9º Simpósio Internacional de Esterilização e Controle de

Transcrição

9º Simpósio Internacional de Esterilização e Controle de
LIVRO PROGRAMA ANAIS
ISSN Nº
17 a 20 de Setembro de 2014
Palácio das Convenções do Anhembi – São Paulo
LIVRO PROGRAMA E ANAIS
ISSN Nº 2358-467X
Organização e Realização
Patrocinadores:
[2]
Organização e Realização:
9º Simpósio Internacional de Esterilização
e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
São Paulo – SP, 17 a 20 de setembro de 2014
Palácio das Convenções do Anhembi – São Paulo
Subtítulo
“Inovação e Liderança: os Rumos da Enfermagem
em Centro de Material e Esterilização”
[3]
Organização e Realização:
PRESIDENTE DO 9º SIMPÓSIO
Márcia Hitomi Takeiti
COMISSÃO ORGANIZADORA
 Marcia Hitomi Takeiti
 Lígia Garrido Calicchio
 Liraine Laura Farah
 Simone Garcia Lopes
 Simone Batista Neto
 Mara Lúcia Leite Ribeiro
 Marcia Cristina Pereira de Oliveira
 Mércia Pacheco de Oliveira
 Edmilson Cunha Almeida
 Giovana Abrahão de Araújo Moriya
 Tânia Regina Zeni Diniz
 Maria Clara Padoveze
 Eliane da Silva Grazziano
 Rachel de Carvalho
 Ana Lúcia de Mattia
 Rosa Maria Pelegrini Fonseca
 Mariângela Belmonte Ribeiro
 Kátia Aparecida Ferreira de Almeida
 Andrea Alfaya Acunã
COMISSÃO CIENTÍFICA
 Giovana Abrahão de Araújo Moriya
 Marcia Cristina Pereira de Oliveira
 Marcia Hitomi Takeiti
 Andrea Alfaya Acunã
 Lígia Garrido Calicchio
COMISSÃO TEMAS LIVRE
Simone Garcia Lopes
COMISSÃO DE PRÊMIOS
Tânia Regina Zeni Diniz
COMISSÃO FINANCEIRA
Simone Batista Neto
Mara Lucia Leite Ribeiro
SECRETARIA ADMINISTRATIVA
Maria Elisabeth Jorgetti
Claudia Martins Stival
ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Marcia Hitomi Takeiti
Sirlene Aparecida Negri Glasenapp
[4]
Organização e Realização:
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS
DO 9º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO
E CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA
A ASSISTÊNCIA À SAÚDE - SOBECC
Setembro de 2014
É com grande satisfação que recebemos você no 9º Simpósio Internacional de Esterilização e
Controle de Infecção Relacionada Assistência à Saúde da SOBECC. Seja muito bem vindo!
Esta edição do evento traz “Inovação e Liderança Os Rumos da Enfermagem em Centro de Material
e Esterilização” como tema central, cujo objetivo é levar aos profissionais de enfermagem que atuam
na área de centro material e esterilização, a reflexão, tornando-os integrados no desenvolvimento de
forma contínua, para sermos mais efetivos e irmos ao encontro das necessidades na assistência do
cliente interno e externo. Para tanto, é necessário estabelecer prioridades e redirecionar esforços no
sentido de utilizar a tecnologia para apoiar as boas práticas.
Para manter elevados níveis de desenvolvimento, gestão e qualidade na prestação da assistência, é
necessária uma política consistente de desenvolvimento profissional e pessoal, voltada às questões
das competências, de modo a tornar os profissionais de enfermagem mais confiantes na sua atuação
diária.
O tema central escolhido para esta edição conta com uma programação científica que busca
conhecimento de qualidade, atendendo a necessidade de inovação e lideranças, além de refletir
sobre os rumos da enfermagem na área de centro de material e esterilização, também busca a
atualização e o aprimoramento constante das habilidades da aplicação das boas práticas do nosso
dia a dia.
Aplicar as melhores práticas disponíveis na assistência de enfermagem, atuar na prevenção de riscos
evitáveis e prevenir a ocorrência de eventos adversos graves têm sido consideradas perspectivas e
referências na busca da excelência da assistência e da segurança do cliente cirúrgico. Tais práticas se
enquadram no próprio contexto da “Inovação e Liderança os Rumos da Enfermagem em Centro de
Material e Esterilização”.
A 9º edição do Simpósio Internacional de Esterilização da SOBECC acontece com a publicação destes
Anais, que incluem os temas discutidos e os conhecimentos veiculados, podendo ser recuperados a
qualquer tempo, de modo a oferecer maior visibilidade aos trabalhos.
Por isso, nossa proposta é oferecer oportunidades de diálogo sobre o melhor desenvolvimento
profissional, inovando e liderando os rumos da enfermagem no CME, voltados à gestão e ao
aprimoramento da teoria, aliada à prática do cuidado com a saúde do paciente cirúrgico.
Márcia Hitomi Takeiti
Presidente do 9º Simpósio
[5]
Organização e Realização:
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA
17 de setembro de 2014 (quarta-feira)
12h-13h30
Entrega de material e atendimento de novas inscrições
Cursos Pré–Simpósio
Auditório 01
14h00 – 16h00
Auditório 02
14h00 – 16h00
Auditório 4
14h00 – 16h00
Auditório 9
14h00 – 16h00
Teste Funcionalidade de Sistema de Barreira Estéril
Palestrantes: Anke Carter (Alemanha) e Eva Streit (Alemanha)
Processamento de Endoscópio
Palestrante: Patrícia Maria Telheiro Abib (São Paulo)
Aplicabilidade teórico-prática de uma ferramenta para dimensionamento em CME
Palestrantes: Denise Demarzo (São Paulo) e Mércia Pacheco de Oliveira (São Paulo)
Microbiologia aplicado a prática: limpeza, desinfecção e esterilização
Dinâmica Prática de higienização das mãos
Palestrante: Adriana Cristina de Oliveira (Minas Gerais)
16h30 – 17h
Cerimônia de abertura
17h00 – 18h30
Conferência de abertura – “O Sucesso através dos Sete Pecados Capitais”
Palestrante: Bruna Gasgon (São Paulo)
18h30
Coquetel de boas-vindas
[6]
Organização e Realização:
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA
18 de setembro de 2014 (quinta-feira)
7h30 – 8h30
Entrega de material e atendimento de novas inscrições
Grande Auditório
8h45 – 9h45
9h45 – 10h30
10h30 – 11h45
Sistemas de qualidade em CME
Palestrante: Jean-Marc Legentil (Canada)
Coffee Break
A Interface entre o Bloco Operatório, o Serviço de Controle de Infecção e Hospitalar a
Gerencia de Risco, Fatores Determinante da Qualidade da Assistência Bloco Operatório
Palestrante: Sandra Marcia Alves Medeiros (Rio de Janeiro)
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
Palestrante: Cláudia Valone Silva (São Paulo)
Gerência de Risco
Palestrante: Vera Lucia Borrasca (São Paulo)
11h45 – 12h30
13h30 – 14h30
14h30 – 15h15
O uso do Adenosina Trifosfato (ATP), para monitorar a eficácia da limpeza de produtos
para saúde
Palestrante: Michelle Alfa (Canadá)
Almoço
Desinfecção de transdutores intracavitários: o que há de novo?
Palestrante: Mirian de Freitas Dalben Corradi (São Paulo)
Programação Paralela - Auditório 9
15h15 – 16h
Desafios do monitoramento dos processos de esterilização a vapor
Palestrante: Richard Bancroft (Inglaterra)
Grande Auditório
15h15 – 16h
O papel do enfermeiro na assistência à anestesia
Palestrante: Twilla Shrout (EUA)
16h – 16h45
Tecnologia da Informação: coadjuvantes na Gestão do CME
Palestrantes: Simone Batista Neto (São Paulo) e Alessandra Rosetti (Itália)
16h45 – 17h15
Intervalo
[7]
Organização e Realização:
17h15 – 18h30
Desafios do monitoramento de esterilização: da
legislação à aplicação prática Esterilização a Vapor
Palestrante: Paulo Roberto Laranjeira (São Paulo)
Esterilização a baixa temperatura (Ozônio/ETO)
Palestrante: Rafael Queiroz Souza (São Paulo)
18h30
[8]
Encerramento das atividades
Organização e Realização:
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA
19 de setembro de 2014 (sexta-feira)
Grande Auditório
8h30 – 10h00
Garantia do nível de segurança de esterilidade
Ameaças atuais para alcançar o nível de segurança de esterilidade: há soluções técnicas?
Palestrante: Kazuko Uchikawa Graziano (São Paulo)
O impacto da umidade excessiva sobre a garantia do nível de segurança de esterilidade
Palestrante: Duygu Percin (Turquia)
10h00 – 10h45
Coffee break
10h45 – 11h30
Desinfecção de alto nível ou esterilização de endoscópios: o necessário, o bom e o
suficiente.
Palestrante: Dirceu Carrara (São Paulo)
11h30 – 12h30
Estrutura Física do CME: como projetar a Centro de Material e Esterilização seguindo as
recomendações da RDC 15
Palestrante: Rosa Maria Pelegrini Fonseca (São Paulo)
Aspectos da estrutura física relacionados a vigilância sanitária
Palestrante: Isaura Cristinah Soares Del Miranda (São Paulo)
13h30 – 14h30
Almoço
14h00 - 18h00
Programação Paralela - Auditório 3
Workshop - Introdução à metodologia de pesquisa
Palestrantes: Kazuko Uchikawa Graziano (São Paulo) e Maria Clara Padoveze (São Paulo)
14h30 – 15h20
Validação de limpeza manual
Palestrante: Anke Carter (Alemanha)
15h20 – 16h20
Utilização da Metodologia Lean: desmistificando aplicações reais para o CME
Palestrante: Jonh Kimsey (EUA)
16h20 – 17h00
Estratégias de capacitação do profissional em CME
Palestrante: Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti (São Paulo)
Programação Paralela Auditório 9
16h20 – 17h00
Método fácil para o controle de rotina para a limpeza de dispositivos complexos?
Palestrante: Klaus Roth (Alemanha)
17h00
Encerramento
21h00
Confraternização – Tema “Sertanejo”
[9]
Organização e Realização:
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA
20 de setembro de 2014 (sábado)
9h00 – 9h30
Coffee break
9h30 – 10h15
Novas tendências para desinfecção de superfícies
Palestrante: Maria Clara Padoveze (São Paulo)
10h15 – 10h00
Tratamento de materiais explantáveis: polêmica do descarte de resíduos
Palestrante: Luiz Carlos Fonseca e Silva (São Paulo)
11h00 – 12h00
Ética e Felicidade no trabalho
Palestrante: Roberto Patrus (Minas Gerais)
12h00 – 12h45
Apresentação dos trabalhos premiados
12h45
Encerramento do evento
[10]
Organização e Realização:
TRABALHOS APROVADOS
[11]
Organização e Realização:
INDICE
Os Trabalhos publicados são de total responsabilidade dos respectivos autores.
1 - CÓD. 792 ..............................................................................................................................................................................20
CONSCIENTIZAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DA CME SOBRE A IMPORTÂNCIA DO EXPURGO:
TAREFA DIFÍCIL E CONSTANTE.
2 - CÓD. 794 ..............................................................................................................................................................................21
PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE: CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS QUE ATUAM
NA ATENÇÃO BÁSICA.
3 - CÓD. 795 ..............................................................................................................................................................................22
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO.
4 - CÓD.796 ...............................................................................................................................................................................23
APLICAÇÃO DA ESCALA BIANCHI DE STRESS COM ENFERMEIROS QUE ATUAM EM BLOCO CIRÚRGICO.
5 – CÓD. 797..............................................................................................................................................................................24
A ANÁLISE DA ASSEPSIA E ANTISSEPSIA NO POSTO DE ENFERMAGEM DA CLÍNICA MÉDICA E
CIRÚRGICA ADULTA DA IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PENÁPOLIS (SP).
6 - CÓD.798 ...............................................................................................................................................................................25
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CME: REFLEXOS NA MELHORIA DA QUALIDADE.
7- CÓD. 800 ...............................................................................................................................................................................26
ABORDAGEM EDUCATIVA SOBRE O MANEJO NOSOCOMIAL DO CLOSTRIDIUM DIFFICILE.
8- CÓD.801 ................................................................................................................................................................................27
TEORIA DE MANEJO DE SINTOMAS: COMPREENDENDO A ABRANGÊNCIA DA SEDE PERIOPERATÓRIA.
9 - CÓD.803 ...............................................................................................................................................................................28
RASTREAMENTO, NOTIFICAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES
COM DIARREIA NOSOCOMIAL PELO CLOSTRIDIUM DIFFICILE.
10- CÓD.804 ..............................................................................................................................................................................29
BUSCANDO A HUMANIZAÇÃO DO CUIDADOR DO CENTRO CIRÚRGICO ATRAVÉS DA ESPIRITUALIDADE,
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
11 - CÓD.806. ............................................................................................................................................................................30
EDUCAÇÃO GERANDO MUDANÇAS NA DINÂMICA DO PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS PARA
SAÚDE.
12- CÓD.810 ..............................................................................................................................................................................31
AGENDAMENTO CIRÚRGICO: INTERNO OU EXTERNO AO CENTRO CIRÚRGICO
13 - CÓD.811 .............................................................................................................................................................................32
CHECKLIST DE SEGURANÇA EM CENTRO CIRÚRGICO: CONHECIMENTOS DA EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL.
14 - CÓD.812 .............................................................................................................................................................................33
CONDIÇÕES NECESSÁRIAS A IMPLEMENTAÇÃO DO CHECKLIST DE SEGURANÇA CIRÚRGICA.
[12]
Organização e Realização:
15 - CÓD.814 .............................................................................................................................................................................34
INDICADORES DE QUALIDADE NO GERENCIAMENTO DE CENTRO CIRÚRGICO.
16 - CÓD.815 .............................................................................................................................................................................35
UTILIZAÇÃO DE DETERGENTE ENZIMÁTICO PARA LIMPEZA DO INSTRUMENTAL ODONTOLÓGICO –
ESTAMOS UTILIZANDO CORRETAMENTE?
17 - CÓD. 816 ............................................................................................................................................................................36
RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS DA SAÚDE: APROFUNDANDO O CONHECIMENTO SOBRE
CONTROLE E PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES.
18 - CÓD.818 .............................................................................................................................................................................37
A SATISFAÇÃO DO TRABALHADOR DE ENFERMAGEM QUE ATUA NA CENTRAL DE MATERIAL
ESTERILIZADO.
19 - CÓD.819 .............................................................................................................................................................................38
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EM CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO:
SEGURANÇA E CONTROLE DE INFECÇÃO.
20 - CÓD.821 .............................................................................................................................................................................39
INFECÇÕES RELACIONADAS À NEUROCIRURGIA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS - INCIDÊNCIA E PERFIL
MICROBIOLÓGICO NUM CENTRO DE REFERENCIA PARA TRATAMENTO DO CÂNCER.
21 - CÓD.822 .............................................................................................................................................................................40
QUANTIDADE DE INSTRUMENTAIS NAS CAIXAS CIRÚRGICAS: AVALIAÇÃO DE CUSTO
22 - CÓD.824 .............................................................................................................................................................................41
CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO: DESPERTANDO O INTERESSE NA FORMAÇÃO DO
ACADÊMICO DE ENFERMAGEM.
23 - CÓD.825 .............................................................................................................................................................................42
RESIDENTE EM ENFERMAGEM: ATUAÇÃO NA EDUCAÇÃO CONTINUADA PARA O CONTROLE E
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR.
24 - CÓD.826 ............................................................................................................................................................................ 43
RELACIONANDO UNIDADES DE APOIO COM O CUIDADO AO PACIENTE CRÍTICO
25 - CÓD.827 ............................................................................................................................................................................44
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO COMO COADJUVANTE NO
CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
26 - CÓD.828 ............................................................................................................................................................................45
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE ENDOFTALMITE E SÍNDROME TÓXICA DO SEGMENTO ANTERIOR
APÓS CIRURGIAS DE CATARATA: IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DE MARCADORES.
27 – CÓD. 829............................................................................................................................................................................46
CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO: COM OU SEM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA.
28 - CÓD.831 ............................................................................................................................................................................47
INVESTIGAÇÃO DE SURTO POR PSEUDOMONAS AERUGINOSA MULTIRRESISTENTE EM UMA UNIDADE
DE TERAPIA INTENSIVA PARA PACIENTES ONCOLÓGICOS – DETECÇÃO DE UMA FONTE AMBIENTAL
INESPERADA.
[13]
Organização e Realização:
29- 832 ......................................................................................................................................................................................48
ESTRATÉGIAS DA ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A SEGURANÇA DO PACIENTE.
30 - CÓD.833 ............................................................................................................................................................................49
O PROFISSIONAL DO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO, A BARREIRA DA INFECÇÃO
HOSPITALAR.
31 - CÓD.834 ............................................................................................................................................................................50
PROFISSIONAL DO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO FRENTE AS NOVAS TECNOLOGIAS UM
DESAFIO PARA A EDUCAÇÃO CONTINUADA.
32 - CÓD.835 ............................................................................................................................................................................51
ELABORAÇÃO DE INDICADORES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO SITIO CIRÚRGICO BASEADO NO
PERFIL DE UM HOSPITAL FEDERAL NO RIO DE JANEIRO.
33 - CÓD.836 ............................................................................................................................................................................52
VIVENCIANDO O PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO POR EMPRESA TERCEIRIZADA EM UM HOSPITAL DE
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
34 - CÓD. 838 ............................................................................................................................................................................53
PICOLÉ DE GELO E HIDRATAÇÃO LABIAL PARA ALÍVIO DA SEDE: PERCEPÇÕES DO PACIENTE
CIRÚRGICO.
35 - CÓD.839 ............................................................................................................................................................................54
ATIVIDADES DO ENFERMEIRO DE CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO EM INSTITUIÇÕES
HOSPITALARES.
36 – CÓD.840.............................................................................................................................................................................55
RECEBENDO O “DA VINCI”.
37 - CÓD.841 ............................................................................................................................................................................56
O ESTRESSE FRENTE ÀS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO.
38 - CÓD.842 ............................................................................................................................................................................57
LIMPEZA MANUAL: EVIDENCIAS ATRAVÉS DA AVALIAÇÃO DO ATP EM INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS
39 - CÓD.843 ............................................................................................................................................................................58
CIRURGIA SEGURA: GARANTIA DA ADEQUADA ADMINISTRAÇÃO DE ANTIBIÓTICOPROFILAXIA.
40 - CÓD.844 ............................................................................................................................................................................ 59
CUIDADOS COM MATERIAL CIRÚRGICO DE ALTO CUSTO: ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO.
41 - CÓD.846 ............................................................................................................................................................................60
O PACIENTE COM DOR NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA: REVISÃO INTEGRATIVA DA
LITERATURA, SUAS EVIDÊNCIAS E RECOMENDAÇÕES PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM.
42 - CÓD.847 ............................................................................................................................................................................61
HARDINESS E COPING ENTRE TRABALHADORES DO CENTRO CIRÚRGICO.
43 - CÓD.848 ............................................................................................................................................................................62
SEGURANÇA NO PROCESSAMENTO DE PINÇAS DE ROBÓTICA DO SISTEMA DA VINCI SI® NO CENTRO
DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO SUL DO BRASIL.
44 - CÓD.850 ............................................................................................................................................................................63
RELATO DE EXPERIÊNCIA: ADAPTAÇÃO À RDC 15.
[14]
Organização e Realização:
45 - CÓD.851 ............................................................................................................................................................................64
DEGERMAÇÃO CIRÚRGICA DAS MÃOS: AVALIAÇÃO DA REDUÇÃO DA CARGA MICROBIANA POR TRÊS
TÉCNICAS.
46 - CÓD.852 ............................................................................................................................................................................65
REPROCESSAMENTO DOS ARTIGOS PARA A SAÚDE NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NO
MUNICÍPIO DE SÃO LUIS – MA.
47 - CÓD.853 ............................................................................................................................................................................66
ADESÃO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ENTRE ANESTESISTAS EM UM CENTRO CIRÚRGICO DE PORTO
ALEGRE.
48 - CÓD.857 ............................................................................................................................................................................67
SISTEMA DE RASTREABILIDADE PARA CONTROLE DAS PINÇAS ROBÓTICAS.
49 - CÓD.863 ............................................................................................................................................................................68
ADESÃO DA PRÁTICA DE HIGIENE DE MÃOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UMA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA.
50 - CÓD.866 ............................................................................................................................................................................69
CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA FASCEÍTE NECROSANTE: RELATO DE CASO.
51 - CÓD.868 ............................................................................................................................................................................70
IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DO CME NA PREVENÇÃO DE BIOFILMES.
52 - CÓD.871 ............................................................................................................................................................................71
SUSPENSÃO CIRÚRGICA E OCUPAÇÃO DAS SALAS OPERATÓRIAS (SO) DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO.
53 - CÓD.872 ............................................................................................................................................................................72
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
RELACIONADO À REESTERILIZAÇÃO DAS UNIDADES ASSISTENCIAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
54 - CÓD.874 ............................................................................................................................................................................73
APLICAÇÃO DA RESINA DE POLIAMIDA COMO MÉTODO PARA PREVENÇÃO DE EXTRAVIOS DE
INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS.
55 - CÓD.875 ............................................................................................................................................................................74
IMPLANTAÇÃO DE CHECK LIST PARA CONFERÊNCIA E IDENTIFICAÇÃO DE ARTIGOS EXPIRADOS OU
COM QUEBRA DE VALIDADE UTILIZANDO-SE O INVENTÁRIO DO CME.
56 - CÓD.876 ............................................................................................................................................................................75
OPINIÕES DOS ENFERMEIROS SOBRE DIRETRIZES PARA A NORMOTERMIA PERIOPERATÓRIA.
57 - CÓD.877 ............................................................................................................................................................................76
REPROCESSAMENTO DE ARTIGOS DE SAÚDE DE USO ÚNICO: REVISÃO DE LITERATURA.
58 - CÓD. 878 ...........................................................................................................................................................................77
IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS CONSIGNADOS: RELATO DE
EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES EM ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA.
59 – CÓD. 879 ...........................................................................................................................................................................78
CARACTERIZAÇÃO DAS INFECÇÕES EM PACIENTES CIRÚRGICOS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.
[15]
Organização e Realização:
60 - CÓD.880 ............................................................................................................................................................................79
CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE EM CENTRO CIRÚRGICO:
REVISÃO INTEGRATIVA.
61 - CÓD.881 ............................................................................................................................................................................80
IMPLANTAÇÃO DA CIRURGIA ROBÓTICA NO INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
62 - CÓD.882 ............................................................................................................................................................................81
MONTAGEM DE CARGAS VALIDADAS EM AUTOCLAVE A VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO:
RELATO DE EXPERIÊNCIA.
63 - CÓD.883 ............................................................................................................................................................................82
PROPOSTA DE CAPACITAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA.
64 - CÓD.885 ............................................................................................................................................................................83
RASTREABILIDADE DOS MATERIAIS ESTERILIZADOS EM UM HOSPITAL ONCOLÓGICO
65 - CÓD.886 ............................................................................................................................................................................84
A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRESTADA NO TRANSOPERATÓRIO:
A VISITA PÓS-OPERATÓRIA É UMA ESTRATÉGIA EFICAZ?
66 - CÓD.887 ............................................................................................................................................................................85
VALIDAÇÃO DA ESTERILIZAÇÃO EM PACOTES DE ALGODÃO TECIDO SEGUNDO TESTES
LABORATORIAIS.
67- CÓD.891 .............................................................................................................................................................................86
DIRETRIZES ASSISTENCIAIS NA AVALIAÇÃO DO ESTADO FISIOLÓGICO DO PACIENTE
PÓS-OPERATÓRIO.
68 - CÓD.894 ............................................................................................................................................................................ 87
PARAMENTAÇÃO AMBIENTAL E CIRÚRGICA: CONDUTAS E RECOMENDAÇÕES NO
CENTRO CIRÚRGICO.
69 - CÓD. 896 ............................................................................................................................................................................88
ATIVIDADES DOS ENFERMEIROS DO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO EM INSTITUIÇÃO
HOSPITALAR DO ESTADO DE RORAIMA.
70 - CÓD. 897 ............................................................................................................................................................................89
DESINFECÇÃO DE ENDOSCÓPIOS.
71 - CÓD. 898. ...........................................................................................................................................................................90
APLICAÇÃO DO CHECKLIST PARA CIRURGIA SEGURA EM UM HOSPITAL ESCOLA DO PIAUÍ:
RELATO DE EXPERIÊNCIA.
72 - CÓD.899 ............................................................................................................................................................................91
AVALIAÇÃO DO PROCESSAMENTO DE PRODUTOS EM HOSPITAL PÚBLICO DA AMAZONIA
OCIDENTAL.
73 - CÓD.900 ............................................................................................................................................................................92
ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM PRÉ-OPERATÓRIA EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA NO TRATAMENTO
EM ONCOLOGIA.
[16]
Organização e Realização:
74 - CÓD.901 ............................................................................................................................................................................93
INTERVENÇÕES ANTI-ESTRESSE PARA TRABALHADORES DO CENTRO CIRÚRGICO.
75 - CÓD.902 ............................................................................................................................................................................94
QUANTIDADE DE CICLOS DE ESTERILIZAÇÃO ASSOCIADOS À MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO.
76 - CÓD.904 ............................................................................................................................................................................95
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPLANTAÇÃO DO CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA EM UMA UNIDADE
DE CIRURGIA AMBULATORIAL.
77 - CÓD.905 ............................................................................................................................................................................96
PROTOCOLO DE SEGURANÇA DE MANEJO DA SEDE: ASSOCIAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE SEGURANÇA
NÃO ATINGIDOS COM A PERIODICIDADE DE SUA APLICAÇÃO.
78 - CÓD.906 ............................................................................................................................................................................97
AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DA ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE
ENSINO.
79 - CÓD.908 ............................................................................................................................................................................98
ENCAMINHAMENTO DE MATERIAIS DO CENTRO CIRÚRGICO PARA O CENTRO DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO.
80 - CÓD.909 ............................................................................................................................................................................99
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A VIVÊNCIA NA CME PARA O PROCESSO DE FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO
RESIDENTE.
81 - CÓD.910 ..........................................................................................................................................................................100
A MUSICOTERAPIA EM UMA SALA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA: RELATO DE CASO
82 - CÓD.911 ..........................................................................................................................................................................101
PROJETO DE EXPERIMENTOS: PREPARO DE BANDEJAS DE INSTRUMENTAL CIRÚRGICO.
83 - CÓD.913 ..........................................................................................................................................................................102
PROCESSO DE VIABILIZAÇÃO DA MÁQUINA LAVADORA AUTOMÁTICA DE ENDOSCÓPICOS.
84 - CÓD.914 ..........................................................................................................................................................................103
AS DIFICULDADES NO CONTROLE E NA UTILIZAÇÃO DE OPME SOB A ÓTICA DO ENFERMEIRO.
85 - CÓD.915 ..........................................................................................................................................................................104
APLICAÇÃO DA RESOLUÇÃO RDC 15 EM UMA UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO E CENTRO DE
MATERIAL ESTERILIZADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
86 - CÓD.916 ..........................................................................................................................................................................105
ADEQUAÇÃO DO PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE EM UNIDADES CONSUMIDORAS.
87 - CÓD.917 ..........................................................................................................................................................................106
A INSERÇÃO DO ENFERMEIRO NO AGENDAMENTO CIRÚRGICO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA
REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE.
88 - CÓD.918 ..........................................................................................................................................................................107
A AÇÃO DA GESTÃO ESTRATÉGICA NA MELHORIA DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE EM CME.
89 - CÓD.919 ..........................................................................................................................................................................108
FERRAMENTAS DE GESTÃO EM CME: RECALL DE CONTROLE DO PROCESSO DE LIMPEZA, UM
IMPORTANTE INDICADOR DE QUALIDADE.
[17]
Organização e Realização:
90 - CÓD.920 ..........................................................................................................................................................................109
HIGIENE DAS MÃOS: CONHECIMENTO E ADESÃO POR PROFISSIONAIS ATUANTES NA RECUPERAÇÃO
ANESTÉSICA.
91 - CÓD.921 ..........................................................................................................................................................................110
USO DO UNIFORME PRIVATIVO E SUA RELAÇÃO COM AS INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO.
92 - CÓD.922 ..........................................................................................................................................................................111
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
93 - CÓD.923 ..........................................................................................................................................................................112
ANÁLISE DE INCIDENTES COM RISCOS E DANOS NAS ÁREAS CIRÚRGICAS E DE RECUPERAÇÃO
PÓS-ANESTÉSICA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.
94 - CÓD.924 ..........................................................................................................................................................................113
A PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIA EM CME: A APLICABILIDADE DO CONCEITO DENTRO DOS
PROCESSOS REALIZADOS.
95 - CÓD.925 ..........................................................................................................................................................................114
ADEQUAÇÃO DAS TAREFAS CONFORME HABILIDADES PROFISSIONAIS NO CME.
96 - CÓD.926 ..........................................................................................................................................................................115
CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E GESTÃO MOTIVACIONAL EM CME: ELEMENTOS-CHAVE PARA O
ALCANCE DA EXCELÊNCIA DOS PROCESSOS.
97 - CÓD.927 ..........................................................................................................................................................................116
PROCESSO DE TRABALHO EM CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME): ATRIBUIÇÕES DO
ENFERMEIRO ASSISTENCIAL.
98 - CÓD.928 ..........................................................................................................................................................................117
O TEMPO DE IMERSÃO NO ÁCIDO PERACÉTICO IMPACTA OS CUSTOS COM A MANUTENÇÃO DOS
EQUIPAMENTOS ENDOSCÓPICOS?
99 - CÓD.929 ..........................................................................................................................................................................118
SEGURANÇA DO PACIENTE NO PROCESSO DE CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS: UTILIZANDO O
CHECK-LIST COMO FERRAMENTA.
100 - CÓD.930 ........................................................................................................................................................................119
INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA: ATUALIZAÇÃO TEÓRICA E PRÁTICA – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
101 - CÓD.931 ........................................................................................................................................................................120
JEJUM OPERATÓRIO: A VISÃO DO S PACIENTES CIRÚRGICOS.
102 - CÓD.932 ........................................................................................................................................................................121
SEDE EM PUÉRPERAS NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO.
103 - CÓD.933 ........................................................................................................................................................................122
PRODUTOS PARA SAÚDE ESTERILIZADOS ARMAZENADOS EM UNIDADES ASSISTENCIAIS DE HOSPITAIS
DE GRANDE PORTE DE BELO HORIZONTE: ESTUDO DESCRITIVO.
104 - CÓD.934 ........................................................................................................................................................................123
ARMAZENAMENTO DOS PRODUTOS PARA SAÚDE ESTERILIZADOS EM CENTROS DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO DE HOSPITAIS DE GRANDE PORTE.
[18]
Organização e Realização:
105 - CÓD.935 ........................................................................................................................................................................124
QUALIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DE UM CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
(CME): RELATO DE EXPERIÊNCIA.
106 - CÓD.936 ........................................................................................................................................................................125
IMPACTO NA GESTÃO CIRÚRGICA COM A PRESENÇA DE CAIXAS MOLHADAS EM UM HOSPITAL
PARTICULAR DE SÃO PAULO.
107 - CÓD.939 ........................................................................................................................................................................126
BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DA ESTERILIZAÇÃO POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO NO HOSPITAL
PRIVADO DE GRANDE PORTE EM SALVADOR/BA.
108 - CÓD.940 ........................................................................................................................................................................127
BENEFÍCIOS DO REPROCESSAMENTO AUTOMÁTICO DOS ENDOSCÓPIOS.
109 - CÓD.941 .........................................................................................................................................................................128
PAPEL DA ENFERMAGEM NO POSICIONAMENTO DO PACIENTE EM CIRURGIA ROBÓTICA:
REVISÃO DE LITERATURA.
110 - CÓD.942 ........................................................................................................................................................................129
ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO EM UMA EMPRESA DE EQUIPAMENTOS
ODONTO-MÉDICO-HOSPITALARES COM ÊNFASE EM CME.
111 - CÓD.943 ........................................................................................................................................................................130
DIFICULDADES E DESAFIOS NO PROCESSAMENTO DOS ARTIGOS CONSIGNADOS.
112 - CÓD.945 ........................................................................................................................................................................131
PARTICIPAÇÃO DA CME NA CIRURGIA SEGURA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
113 - CÓD.946 ........................................................................................................................................................................132
ESTRATÉGIAS DOS ENFERMEIROS PARA ADEQUAÇÃO DO CME FRENTE À RDC 15: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA.
114 - CÓD.947 ........................................................................................................................................................................133
DESINFETANTES DE ALTO NÍVEL ALTERNATIVOS AO GLUTARALDEÍDO PARA PROCESSAMENTO DE
ENDOSCÓPIOS FLEXÍVEIS SEMI-CRÍTICOS.
115 - CÓD.949 ........................................................................................................................................................................134
CIRURGIA SEGURA E A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UM SERVIÇO DE
CIRURGIA CARDÍACA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE PERNAMBUCO.
[19]
Organização e Realização:
RESUMOS DOS TRABALHOS
1 - CÓD.792
CONSCIENTIZAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DA CME SOBRE A IMPORTÂNCIA DO
EXPURGO: TAREFA DIFÍCIL E CONSTANTE.
AUTORA; CRISTINA MOREDA GALLETI KAVANAGH.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNICAMP, CAMPINAS - SP - BRASIL.
Introdução: O Centro de Material e Esterilização – CME é definido como o conjunto de elementos
destinado á recepção, expurgo, preparo, esterilização, guarda e distribuição do material. Para a
garantia da qualidade dos serviços prestados em CME é necessário que os recursos humanos tenham
perfil adequado para tal fim, bem como, a devida capacitação teórico-prático(3). Ter pessoas
qualificadas significa diminuição dos índices de infecção hospitalar, do tempo de internação, e
consequentemente, redução de gastos (1). É da competência do Responsável Técnico do serviço de
saúde garantir que todas as atribuições e responsabilidades profissionais estejam formalmente
designadas, descritas, divulgadas e compreendidas pelos envolvidos nas atividades de
processamento de produtos para saúde; prover meios para garantir a rastreabilidade das etapas do
processamento de produtos para saúde(7). Objetivo: Realizar um panorama sobre os conhecimentos
incorporados ao processo de trabalho no expurgo da CME. Método: Estudo descritivo, desenvolvido
na CME de um hospital público terciário de Campinas, com mais de 100 leitos. Os dados foram
obtidos no mês de junho de 2013, mediante a aplicação de um questionário que foi desenvolvido e é
composto por 50 passos do processo de trabalho no expurgo. Resultado: Após a apresentação dos
dados das respostas do questionário, foi realizado um treinamento seguindo um instrumento que
detalhava, passo a passo, todas as rotinas do expurgo, desde a limpeza da unidade, passando pela
conferência e recebimento de artigos contaminados, lavagem, enxague e secagem. Durante o
treinamento alguns colaboradores se mostraram resistentes á seguir a rotina preexistente e sobre a
qual receberam treinamento admissional, principalmente no que diz respeito á limpeza manual
individual dos artigos. E para o convencimento destes foi apresentado a todos as orientações sobre
limpeza nas legislações vigentes, como a RDC 15 de15/3/2012. E após a secagem dos artigos, foi
aplicado um teste de detecção de hemoglobina, que demonstrou falhas na limpeza de alguns
artigos. Conclusão: Sabemos que não conseguimos sensibilizar todos os colaboradores, quanto á
necessidade de seguir a rotina de limpeza no expurgo, principalmente no plantão noturno e com
alguns colaboradores do plantão da tarde. Mas estamos trabalhando no sentido de adquirir insumos
que para a limpeza, que convençam os servidores a realizá-la adequadamente e mantemos a
proposta de treinamentos periódicos visando uma maior adesão ao processo de trabalho do
expurgo.
[20]
Organização e Realização:
2 - CÓD.794
PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE: CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS
QUE ATUAM NA ATENÇÃO BÁSICA.
AUTORAS: MICHELE THIESEN1; BRUNA LETÍCIA BRASSANINI2.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ, BLUMENAU - SC - BRASIL; 2.UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ, ITAJAÍ SC - BRASIL.
Com as transformações que vem ocorrendo a atenção primária do setor saúde vem desenvolvendo
práticas assistenciais cada vez mais complexas, exigindo cuidado maior a fim de prevenir a ocorrência
de infecções. Objetivo desta pesquisa foi averiguar o conhecimento dos enfermeiros que atuam na
atenção básica a respeito do processamento de produtos para a saúde. Foi um estudo exploratório,
descritivo de abordagem quantitativa, sendo a população composta por 40 enfermeiros que atuam
na atenção básica do município estudo, dos quais 30 compuseram a amostra. A coleta de dados
ocorreu no primeiro semestre de 2012, sendo os dados registrados em um questionário. Foi feito o
levantamento da frequência absoluta e relativa dos dados, sendo analisados à luz do referencial
teórico. Foi respeitada a Resolução CNS 466/12, sendo aprovado pelo parecer n. 257.276. Os
resultados evidenciaram o conhecimento parcial dos enfermeiros. Com relação à classificação dos
produtos de acordo com o risco potencial de transmissão de infecção a maioria dos enfermeiros
respondeu a questão de forma parcialmente incorreta, sendo o principal motivo de inconformidade
foi a classificação inadequada dos materiais de nebulização, especulo vaginal e curativo. A respeito
da etapa da limpeza, as respostas foram consideradas incompletas ou parcialmente incorretas, pois
maioria dos profissionais se equivocou ao não considerar adequado o uso água potável para a
limpeza dos materiais. Na questão relacionada a desinfecção dos produtos, a maioria das respostas
foi classificada como parcialmente incorreta, influenciado principalmente pelo equivoco sobre o
tempo de estocagem, que é indefinido e não de apenas uma semana. Com relação à esterilização a
vapor, a grande maioria das respostas foi considerada parcialmente incorreta sendo que a principal
inconformidade encontrada diz respeito a determinação do tamanho do pacote ter como único fator
determinante o tamanho da autoclave, ao invés de considerar o peso e as dimensões preconizados
pela legislação. Com relação à validação do processo, observou-se um número grande de respostas
consideradas parcialmente incorretas ou incompletas, principalmente pelo fato da maioria ainda
considerar que o indicador biológico deveria ser utilizado apenas uma vez por semana. Quanto
às condições de estocagem, a maioria das respostas foi considerada incompleta, tendo sido
influenciado principalmente pelo fato dos profissionais não considerarem necessário manter a
temperatura do ambiente reservado para a guarda dos materiais em torno de 18 a 22ºC. Por fim,
quando questionados a respeito dos aspectos que contribuem para o processamento de produtos
para a saúde, nas unidades em que atuam as respostas revelaram aspectos negativos tais como a
falta de conhecimento e de estrutura adequada para o desenvolvimento do processo. Diante dos
resultados ressaltam-se quatro aspectos fundamentais: embora o conhecimento dos enfermeiros
não possa ser considerado completo, as inconformidades apresentadas caracterizavam falta de
atualização; necessidade de investimentos na formação continuada dos profissionais; influencia da
infraestrutura no adequado processamento; destaque para a responsabilidade do enfermeiro frente
ao processamento. Reitera-se, portanto, a necessidade de investimentos na formação e condições de
infraestrutura do município a fim de alcançar as Boas Práticas para o processamento de produtos
para a saúde, exigidas pela RDC 15/2012.
[21]
Organização e Realização:
3 - CÓD.795
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO.
AUTORES: DENISE PAVEI1; JEDIAEL MARCOS TEIXEIRA DE CAMARGO2; SANDRA MARA PARRA VARELA3; ROBSON DE CASTRO
VIANA4; SILVANA TEODORO DE VARGAS COPETTI5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.UNIGUAÇU/FAESI, SÃO MIGUEL DO IGUAÇU - PR - BRASIL; 2.CESUFOZ, FOZ DO IGUAÇU - PR - BRASIL;
3,4,5.HOSPITAL MINISTRO COSTA CAVALCANTI, FOZ DO IGUAÇU - PR - BRASIL.
Introdução/Justificativa: O ato cirúrgico é considerado comum e natural para os profissionais da
saúde, porém para o paciente, esta situação é ameaçadora, assustadora e geradora de conflitos e
ansiedades, podendo complicar o desenvolvimento da cirurgia ou pós-operatório. A visita préoperatória é uma atividade do enfermeiro que atua em centro cirúrgico. Através desta visita as
complicações pós-operatórias podem ser evitadas através de orientações no período de préoperatório diminuindo assim a ansiedade, medo, insegurança relatadas pelos pacientes. As principais
finalidades dos cuidados de enfermagem realizados no período pré-operatório são proporcionar ao
paciente as melhores condições físicas e emocionais possíveis, a fim de contribuir para a diminuição
de risco cirúrgico e prevenção de complicações pós-operatórias, assim como também educar o
paciente e a família para medidas de recuperação, aumentando sua autoconfiança e facilitando a
prática do auto-cuidado no pós-operatório. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo verificar
quais são, e de que forma são realizados os cuidados de enfermagem no período pré-operatório e no
preparo do paciente cirúrgico. Métodos: O trabalho foi realizado em uma instituição hospitalar que
possuía em sua estrutura um centro cirúrgico. A população alvo do estudo foi constituída de
pacientes no período pré-operatório e enfermeiros que atuavam no centro cirúrgico. Os dados foram
coletados através de um questionário aplicado aos pacientes e outro aos enfermeiros que atuavam
no centro cirúrgico, seguindo-se os critérios estabelecidos pelas normas e diretrizes da Resolução n°
196, de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde, que trata das questões éticas sobre
pesquisas que envolvem seres humanos e analisados estatisticamente. Resultados: Através da
análise dos dados foi possível observar que as ações desenvolvidas pelo grupo pesquisado ainda não
estão de acordo com o que é preconizado pelos autores consultados. A prática dos enfermeiros
apresenta dificuldades para a utilização da sistematização da assistência de enfermagem mostrando
uma dinâmica passiva na atenção individual do paciente. Foram observadas algumas respostas nas
quais a abordagem proposta estava de acordo com a sistematização de enfermagem no préoperatório, no entanto após a pesquisa com os pacientes observou-se que estas abordagens não
foram colocadas em prática. Percebe-se também a necessidade de qualificar os enfermeiros
juntamente com os outros membros da equipe de saúde, com o oferecimento de educação
continuada a esses profissionais, para atuação no bloco cirúrgico a fim de evitar o uso de ações e de
práticas descontextualizadas a realidade do paciente, e em desacordo com a sistematização da
assistência de enfermagem. Conclusão: Os cuidados de enfermagem no período pré-operatório são
extremamente importantes para que todo o transoperatório transcorra de forma segura e tranquila,
tendo como principal beneficiário o paciente. A sistematização da assistência de enfermagem é uma
das melhores ferramentas a serem utilizadas na elaboração dos cuidados ao paciente no préoperatório.
[22]
Organização e Realização:
4 - CÓD.796
APLICAÇÃO DA ESCALA BIANCHI DE STRESS COM ENFERMEIROS QUE ATUAM EM BLOCO
CIRÚRGICO.
AUTORAS: KELLY BARROS MARQUES1; RAFAELLA RÉGIS DE ALBUQUERQUE ISACKSSON2; DEBORA RODRIGUES GUERRA3.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.SANTA CASA DE FORTALEZA, FORTALEZA - CE - BRASIL; 2.HOSPITAL GERAL DR. WALDEMAR DE ALCÂNTARA,
FORTALEZA - CE - BRASIL; 3.UNIVERSIDADE DE FORTALEZA E HOSPITAL DE MESSEJANA DR. CARLOS ALBERTO STUDART
GOMES, FORTALEZA - CE - BRASIL.
Introdução: O estresse laboral pode ser caracterizado como um desgaste anormal do organismo
e/ou diminuição da sua capacidade de trabalho, relacionada à incapacidade prolongada do indivíduo
suportar, superar ou se adaptar às exigências psíquicas necessárias em seu ambiente de trabalho. A
Enfermagem é uma profissão considerada estressante, fato que tem estimulado o desenvolvimento
de estudos relacionados à saúde do trabalhador, em se tratando de profissionais que atuam no
centro cirúrgico essa situação se multiplica; este é um dos setores com significativa presença de
fatores estressores da assistência hospitalar: lidar com o limiar entre a vida e a morte, realizar
procedimentos de alta complexidade, exigir um elevado grau de conhecimento teórico, habilidade
técnica e autonomia profissional. Como enfermeiras do bloco cirúrgico de um hospital filantrópico,
percebemos a importância de manter o ambiente cirúrgico harmônico nos processos de trabalho e
nas relações interpessoais, dada à fragilidade física e emocional do paciente
cirúrgico. Objetivo: Analisar a aplicação da Escala Bianchi de Stress com enfermeiros que atuam em
bloco cirúrgico. Método: Foi realizado estudo exploratório descritivo, em Dezembro de 2013,
abordagem quanti-qualitativa acerca do tema estresse em enfermeiros atuantes em bloco cirúrgico.
Os participantes foram enfermeiros atuantes em bloco cirúrgico que estavam cursando uma
especialização em enfermagem em centro cirúrgico de um Centro Universitário em Fortaleza. Os
instrumentos de coleta foram compostos por uma escala auto-aplicável, com abordagem sobre a
caracterização da população e os estressores na atuação do enfermeiro e um questionário semiestruturado, as falas foram categorizadas em grupos temáticos visando a identificação dos fatores
estressores e o comportamento dos enfermeiros em relação ao enfrentamento dos
mesmos. Resultados: Os dados mostraram a predominância do sexo feminino, faixa etária
socioeconomicamente ativa, tempo de formação e experiência profissional na área assistencial de 2
a 5 anos em centro cirúrgico e a maioria não possui curso de pós-graduação. Na categoria A Relacionamento dos participantes com outras áreas e supervisores predomina-se alerta para o alto
nível de stress, na categoria B - Atividades relacionadas com o funcionamento da unidade identificase alto nível de stress, não houve consenso na categoria C - Atividade relacionada com administração
de pessoal havendo equilíbrio entre baixo nível de stress, médio nível de stress e alerta para alto
nível de stress. As categorias D – Assistência de Enfermagem prestada ao paciente e E - Coordenação
das atividades da unidade, não foram consideradas fatores determinantes de stress pela população
estudada. Quanto às condições de trabalho para o desempenho das atividades (categoria F), ocorre
uma dicotomia entre alerta para alto nível de stress e baixo nível de stress. Conclusão: A realização
do estudo nos permitiu refletir acerca das nossas práticas e compreendermos a importância do
envolvimento de todos para redução do estresse ocupacional no Centro Cirúrgico: gestores,
trabalhadores e sociedade. Portanto, devemos promover a elaboração de estratégias para melhor
atender o indivíduo em todos os aspectos do cuidar, sendo primordial estudar modelos, métodos e
estratégias que possam viabilizar o processo do cuidado de enfermagem, sem torná-lo insalubre para
quem executa.
[23]
Organização e Realização:
5 - CÓD.797
A ANÁLISE DA ASSEPSIA E ANTISSEPSIA NO POSTO DE ENFERMAGEM DA
CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA ADULTA DA IRMANDADE DA SANTA CASA DE
MISERICÓRDIA DE PENÁPOLIS (SP).
AUTORA: TELMA FERNANDA MENDONÇA.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DE SAÚDE UMB, PENÁPOLIS - SP - BRASIL.
As mãos do pessoal hospitalar são as que transportam a maior quantidade de microorganismos de
paciente para paciente, para equipamentos ou ainda para alimentos, proporcionando condições
favoráveis à infecção hospitalar e, tornam-se, assim, responsáveis pela maioria das infecções
cruzadas. O presente trabalho é um estudo de campo de natureza qualitativa e exploratória com
objetivo de analisar a presença de agentes patogênicos no posto de enfermagem da clínica médica e
cirúrgica adulta do hospital Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Penápolis. Foram realizadas
dez culturas no posto de enfermagem (balcão de recepção, telefone, bandeja de medicação, pia de
medicação, capa de prontuário e mão de funcionário do posto de enfermagem da unidade). Os
resultados obtidos após a realização das culturas + antibiograma foram positivos no balcão de
preparo de medicação (pia de medicação) para bactéria Enterococcus faecalis, no primeiro dia de
coleta e no balcão de recepção para bactéria Staphylococcus haemolyticus, no segundo dia de coleta
e também foi possível verificar que os profissionais enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem
realizam a higienização das mãos com maior freqüência após retirar as luvas, e não realizam a
técnica correta, também foi observado que a higienização que ocorre após a retirada das luvas tem
como objetivo remover o talco e não uma ideia asséptica.
[24]
Organização e Realização:
6 - CÓD.798
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CME: REFLEXOS NA MELHORIA DA QUALIDADE.
AUTORAS: ADRIANA LOPES DOMINGUES1; ELANA MARIA RAMOS FREIRE2; ANA LETICIA CARNEVALLI MOTTA3.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS-UNIFAL, POCOS DE CALDAS - MG - BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL
DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE - MG - BRASIL; 3.UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS, ALFENAS - MG - BRASIL.
Introdução: O Centro de Material e Esterilização (CME) considerado "coração" da instituição de
saúde, é unidade de apoio técnico a todas as demais. No CME são desenvolvidas atividades de
processamento de materiais utilizados na assistência ao paciente e a qualidade e segurança são
fundamentais para fornecer produtos esterilizados ou livres de contaminação, contribuindo para
manutenção de vidas e redução dos índices de infecção hospitalar. O enfermeiro responsável pelo
CME deve zelar pelo seu funcionamento atendendo as exigências legais investindo em programas de
melhoria da qualidade, como as certificações de Acreditação. Em 2012 foi publicado a RDC nº15 de
15 de março, estabelecendo requisitos e boas práticas para o funcionamento dos serviços que
realizam o processamento de produtos para a saúde. Essa resolução se tornou uma exigência para o
funcionamento do CME, já a certificação de Acreditação não é obrigatória, nasce do interesse
institucional para beneficiar o usuário pela melhoria da qualidade. Justifica-se a importância da
atuação do enfermeiro responsável pelo CME com conhecimento especifico para atender a legislação
e buscar a melhoria da qualidade e segurança no processamento de materiais. Objetivo: Relatar a
atuação do enfermeiro na realização de um diagnóstico situacional baseado na RDC nº15 de 15 de
março de 2012 com elaboração de estratégias para obtenção da certificação de Acreditação.
Ressaltando a relevância da atuação deste enfermeiro e sua atualização e busca de conhecimentos
por meio de publicações científicas, resoluções e participação em congressos, sugerindo estratégias
para assegurar ao usuário qualidade, segurança e excelência no atendimento. Método: Trata-se de
um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com diagnóstico situacional realizado pela
enfermeira responsável por um CME classe II de um Hospital privado do Sul de Minas Gerais no
período de junho de 2011 a dezembro de 2013. Os dados foram coletados por meio de observação
participante e pela RDC nº 15 de 15 de março de 2012. Foram propostas e realizadas atividades
voltadas a sanar as inadequações do setor e melhorias na qualidade dos serviços. Resultados:
Adequação da área física com fluxo unidirecional, aquisição de tecnologias dura como: duas
autoclaves com porta dupla de barreira de segurança, lavadora ultrassônica, incubadora com leitura
rápida de indicador biológico e ar condicionado. Quanto a processos, implantado indicadores de
qualidade, rastreabilidade dos materiais e instrumental informatizado, atualização dos instrumentos
de trabalho, realização de plano de contingência para equipamentos e insumos, mapeamento de
risco e educação continuada assim como treinamentos. Diante do processo de transformação
implantado no hospital, em acordo com a legislação pode se confirmar que após conhecimento
específico do enfermeiro foi criado vinculo entre os profissionais, resultando em motivação e melhor
desempenho de funções, com responsabilidade e fornecimento de materiais de qualidade e seguro
para assistência ao usuário. Conclusão: A atuação e comprometimento do enfermeiro responsável
pelo CME, o conhecimento específico atendendo a RDC n15 de 15 de março de 2012 e o apoio dos
gestores foram requisitos fundamentais para oferecer ao usuário de saúde um material seguro e de
qualidade e assim a obtenção do Selo de Acreditação Hospitalar nível I.
[25]
Organização e Realização:
7 - CÓD. 800
ABORDAGEM EDUCATIVA SOBRE O MANEJO NOSOCOMIAL DO CLOSTRIDIUM DIFFICILE.
AUTORES: LUCIANE RIBEIRO1; FÁBIO DA COSTA CARBOGIM2; JAQUELINE FERREIRA VENTURA BITTENCOURT3; LARISSA
BERTACCHINI OLIVEIRA4; VILANICE ALVES DE ARAÚJO PÜSCHEL5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VICOSA - MG - BRASIL; 3.UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA,
JUIZ DE FORA - MG - BRASIL; 4,5.UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: atualmente o Clostridium difficile (C. difficile) é reconhecido por assumir características
patogênicas após o uso de antibióticos, estando associado a diarréia nosocomial e enterocolite
pseudomembranosa (Silva, 2013). Estudos têm demonstrado que o C. difficile é o principal
responsável por doenças intestinais relacionadas ao uso de antibiótimicrobianos, causando desde
diarréia benígnas e enterocolite graves (Silva, 2013; Wang et al. 2013). Trata-se de uma complicação
associada a assistência à saúde, com relevância para as comissões de controle de infecção
hospitalares (CCIHs). Considerando a grande facilidade de transmissão do patógeno, justifica-se a
implementação de educação em saúde aos profissionais no que diz respeito às condutas em caso de
infecção pelo microrganísmo. Objetivo: relatar a experiência de treinamento realizado por uma CCIH
para profissionais de saúde quanto a patogênese, formas de transmissão e cuidados necessários ao
controle da disseminação do C. difficile no ambiente intra-hospitalar. Método: relato de experiência
sobre treinamento realizado no mês de julho de 2012 em um hospital de médio porte da Zona da
Mata Mineira, contando com a participação de oito enfermeiros, quatro médicos, dois psicólogos e
22 técnicos de enfermagem. O conteúdo didático foi dividido em: a) patogênese; b) formas de
transmissão e c) tratamento e precauções. Resultados e discussões: no primeiro momento foi
apresentada a patogênese a partir de mecanismos utilizados pelo agente infeccioso. Embasado na
literatura atual, demonstrou-se que a diarréia por C. difficile está associada principalmente ao uso
indiscriminado de antibióticos de amplo espectro. Aos profissionais foi possibilitado momento de
discussão sobre a patogenia, concluindo que fatores como a internação em unidade de terapia
intensiva tem relação com a exposição ao C. difficile (Rosa et al. 2012). Em um segundo momento foi
apresentada as formas de transmissão, sendo esboçado em uma tabela estudos que comprovam que
os reservatórios do C. difficile em ambiente hospitalar são os pacientes com diarreia ou portadores
assintomáticos da bactéria. O grupo acredita que a transmissão através das mãos dos profissionais
seja a grande responsável pela disseminação. Em um terceiro momento tratou-se de aspectos
relacionados a tratamento e precauções. Foram apresentados dados da literatura atual,
demonstrando que há indicação do metronidazol como droga de primeira escolha para quadros leves
e de recorrência (Rosa et al. 2012). Quanto as precauções, incluem: uso de luva e capotes durante
contato com o paciente, higienização das mãos com solução degermante, pisos e superfícies
horizontais (mesas, cama, cadeiras) devem sofrer desinfecção diária, pacientes incontinentes devem
permanecer em quartos separados. Conclusão: o conteúdo didático viabilizou interface entre teoria
e prática, possibilitando processos de discussão e mobilização para se implementar condutas
adequadas.
[26]
Organização e Realização:
8 - CÓD.801
TEORIA DE MANEJO DE SINTOMAS: COMPREENDENDO A ABRANGÊNCIA DA SEDE
PERIOPERATÓRIA.
AUTORES: MARÍLIA FERRARI CONCHON; LEONEL ALVES NASCIMENTO; LIGIA FAHL FONSECA; PATRICIA ARONI.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA - PR - BRASIL.
Introdução: A sede é descrita como um desconforto intenso e de elevada incidência no pósoperatório imediato (POI), chegando a 75%. Causa importante distress ao paciente cirúrgico que
repercute de forma negativa em sua recuperação. Por ser um sintoma complexo e multifatorial, a
sede não pode ser considerada de forma independente e isolada, entretanto, na prática clínica
observa-se que a avaliação, mensuração e adoção de estratégias de alívio da sede – quando
realizadas – ocorrem de forma descontinuada, não padronizada e não baseada em evidências
científicas. Objetivo: Analisar, sob a perspectiva da Teoria de Manejo de Sintomas, o conhecimento
existente na literatura sobre o sintoma sede perioperatória. Método: Trata-se de uma formulação
discursiva de efeito teorizante que aborda as evidências disponíveis na literatura a respeito do
sintoma sede no período perioperatório, acrescido da experiência do Grupo de Estudo e Pesquisa da
Sede da Universidade Estadual de Londrina. Resultados: A Teoria de Manejo de Sintomas, adequada
para a compreensão do sintoma sede, é uma teoria dedutiva, focada em três dimensões –
experiência do sintoma, estratégias do manejo de sintomas e resultados – e três domínios – pessoa,
ambiente e estado de saúde/doença. A escolha desta teoria para a análise da sede no perioperatório
justifica-se por seus seis pressupostos básicos. O principal pressuposto tem como base, a percepção
do indivíduo que experimenta o sintoma e no seu auto-relato adequando-se ao sintoma sede já que
o relato verbal é a melhor forma de se captar a subjetividade desse sintoma. A primeira dimensão da
experiência do sintoma, é subdividida em três categorias, sendo elas a percepção do sintoma, a
avaliação do sintoma e a resposta ao sintoma. Refere-se especificamente à maneira como um
indivíduo experiência a sede, sua vivência individual, como faz a avaliação do significado que este
sintoma tem no momento em que acontece e como responde frente à sede. Na segunda dimensão
da Teoria, analísa-se os componentes das estratégias de manejo dos sintomas com o intuito de
prevenir ou retardar o aparecimento do sintoma e seus consequentes resultados negativos. A
terceira dimensão, denomina-se resultados que é definida por oito fatores, entre eles estado
funcional, estado emocional, mortalidade, morbidade e comorbidade, qualidade de vida, custo,
autocuidado e estado do sintoma sede. Com relação aos domínios, o primeiro deles, denominado de
pessoa e sede elucida os fatores individuais que interferem no surgimento e percepção deste
sintoma como variáveis pessoais, demográficas, psicológicas, sociológicas e fisiológicas que são
particulares ao modo pelo qual cada indivíduo experiência e responde à ele. Já o domínio ambiente e
sede refere-se à associação de condições ou ao contexto em que cada sintoma ocorre, incluindo
variáveis físicas, sociais e culturais. O terceiro domínio de saúde/doença e sede elucida variáveis
particulares ao estado de saúde ou doença de um indivíduo, incluídos os procedimentos realizados
para o restabelecimento de sua homeostasia e condição clínica adequada. Conclusão: A utilização da
Teoria de Manejo de Sintomas nos leva a considerar a sede perioperatória em seus aspectos
multifatoriais analisando a inter-relação de seus domínios e dimensões com a intencionalidade de
evidenciar esse sintoma que tem sido insuficientemente valorizado, registrado e tratado na prática
clínica.
[27]
Organização e Realização:
9 - CÓD.803
RASTREAMENTO, NOTIFICAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM
PACIENTES COM DIARREIA NOSOCOMIAL PELO CLOSTRIDIUM DIFFICILE.
AUTORES: JAQUELINE FERREIRA VENTURA BITTENCOURT1; FÁBIO DA COSTA CARBOGIM2; LUCIANE RIBEIRO3; LARISSA
BERTACCHINI OLIVEIRA4; VILANICE ALVES DE ARAÚJO PÜSCHEL5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, JUIZ DE FORA - MG - BRASIL; 2,3.UNIVERSIDADE FEDERAL DE
VIÇOSA, VICOSA - MG - BRASIL; 4,5.UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO - MG - BRASIL.
Introdução: O Clostridium difficile, bacilo anaeróbio Gram-positivo e esporulado, é o principal agente
relacionado à diarreia nosocomial em países desenvolvidos e a sua incidência, morbilidade e
mortalidade têm aumentado nos últimos anos (Rosa et al. 2012). Produtor da toxina A (enterotoxina)
e toxina B (citotoxina) que ao agirem na mucosa intestinal podem causar danos celulares, variando
de diarréias benignas à enterocolite pseudomembranosa grave. Os principais fatores de risco para o
desenvolvimento da doença são a antibioticoterapia prévia, a idade avançada e o tempo de
hospitalização (Wang, 2013; Cardoso et. al. 2013). Trata-se de uma complicação associada à
assistência a saúde, com relevância para as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
Considerando o aumento da incidência e a grande facilidade de transmissão do patógeno, justifica-se
o rastreamento dos casos, com notificação e implementação de cuidados de enfermagem. Objetivo:
relatar a experiência do rastreamento, notificação e implementação de cuidados de enfermagem em
pacientes com diarreia nosocomial relacionada ao C. difficile. Método: relato de experiência sobre
rastreamento, notificação e implementação de cuidados de enfermagem em pacientes com diarréia
nosocomial relacionada ao C. difficile. O levantamento foi realizado em um hospital de médio porte
(177 leitos) da Zona da Mata Mineira, entre os meses de janeiro a dezembro de 2011. Para
identificação dos casos foi criado um instrumento de notificação para busca ativa do Serviço de
Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), contendo as seguintes informações: identificação do
paciente, antibióticos em uso, história de diarreia, resultado de exames para pesquisa de toxinas
e/ou microrganismo em fezes. Resultados e discussão: No período foram notificados 38 casos com
quadro sugestivo de infecção, dentre estes, sete pacientes apresentaram cultura positiva para
C. difficile e toxinas positivas. Os sete faziam uso de antibióticos; três foram submetidos a
cateterismo enteral e um possuía gastrostomia; todos possuíam idade superior a 60 anos. Foi
prescrito após diagnóstico a prescrição médica de metronidazol e floratil por via oral. Os seguintes
cuidados de enfermagem foram estabelecidos: precaução de contato, higienização das mãos com
antisséptico, separação e identificação das roupas utilizadas no quarto; desinfecção diária de pisos e
superfícies horizontais (mesas, cadeiras, camas) com solução à base de cloro. Conclusão: essa
conduta permitiu ao SCIH elaborar o protocolo orientações e conduta em casos de infecção por
C. difficile, bem como rastreamento, notificação e implementação de cuidados de enfermagem para
o controle da disseminação ambiental.
[28]
Organização e Realização:
10 - CÓD.804
BUSCANDO A HUMANIZAÇÃO DO CUIDADOR DO CENTRO CIRÚRGICO ATRAVÉS DA
ESPIRITUALIDADE, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
AUTORAS: GRACIA MARIA GARCIA SILVA; VIVIANE INADA OLIVEIRA LIMA.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SANTA LUCINDA, SOROCABA - SP - BRASIL.
Introdução: A busca do homem por respostas que possam trazer conforto ao espírito, surge num
momento em que as tecnologias criadas por ele mesmo, acabam por trazer mais sofrimentos que
soluções. Assim a busca por mais espiritualidade, o resgate de valores e condutas voltadas à
humanização têm-se tornado tema recente de vários segmentos da sociedade. A espiritualidade
pode ser entendida como o conjunto de crenças, que traz vitalidade e significado aos eventos da
vida; paralelamente deve ser considerada uma dimensão a ser incluída no cuidado global ao
paciente. Mas para este cuidado ser aplicado faz-se necessário lembrar que o cuidador é um ser
humano, que necessita estar e sentir-se cuidado para então desempenhar o seu papel de forma
humanizada. Objetivos: Relatar a experiência de espiritualidade vivida pelas enfermeiras do Centro
Cirúrgico (CC) de um hospital filantrópico de médio porte, localizado no interior do Estado de São
Paulo. Métodos: Todas as manhãs, todos os que estão presentes são convidados e, realizam uma
prece de agradecimento, independentemente da crença religiosa individual, nos damos as mãos,
uma pessoa do grupo faz uma prece espontânea de agradecimento e/ou súplica a um Deus único, a
seguir rezamos/oramos a oração do Pai Nosso, depois nos abraçamos e bradamos todos juntos:” Se
Deus é por nós, quem será contra nós? Bom Dia!” Resultados: Nossa experiência de oração e
espiritualidade dentro do ambiente do centro cirúrgico, aparece timidamente com um pequeno
grupo de aproximadamente cinco pessoas, dentro de uma sala de cirurgia onde ocorre cirurgias de
grande porte, com resultados pouco satisfatórios, gerando certo grau de stress que atingiu não só a
equipe médica mas sim toda equipe de apoio que ali atuam. Após um ano decorrido dessa
experiência de oração/espiritualidade, este momento tornou-se quase que obrigatório apenas alguns
minutos diários, porém revitalizantes para seus participantes. Para alguns é “perda de tempo”,
“macumba” e todo tipo de comentário é possível se ouvir dos não adeptos, mas para aqueles que
participam (independente de qualquer crença religiosa), o momento traz conforto, paz e uma força
infinita para cuidar de suas atividades diárias, junto ao seu enfoque principal o paciente,
promovendo assim o bem estar daqueles que estão sob nossos cuidados. Hoje já contamos com
testemunhos de pacientes que presenciaram a prece, referindo a como um momento acolhedor, que
transmite paz e segurança para eles. Conclusão: Nossa experiência de oração tornou a equipe do
centro cirúrgico mais unida, referindo que a prece diária hoje se faz necessário antes de iniciar a
jornada de trabalho. Não há vergonha ou timidez em fazer o momento, sendo importante ressaltar
que embora muitas pessoas ainda não participem, eles a respeitam e esperam para iniciar as
cirurgias.
[29]
Organização e Realização:
11 - CÓD.806
EDUCAÇÃO GERANDO MUDANÇAS NA DINÂMICA DO PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS
PARA SAÚDE.
AUTORAS: PATRÍCIA ANTONI; RITA CATALINA AQUINO CAREGNATO; TAÍS NAUDERER.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UFCSPA, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: O ambiente físico de preparo dos materiais deve ter fluxo unidirecional para seu
processo, portanto, deve ser dividido em área suja, para recepção do material e limpeza; área limpa,
onde o material é inspecionado e embalado; área estéril, para a esterilização do material; e
armazenamento. Objetivo: Relatar a experiência de uma intervenção realizada durante prática
assistida da disciplina de Gerenciamento Aplicado à Enfermagem, do curso de Enfermagem da
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Método: Relato de experiência sobre
uma intervenção realizada em um ambiente físico de uma Unidade Básica de Saúde, de Porto Alegre.
O conhecimento adquirido pela acadêmica de enfermagem sobre Centro de Materiais e Esterilização
(CME), em uma disciplina, fundamentou teoricamente a reflexão e os questionamentos que
conduziram a realização de uma intervenção na prática. Resultados: A disciplina de clínico cirúrgica
ministrada no 50 semestre da Graduação aborda conteúdo sobre CME. No mesmo semestre os
acadêmicos tem prática de gerenciamento na Atenção Primária. Ao se deparar com a prática de
processamento de materiais para a saúde de forma diferente do que foi aprendido na teoria, a
acadêmica teve a iniciativa de organizar o ambiente físico onde se processam os materiais, a partir
dos princípios preconizados para espaços com este fim, por meio de mudanças na estrutura física do
local e da disposição de cartazes explicativos sobre as etapas da limpeza, de embalagem e de
esterilização. Após avaliação do processo e identificação das possíveis falhas, o projeto de
intervenção foi discutido com os trabalhadores do local. As ações foram realizadas pela acadêmica,
com supervisão da professora, juntamente com os profissionais da unidade. A partir das mudanças, o
fluxo dos materiais no ambiente físico foi alterado. As mudanças no mobiliário garantiram um fluxo
unidirecional, no qual o material limpo não cruza com o material estéril. A colocação da tela de
proteção na janela impediu a entrada de insetos, que representam potencial contaminação para o
material. Como a limpeza do material ainda não é padronizada, sendo realizada por diferentes
trabalhadores, cartazes em todos os locais de lavagem foram essenciais para orientar a limpeza
correta. A nova organização dos materiais permitiu que os estéreis ficassem em caixas plásticas
fechadas, separados conforme a utilidade, e os limpos em outro local, aguardando a esterilização. As
embalagens, que se encontravam dispostas em diversos espaços da sala, foram agrupadas, o que
contribui para sua integridade. Conclusão: É importante que os currículos da graduação em
Enfermagem contemplem disciplinas que abordem conteúdo sobre CME, preparando futuros
enfermeiros reflexivos que transformem a prática aproximando-a da teoria. Com a realização desta
intervenção, evidenciou-se a importância do enfermeiro ter conhecimento sobre processamento de
materiais e esterilização, para poder aplicar em qualquer serviço de saúde, bem como a necessidade
de existir um local destinado para esta prática, com uma estrutura e funcionamento adequados. A
partir da execução da intervenção gerencial, outras demandas foram indicadas pelos trabalhadores,
cujo planejamento foi elaborado em conjunto. A integração do ensino com os serviços de saúde
apresenta contribuições para todos envolvidos, com potencial para qualificação na organização dos
serviços e para o desenvolvimento de competências para os acadêmicos.
[30]
Organização e Realização:
12 - CÓD.810
AGENDAMENTO CIRÚRGICO: INTERNO OU EXTERNO AO CENTRO CIRÚRGICO.
AUTORES: ERICA MELO CRAVO1; JEDIAEL MARCOS TEIXEIRA DE CAMARGO2; CARLOS ADRIANO DALMAZO3; VALTER DA
SILVA4; DENISE PAVEI5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,2,3,4. HOSPITAL MINISTRO COSTA CAVALCANTE, FOZ DO IGUAÇU - PR - BRASIL; 5.UNIGUAÇU/FAESI, SÃO
MIGUEL DO IGUAÇU - PR - BRASIL.
Introdução: O Centro Cirúrgico é o conjunto de ambientes, devidamente localizado, dimensionado e
inter-relacionado com instalações e equipamentos, pessoal qualificado e treinado para a realização
de procedimentos cirúrgicos, de forma a oferecer o máximo de segurança aos pacientes e melhores
condições de trabalho para a equipe técnica. O agendamento cirúrgico é responsável por gerenciar o
fluxo de entrada de cirurgias, organizando o sistema de acordo com a estrutura, disponibilidade de
salas operatórias, materiais e equipamentos. Mantém processos inter-relacionados com o setor de
consignados, central de guias, anestesiologia, cirurgiões e clientes. O agendamento cirúrgico do
Hospital Ministro Costa Cavalcanti pertence atualmente à Divisão de Blocos Operatórios, porém
antes pertencia à uma divisão financeira, o que dificultava a comunicação entre todas as áreas. A
ausência de experiência do setor financeiro em área tão complexa e interdependente, que
necessitava de negociações intrínsecas relacionadas ao atendimento cirúrgico com equipe médica,
resultava em intervenção constante da equipe do Centro Cirúrgico para resolução de problemas
tardios que poderiam ser evitados com a programação adequada. Causando problemas com a equipe
cirúrgica e cliente, devido às falhas constantes no processo em geral, como suspensão cirúrgica e
tempos de ociosidade e superlotação, dificultando a gestão da unidade como um todo. Em setembro
de 2013, pela dificuldade em se trabalhar os resultados e melhorar as causas raiz, foi proposto
através de um projeto, à diretoria do Hospital, a reintegração do agendamento cirúrgico ao setor. Em
outubro de 2013, foi realizada a transferência da marcação de cirurgias para o Centro Cirúrgico.
Objetivo: Demonstrar melhorias no processo de reintegração de um agendamento cirúrgico ao setor
centro cirúrgico. Método: Comparou-se os resultados do processo tratamento cirúrgico, quando o
agendamento era realizado por setor administrativo financeiro, de janeiro/13 à maio/13, com dados
do mesmo período do ano de 2014, com o setor funcionando sob supervisão da equipe do Centro
Cirúrgico nos primeiros 07 meses de gestão. Resultados: No estudo comparativo dos períodos, foi
observado que houve melhora de 50,28% dos cancelamentos cirúrgico, queda no número de
cancelamentos com motivos relacionados ao paciente, pela realização impreterível do check-list de
avaliação das condições clínicas via telefone 24-48 horas antes do procedimento, refletindo-se na
melhora das suspensões relacionados à falta de vaga de UTI, pois se conseguiu trabalhar
conjuntamente à unidade terapia intensiva no gerenciamento dos leitos e programação, definindo
interações e melhorias para ambas as partes. O número de cirurgias agendadas e realizadas
aumentaram (8,64 e 10% respectivamente), pela otimização do tempo cirúrgico e trabalho constante
com cirurgiões e com início de reserva de sala, resultados se mostraram satisfatórios. Conclusão: Foi
constatada que seria fundamental na função, uma colaboradora técnica de enfermagem e que tenha
experiência em Centro Cirúrgico. Pois melhoraria o diálogo entre as equipes, pelo conhecimento na
área e argumentos válidos para debater questões relacionadas ao paciente com equipe médica,
integrações das ações, que estavam dicotomizadas. As dificuldades de se interrelacionar as
informações melhoraram e problemas são resolvidos imediatamente pela gerência e supervisão de
enfermagem do setor, otimizando o serviço.
[31]
Organização e Realização:
13 - CÓD.811
CHECKLIST DE SEGURANÇA EM CENTRO CIRÚRGICO: CONHECIMENTOS DA EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL.
AUTORES: ANNELISE HARACEMIW1; LILIAN DENISE MAI2; MARIA FERNANDA DO PRADO TOSTES3; NEYLLA RUIZ4; CELIA
HISATUGO NISHIMURA5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,2,3,4.UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ-UEM, MARINGÁ - PR - BRASIL; 5.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
REGIONAL DE MARINGÁ - HURM, MARINGÁ - PR - BRASIL.
Introdução: Visando estabelecer metas para a prevenção de danos e eventos adversos, em prol da
segurança dos pacientes no perioperatório, a OMS lançou em 2007 o segundo Desafio Global
contendo o check-list de segurança cirúrgica. O instrumento é composto por três etapas a serem
desenvolvidas em sala operatória: período anterior à indução anestésica (check-in); anterior à incisão
cirúrgica (time out) e imediatamente após o término do procedimento operatório, com o paciente
ainda em sala (check-out). Além de proporcionar maior segurança, o instrumento tem o potencial de
aprimorar a comunicação interpessoal e integração entre os membros da equipe multidisciplinar, a
qual deve participar em todas as etapas de sua implementação. Objetivo: Investigar o conhecimento
da equipe multiprofissional atuante em centro cirúrgico sobre o check-list de segurança cirúrgica.
Método: Tratou-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal, desenvolvida em um
hospital universitário da região noroeste do Paraná, envolvendo 21 sujeitos, sendo 8 médicos
anestesistas, 3 residentes em anestesiologia e 1 em cirurgia geral, 8 técnicos de enfermagem e
1 enfermeiro. Os dados foram coletados de maio a junho de 2014, por meio de um questionário
semiestruturado, sendo este trabalho o relato das questões objetivas. Resultados: Os sujeitos foram
8 (38%) mulheres e 13 (62%) homens, com idade entre 25 e 56 anos, sendo que 19 (90% possuíam
ensino superior, 12 (57%) tinham mais de 10 anos de atuação na instituição e 11 (52%) menos de
5 anos em centro cirúrgico. Apesar de não estar implantado no serviço investigado, quando
inquiridos sobre a existência do check-list, 14 (66,7%) afirmaram conhecê-lo e 7 (33,3%) negaram
conhecimento. Quanto aos profissionais que devem participar de sua execução, 20 (95,2%)
responderam que seriam todos os profissionais citados no instrumento (anestesista, cirurgião,
enfermeiro, instrumentador cirúrgico e técnico de enfermagem circulante de sala), apenas 1 (4,8%)
referiu-se somente ao enfermeiro. No que se refere ao potencial do check-list para primeiro
estimular a comunicação da equipe na sala operatória e, segundo, prevenir omissões acidentais
dentro das rotinas dos procedimentos, 19 (90,4%) afirmaram que este cumpre tais funções, 1 (4,8%)
não cumpre e 1 (4,8%) não respondeu, respectivamente. Quanto a considerar se implantar o checklist em sua instituição seria uma boa decisão, 20 (95,2%) responderam que sim e 1 (4,8%) não
respondeu; esses mesmos sujeitos disseram que se fossem submetidos a um procedimento cirúrgico
gostariam que a equipe utilizasse o check-list. Quanto ao grau de dificuldade para a realização do
check-list, 1 (4,8%) considerou extremamente fácil, 12 (57,1%) fácil, 5 (23,8%) de dificuldade
intermediária e 3 (14,3%) não responderam; ninguém considerou a aplicação difícil ou
extremamente difícil. Conclusão: Percebeu-se que a maioria dos indivíduos entrevistados tem
conhecimento sobre o check-list de segurança e acredita nas vantagens de sua realização. Muitos
avaliaram este processo como de fácil concretização e consideraram viável a implantação do
instrumento na instituição. Conclui-se que há conhecimento sobre este tema, mesmo não estando o
check-list ainda implantado em muitos serviços de saúde. Cabe às instituições reconhecer sua
importância e criar as condições necessárias para sua implantação em prol da segurança dos
pacientes no perioperatório, especialmente no período intraoperatório.
[32]
Organização e Realização:
14 - CÓD.812
CONDIÇÕES NECESSÁRIAS A IMPLEMENTAÇÃO DO CHECKLIST DE SEGURANÇA CIRÚRGICA.
AUTORAS: MARIA FERNANDA DO PRADO TOSTES1; ANNELISE HARACEMIW2; LILIAN DENISE MAI3; NEYLLA RUIZ4; CELIA
HISATUGO NISHIMURA5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,2,3,4.UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ-UEM, MARINGÁ - PR - BRASIL; 5.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
REGIONAL DE MARINGÁ - HURM, MARINGÁ - PR - BRASIL.
Introdução: Em 2004, a Organização Mundial da Saúde criou a Política Mundial de Segurança do
Paciente com vistas a qualificar a assistência à saúde. Assim, pela aliança e comprometimento
político dos Estados signatários, os Ministérios da Saúde mundiais vem endossando esta iniciativa.
No Brasil, isto ocorre mediante a publicação da Resolução da Diretoria Colegiada nº 36/2013, da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que institui ações para a promoção da segurança do
paciente e qualidade nos serviços de saúde. Na assistência cirúrgica, esses órgãos incentivam a
adoção de padrões de segurança a serem operacionalizados por um check-list. No entanto, dada a
complexidade envolvida neste processo, deve haver consonância entre as condições essenciais para
a implementação do check-list no âmbito dos serviços de saúde e a filosofia do check-list. Objetivo:
Analisar as condições necessárias à implementação do check-list de segurança cirúrgica nos serviços
de saúde. Método: Análise teórico-reflexiva das evidências científicas disponíveis na base de dados
Pubmed sobre a implementação do checklist de segurança cirúrgica. Para a busca de dados, realizada
no mês de junho de 2014, utilizou-se os seguintes descritores Mesh: Surgical Procedures, Check-list,
Safety, Operating Rooms, considerando-se publicações de 2008 a 2014. Resultados: Existem
elementos essenciais envolvidos na implementação do check-list, a saber: Aspectos Institucionais: Os
serviços de saúde devem desenvolver arranjos institucionais, como a criação de uma política
institucional para a segurança do paciente que apoie o uso do check-list precocemente a sua
implementação. Além disso, definir líderes gestores e das diferentes disciplinas, tais como cirurgia,
anestesiologia e enfermagem que conduzam este processo. Aspectos de planejamento e
organização: esses devem ser antecipados com ênfase na equipe multidisciplinar. Envolvem recursos
estruturais, materiais e humanos, discutidos em reuniões periódicas. Frequentemente, mudanças no
processo de trabalho são realizadas abruptamente, o que gera irritação, má vontade dos
profissionais e uma impressão negativa da mudança de modo que não a recebam favoravelmente.
Recomenda-se a introdução gradual do check-list e realização de teste piloto. Ações
complementares: No processo educativo, deve-se contar com a participação dos líderes. O conteúdo
da ação educativa deve comunicar porque e como o check-list deve ser utilizado, destacando-se os
valores da instituição alinhados aos do checklist e da equipe cirúrgica. Recomenda-se treinamento
em tempo real, monitoramento e feedback. Sugere-se a educação permanente e avaliação do efeito
no paciente por indicadores de resultados. Aspectos individuais: A prática em saúde, embora
embasada em conhecimento científico, é profundamente dependente de valores morais, éticos,
ideológicos e subjetivos dos profissionais, pois envolve interpretação, ajuizamento e decisão pessoal
na aplicação do conhecimento científico às situações concretas e singulares. A adesão à
implementação está diretamente relacionada a esses fatores, que devem ser observados. Conclusão:
Acredita-se que a incorporação de um clima institucional seguro aliado à implementação planejada
do check-list com interface na educação permanente são caminhos a serem percorridos na
intencionalidade de garantir a segurança do paciente cirúrgico. Na direção dos profissionais, esperase que os mesmos possam reconstruir a práxis em saúde mais qualificada e segura.
[33]
Organização e Realização:
15 - CÓD.814
INDICADORES DE QUALIDADE NO GERENCIAMENTO DE CENTRO CIRÚRGICO.
AUTORES: RAMON ANTÔNIO OLIVEIRA1; CIBELE LEITE SIQUEIRA2; ADRIANA LOPES DOMINGUES3; DEUSDETI INÁCIO
JUNIOR4.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.HOSPITAL DE TRANSPLANTES EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI, SÃO PAULO - SP - BRASIL; 2.PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS, POÇOS DE CALDAS - MG - BRASIL; 3.UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS,
ALFENAS - MG - BRASIL; 4.HOSPITAL DA UNIMED, POÇOS DE CALDAS - MG - BRASIL.
A qualidade é definida como um conjunto de atributos que inclui um nível de excelência profissional,
assim como o uso eficiente de recursos, considerando-se essencialmente os valores sociais
existentes. A prática baseada em evidências é uma das alternativas no enfrentamento dos desafios
para se alcançar a qualidade Assim sendo, o uso de indicadores de qualidade podem ser eficazes para
balizar as ações em saúde, especialmente na área hospitalar. Indicadores são instrumentos
gerenciais de mensuração utilizados para a avaliação da qualidade ou produtividade que dirige a
atenção para assuntos específicos de resultados. A utilização de indicadores permite ao enfermeiro
encontrar respostas para questões gerenciais, assistenciais, econômicas e legais, mostrando os
resultados de atendimento prestado e possibilitando a implementação de ações de melhoria,
baseada em padrões de qualidade. Justificativa: indicadores de qualidade são ferramentas essenciais
que o enfermeiro de Centro Cirúrgico deve utilizar para instrumentalizar a tomada de decisão
buscando alinhar os objetivos da instituição às recomendações da literatura. Objetivo: identificar na
literatura quais os indicadores de qualidade utilizados na gestão de Centro Cirúrgico. Método: tratase de uma revisão integrativa da literatura realizada em 2011. Foram empregadas 6 fases: elaboração
da pergunta norteadora; busca ou amostragem na literatura; coleta de dados; análise crítica dos
estudos incluídos; discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa. A questão
norteadora foi: Quais são os indicadores de qualidade mais adotados para a gestão de um centro
cirúrgico? Foram considerados elegíveis os artigos em língua portuguesa do Brasil, espanhol e
inglesa, publicados na íntegra em periódicos indexados nas bases de dados Medical Literature
Analysis and Retrieval System on-line (MedLine, versão PubMed) e Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) sem delimitação de período. Foram utilizados livros sobre o
tema em questão. Realizou-se também a busca manual de artigos não identificados nas bases de
dados, porém citados em outros estudos. Utilizando-se os DeCS: enfermagem de centro cirúrgico,
centro cirúrgico hospitalar, controle de qualidade, assistência de enfermagem, gestão da qualidade
combinados por meio do conector booleano “AND”. Resultados: encontrou-se 5.421 artigos, sendo
2.820 na base de dados LILACS e 2.601 na MedLine. Foram descartados os artigos cujos textos não se
estavam disponíveis na íntegra e aqueles que apresentaram inadequação à questão norteadora.
Desta forma 17 artigos compuseram a amostra final. O número de indicadores discutidos nos artigos
variou de um a 34. Os indicadores mais freqüentes foram: a taxa de cancelamento cirúrgico 9 (50%),
o índice de atraso no início da cirurgia 4 (22,2%), a taxa de ocupação do centro cirúrgico com
4 (22,2%) e a taxa de mortalidade intra-operatória 4 (22,2%). Conclusão: os indicadores mais
utilizados para a gestão em centro cirúrgico são: taxa de cancelamento cirúrgico, índice de atraso no
início de cirurgia, taxa de ocupação do centro cirúrgico e a taxa de mortalidade intra-operatória, que
retratam a totalidade dos processos realizados nessas unidades além de instrumentalizar planos de
tomadas de decisão e de melhorias nessas unidades. A utilização de tais indicadores pode aumentar
a segurança do paciente e são grandes balisadores na questão da gestão de custos hospitalares.
[34]
Organização e Realização:
16 - CÓD.815
UTILIZAÇÃO DE DETERGENTE ENZIMÁTICO PARA LIMPEZA DO INSTRUMENTAL
ODONTOLÓGICO – ESTAMOS UTILIZANDO CORRETAMENTE?
AUTORA: DAYSE CARVALHO ALVES DA LUZ.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP - BRASIL.
Introdução: O presente trabalho nasce da observação realizada durante inspeções sanitárias no
município de São José dos Campos a consultórios odontológicos, onde constatou-se falhas na
utilização do detergente enzimático precedendo a limpeza manual de instrumentais. Considerando
que a limpeza constitui passo primordial para um processo de esterilização eficaz e que segundo
recomendações do Ministério da Saúde os materiais que entraram em contato com matéria orgânica
devem passar por imersão em desencrostrantes, preferencialmente enzimáticos, a fim de reduzir a
carga microbiana e proteger a saúde de profissionais que realizam a limpeza dos instrumentais,
analisaremos se a falha citada decorre do desconhecimento sobre o tema ou da pouca valorização do
procedimento de limpeza. Objetivo: Identificar se os Cirurgiões Dentistas e outros profissionais
envolvidos no procedimento de limpeza de instrumentais tem noção da importância da utilização do
detergente enzimático dentro do processo de limpeza, bem como se os mesmos seguem as
orientações dos fabricantes para utilização dos mesmos. Método: O estudo foi realizado por
amostragem em dez consultórios odontológicos no município de São José dos Campos no período de
21/11/13 a 23/06/14, através de observação direta considerando aspectos como: conhecimento do
profissional sobre a finalidade de uso do detergente enzimático, diluição, tempo de exposição dos
instrumentais ao produto, exposição de solução diluída a raios solares e validade da solução após
diluição. Resultados: Verificou-se na amostra que 10% (01) dos profissionais tinham conhecimento
sobre a finalidade de uso do produto, 30% (03) dos cirurgiões dentistas eram responsáveis pela
diluição do detergente enzimático, 60% (06) expõe a solução diluída a raios solares, 10% (01) utilizam
o produto conforme a orientação do fabricante quanto a diluição e tempo de exposição do
instrumental e 100% (10) não realizam registros quanto a data, horário da diluição do produto.
Conclusão: Através da análise dos resultados observa-se que a falta de conhecimento sobre a
finalidade de uso do produto e a pouca observação das recomendações do fabricante implicam
diretamente na falha da utilização do detergente enzimático, colocando em risco a saúde de
profissionais que realizam a limpeza e usuários pela possibilidade de formação de biofilme e falhas
no processo de esterilização. Nos estabelecimentos que participaram da amostragem, foram
realizadas abordagens educativas a fim de que o procedimento de limpeza seja realizado de modo
correto, porém entendemos que a temática tem importância relevante e merece destaque na
formação dos profissionais e na qualificação de mão de obra especifica para atividade.
[35]
Organização e Realização:
17 - CÓD. 816
RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS DA SAÚDE: APROFUNDANDO O CONHECIMENTO
SOBRE CONTROLE E PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES.
AUTORAS: RITA CATALINA AQUINO CAREGNATO; AMANDA DOS SANTOS FRAGOSO; GABRIELA DEL MESTRE MARTINS.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UFCSPA, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: As Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS) configuram-se um grave
problema, por isso, todos os profissionais da saúde que atuam na área hospitalar devem ter
conhecimento sobre o controle e prevenção das IRAS. Objetivo: Relatar a experiência da capacitação
teórica de residentes multiprofissionais para o controle e prevenção das infecções relacionadas à
saúde. Métodos: Trata-se de um relato de experiência sobre a vivência de residentes de um
Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde (REMIS) com ênfase em
intensivíssimo, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, que cursaram a
disciplina de “Controle e Prevenção de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde”. Resultados:
Cursaram a disciplina 24 residentes de seis áreas da saúde: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia,
Fonoaudiologia, Nutrição e Psicologia, perfazendo 45 horas/aula de carga horária total. Todos os
residentes atuam em UTI, unidade crítica, portanto é importante ter a fundamentação teórica para
entender e atuar como agentes multiplicadores contribuindo com os demais membros da equipe na
prática diária para a prevenção e o controle das infecções. Os procedimentos didáticos envolveram
aulas expositivas dialogadas, palestras de profissionais com vivências em serviço de controle de
infecção de hospitais referências, discussão em grupos dos manuais da ANVISA e estudos de casos,
facilitando a reflexão sobre os temas abordados, tais como: aspectos históricos e legislação
brasileira; aspectos conceituais e critérios diagnósticos das IRAS; vigilância epidemiológica; higiene
das mãos; fatores de risco para IRAS do paciente crítico; microbiologia aplicada ao controle das IRAS;
limpeza de ambiente hospitalar; Medidas de Bloqueio Epidemiológico; prevenção da pneumonia
associada à ventilação, da infecção do trato urinário associada à sondagem vesical de demora, de
sítio cirúrgico, de corrente sanguínea relacionada a cateter vascular; prevenção da IRAS no Centro de
Materiais e Esterilização. A disciplina contou com uma avaliação sendo os aspectos positivos mais
destacados pelos residentes: 79% disseram que a disciplina proporcionou maior conhecimento e
integração prática-teoria sobre controle e prevenção de infecções (n=19); e 79% gostaram da
participação de diversos profissionais de outros serviços de saúde ministrando aulas (n=15). Os
aspectos negativos mais apontados pelos residentes foram: 50% e aulas muito focadas nas áreas de
enfermagem ou farmácia (n=12); e 38% horário da disciplina muito tarde (noite) (n=9). Quanto às
sugestões, 54% dos residentes sugeriram trazer convidados de todas as profissões. Conclusão: As
residências visam à formação de recursos humanos qualificados para a reorganização assistencial da
saúde proposta pelo SUS. Embora as áreas da saúde mais envolvidas no controle e prevenção de
infecções sejam a enfermagem e farmácia, todos os profissionais da saúde devem ter conhecimento
nesta área. Configura-se como uma oportunidade de formar profissionais com um perfil novo, que
consigam integrar o ensino à prática diária, utilizando o conhecimento multiprofissional para a
prevenção e controle de infecções em áreas críticas.
[36]
Organização e Realização:
18 - CÓD.818
A SATISFAÇÃO DO TRABALHADOR DE ENFERMAGEM QUE ATUA NA CENTRAL DE
MATERIAL ESTERILIZADO.
AUTORAS: ARCANGELA GOMES RICARDO1; VANESSA LAPA SILVA2.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.UMC, MOGI DAS CRUZES - SP - BRASIL; 2.UMC-UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: A Central de Material Esterilizado (CME) é uma unidade que fornece apoio técnico as
diversas áreas dentro de um serviço hospitalar, para ela são encaminhados materiais considerados
sujos e contaminados, portanto cabe a esta unidade proceder com a descontaminação, preparo,
esterilização, armazenamento e posterior distribuição para unidades internas, a manipulação destes
instrumentais colocam em risco a segurança dos trabalhadores e também dos pacientes, portanto
esse serviço necessita ser adequadamente gerenciado, havendo racionalidade nas ações e o respeito
às normas vigentes. Sendo assim, embora nesse setor não haja o contato direto com o paciente, há o
contato com material biológico que faz surgir o risco de contaminação. Sendo assim, as condições de
trabalho podem colocar em risco a saúde dos trabalhadores, além de interferir na qualidade do
trabalho prestado pelo setor, por se tratar de uma atividade complexa e de suma importância para a
qualidade dos serviços hospitalares. Objetivo: Identificar a satisfação do trabalhador de enfermagem
que atua na Central de Material Esterilizado. Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal e
de campo com abordagem qualitativa. A coleta de dados se deu por meio da aplicação de um
questionário com questões sócio-demográficas e com duas questões norteadoras: Você sente-se
plenamente satisfeito com o seu trabalho na CME?” e Você sente-se valorizado no seu local de
trabalho por colegas e chefia? Das quais as respostas foram gravadas em forma de entrevista. O
conteúdo das entrevistas foi analisado com base na análise do conteúdo do tipo temática, proposta
por Minayo e como referencial teórico utilizou-se Pezzi e Leite (2010) pelo fato de aborda as práticas
realizadas na CME, bem como o desenvolvimento do processo e como deve ser o gerenciamento de
recursos humanos. Resultados: O estudo se realizou por meio da entrevista de 6 profissionais de
enfermagem, todos atuantes na CME á mais de um ano. Por meio da análise dos dados surgiram 2
categorias temáticas sobre os resultados obtidos na resposta das questões norteadoras: satisfação
dos profissionais em trabalhar na CME e 3 subcategoria: particularidades do setor, processo continuo
de aprendizado e dificuldades envolvidas no processo de trabalho e como outra categoria:
sentimentos dos profissionais em relação ao seu trabalho e 2 subcategorias na segunda questão: o
trabalho em equipe como facilitador do processo e a importância do envolvimento da chefia. Os
participantes do estudo, referiram estarem satisfeitos com o setor de atuação, pontuaram fatores
que favorecem e desfavorecem esta satisfação. Apontaram também que se sentem valorizados pelo
desenvolvimento deste trabalho, citaram que os pontos favorecedores disto é o trabalho que se
desenvolve em equipe e o envolvimento com a chefia, que seria o enfermeiro responsável pela CME.
Conclusão: foi possível evidenciar que existem poucos artigos científicos que se destinem a trabalhar
os sentimentos, bem como a realidade vivenciada por profissionais que atuam na CME. Percebe-se
então que a atuação da enfermeira juntamente com a sua equipe deve acontecer de forma efetiva,
cabe à mesma incentivar e reconhecer as qualidades de seus liderados, e, promover através de
cursos, palestras, oficinas ou até mesmo rodas de conversa a atualização dos conhecimentos da
equipe, trabalhando temas da atualidade e buscando corrigir possíveis falhas no processo.
[37]
Organização e Realização:
19 - CÓD.819
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EM CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO:
SEGURANÇA E CONTROLE DE INFECÇÃO.
AUTORES: MARCOS ANTONIO MACEDO DOS ANJOS1; ADRIANA ARAUJO LESSA2; ADRIANA BRAGA FERNANDES3; DAMIANA
COSMEA DA SILVA4; ALICE BARBIO BARBOSA5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,2,3,4.INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL; 5.HOSPITAL GERAL DE NOVA
IGUAÇU, NOVA IGUAÇU - RJ - BRASIL.
Introdução: Equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo ou produto, de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho. Os Trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes
biológicos, químicos ou físicos devem utilizar EPIs adequados ao risco. Sendo Central de Material e
Esterilização (CME) caracterizada como um setor fechado e crítico, no qual são manipulados,
materiais contaminados e infectados, pois é onde acontece a recepção, expurgo, limpeza,
descontaminação, preparo e esterilização dos materiais utilizados nas diversas unidades de um
estabelecimento de saúde, os funcionários que lá trabalham necessitam do uso de EPIs. Foram
escolhidos como cenário desta pesquisa três instituições públicas de saúde, 01 de esfera federal e 02
de esfera municipal (municípios distintos) e observou-se, num período pré-estabelecido de um mês,
que nestas instituições não acontecem o uso adequado dos EPIs. Estes dispositivos não protegem
apenas o funcionário, mas também mantêm os pacientes mais bem protegidos de infecções
adquiridas no hospital. Objetivo: Identificar o porquê do não uso de EPIs pelos profissionais que
atuam em CME e mostrar a necessidade de criar estratégias para a adesão desses profissionais a
rotina de uso dos EPIs. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, exploratório e descritivo, cujo o
objetivos foram descrever e explorar situações observadas em três CMEs de instituições públicas de
saúde distintas, federal e municipal, no que se refere às rotinas desenvolvidas neste
setor. Resultados: Observou-se num período pré-estabelecido de um mês, que nestas instituições
não acontecem o uso adequado dos EPIs. Somando os funcionários das três instituições, foram
observados 103 profissionais, na qual 100% dos funcionários são treinados, porém 74% usam o EPI
corretamente. Em relação a não utilização dos EPIs foi identificado que 40% dos funcionários
esquecem-se de colocar o EPI; 3% não encontra o EPI; 30% diz que é demorado se paramentar e tem
pressa em realizar a atividade e 27% diz que não colocou o EPI porque o material não estava muito
sujo. Além disso, foi observado que 67% das instituições disponibilizam todos os EPIs indicados para
as atividades na CME. Conclusão: Para atender a demanda do serviço, a CME funciona 24h por dia e
necessita de trabalhadores preparados adequadamente para cada área e para as funções que
assumem. Através desse estudo identificou-se que apesar das instituições disponibilizarem os EPIs e
fornecerem treinamento técnico, os funcionários não aderem ao que é preconizado pelas normas
regulamentadoras. Com isso surge à oportunidade aos coordenadores técnicos, dessas instituições,
traçarem estratégias especificas para que haja a adesão desses funcionários garantindo sua
segurança e proteção.
[38]
Organização e Realização:
20 - CÓD.821
INFECÇÕES RELACIONADAS À NEUROCIRURGIA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS –
INCIDÊNCIA E PERFIL MICROBIOLÓGICO NUM CENTRO DE REFERENCIA PARA
TRATAMENTO DO CÂNCER.
AUTORAS: ELSIE STORCH BORGES; VENCESLAINE PRADO MARQUES; VANIA MARIA DA SILVA E CASTRO GONÇALVES;
MARIANNE MONTEIRO GARRIDO; LANICK SOUTO MARTINS.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL.
Introdução: a Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) é um importante agravo relacionado à assistência em
saúde. As infecções em neurocirurgia podem cursar com elevada letalidade. Conhecer aspectos
epidemiológicos, clínicos e microbiológicos destas infecções é fundamental para nortear ações
preventivas. Objetivo: descrever a incidência, aspectos clínicos e microbiológicos das ISC em
pacientes (pts) neurocirúrgicos oncológicos. Método: vigilância prospectiva, em pacientes
submetidos a neurocirurgia, admitidos em enfermaria clínico-cirúrgica (26 leitos), no Hospital do
Câncer I (HCI), Rio de Janeiro, de julho/2012 a maio/2014. O registro dos dados foi feito em ficha
especifica por membros da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do HCI. Os pacientes
submetidos à neurocirurgia foram detectados por avaliação sistemática de mapa cirúrgico.
Após neurocirurgia, foi feita busca ativa diária da presença de ISC nestes indivíduos até a alta.
Na reinternação, estes pts foram reavaliados para ISC. Foi calculada a incidência de ISC
(Nº infecções/Nº total de neurocirurgias), a frequência dos tipos de ISC (superficial e
profunda/cavitaria) e dos microrganismos isolados. A investigação microbiológica foi realizada
conforme protocolo estabelecido pela CCIH do HCI. Os espécimes clínicos foram processados
conforme rotina do Laboratório de Microbiologia Clinica. Resultados: foram realizadas 351
neurocirurgias. Ocorreram 28 casos de ISC (incidência: 7,9%). Dentre estas, 75% (N=21) foram
profundas/cavitarias. Estas infecções corresponderam a: meningite (N=14; 50%; 5 casos relacionados
a derivação ventricular externa [DVE], 7 casos relacionados à fístula liquórica e 2 casos de origem
indeterminada), abcesso cerebral (N=3, 11%) e outras (N=4, 14%). Em 30% (N=9) dos 28 casos
investigados não houve isolamento microbiano. O total de 22 agentes foi detectado em 19 pts.
Dentre estes, 55% (N=12) foram Gram-positivos e 45% (N=10) Gram-negativos. Não houve detecção
de infecção por fungo. Os Gram-positivos isolados foram Staphylococcus coagulase negativo
(N=5/22, 22%), Staphylococcus aureus (N=5/22, 22%) e Enterecoccus spp (N=2/22, 10%). As bactérias
Gram-negativas mais frequentemente isoladas foram Klebsiella penumoniae (N=3/22, 14%),
Pseudomonas aeruginosa (N=2/22, 9%) e Proteus mirabilis (N=2/22, 9%). Dentre os 22
microrganismos detectados, 14% (N=3) foram multirresistentes (MMR): dois S. aureus resistentes a
oxacilina e um A. baumannii resistente aos carbapenemas. Conclusão: a incidência de ISC foi elevada,
maior do que o valor preconizado para neurocirurgia (~2%), na população em geral. Contudo, este
estudo incluiu apenas pts oncológicos, o que pode ter influenciado nos achados. Além disso, dados
sobre ISC em neurocirurgia oncológica são escassos, o que dificulta a comparação com outras
instituições. A maioria das infecções foi profunda, com casos por uso de DVE, o que sugere a maior
gravidade destes eventos. O perfil microbiológico não diferiu do descrito para pts neurocirúrgicos em
geral. Porém, as ISC por MMR são preocupantes dado ao limitado arsenal terapêutico disponível.
Estes dados indicam que a adoção de protocolos de manuseio de DVE, e o rastreamento
pré-operatorio para MMR poderiam ter algum papel na redução da ocorrência destas ISC. Este
último, através de rotinas de descolonização e adequação da antibioticoprofilaxia cirúrgica. Estudos
que investiguem fatores determinantes para estas infecções são fundamentais para que medidas de
prevenção sejam adotadas.
[39]
Organização e Realização:
21 - CÓD.822
QUANTIDADE DE INSTRUMENTAIS NAS CAIXAS CIRÚRGICAS: AVALIAÇÃO DE CUSTO.
AUTORES: CLEUZA APARECIDA VEDOVATO1; JULIERME RODRIGO DE ALMEIDA PAULA2; RITA DE CÁSSIA RODRIGUES DA
SILVA3; ANA PAULA BOAVENTURA4.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, CAMPINAS - SP - BRASIL; 2,3.FUNDAÇÃO DE ENSINO OTÁVIO
BASTOS, SÃO JOÃO DA BOA VISTA - SP - BRASIL; 4.UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, CAMPINAS - SP - BRASIL.
Quando avaliamos custos é de extrema importância destacar que o produto final, no caso, o material
hospitalar esterilizado, nada mais é que a ação de três fatores inter-relacionados: materiais
utilizados, mão de obra e tecnologia empregada. Esses fatores se bem administrados não produz
prejuízo e sim norteia expectativas para redução dos custos mantendo a qualidade da assistência.
Verifica-se na prática diária que no centro cirúrgico, há desperdício de instrumentos cirúrgicos,
muitos instrumentais que compõe a caixa cirúrgica não foram tocados e utilizados no procedimento.
Com isso o objetivo deste estudo foi avaliar o número de itens não utilizados durante a cirurgia,
contar em números absolutos e relativos quais foram os itens menos utilizados, quantificar por grupo
as pinças que são menos utilizados e avaliar os custos com esterilização, das classes das pinças que
são menos utilizadas. Métodos: Este estudo foi realizado no centro cirúrgico de um hospital
particular, no interior do Estado de São Paulo que realiza em média 190 cirurgias por mês com
quatro salas cirúrgicas. Foram incluídas nesse estudo as caixas de instrumentais das seguintes
especialidades: Coloproctologia, Gastroenterologia, Geral, Ginecológica e Obstetrícia, Colpoperineoplastia, Parto Cesáreo, Hemorroidectomia, Apendicectomia e Herniorrafia. Resultados:
Foram observados 17 procedimentos cirúrgicos ao todo, analisadas 934 pinças. A média geral de
desperdício das pinças de todas as especialidades cirúrgicas foi de 52%, pois avaliou-se que das 934
pinças 485 não foram utilizadas. Quanto ao cálculo dos custos com esterilização partiu-se do valor de
R$ 42,00 que é custo de um ciclo completo da autoclave, esse valor foi dividido pelo número de
caixas (cinco caixas por ciclo) assim sendo R$ 8,40 por caixa esterilizada. Esse valor foi dividido pela
média de pinça que compõe as caixas (55 pinças) e obtivemos o valor real de custo com a
esterilização por pinça de R$ 0,15. O técnico de enfermagem recebe um salário de R$ 1.212,86 neste
hospital sendo sua hora de trabalho de R$ 8,42. Com a observação identificou-se que um funcionário
dispensa, em média, 55 minutos para lavar, secar, realizar a inspeção do funcionamento das pinças,
identificar e empacotar a caixa de instrumental, ou seja, 0,9 horas para processar uma caixa, e para
processar uma pinça temos 0, 017 horas gastas. O valor da mão de obra é de 29 centavos por pinça
processada, podendo ter alguma variação se formos acrescentar outros fatores, mas para esse
trabalho foi realizado a avaliação somente dois parâmetros: Custo com esterilização e custo com
mão de obra. Temos que o valor total de um ciclo é de R$ 79,75. Assim sendo, observamos que a
classe de pinças onde ocorre maior desperdício é a da Hemostasia com 210 pinças não utilizadas,
seguido de preensão com um total de 190 pinça não utilizadas e as de diérese com 53 pinças não
utilizadas. As demais classes de pinças tiveram pouco desperdício, pois as pinças de Separação e
Síntese estão em pouca quantidade nas caixas. Contabilizando todos estes custos em um mês
teríamos, em média, R$ 1.584,17 com a esterilização indevida de pinças que não são utilizadas nas
cirurgias, mas que compõe a caixa cirúrgica. Conclusão è possível concluir que há desperdício de
instrumentais cirúrgicos uma vez que não se utiliza todas as pinças existentes nas caixas, gerando um
custo considerável para a unidade.
[40]
Organização e Realização:
22 - CÓD.824
CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO: DESPERTANDO O INTERESSE NA FORMAÇÃO DO
ACADÊMICO DE ENFERMAGEM.
AUTORA: RITA CATALINA AQUINO CAREGNATO1; NATÁLIA FERNANDES MARTINS FERREIRA2; JENIFER DOS SANTOS3; SUÉLY
VACARI ORTIZ4.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.ULBRA, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL; 2,3,4.UFCSPA, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: Na RDC 15, de 2012, que dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento
de produtos da saúde, encontra-se o artigo 28 que se refere ao profissional responsável pelo Centro
de Materiais e Esterilização (CME) devendo este possuir nível superior, para coordenar todas as
atividades relacionadas ao processamento de produtos da saúde. Tradicionalmente o enfermeiro
tem sido o profissional responsável por esta área crítica, entretanto esta resolução abre a
possibilidade de outro profissional, com conhecimento, assumir este lugar. Alguns currículos de
cursos de graduação de Enfermagem, não estão contemplando o conteúdo sobre CME e Centro
Cirúrgico (CC) na formação dos futuros enfermeiros, por entenderem que este conteúdo é da
especialização. Atualmente existe uma dificuldade de encontrar profissionais de enfermagem para
atuarem nestes setores, portanto, é fundamental que a graduação em Enfermagem desperte o
interesse dos acadêmicos para no futuro atuarem nestas áreas. Objetivo: Relatar a experiência do
estágio em Centro de Material de Esterilização (CME), Centro Cirúrgico (CC), Sala de Recuperação
(SR) da disciplina de clínico cirúrgico da grade curricular do curso de bacharelado de Enfermagem da
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Método: Trata-se de um relato de
experiência sobre a prática realizada Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, durante
sete dias. Resultados: Inicialmente os acadêmicos passam pelo CME, visualizando na prática tudo que
foi ministrado na teoria, como o fluxo unidirecional do setor, a recepção e lavagem do material sujo,
preparo e acondicionamento dos materiais, esterilização por diversos métodos (vapor e peróxido de
hidrogênio), armazenamento e distribuição dos materiais. Reconhece-se a rotina das máquinas e sua
manutenção, bem como os testes a fim de verificar a eficácia da esterilização. No CC os acadêmicos
fazem a simulação de escovação/paramentação e acompanham a rotina das cirurgias, durante três
dias. Identifica-se a cirurgia, sala utilizada, procedimento anestésico, cuidados de enfermagem no
intraoperatório e instrumentação cirúrgica. Na SR os acadêmicos fazem admissão do paciente,
acompanhamento e o cuidado de enfermagem. Conclusão: É imprescindível que os acadêmicos de
Enfermagem tenham na sua formação fundamentação teórico prática sobre CME, CC e SR,
despertando assim o interesse de atuar nestas áreas quando forem profissionais. Também é
importante a inserção e a possibilidade de realizarem estágio curriculares nesses setores,
proporcionando ao estudante de enfermagem uma visão ampla da assistência de saúde e
despertando seu olhar para o CME como fundamental em qualquer processo. Para garantir a
presença do enfermeiro no CME deve-se valorizar este setor preparando profissionais de
enfermagem que tenham habilidades e conhecimentos para atuarem no processamento de produtos
da saúde, pois estes são necessários tanto no ambiente hospitalar quanto na comunidade. Caso não
existam enfermeiros capacitados e com interesse de trabalhar no CME, existem outras profissões
que poderão ocupar este espaço.
[41]
Organização e Realização:
23 - CÓD.825
RESIDENTE EM ENFERMAGEM: ATUAÇÃO NA EDUCAÇÃO CONTINUADA PARA O CONTROLE
E PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR.
AUTORAS: RITA CATALINA AQUINO CAREGNATO; RAFAELA RODRIGUES DE SOUZA.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: ULBRA, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: A Residência Multiprofissional na área da Saúde foi implantada no Brasil pelo ministério
da Saúde (MS), em parceria com o Ministério da Educação, a partir da promulgação da Lei n° 11.129
de 2005, possibilitando às várias categorias profissionais da saúde o aperfeiçoamento, em nível de
pós-graduação lato sensu, a partir da formação em serviço. A educação continuada, estratégia de
qualificação dos profissionais, foi incentivada pelo MS quando, em 2004, publicou a portaria 198,
instituindo a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do SUS. No
âmbito do Controle das Infecções Hospitalares (CIH) a educação em serviço sempre constituiu a
principal ferramenta para prevenir a Infecção Hospitalar (IH). Objetivo: avaliar assimilação das
orientações recebidas sobre medidas de controle e prevenção de IH na capacitação dos profissionais
de enfermagem. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, com corte transversal, realizado em
um Hospital Universitário no Rio Grande do Sul. Amostra intencional com 8 enfermeiros e 86
técnicos de enfermagem. A Residente de Enfermagem (R1) realizou Capacitações para a equipe de
Enfermagem sobre as recomendações de controle e prevenção da IH, aplicando um questionário aos
participantes antes e após a capacitação. Resultados: 56 profissionais (59,6%) melhoraram seu
desempenho no pós teste; 22 profissionais (23,4%) mantiveram o mesmo número de acertos no pré
e pós teste; e 16 profissionais (17,0%) tiveram pior desempenho no pós teste. Constatou-se que, dos
94 profissionais participantes, 38 (40,4%) não tiveram assimilação do conteúdo abordado; infere-se
que este fato tenha ocorrido porque alguns deles estavam pós-plantão noturno e dormiram durante
a capacitação e outros foram convocados a participar. As questões que apresentaram maior
frequência de erros no pós teste referem-se ao uso da máscara N95, ao transporte do paciente em
precaução aérea e à eficácia dos produtos utilizados na higienização das mãos. Conclusão: a
assimilação do conteúdo abordado nas capacitações ocorre quando existem condições ideais para a
aprendizagem, ou seja, os profissionais que participam devem ter condições físicas e psíquicas para
assimilação do conteúdo abordado e ter adesão voluntária. Residentes de Enfermagem podem
contribuir para o CIH.
[42]
Organização e Realização:
24 - CÓD.826
RELACIONANDO UNIDADES DE APOIO COM O CUIDADO AO PACIENTE CRÍTICO.
AUTORAS: RITA CATALINA AQUINO CAREGNATO1; JAMILE DUTRA CORREIA2; LIARINE BEDIN3.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.ULBRA, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL; 2,3.UFCSPA, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: O Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde (REMIS) da
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) em parceria com a Irmandade
Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA) tem como ênfase o intensivísmo sendo
direcionado a seis áreas do conhecimento, a saber: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia,
Fonoaudiologia, Nutrição e Psicologia. Cada profissão busca nas outras áreas, apoio ao exercício
profissional e ampliação do conhecimento, articulando a teoria com a prática, consolidando os
conhecimentos embasados nas políticas do Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Relatar a
experiência da imersão prática das Residentes de Enfermagem do Programa REMIS UFCSPA/ISCMPA.
Métodos: Relato de experiência sobre o período de imersão prática ao ingressarem na REMIS.
Residentes de Enfermagem passam pelo Centro de Materiais de Esterilização (CME), Centro Cirúrgico
(CC) e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) antes de ingressarem na Unidade de
Tratamento Intensivo (UTI). Resultados: Ao ingressar na REMIS todos os residentes devem fazer um
mês de imersão prática passando pelos serviços essenciais para o cuidado de excelência ao paciente
atendido na UTI. As residentes de Enfermagem passam pelo SCIH, para conhecer os protocolos
existentes para Prevenção da Infecção do paciente internado na UTI. Também conhecem os
treinamentos executados para os profissionais ingressantes na instituição e os profissionais das
unidades de internação. Esses treinamentos são realizados com base em estudos atualizados dos
profissionais do SCIH. Após, as residentes passam alguns dias no CME, onde tem oportunidade de
acompanhar todo o processo de preparo e esterilização dos materiais utilizados em vários momentos
do atendimento ao paciente crítico. A etapa seguinte é conhecer e passar alguns dias no CC, onde se
acompanham cirurgias de grande porte de pacientes da UTI. Observa-se os profissionais realizando
escovação, paramentação, manejo dos materiais estéreis e tempos cirúrgicos. Conclusão: O paciente
em situação crítica possui maior vulnerabilidade às infecções, exigindo maior cuidado e
conscientização dos profissionais de saúde acerca a prevenção e controle das infecções. A vivência
prática no SCIH, CME e CC, amplia a visão dos residentes acerca da ligação existente entre as
unidades que norteiam a terapia intensiva. Observa-se o papel fundamental da enfermagem em
todos os setores para o controle das infecções relacionadas à assistência a saúde. Considera-se
importante que as residências multiprofissionais contemplem práticas de imersão em setores
essenciais ao atendimento do paciente em situação crítica, preparando e estimulando os
enfermeiros a formação ampliada com conhecimento pertinente as unidades de apoio da prática
diária da terapia intensiva. A integração dos setores contribui para todos envolvidos, para a
qualificação dos serviços e o desenvolvimento de competências dos residentes.
[43]
Organização e Realização:
25 - CÓD.827
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO COMO
COADJUVANTE NO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
AUTORAS: EVANISIA ASSIS GOES DE ARAUJO; JAIRA DOS SANTOS SILVA; SONIA MARIA DA SILVA GARCIA; PATRICIA MARIA
DE OLIVEIRA ANDRADE ARAUJO; JUDICLEIA MARINHO DA SILVA.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: IF-PE CAMPUS BELO JARDIM, BELO JARDIM - PE - BRASIL.
Introdução: O Centro de Material Esterilização-CME é responsável pela limpeza desinfecção preparo
esterilização de materiais de unidades de saúde importantes para Controle de Infecção HospitalarCIH. Oferece itens destinados ao cuidado do paciente com qualidade e segurança nos procedimentos
e diagnósticos clínicos-cirúrgicos. CME e consumidores são responsáveis por qualquer falha ocorrida
durante o processamento que comprometa a esterilidade dos produtos e permita aumento no risco
de casos de infecção hospitalar. Para minimizar esse problema o setor precisa funcionar de forma
adequada sendo planejada e gerenciada por profissional qualificado para prover materiais estéreis
necessários ao atendimento da clientela. A atuação do enfermeiro tem início na fase de
planejamento da unidade, cabendo-lhe a escolha adequada tanto de recursos materiais quanto
humanos bem como a seleção e treinamento de pessoal levando-se em conta perfil do setor.
Ademais, ele é responsável por atividades de coordenação, orientação e supervisão de todas as
etapas do reprocessamento dos produtos e estabelecimento de interfaces com as unidades
consumidoras. Das atribuições está capacitação dos colaboradores sob seu comando através da
educação continuada-EC e educação permanente-EP onde atua como facilitador no alcance do saber
e atualização incitando à participação em eventos científicos. É responsabilidade a biossegurança dos
profissionais sob sua supervisão estabelecer rotinas no manuseio com materiais perfuro cortantes
durante etapa de limpeza evitando acidentes com respingos de sangue ou fluidos corporais
realçando uso adequado do Equipamento Proteção Individual. A partir da vivência durante estágio
curricular de Enfermagem Centro Cirúrgico e CME e afinidade das pesquisadoras sobre o tema,
surgiu o interesse na busca informações concretas sobre o mesmo. Espera-se que resultados obtidos
possam servir como teia de informações que auxiliam práticas de ensino pesquisa e extensão em
saúde. Objetivo: Identificar atuação do enfermeiro da CME como coadjuvante no Controle Infecção
Hospitalar. Método: Estudo descritivo, exploratório, fez-se análise de publicações, artigos teses
dissertações na BVS utilizando descritores Central de Material e Esterilização, infecção hospitalar,
cuidados de enfermagem na CME. Critérios de inclusão foram publicações de 2002 a 2012 em
português que discute o tema proposto. Amostra compõe 15 periódicos que preenchiam critérios de
inclusão. Em seguida realizou-se leitura do material, análise interpretação e redação do texto.
Resultado: As atribuições da enfermagem em CME não são claramente divulgadas interferindo no
interesse de alguns em trabalhar naquele setor porque o mesmo se assemelha a indústria pela forma
sequencial de processamento dos materiais. Embora Ministério da Saúde-MS disponha de protocolos
nem sempre são utilizados tendo como causa ausência de enfermeiro exclusivo na CME para
coordenar o trabalho, a falta de educação continuada e permanente para os profissionais desse setor
prejudica a segurança no preparo do material devido à falta de atualização das etapas do seu
processamento assim como prevenir os riscos de infecções hospitalares. Conclusão: Para o
processamento de materiais se realizar visando o CIH, a estrutura da CME precisa estar de acordo
com as normas do MS. Portanto se faz necessário que a EP e EC sejam vistas pelos gestores como
forte aliado e veículo de comunicação para alcance da qualidade e objetivos organizacionais.
[44]
Organização e Realização:
26 - CÓD. 828
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE ENDOFTALMITE E SÍNDROME TÓXICA DO SEGMENTO
ANTERIOR APÓS CIRURGIAS DE CATARATA: IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DE MARCADORES.
AUTORES: REGINALDO ADALBERTO DE LUZ1; MARIA CLARA PADOVEZE2; EDNEY CABRAL SILVA3; TADEU CVINTAL4.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, SAO PAULO - SP - BRASIL; 2.ESCOLA DE
ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO - SP - BRASIL; 3,4.CENTRO DE OFTALMOLOGIA TADEU
CVINTAL, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: Entre os possíveis Eventos Adversos (EA) mais importantes após cirurgias de catarata
estão a endoftalmite, termo que define a infecção intraocular e a Síndrome Tóxica do Segmento
Anterior (TASS), que consiste na reação inflamatória aguda pós-cirúrgica. Contudo, um sistema de
vigilância epidemiológica (VE) da ocorrência destes EA não é uma realidade no Brasil. A identificação
de marcadores destes EA factíveis de serem acompanhados pelo enfermeiro irá favorecer o
desenvolvimento de um sistema de VE. Objetivo: Identificar os marcadores mais adequados para o
diagnóstico epidemiológico de TASS e Endoftalmite após cirurgias de catarata visando à instituição
de um sistema de VE específico. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal de série de casos de
pacientes submetidos a cirurgias de catarata, realizado em duas etapas. Etapa I: abordagem
retrospectiva por meio de revisão de prontuários dos pacientes com diagnóstico TASS ou
Endoftalmite (21 casos) no período 2010 a 2013. Etapa II: abordagem prospectiva por meio de
revisão de prontuários dos pacientes submetidos à cirurgia de catarata nos meses de maio e junho
de 2013 sem o diagnóstico TASS ou Endoftalmite (309 controles). A amostra baseou-se em um teste
de proporções entre duas amostras assumindo que a amostra de controles seria 15 vezes maior que
a de casos para detectar uma diferença de pelo menos 35 pontos percentuais na incidência da
apresentação de características clínicas entre os dois grupos com erro tipo I de 5%. As variáveis
pesquisadas foram os sinais e sintomas característicos do pós-operatório de cirurgias de catarata
bem como informações demográficas e clínicas destes pacientes. Resultados: Pacientes com o
diagnóstico de endoftalmite e TASS foram: 19 (90,5%) e dois (9,5%) casos respectivamente. Dentre
os casos, os sinais mais observados foram: córnea nebulosa, reação de câmara anterior (RCA), edema
de córnea (>70%) e hipópio, hiperemia conjuntival, turvação vítrea e dobras na membrana Descemet
(>40%). Dor ocular foi o sintoma relatado por 14 (66,7%) dos pacientes. Dentre os controles, no
primeiro dia após a cirurgia mais da metade apresentaram RCA, edema de córnea, hiperemia
conjuntival e dobras na Descemet, o que demonstra ser um quadro normal no primeiro dia pósoperatório. Uma semana pós-operatória os sinais e sintomas que apresentaram diferença maior que
35% entre os casos e controles foram: presença de hipópio, vítreo turvo, córnea nebulosa, RCA,
hiperemia conjuntival, edema de córnea e dor ocular (Tabela1). A incidência de aplicação de
antibiótico intravítreo e número de retornos foram maiores entre os casos do que nos controles.
Uma ferramenta para auxiliar no sistema de VE foi sugerida a partir dos resultados obtidos no
presente estudo. Conclusões: Os marcadores clínicos e epidemiológicos considerados mais
adequados para compor uma ferramenta para VE foram: dor, edema de córnea, hiperemia
conjuntival, hipópio, RCA, vítreo turvo, aplicação de antibiótico intra-vítreo e número de retornos. A
ferramenta proposta por este estudo tem potencialidade para subsidiar a atuação do enfermeiro no
sistema de VE de EA para cirurgias de catarata.
[45]
Organização e Realização:
27 - 829
CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO: COM OU SEM CIRCULAÇÃO
EXTRACORPÓREA.
AUTORES: JEDIAEL MARCOS TEIXEIRA DE CAMARGO1; DENISE PAVEI2; ERICA MELO CRAVO3; VALTER DA SILVA4; CARLOS
ADRIANO DALMAZO5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,3,4,5.HOSPITAL MINISTRO COSTA CAVALCANTE, FOZ DO IGUAÇU - PR - BRASIL; 2.UNIGUAÇU/FAESI, SÃO
MIGUEL DO IGUAÇU - PR - BRASIL.
Introdução/Justificativa: A doença cardiovascular (DCV) é uma das causas em um número expressivo
de mortes no mundo. O tipo mais comum é a doença arterial coronariana, na qual as artérias que
levam sangue ao coração se tornam obstruídas por placas. Isso pode levar ao ataque cardíaco. No
Brasil, essa é a principal causa de morte da população, sendo 70% das vítimas homens e 30%
mulheres. A revascularização do miocárdio (RM) é um tratamento cirúrgico da insuficiência
coronariana, na maioria das vezes evidenciada em um infarto agudo do miocárdio. Embora o
procedimento seja de alto sucesso percentual, durante a sua ocorrência acontecem diversas
agressões ao organismo, principalmente durante a circulação extracorpórea (CEC). O aparecimento
da CEC no século passado, permitiu cirurgiões cardíacos a realizar vários procedimentos, que, até
então, não tinha sido possível por razões técnicas. No entanto a CEC desencadeou uma série de
reações inflamatórias com diferentes respostas sistêmicas, com a possibilidade de terminar em
morte. Nos últimos anos, houve um grande avanço na cirurgia de revascularização miocárdica sem
CEC, principalmente devido à combinação dos avanços da técnica cirúrgica e desenvolvimento de
instrumentos que possibilitam a realização desta cirurgia nas mais variadas situações. A cirurgia de
RM com o uso de CEC é um meio efetivo para o tratamento da doença arterial coronariana, para a
prevenção do infarto do miocárdio, e da morte cardíaca, em determinados subgrupos de pacientes.
Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica de artigos científicos para levantar as consequências
pós-operatórias com e sem o suporte da circulação extracorpórea, na cirurgia de revascularização do
miocárdio. Método: A pesquisa foi realizada através de revisão bibliográfica, onde foram incluídos
artigos indexados, publicados desde 1990, que estudaram os benefícios e fatores predisponentes
para a utilização ou não da CEC em cirurgia de revascularização do miocárdio. Resultados: Com base
nos referidos estudos, pode-se fazer uma compilação e uma correlação no que diz respeito as
principais complicações intra e pós-operatórias em ambas as técnicas. Obteve-se uma taxa de óbito
de 2,46% SCEC (sem CEC) contra 2,65% CCEC (com CEC), de IAM: 3,61% SCEC e 5,66% CCEC, AVC um
percentual de 3% em ambas as técnicas. Na necessidade de transfusão de hemoderivados, obteve-se
a maior diferença fatorial entre as técnicas: 47,85% SCEC contra 76,90% CCEC, o que se justifica pela
necessidade de grande hemodiluição no reservatório de cardiotomia da máquina de CEC,
consequentemente sendo principal fator responsável pela alteração da quinta variável analisada por
esse estudo: os custos finais das internações pertinentes à cirurgia de RM. A internação para cirurgia
de RM SCEC demonstrou-se 30% a menos de custo em comparação a CCEC. Conclusão: Nos últimos
anos, novas técnicas cirúrgicas sem o uso da CEC têm sido desenvolvidas, mostrando uma resposta
inflamatória atenuada quando comparada à cirurgia com CEC. Estudos têm demonstrado que a RM
sem CEC determina melhor preservação da função pulmonar, diminui a morbidade, incluindo
redução de complicações respiratórias. Esse tratamento proporciona melhor qualidade de vida aos
pacientes quando comparado com aqueles submetidos a outras formas de tratamento. A incidência
de complicações pós-operatórias é um grande desafio e em um cenário atual, existem poucas
possibilidades de solução em curto prazo.
[46]
Organização e Realização:
28 - CÓD.831
INVESTIGAÇÃO DE SURTO POR PSEUDOMONAS AERUGINOSA MULTIRRESISTENTE EM
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA PACIENTES ONCOLÓGICOS – DETECÇÃO DE
UMA FONTE AMBIENTAL INESPERADA.
AUTORES: VENCESLAINE PRADO MARQUES; MARIANNE MONTEIRO GARRIDO; VANIA MARIA DA SILVA E CASTRO
GONÇALVES; ELSIE STORCH BORGES; IANICK SOUTO MARTINS.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: INCA, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL.
Introdução: p. aeruginosa multirresistente (pamr) é um importante agente de infecção em unidade
de terapia intensiva (uti). a vigilância microbiológica para a detecção precoce de pamr é fundamental
para o controle da disseminação deste agente. neste estudo, descreveu-se a detecção de um surto
de pamr e as medidas adotadas para seu controle. Objetivo: descrever a detecção e as medidas
adotadas para controle de um surto por pamr. Método: coorte prospectiva, de julho/2012 a
agosto/2013, em pacientes (pts) admitidos na uti (10 leitos) do hospital do câncer i (hci), rio de
janeiro. através de um sistema de vigilância são coletados swabs anal e de orofaringe de cada
paciente, na admissão e semanalmente até a alta. para o cálculo da incidência de pamr foram
incluídos os espécimes coletados para investigação de processos infecciosos. as amostras de
p. aeruginosa resistentes aos carbapenemas foram definidas como multirresistentes. Resultados:
dentre 261 pts admitidos, 3.891 paciente-dias (pds), foram detectados 34 casos autóctones de pamr
(densidade de incidência [di] global=8,7 casos/1.000 pds) no 1º bimestre de 2013, foi observado um
aumento importante nesta incidência: janeiro (di: 22 casos/1.000 pds; 7 casos) e fevereiro
(di: 18 casos/1.000 pds; 5 casos). Foram 11 colonizações e 1 pneumonia associada a ventilação
mecânica. Estes valores foram maiores do que os ocorridos no semestre anterior (di: 5 casos/1000
pds; 9 casos). Para investigação do surto foi feita avaliação das rotinas de troca/processamento de
artigos de assistência ventilatória e da limpeza dos boxs da uti. Não foram detectadas
inconformidades relevantes nas rotinas de troca/processamento de artigos de assistência
ventilatória. Os panos de limpeza estavam visivelmente deteriorados. Além disto, os mesmos panos
eram usados para limpeza dos boxs dos pts colonizados e não colonizados por pamr, com processo
inadequado de desinfecção após cada uso (imersão em solução de hipoclorito com concentração
desconhecida e por período indeterminado). Para investigação desta fonte suspeita foram feitas
culturas das amostras da solução de hipoclorito antes e depois da imersão do pano e de um
fragmento de pano após desinfecção. pamr foi isolada nos dois últimos materiais. Intervenção: em
março/2013, foram adotadas as seguintes medidas: i) descarte dos panos deteriorados; ii) separação
dos panos usados na limpeza dos leitos dos pts colonizados e não colonizados por pamr; iii) aumento
na frequência de descarte dos panos de limpeza; iv) adequação da concentração da solução de
hipoclorito; e v) controle da imersão dos panos no hipoclorito. após estas medidas, a di de pamr caiu
para 6,5 casos/1.000 pds (2 casos) em março/2013, 10 casos/1.000 pds (3 casos) em abril/2013 e
zero casos em maio/2013. até agosto/2013, a maior di de pamr foi 12 casos/1000 pds (4 casos).
Conclusão: os panos de limpeza foram a provável fonte do surto de pamr. Corroboram com esta
hipótese, o isolamento de pamr em cultura da solução usado no processamento destes materiais; o
controle sustentado do surto após intervenção especifica, e a descrição previa de reservatórios
úmidos como fonte para surto por pamr. O uso de panos de limpeza descartáveis foi recomendado
pois poderia ser uma medida para a eliminação dessa fonte e controle do surto.
[47]
Organização e Realização:
29 - 832
ESTRATÉGIAS DA ENFERMAGEM PARA APRIMORAR A SEGURANÇA DO PACIENTE.
AUTORES: JEDIAEL MARCOS TEIXEIRA DE CAMARGO1; DENISE PAVEI2; ERICA MELO CRAVO3.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.CESUFOZ, FOZ DO IGUAÇU - PR - BRASIL; 2.UNIGUAÇU/FAESI, SÃO MIGUEL DO IGUAÇU - PR - BRASIL;
3.HOSPITAL MINISTRO COSTA CAVALCANTI, FOZ DO IGUAÇU - PR - BRASIL.
Introdução/Justificativa: Atualmente, a qualidade do cuidado e a segurança dos pacientes têm sido
amplamente discutidas em diversos países. Este novo campo de estudo vem assumindo papel de
relevância no desenvolvimento de esforços no sentido de tornar a assistência ao paciente mais
segura nos serviços de saúde. Os eventos adversos assistenciais apresentam o potencial de causar
danos aos pacientes e prejuízos associados aos cuidados à saúde, decorrentes de processos ou
estruturas da assistência. Podemos definir como erro humano uma ação planejada que por algum
momento resultou em um evento adverso, divergindo-se do objetivo esperado, podendo estar
relacionado a algum momento mal sucedido da ação tais como: planejamento, revisão e execução.
Diante disso, sabe-se que investir na mudança de sistema, no aperfeiçoamento da equipe de saúde,
na utilização de boas práticas e no aprimoramento das tecnologias, estratégias bem aplicadas e
melhoria dos ambientes de trabalho, constituem questões primordiais para o alcance dos melhores
resultados para os usuários dos serviços de saúde, família e comunidade. A enfermagem como sendo
a classe que permanece maior tempo na unidade de internação em contato com o paciente é a que
esta mais exposta a presenciar a ocorrência desses erros. Sendo assim, o enfermeiro responsável
pela equipe é um dos profissionais engajados no gerenciamento de risco. Objetivo: Esta pesquisa
teve como objetivo identificar quais são as estratégias para se aprimorar a segurança do paciente no
ambiente hospitalar. Método: Foi feito um levantamento bibliográfico onde foram avaliadas as
literaturas existentes, sobre quais são as ações empregadas para a segurança do paciente pela
enfermagem. Trata-se de uma pesquisa, de natureza quantitativa e caráter explicativo. Foram
utilizados na pesquisa 10 artigos no qual os sites utilizados de apoio para a pesquisa foram FEEVALE,
SCIELO, PUB-MED, LILACS. Tendo como palavras chaves de busca: segurança do paciente, equipe de
enfermagem, responsabilidade e erro. O período de publicação dos periódicos foi de 1978 a 2013.
Resultado: O desenvolvimento de estratégias para a segurança do paciente em nosso país depende
do conhecimento e cumprimento do conjunto de leis e regulamentos que regem o funcionamento do
serviço de saúde. A criação de estratégias para melhorar efetivamente a segurança do paciente passa
a ser prioridade nas instituições hospitalares, a enfermagem por estar diretamente ligada a
assistência passa a ser a classe mais focada nessas estratégias. Foi possível através dessa pesquisa,
identificar algumas estratégias difundidas pelo COREN (Conselho Regional de Enfermagem):
• Responsabilidade das lideranças hospitalares. • Primeira prioridade em reuniões e discussões,
políticas e procedimentos. • Metas e resultados mensuráveis, alinhados ao planejamento
estratégico. • Eventos adversos notificados, analisados, com plano de melhoria e acompanhamento
continuo. • Comunicação sem barreiras, suporte qualificado sempre que necessário. • Treinamento
permanente, visando à cultura de segurança do paciente. Conclusão: Realizar levantamento dos
eventos adversos possibilitaria o conhecimento de falhas latentes nas diversas etapas do processo do
cuidar, com o objetivo de contribuir para a implementação de estratégias que reduzem e intercepte
as falhas identificadas, minimizando seu impacto e contribuindo para a condução de uma prática
segura.
[48]
Organização e Realização:
30 - CÓD.833
O PROFISSIONAL DO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO, A BARREIRA DA INFECÇÃO
HOSPITALAR.
AUTORAS: SILVIA HELENA DA SILVA1; PALOMA GUEDES CAVALCANTI2.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.UNIRIO/INCA, BELFORD ROXO - RJ - BRASIL; 2.UNIRIO, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL.
Introdução: O Centro de Material e Esterilização (CME) é o setor de entrada e saída de materiais que
serão utilizados em todo o hospital, por isso o serviço nele executado é de suma importância, os
profissionais que trabalham no CME precisam estar bem treinados e capacitados para
desempenharem suas funções, as imperícias que venham acontecer poderão provocar o risco de
disseminação de infecções hospitalares; o que pode ser evitado com a compra de novas tecnologias
que podem ser empregadas para uma melhor limpeza, desinfecção, preparo, esterilização e
distribuição de materiais, assim como a elaboração de protocolos operacionais padrões e a
capacitação do profissional que irá operacionalizar o serviço. A capacitação contribui para o aumento
da qualidade do serviço e para a mesma o gestor precisa conhecer cada profissional da sua equipe e
elaborar planos adequados para a sua capacitação e desenvolvimento. Metodologia: O presente
estudo faz parte dos resultados encontrados na pesquisa “O profissional do Centro de Material e
Esterilização frente às novas tecnologias um desafio para a educação continuada”, com Parecer do
CEP no- 690436 de 24/06/2014. Trata-se de um estudo descritivo transversal que objetivou a
identificação do profissional lotado no Centro de Material e Esterilização de um Hospital
Universitário no estado do Rio de Janeiro, para embasamento na criação de um plano de capacitação
profissional, tendo como objeto do estudo: O profissional do CME, e a questão norteadora deste
estudo foi: Quem é o profissional lotado no CME? Os dados foram coletados através de um
questionário aplicado aos profissionais, que estavam lotados no CME no período diurno e que
estavam presentes no momento das visitas, foram excluídos da amostra os profissionais ausentes,
aqueles alocados no CME há menos de seis meses e aqueles que não quiseram responder, as visitas
foram realizadas na primeira quinzena do mês de julho de 2014 e totalizaram 13 amostras. Os
profissionais antes de responder ao questionário leram e assinaram o TCLE. Após a coleta de dados,
foram elaborados gráficos dos resultados e realizada a discussão dos resultados. Discussão Os
profissionais alocados no CME em sua maior parte são do sexo feminino (77%) e com a média de 53
anos de idade, o sexo masculino (31%) tem a média de 36 anos. Quanto a escolaridade 23% possuem
nível superior, 69% o ensino médio e 8% o ensino fundamental, indo ao encontro de achados em
estudos anteriores, mostrando que estes profissionais estão em sua maioria próximos à
aposentadoria, alguns foram alocados no setor por problemas de saúde, relacionamento e
necessidade de pessoal. Estão em média quatro anos alocados no setor, e a maioria trabalhava
anteriormente em enfermaria prestando assistência direta ao cliente, foi observado também o uso
de óculos por 69%. Esses profissionais são todos da área da saúde, como Enfermeiro (8%) , Técnico
de enfermagem (46%), Auxiliar de enfermagem (38%) e o Instrumentador Cirúrgico (8%). Conclusão:
O estudo nos mostrou que o profissional alocado no CME está numa faixa etária geral de 49 anos,
possuem desde o Ensino fundamental até o Ensino Superior, o que nos embasa para a elaboração de
um plano de capacitação profissional que possa se adequar a esse perfil, cabendo lembrar que o
homem estará sempre aprendendo independente da sua idade ou escolaridade, cabe a cada um de
nós fazermos a nossa parte sem pré-concepções.
[49]
Organização e Realização:
31 - CÓD. 834
PROFISSIONAL DO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO FRENTE AS NOVAS
TECNOLOGIAS UM DESAFIO PARA A EDUCAÇÃO CONTINUADA.
AUTORAS: SILVIA HELENA DA SILVA1; PALOMA GUEDES CAVALCANTI2.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.UNIRIO/INCA, BELFORD ROXO - RJ - BRASIL; 2.UNIRIO, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL.
Introdução: O Centro de Material e Esterilização (CME) é um setor de vital importância para a
qualidade do serviço de saúde, uma vez que o risco de disseminação de infecções hospitalares pode
ser diminuído com uma correta e eficiente limpeza, preparo, esterilização e distribuição de materiais
que são utilizados em quase todos os procedimentos realizados na assistência de enfermagem
hospitalar. Metodologia: Trata-se de um estudo realizado através de fontes secundárias no sítio da
Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME), por meio de revisão de literatura, com o objetivo de identificar
na produção científica o perfil (categoria profissional, sexo e faixa etária) do profissional alocado no
CME, afim de responder a questão norteadora do estudo: “quem é o profissional alocado no CME”. A
pesquisa encontrou apenas 6 publicações que atenderam aos critérios de inclusão (Publicações que
estivessem os textos completos disponíveis e gratuitos, Estudos realizados na rede hospitalar e que
respondessem a questão norteadora do estudo), e os critérios para exclusão (Publicações que não
foram realizadas em CME hospitalares, que não tivessem o texto completo disponível e gratuito, os
artigos de revisão, resumos de eventos científicos e artigos em duplicata). Resultado: Foram
encontradas seis amostras, onde foi constatado que 83% do profissional do CME pertencem ao sexo
feminino, tendo em média 44 anos sendo em sua maioria Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem,
Auxiliares de Enfermagem, Auxiliares de Saúde, Instrumentadores Cirúrgicos e outros profissionais.
Conclusão: Evidenciou-se através deste estudo a lacuna existente na produção do conhecimento
sobre essa temática, indicando a necessidade de melhores estudos para a identificação do
profissional alocado no CME para a elaboração de educação permanente e/ou continuada voltada
para os profissionais alocados no setor de Centro de Material e esterilização.
[50]
Organização e Realização:
32 - CÓD.835
ELABORAÇÃO DE INDICADORES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO SITIO CIRÚRGICO
BASEADO NO PERFIL DE UM HOSPITAL FEDERAL NO RIO DE JANEIRO.
AUTORAS ELSIE STORCH BORGES; MARIA INES JANELLA FERREIRA DA SILVA; BIANCA DE OLIVEIRA FONSECA.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FEDERAL DA LAGOA, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL.
Introdução: A infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) é uma das principais infecções relacionadas à
assistência à saúde (IRAS) no Brasil e no mundo. Ocupa a terceira posição entre todas as infecções
em serviços de saúde e compreendendo 16% daquelas encontradas em pacientes hospitalizados. Nos
últimos anos, um dos focos de ação para controle das IRAS mundialmente têm sido o controle e
prevenção das ISC através de politicas e campanhas. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH) de cada instituição deve elaborar ações de controle e prevenção das ISC de acordo com perfil
de cada unidade priorizando a vigilância nas cirurgias com menor risco intrínseco de ISC. O
levantamento de inadequações e a educação permanente reforçam as recomendações e as medidas
preventivas para a equipe de saúde. Objetivo: descrever a elaboração de indicadores de processo
para vigilância de ISC a partir da avaliação das taxas de infecção em seis clínicas cirúrgicas do Hospital
Federal da Lagoa. Método: estudo realizado no Hospital Federal da Lagoa, hospital terciário onde são
realizadas 500 cirurgia/mês. Após discussão com membros da CCIH, foram eleitas algumas
modalidades cirúrgicas para vigilância ativa das ISC a partir de janeiro de 2014: neurocirurgia,
urologia, ortopedia, cirurgia geral, cirurgia vascular e proctologia. Iniciou-se a busca ativa das ISC nos
pacientes internados através de avaliação diária dos pacientes cirúrgicos pelo médico da CCIH e
conscientização da equipe médica a respeito da notificação destas. A partir dos resultados e análise
das taxas de ISC entre os meses de jan a abr/14, foi elaborado check list com medidas preventivas
sugeridas pelo manual da Anvisa para cálculo de indicadores de resultado. A avaliação destes
indicadores será utilizada posteriormente como estratégica de educação da equipe. Resultados: foi
obtida a incidência de ISC de cada clínica a partir da divisão das infecções pelas cirurgias realizadas
no período de janeiro a abril de 2014. Os resultados encontrados foram: proctologia 5,75%, Urologia
0,87%, Vascular 6%, Ortopedia 0,9%, Cirurgia geral 1,8%, Neurocirurgia, 7,25%. A partir destes
resultados, foram realizadas visitas técnicas e sessão clínica no Centro Cirúrgico com os Serviços e
evidenciamos algumas inadequações referentes aos processos e estrutura. Em análise das taxas de
ISC e da vigilância de processos e estruturas, foi proposta implantação dos seguintes: cirurgia eletiva
com tempo de internação <24h; Tricotomia realizada com tempo <2h;Tricotomia realizada com
aparador ou tesoura; Antibioticoprofilaxia realizada até 1 hora antes da incisão; Anti-sepsia do
campo operatório; Antibiotico profilaxia <24h; Normotermia durante cirurgias coloretais; Caixa
cirúrgica inspecionada (sujidade, umidade, integrador, etc); Uma circulante por cada sala; Disposição
do antisséptico para anti -sepsia cirúrgica das mãos; Portas fechadas durante o procedimento. Estes
indicadores serão colhidos e avaliados sistematicamente pelos membros da CCIH. Conclusão: As
recomendações da ANVISA e guias internacionais neste assunto são bastante abrangentes. A CCIH
deve analisar a realidade da instituição para aplicar medidas e indicadores que tenham impacto
significativo em cada instituição. Através da aplicação e análise dos indicadores descritos, estratégias
de educação da equipe poderão ser propostas para diminuição de ISC. Estudos adicionais poderão
ser realizados para analise do impacto desses indicadores e medidas adotadas posteriormente.
[51]
Organização e Realização:
33 - CÓD.836
VIVENCIANDO O PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO POR EMPRESA TERCEIRIZADA EM UM
HOSPITAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
AUTORAS: ANA CAROLINA ALVES DA HORA1; LUANA MARIA DINIZ ALMEIDA2; NAILDE MELO SANTOS3; ISAURA LETÍCIA
TAVARES PALMEIRA ROLIM4.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,2,3.HOSPITAL MUNICIPAL DJALMA MARQUES, SAO LUIS - MA - BRASIL; 4.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
PRESIDENTE DUTRA, SÃO LUIS - MA - BRASIL.
Introdução: A Central de Material e Esterilização é definida como uma unidade de apoio técnico a
todas as áreas assistenciais, responsável pelo processamento, limpeza, preparo, esterilização,
estocagem e distribuição dos produtos para saúde a todas as Unidades Consumidoras do
Hospital. Objetivo: Relatar a vivência do setor de esterilização após implantação da esterilização por
empresa terceirizada. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em um
hospital de urgência e emergência, São Luís – Maranhão, Brasil. Estabeleceu-se um contrato com
empresa terceirizada, para esterilização dos materiais hospitalares enquanto as autoclaves
adquiridas pelo hospital estão em processo de entrega, montagem e adequação. Foi elaborado um
cronograma para organização dos horários de recolhimento e devolução dos materiais, onde foram
definidos ciclos para as coletas e entregas, respectivamente: 9:00 horas – 12:00 – 15:00 – 18:00 –
21:00 – 00:00 – 3:00 – 6:00. Como complemento foram fornecidos telefones para contato imediato
entre os horários definidos para atendimento das nossas solicitações em qualquer situação ou turno
de trabalho. Resultado: O cronograma possibilita a organização do serviço proposto; o compromisso
no atendimento das solicitações em qualquer horário torna o serviço prestado mais seguro, em
virtude de possíveis intercorrências que pode apresentar um hospital de urgência e emergência; o
fornecimento de laudos técnicos pela empresa contratada, nos garante um acompanhamento mais
próximo de todo o processo, para garantia da qualidade de validação dos ciclos por ela
realizados. Conclusão: É fundamental que todos os critérios para o processamento dos materiais
hospitalares sejam respeitados para garantia da esterilidade destes, de maneira a assegurar a
incapacidade de desenvolvimento das formas sobreviventes ao processo de esterilização durante a
conservação e a utilização dos produtos. A terceirização do processamento dos materiais
hospitalares caracteriza-se como uma opção viável em casos de autoclaves em manutenção ou no
aguardo das mesmas para retorno da autonomia integral da instituição ao seu processo de
esterilização.
[52]
Organização e Realização:
34 - 838
PICOLÉ DE GELO E HIDRATAÇÃO LABIAL PARA ALÍVIO DA SEDE: PERCEPÇÕES DO PACIENTE
CIRÚRGICO.
AUTORAS: DANIELLE DE GODOI; LIGIA FAHL FONSECA; MARÍLIA FERRARI CONCHON.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA - PR - BRASIL.
Introdução: A sede perioperatória é um desconforto real e causador de importante distress ao
paciente, porém ainda não é vista com intencionalidade pela equipe cirúrgica. Raramente são
adotadas estratégias para seu manejo pelo medo de possíveis complicações, entretanto quando
adotadas, não são pautadas em evidências científicas e não tem eficácia comprovada o que
corrobora para a continuidade do sofrimento do paciente com o sintoma sede. Objetivo: Avaliar a
associação das estratégias picolé de gelo e hidratação labial para alívio da sede no pós-operatório
imediato. Método: Estudo de caráter qualitativo-descritivo, realizado em um hospital universitário
de grande porte da região Sul do Brasil. A população de estudo foi constituída de pacientes em pósoperatório imediato, entre 18 e 65 anos, em jejum há mais de 8 horas, verbalizando sede, após
aprovação nos critérios propostos pelo Protocolo de Manejo Seguro da Sede (PSMS). O critério de
exclusão adotado referiu-se aos pacientes que apresentaram restrições à ingesta ou deglutição. Para
a análise das informações, utilizou-se o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). O estudo foi aprovado
pelo Comitê de Ética da instituição pesquisada (CAAE n.º 29069414.5.0000.5231). Resultados:
Participaram da pesquisa 16 pacientes que foram identificados pelas letras F (feminino) e
M (masculino), seguidas do número da ordem da realização da entrevista. As seguintes categorias
emergiram das análises dos discursos: Relatando a sede e Aliviando a sede. Os pacientes
entrevistados percebem a sede pós-operatória como um desconforto importante além de
associarem o sintoma sede à diversos sinais e condições orais: Ahhh não tem nem como explicar... É
horrível, é horrível!!! Eu me lembro assim de uma vontade imensa de tomar água logo pra matar
aquela sede, toda hora eu ia engasgando um pouco, parecendo que estava querendo vomitar, não
conseguia nem falar por causa da garganta muito seca. Garganta e boca seca, parece que a boca tá
rachando, eu sentia os lábios rachando sabe. Engolindo meio grosso e... a língua tipo inchada. Ahh...
é ruim, a saliva não da conta de molhar o suficiente a garganta (F1, F2, F5, F8,F9,F 10, M12, F14,F15).
Com relação às estratégias que foram adotadas para manejo da sede, picolé de gelo e hidratação
labial, os entrevistados relataram ... a sensação de estar voltando pra vida de novo... sensação de
satisfação, foi maravilhoso. Aliviou a minha sede, molhou os lábios. Ficou melhor, pra respirar, pra
engolir, a saliva não estava mais engasgando. Ahhh... daí assim, a sensação de refrescância , de ai
que gostoso (F1, F2, F3, F4, F6, F11,M12, F13, F14). Na visão dos pacientes entrevistados essa
associação foi positiva já que ...fazia tempo que eu não tinha tomado uma aguinha bem gostosinha,
daí aquele picolezinho foi bem refrescante. A boca ficou gostosa, suave de novo, com o gelo eu senti
a sede saciada. É bom que com a hidratação do lábio você estimula a boca a não ficar rachada, e
passa aquele apavoro de querer beber água. (F1, F8, F9, F11, F13). Conclusão: A associação das
estratégias picolé de gelo e hidratação labial foram importantes ao proporcionar um alívio da
sensação de sede e melhora de condições orais na visão dos pacientes entrevistados. A avaliação da
sede bem como a adoção de estratégias de manejo seguras proporciona o conforto do paciente em
seu momento de recuperação anestésica, além de possibilitarem humanização no cuidado pósoperatório.
[53]
Organização e Realização:
35 - CÓD.839
ATIVIDADES DO ENFERMEIRO DE CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO EM
INSTITUIÇÕES HOSPITALARES.
AUTORAS: ROSINEIDE FERES GIL1; ANA MARIA LAUS2.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE LONDRINA, LONDRINA - PR - BRASIL; 2.USP, RIBEIRÃO PRETO - SP - BRASIL.
A Central de Material e Esterilização é uma unidade que concentra grande parte do arsenal de
material médico-hospitalar das instituições de saúde. Tem a responsabilidade de oferecer todos os
itens destinados ao cuidado do paciente, com qualidade e segurança, seja para procedimentos
diagnósticos, clínicos e cirúrgicos. Para tal, entretanto são necessários investimentos em tecnologia
específica e sofisticação no processamento dos materiais de acordo com sua conformidade,
demandando dos profissionais que ali atuam o desenvolvimento de competências e habilidades para
um desempenho profissional condizente com as necessidades institucionais. Esta pesquisa teve por
objetivo identificar o perfil e analisar as atividades realizadas pelos enfermeiros de CME de
instituições hospitalares brasileiras, bem como a frequência de realização das mesmas em diferentes
realidades institucionais. Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa, de corte
transversal, que teve como sujeitos da pesquisa, enfermeiros assistenciais ou docentes de unidades
de CME de instituições hospitalares públicas, privadas ou filantrópicas. Para seleção dos enfermeiros
foi utilizada a técnica de bola de neve. Para coleta de dados foram criados formulários eletrônicos
com recurso da planilha Google Docs e enviados eletronicamente aos participantes. Os resultados
obtidos evidenciaram em relação ao perfil dos respondentes, enfermeiros na sua maioria do sexo
feminino (93,5%), na faixa etária entre 21 a 30 anos, com tempo de formação na Enfermagem,
menor que cinco anos - 35,5%, entre 6 a 10 anos 6,5% e com mais de 15 anos, 38,7%. Em relação ao
tempo de atuação em CME, todos trabalhavam a mais de 12 meses na unidade e 58,08% possuíam
entre um e cinco anos de experiência no setor. Quanto à formação complementar, 80,6% dos
enfermeiros haviam concluído algum curso de especialização, porém destes, apenas 33,4%
relacionavam-se à área de CME. Das 25 atividades relacionadas no instrumento de coleta de dados e
que se referiam a atividades validadas que retratavam o trabalho do enfermeiro de CMEs, 15
atividades apresentaram frequência de realização diária, 09 atividades registradas com realização
mensal e 14 atividades aparecem baixos percentuais e algumas como nunca sendo realizadas. Houve
ainda a sugestão dos participantes de inclusão de quatro itens que não foram identificados na
relação analisada pelos mesmos. Esta pesquisa permitiu conhecer a frequência das atividades do
enfermeiro de CME, e evidenciou a necessidade de incorporar novas questões sobre o futuro do
trabalho na CME, que poderão determinar uma reformatação na estrutura e nas atividades desta
unidade especializada, sugerindo então o desenvolvimento de novas pesquisas na área.
[54]
Organização e Realização:
36 - 840
RECEBENDO O “DA VINCI”
AUTORAS: LIEGE SEGABINAZZI LUNARDI; MAGDA PEREIRA MULAZZANI; ANA PAULA NARCIZO CARCUCHINSKI; CINTIA
GEZAKI RIOS PEREIRA; DANIELA SILVA DOS SANTOS.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: Leonardo da Vinci sempre foi conhecido como uma figura importante do século XV e
além de ter sido um excepcional pintor possuía outras inúmeras habilidades. Foi também
responsável pela criação do primeiro robô da história descrito como o “Humanóide” de Leonardo da
Vinci (1495). Em 1999 a Intuitive Surgical® passa a comercializar um robô para procedimentos
Minimamente Invasivos denominado como “da Vinci” em homenagem aos grandes feitos realizados
por ele. A Cirurgia Robótica torna-se um dos maiores avanços em Cirurgia Minimamente Invasiva
desde a primeira Cirurgia Videolaparoscópica (Colecistectomia em 1985). Desde então milhares de
procedimentos foram realizados com este sistema no mundo todo. O Sistema Robótico “da Vinci”
possui alta complexidade e foi criado para minimizar as dificuldades técnicas de procedimentos
cirúrgicos complexos, oferecendo maior precisão e resultados. Esta nova técnica trouxe então a
necessidade de ser formada uma equipe especializada para desenvolver essa forma de trabalho. Ao
relatar a vivência de gerenciar a Implantação do Programa de Cirurgia Robótica em um Hospital
Público de grande porte acreditamos que estaremos contribuindo para que outras instituições
também o façam visando propiciar ao seu paciente atendimento de qualidade com tecnologia
avançada. Objetivo: Relatar o processo de implantação de um Programa de Cirurgia Robótica em um
Hospital Universitário; descrever as exigências impostas para esta implantação. Metodologia: Tratase de um relato de experiência de um trabalho desenvolvido em um Hospital Universitário Federal,
de economia mista, com uma média de 3790 procedimentos cirúrgicos por mês em diferentes
especialidades. Resultados: A Implantação do Programa de Cirurgia Robótica iniciou através da
criação de uma equipe multidisciplinar que buscou conhecer e identificar as necessidades para o
desenvolvimento desse processo; como adequação da área física, insumos para a manutenção,
escolha dos procedimentos cirúrgicos e especialidades que gradativamente participariam do
programa, elaboração do cronograma de implantação e a seleção de uma equipe de enfermagem.
Foram então organizados treinamentos das equipes, dentro e fora do país, que incluiu visitas a
hospitais que já trabalhavam com a técnica robótica. Em seguida, através de cronogramas
prospectivos a data da primeira cirurgia foram realizadas revisões sistemáticas por cada membro da
equipe. As capacitações teórico-práticas das equipes e dos serviços de apoio ocorreram
gradativamente à implantação das especialidades, orientadas por instrutores da empresa fabricante.
Houve a necessidade da criação de rotinas para cada especialidade, visto suas peculiaridades como
posicionamento e cuidados no trans-operatório. Também os materiais e equipamentos foram sendo
identificados e suas formas de limpeza e manutenção. Em seis meses mais de 50 procedimentos
foram realizados, distribuídos em três especialidades, sem nenhuma intercorrência. Conclusão: Uma
equipe estruturada e com objetivos definidos permitiram a Implantação do Programa de Cirurgia
Robótica em um hospital universitário. Os profissionais trabalharam e trabalham com objetivos
comuns, de forma coesa, reavaliando constantemente cada passo do processo e obtendo resultados
positivos e estimuladores para outras equipes ingressarem no programa. A capacitação da equipe
deve ser contínua, visto a evolução geométrica desta tecnologia.
[55]
Organização e Realização:
37 - CÓD.841
O ESTRESSE FRENTE ÀS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO.
AUTORAS: VERONICA CECILIA CALBO DE MEDEIROS1; ELIZANDRA DOS SANTOS BRAGA2.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU, SÃO PAULO - SP - BRASIL; 2.HOSPITAL ESTADUAL MARIO
COVAS, SANTO ANDRÉ - SP - BRASIL.
Introdução: O estresse pode ser definido como o conjunto de reações do organismo, as agressões de
diversas origens, capazes de perturbar-lhes o equilíbrio interno. Os sinais e sintomas mais comuns
observados no estresse podem ser sudorese, tensão muscular, taquicardia, hipertensão arterial,
aperto da mandíbula, ranger de dentes, hiperatividade, náuseas, mãos e pés frios. Já em termos
psicológicos, há vários sintomas que podem aparecer como ansiedade, tensão, angústia, insônia,
alienação, dificuldades interpessoais, dúvidas quanto a si próprio, preocupação excessiva,
dificuldades de relaxar e hipersensibilidade emotiva. Objetivo: identificar a atuação do enfermeiro
em situações de estresse e o estresse diante das relações interpessoais na Central de Material e
Esterilização. Método: pesquisa de revisão bibliográfica de caráter descritivo e exploratório com
levantamento de dados das principais publicações cientificas no período de 2004 a 2014. Utilizado
banco de dados Lilacs, BEDENF e Scielo. Resultados e discussão: Em algumas pesquisas, vários
fatores foram apontados como geradores de estresse no trabalho de enfermagem, a dupla jornada
de trabalho, o trabalho em turnos, a alta responsabilidade, a falta de pessoal qualificado, a alta
demanda de paciente. Também é possível confirmar a importância de abordagem do tema estresse,
no qual está sendo explorado não só pela psicologia, porém pela enfermagem, medicina do trabalho,
neuropsiquiatria e fisiologia. Considerações finais: Acredita-se que a dupla jornada de trabalho, o
trabalho em turnos, a alta responsabilidade, a falta de pessoal qualificado, a alta demanda de
pacientes reflete no relacionamento interpessoal levando ao estresse. Contudo cabe ao enfermeiro
mediar e promover uma melhor relação entre as pessoas.
[56]
Organização e Realização:
38 - CÓD.842
LIMPEZA MANUAL: EVIDENCIAS ATRAVÉS DA AVALIAÇÃO DO ATP EM INSTRUMENTAIS
CIRÚRGICOS.
AUTORES: LUCIANO LEMOS DORO; REGINA HELENA MEDEIROS; ALINE SANTOS DE SOUZA; ENELIZE TOMIELLO.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL GERAL DE CAXIAS DO SUL, CAXIAS DO SUL - RS - BRASIL.
Introdução: A crescente preocupação com o processo de limpeza de artigos médico-hospitalares
desperta questionamentos em relação a qualidade da limpeza nas instituições hospitalares. Dentre
estas ações destaca-se o uso da avaliação de ATP nas superfícies dos instrumentais após a limpeza
analisado pelo método de bioluminescência. Este método de validação não possui resultados de
referência documentados em relação a tolerância de Unidade Relativas de Luz (RLU) pré
esterilização. Objetivo: avaliar o processo de limpeza manual com insumos e artefatos de limpeza
ideais através do teste de ATP. Método: Estudo descritivo transversal realizado no mês de junho de
2014, em um Centro de Materiais e Esterilização (CME) centralizado de um Hospital Escola com 218
leitos, da serra gaúcha. O método realizado foi a pesquisa de ATP em superfícies através de swab
analisado pelo método de bioluminescência. Foram analisados instrumentais provenientes do centro
cirúrgico utilizados em cirurgias aleatórias que sofreram o processo de pré-limpeza com
umectante/enzimático ainda na sala operatória, imersão em diluição morna de detergente
enzimático com fricção manual e uso de escovas específicas para cada tipo de conformação e
enxágue com água potável no CME. Os testes foram realizados por profissional capacitado e
seguindo a premissa de realizar dois instrumentos por caixa, com o mesmo swab, totalizando 112
testes. Na análise estatística foi utilizado média e desvio-padrão. Resultados: Dos 112 testes
realizados, foram analisados 224 instrumentos cirúrgicos com uma média de ATP= 21,86±9,99 de
RLU. Os resultados obtidos apresentaram variação de 8 a 72 RLU. Conclusão: Evidenciou-se que a
limpeza manual mesmo em condições ideais de insumos e artefatos não pode ser mantida como
único processo de limpeza devido a impossibilidade de reprodutibilidade. O ATP pode ser uma
ferramenta que possibilite a avaliação da carga microbiana estimada após o processo de limpeza,
conferindo maior segurança na esterilização de materiais médico-hospitalares.
[57]
Organização e Realização:
39 - CÓD.843
CIRURGIA SEGURA: GARANTIA DA ADEQUADA ADMINISTRAÇÃO DE
ANTIBIÓTICOPROFILAXIA.
AUTORES: DEYVID FERNANDO MATTEI DA SILVA1; MARIA DA PAZ VASCONCELOS AMORIN2; MIRELA CRISTIANE BAPTISTA3;
ELIZABETH AKEMI NISHIO4; MARIA TERESA GOMES FRANCO5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.HOSPITAL DE TRANSPLANTES EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI-SPDM- GAPG - EPE UNIFESP, SÃO PAULO - SP BRASIL; 2.HOSPITAL DE TRANSPLANTES EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI-SPDM, SÃO PAULO - SP - BRASIL; 3.HOSPITAL DE
TRANSPLANTES EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI-SPDM- EPE-GPAV-SE, SÃO PAULO - SP - BRASIL; 4.ASSOCIAÇÃO PAULISTA
PARA O DESENVOLVIMENTO DA MEDICINA - SPDM-EPE-GPAV - SE, SÃO PAULO - SP - BRASIL; 5.HOSPITAL DE
TRANSPLANTES EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI - SPDM, GPAG - EPE-UNIFESP, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: A segurança cirúrgica é uma meta mundial e deve ser sempre garantida por uma equipe
multiprofissional. Estudos demonstram que as infecções de sítio cirúrgico (ISC) correspondem a 20%
das infecções hospitalares, podendo comprometer o resultado assistencial. Justificativa: Durante
auditoria do processo de administração de antibióticoprofilaxia, a maior dificuldade encontrada foi
em relação ao tempo entre a administração do antibiótico e a incisão cirúrgica. Nesse cenário, foram
adotados protocolos do uso de antibiótico e a melhor maneira de ser administrado, visando à
redução de riscos. Objetivo: Demonstrar a importância do enfermeiro no gerenciamento do
protocolo da antibióticoprofilaxia. Método: Trata-se de um estudo de caso realizado a partir das
auditorias do processo de administração de antibióticoprofilaxia realizado no centro cirúrgico de um
hospital público de alta complexidade, na cidade de São Paulo, no ano de 2014, comparado com os
dados encontrados no prontuário, referente o horário de administração e o inicio da cirurgia.
Resultados e discussão: O hospital conta com um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem que
atuam no cuidado aos pacientes em pré e pós-operatório. Para melhorar o processo, ficou acordado
que a prescrição do antibiótico profilático será realizada pelo médico cirurgião no pré-operatório e
administrado no centro cirúrgico. A participação do enfermeiro no pré-operatório foi importante na
garantia da segurança em relação à administração do antibiótico prescrito, verificando a adequação
da droga com o protocolo, o horário em que deve ser administrado, levando em consideração o
tempo de administração até a incisão na pele, fazendo repiques se necessário e a administração na
alta da recuperação anestésica. O enfermeiro tem a função de orientar a unidade de internação
quanto a observar sinais de infecção e agendar ambulatório de enfermagem para continuidade do
acompanhamento pós-cirúrgico se tratando de cirurgia limpa. Se apresentar sinal de infecção, o
enfermeiro do pré- operatório é acionado e realiza avaliação em conjunto com o médico e
enfermeiro do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar para conduta. Nos dados obtidos foi
possível identificar que houve uma progressiva melhora na realização da antibióticoprofilaxia, sendo
que no mês de março tinha 85% de assertividade, atingido 95% em maio e 100% em junho.
Referente ao agendamento de retorno de enfermagem observou-se situação similar com tendência
ao aumento da adesão, mas demonstra que será necessária uma conscientização da equipe.
Conclusão: Foi demonstrado que após o enfermeiro assumir a coordenação do protocolo de
antibióticoprofilaxia foi possível identificar as falhas no processo e a implantação de melhorias
caracterizando como fundamental sua participação.
[58]
Organização e Realização:
40 - CÓD.844
CUIDADOS COM MATERIAL CIRÚRGICO DE ALTO CUSTO: ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO.
AUTORES: DEYVID FERNANDO MATTEI DA SILVA1; DAIANE PEREIRA CARNEIRO2; RAMON ANTÔNIO OLIVEIRA3; MARIA DA
PAZ VASCONCELOS AMORIN4; MARIA TERESA GOMES FRANCO5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.HOSPITAL DE TRANSPLANTES EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI-SPDM- GAPG - EPE UNIFESP, SÃO PAULO - SP BRASIL; 2,4.HOSPITAL DE TRANSPLANTES EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI-SPDM, SÃO PAULO - SP - BRASIL; 3.HOSPITAL DE
TRANSPLANTES EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI-SPDM- EPE-GPAV-SE, SÃO PAULO - SP - BRASIL; 5.HOSPITAL DE
TRANSPLANTES EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI - SPDM, GPAG - EPE-UNIFESP, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: O avanço da tecnologia em procedimentos cirúrgicos propicia melhores resultados e
exige dos profissionais de saúde conhecimento especifico para a prestação de uma assistência
segura. Esses materiais são diferenciados, complexos e de alto custo. Por esse motivo, a segurança e
o cuidado com equipamentos e materiais têm sido amplamente discutidos. Estudos mostram os
problemas que os profissionais da área da saúde estão enfrentando por não conseguir acompanhar
as novas tecnologias muitas vezes impostas pelo mercado seja na questão de custos ou de
habilidades. Justificativa: Racionalizar os custos para melhorar o acesso da população às mais
modernas tecnologias são fatores que levam as instituições a pensar estratégias em relação ao
material de alto custo. Objetivos: Analisar a estratégia da instituição e o papel do enfermeiro no
cuidado com material de alto custo. Método: Trata-se de um relato de experiência. O estudo foi
realizado por enfermeiros do bloco cirúrgico de um hospital público estadual, de referência em
saúde do homem na cidade de São Paulo, no ano de 2013 e consiste na implantação de um sistema
de rastreabilidade, visando à durabilidade no reprocesso e controle de materiais de alto custo. Feita
revisão de literatura, seguida de reuniões entre os enfermeiros para discussão do processo de
rastreabilidade e controle adequado a essa instituição. Elaborados protocolos com a descrição de
fluxos como recepção do material, preparo e esterilização, armazenamento, dispensação, transporte
e controle em sala operatória. Definido por um enfermeiro para coordenar o processo, que foi
habilitado com cursos e visitas tendo o papel de multiplicador tanto na equipe de enfermagem como
na equipe médica, com treinamentos antes do manuseio do equipamento e material. Resultados e
discussão: Após a implantação dos protocolos e treinadas as equipes, observa-se uma maior
conscientização em relação à necessidade do manuseio adequado quer pelo custo como pela
necessidade de conservação. No ano de 2013 foram realizados 1634 procedimentos cirúrgicos
utilizando 40 materiais de alto custo. Foi observada quebra de dois por falha humana, o que
consideramos um resultado positivo observado às características de fragilidade dos materiais. A
redução de custos com quebra de materiais, a diminuição de suspenções cirúrgicas por sua falta
consolidaram o enfermeiro como coordenador desse processo. Verificamos que houve assertividade
no desenho do processo ao verificarmos as taxas de quebra e cancelamento de cirurgias por falta de
materiais de alto custo. Ressalta-se o papel preponderante do enfermeiro de referência na condução
e elaboração dos processos. Conclusão: A estratégia da instituição priorizando o cuidado com o
material de alto custo de forma mais integral e dando ao enfermeiro condições para conhecer e
desempenhar como referência na coordenação da rastreabilidade e controle do material de alto
custo, agrega segurança para o paciente, racionaliza recursos e permite controle para a instituição.
[59]
Organização e Realização:
41 - CÓD.846
O PACIENTE COM DOR NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA: REVISÃO
INTEGRATIVA DA LITERATURA, SUAS EVIDÊNCIAS E RECOMENDAÇÕES PARA A
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM.
AUTORAS: ALESSANDRA FERREIRA SIMÕES1; MÔNICA DE OLIVEIRA PEÇANHA2; ISAURA SETENTA PORTO3.
E- MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,2.HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS, RJ - BRASIL; 3.ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY - UFRJ, RIO DE
JANEIRO - RJ - BRASIL.
A Sociedade Internacional para Estudo da Dor define a dor como uma experiência sensitiva
emocional desagradável relacionada à lesão tecidual ou descrita de acordo em os seguintes
significados: 1) Trata-se de uma manifestação subjetiva, que envolve mecanismos físicos, psíquicos e
culturais; 2) Ao se avaliar os paradigmas que estão relacionados à dor, percebe-se que se trata de um
conceito mais amplo, que transcende a literatura ou anormalidades fisiológicas. Segundo Rigotti e
Ferreira (2005), aspectos sensitivos, emocionais, cognitivos e socioculturais estão indissociavelmente
ligados à manifestação dolorosa. Na admissão de pacientes na Sala de Recuperação Pós-Anestésica, a
avaliação deste sinal vital torna-se indispensável e essencial, pois neste período (pós-operatório
imediato), o desconforto doloroso pode alterar o metabolismo do paciente, portanto seu alívio pode
trazer a diminuição de intercorrências. O estudo constitui- se numa revisão integrativa da literatura e
após pesquisa nas seguintes bases de dados eletrônicos, Literatura Latino Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde e MEDLINE com os descritores: dor aguda, complicações pós-operatórias, cuidados
de enfermagem. De um total de 137 artigos identificados, 100 artigos foram selecionados para
amostra da revisão baseados nos seguintes critérios de inclusão: artigos completos; artigos
compreendidos temporalmente entre 2000 até 2014; artigos em português e inglês. Os artigos da
amostra da revisão foram submetidos a um formulário denominado “protocolo de leitura dos artigos
da amostra”, com as finalidades de criar um denominador comum para seus resultados, extrair o
nível de suas evidências científicas e elaborar suas recomendações. Os resultados apontaram para as
seguintes grandes temáticas identificadas: (1) definições e características da dor e da dor pósoperatória; (2) mensuração da dor através do emprego de escalas numéricas e analógicas; (3)
intervenções farmacológicas para a dor pós-operatória, com analgesia: drogas opióides e não
opióides; (4) intervenções não farmacológicas, caracterizadas como práticas complementares de
saúde e consideradas mais adequadas para utilização no período pós-operatório imediato:
musicoterapia, massagem terapêutica, estimulação de pensamentos para alívio da dor, aromaterapia
e posicionamento corporal para conforto; (5) cuidados de enfermagem: diagnóstico de enfermagem,
resultados esperados a partir do planejamento de intervenções de enfermagem, realização de
intervenções de enfermagem e avaliação dos resultados das intervenções. As conclusões mostram
que minimizar a dor do paciente em período pós-operatório imediato é o maior objetivo da
assistência de enfermagem. Neste sentido, os cuidados de enfermagem, para além da especificidade
que apresentam, podem valer-se de intervenções não farmacológicas. A possibilidade de
implementação de intervenções não farmacológicas, ainda pouco explorada no meio profissional da
Enfermagem e nos cenários de salas de recuperação pós-anestésica amplia o campo das
intervenções de enfermagem. Isto pode incrementar a autonomia e aumentar a liberdade dos
integrantes da equipe de enfermagem tornando muito mais ativas suas iniciativas para minimização
da dor do paciente em período pós-operatório imediato.
[60]
Organização e Realização:
42 - CÓD.847
HARDINESS E COPING ENTRE TRABALHADORES DO CENTRO CIRÚRGICO.
AUTORES: JOÃO PAULO BELINI JACQUES; RENATA PERFEITO RIBEIRO; JULIA TREVISAN MARTINS; PATRICIA HELENA VIVIAN
RIBEIRO; BENEDITA GONÇALVES DE ASSIS RIBEIRO.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA - PR - BRASIL.
O Centro Cirúrgico apresenta-se como um setor com características de trabalho diferenciada dos
demais setores hospitalares e o estresse gerado pelo trabalho nesta unidade afeta física e
emocionalmente o trabalhador, interferindo nas suas relações de trabalho e em seu desempenho
nas atividades laborais. Sabe-se que o alto nível de estresse ao qual o trabalhador é exposto
continuamente, pode desencadear doenças físicas e psicológicas, como a depressão, a síndrome
metabólica, a ansiedade além do desenvolvimento de um quadro de esgotamento emocional, tal
fato pode ainda interferir na qualidade da assistência prestada por este trabalhador. Os
trabalhadores de centro cirúrgico devem ser preparados para o enfrentamento das exigências
impostas neste setor de trabalho garantindo assim, a segurança e o bem estar do paciente cirúrgico.
Os indivíduos com a personalidade Hardiness apresentam características de resistência aos
estressores, os trabalhadores com este tipo de personalidade motivam-se a desenvolver estratégias
de enfrentamento ao estresse do trabalho, diferenciando-se daqueles que não apresentam a
personalidade Hardiness. Com isso acredita-se que estes indivíduos apresentam formas melhores de
Coping, que são mecanismos utilizados para o enfrentamento do estresse, contribuindo desta forma
positivamente para a saúde do próprio trabalhador em questão. Este estudo apresentou o objetivo
de identificar a prevalência de personalidade Hardiness e sua associação com as formas de
enfrentamento Coping ao estresse entre os trabalhadores da equipe de enfermagem que atuam em
Centro Cirúrgico. É um estudo quantitativo, descritivo, correlacional com corte transversal, que
avaliou 88 trabalhadores de enfermagem atuantes em Centro Cirúrgico e Sala de recuperação
Anestésica em duas instituições hospitalares, de grande porte sendo uma pública e outra privada da
cidade de Londrina - PR. O período de coleta dos dados foi de Fevereiro de 2014 a Julho de 2014.
Para coleta dos dados estão utilizou-se os seguintes instrumentos: Questionário Socioeconômico e
demográfico, Escala de Hardiness (HE) e Escala de Coping ocupacional (ECO). A pesquisa seguiu as
normas conforme determinação das Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo
seres humanos (Resolução 466/12), aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Estadual de Londrina. A maioria dos trabalhadores entrevistados era do sexo feminino e
apresentavam idade entre 21 e 51 anos. Conclui-se com esta pesquisa que existe associação entre
Hardiness e Coping.
[61]
Organização e Realização:
43 - CÓD.848
SEGURANÇA NO PROCESSAMENTO DE PINÇAS DE ROBÓTICA DO SISTEMA DA VINCI SI® NO
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO SUL
DO BRASIL.
AUTORAS: DANIELA SILVA DOS SANTOS; ANA PAULA NARCIZO CARCUCHINSKI; CINTIA GEZAKI RIOS PEREIRA; LIEGE
SEGABINAZZI LUNARDI; MAGDA PEREIRA MULAZZANI.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: A importância do Centro de Materiais e Esterilização - CME tem crescido ao longo dos
anos pela evidencia de que quanto maior a qualidade nos serviços de esterilização menor o risco de
infecções decorrentes do contato do paciente com as instalações e os equipamentos usados no
estabelecimento de saúde. A combinação de tecnologia, rastreabilidade e a eficácia do processo de
esterilização são para um CME de um hospital universitário, a garantia do uso seguro de produto
para saúde no atendimento ao paciente. Objetivo: validar o processamento de pinças do sistema Da
Vinci SI® no Centro de Material e Esterilização de um hospital universitário da região sul do Brasil.
Metodologia: Para a validação do processamento pelo CME foi escolhida a metodologia baseada
RE/ANVISA nº 2606, de 11 de agosto de 2006. Para análise de processo de limpeza e esterilização de
pinças robóticas 8mm do Sistema Da Vinci Si® foram utilizadas aquelas usadas em procedimentos
cirúrgicos, no primeiro semestre de 2014, e descartadas após o numero máximo de reusos
padronizados pelo fabricante. Foram incluídas quatro (4) tipos de pinças: tesoura curva monopolar,
prograsp, pinça mariland e porta-agulha, totalizando oito (8) unidades. Esta amostra foi calculada a
partir do número total de pinças utilizadas no período avaliado. O critério de inclusão foi a
complexidade, função e presença de maior sujidade. As pinças foram submetidas ao protocolo de
processamento padronizado na instituição. Foram realizadas coletas de material antes e após o
processo de limpeza, por meio de água destilada e coleta da água utilizada na limpeza automatizada.
Após a coleta as amostras foram encaminhadas em recipientes adequados para laboratório de
microbiologia analítica. Este estudo integra um projeto de pesquisa submetido ao Comitê de Ética e
Pesquisa da instituição. Resultados: As amostras enviadas para testes de esterilidade fúngica e
bacteriana apresentaram resultado negativo, isto é, atenderam as exigências das resoluções da
ANVISA. As amostras enviadas para ensaio de pirogênio in vivo apresentaram resultado negativo
para presença de substâncias pirogênicas. Quanto a água utilizada limpeza automatizada dos
produtos foi aprovada na análise microbiológica e ausência de endotoxinas. Conclusão: A partir dos
resultados de rastreabilidade individual das pinças do sistema robótico Da Vinci SI® e dos testes
utilizados para validação deste protocolo, confirma-se a prática segura de processamento das pinças
do sistema robótico pelo centro de material e esterilização, bem como e garantia do uso pela equipe
cirúrgica.
[62]
Organização e Realização:
44 - CÓD.850
RELATO DE EXPERIÊNCIA: ADAPTAÇÃO À RDC15.
AUTORAS: ROSE MURAKAMI; ANDRÉIA CRISTINA COSTA; PRISCILLA CRISTAL SILVA; CRISTIANE MARTHO.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL GERAL E MATERNIDADE MADRE MARIA THEODORA, CAMPINAS - SP - BRASIL.
Introdução: Atualmente, a qualidade da assistência à saúde e a segurança do paciente tem recebido
atenção especial em âmbito global e a qualidade nos serviços de saúde vem sendo cada vez mais
discutida, visando a prestação de cuidados com excelência. A RDC 15 trata sobre requisitos de boas
práticas para o processamento de produtos para saúde, com aplicação em Centro de Material e
Esterilização (CME) de serviços de saúde públicos e privados, civis e militares, e empresas
processadoras. A adequação a essa resolução, possibilitou o investimento com data definida na
implementação de práticas mundialmente reconhecidas. Logo após a publicação da RDC, buscou-se
atender as exigências na estrutura física, no controle de processos, rotina e registros do CME do
Hospital Geral e Maternidade Madre Maria Theodora. Objetivo: Compartilhar a experiência de
enfermeiras de um Centro de Material e Esterilização de um Hospital do interior de São Paulo, na
adaptação às exigências da RDC 15. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com
construção de um plano de ação com coleta de dados por meio de análise de documentos e
mapeamento de processos. Resultados: Criação de um plano de ação apresentado à Diretoria do
Hospital e à Vigilância Sanitária, em que foram identificados 19 itens para adequação, referentes a 32
artigos do capítulo II “Das boas práticas para o processamento de produtos para a saúde”. O plano de
ação gerou subsídios para a elaboração de um projeto de adequação do serviço e execução de
melhorias. Conclusão: O desenvolvimento do plano de ação foi fundamental para a identificação das
mudanças necessárias para realizar a adequação do CME à resolução de maneira otimizada,
permitindo de forma estruturada, a atuação dos responsáveis envolvidos e o acompanhamento das
atividades de modo a cumprir os prazos acordados com a Direção.
[63]
Organização e Realização:
45 - CÓD.851
DEGERMAÇÃO CIRÚRGICA DAS MÃOS: AVALIAÇÃO DA REDUÇÃO DA CARGA MICROBIANA
POR TRÊS TÉCNICAS.
AUTORES: RÔMULO LUIZ NEVES BOGÉA; AUREAN DECA JUNIOR; ROSANA DE JESUS SANTOS MARTINS; PATRÍCIA RIBEIRO
AZEVEDO; DANNYLO FERREIRA FONTELES.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, SÃO LUIS - MA - BRASIL.
Introdução: A pele humana é colonizada por microrganismos, cuja densidade varia de acordo com os
sítios. A microbiota das mãos constitui-se de bactérias transitórias que colonizam a camada superior
da pele e por bactériasresidentes que estão localizadas nas camadas mais profundas da pele. Muitos
microrganismos da flora transitória são considerados os mais importantes causadores das infecções
hospitalares, portanto, é necessária a lavagem das mãos para reduzir a transmissão de patógenos
potenciais, incluindo aqueles resistentes a antimicrobianos, reduzindo também o risco de morbidade
e mortalidade devido as infecções hospitalares. Objetivo: Identificar a redução da carga microbiana
da pele após a degermação das mãos com polivinilpirrolidona-iodo 10% sob fricção com escova,
fricção com esponja e fricção sem artefatos. Método: Trata-se de um estudo experimental, com
abordagem quantitativa. A coleta foi realizada no Centro Cirúrgico de um Hospital Universitário em
São Luís – MA e analisada no Laboratório de Microbiologia do referido hospital. A amostra foi
composta de nove, onde estes realizaram a degermação em três encontros que ocorreram
semanalmente, sendo um método em cada encontro. No primeiro encontro realizou-se o método
com a escova, no segundo o método com a esponja e por fim o método sem artefato, utilizando-se
apenas o PVPI degermante. Em cada encontro foram realizados os seguintes procedimentos: Os
voluntários realizaram a lavagem das mãos e antebraço com sabão neutro, sendo realizada coleta de
amostra para verificarmos a quantidade de microorganismos antes da degermação, em seguida
realizaram uma das três técnicas que eram rigorosamente observadas e cronometradas pelo
pesquisador. Por fim era realizada uma nova coleta para verificarmos a quantidade de
microorganismos remanescentes. Para a coleta, utilizamos quatro swabs, fazendo-se cinco
movimentos circulares e delicados na região subungueal, região interdigital, região palmar e região
do antebraço anterior. Resultados: Todas as técnicas apresentam eficácia na redução da quantidade
de microrganismos e que não houve diferenças estatisticamente significativas entre as três técnicas,
demonstrando e corroborando com outros estudos que a redução de microrganismos da pele não
está ligada ao uso de artefatos, mas ao tempo em que o degermante permanece em contato com a
pele associada à fricção com a utilização ou não de artefatos. Conclusão: Este estudo identificou que
os métodos de fricção com e sem artefatos reduziram significativamente a carga microbiana sem
haver diferença estatisticamente significante entre as mesmas. Tais informações nos instigam a
refletir quanto à possibilidade de exclusão do uso de escovas como um artefato obrigatório dentro
do procedimento de degermação das mãos, o que pode representar uma medida preventiva para
lesões de pele, maior adesão dos profissionais à técnica correta, além de significativa redução de
custos.
[64]
Organização e Realização:
46 - CÓD.852
REPROCESSAMENTO DOS ARTIGOS PARA A SAÚDE NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NO
MUNICÍPIO DE SÃO LUIS - MA.
AUTORES: ROSANA DE JESUS SANTOS MARTINS; AUREAN DECA JUNIOR; PATRÍCIA RIBEIRO AZEVEDO; RÔMULO LUIZ NEVES
BOGÉA; INGRID DE CAMPOS ALBUQUERQUE.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, SÃO LUIS - MA - BRASIL.
Introdução: A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito
individual e coletivo, que abrangem a promoção e proteção da saúde, a prevenção de agravos, o
diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Atualmente os cuidados
primários à saúde vêm sendo realizados em unidades comunitárias como consultórios, centros de
saúde, escolas e lares. Assim como nos hospitais, as unidades de saúde necessitam de espaço para
que seja realizado o (re)processamento de materiais de saúde utilizados nos procedimentos,
proporcionando maior segurança ao cliente. Objetivo: Verificar o processo de desinfecção e
esterilização de artigos críticos nas Unidades Básicas de Saúde de São Luís do Maranhão. Método:
Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa desenvolvido nas Unidades Básicas de
Saúde que possuem equipes da Estratégia Saúde da Família no município de São Luís. A coleta de
dados foi realizada a partir de visitas as unidades. Foi realizada uma primeira visita para a
apresentação da pesquisa ao diretor, sendo em seguida agendada a data da coleta. No dia agendado
era observado, através de um formulário como cada unidade de Saúde realizava o
(re)processamento de artigos para a saúde. Resultados: Foram visitadas 37 unidades de saúde,
sendo estas distribuídas em 7 distritos. Em 75,76% das unidades foi possível observar o processo ou a
descrição pelo responsável técnico da unidade. Nos outros 24,33% não foi possível realizar a
pesquisa, devido à ausência dos diretores da unidade ou a mesma não estava realizando o
(re)processamento dos artigos. No que se refere a limpeza, todas as unidades a realizam, sendo essa
etapa realizada com o método manual e tendo o sabão neutro como solução utilizada. A desinfecção
dos artigos para a saúde é realizada em 75% das unidades, sendo realizado em 39% nos artigos
críticos e 36% nos artigos semicríticos, 25% não realizam essa etapa do processo. Ao se obsevar a
esterilização nas unidades de saúde, foi possível verificar que 64,29% das unidades realizam a
esterilização em estufas e 35,71% realiza a esterilização em autoclave. Em relação às embalagens
utilizadas para o empacotamento dos artigos; 53,57% das unidades utilizam papel Kraft; 28,57%
utilizam grau cirúrgico, sendo esse tipo de embalagem reutilizado em algumas unidades; 3,57%
utilizam tecido de algodão; 7,14% não utilizam nenhum tipo de embalagem; 7,14% utilizam o papel
A4 para o empacotamento dos artigos. Conclusão: Com tudo o que foi observado, fica evidente que
há necessidade de padronização do processamento de artigos nas Unidades Básicas de Saúde, uma
vez que, a realização desse processo contém falhas que podem levar ao usuário dos serviços de
saúde algum tipo de iatrogenias. Assim, torna-se necessário que os gestores estabeleçam um
protocolo para o processamento de artigos para as unidades, estabelecendo boas práticas para o
processamento de artigos para a saúde, visando à segurança dos usuários e profissionais envolvidos.
[65]
Organização e Realização:
47 - CÓD.853
ADESÃO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ENTRE ANESTESISTAS EM UM CENTRO CIRÚRGICO
DE PORTO ALEGRE.
AUTORAS: DIONISIA OLIVEIRA DE OLIVEIRA; EMILY COMIN; DIEGO STUMPFS; NERY JOSE DE OLIVEIRA JUNIOR.
E- MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: MÃE DE DEUS CENTER, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: A higienização das mãos (HM) é considerada a medida de maior impacto na prevenção
das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), uma vez que impede a transmissão cruzada
de microrganismos. Embora seja uma ação simples, efetiva e de menor custo no controle das IRAS, a
não adesão a esta prática pelos profissionais ainda é considerada um desafio. O controle dessas
infecções por meio da higienização das mãos atende às exigências legais e éticas, além de promover
a segurança e a qualidade da atenção prestada ao cliente. Com isso é necessário implantar
estratégias que possam ser desenvolvidas para evitar os eventos de transmissão de microrganismos.
Na prática do Centro Cirúrgico a antissepsia cirúrgica tem espaço de maior destaque nas medidas de
controle de IRAS, entretanto há pouca ênfase na higiene das mãos dos profissionais que lá circulam.
Salienta-se que os anestesistas nas suas práticas diárias realizam procedimentos que ultrapassam as
barreiras fisiológicas, como por exemplo, punção de acesso venoso, anestesias peridural e raquidiana
e intubação do paciente, que exigem medidas de bloqueio epidemiológico. Dentre essas medidas,
está a adesão a HM por estes profissionais. Por este motivo, torna-se fundamental o
acompanhamento deste processo, especificamente com este profissional, que na sua prática diária
tem contato direto com os pacientes. Objetivo: Mensurar a taxa de adesão do procedimento de HM
dos anestesiologistas em um centro cirúrgico de um hospital privado de Porto Alegre. Metodologia:
Trata-se de um estudo quantitativo observacional. Os dados foram coletados por meio de um
check-list de medidas de bloqueio epidemiológico (CMBE), elaborado pelo Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar (SCIH) da instituição. O CMBE é composto por 9 (nove) questões, com opções de
marcação como “sim” ou “não” sendo uma delas a questão de “Higienização das Mãos –
Anestesista”, o CMBE esta anexado no prontuário, sendo preenchido pelo circulante da sala no
momento da cirurgia conforme observação direta do processo. A coleta de dados foi realizada no
período de Junho/2013 a Junho/2014. Ao longo dos 13 meses foram coletados 5.682 check-lists,
tendo como critérios de inclusão apenas os check-lists preenchidos corretamente o campo
“Higienização das Mãos – Anestesista”, restando um total de 5.370 check-lists nos quais os dados
foram analisados estatisticamente por meio do programa Microsoft Office Excel®. Resultado: Dentre
as 5.370 observações realizadas obteve-se a taxa de adesão total de 51% (n= 2762). Em média no
período avaliado foram realizadas 413 observações mensalmente, variando entre 320(abril/14) e 599
(julho/13). No período analisado a taxa de adesão variou de 23% - 62%, sendo a menor taxa (23%) no
mês de julho, período com o maior número de procedimentos (n=599). O mês que houve a maior
taxa de adesão (62%) foi em novembro/2013, quando ocorreram 343 procedimentos. Conclusão: No
presente estudo ficou evidenciado que a adesão à higiene de mãos por estes profissionais ainda é
baixa conforme comparação com meta de 70% estabelecida pela OMS. A frequência de adesão pode
ter relação com o número de procedimentos realizados, mostrando que em meses de maior
movimento a adesão foi menor. Conclui-se que a observação deste processo é indispensável para a
qualidade e segurança nos processos assistenciais no centro cirúrgico, sendo necessária a atuação
destes profissionais através da educação continuada.
[66]
Organização e Realização:
48 - CÓD.857
SISTEMA DE RASTREABILIDADE PARA CONTROLE DAS PINÇAS ROBÓTICAS.
AUTORAS: SILMARA MARTINS GARCEZ; BRUNA ELVIRA COSTA; MARIA SOCORRO VASCONCELOS; SIMONE BATISTA NETO
ARZA
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: ICESP, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: A cirurgia robótica é uma evolução da cirurgia minimamente invasiva, permitindo ao
cirurgião operar a uma distância do paciente através de um console com imagens em 3D. São
utilizadas pinças robóticas com 10, 12, 18 e 20 vidas úteis, de alto custo e necessitam de controle
rigoroso a cada uso para garantia do funcionamento adequado na cirurgia. No Centro de Material e
Esterilização (CME) do Instituto do Câncer do Estrado de São Paulo (ICESP) há um sistema de
rastreabilidade para controle do instrumental cirúrgico que permitiu a inserção das pinças robóticas
possibilitando a segurança e qualidade no processo. Objetivo: Rastrear o uso e vida útil das pinças
robóticas. Método: O desafio encontrado foi a dificuldade em controlar que a pinça com a vida útil
expirada retorne a sala de operação. As pinças são específicas para cada especialidade. Foram
cadastradas 61 pinças, sendo 15 urologia, 16 gastrologia, 16 torácica, 4 cabeça/pescoço e 10
ginecologia que ao término da vida útil são repostas e recadastradas no sistema. Foram
estabelecidas três etapas de controle: 1° etapa: Antes do primeiro uso, as pinças são cadastradas no
sistema de rastreabilidade Instacount ® com a utilização de um selo com código data matrix sendo
inserido informações da identidade da pinça com referências e número de série que são
reconhecidos na leitura com leitor óptico. O sistema permite vincular o número de vida das pinças no
cadastro e bloqueia a produção da pinça quando ultrapassa o número de vidas úteis cadastradas.
2° etapa: Para controle visual da utilização em cada pinça, foi colocada uma fita marcadora contendo
espaços que representam o total de vidas das pinças e permite o registro da vida útil utilizada. Ao
término da cirurgia o enfermeiro do CME juntamente com o da sala operatória realiza a conferência
da integridade das pinças e a vida utilizada por meio da visualização na tela da “gestão de inventário”
que o sistema robótico Da Vinci ® disponibiliza, mostrando cada pinça usada durante a cirurgia.
Mediante essa conferência, uma marcação é feita na fita com caneta atóxica. 3° etapa: Para registro
e documentação há o impresso, que retorna para o CME, onde estão relacionadas todas as pinças
que foram utilizadas em cada cirurgia com nome da pinça, referência, número de lote e a vida útil de
cada uma. Permitindo a previsão para as reposições futuras. Resultados: No período do estudo
foram realizadas 30 cirurgias robóticas, com 10 pinças já expiradas e não foi evidenciada ocorrência
de encaminhamento para a sala operatória de pinças com vida útil expirada. Conclusão: A
rastreabilidade da vida útil das pinças evita o estresse de toda a equipe no momento da cirurgia,
permite confiabilidade dos processos realizados pela equipe do CME e garante a segurança e
qualidade na assistência ao paciente cirúrgico.
[67]
Organização e Realização:
49 - CÓD.863
ADESÃO DA PRÁTICA DE HIGIENE DE MÃOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UMA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA.
AUTORES: PATRICIA TREVISO; GIORDANA DOS SANTOS RIBEIRO; JEAN MAUHS; LISNEIA FABIANI BOCK.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IPA, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2009) considera a inserção da prática de
lavagem de mãos, como sendo necessária e obrigatória aos profissionais de saúde, devido a sua
efetividade na redução imediata da microbiota transitória e, consequentemente, de mortalidade de
pacientes. Sabe-se, que a higienização de mãos é uma medida simples e importante para a
diminuição da incidência de infecções relacionadas à saúde e transmissão de patógenos. Objetivo:
Relacionar o impacto da técnica de abordagem individual e de observação em relação à prática de
lavagem de mãos dos profissionais da saúde. Método: Esta é uma pesquisa documental,
retrospectiva, de abordagem quantitativa, realizada em um Hospital Geral Privado do Município de
Porto Alegre no período do mês de abril de 2014. Foram avaliados documentos relativos ao registro
de lavagem de mãos do Serviço de Controle de Infecção deste hospital, relativos ao período de abril à
setembro de 2013. Para a coleta de dados foi utilizado roteiro elaborado pelos pesquisadores. Para
análise dos dados utilizou-se teste qui-quadrado e associação de variáveis, através do software
estatístico, SPSS, versão 21.0. Foram analisadas 819 registros relativos à de higienização de mãos de
diferentes categorias profissionais que trabalhavam na UTI. Resultado: Os momentos para a
higienização de mãos aproveitadas/realizadas durante os três últimos meses pelos profissionais de
saúde no setor, antes de iniciar a abordagem individual foi de 240 oportunidades e após iniciar a
abordagem individual este número foi para 374, um aumento de 134 oportunidades. O estudo
revelou que a categoria de profissionais que mais foi observada realizando a lavagem de mãos foi a
de técnicos de enfermagem e a que menos foi observada foi a de médicos. A categoria que mais
aderiu à prática de lavagem de mãos foi a de técnicos de enfermagem e de fisioterapeutas, e a que
mostrou baixo índice de mudança de comportamento de lavagem de mãos em comparação ao
período de observação e de abordagem individual foi a categoria enfermeiros, visto que o índice
manteve-se alto para lavagem de mãos tanto no período de observação como no período de
abordagem. Conclusão: O estudo possibilitou identificar que a técnica de abordagem individual
aumenta a prática de lavagem de mãos dos profissionais em comparação à técnica de observação.
Estes resultados levam a reflexão sobre o quão necessário é repensar ações e estratégias para a
prática profissional, enquanto facilitadores no processo de educação permanente, visando à
profilaxia e controle de infecção em serviços de saúde, buscando mudança de comportamento
profissional em prol de boas práticas de higienização das mãos.
[68]
Organização e Realização:
50 - CÓD.866
CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA FASCEÍTE NECROSANTE: RELATO DE CASO.
AUTORES: ALESSANDRO MARQUES DOS SANTOS1; LUCIANA NUNES SOARES2; ANA PAULA GRALA3; VANESSA WINKE
QUEVEDO
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,4.UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS, PELOTAS - RS - BRASIL; 2,3.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO
FRANCISCO DE PAULA, PELOTAS - RS - BRASIL; 5.HOSPITAL SÃO FRANCISCO DE PAULA, PELOTAS - RS - BRASIL.
INSTITUIÇÃO:
Introdução: A fasceíte necrotizante é originalmente denominada gangrena estreptocócica, se
desenvolve como uma infecção profunda do tecido subcutâneo que resulta em destruição
progressiva da fascia e da gordura. A infecção pode começar no local do tramautismo triviral ou
inaparente. A doença também pode ser denominada Gangrena de Fournier quando atinge bolsas
escrotais e região perineal. Objetivo: Relatar a experiência de quatro acadêmicas, do 4º período do
curso de Enfermagem da Universidade Católica de Pelotas, durante o estágio da disciplina de
Enfermagem ao Cuidado ao Adulto e Idoso I. Método: Trata-se de um relato de caso, com
abordagem qualitativa, realizado num hospital universitário de uma cidade da região sul do Rio
Grande do Sul, no mês de outubro de 2011. Os dados foram coletados a partir dos registros
multiprofissionais no prontuário da paciente, e nos cuidados de enfermagem à paciente durante os
curativos da lesão. A análise foi realizada a partir de leitura exaustiva do material coletado e a
comparação com a literatura compatível com a área e patologia. A lesão foi fotografada para
acompanhamento do processo terapêutico, sendo os registros fotografados autorizados pela
paciente. Resultado e discussões: Evidenciado quadro de infecção bacteriana destrutiva grave
caracterizada por necrose extensa e rapidamente progressiva do tecido celular subcutâneo e da
fáscia muscular, associada à gangrena da pele - coxa. Submetido a debridamento cirúrgico amplo,
combinado a antibioticoterapia, apresentou evolução favorável e cicatrização satisfatória. Como
integrante do cuidado interdisciplinar a equipe definiu os diagnósticos de enfermagem, baseados na
NANDA 2010, com o objetivo de sistematizar o cuidado a paciente. Os principais diagnósticos
encontrados foram: Intolerância à atividade, ansiedade, debito cardíaco diminuído, conforto
prejudicado, constipação, síndrome do desuso, processos familiares prejudicados, fadiga, medo,
volume de líquidos deficientes, risco de infecção, náuseas, dor aguda, morbidade física prejudicada,
proteção ineficaz, integridade tissular prejudicada, déficit no auto cuidado para banho/higiene,
eliminação urinaria prejudicada, sono alterado e nutrição alterada. Foi estabelecido plano de
cuidados de enfermagem baseados nos diagnósticos identificados. Conclusão: Apesar de a doença
ser bastante agressiva, assim como seu tratamento, conclui-se que o mesmo foi realizado com êxito,
a cicatrização da lesão foi satisfatória e a integração da equipe multiprofissional foi fundamental para
atendimento dos objetivos terapêuticos planejados.
[69]
Organização e Realização:
51 - CÓD.868
IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DO CME NA PREVENÇÃO DE BIOFILMES.
AUTORES: PATRICIA TREVISO1; EMILY COMIN2; DIONISIA OLIVEIRA DE OLIVEIRA3.
E -MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO:1,2.CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IPA, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL; 3.HOSPITAL MÃE DE DEUS
CENTER, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: Biofilmes são comunidades estruturadas de células bacterianas e se aderem a uma
estrutura inerte ou viva. Os microrganismos podem ser provenientes de equipamentos, artigos
hospitalares, quando em contato com o paciente ou com o sítio cirúrgico podem causar
complicações, no caso as infecções de sítio cirúrgico (ISC). Devido a sua grande importância nas
atividades desenvolvidas, o CME necessita de funcionários preparados adequadamente para cada
área e funções que assumam. Objetivo: Identificar na literatura qual a importância da atuação do
enfermeiro no CME. Metodologia: Revisão bibliográfica. Coleta dos artigos foi feita em base de dados
(Bireme, Scielo e PUBMED), além de publicações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA). Critérios de inclusão: artigos publicados em português e inglês, na íntegra. Palavras chaves
utilizadas: biofilme, artigos cirúrgicos, infecções bacterianas e CME. Para análise dos dados utilizouse análise temática de Minayo (2010). Resultados: Foram encontrados 24 artigos e destes foram
selecionados 11 de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Foram elencadas 2 categorias:
Biofilmes e infecção de sítio cirúrgico e atuação do enfermeiro na central de esterilização de
materiais. Dentro destas categorias evidenciou-se na literatura que entre as infecções hospitalares, a
infecção de sítio cirúrgico (ISC) constitui uma das principais infecções relacionadas à assistência à
saúde no Brasil e a mais importante causa de complicação pós-operatória no paciente cirúrgico. Um
dos fatores relacionados a ISC são os materiais de origem do CME pois os fragmentos do biofilme
aderidos ao material podem ser transferidos para um paciente através de instrumentos cirúrgicos
durante a cirurgia. CME que possuem materiais de endoscopia digestiva tem um grande desafio para
garantir a eficácia do processo, por terem lumens estreito, canais longos e com lúmens estreitos
dificultam sua visualização interna, favorecendo a aderência de matéria orgânica. Nos últimos anos
tem se intensificado a discussão sobre a importância das boas práticas no CME contribuindo para o
controle de infecções de sítio cirúrgico relacionados ao instrumental cirúrgico. Conclusão: Todo o
processo do CME deve ser respeitado e realizado na ordem correta e completa para evitar a
formação e resistência do biofilme tanto aos antibióticos quanto aos desinfetantes. A segurança do
paciente também depende de um CME com planejamento e gerenciamento de riscos e com
estrutura físico-operacional adequada para o tipo de serviço. O enfermeiro atua em todos os
processos do CME coordenando e supervisionando os mesmos, visando qualidade e segurança nos
processos. Ressalta-se ainda a importância dos enfermeiros que atuam em CME conhecer a
legislação vigente sobre reprocessamento de produtos para a saúde.
[70]
Organização e Realização:
52 - CÓD.871
SUSPENSÃO CIRÚRGICA E OCUPAÇÃO DAS SALAS OPERATÓRIAS (SO) DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO.
AUTORES: BIANCA LENISE GEHLEN DA GAMA MATTEI1; SOLANGE MACHADO GUIMARÃES2; LUZIA FERNANDES MILLÃO3;
FERNANDO ROGERIO BEYLOUNI FARIAS4.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,4.ULBRA, CANOAS - RR - BRASIL; 2.ULBRA / PORTO ALEGRE, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL; 3.UFCSPA/ULBRA,
PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: Estudos sobre cancelamento cirúrgico, principalmente em hospitais universitários e
públicos, nos revelam repercussão negativa para o paciente e sua família porque causa alterações na
sua rotina. Para o hospital, a ocupação do leito, a reserva da sala de operação (SO), o desperdício de
material e a perda da oportunidade de inclusão de outro paciente na programação cirúrgica
acarretam prejuízos para todo sistema hospitalar. Objetivos: Foram calcular a taxa de suspensão
cirúrgica e taxa de ocupação das salas operatórias, para serem utilizados como indicadores
permanentes na unidade de Centro Cirúrgico. Identificar a taxa de suspensão cirúrgica e descrever
suas principais causas, bem como quantificar e analisar taxa de ocupação da SO. Método: Trata-se de
uma pesquisa de abordagem quantitativa de perfil retrospectivo exploratório de natureza
transversal. Este estudo foi realizado na Unidade de Centro Cirúrgico de um Hospital Universitário,
localizado Cidade de Canoas-RS. A Unidade é composta por cincos (5) salas operatórias funcionando
durante a semana de segunda a sexta, em sua grande maioria cirurgias de perfil eletivo. Com
aproximadamente realização de 550 cirurgias mensais de pequeno, médio e grande porte nas
diversas especialidades. Foi utilizada uma ficha denominada “motivo de suspensão cirúrgica” que é
rotina do serviço para quantificar e descrever taxa de suspensão cirúrgica. Para quantificar taxa de
ocupação, foi utilizado recurso disponível no Sistema MV2000 – Sistema de Centro Cirúrgicoestatístico- tempo previsto por tempo realizado. Foram elaborados banco de dados. Neste
documento utilizado no serviço, estão trinta e quatro motivos que levam a uma cirurgia a ser
cancelada. No período de Outubro de 2011 a Outubro de 2012, foram canceladas: 584
procedimentos cirúrgicos de um total de 6477 procedimentos previstos, foram analisadas 586 fichas
de cancelamentos cirúrgico e excluído da análise 02 por estarem incompletas. Em conjunto foi
coletado do banco de dados do Sistema MV 2000, todos os procedimentos cirúrgicos ocorridos no
período, todas as coletas foram transmitidas para o Microsoft Excel sendo calculando
posteriormente dentro do mesmo, realizando simulação e cálculos, apresentados através de tabelas
e gráficos. O Estudo foi concluído em março de 2013. O Ministério da Saúde define a taxa de
suspensão de cirurgia pelo número de cirurgias suspensas divididas pelo total de cirurgias
programadas em determinado período e multiplicado por 10012. A taxa de ocupação foi calculada da
seguinte forma: tempo realizado descontando horas de atraso e de adiantamentos divido por tempo
previsto em determinado período e multiplicado por 100. Resultados: Foram apresentados em
forma de tabelas e gráficos, utilizando um banco de dados no programa Microsoft Excel para
registrar o indicador taxa de cancelamento cirúrgico e ocupação. Os três principais motivos
analisados no estudo que levam ao cancelamento - Motivo 01- Paciente não compareceu,
totalizando 96 (16,4%). Motivo 13- Cirurgião atrasou a cirurgia anterior, totalizando 89 (15,2%).Motivo 28- Falta anestesista, totalizando 61 (10,4%). Realizados 5.891 procedimentos e suspensos
586, a taxa de suspensão foi de 9,0%. Foram agendadas 7.577 horas, ocupadas 7.502,5 horas, horas
de adiamento foi de 1.419 e horas de atrasos de1. 344 correspondem a 19% de adiantamento e a
18% de atraso do total de horas agendadas. A taxa de ocupação geral foi de 29,3%, e de cirurgias
programadas foi de 62,5%. Conclusão: A taxa de suspensão está dentro de um valor aceitável, a taxa
de ocupação foi considerada desfavorável, pois observa-se que existem baixa ocupação e muitas
horas de adiantamento e atraso, levando a “vazios demográficos na escala”, gerando perda de
receita.
[71]
Organização e Realização:
53 - CÓD.872
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DO CENTRO DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO RELACIONADO À REESTERILIZAÇÃO DAS UNIDADES ASSISTENCIAIS:
RELATO DE EXPERIÊNCIA.
AUTORAS: ELAINE CRISTINA DA LUZ FEITOSA; MARIA CRISTINA POSE GUERRA.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSP. MUNICIPAL DR JOSÉ CARVALHO FLORENCE, SAO JOSE DOS CAMPOS - SP - BRASIL.
Introdução: O Centro de Material e Esterilização (CME) tem como meta assegurar a quantidade e
qualidade de materiais necessários ao hospital, para que os pacientes sejam assistidos com eficiência
e qualidade; assim relaciona-se íntima e integralmente com o cuidado e com todas as unidades
assistenciais, embora não realize a assistência direta. Contudo, baseou-se na análise da quantificação
de cuidados dependentes de instrumentais e pacotes, realizados em cada enfermaria, UTI, Centro
cirúrgico e unidades emergenciais para quantificar a real necessidade do inventário vigente com o
intuito de diminuir acentuadamente a reesterilização dos artigos. Para Donabedian (1986), a
qualidade pode ser medida por meio de indicadores assistenciais permitindo uma avaliação clara e
objetiva. Objetivo: Identificar a importância dos indicadores na determinação da quantidade
necessária dos artigos entregues às unidades assistenciais, visando à diminuição da reesterilização
dos mesmos. Método: Trata-se de um relato de experiência, com abordagem qualitativa, de como a
enfermagem pode contribuir para conferencia de todos os artigos que circulam no hospital
diariamente. Primeiramente o enfermeiro realiza uma visita aos setores, para saber a necessidade de
cada um, e em seguida é realizado orientação verbal de como armazenar os artigos de forma correta.
A busca ativa é feita nos finais de semana pelos colaboradores do CME com planilha indicadora de
reesterilização, recolhendo os artigos que não estão adequados por algum motivo, seja por tempo
expirado ou quebra de validade, retornando esse artigo ao CME. Resultados: Após a implantação do
indicador de reesterilização no CME, traçar metas e planos de ação facilitou a tomada de decisão
perante um problema. Em relação à reesterilização conseguimos diminuir gradativamente entre os
anos de 2012 até o primeiro semestre de 2014, permitindo estipular metas acessíveis e garantia de
qualidade nos artigos entregues às unidades consumidoras sob orientação do enfermeiro do CME e
auxílio da equipe de enfermagem na busca ativa nos finais de semana. Conclusão: A análise dos
indicadores assistenciais permitiu desenvolver estratégias que auxiliam no gerenciamento e
monitoramento das ações realizadas. Portanto, o resultado do presente gráfico comprovou que o
índice de reesterilização foi decrescente desde 2012 até o 1º semestre de 2014, e que a equipe de
enfermagem tem recebido orientações cada vez mais eficazes para controle e manutenção da
esterilização dos artigos cirúrgicos.
[72]
Organização e Realização:
54 - CÓD.874
APLICAÇÃO DA RESINA DE POLIAMIDA COMO MÉTODO PARA PREVENÇÃO DE EXTRAVIOS
DE INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS.
AUTORAS: ELAINE CRISTINA DA LUZ FEITOSA; MARIA CRISTINA POSE GUERRA.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSP. MUNICIPAL DR. JOSÉ CARVALHO FLORENCE, SÃO JOSE DOS CAMPOS - SP - BRASIL.
Introdução: São vários os problemas associados aos extravios de instrumentais cirúrgicos. A
contagem é um processo que se presta a erros devido às inúmeras variáveis que por vezes não
podem ser controladas durante um procedimento cirúrgico, e os erros ocorrem com mais frequência
quando não se tem um plano de ação e medidas de contenção. Vale lembrar o impacto financeiro
que o extravio proporciona a instituição podendo gerar novas possibilidades em se adquirir novos
instrumentais para o inventário, ou até mesmo investir em novas tecnologias beneficiando o
paciente. Objetivo: Mensurar o extravio de instrumentais cirúrgicos após a aplicação da resina de
poliamida e diminuir o impacto financeiro do extravio para a instituição. Método: Utilizaram-se
critérios, para o desenvolvimento deste estudo. O primeiro foi quantificar o número de extravios e
sua causa, o segundo foi enviar as caixas que mais tinham extravios para a aplicação de poliamida e o
terceiro foi à confecção da pasta de conferência com: o nome da caixa, cor, número de peças que vai
à caixa, figura do instrumental e a quantidade desse instrumental. O período para a aplicação da
resina de poliamida foi em dezembro de 2012 a março de 2013 no total de 25 caixas. Resultados:
Após a aplicação da resina de poliamida nos instrumentais cirúrgicos e treinamento da equipe de
enfermagem do CME quanto à conferência dos instrumentais na chegada à área de limpeza, houve
uma significante melhora em comparação ao ano letivo de 2012 para o ano letivo de 2013.
Conclusão: O método encontrado para diminuir o número de extravios de instrumentais cirúrgicos
foi uma alternativa manual, porém existem outros meios para esse tipo de indicador, podendo ser de
grande valia no gerenciamento do processo dentro do CME. Portanto a aplicação da resina de
poliamida foi um fator importante na redução significativa de extravios dos instrumentais cirúrgicos.
[73]
Organização e Realização:
55 - CÓD.875
IMPLANTAÇÃO DE CHECK LIST PARA CONFERÊNCIA E IDENTIFICAÇÃO DE ARTIGOS
EXPIRADOS OU COM QUEBRA DE VALIDADE UTILIZANDO-SE O INVENTÁRIO DO CME.
AUTORAS: ELAINE CRISTINA DA LUZ FEITOSA; MARIA CRISTINA POSE GUERRA.
E - MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSP. MUNICIPAL DR. JOSÉ CARVALHO FLORENCE, SAO JOSE DOS CAMPOS - SP - BRASIL.
Introdução: A qualidade hoje é mundialmente comentada e desejada por todos os profissionais e
estabelecimentos da área da saúde, visando melhorar e proporcionar segurança ao paciente e até
mesmo aos profissionais envolvidos. Os modelos de avaliação nos serviços de saúde segundo Malik
são: estrutura, processo e resultado, utilizando se os indicadores. No Centro de Material e
Esterilização (CME), os indicadores são de assistência indireta, uma vez que não temos contato direto
com o paciente, porém todo produto final será destinado ao mesmo. Um desafio muito importante
para o Enfermeiro de CME é o quanto os artigos críticos e semi-críticos são reesterilizados ou por
tempo expirado ou por quebra de validade. Objetivos: Identificar artigos por tempo expirado e/ou
com quebra de validade encontrados em prateleiras por meio do inventário do CME em forma de
check list. Métodos: Foi elaborada uma planilha utilizando-se o próprio inventário do CME, com o
intuito de conferência diária e identificação de artigos armazenados em prateleiras com tempo de
validade expirado ou com algum tipo de quebra de validade. Realizado um cronograma dividindo os
quatros plantões (Diurno e Noturno) e treinamento dos colaboradores para identificar os artigos.
Resultados: A planilha teve 100% de adesão pelos colaboradores do CME, sendo de fácil checagem,
além de incentivar a equipe de enfermagem a revisar o arsenal diariamente. Essa planilha foi
implantada em janeiro de 2011 e até hoje é utilizada com ênfase, sendo de máxima importância para
o nosso indicador de reesterilização que vem diminuindo significativamente. Para os artigos vencidos
pela sua pouca utilização adotamos o invólucro SMS que foi validado por seis meses, e para os
artigos por tempo expirado foi retirado mais de 150 artigos que não chegavam a serem utilizados.
Conclusão: Um arsenal com grande quantidade de artigos variados não significa que possa ser
desperdiçado e sim ter a precaução e preocupação com o método de armazenamento e sua
rotatividade.
[74]
Organização e Realização:
56 - CÓD.876
OPINIÕES DOS ENFERMEIROS SOBRE DIRETRIZES PARA A NORMOTERMIA
PERIOPERATÓRIA.
AUTORAS: LISIA FERNANDA FONTOURA GODNIAK1; SOLANGE MACHADO GUIMARÃES2; ISABEL CRISTINA DAUDT3.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,3.ULBRA, CANOAS - RS - BRASIL; 2.ULBRA / PORTO ALEGRE, CANOAS - RS - BRASIL.
Introdução: A manutenção da normotermia no período perioperatório é, portanto, um objetivo
reconhecido, pois a hipotermia não planejada ocorre frequentemente durante o ato anestésicocirúrgico. Dessa forma, pesquisas foram realizadas por instituições como a Association of
Perioperative Registered Nurses (AORN) e Americam Society of Perianesthesia Nurses (ASPAN). Os
enfermeiros devem assumir proativamente intervenções de enfermagem para manter os pacientes
aquecidos durante todas as fases do período perioperatório. Medidas e ações simples são impedidas
por falta de material, equipamentos ou mesmo vestuários adequados. Além disso, ainda faltam
estratégias que possam ser gerenciadas pelos enfermeiros em relação à tecnologia ou à aquisição de
sistemas de aquecimento forçado, pois certamente poderiam compensar várias
complicações. Objetivo: conhecer a opinião dos enfermeiros sobre a termorregulação na prevenção
e condutas do paciente adulto cirúrgico em risco de desenvolver hipotermia não planejada, através
das diretrizes da ASPLAN para a promoção da normotermia perioperatória. Trata-se de um estudo de
campo, descritivo, com abordagem quantitativa e corte transversal. A coleta dos dados foi realizada
durante a II Jornada Científica de Integração Regional Sul, organizado pela Sociedade Brasileira de
Enfermagem de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização
(SOBECC), no dia 28 de setembro de 2013, no Plaza São Rafael Hotel e Centro de Eventos, município
de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul. Após a autorização concedida pela SOBECC para a
coleta de dados, a presente pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética e Pesquisa (CEP) da
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). A escolha dos enfermeiros foi intencional, por conveniência
e, dos 100 (cem) questionários entregues, 73 (setenta e três) foram devolvidos, sendo a amostra
constituída de enfermeiros (ENF) assistenciais que atuam nas áreas de Centro Cirúrgico e Sala de
Recuperação Pós-Anestésica. Resultados: Dos 73 ENF (100,0%) pesquisados, 26 (35,7%) possuíam
tempo de experiência profissional entre 1 a 5 anos, 19 (26%), entre 5 a 10 anos, 19 (26%), entre 11 a
20 anos e 9 (12,3%) com mais de 20 anos de experiência. Na avaliação das intervenções dos 73
Enfermeiros 50 respondentes, respectivamente, atribuíram o maior escore 5 à questão. Na avaliação
do transoperatório, 29ENF identificam os fatores de risco, 39 ENF monitoram a temperatura, 50 ENF
determina o nível de conforto térmico, 53 ENF observam sinais e sintomas de hipotermia, no
aquecimento passivo, 50 ENF disponibilizam cobertores suficientes, 52 ENF limitam a exposição da
pele, 45 ENF determinam o aumento da temperatura ambiente-mínimo de 20ºc-24ºC, no ativo 19
ENF utilizam um sistema de aquecimento forçado, tipo manta térmica ou colchão, 40 ENF
administração de líquidos mornos (endovenoso), 35 ENF determinam o aumento da temperatura
ambiente (mínimo de 20ºc-24ºC). Na avaliação pós-operatório,41 ENF identificam os fatores de
riscos do paciente para a hipotermia, como idade, doença e comorbidade,48ENF verificam
temperatura do paciente à admissão, 49ENFdeterminam o nível de conforto térmico, 48ENF
observam. Na avaliação no pós-operatório normotérmico,36ENF avaliam o nível de conforto térmico
à admissão e a cada 30 min,47ENF observam sinais e sintomas de hipotermia,43ENF iniciam medidas
preventivas de aquecimento com cobertores, meias e gorro, e limite a exposição da pele,37ENF
aumentam temperatura da SR,47ENF verificam a temperatura antes da alta para o quarto. Na
avaliação no pós-operatório hipotérmico, 30ENF utilizam sistema de aquecimento forçado, 43ENF
aquecimento passivo com cobertores, meias e gorros, 36ENF aumentam a temperatura da SR, 25
ENF usam líquidos aquecidos via endovenoso, 47ENF avaliam a temperatura a cada 15mim até que o
paciente fique normotérmico. Conclusão: É necessário que a enfermagem conheça as
recomendações ou diretrizes assistenciais para que os cuidados indispensáveis nesses casos sejam
empregados de maneira eficiente para manter a normotermia no perioperatório.
[75]
Organização e Realização:
57 - CÓD.877
REPROCESSAMENTO DE ARTIGOS DE SAÚDE DE USO ÚNICO: REVISÃO DE LITERATURA.
AUTORAS: LAINE CORTÊS ALBUQUERQUE1; AUREAN DECA JUNIOR2; LAÍS CORTÊS ALBUQUERQUE3; NIDIA LICIA FLORES
BARBOSA4.
E - MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, SÃO LUÍS - MA - BRASIL; 2.UFMA, SÃO LUÍS - MA - BRASIL;
3.SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE, TOCANTINS - TO - BRASIL; 4.INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA, SÃO
PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: Reutilizar ou não um produto de saúde fabricado para uso único tem sido um
questionamento mundial. Há aqueles que defendem essa prática visando à economia de custos
obtida com o reprocessamento, uma vez que esses produtos são bastante onerosos para as
instituições hospitalares. Entretanto, muitos são aqueles que questionam a falta de segurança no
reprocessamento destes produtos, pois nem sempre os métodos de limpeza e esterilização são
eficazes para eliminar a presença de contaminantes, os quais podem gerar problemas graves para o
paciente que venha a fazer uso de um produto reutilizado e reprocessado, como as contaminações
bacterianas e as reações pirogênicas. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo apresentar uma
revisão sistemática das publicações científicas sobre o reprocessamento de artigos de saúde de uso
único. Métodos: Pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo e exploratório. A busca pela literatura
ocorreu no período de dezembro de 2013 a abril de 2014 nas bases de dados on line MEDLINE,
LILACS, PUBMED e SCIELO que contemplaram o universo de 152 artigos. Os critérios de inclusão
adotados consideraram os estudos disponíveis gratuitamente no formato completo publicados no
período de 2001 a 2011, nos idiomas português e inglês. Iniciou-se assim, a leitura flutuante das
publicações e, considerando o critério de pertinência e consistência do conteúdo, foram
selecionados 15 artigos para uma leitura mais aprofundada. Resultados: Na literatura pesquisada
verificamos que ainda há insegurança relacionada ao reprocessamento de produtos médicohospitalares fabricados para uso único, uma vez que há a necessidade de validar e padronizar para
cada produto um processo de limpeza, pois estes apresentam características físicas distintas. Outro
fato a ser considerado está relacionado com o número de vezes que tal produto poderá ser
reprocessado e se o reprocesso não trará mais custos do que economia para o hospital, assim como
danos ao paciente. Conclusão: A realização do presente estudo possibilitou a ampliação do
conhecimento acerca do reprocessamento de artigos de saúde de uso único já descritos na literatura
e revelou que devem ser realizadas outras pesquisas relacionadas a este tema afim de se obter maior
confiança sobre essa prática hospitalar e tornar possível a adoção de uma postura sólida sobre tal
procedimento.
[76]
Organização e Realização:
58 - CÓD.878
IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS CONSIGNADOS:
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES EM ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA.
AUTORAS: KAMILLE KOTEKEWIS1; VIVIANE GODOY GALHARDO2; RENATA PERFEITO RIBEIRO3; CIBELE TRAMONTINI4;
CHRISTIANE ITO YONEKURA5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,2,3,4.UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA - PR - BRASIL; 5.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA
REGIÃO NORTE DO PARANÁ, LONDRINA - PR - BRASIL.
Introdução: O contínuo avanço tecnológico dos instrumentais e materiais cirúrgicos têm como
consequência seu alto custo e também uso específico e esporádico. Estas características tornam a
aquisição deste material muito onerosa para as instituições hospitalares, sendo a consignação um
sistema fundamental para a realização de diversos procedimentos cirúrgicos atualmente. Para
promover o melhor gerenciamento do recebimento e processamento dos materiais consignados foi
implantado um protocolo para o registro de informações sobre os materiais, data e hora além dos
nomes dos funcionários responsáveis por cada etapa do processamento. Objetivo: O objetivo deste
estudo foi descrever o processo de implantação do protocolo de recebimento de materiais
consignados no Centro de Material e Esterilização de um hospital universitário do norte do
Paraná. Método: Foi elaborado um protocolo de registro, que abrange desde a solicitação do
material no setor no Centro Cirúrgico pelo enfermeiro ou técnico de enfermagem; recepção do
material no Centro de Material e Esterilização pelos técnicos de enfermagem alocados na área de
expurgo; processamento, esterilização e encaminhamento para o Centro Cirúrgico.
Resultados: Inicialmente verificou-se a resistência por parte dos técnicos de enfermagem do Centro
de Material e Esterilização para preenchimento do protocolo, a qual foi minimizada após orientações
quanto à importância deste para respaldo dos próprios funcionários do setor e maior segurança para
a equipe cirúrgica. Quanto ao preenchimento do protocolo, este é iniciado pelo enfermeiro ou
técnico de enfermagem do Centro Cirúrgico, que em seguida deve ser encaminhado para o expurgo
do Centro de Material e Esterilização. Conclusão: A implementação de um protocolo de recebimento
de materiais consignados proporciona o registro de informações que subsidiam a equipe de
enfermagem de Centro Cirúrgico e Centro de Material e Esterilização na organização e rastreamento
da localização do material e da equipe responsável por seu processamento. Estes dados são
importantes para respaldo das atividades realizadas pela equipe e possibilidade de aumento de
quadro funcional, além da diminuição do número de erros de processamento por falta ou
inadequação do material e consequentemente redução dos custos para a instituição hospitalar.
[77]
Organização e Realização:
59 - CÓD.879
CARACTERIZAÇÃO DAS INFECÇÕES EM PACIENTES CIRÚRGICOS DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO.
AUTORES: CARLOS ALEXANDRE MOLENA FERNANDES1; ANNELISE HARACEMIW2; ELIZABETE ALMEIDA BENGUELLA3; JOÃO
BEDENDO4; MARIA CRISTINA BRONHARO TOGNIM5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR, PARANAVAÍ - PR - BRASIL; 2,4,5.UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE MARINGÁ-UEM, MARINGA - PR - BRASIL; 3.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL DE MARINGÁ-HURM,
MARINGÁ - PR - BRASIL.
Introdução: Apesar dos grandes avanços em todas as áreas da cirurgia, o controle da infecção
continua representando um grande desafio, pois esse tipo de complicação contribui
significativamente para o aumento da morbidade, mortalidade e tempo de permanência hospitalar.
As infecções envolvendo pacientes cirúrgicos possuem inúmeros fatores associados e a necessidade
de reduzir e controlar sua incidência determina a aplicação de medidas preventivas, educacionais e
de controle epidemiológico. Informações precisas da infecção em um determinado hospital é o
ponto de partida para qualquer medida profilática e terapêutica. O trabalho de qualquer Comissão
de Controle de Infecção se baseia essencialmente em um sistema de vigilância epidemiológica e
educação da comunidade hospitalar. Objetivo: Verificar a prevalência das infecções hospitalares de
pacientes cirúrgicos de um hospital de ensino no período de dezembro de 2010 a junho de 2013.
Método: Tratou-se de um estudo quantitativo, transversal desenvolvido em um hospital universitário
da região noroeste do Paraná, envolvendo 259 amostras (culturas) coletadas de pacientes internados
na clínica cirúrgica que tiveram resultados positivos para qualquer agente etiológico. O presente
estudo é parte de um projeto intitulado "Vigilância Epidemiológica de bactérias multirresistentes no
Hospital Universitário regional de Maringá", aprovado pelo do Corea/HUM por parecer nº 145/2011
e parecer Copep/ UEM nº 621/2011. Os dados foram cadastrados em planilha do programa Excel e
analisados por meio do pacote estatístico SPSS, versão 15.0 Resultados: Verificou-se que das
259 amostras analisadas, 101 (39%) foram de pacientes do sexo feminino e 158 (61%) masculino. Os
microorganismos mais prevalentes nesse período foram respectivamente staphilococcus sp. (26,3%),
Escherichia sp. (22,4%) e KPC (16,2%). Destaque-se as infecções por escherichia sp. E Enterococcus
significativamente mais prevalentes no sexo feminino. Já no sexo masculino houve uma diferença
significante para as infecções por Klebsiella sp., pseudomonas sp. e enterobacter sp. De acordo com
os sítios de isolamento foi observado que 22,1% das amostras de ponta de cateter estavam
contaminadas por staphylococcus sp., bem como, 35,3% das amostras de sangue e 11,8% dos
abcessos de partes moles também apresentaram infecção por esse microrganismo. Nas amostras de
urina o microrganismo mais prevalente foi a escherichia sp. com 50% de contaminação. Essa bactéria
também foi significativamente mais presente nas amostras de liquido de cavidade abdominal com 18
amostras (31%) positivadas. Merecem destaque as amostras de swab retal para busca de KPC onde
das 42 amostras, todas (100%) foram positivadas. Conclusão: A microbiota da clientela investigada
mostrou-se composta por 17 microorganismos sendo o Staphylococcus sp, Escherichia sp. e KPC os
de maior prevalência. Ressalta-se que a determinação das taxas de infecção hospitalar e as
multiplicidades de microrganismos associados, podem constituir importantes ferramentas para a
prevenção e controle destas infecções, bem como um suporte para orientar atividades de educação
continuada na instituição principalmente no que diz respeito as bactérias multirresistentes.
[78]
Organização e Realização:
60 - CÓD.880
CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE EM CENTRO
CIRÚRGICO: REVISÃO INTEGRATIVA.
AUTORES: RAMON ANTÔNIO OLIVEIRA1; CRISTIANE APARECIDA SILVEIRA MONTEIRO2; JAIRO ANTONIO RIBEIRO3.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.HOSPITAL DE TRANSPLANTES EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI, SÃO PAULO - SP - BRASIL; 2,3.PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS, POÇOS DE CALDAS - MG - BRASIL.
Atualmente, a gestão de riscos é um verdadeiro sistema de monitorização preventiva e corretiva. Um
marco histórico que despertou os olhares do mundo todo para a questão do gerenciamento de riscos
foi a publicação do relatório: “To err is human”, pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos, que
demonstrou a fragilidade dos processos assistenciais nas instituições de saúde. Justificativa: A
enfermagem apresenta papel preponderante na implementação e avaliação de medidas de
segurança do paciente, pelo seu número de profissionais envolvidos na assistência, pelo processo de
trabalho do grupo que é ininterrupto e por possuir grande proximidade com o paciente. Diante do
grande número de publicações relacionadas ao tema, buscou-se elencar e avaliar as publicações
relacionadas a questão da segurança do paciente em centro cirúrgico. Objetivo: Avaliar
recomendações sobre métodos e comportamentos que são favoráveis ao desenvolvimento de ações
seguras e oferecer as melhores evidências científicas para o incremento de segurança à assistência.
Método: Utilizou-se a revisão integrativa da literatura. Empregou-se as 4 etapas recomendadas pela
literatura, a seguir: identificação do tema e seleção da hipótese; estabelecimento de critérios de
inclusão e exclusão de estudos; definição das informações a serem extraídas dos estudos
selecionados; avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; interpretação dos resultados; e
apresentação da revisão. Para a construção do presente estudo formulou-se a seguinte questão
norteadora: Quais são as principais medidas para incrementar a segurança do paciente no CC? A
busca foi realizada no mês de maio do ano de 2014 utilizando-se os DeCS: enfermagem de centro
cirúrgico, qualidade da assistência à saúde e segurança do paciente e os critérios de inclusão foram,
trabalhos com textos disponíveis na íntegra, relacionados ao tema em questão, escritos nas línguas,
português, inglês e espanhol, publicados nos últimos dez anos. Resultados: Realizou-se a busca por
descritor nas bases de dados LILACS e MedLine. Na base de dados LILACS encontrou-se 2601
trabalhos e na base de dados MedLine 8382 artigos. Realizou-se uma leitura dos títulos e resumos
dos trabalhos sendo que a amostra final foi composta por 18 trabalhos. A língua utilizada foi inglesa.
A data de publicação variou de 2004 (1) a 2014 (6). O anos de 2014 e 2013 tiveram o maior número
de publicações 6 e 4 respectivamente. Os temas mais abordados foram: uso e avaliação de check-list
(12); melhoria na comunicação entre a equipe cirúrgica (5); otimização no processo de contagem de
compressas e instrumentais cirúrgicos (2). Conclusão: O uso do check-list foi a intervenção mais
estudada. Proposto como método que deve ser utilizado em qualquer unidade hospitalar,
independente do grau de complexidade, e espera-se como resultado auxiliar as equipes cirúrgicas a
seguirem itens críticos de segurança. Estudos demonstram que a adesão a esta ferramenta reduz as
taxas de mortalidade e de complicações cirúrgicas além de aumentar a adesão a antibioticoprofilaxia.
A implementação dessa ferramenta abrange os outros resultados encontrados nesse estudo quando
relaciona-se a melhoria na comunicação, pois várias investigações apontam que as instituições
devem estabelecer políticas para evitar danos e erros durante a assistência advindos de falhas na
comunicação. Por fim, verifica-se que a adesão ao check-list de cirurgia segura, proposto pela OMS é
uma tecnologia de grande impacto.
[79]
Organização e Realização:
61 - CÓD.881
IMPLANTAÇÃO DA CIRURGIA ROBÓTICA NO INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO
PAULO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
AUTORES: TANIA PACIARTUSI; SIMONE BATISTA NETO ARZA; MICHELE ESTEVANATTO TOSE; SILMARA MARTINS GARCEZ;
MARIA SOCORRO VASCONCELOS.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: ICESP, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: Adquirimos no término de 2013, o robô da Vinci Si® para realização do projeto de
pesquisa de cirurgia robótica com previsão de 580 procedimentos distribuídas nas especialidades da
urologia, gastrologia, tórax, ginecologia e cabeça e pescoço. O sistema robótico utiliza a combinação
de tecnologias com imagem digital, engenharia ótica e equipamentos que permitem procedimentos
minimamente invasivos, visão tridimensional, magnificação de pequenas estruturas, combinado com
pinças específicas que realizam movimentos articulados com ampla liberação de ação. A utilização
dessa tecnologia, proporcionou aos nossos clientes, rápida recuperação pós-operatória e retorno às
atividades de convívio social abreviado e assistência de enfermagem especializada e segura.
Objetivo: Relatar a experiência da implantação da cirurgia robótica em um Hospital público do
Estado de São Paulo. Método: Relato de experiência. A implantação do projeto cirurgia robótica
ocorreu em várias etapas: 1ª etapa: Formação do comitê com representantes da diretoria executiva,
especialidades cirúrgicas, anestesia, enfermagem, engenharia clínica, pesquisa clínica, agendamento
cirúrgico, representante do equipamento robótico e suprimentos para o planejamento e execução do
projeto da cirurgia robótica, descrição de normas e rotinas para utilização da sala operatória; 2ª
etapa: escolha da sala operatória com a elaboração de templates para disposição dos equipamentos
conforme a especialidade; 3ª etapa: treinamento especializado com a equipe de enfermagem do
Centro Cirúrgico e Centro de Material e Esterilização, equipe cirúrgica e anestésica, engenharia
clínica e pesquisa; 4ª etapa: descrição de todas as atividades desempenhadas pelas equipes de
enfermagem (enfermeiros, técnico de enfermagem e instrumentador cirúrgico) e médica; 5ª etapa:
planejamento da assistência de enfermagem no posicionamento cirúrgico conforme especialidade
com utilização de películas, polímeros, faixas de proteção e perneiras anatômicas para prevenção de
lesões; 6ª etapa: elaboração de planilha de dados e tempos cirúrgicos, incluindo tempo de
posicionamento, de preparo dos braços robóticos, Docking e Undocking, tempo de cirurgia e
anestesia; planilha específica para controle da utilização de pinças conforme quantidade de vida útil;
descrição do procedimento de limpeza concorrente e terminal da sala operatória e orientações à
equipe da higienização; 7ª etapa: Simulações no dia anterior a cirurgia com equipe de enfermagem,
cirurgia, anestesia, engenharia clínica e representante do equipamento robótico para integração da
equipe e alinhamento do planejamento cirúrgico. Resultados: Foram realizados os seguintes
procedimentos: 23 procedimentos de Prostatectomia, 1 procedimento de gastrectomia, 2
pancreatectomia, 2 esofagectomia e 2 retossigmoidectomia. Conclusão: Dos 30 procedimentos
realizados não houve necessidade de conversão da técnica cirúrgica e nenhuma lesão por
posicionamento. Foi observado maior integração da equipe em sala operatória, tornando a cirurgia
robótica uma realidade em um hospital público com qualidade e segurança.
[80]
Organização e Realização:
62 - CÓD.882
MONTAGEM DE CARGAS VALIDADAS EM AUTOCLAVE A VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO:
RELATO DE EXPERIÊNCIA.
AUTORES: CESAR DOUGLAS SILVA; ROSILENE PEREIRA NASCIMENTO; SIMONE BATISTA NETO ARZA; MARIA SOCORRO
VASCONCELOS.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: ICESP, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: A Montagem de cargas para esterilização a vapor saturado sob pressão, é essencial para
acomodar de forma adequada os produtos para saúde para que ocorra a esterilização adequada,
com segurança e qualidade. Ao processo, é necessário que sejam empregados na montagem da
carga padrões recomendados pelas legislações nacionais, internacionais NBR/ISO 17655 e praticas da
SOBECC, para que o resultado do processo de esterilização seja efetivo. Objetivo: Demonstrar a
efetividade das montagens de cargas para autoclave de vapor saturado sob pressão conforme
validação dos equipamentos do centro de material e esterilização do Instituto do Câncer do Estado
de São Paulo. Método: Relato de experiência: Para cada ciclo de esterilização, há um padrão de
montagem para 04 (quatro) tipos de cargas de ciclo validados em relação aos diferentes tipos de
sistemas de barreira estéril: Containers: são acondicionados 09 containers por ciclo, separados por
uma distância aproximada de 10 cm uma da outra. Papel grau cirúrgico e filme de pacotes
laminados. Manta de SMS: Nos cestos aramados são colocados vários tamanhos de pacotes de
produtos para saúde que são acomodados adequadamente com espaço de 1 A 3 cm entre os
mesmos. Carga Mista: Carga com todos os tipos de barreiras estéril contendo container, grau
cirúrgico e SMS. Na montagem, todos os produtos para saúde são acomodados com espaços
mínimos de 1 a 3 cm. Consignado: cargas com até 10 caixas com tamanhos variados e
acondicionados em papel grau cirúrgico e filme laminado ou manta de SMS, obedecendo distância
entre 5 e 10 cm entre eles. Após, a validação dos equipamentos no ano de 2013, foram realizados
324 ciclos de esterilização com 3.039 containeres sendo que obtivemos 15 cargas canceladas por
queda de energia; carga mista 2.896 ciclos de esterilizações com 82.168 produtos para saúde sendo
que obtivemos 65 cargas canceladas POR queda de energia; SMS e Grau Cirúrgico foram 613 ciclos
de esterilizações com 25.751 produtos para saúde sendo que obtivemos 14 cargas canceladas por
queda de energia; consignados foram 181 ciclos de esterilizações com 2.494 produtos para saúde
sendo que obtivemos 14 cargas canceladas por queda de energia. Esta causa levantada por queda de
energia, foi realizado um plano de ação pela engenharia clinica do hospital para implantação de
melhorias para diminuição dos ciclos cancelados. Resultado: Em um 1 ano obtivemos 4.014 ciclos
com 113.452 produtos para saúde e 108 abortos de ciclos por agentes externo que foi a queda de
energia. Conclusão: Todos os produtos para saúde submetidos ao processo de esterilização, devem
seguir um padrão de montagem para que, o processo de esterilização favoreça uma assistência ao
paciente com qualidade e segurança.
[81]
Organização e Realização:
63 - CÓD.883
PROPOSTA DE CAPACITAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA.
AUTORES: EMANUELA BATISTA FERREIRA1; FELICIALLE PEREIRA DA SILVA2; RENATA CELIA DE LIRA NEVES3; ALINY CRISTINA
CORDEIRO4.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,4.FACULDADE DE ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS- UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, RECIFE
- PE - BRASIL; 2,3.HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO, RECIFE - PE - BRASIL.
Introdução: Estimativas apontam que 234 milhões de cirurgias são realizadas anualmente em todo o
mundo. (OMS, 2009) Nessa perspectiva, a Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca que no ano
de 2008, dois milhões de pacientes foram a óbito em decorrência desses procedimentos cirúrgicos e
em torno de sete milhões apresentaram complicações, sendo que cerca de 50% destas
intercorrências poderiam ter sido evitáveis. (FERRAZ, 2009) Dessa forma, a OMS e a Universidade
Harvard iniciaram uma campanha mundial intitulada “Cirurgias Seguras Salvam Vidas”, que tem o
propósito de modificar tal situação mediante incremento dos padrões de qualidade ofertados aos
pacientes cirúrgicos. Para tal, foi elaborado um "check-list" ou lista de verificação para ser
empregado em todos os procedimentos cirúrgicos. (FERRAZ, 2009; HAYNES, 2009). Portanto, tornase necessário para a correta utilização desse instrumento, a consequente capacitação das clínicas e
especialidades que utilizarão o mesmo. Além de que, é inquestionável, que através da utilização do
check-list, a busca pela qualidade nas intervenções cirúrgicas, resultará progressivamente em mais
vidas salvas e incapacidades preveníveis. Objetivo: O presente estudo objetiva capacitar a equipe
cirúrgica para a aplicação da lista de verificação de segurança cirúrgica para melhor compreensão
durante a sua aplicação, bem como treinar os envolvidos no processo cirúrgico sobre as etapas que
compõem esse instrumento. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, pesquisaação, de intervenção, realizado através de oficinas com as equipes cirúrgicas sobre cirurgia segura no
centro cirúrgico do Hospital da Restauração - Recife, Pernambuco. Resultados: Participaram do
estudo 144 profissionais, que incluíam anestesiologistas, cirurgiões gerais, neurocirurgiões, cirurgiões
vascular, cirurgiões de traumatologia e ortopedia, cirurgiões buco maxilo faciais, enfermeiros e
técnicos de enfermagem. Durante a capacitação os profissionais propuseram o acréscimo de algum
item necessário no check-list. Uma vez que, o manual de cirurgias seguras afirma que sugestões para
implementação da Lista de Verificação são aceitas, compreendendo que diferentes cenários de
práticas as adaptarão as suas próprias circunstâncias. As principais sugestões foram: Incluir no final
do check-list o destino do paciente e o profissional responsável, hora da chegada e da saída do
paciente, se paciente chegou ao bloco cirúrgico com adornos, prótese dentária, dentre outros, se o
paciente realizou tricotomia, se o prontuário do paciente chegou na sala de operação e a quantidade
de compressas no início e no final da cirurgia. Conclusão: Diante do proposto nesse estudo, fica
nítida a importância da capacitação realizada na referida instituição. Uma vez que, uma das maiores
barreiras para aplicação do protocolo é a falta de treinamento da equipe, a não adesão dos
profissionais ao protocolo e o não comprometimento da instituição. Credita-se que tais ações
contribuirão para a plena percepção do risco, ou o reforço, na realização de práticas efetivas que
potencializem os avanços tecnológicos observados na assistência cirúrgica. Além de que, os
procedimentos incluídos no protocolo universal, além de assegurar a segurança do paciente,
também auxiliam a equipe de enfermagem no planejamento de previsão e provisão para as cirurgias.
[82]
Organização e Realização:
64 - CÓD.885
RASTREABILIDADE DOS MATERIAIS ESTERILIZADOS EM UM HOSPITAL ONCOLÓGICO.
AUTORES: SARAH VASSALI DE BARROS1; PRISCILA TAVARES COLOMBO2; OLIVIA SOUSA PIMENTEL TURETA SIGILIÃO3.
E- MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.FUNDAÇÃO CRISTIANO VERELLA, MURIAE - MG - BRASIL; 2.FUNDAÇÃO CRISTIANO VARELLA, MURIAE - MG
- BRASIL; 3.HOME CARE, MURIAE - MG - BRASIL.
A rastreabilidade dos materiais é a capacidade de traçar o histórico do processamento dos produtos
para saúde e da sua utilização por meio de informações previamente registradas. Esse controle
define e demonstra cada etapa do Processamento dos materiais na CME, contribui para menor risco
de infecção, minimiza os extravios de materiais, possibilitando maior segurança ao paciente. Através
do sistema informatizado, é possível registrar toda entrada e saída de materiais utilizados em
procedimentos, otimizando o processo de gestão com qualidade, em conformidade com a RDC Nº15,
de 15 março de 2012, onde compete ao responsável prover meios para garantir a rastreabilidade de
todas as etapas do processamento dos materiais. Os registros devem ser arquivados conforme
estabelecido em legislação específica, ou, na ausência desta, por um prazo mínimo de 5 anos, para
efeitos de inspeção sanitária. Este estudo tem como objetivo enfatizar a importância do controle dos
materiais esterilizados por meio da rastreabilidade e avaliar o impacto nos índices de infecção
hospitalar da instituição. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualiquantitativo. Os dados foram
coletados na Fundação Cristiano Varella (FCV) na cidade de Muriaé – MG. O método adotado na
instituição é através do sistema integrado e informatizado MV2000i, onde há como direcionar todos
os materiais em cada etapa do processo, dessa maneira, garantir desde a entrada no expurgo,
desinfecção, sala de preparo, esterilização, armazenamento e distribuição. Outro método utilizado é
o de Gerenciamento de Gestão, Interact, onde alimenta o sistema através de dados obtidos pelo
Serviço de Infecção Hospitalar, resultando na taxa mensal. A monitorização dos ciclos de esterilização
é realizada através de indicadores: Físicos, Químicos e Teste Biológico. Uma vez dado resultado
positivo para crescimento biológico ou erro no processo, a carga que estava em quarentena é
rastreada e recolhida, a fim de intervir e evitar a possível distribuição deste material não esterilizado
corretamente. Esses registros contribuem com a análise de uma possível Infecção Hospitalar. Ao
término do procedimento cirúrgico os indicadores químicos são anexados na ficha de descrição
cirúrgica e arquivados no prontuário de cada paciente, garantindo a qualquer momento a
rastreabilidade e controle da esterilização. Podemos afirmar, que a rastreabilidade dos materiais diz
respeito não só a preocupação com a redução de extravios e perdas de materiais por custos gerados,
mas também de forma direta na taxa de infecção da Instituição, assim como em todos os
procedimentos, mas principalmente em cirurgias limpas. Os resultados refletem diretamente no
indicador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. Observa-se a atuante presença do controle
dos produtos para saúde sendo críticos, não-críticos e semi-críticos, complexos e não complexos
devido ao resultado satisfatório da taxa de infecção. O método aplicado é contundente conforme
padrões preconizados pela ANVISA, garantindo que tudo que é entregue aos setores do hospital
estejam com segurança compatível conforme sua finalidade, contribuindo com menor risco de
contaminação ao paciente e qualidade do Serviço.
[83]
Organização e Realização:
65 - CÓD.886
A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRESTADA NO
TRANSOPERATÓRIO: A VISITA PÓS-OPERATÓRIA É UMA ESTRATÉGIA EFICAZ?
AUTORES: TATIANE XAVIER¹; THAIS FALCÃO PEREIRA FRIAS²; MARISTELA FREITAS SILVA³;
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1;2;3 UERJ, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL.
Introdução: O objeto de estudo foi a avaliação da qualidade da assistência de enfermagem prestada
no transoperatório. A motivação surgiu da inquietação de um dos autores, enquanto residente de
enfermagem do Centro Cirúrgico do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), que situa-se no Rio
de Janeiro, quanto à ausência de avaliação da assistência de enfermagem prestada no período
perioperatório, já que a visita pré-operatória de enfermagem é implementada nesta instituição. A
resolução COFEN nº 358 (2009), dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e o
Processo de Enfermagem em instituições públicas ou privadas. A adaptação deste Processo de
Enfermagem ao paciente cirúrgico denomina-se Sistematização da Assistência de Enfermagem
Perioperatória (SAEP). Possui cinco fases: visita pré-operatória, planejamento da assistência
perioperatória, implementação da assistência, avaliação da assistência (visita pós-operatória de
enfermagem) e reformulação da assistência. Na visita pós-operatória é feita a avaliação da
assistência prestada no período pré e transoperatório. Tal visita consiste na realização do exame
físico e da entrevista. O período transoperatório, corresponde ao momento da admissão do paciente
no centro cirúrgico estendendo-se até seu encaminhamento para a sala de Recuperação
Pós-Anestésica (POSSARI, 2007). Problema da pesquisa: De que modo é possível avaliar a qualidade
da assistência de enfermagem no transoperatório? Hipótese: A visita pós-operatória utilizando
indicadores para investigação da ocorrência de eventos adversos configura-se como uma estratégia
eficaz para se avaliar a qualidade da assistência de enfermagem no transoperatório. Objetivo geral:
avaliar a qualidade da assistência de enfermagem prestada ao paciente no período transoperatório.
Objetivos específicos: estabelecer quais indicadores preconizados na literatura podem ser usados
como parâmetro para avaliar a qualidade da assistência de enfermagem prestada no
transoperatório; construir um instrumento de visita pós-operatória utilizando os indicadores
preconizados pela literatura passíveis de avaliação; testar um instrumento de visita pós-operatória
construído com indicadores preconizados pela literatura passíveis de avaliação. Justificativa: através
da visita pós-operatória pode-se avaliar a assistência de enfermagem prestada no transoperatório,
possibilitando planejamentos, ações e reformulações de procedimentos que possibilitem a segurança
do paciente e a qualidade da assistência. Método: estudo descritivo, com abordagem quantitativa.
Participaram 25 pacientes internados nas enfermarias cirúrgicas do HUPE. A coleta deu-se de julho a
outubro de 2012. Os dados foram obtidos da entrevista e do exame físico através do instrumento de
visita pós-operatória construído. Resultados: Através do instrumento de visita pós-operatória, dois
eventos adversos (dor e equimose em região sacra) foram evidenciados em 01 paciente, devido ao
posicionamento cirúrgico (decúbito dorsal) e à duração da cirurgia (3h40 minutos). Os dados da
entrevista mostraram que a maioria dos pacientes qualificaram a assistência como
ótima. Conclusão: os objetivos do estudo foram alcançados, mostrando a importância do enfermeiro
de centro cirúrgico em implementar a SAEP, em prol de uma assistência de qualidade, que
proporcione a segurança do paciente, a fim de evitar danos ou lesões ao mesmo, prevenindo assim,
eventos adversos referentes à cirurgia e favorecendo a promoção de uma cirurgia segura.
[84]
Organização e Realização:
66 - CÓD.887
VALIDAÇÃO DA ESTERILIZAÇÃO EM PACOTES DE ALGODÃO TECIDO SEGUNDO TESTES
LABORATORIAIS.
AUTORES: IOLANDA BESERRA DA COSTA SANTOS1; PAULO EMANUEL SILVA2; ANA PATRICIA ALVES DE BRITO FORMIGA3;
DENISE LUCKWU MARTINS4; BERNADETE HELENA CAVALCANTI DOS SANTOS5;
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,5.UFPB, JOAO PESSOA - PB - BRASIL; 2,3,4.UFPB - HULW, JOÃO PESSOA - PB - BRASIL.
Introdução: Esterilização é o processo que visa destruir todas as formas de vida com capacidade de
desenvolvimento de microrganismos durante a conservação e utilização do produto. Data de
validade é empregada para determinar a legalidade da esterilização, entretanto a manutenção do
tempo está relacionada aos eventos adversos dependendo de fatores, como: qualidade da
embalagem; condições de transporte dos pacotes e práticas de manuseio. Justificativa: A
embalagem adequada e a selagem segura conferem ao material a proteção necessária para
manutenção da legitimidade do produto. Considerando que o prazo de validade é uma questão
complexa e depende de diversas condições, os hospitais brasileiros determinam prazos de validade
estabelecidos pela instituição, mas, estabelecem prazos de validades curtos, neste sentido, acreditase que estudos experimentais possam reforçar a teoria de que o prazo de validade se estendam
contribuindo para mudanças da prática Hospitalar. Objetivos: Identificar a validação da esterilização
em pacotes de algodão tecido de Brim Solasol segundo testes Microbiológicos; Analisar os tipos de
artigo contido no pacote de algodão nos períodos de 7; 14 e 30 dias, mediante os testes
Microbiológicos. Método: Trata-se de um estudo experimental com enfoque quantitativo, realizado
no Centro de Material e Esterilização (CME) do Hospital Universitário Lauro Wanderley – HULW da
UFPB, situado no campus 1 em João Pessoa/PB. A amostra foi composta por 18 artigos, sendo 09
para o grupo teste e 09 para o controle. Foram estratificados pinças de uso exclusivo do Bloco
Operatório, tubos de ensaio para coleta de material de foco de infecção e peras de borracha para
aspiração. Em todos os pacotes foram utilizados campo simples como envoltório primário e duplo de
algodão externamente. Antes de iniciar as coletas os artigos selecionados foram esterilizados em três
autoclaves a vácuo sob pressão, na temperatura de 134ºC em 10 minutos, após o teste desafio de
Bowie & Dick. Os itens escolhidos permaneceram nas prateleiras aramadas do CME e Bloco
operatório. Na carga das autoclaves onde estavam os itens escolhidos utilizou-se integrador químico
classe cinco e o teste biológico Bacilus Sthearothermofilus. A pesquisa foi iniciada no mês de junho
de 2014. Para realização das coletas era feita a degermação das mãos e antebraço e utilizavam-se
luvas estéreis. Após esse primeiro procedimento, com um Swab estéril descartável contendo meio de
Stuart para transporte umedecido com soro fisiológico a 0,9% se realizava um esfregaço nas partes
consideradas de difícil acesso de limpeza e esterilização. No laboratório era processado nas placas de
Petri, essas placas estavam com 02 meios de cultura: Mac Konkey e Ágar sangue. Resultados: Com a
estufa bacteriológica calibrada a 35°C colocou-se as placas para leitura em dois momentos, no
primeiro em 24 horas e no segundo reincubado por 48 horas para verificar o crescimento bacteriano.
Foi identificado que não houve crescimento bacteriano, nas 18 amostras do grupo teste e do
controle. Conclusões: Após os experimentos confirmamos que o tempo de validade da esterilização
dos artigos embalados em algodão tecido pode ter prazo de validade superior a 30 dias, com a
temperatura de 134ºC por 10 minutos mesmo que estes não sejam armazenados no CME, como foi
visto os materiais do BO, desde que observados os eventos adversos que possam ocorrer no sistema
de guarda que comprometam a violação das embalagens e da esterilidade.
[85]
Organização e Realização:
67 - CÓD.891
DIRETRIZES ASSISTENCIAIS NA AVALIAÇÃO DO ESTADO FISIOLÓGICO DO PACIENTE PÓSOPERATÓRIO.
AUTORAS: ADRIANA NUNES LOPES; SOLANGE MACHADO GUIMARÃES; ISABEL CRISTINA DAUDT.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE LUTERANA BRASILEIRA, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: O processo de recuperação anestésico pode ser tranquilo e estável, como também
imprevisível e cercado de uma série de complicações e eventos, devido à diversidade de pacientes,
tipo de cirurgia, anestesia, tempo de recuperação, reafirmando então a importância do olhar clínico
do enfermeiro e, por meio da utilização de escalas/índices integrados a instrumentos proposto.
Tradicionalmente utiliza-se o Índice de Aldrete e Kroulik criada em 1970, sendo, desta forma a alta
do paciente baseia-se em cinco variáveis: atividade motora, respiração, circulação, consciência e
saturação de oxigênio, sendo insatisfatória, pois seus critérios avaliativos logo em 120 minutos serão
atingidos. Por outro lado, devido ao aparecimento de novas técnicas analgésicas como bloqueios
periféricos, fármacos de eliminação rápida, de novos dispositivos de ventilação, fazem que este
índice seja atingido rapidamente e não compatíveis com a alta. Neste sentido faz-se necessária uma
escala ou escore que vai de encontro deste desenvolvimento de boas práticas anestésicas.
Atualmente estudos retomam outras escalas de avaliação em conjunto com o Índice de Aldrete e
Kroulik modificada desenvolvida por White, incluindo dor, náuseas, vômitos e
sangramento. Objetivo: Conhecer, as diretrizes assistenciais sobre escores e escalas numéricas
utilizadas pelos enfermeiros na avaliação do estado fisiológico do paciente no pós-operatório.
Método: Revisão bibliográfica, qualitativa para criação de um protocolo, admissão do paciente pósoperatório e para a alta da SRPA, ajudando na fundamentação de estudo significativo para a
enfermagem. A coleta dos dados ocorreu no segundo semestre de 2013, sendo que após a
identificação dos artigos, foram analisados os resumos dos mesmos. A análise dos dados realizou-se
por meio da abordagem qualitativa, com o estabelecimento da descrição de escalas/índices
utilizados para a avaliação dos pacientes: Aldrete & Kroulik modificado, Dor, Náuseas e Vômitos pósoperatórios, de sedação Ramsey, PADSS (Post Anesthetic Discharg Score System), Steward,
Hipotermia, Sangramento e Escore de Alta. Após a leitura minuciosa dos artigos e decisão por
inclusão, no estudo os dados da pesquisa foram incluídos através de quadros
sinópticos. Resultados: A enfermagem utiliza-se de várias escalas e índices como norteadoras do
cuidado, as principais escalas e índices utilizados para a classificação das condições do paciente na
admissão e alta da SRPA, criando um escore/índice, integrando itens pré-selecionados. Foram
identificadas as seguintes escalas, sendo a mais utilizada ao Índice de Aldrete e Kroulik. O protocolo
sugerido foi que todos os critérios e parâmetros apresentados desde admissão até a alta da
recuperação sejam incluindo: rotinas, monitorização, critérios que deverão incluir as funções:
respiratórias, cardiovascular, neurovascular, dor, náuseas/vômitos (N/V) no pós-operatório (PO),
sangramento, hipotermia e capacidade de micção. Quando apresentar uma pontuação maior ou
igual a 12, o paciente então será liberado para casa. Conclusão: Com experiência profissional em sala
de recuperação, observamos que, apesar do índice de Aldrete & Kroulik ser utilizado em virtude de
sua praticidade pelos enfermeiros, deixa-se de lado critérios avaliativos de primordial importância
como: temperatura, dor, náuseas/vômitos e hemorragias, entretanto, temos que outros critérios
possam implementar um escore definidor, baseado nas necessidades dos pacientes pós-operatório.
[86]
Organização e Realização:
68 - CÓD.894
PARAMENTAÇÃO AMBIENTAL E CIRÚRGICA: CONDUTAS E RECOMENDAÇÕES NO
CENTRO CIRÚRGICO.
AUTORES: SUZANA DA ROSA GARCIA; SOLANGE MACHADO GUIMARÃES; ISABEL CRISTINA DAUDT.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE LUTERANA BRASILEIRA, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: O conhecimento das diretrizes ou protocolos sobre a paramentação cirúrgica, como
processo de ensino e aprendizagem exercida por enfermeiros, favorece o desenvolvimento de
habilidades no contexto cirúrgico e contribui para a qualidade de assistência aos pacientes cirúrgicos,
pois é parte componente das ações de enfermagem e para a recuperação da saúde do paciente no
perioperatório. Objetivos: Descrever as técnicas assépticas de controle de infecções hospitalares
para a paramentação ambiental (PA) e cirúrgica (PC), a fim de esclarecer quais as condutas ou
recomendações mais indicadas e como objetivos específicos, relacionar as etapas da PA quanto à
indumentária para o acesso ou a mobilidade do pessoal no centro cirúrgico; escrever a técnica de
preparação pré-cirúrgica das mãos, bem como o insumo antisséptico; demonstrar a técnica da
colocação do avental cirúrgico, a forma ou o ritual para o ajuste e amarras para o fechamento e as
condutas para a colocação das luvas cirúrgicas. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica, por
busca nas bases de dados online por meio de periódicos, capítulos de livros. A partir dos dados
levantados organizou-se uma sequência de técnicas de paramentação ambiental e cirúrgica,
apresentadas por meio de imagens e orientação de cada de forma descritiva. Resultados: resultados
preconizados para a PA iniciam-se pela sequência da higienização das mãos na entrada e saída do
vestiário, da colocação da touca, jaleco e da calça comprida e os propés ou os calçados. A PC
estabelece uma barreira contra a contaminação do sítio cirúrgico dos pacientes e para proteção dos
profissionais O preparo pré-cirúrgico de mãos com a utilização ou não de artefatos, secagem das
mãos com compressa estéril, colocação de avental cirúrgico e luvas cirúrgicas e montagem da mesa
cirúrgica. Desta forma, acredita-se que, tanto a segurança do ato cirúrgico como os resultados pósoperatórios serão satisfatórios quando exercido por equipe devidamente qualificada. Conclusão. O
entendimento da equipe de enfermagem e dos médicos ou acadêmicos sobre as diretrizes sobre a
paramentação quer seja ambiental ou cirúrgica, é importante nas medidas que a prevenção das
infecções possa ser uma conduta de todos com a adesão na segurança do paciente e da equipe.
[87]
Organização e Realização:
69 - CÓD.896
ATIVIDADES DOS ENFERMEIROS DO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILZAÇÃO EM
INSTITUIÇÃO HOSPITALAR DO ESTADO DE RORAIMA.
AUTORES: RAPHAEL FLORINDO AMORIM; CELIANE PEREIRA DA SILVA E SILVA; LANNA JENIFFER SILVA RODRIGUES;
NATHÁLIA FAÍZA MOURA DOS SANTOS; VITÓRIA CRUZ LANA.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA, BOA VISTA - RR - BRASIL.
De acordo com a RDC nº 15, o Centro de Material e Esterilização - CME é a unidade funcional dentro
das instituições hospitalares, no qual grande parte do arsenal é encontrado neste setor. A
importância do CME dentro dos hospitais exige padronização nas condições e estrutura
organizacional, que devem ser adequados para execução de suas atividades, afim de que haja
garantia de qualidade dos artigos médicos hospitalares lá processados. A presença de enfermeiros
neste setor é de fundamental importância, devido à necessidade de gerenciamento do processo de
trabalho, das medidas necessárias de previsão e provisão de material médico-hospitalar, entre
outras. Diante desta perspectiva, observou-se a necessidade de especificar as atividades
desenvolvidas pelo enfermeiro e periodicidade de realização destas, além de conhecer o perfil do
profissional do CME. Este estudo teve por objetivo identificar as atividades dos enfermeiros que
atuam no CME de uma instituição hospitalar do Estado de Roraima. Trata-se de uma pesquisa
descritiva e transversal, realizada em uma instituição hospitalar com administração estadual e que
atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde. Localizada na cidade de Boa Vista, esta ainda
serve como referência para os municípios do interior, dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas e
dois países fronteiriços (Guiana e Venezuela). Foram realizadas entrevistas com enfermeiros que
atuam no CME levando em consideração o perfil e frequência destas atividades. As respostas foram
medidas de acordo com a Escala de Likert que varia de nunca, raramente, diariamente,
semanalmente e mensalmente. Em relação ao perfil dos entrevistados observou-se que 100% dos
profissionais são do sexo feminino e possuem tempo de formação acadêmica e atuação no CME
entre 1 a 5 anos. 66,6% tem especialização em áreas não relacionadas o CME. Dentre as atividades
relacionadas, as de coordenação, supervisão, acompanhamento da equipe na execução das
atividades, confirmação da programação das cirurgias, verificação e controle do uso, devolução dos
materiais em consignação, atividades de acompanhamento, controle, avaliação de materiais e
supervisão de funcionamento dos equipamentos, são atividades de rotina diária de 100% dos
entrevistados. Sobre capacitação específica, 100% dos entrevistados relataram ocorrer raramente.
Identificou-se que o acompanhamento da realização de testes químicos ocorre diariamente e os
testes biológicos ocorrem semanalmente segundo 100% dos profissionais. Observou-se a ausência de
programa de risco ocupacional e problemas de dimensionamento de enfermeiros para os plantões
noturnos, acarretando em sobrecarga dos profissionais e falta de suporte em cirurgias emergenciais.
Sendo assim, conclui-se que devido a falta de experiência profissional e capacitação especializada no
CME o processo de esterilização dos materiais médico-hospitalares pode ser colocado em risco
acarretando prejuízos para o paciente e instituição. Desta forma há necessidade de maior
aperfeiçoamento e definição das atividades destes profissionais, além de maior suporte por parte
dos gestores públicos no apoio técnico e recursos humanos. O desenvolvimento de pesquisas nesta
área também podem contribuir para a melhoria da qualidade do trabalho realizado neste setor.
[88]
Organização e Realização:
70 - CÓD.897
DESINFECÇÃO DE ENDOSCÓPIOS.
AUTORES: ELIZETE SOUZA BUENO; IVANA TREVISAN; CLAUDIA CARINA SANTOS; ALINE TELLES; ESTER IZABEL SOSTER
PRATES.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSP. CLINICAS POA, VIAMÃO - RS - BRASIL.
Introdução: Com resolução 03/13, sobre os requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os
serviços de endoscopia com via de acesso ao organismo por orifícios exclusivamente naturais tornouse necessário a criação de uma sala de desinfecção especialmente desenhadas para esse fim, que por
meio de imersão manual ou automatizados em Steranios 2%, ácido peracético ou outros produtos
realiza a desinfecção. Assim houve a necessidade de adequação da área para a criação da sala de
desinfecção dos endoscópios flexíveis e treinamento da equipe. Objetivo: Criar registros da
experiência de como atuar na sala desinfecção de endoscópios e servir como referência para a
enfermagem operante nessa área. Método: Estudo descritivo de um relato de experiência em um
hospital universitário. Resultados: A desinfecção dos endoscópios flexíveis é realizada por pessoal
treinado na sala de desinfecção, antes e após o procedimento, pois a sua eficácia pode ser afetada
pela má limpeza prévia, presença de carga orgânica e inorgânica, tipo e nível de contaminação
microbiana e concentração de germicida e tempo de exposição a ele. Logo após o procedimento a
equipe de sala de procedimento procede à aspiração inicial com a torre de vídeo e realiza os testes
de insuflação e vedação do aparelho, após transporta-o em caixa apropriada para a sala de
desinfecção onde realiza a escovação, limpeza manual, enxágue em água corrente e secagem.
Cabendo ao funcionário da sala de desinfecção receber o aparelho observando a adequada limpeza
executar as etapas do processo de desinfecção deixando pronto para uso imediato. A desinfecção é
realizada mergulhando o aparelho por 30min em solução de Steranios 2%, que conforme a SOBECC
(2013) é a solução química de desinfetante de alto nível que atualmente é indicada para esse tipo de
aparelho. No final do turno, ou após o termino dos exames os endoscópicos são armazenados em
uma sala própria, verticalmente conforme resolução vigente. Para o controle e possível rastreamento
de intercorrências foi criado um prontuário de cada aparelho que deve ser preenchido com dados de
identificação do paciente, equipe e lote do desinfetante utilizado. Também são registrados os
acidentes ocupacionais se houver. Considerações Finais: A atuação da equipe de enfermeiros na sala
de processamento dos equipamentos endoscópios garante a segurança do paciente. A falta de
cumprimento das recomendações pode não somente provocar a transmissão de patógenos, mas
também o risco de ter um diagnóstico errado (por causa da introdução de material patológico de um
paciente para outro paciente), mau funcionamento dos instrumentos e redução de sua vida útil.
Além disso, estudos comprovam que o processo de desinfecção elimina a maioria, se não todos, os
microrganismos patogênicos com exceção dos esporos bacterianos e evidenciam que é insignificante
a incidência de transmissão de patógenos durante o procedimento, sendo um evento extremamente
raro quando são respeitados os procedimentos de controle de infecções.
[89]
Organização e Realização:
71 - CÓD.898
APLICAÇÃO DO CHECKLIST PARA CIRURGIA SEGURA EM UM HOSPITAL ESCOLA DO PIAUÍ:
RELATO DE EXPERIÊNCIA.
AUTORES: TAIANE SOARES VIEIRA; YARA AMORIM DE AGUIAR; ROXANA MESQUITA SIQUEIRA; MARISTELLA ALVES
NASCIMENTO.
E- MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO PIAUÍ, TERESINA - PI - BRASIL.
Introdução: Em 2004 iniciou-se um movimento mundial a cerca da segurança do paciente em
atenção a resolução 5518 da 55ª Assembleia Mundial da Saúde. Esse movimento lançou desafios
globais a serem estudados e realizados para que o paciente fosse assistido de maneira segura. O
segundo desafio global focou a segurança da assistência cirúrgica. Baseado nesse desafio a
Organização Mundial de Saúde iniciou um projeto que teve início em 2006 com especialistas de todo
mundo, onde se foi concluído, dentre outras, que o uso de uma lista de verificação de todos os
passos importantes do procedimento anestésico cirúrgico proporcionaria uma melhor assistência e
redução de danos ao paciente. Objetivo: Relatar a experiência da aplicação de uma lista de
verificação de segurança cirúrgica elaborada a partir do check-list de cirurgia segura proposto pela
Organização Mundial de Saúde. Método: Pesquisa descritiva, narrativa, de nivel I, do tipo relato de
experiência com a aplicação de uma lista de verificação de segurança cirúrgica elaborada a partir do
check-list de cirurgia segura proposto pela Organização Mundial de Saúde em 60 procedimentos
anestésico cirúrgicos realizados no centro cirúrgico de um hospital escola, situado no estado do Piauí,
no período de novembro de 2013 a março de 2014, seguindo as três etapas preconizadas pela
Organização Mundial de Saúde. Resultados: Verificou-se que a utilização de uma lista de verificação
cirúrgica traz melhorias significativas para o serviço em centro cirúrgico. Para o paciente os ganhos
são enormes desde a diminuição da ansiedade na entrada até os cuidados nas três fases da aplicação
da lista. Identificou-se a necessidade de mudança de alguns itens e inclusão de outros pelas
peculiaridades do hospital e do serviço. Evidenciou-se que é de suma importância a participação do
enfermeiro e que este coordene todo o processo de aplicação da lista por saber conduzir com
responsabilidade e domínio técnico cada etapa do processo. Também foi constatado que um dos
maiores entraves para o bom preenchimento da lista foi o problema de comunicação entre alguns
profissionais, evidenciando que a comunicação é essencial para o andamento correto do
preenchimento de uma lista de verificação de cirurgia segura. Conclusão: Aplicar uma lista de
verificação de cirurgia segura requer o domínio de conhecimentos sobre centro cirúrgico e todo o
seu processo de trabalho bem como uma atenção minuciosa sobre o paciente e o procedimento ao
qual ele será submetido. Essa aplicação exige de todos os membros da equipe muita
responsabilidade. É necessário o envolvimento dos profissionais para que todos respeitem cada item,
cada etapa e tenham consciência de que, para a realização desse trabalho de forma correta, é
necessário realmente fazer o que se preconiza na literatura sobre segurança ao paciente em
procedimento cirúrgico e preencher corretamente o check-list.
[90]
Organização e Realização:
72 - CÓD.899
AVALIAÇÃO DO PROCESSAMENTO DE PRODUTOS EM HOSPITAL PÚBLICO DA AMAZÔNIA
OCIDENTAL.
AUTORA: DANIELA OLIVEIRA PONTES
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIV. FEDERAL DE RONDÔNIA, PORTO VELHO - RO - BRASIL.
Introdução: Para que se obtenha o controle das Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde, a
qualidade do Processamento de Produtos para a Saúde(PPS) deve ser avaliada. Na avaliação da
saúde, os aspectos de maior relevância para o serviço foram descritos por Avedis Donabedian, no
qual foca três aspectos que devem ser abordados: estrutura, o processo e o resultado (FELDMAN &
CUNHA, 2006). GRAZIANO et. al (2009), propôs um modelo de avaliação do PPS. Este instrumento foi
validado quanto ao seu conteúdo. Destaca-se assim, a necessidade de classificação das
conformidades e inconformidades encontradas em nossos serviços e principalmente em nossa região
que carece de estudos que subsidiam nossa prática profissional. Objetivos: Objetivo Geral: Verificar
o PPS na Central de Material e Esterilização, classe II, de um Hospital Público do Município de Porto
Velho, Rondônia. Objetivos Específicos: 1. Aplicação de indicadores de avaliação de estrutura e
processo do PPS; 2. Identificação das principais inconformidades do PPS; 3. Encaminhamento dos
resultados à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da Unidade. Método: Pesquisa descritiva
seccional de abordagem quantitativa. Realizada no CME da Instituição de Saúde Hospital de Base Dr.
Ary Pinheiro, única unidade de atenção terciária do estado, onde são realizados procedimentos
complexos como cirurgias cardíacas e transplantes. Os dados encontrados foram tabulados e
analisados sob a forma de quadros. A coleta foi realizada no mês de maio. Foi utilizado o método de
inspeção e registro, com os indicadores de PPS em forma de checklist conforme GRAZIANO et. al
(2009). Resultado: 1. Indicador de avaliação para recursos técnico-operacionais para a etapa de
limpeza – 16 itens avaliados, 10 ausentes. 2. Indicador de avaliação de processo para a etapa de
limpeza – 15 itens avaliados, 14 ausentes. Destacam-se: tempo de imersão no detergente sem
padronização, somente agua fria, ausência de registro da qualidade da agua, ausência equipamento
automatizado para a limpeza e uso inadequado dos Equipamentos de Proteção Individual. 3.
Indicador de avaliação para recursos técnico-operacionais para preparo e acondicionamento – 6 itens
avaliados, 4 ausentes. 4. Indicador de avaliação de processo de preparo e acondicionamento – 12
itens avaliados, 6 ausentes. 5. Indicador de avaliação de estrutura técnico-operacional para
esterilização, guarda e distribuição – 12 itens avaliados, 8 ausentes. 6. Indicador de processo de
esterilização, guarda e distribuição – 14 itens avaliados, 11 ausentes. Conclusão: A pesquisa
evidenciou no 1º indicador 63% de inconformidades, 2º indicador 93% de inconformidades, 3º
indicador 67% de inconformidades, 4º indicador 50% de inconformidades, 5º indicador 67% de
inconformidades e 6º indicador 79% de inconformidades, destacando a fragilidade na qual se
encontra esta Unidade. Apesar das atividades que são realizadas adequadamente, ainda faltam
muitas mudanças que possibilitem o funcionamento apropriado, para assim obter um PPS seguro. A
implantação sistemática e periódica dos indicadores de PPS, poderia gerar dados que mostrassem à
esfera gestora deste hospital, a dimensão real em que se encontra a CME observada, bem como,
suas necessidades específicas.
[91]
Organização e Realização:
73 - CÓD.900
ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM PRÉ OPERATÓRIA EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA NO
TRATAMENTO EM ONCOLOGIA.
AUTORES: FABIO JOSE DE ALMEIDA GUILHERME1; NAYANA DE MATTOS GUIMARAES2; FRANCISCA MARIA DA SILVA NOBRE
PAIVA3; ZORAIA PEREIRA DE CASTRO4; MARIA DA SOLEDADE SIMEÃO DOS SANTOS5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.UNIGRANRIO, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL; 2,3,4.HOSPITAL MARIO KROEFF, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL;
5.UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL.
Introdução: Na atenção ao paciente em pré operatório, a equipe de enfermagem é responsável por
estabelecer e desenvolver inúmeras ações para os cuidados de enfermagem. Estes cuidados incluem
também orientação, preparo físico e emocional, avaliação e encaminhamento ao centro cirúrgico
com a finalidade de diminuir o risco cirúrgico, promover a recuperação e evitar complicações no pós
operatório1. A orientação é uma forma de estabelecer as dúvidas que a intervenção cirúrgica provoca
e o enfermeiro é o profissional que prepara o paciente quanto a cirurgia a ser realizada e aos
cuidados pré e pós-procedimento, aos riscos e benefícios, em linguagem acessível2. Observa-se
atualmente que as instituições hospitalares passam por um processo contínuo de humanização,
gerando a busca constante na melhoria da qualidade de atendimento e a obtenção da satisfação dos
pacientes e dos familiares, com o serviço de saúde adequado à realidade financeira das instituições.
Para isso são necessários profissionais preparados e dispostos a proporcionar um atendimento
globalizado3. Diante disso, os autores iniciaram esse estudo com o intuito de otimizar as orientações
ao paciente no período Pré operatório em relação à utilização de adornos em um Hospital
Oncológico localizado no município do Rio de Janeiro, onde os autores vivenciam dificuldade em
relação à essa temática. Vivenciamos um grande número de pacientes que utilizam cabelo artificial,
pacientes provenientes da Unidade de Internação com cabelos molhados antes da cirurgia, além
daqueles pacientes que acabam não seguindo a recomendação de manter-se em dieta zero, uso de
próteses dentárias, piercing entre outros adornos. A ocorrência de utilização ou situações que foram
descritas anteriormente pode inviabilizar o procedimento cirúrgico. Objetivo: Elaboração de um
folder explicativo, com o intuito de fornecer orientações ao paciente oncológico, no período Pré –
Operatório sobre os riscos da utilização de adornos. Método: Estudo qualitativo, descritivo a partir
da experiência dos autores na elaboração de um folder explicativo com o intuito de fornecer
orientações ao paciente oncológico, no período Pré – Operatório sobre os riscos da utilização de
adornos. Com o intuito de aproximarmos da literatura a cerca da temática, definimos os seguintes
Descritores em Ciências da Saúde: Enfermagem Perioperatória, Educação em Saúde, Enfermagem
Oncológica. Resultado: Ao identificamos inúmeras abordagens através de folder em relação à
orientação ao paciente em pré operatório, definimos um folder que atendesse a realidade do
serviço, através de reuniões com a Gerência de Enfermagem e os Enfermeiros que atuam no
Ambulatório, Centro Cirúrgico e da Clínica Cirúrgica. O Folder foi implementado na 2ª quinzena do
mês de Junho de 2014. Conclusão: A elaboração e implementação do folder informativo ao paciente
em pré operatório em relação à utilização de adornos teve uma boa aceitação por parte dos
pacientes, impactando positivamente e reduzindo as situações vivenciadas ocasionadas pelo uso de
adornos.
[92]
Organização e Realização:
74 - CÓD.901
INTERVENÇÕES ANTI-ESTRESSE PARA TRABALHADORES DO CENTRO CIRÚRGICO.
AUTORES: DANILO SERVILHA RIZZI; RENATA PERFEITO RIBEIRO; JULIA TREVISAN MARTINS; JOÃO PAULO BELINI JACQUES;
DENISE RODRIGUES COSTA SCHMIDT.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA - PR - BRASIL.
O estresse ocupacional é provocado pelo ambiente de trabalho que afeta a saúde do trabalhador,
gerando agravos a saúde deste individuo, física e emocionalmente. A realização de intervenções antiestresse individuais e organizacionais para a equipe de enfermagem melhora a saúde física e
emocional dos trabalhadores, levando a melhor satisfação destes e conseqüentemente aumentando
a produtividade e melhorando assim o cuidado prestado ao paciente. Com isso objetivou-se desvelar
os sentimentos dos trabalhadores do Centro Cirúrgico após a experiência de serem cuidados em uma
sala de “bem estar” no próprio ambiente laboral. Esta é uma pesquisa de abordagem qualitativa, que
fez parte de projeto de pesquisa que apresentou o objetivo de realizar intervenções para minimizar o
estresse e propiciar o bem estar do trabalhador em seu ambiente de trabalho. No presente estudo
foram realizadas entrevistas até ocorrer à convergência das falas, onde foram abordados 15
trabalhadores de enfermagem que participaram das atividades do estudo primário (intervenções
para minimizar o estresse), as entrevistas, foram realizadas individualmente e audiogravadas. A
coleta dos dados ocorreu no período de agosto e setembro de 2013. Para a análise dos resultados
utilizou-se a técnica de Análise de Conteúdo. Utilizou-se como pressuposto teórico o Interacionismo
Simbólico. A população foi constituída em sua totalidade por trabalhadores do gênero feminino, na
faixa etária de 33 a 59 anos, sendo estas enfermeiras, técnicas e auxiliares de enfermagem.
Desvelaram-se as seguintes categorias: Ambiente que propicia a diminuição de estresse; Ambiente
próprio para o cuidado; Ambiente que facilita a relação interpessoal; Ambiente que propicia o
reconhecimento; Ambiente que recarrega as forças para prestar a assistência; Ambiente de inclusão;
Ambiente que propicia a saúde física. Conclui-se que a sala de bem estar é uma alternativa real e
concreta para a promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos aos trabalhadores de
enfermagem dentro do próprio ambiente laborativo.
[93]
Organização e Realização:
75 - CÓD.902
QUANTIDADE DE CICLOS DE ESTERILIZAÇÃO ASSOCIADOS À MANUTENÇÃO DO
EQUIPAMENTO.
AUTORES: IOLANDA BESERRA DA COSTA SANTOS1; PAULO EMANUEL SILVA2; GISÉLIA ALVES ARAÚJO3; MILENA MOURA
MEDEIROS4; ANDREA CRISTINA DE MELO5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.UFPB, JOAO PESSOA - PB - BRASIL; 2,3,4,5.UFPB - HULW, JOÃO PESSOA - PB - BRASIL.
Introdução: As infecções relacionadas aos serviços de saúde são complicações decorrentes de
procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, que representam entraves na qualidade da
assistência. Estas podem ser classificadas como endógenas, se os agentes causadores estão
presentes no indivíduo ou exógenas, se os microrganismos são provenientes do meio externo. O
controle das infecções exógenas depende da prática de prevenção exercida pelos profissionais da
saúde quanto as medidas adotadas, entre elas estão o reprocessamento de artigos
hospitalares. Justificativa: A esterilização interrompe a cadeia de transmissão de microrganismos.
Para esta finalidade, utilizam-se indicadores de qualidade do processo, buscando a mensuração de
cada etapa do ciclo, recomenda-se para o monitoramento da esterilização as avaliações física,
química e biológica. O controle físico envolve o monitoramento dos parâmetros críticos, por meio de
registro manual ou impressora interligada ao esterilizador, sendo necessária sua manutenção como
forma de garantia da eficácia dos parâmetros, assim a central de esterilização deve estabelecer
protocolos de manutenção preventiva e corretiva de acordo com a recomendação do fabricante do
equipamento em conjunto com a Engenharia e Manutenção do Hospital. Objetivos: Identificar a
quantidade de ciclos de esterilização realizados em autoclaves a vapor sob pressão no período de
maio de 2013 a maio de 2014; averiguar o número de manutenções preventivas e corretivas
realizadas nas autoclaves nesse período conforme cronograma elaborado pela empresa prestadora
de serviço e realizar análise de correspondência acerca dos eventos adversos relacionados as
manutenções efetuadas durante um ano. Método: Trata-se de um estudo documental retrospectivo
ancorado na concepção de que neste estudo são investigados documentos a fim de descrever e
comparar usos e costumes, tendências, e outras características. A pesquisa foi realizada no Centro de
Material e Esterilização do Hospital Universitário Lauro Wanderley – HULW/UFPB, situado no campus
1 em João Pessoa/PB. Os dados foram obtidos através dos registros contidos nos livros de protocolos
do serviço. Resultados: Identificou-se 6.162 ciclos de esterilização em 03 autoclaves do Hospital no
decorrer do estudo. Considerando a manutenção preventiva de acordo com o cronograma da
empresa existia uma previsão de 36 manutenções, e foram realizadas de acordo com os registros dos
técnicos 31 manutenções. As manutenções corretivas nos registros mostraram um quantitativo de
113. No mesmo período conforme os registros ocorreram 43 eventos adversos, ressalta-se que esses
episódios possuem forte correlação com as manutenções corretivas. O número de vezes que o
equipamento passa sem funcionar acarretam diversos problemas tanto nas autoclaves quanto no
fornecimento de materiais para o hospital em tempo hábil. Conclusões: Documentou-se o número
das manutenções efetuadas nos equipamentos que realiza a esterilização no serviço, considerando
que essa condição pode refletir na qualidade do atendimento ao interno do hospital. O estudo
permitiu averiguar a importância dos registros de enfermagem no sentido de fortalecer o
monitoramento das manutenções, e trouxe indícios para reformulação do POP. Espera-se que esses
resultados sirvam de subsídios para as ações educativas e de vigilância, para uma prática segura no
reprocessamento de materiais, sendo que os maiores beneficiários da qualidade da esterilização é o
paciente.
[94]
Organização e Realização:
76 - CÓD.904
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPLANTAÇÃO DO CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA EM UMA
UNIDADE DE CIRURGIA AMBULATORIAL.
AUTORAS: LAIS VILANOVA TAVARES VITORIANO1; CLAUDIA SILVA MARINHO ANTUNES BARROS2.
E- MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.UERJ/HUPE, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL; 2.UFBA, SALVADOR - BA - BRASIL.
Introdução: A ocorrência de EAs é considerada um dos indicadores de qualidade da assistência,
sendo um dos pontos avaliados em processos de acreditação. Em 2007 a Organização Mundial de
Saúde iniciou um programa Save Surgery Saves Lives, direcionado para a redução de danos
relacionados a procedimentos cirúrgicos. Nas instituições hospitalares caracterizadas como unidade
de Cirurgia Ambulatorial, apresentam uma dinâmica diferente com maior volume cirúrgico se
comparado a centros cirúrgicos tradicionais, requerendo por isso estratégias que aumentem a
segurança dos pacientes uma vez que sua dinâmica acelerada pode ser fator aumentado de risco
para eventos adversos neste âmbito. Objetivo: Relatar a experiência das autoras sobre a implantação
do protocolo de Cirurgia Segura Salvam Vidas da OMS em uma unidade de Cirurgia Ambulatorial
como estratégia de segurança para a prevenção de eventos adversos, relacionados aos
procedimentos cirúrgicos. Metodologia: Estudo descritivo de relato da experiência vivenciado pelas
autoras durante o processo de implantação do protocolo de cirurgia segura no CC de um HospitalDia, privado, em Salvador-Ba. Resultado e Discussão: Foi criado um Comitê de Segurança do
Paciente, multidisciplinar com autonomia para desenvolver um programa de ação que contemplasse
a implantação das metas internacionais de segurança preconizadas pela OMS, adequando-as à
unidade em questão. A confecção do check-list de cirurgia segura ocorreu através de reuniões
semanais do comitê, a primeira versão elaborada foi apresentada a equipe de anestesiologia e aos
auxiliares/técnicos de enfermagem para contribuições e sugestões. Uma enfermeira do CC
integrante do comitê realizou o treinamento da equipe de enfermagem adequando a escala de
serviço, conseguindo treinar todos os colaboradores. Para a sensibilização da equipe de
anestesiologistas, foram distribuídas entre os mesmos, artigos científicos sobre o tema. Dos 20
anestesiologistas associados, apenas 20% participaram, o que corrobora com as dificuldades
relatadas por outras. O treinamento ocorreu em dois momentos: o teórico e o prático, sendo o
primeiro voltado para a parte conceitual do programa de cirurgia segura. Nas aulas práticas
utilizamos a técnica de simulação realística, no próprio centro cirúrgico, visando tornar a simulação
mais próxima do vivenciado no dia a dia. O plano piloto foi iniciado em apenas uma sala operatória
durante o mês de julho de 2011 para adequar o check-list às sugestões da equipe técnica. A
implantação definitiva do check-list a rotina do CC com a substituição dos impressos ocorreu em
novembro de 2011. Por último foi definido os indicadores que seriam monitorados no check-list após
um mês da implantação, para mensuração da qualidade da assistência. Conclusão: Ao internalizar,
como prioridade na instituição, a segurança da assistência ao paciente, a implantação do check-list
trouxe um patamar superior de qualidade de atendimento no CC. A nova rotina foi bem aceita pelos
colaboradores pois houve o envolvimento de todos como sujeitos do processo e não apenas
cumpridores de uma nova atribuição. Que esse trabalho possa servir de incentivo a outras
instituições em compartilhar esta experiência trabalhosa e gratificante, e ampliar o olhar para reduzir
os fatores de risco e minimizar os eventos adversos, tais como as infecções de sitio cirúrgico,
assegurando uma assistência cada vez mais segura ao paciente.
[95]
Organização e Realização:
77 - CÓD.905
PROTOCOLO DE SEGURANÇA DE MANEJO DA SEDE: ASSOCIAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE
SEGURANÇA NÃO ATINGIDOS COM A PERIODICIDADE DE SUA APLICAÇÃO.
AUTORES: STEFANIA TAGLIARI DE OLIVEIRA; LEONEL ALVES NASCIMENTO; THAMMY GONÇALVES NAKAYA; LIGIA FAHL
FONSECA; JOÃO PAULO BELINI JACQUES.
E- MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA - PR - BRASIL.
O temor de broncoaspiração perpetua o jejum prolongado no Pós-Operatório Imediato e
perpetuando a incidência e a intensidade da sede. Com o intuito de avaliar a segurança na
administração de um método de alívio da sede, construiu-se e validou-se o Protocolo de Manejo
Seguro da Sede (PSMS) que avalia cinco critérios clínicos de segurança para o manejo da sede: Nível
de Consciência, Reflexos Protetores de Vias Aéreas (tosse e deglutição) e náuseas e vômitos. Este
estudo tem como objetivo avaliar a aplicabilidade e periodicidade do PSMS no paciente cirúrgico.
Estudo descritivo, transversal, exploratório, com análise quantitativa. A pesquisa foi realizada na sala
de recuperação anestésica (SRA) de um Hospital Universitário de grande porte do Norte do Paraná,
enquanto os pacientes se recuperavam na SRA, que tivessem idade entre 16 e 65 anos, aceitar
participar da pesquisa e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O período de coleta
foi de julho a setembro de 2013, por meio de um instrumento composto por três partes: dados de
identificação, informações do procedimento anestésico-cirúrgico e PSMS. A aplicação do PSMS foi
realizada a cada 15 minutos durante uma hora. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina (CAAE 02299412.6.0000.5231). A amostra constituise de 109 pacientes, com predomínio do sexo feminino 57,8% (n= 63) e idade média de 42 anos (DP
16,4), variando de 16 a 80 anos. Em relação à clínica cirúrgica, 37,6% (n=41) pertenciam a
Ginecologia e Obstetrícia, seguidos pela Ortopedia com 22,9% (n=25) e Urologia 16,5% (n=18). Na
classificação segundo a American Society of Anestesiology (ASA), predominou-se ASA 1 com 51,4%
(n=55) e ASA 2 com 38,3% (n=41) dos pacientes. O procedimento anestésico foi dividido em três
grupos: Anestesia Geral 40,4% (n=44); Bloqueios Associados a Sedação 39,4% (n=43) e somente
Bloqueio 20,2% (n=22). O tempo de jejum pré-operatório variou de 8 a 64 horas, com média de 17
horas e 15 minutos (DP 7:05). A intensidade da sede foi medida por meio de uma escala analógica
numérica (1-10), com média de 6,38 (DP 2,42). O percentual de reprovações na avaliação do PSMS
diminuiu conforme o período de aplicação (50%; 41%; 32%; 23% e 22%). No primeiro momentos
pacientes submetidos a anestesia geral apresentaram maior reprovação (72%), sendo os critérios
nível de consciência (45,9%) e o de tosse (24,8%) os dois maiores responsáveis pela reprovação.
Observou-se relação entre a utilização de algumas drogas anestésicas e a reprovação na avaliação do
PSMS, tais como o atracúrio, fentanil, propofol e rocurônio (Fisher Exact Test, p< 0,05). A utilização
do PSMS permitiu avaliar que até 30’ de recuperação anestésica, as ações de drogas utilizadas no
procedimento anestésico cirúrgico ainda possuem ação residual, interferindo no retorno dos critérios
de segurança estabelecidos pelo PSMS. Após este período observou-se que porção significativa dos
pacientes (69%) apresentou condições seguras para a administração de um método de alívio da sede,
fato que sem a avaliação estes pacientes permaneceriam com este desconforto na SRA. O uso do
PSMS contribui favoravelmente para o estabelecimento de um cuidado de enfermagem específico no
manejo da sede no POI, garantindo uma recuperação segura e livre de desconfortos.
[96]
Organização e Realização:
78 - CÓD.906
AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DA ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA EM UM HOSPITAL
PÚBLICO DE ENSINO.
AUTORAS: REGIANE FARIA MACHADO1; VERENA ASHLEY NEUMANN2; ANDREA TAMANCOLDI COUTO3.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,3.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO USP, SÃO PAULO - SP - BRASIL; 2.ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP, SÃO
PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: A prevalência de infecções em sítio cirúrgico (ISC) vem sendo utilizada como um
indicador de qualidade em hospitais. Isso se deve ao fato que as infecções consistem em sérios
problemas e altos custos que estão relacionados ao aumento da morbidade e mortalidade e ao
elevado tempo de internação. De acordo com o Protocolo para Cirurgia Segura do Ministério da
Saúde e da ANVISA, de 2013, algumas medidas devem ser implantadas para reduzir a ocorrência de
incidentes e eventos adversos e as mortalidades cirúrgicas, aumentando assim a segurança nos
procedimentos cirúrgicos no que se refere à administração de antibióticos profiláticos entre 20 a 60
minutos que antecedem a incisão cirúrgica. Objetivo: Este estudo tem como objetivo a
monitorização da administração da antibioticoprofilaxia recebida por pacientes cirúrgicos, em um
Centro Cirúrgico de um Hospital Universitário de Ensino da cidade de São Paulo que ocorreu no
período de até 60 minutos antes da incisão cirúrgica. Métodos: Trata-se de um estudo transversal
descritivo que utilizou como fonte de dados prontuários de pacientes que foram operados no
período de 2 a 30 de setembro de 2013. A amostra definida foi de 225 prontuários. Os critérios de
inclusão foram os pacientes com no mínimo de 18 anos e com cirurgias eletivas sem o uso de
antibiótico prévio, os critérios de exclusão foram pacientes em uso de antibioticoterapia e com vários
retornos a sala de cirurgia, os que receberam anestesia local e os que no momento da coleta
permaneciam internados. Foi elaborado um instrumento para a coleta dos seguintes dados: horário
do início da anestesia, do início cirurgia, término da cirurgia, sexo, idade, cirurgia proposta e cirurgia
realizada, potencial de contaminação, nome e dosagem do antibiótico e hora da administração.
O critério utilizado como referencia para adequação da administração foi a normatização da CCIH do
hospital e a listagem de verificação cirúrgica da OMS. Portanto, as administrações realizadas no
período entre 20 e 60 minutos antes da incisão cirúrgica, foram consideradas adequadas 4.
Resultados: Do total dos 226 antibioticoprofilaxia avaliados 114(50,44%) foram administrados fora
do prazo preconizado entre 20 e 60 minutos antes da incisão cirúrgica e 112(49,56%) foram
administrados dentro do período considerado seguro. Conclusões: Apesar de dispormos a lista de
verificação cirúrgica este intem estar contemplado para checagem antes da indução anestésica,
percebemos a necessidade de nova sensibilização das equipes do para despertar consciência e a
necessidade quanto a administração da antibioticoprofilaxia dentro do período considerável seguro,
para proporcionar a queda da prevalência de das infecções do sítio cirúrgico elevando esse indicador
de qualidade.
[97]
Organização e Realização:
79 - CÓD.908
ENCAMINHAMENTO DE MATERIAIS DO CENTRO CIRÚRGICO PARA O CENTRO DE MATERIAL
E ESTERILIZAÇÃO.
AUTORAS: ELIZETE SOUZA BUENO; CLAUDIA CARINA SANTOS; JOLAINE CARVALHO DA SILVA; ZENAIDE PAULO SILVEIRA;
ROSAURA S. PACZEK RPACZEK.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLINICAS POA, VIAMÃO - RS - BRASIL.
Introdução: De acordo com as resoluções vigentes o transporte dos materiais para processamento
no Centro de Material e Esterilização (CME) deve ser feito em recipiente exclusivo para este fim,
rígido, liso, com sistema de fechamento estanque, contendo a lista de produtos a serem processados
e o nome do serviço solicitante. Instituindo assim a necessidade de adequação da área física do
centro cirúrgico (CC) e treinamento da equipe de enfermagem para padronização do fluxo de envio
de material para o CME. Objetivo: Capacitar o profissional do centro cirúrgico para o
encaminhamento correto de material para o CME evitando contaminações, extravio e danos aos
materiais. Método: Estudo descritivo de um relato de experiência em um hospital universitário.
Resultados: O encaminhamento de instrumentais ao CME é uma das etapas do trabalho do CC que
ocorre no final de cada turno e de acordo com o término das cirurgias ou a necessidade da agenda
cirúrgica. Assim cabe a equipe de enfermagem atuante no CC o correto armazenamento desse
material que deve ser em um local próprio para esse fim até que possam encaminhá-los. Para que
não ocorram falhas nesse processo a equipe do CC também deve ser capacitada para conhecer os
conceitos básicos de microbiologia e do transporte de produtos contaminados, processo de limpeza,
desinfecção, preparo, inspeção, acondicionamento dos materiais no CME, além de conhecer os
processos de esterilização e os indicadores químicos, biológicos e físicos, rastreabilidade,
armazenamento e distribuição dos produtos esterilizados. Os materiais devem chegar à sala de envio
de materiais para o CME na cobertura original ou na embalagem com rótulo de identificação do
mesmo. O funcionário da sala deve proceder a verificação do rotulo de identificação do material e o
estado do mesmo, e caso haja necessidade, embalar em um saco plástico. Todo o material recebido
na área deve ser listado em formulário próprio de acordo com o tipo de esterilização e
acondicionado em caixas plásticas com tampa com identificação para evitar extravio ou danificação
do mesmo. O recolhimento dessas caixas será realizado pela equipe do CME durante o turno de
trabalho em carro próprio especifico de transporte de material usado, após deve ser realizado a
limpeza do carro e das caixas de acordo com as normas estabelecidas. Cabe a enfermeira
responsável pelo CC o encaminhamento de materiais danificados e solicitação de reposição.
Considerações Finais: O transporte dos materiais para processamento no Centro de Material e
Esterilização (CME) é de suma importância para manter as boas praticas em saúde, mas para que
esse processo ocorra de maneira adequada, é necessário o treinamento das equipes atuantes no CC.
[98]
Organização e Realização:
80 - CÓD.909
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A VIVÊNCIA NA CME PARA O PROCESSO DE FORMAÇÃO DO
ENFERMEIRO RESIDENTE.
AUTORAS: LAIS VILANOVA TAVARES VITORIANO1; MARIA FÁTIMA VINCHON RAMALHO2; ISABEL CRISTINA OLIVEIRA VITAL3.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.UERJ/HUPE, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL; 2,3.HUPE, RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL.
Introdução: A missão da Central de Material e Esterilização (CME) é prover todos os serviços de
assistência com produtos processados para a saúde, assegurando a qualidade e quantidade
adequada para uma assistência segura. Entretanto, podemos identificar na literatura e na prática
profissional o pré-conceito devido ao desconhecimento do trabalho realizado na CME. A
complexidade dos processos de esterilização e o alto custo na aquisição dos artigos sofisticados
exigindo processos que não danifiquem ou comprometam a vida útil do artigo, com isso exige
profissionais com qualificação profissional. Objetivo: Relatar através desse trabalho a experiência
vivenciada como enfermeira residente em Central de Material e Esterilização, destacando a
importância no processo de aprendizado que é possibilito ao profissional no contato diário com a
rotina do serviço. Metodologia: Estudo descritivo de relato da experiência vivenciado pelas autoras
durante o período de junho na CME do Hospital Universitário do Estado do Rio de Janeiro para
Treinamento em Serviço do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu, nos Moldes de Residência em
Enfermagem, nas áreas de Centro Cirúrgico e Central de Material e Esterilização, da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro no ano de 2014. Resultados e Discussão: A CME é uma unidade de apoio
técnico que objetiva abastecer a instituição com artigos médico-hospitalares adequadamente
processados, com fluxograma contínuo e unidirecional, diminuindo o risco de contaminação do
instrumental cirúrgico. A limpeza é uma das etapas mais desvalorizadas pela maioria dos
profissionais de saúde e de fundamental importância no processamento dos artigos de saúde.
Consiste na remoção da sujidade visível e invisível do instrumental. A CME encontra-se em obra por
conta disso não existe barreira física entra a área de recepção de materiais sujos, limpeza e preparo,
conta com barreira técnica. O que requer da enfermeira do serviço qualificação e atenção em dobro
para assegurar que o fluxograma será respeitado. Qualquer falha que possa ocorrer durante o
processo de limpeza, secagem e embalagem implica no possível comprometimento da esterilidade
dos produtos, possibilitando o aumento no risco de casos de infecção trans ou pós-operatória. Após
inspeção e secagem do artigo, a embalagem de escolha deve ser compatível com o processo de
esterilização disponível na instituição, garantindo barreira microbiana eficaz e manutenção da
esterilidade do conteúdo. Com o material limpo, seco e embalado seguimos para o próximo passo, a
esterilização, realizada na maioria dos instrumentais na autoclave por vapor saturado sob pressão e
para os artigos termo-sensívies a esterilização por oxido de etileno. O armazenamento dos artigos
deve garantir a conservação da esterilidade. Conclusão: Fica evidente que toda atividade
desenvolvida visa garantir uma assistência de segurança ao paciente. E a importância do enfermeiro
na CME, coordenando e supervisionando as atividades desenvolvidas, sendo indispensável o
conhecimento especifico da prática, sobre as rotinas preconizadas por órgãos superiores. Que esse
trabalho sirva de incentivo para instituições formadoras no investimento de programas de
especialização que buscam a formação teórica e prática do profissional, dando-se o valor merecido a
um setor complexo que exigem profissionais qualificados.
[99]
Organização e Realização:
81 - CÓD.910
A MUSICOTERAPIA EM UMA SALA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA: RELATO DE CASO.
AUTORES: STEFANIA TAGLIARI DE OLIVEIRA1; ALTAIR JUSTUS NETO2; DANIELE MOREIRA DE LIMA3; JOÃO PAULO BELINI
JACQUES4.
E- MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,3.UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE DO PARANÁ, GUARAPUAVA - PR - BRASIL; 2.FACULDADE
CAMPO REAL, GUARAPUAVA - PR - BRASIL; 4.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL NORTE DO PARANÁ - UEL, LONDRINA PR - BRASIL.
A utilização da música para melhorar o bem estar físico, emocional e mental é praticada desde
tempos antigos. Há milênios, os xamãs (médicos primitivos da sociedade) já usavam os sons para
tratamento do corpo e da alma. As sociedades primitivas davam maior importância aos cantos
mágicos do que às ervas medicinais. Hoje aponta-se a possibilidade de humanização ligada à
aplicação de tecnologias simples que muitas vezes não são valorizadas. Podemos também apontar a
música como uma tecnologia inovadora de cuidado se for organizada como uma atividade ao mesmo
tempo sistemática e criativa, pois facilita a expressão de emoções, a comunicação interpessoal e a
possibilidade de se focalizar aspectos saudáveis do cliente. A enfermagem e a musicoterapia
possuem interfaces que se relacionam com a visão integral do cliente e a busca por promover uma
assistência holística que atenda aos aspectos físicos, emocionais e sociais, estimulando que expresse
seus desejos e subjetividades e que exerça seu direito de escolha (BERGOLD & ALVIM, 2009). Esta
ação teve como objetivo tornar a sala de Recuperação pós anestésica um ambiente mais
aconchegante e diminuir os fatores estressores do processo perioperatório, promover um
atendimento tranquilo e calmo ao paciente no despertar da anestesia, transmitindo calmaria. Teve
ainda como objetivo trazer tranquilidade e relaxamento aos funcionários que trabalham nesse
ambiente. Como metodologia desse trabalho, foi disponibilizado pela acadêmica de enfermagem um
rádio de tamanho médio com entrada para pen drive. No pen drive continha música de caráter
relaxante e ambiente, e o som ligado das 8 às 18 horas, com a ajuda da funcionária da sala de
recuperação. O som permanecia em volume audível e não alto. Como resultados apresentados, os
pacientes relataram e comentaram sobre a música ouvida, relataram o relaxamento que a música
traz juntamente com sono. Esta ação de musicoterapia também ajudou a funcionária da sala de
recuperação, pois esta tem grande sobrecarga de trabalho, e o som ambiente ajudou-a a ter mais
calma e tranquilidade durante o atendimento. Porém é necessário uma melhor análise continua de
implementação e avaliação desta ação, visto que é apenas um relato de caso. Dessa forma
concluímos que o uso da música terapêutica como um recurso para o cuidado ao paciente
potencializa sua restauração por meio do conforto, bem-estar, expressão das emoções e
compartilhamento de experiências. Possibilitou também interação entre os pacientes e a equipe de
enfermagem, promovendo a humanização hospitalar. Porém é importante ressaltar que o uso da
música como colaborador no processo de cuidado depende dos sentidos que ela tem, e sua ligação
com a cultura e com seus trajetos de vida. O cérebro de cada pessoa processa a música de formas
diferentes, sendo difícil encontrar regras gerais que atenda a necessidade de cada paciente. Além
disso, a música coloca em evidência as singularidades de cada pessoa como vivências pessoais,
familiares, culturais e sociais, por isso devemos considerar o modo como cada um percebe os
estímulos sonoros em cada momento e a qualidade das respostas de cada pessoa é que vai
determinar se o som está sendo utilizado de forma correta.
[100]
Organização e Realização:
82 - CÓD.911
PROJETO DE EXPERIMENTOS: PREPARO DE BANDEJAS DE INSTRUMENTAL CIRÚRGICO.
AUTORAS: LIEGE SEGABINAZZI LUNARDI; DIOVANE GHIGNATTI DA COSTA; ELISABETH GOMES DA ROCHA THOME; SIMONE
PASIN; ANA MAGALHÃES.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: Com o avanço tecnológico e o desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas, os
produtos para saúde e os equipamentos necessários estão cada vez mais complexos e sofisticados,
impulsionando a necessidade de aprimorar tecnologicamente o processo de esterilização, o qual
compreende as etapas de limpeza, preparo e esterilização. Identifica-se a necessidade de otimizar a
etapa de preparo de instrumentais cirúrgicos, realizada no Centro de Materiais e Esterilização
Hospitalar com base nos Métodos de Experimentos, pois fundamentam a implantação de melhorias
em processos. Objetivo: analisar o efeito de três fatores controláveis sobre o tempo de preparo de
bandejas de instrumental cirúrgico hospitalar. Resultados: Foram pesquisadas as características de
qualidade do produto e definidos os fatores controláveis com dois níveis fixos: número de peças, tipo
de embalagem e profissional executor da atividade. Dessa forma, a matriz experimental foi realizada
com base em um projeto fatorial do tipo 23, correspondendo a oito tratamentos que foram
submetidos à análise de variância. Conclusão: Verificou-se que existe efeito principal do fator
número de peças (valor-p=0,049) na variável de reposta tempo.
[101]
Organização e Realização:
83 - CÓD.913
PROCESSO DE VIABILIZAÇÃO DA MAQUINA LAVADORA AUTOMÁTICA DE ENDOSCÓPICOS.
AUTORES: ELIZETE SOUZA BUENO; VIRGINIA BEATRIZ F. LEMA; ESTER IZABEL SOSTER PRATES; IVANA TREVISAN; CLAUDIA
CARINA SANTOS.
E- MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLINICAS POA, VIAMÃO - RS - BRASIL.
Introdução: A partir da resolução vigente e adequação da área de desinfecção houve a necessidade
de buscar-se no mercado a compra de uma lavadora automática de alto nível de desinfecção,
seguindo as recomendações do fabricante para conservação dos endoscópios flexíveis. Objetivos:
Aquisição de uma máquina automática de endoscópios que atenda as expectativas do serviço.
Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo analítico desenvolvido no Serviço de Endoscopia de
um hospital Universitário de Porto Alegre. Foram coletados 40 lavados com soro fisiológico 0,9% dos
canais dos endoscópios, gastroscópios, colonoscópios e 20 após a desinfecção de fibrobroncoscopio.
A estabilidade da solução foi monitorada diariamente antes do início do uso da solução através de
fita teste validada pelo fornecedor. Desenvolvimento: O procedimento para coleta de amostras:
após apertar o botão “start”, são realizados os seguintes processos: Programa 1: teste; Programa 2:
lavagem, dosagem e detergente enzimático, recirculação, drenagem, enxágue, drenagem final e
secagem final; Programa 3: desinfecção, recirculação, retorno de desinfetante, enxágue do
desinfetante, drenagem e secagem. Organizar os materiais em uma mesa já pronta estéril,
distribuindo os seguintes materiais: cuba redonda com soro fisiológico (50ml), seringa de 20ml,
compressa estéril. Lavar as mãos, colocar protetor de corpo impermeável, avental de manga
comprida estéril, máscara facial, óculos de proteção, luva estéril. Injetar 20 ML de solução fisiológica
no canal de biópsia e coleta na parte distal do canal, num recipiente próprio (coletor universal estéril
com tampa vermelha); identificação do recipiente com modelo, série, patrimônio do equipamento,
data, hora da coleta, pós-desinfecção, responsável pela coleta; encaminhamento imediato para
laboratório. Conclusão: Neste estudo, a desinfecção por trinta minutos de gastroscópios,
colonoscópios e fibrobroncoscópios, com ácido peracético 2% e steranios 2%, foi eficaz, uma vez que
não foram identificados microrganismos viáveis, incluindo-se microbactérias de crescimento rápido,
nas amostras coletadas após a exposição dos equipamentos ao produto. A máquina, quando utilizada
adequadamente, assegura que os canais sejam irrigados totalmente e de maneira contínua durante o
processo de lavagem, propicia menor diluição e ou contaminação do desinfetante, diminui a
exposição dos profissionais aos produtos químicos e é programável, ou seja, os ciclos de limpeza,
desinfecção, enxágue e secagem, são previamente estabelecidos, tornando o processo mais seguro.
A reprocessadora automática diminui a probabilidade de alguma etapa do reprocessamento ser
omitida ou de ter o seu tempo reduzido. Para obtenção de resultados mais decisivos, há necessidade
do desenvolvimento de novos estudos com tamanho amostral maior, para aumentar a significância
estatística dos achados.
[102]
Organização e Realização:
84 - CÓD.914
AS DIFICULDADES NO CONTROLE E NA UTILIZAÇÃO DE OPME SOB A ÓTICA DO
ENFERMEIRO.
AUTORES: GABRIEL BECKER ROSNER; NERY JOSE DE OLIVEIRA JUNIOR.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: MÃE DE DEUS CENTER, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução: A Central de Materiais e Esterilização (CME) é definida como uma unidade de apoio
técnico que tem como finalidade o fornecimento de artigos médico-hospitalares adequadamente
processados, proporcionando, assim, condições para o atendimento direto e a assistência à saúde de
indivíduos enfermos e sadios. Pode-se afirmar ainda que a CME é uma área complexa e tecnológica,
com inúmeros equipamentos e materiais diferenciados. Dentre estes materiais, encontram-se as
órteses, próteses e materiais especiais (OPME). As OPME, na maioria dos casos, são consideradas
materiais de alto custo, o que intensifica a importância de processos claros e efetivos referentes ao
seu controle e utilização, pois estão diretamente ligados às questões financeiras da instituição. Dessa
forma, o enfermeiro assume um papel fundamental na garantia da qualidade do material, na
esterilização, no controle e na utilização durante a execução do procedimento. Nesse contexto,
justifica-se a descoberta das dificuldades enfrentadas (caso existam) pelos enfermeiros com OPME, a
fim da aplicação e/ou melhoria de processos específicos, minimização de custos desnecessários
provenientes de erros com estes materiais especiais, além da segurança do paciente e da equipe
assistencial. Objetivo: descobrir se existem dificuldades no controle e na utilização de OPME sob a
ótica do enfermeiro; minimizar possíveis erros no controle e utilização de OPME; contribuir para a
melhoria e/ou implementação de processos gerenciais; reduzir possíveis prejuízos provenientes dos
erros com OPME. Metodologia: Estudo exploratório e descritivo, de abordagem qualitativa. Os
participantes do estudo foram serão enfermeiros trabalhadores na CME Hospital de grande porte de
Porto Alegre. A coleta das informações foi por meio de entrevista embasada em um instrumento
com perguntas abertas, previamente desenvolvidas e semiestruturadas. Resultado: O estudo
mostrou que os enfermeiros apresentam dificuldade para controlar a utilização das OPMEs, pois
exige tempo para a conferência na chegada e saída desse material, além dos lançamentos, evitando
assim perdas para a instituição. Também, acreditam que para o controle desses materiais se faz
necessário a criação de uma Central de OPME, sendo assim, esse serviço ficará responsável pelo
recebimento e devolução dos mesmos, evitando assim, situação de estresse para os enfermeiros,
pois alegam que no momento da conferência desse materiais, precisam continuar com as atividades
pertinentes ao perfil dentro da CME. Conclusão: Com esse estudo a instituição conscientizou-se da
necessidade de criar uma Central de OMPE e a partir da criação desse serviço os enfermeiros
sentiram-se mais aliviados para prosseguir com suas atividades, não se envolvendo em entrada e
saída de materiais, além de documentos como nota fiscal ou notas de consignação, entre outras, pois
alguns destes enfermeiros não possuíam conhecimento para tal. Sendo assim, essa medida
proporcionou maior segurança nos processo de OPME dentro da CME evitando perdas
desnecessárias para a instituição.
[103]
Organização e Realização:
85 - CÓD.915
APLICAÇÃO DA RESOLUÇÃO RDC 15 EM UMA UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO E CENTRO
DE MATERIAL ESTERILIZADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
AUTORES: STEFANIA TAGLIARI DE OLIVEIRA1; ALTAIR JUSTUS NETO2; DANIELE MOREIRA DE LIMA3; JOÃO PAULO BELINI
JACQUES4.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,3.UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE DO PARANÁ, GUARAPUAVA - PR - BRASIL; 2.FACULDADE
CAMPO REAL, GUARAPUAVA - PR - BRASIL; 4.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL NORTE DO PARANÁ - UEL, LONDRINA PR - BRASIL.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, lançou no dia 15 de Março de 2012 a nova RDC
Nº.15 que dispõe sobre “requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para a
saúde”. E vale lembrar que compete ao Enfermeiro regulamentar as atribuições que os membros da
equipe de enfermagem deve realizar. Para efeito desse regulamento técnico algumas definições são
adotadas, como a barreira técnica: que é conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de
saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente limpo, na
ausência de barreiras físicas. Esta ação teve como objetivo criar uma rotina para transporte de
materiais cirúrgicos contaminados, seguindo os objetivos e as diretrizes da Resolução RDC 15, além
de promover a segurança e saúde do trabalhador durante o transporte desses materiais, tanto a
quem transporta quanto a quem recebe o mesmo, e prevenir a contaminação cruzada que a
ausência de barreira física em materiais contaminados pode causar. Como metodologia,
primeiramente foi conversado com a enfermeira da Central de materiais esterilizados (CME), do
centro cirúrgico (CC) e do controle de infecção hospitalar (SCIH) sobre a ideia do projeto, e os
mesmos aceitaram e concordaram. O enfermeiro da SCIH marcou uma capacitação para os
instrumentadores cirúrgicos, foi construída uma apresentação de slide para proferir a capacitação
sobre a nova resolução e a necessidade de aderi-la o mais rápido. Foi explicado que em cada Sala
cirúrgica haveria 2 recipientes de plástico com tampa, de tamanho médio (10 litros cada um) e 1
borrifador com Agua e detergente enzimático (uma mistura). Nos recipientes são colocados todos os
instrumentais cirúrgicos e depois dos materiais estarem todos alojados dentro dos recipientes, o
instrumentador borrifa em todos os materiais permitindo que os instrumentais permaneçam úmidos,
evitando que os resíduos que fiquem aderidos. Os recipientes eram tampados e seguiam para CME,
levados pelas instrumentadoras. Os recipientes retornam às salas o mais rápido possível, após as
funcionárias do CME retirarem os instrumentos ali contidos, lavar os recipientes, e realizar
desinfecção com álcool 70%. Como os materiais vão dentro dos recipientes, não houve mais misturas
de instrumentais cirúrgicos, pois cada material é lavado de acordo com a ordem de chegada. Ainda
como resultados temos a tranquilidade dos enfermeiros do CME, da SCIH e CC pois em visita da
ANVISA, o Hospital não precisará arcar com o não cumprimento da resolução. As funcionárias do
CME estão mais tranquilas, pois diminuíram muito os acidentes com perfuro cortantes, estes que
antes vinham na mesa cirúrgica juntamente com os instrumentais. Outro resultado positivo é que a
área de lavagem de materiais fica organizada mesmo se o material não for lavado imediatamente à
chegada. Concluímos então que o trabalho realizado pela acadêmica de enfermagem contribui muito
burocráticamente, bem como na maioria dos sentidos de satisfação profissional e proteção dos
funcionários, assim como adaptação da rotina, esta que é muito complicada, pois as mudanças
demoram algum tempo para se regularizar.
[104]
Organização e Realização:
86 - CÓD.916
ADEQUAÇÃO DO PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE EM UNIDADES
CONSUMIDORAS.
AUTORES: JOSÉ FRANCISCO CALLONTI DOS SANTOS1; DOMITILA MAZUIM DA CRUZ2; MICHELLE MÔNICA RUPRECHT REDIN3;
SOLANGE MACHADO GUIMARÃES4.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,4.ULBRA, CANOAS - RS - BRASIL; 2,3.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - SISTEMA DE SAÚDE MÃE DE DEUS,
CANOAS - RS - BRASIL.
Introdução: O Enfermeiro com atuação no Centro de Materiais e Esterilização (CME) participa da
gestão de todas etapas do processamento dos produtos para a saúde (PPS), sendo estas realizadas
no CME ou empresa processadora, bem como, nas Unidades Consumidoras (UC), inseridas ou não,
em contexto hospitalar. Os PPS classificados em não-críticos, semi-críticos e críticos têm suas
especificidades tecnológicas para o processamento. As UC desenvolvem diversas etapas no
processamento dos PPS não-críticos tais como: pré-limpeza, limpeza, secagem e desinfecção,
transporte, e armazenamento. Para a execução as UC estão subordinadas operacionalmente ao CME.
Para tanto deverão receber, do CME, o Procedimento Operacional Padrão (POP), educação
continuada e avaliação de processo. Nesta adequação, foi inserida a participação do Programa de
Residência Multiprofissional em Saúde - Enfermagem Cirúrgica - da Universidade Luterana do Brasil.
Na instituição, deste relato, PPS não-críticos eram transportados das UC para o CME, e submetidos à
esterilização por vapor, onerando custos indevidos. Objetivo: Relatar experiências das intervenções
de: levantamento de necessidades, de padronização operacional e de capacitação do pessoal de
enfermagem à adequação das Unidades Consumidoras sobre processamento de produtos para a
saúde segundo a RDC 15 de 2012 em função do cotidiano do residente Enfermagem da Área
Cirúrgica com atuação no Centro de Materiais e Esterilização. Metodologia: Trata-se de um relato de
experiência desenvolvido pelo Residente de Enfermagem da Área Cirúrgica, atuante no Centro de
Materiais e Esterilização, sobre o cotidiano da formação em serviço, em função das adequações no
processamento de produtos para a saúde de conforme a RDC 15 de 2012 às Unidades Consumidoras
do campo de formação. A Residência é desenvolvida em um hospital universitário com um Centro de
Materiais e Esterilização Classe II e 19 Unidades Consumidoras. Resultados: O trabalho iniciou com o
intuito de estabelecer adequado processamento dos PPS não-críticos nas UC. A partir desta
necessidade emergiram, junto ao Comitê de Processamento de Produtos para a Saúde, outras
adequações relacionadas ao binômio CME e UC como a adequação da pré-limpeza, limpeza, secagem
e desinfecção de artigos não-críticos, transporte, e armazenamento de PPS semi-críticos e críticos.
Foram desenvolvidos POP, providenciaram-se insumos desenvolvendo-se tabela de controle de uso
destes e guia ilustrado passo a passo do procedimento de limpeza, secagem, desinfecção e
armazenamento. Os POP foram aprovados e disponibilizados na intranet da instituição, os insumos
que ainda não eram padronizados assim o foram. A tabela de controle dos insumos e o guia passo a
passo de processamento fixados nos expurgos das UC em local de fácil visualização. Essas
intervenções culminaram em capacitações baseadas nas adequações necessárias. A auditoria de
processo está em estudo. Conclusão: As capacitações foram desenvolvidas in loco em todas as UC,
em todos os turnos. Capacitações posteriores foram realizadas com aviso prévio, após o termino das
capacitações in loco, destinadas aos profissionais que por algum motivo não puderam participar das
anteriores. Totalizaram 270 profissionais de enfermagem capacitados em caráter de participação
espontânea. O entendimento da nova legislação e novas recomendações vem ao encontro da
manutenção das boas práticas.
[105]
Organização e Realização:
87 - CÓD.917
A INSERÇÃO DO ENFERMEIRO NO AGENDAMENTO CIRÚRGICO EM UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE.
AUTORES: DOMITILA MAZUIM DA CRUZ1; QUELEN KOBOLDT2; JOSÉ FRANCISCO CALLONTI DOS SANTOS3.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,2.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - SISTEMA DE SAÚDE MÃE DE DEUS, CANOAS - RS - BRASIL; 3.ULBRA,
GRAVATAI - RS - BRASIL.
Introdução: O Centro Cirúrgico (CC) é uma estrutura complexa, de acesso restrito, com normas e
rotinas próprias, constituindo-se em uma unidade hospitalar singular na qual estão concentrados os
recursos humanos e materiais necessários aos procedimentos anestésico-cirúrgicos, terapêuticos e
diagnósticos. Diante dessa complexidade, o CC necessita de um sistema de gerenciamento da
programação cirúrgica, seja ele informatizado ou não, planejado, integrando o CC aos serviços afins
do hospital. Buscamos através desta coleta de dados demostrar melhorias após a inserção do
enfermeiro no agendamento cirúrgico. Objetivo: Relatar a experiência da implantação do
profissional enfermeiro no agendamento cirúrgico, realizando planejamento, que visa ordenar, de
maneira segura e confortável, a execução de um procedimento programado. Metodologia: Trata-se
de um estudo quantitativo, de abordagem descritiva realizado em um Centro Cirúrgico de um
Hospital Universitário, de grande porte, localizado na região metropolitana de Porto Alegre/RS, o
qual realiza em média 520 cirurgias eletivas/mês. Os dados foram selecionados a partir do sistema
MV2000 de banco de dados informatizado, relatórios de produção cirúrgica. Foram analisados os
resultados referentes aos procedimentos eletivos e ambulatoriais, sendo as especialidades
envolvidas: traumatologia, geral, bariátrica, neurologia, cardíaca, vascular, otorrinolaringologia,
bucomaxilofacial, urologia, ginecologia, proctologia e pediátrica durante o período de seis meses,
sendo janeiro a junho de 2014 após a inserção do enfermeiro no agendamento cirúrgico, fazendo um
comparativo do mesmo período do ano de 2013, ambos com a mesma quantidade de salas
operatórias disponíveis e quadro funcional. Resultados: O enfermeiro foi inserido no agendamento
cirúrgico em janeiro de 2014, este desenvolveu diversas padronizações de processos, como
dimensionamento de ocupação das salas operatórias conforme especialidades, definição de horário
fixo de conclusão do mapa cirúrgico, índice de suspensões, supervisão de equipamentos disponíveis,
com uma auxiliar administrativa. Os resultados foram compilados em planilha de Excel, a partir da
somatória destes, traçou-se uma média de resultados da produção cirúrgica. Conclusão: Observamos
o crescimento na produção cirúrgica, pelo comparativo da média de cirurgias entre o mesmo período
do ano de 2013 e 2014. Sendo o aumento, no mês de janeiro de 48,2%, fevereiro de 106,6%, março
de 69,1%, abril de 62,5%, maio de 73,2% e junho de 51,4%. Comparando o quantitativo de
crescimento, atribui-se este a padronização dos processos no agendamento cirúrgico. Tendo em vista
a capacidade e habilidade dos profissionais envolvidos no processo do CC, entende-se que a
qualidade dos processos é evidenciada a partir de um sistema de gestão aplicado aos resultados,
com foco na qualidade operacional e assistencial. Enfermeiros têm o seu processo de trabalho
voltado para administrar e gerenciar a unidade e provê-la de equipamentos, com a finalidade de
propiciar as melhores condições para o desenvolvimento do processo cirúrgico, em prol da melhoria
da condição de saúde do paciente. Para tanto, exercem o planejamento e necessitam do
planejamento das equipes cirúrgicas e outros profissionais ou serviços envolvidos.
[106]
Organização e Realização:
88 - CÓD.918
A AÇÃO DA GESTÃO ESTRATÉGICA NA MELHORIA DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE EM CME
AUTORES: GIOVANA ABRAHAO DE ARAUJO MORIYA; DENISE DA SILVA LEITE; IZABEL KAZUE IAMAGUTI.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, SAO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: Em um breve retrospecto sobre o desenvolvimento dos Centros de Materiais e
Esterilização (CMEs) é inevitável direcionarmos nosso pensamento para as inovações tecnológicas
que dizem respeito ao processo de esterilização como, por exemplo, equipamentos, instrumental e
insumos. Entretanto, o gerenciamento do processo, a logística sobre a execução de procedimentos e
o desenvolvimento dos profissionais é de grande relevância para garantir o atendimento de
qualidade. Um dos mediadores da qualidade de assistência prestada é garantia de satisfação dos
clientes internos e externos. Justificativa: O papel essencial das instituições hospitalares é atender
seus pacientes da maneira mais adequada possível, o que justifica a busca dessas organizações pela
melhoria permanente do parque tecnológico instalado e da qualidade de gestão e
assistência. Objetivo: A ideia central deste estudo foi verificar o impacto de ações de gestão
estratégica na satisfação dos clientes internos e externos. Para isso, foi proposto o levantamento das
principais não conformidades relacionadas às atividades do CME através da aplicação de
questionários para os clientes internos e externos e a realização de uma ação de gestão estratégica
de imediato em, pelo menos, um ponto estratégico de melhoria obtido a partir dos
questionários. Métodos: O estudo foi realizado em um Bloco Operatório de um hospital privado, de
grande porte, localizado no município de São Paulo. Os dados foram coletados através da observação
participante e aplicação de um questionário semi-estruturado. Foi realizado um levantamento
estatístico em relação ao índice de satisfação dos clientes com a atuação dos serviços prestados
pelos enfermeiros da CME em sala operatória, com a aplicação de 30 questionários. Após a análise
desses questionários, o ponto estratégico de melhoria apontado foi o tempo de resposta do
atendimento dos enfermeiros em retornar aos chamados em sala operatória para esclarecimento de
dúvidas. Foi criado um plano de ação para adequação de estrutura do modelo de trabalho dos
enfermeiros do CME, os mesmos foram divididos por categorias de atuação e responsabilidades no
atendimento para cada especificidade de solicitação. Após 3 semanas da aplicação do plano de ação,
um novo levantamento sobre a satisfação dos clientes foi realizado. Resultados: A satisfação inicial
dos clientes com o atendimento em sala operatória foi de 75% de aprovação. Antes da aplicação do
plano de ação, o tempo médio de resposta ao chamado identificado era de 15 minutos e, após as
ações implementadas, passou para 5 minutos. A satisfação dos clientes com o atendimento em sala
operatória passou para 95% de aprovação. Conclusão: Diante dos resultados obtidos neste estudo,
conclui-se que a gestão estratégica tem um impacto bastante grande na satisfação dos clientes
independentemente de melhorias no parque tecnológico instalado.
[107]
Organização e Realização:
89 - CÓD.919
FERRAMENTAS DE GESTÃO EM CME: RECALL DE CONTROLE DO PROCESSO DE LIMPEZA,
UM IMPORTANTE INDICADOR DE QUALIDADE.
AUTORES: GIOVANA ABRAHAO DE ARAUJO MORIYA; IZABEL KAZUE IAMAGUTI; DENISE DA SILVA LEITE; ANDREIA FERREIRA
SOARES; MARINA PAULA BERTHO HUTTER.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: O Centro de Material e Esterilização (CME) pode ser caracterizado como um sistema
integrado de processos, que juntos irão atingir um objetivo em comum, o reprocessamento de
produtos para saúde. O primeiro e crucial passo no reprocessamento de produtos para a saúde é a
limpeza, responsável por garantir que os artigos utilizados em serviços de saúde estejam livres de
sujidades. O gestor do CME deve assegurar a qualidade da limpeza dos artigos para saúde através da
Capacitação Profissional, Qualificação periódica dos equipamentos, escolha e utilização dos insumos
apropriados para o perfil do cenário da instituição; utilizando como parâmetro indicadores de
qualidade, ferramentas indispensáveis na mensuração da excelência do serviço, responsáveis em
apontar os resultados positivos e evidenciar possíveis oportunidades de melhoria no processo.
Ferramentas de gestão estratégica para controle do recall do processo de limpeza foram
implementadas no Centro de Materiais e Esterilização (CME) de um grande hospital privado,
localizado em São Paulo, Brasil. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo garantir e avaliar a
eficácia do processo de limpeza, melhorar a qualidade da limpeza através da utilização de
indicadores de qualidade. Metodologia: Realizado um investimento em kits de testes de proteína
para verificar a limpeza após o procedimento automatizado de limpeza validado no CME; Cada
bancada de trabalho da área limpa foi equipada com lentes de aumento e impressos específicos para
a coleta de dados. Um treinamento de 4 horas foi oferecido a todos os funcionários do CME. O
treinamento teve como objetivo ensinar o uso adequado de lentes, testes de proteína,
preenchimento correto dos impressos para a coleta dos dados e demonstrar a importância do
processo de limpeza e seu impacto sobre outras etapas do reprocessamento de materiais para saúde
(desinfecção e esterilização). Após a coleta de dados/recall de limpeza, cada caso de material
contendo sujidade na área limpa foi discutido e avaliado pela equipe de Enfermeiros do CME, sendo
a causa pontualmente tratada (reorientação de colaboradores/avaliação das máquinas/ajustes no
processo). Resultados: A taxa de retrabalho devido a material contendo sujidade após o processo de
limpeza foi historicamente 30%. Após a oferta de formação, esse número caiu para 10% durante o
ano de 2013. Conclusão: A gestão compartilhada focada na capacitação profissional e investimento
em aplicação de novas tecnologias para verificar a eficácia da limpeza resultou em melhora
significativa da qualidade de limpeza e do indicador do recall de limpeza. Mensagem-chave: A
conscientização da equipe alinhada a uma gestão participativa, proporcionou a melhoria da eficiência
do processo de limpeza.
[108]
Organização e Realização:
90 - CÓD.920
HIGIENE DAS MÃOS: CONHECIMENTO E ADESÃO POR PROFISSIONAIS ATUANTES NA
RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA.
AUTORES: RACHEL DE CARVALHO; CAMILA MARQUES SANTOS; ALEXANDRA ROSÁRIO TONIOLO.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSP. ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, SAO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução e justificativa: A higiene das mãos é um dos pilares da prevenção de infecções nos
serviços de saúde. Sua eficácia depende da utilização de técnica correta. Apesar de existirem
orientações padronizadas para a correta higienização das mãos no ambiente hospitalar, parece que a
adesão dos profissionais da saúde à prática habitual ainda não é satisfatória. Objetivos: Avaliar o
conhecimento dos profissionais de saúde, que atuam em recuperação anestésica, sobre a higiene das
mãos e verificar a adesão destes à prática de higiene das mãos. Método: Estudo de campo,
descritivo-exploratório, com análise quantitativa, realizado por meio de observação não participativa
e da aplicação de um questionário aos 30 profissionais/sujeitos do estudo (14 técnicos de
enfermagem, 13 médicos e três enfermeiros). Foram utilizados, para coleta de dados, um
questionário sobre percepção e conhecimento acerca da higiene das mãos e do uso de gel alcoólico e
um formulário para observação direta sobre adesão dos profissionais à higiene das mãos. A pesquisa
foi submetida à aprovação do Comitê de Ética da Instituição sede do estudo (CAAE
17173313.2.0000.0071). Resultados: As respostas dos profissionais ao questionário demonstraram
que seu conhecimento sobre a importância da higiene das mãos é bom, pois a maioria reconhece a
importância da técnica para prevenção de infecções, a chefia imediata dá relevância ao assunto e os
profissionais são treinados. Já no tocante à prática, a observação de 146 oportunidades de higiene
das mãos demonstrou baixa adesão, num total de 40,2%, sendo que os técnicos de enfermagem são
os que mais realizam a higiene das mãos (51,4%), seguidos pelos enfermeiros (43,9%); a adesão dos
médicos foi a mais baixa (10,2%). Houve discrepância entre as respostas dos profissionais e suas
ações, uma vez que a maioria (73,3%) considera que higieniza as mãos em mais de 81% das
oportunidades, quando, na verdade, realizam em apenas 40,2% das vezes. Conclusões: Os
profissionais de saúde que atuam na recuperação anestésica têm conhecimento sobre higiene das
mãos, dizem que a realizam, porém, na prática, a adesão ainda é baixa, havendo necessidade de
intervenção junto aos profissionais, especialmente os médicos.
[109]
Organização e Realização:
91 - CÓD.921
USO DO UNIFORME PRIVATIVO E SUA RELAÇÃO COM AS INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO.
AUTORAS: RACHEL DE CARVALHO; ELAINE PAIVA SANTOS.
E- MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSP. ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução/Justificativa: O Centro Cirúrgico (CC) é o setor capaz de proporcionar melhores
condições de segurança durante os procedimentos cirúrgicos, mas também pode trazer alguns riscos
à saúde, entre eles, as Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC). Entre as recomendações existentes em uma
unidade de CC, está o uso do uniforme privativo, bem como as áreas em que ele deve ou pode ser
utilizado. É sabido que muitos profissionais circulam frequentemente em outras áreas do hospital,
vestindo roupa privativa de bloco cirúrgico, retornando com elas para áreas assépticas. Objetivo:
Discutir a relação do uso do uniforme privativo com o risco de ISC, segundo relatos da literatura.
Método: Estudo retrospectivo, realizado por meio de revisão integrativa da literatura, utilizando-se
como recurso eletrônico a SciELO, que contempla a bases de dados LILACS e a Revista SOBECC
(específica da área), com recorte temporal de 15 anos (entre 1999 e 2013). Resultados: Foram
encontrados 18 artigos, sendo que desses, 10 fizeram parte da amostra, por atenderem o objetivo
proposto. Os anos com maior número de publicações foram 2000, 2005 e 2012, com dois artigos
cada um. Os temas incluem: paramentação cirúrgica, vestuário de profissionais, cobertura de sapatos
privativos, prevenção e controle de infecção. Conclusão: É escassa a literatura sobre o assunto, uma
vez que não foram encontrados estudos que abordam diretamente a temática uso do uniforme
privativo e ISC. Ficou claro que, como qualquer peça de vestuário usada por um profissional de
saúde, o uniforme privativo possui capacidade de ser contaminado e de contaminar o ambiente,
porém os estudos analisados não são conclusivos quanto à transmissão de infecções via vestuário.
De modo geral, os autores dos estudos analisados não comprovam a relação direta do uso do
uniforme privativo dentro do CC com a incidência de ISC, ficando, portanto, algumas questões que
podem ser respondidas em estudos futuros.
[110]
Organização e Realização:
92 - CÓD.922
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
AUTORES: HELOISA HELENA KARNAS HOEFEL; RITA CATALINA AQUINO CAREGNATO.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL- ESCOLA DE ENFERMAGEM, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução/Justificativa: Atualmente o enfermeiro no Controle de Infecção Hospitalar (CIH) tem seu
lugar garantido nas Comissões e Serviços de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) nos serviços de
saúde. Este profissional tem desenvolvido suas atividades na área há várias décadas sendo
reconhecido como indispensável para o funcionamento das CCIH. Objetivo: Fazer uma reflexão sobre
o papel do enfermeiro no controle de infecção hospitalar. Método: Reflexão acerca do papel do
enfermeiro. Resultados: Atualmente, os enfermeiros que atuam em CCIH gozam de maior respeito,
de forma geral, do que em muitas outras áreas, tendo autonomia para ações de controle e
prevenção de infecções. O motivo parece ser que todas as atividades dependem de informações
científicas atualizadas e que são solicitadas e questionadas constantemente. Na medida em que o
apelo as CCIH aumenta, torna-se necessário buscar respostas para atender outros profissionais.
Quanto mais exigente o meio em que se trabalha, maior a necessidade de conhecimentos
atualizados. As tomadas de decisões imediatas e respostas convincentes são desafios diários. As
atividades do enfermeiro são inúmeras e distintas, por isso, deve ter conhecimento amplo, seja em
atividades administrativas ou assistenciais. A maior parte das atividades do enfermeiro no controle
de infecção é compartilhada pelo pessoal de outras áreas da saúde da CCIH; entretanto, sua atuação
é direcionada para: planejar e executar métodos de vigilância e elaborar relatórios; tomar decisões
administrativas, como determinação de quartos individuais para pacientes infectados; avaliar os
prestadores de serviço junto às Centrais de Esterilização, bem como interferência na aquisição de
materiais e soluções adequadas; avaliar métodos de esterilização; avaliar exames microbiológicos;
participar da política de controle de antimicrobianos; elaborar rotinas em geral; investigar surtos e
tomar decisão para interferência; elaborar estratégias, comprovar a efetividade e o custo-benefício
das ações de vigilância e controle; solucionar problemas críticos e situações inusitadas; orientar e
estimular a pesquisa; orientar a continuidade dos métodos provados efetivos e abandono dos
inefetivos; estabelecer prioridades; realizar capacitações e vigilância de processos; além de outras
atividades. Não é necessário ser coordenador para sentir o peso da responsabilidade. Uma decisão
equivocada pode ter consequências na credibilidade da equipe e no trabalho de controle de
infecção. Portanto, esse profissional deve demonstrar diariamente sua capacidade e deve estar bem
fundamentado por evidências científicas. Conclusão: No que se refere ao controle de infecção, o
enfermeiro é um agente de administração, comunicação, educação e pesquisa. Em todas as
atividades ele será mais bem sucedido se for receptivo a novas ideias, souber valorizar o trabalho
alheio, reconhecer o seu próprio valor, exercitar a democracia, e manter constante busca de
atualização. É preciso saber que a verdade é relativa e o conhecimento científico temporário. Só
podemos fazer o que pensamos ser possível, portanto pensemos que tudo é possível, se não for,
tentaremos de outra forma.
[111]
Organização e Realização:
93 - CÓD.923
ANÁLISE DE INCIDENTES COM RISCOS E DANOS NAS ÁREAS CIRÚRGICAS E DE
RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.
AUTORAS: HELOISA HELENA KARNAS HOEFEL; DENISE RODRIGUES; SIMONE PASIN; MARGARITA UNICOVSKY; RITA
CATALINA AQUINO CAREGNATO.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL- ESCOLA DE ENFERMAGEM, PORTO ALEGRE - RS - BRASIL.
Introdução/Justificativa: Um profissional consciente e conhecedor dos riscos aos quais está exposto
permanece atento ao seu trabalho, realizando-o de forma segura, protegendo a si e aqueles dos
quais está cuidando. A Organização Mundial da Saúde (OMS) possui como um dos enfoques atuais o
cuidado seguro. O cuidado aos pacientes deve estar focado na realização de procedimentos de forma
correta e com resultados efetivos. Nas áreas cirúrgicas, o planejamento influencia no sucesso dos
procedimentos e na recuperação dos pacientes, evitando riscos e danos. Objetivos: Identificar
incidentes de risco com e sem dano conforme terem sido causados por falhas no sistema, erros ou
violações segundo as definições da OMS; correlacionar a gravidade dos incidentes com falhas no
sistema. Método: Estudo descritivo, por meio da análise de banco de dados secundários de
incidentes que ocorreram em áreas cirúrgicas e de recuperação pós-anestésica entre 2011 e 2012 em
um hospital universitário de Porto Alegre (RS). Foram realizados testes estatísticos (qui quadrado e
Fisher). Resultados: Foram analisados 47 incidentes, sendo 26 incidentes (55,3%) sem danos (IS) e 21
incidentes (44,7%) considerados eventos adversos (EA), portanto com danos. Dos 47 incidentes, 15
(31,9%) foram relacionados a falhas no sistema, 20 (42,6%) erros e 12 (25,5%) violações. Dentre os
21 incidentes com dano (EA), 13 (61,9%) foram relacionados a falhas no sistema, tendo diferença
significante, quando comparados aos oito incidentes (38,1%) relacionados a erros ou a violações
(p<0,005). Conclusão: Embora proporcionalmente menor o número de erros por falhas no sistema
em relação aos erros e às violações notificadas, as falhas no sistema tiveram maior importância na
ocorrência de incidentes adversos com danos (EA). Sugeriu-se a continuidade do estudo, com busca
ativa de falhas no sistema, a fim de prevenir novos incidentes.
[112]
Organização e Realização:
94 - CÓD.924
A PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIA EM CME: A APLICABILIDADE DO CONCEITO DENTRO
DOS PROCESSOS REALIZADOS.
AUTORAS: GIOVANA ABRAHAO DE ARAUJO MORIYA1; THAYSE ROSA2; IZABEL KAZUE IAMAGUTI3; MARINA PAULA BERTHO
HUTTER4.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, SÃO PAULO - SP - BRASIL; 2.FACULDADE DO HOSPITAL ISRAELITA
ALBERT EINSTEIN, SÃO PAULO - SP - BRASIL; 3,4.HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: O Centro de Materiais e Esterilização (CME) pode ser classificado como uma área muito
particular devido a especificidade de sua abrangência. Garantir a qualidade em todas as etapas do
reprocessamento de artigos médico hospitalares representa muitas vezes um grande desafio
considerando a complexidade de interligar com harmonia a gestão de recursos humanos, recursos
tecnológicos, recursos financeiros e gerenciamento de qualidade. Objetivos: Evidenciar a
importância da prática baseada em evidências dentro dos processos de gestão do CME.
Metodologia: trata-se de um estudo observacional – prático de natureza qualitativa, realizado em
um hospital privado de grande porte localizado na cidade de São Paulo, Brasil durante o período de
maio de 2014 a junho de 2014, totalizando 80 horas. As atividades realizadas no setor foram
acompanhadas durante o período; após observação e execução das tarefas os protocolos
operacionais padrão foram estudados, e comparados ao manual de boas práticas de diversas
Sociedades de Especialistas de diferentes países, assim sendo possível comparar as semelhanças e
diferenças entre os Protocolos Operacionais Padrão (Pops). Conclusão: A elaboração de
procedimentos e processos no CME só é possível através de embasamento científico, por se tratar de
uma área crítica e complexa, onde variantes como instituição, país também representam
interferência dentro desses processos.
[113]
Organização e Realização:
95 - CÓD.925
ADEQUAÇÃO DAS TAREFAS CONFORME HABILIDADES PROFISSIONAIS NO CME.
AUTORAS: GIOVANA ABRAHAO DE ARAUJO MORIYA; ANDREIA FERREIRA SOARES; ALESSANDRA MURILO GONÇALVES;
ELIZIETE ENEDINA DA SILVA; GRACIELLE DE LIMA LEITE.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução/Justificativa: As unidades de uma instituição hospitalar utilizam materiais processados
pelo Centro de Materiais e Esterilização (CME), que realiza diferentes processos para o fornecimento
seguro de materiais processados, necessários à sua assistência. Estas unidades não podem ter seu
funcionamento interrompido por falhas no suprimento de materiais. O gerenciamento e controle dos
materiais no CME resultarão no abastecimento e utilização consciente dos usuários, repercutindo
positivamente no resultado financeiro da empresa e na segurança dos clientes. Objetivo: O CME de
um hospital privado de grande porte localizado no município de São Paulo resolveu reestruturar a
metodologia de abastecimento de insumos e transporte de materiais na perspectiva de melhor
atender as necessidades dos setores dependentes do processamento e fornecimento de materiais.
Metodologia: Foi realizado o estudo de reestruturação operacional do CME, visto que os técnicos de
enfermagem deixavam de realizar as suas atividades comprometendo a qualidade na assistência
prestada. Percebeu-se a necessidade de agregar ao quadro de colaboradores a categoria de auxiliar
de almoxarifado, para aperfeiçoar a qualidade de seus serviços prestados e otimizar tempo às
diversas atividades envolvidas neste setor e assim garantir a disponibilidade de materiais no
atendimento aos clientes. Foi avaliado a necessidade de abastecimento, transporte e o tempo
empregado a estas atividades entre os setores em funcionamento nesta instituição, junto às suas
atividades como um todo no processo de reprocessamento de material dentro dos padrões de
qualidade recomendados, incluindo a análise de recursos e tempo empregado individualmente,
durante 1 mês. Resultados: Observou-se um tempo de aproximadamente 16 horas para
abastecimento de materiais, além de transporte entre os setores entre os profissionais de
enfermagem. Elaborou-se um plano de ação para reestruturação do quadro de pessoal e, com esse
estudo, conseguiu aprovação imediata para agregar ao seu quadro de funcionários duas novas vagas
para auxiliar de almoxarifado, com carga horária de 8 horas diárias. Estes, após a contratação,
obtiveram conhecimento básico das áreas dentro do CME, fluxo unidirecional, aspectos,
importâncias, diferenças de tratamentos e limitações de cada área, risco e saúde ocupacionais,
transporte correto e seguro dos materiais devidamente acondicionados de acordo com seu proposito
além de capacitação operacional referente ao abastecimento de insumos e suprimentos de materiais
descartáveis para os diversos procedimentos cirúrgicos de responsabilidade do CME. Essa
reestruturação foi de extrema importância pois garantiu o controle logístico, agregou novas
responsabilidades como verificar e acompanhar a validade dos insumos, a necessidade de estoque e
abastecimento, o armazenamento adequado e identificação para que tais produtos estejam
disponíveis com facilidade quando necessário. Conclusão: Para que se tenha um controle de
materiais no CME é necessário um conjunto de elementos interligados, utilizando-se todos os
princípios da administração, organização, coordenação e controle para prever e prover todos os
recursos necessários evitando assim prejuízo na qualidade da assistência. O olhar crítico da liderança
e o estudo das necessidades do setor pode comprovar a necessidade de uma nova categoria
profissional e demonstrou que o trabalho em equipe agrega bons resultados operacionais,
financeiros e de qualidade.
[114]
Organização e Realização:
96 - CÓD.926
CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E GESTÃO MOTIVACIONAL EM CME: ELEMENTOS-CHAVE
PARA O ALCANCE DA EXCELÊNCIA DOS PROCESSOS.
AUTORAS: GIOVANA ABRAHAO DE ARAUJO MORIYA; IZABEL KAZUE IAMAGUTI; ELIZIETE ENEDINA DA SILVA; MARINA
PAULA BERTHO HUTTER.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução/Justificativa: O Centro de Material e Esterilização (CME) pode ser caracterizado como um
sistema integrado de processos, que juntos irão atingir um objetivo em comum, o reprocessamento
de produtos para saúde. Em busca de melhores práticas e promover a qualidade e segurança da
assistência ao paciente, gestores de Centros de Materiais e Esterilização (CME) necessitam realizar
constantes inovações nos processos, através de implementação estratégias de capacitação
profissional para os recursos humanos que atuam nessa área, com foco em desenvolver ao máximo
as habilidades técnicas e científicas inerentes às funções desempenhadas. Dentro deste contexto, a
Capacitação Profissional é uma importante ferramenta de qualidade utilizada na gestão dos recursos
humanos do CME, possibilitando o alcance dos resultados de excelência do trabalho realizado, de
acordo com a complexidade e especificidade dos processos, assim como a demanda do setor.
Objetivo: Um programa de treinamento profissional inovador, com foco na melhoria dos processos
do CME de um grande hospital privado de São Paulo - Brasil, foi desenvolvido com o objetivo de
potencializar o aprendizado teórico, científico e prático dos colaboradores do CME,
consequentemente aumentando a produtividade e qualidade do trabalho realizado, bem como a
motivação pessoal de cada colaborador. Metodologia: Protocolos operacionais padrão (POPs) foram
inicialmente revisados, analisado as prioridades de aplicabilidade no setor e deficiência na execução
desses protocolos. Depois, estratégias lúdicas com temas específicos foram traçadas para o
treinamento e qualificação de cada protocolo, priorizando as deficiências mais comuns. Estes
treinamentos estratégicos foram aplicados em cursos de formação para os colaboradores durante o
período de um ano (dezembro de 2012 a dezembro de 2013). Resultados: Após a implementação da
estratégia de capacitação profissional, observado a redução da incidência de deficiências na
implementação de protocolos. Além disso, houve uma melhora de 70% na pesquisa de satisfação dos
colaboradores internos em relação ao seu ambiente de trabalho. Conclusões: A estratégia de
Capacitação com dinâmicas lúdicas para cada protocolo operacional padrão utilizado no CME
corroborou com a diminuição de erros na aplicação destes protocolos e tornou-se perceptível a
satisfação de cada funcionário treinado através da conscientização e inclusão dos mesmos no
processo de melhoria dos POPs. Mensagem-chave: A prática de investimento participativo no
treinamento de funcionários contribuiu para um melhor desempenho individual e trabalho em
equipe.
[115]
Organização e Realização:
97 - CÓD.927
PROCESSO DE TRABALHO EM CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME) :
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO ASSISTENCIAL.
AUTORAS: MARÍLIA MACHADO MATOS; MARILENE ALVES BEZERRA BARROS; ANA CRISTINA ATTEM CARNEIRO COLARES;
TERESINHA NEIDE DE OLIVEIRA; VANESSA DE ANDRADE BARCELOS.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA, FORTALEZA - CE - BRASIL.
Introdução/Justificativa: O CME é caracterizado como uma unidade de apoio técnico, de atividade, é
definido pelo Ministério da Saúde (MS) como o “conjunto de elementos destinado à recepção e
expurgo, preparo, esterilização, guarda e distribuição do material não caracterizado como de uso
único para as unidades de estabelecimento de saúde.” Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada
(RDC nº 15, de 15 de março de 2012, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que
regulamenta os requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde, define o
CME como uma “unidade funcional destinada ao processamento de produtos para saúde dos
serviços de saúde”. A missão do CME é prover todos os serviços assistenciais e de diagnósticos dos
produtos para saúde processados, garantindo a quantidade e qualidade necessária para uma
assistência segura. Justifica-se assim que, todas as etapas do processamento de produtos para saúde
devem ser realizadas por profissionais para os quais estas atividades estejam regulamentadas pelos
conselhos de classe. Objetivo: Relatar a importância do profissional Enfermeiro no Centro de
Material e Esterilização para otimização da assistência prestada. Metodologia: A pesquisa é do tipo
descritiva, que relata sobre as atribuições das Enfermeiras em uma Central de Material e
Esterilização. O Relato de experiência do CME ocorreu no período de março a maio de 2014
envolvendo nove Enfermeiras, que diante da realidade do setor percebeu-se a importância de relatar
as atividades profissional do Enfermeiro. Resultados: O Enfermeiro, integrante da equipe de saúde,
reúne as condições imprescindíveis para assumir a responsabilidade pelo CME, uma vez que exerce
todas as atividades de enfermagem, incluindo chefia do serviço e da unidade de enfermagem, a
organização e a direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nos
Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS), assim como o planejamento, a organização, a
coordenação, a execução e a avaliação dos serviços de assistência de enfermagem. Atribuições da
Enfermeira assistencial: avaliar e supervisionar materiais de vídeo cirurgias, os materiais externos e
das empresas, o material consignado que estiver na CME não estéril, os insumos e indicadores
necessários para a execução e o monitoramento das atividades desenvolvidas, traquéias, a
dispensação e preparo de roupas, os materiais de alta complexidade na sequência de uso entre o dia
e noite, os provadores mamários, os motores da Neurologia (Ultrapower e Midas Rex), o mapa
cirúrgico, priorizando os materiais únicos, verificar e prover silicones, monitorar material anestésico,
os materiais implantáveis e disponibilidade de insumos no almoxarifado. Conclusão: O profissional
Enfermeiro deve realizar as atividades no CME com qualidade, responsabilidade e conhecimento
técnico-científico. As atribuições das Enfermeiras favorece para um funcionamento mais efetivo e
eficaz contribuindo para uma melhor qualidade no que se refere a agilidade e segurança no
atendimento ao usuário.
[116]
Organização e Realização:
98 - CÓD.928
O TEMPO DE IMERSÃO NO ÁCIDO PERACÉTICO IMPACTA OS CUSTOS COM A
MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ENDOSCÓPICOS?
AUTORAS: RENATA BARCO DE OLIVEIRA; FERNANDA TORQUATO SALLES BUCIONE; CRISTIANE SCHMITT; ELAINE FERREIRA
LASAPONARI; BRUNO DISTRUPPI QUELINO.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: Endoscópios flexíveis compreendem tubos providos de lentes, usados para fins
diagnósticos ou terapêuticos. Possuem conformação complexa e são classificados como artigos
semicríticos, ainda que acoplados a acessórios considerados críticos. São termossensíveis o que
obriga a realização de desinfecção química de alto nível por imersão. O ácido peracético é um
desinfetante de alto nível não inativado por matéria orgânica, não residual, amplamente utilizado e
de ação rápida. Objetivo: o objetivo do presente estudo foi comparar os custos de manutenção e o
tempo fora de uso de equipamentos endoscópicos, em dois períodos com tempos de imersão
distintos. Método: Trata-se de um estudo observacional, realizado no Centro de Endoscopia de um
hospital privado de 371 leitos da Cidade de São Paulo. O serviço conta com três salas de
procedimentos e realizou no ano de 2012 e 2013, em média 1.100 procedimentos/mês e cinco
máquinas de desinfecção automatizada. Foram comparados os custos de manutenção e o tempo
fora de uso de duodenoscópios, colonoscópios, gastroscópios e broncoscópios entre dois períodos
de 12 meses, com tempos de imersão em solução ativada de ácido peracético 0,15 a 0,09% de 10 e
30 minutos. Durante o Período 1 (P1), de junho/12 a maio/13, o tempo de imersão dos
equipamentos no ácido peracético era de 30 minutos passando a 10 no Período 2 (P2), de junho/13 a
maio/14. A redução do tempo de exposição se deu em razão da obtenção de novo registro obtido
pelo fabricante que garantia a desinfecção de alto nível em 10 minutos. No P2 o tempo de imersão
passou a ser 10 minutos, conforme registro do produto no Ministério da Saúde, segundo exigências
da Resolução da Diretoria Colegiada Anvisa - RDC 35/2010. A análise foi realizada apenas para
equipamentos que passaram por manutenção no P1 e no P2, considerando-se o tempo fora de uso e
o custo da manutenção. Resultados: Dos 32 equipamentos que foram submetidos à manutenção no
P1 e no P2 foram 16 colonoscópios, 14 gastroscópios, um broncoscópio e um duodenoscópio. No P1
foram realizadas 48 serviços de manutenção, com média de 87 dias fora/equipamento, a um custo
médio de R$ 10.189,52 por serviço realizado, totalizando um gasto de R$ 489.096,80. O número de
serviços realizados no P2 foi maior, quando comparado ao P1 (94 X 48). Entretanto, o tempo médio
fora de uso por equipamento foi de 46 dias, a um custo médio de R$ 4.789,04 e total de R$
450.170,20. A despeito de o P2 apresentar um número maior de serviços de manutenção quando
comparado ao P1, o custo médio por equipamento, bem como o custo total, foi menor. Não houve
alteração na rotina de manutenção dos equipamentos endoscópicos. Assim, é possível que tais
achados estejam relacionados ao menor desgaste dos equipamentos e à ocorrência de danos menos
graves e, portanto, custos, médio e total, menores quando comparados ao P1. Uma limitação do
estudo foi o curto período de observação. Entretanto, o estudo evidencia a necessidade de revisão
periódica de rotinas e a importância do cumprimento à recomendações quanto ao tempo de imersão
dos equipamentos com vistas ao aumento da vida útil dos equipamentos e a redução de custos, sem
prejuízo à segurança do processo.
[117]
Organização e Realização:
99 - CÓD.929
SEGURANÇA DO PACIENTE NO PROCESSO DE CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS:
UTILIZANDO O CHECK LIST COMO FERRAMENTA.
AUTORAS: SOLANY MARIA SOUZA MOREIRA1; ANDREIA RIBEIRO ASSIS2; CARLA BONO OLENSCKI COELHO3; SAMIRA MARIA
SOUZA MOREIRA4.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.HOSPITAL GERAL DE PALMAS -HGP, PALMAS - TO - BRASIL; 2.UNIDADE DE TRANSPLANTE (TMO), RIO
JANEIRO - RJ - BRASIL; 3.HOSPITAL GERAL PÚBLICO DE PALMAS, PALMAS - TO – BRASIL; 4.HOSPITAL ISRAELITA ALBERT
EINSTEIN, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução/Justificativa: As barreiras de segurança na captação de órgãos e tecidos são realidades
complexas em virtude da carência de uma sistematização, que permita efetivar a comunicação entre
as equipes, diminuir danos à saúde, otimizar os recursos, prevenir eventos adversos e proporcionar
qualidade e segurança. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica a respeito da utilização do check
list, como ferramenta de segurança do paciente, no processo de captação de órgãos e tecidos.
Método: O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, onde os autores identificam como questão
norteadora: “Existe na literatura, estudos que abordem o check list como ferramenta de segurança
do paciente, no processo de captação de órgãos e tecidos?”. Os autores levantaram a hipótese de
buscar na literatura evidências que comprovem a aplicação do checklist de cirurgia segura no
processo de captação de órgão, utilizando acervo bibliográfico na última década, nas bases de dados:
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Pub Med Medical Subject Headings (MeSH), Scientific Library
Online (SciELO), Literatura Latino Americano e do Caribe da Saúde (LILACS), endereços eletrônicos
oficiais do: Ministério da Saúde,Conselho Federal de Enfermagem, editoriais, manuais e capítulos de
livros. Os textos foram filtrados pelo critério de inclusão previamente estabelecido e selecionados 20
artigos que tiveram como referência “qualidade e segurança dos pacientes”. Resultados: Os textos
resultantes foram categorizados em cinco subitens: segurança do paciente, cirurgia segura, check list;
enfermagem na captação de órgãos e tecidos e cirurgia de extração. A partir dos temas relevantes na
literatura pode-se observar que os estudos descrevem a cerca de processos seguros em todos os
níveis de atenção a saúde e especificamente onde o programa de doação e transplante está
implantado, sinalizando a necessidade do desenvolvimento de cultura de segurança, modelos de
gestão que priorizem qualidade e mesclem a responsabilidade individual e institucional. Conclusão:
Os autores observaram que a grande maioria dos serviços não dispõe de um modelo sistematizado
de checagem como barreira de segurança no processo de captação de órgãos e tecidos. Percebe-se
que existe também escassez de produções científicas comprovando a utilização de check list como
ferramenta para a segurança do paciente, dificultando responder ao objetivo deste estudo.
[118]
Organização e Realização:
100 - CÓD.930
INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA: ATUALIZAÇÃO TEÓRICA E PRÁTICA – UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA.
AUTORAS: LIGIA FAHL FONSECA; CIBELE TRAMONTINI; RENATA PERFEITO RIBEIRO; PATRICIA ARONI; DOLORES F. M. LOPES.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA - PR - BRASIL.
Alunos de enfermagem e medicina têm em sua formação a obrigatoriedade do desenvolvimento de
competências como instrumentador cirúrgico. Os recursos teórico-didáticos para este
desenvolvimento, no entanto, são escassos, pouco aprofundados e essencialmente técnicos. Além
disso, o preparo adequado do instrumentador cirúrgico pode minimizar riscos inerentes à atividade
de instrumentação, como exposição e acidentes com material biológico. Estes riscos podem ser
minimizados através de ações essenciais como observação de técnica asséptica rigorosa da equipe,
manutenção dos instrumentais cirúrgicos limpos durante o procedimento cirúrgico, o que reduz a
quantidade de carga microbiana ao final da cirurgia, paramentação cirúrgica correta e auxilio na
paramentação de toda equipe e, em decorrência da redução do tempo cirúrgico, diminuir a
exposição do paciente a possíveis complicações fisiológicas decorrentes do trauma cirúrgico. O
objetivo do estudo foi relatar a experiência da construção de um livro de instrumentação cirúrgica
por docentes e alunos de graduação e pós-graduação como parte de um Projeto de Pesquisa em
Ensino. Primeiramente, os docentes responsáveis reuniram-se para determinar os conteúdos que
seriam abordados no livro. A seguir foi feita a seleção dos alunos participantes do projeto e a
distribuição das tarefas. Para cada capítulo foi realizado levantamento bibliográfico junto com alunos
nas principais bases de dados, leitura e seleção dos artigos, levantamento dos materiais utilizados em
cada especialidade cirúrgica, redação dos capítulos e fotos das mesas de instrumentação cirúrgica
montadas. A primeira parte do livro abordou as questões concernentes estruturação do
conhecimento relacionado à instrumentação cirúrgica, como: história da instrumentação, legislação,
técnica asséptica, métodos hemostáticos, paramentação, infecção de sítio cirúrgico e segurança. Na
segunda parte foram abordadas as especialidades cirúrgicas descrevendo o preparo do ambiente
cirúrgico e a montagem da mesa de instrumentação. Concluiu-se que este projeto de ensino
favoreceu o aprendizado do aluno em relação à leitura crítica de artigos, a busca em bases de dados
científicas e a organização de um livro didático. Os alunos de pós-graduação - nível residência, além
do aprimoramento na redação, aprofundaram os conhecimentos de montagem de mesa e
instrumentação cirúrgica, melhorando a inserção na prática.
[119]
Organização e Realização:
100 - CÓD.931
JEJUM OPERATÓRIO: A VISÃO DO S PACIENTES CIRÚRGICOS.
AUTORES: LIGIA FAHL FONSECA; LARISSA CRISTINA JACOVENCO ROSA SILVA; PATRICIA ARONI.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA - PR - BRASIL.
O jejum perioperatório se justifica como um cuidado cirúrgico importante por se relacionar com a
diminuição do risco de aspiração pulmonar durante o ato anestésico-cirúrgico, quando os
mecanismos de proteção de vias áreas estão comprometidos podendo levar a serias complicações. O
objetivo deste estudo foi explorar a percepção do paciente cirúrgico sobre o jejum. Estudo
qualitativo, descritivo e exploratório desenvolvido num hospital universitário do Paraná. A coleta de
dados foi realizada de agosto a outubro de 2013 com 14 pacientes cirúrgicos, após a aprovação do
Comitê de Ética da instituição pesquisada (Registro CAEE n.º 02299412.6.0000.5231). Para análise foi
utilizado a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Duas categorias emergiram após as análises. Na
primeira, percepções durante o período de jejum, surgiram dificuldades e sentimentos vivenciados. A
sede e fome mostram-se como fatores estressante: “Não gostei muito não, pensei que seria rápido;
para comida fiquei tranquila, sabe! Mas para água, foi passar por uma prova de fogo. Você fica aqui
olhando o pessoal comer, beber água e você não pode, é ruim né (E2,E5,E6,E10,E11)”. A necessidade
do jejum foi associado a representações de complicações e morte: “Disseram que poderia vomitar e
engasgar e dai complicar a cirurgia, isso poderia provocar até a morte (E1,E2,E4,E5,E6)”. Os relatos
evidenciaram períodos excessivamente extensos de jejum devido ao cancelamento de cirurgias, falta
de comunicação da equipe e padronização de períodos excessivos de jejum, gerando aumento de sua
ansiedade perante todo o ato anestésico-cirúrgico: “Esse jejum foi demorado, cerca de 2 dias sem
comer e beber nada, mas isso aconteceu porque eles cancelavam a cirurgia e mal avisam. Não sei se
precisa ficar tanto tempo de jejum (E5,E6,E11,E12,E14)”. A segunda categoria, Compreendendo o
jejum, demonstra a falta de comunicação efetiva por parte da equipe e incompreensão do paciente
quanto ao jejum: “Falou que tinha que ficar de jejum a partir da meia noite. Não falou nada nem se
depois da meia noite eu podia molhar a boca. Senti a falta da explicação. Jejum, jejum, jejum. Eles
não explicam o porquê; é ruim né?! Eu ficava sem entender. Só disseram “jejum de
tudo”(E3,E4,E7,E10,E11,E13)”. A necessidade de orientações adequadas são apontadas pelo paciente
como essenciais para que possa se comprometer com o jejum: “Eu acho que tinha que explicar o por
que, o que acontece. Motiva a pessoa a fazer o jejum. A pessoa compreende e ela se sente mais
motivada a fazer o jejum (E13, E14)”. Concluiu-se que a experiência do jejum é percebida pelo
paciente como algo necessário, porém essa informação não ameniza seu sofrimento. Orientações
efetivas sobre a necessidade do jejum, além da adoção de protocolos baseados em evidencia quanto
ao manejo da sede e tempo realmente necessário de jejum, são essenciais para um cuidado de
qualidade ao paciente cirúrgico.
[120]
Organização e Realização:
102 - CÓD.932
SEDE EM PUÉRPERAS NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO.
AUTORAS: LIGIA FAHL FONSECA; THAMMY GONÇALVES NAKAYA; LEONEL ALVES NASCIMENTO.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA - PR - BRASIL.
A sede no pós-operatório imediato (POI) é um desconforto relatado por grande parte dos pacientes
submetidas a cesariana, tanto no pré como no pós operatório. Apontada como um fator estressor, a
sede resulta no aumento da ansiedade, desidratação, irritabilidade, fraqueza e desespero. No
entanto, desconhece-se aspectos referentes a sua incidência e repercussões na recuperação da
puérpera. O Protocolo de Segurança para o Manejo da Sede (PSMS) foi desenvolvido para auxiliar o
profissional na sala de recuperação anestésica (SRA) a avaliar as condições de segurança do paciente
para a administração de estratégias no manejo da sede de forma sistemática. Objetivou-se avaliar a
incidência e fatores relacionados a sede, assim como a aplicação do PSMS no POI de cesariana.
Estudo quantitativo, quase-experimental, pré-teste e pós-teste, realizado na SRA de um Hospital no
norte do Paraná, com critérios de inclusão: ter idade igual ou superior a 13 anos, aceitar participar da
pesquisa e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O projeto de pesquisa foi aprovado
pelo Comitê de Ética da Instituição pesquisada (CAAE: CAAE 02299412.6.0000.5231). A amostra
constituiu-se de 45 puérperas de idade variando de 16 a 42 anos (DP: 6,64), média de 28,04 anos.
Quanto à etnia 55,6% (n: 25) caracterizavam-se a cor parda. A classificação de gravidade segundo a
American Society of Anestesiology (ASA), predominou-se ASA 2 com 55,6% e ASA 1 com 43,2% dos
pacientes. Das participantes da pesquisa 82,2% (n: 37) apresentaram sede, sendo que apenas 15,6%
(n: 7) verbalizaram espontaneamente este desconforto. A intensidade da sede foi medida por meio
de uma escala numérica (1-10), sendo a intensidade da sede inicial variando de 5 a 10, média de 7,7
e após a intervenção, variando de 0 a 9, com média de 3,6. Os sinais que as pacientes apresentaram
em relação a sede foram: Boca seca (93,3% n:42), lábio rachado 75,6% (n: 34), língua grossa 51,1%
(n: 23), saliva espessa 64,4% (n:29) e boca amarga 77,8% (n: 35). O tempo de jejum variou de duas a
24 horas, com média de 14 horas (DP 5:19) para sólidos. Para líquidos variou de uma a 24 horas com
média de 11 horas (DP 6:25). Na avaliação pelo PSMS, o percentual de aprovações foi progressivo
(88,9% n=40 e 91,1% n=41). A reprovação no primeiro momento foi nos critérios Nível de
Consciência (2 pacientes), Nível de Consciência e Náusea (1 paciente), Náusea e Vômito (1 paciente)
e somente Náusea (1 paciente). Já no segundo momento as reprovações foram relacionadas ao Nível
de Consciência e tosse (1 paciente), Náuseas e Vômitos (1 paciente) e somente Nível de Consciência
(2 pacientes). Os resultados do estudo permitem concluir que a sede possui alta incidência durante a
recuperação anestésica de mulheres submetidas a cesariana. O tempo de jejum prolongado e a
própria perda de líquidos durante o procedimento cirúrgico podem influenciar na alta intensidade da
sede nesta população. O pequeno número de pacientes que reprovaram na avaliação pelo PSMS,
demonstra que após avaliação criteriosa, aproximadamente 90% das pacientes podem utilizar algum
método de alívio da sede sem colocar em risco sua condição clínica.
[121]
Organização e Realização:
103 - CÓD.933
PRODUTOS PARA SAÚDE ESTERILIZADOS ARMAZENADOS EM UNIDADES ASSISTENCIAIS DE
HOSPITAIS DE GRANDE PORTE DE BELO HORIZONTE: ESTUDO DESCRITIVO.
AUTORAS: IVONE COUTINHO MUSSEL1; ADRIANA OLIVEIRA DE PAULA2; ADRIANA CRISTINA DE OLIVEIRA3; ANDREIA
RODRIGUES MOREIRA4.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.CME HC-UFMG, BELO HORIZONTE - MG - BRASIL; 2,3.UFMG, BELO HORIZONTE - MG - BRASIL; 4.HC/UFMG,
BELO HORIZONTE - MG - BRASIL.
Introdução: O produto para saúde (PPS) esterilizado, quando armazenado nas unidades assistenciais
de saúde deve ser mantido em condições adequadas ou semelhantes às do Centro de Material e
Esterilização (CME), visando tanto a garantia para o tempo de validade como o uso seguro no
paciente. Muitos aspectos e desafios na manutenção da esterilidade, a exemplo, características da
área física hospitalar, dimensões da área utilizada e acesso restrito, podem influenciar a qualidade do
armazenamento do PPS estéril. Mesmo que todas as etapas realizadas no CME atendam aos padrões
de qualidade e segurança, ainda assim o PPS poderá ter sua esterilidade comprometida caso seu
armazenamento nas unidades de assistência direta não apresentem a certeza de manutenção da
esterilidade. Objetivo: Analisar as condições dos locais de guarda dos PPS estéreis em unidades
assistenciais de hospitais de grande porte de Belo Horizonte. Método: Trata-se de um estudo
exploratório e descritivo, de abordagem quantitativa, realizado em 33 unidades assistenciais de 11
hospitais de grande porte de Belo Horizonte. A coleta de dados foi realizada no período de maio a
setembro de 2013 por meio de um questionário estruturado validado, contendo aspectos
relacionados à estrutura física, à organização do ambiente e às condições de armazenamento. Foi
realizada análise descritiva dos resultados. Resultados: Das unidades assistenciais visitadas, 39,4%
eram Centros de Terapia Intensiva (CTI), 33,3% eram Centros Cirúrgicos (CC) e 27,3% unidades de
Pronto Atendimento (PA). Os locais do acondicionamento do PPS estavam identificados
corretamente em 81,8%, o revestimento das prateleiras era de material lavável em 93,9%; armários
fechados em 75,8%, a validade da esterilização era conferida diariamente em 97%. Havia
inadequação do dimensionamento com relação ao volume de PPS armazenado em 6,1% e áreas não
exclusivas para guarda de materiais esterilizados em 27,3%. Com relação à limpeza do local, apurouse que esta ocorria semanalmente em 54,5% dos setores; diariamente apenas em 6,1%. Conclusão:
Encontraram-se inadequações em relação à qualidade das condições do armazenamento do PPS
estéril nas unidades assistenciais quanto à área física não dimensionada; acesso irrestrito de pessoas;
área não exclusiva para PPS estéreis; limitada higienização, entre outros, o que sugere a necessidade
de maior envolvimento dos enfermeiros assistenciais no processo de armazenamento do PPS de
forma confiável, seguindo as recomendações para esta etapa, de modo a tornar o produto tão
seguro para o uso no paciente, quando acondicionado na unidade de internação, tal como no
momento em que é fornecido diretamente do CME.
[122]
Organização e Realização:
104 - CÓD.934
ARMAZENAMENTO DOS PRODUTOS PARA SAÚDE ESTERILIZADOS EM CENTROS DE
MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO DE HOSPITAIS DE GRANDE PORTE.
AUTORAS: IVONE COUTINHO MUSSEL1; ADRIANA OLIVEIRA DE PAULA2; ADRIANA CRISTINA DE OLIVEIRA3; ROSANGELA
OLIVEIRA SANTOS4; VANDA CUSTÓDIA FELIPE MANOEL5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.CME HC-UFMG, BELO HORIZONTE - MG - BRASIL; 2,3.UFMG, BELO HORIZONTE - MG - BRASIL; 4,5.CME
HC/UFMG, BELO HORIZONTE - MG - BRASIL.
Introdução: Todas as etapas do processamento do produto para saúde (PPS) devem ser
rigorosamente realizadas, almejando-se a garantia de um produto isento de contaminantes e que
contribua para uma assistência segura ao paciente durante os procedimentos a serem realizados,
sejam eles clínicos ou cirúrgicos. A etapa do armazenamento, também considerada fundamental
para manutenção da esterilidade dos artigos, quando no centro de material e esterilização (CME),
deve atender a padrões mínimos definidos e concernentes a esta prática relacionada à estrutura
física, condições de temperatura e umidade, acesso, equipamentos e mobiliários. O PPS esterilizado
ao ser armazenado deve ser mantido em condições adequadas visando assegurar sua validade até o
uso. Objetivo: Objetivou-se analisar as condições dos locais de acondicionamento do PPS esterilizado
em 10 CME de hospitais de grande porte de Belo Horizonte. Método: Conduziu-se um estudo
exploratório e descritivo no período de maio a setembro de 2013, por meio de um instrumento, um
questionário, validado utilizando-se análise descritiva. Resultados: O acondicionamento do PPS no
CME se deu em armários fechados (60%) com revestimento lavável (100%), com controle de
umidade relativa do ar e temperatura variando parâmetros adotados. A data de validade do PPS foi
referida como checada (100%) dos CME e o transporte em carros exclusivos (80%). Todos, (100%)
respeitavam a distância mínima exigida pela legislação do teto de 45 cm, em nove (90%) a distância
mínima do piso era de 20 cm e oito (80%) a distância mínima da parede de 05 cm. No que diz
respeito ao controle dos produtos estéreis, os responsáveis (100%) relataram conferir as das datas
de validade da esterilização dos produtos armazenados e observavam o manuseio mínimo dos
materiais. Acesso restrito com barreira em 70 %. Em oito (80%) havia um inventário para controle do
quantitativo dos produtos. Em alguns CME a área de armazenamento do PPS não era exclusiva para
materiais estéreis; em 30% havia materiais não estéreis e/ou materiais apenas desinfetados
guardados no mesmo local, porém em prateleiras diferentes. Observou-se a incidência de luz solar
direta no local de armazenamento dos PPS estéreis em 30%. Conclusão: No que se refere às
condições do acondicionamento quanto à incidência de luz solar, a não exclusividade de artigos
estéreis e acesso não restrito ao local de armazenamento, a distância do piso e/ou a parede não se
encontravam em consonância com as distâncias mínimas exigidas pela legislação em três
instituições, presença de tubulações expostas e ausência de controle da faixa de umidade relativa e
em um dos CME avaliados. Assim, pode-se afirmar que estas não conformidades encontradas podem
comprometer a qualidade do PPS e, sobretudo o não atendimento à legislação vigente.
[123]
Organização e Realização:
105 - CÓD.935
QUALIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DE UM CENTRO DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO (CME): RELATO DE EXPERIÊNCIA.
AUTORAS: IVONE COUTINHO MUSSEL1; ROSANGELA OLIVEIRA SANTOS2; VANDA CUSTÓDIA FELIPE MANOEL3.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.CME HC-UFMG, BELO HORIZONTE - MG - BRASIL; 2.CME HC/UFMG, BELO HORIZONTE - MG - BRASIL;
3.HC/UFMG, BELO HORIZONTE - MG - BRASIL.
Introdução: O CME destaca-se como unidade de apoio técnico às áreas assistenciais e diagnóstico. As
condições existentes no CME devem ser propícias e seguras para o processamento do produto para
saúde (PPS) com qualidade. Sabe-se que um serviço que não ofereça qualidade nos seus processos,
impossibilita o alcance de resultados satisfatórios no atendimento ao principal desafio dos serviços
de saúde: o controle e prevenção das infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS). A
garantia dos serviços exigem dos profissionais de saúde conhecimento para executar suas atividades.
O presente trabalho realizou-se no CME de um hospital público que realiza atividades de ensino,
pesquisa, é referência no sistema municipal e estadual de saúde. As ações desenvolvidas no setor
ofereciam risco ocupacional consequentes do método de limpeza manual em todas as etapas; os
artigos de uso único eram preparados em larga escala, sem critérios que assegurassem a qualidade.
As condições oferecidas pela instituição não contemplavam um nível ótimo de resposta às metas
pretendidas. Assim, fez-se necessário a implantação de ações que favorecessem o fornecimento de
PPS devidamente processado. O presente trabalho objetivou relatar a qualificação da infraestrutura
do CME numa instituição pública de Belo Horizonte. Método: Trata-se de um relato de experiência
vivenciado pela prática profissional em um CME classe II, ocorrido no período de abril de 2012 a
março de 2014, sustentado na legislação vigente. Resultados: Os avanços inseridos no CME foram a
melhoria da unidade com as seguintes aquisições: lupas para visualização da limpeza e integridade
dos artigos; escovas especiais específicas para higienizar canulados; lavadoras ultrassônicas com
tecnologia atual de fluxo intermitente; pistolas de ar e água; autoclaves novas a vapor saturado com
sistema de osmose reversa e impressora. Além da inovação tecnológica, buscou-se a qualificação dos
métodos centralizando o processamento dos artigos das unidades de internação, promovendo a
qualidade e uniformização de condutas; implantação da limpeza automatizada dos materiais
respiratórios do centro cirúrgico e unidade de terapia intensiva, e mudança do processo para
esterilização, no qual anteriormente se realizava desinfecção de alto nível por glutaraldeído. Adotouse a utilização dos monitores de limpeza e o uso de integradores químicos classe V em 100% das
caixas de instrumentais cirúrgicos. Foi realizada a atualização das Instruções Técnicas de Trabalho
(ITT). A validação anual dos equipamentos foi ampliada para os equipamentos de limpeza. Houve a
implantação da capacitação sistematizada da equipe de enfermagem. Conclusão: As iniciativas nas
diferentes frentes de trabalho representaram importantes avanços na qualidade do processamento,
visualizados em análise estatística, relatórios e corroborados nas observações dos processos com
elevação dos indicadores de produção. Embora tendo avançado nos aspectos tecnológicos, entendese que há muito a progredir, diante da necessidade de garantir a segurança do paciente e legislação
vigente. Acredita-se não na permanência e estagnação no cumprimento dos requisitos mínimos, mas
disponibilidade para novos desafios e contribuição para aprimorar a qualidade do Serviço.
[124]
Organização e Realização:
106 - CÓD.936
IMPACTO NA GESTÃO CIRÚRGICA COM A PRESENÇA DE CAIXAS MOLHADAS EM UM
HOSPITAL PARTICULAR DE SÃO PAULO.
AUTORAS: REGIANE LEANDRO DA COSTA; IOLANDA LOPES DE SOUZA SANTANA; LILIAN CRISTINA CASTELLO DE SOUZA;
RAQUEL DE GODOY BUENO SILVESTRE.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SANTA ISABEL, SÃO PAULO - SP - BRASIL.
Introdução: O Centro Cirúrgico pode ser considerado uma das unidades mais complexas do hospital
pela sua especialidade, presença constante de estresse e a possibilidade de risco a saúde a que os
pacientes estão sujeitos ao serem submetidos à intervenção cirúrgica. Desta forma, necessita de uma
gestão adequada que interligue todas às necessidades para o sucesso dos procedimentos realizados.
Uma dessas vertentes é a gestão dos materiais, e baseada nas recomendações internacionais da
AORN (2007) “as embalagens devem ser completamente secas e esfriadas antes do manuseio ou
remoção de dentro do equipamento e são considerados contaminados os artigos úmidos após o
processo de esterilização, não sendo recomendados para uso”. Este assunto é complexo e gera
dúvidas em relação ao risco de infecção de sítio cirúrgico relacionada à assistência à saúde, mas o
estresse gerado pela abertura de uma caixa molhada impacta diretamente na gestão do
procedimento. Objetivos: Descrever os impactos diretos na gestão dos processos na unidade de
centro cirúrgico ocasionados pela abertura de caixas molhadas em sala operatória. Método: Estudo
observacional, retrospectivo, descritivo, realizado em hospital privado de São Paulo, no período de
julho/2013 a junho/2014, baseado na análise das notificações de eventos sentinela relacionados à
abertura de caixas molhadas em sala operatória e discussão com as equipes. Resultados: Os casos
relacionados a abertura de caixas molhadas são um evento que tem gerado uma série de
notificações de evento sentinela. Iniciou-se uma análise e discussão sobre este assunto em julho de
2013 e após reuniões e alinhamentos gerou-se uma diretriz envolvendo diversos parâmetros de
forma a melhorar a gestão dos processos relacionados à este evento, como liberação para utilização
apenas em caso de urgência e sem o item para reposição (caso seja solicitado pelo cirurgião);
horários rígidos mínimos de entrega para materiais (consignados), dentre outras. Após a implantação
da diretriz, 19 ocorrências de abertura de caixa molhada em sala operatória foram notificadas, em
cirurgias ortopédicas e o impacto disso envolveu: remarcação cirúrgica, transferência de hospital,
paciente aguardando no centro cirúrgico o reprocessamento da caixa, mudança de técnica
operatória, abertura de novas caixas, dentre diversos outras conseqüências. Podemos observar um
impacto direto na gestão do estresse da equipe e do paciente (suspensões, remacrações), financeira
(reprocessamentos, transferências de hospital, abertura de outras caixas), do mapa cirúrgico
(remarcações), dentre diversos outros fatores em que houve impacto direto pela abertura de caixa
consideradas “inadequadas para uso”. Conclusão: É de suma importância a garantia da segurança do
paciente durante qualquer procedimento a ser realizado numa instituição de saúde, mesmo com
diretrizes e parâmetros alinhados entre centro cirúrgico, equipes cirúrgicas, administração, central
de material e esterilização e serviço de controle de infecção hospitalar, nos deparamos mensalmente
com indicadores que ainda mostram ocorrências destas não conformidades e o impacto nas diversas
faces da gestão da unidade, o que gera a necessidade de rever continuamente os processos e reduzir
riscos envolvendo o paciente e a instituição.
[125]
Organização e Realização:
107 - CÓD.939
BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DA ESTERILIZAÇÃO POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO NO
HOSPITAL PRIVADO DE GRANDE PORTE EM SALVADOR/BA.
AUTORAS: GLAUCIA SOARES CARDOSO1; MARIA DE FATIMA CAMPOS2; NATÁLIA BORGES SOUZA3; SILVANA MOREIRA DA
SILVA4; VERÔNICA MORENO5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,3,4,5.HOSPITAL DA BAHIA, SALVADOR - BA - BRASIL; 2.HOSPITAL ESPANHOL, SALVADOR - BA - BRASIL.
Os constantes avanços tecnológicos nas cirurgias minimamente invasivas trouxeram evidentes
benefícios aos pacientes, contudo geram um grande desafio no que diz respeito à esterilização dos
instrumentais utilizados nestes procedimentos, dentre eles, instrumentais laparoscópicos, óticas e
fibra ótica. As Centrais de Material e Esterilização – C.M.E buscam então uma alternativa para
esterilização de materiais médicos e hospitalares termossensíveis, com processo de tecnologia limpa
e boas práticas de sustentabilidade. Segundo Larcerda 2003, esterilização é o processo de destruição
de todos os microorganismos, a tal ponto que não seja mais possível detectá-los através de testes
microbiológicos padrão. Um artigo é considerado estéril quando a probabilidade de sobrevivência
dos microorganismos que o contaminavam é menor do que 1:1.000.000. De acordo com Scherrery
1995, o sistema de esterilização por peróxido de hidrogênio, Sterrad ® 100S age por método de
esterilização físico-químico a base de plasma de peróxido de hidrogênio a baixa temperatura, com
ciclos aproximados de 55 a 72 minutos de duração, sem deixar resíduos tóxicos. O peróxido de
hidrogênio age por meio da produção de radicais livres que lesam membranas lipídicas, DNA e os
componentes celulares essenciais. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os benefícios após a
implantação (junho de 2013), da esterilização por peróxido de hidrogênio numa C.M.E de um
Hospital Privado de Grande Porte em Salvador/BA, com 195 leitos e média de 500 cirurgias/mês.
Trata-se de um estudo de campo descritivo-exploratório com abordagem quantitativa com busca nas
bases de dados: revisão de mapa cirúrgico no período de 01/01/2013 á 31/03/2013 e 01/01/2014 á
31/03/2014 e LILACS, BDENF e MEDLINE utilizando como descritores as seguintes palavras:
esterilização, peróxido de hidrogênio, videocirurgia. Nos períodos de coleta de dados ocorreram 547
procedimentos cirúrgicos endoscópicos (cirurgia geral e urológica), 242 cirurgias no primeiro
trimestre de 2013 e 305 cirurgias no primeiro trimestre de 2014, a esterilização in loco por peróxido
de hidrogênio possibilitou o aumento em 26% do volume cirúrgicos global em vídeocirurgias.
Corroborando com Skogas; Marvik, 2004, análises preliminares apontam para uma redução de danos
por alta temperatura para lentes de óticas na ordem dos 80 %, quando utilizado o método de
esterilização por peróxido de hidrogênio em comparação á esterilização em autoclave de vapor,
reduzindo os custos envolvidos com reparo e manutenção de óticas. Conclui-se que após a aquisição
e reestruturação do processo de esterilização de óticas para videocirurgia obtivemos como
benefícios o aprimoramento do desenvolvimento tecnológico, melhoria do processo assistencial na
pespectiva da segurança do paciente, aumento na vida útil de instrumentais cirúrgicos, resultados
financeiros superiores em virtude da possibilidade do aumento de procedimentos por videocirurgia e
redução do consumo de energia e água, atendendo a perspectiva institucional e da C.M.E.
[126]
Organização e Realização:
108 - CÓD.940
BENEFÍCIOS DO REPROCESSAMENTO AUTOMÁTICO DOS ENDOSCÓPIOS.
AUTORAS: NATÁLIA BORGES SOUZA1; ANGELA SANTIAGO LIMA2; GLAUCIA SOARES CARDOSO3; MARIA DE FATIMA
CAMPOS4; VERÔNICA MORENO5.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1,2,3,5.HOSPITAL DA BAHIA, SALVADOR - BA - BRASIL; 4.HOSPITAL ESPANHOL, SALVADOR - BA - BRASIL.
A evolução permanente da tecnologia ao que se refere aos aparelhos endoscópios vem, cada vez
mais, lançando no mercado aparelhos de auxílio diagnóstico complexos, de alto custo, frágeis e que
necessitam de manutenção rigorosa e desinfecção específica. No serviço de endoscopia, os
procedimentos são de curta duração, possui aparelhos de alto custo e sensíveis. Portanto, é
necessária a utilização de um método com processamento rápido sem perder o padrão de qualidade
e eficiência proporcionando a rotatividade. Segundo Padovese, Delmonte (1999), limpeza é a
remoção mecânica da sujidade, sendo realizada pela aplicação de energia mecânica, química ou
térmica. Podendo ser feita por método manual e/ou automatizado. O objetivo desta pesquisa foi
identificar os benefícios do reprocessamento automático dos endoscópios. Este estudo constituiu de
uma revisão bibliográfica de caráter descritivo-exploratório e qualitativo. A busca foi limitada a partir
de material já publicado, constituído por livros, artigos de periódicos e materiais sobre o tema
disponível na internet em português. Para a seleção de textos foram utilizados os descritores:
benefícios, reprocessamento e endoscópios. O reprocessamento automático dos endoscópios é um
processo que utiliza um equipamento que realiza uma ou mais etapas do reprocessamento (limpeza,
secagem e desinfecção). As vantagens da automação é que há uma padronização no processo, reduz
os riscos ocupacionais já que diminui o tempo de manejo com o equipamento, mesmo utilizando um
grande volume de água para enxague, há uma redução dos riscos de toxicidade para o paciente. A
rapidez no processo favorece o custo-benefício, além do baixo custo de implementação e operação.
Há um aumento da vida útil dos equipamentos, através da manutenção preventiva eficaz e apresenta
um baixo impacto ecológico. Mesmo com as vantagens acima citadas ainda existe a necessidade de
uma limpeza prévia para que o reprocesso seja seguro. A secagem não é tão eficiente, ao se
comparar com a manual. Segundo Nasce (2012), uma falha nessa etapa pode permitir uma diluição
do desinfetante, que em concentrações mais baixas poderá não atingir ação germicida esperada.
Conclui-se que há benefícios no reprocessamento automático dos endoscópios comparado ao
manual e que implementar este método de reprocesso em qualquer unidade que realiza exames de
endoscopia, será uma alternativa positiva e possibilitará mudança na rotatividade, aumentando
assim demanda do serviço e contribuindo para diminuição de riscos para o paciente e para o
funcionário envolvido no processo.
[127]
Organização e Realização:
109 - CÓD.941
PAPEL DA ENFERMAGEM NO POSICIONAMENTO DO PACIENTE EM CIRURGIA ROBÓTICA:
REVISÃO DE LITERATURA.
AUTORAS: CECILIA DA SILVA ANGELO COELHO; RAQUEL MARCONDES BUSSOLOTTI; ISABEL MIRANDA BONFIM; GUSTAVO
CARDOSO GUIMARÃES; THAIS SAFRANOV GIULIANGELIS
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL A. C. CAMARGO, SÃO PAULO - SP – BRASIL
O posicionamento da cirurgia robótica é um desafio para a enfermagem devido aos riscos envolvidos,
como alterações hemodinâmicas, mudanças no perfil ventilatório, risco de ulceras por pressão (UPP)
e fricção da pele pela força exercida pela posição de trendelenburg. O papel da enfermagem neste
processo pode ser divido em algumas fases: 1- Paramentação do Robô e preparo do espaço físico da
sala para cada tipo de cirurgia; 2- Recepção do paciente na sala cirúrgica e avaliação da pele;
3- Check-list de cirurgia segura e preparação dos materiais utilizados; 4- Posicionamento do paciente
após anestesia em conjunto com a equipe médica; 5- Utilização de posicionadores, placas de
proteção e artefatos necessário para a segurança do paciente; 6- Avaliação pós-operatória da pele do
paciente. Sendo assim notamos a importância deste processo para a prevenção de UPP neste grupo
de pacientes. O objetivo foi fazer uma revisão da literatura nacional e internacional sobre
posicionamento em cirurgia robótica e a assistência da enfermagem na prevenção de UPP e outros
riscos que os pacientes estão sujeitos durante uma cirurgia robótica. Fizemos um trabalho de revisão
bibliográfica integrativa, levantando artigos nas bases de dados LILACS, MEDLINE e CINAHL, no
período de 2005 a 2014. Foram encontrados 7430 artigos, levantados 68 que realmente
interessavam ao tema proposto e no fim selecionamos apenas 11 para esta revisão. Com os artigos
levantados podemos observar a importância do profissional de enfermagem no centro cirúrgico (CC),
destacando o papel nas cirurgias robóticas, já que temos a responsabilidade principal na prevenção
da UPP. Para isso precisamos saber avaliar, posicionar, usar as proteções adequadas, estudar e
desenvolver escalas e protocolos específicos para avaliação da pele no perioperatório e ensinar e
conscientizar a equipe multiprofissional da necessidade e importância desta prevenção. Após a
revisão podemos afirmar que a enfermagem tem um papel imprescindível na prevenção de UPP em
CC e no desenvolvimento de novos protocolos e rotinas para um posicionamento seguro.
[128]
Organização e Realização:
110 - CÓD.942
ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO EM UMA EMPRESA DE EQUIPAMENTOS
ODONTO-MÉDICO-HOSPITALARES COM ÊNFASE EM CME.
AUTORAS: CHEILA GONÇALVES DE OLIVEIRA; CAMILA MENDONÇA DE MORAES LOPES.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: INATEL, GUARULHOS - SP - BRASIL.
O objetivo geral do estudo é relatar a atuação do enfermeiro em uma empresa de equipamentos
odonto-médico-hospitalares. É uma pesquisa de natureza descritiva e analítica, do tipo relato de
experiência realizado em uma empresa brasileira voltada para a fabricação e desenvolvimento de
equipamentos médicos e odontológicos de alta tecnologia. A diversidade do campo de atuação do
profissional enfermeiro e a crescente ampliação do mercado de trabalho fazem da enfermagem uma
profissão abrangente e atuante nas mais variadas áreas incluindo a engenharia biomédica. A Central
de Materiais e Esterilização (CME) é um setor dentro do ambiente hospitalar de extrema
importância, se articula com todos os setores do hospital na prática diária de suas atividades, pois
fornece produtos médicos prontos para o uso às chamadas unidades consumidoras, que abrangem
não só o centro cirúrgico, mas também as unidades de internação, o ambulatório, a emergência,
entre outras. Para o funcionamento de uma CME, a atuação do enfermeiro é de vital importância
para o gerenciamento completo do processo e das medidas indispensáveis à previsão e à provisão
dos recursos. O enfermeiro é o profissional com conhecimento técnico-científico e prático específico
em processamento de materiais e tem a capacidade de orientar, implantar e supervisionar as
práticas na CME com segurança e eficiência. É visível sua atuação em assessoria e consultoria a
serviços de saúde, empresas de processamento de artigos, fabricantes de produtos odonto-médicohospitalares, de equipamentos e de insumos para CME, além de ensino e pesquisa em todas as
áreas. Neste sentido, é imprescindível sua atualização constante para acompanhar o avanço
tecnológico. Com o avanço da tecnologia em saúde, a limpeza dos artigos odonto-médicohospitalares passou a ser realizada na maioria das CMEs de forma automatizada, seja por meio de
lavadoras como por exemplo: ultrassônicas, que são ideais para artigos de conformação complexa;
pasteurizadoras que fazem a inativação de bactérias patogênicas por método físico;
termodesinfetadoras que realizam limpeza e desinfecção, por método físico e/ou químico. Foi
possível ao enfermeiro com a experiência, opinar e realizar uma visão geral de assuntos em visitas a
clientes, desde o conhecimento sobre outros fabricantes, sobre os tipos de produtos mais utilizados,
das preferências e principais necessidades dos usuários, essenciais para possíveis adaptações e
melhorias nos produtos existentes e no desenvolvimento de novos produtos. Seguiram-se também
alguns meses de capacitação a vendedores e equipe de representantes comerciais visto a
necessidade da empresa e amparada pelo desempenho técnico e prático do enfermeiro contratado.
O relato de experiência apresentado apontou alguns motivos de empresas de produtos odontomédico-hospitalares procurarem profissionais de enfermagem, ficando evidente a flexibilidade e
criatividade que pode ser utilizada na área de atuação deste profissional, bem como a importância de
seu conhecimento técnico-científico e experiência prática do ambiente dos EAS, onde estão
implantados os seus produtos, e, muitas vezes, são capazes de inventar e reinventar produtos e
serviços. A experiência vivenciada foi muito relevante, pois este conseguiu aproximar a empresa aos
clientes, contribuindo, para uma assistência com qualidade e segurança na CME. O relato pode
demonstrar uma nova área de trabalho para profissionais da área da saúde, em especial enfermeiros
[129]
Organização e Realização:
111 - CÓD.943
DIFICULDADES E DESAFIOS NO PROCESSAMENTO DOS ARTIGOS CONSIGNADOS.
AUTORAS: GISELA BRUNS CARNEIRO; DANIELA SOUZA CRUZ; LEIA ROSA; THAIANA COSTA; INÊS AMADO DIOGO.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: BIOXXI, NITEROI - RJ - BRASIL.
Por conta das inovações tecnológicas que surgem a todo momento, certas práticas antes pouco
usadas incorporaram-se ao nosso dia a dia. Exemplo disso é a elevação do uso de material
consignado. Se em época anterior trabalhávamos com três caixas, hoje manipulamos não menos que
dez. Essas caixas, ademais, precisam ser desmembradas em mais caixas para garantia do processo de
esterilização, ensejando mais procedimentos para limpeza e preparo. Exatamente em função da
atenção que deve ser direcionada ao processo de esterilização, vem surgindo questionamentos
quanto ao recebimento, manuseio, limpeza, preparo e devolução dos materiais consignados.
Sabemos que as instituições tratam o assunto de acordo com suas próprias convicções, podendo
algumas dar mais ênfase à recepção e limpeza. Hoje já existem normas que regulamentam a matéria,
como a ABNT NBR ISO 8828 e a RDC 15, mas, ainda assim as práticas nem sempre estão
uniformizadas. A grande questão com que nos defrontamos é identificar a maneira pela qual o
processo é realizado. Precisamos determinar se existe o conhecimento específico para o correto
processamento desses materiais. Caso venhamos a detectar que as práticas adotadas não sejam
aderentes à regulamentação existente, os desafios e dificuldades daí decorrentes precisarão ser
vencidos, porque o objetivo a ser perseguido será sempre a minimização dos riscos inerentes ao
processo de esterilização para a maximização da segurança dos pacientes. Método: O presente
estudo foi realizado num período de tres meses, através da aplicação de questionário específico a 18
enfermeiros responsáveis por CMEs de hospitais públicos e privados, e foi conduzido segundo
perspectiva qualitativa da abordagem estatística descritiva. Os objetivos foram os seguintes: Identificar os maiores desafios enfrentados no processamento de artigos consignados; - Avaliar as
dificuldades relacionadas à implementação do processamento de artigos para a saúde consignados,
desde a sua recepção até o momento da saída. Conclusão: Segundo o Art. 50 da RDC 15, no CME
Classe II, onde são processados instrumental cirúrgico e produtos consignados, deve existir uma área
exclusiva e dimensionada para o volume de trabalho ali desenvolvido, ou seja, recepção, conferência
e devolução. Após análise dos resultados obtidos através do questionário aplicado, restou provado
que as maiores dificuldades existentes em CMEs estão relacionadas com a inconformidade da
estrutura física nas áreas de recepção e de limpeza, e ainda, no acondicionamento dos artigos
consignados, além do não cumprimento de prazos pré-acordados para a entrega desses artigos pelas
empresas consignadoras. É de se concluir que a prática de “ir administrando” as dificuldades
inerentes à estrutura física precisa não somente ser abolida, mas substituída por ações efetivas,
através da adequação das plantas às normas e práticas estabelecidas e da implementação de
protocolos operacionais de conformidade.
[130]
Organização e Realização:
112 - CÓD.945
PARTICIPAÇÃO DA CME NA CIRURGIA SEGURA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
AUTORAS: HELLEN MARIA DE LIMA GRAF FERNANDES; JÚLIO CÉSAR COSTA; ARIANE SILVEIRA RODRIGUES; ANA LUIZA
FERREIRA MERES.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL PUC CAMPINAS, CAMPINAS - SP - BRASIL.
Introdução: A busca pela qualidade nos estabelecimentos de saúde tem se mostrado uma tendência
mundial, chegando a ser considerada indispensável para a sobrevivência das instituições. Para tal são
adotadas iniciativas voltadas para o processo de Segurança do Paciente, as quais impõem novas
exigências no que se refere às mudanças comportamentais, além da melhoria permanente e
contínua do atendimento prestado. Uma destas medidas instituídas nos hospitais é o protocolo de
cirurgia segura. Objetivo: Discutir a participação do Centro de Material Esterilizado (CME) na cirurgia
segura. Método: Trata-se de um estudo descritivo-analítico do tipo relato de experiência realizado
em um Hospital Escola, privado, terciário do interior do estado de São Paulo. O referido Hospital
possui um total de 355 leitos, sendo 243 leitos destinados ao atendimento de usuários do convênio
do Sistema Único de Saúde (SUS), e 112 leitos utilizados para o atendimento aos pacientes de outros
convênios e particulares. Participa no atendimento à população com uma média mensal de 23 mil
consultas ambulatoriais, 20 mil atendimentos nas Unidades de Urgência e Emergência, 1200
procedimentos cirúrgicos. O centro cirúrgico possui 12 salas cirúrgicas, sendo uma delas
especialmente equipada para procedimentos cardíacos. Possui estrutura para atender
procedimentos de baixa, média e alta complexidade 24 horas por dia, sendo referência de urgência e
emergência na região. Atende convênios e particulares, representando 30% do movimento cirúrgico.
Desenvolve a sistematização de enfermagem perioperatória desde 2006 e o protocolo de cirurgia
segura desde 2010, sendo gerenciado a adesão a demarcação cirúrgica, o correto emprego da
antibioticoprofilaxia e a realização do time out pela equipe multiprofissional. Resultado: Durante a
implantação do protocolo de cirurgia segura, o CME foi envolvido nas discussões com o objetivo de
fortalecer os itens de conferência do protocolo que necessitam de interação com o centro cirúrgico:
a correta esterilização dos instrumentais, a contagem de pinças e agulhas e a rastreabilidade da
esterilização. Conclusão: Com a inserção do CME no protocolo de cirurgia segura, garantimos a
identificação completa dos instrumentais e aprimoramos o registro para a rastreabilidade da
esterilização, sendo necessária a revisão dos impressos de carga das autoclaves e da esterilização a
peróxido de hidrogênio, além de capacitação para toda a equipe de enfermagem. Percebemos que a
conferência instituída no centro cirúrgico de contagem de agulha diminuiu o risco de manipulação
dos instrumentais no expurgo. Os aspectos do protocolo de cirurgia segura que envolve o CME, além
de visar à segurança dos pacientes, também auxiliam na segurança do trabalhador.
[131]
Organização e Realização:
113 - CÓD.946
ESTRATÉGIAS DOS ENFERMEIROS PARA ADEQUAÇÃO DO CME FRENTE À RDC 15: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA.
AUTORES: JÚLIO CÉSAR COSTA; HELLEN MARIA DE LIMA GRAF FERNANDES; ARIANE SILVEIRA RODRIGUES; ANA LUIZA
FERREIRA MERES.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO; HOSPITAL PUC CAMPINAS, VALINHOS - SP - BRASIL.
Introdução: Considerando a necessidade de adequação do Centro de Material e Esterilização (CME)
frente às diretrizes da RDC 15, em todos os seus aspectos e plenitude, compete ao enfermeiro
responsável, realizar uma organização sistemática de suas estratégias, para obter êxito em suas
intervenções. Objetivo: Descrever a organização da equipe de enfermeiros do CME frente a
normativa. Método: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido na CME de um Hospital
Universitário do interior do Estado de São Paulo. Resultado: Diante a este desafio, realizamos
primeiramente em nossa CME, um estudo aprofundado da norma, onde buscamos conhecer todas as
determinações e suas especificidades. Este trabalho foi individualmente realizado por três
enfermeiros, durante dois meses, com encontros semanais para discussões e alinhamentos, que
propiciaram um consenso. A etapa seguinte foi conhecer a conjuntura de nossa CME às luzes da RDC
15. Nesta fase, demarcamos as questões da norma impressa com três cores diferentes. Verde para
questões que já estavam adequadas, amarelo para as que já estavam em andamento e vermelho as
não iniciadas. No entanto, separando-as em dois grandes grupos: Resolvidas e Pendentes. Na
seqüência, elaboramos um plano de ação utilizando a ferramenta “5W2H”, contendo todas as
questões, iniciando pelo grupo das Resolvidas e estendendo para as Pendentes. A necessidade de
tabular estas informações foi evidenciada quando percebemos o volume de pendências e a
complexidade das suas soluções, que envolviam diferentes tipos de intervenções, como por exemplo,
reformas, aquisições de equipamentos, incorporações e adequações de atividades e rotinas, dentre
outras. Analisando mais criticamente, percebemos que todas esta oportunidades de melhoria
formavam, numa visão macro, dois tipos de aspectos, os “Comportamentais” e os “Financeiros”.
Esta percepção pode propiciar uma assertividade nas estratégias adotadas pelo enfermeiro
responsável do CME nas adequações necessárias. Com ela podemos perceber que grande parte dos
nossos desafios eram comportamentais e puderam ser resolvidos rapidamente junto à nossa equipe,
através da gestão. Os demais desafios, que envolveram investimentos financeiros, demandaram
articulações estratégicas por parte do enfermeiro responsável, junto à sua gerência, definindo
prioridades e prazos consolidados ao Planejamento Institucional. Conclusão: Esta experiência frente
à RDC 15 nos mostrou que quando envolvemos o operacional no diagnóstico e na solução dos
problemas, o resultado é a solução com maior agilidade e eficiência. Quando conhecemos as
expectativas em relação ao trabalho temos subsídios para mudar e motivar a equipe que acaba
executando as tarefas com satisfação, mesmo que isso signifique uma mudança radical em suas
rotinas. Os enfermeiros devem desenvolver a capacidade de solucionar os problemas
comportamentais no menor tempo possível, além de prover estratégias audaciosas e prudentes em
nas soluções mais morosas que são as que demandam investimentos financeiros.
[132]
Organização e Realização:
114 - CÓD.947
DESINFETANTES DE ALTO NÍVEL ALTERNATIVOS AO GLUTARALDEÍDO PARA
PROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS FLEXÍVEIS SEMI-CRÍTICOS.
AUTORES: ELIANE MOLINA PSALTIKIDIS; MIRTES LOESCHNER LEICHSENRING; MARLENE HITOMI Y. NAKAMURA; LUIS
AUGUSTO PASSERI; JOAQUIM M. BUSTORFF SILVA.
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLINICA UNICAMP, CAMPINAS - SP - BRASIL.
Introdução: As endoscopias são fundamentais em diversas especialidades médicas, em
procedimentos diagnósticos e terapêuticos com crescente aplicação e complexidade. Utiliza
endoscópios que são equipamentos de alto custo, complexos, termossensíveis, delicados e
classificados como material semi-críticos, ou seja, passíveis de desinfecção de alto nível (DAN). O
desinfetante que classicamente tem sido utilizado é o glutaraldeído (GLU) devido à sua alta
compatibilidade com os materiais e seu baixo custo. No entanto, evidências de toxicidade do GLU
aos profissionais que o manipulam e a existência de micobactérias tolerantes ao GLU ocasionaram
profundas mudanças na legislação brasileira sobre o tema, pressionando os Serviços de Saúde à
busca de germicidas alternativos. A substituição do GLU leva os profissionais a questionamentos
referentes à eficácia, toxicidade e eventuais danos aos endoscópios, além da simples comparação de
custos entre os germicidas. Frente a este desafio, foi elaborada a presente avaliação de tecnologia
em saúde (ATS). Objetivo. Identificar e analisar as evidências científicas sobre a eficácia, toxicidade e
potenciais danos causados aos endoscópios pelos germicidas de alternativos ao GLU disponíveis no
mercado brasileiro. Metodologia. Revisão sistemática com pergunta norteada pela estratégia PICO,
onde o problema do estudo (P) foram endoscópios flexíveis semi-críticos em geral (digestivos,
respiratórios e cistoscópio), tendo como intervenção (I) os germicidas Ácido peracético(AP),
Ortoftaldeído(OP) e Água Ácida Eletrolítica(AAE) para uso manual ou automatizado, comparados (C)
ao GLU, frente aos desfechos (Outcomo = O) eficiência na DAN, toxicidade e danos ao equipamento.
Resultados. A busca foi realizada por três pesquisadores independentes, incluindo 822 publicações,
entre 2008-2013, em 13 bases eletrônicas, sendo selecionados 23 estudos, considerando a melhor
qualidade de evidência disponível (1 revisão sistemática, 2 guidelines, 1 ATS, 9 estudos
experimentais, 3 estudos descritivos e 7 relatos de caso). Quanto à eficácia, os achados alertam para
a resistência intríseca da subclasse Coccidia spp a todos os germicidas estudados. Ressaltam também
a tolerância adquirida ao GLU por cepa de Micobacterium massilienses, causadora de surto de
infecção com mais de 2 mil casos no Brasil. Referente à toxicidade dos germicidas, os eventos
adversos mais relatados são colites (sem relação causal definitiva com o germicida utilizado) e
reações anafiláticas pelo OP em cistoscopias. Verificou-se carência de dados na literatura sobre
danos causados pelos germicidas aos endoscópios, os poucos estudos sobre o tema apontam para a
importância do manuseio adequado dos equipamentos para conservação de sua funcionalidade.
Conclusão. As publicações apontam para a superioridade do AP e OP quanto à eficácia na DAN.
Somente o OP apresentou evento adverso claramente relacionado à sua utilização. Não há
evidências suficientes na literatura para afirmar inferioridade de algum germicida quanto a danos
nos equipamentos, demonstrando-se a importância em serem realizadas análises sistemáticas deste
aspecto.
[133]
Organização e Realização:
115 - CÓD. 949
CIRURGIA SEGURA E A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UM
SERVIÇO DE CIRURGIA CARDÍACA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE PERNAMBUCO.
AUTORAS: MARIA DE FATIMA ALVES1; EDNALVA MARIA BEZERRA DE LIRA2; JOSELI BARBOSA REIS3; LUDMILA CARMEM DE
SOUZA DE OLIVEIRA4; PATRÍCIA DANIELLE LIBERAL SANTOS PESSOA5
E-MAIL: [email protected]
INSTITUIÇÃO: 1.HOPSITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO - HSE, RECIFE - PE - BRASIL; 2.PROCAPE, RECIFE - PE - BRASIL.
Introdução: A segurança do paciente é definida como a ausência de danos ou de lesões acidentais
durante a prestação da assistência à saúde (1-2). A Organização Mundial de Saúde (OMS) em julho de
2008 publicou o Surgical Safety Checklist (Lista de Checagem para Cirurgia Segura), instrumento
desenvolvido com o objetivo de reduzir grandes complicações e mortalidade do paciente cirúrgico
(4-5). Neste checklist constam informações essenciais para a segurança do paciente durante o
período operatório, desde o momento anterior à anestesia até o término da cirurgia. As doenças
cardiovasculares têm se apresentado, nas últimas décadas, em proporções expressivas dentre as
causas de morbidade e mortalidade, tanto nos países desenvolvidos como naqueles em
desenvolvimento2. A cirurgia cardíaca é realizada quando a probabilidade de uma vida útil é maior
com o tratamento cirúrgico do que com o tratamento clínico. Existem três tipos de cirurgia: as
corretivas (fechamento de canal arterial, de defeito de septo atrial e ventricular), as reconstrutoras
(revascularização do miocárdio, plástica de valva aórtica, mitral ou tricúspide) e as substitutivas
(trocas valvares e transplantes). Justificativa: Através da experiência das enfermeiras do Pronto
Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE) como forma de minimizar a ansiedade e estresse do
paciente que será submetido às cirurgias cardíacas gerou uma inquietação de implantar o protocolo
de cirurgia segura com a criação da sistematização da assistência de enfermagem (SAE) no Pré e
Trans-operatório. Objetivo: Elaborar um checklist que contenha intervenções Pré e Trans-operatório
com o intuito de reduzir complicações a pacientes submetido à cirurgia cardíaca. Metodologia:
Estudo metodológico que visou elaborar e implantar um protocolo de cirurgia segura através da
Sistematização da Assistência de Enfermagem realizada no Pronto Socorro Cardiológico de
Pernambuco a partir do ano de 2008. Foi realizado um levantamento de informações referente às
intervenções de cirurgia cardíaca e indicadores de cuidado seguro no pré e trans-operatório, com a
colaboração da equipe de enfermagem e enfermeiras do bloco cirúrgico. Discussão: 95% dos
pacientes submetidos à cirurgia o checklist é preenchido, ressaltamos que no decorrer do processo
de implantação retiramos a escala de Glasgow da ficha da SAE por não atender as necessidades do
pacientes de cirurgia por está sedado. Conclusão: O checklist configura-se como instrumento capaz
de colaborar com as etapas importantes do preparo pré e com o tras-operatório, oferecendo
informação aos pacientes e familiares e permite que a equipe cheque a execução das atividades
promovendo a segurança do paciente.
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Organização e Realização:
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Organização e Realização:

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