revista florescer pdf

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Florescer
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a revista digital da Almeida Flores
OUTUBRO DE 2013 / EDIÇÃO DIGITAL Nº 2
Vendas “eu mereço” e a
nova realidade no varejo
Viva a primavera! E
as plantas que atraem pássaros...
Finados e a logística da comercialização de crisântemos
Pequenos jardins
caseiros promovem
cosmética e medicina natural
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Pág. 4
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As alstroemérias de Palmira Valente
Uma cena da novela Sangue
Bom, da Rede Globo, chamou a
atenção do público em outubro: o
clip gravado pela personagem Verônica – também conhecida como
Palmira Valente, em um mar de alstroemérias. Para criar o cenário do
clip de lançamento da carreira de
Verônica como cantora, a artista
floral Karina Saab envolveu a atriz
Letícia Sabatella em um tapete de
flores brancas. Karina espetou mais
de 5.000 hastes para obter o resultado cênico, contrastando o branco
das alstroemérias com o fundo negro. A novela, em fase final, divulga
desde o dia 29 de abril o universo
do cultivo e da comercialização de
flores. A cenografia é preenchida
com plantas da Cooperativa Veiling
Holambra. A Floricultura Acácia
Amarela e o florista Bento são o
ponto central da trama, que tem as
flores em evidência nos principais
acontecimentos.
Pág. 08
Mostra de ikebana em
Curitiba
Coluna do Augusto Aki: as
vendas do tipo “eu mereço”
Estética sem conservantes
Pág. 17
Cliente do mês: Floricultura
Capim Limão
Pág. 20
Primavera/verão: estação dos
pássaros
Pág. 22
Crisântemos em vaso e o
comércio de Finados
Letícia Sabatella em cena de Sangue Bom.
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Ikebana
EVENTOS
Flores da primavera brasileira inspiram ikebanas em Curitiba
Fotos: Paulo de Siqueira
Paulo de Siqueira
Duas mestres de ikebana vindas do Japão fizeram uma demonstração de arranjos orientais da Escola Ohara em Curitiba no mês de
outubro. Ito Teika e Susawa Motoko vieram a convite da Associação Cultural Ikebana Ohara-Ryu de
Curitiba, a ACIOC. O evento foi
em comemoração aos 20 anos da
entidade, que ofereceu também ao
público uma exposição de ikebanas
no Memorial de Curitiba. A Revista Florescer acompanhou a rara
demonstração das mestres, que
fizeram vários estilos de arranjos
a partir do tema “Brasil-Japão: Sinfonia Primaveril”. Um registro para
inspirar nossos floristas a criar suas
próprias composições com as plantas da primavera brasileira. Confira!
Este é um arranjo do tipo Moribana clássico. Agapantos despontam entre as folhas. “Neste estilo,
a flor é aproveitada de uma forma
bastante natural” – explica Teika.
Rosas brancas e folhas de filodendro complementam a criação.
Esta composição, também do
estilo Moribana, sugere uma paisagem, quase o recorte de uma cena
da natureza. Galhos de pinus e folhas de santa-bárbara são presos ao
kenzan no lado esquerdo do arranjo, representando a terra e a montanha na primavera. A estação é
simbolizada pelo verde vivo e claro
O arranjo com vaso redondo que pode ser apreciado por
todos os lados foi composto com
alstroemérias brancas, folhas dispostas em forma circular e mini antúrios, periquitos e caliandras vermelhos. A mestra Ito Teika explica
que “vermelho e branco, no Japão,
significam cores de felicidade”, e reforça que nesse tipo de arranjo, é
muito importante ressaltar o “movimento circular” da composição.
da santa-bárbara, em contraposição
ao verde escuro do pinus- mais invernal. Musgos e samambaias complementam. “Na Escola Ohara, o
musgo sempre é utilizado para representar a terra e a samambaia representa a sombra” – explica Teika.
Do lado direito do vaso, água e pedras que extrapolam os limites do
vaso reproduzem a água correndo
da montanha para o lago. Uma orquídea, flor que desponta na natureza brasileira, preenche o centro
do arranjo. Montanha, terra e plantas vão em direção à lagoa. “Toda
a grande natureza é representada
neste minúsculo vaso” – diz a mestre.
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Um novo cenário para o
varejo
Esta é uma ikebana linear feita com flores e folhas de helicônia,
proteáceas e camarões amarelos.
“A característica desse arranjo é
não inclinar as plantas para frente.
Elas devem ficar emparelhadas de
forma perpendicular ao vaso”.
COLUNA DO AUGUSTO AKI
Ikebana e seus estilos
ORIGEM
A ikebana surgiu no século VI como
forma de oferenda em altares e
templos para cultuar Buda. No começo, era praticada pelos monges e
samurais e ganhou divulgação para
o público em geral no Japão, a partir dos salões de chá, e depois nas
escolas públicas. Possuía formas rígidas que com o tempo, foram se
flexibilizando, o que originou vários
estilos de arranjo. Alguns dos mais
conhecidos são:
RIKKA
No arranjo Rikka pinheiros, pinus,
cedros, bambus ou ciprestes são
utilizados para representar paisagens e cenários naturais.
NAGEIRE
Neste arranjo a haste de cada flor
fica isolada, a fim de mostrar seu
crescimento natural. Realça a beleza da flor como se encontra na
natureza. As partes são tão importantes quanto o arranjo como um
todo.
OHARA
O estilo Ohara nasceu durante a
abertura do Japão para o ocidente
(1867 a 1912). Seu criador, Unshin
Ohara, era escultor em Osaka. Mas
sua saúde frágil acabou dando ao
mundo um dos mestres mais notáveis do ikebana. Sua primeira peça
(que inaugurava o formato conhecido como Moribana) chocou os
mestres da época porque fugia do
tradicional e, segundo eles, se assemelhava a madeira empilhada.
SOGETSU
O estilo Sogetsu começou em 1927
e é um dos mais recentes. Permite
o uso de todo o tipo de material –
a flor deixa de ser flor para se tornar arte, ganhando a personalidade
do artista.
MORIBANA
Combina os estilos Rikka e Nageire, e sugere uma paisagem natural.
IKENOBO
É quase um jardim ou uma vista em
É o mais antigo. Surgiu há quase miniatura, sempre em harmonia
500 anos. São arranjos de flores com o ambiente.
devotados aos deuses e aos antepassados, normalmente compostos
Fonte: www.ikebana.org.br, www.
por galhos que saem do vaso sime- CHABANA
artedeeducarcomarte.com.br,
tricamente e recriam um conjunto Originou-se como parte da ceri- www.aidobonsai.com
de paisagens.
mônia do chá, no século XVI. Composta de uma ou duas flores ou galhos num pequeno recipiente.
Até meados da década de 90
um lojista precisava ser diferenciado para ganhar dinheiro. Estávamos em um cenário de demanda,
ou seja, mais compradores do que
ofertantes. Ter o produto era o essencial.
De lá para cá muita coisa mudou. Não só aumentou a oferta de
produtos como também eles começaram a aparecer em diversos
canais (supermercados, internet,
informais, shoppings, etc.).
O resultado disso é que tanto
os produtos quanto as lojas tornaram-se GENÉRICOS. Isso mesmo.
Assim como os remédios dessa categoria, a oferta passou a ser pressionada pelo preço e a diferenciação desmoronou.
Passamos a fase do mercado
ofertante, onde o cliente tem sempre outras opções. Nessa era, é o
marketing e o empreendedorismo
que farão a diferença.
O problema é que a maioria
de nós aprendeu a fazer varejo no
cenário anterior e ainda não está
preparado para esse novo mundo.
Um cenário cruel:
• A fidelidade foi embora
• As margens foram embora
• Os custos aumentaram
• Os funcionários podem não
estar sendo os mais produtivos
• Faz-se mais com menos, e
nessa correria, aumentam os erros.
Você pode receber gratuitamente o formulário de autoavaliação de estratégia de mercado para
aplicar na sua empresa. Basta mandar um email para nosso endereço.
HÁ UMA LUZ....
Com o crescimento de renda
da classe C houve mais dinheiro
para o consumo. Essa mesma classe C também abriu novos negócios,
e assim aumentou a massa de concorrentes, principalmente nos bairros e nas cidades pequenas.
Esse consumo era básico no
início dos anos 2000, mas depois
vem evoluindo. É aí que começam a
surgir as pistas de como você pode
mudar esse jogo:
• Como a vida está mais corrida, as pessoas querem mais conveniência e economizar tempo (oportunidade para serviços)
• O crescimento da classe C
aconteceu principalmente pelo ganho de renda da mulher (oportunidade para segmentar seu mercado)
• As pessoas querem recompensas pelo esforço diário que a
vida está exigindo. Surge uma nova
e poderosa forma de consumo. É o
consumo do EU MEREÇO. Ele está
concentrado em segmentos como:
moda. Tecnologia, relacionamento,
bem estar e sexo (oportunidade
para recompor a fidelidade através
da geração de conteúdo sobre esses temas para diferenciar sua oferta e para personalizar sua relação
com os consumidores).
Os pequenos varejos dificilmente terão condições de ter o
menor preço da cidade, pois, para
isso, temos que ter logística para
movimentar grandes volumes e
como as lojas têm em média até
100m², isso fica impraticável.
Assim, é na oferta direcionada
e nos produtos especiais que estarão os focos para quem quer crescer e ganhar espaço sobre a concorrência. Para saber como chegar
lá, você precisa começar com uma
auditoria de seu modelo de negócios.
Você pode aplicar o Modelo
Canvas para analisar seu negócio.
Veja vídeo em http://www.youtube.
com/watch?v=CWvg_9XV87U
Ser empresário é diferente de
ser um empreendedor. Para isso é
preciso entender que o marketing
do seu negócio precisa mudar:
1) Antes era suficiente ter o
produto em um local bem localizado.
2) Agora estamos na fase onde
o relacionamento é gerado pelo
fornecimento de conteúdo e o valor é construído pelas facilidades de
compra.
3) Daqui a pouquinho o segredo estará centrado no acolhimento que as equipes oferecerem aos
clientes e na diferenciação dos processos internos.
Ser empresário é saber fazer
isso acontecer!
Capacite-se, supere-se e inove.
Augusto Aki
Consultor de foco no mercado
www.negocioscomflores.com.br
Foto: Paulo de Siqueira
Os jardins caseiros e a estética
sem conservantes
Cintia M. de Siqueira
Rosa, alecrim, camomila, lavanda,
hortelã... Elas curam, acalmam, hidratam a pele e equilibram a saúde
trazendo beleza e harmonia para o
corpo e para os ambientes onde são
cultivadas. Não é à toa que a artista
plástica Janine Kuryu Anacleto foi
à floricultura e investiu em mudas
para forrar o jardim da casa onde
vive em Pinhais, na região de Curitiba. O espaço não é muito grande,
mas tem de tudo: babosa, lavanda,
alecrim, hortelã, além de uma infinidade de temperos. E a pele dessa brasileira de traços orientais vai
muito bem, obrigada: “faço sempre
compressas de camomila para ali-
viar as olheiras e uso a lavanda para
limpar e acalmar a pele”. Marido de
Janine, o empresário Marcelo Leonhardt é amigo fiel da babosa que
decora o quintal: “consumo sempre o gel que tem dentro da folha
da babosa quando tenho azia. Passa na hora, é um santo remédio”
- conta.
A relação entre plantas, beleza e
saúde é milenar. A Babosa, segundo
historiadores, é tida como o grande segredo cosmético de Cleópatra, no Antigo Egito. Já uma mistura
de água de rosas, cera de abelha e
óleo de oliva originou o primeiro
creme facial do mundo, formulado
pelo médico grego Cláudio Galeno, que viveu em Roma no século
I d.C. Galeno batizou sua criação
de Unguento Refrigerans, que tra-
“
Consumo
sempre o gel
que tem dentro
da folha da
babosa quando
tenho azia.
Passa na hora, é
um santo
remédio.
duzindo, significa “pasta refrescante”. E foi assim que nasceu a fitocosmética, aos poucos substituída
pela indústria química e agora redescoberta por uma nova corrente
de pesquisadores como a mestre
em química Cassia Cubas Jonck. Ela
especializou-se em cosméticos e
plantas medicinais para dermatologia e criou uma linha de produtos
de beleza feitos como o unguento
de Galeno: à base de plantas. “Eu
sempre convivi com pessoas que
buscavam uma forma de vida mais
saudável. Minha mãe teve câncer de
mama quando eu tinha 11 anos e
após ser desenganada pela medicina
tradicional, ter sofrido muito com
a cirurgia, a quimio e a radioterapia, voltou-se para os tratamentos
alternativos, e foi o que a salvou.
Os médicos não tinham dado a ela
mais do que seis meses de vida. Já
faz mais de 20 anos que isso aconteceu e ela ainda está aqui entre
nós” - conta.
A experiência concedeu a Cassia uma certeza: sim, plantas curam
e prolongam a vida! E sem causar
tantos danos ao corpo quanto os
remédios e cosméticos tradicionais. “A validade dos cosméticos
comuns gira em torno de 2 a 3 anos,
o que os torna um investimento
com baixo risco de perdas. Isso nos
leva a ver produtos com até cinco
tipos diferentes de conservantes,
sem contar os antioxidantes e estabilizantes. Os conservantes têm
a função principal antifúngica, ou
seja, anti-vida, e existem estudos
que provam que excesso de antioxidante tem efeito oxidante e isso
causa envelhecimento” – explica
Jonck. Um paradoxo escondido nas
letras minúsculas das bulas de cremes, xampus e outros cosméticos
industrializados...
Ainda bem que, ao contrário do
que faz a indústria da beleza, cuidar da pele com extratos vegetais
ricos em substâncias criadas pela
própria natureza para proteger as
Foto: Paulo de Siqueira
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plantas significa dobrar a proteção
natural da pele, e o melhor: o efeito
é de longo prazo, o que não acontece com os cosméticos comuns,
que entregam resultado imediato
mas causam envelhecimento com o
passar dos anos. Em geral, os fitocosméticos levam um ou nenhum
conservante em sua formulação, e
possuem validade de 6 meses a um
ano. Já as fórmulas caseiras feitas
com as plantas do “jardim da beleza”
devem ser utilizadas no mesmo dia
em que forem preparadas. “Sempre
use e descarte no mesmo dia, pois
a tendência é ocorrer oxidação e
formação de ácidos que queimam
a pele. Nunca use frutas cítricas na
pele e no cabelo, pois podem causar manchas quando reagem com o
sol, mesmo um dia depois da aplicação” – alerta a especialista.
Com esses pequenos cuidados,
um espacinho qualquer no quintal
ou mesmo um jardim dentro do
apartamento, cultivado em vasos
ou floreiras, pode se transformar
em arsenal de beleza. Máscaras,
decocções e infusões de ervas limpam, tonificam, refrescam e hidratam o corpo. Uma grande variedade de plantas com efeito cosmético
e terapêutico está aí, disponível
para decorar ambientes e esperando para tratar a pele ou ir para
a panela como chá medicinal. As
receitas são simples e as dicas podem ser repassadas, nos pontos de
venda, aos clientes que aderirem à
fitocosmética artesanal. E que tal
criar um cantinho na floricultura
ou no garden só com espécies para
cultivar a horta da beleza? Por seu
potencial cosmético e medicinal, as
plantas são a principal fonte de vida
em terapias como a medicina ayurvédica. Leia a entrevista sobre esse
assunto na página 11, veja as receitas a seguir e...saúde!
“
Nunca use
frutas cítricas
na pele e no
cabelo, pois
podem causar
manchas quando reagem com
o sol.
”
Foto: Paulo de Siqueira
RECEITAS DO JARDIM DA BELEZA
Cintia de Siqueira
Babosa ( Aloe vera ) – Rica em
vitamina E, é ótima para hidratar
o rosto, corpo e cabelo. A babosa
pode ser cultivada em vasos. Não
gosta de muita água. Deve ser irrigada duas vezes por semana. Utiliza-se o gel contido dentro da folha,
que pode ser armazenado.
Receita:
1 – Tire uma folha inteira de babosa
2 – Lave com 2 gotas de detergente
3 – Tire os espinhos laterais com
uma faca
4 – Retire a camada amarelada do
gel
5 – Corte o gel em cubinhos
6 – Enrole no papel filme
7 – Use 1 cubinho para hidratação facial
8 – Guarde o resto no congelador
Camomila – Descansa os olhos,
clareia olheiras e diminui irritações
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e alergias da pele. A planta deve ser
irrigada quatro vezes por semana.
Na pele, age como calmante e refrescante. Também contém apigenina, um composto amarelo que
realça e dá brilho aos cabelos loiros.
Receita:
1 – Pegue 3 galhos de camomila e
coloque em 1 saquinho de pano
2 – Adicione 250 ml de água
3 – Deixe o saquinho de molho
na água por 2 horas na geladeira
4 – Faça compressas várias vezes
ao dia
5 – Não precisa enxaguar
Lavanda – Relaxante, a lavanda é
um poderoso calmante para o corpo e a mente. Você pode retirar alguns galhos da sua lavanda, misturar
na água, deixar agir por 30 minutos
e depois aplicar no corpo. A planta
deve ser irrigada quatro vezes por
semana.
Alface – Não serve apenas para
comer, mas também para acalmar a
pele. As mudas precisam de irrigação cinco vezes por semana.
Receita:
1 – Junte 3 folhas de alface água
2 – Das folhas, faça um chá com
300 ml de água
3 – Aplique o chá ainda morno
no rosto, com ajuda de gaze ou
algodão
4 – Deixe agir por 20 minutos
Hortelã – Além de fazer muito bem para a digestão, é usada na
cosmética pra refrescar, limpar e
melhorar a elasticidade da pele. A
plantinha também precisa de rega
frequente: cinco vezes por semana.
Receita:
1 – Junte duas colheres de folhas
frescas picadas de hortelã
2 – Ferva um copo de água e adicione a hortelã
3 – Deixe descansar por 30 minutos
4 – Aplique no rosto
5 – Não precisa enxaguar
Malva – Poderoso emoliente.
Além de cuidar da beleza, ela também é medicinal, agindo como um
antisséptico. Pode ser usada para
fazer gargarejo para acalmar irritações da boca e amigdalas. Irrigue a
malva cinco vezes por semana.
Receita de tônico facial:
1 – Junte duas colheres de folhas
frescas picadas de malva
2 – Ferva um copo de água e adicione a malva
3 – Deixe descansar por 30 minutos
4 – Aplique no rosto
5 – Não precisa enxaguar
Para os cabelos: podem ser lavados uma vez por semana com chá
de: alecrim e sálvia (cabelos escuros), camomila ou calêndula (cabelos sensíveis e mistos), bardana (cabelo claro e oleoso), arnica (cabelo
oleoso), hortelã (refresca e limpa),
hamamelis e cavalinha (cabelos mistos a oleosos). As plantas realçam
a cor, mas dificilmente colorem os
fios brancos. Porém, cabelos que
sofreram o tratamento de luzes ficam com a fibra capilar aberta, mais
propensa a alterações de cor. Então, se quiser manter as luzes, use
camomila ou bardana. Mas ser quiser escurecer os fios, use alecrim
ou sálvia.
Serviço: Cassia Jonck produz os
fitocosméticos personalizados da
marca InBell (http://www.inbell.
blogspot.com.br/) sob encomenda. Contato pedidos: quimicassia@
gmail.com Telefones: GVT - (021)
2717-5333 / Tim - (021) 8191-3833
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PLANTAS AROMÁTICAS: P ERFUME
NATURAL NA DECORAÇÃO DE
FESTAS E EVENTOS
Paulo de Siqueira
Em uma igreja em Brasília, no
Distrito Federal, um aroma encanta
os convidados durante a celebração
de um casamento: é o alecrim do
mato, ou do campo, que decora a
igreja. O perfume da planta, que também é usada como tempero, se faz
sentir em todo o ritual e se torna a
sensação do momento. Já em um jantar na cidade de São Paulo, os noivos
escolheram manjericão para decorar
as mesas do salão. Queriam diferenciar na decoração e a planta foi eleita
por causa do aroma característico.
Marcelo Yamamura, produtor
de plantas aromáticas, dentre as quais
se incluem o alecrim e o manjericão,
explica que esse tipo de planta é usado cada vez mais como decoração.
“É comum, desde um ano atrás, receber pedidos de grandes encomendas para decorar festas e cerimônias
de casamento. Nós que trabalhamos
com elas, já estamos acostumados
com os aromas, nem sentimos mais,
mas quem não está, diz que é muito
bom”.
Yamamura trabalha no segmento há cinco anos em Holambra, São
Paulo, e desde que iniciou, teve um
crescimento de 400%. Ele explica ainda que nos últimos anos está acontecendo uma divulgação “natural”, em
programas de televisão como o de
Ana Maria Braga, na Rede Globo.
Eles buscam se adaptar aos novos
padrões culturais dos brasileiros,
trazidos pela ascensão social de
classes no país. “A culinária brasileira avançou bastante, está usando
muitos condimentos diferenciados.
Os brasileiros não ficam mais só na
salsinha e cebolinha. Hoje, a nova
Classe C mudou o estilo da comida
brasileira, utilizando outros tipos
de temperos”, diz.
E falando em novos hábitos,
além de decorar ambientes, plantas aromáticas também são usadas
para garantir uma maior qualidade
de vida. O brasileiro procura, mesmo que sua casa ou apartamento
sejam pequenos, cultivá-las em vasos, canteiros externos, ou ainda,
em jardins verticais. A vantagem,
explica Yamamura, é que uma planta cultivada em casa é diferente das
compradas em mercados ou na feira por estar 100% livre de agrotóxicos.
Porém, como cultivar em casa
esse tipo de planta? Muito simples,
explica Yamamura. “É necessário
que elas estejam em um ambiente
de bastante iluminação. E tomem
muito sol, pelo menos meio período. A rega deve ser moderada.
Após a rega, é necessário deixar
escorrer bem o excesso d’água. A
adubação dever ser quinzenal, na
proporção de 4 x 14 x 8. Pode ser
usada também uma mistura de farinha de ostra com torta de mamona”.
Mas é preciso atenção em
plantas que são de sombra, como
a hortelã, o poejo e a melissa. Elas
não podem tomar a luz do sol diretamente e gostam da exposição
solar no início da manhã.
Manjericão, alecrim, salsão, hortelã, pimenta, sálvia, tomilho. Todos
podem ser plantados em vasos, jardineiras ou jardins verticais. A melhor adubação é a orgânica. Sálvia e
tomilho podem ser regados a cada
dois dias. A pimenta gosta de bastante espaço. O salsão precisa ser
regado diariamente, já o oréganos
exige pouca água. O manjericão
não desenvolve bem em temperaturas muito baixas. Já o alecrim é
muito resistente e dispensa maiores cuidados. Com todas essas ervas, a casa fica cheirosa e a cozinha,
sempre bem temperada.
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F loricultura Capim Limão:
Foto: Paulo de Siqueira
Lasanhas, risos e flores...
Paulo de Siqueira
— Neiva, o rapaz que veio fazer
a entrevista está aqui.
— Ah! Entra, por favor.
Enquanto ia conversar com a administradora da Floricultura Capim
Limão, o rapaz observava Névio,
o irmão de Neiva, ajeitando, compenetrado, alguns vasos de plantas
na entrada da loja. Tudo tinha que
estar bem organizado e harmônico
para receber os primeiros clientes
do dia. Fazia cinco anos que os dois
irmão haviam decidido montar a
Floricultura Capim Limão, que para
a alegria deles, estava indo de vento
em popa, graças ao bom atendimento que prestavam a seus clientes.
Alguns deles nem eram do bairro
Ahu: vinham de outras regiões de
Curitiba, e voltavam só porque tinham gostado de conversar com os
irmãos.
Em sua mesa na sala da administração, que dá de frente para a janela onde se pode ver o interior da
floricultura, Neiva vira para contar
sua história.
— Meu sobrenome é Brendler, é
Alemão. Comecei no setor trabalhando com um cunhado, que tinha
uma empresa de engenharia e nela,
além dos trabalhos normais de engenharia, havia outros dois setores:
um de comercialização de flores
para consumidores finais e outro
de paisagismo. Tornei-me respon-
Foto: Paulo de Siqueira
sável pela parte das flores.
Antes de trabalhar na Arte Vegetal Jardins
ela era uma vendedora experiente e por isso
foi chamada para trabalhar na empresa do
cunhado. Durante o tempo que trabalhou lá,
adquiriu a experiência necessária para, mais
tarde, junto com o irmão, abrir o seu próprio
negócio. “Em dois mil e oito eu e meu marido começamos a buscar um terreno para
alugar e construir as instalações necessárias
para a floricultura. Andávamos de moto pela
região, para ver qual terreno alugar. Quando
víamos que algum era interessante, parávamos para olhar melhor e conversar com os
vizinhos. Queríamos mais informações”.
Depois de muito circular, encontraram
um que parecia ser ideal. Ele ficava na rua
Alberto Foloni. Tinha uma espécie de estacionamento que um rapaz cuidava. Foram
conversar com o rapaz.
— No mês que vem eu vou entregar o
terreno para a proprietária. Ela mora a duas
quadras daqui.
O casal não teve dúvida, foram direto falar
com a proprietária, dona Ariclê.
— Olha, tem um pessoal lá no terreno que
está difícil de tirar — disse a proprietária.
— Estivemos lá conversando com o rapaz
do estacionamento e ele falou que vai sair no
mês que vem.
— Nossa, que boa notícia! Então eu ligo
para vocês.
Dois meses passaram sem que Neiva tivesse notícias do terreno da senhora Ariclê.
Quando ela e o marido estavam em uma
imobiliária para fechar o contrato de aluguel
de outro terreno, a proprietária ligou.
- Ó, se vocês quiserem o terreno, venham
aqui que a gente pode negociar.
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“
Pago a vista
para pegar os
cinco por cento de desconto.
Esse valor eu
repasso para os
clientes.
”
Foto: Paulo de Siqueira
O casal saiu correndo da imobiliária, sem assinar os papéis, e foi
direto fechar negócio com Ariclê.
O terreno dela era maior do que
aquele que iriam alugar na imobiliária. Estão lá até hoje. E a escolha foi
fundamental: um ponto de esquina na Alberto Foloni, onda passam
muitos carros e com muitas vagas
para estacionar na rua.
Goethe escreveu que quando
uma pessoa desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a
força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor. Com os
irmãos Brendler, alemães como
Goethe, foi assim... Quando estavam montando a loja, antes mesmo
de ela ficar pronta, os vizinhos já
começaram a comprar. Era o sinal
que o negócio iria prosperar. Desde que iniciaram, nunca precisaram
investir mais dinheiro na loja do
que o ponta-pé inicial.
A receita de sucesso de Neiva,
que quando conta, ri e faz brilhar
seus grandes olhos azuis, é a seguinte:
— Não sei se é o certo para todo
mundo, mas para mim funcionou:
quando compro, pago tudo à vista.
Não parcelo, não dou cheques prédatados. Aprendi isso com meu
pai, que dizia que se tivesse dinheiro, comprava, se não tivesse, não
comprava. Sigo essa regrinha básica dele, porque acho que cartão
de crédito é um perigo... Também
pago à vista para pegar os cinco
por cento de desconto. Esse valor
eu repasso para os clientes. Aqui na
loja nossa política é de ter preços
bem competitivos.
Deu certo: no ano de 2012, Neiva e o irmão tiveram que ampliar as
instalações, que hoje ocupam todo
o terreno de dona Ariclê. A floricultura possui um quadro de de sete
funcionários. Dentre eles estão o
casal Paulo e Eliane, que foram os
primeiros a chegar. Todos os dias,
depois da escola, a filha do casal vai
até a floricultura para almoçar e ficar com os pais. A equipe é como
se fosse uma grande família. Todos
almoçam juntos na cozinha que os
irmão Brendler construíram para a
equipe, riem e sentem prazer em
trabalhar na Floricultura.
Para celebrar essa amizade, às
vezes Eliane prepara - para a alegria de todos, deliciosas lasanhas...
Momentos felizes como as flores,
momentos cheirando a massa caseira, a respeito e profissionalismo,
a Capim Limão.
Dados do setor
Fonte: Ibraflor / Veiling Holambra
O último boletim do Instituto
Brasileiro de Floricultura, o IBraflor, divulgado em outubro, traz
os números do comércio de flores
em setembro de 2013. A venda de
plantas de corte sofreu um pequeno decréscimo em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto
que as flores em vasos e as plantas
ornamentais continuam crescendo.
Setembro
Entre as flores em vaso, as
mais vendidas foram as kalanchoes
(2.360.929 unidades),
violetas
PT11 (740.703), orquídeas phalaenopsis (421.296), lírios (299.954)
e rosas-mini (268.503). Em termos
de crescimento, o líder foi o antúrio, cuja venda subiu 36,2% em relação a setembro do ano passado.
A venda de kalanchoes (+16,5%) e
violetas (+13,9%) também cresceu
no comparativo.
Já as flores de corte com melhor desempenho foram as rosas
Porcentagem 12/13
(5.791.460 unidades), alstroemérias (2.847.334) e lírios (1.025.142).
Os maiores índices de crescimento
foram o da alstroeméria, cuja venda
aumentou 14,5% em relação a setembro de 2012, e o do crisântemo, que cresceu 6%.
As plantas ornamentais com
maior aceitação do consumidor
foram as suculentas (199.645), ervas aromáticas (178.131) e cactus
(147.372). Destaque para a palmeira, cuja venda aumentou 195,9% em
relação a setembro do último ano.
Quantidade 2013
Quantidade 2012
Flores de vaso
+10,5%
6.763.764
6.118.401
Flores de corte
-0,9%
13.762.504
13.890.287
+4,8%
1.502.536
1.433.200
Plantas ornamentais
21
Plantas que atraem pássaros:
Afelandra-coral, alegria-dejardim, asistásia, ave-do-paraíso
ou flor-do-paraíso (Strelitzia)
brinco-de-princesa
(Fuchsia),
babosa, bromélia-imperial, caliandra, camará (Lantana), camarão amarelo, camarão-vermelho, esponjinha, kalanchoe,
flor-de-maio ou de-outubro,
helicônia, hibisco-colibri, ixora,
ipê, jacobínia, jasmim amarelo,
manto-rei, madressilva, primavera (Bougainvillea), russélia,
sapatinho-de-judia, sininho ou
lanterninha (Abutilon).
Hibisco
Bromélia
Lantana
Afelandra Helicónia
Tumbérgia
Russélia
Jasmim amarelo
Brinco-de-princesa
Fonte: Sincomflores
Primavera: estação dos pássaros
A profusão de flores multicoloridas que brota no calor da primareva/verão é um paraíso dos pássaros. O cenário é ideal para atraí-los
para as varandas, quintais e jardins
das casas, das praças, dos canteiros
públicos e das ruas. Para isso, basta
escolher as espécies certas.
Os pássaros possuem uma boa
visão de cores, por isso, as flores
que atraem as aves são sempre as
muito coloridas. Em regra geral,
toda flor que nos atrai, também
atrai os pássaros, sejam rosas, crisântemos, violetas, orquídeas. Mas
algumas outras espécies também
têm esse efeito. As de cor amarela
e vermelha, com tamanho grande,
são preferidas pelos voadores, por
conterem bastante néctar.
O néctar é uma substância
aquosa secretada por glândulas das
plantas. Ele é utilizado por várias espécies de aves, insetos e mamíferos
como fonte de água e carboidratos – energia. Essas glândulas, em
muitas plantas, ficam nas flores, e
ao buscar o néctar, os animais acabam arrastando com eles o pólen
de uma flor para outra, realizando
a polinização.
De acordo com a Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecária,
Embrapa, “a polinização é a transferência de grãos de pólen das anteras
de uma flor para o estigma (parte
do aparelho reprodutor feminino)
da mesma flor ou de uma outra flor
da mesma espécie. As anteras são
os órgãos masculinos da flor e o
pólen é o gameta masculino. Para
que haja a formação das sementes
e frutos é necessário que os grãos
de pólen fecundem os óvulos existentes no aparelho reprodutor feminino”. Resumindo, é o sexo das
flores.
É para buscar o néctar, atuando como distribuidor natural de
pólen, que o beija-flor, principal
pássaro polinizador do planeta, desenvolveu o longo bico que consegue penetrar na flor para beber o
néctar.
A estação quente é propícia
também para atrair belas borboletas e outros insetos. “Você quer
atrair borboletas? Existem quatro
ou cinco espécies bem específicas
que são próprias para borboleta, como as lantanas. Beija-flores?
Abélias, russélias e callistemons
chamam esses pequenos pássaros.
É uma dinâmica diferente no jardim:
uma hora vem o beija-flor, noutra
vêm as abelhas e em outra vêm as
diferentes cores de borboletas” –
diz o paisagista Guto Ciccarino.
Algumas plantas, por proteção, produzem o néctar nas folhas
e caules, e não nas flores. É o caso
dos gêneros cróton e passiflora.
Isso acaba atraindo formigas que
atacam quaisquer outros insetos ou
predadores para proteger sua fonte
de açúcar. Na próxima edição, uma
reportagem especial falará sobre as
pragas da estação e como proteger nossas plantas. Por hora, veja
ao lado as espécies mais indicadas
para atrair pássaros polinizadores
nos centros urbanos.
Cardeal Amarelo
Sanhaço-de-encontro
22
23
Finados
Venda de crisântemos aumenta vinte vezes no feriado de Finados
Cintia de Siqueira
Trabalho. Muito trabalho. Semanas antes do feriado de Finados,
toda a cadeia de produção, distribuição e comercialização de flores
está mobilizada, funcionando a todo
o vapor. Na distribuidora Almeida
Flores, em Colombo, uma logística
especial foi estruturada para garantir o fornecimento de crisântemos
em vaso – de longe, a flor mais
Foto: Paulo de Siqueira
vendida na data. “Nós vendemos
três, quatro mil vasos por semana.
Com a proximidade do dia de Finados, passamos a vender 80 mil vasos. Então a logística é estrondosa.
Você tem que ter uma estrutura de
espaço físico de barracão, de transporte, de pessoas. Até o próprio
cliente, a floricultura, precisa de
um espaço físico diferenciado para
esse momento” – explica Wagner
Almeida, proprietário da distribuidora.
Com o volume vinte vezes
maior que o normal, o trabalho de
distribuição aos pontos de venda
começou dez dias antes do feriado. A equipe de funcionários tra-
balha ininterruptamente, 24 horas
por dia. Neste ano, para garantir o
abastecimento, a frota de 25 caminhões foi ampliada para 40, com o
aluguel de 15 veículos especialmente para a data. Como o crisântemo
em vaso ocupa um espaço considerável, uma carreta transporta 7200
vasos, um truque, 4300, um Toco
2500 e uma Kombi, 240 vasos. A
venda na distribuidora para Finados equivale, então, a 11 carretas
ou 333 Kombis. Os crisântemos
brancos e amarelos - os mais vendidos, respondem por 50 a 60% do
volume transportado. E o tamanho
mais procurado pelo consumidor é
o pote número 15.
Foto: Paulo de Siqueira
Finados e
a dengue
é praticamente zero hoje. Vende-se
menos em Finados do que no dia
a dia. Em compensação, de quinze
anos para cá, o crisântemo em vaso
só vem crescendo, porque ele não
usa água, ele é terra, é substrato.
Então ele está só ganhando espaço.
Não é à toa que, a cada ano, a proDe acordo com o distribuidor,
dução de crisântemos em vaso vem
quinze anos atrás as flores de corte
crescendo de 10 a 20%, tranquilaeram preferidas pelo consumidor
mente” – explica Almeida.
no dia de Finados. Vendia-se muito gladíolo - a palma tradicional, o
Prazo para Limpeza de túmucrisântemo e outras espécies corlos
tadas. Mas com o aumento do número de casos de dengue em todo
O prazo para as famílias limpao país, o comportamento do con- rem, pintarem ou fazerem reparos
sumidor mudou: o hábito de levar em túmulos para Finados encerflores de corte aos cemitérios caiu ra no dia 30. “No dia 31, não será
muito porque o consumidor se permitida a lavação de túmulos,
conscientizou de que manter flores somente será permitida a limpeza
em vasos com água pode contribuir com pano úmido e cera”, informa a
para a proliferação do mosquito diretora do departamento de Seraedes aegypti, causador da doença. viços Especiais da Secretaria Mu“Inclusive a venda da flor de corte nicipal do Meio Ambiente, Patrícia
Carneiro. A manutenção só poderá
ser retomada após o feriado.
Ela informa ainda que, no dia
de Finados (02/11), os portões dos
cemitérios estarão abertos das 7h
às 18 horas.
Os cemitérios em Curitiba
Curitiba possui 19 cemitérios
particulares e quatro municipais. O
São Francisco de Paula é o cemitério mais antigo da cidade, fundado
em 1853. Ele contém 5,7 mil túmulos e 74,7 mil sepultados. Criado
em 1950, o Cemitério do Boqueirão conta com aproximadamente
5,8 mil túmulos e 39,2 mil sepultados. O Santa Cândida, inaugurado
em 1957, possui atualmente 8,6 mil
túmulos e 106,4 mil sepultados. O
Água Verde, inaugurado em 1888,
tem aproximadamente 12 mil túmulos e 96,9 mil sepultados. Fonte:
Serviço Funerário Municipal