Tendências e análises sobre o futuro do mercado consumidor no

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Tendências e análises sobre o futuro do mercado consumidor no
Tendências e análises sobre o futuro do
mercado consumidor no mundo
Novembro, 2015
São Paulo, Brasil
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Tendências e análises sobre o futuro do mercado
consumidor no mundo
A busca de nichos de crescimento de consumo em tempos de
dificuldade econômica .......................................................................... 3
Amplie seus horizontes ......................................................................................................... 3
Cidades como drivers do consumo ......................................................................................... 4
Segmentação dos consumidores ............................................................................................ 5
Encontre um nicho ................................................................................................................ 6
Para elaborar estratégias adequadas, identifique o crescimento ............................................... 7
Quais são os principais drivers do e-commerce em mercados
emergentes? .......................................................................................... 8
Frete global amplia oferta e variedade de produtos................................................................. 9
Oferecer uma gama de opções de pagamento é essencial ....................................................... 9
Emergentes mais ativos em compras mobile e em redes sociais ............................................ 10
Atitudes da mulher jovem em relação à saúde e seu impacto no
mercado mundial................................................................................. 11
O que influencia a saúde de mulheres jovens ....................................................................... 12
As mulheres estão mais ativas ............................................................................................. 12
A influência das celebridades ............................................................................................... 12
Fitness funcional ................................................................................................................. 13
Perspectivas sobre os consumidores sêniores nas Américas ............. 15
Principais tendências ........................................................................................................... 15
Oportunidades comerciais ................................................................................................... 15
Contexto ............................................................................................................................ 15
Um segmento em expansão ................................................................................................ 16
Quanto mais atividade, melhor: ........................................................................................... 17
Inclusão digital ................................................................................................................... 18
Perspectivas ....................................................................................................................... 19
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A diversidade cultural e suas implicações econômicas nos principais
mercados do mundo ............................................................................ 21
O fenômeno da migração .................................................................................................... 22
Principais tendências de migração econômica ....................................................................... 22
Razões por trás da migração ............................................................................................... 23
Perfil sócio-demográfico dos migrantes ................................................................................ 23
Diversidade religiosa ........................................................................................................... 24
Sobre a Euromonitor International ..................................................... 25
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A busca de nichos de crescimento de consumo em tempos
de dificuldade econômica
Por Sarah Boumphrey, diretora de pesquisa sobre Estratégia, Economia e Mercado Consumidor
19 de outubro de 2015
Embora as perspectivas de crescimento econômico no mundo não tenham mostrado
uma dinâmica forte, as empresas de bens de consumo ainda podem encontrar
oportunidades. A chave é pensar de forma granular. Concentre-se em países, cidades,
categorias e segmentos de consumidores específicos. Mesmo os mercados
enfraquecidos têm setores em forte crescimento.
Amplie seus horizontes
Estenda seu alcance, mude para mercados menos conhecidos, talvez menores, mas
com crescimento mais rápido.
Na Europa Oriental, por exemplo, o consumo das famílias tem uma previsão de
aumento de apenas 3,7% entre 2014 e 2019, principalmente devido a uma queda
acentuada nos gastos esperada para a Rússia e para a Ucrânia. Ainda assim, há uma
expectativa de que economias menores, como a Estônia, a Letônia e a Lituânia, vejam
um crescimento muito forte.
A Polônia e a Romênia também devem ver um crescimento significativo e estão mais
isoladas de uma crise russa. Na Polônia, o crescimento econômico é impulsionado pelo
consumo e pelo investimento privado, e este continuará a ser o caso no médio prazo,
apoiado pela queda do desemprego, crescimento dos salários e uma leve alta do
crédito. Na Romênia, os gastos estão crescendo a partir de uma base baixa, o que
oferece muito espaço para crescimento, a medida que o mercado se tornar mais
sofisticado.
A adesão à UE e o acesso aos seus fundos estruturais e de coesão também funcionam
como um impulso para esses países.
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Europa Oriental em 2016 e 2017 – Impacto da desaceleração mais acentuada na Rússia
Fonte: Modelo Macro da Euromonitor International
Observação: Os dados se referem ao impacto sobre o crescimento real do PIB em 2016, proveniente de uma
desaceleração da Rússia mais acentuada do que o esperado a partir do quarto trimestre de 2015, com um efeito líquido
de 1,0 ponto percentual para 1 ano à frente.
Cidades como drivers do consumo
Considere ir mais a fundo nos mercados e focar em cidades-chave, muitas vezes de
segundo ou terceiro nível. Apesar da crise econômica no Brasil, e de uma
desaceleração acentuada no Rio de Janeiro em especial, existem sete cidades médias
onde a previsão de crescimento no consumo das famílias é de mais de 10% em termos
reais entre 2014 e 2019.
Estas sete cidades juntas verão um aumento no gasto das famílias de US$ 9.404
bilhões nos preços de 2014, enquanto o Rio de Janeiro verá um crescimento de US$
2.696 bilhões no mesmo período.
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Crescimento real no consumo das famílias: 2014 a 2019
Fonte: Euromonitor International, com base em estatísticas nacionais/OECD
Observação: Os dados são previstos com base em valores constantes
No Japão, os gastos das famílias têm uma projeção de crescimento de apenas 2,9%
entre 2014 e 2019, em termos reais. Em Tóquio, por sua vez, o crescimento esperado
é de 4,8%. Além disso, a capital será responsável por 76% do crescimento previsto
para os gastos das famílias japonesas e, em dólar, verá um aumento equivalente ao da
Suécia.
Segmentação dos consumidores
Pense cuidadosamente sobre os segmentos de consumidores que verão um
crescimento mais forte e o impacto que isso terá sobre a demanda do consumidor.
A China e a Índia terão níveis populacionais muito semelhantes em 2019, mas sua
composição e suas tendências são completamente diferentes. Na China, em 2019, um
em cada sete consumidores terá mais de 65 anos; na Índia, o número correspondente
será de um em 16. Na Índia, a maior parte da população tem de 0 a 14 anos, e, na
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China, de 45 a 59 anos. Ou seja, o mercado de massa da China é consideravelmente
mais velho que o mercado de massa da Índia.
Na América Latina, a desigualdade de renda tem sido um problema perene. Ainda
assim, no período avaliado, são as famílias de baixa renda que deverão ver um
crescimento mais forte em sua renda, enquanto as pessoas de alta renda verão este
crescimento ser comprimido.
Renda disponível – Crescimento real por decil em países da América Latina 2014-2019
Fonte: Euromonitor International, com base em estatísticas nacionais
Observação: Os dados são uma previsão
Encontre um nicho
As indústrias podem estar estagnadas ou até mesmo em declínio, mas existem
oportunidades de crescimento no nível de categoria para produtos certos no momento
certo.
Na Austrália, as vendas de produtos de beleza e cuidados pessoais de massa no varejo
estão previstas para aumentar apenas 1,9%, em termos reais, entre 2014 e 2019,
enquanto as vendas de produtos premium devem ver em crescimento mais forte, de
4,9%. Neste cenário, há tendências acentuadamente divergentes: os protetores
solares e desodorantes premium verão um crescimento de +20%, enquanto as vendas
de desodorantes de massa terão uma queda de 1,6%. Por outro lado, quando se trata
de produtos específicos para bebês e crianças, o mercado de massas ganha sem
esforço, com crescimento previsto de 7,3% entre 2014 e 2019.
A chegada da varejista premium Sephora, em 2014, tem abalado o mercado de beleza
premium, introduzindo novas marcas no mercado.
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Beleza e Cuidados Pessoais de 2014 a 2019: massa vs premium na Austrália
Fonte: Euromonitor International, com base em fontes de trade/estatísticas nacionais
Observação: Os dados referem-se a um crescimento real no valor de varejo RSP
Esse não é um caso isolado: na França, as vendas de produtos de confeitaria no varejo
(em termos de valor) estão previstas para aumentar apenas 0,9% entre 2014 e 2019,
mas, dentro desta categoria, existem alguns destaques de performance, como as
pastilhas, gomas de mascar, gelatinas e balas, cujo crescimento real previsto é de
8,1%. No México, os brinquedos de controle remoto/rádio têm uma projeção de
declínio de 0,6% nas vendas, em termos reais, entre 2014 e 2019. Por outro lado, os
brinquedos de montar estão previstos para ver um forte crescimento, de 29,8%,
durante este mesmo período.
Para elaborar estratégias adequadas, identifique o crescimento
Existem oportunidades em muitos países, cidades, segmentos de consumo e categorias
de produto. O importante é ter uma abordagem diversificada e ter estratégias
assertivas para focar nas melhores oportunidades de crescimento, nos países certos e
na hora certa. A chave para isso é um conhecimento profundo dos mercados
consumidores, economias e tendências de consumo.
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Quais são os principais drivers do e-commerce em mercados
emergentes?
Pavel Marceux, especialista em Tecnologia, Comunicação e Mídia
18 de setembro de 2015
Com uma adesão acelerada ao e-commerce, provocada pela maior penetração
da Internet em mercados emergentes, é importante reconhecer as particularidades
dos consumidores locais e como eles se relacionam com as compras online. Ao
contrário do que ocorre nas economias mais avançadas, tanto as opções de escolha
como a variedade de bens oferecidos por varejistas na Internet são limitadas nos
mercados em desenvolvimento – o que vem criando uma demanda por frete global e
comércio transfronteiriço.
O varejo mobile, por sua vez, é muito mais popular nos mercados emergentes, uma
vez que o dispositivo móvel com conexão online é, muitas vezes, o único ponto de
acesso à Internet. Fornecer uma gama abrangente de opções de pagamento também
é fundamental para atingir um público mais amplo, uma vez que a maioria das nações
emergentes são insuficientemente cobertas pelo sistema bancário.
E-commerce e assinaturas de Internet móvel nos países do BRIC: Crescimento de 2009 a 2014
Fonte: Euromonitor International, com base em fontes de trade/estatísticas nacionais/União Internacional das
Telecomunicações (UIT)
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Frete global amplia oferta e variedade de produtos
Em muitos países em desenvolvimento, os varejistas têm um estoque limitado de
mercadorias e o comércio eletrônico nestas regiões pode, portanto, ser limitado em
termos de produtos internacionais. A China, por exemplo, tem uma grande variedade
de produtos de moda e eletrônicos de baixo custo, mas a busca por tipos específicos
de bens com marcas autênticas, como uma bolsa Gucci verdadeira ou um jogo de
computador Alienware, pode ser difícil. Mesmo que estes produtos estejam disponíveis,
eles vêm com um preço premium, devido à sua raridade no mercado.
A solução encontrada tem sido o e-commerce transfronteiriço, que foi amplamente
viabilizado por melhores rotas marítimas (em termos de tempo e burocracia). Alguns
varejistas internacionais como o eBay, Amazon e AliExpress têm focado nos 1,9 bilhões
de usuários de Internet dos países em desenvolvimento (2014), desenvolvendo
parcerias com serviços locais de postagem para assegurar uma entrega tranquila. Esta
forma de e-commerce está tipicamente se expandindo a uma taxa três vezes maior
que as vendas domésticas via Internet em todos os mercados emergentes.
No entanto, o segmento enfrenta desafios, como leis de tributação sobre bens
importados muito diferentes em cada país, retenção de mercadorias nas fronteiras
durante os períodos festivos e demora na troca de produtos enviados incorretamente
ou danificados.
Oferecer uma gama de opções de pagamento é essencial
Ao contrário das economias avançadas, muitos mercados emergentes têm grandes
populações fora do sistema bancário. No Brasil, por exemplo, mais de um terço da
população acima de 15 anos não possuía conta bancária em 2014. A fim de atingir um
público maior, varejistas online devem, portanto, fornecer a maior variedade possível
de métodos de pagamento.
Enquanto em países como o Reino Unido e os EUA os pagamentos são basicamente
realizados online, com um cartão bancário ou uma moeda digital comum (como o
PayPal), em países como a China os pagamentos são feitos em terminais de rua
independentes, créditos de telefone celular, por meio de uma seleção de criptomoedas
(estrangeiras e nacionais), moedas digitais, carteiras online e, claro, em dinheiro no
momento da entrega. Essa gama permite que todo o espectro de usuários da Internet
encontre o meio de pagamento que lhe for mais conveniente, e ajudou a fazer da
China o mercado de comércio eletrônico com expansão mais acelerada entre 2009 e
2014, apresentando um aumento real de mais de 4.000% em valor.
O principal objetivo dos varejistas online é sobreviver em um ambiente movido pelo
dinheiro em espécie, que ainda domina a maioria dos mercados emergentes.
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Emergentes mais ativos em compras mobile e em redes sociais
Embora as economias avançadas se orgulhem de ter maiores taxas de penetração de
smartphones e Internet móvel, os consumidores de mercados emergentes estão bem à
frente de seus parceiros mais ricos no uso de celulares para fazer compras. De acordo
com um relatório de 2014 da Deloitte Digital, o Brasil é o líder mundial em vendas
influenciadas por dispositivos móveis, que são responsáveis por 40% do tráfego de
sites de e-commerce. As assinaturas de Internet mobile do país aumentaram quase
1.500% durante o período de 2009 a 2014.
A importância de ser mobile é muitas vezes uma necessidade, e não uma
escolha. Muitos mercados emergentes na Ásia-Pacífico, América Latina e África são
mobile-first, ou seja, o smartphone é o primeiro dispositivo habilitado para uso da
Internet que os consumidores acessam. Laptops e PCs são encontrados em muito
menos casas do que acontece nos países desenvolvidos.
Os mercados emergentes também são mais sensíveis ao comércio em redes sociais.
Segundo a pesquisa Hyperconnectivity 2014, da Euromonitor, na maior parte das
economias emergentes (como Índia, China, Colômbia e Peru), os consumidores são
duas vezes mais propícios a comprar um item usando uma plataforma de rede social
do que aqueles de países desenvolvidos. Em parte, isso ocorre porque os
consumidores de mercados emergentes tendem a ser mais voltados à comunidade e
estão dispostos a integrar uma rede social de compras se acreditarem que haverá
descontos.
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Atitudes da mulher jovem em relação à saúde e seu impacto
no mercado mundial
Gina Westbrook, diretora de briefings de estratégia
03 de setembro de 2015
As mulheres com menos de 30 anos hoje têm mais tempo e dinheiro para gastar com
elas mesmas, uma vez que postergam a maternidade e decidem seguir uma carreira,
fazendo com que o investimento em saúde preventiva se torne uma prioridade.
Com base nos resultados da pesquisa de Têndências Globais de Consumo da
Euromonitor International, nosso novo briefing de estratégia examina as atitudes das
mulheres jovens em relação à saúde e à forma física e as oportunidades que elas
trazem a uma série de mercados, entre eles o de controle de peso, suplementos
alimentares, alimentos e bebidas com posicionamento saudável e roupas esportivas.
Idade média da primeira gestação em mercados selecionados em 2014
Fonte: Euromonitor International
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O que influencia a saúde de mulheres jovens
Positivas




As mulheres são inspiradas a entrar em forma por celebridades fitness nas
redes sociais. Iniciativas de governos e das empresas para engajar as mulheres
em atividades físicas e esportivas.
Aumento da oferta de dispositivos e aplicativos fitness.
Crescente popularidade de eventos sociais de fitness, incluindo corridas
somente para mulheres e corridas temáticas.
Ênfase da mídia em saúde e nutrição, apoiada pelo desenvolvimento de novos
produtos nas áreas de alimentação saudável, emagrecimento e suplemenação
alimentar.
Negativas



Maior incidência de intolerâncias alimentares e crescente taxa de obesidade.
Pressão para se adaptarem aos ideais de beleza da mídia, levando à baixa
auto-estima e distúrbios alimentares.
Níveis mais elevados de estresse e ansiedade, devido ao ritmo de vida cada vez
mais acelerado e a mentalidade de estar "sempre por dentro".
As mulheres estão mais ativas
As mulheres ainda estão, de certa forma, atrás dos homens na participação em
esportes, um fato que tem sido parcialmente responsabilizado pela falta de cobertura
de esportes femininos pela mídia e, em parte, pelo estigma ligado à sua participação
em algumas sociedades.
Nos EUA, uma pesquisa do Tucker Center constatou que, apesar de 40% de todos os
participantes de esportes serem do sexo feminino, os esportes femininos recebem
apenas 4% de toda a cobertura esportiva na mídia. De acordo com a Fundação de
fitness e esportes femininos do Reino Unido (UK’s Women’s Sport and Fitness
Foundation, WSFF), apenas 7% da cobertura da mídia esportiva é dedicada ao esporte
feminino e apenas 0,4% do investimento comercial vai para os esportes só para
mulheres. A situação é semelhante na Austrália, onde uma pesquisa de 2015 concluiu
que as mulheres aparecem em apenas 7% da programação esportiva.
No entanto, evidências sugerem que nunca tantas mulheres se envolveram em
atividades físicas como hoje, inspiradas pelas redes sociais, celebridades fitness,
proliferação de dispositivos e aplicativos de fitness e esforços do governo e das
empresas para envolver as mulheres no esporte.
A influência das celebridades
As celebridades e os meios de comunicação são uma influência que rege as mulheres
jovens e suas atitudes em relação à saúde e às atividades físicas. Tem havido um
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aumento notável de modelos e celebridades femininas conscientes sobre a saúde que
servem de exemplo para as mulheres, como Miranda Kerr, Kelly Brook, Kim Kardashian
e Millie Mackintosh, que regularmente postam imagens da chamada "fitspiration"
(inspiração fitness) nas redes sociais, em que elas aparecem fazendo exercícios e
vestindo roupas de academia pequenas e ousadas. Em um post recente do Instagram,
por exemplo, a cantora Beyoncé Knowles realizou uma série de exercícios para
comemorar o quinto aniversário da campanha de Michelle Obama “Move More” (Movase mais), que teve mais de 829 mil curtidas.
Além disso, celebridades como Beyoncé e Kate Hudson lançaram suas próprias marcas
de roupas esportivas, a modelo americana Karlie Kloss e a cantora britânica Ellie
Goulding foram nomeadas embaixadoras da Nike. A Vogue americana, recentemente,
mostrou Serena Williams em sua capa e dedicou duas páginas inteiras aos segredos
fitness de modelos como Joan Smalls e Adriana Lima. A internet está até criando suas
próprias celebridades, fanáticos por fitness que inspiram os outros. Várias mulheres
instrutoras têm seguidores fiéis, como Jen Selter, que acumulou 6 milhões de
seguidores do Instagram, e Rachel Bråthen, uma instrutora de ioga com 1,3 milhões
de seguidores.
Ao mesmo tempo, inúmeros gurus de saúde estão ensinando as mulheres a viver
melhor por meio de seus livros campeões de vendas, blogs populares e seguidores fiéis
nas redes sociais.
Fitness funcional
Ao contrário dos homens, a principal motivação das mulheres fanáticas por fitness não
é obter músculos, mas queimar gordura e obter corpos tonificados e magros como os
exibidos por suas celebridades favoritas. Recentemente, as mulheres fitness têm tido
uma inclinação cada vez maior por exercícios anaeróbios. As mulheres jovens estão
cada vez mais presentes em treinamentos de resistência, muitas vezes incorporados
em programas de força/fitness funcional como o CrossFit.
Simultaneamente, houve um aumento de eventos competitivos fitness, como as
corridas de obstáculos Tough Mudder (corrida na lama), maratonas e triathlons, que
vêm atraindo um número cada vez maior de consumidoras casuais de produtos fitness.
A Tough Mudder transformou-se um fenômeno internacional e viu a participação
feminina quase dobrar, com um crescimento de 30% desde que começou, em 2010.
Saúde da mulher jovem: oportunidades para as empresas
A tendência para a maternidade tardia deverá continuar até o fim da década, deixando
muitas mulheres mais jovens livres para dedicar mais tempo e esforços para aparentar
e se sentir bem.
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Enquanto continuar a pressão sobre as mulheres jovens para seguir os ideais de beleza
da mídia, elas continuarão a seguir todos os tipos de dieta, impulsionando o mercado
de controle de peso.
Em consonância com o foco atual na saúde e nutrição, mulheres jovens exigirão menos
ingredientes artificiais e mais transparência corporativa no que diz respeito à origem
dos alimentos.
A contínua reação contra o açúcar abre oportunidades para que os fabricantes se
concentrem em mulheres jovens como público-alvo para os alimentos com baixo teor
de açúcar e produtos que incorporam mais adoçantes naturais, como estévia.
Bebidas saudáveis, como água de coco e superssucos de frutas, possuem um bom
potencial de crescimento entre este segmento de consumidores.
A crescente incidência de intolerâncias alimentares ajudará a manter a forte demanda
por produtos "que não contêm...", que também se beneficiarão de uma maior
disponibilidade em grandes varejistas.
As mulheres jovens conduzirão a tendência em direção a alimentos sem carne, devido a
preocupações com o bem-estar dos animais, a sustentabilidade ambiental e a saúde
pessoal.
Há potencial para aumentar o segmento de vitaminas, suplementos alimentares e
mercados de nutrição esportiva, com produtos adaptados especificamente às
necessidades das mulheres jovens.
As mulheres jovens continuarão a adotar a tendência fitness, seja se matriculando em
uma academia, participando de eventos de corrida, ciclismo e obstáculos, entrando em
equipes esportivas ou realizando atividades mais holísticas, como ioga e pilates. Isso
alimentará um mercado forte para roupas esportivas especificamente femininas.
Há ainda um enorme potencial para atingir mulheres jovens com produtos de
vestimenta tecnológicos e os aplicativos a eles associados, bem como uma
oportunidade para criar redes sociais dedicadas às mulheres entusiastas do fitness.
Fonte: Euromonitor International
Este artigo analisa algumas das tendências que foram identificados pela equipe de briefing de estratégia da
Euromonitor International em Saúde das mulheres jovens: Atitudes globais em direção à saúde, fitness e
bem-estar entre pessoas com menos de 30 anos e seu impacto no mercado. Os briefings de estratégia oferecem uma
perspectiva única sobre tendências emergentes em todo o mundo. Buscando atender estrategistas e planejadores, eles
se baseiam na riqueza de conteúdo da Euromonitor International para dar uma visão privilegiada de todos os mercados
e segmentos de consumidores.
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Perspectivas sobre os consumidores sêniores nas Américas
Euromonitor
15 de outubro de 2015
O consumo de bens e serviços por um público mais velho tem crescido nas Américas, a
medida que há um número cada vez maior de aposentados pensionistas e aumento na
oferta de produtos projetados para atender às suas necessidades. Além disso,
enquanto muitos baby boomers estão optando por permanecer ativos em uma idade
mais avançada, outros escolhem uma aposentadoria precoce, tomando a decisão de
“mudar suas vidas” mesmo antes de fazer 60 anos. Os idosos mais “tradicionais”, por
sua vez, também estão ficando mais ativos, superando facilmente a média de
expectativa de vida e motivando uma separação entre as chamadas terceira e quarta
idades.
Principais tendências
 Um segmento em expansão;
 Mais atividade, melhor;
 Inclusão digital.
Oportunidades comerciais
 Ter preços diferenciados é uma boa estratégia para atrair consumidores mais
velhos. Cobrar preços mais baixos para os aposentados foi implementado em
polos de turismo, cinemas, clubes e até mesmo supermercados;
 O aumento da expectativa de vida nas Américas está fortalecendo os números
de dois grupos de consumidores aposentados com diferentes padrões de
consumo: a terceira e quarta idades;
 Os nativos digitais tornaram-se os melhores professores de tecnologia para
idosos, impactando uma grande variedade de mercados.
Contexto
O estilo de vida dos aposentados nas Américas mudou significativamente nas últimas
duas décadas, graças ao maior alcance do bem-estar social e ao aumento da
expectativa de vida, entre outros fatores. Os aposentados de hoje consomem mais e
em mercados mais diversificados do que seus pares da década de 90. Embora o poder
de compra dos aposentados latino-americanos ainda seja fraco em comparação com
seus pares americanos e canadenses, eles agora estão desfrutando de viagens de lazer
e um aumento no consumo de bens culturais, alimentos e serviços de saúde. Na última
década, aproximadamente 11 milhões de adultos com mais de 65 anos que
anteriormente estavam fora do sistema de assistência social foram incorporados e
começaram a receber algum tipo de benefício de aposentadoria, de acordo com
estatísticas divulgadas pelo Banco Mundial em 2014.
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Com mais dinheiro em seus bolsos, aposentados são capazes de manter seus padrões
de vida ou até mesmo melhorá-los. No entanto, milhões de aposentados ainda obtêm
dinheiro com parentes ou mesmo são obrigados a assumir um emprego de meio
período para conseguir pagar as contas do mês, pois a maioria deles recebe as
pensões mais baixas do sistema. Em 2015, apesar do aumento dos últimos dez anos,
os pagamentos de pensão mínima chegaram a US$ 440 na Argentina, no Brasil, US$
300 e US$ 270 na Colômbia. Peruanos e mexicanos aposentados obtêm apenas US$
130 e US$ 110 por mês, respectivamente, de acordo com o Banco Mundial.
Aposentados tendem a manter hábitos extremamente ativos no Canadá, nos EUA e no
sul da América Latina, onde os sistemas de assistência social são mais inclusivos e
mais bem preparados para atender às suas necessidades. Na América Central e no
Caribe, assim como em países como México e Colômbia, menos da metade dos
aposentados recebe pensões do Estado e suas vidas tendem a ser mais passivas.
Um segmento em expansão
Hoje em dia, a noção de aposentadoria e seu estilo de vida é visivelmente diferente da
de anos atrás. Para começar, os aposentados não são mais um grupo homogêneo,
mas é possível identificar três grandes categorias. O primeiro é formado por homens e
mulheres entre 55 e 65 anos de idade que decidiram “mudar de vida” e deixaram seus
postos de trabalho assalariado em uma idade mais precoce. Eles fogem de conceitos
como horários, estresse e vidas ocupadas; muitos deles enfrentam separações de seus
parceiros de toda vida e têm mais tempo, porque seus filhos tornaram-se
independentes.
Embora esse grupo permaneça ativo e ainda com alguma renda, seus empregos são
mais como hobbies, e, portanto, seus participantes se consideram “aposentados”. Isso
é especialmente verdadeiro para pessoas de média e alta rendas em países como
Canadá, EUA, México, Chile e Argentina; sendo que muitos deles deixaram seus postos
de trabalho, assalariado e com benefícios, durante a última crise financeira global.
Os membros da chamada “terceira idade”, que possuem entre 65 e 80 anos, compõem
a segunda categoria. Hoje em dia, eles são saudáveis e ativos e enfrentam essa parte
da vida com alguns medos, mas de forma positiva e planejada. Milhares de livros e
dezenas de sites são dedicados a este grupo com o intuito de ensiná-los a aproveitar
sua idade ao máximo. A repórter Emily Brandon, da USnews.com, descreve a terceira
idade como um momento para se “reinventar” e permanecer ativo com viagens à praia
e campos de golfe, mas também como um momento para desfrutar de sua casa ou até
mesmo voltar a estudar. Brandon acrescentou que a terceira idade é um tempo para o
voluntariado, tentar uma segunda carreira (uma próxima de seus hobbies) ou mesmo
transformar-se em um empreendedor tardio.
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O último grupo é talvez aquele que se desviou menos do conceito tradicional da
senioridade: a “quarta idade”, também conhecida como “a idade muito avançada”
entre especialistas em Gerontologia. O conceito foi desenvolvido pelo historiador da
Universidade de Cambridge, Peter Laslett, para descrever "o tempo de degeneração
física que termina na morte". Na visão de Laslett, a terceira idade é "o tempo de
realização pessoal", no qual as pessoas fazem tudo que podem para expandir e reduzir
assim a quarta idade, onde as atividades e liberdades pessoais diminuem devido às
limitações físicas.
Quanto mais atividade, melhor
Para os aposentados nas Américas, manter uma vida ativa, amizades e um senso de
importância social são prioridades não negociáveis. De fato, a edição de agosto da
pesquisa Analyst Pulse da Euromonitor International, que trouxe um feedback da nossa
rede mundial de pesquisadores sobre as atitudes e hábitos dos consumidores, lança luz
sobre o fato de que mais aposentados estão propensos a fazer mais coisas nas
Américas do que em outras partes do globo. Mais da metade dos aposentados nos
Estados Unidos, Canadá e Caribe executam ao menos 12 entre 17 atividades sugeridas
na pesquisa, quase o dobro do que em todas as outras regiões.
Passar um tempo com cônjuge/companheiros, amigos e parentes é uma atividade
bastante popular e apreciada em toda as Américas, bem como ter hobbies pessoais.
Sair para locais de entretenimento, como cinemas, teatros e restaurantes, também é
popular, embora em menor grau.
Viajar para destinos nacionais e internacionais é outro favorito entre os aposentados.
Em países como Uruguai, Argentina, Chile e sul do Brasil, viajar é um os maiores
prazeres e “luxos” cobiçados pelos aposentados. Viajar para o exterior é comum entre
os canadenses e mesmo para certos segmentos demográficos nos EUA, que viajam
para países do Caribe ou do México com certa frequência. Os viajantes jovens e
aposentados vivem experiências diferentes nas Américas. A maioria das viagens
organizadas para este último são especialmente organizadas por clubes, igrejas ou
agências de turismo, já que algo muito procurado entre eles é ter alguma companhia,
independentemente do destino.
O trabalho voluntário é forte no Canadá e nos EUA, bem como se exercitar e participar
de atividades saudáveis – uma diferença expressiva em comparação com a América
Latina.
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Atividades de aposentadoria desejadas nas Américas
Fonte: Pesquisa Analyst Pulse da Euromonitor International; Agosto de 2015
Observação: A pergunta original era "Pensando no futuro da sua aposentadoria (independente de quando ela
acontecer), quais são as atividades que você pretende fazer? Selecione todas as opções aplicáveis”
Inclusão digital
A tecnologia não é mais um tabu para os idosos, que veem agora as redes sociais
como uma oportunidade de ficar em contato com amigos, parentes e conhecidos.
Jogos e outros programas de computador são considerados “saudáveis”, porque
permitem manter sua mente ativa, retardando a deterioração das faculdades mentais.
Conforme nativos digitais crescem, eles se sentem naturalmente inclinados a ensinar
os idosos e incentivá-los a serem mais ativos. O site especializado
seniorcarecorner.com diz que os idosos veem as redes sociais como uma oportunidade
para compartilhar mais coisas com sua família, sentir-se parte de uma comunidade e
até mesmo obter cupons e outros descontos para suas compras.
Em 2014, de acordo com o Pew Internet Centre, cerca de 56% dos usuários de
Internet com mais de 65 anos usam o Facebook nos Estados Unidos, um forte
aumento em comparação aos 45% do ano anterior.
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De acordo com a comScore, 45% dos usuários de internet com mais de 65 anos nas
Américas usaram as redes sociais este ano. A inclusão digital é uma tendência
emergente por vários motivos: maior curiosidade, crescimento de nativos digitais e
iniciativas públicas e privadas para promover inclusão. A penetração da Internet e das
redes sociais entre os idosos é quase completa em alguns países. Um deles é a
Argentina. Lá, de acordo com a comScore, as redes sociais atualmente atingem até
96,8% da população online com mais de 55 anos, superando categorias como notícias
e informações, que têm 92,4%.
Jorge Luis Falcón, um renomado médico e médico-chefe da Clínica y Maternidad Suizo
Argentina, um centro de cuidados de saúde em Buenos Aires, apontou em entrevista
ao jornal La Nación que "a parcela de idosos de classe média que usa as redes sociais
é alta", de acordo com seus pacientes. Um deles é Martha Lavizzari, de 81 anos, que
esclarece que sua atividade favorita no Facebook inclui jogar Candy Crush e Pet
Rescue com seus netos. Lavizzari está sempre atenta aos novos recursos que eles lhe
ensinam ao "escrever tudo em um pequeno pedaço de papel para não esquecer como
funcionam" e praticá-los mais tarde, quando está sozinha em casa.
Atividades comuns de aposentados na América do Norte e América Latina
Fonte: Pesquisa Analyst Pulse da Euromonitor International; Agosto de 2015
Observação: A pergunta original era "Quais são as atividades comuns entre os aposentados do seu país? Selecione
todas as opções aplicáveis”.
Perspectivas
"Pensando no futuro de sua própria aposentadoria, quais são as atividades que você
pretende fazer?" Esta questão foi incluída na edição de agosto da pesquisa Analyst
Pulse. Os resultados foram esmagadores: quase todos os respondentes querem ter e
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compartilhar experiências, mas poucos deles incluíram o termo “comprar” em suas
respostas.
Investir em auto presentear-se com roupas, serviços de spa e novas tecnologias
também tem atraído algumas poucas respostas. Por outro lado, a maioria dos
aposentados nas Américas procurará viajar (89% dos entrevistados disse que viajarão
para destinos internacionais nas Américas e 78% irão fazer viagens nacionais), terá
hobbies pessoais (76%), passará tempo com o cônjuge/companheiro (74%), jantar
fora (71%) ou passar tempo com os amigos (71%). Um pequeno número de
entrevistados planeja atividades como participar de jogos de tabuleiro ou de cartas
(16%), compras (30%) ou gastar dinheiro em seus cônjuges/companheiros
(33%). Isso é relevante, levando-se em conta o fato de que o número de pessoas
com idade superior a 85 anos será seis vezes maior nas próximas décadas.
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A diversidade cultural e suas implicações econômicas nos
principais mercados do mundo
Gina Westbrook, Diretora de Briefings de estratégia
05 de maio de 2015
Recentemente, a Euromonitor International lançou o briefing de estratégia “Cultural
Diversity and its Impact on Global Consumer Markets” para analisar o surgimento de
novas oportunidades para as empresas e a mudança na forma tradicional de marketing
de um tipo étnico para uma abordagem multicultural, com base em dados de
imigração de 2008 a 2013. Os principais drivers por trás dessas tendências são:
- A combinação de mudança étnica, cultural e religiosa nas sociedades ocidentais está
tendo profundo impacto sobre o estilo de vida dos consumidores, seu comportamento
de compra e nas estratégia das empresas.
- As comunidades minoritárias costumam se identificar entre si, com base em fatores
que as diferenciam da maioria da população ou de outras minorias, como por exemplo,
uma ancestralidade comum ou mesmo elementos de cultura, idioma ou religião.
Migração 2013: Principais países
Fonte: Euromonitor International
Os principais fatores que determinam a mistura étnica e cultural de uma população
são: pessoas transitando mais entre países a trabalho, lazer ou estudo; os fenômenos
da migração e asilo; e o fato de que geralmente as comunidades étnicas possuem
taxas maiores de natalidade.
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O fenômeno da migração

Do ponto de vista econômico, os migrantes contribuem para a prosperidade
dos países que os recebem, ajudando a preencher lacunas de emprego, quando
necessário, rejuvenescendo populações envelhecidas e a força de trabalho.

A migração também está contribuindo fortemente para o aumento da
urbanização e da população em geral nos mercados onde as taxas de
natalidade estão estagnadas.

Em 2013, os EUA registraram o maior número de cidadãos estrangeiros entre
as nações desenvolvidas, com mais de 22 milhões. Boa parte deste aumento de
populações étnicas deve-se às maiores taxas de natalidade entre os hispânicos
naturalizados ou de segunda geração.

As comunidades asiáticas estão crescendo fortemente em países como os EUA,
a Austrália e o Canadá. Os asiáticos recentemente ultrapassaram os hispânicos
com a maior onda de novos imigrantes nos EUA, já que o aumento da
fiscalização das fronteiras reprimiu a imigração ilegal pelo México.

Outros mercados desenvolvidos com substanciais populações estrangeiras
incluem a Austrália (8 milhões de cidadãos nascidos no exterior) e a Alemanha
(8 milhões de estrangeiros residentes).

A Austrália tornou-se a nação mais diversa do mundo, com pessoas nascidas no
exterior totalizando 31% de sua população total, e uma taxa de migração
líquida de 9,8 a cada 1.000 habitantes em 2013.
Principais tendências de migração econômica

Os fluxos de imigração na Europa continuaram acelerados. Na Itália, o número
de cidadãos estrangeiros disparou em 51% entre 2008 e 2013. A Itália já foi
um país de emigração em massa, mas agora é o primeiro porto de escala da
Europa para migrantes econômicos que vêm da África navegando pelo
Mediterrâneo.

Outros mercados-chave em que as populações estrangeiras cresceram
fortemente durante o período analisado incluem o Reino Unido (24%) e o
Canadá (11%). A crise Síria trouxe milhares de refugiados à Turquia, fazendo
com que sua população estrangeira crescesse em 131% durante o período
analisado.

A Suíça é um destino muito popular para imigrantes, devido à sua riqueza,
oportunidades de emprego e salários altos. No entanto, suas leis rigorosas
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colocam barreiras na naturalização e, em 2013, cerca de 23% de sua
população era estrangeira.

A proporção de cidadãos estrangeiros residentes no Japão e na Coreia do Sul é
ainda muito baixa, menos de 2% de suas populações. Isso pode mudar nos
próximos anos, já que o Japão, que se depara com baixas taxas de natalidade e
o envelhecimento de sua população, procura trazer trabalhadores altamente
qualificados do exterior.

A Espanha testemunhou um declínio impressionante na imigração ao longo do
período analisado (2008-2013), já que sua taxa de desemprego disparou após
a recessão de 2008. Em 2013, mais de meio milhão de pessoas deixaram a
Espanha, causando um declínio de -152.000 da migração naquele ano.
Razões por trás da migração

Para muitos migrantes econômicos, a principal razão para viajar ao exterior
para trabalhar é a possibilidade de enviar dinheiro às suas famílias em seu país
de origem. Países em desenvolvimento, como a Índia, o Paquistão e as
Filipinas, por muito tempo experimentaram uma "fuga de cérebros" de
trabalhadores qualificados para países mais ricos.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados
(ACNUR), havia cerca de 17,9 milhões de requerentes de asilo/refugiados
fugindo de perseguições, conflitos, violências ou violações dos direitos humanos
em 2013.

Um número crescente de jovens está optando por estudar ou trabalhar no
exterior, especialmente em países de língua inglesa. A China envia o maior
número de estudantes para outros países, enquanto os EUA são a nação que
mais recebe estudantes internacionais.
Perfil sócio-demográfico dos migrantes

Os migrantes tendem a ser mais jovens do que a população em geral e têm
famílias maiores. Eles tendem a se aglomerar nas grandes cidades, apesar de a
segunda e terceira geração de migrantes estarem se movendo em direção aos
subúrbios e zonas semi-rurais.

As taxas de pobreza entre os migrantes estão em declínio em alguns países e
estudos mostram que os grupos minoritários possuem mais poder econômico
do que nunca, pois vêm se tornando mais instruídos e isso está contribuindo
para que eles tenham um maior poder de compra.
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
Nos EUA, os asiáticos-americanos são o grupo com maior renda e os mais
instruídos do país, sendo que 61% das pessoas oriundas da Ásia nos últimos
anos possuem, no mínimo, diploma universitário.

Níveis mais elevados de educação entre os consumidores afro-americanos
resultaram em um aumento do seu rendimento familiar, com 44% de todos os
domicílios afro-americanos agora ganhando US$ 50.000 por ano ou mais e 23%
ganhando acima de US$ 75.000 por ano.

No Reino Unido, o homem médio indiano-britânico tem uma renda maior do
que seu equivalente branco, e pesquisas mostram que o poder aquisitivo da
comunidade negra e de minorias étnicas subiu de apenas £ 32 milhões em
2001 para £ 300 bilhões em 2011.

Na Alemanha, estima-se que consumidores turcos gastem cerca de € 2,3
bilhões em bens de consumo anualmente, e que a mais recente onda de
imigrantes da Polônia seja, atualmente, a minoria mais instruída do país. Dois
terços dos imigrantes poloneses concluíram o ensino médio ou superior.
Diversidade religiosa

Como resultado da contínua imigração para mercados desenvolvidos e das
maiores taxas de natalidade entre as minorias existentes, a diversidade
religiosa está crescendo. Em particular, tem havido um aumento significativo no
número de muçulmanos em toda a Europa, América do Norte e Australásia.

De acordo com o site islamicpopulation.com, a Europa (incluindo a Rússia)
agora é lar de aproximadamente 51 milhões de muçulmanos, enquanto 7
milhões vivem na América do Norte.

A França tem a maior população muçulmana da Europa Ocidental, equivalente
a mais de 7% da população total, enquanto mais de 5% da população da
Áustria, Alemanha, Grécia, Holanda e Suíça é muçulmana.

Estimou-se haver cerca de 13,9 milhões de judeus no mundo em 2013, o que
equivale a apenas 0,2% da população mundial. Muitos países têm uma
pequena população judaica, mas um total de 82% desta comunidade está
concentrada em Israel e nos Estados Unidos.
Este artigo analisa algumas das tendências decorrentes da maior diversidade cultural, identificadas pela equipe de
briefing de estratégia da Euromonitor International, e seu impacto nos mercado mundial de consumo. Os briefings de
estratégia oferecem uma perspectiva única sobre tendências emergentes em todo o mundo. Buscando atender
estrategistas e planejadores, eles se baseiam na riqueza de conteúdo da Euromonitor International para dar uma visão
privilegiada de todos os mercados e segmentos de consumidores.
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Sobre a Euromonitor International
A Euromonitor International é uma das principais empresas de inteligência de negócios e
análise estratégica sobre o mercado de bens de consumo e serviços no mundo. Temos mais de 40
anos de experiência no levantamento de dados e publicação de relatórios detalhados sobre o
mercado em âmbito internacional.
Por meio de nosso banco dados global, Passport, conectamos nossa pesquisa com os objetivos e
planejamento anual de sua empresa, analisando o contexto de mercado, a concorrência e as
novas tendências que impactam os negócios.
O Passport fornece estatísticas, análises, relatórios, pesquisas e últimas notícias sobre setores do
mercado de consumo e dados socioeconômicos de diversos países. Por isso, empresas em todo o
mundo contam com dados da Euromonitor para desenvolver e expandir as oportunidades de
negócios, responder questões táticas importantes e embasar suas decisões estratégicas.
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A Euromonitor International tem sede em Londres, com escritórios regionais em Chicago, Sao
Paulo, Cingapura, Xangai, Vilnius, Santiago, Dubai, Cidade do Cabo, Tóquio, Sidney e Bangalore, e
possui uma rede de mais de 800 analistas em todo o mundo.
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