,7% das áreas do estrato de áreas entre 200 e 500 ha. Adubação química no plantio foi realizada em cerca de 24,4% da área plantada com milho, destacando-se os estratos com área total acima de 20 ha, cujos percentuais foram superiores à média geral. Adubação química em cobertura (4,5% da área plantada) e adubação orgânica (1,4% da área plantada) eram práticas bem menos utilizadas. Cerca de 29,6% da área plantada com milho recebeu algum tipo de tratamento com inseticidas, prática mais comum nos estratos de áreas acima de 10 ha. Já herbicidas quase não foram aplicados (0,6% da área plantada), com certa importância apenas no estrato de áreas entre 200 e 500 ha (utilizados em 8,0% da área). 24 25 - Herbicidas Fonte: SEAGRI. Pesquisa direta. - Inseticidas informantes área informantes área 4 2,72 203 140,72 164 116,57 62 47,64 13 10,04 informantes área química em cobertura - informantes área orgânica - informantes área Adubação - química no plantio - 961 666,37 4 3,10 20 19,00 0 0,00 5 1,60 informantes área manualmente c/ aux. equip. motorizado próprio - informantes área manualmente c/ aux. equip. motorizado alugado - informantes área com uso de colheitadeira própria - informantes área com uso de colheitadeira alugada - informantes área - 969 679,12 6 6,52 2 1,21 1 1,80 7 4,64 Plantio: ef. manualmente (inclui plantadeira manual)-informantes área com equipamento à tração animal própria - informantes área com equipamento à tração animal alugada - informantes área com equipamento motorizado próprio - informantes área com equipamento motorizado alugado - informantes área Colheita: efetuada manualmente 77 63,67 668 440,59 8 5,14 226 171,26 até 1 informantes área com tração animal alugada - informantes área com tração motorizada própria - informantes área com tração motorizada alugada área Aração e gradeação: com tração animal própria - Operação / tecnologia 2 2,10 168 195,86 135 162,69 31 41,04 11 10,37 650 770,24 9 13,83 27 36,38 0 0,00 5 8,40 682 814,33 3 5,43 1 0,60 4 4,11 10 14,15 88 106,95 371 422,48 5 5,01 221 284,28 1a2 4 1,81 186 299,24 145 198,94 33 45,08 13 13,37 635 1.035,00 9 18,72 43 103,20 1 3,00 4 4,10 670 1.123,92 5 4,02 2 1,91 1 2,00 7 14,06 155 273,92 291 396,70 8 6,00 232 472,30 2a5 4 3,32 131 228,30 113 184,86 28 39,44 8 12,85 416 803,07 5 10,62 25 96,69 0 0,00 0 0,00 443 902,40 3 2,70 3 5,22 0 0,00 4 9,02 141 300,88 145 206,09 9 18,63 154 376,94 5 a 10 1 4,54 115 355,99 110 251,26 27 41,43 8 17,93 353 945,56 5 57,95 17 127,40 0 0,00 0 0,00 374 1.057,08 4 52,24 1 6,00 2 7,57 5 55,79 140 372,78 93 202,90 4 63,71 164 545,78 10 a 20 Estratos de Área Total (hectares) Tabela 8 - Tecnologia empregada na lavoura de milho, município de Ribeira do Pombal, Estado da Bahia, 2001 3 5,11 122 505,11 118 506,37 30 96,62 10 37,84 336 1.283,25 9 37,18 23 140,59 1 3,02 0 0,00 351 1.315,42 3 2,73 3 22,20 4 80,69 9 47,21 101 365,04 70 197,20 21 141,01 205 900,34 20 a 50 0 0,00 38 281,01 33 202,29 7 36,40 2 6,05 73 527,58 7 69,89 4 13,26 0 0,00 0 0,00 76 534,74 2 18,13 3 30,26 5 43,20 5 34,40 16 86,71 20 125,93 8 72,02 45 342,92 50 a 100 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI 3.9 Tecnologia empregada na lavoura de feijão O número máximo de informantes sobre tecnologia empregada na cultura do feijão foi de 3.898 produtores. As informações consolidadas, por estrato, estão na Tabela 9. Na discussão abaixo, foram seguidos os critérios descritos no item anterior, e os resultados, como esperado, são consistentes com os verificados para o milho. Nas operações de aração e gradeação destacou-se o uso de tração motorizada alugada, empregada em 42,6% da área plantada e prevalecendo nos estratos de 5 a 120 ha e de 200 a 500 ha. Tração animal própria foi utilizada em 20,7% da área plantada com feijão e é percentualmente mais importante nos estratos de áreas entre 5 e 50 ha. Tração animal alugada foi empregada em 28,7% da área, com destaque nos estratos de áreas até 5 ha e de 120 a 200 ha. Nesse último estrato era a prática predominante. No estrato de áreas superiores a 1000 ha, destaca-se, novamente, o uso de tração motorizada própria, utilizada em 70,7% da área. O plantio foi efetuado manualmente (incluindo o uso de plantadeira manual) na quase totalidade da área (90,2%) e o uso de equipamento motorizado, próprio ou alugado, também teve importância relativa nos estratos de áreas entre 120 e 200 ha, e de 200 a 500 ha, onde representou 38,6% e 27,6% das áreas, respectivamente. A colheita foi efetuada manualmente em 88,9% da área colhida de feijão e a colheita manual com auxílio de equipamento motorizado próprio teve importância também nos estratos com áreas entre 50 e 120 ha, enquanto que colheita manual com auxílio de equipamento motorizado alugado apareceu também com destaque nos estratos com áreas totais entre 2 e 50 ha. A colheitadeira própria foi utilizada em 24,7% das áreas do estrato de áreas entre 200 e 500 ha. Adubos químicos no plantio foram aplicados em cerca de 24,7% da área plantada com feijão, destacando-se os estratos com área total acima de 20 ha, com percentuais superiores à média geral. Adubação química em cobertura (4,2% da área plantada) e adubação orgânica (1,6% da área plantada) eram práticas raramente utilizadas. Inseticidas foram aplicados em cerca de 29,9% da área plantada com feijão, com percentuais maiores nos estratos de áreas acima de 10 ha. Herbicidas foram aplicados somente em 0,5% da área plantada, destacando-se o estrato de áreas totais entre 200 e 500 ha, em que os informantes relataram o uso em 8,2% da área. 26 27 Fonte: SEAGRI. Pesquisa direta. Aração e gradeação: com tração animal própria - informantes área com tração animal alugada - informantes área com tração motorizada própria - informantes área com tração motorizada alugada área Plantio: ef. manualmente (inclui plantadeira manual)-informantes área com equipamento à tração animal própria - informantes área com equipamento à tração animal alugada - informantes área com equipamento motorizado próprio - informantes área com equipamento motorizado alugado - informantes área Colheita: efetuada manualmente informantes área manualmente c/ aux. equip. motorizado próprio - informantes área manualmente c/aux. equip. motorizado alugado - informantes área com uso de colheitadeira própria - informantes área com uso de colheitadeira alugada - informantes área Adubação - química no plantio informantes área química em cobertura - informantes área orgânica - informantes área Inseticidas informantes área Herbicidas informantes área Operação / tecnologia 76 63,96 674 516,84 11 6,80 233 185,81 972 762,57 6 6,06 2 1,21 1 1,80 7 4,64 970 754,74 5 2,21 20 19,01 1 0,61 6 4,21 165 117,36 60 47,42 13 10,04 203 199,39 4 2,72 até 1 2a5 91 160 112,50 255,84 367 290 420,11 404,65 8 11 7,83 13,47 222 231 288,11 473,20 681 671 823,42 1.113,50 3 4 4,83 3,72 1 2 0,60 1,91 3 2 2,60 3,21 10 7 14,15 14,06 653 630 782,15 1.010,30 9 9 12,83 18,72 26 41 36,69 100,57 0 1 0,00 3,00 6 4 9,40 4,10 134 145 164,33 200,39 32 32 42,24 40,54 10 13 10,37 9,77 167 186 196,47 305,50 2 6 2,10 6,74 1a2 143 307,19 144 207,90 9 18,65 158 389,30 443 895,13 2 3,50 3 5,22 0 0,00 4 9,02 418 803,34 5 10,62 25 97,69 0 0,00 0 0,00 111 180,42 28 39,44 10 17,35 131 230,42 3 3,02 5 a 10 17 98,71 20 124,42 7 112,02 45 376,92 75 533,24 2 18,13 2 24,20 5 55,20 5 34,40 73 532,07 6 6,00 4 4,00 0 0,00 0 0,00 32 208,29 6 36,90 2 12,05 37 281,51 0 0,00 50 a 100 1 12,00 2 16,65 4 36,15 9 81,85 12 110,75 0 0,00 0 0,00 1 10,00 0 0,00 11 92,90 3 31,15 0 0,00 0 0,00 1 5,00 8 67,50 1 10,00 0 0,00 7 72,00 0 0,00 100 a 120 2 19,57 6 172,69 3 97,00 3 74,00 8 186,79 1 30,00 0 0,00 3 97,00 1 39,00 10 267,79 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 3 111,00 1 1,00 0 0,00 6 85,18 0 0,00 120 a 200 Estratos de Área Total (hectares) 20 a 50 139 99 368,25 378,75 93 71 234,17 192,11 5 24 66,71 165,35 164 205 467,25 947,77 374 354 979,21 1.361,17 4 3 52,24 11,17 0 4 0,00 26,20 2 4 7,54 80,69 5 8 83,07 63,91 352 338 868,29 1.352,71 5 9 57,95 37,18 17 23 126,80 158,71 0 0 0,00 0,00 1 2 1,51 10,89 109 117 262,13 580,24 27 30 39,33 84,92 9 11 18,23 37,85 114 122 335,68 545,18 0 3 0,00 5,11 10 a 20 Tabela 9 - Tecnologia empregada na lavoura de feijão, município de Ribeira do Pombal, Estado da Bahia, 2001 1 60,00 0 0,00 4 102,00 6 141,05 6 176,05 0 0,00 0 0,00 3 42,00 1 25,00 9 183,05 0 0,00 0 0,00 1 60,00 0 0,00 7 83,05 0 0,00 0 0,00 6 152,00 1 25,00 0 0,00 0 0,00 3 40,00 2 16,60 4 56,60 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 5 56,60 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 16,60 0 0,00 0 0,00 2 16,00 0 0,00 21 43,96 69 89,43 2 0,40 43 90,64 130 218,71 1 1,20 0 0,00 0 0,00 2 3,61 119 177,44 1 1,50 10 36,97 0 0,00 0 0,00 24 54,61 5 7,55 3 19,64 33 64,82 0 0,00 200 a 500 500 a 1.000 indefinido 750 1.720,73 1.736 2.378,97 91 666,38 1.321 3.532,50 3.730 7.217,14 26 130,85 14 59,34 24 300,04 50 290,86 3.588 6.881,38 52 178,16 166 580,44 3 63,61 20 35,11 857 2.045,92 222 349,34 71 135,30 1.014 2.484,15 19 44,69 Total SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI 4 Considerações finais A consolidação dos dados do levantamento cadastral dos estabelecimentos agrícolas de base familiar do município de Ribeira do Pombal permite destacar diversas características das explorações agrícolas do município. Inicialmente, cabe enfatizar a importância da agricultura familiar: quase 95% dos informantes, responsáveis por mais de 73% da área cadastrada, por cerca de 90% das áreas cultivadas com feijão e milho e, aproximadamente, 95% da área com mandioca. Apesar da predominância de produtores familiares, apenas 14,4% dos produtores cadastrados - 15,3% considerando apenas os estabelecimentos com até quatro módulos fiscais - declararam-se beneficiários do PRONAF. Deve-se destacar também a dificuldade de acesso a crédito através de bancos ou de outras fontes em 2001, pois apenas 5,6% dos produtores informaram haver recebido recursos desses agentes naquele ano. Outra dificuldade dos produtores do município de Ribeira do Pombal, que ficou destacada pelos dados do cadastro, é a de acesso à assistência técnica, insumo fundamental para a adoção de novas tecnologias e elevação da produtividade: somente 19% dos agricultores cadastrados declarou receber algum tipo de assistência técnica, quase que exclusivamente governamental. Nesse ponto, aparece uma diferença fundamental entre os beneficiários do PRONAF e os demais produtores, já que 95% dos produtores atingidos pelo programa informaram receber assistência técnica, 84% deles de fontes governamentais. A disponibilidade de energia elétrica em cerca de 25% dos imóveis indica também outra área com necessidade de intensificação de esforços de órgãos governamentais, que deverá melhorar as condições de vida e de possibilidades de produção dos agricultores. Também nesse caso, os indicadores de beneficiários do PRONAF são melhores, já que 31,4% deles declarou dispor de energia elétrica. Por último, entre os resultados dos dados do cadastro, cabe destacar o baixo uso de fertilizantes e defensivos nas lavouras de milho e feijão: apenas cerca de 22% dos produtores utilizaram adubação química no plantio, cerca de 6% empregaram adubação química em cobertura e menos de 30% usaram inseticidas (26% dos produtores de milho e 28% dos de feijão). Esses baixos níveis de utilização de insumos modernos refletiram-se nas baixas produtividades observadas, embora a influência de variáveis climáticas não deva ser desconsiderada. 28 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Concluindo, pode-se acrescentar que o presente levantamento deverá fornecer importante subsídio às atividades da SEAGRI, permitindo uma ação mais eficiente e melhor dirigida dos serviços de pesquisa e extensão rural, além de contribuir para o desenho de novas diretrizes de política agrícola específicas para o município e a região, inclusive na expansão do número de produtores beneficiados pelo PRONAF, que os dados revelaram ser um importante diferencial no acesso à assistência técnica. 29 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI 30 Estimação do PIB do agronegócio no estado da Bahia, 1990 a 2001 Estimação do PIB do agronegócio no estado da Bahia, 1990 a 2001 Joaquim José Martins Guilhoto* Maria Cristina Ortiz Furtuoso** Gustavo de Souza e Silva*** N este trabalho são apresentados os principais resultados da pesquisa que levou à mensuração e ao delineamento do PIB do agronegócio do estado da Bahia, desde o ano de 1990 até 2001, contextualizado no PIB da Bahia. E, ainda, uma visão geral da evolução do PIB do agronegócio na Bahia e no Brasil no período de 1990 a 2001; um estudo comparativo do PIB do agronegócio da Bahia com o das cinco macrorregiões do Brasil (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) para os anos de 1990, 1995 e 1999; e um detalhamento maior do PIB do agronegócio da Bahia para o ano de 1999, que no momento da realização da pesquisa era o ano mais recente para o qual os dados disponíveis permitiam tal análise. 1 Evolução do PIB do agronegócio da Bahia e do Brasil de 1990 a 2001 Faz-se aqui uma análise da evolução do agronegócio na Bahia e no Brasil no período de 1990 a 2001, sendo que os resultados em valores são apresentados em preços constantes de 2001. O Produto Interno Bruto (PIB) total da Bahia no ano de 2001 foi de R$51.194 milhões, registrando em relação ao ano de 1990 crescimento real de 24,39% (Tabela 1). Esse crescimento foi mais acentuado nos anos que sucederam ao Plano Real. Na década de 1990, o Estado manteve sua participação no PIB do Brasil ao redor de 4,5%. *Doutor em Economia pela University of Illinois - EUA, Professor Titular da Universidade de São Paulo, Professor do Regional Economics Applications Laboratory (REAL) da University of Illinois e Pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - CEPA/ESALQ - USP. Piracicaba, SP, Cx. Postal 9; e-mail: [email protected]. **Economista e Mestrando do Programa de Pós-graduação em Economia Aplicada da ESALQ/USP. Equipe: Cleise M. A. T. Hilgemberg; Emerson M. Hilgemberg; Fernanda S. de Camargo; Juliana S. Mori; Kerlyng Cecchini; Lana M. S. da Silva; Margarida G. de Figueiredo; Marcos Hasegawa, Ricardo L. Lopes; Umberto A. Sesso Filho. 33 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI O PIB total do agronegócio da Bahia em 2001 equivaleu a R$13.287 milhões, o que representou 25,96% do PIB total do Estado (Tabela 1 e Gráfico 1). O complexo do agronegócio baiano apresentou um desempenho altamente significativo na década de 90. Excetuando o ano de 1993, que registrou uma queda de 1,49%, todos os outros anos acusaram taxas positivas, resultando num crescimento real entre 1990 e 2001 de 52,16% (Tabela 1 e Gráfico 1). Em relação à participação do PIB do agronegócio no PIB total da região, a Tabela 1 e Gráfico 2 apresentam a sua trajetória. Como pode ser visto, sua evolução na década é altamente positiva, demonstrando uma tendência de elevação, com a sua participação na economia do Estado passando de 21,22% em 1990 para 25,96% em 2001. Para o agronegócio brasileiro as estimativas vêm confirmar a importância que este complexo tem desempenhado na economia nacional, respondendo, em média, na década de 1990, por cerca de 27% do PIB nacional. A Tabela 1 e Gráfico 2 apresentam a trajetória da participação do PIB do agronegócio do Brasil no período de 1990 a 2001. A participação do PIB do agronegócio brasileiro representou aproximadamente 28% do PIB do Brasil em 1990, sendo que apresentou oscilações durante o período, mas mantendo o patamar em torno de 28% até 1996, e nos últimos anos registrando um declínio atingindo 25,62% em 2001. Um ponto importante a se destacar é que o perfil econômico da Bahia está se alterando nos últimos anos, e isto pode ser muito bem visualizado pelo comportamento do agronegócio da região com relação ao agronegócio do Brasil. Em termos percentuais das participações do PIB do agronegócio no PIB total da região, a taxa apresentada pelo estado da Bahia se equivale a apresentada pelo Brasil, em 2001, que, com um valor do PIB do agronegócio de R$303.560 milhões, apresenta uma participação de 25,62% do PIB do seu agronegócio no PIB nacional. Os Gráficos 1 e 2 demonstram perfeitamente esse desempenho. As Tabelas 2 e 3 e o Gráfico 3 trazem a evolução do PIB do complexo do agronegócio da Bahia no período de 1990 a 2001, em termos globais, com os correspondentes segmentos a montante e a jusante. Vê-se que na Bahia em 2001, dos R$13.287 milhões gerados pelo complexo do agronegócio total, R$908 34 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Tabela 1 PIB Total e do agronegócio, Bahia e Brasil 1990 a 2001 (R$ milhões de 2001 e participações) Bahia Brasil PIB (R$ milhões de 2001) Ano Total Agronegócio Participação agronegócio no PIB (%) 8.732 8.920 9.124 8.988 9.593 9.939 10.208 11.005 11.430 12.165 13.221 13.287 21,22 22,11 22,30 21,45 22,27 22,93 22,92 23,15 23,62 24,57 26,03 25,96 41.156 40.341 40.907 41.897 43.073 43.348 44.542 47.541 48.381 49.501 50.788 51.194 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 PIB (R$ milhões de 2001) Total Agronegócio Participação agronegócio no PIB (%) 898.407 907.681 902.742 947.199 1.002.638 1.044.987 1.072.769 1.107.863 1.109.325 1.118.332 1.167.117 1.184.769 249.452 252.155 248.777 256.852 279.6 87 287.849 294.123 290.589 293.018 298.374 298.059 303.560 27,77 27,78 27,56 27,12 27,90 27,55 27,42 26,23 26,41 26,6 8 25,54 25,62 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP Gráfico 1 Evolução do PIB do agronegócio da Bahia e do PIB do agronegócio do Brasil, 1990 a 2001 (R$ milhões de 2001) Agronegócio - BA Bahia Agronegócio - BR Brasil 14.000 350.000 12.000 300.000 10.000 250.000 8.000 200.000 6.000 150.000 4.000 100.000 2.000 50.000 0 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA-USP 35 1997 1998 1999 2000 2001 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI milhões corresponderam ao setor de insumos, R$5.890 milhões representam o valor adicionado gerado pela agropecuária, R$3.032 milhões o valor do segmento da indústria de base agrícola e R$3.457 milhões correspondem ao setor de distribuição final. Assim, tem-se que em 2001, do total da produção do agronegócio baiano, 44,33% foram produzidos diretamente pelo setor rural e 55,67% são produzidos por segmentos ligados a indústria e distribuição. Com relação à participação dos componentes no PIB do agronegócio, pela Tabela 3 e Gráfico 3, observa-se que a contribuição dos insumos apresentou tendência de crescimento no período analisado, de 5,9% para 6,8%, acompanhando a tendência de crescimento registrada pela agropecuária que passou de uma participação de 37,1% no PIB do agronegócio total em 1990 para 44,3% em 2001. Com relação aos segmentos indústria de base agrícola, verificamse oscilações no período, com a sua participação percentual no complexo subindo de forma modesta de 21,1% em 1990 para 22,8% em 2001. Por sua vez, o setor de distribuição apresentou resultados declinantes ininterruptamente no período 1990 a 2001 passando de uma participação de 35,95% em 1990 para 26,02% em 2001. As Tabelas 4 e 5 mostram, em valores de 2001 e percentuais, a evolução do agronegócio brasileiro na década de 1990 assim como sua composição estrutural. Pode-se inferir por esses resultados da complexidade do ramo do agronegócio que leva a um crescente estreitamento da relação agricultura/indústria envolvendo os agentes dos setores primário (agricultura), secundário (indústria) e terciário (serviços). Vê-se que o Brasil, em 2001, contava com um complexo do agronegócio no valor de R$ 303.560 milhões, dos quais R$14.875 milhões correspondiam ao setor de insumos não agropecuários, R$85.764 milhões era o valor do setor primário, R$97.058 milhões o valor do segmento da indústria de base agrícola (agroindústria) e R$105.863 milhões corresponde ao segmento de distribuição final. Dessa forma, tem-se que em 2001, do total da produção do complexo agroindustrial brasileiro, 28,25% foram produzidos pelo campo e 71,74% por segmentos articulados indiretamente ao setor rural (Tabela 5 e Gráfico 4). Com relação à participação dos componentes no PIB do agronegócio brasileiro (Tabela 5 e Gráfico 4), no período analisado, observa-se que a contribuição dos insumos apresentou uma relativa estabilidade de participação na década de 90, com o menor percentual em 1997 (4,44%) e na média do período 4,70%. A partir de 1997 a indústria a montante registra uma tendência de 36 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Gráfico 2 Participação (%) do PIB do agronegócio da Bahia e do PIB do agronegócio do Brasil no PIB Total, 1990 a 2001 30,00 25,00 20,00 % 15,00 10,00 5,00 0,00 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA-USP 1996 1997 1998 PIB Agronegócio/PIB/BA 1999 2000 2001 PIB Agronegócio/PIB/BA elevação passando de 4,44% em 1997, para 4,90% em 2001. A agropecuária, embora tenha apresentado um recuo em 1991 (23,71%), registra uma tendência de crescimento durante a década de 90, passando de uma participação de 23,79% no complexo em 1990 para 28,25% em 2001. Com relação aos segmentos indústria de base agrícola e distribuição, a participação destes foi, respectivamente, de 31,97% e 34,87% em 2001 para o total do complexo. A tendência da indústria foi de declínio no período, passando de 36,72% em 1990 para 31,97% em 2001. A participação do segmento de distribuição manteve-se em torno de 34%. A análise da estrutura de participação dos dois grandes sub-complexos do agronegócio da Bahia, lavoura e pecuária, mostra que, em 2001, o PIB do subcomplexo do agronegócio da lavoura (R$8.950 milhões) representava 67,36% do PIB do agronegócio baiano, enquanto que o PIB do sub-complexo do agronegócio da pecuária correspondia a 32,64% (R$4.337 milhões). Esses resultados refletem a maior diversidade do setor da lavoura relativamente ao setor da pecuária (Tabela 6 e Gráfico 5). 37 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI Tabela 2 PIB do agronegócio da Bahia e dos seus segmentos 1990 a 2001 (R$ milhões de 2001) Ano Agronegócio Insumos Agropecuária Indústria Distribuição 1990 8.732 515 3.235 1.843 3.139 1991 8.920 523 3.387 1.816 3.194 1992 9.124 525 3.438 1.923 3.237 1993 8.988 511 3.311 1.979 3.187 1994 9.593 521 3.552 2.129 3.391 1995 9.939 538 3.760 2.180 3.462 1996 10.208 564 3.906 2.307 3.431 1997 11.005 663 4.547 2.393 3.402 1998 11.430 711 4.829 2.574 3.315 1999 12.165 762 5.111 2.923 3.369 2000 13.221 897 5.791 2.927 3.606 2001 13.287 908 5.890 3.032 3.457 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP Tabela 3 Participação (%) dos segmentos no PIB do agronegócio da Bahia 1990 a 2001 Ano Insumos 1990 5,90 1991 Agropecuária Indústria Distribuição 37,05 21,11 35,95 5,86 37,97 20,36 35,81 1992 5,76 37,68 21,08 35,48 1993 1994 5,68 36,84 22,02 35,46 5,43 37,03 22, 19 35,35 1995 1996 5,41 37,83 21,93 34,84 5,53 38,27 22,60 33,61 1997 6,03 41,32 21,75 30,91 1998 1999 6,22 42,25 22,52 29,01 6,26 42,01 24,03 27,70 2000 6,79 43,80 22,14 27,28 2001 6,83 44,33 22,82 26,02 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP 38 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Gráfico 3 Participação (%) dos segmentos no PIB do agronegócio da Bahia, 1990 a 2001 100% 90% 35,9 35,8 35,5 35,5 35,3 34,8 29,0 27,7 22,5 24,0 41,3 42,2 42,0 30,9 33,6 27,3 26,0 22,1 22,8 43,8 44,3 80% 70% 60% % 21,7 21,1 20,4 21,1 22,0 22,2 21,9 22,6 37,1 38,0 37,7 36,8 37,0 37,8 38,3 5,9 5,9 5,8 5,7 5,4 5,4 5,5 6,0 6,2 6,3 6,8 6,8 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 50% 40% 30% 20% 10% 0% Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA-USP Insumos Agropecuária Indústria Distribuição Tabela 4 PIB do agronegócio do Brasil e dos seus segmentos 1990 a 2001 (R$ milhões de 2001) Ano Agronegócio Insumos Agropecuária Indústria Distribuição 1990 249.452 12.050 59.333 91.605 86.464 1991 252.155 12.059 59.778 92.044 88.27 5 1992 248.777 12.016 60.662 88.136 87.963 1993 256.852 12.282 63.355 91.305 89.910 1994 279.687 12.963 74.819 98.045 93.861 1995 287.849 13.051 83.460 99.488 91.849 1996 294.123 13.131 82.807 100.067 98.119 1997 290.589 12.916 80.380 100.311 96.982 1998 293.018 13.685 83.073 95.269 100.990 1999 298.374 13.862 82.618 96.705 105.189 2000 298.059 14.282 81.909 97.694 104.174 2001 303.560 14.875 85.764 97.058 105.863 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA 39 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI Tabela 5 Participação (%) dos segmentos no PIB do agronegócio do Brasil 1990 a 2001 Ano Insumos Agropecuária Indústria Distribuição 1990 4,83 23,79 36,72 34,66 1991 4,78 23,71 36,50 35,01 1992 4,83 24,38 35,43 35,36 1993 4,78 24,67 35,55 35,00 1994 4,63 26,75 35,06 33,56 1995 4,53 28,99 34,56 31,91 1996 4,46 28,15 34,02 33,36 1997 4,44 27,66 34,52 33,37 1998 4,67 28,35 32,51 34,47 1999 4,65 27,69 32,41 35,25 2000 4,79 27,48 32,78 34,95 2001 4,90 28,25 31,97 34,87 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA Gráfico 4 Participação (%) dos segmentos no PIB do agronegócio do Brasil, 1990 a 2001 100% 90% 34,7 35,0 35,4 35,0 33,6 31,9 33,4 33,4 34,5 35,5 35,0 34,9 36,7 36,5 35,4 35,5 35,1 34,6 34,0 34,5 32,5 32,4 32,8 32,0 23,8 23,7 24,4 24,7 28,2 27,7 28,4 27,7 28,3 29,0 27,5 26,8 4,8 4,8 4,8 4,8 4,6 4,5 4,5 4,4 4,7 4,6 4,8 4,9 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 80% 70% 60% % 50% 40% 30% 20% 10% 0% Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA-USP Insumos 40 Agropecuária Indústria Distribuição Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI Tabela 6 PIB do agronegócio da Bahia, Total, lavouras e pecuária 1990 a 2001 (R$ milhões de 2001 e participações) Participação no PIB do agronegócio (%) PIB do agronegócio (R$ milhões) Ano Total Lavouras Pecuária Lavouras Pecuária 1990 8.732 6.069 2.663 69,51 30,49 1991 8.920 6.482 2.439 72,66 27,34 1992 9.124 6.433 2.691 70,50 29,50 1993 8.988 6.379 2.609 70,97 29,03 1994 9.593 7.340 2.252 76,52 23,48 1995 9.939 7.172 2.768 72,15 27,85 1996 10.208 7. 410 2.798 72,59 27,41 1997 11.005 8.178 2.827 74,31 25,69 1998 11.430 8.369 3.061 73,22 26,78 1999 12.165 8.883 3.281 73,02 26,98 2000 13.221 8.971 4.250 67,85 32,15 2001 13.287 8.950 4.337 67,36 32,64 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP Gráfico 5 Participação (%) do PIB da lavoura e da pecuária no PIB do agronegócio da Bahia, 1990 a 2001 100,00 90,00 30,5 27,3 23,5 29,5 29,0 70,5 71,0 27,8 27,4 25,7 26,8 27,0 32,1 32,6 67,9 67,4 80,00 70,00 60,00 % 50,00 40,00 69,5 72,7 76,5 72,2 72,6 74,3 73,2 73,0 30,00 20,00 10,00 0,00 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 Agronegócio - Lavouras Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA-USP 42 1999 2000 Agronegócio - Pecuária 2001 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 As Tabelas 7 e 8 e o Gráfico 6 apresentam os resultados para o PIB do agronegócio da lavoura. Do PIB de R$8.950 milhões apresentado por este complexo em 2001, R$582 milhões se referem aos insumos, R$3.717 milhões à lavoura, R$ 2.502 milhões à indústria e R$ 2.149 milhões à distribuição. A longo do período, observa-se o crescimento dos segmentos de insumos, passando de 5,75% em 1990 para 6,50% em 2001. A participação da lavoura aumentou de 35,83% para 41,53% no mesmo período, seguidos pelo crescimento da participação da indústria de 24,76% para 27,96%. O crescimento observado neste três segmentos se reflete na queda da participação do setor de distribuição que vai de 33,67% para 24,01%. Tabela 7 PIB do agronegócio da lavoura da Bahia e dos seus segmentos, 1990 a 2001 (R$ milhões de 2001) Ano Agronegócio Insumos Lavoura 1990 6.069 348 2.175 1.503 2.044 1991 6.482 352 2.443 1.4 97 2.190 1992 6.433 360 2.446 1.588 2.038 1993 6.379 360 2.358 1.640 2.020 1994 7.340 347 2.822 1.823 2.347 1995 7.172 416 2.672 1.816 2.268 1996 7.410 394 2.787 1.950 2.279 1997 8.178 410 3.501 2.043 2.223 1998 8.369 469 3.550 2.167 2.183 1999 8.883 475 .676 2.489 2.242 2000 8.971 537 3.775 2.409 2.249 2001 8.950 582 3.717 2.502 2.149 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP 43 Indústria Distribuição Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI Tabela 8 Participação (%) dos segmentos no PIB do agronegócio da lavoura da Bahia 1990 a 2001 Ano Insumos Lavoura Indústria Distribuição 1990 5,74 35,83 24,76 33,67 1991 5,44 37,69 23,10 33,78 1992 5,59 38,03 24,69 31,69 1993 5,65 36,97 25,71 31,67 1994 4,73 38,45 24,84 31,98 1995 5,80 37,27 25,32 31,62 1996 5,31 37,61 26,32 30,76 1997 5,02 42,81 24,98 27,19 1998 5,60 42,42 25,89 26,09 1999 5,35 41,38 28,02 25,24 2000 5,99 42,09 26,85 25,07 2001 6,50 41,53 27,96 24,01 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP Gráfico 6 Participação (%) dos segmentos no PIB do agronegócio da lavoura da Bahia, 1990 a 2001 100,00 90,00 27,2 26,1 25,2 25,1 24,0 25,0 25,9 28,0 26,9 28,0 42,8 42,4 41,4 42,1 41,5 5,3 5,0 5,6 5,4 6,0 6,5 1996 1997 1998 1999 31,7 31,7 32,0 31,6 30,8 24,7 25,7 24,8 25,3 26,3 37,7 38,0 37,0 38,5 37,3 37,6 5,7 5,4 5,6 5,6 4,7 5,8 1990 1991 1992 1993 1994 1995 33,7 33,8 24,8 23,1 35,8 80,00 70,00 60,00 % 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 Insumos Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA-USP 44 Agropecuária 2000 Indústria 2001 Distribuição SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Em 2001 o PIB do agronegócio da pecuária na Bahia foi de R$4.337 milhões, divididos em R$326 milhões de insumos, R$2.173 milhões da pecuária, R$530 milhões da indústria, e R$1.308 milhões da distribuição (Tabela 9). Em termos de participações dentro do segmento da pecuária (Tabela 10 e Gráfico 7), observa-se um ganho no segmento de insumos (de 6,26% em 1990 para 7,52% em 2001) e da pecuária (de 39,83% em 1990 para 50,09% em 2001). Por sua vez a participação do segmento da indústria oscila entre 12% e 13% e o da distribuição cai de 41,12% para 30,17%. Relativamente ao complexo da lavoura observa-se na pecuária uma participação menor do segmento de transformação. Tabela 9 PIB do agronegócio da pecuária da Bahia e dos seus segmentos 1990 a 2001 (R$ milhões de 2001) Ano Agronegócio Insumos Pecuária Indústria Distribuição 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2.663 2.439 2.691 2.609 2.252 2.768 2.798 2.827 3.061 3.281 4.250 4.337 167 170 165 151 173 122 170 253 243 286 360 326 1.061 944 992 952 730 1.087 1.120 1.046 1.279 1.435 2.015 2.173 341 319 335 339 306 364 356 350 407 434 518 530 1.095 1.005 1.199 1.167 1.043 1.195 1.152 1.178 1.132 1.127 1.357 1.308 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA 45 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI Tabela 10 Participação (%) dos segmentos no PIB do agronegócio da pecuária da Bahia 1990 a 2001 Ano Insumos Pecuária Indústria Distribuição 1990 6,26 39,83 12,79 41,12 1991 6,99 38,72 13,09 41,20 1992 6,15 36,84 12,45 44,55 1993 5,77 36,51 12,99 44,73 1994 7,70 32,41 13,57 46,33 19 95 4,40 39,28 13,15 43,17 1996 6,09 40,01 12,73 41,16 1997 8,94 36,99 12,39 41,69 1998 7,92 41,79 13,29 36,99 1999 8,73 43,72 13,21 34,34 2000 8,47 47,42 12,18 31,93 2001 7,52 50,09 12,23 30,17 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP Gráfico 7 Participação (%) dos segmentos no PIB do agronegócio da pecuária da Bahia, 1990 a 2001 100,00 90,00 80,00 41,1 41,2 44,6 44,7 46,3 43,2 37,0 41,2 34,3 31,9 30,2 41,7 70,00 12,2 12,2 13,2 60,00 13,3 12,8 12,7 13,1 12,5 50,00 13,0 % 12,4 13,2 13,6 40,00 30,00 39,8 38,7 36,8 36,5 32,4 39,3 37,0 40,0 41,8 43,7 47,4 50,1 20,00 10,00 6,3 7,0 6,1 5,8 7,7 1990 1991 1992 1993 1994 4,4 6,1 1995 1996 8,9 7,9 8,7 8,5 7,5 1997 1998 1999 2000 2001 0,00 Insumos Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA-USP 46 Agropecuária Indústria Distribuição SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 2 Estrutura do agronegócio em 1990, 1995 e 1999 As Tabelas 11 e 12 mostram informações para o PIB total e do agronegócio para a Bahia e as regiões estudadas (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) e o total do Brasil, em 1990, 199, e 1999, em valores constantes de 2001 e em participação. Tomando-se como base o ano de 1999, observa-se que a região Sudeste responde pela maior participação no PIB do Brasil, com 57,18%, seguida pela região Sul, com 17,63%. O estado da Bahia responde por 4,43% dos R$1.118.332 milhões do PIB brasileiro, enquanto a participação do Nordeste é de 12,30%. As regiões Norte e Centro-Oeste participam respectivamente com 4,27% e 8,61% (Tabela 11). Para 1990, as estatísticas mostram que o PIB do agronegócio da Bahia tem uma participação de 3,50% no PIB do agronegócio do Brasil. Por sua vez, no mesmo ano, o PIB total da Bahia correspondeu a 4,58% do PIB nacional. A região Nordeste apresenta taxas de 13,31% e 13,18%, respectivamente. A maior participação relativa é a da região Sudeste com respectivamente, 48,82% e 59,33% (Tabelas 11 e 12). Em 1990, em termos de valores percentuais, a participação do PIB do agronegócio da Bahia no PIB total da região é de 21,22%, enquanto o Brasil, com um valor do PIB do agronegócio de R$249.452 milhões, apresenta uma participação de 27,77% no seu PIB total. Em contrapartida, a participação do PIB do agronegócio da região Nordeste no PIB da região, apresenta um percentual de 28,05%. A participação do Centro-Oeste é de 29,26%, enquanto que a região Norte apresenta uma participação de 25,85%. A região Sul, com 44,74%, é a região para a qual o agronegócio tem a maior importância. No período de 1990 a 1999, o agronegócio perde participação no Brasil como um todo e nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Por sua vez, ganha participação na Bahia, nas regiões Norte e Centro-Oeste (Tabela 12 e Gráfico 8). 47 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI Tabela 11 PIB da Bahia e das macrorregiões do Brasil, 1990, 1995 e 1999 R$ milhões de 2001 e participação (%) PIB da região (R$ milhões de 2001) 1990 Bahia Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil 1995 41.156 43.348 40.211 45.185 118.408 130.614 54.469 84.097 533.056 596.523 152.263 188.567 898.407 1.044.987 Participação (%) no PIB do Brasil 1999 1990 1995 1999 49.501 47.779 137.595 96.310 639.490 197.159 1.118.332 4,58 4,48 13,18 6,06 59,33 16,95 100,00 4,15 4,32 12,50 8,05 57,08 18,04 100,00 4,43 4,27 12,30 8,61 57,18 17,63 100,00 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP Tabela 12 PIB do agronegócio da Bahia e das macrorregiões do Brasil 1990, 1995 e 1999 - R$ milhões de 2001 e participação (%) PIB do agronegócio (R$ milhões de 2001) Participação (%) no PIB da região 1990 1995 1999 1990 1995 1999 Bahia 8.732 9.939 12.165 21,22 22,93 24,57 Norte 10.394 10.474 15.782 25,85 23,18 33,03 Nordeste 33.208 34.469 35.806 28,05 26,39 26,02 Centro -Oeste 15.940 25.007 29.030 29,26 29,74 30,14 121.794 134.458 136.523 22,85 22,54 21,35 68.116 83 .441 81.486 44,74 44,25 41,33 249.452 287.849 298.627 27,77 27,55 26,70 Sudeste Sul Brasil Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP Através da análise da composição do agronegócio é possível perceber a diferença entre as estruturas produtivas das regiões, mostrando que cada uma delas funciona de uma maneira própria, refletindo a sua realidade produtiva vinculada ao seu grau de desenvolvimento, sua tendência histórica e suas vocações econômicas. 48 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Gráfico 8 PIB do agronegócio da Bahia e das macrorregiões do Brasil, 1990, 1995 e 1999 Participação (%) no PIB Total da região 45,00 40,00 35,00 PIB do agroneg 30,00 Gr fico 8 cio da Bahia e das macrorregi es do Brasil, 1990, 1995 e 1999 Participa o (%) no PIB Total da regi o % 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 Bahia Norte Nordeste Centro Oeste Sudeste Sul 1990 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA-USP Brasil 1995 1999 Na Tabela 13, observa-se que do total do PIB do agronegócio, a maior participação se encontra na região Sudeste, com 45,72% dos R$298.627 milhões gerados em 1999. Porém, esta participação não é uniforme entre os componentes do agronegócio, do PIB de R$13.864 milhões de insumos, 56,9% é gerado na região Sudeste que também concentra 52,51% dos R$96.705 milhões da indústria, e 47,26% dos R$105.441 milhões da distribuição. Contudo, a participação no PIB da agropecuária, de R$82.618 milhões, é relativamente menor, 33,92%. Os resultados refletem uma maior agregação de valor no processo produtivo da região Sudeste, enquanto caracterizam as outras regiões como produtoras de bens primários que apresentam pouca agregação de valor. Se considerarmos a participação dos componentes dentro do agronegócio das regiões, percebe-se que o setor de insumos apresenta uma participação relativa menor do que os outros componentes do complexo, entre 4% e 7%. A participação de cada um destes segmentos no agronegócio vai depender da estrutura de produção de cada região. Em 1999, para o Brasil como um todo, a agropecuária participava com 27,67%, a indústria com 32,38% e a distribuição com 35,31%. Para a Bahia, a participação maior é a da agropecuária, com 42,01%, enquanto que indústria e distribuição participavam, respectivamente, com 24,03% e 27,70% (Tabela 14 e Gráfico 9). 49 Tabela 13 PIB do agronegócio e dos seus segmentos, Bahia e macrorregiões 1990 1995 e 1999 (R$ milhões de 2001) 1990 Agropecuária - Total Insumos Agropecuária Indústria Distribuição 1995 Agropecuária - Total Insumos Agropecuária Indústria Distribuição 1999 Agropecuária - Total Insumos Agropecuária Indústria Distribuição BA N NE CO 8.732 10.394 33.208 15.940 SE 121.794 S BR 68.116 249.452 515 700 1.403 1.283 5.678 2.987 12.050 3.235 4.143 11.627 6.351 21.580 15.633 59.333 1.843 2.741 8.719 3.232 50.357 26.557 91.605 3.139 2.810 11.459 5.075 44.179 22.940 86.464 9.939 10.474 34.469 25.007 134.458 83.441 287.849 538 604 1.325 1.776 5.889 3.457 13.051 3.760 4.039 12.277 12.018 28.827 26.298 83.460 2.180 3.000 8.984 4.365 52.743 30.397 99.488 3.462 2.831 11.883 6.848 46.999 23.288 91.849 12.165 15.782 35.806 29.030 36.523 81.486 298.627 762 576 1.862 779 7.888 2.759 13.864 5.111 7.443 12.286 10.623 28.025 24.239 82.618 2.923 3.302 9.756 5.638 50.776 27.233 96.705 3.369 4.460 11.902 11.990 49.833 27.255 105.441 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP 50 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Tabela 14 PIB do agronegócio e dos seus segmentos, Bahia e macrorregiões 1990, 1995 e 1999 (participação, %). BA N NE CO SE S BR 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 10 0,00 5,90 6,73 4,23 8,05 4,66 4,38 4,83 37,05 39,86 35,01 39,84 17,72 22,95 23,79 21,11 26,37 26,25 20,27 41,35 38,99 36,72 35,95 27,04 34,51 31,84 36,27 33,68 34,66 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 5,41 5,76 3,84 7,10 4,38 4,14 4,53 37,83 38,57 35,62 48,06 21,44 31,52 28,99 21,93 28,64 26,07 17,45 39,23 36,43 34,56 34,84 27,03 34,47 27,3 34,95 27,91 31,91 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 6,26 3,65 5,20 2,68 5,78 3,39 4,64 42,01 47,16 34,31 36,59 20,53 29,75 27,67 24,03 20,92 27,25 19,42 37 ,19 33,42 32,38 27,70 28,26 33,24 41,30 36,50 33,45 35,31 1990 Agropecuária - Total Insumos Agropecuária Indústria Distribuição 1995 Agropecuária - Total Insumos Agropecuária Indústria Distribuição 1999 Agropecuária - Total Insumos Agropecuária Indústria Distribuição Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP 51 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI Gráfico 9 Participação (%) dos segmentos no PIB do agronegócio da Bahia e das macrorregiões, 1999 100,00 27,7 28,3 33,2 41,3 80,00 60,00 24,0 36,5 33,4 35,3 33,4 32,4 29,7 27,7 3,4 4,6 20,9 27,2 19,4 37,2 40,00 42,0 47,2 34,3 36,6 20,00 20,5 6,3 3,7 5,2 2,7 5,8 0,00 BA N Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA-USP NE CO Insumos SE Agropecuária S Indústria BR Distribuição 3 Estrutura do Agronegócio da Bahia em 1999 Em termos de valores, a Figura 1 e a Tabela 15 mostram a estrutura de participação dos diversos componentes do agronegócio. Pela observação da Tabela, temos que, em 1999, o PIB do agronegócio total da Bahia (R$12.165 milhões) representava aproximadamente 25% do PIB do Estado, enquanto que o PIB do agronegócio da lavoura (R$8.883 milhões) representava 17,95% do PIB do Estado e o da pecuária (R$3.281 milhões) 6,63% do PIB do Estado. O valor total do PIB do agronegócio, em cada um dos seus complexos, pode ser divido em: a) insumos; b) o próprio setor; c) processamento; e d) distribuição e serviços. Com relação a estes quatro componentes, temos que no caso da lavoura a participação destes, em 1999, são respectivamente de 5,35%, 41,38%, 28,02%, e 25,24%. Para a pecuária, os valores apresentados são 8,73%, 43,72%, 13,21%, e 34,34%. Para o complexo do agronegócio como um todo, os valores são 6,26%, 42,01%, 24,03% e 27,70% respectivamente. 52 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Do PIB do agronegócio da Bahia, em 1999, R$762 milhões correspondiam ao setor de insumos não agropecuários (1,54% do PIB total da Bahia), R$5.111 milhões correspondiam ao valor adicionado gerado pelo setor rural (10,32%), R$2.923 milhões correspondendo ao PIB do setor de processamento (5,91%) e R$3.369 milhões (6,81%) ao PIB do setor de distribuição e serviços (Tabela 15). Com relação à participação percentual, no PIB da Bahia, dos quatros principais componentes dos sub-complexos do agronegócio baiano, tem-se que no caso da lavoura a participação destes são, respectivamente, de 0,96% para o setor de insumos não agropecuários; 7,43% para o próprio setor; 5,03% para o setor de processamento; e 4,53% para o setor de distribuição final. Para o complexo da pecuária baiana, os valores apresentados são respectivamente de: 0,58%; 2,90%; 0,88%; e 2,28%. A Tabela 15 traz detalhadamente a estrutura do agronegócio do estado da Bahia. Tabela 15 PIB do agronegócio da Bahia 1999 (R$ milhões de 2001 e participação, %). R$ milhões de 2001 PIB Agronegócio Participação (%) Agronegócio Complexo PIB da BA Agropecuária - Total Insumos Agropecuária Indústria Distribuição 12.165 762 5.111 2.923 3.369 100,00 6,26 42,01 24,03 27,70 100,00 6,26 42,01 24,03 27,70 24,57 1,54 10,32 5,91 6,81 Lavoura - Total Insumos Lavoura Indústria Distribuição 8.883 475 3.676 2.489 2.242 73,02 3,91 30,22 20,46 18,43 100,00 5,35 41,38 28,02 25,24 17,95 0,96 7,43 5,03 4,53 Pecuária - Total Insumos Pecuária Indústria Distribuição 3.281 286 1.435 434 1.127 26,98 2,35 1,79 3,56 9,26 100,00 8,73 43,72 13,21 34,34 6,63 0,58 2,90 0,88 2,28 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA -USP 53 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI Insumos 5,35% Lavoura 41,38% Insumos 8,73% Pecuária 43,72% Indústria 28,02% Dist. e Serv. 25,25% Indústria 13,21% Dist. e Serv. 34,34% PIB Pecuária 26,98% PIB Lavoura 73,02% PIB Agrone 100% Ins. Pecuária 37,53% Ins. Lavoura 62,37% Pecuária 28,08% Ins. Agroneg. 6,26% Agropecuária 42,01% Lavoura 71,92% Ind. Agroneg. 24,03% Ind. Lavoura 85,15% PIB Agronegócio 100% Dist. e Serv. Lav. 66,55 % Dis. e Ser . Agroneg. 27,70% Dist. e Serv. Pec. 33,45% Ind. Pecuária 14,85% Figura 1 Representação esquemática do processo de obtenção do PIB do agronegócio da Bahia, 1999 O PIB da agropecuária baiana em 1999 representou 10,32% do produto gerado pela economia baiana (R$5.111 milhões), dos quais 7,43% representam o valor gerado pelo segmento lavouras (R$3.676 milhões) e 2,90% o valor relativo ao segmento primário pecuarista (R$1.435 milhões) (Tabela 15). Quando se parte para uma análise mais detalhada da agropecuária, desagregando o PIB da agropecuária baiana pelos seus produtos, obtém-se uma visão ampla da importância de cada componente do setor rural no PIB do Estado. Em relação ao total das lavouras, destaca-se a participação percentual do PIB na região baiana os produtos do extrativismo vegetal (7,94%), mandioca (8,43%), silvicultura (6,86%), cana-de-açúcar (6,75%), soja (5,37%), outros da fruticultura (5,74%), café (5,20%) e feijão (5,56%) (Tabela 16). Em relação à pecuária, destaca-se no estado da Bahia os bovinos, representando 42,17% do PIB da pecuária, os segmentos aqüicultura e pesca e outros da pecuária com, respectivamente, 17,94% e 16,55% do PIB da pecuária (Tabela 17). 54 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Nas Tabelas 16 e 17 e nos Gráficos 10 e 11, pode-se visualizar como o cenário agrícola baiano, no final da década de 90, encontra-se diversificado e se reorganizando com novos e importantes produtos compondo com os produtos tradicionais da região a “nova cesta de produtos primários regionais”. Na composição das lavouras, a soja é atualmente o produto importante na agricultura baiana, inexistente no cenário estadual no passado. Os alimentos básicos sempre tiveram importância significativa na produção primária do Estado. Porém, nota-se, claramente, uma alteração na composição dos produtos primários, inserindo novas e emergentes culturas no estado da Bahia, onde a fruticultura vem se destacando como uma atividade competitiva da região, com destaque para os altos padrões de qualidade com que estes são produzidos. Tabela 16 Detalhamento do PIB da lavoura do agronegócio da Bahia 1999 - R$ milhões de 2001 e participação (%) Cana-de-açúcar Soja Milho Banana Coco-da-baía Laranja Mamão Manga Outros fruticultura Café em coco Arroz em casca Algodão em caroço Cacau Feijão Mandioca Mamona Outras lavouras Extrativismo vegetal Silvicultura Total PIB (milhões de 2001) Participação (%) 248 197 97 92 94 65 113 62 211 191 24 46 191 204 310 15 969 292 252 3.676 6,75 5,37 2,64 2,51 2,55 1,78 3,08 1,69 5,74 5,20 0,66 1,25 5,21 5,56 8,43 0,42 26,37 7,94 6,86 100,00 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP 55 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI Gráfico 10 Detalhamento do PIB da lavoura do agronegócio da Bahia, 1999 Participação (%) Coco 2,6% Café em Coco 5,2% Cacau 5,2% Outros Lavouras 26,8% Fruticultura 14,8% Mandioca 8,4% Cana-de-açúcar 6,8% Grãos r 15,5% Silvicultura 6,9% Extrativismo vegetal 7,9% Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA-USP Tabela 17 Detalhamento do PIB da pecuária do agronegócio da Bahia 1999 - R$ milhões de 2001 e participação (%) PIB (milhões de 2001) Participação (%) 605 145 85 24 44 36 257 237 1.435 42,17 10,12 5,93 1,70 3,07 2,53 17,94 16,55 100,00 Bovinos Leite natural Aves Suínos Caprinos Ovinos Aqüicultura e pesca Outros pecuária Total Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP 56 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Gráfico 11 Detalhamento do PIB da pecuária do agronegócio da Bahia, 1999 Participação (%) Caprinos 3,1% Ovinos 2,5% Suínos 1,7% Aves 5,9% Bovinos 42% Leite natural 10,1% Outros Pecuária 16,5% Aqüicultura e Pesca 17,9% Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA-USP Os resultados referentes ao PIB da Indústria de base agrícola são apresentados decompostos setorialmente. As Tabelas 18 a 20 apresentam o valor, a preços de 2001, da produção gerado pelos setores agroindustriais em 1999, ou seja, o PIB da indústria de base agrícola por setores para o agronegócio total e os sub-complexos da lavoura e da pecuária. Pela observação tem-se que, em 1999, o PIB do setor agroindustrial do sub-complexo do agronegócio da lavoura da Bahia (R$2.489 milhões) representava 85,15% do PIB da indústria de base agrícola da Bahia, enquanto que o PIB do setor agroindustrial do sub-complexo do agronegócio da pecuária da Bahia (R$343 milhões) correspondia aos restantes 14,85% do PIB dessa indústria da Bahia. Pode-se inferir que a maior participação no PIB, no caso da lavoura, se justifica pela própria diversidade do setor agrícola, que possui um maior número de indústrias processadoras do que o setor da pecuária. 57 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI Analisando-se a contribuição dos setores agroindustriais, em termos da participação percentual no PIB da indústria de base agrícola (indústria processadora do agronegócio), tem-se para o estado da Bahia (Tabela 19), na atividade referente à indústria das lavouras, que as participações produtivas mais expressivas se concentram em três setores: Beneficiamento de outros produtos vegetais (20,50%); Bebidas (17,40%); e Indústria do Café (11,68%). Na atividade referente à pecuária (Tabela 20), tem-se como os setores mais expressivos: Abate de Bovinos (36,49%) e Indústria de Laticínios (27,45%). Tabela 18 Detalhamento do PIB da indústria do agronegócio da Bahia 1999 - R$ milhões de 2001 e participação (%) Indústria da madeira Indústria do mobiliário Fabricação de celulose e pasta mecânica Fabricação de papel, papelão e artefatos de papel Indústria editorial e gráfica Álcool Indústria têxtil Artigos do vestuário Indústria do café Beneficiamento outros produtos vegetais Fabricação de açúcar Fabricação de óleos vegetais Rações Outros produtos. alimentares Bebidas Fabricação de calçados Abate de aves Abate de bovinos Abate de suínos e outros Indústria de laticínios TOTAL Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP 58 PIB (milhões de 2001) Participação (%) 80 25 98 185 99 109 137 68 291 510 68 115 13 259 433 54 61 158 41 119 2.923 2,73 0,86 3,36 6,34 3,39 3,71 4,69 2,32 9,95 17,46 2,32 3,92 0,44 8,86 14,82 1,86 2,10 5,41 1,39 4,07 100,00 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 Tabela 19 Detalhamento do PIB da indústria da lavoura do agronegócio da Bahia 1999 - R$ milhões de 2001 e participação (%) PIB (milhões de 2001) Participação (%) Indústria da madeira Indústria do mobiliário Fabricação de celulose e pasta mecânica Fabricação de papel, papelão e artefatos de papel Indústria editorial e gráfica Álcool Indústria têxtil Artigos do vestuário Indústria do café Benef. outros prod. vegetais Fabricação de açúcar Fab. óleos vegetais Rações Outros prod. alimentares Bebidas TOTAL 80 3,20 25 1,00 98 3,94 185 7,45 99 3,98 109 4,36 137 5, 50 68 2,73 291 11,68 510 20,50 68 2,73 115 4,60 13 0,52 259 10,40 433 17,40 2.489 100,00 Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP Tabela 20 Detalhamento do PIB da indústria da pecuária do agronegócio da Bahia 1999 - R$ milhões de 2001 e participação (%) PIB (milhões de 2001) Participação (%) 54 61 158 41 119 434 12,53 14,13 36,49 9,40 27,45 100,00 Fabricação de calçados Abate de aves Abate de bovinos Abate de suínos e outros Indústria de laticínios TOTAL Fonte: Dados de pesquisa SEAGRI/CEPEA - USP 59 Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI 4 Considerações finais Da análise das estimativas realizadas pela SEAGRI/CEPEA-USP da economia brasileira e, especialmente para, o estado da Bahia, pode-se inferir sobre a importância do agronegócio na economia nacional e principalmente na economia estadual baiana, respondendo em 2001 por cerca de 26% do seu Produto Interno Bruto. Os resultados confirmam a grande articulação entre os setores componentes do complexo do agronegócio, refletindo a importância da atividade agrícola como o setor de grande influência na estrutura produtiva do Brasil e em particular do estado da Bahia, através dos altos efeitos de encadeamento a montante e a jusante. A evolução da composição do agronegócio brasileiro confirma que esse ramo de atividades adiciona valor às matérias-primas agrícolas, onde o setor de processamento e distribuição final (jusante) tende a ser sempre mais representativo no valor total da produção vendida ao consumidor. Apesar dessas evidências caracterizarem as tendências do setor agroindustrial brasileiro, cabe ressaltar que a economia do agronegócio da Bahia traz uma perspectiva diferente para a composição do agronegócio na década de 1990. A agropecuária registra um aumento de participação no PIB do agronegócio da região. Os fatores explicativos desse comportamento podem ser encontrados na trajetória de evolução da economia baiana e principalmente da agropecuária desse Estado. A Bahia apresenta um setor primário que vem gradativamente se fortalecendo com a inserção de culturas novas, tratos modernos, intensivos em capital e competitivos internacionalmente, em substituição às culturas agrícolas tradicionais (cacau, sisal, tabaco, etc.). A modernização da agricultura baiana pode ser evidenciada pelo uso de insumos. Na composição das lavouras, a soja vem ganhando participação no cenário estadual como importante produto agrícola. Vêm se destacando, também, tanto para o setor primário como para as agroindústrias, o segmento da fruticultura, com grande influência econômica no Estado. Este segmento relaciona-se no 60 SÉRIE ESTUDOS AGRÍCOLAS, 4 agronegócio com as indústrias de beneficiamento de outros produtos vegetais e indústria de bebidas, as quais também apresentaram grande importância econômica para o agronegócio da Bahia. Em relação ao segmento agroindustrial nos anos 1990, pode-se afirmar que o segmento agroindustrial apresentou um percentual de participação relativamente baixo no contexto do agronegócio. Este fato pode em grande parte, ser explicado pelo desempenho da indústria baiana, que na década de 90, acompanhou mais de perto os ciclos da economia brasileira. No entanto, com a consolidação dos investimentos já realizados nos últimos anos e o conjunto de novos investimentos previstos para o setor industrial baiano nos próximos anos, as perspectivas de crescimento das atividades industriais são fortes e, dentre elas, as atividades agroindustriais se destacam por terem amplo espaço para expansão e conseqüente fortalecimento da economia baiana. De uma maneira geral, os dados sobre o agronegócio baiano mostram que esse segmento tem se expandido e vem se consolidando no ambiente nacional e internacional, ditado pelo seu grande dinamismo e demanda externa, com grandes perspectivas de crescimento. Para tanto, é preciso que sejam criadas condições e se desenvolvam mecanismos de políticas públicas setoriais direcionadas para o fortalecimento das atividades vinculadas ao agronegócio baiano. 61