taxa de prevalência de hipertensão arterial
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taxa de prevalência de hipertensão arterial
INDICADOR: D.27 TAXA DE PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL 1. Conceituação Percentual estimado de indivíduos de 25 anos ou mais com diagnóstico de hipertensão arterial, residentes em determinado espaço geográfico, no período considerado. 2. Interpretação • • • Estima a prevalência da hipertensão arterial na população. A hipertensão arterial está associada à exposição a fatores de risco, entre os quais destacam-se o consumo elevado de sal, tabagismo, estresse e obesidade. O risco de hipertensão arterial aumenta com a idade. A hipertensão arterial é um fator de risco para ocorrência de outras doenças, como infarto, acidente vascular-cerebral, doenças renais etc. 3. Usos • • • • Analisar variações geográficas e temporais na distribuição da prevalência de hipertensão arterial, identificando áreas de maior risco e, a partir da repetição de estudos de base populacional, observar tendências temporais. Identificar grupos populacionais de maior risco quanto a sexo, faixa etária e nível de escolaridade. Estes grupos devem ser alvo prioritário de ações de prevenção e controle. Contribuir na análise de condições de saúde. Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de promoção, de prevenção e assistenciais relativas à hipertensão e às doenças associadas. 4. Limitações • • • A estimativa baseia-se em dados referidos e não na medida direta de pressão arterial. Por este motivo, a estimativa varia em função do maior ou menor acesso à saúde e pode ser subestimada, dado que indivíduos hipertensos que nunca mediram a pressão arterial não terão diagnóstico positivo. O indicador depende da realização de estudos amostrais que, em geral, têm custos elevados e apresentam dificuldades de operacionalização. As estimativas baseiam-se em dados provenientes de alguns municípios de capitais, não refletindo a situação do país como um todo. Nas comparações entre as capitais, deve-se levar em conta as diferenças nos períodos de coleta dos dados. 5. Fonte Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e Instituto Nacional do Câncer (INCA): Inquérito Domiciliar de Comportamentos de Risco de Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis. 6. Método de cálculo Número de indivíduos de 25 anos ou mais de idade com hipertensão arterial referida Número de indivíduos de 25 anos ou mais de idade residentes x 100 O inquérito utilizou um modelo de amostragem por conglomerados com dois estágios de seleção e auto-ponderado. O primeiro estágio foi composto pelos setores censitários e o segundo estágio foi composto pelos domicílios. Este desenho amostral permite que as estimativas pontuais de proporção sejam obtidas diretamente a partir da amostra. O percentual de hipertensos foi estimado com base em inquérito de base populacional. Foram considerados hipertensos os indivíduos que referiram serem portadores de hipertensão arterial informado por profissional de saúde em uma ou mais consultas, em que sua pressão arterial foi medida, sendo que a última delas tenha sido realizada há até dois anos. 7. Categorias sugeridas para análise • • • • Unidade geográfica: Distrito Federal e municípios de capitais. Faixa etária: 25 a 39 anos, 40 a 59 anos, 60 anos ou mais. Sexo: masculino e feminino. Escolaridade: ensino fundamental incompleto e ensino fundamental completo 8. Dados estatísticos e comentários Percentual de indivíduos que referiram ter diagnóstico clínico de hipertensão em pelo menos uma consulta, entre os que referiram ter realizado exame para medir a pressão arterial nos últimos dois anos, na população de 25 anos ou mais, por sexo Distrito Federal e 17 capitais brasileiras, 2002-2003 e 2004-2005 Masculino Feminino Total Capital IC 95% % IC 95% % IC 95% % Manaus 17,9 (14,5-21,4) 26,0 (23,0-29,0) 22,7 (20,4-25,0) Belém 18,7 (14,2-23,2) 23,5 (19,4-27,6) 21,6 (18,7-24,5) Palmas 16,3 (13,3-19,3) 17,4 (13,5-21,4) 16,9 (14,3-19,5) São Luís 18,2 (14,4-21,9) 26,4 (22,8-30,1) 23,1 (20,2-26,0) Fortaleza 23,3 (19,9-26,7) 28,4 (24,9-31,9) 26,3 (23,7-28,8) Natal (*) 21,9 (16,5-27,4) 28,6 (23,6-33,6) 25,9 (22,1-29,7) João Pessoa 19,7 (15,0-24,4) 23,4 (19,4-27,4) 22,0 (18,5-25,6) Recife 26,5 (21,1-32,0) 31,6 (26,4-36,7) 29,5 (25,5-33,5) Aracaju (*) 20,4 (14,8-26,0) 29,5 (24,3-34,8) 25,8 (21,5-30,2) Belo Horizonte 22,7 (19,7-25,6) 28,0 (24,8-31,3) 25,8 (23,6-28,0) Vitória 25,9 (20,6-31,1) 27,2 (20,1-34,2) 26,6 (21,5-31,7) Rio de Janeiro 27,3 (24,4-30,1) 33,3 (30,8-35,8) 31,0 (29,1-32,8) São Paulo 26,5 (22,1-30,9) 31,2 (26,9-35,6) 29,3 (26,1-32,4) Curitiba 23,6 (20,3-26,9) 28,5 (25,0-31,9) 26,4 (23,8-29,0) Florianópolis 21,6 (16,1-27,1) 32,1 (26,0-38,2) 27,7 (23,0-32,4) Porto Alegre 24,9 (20,4-29,3) 34,1 (29,9-38,2) 30,2 (27,0-33,4) Campo Grande (*) 20,5 (14,4-26,6) 29,5 (23,9-35,1) 25,7 (21,4-30,0) Brasília 19,7 (16,6-22,8) 27,3 (23,9-30,6) 24,0 (21,9-26,1) Fonte: Ministério da Saúde/SVS e Instituto Nacional do Câncer (INCA): Inquérito Domiciliar de Comportamentos de Risco de Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis. Notas: 1. Informações de 2004-2005 para Palmas e São Luís e de 2002-2003 para demais capitais. 2. A coluna IC 95% apresenta o intervalo de confiança ( = 0,05) da taxa de prevalência, levando-se em consideração o efeito do desenho do estudo. (*) O número de entrevistados que referiram ter diagnóstico clínico de hipertensão nesta capital e neste grupo é inferior a 50; portanto, recomenda-se cautela na interpretação dos resultados. Os dados da tabela acima mostram que a freqüência do relato da hipertensão autoreferida aumenta com a idade. A prevalência nas 17 capitais e Distrito Federal variou de 7,4% a 15,7% nas pessoas com idade entre 25 e 39 anos (mediana=12%), de 23,7% a 36,4% (mediana=31,4%) naqueles entre 40 e 59 anos e de 39% a 59% (mediana=49,3%) nos idosos (60+ anos). Em especial para pessoas de 60 anos ou mais, os maiores percentuais em sua maioria foram observados em cidades do sul e sudeste do país. É possível que este achado seja também conseqüente ao maior acesso a serviços de saúde entre cidades das duas regiões mais ricas do país.
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