Editorial - Associação de Solidariedade Social dos Professores

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Editorial - Associação de Solidariedade Social dos Professores
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Directora: Maria Etelvina Valadas - Presidente da Direcção Nacional
6
2011
ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DOS PROFESSORES
A
Índice
Editorial
3N0OS
Transformar, Produzir, Ligar, Manter.
Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
CASA DOS PROFESSORES - Setúbal
Uma identidade forte e dinâmica . . . 2
Privilegiar o prazer de fazer . . . . . . . 7
TDT- Televisão Digital Terrestre . . . . 13
Inquérito aos Professores
Viagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Quem Somos? . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Tem a solidariedade uma pesada carga afectiva que
decorre do lado mais generoso do comportamento
humano – a vertente altruísta. Vertente que privilegia
a espécie e na qual o egoísmo do sujeito se anula e
em que o Outro substitui o poderoso EU.
Agrupar-se parece ser um dos princípios base da sobrevivência, da solidariedade, criando pelo grupo capacidades de resposta de muito maior alcance do que
aquelas possíveis a cada um dos sujeitos. Damásio cita
como exemplo o comportamento de um nematóide
que como qualquer criatura viva tem de se alimentar para sobreviver. Contudo o seu comportamento
muda conforme o meio é rico em alimentos e não
há sinais ameaçadores. «Se o alimento estiver disponível e o ambiente calmo os indivíduos alimentam-se
sozinhos; se o alimento for escasso ou se detectarem
uma ameaça, como, por exemplo, certos odores avançam em grupo». É de notar que este ser, o nematóide,
dispõe apenas de cerca de 300 neurónios que constituem o seu sistema nervoso o que parece ser suficiente para determinar um comportamento que, pelo
menos, está muito próximo da organização.
Porque dizemos organização?
A resposta encontramo-la em Morin - «a organização
é a disposição de relações entre componentes ou indivíduos, que produz uma unidade complexa ou sistema, dotada de qualidades desconhecidas ao nível dos
componentes ou dos indivíduos. A organização liga,
de modo inter-relacional, elementos ou acontecimentos ou indivíduos diversos que, a partir daí, se tornam
os componentes de um todo. Garante solidariedade
e solidez relativa a estas ligações, e portanto garante
ao sistema uma certa possibilidade de duração apesar
das perturbações aleatórias. Portanto a organização:
transforma, produz, liga, mantém.»
Estamos em crer que esta resposta enquadra perfeitamente a razão do comportamento dos seres muito
simples mas também dá substância às instituições, associações de solidariedade, que o homem criou como
forma de confronto com situações adversas.
Se parece ser verdade que os tempos que estamos
vivendo ou que irão constituir o nosso futuro próximo satisfazem cabalmente o conceito de “situações
adversas” então a resposta, não apenas comportamental mas pensada, reflectida, será agruparmo-nos
em organizações que nos permitam enfrentar com
êxito a adversidade. Noutros termos, será organizando-nos que poderemos transformar o real, produzir
condições que tenham o Homem como padrão, ligar
as disponibilidades para satisfazer as necessidades e
manter em todo o sistema criado um grau de vitalidade capaz de determinar a organização activa das
organizações.
Só assim o Todo será superior à soma da Partes.
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CASA DOS PROFESSORES - Setúbal
Uma identidade forte e dinâmica
Nasceu em 2 de Fevereiro de 2003. Instalada em edifício projectado e construído para ser
uma residência sénior é hoje casa de 52 residentes. Coerentemente com a sua função principal
a Casa é uma presença relevante na comunidade de professores de Setúbal não só pelos
serviços que disponibiliza mas também porque é um espaço em que professores em actividade
continuam a relacionar-se com os seus pares, agora aposentados, pela via do voluntariado.
ASSP – Esta é a maior das Casas do Professor que
A participação da Direcção Nacional foi um elemento
a ASSP construiu nos seus 30 anos de existência. importantíssimo para a concretização deste projecto. ImNasceu ela de uma planificação centralizada ou é
portante em todos os níveis do processo.
emergência de um grupo local de professores que
ASSP – De um ponto de vista geral, na Delegação
exprimiram a consciência da sua necessidade?
de Setúbal a repartição dos associados por níveis
Prof. Cosme Teixeira – Não me é possível responder
etários é equilibrada ou há uma manifesta predocom rigor a essa questão porque a minha participação
minância de professores na terceira idade ou dela
nas actividades da ASSP é posterior ao nascimento desta
próximos?
casa. Contudo, julgo poder dizer que a Casa dos ProfesProf. Cosme Teixeira – Esse é um dos
sores nasce pela vontade de um grupo
principais objectos das nossas preocude professores catalisada pelo dinamisA Casa do Professor
pações.
mo de um homem, o Dr. Peres Claro.
terá que ser vista como
A maioria dos nossos colegas perspectiTrata-se de uma pessoa extraordinária.
um elemento que faz parte
Conhecemo-nos quando comecei a dar da comunidade de professores va a sua ligação à ASSP como necessária
que trabalham nesta
quando no seu horizonte de vida surge
aulas, ficamos amigos e juntos colaboregião.
o perfil da aposentação. Como conserámos nas actividades da ASSP. O Dr.
quência temos uma vincada predomiPeres Claro trabalhou de forma muito
nância de associados a caminho da terceira idade. Com
activa na Associação durante 28 anos e foi por razões de
isto não quero dizer que os grupos etários mais jovens
saúde que deixou a presidência da Delegação. Hoje, com
estejam ausentes no nosso conjunto de associados.
89 anos, é um dos residentes da Casa.
De maneira nenhuma. Não estão na proporção que julgo
Pediu-me para continuar o seu trabalho e, por isso, aqui
ser a adequada.
estou. Com todo o gosto.
“
Dr. Cosme Teixeira, Presidente da Delegação de Setúbal da ASSP.
Compreender os imperativos do quotidiano da Casa, o
território de acção dos que aí prestam voluntariado e a
estrutura relacional existente na Casa foi o objectivo da
nossa conversa com o Professor Cosme Teixeira.
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• Uma identidade forte e dinâmica
Esta Casa não é lugar de exclusão habitada por aposentados. É, acima de tudo, um espaço aberto ao mundo
vivido por um conjunto de pessoas com um património
vivencial riquíssimo e, por isso mesmo, despertas para o
mundo e nele interessadas.
ASSP – Certamente já tem sinais que sejam indiciadores desses caminhos?
Prof. Cosme Teixeira – Acho que ainda não podemos
referir dados mas indicadores.
Veja. Abrimos os nossos serviços de fisioterapia a todos os nossos associados independentemente da idade
e também criámos um serviço para aceitação, em regime de convalescença, após alta hospitalar. Lançámos um
voluntariado para associados não residentes que vêm
prestar diversos tipos de colaboração desde melhorar a
mobilidade, fazer cursos de pintura organizar caminhadas
no exterior e até fazer música.
Temos um projecto de criação de uma creche que aguarda oportunidade financeira.
Como parece claro estamos num tempo inicial de trocas
entre o Dentro e o Fora que avaliamos com aspectos
Em termos que pretendo mais claros: O conjunto de
entendo que não há uma solução milagre. Teremos que
multiplicar os caminhos para chegarmos ao nosso fim.
muito prometedores. Os factos assim o indicam.
associados da ASSP deveria reproduzir, de forma muito
A Casa do Professor terá que ser vista como um elemento
aproximada, a estrutura da pirâmide etária dos professoPor outro lado tive notícias de que outras Delegações
reflectem sobre a possibilidade de criar voluntariado,
res das escolas da região acrescido do conjunto dos que
que faz parte da comunidade de professores que trabalham
para alunos com dificuldades, constitujá estão aposentados.
nesta região. Devemos
ído por professores residentes.
bater-nos para que a
ASSP – Julga possível uma aproxiO quadro legislativo
Temos um projecto
Acho uma ideia muito interessante e
Casa esteja presente na
que diz respeito a edificações
mação razoável desse modelo?
de criação de uma creche
que irão servir como
que tem todo o cabimento na nossa
vida normal de todos os
Prof. Cosme Teixeira – Creio que é
que aguarda oportunidade
residências
sénior
é
muito
linha de acção.
associados, ou melhor,
possível encontrar vias para a sua confinanceira.
claro e completo.
cretização. Repare que digo vias porque
de todos os professores.
Iremos pensar o assunto.
“
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ASSP – Pode dar-nos mais pormenores do serviço
de fisioterapia e acolhimento de convalescentes?
Prof. Cosme Teixeira – Como sabe, na Casa temos um
serviço de fisioterapia para os nossos residentes o qual
tem uma ocupação razoavelmente alta. Contudo, há tempos disponíveis que pomos à disposição de associados a
quem tenha sido receitado tratamento fisioterápico. São
já vários professores, que, ainda no activo, estão a utilizar
o nosso serviço. Por outro lado constatámos que tínhamos reunidas condições para acolher pessoas acidentadas que, já com alta hospitalar mas com mobilidade reduzida, precisavam de fazer uma convalescença com apoio
da fisioterapia. Neste momento temos dois associados
acidentados que estão a fazer a sua recuperação aqui na Casa.
“
zões para que assim aconteça. O conceito fundador desta construção foi o
Temos um serviço
modelo hoteleiro e hoje poderíamos
de fisioterapia…. há tempos
ASSP – A Casa dos Professores está
dizer que na “casa antiga” esse conceidisponíveis que pomos
em edifício próprio concebido e
to concretizou‑se no seu sentido resconstruído para ser uma residência
à disposição de associados
trito. Isto é, o projecto considerou que
sénior. Em sua opinião quais são os
todos os habitantes desta casa teriam
a quem tenha sido receitado
e iriam ter para sempre mobilidade a
pontos mais relevantes do processo
tratamento fisioterápico.
100% sem deficiências motoras, sensoque levou à consumação de um proriais e cognitivas.
jecto desta grandeza?
Em termos mais singelos considerou-se que cada residenProf. Cosme Teixeira – Poderíamos dizer que esta casa
te iria, pelo menos, poder tomar banho e usar o WC sem
foi e está a ser construída em três fases. Há-de notar
ajuda ou com pequena ajuda de outrem. Este quadro é
que são referidas “a casa antiga” e a “casa nova” e há ra-
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quase sempre o normal para quem chega mas passados dez anos muita coisa
mudou e essas mudanças têm que ser
levadas em linha de conta.
“
Na Casa temos
procurado multiplicar
as oportunidades de
participação activa de cada
pessoa, estimulando gestos
simples como a jardinagem,
a aquisição de novas
competências, a participação
em actividades de grupo.
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Pensar Solidariedade. Construir Qualidade de Vida.
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• Uma identidade forte e dinâmica
São dois elementos de grande importância especialmente a piscina pelas
possibilidades que nos abre não só em
termos de fisioterapia mas também de
promoção de actividade física de muitos
dos nossos residentes.
ASSP – Há legislação que contemple essa área e defina normas claras?
ASSP – Do seu empenhamento quotidiano na vida desta Casa e da sua
Prof. Cosme Teixeira – Exactamente. O
reflexão sobre os múltiplas olhares
quadro legislativo que diz respeito a edificações que irão servir como residênque ela suscita poderá dar-nos uma
cias sénior é muito claro e completo. É com base nessa
síntese das principais questões que marcam o prelegislação que vamos modificar todas as casas de banho
sente da Casa e que devam ser ponderadas tendo
da casa velha retirando todos os obstáculos à movimenem vista o futuro?
tação livre de uma cadeira de rodas. Quero dizer que
Prof. Cosme Teixeira – Não é fácil o que me propõe
estamos a eliminar banheiras, polibãs e bidés. O projecto
mas deixe-me tentar. Parece-me que olhando para
e construção da casa nova já seguiram estas directivas
a Casa poderemos considerar três grandes áreas de
legais. Eu e a minha direcção consideramos que esta dequestões. A primeira é uma questão de base mas, de
terminação legal tem em vista o conforto das pessoas na
forma nenhuma menos impor tante. Chamar-lhe-emos
a área Operacional e nela vamos encontrar o quotidiamedida em que se reduz, para a pessoa, a confrontação
no da Casa com tudo aquilo que o estrutura e no qual
com as reduções de independência determinadas pela
eu destacaria a alimentação, os serviidade ou pela doença e, por outro lado,
ços clínicos, os cuidados que carece
permite que a pessoa seja assistida de
Criar
cada um dos residentes assim como
forma mais facilitada, mais cómoda para
e permanentemente renovar
a manutenção detalhada de todo o
ela e em condições que são as mais
um processo activo
edifício. Esta é uma área vital para a
adequadas para os técnicos.
de voluntariado que leve
qual temos que dirigir uma atenção
para para as Pessoas, o
ASSP – Disse-nos que a Casa ainda
permanente e detalhada motivando a
sentimento de que
está a ser construída. O que falta
acção de todos os colaboradores da
a comunidade
fazer?
casa sem a dádiva dos quais a Casa
as tem presentes como
Prof. Cosme Teixeira – Para completarnão seria o que é. Esta área operacioelementos importantes
mos o projecto a que nos propusemos
nal é a base fundadora da qualidade
da sua dinâmica.
falta construir o auditório e a piscina.
de vida dos residentes.
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ASSP – E a segunda área que referiu?
Prof. Cosme Teixeira – Vamos já ver.
Na segunda área que eu designaria por Vivencial, tem prevalência a expressão da Pessoa. É nesta área que se situa
toda a trama de memórias dos sujeitos e nela expressase a necessidade de cada um investir pelo menos um mínimo de futuro, uma razão para viver, ou dar continuidade
a um projecto de vida. É uma área preocupante porque
se não for cuidada é no horizonte desta área que está a
depressão e os sentimentos de abandono e exclusão.
Aqui na Casa temos procurado multiplicar as oportunidades de participação activa de cada pessoa, estimulando
gestos simples como a jardinagem, a aquisição de novas
competências, a participação em actividades de grupo, de
que é exemplo o nosso Coro, encontrar no Outro novas
oportunidades de relação gratificante e procurando, caso
a caso, os territórios específicos do interesse de cada um.
ASSP – Então as áreas que referiu têm uma intima
conexão?
Prof. Cosme Teixeira – Absolutamente! Só as separámos
para maior clareza.
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• Uma identidade forte e dinâmica
Dizia eu que a terceira área é privilegiadamente a da Relação, nos seus aspectos mais amplos, por isso a designaria
por Relacional. É a área em que se jogam as trocas da Casa
com o mundo exterior e deste com a Casa. Se na área
Vivencial estimulamos os actos de voluntariado nesta área
devemos criar e permanentemente renovar um processo
activo de voluntariado que leve para o interior da Casa,
para as Pessoas, o sentimento de que a comunidade as tem
presentes como elementos importantes da sua dinâmica.
É nesta área que a Casa se deve abrir à comunidade de
professores, associados ou não, expondo-se como sujeito
de pleno direito dessa comunidade, porque instituição sonhada, pensada, criada e vivida pelos seus pares.
Creio que nesta área temos um razoável caminho a percorrer. Será neste território que melhor se manifestará a
identidade da Casa - uma identidade projecto e como tal
forte e dinâmica capaz de construir a sua permanência
no tempo mas igualmente capaz de assegurar a mudança,
a partir dos seus próprios valores, que a sociedade venha
a determinar.
Poderia dizer que essa é a minha esperança mas serei
mais sincero se confessar a minha certeza.
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Quartos
• 46 quartos
• 1 suite
• 1 enfermaria (duplo)
Residentes
• Permanentes - 52
• Temporários - 4�
Residentes
temporários
•2
• enfermaria (duplo) para
recuperação pós‑hospitalar
até 90 dias
• suite (individual) para estadia
temporária até 30 dias
Diárias
• enfermaria ‑ 45€/dia; 1.250€/mês
• suite ‑ dormida com
pequeno‑almoço ‑ 50€/dia;
pensão completa ‑ 60€/dia
Inauguração
• 2 de Fevereiro de 2003
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Privilegiar o prazer de fazer
Estimular as iniciativas individuais.
A Dr.ª Marta Palma Teixeira é a Directora Técnica da Casa dos Professores cuja
responsabilidade cobre um vasto território da vida da Casa.
Para além dos múltiplos aspectos logísticos que o quotidiano determina há que coordenar
o trabalho dos técnicos duas categorias de tarefas assumem prioridade absoluta – criar
oportunidade para que a vida de cada residente tenha um sentido e assegurar a organização
de todo o processo relacional, vivencial e terapêutico da Casa.
ASSP – Durante a visita que fizemos a todos os seccomum foi a prática da docência. Creio que podemos sitores da Casa ficamos inteirados sobre a excelente
tuar nesta condição algumas das suas características mais
qualidade das instalações e equimarcantes – uma história de vida muito
pamentos bem como dos projectos
rica, um importante património de saUma das principais
pensados e os que já estão em diberes, uma individualidade muito espefunções da Direcção Técnica
ferentes fases de concretização. É é a coordenação e articulação cífica e uma longa prática do exercício
do trabalho dos técnicos e
nosso interesse falar das pessoas, a
da liderança.
colaboradores
que
prestam
sua área preferida se bem o entenEnquadrando esta comunidade e tendo
cuidados directos, um
demos. Como primeira abordagem
em vista prestar cuidados muito diverpermanente olhar sobre o
e na perspectiva da Direcção Técnisificados aos seus membros, temos um
futuro imediato no sentido
ca pode dar-nos os traços mais sigde colmatar necessidades e
grupo de técnicos que preenchem um
tomar medidas para que as
nificativos desta comunidade?
espectro de competências muito amplo.
pequenas dificuldades que vão
Dr.ª Marta Teixeira – É um lado muito
É claro que neste contexto uma das
surgindo ou se resolvam ou
interessante. A Casa é uma comunidade
principais funções da Direcção Técnica
mantenham uma dimensão
de 54 pessoas com um elevado grau de
é a coordenação e articulação do trareduzida e controlada.
diferenciação e em que o denominador
balho dos técnicos e colaboradores que
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prestam cuidados directos, um permanente olhar sobre
o futuro imediato no sentido de colmatar necessidades
e tomar medidas para que as pequenas dificuldades que
vão surgindo ou se resolvam ou mantenham uma dimensão reduzida e controlada.
ASSP – Quando refere dificuldades devemos entender dificuldades relacionais?
Dr.ª Marta Teixeira – Numa comunidade quase tudo assume uma expressão relacional. Faço notar que eu disse
pequenas dificuldades e é assim que as entendo.
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• Privilegiar o prazer de fazer
Creio ser nossa obrigação ter em conta
as necessidades e disponibilidades dos
professores residentes relativamente à
normas da Casa e procedimentos técnicos, por via de uma negociação calma
e sem pressas.
“
Repare. Uma intervenção técnica deve
ser respeitada na medida em que foi
concebida para a obtenção de resultados que signifiquem melhoria da pessoa. Contudo, é a Pessoa que deve ser a
nossa referência. É necessário escutá-la,
compreender as suas dúvidas, talvez receios, e pela compreensão desse quadro, muito pessoal, encontrar o caminho para a aceitação esclarecida da intervenção para a
qual foram manifestadas reticências.
ASSP – As cara cterísticas desta comunidade, que
atrás apontou, favorecem a abordagem que refere?
Dr.ª Marta Teixeira – Claro. O grau de diferenciação das
pessoas presente na Casa é um factor importantíssimo
na medida em que contribui positivamente para a compreensão das normas que gerem a vida da comunidade,
das intervenções dos técnicos e da importância da sua
participação activa e colaborante.
Com certeza que reparou que temos uma preocupação
constante em proporcionar ajuda na concretização das
iniciativas e interesses de cada um, bem como em criar
oportunidades e vias para que a actividade física, mental e
psíquica de cada pessoa seja uma dominante na sua vida
em comunidade.
É a Pessoa que deve ser
a nossa referência.
É necessário escutá-la,
compreender as suas dúvidas,
talvez receios.
ASSP – E essa via tem-se mostrado eficaz?
Dr.ª Marta Teixeira – Absolutamente. A experiência
tem-nos dito que esta é a via correcta e os resultados
conseguidos confirmam a justeza dessa perspectiva.
„
ASSP – Que meios e que mecanismos apoiam e
promovem essa dinâmica?
Dr.ª Marta Teixeira – Chegámos exactamente a um dos
pontos mais interessantes da vida desta Casa.
A Casa dos Professores sempre constituiu uma comunidade com uma dinâmica interna muito viva.
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Aqui estão presentes pessoas ricas de saberes e de exASSP – Mas há actividades que nasceram da prógado necessário. Felizmente têm sido muito poucos os
casos.
periências de vida e quase todas intelectualmente activas. pria comunidade?
Porém, tínhamos o sentimento de que nós, os técnicos, Dr.ª Marta Teixeira – Sem dúvida. Como disse a comuASSP – Referiu as reuniões dos técnicos de saúde.
nidade tem uma dinâmica interna muito viva. Temos um
pelo conjunto de funções que devemos cumprir, não disÉ um grupo que faz parte de um conjunto muito
grupo coral que nasceu aqui dentro, dirigido por uma mapúnhamos de tempo para responder cabalmente às nemaior de colaboradores. Como está articulado,
estrina voluntária e que é fortemente participado. Há um
cessidades relacionais das pessoas residentes.
quais são e quantos são?
elevadíssimo
grau
de
interesse
pela
leiDa análise desta questão a Direcção
Dr.ª Marta Teixeira – Deixe-me dar uma ideia geral do
tura e alguns iniciaram-se na informática.
concluiu que necessitávamos de conconjunto de colaboradores que asseguram a vitalidade
Temos uma preocupação
Reparou com certeza na importância
gregar um grupo de voluntários, para
constante em proporcionar
desta Casa. Somos cerca de quarenta, nos quais também
que as plantas têm aqui na casa e o bom
complementar o quadro relacional inajuda na concretização
me incluo.
tratamento que mostram. Pois bem. Todas iniciativas e interesses
terno, nomeadamente, criando e proA prestação de cuidados de higiene e conforto, o serde cada pessoa.
das as plantas são propriedade dos promovendo actividades para além das que
viço de quartos e refeições bem como a cozinha e a
fessores residentes e por eles tratadas.
já eram parte do programa da dinamilavandaria são assegurados por um número de colabozadora sociocultural.
As redes sociais que se articulam aqui na casa são muiradores que ronda os trinta. Para auxiliar a supervisão
to variáveis e flexíveis e a mesma pessoa normalmente
O grupo surgiu e a sua acção constitui um êxito. Foi
destes serviços, temos a colaboração de uma encarreparticipa em redes diferentes conforme os assuntos que
como se tivessem aberto novos horizontes relacionais.
gada de serviços gerais.
mais lhe interessam e, naturalmente, pelos seus laços
A função administrativa e contabilidade e o secretariado
ASSP – Em que medida avaliar esse sucesso?
afectivos.
são da responsabilidade de três pessoas.
Dr.ª Marta Teixeira – Deixe-me dar alguns exemplos.
ASSP
–
Numa
comunidade
de
seniores
é
frequente
Na área da saúde e bem-estar contamos com um méUma das professoras voluntárias organizou um prograsurgirem,
nalgumas
pessoas,
traços
de
depressão.
dico, quatro enfermeiras e duas técnicas de fisioterapia.
ma de caminhadas. Uma outra, com formação musical,
Como
tem
acontecido?
Faz também parte da equipa técnica a nossa animadora
organizou concertos de piano os quais constituem um
sociocultural. São todas estas pessoas que asseguram a
Dr.ª Marta Teixeira - Nós estamos muito atentos. No
ponto de referência na vida da Casa. Estes concertos têm
normalidade do quotidiano da Casa.
protocolo que firmámos com a Misericórdia está preuma participação tão vivida que frequentemente emerge
visto
podermos
contar
com
o
apoio
clínico
da
psicóloga
Mas uma Casa desta dimensão carece de cuidados consa dimensão lúdica e terminam com uma sessão de baida instituição.
tantes de manutenção e segurança que
le altamente participada. Temos voluntárias que pela sua
são serviços que se compram a espesimples presença diariamente estabelecem laços afectiComo disse estamos muito atentos e
A Casa dos Professores
cialistas.
vos, territórios para conversas que só aguardavam um
sempre que detectamos indícios de
sempre constituiu uma
ouvido atento. Redes de relação que preenchem e dão
depressão o assunto é levado para a
Como deve ter notado um quarto dos
comunidade com
sentido ao tempo em que se aguarda a vinda do outro. reunião dos técnicos de saúde, e pronossos colaboradores ocupa-se especiuma dinâmica interna
videnciamos para que a pessoa tenha
ficamente da saúde e bem-estar físico,
Mas estamos apenas no inicio e esta via afigura-se plena
muito viva.
psíquico e emocional dos nossos resie aceite o apoio psicológico que é julde possibilidades.
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dentes. Esse é o nosso objectivo prioriconvicção que esta Casa e o estilo de
tário e uma das áreas de maior investivida que nela foi criado assim como
Temos um grupo coral
que nasceu aqui dentro,
mento afectivo e material.
o investimento que todos realizamos
dirigido
por
uma
maestrina
para conseguir um bom nível de bemASSP – Esse investimento é manifesto na multiplicidade de equipa- voluntária e que é fortemente estar contribuem para que as vivências
participado.
de cada pessoa sejam articuladas em
mento bem como na dimensão dos
espaços afectos aos cuidados de
torno dos seus centros de interesse.
saúde. No projecto da casa está prevista alguma
Procuramos que as actividades que criamos ou proporampliação nesta área específica?
cionamos sejam pensadas em termos do prazer de fazer.
Dr.ª Marta Teixeira – Creio que neste momento estamos numa situação equilibrada que nos permite oferecer
serviços de fisioterapia e de movimento geral aos professores não residentes que deles necessitem.
Temos essa possibilidade e queremos torná-la conhecida Os cuidados de fisioterapia e as sessões de movimento geral aplicados, tem resultados excepcionais na
reabilitação e na manutenção da saúde. Os professores,
sob muitos aspectos, são uma população de risco pelas
tensões que vivem e estilo de vida que geralmente praticam. Nós, a Casa, podemos proporcionar-lhes, pela via
Como vimos anteriormente as relações sociais são eleda fisioterapia, melhoria da sua qualidade de vida. Basta
mentos de boa qualidade de vida e aqui, na Casa, privientrarem em contacto connosco para acordarmos dalegiamos as condições que gerem oportunidades e fatas e horários. Afinal esta casa é a Casa dos Professores,
cilitem a relação social. O êxito da acção do grupo de
a Casa deles.
voluntariado é exemplo da importância da relação.
ASSP – É legítimo pensar que para
ASSP – Manifestam-se iniciativas
uma grande maioria das pessoas
entre os residentes?
Procuramos que as
residentes na Casa o seu tempo e
Dr.ª Marta Teixeira – Naturalmente.
actividades que criamos
actividade inserem-se num projecto
Deixe-me dar um exemplo, muito reou proporcionamos sejam
de vida?
cente, que sintetiza o que temos vindo
pensadas em termos do
Dr.ª Marta Teixeira – Creio que asa considerar. No arranjo de arquitectuprazer de fazer.
sim podemos pensar. Também é minha
ra da casa foi previsto um pequeno bar
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• Privilegiar o prazer de fazer
que até agora tem tido uma utilização pouco expressiva.
Uma dos nossos residentes considerou que aquele espaço reunia boas condições como território para estimular
novas oportunidades de convívio e relação, acrescentando-lhe outros equipamentos próprios de um bar. É isso
mesmo que estamos fazendo e já há sinais positivos do
interesse na sua utilização pelos professores residentes.
Julgo que a inauguração formal será em Setembro.
Pelo que até agora já foi possível constatar aquele espaço foi escolhido por pequenos grupos que se reuniram
em torno de uma chávena de café. Estes pequenos grupos são elementos fundamentais, são os nós, das múltiplas redes sociais que constituem a malha de bem-estar
e são estruturantes da concretização diária dos projectos de vida.
ASSP – Fazem parte significativa da organização do
quotidiano da Casa?
Dr.ª Marta Teixeira – Exactamente como disse. A nossa
vida aqui dentro está organizada, tem uma estrutura. Procuramos que cada momento tenha uma finalidade para
a pessoa. Eu acredito que quando, sem organização, há
a possibilidade de se fazer uma coisa qualquer é quase
certo que não se faz grande coisa, ou melhor, o que se
faz não tem sentido.
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normalmente participa
em redes diferentes conforme
os assuntos que mais lhe
interessam e, naturalmente,
pelos seus laços afectivos.
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TDT- Televisão Digital Terrestre
De que se trata
• As vantagens • Precauções indispensáveis
Esclarecer o acrónimo TDT e o seu significado em termos de “consumidores”
de televisão foi o objectivo do encontro com o Eng. Carlos Alberto Henriques.
Da conversa resultou uma abordagem de vulgarização dos conceitos subjacentes à TDT
e recomendações de importância para quem quiser manter o seu televisor analógico.
ASSP – Não é claro para todos os portugueses o
que é a TDT – Televisão Digital Terrestre.
Poderá dar-nos, por favor, uma explicação sucinta
e não muito técnica, acessível a qualquer leigo?
Eng. Carlos Alberto Henriques – Creio que é possível
e vou tentar ser tão claro que a margem para dúvidas
seja mínima.
Teremos que começar por alguns conceitos simples mas
indispensáveis para a compreensão do que é a TDT.
Podemos dizer que a televisão que temos em nossas casas que começou, a preto e branco, em 1956 e passou
a cores em 7 de Março de 1980 é “televisão analógica”.
O que queremos dizer com a designação de analógico?
Vejamos:
Se observarmos graficamente o som à saída de um microfone de um diálogo entre dois actores e podemos
fazê-lo com um instrumento, o osciloscópio, verificamos
que as ondas de som saídas do microfone são iguais às
ondas das falas directas dos actores, isto é, são análogas.
Este é o conceito básico de analógico.
Com a imagem na televisão acontece a mesma coisa.
Quando um dado ponto da realidade é muito brilhante, muito luminoso, a câmara de televisão transforma-o
numa corrente eléctrica, um sinal de vídeo correspondente a 100%, um máximo da onda enquanto um ponto escuro, digamos negro, a corrente eléctrica, o sinal de
vídeo terá 0%, isto é um mínimo da amplitude da onda.
ASSP – Devemos entender que quando falamos de
sistema analógico queremos dizer que o sistema
capta e reproduz a realidade segundo dados análogos ao da própria realidade?
Eng. Carlos Alberto Henriques – Acho que podemos
aceitar essa leitura mas podemos ensaiar um olhar mais
técnico.
No vídeo, tal como no sinal de áudio, obtém-se o desenvolvimento de uma onda eléctrica, contínua no tempo,
cuja amplitude é em tudo semelhante à quantidade de luz
que lhe deu origem. Estamos perante uma onda analógica. Este tipo de ondas usadas tanto em Rádio como em
Televisão, assim como no registo dos “velhinhos” discos
de vinil, acarretam consigo um grande problema – não
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Carlos
Alberto
Henriques
N
asceu em Lisboa, a 19 de Agosto de
1950. Licenciou-se em Engenharia Electrotécnica e especializou-se em Televisão na
BBC (Pós-graduação) e em Televisão Digital
na Universidade de Bristol.
Na qualidade de Subdirector da RTP esteve
envolvido em grandes projectos destacandose a implementação do Teletexto, Tele Expo,
RTP Regiões, RTP África e RTP Internacional.
Foi formador no Centro de Formação da
RTP durante vinte anos dos quais nove como
Director do Centro.
Como professor na área dos media, ensinou
Televisão e Cinema na Escola de Jornalismo
do Porto, Conservatório de Cinema e Escola
Superior de Comunicação Social.
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são imunes ao ruído. Este problema familiar a todos nós
é um problema cumulativo, isto é, cada cópia cria o seu
próprio ruído a acrescentar ao que já existia anteriormente. Isto significa que cada geração de cópias apresenta uma degradação, audível ou visível, relativamente à
geração anterior. Estes problemas foram resolvidos pela
digitalização da onda analógica.
Ambos os sinais, o de áudio e o de vídeo, deixam de estar
submetidos aos problemas específicos do analógico, ou
seja, aos” fantasmas”, ao ruído, à neve na imagem, às interferências no som. A imagem obtém uma melhor relação
de aspecto [16:9 em vez de 4:3] e melhor nitidez, o som
é substancialmente melhorado, passando a ser do tipo
Dolby Digital Surround 5.1.
ASSP – Então devemos entender que a TDT significará melhor imagem e do som?
Eng. Carlos Alberto Henriques – Absolutamente e de
forma muito sensível.
ASSP – Está definida alguma data para só haver
TDT,Televisão Digital Terrestre?
Eng. Carlos Alberto Henriques – Há uma data definida
com tempo para nos prepararmos para a mudança.
Repare que a Portugal Telecom (PT) disponibilizou a recepção terrestre de televisão digital em 29 conselhos
em Abril de 2009, estando a quase totalidade do País já
coberta, bastando o espectador comum equipar-se com
um televisor digital, da norma MPEG 4/H.264, ou, em alternativa, um descodificador externo ligado ao “velho”
televisor, Plasma/LCD/LED/OLED ou outro.
De acordo com a directiva europeia os sistemas de televisão analógicos existentes na Europa terão que ser desactivados até Dezembro 2012.
O arranque imediato das emissões digitais, via emissores
terrestres, tem por objectivo permitir às estações emissoras e à PT os necessários testes de afinação, de modo
a proceder-se à migração do sistema de emissão sem
sobressaltos nem corridas contra o tempo.
ASSP – Há pouco referiu um descodificador. De que
se trata?
Eng. Carlos Alberto Henriques – Teremos que voltar
um pouco atrás, à passagem do analógico ao digital, isto é
a digitalização do sinal analógico.
Nesta passagem há a intervenção de um sistema que, em
calão profissional, é designado por codec [coder/decoder-codificador/descodificador].
Este sistema cumpre três funções que asseguram a qualidade do processo da digitalização da imagem e do som,
uma das quais, a última, é a codificação. As duas funções
anteriores, amostragem e quantificação, das quais em traços muito largos se poderá dizer que constituem fases
de um processo de avaliação que permite assegurar uma
digitalização que corresponde rigorosamente aos valores
da onda analógica, sendo a quantificação a fase em que
Descodificador TDT
Antena Interior TDT
Antena Exterior TDT
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é escolhido o número de “patamares”digitais em que a
onda analógica é transformada de forma a reduzir ao mínimo os ruídos e erros de passagem.
Espero que tenha conseguido clarificar a necessidade de
aquisição do descodificador para os “velhos” televisores,
Este será um aparelho que irá “ler” e “ traduzir” o que o
codificador da estação “escreveu”.
Contudo, já há televisores digitais à venda os quais não
carecem de qualquer descodificador, mas, apenas e só, o
redireccionamento da antena caso o emissor ou retransmissor na zona de recepção tenho mudado de posição.
ASSP – Fala-se muito em Alta Definição. De que se
trata? Há a alguma relação com a TDT?
Eng. Carlos Alberto Henriques – Essa é uma questão
ASSP – Há um modelo de descodificador para Pormuito interessante. O termo alta definição, ou simplestugal?
mente HD (High Definition) é um conceito subjectivo na
medida em que está associado à experiencia ou vivência
Eng. Carlos Alberto Henriques – Não. A condição para
de quem avalia a qualidade da imagem num determinaque um televisor analógico possa receber a TDT é a instado momento. Do ponto de vista técnilação de uma “set-top-box”, ou seja, um
co podemos dizer que está associado
descodificador que se compra na loja de
ao número de linhas que definem cada
Ter-se-á que ter cuidado
electrodomésticos, com capacidade de
com os descodificadores,
imagem no ecrã.
descodificação MPEG-4 para PAL.
nomeadamente os que são
Há um fundamento histórico para esta
Ter-se-á que ter cuidado com os descomprados em Espanha, dado
abordagem técnica. Em 1929 John L.
codificadores, nomeadamente os que
que o sistema é baseado no
são comprados em Espanha, dado que MPEG-2, o qual é incompatível Baird, um dos inventores da televisão,
anunciou no TIMES: «Venha assistir amao sistema é baseado no MPEG-2, o qual
com o MPEG-4, apesar
nhã à primeira demonstração da Televié incompatível com o MPEG-4, apesar de aquele ser mais barato.
são de alta definição!»
de aquele ser mais barato.
“
„
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Repare que à data a imagem da televisão era construída,
no ecrã, por 15 linhas e a Televisão de alta definição anunciada por Baird apresentava uma imagem formada à custa
de 30 linhas, o que conferia à dita imagem uma melhoria
de qualidade de 100%.
Na actualidade passa-se exactamente o mesmo tipo de
fenómeno: a imagem dos nossos televisores é constituída
por 625 linhas, sendo usadas apenas 576, enquanto na
alta definição se recorre a 1125 linhas, sendo aproveitadas 1080, pelo que quase duplica o número de linhas e,
teoricamente, a qualidade da imagem passa para o dobro.
Estes saltos de qualidade só são possíveis pela via digital e
a TDT utiliza essa via.
ASSP – Então com a alta definição vamos ter uma
imagem de televisão duas vezes melhor?
Eng. Carlos Alberto Henriques – Felizmente não é verdade. O “salto” vai ser muito maior!
Tecnicamente verifica-se que na qualidade da imagem
intervêm outros factores para além da quantidade de
linhas. A forma como as linhas estão relacionadas, do
modo entrelaçado ou progressivo, também conta. Com
a contribuição de outras variáveis, como a passagem do
número de pontos dos actuais 720 para 1920, faz com
que a melhoria na qualidade da imagem seja de cinco
vezes, tomando a imagem actual como padrão.
Como vê é um grande salto e não estamos a falar de
super alta definição, a qual já está próxima de nós.
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SCART
HDMI
Para receber televisão digital em Portugal o equipamento deve ter as seguintes especificações técnicas:
O aparelho de televisão deve ter capacidade de recepção de DVB-T e descodificação em vídeo MPEG-4/H.264.
Para utilizar um aparelho de televisão que não recebe sinal digital deve adquirir um descodificador (set-top-box) compatível com a tecnologia de DVB-T
e norma MPEG-4/H.264 e um cabo SCART ou HDMI (veja qual é a entrada do seu televisor) para fazer a ligação do descodificador ao televisor.
Os descodificadores podem não trazer cabo de ligação.
Se já tem um contrato com um fornecedor de serviço de televisão por subscrição (cabo, rede fixa de telefone ou satélite) não precisa
de qualquer equipamento. Antes de comprar qualquer equipamento contacte o nº 808 200 838 para confirmar o que precisa de adquirir.
O equipamento
não funciona
Se o vendedor se dirigiu ao consumidor à porta, por telefone, na rua…para vender o equipamento, o contrato pode ser anulado (o consumidor devolve
o equipamento e recebe o dinheiro quer pagou) no prazo de 14 dias, enviando carta registada para o vendedor sem indicar motivo. A desistência da compra
também anula o contrato de crédito se este existir.
Se comprou na loja o consumidor deve reclamar junto do vendedor apresentando o recibo da compra.
Se precisar de informações contacte a Direcção-Geral do Consumidor - 707 788 787.
Em qualquer dos casos (venda na loja ou à porta, por telefone ou na rua) tem direito a uma garantia de 2 anos (a contar da data da compra
ou da entrega do bem) podendo o consumidor optar pela reparação, pela troca do bem, pela redução do preço ou pela resolução do contrato (consumidor
entrega o aparelho e recebe o montante pago).
Televisão
por subscrição
Se for contactado por um vendedor de serviço de televisão por subscrição (cabo, rede fixa de telefone ou satélite) pense antes
de assinar o contrato se quer suportar o encargo mensal. Deve ter em consideração que os contratos têm períodos de fidelização,
o que significa que fica vinculado ao contrato por tempo determinado (por exemplo 12 ou 24 meses).
Se o contrato foi celebrado à porta de casa ou na rua pode anulá-lo no prazo de 14 dias enviando carta registada ao vendedor sem indicar
qualquer motivo.
Mas não pode anular o contrato se a venda tiver sido realizado por telefone e a prestação do serviço tenha sido iniciada durante
o período dos 14 dias.
Consumidor
prevenido
Identifique o equipamento necessário - contactando o nº 808 200 838.
Compare preços.
Peça recibo da compra da televisão ou do descodificador com a indicação que são equipamentos conformes com a norma
MPEG-4/H.264.
Não pode ser exigido ao consumidor qualquer pagamento antes de receber o bem ou iniciar a prestação de serviços.
Não é necessário pagar um serviço de televisão por subscrição para continuar a ver a RTP1, RTP2, SIC e TVI.
Fonte: Direcção Geral do Consumidor
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Inquérito aos Professores
Perspectivar novos serviços da ASSP
E
stamos a lançar um Inquérito aos Professores porque julgamos indispensável
conhecer necessidades e prioridades sentidas pelos docentes dos diversos graus
de ensino. Para dar conteúdo ao projecto que temos em perspectiva, criação de novos
serviços, a resposta a este inquérito simples dar-nos-á indicações preciosas para definir
linhas de actuação.
Contando com a vossa indispensável colaboração agradecemos a disponibilidade e
ajuda prestadas.
Responda ao nosso inquérito
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Aproveite quando viajar
as condições especiais da Cistertour
para os Associados da ASSP
Protocolo
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Condições especiais para os Associados
• Desconto entre 25% a 50% nas taxas de agência praticadas
nas passagens aéreas. Valores a praticar, 5,00€ para reservas
de Portugal; 15,00€ para a Europa e 25,00€ nas reservas para o
resto do Mundo.
• Nas viagens não protocoladas da programação da Cistertour com
a ASSP, os associados beneficiam de 5% de desconto na restante
programação da Cistertour + isenção das taxas de reserva.
Outros destinos ao dispor do viajante
O Porto Romântico – O Porto dos Ingleses, Arte e Memórias,
e um concerto na Casa da Música – 18 a 19 Novembro.
Cartagena das Índias (Colômbia) e Panamá
O passado e o futuro nas Caraíbas – 16 a 22 Fevereiro
Helsínquia e Lapónia
Paisagem e aventura no Círculo Polar Árctico – 18 a 23 Fevereiro
Costa Alentejana e Costa Vicentina
Paisagem e História – 11 a 13 Abr
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Quem Somos? Onde Estamos?
A Associação de Solidariedade Social dos Professores (ASSP) é uma organização de Professores
que tem como objectivo e actividade a prestação de serviços de natureza social, humanitária
e cultural aos seus associados e familiares.
J
uridicamente está constituída como Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e registada como
pessoa colectiva de direito privado sem fins lucrativos.
A ASSP é de âmbito nacional.
Sediada em Lisboa organiza-se funcionalmente em delegações locais que abrangem quase todo o Continente,
Madeira e Açores.
GUIMARÃES
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