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ATENAS - CURSOS
CURSO DE CAPACITAÇÃO EM AEE
ELIANE DA LUZ USSENCO
PROJETO : A estimulação precoce de crianças com necessidades especiais
SUMÁRIO
1 PARTE I: PESQUISA .......................................................................................... 3
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA: ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA ....... 3
1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 3
1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 4
2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DO ESTÁGIO ....................................................... 6
2.1 METODOLOGIA ............................................................................................... 6
2.2 CRONOGRAMA ....................................................................................................... 7
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 7
3
1 PARTE I: PESQUISA
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA: ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA
O povo brasileiro é rico em cultura, em especial as brincadeiras e jogos despertam
prazer e envolvimento, principalmente entre os pequenos. Ao passo que a criança
vivência seus medos, emoções, sentimentos de solidariedade, desafio, saber dividir,
traçar estratégias e criatividade, ela inventa e cria o seu mundo a sua maneira.
A criança com necessidades especiais não é diferente, o brincar possibilita muitas
descobertas, desafios, desenvolver habilidades diárias e a conviver melhor na sociedade.
Nessa perspectiva, as atividades psicomotoras e lúdicas, envolvendo a estimulação
precoce são fundamentais, a fim de prevenir, retardar ou minimizar efeitos neurológicos,
motores ou psicológicos.
É importante que assim que for diagnosticada a criança já seja estimulada, ela
amplia suas potencialidades de desenvolver as habilidades, a autonomia e a sua maior
independência. Portanto, é preciso que a AEE observe a educação especial não apenas
pelas dificuldades dos sujeitos envolvidos, mas pelas suas potencialidades que podem
ser desenvolvidas.
O brincar sobre tudo, contempla inúmeras possibilidades psicomotoras de forma
prazerosa e mais natural, pois muitas vezes o medo por desafiar a criança, a insegurança
dos pais em dar oportunidades para que o filho desenvolva sua autonomia, limita suas
potencialidades, tentativas, cujo momento propício era aquele.
Nesse enfoque, a estimulação tanto a precoce como a essencial visam a inclusão do
individuo em todos os âmbitos, seja familiar, escolar, social, emocional, psicológica e
cognitiva. Pois quanto mais ricos forem os incentivos, maiores serão as aprendizagens.
Área de concentração: A estimulação em sala de recursos
Tema: A estimulação de crianças com necessidades especiais.
1.2 OBJETIVOS
De acordo com o tema delimitado anteriormente, A estimulação de crianças com
necessidades especiais. Pode-se definir os seguintes objetivos:
-
Identificar
a
importância
da
estimulação
precoce
e
essencial
para
o
desenvolvimento integral da criança com necessidades especiais.
- Compreender a aquisição de conhecimento quando a criança está exposta a
situações psicomotoras e lúdicas.
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- Ampliar as aprendizagens sobre as relações que envolvem a AEE na estimulação,
proporcionando o retardo, prevenção ou amenizando a gravidade neuropsicológica das
crianças com necessidades especiais.
1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Desde o nascimento o bebê inicia a descoberta de si e do mundo que o cerca. E
suas maiores conquistas só serão possíveis graças as primeiras vivencias, ao manipular,
se debruçar, imitar, rolar, fazer caretas, gestos e tantas outras facetas realizadas já nos
primeiros meses de vida. Pois, é brincando que o bebê é capaz de desenvolver
habilidades cognitivas, corporais, espaciais, sentimentos de alegria, tristeza, frustração,
entre outros, que se manifestam no ato lúdico. Uma vez que, o convívio e a interação com
o meio se tornam fator estimulante e primordial nessa idade.
Sabe-se que os primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento
humano. Também é nesse período que as funções sinápticas (cerebrais) são formadas.
Por isso, ao perceber aspectos que apresentem ou possam a vir apresentar atraso no
desenvolvimento neuropsicomotor, é importante iniciar um trabalho voltado para a
estimulação precoce que destina-se a crianças de 0 à 3 anos de idade, onde serão
estimulados movimentos sensoriais, os movimentos normais, sentar, rolar, se debruçar,
engatinhar, se comunicar, se socializar e a cognição. “Uma Intervenção Precoce pode
amenizar, diminuir e até propiciar a modificação radical de um quadro deficitário em uma
criança.” (ARAUJO; SOUZA, 2011, p. 3)
Dessa forma, a estimulação precoce envolve um conjunto variado de atividades,
recursos e incentivos, sejam eles ambientais ou humanos, que buscam oportunizar
desde bebê um desenvolvimento de acordo com a suas necessidades, na sua
integralidade, proporcionando aprendizagens significativas.
Dos 3 anos aos 12 anos de idade a estimulação passa a ser essencial, que de
acordo com Araujo; Souza (2011) visa o reforço da estimulação precoce, e atividades
destinadas a vivência
diária, a ampliação cognitiva, motora, psicológica, voltados a
funcionalidade humana, estimulando a independência , a adaptação conforme o seu
desenvolvimento.
Por isso, a estimulação na sala de recursos, requer um esforço contínuo, repetitivo
e em parceria com a família e a sala de ensino normal. Conforme, Souza (2014, p.2) o
trabalho de “estimulação precoce quando realizado de forma constante, adequada e
direcionada a cada necessidade específica de cada criança é o diferencial para a
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formação da criança como sujeito ativo e protagonista de sua inclusão no meio familiar,
escolar e social.”
Nesse enfoque, a necessidade de uma postura interdisciplinar é fundamental para
que as pessoas com necessidades especiais se sintam realmente parte integrante do
ambiente que frequentam. Dentre as atividades que promovem conhecimentos e
sensações se encontra a ludicidade e a psicomotricidade.
A ESTIMULAÇÃO PRECOCE E SUA RELAÇÃO COM O LÚDICO
O brincar é uma atividade envolvente e própria da infância, pois impulsiona o
desenvolvimento motor, cognitivo, psicológico, social e afetivo. Brincando a criança
aprende a se conhecer melhor, se relacionar, criar vínculos, exercer a criatividade e
imaginação.
Nesse contexto, segundo Santos (2010, p. 12) “o brincar e o jogar são
manifestações humanas carregadas de magia, encantamento, satisfação pessoal, prazer
e, em certos casos, desprazer. Desprazer porque a ludicidade trabalha com as emoções,
não significando apenas lidar com atividades prazerosas.”
Dessa forma, as brincadeiras e jogos representam um universo ao mesmo tempo
complexo e simples, pois é preciso trabalhar com amplo repertório de ensinamentos, não
apenas facilitadores das atividades diárias e pedagógicas, mas também psicológicas, que
envolvem desde o amor, a felicidade, a alegria do brincar, assim como a raiva, o medo, a
tristeza que podem surgir.
Ao conhecer-se melhor, a criança adquiri sua própria personalidade, explora suas
limitações, amplia sua autonomia e habilidade para lidar com o mundo interior e exterior.
Por isso, as brincadeiras, jogos entre outros recursos devem ser construídos e pensados
para as necessidades da criança, atende as suas especificidades. Conforme Souza
(2014, p. 11) a ludicidade deve:
promover e a desenvolver habilidades com a construção de conhecimentos
teóricos e práticos tanto em relação a objetos ou coisas quanto em relação a seu
corpo onde ela possa compreender a noção de tempo e espaço, seus sentidos
remanescentes e a sua interação com o convívio de crianças da sua realidade e
de realidades diferentes. Sejam essas crianças com algum tipo de deficiência ou
não.
Portanto, é preciso que se estabeleçam relações entre a família e a escola, onde
uma seja parceira da outra, cada qual com suas responsabilidades, mas que exista um
esforço mutuo, onde a criança com necessidades especiais possa ampliar seu processo
de desenvolvimento, obtendo múltiplas aprendizagens.
A ESTIMULAÇÃO PRECOCE E A PSICOMOTRICIDADE
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A psicomotricidade é algo fundamental nas atividades de estimulo e apoio a criança
com necessidades especiais, já que requer a interdisciplinaridade entre diferentes áreas
do conhecimento, complementando e interagindo com as diferente partes do corpo.
Para Souza ( 2014, p. 8) “A estimulação com a psicomotricidade tende a
desenvolver a maturação do neuromotor durante os seus anos iniciais, possibilitando
interar o cognitivo com o corpo. Essa interação é o elo entre sentidos e movimentos
corporais.”
Dessa forma, atividades psicomotoras possibilitam o desenvolvimento não somente
de capacidades motoras, mas de certa forma também cognitivas. Em muitos casos, as
dificuldades intelectuais estão ligadas as dificuldades locomotoras, dos membros
superiores, inferiores e obstáculos ainda maiores nas atividades mimunciosas.
Navarro (2004) pontua que as habilidades motoras infantis podem ser divididas em
duas grandes categorias:
1. As posturais e de motricidade ampla: como levantar a cabeça, engatinhar, rolar,
debruçar, sentar, caminhar e correr.
2. As de motricidade fina: agarrar e manipular objetos segurando com a mão, com
os dedos, entre outros. Que utilizem a tensão e o relaxamento dos músculos das
mãos.
Por isso, as “pequenas habilidades” (vistas pelos adultos) que o bebê adquiri, são
grandes superações e marcos em seu desenvolvimento. Em crianças especiais esse
processo é ainda mais delicado, por isso, algumas de suas limitações podem ser
percebidas ainda quando bebê.
Ainda segundo Navarro (2004, p. 23) o desenvolvimento motor segue dois padrões
para alcançar o domínio das destrezas: o céfalo-caudal e o próximo-distal:
que nas conquistas das habilidades
motoras primeiro é adquirido o controle da cabeça, em seguida do
tronco e dos braços, mais adiante das pernas e finalmente dos pés e
dedos. Ou seja, este domínio ocorre de cima para baixo.
O padrão céfalo-caudal estabelece
Portanto, essas etapas de evolução podem ser estimuladas desde pequenos e
possuem grandes êxitos quando se parte da curiosidade da criança e do que desperta o
seu interesse. Quanto mais cedo se iniciem as atividades psicomotoras melhor para a
criança. Porém o que ainda ocorre muitas vezes é a super-proteção, a privação da
socialização e as dificuldades em admitir e aceitar que o filho é especial, retardando
atividades que contribuiriam muito no desenvolvimento de habilidades e conhecimentos.
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2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DE ESTÁGIO
2.1 METODOLOGIA
O trabalho se caracterizou por pesquisa bibliográfica, entrevista com professores da
APACE
(Associação Passofundense de Cegos) no município de Passo Fundo, que
realizam trabalho de habilitação, reabilitação, estimulação de crianças e adultos, onde foi
possível verificar atividades relacionadas aos deficientes visuais, com espaço para
brinquedoteca e recursos psicomotores e lúdicos instigadores da aprendizagem.
2.2 CRONOGRAMA
Data
Turno
_12_/_02_/_2015___ Manhã
Atividade
Entrevista e diálogo sobre a
estimulação precoce.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Maria José. Estimulação precoce. Disponível em: <
http://canarana.apaebrasil.org.br>. Acesso em: 7 de jun. 2015.
NAVARRO, Adriana de Almeida. Estimulação precoce: Inteligência emocional e
cognitiva.Trad. e adap. Grupo Cultural, 2004.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. O brincar na escola: Metodologia Lúdico-vivencial,
coletânea de jogos, brinquedos e dinâmicas. : 1. ed. Petrópolis, Rj; Vozes, 2010.
SOUZA, Everton de. A importância da estimulação precoce para as crianças com
deficiência visual. Artigo ciêntifico – Universidade de Passo Fundo, Florianópolis, 2014

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