Na Trincheira 135 - Sindicato dos Bancários e Financiários de

Transcrição

Na Trincheira 135 - Sindicato dos Bancários e Financiários de
Ano III
No 135
02/06/2010
Inscrição de candidaturas para
delegados sindicais da Caixa vai
até dia 11 de junho
CONECEF
Sindicato defendeu a reposição integral das perdas, venceu no
plenário, mas os pelegos da CUT manobraram na mesa
Conecef marcou a formação de um sólido bloco de oposição composto por bancários de base e ativistas da Conlutas, Intersindical e CTB. Sindicatos de Bauru,
RN e Maranhão, como sempre, foram a vanguarda, defendendo implacavelmente a luta por reposição integral das perdas salariais, isonomia e contra a
reestruturação. Os pelegos da CUT, também como sempre, só deram vexame, agindo com truculência e adotando de vez o discurso do patrão
No último fim de semana,
entre os dias 28 e 30 de maio,
aconteceu o 26º Conecef (Congresso Nacional dos Empregados
da Caixa), no suntuoso Hotel
Holiday Inn, em São Paulo, lugar
absolutamente inapropriado para
que se reunissem trabalhadores
tão assolados por ataques atrozes, graves problemas e salários
pra lá de miseráveis.
Bauru defende a luta
Como já noticiado pelo jornal Na Trincheira, após realizar
assembléia específica, o Sindicato dos Bancários de Bauru e
Região/Conlutas enviou três
delegados ao Congresso Estadual dos Empregados da Caixa, em
São Paulo, onde foi eleito o companheiro Beto Castilho para representar nossa base nesse Conecef, com a missão de defender
intransigentemente a luta contra
a reestruturação, a isonomia e,
sobretudo, a reposição integral
das perdas salariais, que já vão
além dos 101%. Essa missão, de
defender a luta dos trabalhadores, foi cumprida!
Vitórias contra a CUT nos
grupos
Durante todo o segundo dia
de Conecef, sábado, os delegados foram divididos em grupos de
trabalho. No grupo 4, com várias
intervenções, o companheiro
Beto Castilho, do Sindicato/Conlutas, defendeu e conseguiu aprovar com 70% dos votos, a luta
por reposição integral das perdas
salariais dos empregados da Caixa, de 101%, derrotando o discurso rebaixado e governista dos
pelegos da CUT, que invadiram a
sala do grupo, abrupta e desrespeitosamente, para, além de tentarem boicotar a luta, ainda par-
tir para a mais grotesca baixaria,
utilizando suas toscas intervenções para ofender nosso sindicato e o representante bauruense,
com grosserias impublicáveis e
palavrões ridículos. Realmente, os
cutistas já não sabem nem perder, nem discutir politicamente.
Além desse avanço, nesse e
nos grupos, foram vencedoras
outras propostas favoráveis aos
trabalhadores, como a luta contra a reestruturação a partir de
um calendário nacional de mobilização, combate à flexibilização
dos salários, à remuneração variável, aos correspondentes bancários e a exigência de uma comissão executiva dos empregados
minimamente legítima, sendo
eleita no Conecef, sob proporcionalidade. A tônica era sempre a
mesma, em todos os quatro grupos: de um lado, os ativistas da
Oposição Unificada, defendendo
os interesses dos empregados; do
outro lado, os pelegos da CUT,
defendendo os interesses da Caixa e do Governo.
Todos os temas e propostas
seriam levados à apreciação da
plenária geral, no domingo, onde
as decisões do congresso seriam
tomadas em última instância. Era
aí que morava o perigo...
As manobras da CUT
Como era de se esperar, no
domingo, dia decisivo do 26º Conecef, os delegados pelegos da
CUT já estavam todos 'articulados' para votarem de forma 'robótica' contra os interesses dos
trabalhadores.
Sempre que os ativistas da
Oposição Unificada intervinham
com propostas de luta, logo vinham os burocratas cutistas, com
propostas vergonhosamente reacionárias e discursos pra lá de
rebaixados e governistas. Capachos que são, restava aos 'delegados-robôs' da CUT meramente
erguer o crachá na hora em que
No momento de votação imediatamente após a defesa da luta por reposição
das perdas salariais, é visível a vitória dos trabalhadores na plenária.
Depois, veio a manobra dos cutistas na mesa...
seus caciques ordenassem. Assim, os sindicalistas cutistas pretendiam manipular as votações e
manobrar os resultados do 26º
Conecef. Mas nem sempre essa
suja artimanha dava certo...
Num dado momento de desatenção dos 'robôs-pelegos', a
Oposição Unificada rechaçou a
flexibilização dos salários através
da praga da remuneração variável. Os 'caciques' da CUT, obviamente, defenderam a flexibilização e o chicote das variáveis, mas
foram derrotados, de forma categórica. A mesa, coordenada
pela CUT, ainda tentou manobrar,
determinando que fosse feita
nova votação, mas a vitória dos
trabalhadores era avassaladora e
inegável, tornando desnecessária
a contagem de votos. Talvez os
'robôs cutistas' estivessem almoçando ou no 'cafezinho'...
Em seguida, no grande momento do Conecef, a mesa foi
compelida a apresentar a proposta de luta por reposição integral
das perdas salariais de julho de
94 até hoje, em torno de 101%,
algo que os pelegos da CUT se
recusam reiteradamente a fazer,
em prol de seu vergonhoso atrelamento ao governo e à direção
da Caixa. Após duas intervenções
de defesas de cada lado (Beto
Castilho, do Sindicato/Conlutas e
Augusto, da CTB, defendendo a
luta, e dois cutistas, Jerry e Marcelo, defendendo o 'enterro da
luta'), a plenária foi convocada a
votar. Aí veio a mais criminosa e
infame manobra do dia: estando
claríssima a vitória da proposta
de luta defendida pela Oposição,
a mesa determinou que nova votação fosse feita e que todos erguessem de novo seus crachás.
Mais uma vez, ficou clara a vitória da luta, pelo contraste visual,
o que motivou grande comemoração dos ativistas da Conlutas,
Intersindical e CTB.
Trabalhadores x Governistas
Sem aceitar dignamente a
derrota, a mesa cutista, então,
passou a enrolar, esperando que
mais 'delegados-robôs' retornassem ao plenário, às pressas, para
mudar o quadro – foi uma verdadeira 'correria', contra os trabalhadores. Após algum tempo, a
mesa então determinou que a
votação fosse feita pela terceira
vez e que cada crachá de cada
delegado fosse contado, um por
um, ainda que a maioria dos robôs nem estivesse no plenário
durante as discussões do tema.
Após a manobra, contados os
votos de forma fraudulenta, veio
então o triste resultado, prejudicial aos trabalhadores e muito comemorado pelos pelegos: 93 trabalhadores votaram a favor da
luta pela reposição das perdas e
110 robôs cutistas votaram vergonhosamente contra essa luta.
Mas nem o Sindicato/Conlutas,
nem a Oposição Unificada reconhecem essa 'derrota' e, desde já,
anunciamos:
Essa luta continua, até a
vitória!
2
NA TRINCHEIRA
NA LUTA
JUSTIÇA
Sindicato estará no
Conclat da Unificação
BB é condenado a pagar multa de
40% sobre todo o FGTS de
aposentado demitido
Conlutas e Intersindical na mesma trincheira
Os trabalhadores da base
do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/Conlutas estarão devidamente
representados no Conclat
(Congresso Nacional da Classe Trabalhadora), que ocorrerá na cidade de Santos, nos
dias 5 e 6 de junho (sábado e
domingo).
O Conclat deverá culminar numa grande vitória operária, que será a histórica unificação entre Conlutas e Intersindical, uma vigorosa resposta dos trabalhadores à
degeneração das centrais governistas: CUT, Força Sindical e CGTB, por exemplo.
Dois dias antes, haverá o
II Congresso Nacional da Conlutas, preparatório para o
Conclat, também em Santos.
Os quatro delegados que
representarão a base da nossa entidade em ambos os congressos são os bancários Beto
Castilho, Paulo Martins, Waldevino Oliveira e Paulo Tonon,
todos eleitos em assembleia
específica, realizada no dia 27
de abril, em Bauru.
Visite o site do
Sindicato na internet
O departamento jurídico
do Banco do Brasil está precisando, urgentemente, atualizar-se sobre a legislação trabalhista do país.
Em maio de 2008, a instituição demitiu sem justa causa um funcionário que, embora tivesse se aposentado em
julho de 2006, continuou trabalhando normalmente nesses
22 meses. Com base na Orientação Jurisprudencial no. 177
do Tribunal Superior do Trabalho, que considerava extinto o
contrato de trabalho em caso
de aposentadoria espontânea,
o BB achou que a multa de 40%
pela demissão sem justa causa seria calculada sobre o
FGTS dos 22 meses.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/
Conlutas, por sua vez, exigiu
que a multa fosse calculada
sobre o FGTS de todo o período registrado no Termo de
Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT), de fevereiro de
1985 a maio de 2008. Venceu
em 1a instância, mas o banco,
desconhecendo que a OJ no.
177 do TST havia sido cancelada em 2006, recorreu da sentença.
O acórdão do Tribunal Regional do Trabalho da 15a Região foi sucinto. O juiz relator
limitou-se a lembrar ao BB que
a aposentadoria não extingue
o contrato de trabalho e que,
portanto, o banco era obrigado a pagar multa de 40% sobre o FGTS de 23 anos e três
meses.
Bancários liberados para assistir aos
jogos da seleção na Copa
A Febraban divulgou na semana passadao expediente bancário para os dias em que
haverá jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo. Veja:
Brasil x Coreia do Norte
Dia 15, terça-feira, às 15h30
Expediente: das 8 horas às 14 horas
Brasil xxPortugal
Dia 25, sexta-feira, às 11 horas
Expediente: das 8 horas às 10h30 e das 13h30 às 15h30
Obs.: O segundo jogo do Brasil, contra a Costa do Marfim,
será num domingo, dia 20.
Caso a seleção avance no campeonato, o expediente
bancário será definido com base nos seguintes
pressupostos:
Leia as últimas notícias sobre a luta bancária em nosso
site: www.seebbauru.org.br.
Nesta semana, novidades sobre a assembleia do PCR do
Itaú Unibanco.
SINDICALIZE-SE!
Fortaleça a categoria
Preencha a ficha no site www.seebbauru.org.br
Se a partida for às 11 horas, o expediente será das
8 horas às 10h30 e das 13h30 às 15h30.
Se a partida for às 15h30, o expediente será das 8h às
14 horas.
CONVÊNIO PARA BANCÁRIOS
WIZARD
Escola de Inglês
Desconto de até 20% nas mensalidades.
Aulas nas dependências da escola ou no local de preferência dos funcionários.
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NA TRINCHEIRA
3
VACILANDO
BAIXARIA
Contraf/CUT começa mal a
Campanha Salarial de 2010
Encontro Nacional do
BB vira palanque do PT
Tadeu (des)Aparecido
Barbosa e os demais integrantes da turma da CUT em
Bauru estão distribuindo um
questionário preparado pela
Contraf para sondar as "prioridades" da categoria para
a Campanha Salarial. É de rolar de rir! Tem até propaganda eleitoral enxertada na tal
"consulta" pelega.
Pela leitura do material,
depreende-se que o Comando Nacional vai elaborar a minuta focando em apenas uma
ou duas reivindicações para
cada tema de negociação
(remuneração direta; remuneração indireta; condições
de trabalho, saúde e segurança; e emprego). Terão de
escolher entre, por exemplo:
1) combate ao assédio moral, 2) fim das metas abusivas, 3) isonomia de direitos
para os afastados por licença-saúde, 4) segurança contra assaltos e sequestros e 5)
adicional de risco de vida nas
agências e postos. Por que
dar prioridade a duas reivindicações se todas elas são
mais que justas? Não é preciso nenhum questionário
para saber que os bancários
anseiam por tudo isso.
E a reposição?
A Contraf/CUT continua
ignorando completamente a
justa reivindicação pela reposição integral das perdas sa-
lariais ocorridas nos últimos
quinze anos. Pouco a pouco
os bancários foram perdendo seu poder de compra, enquanto os lucros dos bancos
cresciam escandalosamente.
Participação
Outro aspecto bizarro do
questionário é a pergunta
sobre a participação da ca-
tegoria na Campanha Salarial. Ora... Não há que se falar
nisso. O negócio é mobilizar
os bancários para que todos
juntos participem das paralisações, assembleias e quaisquer outras atividades necessárias para o sucesso da
campanha.
Vamos fazer uma campanha séria, pelegada!
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CAMPEONATO DE FUTSAL 2010
Inscrições abertas até dia 11
Esta é a penúltima semana de inscrições para o
Campeonato de Futsal 2010.
O prazo termina no dia 11.
Cada equipe pode inscrever até 12 jogadores, sendo dois terceirizados e um financiário. Cada jogador não
bancário paga R$ 20 no ato
da inscrição. O bancário não
sindicalizado paga R$ 15.
Há uma importante mudança no regulamento deste
ano: em caso de W.O., a equipe desfalcada terá de pagar
uma taxa de R$ 50.
Terminou no domingo,
dia 30 de maio, o 21º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil,
encontro organizado pelos
pelegos da CUT.
As discussões foram divididas em quatro temas:
Plano de Carreira, Cargos e
Salários (PCCS), remuneração e jornada; saúde e condições de trabalho; o papel
do Banco do Brasil e o sistema financeiro nacional; e organização do movimento.
Após três dias de debates, as principais resoluções
foram as seguintes:
! Construir e apresentar
uma proposta do PCCS baseado nas premissas aprovadas
na plenária de dirigentes sindicais;
! Propor como piso do PCCS
o salário mínimo do Dieese,
que hoje é de R$ 2.139,06;
! Adotar a jornada de 6 horas para todos, sem redução
de salários;
! Incorporar anuênio e gratificação semestral;
! Buscar a isonomia;
! Seleções internas por provas (concurso) para comissionamento;
! Fim da trava de dois anos;
! Fim da lateralidade e dos
desvios de função com a volta das substituições para todos os cargos;
! Combate à terceirização
no serviço bancário;
! Fim do correspondente
bancário.
Excrescência
O ponto alto do congresso pelego cutista foi quando
a maioria dos delegados deliberaram por apoiar a candidata do PT à presidência
"por entender que ela reúne
melhores condições de atender as reivindicações do funcionalismo". Como se Lula tivesse feito isso...
SACANAGEM
Plano Família da Cabesp
tem reajuste
acima da inflação
O reajuste de 14,12%
que a Cabesp impôs ao plano Família entrou em vigor no
mês passado causando indignação aos associados. O índice superou os 6,76% autorizados pela Agência Nacional de Saúde e os 12,5% da
Variação dos Custos MédicoHospitalares, apurada pelo
Instituto de Estudos de Saúde Complementar.
"Um reajuste absurdo
como esse é inaceitável",
avalia Fábio Heubel, diretor
do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/
Conlutas. Ele conta que o
superávit da Cabesp foi de
quase R$ 476 mil em 2009,
tendo crescido 368,5% em
relação a 2008. "Com esse
resultado, a Cabesp poderia
poupar os associados do reajuste abusivo".
"Esse é mais um ataque
do Santander à saúde dos
trabalhadores e de suas famílias, que já andam com o
orçamento sobrecarregado
por conta dos salários arrochados", diz Fábio. "Os trabalhadores do banco têm de
estar mobilizados e preparados para repudiar mais esse
ataque do Satãder".
4
NA TRINCHEIRA
BANDITISMO SINDICAL
Sindicato pelego vira negócio lucrativo no
Brasil de Lula
O jornal O Estado de S.
Paulo publicou no último dia
23 uma extensa reportagem
sobre o lucrativo negócio que
é o sindicalismo pelego no
Brasil. Nada que o Sindicato
dos Bancários de Bauru e
Região/Conlutas já não
soubesse e já não tenha denunciado.
Em média, uma nova entidade surge no país a cada
dia. Mas essa febre de abertura de sindicatos em 2010
não tem nada a ver com líderes idealistas, dispostos a defender intransigentemente os
direitos dos trabalhadores. Na
verdade, o que mais assanha
a pelegada é a montanha de
dinheiro oriunda do imposto
sindical.
Consta que o governo federal vai distribuir algo em
torno de R$ 2 bilhões (90%
do total arrecadado) para os
sindicatos, federações, confederações e centrais nos próximos dias.
Até 2007, as centrais não
tinham direito a nenhuma parte do imposto. Foi a partir de
2008 que elas passaram a
abocanhar 10% do bolo. Desde então, a corrida para criar
ou filiar sindicatos ficou bem
mais acirrada, já que a quantia distribuída às centrais é
proporcional ao número de
entidades sob o seu guardachuva.
Honestidade
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região,
filiado à Coordenação Nacional de Lutas, repudia
essa corrida ao ouro. A Conlutas nasceu e tem crescido
combatendo o peleguismo e
denunciando a cooptação das
centrais pelo governo.
É por isso que o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/Conlutas devolve a todos os trabalhado-
res da base, sejam eles sindicalizados ou não, cada centavo que recebe do imposto.
Chega de banditismo!
Infográfico/AE
A bolada recebida pelas seis centrais pelegas só tem aumentado
Número de
correspondentes
bancários
cresceu 38% em
2009
Uma nota publicada na
Folha de S.Paulo no dia 27
informa que o número de
correspondentes bancários
no Brasil já está chegando
às 150 mil unidades, tendo
crescido 38% no ano passado. Eles representam
hoje 67% das dependências bancárias do país. Enquanto isso, o número de
agências cresceu 4,7%,
para pouco mais de 20 mil.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/Conlutas já ajuizou
uma ação questionando
essa expansão dos correspondentes, que nada mais
são que agências sem segurança, que se utilizam
de comerciários para exercer funções de bancários.
É a precarização do trabalho incentivada pelo Banco
Central.
MATEMÁTICA
Contas continuarão em ordem com reajuste de 7,72%
para aposentados e fim do fator previdenciário
Na semana passada, o
senador Paulo Paim (PT/RS)
deu uma verdadeira aula aos
"tecnocratas" do governo –
leia-se Guido Mantega e Paulo Bernardo – que estão aconselhando o presidente a vetar o fim do fator previdenciário e o reajuste de 7,72%
para as aposentadorias acima
do salário mínimo. Nem parecia um petista.
Para começar, Paim disse que, em 2009, os benefí-
NA TRINCHEIRA
cios pagos pelo Regime Geral da Previdência Social somaram R$ 211 bilhões, enquanto a receita foi de R$ 273
bilhões. O sistema é superavitário, portanto.
Com base em dados da
Secretaria de Política de Previdência Social, Paim disse
que "o impacto da extinção do
fator previdenciário nas contas do governo em 2011 será,
no máximo, em torno de R$ 1
bilhão, R$ 1,2 bilhão", e não
de R$ 10 bilhões, como tem
circulado na imprensa.
O senador também disse
que o reajuste de 7,72% para
as aposentadorias acima de
um salário mínimo – em vez
dos 6,14% defendidos pelo
governo –, impactará as contas do governo em somente
R$ 600 milhões por ano.
Trata-se de uma mixaria
quando se leva em conta o
crescimento da arrecadação
neste ano. Só em abril, por
exemplo, cresceu mais de
15% na comparação com
2009, ficando na casa dos R$
70 bilhões.
Paulo Paim ainda levantou outros números para mostrar que essas medidas podem ser aprovadas sem receio, sendo o principal deles
o fato de que o PIB brasileiro
crescerá entre 6% e 8% em
2010.
Segundo ele, não há motivo nenhum para que a ma-
téria não seja sancionada:
"Uma demanda que atende
apenas 6% dos aposentados,
o impacto vai ser quase zero".
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/
Conlutas está do lado dos
aposentados, que precisam
do aumento, e da classe trabalhadora, que exige o fim do
fator previdenciário.
O presidente Lula tem
até o dia 15 para pensar no
assunto.
Jornal do Sindicato dos Bancários e Financiários de Bauru e Região. Jornalista Responsável: Isabel Carvalho (MTb 22.188). Redação: Isabel
Carvalho e Diego Teixeira (MTb 41.429). Periodicidade: Semanal. Sede: R. Marcondes Salgado, 4-44, Centro - CEP 17010-040 - Bauru/SP. Fone/Fax: (14) 3222-7270. Subsede
Santa Cruz do Rio Pardo: R. Marechal Bittencourt, 414, Ed. San Rafael, Sala 103. Fone: (14) 3372-5600. Site: www.seebbauru.org.br ou www.seebbauru.com.br E-mail:
[email protected]

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