IMMUCYST® BCG IMUNOTERAPÊUTICO Forma farmacêutica e

Transcrição

IMMUCYST® BCG IMUNOTERAPÊUTICO Forma farmacêutica e
IMMUCYST®
BCG IMUNOTERAPÊUTICO
Forma farmacêutica e apresentação:
Pó liofilizado para instilação.
- Cartucho com 1 frasco-ampola contendo 81 mg de liofilizado + 1 frasco-ampola contendo 3
ml de diluente.
Via de administração:
Este medicamento só pode ser administrado por instilação intravesical.
USO ADULTO
Composição:
Bacilo de Calmette – Guérin............................... 81
Glutamato monossódico................................... 150
Diluente:
Cloreto de sódio .............................................. 25,5
Fosfato ácido dissódico ..................................... 7,5
Fosfato diácido de sódio.................................... 1,7
Polissorbato 80 ............................................... 0,75
Água para injeção .................................. q.s.p. 3,0
mg (peso seco)
mg
mg
mg
mg
mg
ml
O produto reconstituído contém um mínimo de 1,8 x 108 UFC (Unidade Formadora de
Colônia) por dose de 3 ml.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
1. Como este medicamento funciona?
ImmuCyst£ é uma preparação liofilizada proveniente do cultivo da cepa Connaught do Bacilo
de Calmette-Guérin (BCG), derivada de uma cepa atenuada do bacilo da tuberculose
bovina, Mycobacterium bovis. Este ingrediente ativo (BCG) é o mesmo utilizado para
imunização contra a tuberculose. Os bacilos apresentam-se liofilizados e são viáveis após a
reconstituição.
ImmuCyst£ promove uma reação granulomatosa aguda e subaguda com infiltração
histiocítica e leucocítica no urotélio e na lâmina própria da bexiga urinária. Os efeitos
inflamatórios locais são associados com a eliminação ou redução das lesões cancerosas
superficiais da bexiga urinária.
O exato mecanismo de ação de ImmuCyst£ é desconhecido, mas seus efeitos anti-tumor
parecem ser linfócito-T-dependente.
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2. Por que este medicamento foi indicado?
ImmuCyst£ é indicado para uso intravesical no tratamento e profilaxia do carcinoma “in-situ”
primário ou recorrente da bexiga urinária; para a profilaxia pós resseção transuretral de
estágios primário ou recorrente de tumores papilares Ta e/ou T1, ou qualquer outra
combinação, independente de tratamentos intravesicais realizados anteriormente.
ImmuCyst® não é indicado como agente imunizante para a prevenção de tuberculose.
3. Quando não devo usar este medicamento?
Contraindicações:
ImmuCyst£ não deve se aplicado em pacientes com resseção transuretral ou cateterização
traumática da bexiga (com sangramento) recentes; em pacientes recebendo tratamento
imunossupressivo ou com sistema imunológico deficiente; em pacientes com tuberculose
ativa; em pacientes com evidência atual ou passada de reação sistêmica ao BCG; em
pacientes com febre, a menos que sua causa tenha sido determinada e avaliada e em
pacientes com infecção urinária bacteriana, até sua total remissão.
Advertências:
ImmuCyst£ deve ficar retido na bexiga se possível por 2 horas, pelo menos para depois ser
eliminado. Para evitar a transmissão de BCG para outras pessoas, por até 6 horas após o
tratamento, deve-se eliminar a urina na posição sentada, evitando respingar a urina. A urina
eliminada durante este período deve ser desinfetada com volume igual de água sanitária por
15 minutos antes de ser descartada. A menos que seja uma contra-indicação médica, você
deve aumentar o consumo de líquido para “lavar” a bexiga durante várias horas após o
tratamento com ImmuCyst£. Você pode sentir ardência durante a primeira eliminação de
urina após o tratamento.
Este medicamento não deve ser utilizado em mulheres grávidas sem orientação
médica.
Precauções:
Este medicamento só pode ser administrado por instilação intravesical.
Alergia:
Informe seu médico se você já teve alguma reação alérgica ou anormal a doses anteriores
de ImmuCyst£. Informe também se você é alérgico a qualquer medicamento ou substância.
Uso em gravidez e amamentação:
Não foram realizados estudos de reprodução animal com ImmuCyst®. Também não se sabe
se ImmuCyst® pode causar algum problema no bebê quando administrado em mulheres
grávidas ou se pode afetar a capacidade reprodutiva. ImmuCyst® pode ser administrado em
grávidas apenas em casos de extrema necessidade. Advertimos que as pacientes não
engravidem durante o tratamento.
Não se sabe se ImmuCyst® pode passar para o leite humano. É recomendado que a
amamentação seja interrompida se a mãe necessitar de tratamento com ImmuCyst®, pois
muitos medicamentos passam para o leite humano e por causa do potencial de reações
adversas graves de ImmuCyst® em crianças sendo amamentadas.
Uso pediátrico:
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A segurança e a efetividade em crianças não foi estabelecida.
Uso em adultos e idosos:
Os pacientes idosos podem ser tratados com ImmuCyst® seguindo o mesmo esquema de
aplicações de pacientes adultos.
Interações medicamentosas:
O uso concomitante de ImmuCyst£ com medicamentos depressores da medula óssea,
imunossupressores ou durante o tratamento radioterápico não é indicado porque a resposta
imunológica pode estar prejudicada e também porque pode aumentar o risco de
disseminação sistêmica do BCG.
ESTE MEDICAMENTO É CONTRA-INDICADO PARA CRIANÇAS.
INFORME SEU MÉDICO O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS.
INFORME AO SEU MÉDICO SE ESTÁ FAZENDO USO DE ALGUM OUTRO
MEDICAMENTO.
NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER
PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.
4. Como devo usar este medicamento?
Dosagem:
Uma dose de ImmuCyst£ consiste da instilação intravesical de 81 mg de BCG. Esta dose é
preparada pela reconstituição do frasco liofilizado com diluente fornecido.
Esquema de tratamento:
O tratamento intravesical da bexiga urinária deve ser iniciado 7 a 14 dias após a biopsia ou
ressecção transuretral e consiste das fases de indução e manutenção. A fase de indução
consiste de 6 aplicações semanais de ImmuCyst£. A fase de manutenção é realizada após
uma pausa de 6 semanas e consiste em outra série de instilações intravesicais em dose
única, ministradas novamente por 1 a 3 semanas. Estudos clínicos demonstraram que 3
instilações semanais aumentam consideravelmente o índice de resposta de 73% para 87%
após 6 meses, quando comparado com nenhum tratamento adicional aos 3 meses.
Como usar:
Método de administração:
Para a apresentação de 1 frasco, reconstitui-se o conteúdo liofilizado com 3 ml do diluente.
O frasco de BCG reconstituído é diluído em 50 ml de solução fisiológica estéril isenta de
conservantes, para um volume total de aplicação de 53 ml.
A aplicação é realizada pela inserção de um catéter uretral na bexiga em condições
assépticas. A bexiga é esvaziada e os 53 ml da suspensão de ImmuCyst£ são instilados
vagarosamente por gravidade. Em seguida o catéter é retirado.
Estudos clínicos realizados com ImmuCyst£ incluiram uma inoculação percutânea com
cada dose intravesical, entretanto alguns estudos sugeriram que não há beneficio adicional
com a administração sistêmica de BCG. Mais precisamente, o BCG só deve ser aplicado
intravesicalmente. Entretanto se o médico desejar aplicar doses sistêmicas, uma porção 0,1
ml da dose de 53 ml, pode fazê-lo por via intradérmica. Se ocorrerem reações severas,
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como ulceração no local de aplicação ou linfadenite regional, o tratamento intradérmico deve
ser interrompido.
SIGA A ORIENTAÇÃO DE SEU MÉDICO, RESPEITANDO SEMPRE AS DOSES E A
DURAÇÃO DO TRATAMENTO.
NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO.
NÃO USE O MEDICAMENTO COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE
USAR, OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO.
5. Quais os males este medicamento pode causar?
Febre, calafrios, mal estar, sintomas gripais, cansaço aumentado ou sintomas urinários
(como ardência e dor no momento de urinar) não são incomuns. Entretanto, você deve
informar ao seu médico se quaisquer destes sintomas durarem por mais de 48 horas ou se
ficarem mais graves. Você também deve informar ao seu médico se apresentar qualquer um
dos seguintes sintomas: aumento dos sintomas urinários (como urgência, freqüência
urinária, sangue na urina), dor nas juntas, queixas nos olhos (como dor, irritação e
vermelhidão), tosse, erupções na pele, icterícia, náuseas ou vômito.
ATENÇÃO: ESTE É UM MEDICAMENTO NOVO E, EMBORA AS PESQUISAS TENHAM
INDICADO EFICÁCIA E SEGURANÇA ACEITÁVEIS PARA COMERCIALIZAÇÃO,
EFEITOS INDESEJÁVEIS E NÃO CONHECIDOS PODEM OCORRER. NESTE CASO,
INFORME SEU MÉDICO.
6. O que fazer se alguém usar uma grande quantidade deste medicamento de uma só
vez?
Não documentada.
7. Onde e como devo guardar este medicamento?
O produto ImmuCyst£ e o diluente devem ser armazenados entre +2ºC e +8ºC e protegidos
da luz.
O produto, tanto liofilizado como reconstituído, não pode ser exposto à luz solar direta ou
indireta.
Restringir a exposição à luz artificial ao mínimo necessário.
Prazo de validade:
Desde que mantido sob refrigeração entre +2ºC e +8ºC e protegido da luz, o prazo de
validade de ImmuCyst£ é de 2 anos.
Verifique na embalagem externa a data de validade do produto. O produto não deve ser
utilizado com o prazo de validade vencido, pois pode não produzir os efeitos desejados.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
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INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. Características farmacológicas
ImmuCyst£ é uma preparação liofilizada proveniente do cultivo da cepa Connaught do Bacilo
de Calmette-Guérin (BCG), derivada de uma cepa atenuada do bacilo da tuberculose
bovina, Mycobacterium bovis. Este ingrediente ativo (BCG) é o mesmo utilizado para
imunização contra a tuberculose. Os bacilos apresentam-se liofilizados e são viáveis após a
reconstituição. Quando colocado no meio de cultura, o progenitor de cada colônia é
denominado de Unidade Formadora de Colônia (UFC). Cada UFC é composta de, no
mínimo, um bacilo viável e pode compreender vários bacilos, dos quais muitos são viáveis
ou não. No momento de liberação do lote final, o produto reconstituído (3 ml) contém de 6,6
a 19,2 x 108 UFC por dose e, quando usado antes da data de expiração indicada no rótulo,
contém no mínimo 1,8 x 108 UFC.
ImmuCyst£ promove uma reação granulomatosa aguda e subaguda com infiltração
histiocítica e leucocítica no urotélio e na lâmina própria da bexiga urinária. Os efeitos
inflamatórios locais são associados com a eliminação ou redução das lesões cancerosas
superficiais da bexiga urinária.
O exato mecanismo de ação de ImmuCyst£ é desconhecido, mas seus efeitos anti-tumor
parecem ser linfócito-T-dependente.
2. Resultados de eficácia
Estudo clínicos comprovam a efetividade de ImmuCyst® para pacientes com câncer de
bexiga nos estágios de carcinoma “in-situ” (CIS), Ta e T1, incluindo dois estudos
controlados, randomizados e multicentricos.
No primeiro, ImmuCyst® foi comparado à cloridrato de doxorubicina entre pacientes com
carcinoma “in-situ” e/ou tumores papilares recorrentes. ImmuCyst® foi administrado
intravesicalmente uma vez por semana durante 6 semanas, com uma única instilação
adicional aos 3, 6, 12, 18 e 24 meses após o início do tratamento (total de 11 instilações).
Doxorubicina foi administrada uma vez por semana durante 5 semanas, com o adicional de
11 administrações mensais. Para pacientes com CIS, a razão de resposta completa, isto é,
biopsia e citologia de urina negativos, em 6 meses do início do tratamento foi de 70% com
ImmuCyst® versus 34% com doxorubicina (p<0,001). A probabilidade de ser “livre da
doença”, isto é, não ter evidência de câncer de bexiga, após 5 anos foi de 45% e 18,
respectivamente (p<0,001 por modelo de regressão de risco proporcional). E entre os
respondedores completos, o tempo médio para o tratamento de falhas foi de 39 meses
versus 5,1 meses, respectivamente. Entre os pacientes com tumores papilares (Ta e T1)
sem CIS, a probabilidade de ser “livre da doença” após 5 anos foi de 37% com ImmuCyst®
versus 17% com doxirubicina (p=0,015 por modelo de regressão de risco proporcional).
No segundo estudo controlado multicêntrico, dois regimes de tratamento de ImmuCyst®
foram comparados entre pacientes similares ao primeiro estudo. Uma indução única de 6
semanas (total de 6 instilações) foi comparado a um regime mais intenso que consistia de:
um tratamento de indução semanal durante 6 semanas, uma pausa de 6 semanas, outro
tratamento semana por 3 semanas e então uma terapia de manutenção com uma instilação
semanal por 3 semanas após 6 meses do início do tratamento de indução, e então, a cada 6
meses até compeltar 36 meses (total de 27 instilações). Comparando os regimes sem e
com manutenção, foram encontrados os seguintes resultados: entre os pacientes com CIS,
a razão de resposta completa, definida como ausência de sinais de malignidade no trato
urinário aos 3 e 6 meses após a primeira instilação, foi de 87% no grupo da manutenção
versus 73% no grupo sem manutenção (p=0,016). O tempo de recorrência foi aumentado
significativamente entre os pacientes com manutenção (p<0,0001); no grupo com
manutenção, o tempo de recorrência aumentou significativamente tanto para os pacientes
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com CIS (p=0,04) como para os pacientes com tumores papilares mas sem CIS (p<0,0001).
Finalmente, a sobrevivência no geral foi significativamente melhor no grupo com
manutenção (p=0,04).
3. Indicações
ImmuCyst£ é indicado para uso intravesical no tratamento e profilaxia do carcinoma “in-situ”
primário ou recorrente da bexiga urinária; para a profilaxia pós resseção transuretral de
estágios primário ou recorrente de tumores papilares Ta e/ou T1, ou qualquer outra
combinação, independente de tratamentos intravesicais realizados anteriormente.
ImmuCyst® não é indicado como agente imunizante para a prevenção de tuberculose.
4. Contra-indicações
ImmuCyst£ não deve se aplicado em pacientes com resseção transuretral ou cateterização
traumática da bexiga (com sangramento) recentes; em pacientes recebendo tratamento
imunossupressivo ou com sistema imunológico deficiente; em pacientes com tuberculose
ativa; em pacientes com evidência atual ou passada de reação sistêmica ao BCG; em
pacientes com febre, a menos que sua causa tenha sido determinada e avaliada e em
pacientes com infecção urinária bacteriana, até sua total remissão.
5. Modo de usar e cuidados de conservação depois de aberto
O produto ImmuCyst£ e o diluente devem ser armazenados entre +2ºC e +8ºC e protegidos
da luz.
O produto, tanto liofilizado como reconstituído, não pode ser exposto à luz solar direta ou
indireta.
Restringir a exposição à luz artificial ao mínimo necessário.
“Não remover as rolhas de borracha dos frascos.”
“Manusear o produto como potencialmente infetante.”
Reconstituir e diluir imediatamente antes do uso, utilizando técnica asséptica em fluxo
laminar. Utilizar luvas e outros equipamentos de proteção individual. ImmuCyst£ só pode ser
diluído com o diluente fornecido para garantir a dispersão adequada dos microrganismos.
Aplicar um chumaço de algodão estéril umedecido com anti-séptico à superfície da tampa
de borracha dos frascos de diluente e de ImmuCyst£. Com auxilio de uma seringa de 5 ml e
agulha estéril, aspirar para dentro da seringa 0,9 ml de ar. Furar o centro da rolha do frasco
de diluente com a agulha, inverter o frasco e injetar vagarosamente o ar contido na seringa.
Aspirar 3 ml do diluente mantendo a ponta da agulha submersa no líquido. Retirar a agulha
do frasco.
Usado a mesma seringa e agulha furar a rolha do frasco contendo o liofilizado. Segurar o
frasco na posição vertical e puxar o êmbolo da seringa de modo a criar um vácuo
suave no frasco. Soltar o êmbolo e permitir que o vácuo empurre o diluente da seringa para
dentro do frasco. Após a passagem de todo diluente retire a agulha do frasco.
Misturar o frasco suavemente até a formação de uma suspensão finamente dispersa. Em
seguida, diluir o material reconstituído adicionando-o a 50 ml de solução fisiológica estéril
isenta de conservantes.
O produto deve ser aplicado de preferência logo após sua reconstituição. Se isto não for
possível, utilizá-lo em até 2 horas. Evitar a exposição do produto à luz solar direta ou
indireta. A exposição à luz artificial deve se restringir ao mínimo necessário.
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Após o uso todos os equipamentos devem ser esterilizados e/ou descartados
adequadamente como materiais infectantes.
6. Posologia
Uma dose de ImmuCyst£ consiste da instilação intravesical de 81 mg de BCG. Esta dose é
preparada pela reconstituição do frasco liofilizado com diluente fornecido. Para a
apresentação de 1 frasco, reconstitui-se o conteúdo liofilizado com 3 ml do diluente. O
frasco de BCG reconstituído é diluído em 50 ml de solução fisiológica estéril isenta de
conservantes, para um volume total de aplicação de 53 ml.
A aplicação é realizada pela inserção de um catéter uretral na bexiga em condições
assépticas. A bexiga é esvaziada e os 53 ml da suspensão de ImmuCyst£ são instilados
vagarosamente por gravidade. Em seguida o catéter é retirado.
Durante a primeira hora após a instilação o paciente deve permanecer deitado por 15
minutos em cada uma das seguintes posições: de bruços, de costas, do lado esquerdo e do
lado direito. Após este tempo o paciente pode se levantar, mas deve reter a urina por mais
uma hora. Ao final de 2 horas o paciente deve eliminar a urina na posição sentada, por
razões de biosegurança. Os pacientes devem ser orientados a manter hidratação adequada.
Estudos clínicos realizados com ImmuCyst£ incluiram uma inoculação percutânea com
cada dose intravesical, entretanto, alguns estudos sugeriram que não há beneficio adicional
com a administração sistêmica de BCG. Mais precisamente, o BCG só deve ser aplicado
intravesicalmente. Entretanto se o médico desejar aplicar doses sistêmicas, uma porção 0,1
ml da dose de 53 ml, pode fazê-lo por via intradérmica. Se ocorrerem reações severas,
como ulceração no local de aplicação ou linfadenite regional, o tratamento intradérmico deve
ser interrompido.
Esquema de tratamento:
O tratamento intravesical da bexiga urinária deve ser iniciado 7 a 14 dias após a biopsia ou
ressecção transuretral e consiste das fases de indução e manutenção. A fase de indução
consiste de 6 aplicações semanais de ImmuCyst£. A fase de manutenção é realizada após
uma pausa de 6 semanas e consiste em outra série de instilações intravesicais em dose
única, ministradas novamente por 1 a 3 semanas. Estudos clínicos demonstraram que 3
instilações semanais aumentam consideravelmente o índice de resposta de 73% para 87%
após 6 meses, quando comparado com nenhum tratamento adicional aos 3 meses.
7. Advertências
Antes da administração do medicamento, devem ser tomadas todas as precauções no
sentido de prevenir o aparecimento de reações adversas. Isto inclui a revisão do histórico
médico do paciente em relação a uma possível sensibilidade aos componentes do
medicamento e estado de saúde atual.
ImmuCyst£ não deve ser manuseado por pessoas com histórico de imunodeficiência.
O tratamento com ImmuCyst£ pode induzir a uma sensibilidade à proteína purificada
derivada da tuberculina (PPD) o que poderia interferir em futuras interpretações do teste
tuberculínico no diagnóstico de infecção suspeita por micobactéria. A determinação de
reatividade ao PPD deve ser conduzida antes da administração de ImmuCyst®.
Este medicamento só pode ser administrado por instilação intravesical. Deve-se tomar
cuidado ao aplicar o medicamento para não introduzir contaminantes no trato genitourinário.
Todo material utilizado deve ser estéril e descartável para cada paciente com o intuito de
evitar a transmissão de hepatite e outras doenças infecto-contagiosas entre os indivíduos.
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Após o uso, descartar todo o material utilizado com os mesmos cuidados dispensados ao
lixo infectante.
Este medicamento não deve ser utilizado em mulheres grávidas sem orientação
médica.
ImmuCyst® não é recomendado como tratamento profilático após resseções transuretrais de
estágio tumor papilar TaG1 a menos que haja grande risco de recorrência do tumor.
Durante a tomada de decisão pelo tratamento com ImmuCyst® de pacientes com pequena
capacidade na bexiga, deve ser considerado o risco de contratura da bexiga.
Infecções por BCG de aneurismas e dispositivos prostéticos (incluindo enxertos arteriais,
aparelhos cardíacos e juntas artificiais) foram relatadas após a instilação intravesical de
BCG. O risco de infecções ectópicas por BCG não foi determinado, mas é considerado
muito pequeno. Os benefícios da terapia com BCG devem ser cuidadosamente avaliados
frente à possibilidade de infecção ectópica por BCG em pacientes com aneurismas arteriais
ou dispositivos prostéticos de qualquer tipo.
Se ocorrer uma infecção bacteriana do trato urinário durante o tratamento com ImmuCyst®,
as instilações com ImmuCyst® devem ser suspensas até a remissão total da infecção
bacteriana do trato urinário por dois motivos: (1) a combinação de uma infecção do trato
urinário e uma cistite induzida pelo BCG pode levar a eventos adversos mais graves no trato
genitourinário e (2) o bacilo BCG é sensível a uma grande variedade de antibióticos,
portanto, a administração de antimicrobianos pode diminuir a eficácia de ImmuCyst®. De
maneira semelhante, pacientes sob terapia antimicrobiana por outras infecções devem ser
avaliados no caso de haver diminuição da eficácia de ImmuCyst®.
Reação alérgica aguda foi relatada muito raramente após a injeção intradérmica da vacina
BCG para a prevenção da tuberculose e, portanto, deve ser levada em consideração
quando da administração intravesical de ImmuCyst®.
8. Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
Crianças:
A segurança e a efetividade em crianças não foi estabelecida.
Pacientes Idosos:
Os pacientes idosos podem ser tratados com ImmuCyst£ seguindo o mesmo esquema de
aplicações de pacientes adultos.
Uso na Gravidez e Lactação:
Não foram realizados estudos de reprodução animal com ImmuCyst®. Também não se sabe
se ImmuCyst® pode causar algum problema no feto quando administrado em gestantes ou
se pode afetar a capacidade reprodutiva. ImmuCyst® pode ser administrado em gestantes
apenas em casos de extrema necessidade. Deve-se advertir as pacientes para não
engravidar durante o tratamento.
Não se sabe se ImmuCyst® pode ser excretado no leite humano. É recomendado a
descontinuação da amamentação se a mãe necessitar de tratamento com ImmuCyst®, pois
muitos medicamentos são excretados no leite humano e por causa do potencial de reações
adversas graves de ImmuCyst® em crianças sendo amamentadas.
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9. Interações medicamentosas
O uso concomitante de ImmuCyst£ com medicamentos depressores da medula óssea,
imunossupressores ou durante o tratamento radioterápico não é indicado porque a resposta
imunológica pode estar prejudicada e também porque pode aumentar o risco de
disseminação sistêmica do BCG.
10. Reações adversas
A administração de ImmuCyst® provoca uma resposta inflamatória na bexiga urinária e tem
sido associada a febre transitória, hematúria, aumento na freqüência urinária e desúria.
Estas reações podem indicar que o tratamento está provocando os efeitos desejáveis,
entretanto, deve-se ficar alerta para a intensidade e duração dos sintomas. Sintomas de
irritabilidade na bexiga são relatados por aproximadamente 50% dos pacientes que recebem
ImmuCyst® e, normalmente, começam de 4 a 6 horas após a instilação e duram de 24 a 72
horas. As reações adversas irritativas ocorrem geralmente após a terceira instilação e
tendem a aumentar em gravidade após cada administração. O mecanismo de ação das
reações adversas irritativas não foi estudado, mas é muito consistente com um mecanismo
imunológico. Não existe evidência de que a redução da dose ou a terapia com drogas
antituberculose possam prevenir ou reduzir os sintomas irritativos de ImmuCyst®.
As reações adversas que ocorreram entre os pacientes que receberam ImmuCyst® durante
os estudos clínicos dos Estados Unidos da América, SWOG 2816 e SWOG 8507, estão
listados nas Tabelas 1 e 2.
Tabela 1: Estudo SWOG 8216 – Reações adversas (n = 127)
Reações adversas
% de pacientes
(graduação > 3)
Reações adversas
% de pacientes
(graduação > 3)
Desúria
52% (4%)
Náuseas/vômitos
16% (0%)
Freqüência urinária
40% (2%)
Anorexia
11% (0%)
Mal estar
40% (2%)
Toxicidade renal (NOS)
10% (2%)
Hematúria
39% (7%)
Dor na genitália
10% (0%)
Febre
28% (3%)
Artralgia/mialgia
7% (1%)
Calafrios
34% (3%)
Incontinência urinária
6% (0%)
Cistite
29% (0%)
Câimbras/dor
6% (0%)
Anemia
21% (0%)
Diarréia
6% (0%)
Infecção no trato urinário
18% (1%)
Bexiga contraída
5% (0%)
Urgência
18% (0%)
Leucopenia
5% (0%)
As seguintes reações adversas foram relatadas em <5% dos pacientes: coagulopatia, dor
abdominal, envolvimento hepático, infecção sistêmica, infecção pulmonar, cardíaco (não
classificado), dor de cabeça, erupções na pele, tecido na urina, infecção local, constipação,
vertigem, cansaço, trombocitopenia e dores nas costelas.
Tabela 2: Estudo SWOG 8507 – Reações adversas
% de pacientes
Reações adversas
Indução (n = 589)
Manutenção (n = 248)
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10
(grade > 3)
(grade > 3)
Desúria
27% (2%)
48% (1%)
Hematúria
19% (4%)
29% (7%)
Febre
17% (0%)
31% (3%)
Mal estar
17% (1%)
25% (2%)
Freqüência urinária
14% (2%)
35% (1%)
Calafrios
14% (1%)
32% (2%)
Urgência
4% (0%)
12% (3%)
Anorexia
3% (0%)
8% (0%)
Náuseas/vômitos
3% (0%)
5% (1%)
Câimbras/dor
1% (0%)
6% (1%)
Infecção no trato urinário
1% (0%)
5% (0%)
Cistite
0% (0%)
29% (0%)
Dor na genitália
0% (0%)
10% (0%)
As seguintes reações adversas foram relatadas em <5% dos pacientes: anemia,
artralgia/mialgia, incontinência urinária, diarréia, leucopenia, dor abdominal, envolvimento
hepático, infecção sistêmica, infecção pulmonar, dor de cabeça, toxicidade renal, bexiga
contraída, coagulopatia, dor abdominal, cardíaco (não classificado) e erupções na pela.
Não frequentemente são relatados prostatite granulomatosa sintomática, epidídimoorquidite, obstrução uretral e abscesso renal associados com a administração de BCG
intravesical.
Foram relatados após a administração de BCG intravesical sintomas oculares somente
(incluindo uveíte, conjuntivite, irite, queratite, coreoretinite granulomatosa), ou em
combinação com outros sintomas nas juntas (artrite ou artralgia), sintomas urinários e/ou
erupções na pele.
O risco parece ser elevado entre pacientes que são positivos para HLA-B27.
Embora pouco comuns, foram relatados complicações infecciosas sérias de BCG
intravesical. A complicação infecciosa mais séria de BCG é a sépsis disseminada, muito
raramente associada com mortalidade. Além disso, infecções por BCG foram relatadas nos
olhos, pulmões, fígado, ossos, medula óssea, rins, linfonodos regionais, peritônio e próstata
em pacientes que receberam BCG intravesical. Algumas infecções do trato urinário
masculino (orquidite/epididimite) foram submetidos à terapia múltipla com drogas
antituberculose e necessitaram de orquiectomia.
Tratamento das reações adversas
A Tabela 3 resume os tratamentos recomendados para as reações adversas.
Tabela 3: Tratamento recomendado de reações adversas associadas com ImmuCyst®
Sintomas, sinais ou síndromes
Tratamento
(1) Sintomas de irritação na bexiga < 48 horas
de duração.
Tratamento sintomático. Pirídio, brometo de
propanteline, cloreto de oxibutinina,
acetaminofeno (paracetamol).
(2) Sintomas de irritação na bexiga > 48 horas
Tratamento sintomático; postergar a próxima
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de duração.
®
aplicação de ImmuCyst até a remissão
completa. Se a remissão completa não
ocorrer em uma semana, administrar
isoniazida (INH), 300 mg/dia por 15 dias.
®
(3) Concomitante infecção bacteriana do trato
urinário.
Postergar a próxima aplicação de ImmuCyst
(4) Outros eventos adversos do trato
genitourinário: prospatite granulomatosa
sintomática, epidídimo-orquidite, obstrução
uretral ou abscesso renal.
Descontinuar ImmuCyst .
(5) Febre < 38.5ºC de < 48 horas de duração.
Tratamento sintomático com acetaminofeno
(paracetamol).
(6) Erupções na pele, artralgia ou artrite
migratória.
Anti-histamínicos ou anti-inflamatórios nãoesteróides. Se não houver resposta, descontinuar
até completar a terapia antimicrobiana e a
cultura de urina for negativa.
®
Administrar isoniazida (INH), 300 mg/dia, e
rifampicina, 600 mg/dia, por 3 a 6 meses.
ImmuCyst® e administrar INH, 300 mg/dia por
3 meses.
®
(7) Reação sistêmica BCG sem sinais de
choque séptico.
Descontinuar ImmuCyst . Procurar por
(8) Reação sistêmica BCG com sinais de
choque séptico.
Igual a (7). Considerar a inclusão temporária de
altas doses de corticosteroides.
(9) Queixas oculares.
Consultar oftalmologista para tratamento
específico.
Orientação em Doenças Infecciosas.
Administrar terapia tripla de drogas
antituberculose por 6 meses.
Se o paciente desenvolver febre persistente ou apresentar doença febril aguda consistente
com uma infecção por BCG, as instilações com BCG devem ser descontinuadas e o
paciente deve ser avaliado imediatamente e tratado para infecção por BCG e doenças
infecciosas após consulta. O tratamento com dois ou mais agentes antimicobacterianos
devem ser iniciados ainda durante a realização da avaliação do diagnóstico, incluindo
culturas. Culturas negativas não necessariamente descartam infecção. Geralmente, a
terapia antimicobacteriana envolve isoniazida (INH), rifamicina e etambutol. Na presença de
uma reação sistêmica ao BCG, a inclusão temporária de corticosteróides, por exemplo
prednisolona, demonstrou ser benéfico em cinco pacientes e em modelo animal e deveria
ser considerado. ImmuCyst® é sensível a maior parte das drogas antituberculose comuns
(isoniazida, rifamicina e etambutol). ImmuCyst® não é sensível à pirazinamida.
Eventos adversos irritativos locais agudos de ImmuCyst® podem ser acompanhados por
manifestações sistêmicas consistentes como uma síndrome gripal. Eventos adversos
sistêmicos de 1 a 2 dias de duração como mal estar, febre e calafrios geralmente refletem
reações de hipersensibilidade. Entretanto, sintomas como febre acima de 38,5ºC ou
inflamação localizada aguda como epididimite, prostatite ou orquidite, persistindo por mais
de 48 horas sugerem infecção ativa, devendo ser considerada uma avaliação para
complicação infecciosa séria.
ATENÇÃO: ESTE É UM MEDICAMENTO NOVO E, EMBORA AS PESQUISAS TENHAM
INDICADO EFICÁCIA E SEGURANÇA ACEITÁVEIS PARA COMERCIALIZAÇÃO,
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EFEITOS INDESEJÁVEIS E NÃO CONHECIDOS PODEM OCORRER. NESTE CASO,
INFORME SEU MÉDICO
11. Superdose
Não documentada.
12. Armazenagem
O produto ImmuCyst£ e o diluente devem ser armazenados entre +2ºC e +8ºC e protegidos
da luz.
O produto, tanto liofilizado como reconstituído, não pode ser exposto à luz solar direta ou
indireta.
Restringir a exposição à luz artificial ao mínimo necessário.
Prazo de validade:
Desde que mantido sob refrigeração entre +2ºC e +8ºC e protegido da luz, o prazo de
validade de ImmuCyst£ é de 2 anos.
Verifique na embalagem externa a data de validade do produto. O produto não deve ser
utilizado com o prazo de validade vencido, pois pode não produzir os efeitos desejados.
Nº do Lote, Data de Fabricação e Prazo de Validade: Vide Cartucho.
Registro MS nº- 1.1300.1073
Farm. Resp.: Antonia A. Oliveira
CRF-SP nº 5854
Fabricado por:
Sanofi Pasteur Limited
1755 Steeles Avenue West
Toronto, Ontário, Canadá
Importado por:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413
Suzano – SP
CEP 08613-010
CNPJ 02.685.377/0008-23
Serviço de Informação sobre Vacinação: 0800 14 84 80
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
USO RESTRITO A HOSPITAIS.
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