segurança especial aceleramos
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segurança especial aceleramos
DistribuiçãoGratuitaedição8-ano2-maio/junho2010www.revistamundomoto.com.br seGUranÇa dificulte a vida dos ladrões esPecial A revista do motociclista ssional combustíveis e lubrifiprofi cantes aceleramos testamos a Yamaha Fazer 250 cc1 editorial Reconhecer-se e ser reconhecido O termo “motoprofissional” foi agregado pela revista Mundo Moto, desde sua primeira edição. Em uma rápida pesquisa pela internet é possível perceber que a cada dia a palavra conquista mais adeptos. Com a proposta de valorização da categoria, criamos uma denominação para tratar da carreira do profissional de duas rodas com o mesmo respeito que se tem pelas outras. Progressivamente, o motoprofissional se aprimora e solidifica sua importância dentro da engrenagem econômica e social dos grandes centros urbanos, ganhando seu espaço inclusive no interior do Brasil. O termo é capaz de abraçar a todos que têm na motocicleta uma ferramenta de trabalho. Quando decidimos criar a revista Mundo Moto, em 2009, constatamos que estes profissionais desejavam valorização. Estavam doidos para dizer: “somos qualificados e não meros entregadores de correspondências e encomendas”. E é sobre isso que vamos falar nesta edição. A matéria de capa “Precisa-se de Motoprofissional” vem mostrar o que já deduzíamos. O aumento na demanda de pessoal especializado, fruto da exigência do mercado, cresce e movimenta, indiretamente, R$ 800 milhões ao ano, servindo de estímulo para o aperfeiçoamento desta gente. A garra dos nossos meninos e meninas também faz diferença na economia mundial. Em entrevista exclusiva, a jornalista Flávia Guerra, diretora do filme “Karl Max Way”, revela nas telas do cinema a face aventureira de motoprofissionais brasileiros que vivem ilegalmente em Londres e arriscam suas vidas, todos os dias, para ajudar a manter o ritmo frenético de vida e trabalho na capital inglesa. Ficamos na torcida para que este reconhecimento sirva de estímulo para a sociedade enxergar essa importância e a própria categoria sentir-se elemento contribuinte do desenvolvimento mundial. Salete Paludo Diretora Executiva [email protected] A revista do motociclista profissional 3 índice DistribuiçãoGratuitaedição8-ano2-maio/junho2010www.revistamundomoto.com.br 5 DIZ AÍ... Mensagens dos leitores 6 MOTO VITRINE Acessórios para a moto 8 MOTO WEAR Novidades para você 10 ANTENADO Giro de notícias 12 TE CUIDA! Melhore sua alimentação 14 ESPECIAL Combustíveis e lubrificantes para sua moto 20 MUNDO WEB Dicas para curtir on-line 22 FIQUE LIGADO Lei de Isenção de Pedágio 24 SEGURANÇA Vacina contra roubo 26 ENTREVISTA A vida de um motoprofissional na telona 30 ACELERAMOS Nova Yamaha Fazer YS250 34 SEU OSÓRIO Soluções para pneus danificados 36 SONHO DE CONSUMO Conforto e velocidade da Honda CB 600F Hornet 4 38 NAS PISTAS Contos e causos de uma motorrepórter 40 CRESCENDO NA VIDA Reportagem da capa 46 MOTO CLICK Imagens do seu cotidiano 50 DIVIRTA-SE Onde assistir à Copa seGUranÇa dificulte a vida dos ladrões esPecial A revista do motociclista ssional combustíveis e lubrifiprofi cantes aceleramos testamos a Yamaha Fazer 250 cc1 diz aí... EXPEDIENTE A Revista Mundo Moto é uma publicação bimestral da SP8 Comunicações, dirigida aos Motociclistas Profissionais de todo o Brasil. Diretora Executiva: Salete Paludo tem ALGUMA SUGESTÃO? Redação Coordenação Editorial: Antonia Costa Fotógrafo: Fernando Reiff Publicidade Claudia Silva Raphael Gherardi Tudo o que você pensa nos interessa, então, deixe seu recado no site www.revistamundomoto.com.br ou mande um e-mail para [email protected] Gerente de Operações: Rafael Furquim Assistente de Operações: Natália Mislena Parabéns por um ano de muito sucesso e boas informações dadas aos leitores, suprindo a necessidade de uma orientação segura e objetiva, necessária para a melhor locomoção dos nossos veículos. Conselho Editorial Antonia Costa, profissional de comunicação Felipe Fatarelli, motoprofissional KK Batista, motoprofissional Rafael Furquim, profissional de marketing Rodrigo França, jornalista Salete Paludo, publicitária Wander Antonio de Souza, empresário do transporte motofrete Jefferson Lacerda - RJ Impressão Log&Print Gráfica e Logística S.A. Administração Rua Sansão Alves dos Santos, 76/121 04571-090 – São Paulo – SP Tel. (11) 2174-6506 Peguei um exemplar da Mundo Moto em uma loja e, logo que cheguei em casa, li e me cadastrei no site. Achei a revista muito bacana e interessante. Percebi que nós (motoboys) ainda precisamos nos informar sobre muitas coisas, e gostei bastante das dicas para o dia a dia. Um abraço a todos. Everaldo Frade Rosa - Ribeirão das Neves, MG Conheci a revista na minha empresa e me inscrevi pela internet para receber as edições em casa. Hoje chegou o primeiro exemplar.Agradeço a gentileza, pois tenho uma CB300 e a revista é muito útil para ficarmos por dentro dos assuntos relacionados ao motociclismo. Parabéns! Paulo de Campos – Nova Prata, RS Distribuição gratuita Tiragem de 30.000 exemplares auditada por Mundo Moto errou na edição Março-Abril-2010, na matéria Fique em dia com os seus pneus – Página 19 A foto do pneu publicada não se refere ao modelo Sport Dragon da Pirelli. A imagem correta do pneu Sport Dragon é esta ao lado. 5 moto vitrine Espaço e segurança Calibrador digital O bauleto Monolock E-29 da Givi é um dos mais recomendados, pois possui preço acessível e bastante espaço interno. Para quem dirige à noite, o brake light, acionado junto com o freio, garante mais segurança. Rodar com os pneus calibrados evita seu desgaste antecipado. O calibrador digital da Belmax facilita o trabalho, sendo leve e compacto e medindo tanto em PSI quanto em BAR. www.motostore.com.br Preço médio: R$ 203,00 www.ipirangashop.com Preço médio: R$ 29,90 Monitore por telefone Pelo celular, é possível receber um chamado alertando sobre o roubo de sua moto e bloqueá-la a distância, caso seja roubada. Com função manobrista, o bloqueador Cerruns consome pouca bateria e não tem mensalidade. www.cerruns.com.br Preço médio: R$ 590,00 Com toda a força O carregador de baterias Luxcar funciona tanto em 110V como em 220V. Eletrônico, pode ser usado para cargas de 6V, 12V ou 24V. www.luxcar.com.br Preço médio: R$ 9,90 Sem apuros O kit Vipal permite consertos nas câmaras de ar do pneu a qualquer hora, pelo processo de vulcanização a frio. Muito prático, contém reparos para perfurações e rasgos, uma bisnaga de fluido vulcanizante e lixa para limpeza. www.borrachasvipal.com.br 6 moto wear Camiseta Yamaha Pensada para os motociclistas que gostam de exclusividade e dos modelos Yamaha, a camiseta em malha garante muito conforto e estilo. www.yamaha-motor.com.br Capacete com tecnologia O capacete VGP 2, da Vaz, possui sistema antiembaçante e também uma película, na região dos ouvidos, para diminuir o ruído causado pela ação do vento, durante a aceleração. www.vazcapacetes.com.br Preço médio: R$ 320,00 Sem molhar os sapatos Produzido em nylon impermeável, a polaina protege os sapatos contra a chuva. Para melhor ajuste, possui velcro duplo para regulagem. O solado é de borracha, para facilitar a aderência. www. minhamotovip. com.br Preço médio: R$ 61,00 Com que roupa eu vou? Dirigir longas distâncias pede conforto e segurança. Uma boa opção é o macacão Golden Arrow, confeccionado em cordura, com forro impermeável e proteções para ombros, cotovelos, costas e joelhos em EVA anatômico. www.goldenarrowmotoshop.com Preço médio: R$ 1.008,00 8 Conforto e desempenho A blusa X-Thermo é uma segunda pele fabricada com microfibras sintéticas que aceleram o processo de evaporação do suor, mantendo o corpo seco e com temperatura estável. www.minhamotovip.com.br Preço médio: R$ 109,90 Antenado Vem aí a moto-carro Já imaginou pilotar uma moto com a segurança e o conforto de um carro? É o que promete o K-Way Motus, protótipo desenvolvido em Turim, berço da indústria automobilística italiana. Além das três rodas – duas localizadas à frente – possui motor híbrido, que alcança uma velocidade de até 150 km/h. A roda traseira funciona a partir do motor a combustão, enquanto as dianteiras são acionadas por dois motores elétricos. Com esses três propulsores, o veículo reduz o consumo de combustível e diminui a emissão de poluentes. Menor que um automóvel compacto, o K-Way tem espaço para dois ocupantes, com direito a cinto de segurança e proteção contra impactos. Agora é torcer para que o modelo chegue logo ao Brasil! Confira detalhes no site: www.k-waymotus.com Atenção para o recall Se você possui o modelo da Suzuki AN125 (anos 2008 e 2009) ou as Honda NXR 150 Bros (anos 2009 e 2010) e XRE 300 (ano 2010), precisa ficar de olho no número do chassi para saber se a sua moto precisa de reparos. O modelo da Suzuki terá a tampa do tanque de combustível substituída, para evitar vazamento. Já quem possui alguma das duas Honda irá trocar o corpo do acelerador, com problemas de retorno. Para saber se o seu chassi está na lista para recall, basta conferir no site das empresas e correr para alguma concessionária autorizada. Mais informações: www.suzukimotos.com.br e www.honda.com.br 10 Saúde Atenção! Compartilhar capacetes aumenta a incidência de doenças respiratórias. O médico infectologista dr. Antônio Magela, da FMT/AM (Fundação de Medicina Tropical do Amazonas), alerta que os vírus de meningite, tuberculose e gripe H1N1 permanecem vivos dentro do acessório por um tempo de 30 minutos a 48 horas. Nesse período, a transmissão de doenças pode se dar a partir do contato com as mucosas do nariz e dos olhos. Para os proprietários de mototáxi, que tem grande rotatividade de passageiros, é imprescindível higienizar a área externa e interna dos capacetes antes de cada utilização. Um cuidado que faz diferença para a sua saúde e a dos clientes que utilizam os seus serviços. Agora é lei Motoprofissionais e empresas que trabalham com motofrete têm até o dia 10 de julho para acertar todas as exigências previstas na Lei 12.209/2009, que regularizou a atividade. As motos terão que utilizar placa vermelha e baús de acordo com as dimensões padronizadas. Para os motociclistas, capacetes diferenciados, coletes retrorefletivos aprovados pelo Inmetro, regras para a utilização de mochilas e curso de pilotagem segura. Em caso de não utilização de carga, não será permitido o transporte de passageiros. Informações no site: www.denatran.gov.br Habilitação na faixa! O Detran de alguns estados do Nordeste oferece a oportunidade de tirar a carteira de habilitação para motos sem nenhum custo. A ação foi criada para tentar diminuir o número de motociclistas sem documentação, reduzir os índices de acidentes e melhorar o trânsito. No Ceará, serão oferecidas 42 mil habilitações. Já em Pernambuco, 14 mil pessoas poderão fazer a CNH gratuitamente. Para conquistar a carteira é necessário comprovar impossibilidade financeira para custear uma autoescola e cursar regularmente as aulas e provas. Informações nos sites: www.detran.pe.gov.br e www.detran.ce.gov.br A revista do motociclista profissional 11 te cuida! Comida para quem tem pressa Uma boa alimentação é fator definitivo para sua saúde. Mesmo na correria, é possível manter uma dieta equilibrada e rica em nutrientes 12 T rânsito intenso, estresse e carga horária exaustiva são fatores decisivos para encurtar o horário das refeições de quem trabalha diariamente sobre duas rodas. Motoprofissionais desafiam a própria saúde com a falta de regularidade nas refeições e pouco critério na escolha dos alimentos. Mas saiba que é possível se alimentar com cuidado, sem gastar tempo e dinheiro. Comer devagar e prestar atenção ao que come é a primeira recomendação dos especialistas de plantão. “Mastigar com calma permite uma digestão mais eficiente, melhor aproveitamento dos nutrientes e maior sensação de saciedade”, explica a nutricionista Ana Paula Gonçalves. A grande dificuldade é fugir do fast-food, que se prolifera pelas grandes cidades e aparece sempre como alternativa barata e rápida para quem mal tem tempo de pensar na relação custo-benefício. A ingestão de enxurradas de gorduras saturadas e lipídeos transforma o prato do almoço em possibilidades de futuras doenças coronarianas. Além disso, motoprofissionais costumam passar longos períodos do dia em jejum, com poucas refeições e exagero no tamanho das porções. “Quando comemos com pressa consumimos mais alimentos que o necessário. Há uma piora na eficiência da absorção dos alimentos, que pode levar à indigestão”, garante a nutricionista. João Carlos Nunes, 34 anos, trabalha 12 horas por dia e para apenas duas vezes durante o expediente para realizar as refeições. “Como na rua mesmo, sem problema nenhum. Perco muito tempo parando em restaurante. E dinheiro também”, conta o motoprofissional. Uma pausa tranquila, já faz milagres para a sua alimentação. Nada de comer em pé, dirigindo, ou em situações extremamente estressantes. Fatores como esses podem ser responsáveis por gastrites e até úlceras. “O estresse é uma resposta do corpo ao aumento de tensão e nessa situação várias funções do organismo podem ser alteradas. Com a poluição, ingerimos compostos que podem prejudicar a função das enzimas que participam do processo digestivo e isso piora a capacidade de aproveitar os nutrientes”, explica Ana Paula. Uma forcinha para estabelecer horários fixos e prestar atenção ao que coloca no prato, garante melhora na saúde e até aumento de disposição! DICAS • Não pule o café da manhã. Antes de pegar sua moto, abasteça bem o corpo para garantir energia para o dia todo • Reprograme seus horários de trabalho e estabeleça um tempo certo para as suas refeições • Não fique muito tempo sem comer durante o restante do expediente. Como o ideal é se alimentar a cada 3 horas, você pode abusar de frutas, barrinhas de cereais e sanduíches saudáveis • Evite o consumo de alimentos ricos em gorduras, para não tornar a digestão mais lenta • Coma mais verduras! • Procure fazer sua hora de almoço em locais que disponibilizam o serviço self-service. Assim você consegue fazer escolhas saudáveis sem tirar muita grana do bolso • Carregue sempre uma garrafinha de água Pesquisa realizada na cidade de São José dos Campos, pela Universidade do Vale do Paraíba, aponta que apenas 10% dos motoprofissionais têm dieta adequada. PARTICIPE E ENVIE SUA SUGESTÃO PARA NOSSA SEÇÃO TE CUIDA. A revista do motociclista profissional 13 especial Para a fome e a sede do seu motor Especialistas e fabricantes explicam o que é importante no momento de abastecer e lubrificar P ara obter o melhor desempenho e até aumentar a vida útil da sua moto, vale a pena prestar atenção na hora de escolher o combustível mais adequado a sua necessidade. O que é mais importante: economia ou performance? Depois da decisão, lembre-se de comprar o melhor lubrificante. Os dois componentes são fundamentais para que a sua máquina atue com efi- 14 ciência total sem comprometer o seu bolso e agredir o meio ambiente. Comum ou flex? Nem sempre o modelo desejado da moto possui mais de uma alternativa de combustível, deixando o motociclista sem escolha. Para alívio dos motoprofissionais, alguns fabricantes já começaram a investir em novas tecnologias, como os mo- tores bicombustíveis para motos, aumentando o leque de possibilidades para quem compra. Presente no mercado há um ano, os modelos flex trazem como vantagem a liberdade de escolha entre álcool ou gasolina na hora de abastecer e pagar a conta no posto. “O cliente pode optar entre o etanol, a gasolina e a mistura de ambos, o que pode lhe trazer vantagem econômica. Além disso, existe a questão ambiental, pois o etanol apresenta uma redução considerável das emissões de gases poluentes”, garante Christian Okuda, Gerente de Serviços Pós-Venda da Honda. Quando colocar os gastos na ponta do lápis, considere que cada combustível tem um poder de consumo diferenciado. O etanol, apesar de A revista do motociclista profissional Combustível de má qualidade pode causar queda no desempenho, aumento do consumo e maior emissão de poluentes 15 especial ter um valor menor no preço, se comparado à gasolina, é consumido mais rapidamente. “O álcool tem um poder calorífico – propriedade diretamente ligada à capacidade do combustível de liberar energia térmica – menor que a gasolina. Essa característica do etanol faz com que seja necessário utilizar maior quantidade do combustível”, explica Celso Argachoy, professor do Programa 16 de Especialização em Engenharia Automotiva do Instituto Mauá de Tecnologia. Para os interessados em performance, a melhor escolha fica por conta dos modelos feitos apenas para um tipo de combustível. Os melhores índices de desempenho de um motor de combustão interna aparecem quando o projeto desse motor é feito para uma fonte específica. Agora, independentemente de ser álcool ou gasolina, é sempre bom ficar atento à qualidade do combustível utilizado. Fuja das promoções milagrosas de alguns postos de serviço e siga sempre os planos de manutenção estabelecidos pelos fabricantes, mesmo fora do período da garantia. Assim você ficará livre de reparos constantes, não comprometerá o desempenho e economizará no consumo. As motocicletas flex foram desenvolvidas para utilizar os mesmos lubrificantes que os modelos com motor a gasolina Hora de lubrificar Lubrificantes podem ser de origem mineral, elaborados com bases derivadas do petróleo e aditivos, ou sintética, produzidos por síntese de moléculas em reações controladas, com estrutura estável, o que permite proteção extra e desempenho superior. A mistura dos dois gera o semissintético. Grande parte das motocicletas que saem de fábrica possui motor e transmissão acoplados (4 tempos). Assim, o óleo fica responsável pela lubrificação do motor e precisa ser de base sintética com aditivação específica, para gerar fricção e evitar o deslizamento dos discos da embreagem. A Castrol desenvolve a tecnologia Trizone Tm, que garante tudo isso e protege o motor do desgaste ocasionado por altas rotações A revista do motociclista profissional O PREÇO DA TECNOLOGIA Apesar da liberdade de escolha do combustível, as motos flex costumam ser mais caras, já que agregam o valor da tecnologia aplicada. O modelo bicombustível da Honda, a CG Titan Mix ES, sai por R$ 6.781. Já a versão a gasolina, a CG Fan ES, custa R$ 6.190. 17 especial e temperaturas elevadas. “Nossos produtos mantêm o resfriamento e a fluidez de fricção, evitam a perda de viscosidade e conservam as características originais de desempenho”, diz 18 Juliana Maranhão, gerente de Marketing da Linha Moto da Castrol Brasil. O conselho é seguir as recomendações de viscosidade (SAE) e classificação de serviço (JASO ou API), pre- sentes no manual da moto, e respeitar os períodos de troca. “Opte por lubrificantes especialmente desenvolvidos para motos. Óleos para automóveis não devem ser utilizados em motocicletas”, indica Celso Cavallini, coordenador de relações com as fabricantes da Mobil Lubrificantes. Repsol, Agip, Yamalube e Lubrax são outras marcas disponíveis no mercado que também produzem óleos de alta qualidade com excelentes resultados. O descarte Para quem costuma fazer a troca de lubrificante por conta própria, cuidado na hora de descartar o produto. Atrás das embalagens ou nos sites dos fabricantes, é possível encontrar lugares específicos para depositar esse tipo de material. A Petrobras, por exemplo, recebe óleos Lubrax usados, em qualquer posto da empresa. “O óleo descartado recolhido é basicamente destinado ao rerrefino, por intermédio de uma empresa contratada por licitação para esse fim. Dessa forma, a Petrobras Distribuidora colabora no aproveita- mento racional destes resíduos, reduzindo seu impacto ambiental e impedindo sua utilização inadequada”, explica Paulo da Luz Costa, gerente de Tecnologia e GNV da Rede de Postos da Petrobras Distribuidora. O MITO DA MISTURA Dizem por aí que, para limpar o sistema de injeção de motores flex, é necessário alternar, periodicamente, álcool e gasolina. Errado. “Se a moto é abastecida sempre com combustíveis de boa qualidade – seja álcool ou gasolina – e os períodos de troca de óleo recomendados são respeitados, essa alternância não se faz necessária”, afirma Celso Argachoy. DE OLHO NO MEIO AMBIENTE Um litro de óleo lubrificante usado demora até 300 anos para se degradar e, por ter menor densidade que a água, é capaz de formar, em poucos dias, uma fina camada sobre uma superfície de mil metros quadrados. O bloqueio de ar e luz dificulta a troca de oxigênio e pode causar danos irreversíveis para o ecossistema afetado. A revista do motociclista profissional 19 moto web Copa, pérolas e poesia Quer umas dicas do que fuçar na internet no seu tempo livre? Fique de olho nas sugestões da revista Mundo Moto. O Hit da Copa Apesar de não ter sido nomeada como o “hino oficial” da Copa do Mundo, a música “Wavin´ Flag” (bandeira tremulante, em português), do cantor somali K´Naan, faz muito sucesso na internet e já pode ser considerado como um hit da Copa. Um trecho dela é até usado na vinheta da TV Bandeirantes após os gols. Vale a pena dar uma olhada no clipe. Poesia do asfalto Não se iluda pelo nome: nessa poesia gravada em vídeo, Poeta e Fernandão declamam fatos corriqueiros que rodeiam o motoprofissional. A vida corrida, o preconceito e a esperança de ruas mais justas são os temas abordados pela dupla. www.youtube.com/ watch?v=oL7PfH5PQ8c www.youtube.com/ watch?v=WTJSt4wP2ME w w w. r e 20 vistam É preciso ter cuidado com as fotos que são colocadas no Orkut, principalmente se forem muito estranhas ou curiosas. Apesar de já não ser novidade, o site “Pérolas do Orkut” é garantia de risada para aqueles que são familiarizados com o site de relacionamento. E quem não é também se diverte, uma vez que, a cada dia que passa, o conteúdo do site aumenta, e fica difícil de sair dele sem ter visto pelo menos umas dez bizarrices. www.perolasdoorkut.com.br O site da revista Mundo Moto contém informação do seu interesse atualizada todo dia para você. Não deixe de nos visitar! oto.c undom Pérolas do Orkut om.br Acesse também nossa página no orkut: 6704# http://www.orkut.com.br/Main?cmm=5100 8 5791 =949 ?cmm unity Comm Seja você também um seguidor da Revista Mundo Moto no Twitter e fique por dentro das últimas notícias do nosso mundo. twitter.com/MundoMoto NOVO RÓTULO VOCÊ RODA MAIS POR MUITO MENOS. API-SL 2000 API-SJ 1998 API-SH 1994 (óleos da 1988 API-SE 1979 API-SD 1971 API-SC 1967 Ano API-SB COMPARE E VEJA A SUPERIORIDADE DO ÓLEO YAMALUBE. API-SF concorrência) 1989 API-SG Atende a classificação API SL, a melhor para o motor de sua moto. API-SA Imagens meramente ilustrativas. Verifique o nível do óleo regularmente e siga as instruções contidas no Manual do Proprietário da sua motocicleta. YAMALUBE. SUPERIORIDADE E DESEMPENHO. MAIOR GRAU DE SEVERIDADE MENOR ALÉM DE SER DESENVOLVIDO POR QUEM MAIS ENTENDE DE MOTOS NO PAÍS, O ÓLEO YAMALUBE ATENDE AS ESPECIFICAÇÕES API SL E JASO MA, AS MAIS EXIGENTES CLASSIFICAÇÕES MUNDIAIS PARA MOTORES A GASOLINA. ISSO SIGNIFICA MAIS DESEMPENHO E MAIOR VIDA ÚTIL DO MOTOR. ASSIM VOCÊ PODE RODAR MAIS POR MENOS. fique ligado Motocicletas terão isenção de pedágio Tramita em caráter conclusivo projeto de lei que propõe o fim do pedágio em rodovias federais 22 A Comissão de Trabalho, Administração e de Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou a isenção de pagamento de pedágio para motocicletas. O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Roberto Santiago (PV-SP), ao Projeto de Lei 6027/09 do deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ). Ambos argumentam que as motocicletas são veículos leves, incapazes de danificar o asfalto e causar algum custo à concessionária. Diferente da proposta de Itagiba, o projeto de Santiago aceita que as concessionárias repassem a tarifa das motos aos outros veículos. O projeto tramita em caráter conclusivo na Câmara, mas ainda será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Sindicato O Sindimoto (Sindicato dos Motoboys de São Paulo) coloca-se a favor do projeto de lei, afirmando que a categoria já possui altos custos em seu trabalho, como o pagamento de taxas, impostos e peças de reposição para suas motos. “Tudo que se fizer para que diminuam os custos no exercício da profissão tem nossa aprovação, como é o caso da isenção dos pedágios” , diz o presidente do sindicato, Gilberto Almeida dos Santos. Ele ainda diz que, embora a concessionária argumente que o pedágio é destinado a cobrir custos com resgates médicos, o pagamento do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) e do DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) deveria cobrir tais despesas médicas. Resposta A ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) afirma que o IPVA é um imposto que pode ser investido em qualquer área que o governo decidir, como saúde, educação ou infraestrutura, enquanto o DPVAT A revista do motociclista profissional indeniza vítimas de trânsito, mas não tem nenhum vínculo com as rodovias. Por causa disso, “é obrigação contratual das concessionárias prestar o primeiro socorro a qualquer vítima de acidente no trecho sob sua responsabilidade, cabendo a elas estes custos, que estão considerados nos valores dos pedágios”, justifica a ABCR. “Enfim alguém carrega a bandeira dos motociclistas. Torço muito pelo sucesso do projeto” Motociclistas No site da Abram (Associação Brasileira de Motociclistas), os comentários são bastante positivos em relação ao projeto. O motociclista Halim José de Araújo comemora: “Enfim alguém carrega a bandeira dos motociclistas. Torço muito pelo sucesso do projeto”. 23 segurança Vacine sua moto O sistema “Moto Protegida” garante o controle das peças da moto, dificultando a vida dos ladrões e oficinas de desmanche N o Brasil, cerca de 371 mil veículos são roubados ou furtados ao ano, ou seja, mais de mil por dia. Só no estado de São Paulo, 100 motos são roubadas diariamente e boa parte delas acaba em desmanches ou é adulterada. Com o intuito de inibir esse tipo de ação, a empresa Grav System, em parceria com a Associação Brasileira de Distribuidores Honda (Assohonda), lançou o sistema de segurança passiva “Moto Protegida”. Disponível em mais de 30 concessionárias Honda da Grande São Paulo, o sistema funciona da seguinte maneira: os dados do piloto e da moto são cadastrados e 30 peças do veículo têm o número 24 Entenda Os desmanches regularizados são aqueles que, após danos que comprovem perda total ou inutilização do veículo, desmontam e comercializam as peças que podem ser reutilizadas. Cabe então ao estabelecimento dar baixa do veículo no Detran, que tem o dever de publicar as informações na internet. de chassi gravado em baixo relevo. As informações são armazenadas em um banco de dados e ficam à disposição para consultas e investigações. “É um sistema de segurança passiva que não depende de acionamento”, explica Mário Franciscato, diretor geral da Grav System. Até o momento, apenas a Honda conta com o serviço, o que não impede a aplicação do sistema em motos “concorrentes”, pelo custo de 180 reais. “Está disponível para qualquer marca e é mais barato que um seguro”, garante Luiz Roberto Guimarães, gerente geral da Assohonda. O “Moto Protegida” teve início com a Lei 12.521, do deputado estadual Vanderlei Siraque. Por criar normas de regulamentação dos desmontes, dentre elas a marcação do número do chassi nas peças recondicionadas, ganhou o apelido de “Lei dos Desmanches”. O deputado acredita que a iniciativa ajuda a criar melhores condições para as investigações policiais sobre desmanches clandestinos, alterações em peças e motos clonadas. “É uma ideia importante e deveria ser transformada em lei. Motos só deveriam deixar a con- cessionária com as peças gravadas”, sugere Siraque. E admite que a solução para problemas como o do desmanche vai além da criação de leis e sistemas. “A criação de leis serve para aumentar o debate. Os desmanches clandestinos dependem de uma fiscalização maior pela corregedoria e pelo Ministério Público”, conclui. Peças vacinadas Além do motor, paralamas e aros das rodas, o farol e as lanternas também recebem a gravação com o número de chassi, numa inovação da Grav System. Pontos estratégicos da moto ganham adesivos para espantar os ladrões. A revista do motociclista profissional 25 Entrevista Um artista de cinema Jornalista leva para as telonas a vida dos motoprofissionais brasileiros que vivem, sofrem e ganham dinheiro na capital da Inglaterra 26 A ilegalidade dificulta o levantamento de informações e não existem dados oficiais precisos. Há quem diga que mais de cinco mil motoprofissionais trabalham em Londres. Destes, 80% são brasileiros. Para “conhecer de perto este mundo paralelo”, Flávia Guerra, jornalista de O Estado de S. Paulo e diretora de cinema, resolveu se aventurar pelas ruas e oficinas da capital inglesa, onde conheceu o sujeito que inspirou o filme “Karl Max Way”. O documentário, feito em parceira com o fotógrafo e montador Maurício Osaki, foi exibido no festival “É tudo verdade” deste ano e recebeu Menção Honrosa. Merecido. Em entrevista à Mundo Moto, a diretora conta os detalhes desta fantástica história. MUNDO MOTO – Como conheceu Karl Max? Flávia Guerra – Sempre quis filmar a vida dos motoboys brasileiros de Londres. Um dia, passando por uma oficina em East London, ouvi um cara dizer: “Meu nome é Karl Max”. Tipo o filósofo, mas sem o R. Minha mãe lê muito. Um dia ela leu um livro cha- “Ouvi um cara dizer: ‘Meu nome é Karl Max’. O dono da voz era um cara de quase dois metros de altura, vestindo a camisa da seleção brasileira. Tinha achado o meu ‘filósofo’ do cotidiano dos motoboys brasileiros em Londres” mado “O Capital” e ficou encantada com ele. E meu pai chamava-se Dimax. Então, ela juntou uma coisa com a outra e resolveu me chamar Karl Max, que eu acho um nome bonito, diferente.” O dono da voz era um cara de quase dois metros de altura, vestindo a camisa da seleção brasileira. Não tive dúvidas, tinha acha- A revista do motociclista profissional do o meu “filósofo” do cotidiano dos motoboys brasileiros em Londres. Qual a intenção do filme? Queria revelar a face aventureira e feliz de imigrantes que, ilegais ou não, driblam as dificuldades com muita coragem. Queria contar a história do ponto de vista de quem 27 Entrevista Flávia Guerra e Karl Max, no intervalo das filmagens de “Karl Max Way” vive este dia a dia na carne. Levanta cedo sob um frio de -5°C para cair na estrada só para entregar um documento. Come um marmitex com arroz e feijão e, mesmo com medo de ser preso e deportado, prefere sentir o vento na cara a lavar pratos ou fazer faxina. A situação dos motoprofissionais na Europa é muito diferente da dos brasileiros? A hora do motoboy na Inglaterra é quase o triplo. Conheci motoboys ingleses que tinham contratos fixos e só saíam de casa quando eram chamados. Os brasileiros, na maioria ilegais, não têm direito a nenhum benefício. Quanto mais entregas fazem, mais 28 “Um dia, ouvi o chefe do Max dizer: ‘Eu gosto dos brasileiros porque o inglês reclama e não quer trabalhar no frio. O brasileiro trabalha até debaixo de neve’” recebem. Por isso, não negam trabalho e são capazes de ir até a Escócia e voltar no mesmo dia em pleno inverno. Quais as diferenças entre os motoprofissionais brasileiros e os ingleses? A diferença está no trânsito. Não tem esta de “pegar o corredor”, parar em local proibido, passar com a moto em cima da calçada para cortar caminho. Nem da parte do motorista de carro tem isso de fechar, de agir de má-fé por pura implicância, de achar que motoboy é “tudo vida loka” sem responsabilidade. O respeito é mútuo. Acho que é isso que falta ao trânsito brasileiro e à relação “motoboy-motorista”: mais respeito. Qual a sua meta? Minha meta é mostrá-lo. Mostrar este Brasil que vive fora do Brasil. E que vive dentro de quem está lá fora. Revelar as contradições do chamado Primeiro Mundo que quer ser o suprassumo da civilização, mas não vive sem as contradições do Terceiro Mundo. O protagonista assistiu? Assistiu umas 20 vezes (risos). E adora. Ele só reclama de uma cena em que mostro ele procurando o endereço no GPS. Depois de ver o filme pela primeira vez. Um filme em que eu escancaro sua vida, ele fala: “Pode deixar tudo, adorei. Mas tira a “Queria contar esta história do ponto de vista de quem levanta cedo sob um frio de -5°C. De quem come um marmitex com arroz e feijão e, mesmo com medo de ser preso e deportado, prefere sentir o vento na cara a lavar pratos” cena do Ton Ton (o GPS). O que os caras vão pensar de mim? Que eu sou um motoboy amador?” Que resposta você espera da categoria para a sua obra? Espero que se reconheçam no Max. Um cara batalhador, que, por falta de oportunidade ou por pura paixão, arrisca sua vida para, como ele mesmo diz, “ajudar a movimentar a economia do país”. Não sou panfletária, mas acho ridículo criticar os motoboys e fingir que não se vê que, sem eles, cidades como São Paulo e Londres entrariam em colapso ou teriam de rever seu ritmo de vida. Motoprofissionais reúnem-se no fim de semana para cuidar das motos e saborear um churrasco, em oficina de Londres A revista do motociclista profissional 29 aceleramos 30 Yamaha Fazer YS250 Novo visual com a qualidade de sempre por Jaime Nazário e Gisele Flores A Fazer 250 recebeu um novo design, um “face lift” como se diz na indústria, e manteve sua mesma base de chassis, motor e suspensão. Mais bonita e moderna, a moto continua com o conforto e excelente relação de custo-benefício, que sempre foi uma marca deste modelo da Yamaha. Especialmente concebida para o mercado brasileiro, a Fazer é considerada uma moto de transição para quem vem de motos de menor cilindrada como as de 125 cc. Seus traços esportivos ficam por conta dos piscas traseiros, que lembram uma “naked” de média cilindridada, do conjunto óptico maior e rabeta com lanterna com LEDs. Motor e desempenho Por ter sido a primeira moto de sua categoria a contar com sistema de injeção eletrônica de combustível, a Fazer sustenta uma boa confiabilidade em relação ao seu funcionamento e desempenho. A partida é sempre A revista do motociclista profissional 31 aceleramos Yamaha Fazer YS250 imediata, mesmo com temperaturas mais baixas, e a resposta à aceleração acontece sem falhas e de forma suave e progressiva. O motor continua o mesmo quatro tempos com bom torque em rotação baixa, que proporciona boas retomadas, apesar de ter mantido a potência máxima de 21 cv a 7.500 rpm. Na cidade, a Fazer se sai muito bem: seu motor vibra pouco e seu escapamento é muito bem dimensionado, o que faz dela a moto de 250 cc mais silenciosa de todas, e uma das mais econômicas. Em média, nos testes de consumo realizados, sua pior marca foi de 23,6 km/L e a melhor 29,8 km/L, números bem expressivos para uma 250 cc. 32 ESPECIFICAÇÃO Visual e conforto Segundo uma pesquisa feita com usuários da Fazer, constatou-se que o design é um dos principais fatores de avaliação e afinidade da moto. Este foi um dos principais fatores que levaram a fábrica a dedicar tanta atenção ao estilo da moto, uma vez que, tecnicamente, a Fazer já tinha boa aceitação. Depois do novo visual, sua característica mais marcante é o conforto. O posicionamento dos bancos, guidão e pedaleiras proporciona uma ergonomia maior, o que causa menos cansaço para o piloto. O conforto do banco e da suspensão também considerou a carona, que se acomoda muito bem atrás. Novidades As novidades técnicas ficam por conta da inclusão de disco de 220 mm na roda traseira e de um novo farol de maior luminosidade. O painel agora tem incorporado um display digital repleto de informações que enche os olhos e traduz muita modernidade para a moto, tendo sido inspirado no da Fazer 600. Opinião A nova Yamaha YS250 Fazer modelo 2011 ficou muito mais bonita e atrativa, de visual mais agressivo e aparência mais robusta. Tecnicamente não ocorreram grandes mudanças. Isso não chega a ser negativo, porque a Fazer sempre foi reconhecida como uma moto de boas qualidades, como conforto, desempenho e economia. A Fazer 2011 é muito confiável para uso no dia a dia comum ou mesmo para o trabalho do motoprofissional. A revista do motociclista profissional Comprimento total 2.065 mm Largura total 745 mm Altura total 1.065 mm Altura do assento 805 mm Distância entre eixos 1.360 mm Peso seco 137 kg Motor 4 tempos, OHC, refrigerado a ar com radiador óleo, 2 válvulas Cilindrada 250 cc Diâmetro x curso 74,0 x 58,0 mm Taxa de compressão 9.80:1 Potência máxima 21 cv a 8.000 rpm Torque máximo 2,1 kgf.m a 6.500 rpm Tanque de combustível 19,2 litros (4,5 reserva) (reserva) Câmbio 5 velocidades, engrenagem constante Quadro Berço duplo de aço Pneu dianteiro 100/80 17 M/C 52S Pneu traseiro 130/70 17 M/C 62S Freio dianteiro Disco hidráulico de 282 mm de diâmetro Freio traseiro Disco hidráulico de 220 mm de diâmetro Suspensão dianteira Garfo telescópico Suspensão traseira Monoamortecida Curso da suspensão 120 mm dianteira Curso da suspensão 120 mm traseira Cores Preta, vermelha e roxa 33 seu osório Pneu furou? Conheça quais as melhores soluções de acordo com seu tipo de pneu e de dano O fato de as motos não terem estepe pode ser muito desagradável para quem se depara com um pneu vazio. Não existe receita para evitar os temidos furos, e sempre há a possibilidade de que eles venham a ocorrer, em algum momento, por motivos variados. A manutenção do pneu calibrado e as boas práticas de direção, ao evitar buracos e materiais pontiagudos, são princípios básicos para todo motociclista. Mas se, apesar dessas práticas, o pneu furar, os produtos selantes po- 34 dem ser a melhor solução antes de pensar em substituir seu pneu. Selantes preventivos São produtos à base de polímeros, aplicados antes que o pneu fure. Os fabricantes de pneus, porém, alertam para o desbalanceamento e outros problemas. “O objeto que causou o furo poderá permanecer no local e causar outros inconvenientes, como a separação de lonas, que pode até inutilizar o pneu”, alerta Paulo Rampon, que trabalha no setor de Pesquisa e Desenvolvimento da Vipal Pneus. Selantes curativos São produtos que devem ser aplicados depois do furo. No caso de consertos com produtos de vulcanização a frio, o próprio usuário, seguindo as orientações de aplicação, pode fazer o reparo. Ao escolher produtos que necessitem de vulcanização a quente, com temperatura, tempo e pressão controlados, o ideal é procurar uma borracharia com equipamentos e pessoas treinadas para isso. Pneus com câmara e sem câmara A diferença básica entre pneus com e sem câmara está em seu interior. “Os pneus sem câmaras são produzidos com uma fina camada de borracha, denominada liner, que possui alta impermeabilidade, fazendo com que o ar não escape do seu interior. Os pneus com câmara são fabricados sem liner, portanto, para manter o pneu inflado, existe a necessidade da instalação de uma câmara de ar”, explica Rampon. Os pneus sem câmara não estouram e, quando furam, esvaziam-se lentamente ou são vedados pelo próprio prego. Os pneus com câmara esvaziam-se depressa e têm conserto um pouco mais complicado, pois necessitam de remendos na câmara. O baixo preço da câmara faz a substituição valer mais a pena. O pneu enfrenta pedras, detritos e sujeira diariamente. Isso pode causar desde um dano superficial até um problema que inutilize seu pneu. Então, se furou, fique esperto com estas dicas: As soluções curativas são indicadas para pneus com câmara. Em pneus sem câmara, uma boa solução provisória é o macarrão, um tubo de borracha aplicado sobre pressão no local do A maneira de cuidar de um pneu furado varia de acordo com a posição, o tamanho e as causas do dano furo. O principal fabricante nacional é a Vipal. Para rasgos grandes, uma boa solução definitiva é a vulcanização, a quente ou a frio. Ela deve ser feita na oficina. Reparar o pneu sozinho, no entanto, é recomendado somente para viajantes de longas distâncias, e requer muitos equipamentos. Pergunte ao Seu Osório, envie suas dúvidas para o e-mail: [email protected] A revista do motociclista profissional 35 sonho de consumo Honda CB 600F Hornet: Velocidade e conforto 36 Especificações Técnicas (Sem Combined ABS) Categoria Motor Potência máxima Torque máximo Diâmetro x curso Alimentação Relação de compressão Sistema de ignição Bateria Farol Sistema de partida Capacidade do tanque Transmissão Transmissão final I nspirada nas motos esportivas do Mundial de Velocidade, a mais nova geração CB 600F Hornet alia conforto e alta performance, além de trazer um design inovador. Com um motor mais compacto e potente, a Hornet ficou mais leve e fácil de manejar, mas sem deixar de lado os traços agressivos típicos do modelo street sport naked. O conforto tanto do piloto quanto do garupa também ganhou mais atenção no modelo, com assentos mais ergonômicos e alças laterais. Apesar de sua vocação esportiva, a moto também é ideal para o uso urbano, devido à alta tecnologia utilizada no conjunto de suspensões e seu baixo consumo. Suspensão dianteira Suspensão traseira Freio dianteiro Freio traseiro Pneu dianteiro Pneu traseiro Altura do assento Altura mínima do solo Chassi Dimensões (c x l x a) Entre-eixos Peso seco Cores Preço A revista do motociclista profissional Naked DOHC (Double Over Head), 599,3 cm3, 4 cilindros, 16 válvulas, arrefecido a líquido 102 cv a 12.000 rpm 6,53 kgf.m a 10.500 rpm 67,0 x 42,5 mm Injeção eletrônica de combustível – PGM – FI 12,0 : 1 Eletrônica digital 12V – 8,6 Ah 55/55W (baixo/alto) Elétrica 19 litros 6 velocidades Corrente com anéis de vedação Telescópica invertida, 41 mm de diâmetro e 120 mm de curso Monoamortecida, 128 mm de curso e sete regulagens de pré-carga da mola Discos duplos flutuantes de 296 mm e cáliper de dois pistões Disco simples de 240 mm com cáliper de pistão simples 120/70 – ZR17 M/C 180/55 – ZR17 M/C 804 mm 135 mm Diamond Frame (Alumínio) 2.085 x 760 x 1.090 1.435 mm 173 kg (versão Standard) 177 kg (versão ABS / CBS) Amarela metálica e preta R$ 33.260,00 (versão Standard) e R$ 36.680,00 (versão ABS / CBS) 37 nas pistas Ela para o trânsito Repórter de uma revista e um site dedicados ao motociclismo, personal trainer e apaixonada por grandes cilindradas. Conheça a mulher que viaja o Brasil sobre duas rodas P aulistana de 31 anos, Eliana Malizia ainda se lembra de quando adquiriu sua primeira moto. “Aos 18 anos, comprei uma scooter, para ir ao trabalho, à faculdade e à academia.” Com o tempo, ganhou confiança, trocou de motocicleta e seguiu destinos cada vez mais distantes. Hoje, ela viaja pelo Brasil sobre gigantes de grandes cilindradas. O hobby virou mais uma de suas profissões – é graduada em Educação Física e atua como personal trainer. Passou a ser repórter de uma coluna da revista Moto Adventure e colaboradora do site Mulher ao Volante. “Escrevo toda a rota dos lugares por onde passo e sempre colo- 38 co a visão feminina nestes roteiros”, explica. No dia a dia, Eliana não larga a scooter. Mas, na hora de fazer reportagens, assume o guidão de máquinas como Mt 03, Ninja 250r, Vmax, Shadow, Harley, para explorar o interior de estados como São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. Em busca de pontos turísticos, sempre curte um passeio perto da natureza. “Gosto de fazer trilhas que me levam a cachoeiras”, conta. As voltas que esta aventureira já deu não se resumem ao território nacional. Eliana morou em Los Angeles, Califórnia. Lá, teve uma zx600 preta com a qual caiu na estrada e conheceu Las Vegas, São Francisco e Santa Bárbara. “Vi grupos de mulheres harlystas em Vegas. Não sei se lá existem mais grupos de mulheres motociclistas. Mas nunca vi uma circulando de moto no dia a dia da cidade”, lembra. O que chamou mais a atenção nos EUA? “A educação no trânsito. Lá, quando um muda de faixa, sempre dá seta e olha para trás. É uma regra que se aprende no treinamento para tirar a licença de motorista. Eu tirei e passei sem entender inglês”, revela. Com todo este gás, a moça acredita que preconceito e machismo no trânsito são coisas do passado. “Percebo olhares admirados das pessoas ao nos verem pilotando grandes motos”, diz. Não só grandes motos. “Organizei um passeio para mulheres de scooter em São Paulo e, literalmente, paramos o trânsito.” Reforçando essa ideia, o site Mulher ao Volante leva informação sobre carros, motos, dicas de pilotagem e temas ligados ao universo feminino, como beleza e fitness. “Muitas têm medo de dirigir moto e escrevo no site para servir como apoio”, afirma. O sonho dessa contadora de histórias é ter mais tempo para fazer viagens incríveis. A começar por Punta del Este, no Uruguai. Para Eliana, o motociclismo representa liberdade saudável, que permite sair da rotina, conhecer novos lugares, hábitos e culturas. “Posso experimentar, um pouco, a sensação de voar.” A revista do motociclista profissional 39 crescendo na vida Precisa-se de motoprofissional Empresas estão em busca de pessoal qualificado, com experiência, mínimo de dois anos de carteira e com registro na função 40 A revista do motociclista profissional 41 crescendo na vida N o Brasil, há cerca de 2 milhões de motoprofissionais. O crescimento de empresas especializadas em serviços de entrega se deve à saturação do trânsito e à condição econômica favorável que exigem cada vez mais rapidez e segurança. “Devido à regulamentação do setor, cada vez mais as empresas investem em qualificação de motoboy e isso ajuda a mudar a cara do setor”, afirma o presidente do Sindimoto SP, Gilberto Almeida dos Santos, o Gil. Empresários confirmam o aumento na demanda de quase 30% a mais do que o normal. São muitas vagas, mas quem quer acompanhar o mercado precisa estar de olhos bem abertos à concorrência, de olho no aprimoramento dos profissionais e no desejo dos clientes. Qualificado Estão em alta os motoprofissionais qualificados, maiores de 21 anos, com experiência, dois anos de carteira de motociclista e que conhecem a cidade como a palma da mão. Os contratantes con- 42 Ganha o empregador que oferece facilidades como atendimento imediato, funcionários capacitados e uniformizados e tem sistema de comunicação digital. Diversidade de serviços, como entrega 24 horas e maior cobertura de regiões, também determinam a escolha do cliente. fessam: não é fácil encontrar profissionais com todos esses requisitos. “No início, o motoboy fazia a entrega sem se importar com quem estava pedindo. Hoje, tentamos personalizar nosso atendimento. Sabemos que cada cliente funciona de uma maneira”, explica Larissa Hack, gerente da C.A.R. Express, empresa de motofrete de Porto Alegre (RS) que trabalha com profissionais uniformizados. Com a formalização do setor, a necessidade de profissionalizar os entregadores aumentou. “Em 1995, o mercado era bastante informal No Brasil, cerca de 3,5 mil municípios permitem a atividade de mototáxi e praticamente toda contratação era feita diretamente entre prestadores e empregados, sem qualquer relação empregatícia. Hoje esta realidade mudou”, diz Marcelo Martini, Diretor de Desenvolvimento da Speedy Service Logística S.A., que presta serviço para grandes empresas de transportes de documentos e delivey, entre elas a rede de fast-food McDonald’s. “Estamos atentos no recrutamento e na seleção dos profissionais, prin- cipalmente no que diz respeito a antecedentes criminais e experiência profissional.” Mototáxi Michele de Fátima Martins, 28 anos, encontrou a solução para o desemprego no Mototáxi Vermelhinho, em Poços de Caldas (MG). Há dois anos, ela leva pessoas na garupa da sua 150. “Bastante gente me procura porque mulher é mais cuidadosa para carregar crian- A revista do motociclista profissional ça, comprar remédio, etc.”, diz. O curso de Direção Defensiva para transporte de passageiro é obrigatório. Além desse requisito, pede-se atestado de bons antecedentes, moto com no máximo cinco anos de uso e mínimo de dois anos de carteira. A aparência também conta. “Brigo com meus meninos para fazerem a barba, o cabelo”, fala Sônia Regina Moras, gerente da empresa. Ela conta que no início 43 crescendo na vida Empresas preferem profissionais experientes, com segundo grau e maiores de 21 anos 44 Chico Brasil Perfil As empresas que fazem terceirização de motofretes dominam o mercado. Confira os números: • 3% ao ano é o crescimento de companhias formais, desde 2007, segundo o IBGE • 4,4 milhões de empresas estão dentro do Cempre (Cadastro Central de Empresas) • 25% dos motoprofissionais de São Paulo são motofretistas de pequenas cargas • 53% têm entre 18 e 29 anos • 40% possuem escolaridade até o ensino fundamental • 54% pilotam de 100 a 250 km por dia Adailton de Jesus, motoprofissional com inglês fluente do ano a demanda costuma cair – “às vezes sobra motoqueiro e falta corrida” – e que a maioria dos profissionais que saem migra para outras áreas. Bilíngue Administração de gestão de serviços, informática, curso superior incompleto em Biomedicina e inglês fluente. É com esse currículo que Adailton de Jesus consegue fazer diferença no mercado de motoprofissionais. “Esse investimento me tornou uma pessoa comunicativa. Sei me expressar bem e entender as necessidades dos clientes em vários seguimentos. Tudo isso empregado numa profissão que eu particularmente adoro: motoboy”, conta. E para quem acredita que não há necessidade de se aprimorar na carreira, ele rebate: “Devido à minha boa qualificação, desde que eu comecei a trabalhar eu nunca fiquei desempregado. Não sei nem o que é isso.” A revista do motociclista profissional • 59% pilotam 9 horas ou mais por dia • 60% dos motofretistas mantêm vínculo de trabalho formal com empresas do setor • 80% deles trabalham exclusivamente nesse tipo de serviço (Fonte: IBOPE/CET) 45 moto click respeita o motoboy! Motorista conscieixnte caba, SP de Lucas Ale o Soro Todo do ama a mag motocicletamun rela: ad ap tada pa Pedro Silva da Zona Sul dera deficientes São Paulo, SP Mototaxista em Goiana, PE Por Jaqueline Moura Paixão pela gar desde cedo upa ça A união faz a forAG M em Brasília, DF x e Fl de Re e p ui eq da s re do Vende 46 cinema gra, RJ Cena deia de Ponta Ne ias na Pra Rodrigo D Lev David Franacndo a solução isco de Goia na, PE 48 A revista do motociclista profissional 49 divirta-se Lugares campeões! Falta pouco para o mais importante evento de futebol do planeta. No dia 11 de junho, acontece a abertura da Copa do Mundo na África do Sul. Para curtir toda a emoção da seleção com os amigos, elegemos alguns dos melhores e mais tradicionais bares do país: La Cancha Sports Bar Inaugurada na Copa de 2006, a casa conta com dois telões e dez televisões de 42 polegadas. No cardápio, além do chope gelado, há petiscos como batata frita, mandioca, pasteizinhos e sanduíches. Rua Pium - I, 1122 – Sion – Belo Horizonte – MG www.lacancha.com.br Cervejaria Mangueira O local conquista por seu atendimento de qualidade. Em uma ampla varanda, três telões e duas TVs exibem os jogos. No cardápio, cerveja gelada, espetinhos, caldos e carnes na chapa. Rua R-11, 895 – Setor Oeste – Goiânia – GO www.cervejariamangueira.com.br 50 Bar O Torcedor Localizado no térreo do estádio do Pacaembu, o bar possui 23 televisões de LCD espalhadas pelo ambiente com transmissão exclusiva de partidas de futebol e fotos de torcedores nas paredes. O chope Brahma é tradição entre os frequentadores. Praça Charles Miller – Pacaembu – São Paulo – SP www.barotorcedor.com.br Alzirão Nas ruas, grandes telões concentram uma multidão que se une para torcer pela seleção, com fitas, apitos e muita alegria. O local costuma reunir mais de 30 mil pessoas por jogo. Rua Alzira Brandão – Rio de Janeiro – RJ Se dirigir, não beba Segundo o Departamento de Trânsito (Detran), mais da metade dos acidentes é causada por motoristas embriagados. Assim, se for beber mais do que uma latinha de cerveja (limite estabelecido pela Lei Seca), siga nossas dicas: • Alimente-se bem antes de beber. Os efeitos do álcool são mais fortes se você estiver em jejum. • Para cada dose ingerida, espere uma hora para que o álcool seja diluído pelo organismo. • Opte por bebidas não alcoólicas, como refrigerantes, cervejas sem álcool, sucos e água mineral. • Não dirija nem dê carona se tiver ingerido bebida alcoólica em excesso. • Deixe a moto em um local seguro e procure alternativas de transporte: pegue carona, um ônibus ou táxi. Feito para uma espécie que vive no asfalto. Pneus IRA Kits relação transmissão IRA Tudo para sua moto. Câmaras de ar IRA Sapatas e pastilhas de freio IRA Na moto com você. A IRA é fornecedora oficial: ira.com.br