DesmistificandoaInflação
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DesmistificandoaInflação
ENCANTARTE EDITORA Desmistificando a Inflação Renato Barbosa da Silva Ramos Somente os agradecimentos Gostaria muitíssimo de agradecer principalmente a Deus,por esta singela publicação, ao meu pai Edson Ramos e a minha mãe Dona Maria Barbosada Silva Ramos, a minha maior incentivadora, e que hoje habitam nosbraços do Altíssimo.TambémgostariadeagradeceraoSr.MarceloM.CerqueiraJr.Porme apresentar à Coordenadora da EncantArte Editora,Sra. Ariadne de Moura Mendes, sem ela seria impossível a publicaçãodeste.Ao meu médico Dr. Luiz Carlos W anderley (Lula), por ajudar napublicação da capa desse singelo trabalho e ainda Nilda Marques pelointenso trabalho de ler o original e ajudar-me na impressão do texto,donde os erros correm por minha conta. Dedicado a todos os economistas heterodoxos, matemáticos, estruturalistas, construtivistas, cartesianos, monetaristas, keynesianos, neo-soclialistasdeplantão. Prefácio EmDesmistificandoaInflação,euquisapenasmostraraopúblico leitordeumaformabastante simpleseobjetivaoqueéainflação.Jamais desejei esgotar o assunto que de uma forma geral, é bastanteextenso. Omeuobjetivoésimplesmenteinformarasociedadebrasileiraàquilo que há décadasvemassolandoopaís. Nestelivro,osleitoresvãoconhecerdeumaformasimplese objetivaoqueéainflação,sua causaeosseusefeitos.Esperoqueos leitoresconsigamentenderdeumamaneiraobjetivaoassuntoe, apartir daí,levaraumadiscussãosaudávelsempreconceitosesemdemagogias. Apesar do tamanho e da forma como foi elaborado, DesmistificandoaInflação éleituraquasequeobrigatóriaaosalunosde Economia e principalmente aos professores que nos governam (os economistasdogoverno),deformaatornarclarooquesemprefoi discutido de maneiraobscuranassalasdeaula,nosdebatese principalmenteaindaatravésdosmeiosde comunicação. Esperoqueoassuntoseesclareçadeumavezportodasequeo leitorsesatisfaçacomaas singelaslinhasdescritasdestapublicação.Aos maiscuriososgostariaqueelaborassemumaleituramais aprofundada dostítulosqueserviramdebaseaestetexto(fonte). Como economista e auto-didata, seguidor da renomada tradição da Escola Clássica-Ortodoxa Liberal Austríaca de Economia (Universidade de Viena - Áustria); a minha tese é que o IGPM (FGV) e o IPCA (IBGE) não medem a inflação.Estas taxas medem a variação de preços do mercado (setorial). Como o aumento de preços em si, não é a inflação propriamente dita, resta-nos perguntar o que é a inflação? A inflação é um fenômeno monetário, como muito bem disse o professor e prêmio Nobel de Economia (1976) Milton Friedman (Phd) Chicago (amigo). A inflação é basicamente excesso de moeda e crédito em circulação confrontados com poucos bens e serviços produzidos (PIB), em outras palavras, éa expansão da base monetária e dos meios de pagamentos (M1, M2, M3 e M4) agregados monetários confrontado com um PIB em retrocesso ou em recesso. Oaumentogeneralizado depreçoséefeitoenãocausadainflação. A pergunta fundamental que fica é: em qual porcentagem o governo (via Banco Central e Casa da Moeda), emitiu dinheiro em sua mais variada forma em excesso, em relaçãoaatualbasemonetária(tododinheirodosistema)?;essasiméaverdadeirataxa deinflaçãoignoradapelosmaisvariadoseconomistadeplantão. O erro crasso é que os “economistas” medem a inflação em seu efeito (aumento setorialdepreços)enãonasuacausa(emissãodemoeda). Os economistas matemáticos falham por não considerar as ações que, na hipótese imaginária irrealizável de não surgirem dados novos,provocariam a instauração da economia uniformemente circular. Não chegam a notar a existência do especulador individual que age com o propósito de diminuir ao máximo possível o seu desconforto e não com sua atenção exclusivamente no imaginário estado de equilíbrio, que o conjunto de todas essas ações individuais engendraria se não houvesse nova mudança dos dados. Descrevem esse equilíbrio por um conjunto de equações diferenciais simultâneas, e não chegam a perceber que, em tal situação, não haveria mais ação, mas apenasumamísticaforçamotriz. Dedicam todos os seus esforços a descrição, por meio de símbolos matemáticos, dos vários “equilíbrios”, isto é, estados de repouso e de ausência de ação. Consideram o equilíbrio uma entidade real e não uma noção limitativa, uma simples ferramenta mental. Como o IPCA (IBGE) é usado para corrigir ereajustar a maioria dos contratos em vigor no mercado, o objetivo do governo é o de limitar o lucro dos indivíduos.O reajustedeveriasernegociadolivrementeentreaspartes(contrato). A causa do erro dos economistas (os professores que nos governam), é a sua má informação acadêmica: Matemática, Heterodoxa, Monetarista, Estruturalista, Cartesiana,Keynesiana(verMaksoudem“Ocruzadoeoutrasilusões”). Todas as universidades brasileira ensinam o Keynesianismo e não a legítima economia clássica ortodoxa, que faz com que no caso da inflação, confundir causa com efeito. Os economistas brasileiros, com raríssimas exceções não sabem (ou não querem saber) o que é inflação e descobrem a legítima economia clássica ortodoxa desde Adam Smith (1723-1790) até chegar aos renomados economistas austríacos (Universidade de Viena - Áustria), cujo fundador foi o célebre Carl Menger (18401921) e cuja maior obrafoi Princípios de Economia Política em 1871. Tudo tem um objetivo:amanutençãodostatusquo atravésdeuma políticaeconônicaintervencionistas que “substituir” aação do livre mercado (o espontâneo processo subjetivista, cibernético, catalático1) pelaaçãogovernamentaldostecnocrataseburocratasdeplantão. No universo de 9 milhões de preços diferentes, o economista Henry Hazlitt disse que geram mais de 40 trilhõe de inter-relações entre eles pois a mudança de um preço semprerepercute numa miríade de outros preços. Para se “calcular” ainflação é necessário constantes e não variáveis e como os preços numa economia de mercado são livres evariam, é impossível calcular a inflação atravésdafamosafórmulamatemáticademédiadepreços.Istoéumafalácia! Seria necessário um congelamento para se acabar com a variação de preços, mas estamos numa economia de mercado e o congelamento de preços é um disparate acadêmicoefilosófico. “Para Ludwig VonMises o método matemático 2 deveser inteiramente rejeitado. Só há uma solução para oproblema da inflação, que o eminente economista, cientista-político,jurista, filósofo eprofessor FriedrichAugust Von Hayek (1899-1992), cérebro da Escola Austríaca de Economia (Universidade de Viena), nos apontou em seucélebrelivro“Adesestatizaçãododinheiro”. Basta a moeda governamental (oficial) competir livremente com moedas privadas emitidas pelos bancos em um ambiente cibernético cataláctico de mercado semaintervençãogovernamental. Com isso o governo seria obrigado pela lei de mercado e não por decreto a controlar a emissão de moeda e crédito no mercado se quiser defender o valor de compradesuamoedaeconterainflação(expansãodabasemonetária) Não existe inflação regionalizada (Rio, São Paulo, Bahia e etc). Só existe uma taxa de inflação produzida pelo próprio governo, pois somente ele tem o monopólio da emissão de moeda no país. Somente o Banco Central conhece a verdadeira taxa de inflação(éumsegredodogoverno). Avariaçãodepreçosemsi,nãoéainflação,valeapenarepetir. Para calcularmos a inflação basta saber em quantas vezes o M1, M2, M3 e M4 (agregados monetários) e o PIB aumentaram no mesmo período e compararmos os dois lados. Se o M1, M2, M3 e M4 aumentarem numa velocidade mais rápida que o PIB,haverá inflação caso contrário haverá deflação.Essa informação somente o Banco Centraltemacesso. A confusão semântica entre aumento de preços e inflação foi introduzida e difundida pelos economistas (é necessário mais dinheiro para comprar a mesma mercadoria). Enquanto os economistas do governo lutam contra as inevitáveis conseqüências dainflação (efeito), congelando preços e salários por exemplo, ainflação em si, segue em ritmo acelerado porque a emissão da moeda (causa) não para de crescer. Sãooseconomistasdogoverno,osresponsáveispelainflação. Na tentativa de justificarem essa postura de isenção de (que também interessa ao governo aos políticos) eles propõem as mais variadas teorias, e tudo é feito para quebrar os efeitos dainflação queeles mesmos produzem. Ver Donald Stewart Jr em ação Humana de Ludwig Von Mises, pg4 cataláxia - a teoria da economia de mercado,istoé,dasrelaçõesdetrocaedospreços. 1 O termo cataláxia ou ciência das trocas foi usado primeiramente por W hately –ver seu livro Introductory Lectures on Political Economy – Londres, 1831 – pg.6. Estão apenas manipulando símbolo matemáticos, um passatempo incapaz de aduzir qualquer conhecimento. Para um exame crítico mais detalhado de economia matemática (ver) Ludwig Von Mises - em Ação 2 Humana Um tratado de Economia, pg. 351-358em cataláxia lógica versus cataláxia matemática.) . Arelaçãovalequantopesajánãovaleoquedeveriavalerporissoospreços sobem. É como se fosse um tipo de correção monetária. Somenteogovernopodeproduzirinflação,poissomenteeledetémomonopólioda emissão de moeda no país. Quando os empresários aumentam os preços de suas mercadorias, eles na verdade não estão realimentando a inflação, mas somente se defendendo do governo leviatãqueemitemoedaparacobrirseusdéficts. Osempresáriossãobodesexpiatórios,overdadeirovilãoéogovernoesuaspolíticas keynesianas. O petróleo (aumento de preços) pode causar o aumento generalizado de preços (aumentonoscustosde produção),masjamaisinflação,poisnão houve emissão de moeda e aumento da base monetária. Um outro exemplo aonde não ocorre o processo inflacionário é no caso da economia de guerra,aondefaltam osbens eos produtos deumamaneirageneralizada, eospreçossobemnãoporcausadainflação,masporcausadaclássicaleidaofertae da procura. A partir do momento que o conflito vai se estabilizando os preços também acompanham e buscam oequilíbrio eo mercadose estabiliza. A fórmula ensinada nas faculdades e universidades heterodoxas-keynesianas do Brasil paraocálculodainflaçãoéumafuradamatemática,poiscalculaamédiadospreçose não a porcentagem referente a expansão da base monetária e dos meios de pagamento. O resto é como disse Ludwig Von Mises em Ação Humana é uma tergiversação escolástica de professores pedantes, e uma fonte de manipulação política por parte do governo(grifomeu). “...Paraganharmosaguerracontraototalitarismotemosquesaberlutarnofront intelectual...” Henry Maksoud “...acrençanuncaéracional.Racionalésuspenderacrença...” Karl R . Popper “...Políticosquefazemdocargopúblicoumacartabranca,realizamtrêsgrandesobras: corrupção, demagogia e inflação.” José OrtegaY Gasset “...quando assustados os bichos reagem de maneira própria,as pombas voam, os cervoscorrem,ossaposinflameosgovernosemitem...” Harry Markovitz Prêmio Nobel de Economia “...Um verdadeiro economista jamais será bem quisto por autocratas e demagogos que sempre o considerarão um intrigante, e que, quanto mais estiverem intimamente convencidos de que suas objeções são corretas e fundamentadas, mais o odiarão.” Ludwig Von Mises “...Durantetodosostempos,massobretudoosúltimosanospensou-seemuniversalizar ariquezauniversalizando-seocrédito.” FredericBastiat “...Como pode a matemática, um produto da razão humana que não depende de nenhuma experiência, corresponder tão primorosamente à realidade? Seria a razão humana sem ajuda da experiência, através das armas do raciocínio, capaz de descobrir a essência das coisas reais? Na medida em que os teoremas da matemática referem-se àrealidade, não são exatos,e na medida em que são exatos,não se referem à realidade.” AlbertEisntein Geometric um erfabrung “...ocorre entretanto que as ciências da ação humana são radicalmente diferente das ciências naturais.Todos os autores que pretendem estabelecer uma base epistemológica das ciências da ação humana segundo o padrão das ciências naturais erram lamentavelmente.” Ludwig Von Mises “...A macro economia lida com médias e agregados, e por isso falsifica as relações de causa e efeito dos fenômenos econômicos e despreza os comportamentos individuais.” Henry Maksoud “...Assimcomoseminjeçãodearnãoseinflaráobalão,seminjeçãomonetárianãose teráinflação Arnold Harberger “...Bendito seja o dia em que não mais será da benevolência governamental, que teremos que esperar, um bom dinheiro, mas do zelo dos bancos pelos seus próprios interesses.” FriedrichAugust Von Hayek “...Oqueaconteceunesteséculo(séculoxx),foiqueofinanciamentodedívidaspor partedosgovernosdeixoudeserimoral...” James M. Buchanan “...Num regime em que a massa monetária foi inflada, inflacionada os preços todos sobem, não porque a produção é mais escassa do que antes mas porque há superabundância de cruzeiros; não porque a demanda física aumentou nem porque os custos reais subiram, mas porque há excesso de meios de pagamentos na economia...” Henry Maksoud ANEXO 1 Base monetária - papel moeda em poder do público, mais caixas das autoridades monetárias e do Banco do Brasil, dos bancos comerciais de outras instituições - caixas econômicas e Banco Nacional de Crédito Cooperativo - mais depósitos compulsórios das instituições financeiras junto ao Banco Central, ou seja, BM é o papel moeda em circulação mais depósitos compulsórios no Banco Central. M1 –papel moedaem poder do público mais depósitos à vistado Banco do Brasil, dos bancos comerciais e em outras instituições (Caixas Econômicas e BNCC) M2 – igual ao m1 + depósitos à prazo. M3 – igual ao m2 + depósitos de poupança. M4–igualaom3+títulospúblicosfederaisempoderdopúblico,foradacarteirado Banco Central MA –meio de pagamento ampliado – igual ao M4 + dívidamobiliária estadual, municipal,letrasdecâmbioeletrasimobiliárias. Observações: 1 - Base monetária emeios de pagamentos(encaixes monetários) definidos utilizandose valores do final de fevereiro de 1986 (plano cruzado) fonte: Banco Central – 1986 – em o cruzado e outras ilusões de Henry Maksoud; 2 - Subtraindo do papel-moeda emitido a moeda em caixa forte no BACEN chega-se ao papel-moeda em circulação. Subtraindo desse último os caixas das autoridades monetárias, do Banco do Brasil, dos Bancos Comerciais e de outras instituições(Caixas Econômicas e BNCC) chega-se finalmente ao papel moeda em poder do público. FONTE: Referências Bibliográficas 1-Maksoud;Henry–ocruzadoeoutrasilusões,SãoPaulo,EditoraVisãoLtda,1987 2____________________ Demarquia, um novo regime político e outras idéias. São Paulo; EditoraVisão Ltda, 1979 3 -IóriodeSouza;UbiratanJorge.EconomiaeLiberdade–AEscolaAustríacaea economiabrasileira-SãoPaulo-inconfidentes,1995 - 4 -Hayek;FriedrichAugustVon.OCaminhodaservidão5ª edição;RiodeJaneiro; InstitutoLiberal;1990 - 5____________________Desestatizaçãododinheiro.RiodeJaneiro.InstitutoLiberal, 1986 6–Mises,LudwigVon–AçãoHumana–umtratadodeeconomia–RiodeJaneiro; InstitutoLiberal;1990 “. Somente osloucostêmumdeterminadocacoetepsicológicoque os mnormais não conseguem alcançar.” Henry Maksoud