Abril de 2016 - Universidad Católica Argentina

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Abril de 2016 - Universidad Católica Argentina
Departamento de Investigación “Francisco Valsecchi”
Programa de Desarrollo e Instituciones
INFORME DE ECONOMÍA E INSTITUCIONES
Año 9 – Número 2
Abril de 2016
Índice
Resumen Ejecutivo.................................................................2
Columnas:
■
Uma situação tão negativa quanto inacreditável
María Antonieta del Tedesco...................................................3
■
¿Romperá Macri el pacto dirigencial de la decadencia Argentina?
Gerardo Sanchís Muñoz.........................................................6
■
Tiempos de Despegue: Desarrollo Integral
José María Dagnino Pastore....................................................9
Editor: Dr. Marcelo F. Resico
Asistente de Edición: Facundo Ulivarri
Email: [email protected]
Tel: 4338-0649
El contenido del presente informe es responsabilidad de sus autores y no compromete la opinión de la Universidad Católica Argentina,
se autoriza su reproducción citando la fuente. Los autores ceden sus derechos, en forma no exclusiva, para que se incorpore la versión
digital de los artículos al Repositorio Institucional de la Universidad Católica Argentina, o a otras bases de datos que se considere de
relevancia académica.
Abril de 2016
Resumen Ejecutivo
El Informe de Economía e Instituciones cuenta con tres columnas que abordan
cuestiones teóricas y de política económica relacionadas con la temática de la
economía y las instituciones.
En la primera columna, Uma situação tão negativa quanto inacreditável
(Una situación tan negativa como increíble), la columnista analiza la
situación actual delicada de la política y economía brasilera, ante los distintos
hechos sucedidos.
En la segunda columna, ¿Romperá Macri el pacto dirigencial de la
decadencia Argentina?, el autor plantea como la corrupción ha hecho que la
democracia se degrade en el neopatrimonialismo, donde los políticos elegidos
terminan apropiándose del estado en nombre de terceros y para usufructo
propio. En nuestro país esto se ha llevado a cabo a través de la usurpación de
cargos públicos, pasando por arriba el requisito de idoneidad del art. 16 de la
Constitución Argentina, además de los concursos, carreras y demás sistemas de
mérito. Hoy en el nuevo gobierno existe el riesgo de caer en lo mismo debido a
la gran cantidad de puestos que se deben reemplazar de funcionarios que
llegaron de manera ilegítima por haber pertenecido a La Cámpora. Por otro lado
el exceso de gente de la función privada podría significar que solo el éxito
empresarial habilita para algo mas complejo como la función pública, sin olvidar
que se puede perder imparcialidad, dado que el sector privado es el que más
debe controlar el estado, sumado a que varios empresarios suelen estar
emparentados con los sectores neopatrimonialistas.
Por último en la tercera columna, Tiempos de Despegue: Desarrollo
Integral, el columnista menciona la etapa nueva que se vive en la política
nacional como una nueva oportunidad de realizar aquella transformación
estructural necesaria para encauzar los destinos del país. Los rasgos de esta
transformación deben ser de integración, hacia fuera (inserción) y hacia adentro
(desarrollo). Hoy en día el rol protagónico para el despegue del país corresponde
al desarrollo, que posee tres líneas para su despegue: la estabilidad económica,
la productividad y la inversión. Finalmente, hay que tener en cuenta que existen
urgencias que es necesario tratar, las cuales son la erradicación de la pobreza y
la educación.
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Columnas
Uma situação tão negativa quanto inacreditável
Por Maria Antonieta Del Tedesco Lins
As notícias que saem do Brasil para o mundo vêm se superando em seu caráter
negativo mês a mês desde 2015. Primeiro foi a constatação de que a situação
econômica estava muito mais deteriorada do que se deixou acreditar durante a
campanha eleitoral de 2014, junto com a apresentação de um programa duro e
inevitável de ajuste fiscal. Em seguida, como um movimento concatenado à
piora nas expectativas sobre a economia e expressando a divisão do país
ilustrada pelo resultado das eleições, o governo e a presidente da república
foram vendo seu nível de rejeição aumentar de maneira meteórica.
Neste mesmo espaço apresentei mais de uma vez várias críticas à política
econômica de Dilma Rousseff durante seu primeiro mandato. Penso que este
talvez tenha sido seu ‘crime’ mais grave e certamente o detonador doquadro de
crise que vive agora.
A explicação da atual crise econômica e política brasileira, um processo
eminentemente doméstico, tem sido feita nos últimos meses de forma bastante
simplificada pela mídia e por parte dos analistas. Um exemplo do tipo de síntese
que se tem visto seria a leitura da crise como a expressão do esgotamento de
um projeto de governo liderado pelo Partido dos Trabalhadores, que se
sustentou durante o período de bonança da economia internacional e que,
ademais, estabeleceu uma rede de apoio político baseada em um esquema de
corrupção. Ainda que contenha elementos do quadro político atual, é simplista
demais analisar o momento nesta perspectiva!
Recuperando as peças do jogo, já completamente embaralhadas à medida que a
crise se aprofunda, o processo de impedimento da presidente da república não
está inicialmente vinculado ao grande caso de corrupção envolvendo a empresa
estatal de petróleo, o mundo político e as grandes corporações. As investigações
indicam não haver dúvida acerca da existência de esquemas de corrupção
integrados pelo PT, bem como por muitos outros partidos e não apenas na esfera
federal, mas também subnacional. No entanto, são esquemas semelhantes a
outros revelados no passado e apenas parcialmente punidos, o que não significa
que devam ser deixados impunes.
O que motiva o processo de impedimento da Presidente Dilma Rousseff em 2016
são procedimentos de gestão fiscal, alheios ao escândalo de corrupção e sobre
os quais não há consenso na interpretação jurídica do dano à lei.
A
administração Rousseff está sendo julgada em uma ação originada por cidadãos
que a consideram culpada pela crise. Em um sistema parlamentarista, seria
normal por em questão a presidente nesta circunstância. Da forma como está

Doutora em Economia (Fundação Getulio Vargas-São Paulo), Economista (Universidade de São
Paulo). Professora de Economia Internacional do Instituto de Relações Internacionais da
Universidade de São Paulo, Brasil.
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sendo conduzido o caso no Brasil, o processo dá margem para que se veja uma
tentativa de golpe em curso.
É, então, pertinente perguntar: estivesse o país vivendo uma fase favorável na
economia, teria se organizado este movimento, fortalecido pela imprensa, de
convencimento nacional da inadequação da presidência da república?
Para além do mérito da transgressão da Lei de Responsabilidade Fiscal – cuja
gravidade reconheço aqui –, está-se atentando contra as instituições
democráticas do país. A presidente foi condenada antes de ser julgada por uma
oposição que não aceitou o resultado das eleições de 2014. As contas da
campanha foram julgadas sem problemas pelo Tribunal Superior Eleitoral, que
agora é solicitado a reexaminá-las com outras lentes.
Curioso é o fato de que muitos dos parlamentares aptos a votar no processo de
impedimento são eles também réus na Operação Lava-Jato, sendo o presidente
da Câmara dos Deputados um dos mais implicados, em liberdade apenas como
resultado de manobras regimentais para adiar de forma impressionante seu
próprio julgamento pela Comissão de Ética daquela casa legislativa. Ou seja, um
conjunto de indivíduos comprovadamente corruptos votando pelo fim do
mandato de um chefe de governo eleito sobre quem não há acusação de
corrupção formal (mais uma vez, sem querer minimizar a importância do
compromisso fiscal e da correta gestão pública).
Em meio a um quadro tão conturbado, ações arbitrárias do judiciário enaltecidas
por uma opinião pública em transe, reações extremas e temerárias do partido do
governo em busca de salvação, levaram o país a viver momentos de
inacreditável dramaticidade.
No que concerne à economia, o cenário segue sombrio. A leitura do fracasso do
ajustamento no primeiro ano do segundo mandato de Rousseff deve
obrigatoriamente incorporar o elemento político. O Congresso Nacional foi
impermeável a apelos de apoio para aprovação de medidas para o ajuste fiscal.
O principal partido de oposição, Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB),
até mesmo votou contra uma medida criada no governo Fernando Henrique
Cardoso que permite reduzir pressões sobre as despesas da previdência social.
O próprio PT atuou contra o executivo ao se posicionar contrariamente a
propostas do Ministro da Fazenda Joaquim Levy, um técnico com boas
credenciais frente aos mercados, o que levou a sua queda. Com a demanda
doméstica em retração, sem confiança e credibilidade, não há volta de
investimentos. Como a própria palavra indica, um milagre seria algo ocorrido
graças à intercorrência de fatores para além dos instrumentos diretamente
utilizados para atingir uma meta. Na situação atual, nem foram postas em ação
as ferramentas necessárias e muito menos se pode contar com um cenário
favorável em termos de sustentação política para construção de credibilidade.
As perspectivas não são favoráveis para um novo governo, seja ele composto
por quaisquer dos grupos políticos hoje em cena, seja um rearranjo do governo
Dilma Rousseff. Não há alternativas no mundo político para compor um
executivo e ainda menos um legislativo equilibrado e apto a enfrentar as
reformas econômicas urgentes. Além disso, são poucas as opções de política
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econômica para além da contenção fiscal e aumento de arrecadação por um
período de tempo considerável.
A substituição da presidente não poderá garantir um choque de confiança por si
só. A permanência dela no governo prolongaria a fase de instabilidade
institucional, uma vez que se esfacelou a fraca base de sustentação parlamentar
e sobrou pouco espaço para uma recomposição de apoios. Ao mesmo tempo,
seja qual for a política sugerida por um novo governo a ser composto, ela deverá
obrigatoriamente conter medidas de saneamento das contas púbicas como
elevação de impostos e corte de gastos, contra as quais estes parlamentares
votaram durante o esforço de ajustamento governo Dilma.
A ‘pseudo’ euforia dos mercados financeiros com a saída da presidente, ilustrada
nos últimos meses pela volatilidade da cotação do dólar e do índice da bolsa de
valores, provavelmente logo sofrerá o ajuste ante à constatação de que a
insólita composição do legislativo e seu descompromisso com o real rearranjo da
economia pouco poderão contribuir para uma solução da crise em um horizonte
curto de tempo.
Há algo positivo nesta história? Rapidamente consigo listar alguns pontos:
embora estejam sendo assustadoramente atacadas, as instituições ainda estão
presentes no país; mesmo terrivelmente influenciados por uma mídia unifocal,
tudo indica que a aversão dos diferentes grupos sociais à corrupção chegou a
níveis muito altos. Daí até haver espaço para uma profunda renovação política
deve ser um caminho mais gradual, mas, ao que parece, já em curso.
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¿Romperá Macri el pacto dirigencial de la decadencia argentina?
Por Gerardo Sanchís Muñoz
En diciembre del 2014 se reunieron algunos representantes de la dirigencia
política, empresaria y social en la UCA, bajo el lema de “¿A dónde va la
Argentina?”. En ese ambiente académico, se planteó la necesidad de hacer
explícita la causa del declive institucional argentino, como requisito
indispensable para poder consensuar una estrategia de re-institucionalización de
nuestra Nación. Allí se reconoció que el fenómeno que aqueja a la Argentina, y
ya como un cáncer terminal, no es nuevo, y ha sido estudiado en el mundo. Y
sin embargo, el diagnóstico es llamativamente ignorado en nuestro ámbito.
La democracia, que es administrar al estado en La democracia […] puede
nombre de la voluntad del pueblo, puede degenerar en un sistema
degenerar en un sistema donde los políticos donde los políticos elegidos
elegidos terminan apropiándose del Estado en terminan apropiándose del
nombre de terceros, o también para usufructo Estado
en
nombre
de
propio. Algunos lo llaman captura o colonización terceros, o también para
del estado, y otros neopatrimonialismo. Este usufructo propio
concepto podría asociarse a una suerte de
degradación de la “democracia delegativa” de
Guillermo
O’Donnell.
Daron
Acemoglu
y
Robinson, en su best-seller Porque se desarrollan los países 1 hablan de
“instituciones extractivas”, que impiden la prosperidad de la naciones.
De distinta manera todos hablamos de lo mismo. Es el retorno a la forma pre
democrática, absolutista, de ejercer el poder. Así, el poder político –gobierno- se
apropia de las instituciones públicas –Estado-. Quebrar la alternancia,
directamente o a través de familiares –nepotismo- no es entonces una debilidad
circunstancial del político, sino un elemento constitutivo del sistema de captura.
El objetivo central es construir poder permanente usufructuando del patrimonio
público como si fuera propio. Por ello, Lambert y Dickson2 también hablan de la
“privatización del Estado”, estudiando el caso paradigmático del Paraguay
durante la era del dictador Stroessner. En su cariz extremo, están los regímenes
feudales de algunas de nuestras provincias, dominados durante décadas por
algunas mismas familias. Así empezó el planteo a
En
nuestro
país,
la la dirigencia en diciembre: muchos parecen
apropiación política de los satisfechos con nuestra democracia cuando en
recursos públicos se hace realidad
subsiste
con
realidades
locales
principalmente a través de la retrógradas y primitivas, que son inadmisibles en
usurpación de los cargos el siglo XXI e incompatibles con cualquier ideal
públicos
democrático.
En nuestro país, la apropiación política de los recursos públicos se hace
principalmente a través de la usurpación de los cargos públicos. Son
instrumentos de control discrecional de recursos, y también de disciplinamiento
social y político. Al nombrar a opositores o activistas sociales y a todas sus
respectivas familias en cargos públicos, y al tener la discrecionalidad de poder
disponer de ellos a su antojo, desaparece cualquier disenso del potencial
opositor o rebelde. Los nombramientos masivos y el vaciamiento de oficinas
públicas de las gestiones salientes no formaron parte de un lamentable
exabrupto de fin de ciclo. Recordaron hasta que punto la captura neopatrimonial
del Estado ya está “institucionalizada” en la Argentina. Hace cien años éramos
1
ACEMOGLU, Daron and James Robinson; Why Nations Fail: The Origins of Power, Prosperity, and
Poverty, Deckle Edge(2012).
2
NICKSON, Andrew and Lambert, Peter; State reform and the ‘privatized state’ in Paraguay, Public
Administration and Development 22, 163–174 (2002).
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uno de los países líderes. Hoy mostramos un nivel de impunidad en la
colonización del Estado que sorprende incluso a países más pobres que nosotros
de Latinoamérica.
El neopatrimonialismo se basa en internalizar la cultura que cualquiera pueda
acceder a cualquier cargo, cosa lograda en la Argentina más que en ningún país.
El requisito de Idoneidad del artículo 16 de la Constitución es ignorado por la
dirigencia, y los concursos, carrera y demás sistemas de mérito parecen
excentricidades que practican los países desarrollados. La victima del sistema es
la Función Pública, y sus atributos básicos de idoneidad: integridad, vocación de
servicio público y competencia. La clave de
la solución es, y no debiera ya de extrañar, El requisito de Idoneidad del
la revalorización de la persona humana y la artículo 16 de la Constitución es
recuperación de los valores fundamentales ignorado por la dirigencia, y los
de convivencia, solidaridad y servicio. Los concursos, carrera y demás
sistemas de gestión, las normas y los sistemas de mérito parecen
mecanismos de control ayudan a tener excentricidades que practican los
mejores funcionarios, pero los valores países desarrollados
morales de las personas no son reemplazables, ni pueden compensarse. Los
arreglos institucionales pueden mejorar la democracia, pero no sustituyen la
necesidad de construir una dirigencia volcada genuinamente al Bien Común.
Ahora, se insiste en “profesionalizar” al Estado. Esto puede ser una trampa,
porque la capacitación es políticamente neutra. Se puede “capacitar” incluso a
personas no idóneas o venales. Por sobre la competencia está la imparcialidad
de funcionario, basada en la autonomía y el respeto político a la función pública.
El sistema de mérito importa no solamente
El sistema de mérito importa no porque selecciona a capaces, sino porque
solamente porque selecciona a hace que personas idóneas deban su cargo
capaces, sino porque hace que únicamente a ellas mismas. Es el primer
personas idóneas deban su cargo paso fundamental para que el funcionario
únicamente a ellas mismas
decida en miras del interés general y de la
ley, y no a cuenta y orden del padrino político.
El reemplazo de cómplices del poder por funcionarios imparciales es el camino
concreto hacia la institucionalidad. Rothstein y Torell3 sostienen incluso que la
imparcialidad de los funcionarios es la base de su previsibilidad, y ésta el
fundamento de la seguridad jurídica, requisito indispensable del desarrollo
económico moderno. Bajo este ángulo, el problema de la Argentina no es la falta
de leyes o la anomia, sino de funcionarios que apliquen la normativa con
imparcialidad.
Cuando el poder desprestigia, pauperiza y somete a la función pública, en el
fondo está destruyendo la capacidad estatal de generar bienes públicos. Si el
juez se subordina al poder ejecutivo no habrá justicia, si ser policía o gendarme
es “un trabajo más”, no se garantizará la seguridad, y si el maestro es un mero
“trabajador de la educación” la educación sufrirá. La educación se degrada
también desde la demanda: para progresar en un sistema neopatrimonial no se
necesita tener estudios, basta con encontrar a un padrino. Que la mitad de los
jóvenes argentinos complete el secundario, aparece así como dato positivo. Al
colapsar la educación como igualador social, agrava la pérdida de igualdad de
oportunidades (que nace de la igualdad de acceso al Estado y sus recursos), y se
destruye así el ideal fundacional de la Nación Argentina.
Mauricio Macri y el PRO tienen la experiencia exitosa de Sturzzenegger en el
Banco Ciudad implementando un sistema meritocrático, y el esfuerzo vocacional
3
ROTHSTEIN Jan, “What is Quality of Government”, mimeo, 2005, Göteborg University.Bo, TEORELL,
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por construir la Policía Metropolitana desde los valores auténticos de la función
pública. En sus inicios, sin embargo, el PRO llevó sus colores partidarios a
convertirse en los colores institucionales de la ciudad –confusión gobiernoEstado-, imitado luego por el naranja de Scioli. Usaron, como todos, los recursos
públicos para sus campañas electorales.
En la actualidad, sus nuevas responsabilidades generan nuevos riesgos. La
podría
arriesgarse
la necesidad ineludible de reclutar a miles de
imparcialidad
al
nombrar funcionarios podría desembocar en el
indiscriminadamente a individuos reemplazo de la colonización ilegítima de La
del sector privado, principal Cámpora por un ejército propio. La
sector que el Estado debe regular incorporación de empresarios supondría que
el éxito gerencial habilita per se a una
función más compleja y delicada como es la función pública. También, podría
arriesgarse la imparcialidad al nombrar indiscriminadamente a individuos del
sector privado, principal sector que el Estado debe regular. Sin mencionar que
demasiados empresarios son los grandes socios, cuando no promotores, de los
políticos neopatrimonialistas.
Aunque estas son sólo conjeturas. Lo cierto, es que se abre una nueva y
esperanzadora etapa. Acompaña mucha gente de buena voluntad que se toma
en serio la institucionalidad. Macri ha construido con tezón su propia oportunidad
histórica. Ahora, ¿se animará a emprender las transformaciones profundas que
permitan revertir la declinación Argentina que lleva ya un siglo?
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Tiempos de despegue: Desarrollo integral
Por José María Dagnino Pastore
Desde hace tiempo Argentina sufría crisis recurrentes. No aprendíamos. No
era coyuntural de la economía; era estructural de la sociedad.
En la vigencia de los rasgos que la definen - realización de valores, efectividad
de instituciones, resultados de políticas - Argentina está en la mitad del ranking
de países y en retroceso. Bien debajo de nuestra historia y potencial.
Peor en lo institucional y cultural. Lo más grave: la situación de la República (del
Estado de Derecho), la inequidad e inseguridad4, y algunas políticas económicas.
Rasgos de la transformación estructural
Una mirada al futuro indica rumbos para Argentina: aprovechar las
oportunidades que ofrece el mundo (insertarnos, competir); aplicar nuestras
fortalezas (riqueza natural y humana) y superar debilidades (grietas políticas y
socio-económicas).
Esto requiere una integración, “necesaria” hacia afuera (inserción) y “esencial”
hacia adentro (desarrollo), que nos cohesione.
a) La inserción. En los últimos dos siglos, desde las Revoluciones “liberadoras”:
norteamericana y francesa en lo político, industrial (Inglaterra) en lo económico,
bajo sistemas “de mercado” con distintos grados de rol estatal, esto sucedió en
el mundo: la población creció 6 veces, el PBI por habitante 10 veces, ¡el PBI
total 60 veces!;la pobreza bajó del 94% al 15% de la población. Restan
problemas, y urgentes: el cuidado del planeta, 1.000 millones de pobres,
excesos de poder.
Los resultados del sistema al cual insertarnos trazan un “decolaje” sin
precedentes en la historia de la humanidad. Requiere adaptaciones, pero salir de
él es un salto al vacío.
Ya no hay países-en sí-mismos; hay países en el mundo, cuyo mercado es 200
veces el argentino. La humanidad entra en una nueva era histórica, en alas del
acelerado progreso científico y tecnológico, que incorpora por las TICS 5. Es
compulsivo insertarse.
b) El desarrollo. Elemento esencial del desarrollo es el crecimiento
económico, que rápido y sostenido transforma la sociedad. China, creciendo
al 7% anual: en 10 años su economía se duplicó; en 20 se cuadruplicó; ¡en 30
fue 8 veces la inicial! Otro país, otra sociedad. Aunque el “derrame” del
crecimiento al bienestar de toda la sociedad demore, facilita la necesaria política
social. Permite dar a unos sin sacar a otros.
En Argentina, así como la falta de representación política de la masa de
inmigrantes dio origen al radicalismo, y la de la masa de trabajadores al
justicialismo, desde los 80 se ha formado una masa de excluidos, que abarca
nuevos inmigrantes (1 por cada 2 de nuevos nativos), atendida parcialmente
desde el gobierno, pero aún lejos de su inclusión social. Esta brecha subyace
la grieta política que nos afecta.
4
5
Hay unos 30 países más pobres pero más seguros.
Tecnologías de información y comunicación.
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Procesamiento de la transformación estructural
En la Argentina de hoy el rol protagónico para salir de la inercia y avanzar en la
integración corresponde al desarrollo. Hay tres líneas de acción hacia el
“despegue” y ascenso económico sostenido.
a) La estabilidad económica. Sin nuestras sucesivas crisis el ritmo de
crecimiento del PBI hubiera sido, en vez de un  2%, un 4% anual. El PBI se
duplicaría en 15 años; hoy lo hace en más de 30 años. La causa directa es el
aumento desmedido del gasto público corriente con atraso cambiario. La
indirecta es que los gobiernos toman los beneficios inmediatos de ese gasto y
pasan los costos mediatos del “ajuste” a los gobiernos que siguen.
Para el control del gasto público corriente el fortalecimiento de los
instrumentos republicanos (justicia independiente, libertad de expresión e
información, federalismo efectivo, respeto a la sociedad civil), necesario, no es
alcanzable en breve plazo. Se requiere(n) acuerdo(s) político(s).
b) La productividad. Un aumento de productividad es un salto en la producción
que no proviene del aumento de la cantidad y/o calidad de los factores (capital,
mano de obra). Ocurre por mejor uso (comercio exterior, aplicación sectorial o
territorial,
eficiencia)
de
los
factores
Estamos en el 10% de países con
existentes y/o mejor tecnología. Vender lo
menor
libertad
económica,
que nos cuesta poco producir y comprar lo
incluyendo la de comerciar. La
que nos cuesta mucho. Invertir, defendiendo
solución
pasa
por
una
nuestros recursos, donde la rentabilidad social
redefinición de las funciones
sea mayor.
del Estado
En el mundo la PTF6 sube, en Argentina cae y
la productividad laboral está estancada hace
30 años. Causa principal es el muy excesivo intervencionismo estatal, fuente de
enormes y costosas distorsiones y otros males. Estamos en el 10% de países
con menor libertad económica, incluyendo la de comerciar. La solución pasa por
una redefinición de las funciones del Estado. Más fuerte en planificación y
control. Menos ejecutor e interventor, donde es más débil. Y mucho menos
dispendioso. Esto toca intereses de corporaciones de poder. Es(son) necesario(s)
acuerdo(s) político(s).
c) La inversión. En países asiáticos de rápido crecimiento la inversión supera el
30% del PBI; en Argentina es 18%. Chile recibe del exterior tres veces más
inversión directa que nosotros. Nuestro sector público des-ahorra más del 7%
del PBI e invierte poco. La huida de capitales al exterior rondaría 300 mil
millones de dólares.
La baja inversión pública se debe al excesivo
La baja inversión pública se gasto corriente: en este milenio el gasto público
debe
al
excesivo
gasto pasó de un 25% a más del 40% del PBI. La
corriente.[…] La insuficiente insuficiente
inversión
privada,
a
la
inversión
privada,
a
la incertidumbre acerca de las reglas de juego. Y
incertidumbre acerca de las a una presión impositiva agobiante para
reglas de juego
algunos sectores y para contribuyentes
cumplidores.
Los acuerdos políticos para revertir este aspecto clave pasan de nuevo por el
fortalecimiento de los instrumentos republicanos para dar previsibilidad,
que rebaja el costo de conseguir inversiones reales, y disminuir el gasto
público corriente. En 12 años la cantidad de empleados públicos subió de 2,8 a
4,2 millones. La reducción “natural” (si no se toman nuevos) es de unos 160 mil
por año.
6
Productividad total de los factores.
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El crecimiento económico por sí solo no da a tiempo solución a las urgencias y
exclusión sociales, esenciales para nuestra integración. Hay dos líneas de acción
para alcanzarlas.
d) La erradicación de la pobreza. En Argentina hay más de 5% (¡2 millones!)
de indigentes - la vasta mayoría en villas y asentamientos -y más de 25% de
pobres.
En el corto plazo, es imperativo apuntar a indigencia 0 y reducción de la
pobreza. Mejor asistencia, servicios (capacitación básica) e infraestructura. Pero
esto es calmante de efectos, no cura de
No hay solución permanente sin
causas.
aumento
sostenido
de
la
No hay solución permanente sin
ocupación formal, que remite a la
aumento sostenido de la ocupación
necesidad de crecer y a una
formal, que remite a la necesidad de
educación
inclusiva.
Pero
el
crecer y a una educación inclusiva.
clientelismo no es inclusión, es
Pero el clientelismo no es inclusión, es
dependencia.
dependencia. Esencial librar esta batalla en
base a un acuerdo político.
e) La educación, nuestro futuro. La palanca para despegar es la inversión
física productiva: plantas, equipos, caminos, puertos,... Pero el motor para
seguir remontando vuelo es la educación.
El motor para seguir remontando
De la riqueza del mundo sólo el 6% es
vuelo es la educación. De la
“natural” - suelos, subsuelos, mares,… Un
riqueza del mundo sólo el 6% es
18% es “producida”, la acumulación de
“natural”, un 18% es “producida y
inversiones físicas. El 76% es “intangible”.
el 76% es “intangible”.
Nuestra capacidad para hacer funcionar
esos capitales, para crear y aplicar nuevos conocimientos; está en nuestros
cerebros, sistemas, know how,….Quienes no se educan para participar en este
mundo del conocimiento se alienan del progreso.
En evaluaciones internacionales de conocimientos de los alumnos Argentina está
en el 10% peor, sin reacción. La deserción es alta. Nuestras universidades no
destacan en rankings. Mientras, en este milenio los demás sectores llegaron a
transferir a la educación pública un 3% del PBI (¡12.000 millones de dólares!)
anuales.
Aunque los efectos tarden, se impone relanzar ya la educación hacia la
calidad y la inclusión. Corresponde al sector devolver con resultados el
esfuerzo de la sociedad. Hace(n) falta acuerdo(s) político(s) para alinear a su
dirigencia - tecnocracia, gremios - hacia esos logros.
Este puñado de lineamientos y propuestas - no miríadas de políticas de Estado,
tarea de especialistas -,si conocidas no aplicadas en el pasado, que van a las
causas profundas de nuestros problemas, exigen acuerdos políticos para
destrabarlas.
Son el puente para transitar de la superación de los engorrosos problemas de la
coyuntura a un desarrollo económico y social que, para ser sostenido, debe
cimentarse en la reconstrucción política en curso.
PDI- Programa de Desarrollo e Instituciones
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