Resumo de Práticas Pedagógicas

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Resumo de Práticas Pedagógicas
www.sintese.org.br
Debate
nº 2 - Sergipe - maio - 2014
Em
Encarte Integrante da
Revista de Formação
Político-Pedagógica do
SINTESE - Não pode ser
vendido separadamente.
RESUMOS DE PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
O
Fórum Sergipano de Práticas Pedagógicas,
é um evento promovido pleo SINTESE que
tem como objetivo fomentar a discussão,
a reflexão e a troca de experiências entre
os professores e professoras a partir da socialização
de diferentes práticas pedagógicas desenvolvidas nas
escolas públicas de Sergipe.
Em sua segunda edição o Fórum tem como temática
“Avançar na construção de novos caminhos para uma
Escola Democrática e Popular”, e se apresenta, portanto,
como a consolidação de um importante espaço coletivo
para de debates, produção, reflexão e engajamento.
Esta publicação reune os resumos das Práticas
Pedagógicas apresentadas na 1ª edição do evento (2013),
e servirá como mais um instrumento na construção
de uma nova concepção de educação proposta pelo
“Projeto Escola Democrática e Popular: a educação que
queremos”, construído coletivamente pelo Magistério
Público de Sergipe..
Diretoria Executiva do SINTESE
Maio de 2014
2
Em
Debate
RESSIGNIFICANDO O ENSINAR
E O APRENDER COM AS NOVAS
TECNOLOGIAS: O ENSINO DA
LÓGICA MATEMÁTICA ATRAVÉS
DE VIDEOAULAS NO YOUTUBE
Educador: Roberto Carlos
Delmas da Silva
Centro Estadual de Educação
Profissional José
Figueiredo Barreto (Aracaju-SE
C
om as novas tecnologias da
Informação e Comunicação
(TIC), novos espaços e tempos
de aprendizagem surgem. O
professor em parceria com seus alunos
podem ressignificar o processo de ensinoaprendizagem. A educação presencial não
é mais a mesma com as possibilidades que
a internet pode trazer para a sala de aula
convencional. Pesquisas online, objetos
de aprendizagem, redes sociais, dentre
outros, são os inúmeros recursos para
a busca e construção coletiva de novos
conhecimentos. Para Moran (2007:118),
“aprender a ensinar e a aprender, integrando
ambientes presenciais e virtuais, é um dos
grandes desafios que estamos enfrentando
atualmente na educação no mundo
inteiro”. Salman Khan (Fundador da Khan
Academy) está revolucionando a forma
de ensinar e de aprender nos últimos
anos com a publicação de vídeos com
conteúdos curriculares, desde o ensino
fundamental até o nível superior, no site
de vídeos mais popular do mundo, o
youtube. Para Khan (2013:216), “a missão
que o tem guiado e a Khan Academia é
oferecer uma educação gratuita, universal,
para todo mundo, em todo lugar”.
Diante dessas questões que as novas
tecnologias trazem, a escola convencional
tem dois caminhos: fica estagnada no
tempo ou acompanha as mudanças do
atual cenário, beneficiando os alunos
que são os principais atores desse novo
paradigma da sociedade da informação e
do conhecimento. Buscando dá um novo
significado a sua prática pedagógica em
benefício de um aprendizado diferenciado
para seus alunos em conexão com o
avanço tecnológico, o professor Roberto
Carlos Delmas da Silva do Centro
Estadual de Educação Profissional José
Figueiredo Barreto, desde o ano de 2012,
criou um canal no site youtube onde são
publicados os vídeos com conteúdos
pedagógicos gravados por ele. Para
gravação de suas videoaulas, o professor
utilizou os seguintes recursos: o livro
didático, pesquisas na internet, programas
para elaboração dos slides, outro para
gravação dos vídeos, e o próprio canal do
youtube para publicação. O público-alvo
das aulas foram seus alunos da disciplina
Sistemas de Numeração e Lógica
Matemática nos anos de 2012 e 2013,
além de outras pessoas que acessaram
seu canal no youtube, democratizando
assim o conhecimento. As videoaulas
abordam a 2ª parte do conteúdo semestral
da disciplina, o qual corresponde à Lógica
Matemática. Esse projeto de videoaulas
objetivou aos alunos a oportunidade de
estudar o conteúdo lecionado na sala de
aula tradicional em outros espaços e em
ritmos diferentes, que segundo Moran
(2007:119), “essa flexibilidade facilita a
vida deles e do professor”. Com os vídeos,
além de assistirem as aulas online, os
alunos revisam o conteúdo e sanam suas
dúvidas através do espaço comentários do
youtube ou por e-mail, sem esperar a aula
presencial seguinte, ganhando com isso
tempo para aprender mais. Para trabalhar
o conteúdo do 1º semestre de 2013 da
disciplina Sistemas de Numeração e
Lógica Matemática, especificamente à
Lógica, foram gravadas sete videoaulas.
Além do youtube, os discentes também
puderam acessar as aulas através do blog
do professor e também por meio de um
App (aplicativo para dispositivos móveis)
criado pelo professor, que ainda está em
fase de testes. Tivemos como resultado
desse trabalho, quantitativamente, uma
média de 7 a 11 vezes que cada videoaula
foi assistida pelos alunos durante o
intervalo de um encontro presencial para
outro. Só a título de informação, dos onze
alunos da turma, nove foram aprovados, e
segundo depoimento deles, as videoaulas
online ajudaram bastante nesse resultado.
Qualitativamente, corroborando com as
palavras de Moran (2007), os discentes
tiveram a liberdade de acessar as aulas,
independente do momento presencial,
cada um no seu ritmo, combinando a
aprendizagem individual com a grupal,
aprendendo de forma conjunta, em
ambientes diferentes, mesmo a distância.
Acredito que essa metodologia inovadora,
no meu ponto de vista, trouxe e trará ainda
melhores resultados, possibilitando aos
alunos um novo modelo de aprendizagem
autônoma e colaborativa da Lógica
Matemática além das quatro paredes da
sala de aula.
REFERÊNCIAS
MORAN, José Manuel. A educação
que desejamos: Novos caminhos e como
chegar lá. Campinas, SP: Papirus,
2007.
KHAN, Salman. Um mundo, uma
escola. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013.
Canal de videoaulas do prof.
Roberto Carlos. Disponível em http://
www.youtube.com/user/profrc/videos.
Acessado em 30 de julho de 2013.
Blog
do
prof.
Roberto
Carlos.
Disponível
em
http://
tutorpedagogicoprofrc.blogspot.com.
br/p/turma-log-mat.html. Acessado em
30 de julho de 2013.
Aplicativo
para
dispositivos
móveis. Disponível em http://
galeria.fabricadeaplicativos.com.br/
profrcvideos. Acessado em 30 de julho
de 2013.
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Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
PROJETO MEUS PRIMEIROS
RABISCOS
Educadora: Adenilta Santos Dantas
Escola Municipal Prof. Osman dos
Santos Oliveira
(Nossa Senhora das Dores-SE)
Considerando que a criança
da educação infantil é um sujeito
exposto a uma série de informações
que transitam por diferentes veículos,
surgiu a ideia de se construir um
projeto que foi desenvolvido com
os alunos de uma escola pública do
município de N. S. das Dores/SE
nos anos de 2011e 2012. O trabalho
desenvolvido com este grupo de
alunos teve como tema gerador a
preocupação de registrar a evolução
no processo de aprendizagem do
individuo demonstrando aos pais e
a equipe pedagógica o crescimento
dos mesmos. Esta pratica pedagógica
teve como objetivo principal analisar,
o desenvolvimento de cada criança
e incentiva-la a novas descobertas.
Neste contexto veio à ideia da
construção de um livro, cujo nome
escolhido foi: “Meus Primeiros
Rabiscos”.
Nessa
construção
promoveu-se a criatividade, a
criticidade e a sensibilidade da
criança. Isso porque o aluno criativo
brinca com as palavras, fazendo com
que perceba as várias possibilidades
semânticas, sintáticas e fonéticas da
língua materna. Quando é oferecida a
oportunidade à criança de averiguar
e interagir com o ambiente em
que vive, ela transforma-se em um
aprendiz ativo e confiante. E nele, na
comunidade e na família, ela brinca,
desenha, ouve histórias, participa de
jogos e aprende brincando. Diante
disso, esse projeto desenvolveu as
expressões artísticas, oral, e escrita,
ampliando
o
desenvolvimento
cognitivo e afetivo do aluno; criou
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Em
Debate
situações de aprendizagem por meio
de uma linguagem diferenciada, com
referências lúdicas, trabalhando a
coordenação motora e a concentração,
despertando nos alunos o desejo de
fazer novas descobertas; registrou
todas as atividades desenvolvidas
pelo aluno, a fim de que no final
do ano letivo valorizasse sua
origem e conhecesse a sua história
além de aprender a respeitar a
evolução dos demais. A partir
desta construção vi que as crianças
aprenderam enquanto brincavam.
De alguma forma a brincadeira se
fez presente e acrescentou elementos
indispensáveis ao relacionamento
com outras pessoas. Assim meus
alunos
estabeleceram
com
a
construção desse livro uma relação
natural e conseguiram extravasar
suas tristezas, alegrias, angustias,
e desenvolveram uma relação de
respeito e compreensão da ideia e
da opinião diversa, conhecendo a si
mesmo e ao outro. Além da interação
foi fundamental como mecanismo para
desenvolver a memória, a linguagem,
a atenção, a percepção, a criatividade
e habilidade para melhor desenvolver
a aprendizagem. Nessa perspectiva,
as
atividades
desenvolvidas
contribuíram significativamente para
o importante desenvolvimento das
estruturas psicológicas cognitivas dos
meus alunos. Portanto, a criação desse
livro foi muito importante¸ devido
à influência que o mesmo exerceu
frente aos alunos, pois quando eles
estão envolvidos emocionalmente na
ação torna-se mais fácil e dinâmico o
processo de ensino e aprendizagem.
Concluo que o aspecto de criação
voltado para a criança facilitou a
aprendizagem e o desenvolvimento
integral nos aspectos físico, social,
cultural, afetivo e cognitivo. Enfim,
desenvolveu o aluno como um todo,
sendo assim, devo considerar a
criação do livro “Meus Primeiros
Rabiscos”, como parceiro e utilizalo amplamente para atuar no
desenvolvimento e na aprendizagem
de minhas crianças.
PROJETO MENINOS DE PASTINHA:
CAPOEIRA ANGOLA E CIDADANIA
NA ESCOLA
Educador: Alvaro Machado de
Andrade Junior
Colégio Estadual Dr. Milton Dortas
(Simão Dias-SE)
OBJETIVOS
•
Desenvolver aulas teóricas sobre a
história da capoeira e o processo de libertação
dos africanos no Brasil.
•
Combater práticas do racismo.
•
Desenvolver a musicalidade e
ritmos da capoeira.
•
Conscientizar os alunos da
importância da capoeira na formação da
identidade nacional presentar a capoeira
enquanto arte e luta da cultura negra no
Brasil.
•
Confeccionar Berimbau e caxixi.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada consiste em aulas
práticas e teórica, utilizando-se para esse fim
datashow, vídeos, exposições fotográficas,
textos elucidativos sobre a história da
capoeira, seus mestres, fatos e musicas que
retratam os contextos socioculturais dessa
arte-luta.
Metodologicamente, os alunos tambem
confeccionarão os instrumentos: berimbau
e caxixi, tendo uma experiência própria
durante as aulas.
RESULTADOS
O projeto vem despertando um maior
interesse dos alunos pela capoeira na escola,
assim como temos observado uma melhora
no comportamento social dos mesmos
durante as aulas.
Durante a realização do projeto temos
notado um maior desenvolvimento de
domínio de movimentos corporais, noções
musicais e consciências da capoeira
enquanto uma prática de resistência.
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II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
LABORATÓRIO MENTAL DO
MANGUE NO BUGIO – ESTUDO
DE CASO DO COLÉGIO ESTADUAL FRANCISCO ROSA SANTOS/
ARACAJU – SE
Educadora: Iris Christina
dos Santos Lima
Colégio Est.Francisco Rosa Santos
(Aracaju – SE)
O projeto experimental estará
relacionado à criação de artigo informativo
batizado como o nome de Laboratório
Mental do Mangue no Bugio na Visão
Interdisciplinar – Estudo de Caso do
Colégio Estadual Francisco Rosa Santos/
Aracaju – SE, o qual estará voltado para
problemas ambientais relacionados
a esse ecossistema tão castigado no
desenvolvimento urbano aracajuano.
A intenção em desenvolver esse projeto
experimental é de dar evidência a um meio
ambiente pouco conhecido e valorizado
pela população, o manguezal. A imagem
que deveria ser reconhecida pelo ser
humano como um berço da vida marinha
é vista de forma quase insignificante. A
valorização só ocorre quando o proveito
existe em causa própria, destruindo-o
muitas vezes.
O projeto abordará temas ligados à
agressão sofrida pela fauna e flora do
mangue englobando o reflexo para a
sociedade. Na abordagem será levantada
à questão sobre a especulação imobiliária,
a economia sustentável que o ecossistema
oferece a agressão físico-química e
biológica para com o meio e a comunidade,
as consequências que outrora virão.
Notícias ambientais, ensaio fotográfico,
livro infantil “Paz no Manguezal”, letra da
música Manguezal, confecção de cartazes,
objetos recicláveis (flauta e tambor) entre
outros.
O público – alvo do artigo Laboratório
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Em
Debate
Mental do Mangue no Bugio na Visão
Interdisciplinar – Estudo de Caso do
Colégio Estadual Francisco Rosa Santos /
Aracaju - SE serão estudantes do ensino
fundamental do 6º ano do turno Matutino,
tendo como professor responsável Iris
Christina dos Santos Lima, podendo ser
estendido para a população em geral,
informando-os sobre o manguezal,
levando dados muitas vezes não revelados
pelos meios de comunicação por não
atender seus interesses. A distribuição
será feita em bancas de revistas, escolas e
universidades, enfim, locais que tenham a
ver com o público - alvo.
O meio ambiente sofre em todo mundo,
o manguezal não fica fora das estatísticas.
A ideia é fazer com que a consciência da
preservação e da recuperação ambiental
seja uma bandeira a ser defendida pela
população, cada um fazendo a sua parte
todos ganham. Aracaju foi erguida boa
parte sobre a área de manguezal, muitos
bairros surgiram como: Praia 13 de
Julho, São José, Grageru, Coroa do Meio,
Atalaia, Orlando Dantas, Augusto Franco,
Bugio, Coqueiral, bem como adjacências,
pontos turísticos (Casa de Espetáculo –
Miami Hall, Calçadão da13 de Julho, etc).
De norte a sul o manguezal foi e continuará
sendo destruído.
Na área comercial, as vendas da
publicidade serão destinadas a empresas
que apresentam uma preocupação em
consciência ambiental e sabem que sua
imagem, empresarial diante da causa é
válida.
A intenção do artigo não é de barrar
o crescimento urbano, mas ordenar
esse crescimento através da valorização
desse meio ambiente. A agressão a esse
ecossistema não se resume apenas no
aterramento para especulação imobiliária,
mas na disposição dos dejetos de lixos
(residencial, comercial e industrial)
produzidos, na moradia e extração de
animais para o sustento da classe baixa,
bem como outros temas que serão
abordados.
O artigo se apresentará em policromia
na capa e em sua contracapa, com
páginas internas em preto e branco, em
papel ofício, resultando 20 páginas todas
fazendo o uso do fotolito. A editoração
gráfica ficará por conta das pós – graduada
Iris Christina dos Santos Lima, bem como
parte das matérias e das fotos. O custo da
parte gráfica do artigo será pago através do
patrocínio das empresas que investiram na
ideia, assim como as camisas, o cachê da
Banda Laboratório Mental entre outros.
PROJETO INTERDISCIPLINAR DOS
CONTEÚDOS DE ESTÁGIO
SUPERVISIONADO II E TECNOLOGIA E
INFORMÁTICA
Educadora: Sandra Santos Costa
Colégio Estadual Caldas Júnior
(Neópolis-SE)
JUSTIFICATIVA
O projeto tem a intenção de promover
um curso em ambiente virtual que
contemple conteúdo da disciplina de
Estágio Supervisionado II, esse trabalho
atenderá a necessidade de entender
como funciona um ciberespaço e
como estudar a distância. Bem como,
preencher formulários, utilização de
email, noções básicas de navegação e
pesquisa em internet, conversar com
um professor à distância, entender
como funciona o trabalho de monitoria
e tutoria virtual. Assim apreender
dentro de um ambiente dinâmico e
contemporâneo.
O projeto nasce da necessidade
de aprimoramento dos conteúdos
específicos da disciplina de Tecnologia
e Informática, como também da ideia
de oportunizar os alunos da zona
rural a participar de um programa de
especialização.
A EaD SENAR oferece gratuitamente
cursos online para pessoas do meio
rural em todo território nacional,
portanto, os alunos do Colégio Estadual
Caldas Júnior, do Curso Normal se
enquadra muito bem no perfil dos
cursos oferecidos pelos programas
EaD SENAR, pois são moradores de
povoados e filhos de produtores rurais.
Os alunos poderão participar de
outros cursos oferecidos pelo SENAR,
por que já estão cadastrados no sistema
a partir dessa primeira participação.
Ao final do primeiro curso conseguem
dominar a ambientação dos cursos,
participar de chats e estudar com ajuda
de monitores e tutores virtuais.
O primeiro curso Educação e
Qualificação Profissional fazem parte
do Programa Escola do Pensamento
Agropecuário que é formado por 06
cursos, que são: Meio Ambiente,
Abastecimento e Renda, Trabalho
Decente, Pobreza Rural, Direito de
Propriedade.
Os cursos aqui relacionados podem
ser feitos de forma espontânea pelos
alunos. Pois, a ideia é justamente
alimentar a iniciativa de buscar
conhecimento. Também tem 06 cursos
relacionados diretamente à área de
informática, são eles: Primeiros Passos
na informática; no email;na internet no
Word; no Excel; na digitação;
Tendo em vista que o laboratório de
Informática da Escola Estadual Caldas
Júnior estar inoperante e os cursos
são laborados no sistema operacional
Windows XP, utilizaremos serviços
de Lan House, apresentando assim um
custo individual por aluno e custeado
pelos próprios alunos, negociado
previamente com o proprietário do
estabelecimento para gerenciar uma
economia local. Sendo esse enfim, um
projeto que pode gerar bons frutos.
OBJETIVOS
O objetivo principal do curso de
Educação e Qualificação Profissional
é apresentar pontos referentes à
Educação no Brasil, tais como: situação
das Escolas rurais brasileiras, índice
de
desenvolvimento
educacional
brasileiro, e o pensar de um novo
modelo de Escola nas zonas rurais
brasileiras.
Os Objetivos Específicos propostos
pelo projeto interdisciplinar são:
Contemplar
conteúdos
interdisciplinares.
- Estudar o Sistema Educacional
Brasileiro de forma dinâmica e
prazerosa;
- Reconhecer novos modelos
educacionais; Reavaliar os modelos
educacionais brasileiros;
- Pensar sobre como se pode fazer
cursos à distância num custo beneficio;
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Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
EXECUÇÃO
Atividades serão de leitura e
dramatização em sala de aula (30
minutos) e logo após os alunos irão à
companhia da professora Sandra Costa
para LanHouse. As atividades e dúvidas
serão monitoradas pela professora com
auxilio dos Tutores e Monitores do
SENAR via telefone (0800 642 7070)
e pela ferramenta” tirar dúvidas” no
ambiente virtual.
Os
Certificados
serão
impressos pela professora Sandra
Costa, verificando o desempenho do
aluno no ambiente virtual. Os mesmo
estarão disponíveis no site www.
eadsenarcanaldoprodutor.com.br
e
validado por um código de segurança.
AVALIAÇÃO
Feita pelo ambiente virtual:
Diariamente no final da atividade. No
último dia do curso no inicio da aula e
no final.
Feita pela professora das turmas:
No dia da entrega de certificados para
registrar depoimentos.
RESULTADOS OBTIDOS
MEDIANTE ATIVIDADES
PROPOSTAS NO CURSO
Os alunos que participaram da
primeira turma do curso Educação e
Qualificação Profissional disponíveis
no site www.eadsenarcanaldoprodutor.
com.br,
tiveram
um
bom
aproveitamento. Conseguiram alcançar
os objetivos propostos no projeto.
Em sua maioria, cumprida à atividade
de ambientação no chat conseguiram
sozinhos fazer as tarefas propostas pelo
curso. As discussões e dramatizações na
sala também ajudaram, pois, facilitou o
processamento dos dados no sistema.
A segunda turma fez o curso com a
ajuda e monitoria do primeiro grupo.
O que facilitou o aprendizado no
ambiente virtual.
Ficando um terceiro grupo para
o segundo semestre, em virtude das
dificuldades e fatores como: a greve
do servidor, falta de documentação
necessária para a matrícula online, etc.
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Em
Debate
O projeto teve ganhos significativos
para os alunos da zona rural, pois muitos
deles não tinham documentos como:
CPF. Nem sabiam fazer o cadastro.
Atividade essa, que foi orientada no
projeto. Muitos nunca tinham ligado
um computador, não sabiam lidar
com o mouse, chegando a ter medo do
aparelho.
Os alunos conseguiram fazer email
e até perfis em redes sociais, fazendo
parte hoje de um grupo fechado na
página do facebook da professora
Sandra.
Também comentamos sobre os
impostos rurais que os pais dos alunos
creditam ao SENAR e os benefícios
oriundos dessas contribuições. O que
favoreceu o entendimento do uso
desses recursos em favor do produtor
rural.
Como o grupo teve acesso direto
ao sait do produtor rural, foram feitas
pesquisas de cunho econômico,
como preço médio da mandioca, do
milho entre tantas outras informações
relacionadas ao meio rural nacional.
Essa atividade norteou outras pesquisas
de interesse pessoal e social.
Os alunos do primeiro grupo já
se matricularam em outros cursos
e recebem informes constante do
sait. Alguns aproveitaram para fazer
currículo Vi tai, registrando os cursos
como qualificação profissional. Outros
se cadastraram no Programa Minha
Casa Minha Vida Rural a parti das
informações obtidas no sait.
O projeto contou com a colaboração
de todos os envolvidos, oportunizando
os alunos a participarem dos processos
de modernização da informação, bem
como favoreceu a economia local e o
processo de construção da cidadania.
FORMAÇÃO HUMANA NO ENSINO
DE GEOGRAFIA E A PRODUÇÃO DE
TEXTOS
Educador: Roberto Silva dos Santos
Escola Estadual Alceu Amoroso Lima
Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Tancredo Neves
(Aracaju-SE
OBJETIVOS
a) Geral
- Possibilitar um ensino de Geografia
que promova a emancipação humana,
de modo que os alunos possam
entender o espaço geográfico a partir
das contradições sociais capitalistas.
b) Específicos
- Possibilitar um ensino que permita
a reflexão crítica dos alunos a partir da
realidade social em que vivem;
- Estimular a produção de textos
como instrumento de expressão crítica
da realidade;
- Entender o espaço geográfico
com observações, análises, reflexões
e debates para que possam fazer as
relações necessárias entre os aspectos
econômicos,
sociais,
culturais,
ambientais e geopolíticos;
- Valorizar a linguagem escrita e oral
como momentos indispensáveis para
produção do conhecimento;
- Possibilitar o acesso à leitura e
escrita como meios necessários de
acesso ao conhecimento;
- Desenvolver um ensino que vá além
do livro didático e que rompa com o
ensino enciclopédico ainda comum nas
escolas públicas e privadas que torna
a Geografia uma disciplina curricular
desinteressante para os alunos.
METODOLOGIA
O projeto faz parte do Plano de
Trabalho Docente produzido no
início de cada ano letivo ou de cada
semestre, no caso da EJA. O processo
de produção de texto é dividido em
etapas a partir da série/ano do Ensino
Fundamental que os alunos estudam.
Essa divisão objetiva construir uma
rotina de produção de texto, de
modo que seja uma atividade que os
estimulem a escrever, expressando suas
opiniões sobre os mais diversos temas
possíveis no ensino de Geografia.
Vale ressaltar que a produção de
texto faz parte de contexto debatido
e estudado em sala de aula. O texto
solicitado tem como referência o
assunto curricular proposto no Plano
de Trabalho Docente ou assuntos
levantados pelos alunos ou trazido pelo
professor que estão sendo debatidos
na sociedade. Nesse sentido, os textos
oferecidos para reflexão sobre as
problemáticas propostas são extraídos
a partir dos conteúdos propostos no
livro didático, na internet, nos debates,
nos questionamentos ou mesmo nas
reportagens jornalísticas.
Assim, nos primeiros dias do
ano/semestre letivo apresentamos
orientações para que os alunos possam
estruturar seus textos dissertativos de
modo a relacionar os conteúdos com sua
realidade. Outra questão a se destacar é
o uso das regras gramaticais, tais como:
pontuação, concordância, coerência,
coesão e uso do verbo. Orientamos,
também, evitar o resumo dos textos
lidos, pois os mesmos devem servir
para aprofundamento do conteúdo e
possibilitar que os argumentos sejam
melhor desenvolvidos. Assim, o texto
deve ser escrito em frases sucintas
(ou mesmo em simples palavras) sem
rodeios (afinal, deve convencer o
leitor pela força dos argumentos, não
pelo cansaço). As orientações são as
seguintes:
1- Na introdução o aluno deve
apresentar a ideia ou o ponto de vista
que será defendido. Nesse parágrafo,
o aluno deve escrever os argumentos
sobre o tema proposto. Esses
argumentos terão que ser a referência
para a produção da segunda parte da
redação, o desenvolvimento;
2- No que se chama de
desenvolvimento
defendemos
a
estruturação em dois parágrafos:
o primeiro os alunos aprofundam
as
argumentações
(explicações)
para que o leitor possa entender
as primeiras ideias já debatidas no
parágrafo anterior. Nesse parágrafo,
as explicações sobre o tema precisam
está postas com profundidade de modo
que os estudantes possam fazer as
devidas relações entre o conhecimento
científico estudado e a realidade social
conhecida; Já o segundo parágrafo,
entendemos que os alunos devem
apontar para o leitor as consequências
ou mesmo o que poderá acontecer
diante dos fatos relatados nos dois
primeiros parágrafos. As consequências
apontadas no texto devem servir de
referência para a produção do último
parágrafo da redação, a conclusão.
3- Conclusão é o quarto e último
parágrafo do texto dissertativo em que
se dá um fecho coerente ao texto com
o desenvolvimento dos argumentos
apresentados. Assim os alunos
devem mostrar soluções que podem
ser tomadas para que os problemas
relatados sejam solucionados ou as
questões relatadas sejam aprofundadas.
O último parágrafo do texto dissertativo
é o momento em que podemos perceber
o nível de criticidade dos estudantes
e de entendimento do meio em que
vivemos, ou seja, do espaço geográfico.
No texto estruturado em quatro
parágrafos, cabe aos alunos o papel e
a liberdade em apresentar suas ideias
sobre o tema proposto pelo professor
a partir dos conteúdos trabalhado em
sala de aula. O papel do professor
em subsidiar os alunos com textos
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Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
auxiliares é importante para que o
debate não fique na superficialidade do
senso comum como fazem os grandes
meios de comunicações. Aprofundar
o debate é crucial para que todos
possam escrever seus textos tendo
elementos suficientes para argumentar,
apontar consequências e soluções
reais e possíveis de serem realizadas,
de modo a superar as relações de
exploração capitalistas que resultam
na configuração do espaço geográfico
atual.
1- Atividades de produção de texto
para 6ºAno e 5ª EJAEF
- Conteúdo curricular são conceitos
para que os alunos conheçam como
o espaço geográfico é organizado a
partir das contradições próprias do
capitalismo;
- A produção de texto permite que
possam fazer as relações de modo
que os conteúdos curriculares não
fiquem apenas nos conceitos ensinados
isoladamente, mas como expressão das
relações capitalistas no espaço;
- A realização de observações do
espaço e entrevista com pessoas da
própria família ou vizinhos possibilita,
também, o aperfeiçoamento da
percepção do espaço em que vivemos;
- A entrega do texto produzido
acontece com debate onde todos podem
expressar o que escreveu para turma,
permitindo ampliar as percepções a
partir das observações de todos;
- A exibição de filmes acontece em
alguns temas visa, também, auxiliar na
fixação e acesso aos conhecimentos;
- Nesse primeiro momento não é
exigido o respeito as regras gramaticais,
tais como: pontuação, concordância,
coerência e coesão textual. O objetivo
é possibilitar a livre expressão textual
de forma crítica, de modo a estimular a
prática de produção de textos;
- Entretanto, já se exige o respeito
às regras como parágrafos, introdução,
desenvolvimento e conclusão para
organizar as ideias sobre os assuntos
tratados.
2- Atividades de produção de texto
para 7ºAno e 6ªEJAEF
- Conteúdo curricular nessa etapa
10
Em
Debate
diz respeito ao espaço geográfico
brasileiro;
- A produção de texto permite
que os alunos possam relacionar
e
compreender
a
realidade
socioeconômica e ambiental do Brasil
comparando com sua realidade social,
econômica e ambiental, bem como as
intervenções políticas, empresariais e
sociais sobre esse espaço;
- A reflexão, leitura, produção de
textos e debates sobre a realidade
brasileira possibilitam a percepção do
espaço em que vivemos;
- A entrega do texto produzido
acontece com debate onde todos podem
expressar o que escreveu para turma,
permitindo ampliar as percepções a
partir das observações que cada um
pode expor;
- O uso da música é um bom
instrumento
de
reflexão
para
compreensão de alguns temas da
realidade socioeconômico do Brasil;
- Nesse momento já é exigido o
respeito as regras gramaticais, tais
como: pontuação, coerência, coesão
textual,
parágrafos,
introdução,
desenvolvimento e conclusão.
3- Atividades de produção de texto
para 8ºAno e 7ªEJAEF
- Conteúdo curricular nessa etapa
de ensino é organizado para permitir
a compreensão da organização
socioeconômica do espaço geográfico
mundial a partir da divisão internacional
do trabalho e as consequências desse
processo nas nações subdesenvolvidas
(América Latina, África e Oriente
Médio);
- A produção de texto permite que
os alunos possam compreender como
a divisão internacional do trabalho
reflete sobre a vida social e econômica
dos países e em especial o Brasil,
considerado país Emergente devido
à desigualdade social elevada na 6ª
economia do mundo;
- A realização de leitura de textos
e debates possibilita a percepção
de como o espaço geográfico está
organizado para que possam entender
que as condições econômicas, sociais e
ambientais dos países são resultado das
contradições das relações capitalistas
que visa o lucro em detrimento das
condições de vida do povo;
- A entrega do texto produzido
acontece com um debate onde todos
podem expressar o que escreveu
para turma, permitindo ampliar as
percepções sobre o espaço geográfico
mundial;
- A realização de pesquisas na
internet permite que os alunos acumule
a percepção sobre o espaço;
- Nesse momento é exigido o
respeito as regras gramaticais, tais
como:
pontuação,
concordância,
coerência e coesão textual, bem como
o respeito a parágrafo, introdução,
desenvolvimento e conclusão de modo
a valorizar a expressão crítica sobre os
assuntos tratados.
4- Atividades de produção de texto
para 9ºAno e 8ªEJAEF
- Conteúdo curricular nessa etapa
do ensino é organizado para permitir
a compreensão da organização
socioeconômica do espaço geográfico
mundial a partir da divisão internacional
do trabalho e como os países
considerados desenvolvidos atuam/
exploram as nações subdesenvolvidas
e emergentes;
- A produção de texto permite que
os alunos possam compreender o
processo de globalização a partir da
divisão internacional do trabalho e de
que forma tal processo vem produzindo
crises sucessivas do capitalismo;
- A realização de leitura de textos
e debates possibilita a percepção
da alternativa possível ao sistema
capitalista concentrado e excludente.
A alternativa para superação do
capitalismo é o socialismo. Desse
modo, é fundamental o entendimento
e a reflexão sobre a Guerra Fria e a
situação social e econômica atual da
China, de Cuba e da Coréia do Norte,
países que continuam socialistas;
- A entrega do texto produzido
acontece com debate onde todos podem
expressar o que escreveu para turma,
permitindo ampliar as percepções as
contradições do espaço geográfico
mundial e como superar essas
contradições;
- A realização de pesquisas na
internet permite que os alunos acumule
a percepção sobre o espaço;
- Nesse momento é exigido o
respeito as regras gramaticais, tais
como:
pontuação,
concordância,
coerência e coesão textual, bem como
o respeito a parágrafo, introdução,
desenvolvimento e conclusão de modo
a valorizar a expressão crítica sobre os
assuntos tratados.
5- Atividades extraclasse/escola
- A produção de texto é realizada, a
depender da complexidade do tema, de
forma coletiva, em sala de aula ou em
atividade extraclasse.
6- Atividades Culminantes:
- A depender do tempo e ritmo
de aprendizagem de cada turma as
atividades culminantes podem ser
debates, peças teatrais, exposição de
cartazes e exposição de pesquisas com
uso de mapas.
RESULTADOS ALCANÇADOS
possam apontar suas compreensões
apresentadas no texto, de modo que
sejam contestadas e acrescentadas pelos
colegas. Somos produto da “escola
do silêncio”, ancorada na pedagogia
tradicional-burguesa e suas variações
que defende o papel dos alunos na
sala de aula seja ficar sentado diante
do professor, esperando receber dele
todo conhecimento. O conhecimento,
portanto, deve ser absorvido sem fazer
sentido para os estudantes que apenas
memorizam para conseguirem boa nota
ao final de cada unidade.
Essas são dificuldades que precisam
ser vencidas e para isso o professor
precisa estar motivado a mudar e
preparado para instigar a curiosidade
dos alunos inserindo-os no contexto de
sua realidade social. É necessário que o
professor esteja aberto a indagações dos
alunos, deixando de lado a formalidade
dos livros didáticos, para que o diálogo
e a construção do conhecimento passem
a permear a prática em sala de aula.
O livro didático é marca do ensino
tradicional, pois este é produzido e
utilizado de acordo com o interesse
das classes dominantes. Ele é
organizado para que o conhecimento
sejam gavetas separadas sem relações.
Caso o professor não faça essas
relações o conhecimento passa a ser
desinteressante e chato, como define os
estudantes.
Nessa lógica, o que é abordado
não contribui para inserção do aluno
na realidade. Essa forma de ensino
interessa a classe burguesa, pois
quanto mais alienado o aluno for,
mais terá dificuldade de reagir ao que
lhe é imposto. A alienação permite
que percebam os problemas, mas
não conseguem entender o porquê de
sua existência. O papel da educação,
portanto, é superar essas tentativas de
alienação capitalista, estimulando a
reflexão crítica, o debate, à produção
de ideias e opiniões sobre a realidade
em que vivemos.
A produção do texto dissertativo, de
modo a permitir que os alunos possam
fazer relações entre o conhecimento
científico e a realidade é um momento
importante no processo ensinoaprendizagem. Nesse sentido, os alunos
podem expressar o entendimento
sobre o conteúdo curricular, mas
também como esse conteúdo pode ser
entendido a partir de suas realidades.
Além disso, os estudantes podem
apresentar alternativas de superação da
forma como o espaço geográfico está
organizado para servir a exploração
capitalista. Compreender a realidade
e discutir formas de superação
das relações capitalistas é o passo
importante para formação humana dos
estudantes.
Além da produção do texto, os
momentos de debates são essenciais
para fixação dos conhecimentos
estudados. Nesses espaços de debates
cabe ao professor o papel de colaborar
nas reflexões e fazer as devidas relações
que os alunos não conseguiram
chegar. A expressão oral requer
contínuo exercício para que os alunos
Maio | 2014
11
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
I MOSTRA DE ARTES DO CEJAL
(“MINHA CULTURA, É MINHA VOZ”)
Educador: Gustavo Floriano
dos Santos
Colégio José Amaral Lemos
(Pirambu-SE)
12
Em
Debate
A I Mostra de Artes do Colégio
José Amaral Lemos, nasce do desejo
de ampliar o conhecimento do ensino
em Artes, através de uma mostra
prática, fomentado pelo entendimento
do estudo e pela experimentação
das várias manifestações artísticas,
vivenciadas em sala de aula, afim de
dialogar esteticamente com a cultura
do município de Pirambu.
O importante com essa mostra é
desenvolver o prazer e o gosto pelas
artes de um modo geral, onde os
protagonistas das ações apresentadas
serão os próprios alunos, que terão essa
mostra como janela para exporem seus
talentos.
Convém ressaltar que a realização
deste projeto, que terá como tema inicial
“Minha Cultura, Minha Voz”, propor,
estender e compartilhar a produção
artística realizada no ambiente escolar,
bem como atrair a população local, e, por
conseguinte, os seus artistas, fazendo
um intercâmbio interdisciplinar entre
escola e comunidade pirambuense.
RODA DE LEITURA E LEITURA DO
MUNDO SOB A ÓTICA DA
GEOGRAFIA
Educadores: Josiany Lucena
Roberto Silva dos Santos
Escola Municipal de Ensino
Fundamental Pres.Tancredo Neves
(Aracaju-SE)
OBJETIVOS
a) GERAL
Transformar a sala de leitura num
espaço dinâmico, extensivo à sala de
aula, no qual os alunos expandem e
complementam os conhecimentos
ali adquiridos, realizando a interação
enriquecedora entre sala de aula e sala
de leitura.
b) ESPECÍFICOS
- Receber os alunos, orientando-os
acerca das regras para o uso da sala de
leitura;
- Orientar os alunos acerca da
organização do acervo, facilitando o
acesso às obras;
- Estimular o gosto e interesse pela
leitura;
- Estimular a reflexão crítica e a
leitura do mundo através da leitura da
obra;
- Auxiliar os alunos nas atividades
pedagógicas realizadas pelo professor
da área de Geografia, no espaço da sala
de leitura;
- Propor atividade a cada turma, seja
ela produção de peça teatral, produção
de cartazes ou produção musical, junto
ao professor regente, desenvolvida
ao longo do semestre letivo, com
culminância das atividades ao final do
semestre, em um “encontro cultural”;
- Desenvolver a expressão oral, com
“contação” das histórias lidas;
- Fomentar debates sobre temas
relevantes sob a ótica da Geografia,
extraídos das obras lidas.
METODOLOGIA
O projeto é realizado em etapas
que englobam leitura de obra literária,
contação das histórias lidas, debates e
produção de atividades.
1-RODAS DE LEITURA
Juntamente com o professor regente
da disciplina de Geografia, as turmas,
continuamente, tem encontros na sala
de leitura. Lá, elas escolhem, a seu
dispor, uma obra cuja leitura deve ser
iniciada naquela sala e, caso não haja
tempo para sua conclusão, continuada
na casa do aluno, através do controle de
empréstimo de obras.
2-CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Após a conclusão da leitura das obras
escolhidas, no encontro seguinte, na sala
de leitura, cada aluno conta o que leu,
numa roda de “contação de histórias”,
desenvolvendo, assim, a expressão
oral e o poder de síntese. Essa etapa
só é concluída quando todos os alunos
contam a história que leram, mesmo
que, para isso, sejam necessários vários
encontros.
3-DEBATES
Após a exposição de cada obra
lida é promovido um debate sobre temas
e questionamentos relevantes para a
área de Geografia, extraídos daquelas
mesmas obras, pelo professor regente,
fomentando no aluno o exercício da
reflexão crítica e a formação de sua
opinião sobre assuntos diversos, ou seja,
uma leitura do mundo.
4-PRODUÇÃO DE ATIVIDADES
Após as etapas de leitura da
obra, contação das histórias e debates, é
hora do aluno “botar a mão na massa”
e produzir algo seu com base em tudo
o que foi discutido. São propostas
pelos professores algumas atividades
complementares acerca dos temas
debatidos como: produção de texto,
produção de cartazes ou mesmo de
pequenas peças de teatro baseadas em
obras lidas ou em algum tema transversal
debatido a partir delas.
Neste momento, a sala de
leitura também serve de espaço para
a produção dos cartazes ou para a
construção dos enredos das peças, bem
como para seus ensaios.
5- ATIVIDADES CULMINANTES
DESDOBRAMENTOS
DAS
ATIVIDADES
DESENVOLVIDAS
NO PROJETO
Após todas as turmas
prepararem suas atividades, é marcado
um dia para a apresentação destas num
Encontro Cultural, em que cada turma
pode expor o que desenvolveu para toda
a comunidade escolar, num espaço maior
da escola, para que todos possam assistir
e prestigiar. É um momento de interação
entre todos os setores da instituição.
RESULTADOS ALCANÇADOS
- O desenvolvimento desse projeto ao
longo desses últimos semestres letivos
veio, primeiramente, proporcionar uma
mudança no entendimento dos alunos
sobre o sentido de uma sala de leitura.
Este espaço antes era visto como alguns
setores do serviço público: “existe, mas
não funciona”. A partir deste e de outros
projetos de interação desse espaço com
a sala de aula, ele passou a ser visto
como algo vivo, um local de extensão
do saber.
- A execução do projeto permite aos
alunos uma intimidade maior com a
leitura, melhorando sua qualidade.
- O passo-a-passo do projeto permite,
também, ao aluno perceber que a leitura
não é só decodificação dos códigos
da escrita, mas a compreensão e a
reflexão sobre o que leu, associando-a à
compreensão do mundo.
- Permite aos alunos pensarem
e formarem opinião sobre temas
relacionados à Ciência Geográfica.
- Possibilita o exercício da expressão
oral.
- Possibilita maior socialização
dentro da comunidade escolar.
Maio | 2014
13
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
PROJETO MATINHA
Educador: Horimo Medeiros
Colégio Estadual Silvio Romero
(Lagarto-SE)
OBJETIVOS
Objetivo geral
Oportunizar situações em que os alunos
vivenciem os desafios da prática política
numa realidade social concreta, a fim de fixar
melhor os diversos conceitos trabalhados em
sala e contribuir de alguma forma com os
moradores do Bairro Matinha.
Objetivos Específicos
•
Fortalecer a relação entre escola e
comunidade;
•
Diminuir os preconceitos e
discriminações com relação ao Bairro
Matinha;
•
Envolver a comunidade escolar
com os problemas dos moradores da
Matinha;
•
Inserir os alunos nas discussões
práticas da micro e macro política;
•
Fazer um diagnóstico do Bairro
Matinha;
•
Divulgar as ações realizadas e por
realizar no Bairro;
•
Fomentar a solidariedade dos
outros moradores de Lagarto com relação à
Matinha;
•
Analisar a papel das diversas
lideranças políticas da comunidade;
•
Trabalhar as situações problemas
do Bairro Matinha, por exemplo, drogas,
gravidez na adolescência, violência, pobreza
e marginalidade, saneamento básico.
METODOLOGIA
Laboratório é composto de 04 (quatro)
etapas, a saber:
1a Etapa: O que a população da cidade de
Lagarto pensa sobre o Bairro Matinha
2a Etapa: Relacionar teoria política e a
realidade do Bairro Matinha
3a Etapa: Observação Participante no
Bairro
4a Etapa: Intervenção social: elaboração
de pequenos projetos no Bairro Matinha
14
Em
Debate
ATIVIDADES DA 1a ETAPA: O que a
população da cidade de Lagarto pensa sobre
o Bairro Matinha
1. Os alunos pesquisaram em várias partes
da cidade de Lagarto o que os moradores
achavam do Bairro Matinha.
2. Construção de textos individuais
referentes à pesquisa.
3. Abrimos 45 minutos de debate em
cada turma acerca dos resultados.
4. Pontuamos o resultado do debate
A primeira etapa visou apresentar,
sensibilizar e confrontar os alunos a uma
realidade social dada: O Bairro Matinha
existe e sofre um processo de marginalização
social.
ATIVIDADES DA 2a ETAPA:
Relacionar teoria política e a realidade do
Bairro Matinha
1. Revisar a sociologia clássica e trabalhar
conceitos da sociologia política;
2. Relacionar os conceitos de democracia,
poder, direito a civilização e sociedade de
consumo com a realidade do Bairro Matinha;
3. Construção de textos sobre os direitos
humanos no Bairro Matinha.
O processo de teorização é fundamental.
Desde a retomada dos conceitos lá do
primeiro ano dentro do contexto social de
cada aluno, a definição dos conceitos-chave
utilizados no entendimento da realidade, o
que pretendemos é amarar a teoria política
a compreensão da realidade do Bairro
Matinha. Como síntese cada aluno produziu
um texto sobre os “direitos humanos” a partir
das pesquisas realizadas na etapa anterior.
ATIVIDADES DA 3a ETAPA:
Observação Participante no Bairro
1. Preparar e agendar a visita ao Bairro
Matinha.
2. As nove turmas foram separadas em 3
blocos de 3 turmas.
2.1.As visitas foram realizadas nos dias
01, 02 e 5/07/2013;
2.2.A escola, a creche e o campo do bairro
foram pontos estratégicos de apresentação
do local;
3. Os alunos conversaram com os
moradores, tiraram fotos e tiveram contato
com os principais problemas do Bairro
Matinha.
Agora os alunos têm o primeiro contato
com o seu objeto de pesquisa. Nesta etapa se
realiza o confronto entre as diversas ideias
do senso comum, as teorias políticas e a
realidade objetiva: O que se conhece sobre o
Bairro Matinha? como ele é?
ATIVIDADES DA 4a ETAPA:
Intervenção social: elaboração de pequenos
projetos no Bairro Matinha
1. A partir do amplo debate, cada turma
realizará um projeto de intervenção no
local a partir das demandas apresentadas na
observação participante.
2. O dia de intervenção já está préagendado para o dia 17/08/2013, das 08 às
12 horas.
3. Temos total apoio da Escola e da Creche
do Bairro. Além da importante colaboração
dos professores, da direção e das secretarias
municipais de Saúde e de Cultura.
4. Algumas atividades já confirmadas:
Bazar, Manhã de lazer, Baú de Leitura,
Jogos, Brincadeiras, Atendimento as famílias
carente, Kit higiene pessoal, Atendimento
aos idosos, Conscientização da saúde, Meio
Ambiente e desenvolvimento sustentável.
Todas construídas pelos alunos.
O conhecer a realidade do Bairro Matinha
possibilitou aos estudantes duas grandes
certezas: ele não é tão diferente do local onde
moram e que lá habitam pessoas comuns. A
partir daí incentivamos o debate, deixando
cada turma livre para desenvolverem e
implementarem intervenções que de alguma
forma mecham com o cotidiano da Matinha.
RESULTADOS A SEREM
ALCANÇADOS
Os grandes desafios agora consistem no
exercício da cidadania e na elaboração de
novas formas de contribuir com o Bairro.
Observações relevantes
A prática pedagógica apresentada
aqui é uma das etapas do Laboratório de
sociologia de 2013. Há ainda outras etapas
a serem trabalhadas no Bairro Matinha:
Relações com as instituições; História e
cotidiano cultural e artístico; Produção de
instrumentos de comunicação que valorizem
os moradores e elevem a autoestima;
Divulgação do Laboratório nas redes sociais,
etc.
PROJETO “GRAFITTI NA ESCOLA:
PINTE ESSA IDEIA!”
outras realidades locais, regionais e
nacionais visando situá-lo dentro do
problema de maneira mais ampla, além
de buscar também soluções. Para tanto
foram feitas aulas no Laboratório de
Informática utilizando a internet como
ferramenta de pesquisa.
Fase 2: EXECUÇÃO DO PROJETO
Educadora: Elissandra Silva Santos
Colégio Estadual Ministro Petrônio
Portela (Aracaju-SE)
OBJETIVOS
Objetivo geral
Conscientizar os alunos do Colégio
Estadual Ministro Petrônio Portela
sobre a importância de tornar o seu
meio ambiente escolar num lugar
saudável visando resolver o problema
da poluição visual (pichação).
Objetivos Específicos
- Sensibilizar a comunidade escolar
para a necessidade de manter o
ambiente escolar limpo e saudável;
- Promover ações que conduzam ao
estabelecimento da sustentabilidade e
do bem-estar na Escola;
- Incentivar a participação e
produção criativa de seus alunos
numa ação social transformadora e
mobilizadora da Escola visando tornálos parte do processo de soluções dos
problemas;
- Diminuir o problema da poluição
visual causada pelas pichações na
Escola levando o aluno a entender que
se trata de uma ação de vandalismo
criminoso incentivando-o a trocar a
pichação pela arte do Grafite;
- Minimizar o grau de poluição
sonora na Escola levando o aluno a
conhecer os vários problemas de saúde
causados pelo intenso e constante
barulho e ruídos diários;
- Orientar aos alunos sobre sua
responsabilidade na produção e no
destino do lixo na Escola visando um
ambiente escolar limpo e saudável;
METODOLOGIA
Este Projeto está pautado em três
eixos de ações que foram pensados
a partir dos principais problemas
diagnosticados na Escola.
Portanto, para o Projeto “Grafitti na
Escola: Pinte essa ideia!” ser de fato
implementado foi necessário que sua
execução ocorresse em 03 (três) fases:
1.Sensibilização
2. Execução do projeto
3.Culminância
Fase 1: SENSIBILIZAÇÃO
Na fase da Sensibilização buscouse apresentar aos alunos a Escola que
eles têm e a Escola que eles poderiam
ter. Essa fase será pautada em 03 (três)
etapas:
a)
Etapa do Trabalho de Campo –
na qual os professores levam os alunos
a olhar a escola e sua comunidade com
outros olhos de forma racionalizada
levando-os a diagnosticar eles mesmos
os problemas e perceber seu grau
de responsabilidade. Foram feitas
observações e registros da situação
escolar através do uso de mídias como
máquina digital, filmadora e celulares.
b) Etapa de Sistematização
e reflexão sobre os problemas
diagnosticados – nesse momento os
professores trabalharam com os dados
levantados e registrados a partir de
conteúdos e temas transversais e
analisaram juntamente com os alunos
as possibilidades de soluções. Foram
usadas técnicas de brainstorming e
debates.
c) Etapa de Pesquisa – nessa
etapa o aluno foi conduzido a conhecer
O projeto foi executado de modo
contínuo durante o ano de 2010, visando
o alcance de nossos objetivos de
resolver o problema da poluição visual
(pichação). Conforme depoimento de
visitante à Escola, as paredes da mesma
estava pior que uma penitenciária.
Assim, este projeto “Grafitti na Escola:
pinte essa ideia!” buscou diminuir o
problema da poluição visual causada
pelas pichações na Escola levando
o aluno a entender que se trata de
uma ação de vandalismo criminoso
incentivando-o a trocar a pichação pela
arte do Grafite.
Nesse sentido, as ações foram:
AÇÕES
PREVISTAS
STATUS
Palestra de conscientização mostrando a diferença
entre a pichação e REALIZADA
o Grafite por um
profissional da área
de Arte Designer
Mutirão de limpeza e pintura da
Escola
REALIZADO
Pintura da Escola
por profissional
da SEED (acabamento)
REALIZADO
Apresentação de
vídeo-documentário produzido
pelos alunos sobre
Pichação X Grafitagem
REALIZADO
Apresentação de
Exposição Temporária retratando
a pichação no
Colégio
REALIZADO
Pintura da Escola
com a arte do
Grafite
REALIZADO
Maio | 2014
15
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
Fase 3: CULMINÂNCIA
A fase da Culminância objetivou
publicar os trabalhos desenvolvidos
pelos alunos sob a orientação dos
professores para a comunidade escolar
e local tendo ocorrido durante os
sábados letivos.
RESULTADOS
Por fim, com esse Projeto “Grafitti
na Escola: pinte essa ideia!” pudemos
mostrar a comunidade escolar que a
Escola é o nosso lugar e que deve ser
cuidado e preservado tanto quanto
qualquer outro segmento da natureza.
Pudemos perceber que a comunidade
escolar aprendeu a diferença entre o
que é pichação e o que é Grafitagem,
inclusive entre os Professores.
É
importante
destacar
a
disponibilidade dos alunos para limpar
e pintar a Escola e a consciência
da importância de estar num local
limpo. Isso ajudou na manutenção e
fiscalização da Escola.
16
Em
Debate
PROJETO SALA AMBIENTE
Educador: José Cariolando de
Oliveira Filho
Colégio Atheneu Sergipense
(Aracaju-SE)
INTRODUÇÃO
A escola tem como principal
objetivo o ensino [... ”a educação
escolar,
que
se
desenvolve,
predominantemente,
por
meio
do ensino”...] , exercendo papel
importante na formação do indivíduo.
Com este princípio, tem-se que os
espaços escolares devem ser capazes
de favorecer o desenvolvimento deste
conceito pelos usuários e atender as
diversas necessidades ambientais,
ou seja, proporcionar ambientes
favoráveis para que a aula se torna a
mais agradável possível.
A ideia das salas ambientes surge
da necessidade do professor dispor de
que esses ambientes venham facilitar
o acesso aos materiais didáticos
específicos de cada disciplina,
proporcionando a dinamização das
aulas, além de oportunizar maior
conforto para alunos e professores e
[“padrões mínimos de qualidade de
ensino, definidos como a variedade
e quantidade mínimas, por aluno,
de insumos indispensáveis ao
desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagem”] . Uma vez
que as mesmas seriam equipadas
com:
•
Condicionador de Ar;
•
Notebook com acesso a
internet banda larga;
•
DVD;
•
Projetor Multimídia;
•
Armários para os Professores
com chaves para cada professor;
•
Multifuncional;
•
Caixa de som ambiente,
entre outros materiais pedagógicos,
objetivando a melhoria da aquisição
do conhecimento.
JUSTIFICATIVA
É importante termos em mente
que – a aprovação no ENEM [Exame
Nacional do ensino Médio] se não é
para nós professores para os alunos é
o viés maior - além de ser uma das
diretrizes do ensino médio como bem
define a lei 9394/96 [Lei de Diretrizes
e Bases da Educação] a famosa LDB,
quando fala sobre o ensino médio em
seu artigo 35 Inciso I, argumenta:
“a
consolidação
e
o
aprofundamento dos conhecimentos
adquiridos no ensino fundamental,
possibilitando o prosseguimento de
estudos”
O inciso citado deixa claro que o
prosseguimento de estudos é o acesso
ao ensino superior, e no nosso caso,
preferencialmente nas Universidades,
que só será possível através do exame
ENEM.
Criar salas ambientes como uma
das alternativas para o sucesso de
nossos alunos foi uma maneira
encontrada para reduzir a distorção
entre o que é exigido no currículo do
ENEM e no nosso processo de ensino
/ aprendizagem.
Nas escolas tradicionais os
alunos passam o ano todo no mesmo
ambiente, vez ou outra vai numa
outra sala de ver um vídeo ou coisa
parecida, mas isso sempre é uma
exceção do cotidiano na vida escolar
do aluno. Veja o que diz Pucci :
“Se a sala for um ambiente fixo
dos alunos (e não fixa do professor e
de sua área ou disciplina de atuação)
estaremos de novo na mesma
situação: “pregamos” o aluno no chão
da sala, no mesmo lugar durante 5 ou
6 horas seguidas, num ambiente que
não formataremos nunca ao gosto de
todos”.
Criar salas ambientes como uma
das alternativas para o sucesso de
nossos alunos foi uma maneira
encontrada para reduzir a distorção
entre o que é exigido no currículo do
ENEM e no nosso processo de ensino
e aprendizagem.
Sendo assim, passamos a descrever
os principais objetivos da criação das
salas ambientes:
• Oportunizar ao professor a
possibilidade de organizar a
sala de aula de acordo com a
característica da sua disciplina,
tornando o ambiente mais
funcional ao desenvolvimento
das aulas e mais atrativo ao
aprendizado;
• Elevar o índice de aprendizagem
dos alunos, através da utilização
adequada dos equipamentos
e
materiais
de
ensinoaprendizagem, da otimização do
uso do tempo pedagógico e da
utilização de novas metodologias
de ensino;
• Promover
a
competência
profissional através da reflexão
sobre a prática de organização
do ambiente em salas temáticas
e todo contexto que ela envolve;
• Viabilizar o uso dos espaços
pedagógicos e recursos materiais
e tecnológicos existentes na
escola ou que possam ser
construídos por professores e
alunos ou até mesmo por meio
de parcerias.
METODOLOGIA
i. As salas ambientes não
são laboratórios, são salas de aulas
que farão parte do quadro normal
das salas há serem utilizadas pelas
turmas, assim, serão utilizadas na
carga horária total samanal;
ii. Cada sala terá características
próprias com a disciplina e os
Maio | 2014
17
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
materiais podem ser adquiridos em
parceria com os colegas do mesmo
grupo, parceiros privados e com
recursos próprios da escola;
iii. Os alunos terão horários
dinâmicos em relação a sua sala de
aula e não mais fixo como é hoje, ou
seja, não mais terá salas das turmas:
1A, 1B,..., as salas terão identificações
diferenciadas, do tipo: s1, s2,..., e as
salas ambientes Amb1, Amb2,..., pois
em um horário uma turmas poderá ir
para uma sala s1 e em outro horário
uma sala Amb3, por exemplo;
iv.
Para
aumentar
o
18
Em
Debate
aproveitamento do tempo e diminuir
o fluxo de estudantes [o famoso
tumulto], uma opção é organizar o
horário com aulas duplas. A troca de
classes também se torna mais rápida
se forem estabelecidos sentidos de
trânsito pelos corredores, ou seja, os
alunos sempre mudarem para salas
próximas;
v.
As
salas
ambientes
também homenagearão professores
de
importância
reconhecida
pela
sociedade
sergipana
–
independentemente
deterem
trabalhado nessa instituição de ensino
(CEAS) – com uma placa na do
homenageado. Por exemplo, “Amb
1 – Professor XXX”, patrocinada
preferencialmente pela família do
homenageado, onde poderá contribuir
com mais recursos caso queira.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Espera-se que com um ambiente
agradável e propício para o ensino e
aprendizagem, os nossos professores
a alunos consigam finalmente
realizar a tal sonhada educação para
o conhecimento pleno.
RESULTADOS ALCANÇADOS
SOU CAPAZ DE IR MUITO ALÉM
DO QUE VOCÊ IMAGINA!
Educadora: Márcia Santos
Guimarães
Escolas Reunidas “08 de Maio”
(Aracaju-SE)
OBJETIVOS
Objetivo geral
Desenvolver
habilidades
de
leitura e escrita nos nossos alunos,
melhorando o nível de qualidade da
sua aprendizagem.
Objetivos Específicos
•
Desenvolver estratégias que
sensibilize o aluno para a importância
da leitura e escrita no cotidiano;
•
Fomentar a prática da
leitura extra-sala de aula, pelo uso
de diferentes tipos de textos;
•
Desenvolver habilidades de
ler diferentes gêneros textuais;
•
Expressar, de diferentes
formas,
os
conhecimentos
construídos com as práticas de
leituras.
•
Estimular a autonomia do
aluno na aquisição da leitura e da
escrita;
•
Promover o protagonismo
do educando em seu processo de
aprendizagem.
METODOLOGIA
O projeto contempla algumas
estratégias que foram pensadas
após uma interação com os alunos a
fim de identificar em qual nível de
aprendizagem na leitura e na escrita
se encontravam.
APROPRIANDO-SE
DO
CÓDIGO LINGUÍSTICO
1. Reconhecimento do alfabeto,
das vogais e das famílias silábicas
através de figuras ilustrativas,
placas, rótulos e alfabetos móveis.
2. Reforço em caligrafia e
coordenação motora (grossa e
fina), utilizando-se de atividades
de recorte, dobraduras, picotagem,
pintura a dedo e cobrindo traçados e
letras.
BEM-VINDOS AO MUNDO
ENCANTADO DOS LIVROS!
1. Criação de um espaço
apropriado para a leitura, com som
ambiente, colchonetes e vários
livros espalhados com fácil acesso.
2. Apresentação das partes de
um livro: capa, contra-capa, autor,
título,editora, ano da publicação,
sumário, ilustradores entre outros.
3. Roda de leituras com a
escolha dos melhores livros pelos
alunos.
4. Seleção de alguns autores e
sua biografia.
GRANDES CAMPEÕES!
1. Utilização
de
jogos
competitivos
envolvendo
a
alfabetização, trabalhados de forma
individual ou em grupos:
•
Bingos de sons iniciais e
finais;
•
Gincana de palavras;
•
Produzindo rimas;
•
Formando novas palavras;
•
Baralhos
com
sílabas
iniciais e finais.
O AUTOR SOU EU!
1.Teatro
de
fantoches
representando as histórias lidas.
2. Formação de palavras,
frases e pequenos textos, etc.
3. Oficinas de poesias e de
histórias em quadrinhos.
4.Criação
de
histórias
apoiadas em imagens.
O
projeto
veio
para
melhorar uma situação que afligia
os professores da nossa escola.
Tratava-se
do
comportamento
inadequado em sala de aula de
alguns alunos que apresentavam
falta de concentração e atenção nos
conteúdos trabalhados pelo motivo
de não conseguirem acompanhar o
ritmo das atividades por não serem
alfabetizados. Devido a isso, existia
um fluxo grande de alunos sendo
levados à diretoria por indisciplina e
logo em seguida havia a convocação
dos pais.
Hoje esse quadro reverte-se em
alunos com auto-estima elevada,
tendo boa conduta, desenvolvendo a
leitura, a escrita e a oralidade, bem
como socializando com os demais
tudo o que aprendeu. Há alunos até
que já foram retirados do projeto
por apropriar-se das competências
necessárias à alfabetização e ao
letramento. Aqueles que nem sequer
conheciam as letras, hoje silabam.
Os que silabavam, agora já leem. E
é justamente esse ciclo de formação
da cidadania, estímulo à autonomia
e elevação da autoestima que
pretendemos continuar produzindo
em nosso ambiente escolar.
Observações relevantes
Por mais que tenhamos
consciência da importância do
nosso
trabalho,
nem
sempre
vislumbramos até onde pode chegar
um aluno bem sucedido em seu
processo de aprendizagem e nem
sempre conhecemos a fundo as
transformações em sua vida pessoal
e social. No entanto, sabemos
que esse educando dificilmente
engrossará as estatísticas da evasão e
da repetência, muitas vezes fazendo
parte da clientela da Educação
de Jovens e Adultos; também não
protagonizarão atos de indisciplina
e violência no seu contexto escolar;
promoverão a inclusão, lutarão
pelos seus direitos e dos demais e
estabelecerão saudáveis relações
interpessoais e sociais.
Maio | 2014
19
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
QUEM ÉS TU? – ME? I´M YOURS! –
SOMOS UM SÓ? – YES, THE BODY
Educador: José Wildson
dos Santos
Colégio Estadual Maria Rosa de
Oliveira
Colégio Estadual Manuel Bomfim
(Tobias Barreto-SE)
OBJETIVOS
GERAL:
Levar os educandos a refletirem
sobre as mais plurais formas
de linguagem e comunicação,
estabelecendo que a verbal não é a
única, muito menos a primeira - visto
que nosso corpo também fala.
ESPECÍFICOS:
● Deliberar com os docentes
envolvidos os elementos necessários
para desenvolvermos discussões
e debates sobre as mais plurais
formas de linguagem utilizadas no
estabelecer da comunicação;
● Discutir com os discentes sobre
as plurais formas de comunicação,
sejam elas verbais e não verbais, às
quais utilizamos para nos mantermos
conectados - com as pessoas, com o
mundo;
● Incentivar a reflexão sobre a
expressão corporal, compreendida
aqui como um fator de extremo poder
de persuasão, importante também
para o desenvolvimento do potencial
de empreendedorismo dos educandos,
estimulante ainda da auto estima
destes;
●
Promover
vivências
em
laboratórios de expressão corporal
para o desenvolvimento da linguagem
facial e corporal.
METODOLOGIA
O projeto foi composto de 04
20
Em
Debate
(quatro) etapas, a saber:
1a Etapa: “Expresse-se como se
todo mundo tivesse te olhando se
expressar”
2a Etapa: “Aprenda a ser ouvinte e
não simplesmente alienado da cultura
de massa”
3a Etapa: “O Corpo Fala, Acredite
em Você”
ATIVIDADES DA 1a ETAPA:
“Expresse-se como se todo mundo
tivesse te olhando se expressar”
1. Proposição de vivências em
expressão corporal intraclasse;
2. Concessão de tempo para
os educandos pensarem sobre a
linguagem corporal, montarem uma
comunicação através do corpo e em
seguida apresentarem suas ideias;
3. Fórum de debates, sociabilização
das dificuldades encontradas e
vivenciadas por cada participante
na exposição corporal eminente
da prática do dançar ou expressarse corporalmente quando estamos
momentaneamente sendo o centro das
atenções.
ATIVIDADES DA 2a ETAPA:
“Aprenda a ser ouvinte e não
simplesmente alienado da cultura de
massa”
1. Discussão sobre a diferenciação
entre ouvir e escutar, a necessidade
do desenvolvimento do fruir e o que
dizem os pesquisadores da área da
filosofia sobre a cultura de massa e a
influência em nossas escolhas;
2. Apresentação de uma préseleção de músicas que estimulem
os sentidos dos educandos e não
simplesmente os alienem para o
erotismo, a promiscuidade e as
drogas. Estas puderam ser utilizadas
para a mostra de expressão corporal;
3. Concessão de tempo hábil para
a deliberação dos grupos – três por
sala/turma, para escolha da música
à qual utilizaram para montar sua
apresentação no laboratório
expressão corporal;
de
ATIVIDADES DA 3a ETAPA: “O
Corpo Fala, Acredite em Você”
1. Estabelecimento de uma data
para culminância do projeto com a
respectiva exposição extraclasse dos
resultados das experiências em nosso
laboratório de expressão corporal;
2. Discussão acerca do figurino
e cenário a serem utilizados pelos
grupos na culminância do projeto;
3. Apresentação dos diversos
grupos de ambas as turmas envolvidas
onde o público pode fruir de boas
músicas, mas acima de tudo, de belas
mostras de expressões corporais
confeccionadas pelos educandos;
4. Utilização de um momento
para visualização dos trabalhos
apresentados - os quais foram
previamente
gravados
com
equipamentos de mídia, como
também sociabilização das vivências,
promovendo ainda uma situação
de verdadeiro catarse através do
entretenimento e lazer.
RESULTADOS
ALCANÇANDOS (OU A SEREM
ALCANÇADOS)
A linguagem, segundo Madre
Tereza de Calcutá, é a primeira
necessidade humana, pois através
dela nos comunicamos e assim
expressamos
e
compreendemos
gestos, sentimentos, conhecimentos
e valores. Nessa perspectiva,
devemos conceber a linguagem
como um conjunto de signos e
símbolos, utilizados no processo
da comunicação, seja ela visual,
escrita, numérica, falada, sonora ou
expressada corporalmente. Podendo a
Linguagem ser Verbal e Não Verbal,
manifestações destas podem ser
encontradas na literatura, na música,
na dança, no teatro, nas formas das
figuras e especialmente na expressão
facial e corporal, pois o Corpo
também Fala.
Tivemos a soma de muitos
colegas, de diferentes áreas do
conhecimento tratado na escola, para
o desenvolvimento deste trabalho.
Acreditamos que essa adesão deu-se
pelo fato deste trabalhar com o fator
linguagem, e esta ser plural e diversa,
encaixando-se nas mais diferentes
áreas: Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias, Ciências Humanas e suas
Tecnologias e Ciências da Natureza,
Matemática e suas Tecnologias.
Observamos uma participação
em massa por parte dos educandos,
acreditamos que esta deu-se pelo fato
da linguagem e expressão – como foi
aqui exposta, tratar-se acima de tudo
de Arte, atraindo assim nossos jovens
de forma muito abrangente para as
atividades do laboratório de expressão
corporal – de forma específica.
Temos a certeza de termos
contribuído para o desenvolvimento
de cidadãos mais autoconfiantes,
críticos e participativos, pois a
linguagem é uma necessidade
primária, e a correta utilização desta
nos acende, melhora e liberta. Como
diz Clarice Lispector:
“A palavra – que não é apenas
verbal (grifo nosso) – é o meu
domínio sobre o mundo!”
BIBLIOGRAFIA
BRASIL, LDB (1997). Lei de
diretrizes e bases da educação
nacional. DF: Senado, 1997.
BRASIL. Parâmetros curriculares
nacionais: temas transversais. MEC.
Secretaria de Ensino Fundamental.
Brasília, 1998.
CHAUÍ, Marilena. Convite à
filosofia. São Paulo: Editora Ática,
2001. 12.
FREIRE,
P.
Pedagogia
da
autonomia: saberes necessários à
prática educativa. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 1996.
Maio | 2014
21
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
A PRÁTICA DA REESCRITA
TEXTUAL
Educadora: Janaina de
Carvalho Batista
Escola Estadual Poeta João Freire
Ribeiro
(Nossa Senhora do Socorro-SE)
OBJETIVO
Levar os alunos a refletirem sobre a
prática da escrita por meio da reescrita
textual.
METODOLOGIA
Através de reportagens, textos e
pesquisas, foi apresentado à turma o tema
Bullying escolar. No primeiro contato foi
solicitada uma pesquisa na internet sobre o
tema que foi discutido em sala de aula. Em
outro momento uma propaganda foi exibida,
a fim de esclarecer como essa prática
acontece, quem são as vítimas, os agressores
e as possíveis soluções. Um exercício de
interpretação do texto visual foi solicitado e
corrigido em sala de aula com a participação
dos estudantes. Para introduzir o gênero
textual – depoimento – foi apresentado aos
alunos, através da utilização do Datashow,
o conceito de depoimento, qual sua
finalidade e a razão dele ser tão importante
na área jurídica. Uma reportagem do
Fantástico, programa dominical da rede
Globo, foi transmitida aos alunos, nele
destacava um caso de bullying que chamou
atenção da mídia como também uma série
de depoimentos de telespectadores que
sofreram e praticaram o bullying. Para
enfatizar o gênero foram expostos alguns
depoimentos, recolhidos da internet, em
seguida os alunos foram estimulados a
“ÁGUAS DO POXIM: UM OLHAR
NO PASSADO, PRESENTE E
FUTURO DO RIO MAIS POLUÍDO
DE SERGIPE”
escreverem depoimentos sobre a temática
em questão. Os depoimentos foram
corrigidos, os desvios ortográficos foram
destacados, e orientações sobre como
melhorar o texto foram dadas. Os alunos
receberam as produções corrigidas e
individualmente reescreveram o texto,
pesquisando no dicionário as palavras
destacadas, relendo o texto a fim de
reorganizarem as ideias e incluindo as
orientações dadas.
RESULTADOS
A prática da reescrita ajudou aos alunos
a se organizarem antes de escrever. Que
eles precisam – rascunhar – produzir –
reescrever, para que o texto atenda ao
principal objetivo que é comunicar de
forma coesa e coerente. Ainda existe
rejeição de alguns alunos, mas durante a
atividade é importante que eles percebam
o quanto ela se faz necessária. A prática
permite também ao professor descobrir
outras dificuldades dos alunos sejam elas na
escrita, na utilização das regras gramaticais
e ortográficas.
•
•
•
Eduacadores:
Givanildo Batista da Silva
Adneide da C. Lima
Bruno de Assis Monteiro
Ana Márcia B. dos Santos
Colégio Estadual Professor Hamilton
Alves Rocha
(São Cristóvão – SE)
OBJETIVOS
Objetivo geral:
Resgatar a importância histórica
e social do rio Poxim e desenvolver
22
Em
Debate
•
uma consciência que promova
responsabilidades
socioambientais
junto à comunidade escolar e ribeirinha.
Objetivos Específicos:
Discutir em sala temas ligados
ao meio ambiente e sensibilizar
os alunos no tocante às questões
ambientais;
• Aproximar a escola de sua
comunidade local;
• Proporcionar
aos
alunos
experiência direta com a pesquisa
científica;
• Levantar informações do passado
•
e presente do rio Poxim junto à
comunidade ribeirinha;
Pesquisar
na
literatura
informações sobre o Poxim,
identificar e registrar problemas
socioambientais nas proximidades
do rio Poxim;
Conhecer o processo de tratamento
de água e de Esgoto da DESO;
Visitar a barragem que comportará
as águas da chuva e do Poxim;
Averiguar projetos de revitalização
do Rio Poxim junto à Secretaria
de Estado de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos de Sergipe
(SEMARH), como também à
Prefeitura Municipal de São
Cristóvão/SE;
METODOLOGIA
A estratégia de projeto em questão
estará vinculada aos seguintes
momentos:
1º momento (abordagem em sala): Os
professores de áreas afins (Geografia,
História,
Matemática,
Português,
Química, Sociologia) discutirão em
sala a importância sobre a Educação
Ambiental e os quatro elementos
(água, ar, fogo, e terra) ligados ao meio
ambiente, com destaque ao elemento
“água”.
2º
momento
(pesquisa
bibliográfica): Alunos e professores
realizarão
o
levantamento
bibliográfico, sobre o Rio Poxim, em
livros no acervo da Biblioteca Central
da UFS e na Biblioteca Municipal de
São Cristóvão, também pesquisarão
em Artigos Científicos e em sites de
Meio Ambiente.
3º
momento
(pesquisa
na
comunidade):
Grupos
de
alunos irão realizar “pesquisa
de campo” junto à comunidade
ribeirinha, mediante a aplicação de
questionário e/ou entrevista, a fim
de registrar informações da situação
socioambiental na circunvizinhança
do Rio Poxim, como também da vida
passada do Poxim e da população
circunvizinha.
4º momento (visitas técnicas):
Alunos e professores realizarão visitas
à barragem do Rio Poxim no povoado
Timbó em São Cristóvão; à Estação
de Tratamento de Água da DESO para
verificar a qualidade da água da represa
que chega à captação, bem como
acompanhar o processo de tratamento
da água; à Estação de Tratamento de
Esgoto na comunidade do Rosa Elze,
para verificar a situação dos efluentes
recebidos e qual o destino do mesmo
após o tratamento.
5ª momento (visita às autoridades):
Grupos de alunos juntamente com
professores e representantes dos
ribeirinhos visitarão a SEMAHR para
averiguar à existência de politicas
publicas para revitalização do Rio
Poxim, como também à Prefeitura
do Município de São Cristóvão para
verificar a existência de políticas
públicas para o remanejo da população
que vive em invasões às margens do
rio.
6º momento (tratamento dos
dados e elaboração dos artefatos): Os
alunos e professores divulgarão os
dados obtidos por meio de banners e
folders e construirão maquetes para a
representação da estação de tratamento
de água, de esgoto, de distribuição de
água residencial e da Barragem do rio
Poxim.
7º momento (culminância do
OFICINAS DE LEITURA
Educador: Leandro Calazans Vieira
Santos
Escola Estadual Poeta João Freire
(Nossa Senhora do Socorro – SE)
Embora a leitura apareça como
atividade preterida pelos alunos e alunas
diante do apelo de outras práticas, a
escola não tem encontrado estratégias
para um trabalho com a leitura voltado
para o prazer (de ler), preferindo assim
atividades mediadas apenas pelo
livro didático e como pretexto para o
estudo do uso normativo da língua e
decodificação de vocabulários. Assim
temos alunos receptores de informações
e não leitores. Tais práticas de leitura e
como consequência produção de textos,
iniciando-se na infância e variando
de indivíduo para indivíduo, dizem
respeito a contextos sócio-culturais
contingentes e múltiplos, os quais
parecem escapar à escola. Contudo,
se pensarmos a leitura como prática
criativa e inventiva (CHARTIER)
e como atividade e produto cultural
criaremos
práticas
pedagógicas
que se apresentam como objeto de
investigação e trabalho em sala de
projeto): A culminância será a realizada
na escola durante a Feira de Ciências
e Tecnologia (II FECITEC) no fim do
ano letivo de 2013, onde a comunidade
escolar e local será convidada a visitar
as exposições de fotografias, maquetes
e informações sobre a importância e os
problemas socioambientais Rio Poxim
e da população daquela região.
RESULTADOS
A
SEREM
ALCANÇADOS
Espera-se que a temática discutida
neste projeto contribua de forma
significativa no processo de ensinoaprendizagem e acredita-se que:
• os alunos desenvolvam uma
postura crítica e participativa nas
questões socioambientais;
• a escola estabeleça parceria
junto à comunidade, a fim de
conscientizá-la dos impactos
ambientais nas proximidades do
Rio Poxim e que desenvolvam
ações para minimizá-los;
• as autoridades competentes
se abarquem aos problemas
ambientais e desengavetem e/ou
elaborem projetos de leis ligados
àquela região.
aula para fomentar diálogos entre a
base teórico-prático à luz do tema
da Leitura para o desenvolvimento
de níveis de letramento (SOARES).
Analisar e planejar atividades voltadas
para práticas de leitura com materiais
autênticos que associem a leitura
de mundo com a leitura da palavra
(FREIRE). Para isso, rodas de leitura,
dinâmicas de trabalho coletivo (grupão),
júri simulado, contação de histórias,
leitura e dramatização de textos,
entre outras atividades habitualmente
dinamizadas para planejamento desta
prática pedagógica. Este trabalho
conta com um número de 20 alunos,
que espontaneamente se inscreve,
e acontece uma vez na semana. As
práticas de leituras realizadas em
torno a esses objetos mostram como
são plurais as significações que lhe é
atribuída em sala de aula.
Maio | 2014
23
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
“A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
NO ENSINO DA MATEMÁTICA
ATRAVÉS DE JOGOS”
Educadora: Carina Aparecida Santos
Escola Estadual Aristeu Carlos
Valadares
(Simão Dias-SE)
-Trabalhar a Matemática por meio de
situação-problema própria da vivencia
do aluno e que façam realmente pensar,
analisar, julgar e decidir para melhor
solução;
-Desenvolver o raciocínio lógico do
aluno.
METODOLOGIA
OBJETIVOS
Objetivo geral
Ampliar e construir novos significados
para os números e as operações com
situação- problema e estimulando o
aluno para que pense, raciocine, crie,
relacione ideias, descubra e tenha
autonomia de pensamento para facilitar
sua aprendizagem.
Objetivos Específicos
- Reconhecer as quatros operações, nas
diferentes situações do nosso dia a dia;
Ler e Interpretar problemas
envolvendo as quatros operações;
- Solicitar aos alunos que, em grupo,
elaborem seus próprios problemas;
-Estimular o interesse e a curiosidade
para reconhecer diferentes estratégias de
cálculo;
- Aplicar corretamente as operações
com números naturais na resolução de
problemas;
- Utilizar jogos matemáticos na
resolução de problemas;
1ª Etapa: (Apresentação)
1- Utilizando o livro didático para a
realização de atividades;
2- Levar alguns problemas para
fazer o aluno pensar;
3- Propor ao aluno que formule
problemas através de uma resposta dada.
2ª Etapa: (Atividade em sala)
1- Pedir para trazer recortes de
livros e revistas contendo diferentes tipos
de problemas;
2- - Na aula seguinte pedir que
todos apresentassem seus problemas,
para fazer uma troca de problemas com os
colegas para resolução;
3- Em uma discussão, mostrei que
a várias maneiras de resolver problemas;
3ª Etapa: (Atividade utilizando recursos
tecnologias)
1- Utilizamos o laboratório de
informática para sites que explorem jogos
matemáticos.
4ª Etapa: (Competição de jogos
matemáticos)
ARTE BARROCA E O SINCRETISMO
RELIGIOSO
Educadora: Juçanã F. dos Santos
Escola Mun.Laura Cardoso Costa
(Estância- SE)
24
Em
Debate
O indivíduo letrado envolve-se
cotidianamente nas práticas sociais
de leitura e escrita, o que obviamente,
altera sua condição do ponto de vista
sociocultural,
político,
linguístico
e econômico, possibilitando plena
1- Orientei que formassem grupos de
cinco para competição;
2- Entreguei uma caixinha com
vários problemas envolvendo a quatros
operações com nível mais difícil, em outra
caixa entreguei os resultados e possíveis
resultados para eles se confundirem;
3- E no final eles com os resultados
formaram uma frase envolvendo a
matemática.’ A PARTIR DE UMA
SITUAÇÃO-PROBLEMA SIMPLES,
NOVOS DESAFIOS PODEM SER
CRIADOS”
A equipe vencedora foi a que
resolveu os problemas e formou a frase
primeiro.
RESULTADOS ALCANÇADOS
O trabalho com resolução de
problemas é um processo lento onde
possibilita ao aluno fazer matemática,
por que requer uma analise do problema,
a sua interpretação, a decisão quanto aos
caminhos a serem seguidos, a discussão
quando do aparecimento de diferentes
soluções.
Como observei a importância das
variações de um mesmo problema geram
discussões que enriquecem o processo e
motivam o aluno. Ao ter como prioridade
a construção do conhecimento pelo fazer e
pensar, o papel da resolução de problemas
é fundamental para auxiliar o aluno na
apreensão dos significados.
O Desempenho do aluno onde
possibilitam a pensar, raciocinar e gostar
de resolve-los resultam em atitudes
positivas da ênfase ao processo utilizado
para resolução, direcionar atenção para
as informações no ensino-aprendizagem.
participação social. Os estudos atuais
sobre letramento tem demonstrado sua
importância, seja na prática escolar ou
na prática social, cabe à escola assumir
as rédeas de um processo que lhe é
pertinente, que é sua meta maior. Nessa
nova perspectiva, relatarei a experiência
vivenciada como professor de Língua
Portuguesa da Escola Municipal Laura
Cardoso Costa no bairro Walter Cardoso
Costa na cidade de Estância/SE em 2012,
com alunos dos 8º. anos A e B.
O projeto interdisciplinar envolvendo
as disciplinas: Português, Redação,
História, Ciência, Geografia etc, é
constituído de duas etapas, em que a
primeira realizada no estado de Sergipe,
em setembro de 2012 com alunos dos 8º.
Anos A e B e, a segunda será na cidade
de Salvador/BA, em outubro de 2013,
hoje alunos dos 9º. anos A e B. Tem como
tema a “Arte Barroca e o Sincretismo
Religioso” e como subtema “A história
como criação contínua” realizado nas
cidades de Laranjeiras e São Cristovão no
estado de Sergipe, com visita aos Museus
de Arte Sacra, Afro-brasileiro, Igreja de
Comandaroba e o Museu Histórico da
cidade de São Cristovão.
A prática pedagógica teve como
objetivo proporcionar aos discentes o
resgate da escrita, da leitura e da expressão
artística interpretada e compreendida
dentro do contexto histórico e literário
em discussão. Assim como, despertá-lo
para a investigação e o conhecimento
prévio como ponto de partida para a
aprendizagem.
Diante da angústia provocada pela
falta de interesse da maioria dos alunos
no que concerne à leitura e a escrita de
obras barrocas e o sincretismo religioso,
surgiu à necessidade de planejar e executar
ações que os envolvessem no processo de
construção da aprendizagem nas cidades
sergipanas supracitadas, já que os mesmos
estudarão, no Ensino Médio na disciplina
Literatura a Era Clássica: Barroco.
Em setembro de 2012 os alunos dos
8º. anos A e B visitaram as cidades de
Laranjeiras e São Cristovão, naquela a
primeira visita foi ao Museu de Arte Sacra
criado em 1978, construção do Século
XX, antiga residências da família Sobral
Franco, seu acervo de arte religiosa,
é representativo da devoção e fé dos
Laranjeirenses. Depois visitamos o Museu
Afro-brasileiro de Sergipe sobrado do
Século XIX, desde 1976 sede do 1º.
Museu Afro-brasileiro do país, em seu
acervo vislumbra-se o passado colonial da
cultura açucareira e a religiosidade Afro. A
última visita a Igreja de Nossa senhora da
Conceição da Comandaroba obra-prima
de 1731 um dos monumentos históricos
de maior valor de Sergipe, edificada em
local do cultivo de feijão dos índios, daí
a denominação comandaroba em Tupy
Guarany. No período da tarde a visitamos
a cidade de São Cristovão/SE construída
JORNAL ESCOLAR: EXPERIÊNCIA
INTERDISCIPLINAR EM UMA
ESCOLA RURAL DE SERGIPE
Educadoras:
Ildema Gomes Aragão
Danielle Lima Silva
Escola Municipal Professora Maria
Salvelina de Lima
(Gararu-SE)
OBJETIVOS
Objetivo geral
O trabalho compartilha dos anseios
de mobilizar a prática pedagógica a
romper com as barreiras que dificultam
a aprendizagem dos alunos, através da
produção do Jornal Escolar.
Objetivos específicos
•
Tornar o ensino de matemática,
ciências e história mais atrativo e prazeroso;
•
Incentivar o aspecto lúdico da
atividade intelectual;
•
Instigar no/a educando/a o
interesse (curiosidade) e a reflexão por
assuntos do cotidiano;
•
Despertar no/a aluno/a o interesse
pela leitura, pela visão do mundo, pela
escrita, pela interpretação e produção
de textos e, simultaneamente, pelos
conhecimentos históricos e culturais de
forma mais prazerosa, contextualizada e
crítica.
•
Contribuir
para
o
desenvolvimento de aulas interdisciplinares,
através das quais se dinamizaria o ensino
há mais de 400 anos nosso primeiro
contato foi com a Praça de São Francisco
reconhecida pela UNESCO como
Patrimônio da Humanidade em agosto de
2010 e o convento de São Francisco onde
está o Museu de Arte Sacra.
O projeto desenvolveu no alunado
a percepção e a criatividade diante das
principais obras Literárias Barrocas, a arte
do período de colonização das cidades
históricas de Laranjeiras e São Cristovão
no estado de Sergipe. Assim, a opção por
métodos qualitativos, como a história oral
e a utilização de categorias como memória
coletiva, representação e imaginários
sociais conduziram a um debate
interdisciplinar, visando fundamentar as
pesquisas do grupo.
O processo avaliativo foi por meio
de produção textual (relatórios) e de
uma oficina pedagógica com os alunos
envolvidos, em que foram discutidas
as complexas relações entre história
barroca e o sincretismo religioso,
compreendendo
a
importância
da
literatura
sergipana,
como
também identificando os principais
movimentos que encadearam a arte
em Sergipe.
e a aprendizagem, além dos tapumes da
escola;
•
Efetivar a construção do jornal
escolar.
METODOLOGIA
1ª Etapa: Visita pedagógica ao Museu
da Gente Sergipana, ao CCTECA (casa de
ciência), ao Oceanário e Zoológico (parque
da cidade), todos localizados em Aracaju/
SE.
Comoobjetivodecontribuirefetivamente
sobre a reflexão-ação-reflexão, utilizamos,
além do ambiente convencional de ensino
(a escola), instituições/espaços outras/
os que estivesse fora do espaço escolar,
para o enriquecimento dos temas a serem
abordados. Entendendo, assim, realizamos
visitas, como inclusive já mencionamos,
a museu, parques, Oceanário, praia,
casa de ciências. Estas excursões foram
fundamentais, vez que despertou, em
docentes e discentes, uma nova perspectiva
de ensino e de aprendizagem.
Maio | 2014
25
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
2ª Etapa: Explicação sobre o Jornal
Escolar e escolha do nome para o jornal.
Explicar aos/às educandos/as o objetivo
e a importância da construção do jornal,
sua funcionalidade social (interação,
comunicação interescolar e comunidade),
sua formatação/impressão, sua participação
como protagonista da obra, a escolha do
nome do jornal, os tipos de produções
dos textos a serem inseridos no jornal e
posteriormente a sua finalização.
3ª Etapa: Elaboração das produções
textuais, desenhos, leituras (todos de livre
escolha) e debates sobre a viagem.
Os/as alunos/as foram separados
por grupos; sendo que todos se
responsabilizariam por produzir um texto
livre, ou semilivre. As professoras, quando
solicitadas, podiam sugerir alguns temas.
Em tempo, orientamos os/as estudantes
a construírem textos a partir do relato de
experiência da viagem, poesias, recados,
bilhetes, podendo fazer uso de temas que
contemplassem a história, a ciência, a
literatura de cordel, dentre outros.
4ª Etapa: Escolha das produções
elaboradas, pelos/as educandos/as e com
orientações das professoras.
Elaborados os textos, os/as professores/
as os recolheriam para verificar possíveis
incorreções, vez que, de acordo com a
proposta de elaboração do jornal, os erros
gramaticais (ou de incoerência) seriam
revisados e corrigidos pelos/as próprios/as
alunos/as – atitude que proporcionaria uma
reflexão analítica por parte deles e delas
sobre suas produções.
5ª Etapa: Correções textuais pelos/
as educandos/as, com orientações das
professoras.
6ª Etapa: Confecção do Jornal: “O Grito
do Salvelina”.
“CAFÉ FILOSÓFICO E CHÁ
LITERÁRIO”
Educadora: Fabiana Lisboa Ramos
Menezes
Colégio Est. Dr. Antônio Garcia Filho
(Umbaúba-SE)
OBJETIVOS
Objetivo geral
Unir os dois saberes essenciais à vida
humana que são, tão superficialmente,
trabalhados no ambiente escolar pois
as disciplinas Filosofia e Literatura têm
ganhado espaço no debate acadêmico e
inserido no currículo escolar como forma
de trazer de volta ao chão da escola a
atividade reflexiva.
Objetivos Específicos
•
Consolidar o ensino de Filosofia
frente ao mundo tecnológico;
•
Associar as obras literárias a
situações da vida prática;
26
Em
Debate
•
Envolver professores de outras
áreas do conhecimento como Língua,
História e Sociologia fazendo valer a
teoria da interdisciplinaridade;
•
Estabelecer a interface entre as
duas ciências;
•
Proporcionar a recriação das
obras através das manifestações artísticas;
METODOLOGIA
O projeto foi composto de 04 (quatro)
etapas, a saber:
1a Etapa: “Seleção e leitura das obras
literárias e teorias filosóficas”
2a Etapa: “Produção de texto sobre a
interface”
3a Etapa: “Apresentação dos trabalhos”
ATIVIDADES DA 1a ETAPA:
“Seleção e leitura das obras literárias”
1. As obras foram selecionadas a partir
da periodização por série e pela relevância
social.
2. A leitura teve um prazo de vinte dias
para que fossem apresentadas em sala.
RESULTADOS ALCANÇADOS
A interdisciplinaridade foi um elemento
indispensável à implantação do Jornal
Escolar; vez que, diante da diversidade
de conhecimentos presentes nos espaços
visitados, um diálogo entre as disciplinas
curriculares foi inevitável/necessário.
Este também foi o entendimento da
aluna Roseane Alves (8ª série), conforme
depreendemos do relato de viagem
elaborado por ela. Recorrer à produção
de um Jornal Escolar, objetivando
enriquecer o conhecimento e estimular os/
as alunos/as a participarem, criticamente,
é a maior contribuição que a pesquisa,
traduzida neste resumo, pode legar. A
escola é, inquestionavelmente, ambiente
de formação de homens e mulheres; esta
formação, entretanto, precisa engravidar-se
de compromisso com a criticidade e com a
criatividade.
3. Os grupos, à medida que se
apresentavam, associavam adequavamse por afinidade entre obras literária e
filosófica.
ATIVIDADES DA 2a ETAPA:
“Produção de texto sobre a interface”
1. Reunião dos grupos com as obras
associadas para discussão da interface;
2. Produção de texto dissertativo sobre
o assunto na teoria e na ficção;
3. Proposta e definição da forma de
apresentação dos trabalhos.
ATIVIDADES DA 3a ETAPA:
“Apresentação dos trabalhos”
O café filosófico iniciou a apresentação
dos trabalhos no turno da manhã e
encerrou à tarde com o chá literário.
RESULTADOS ALCANÇADOS
Após a execução dos trabalhos, é
percebida a sensibilidade dos alunos diante
do conhecimento da obra, a forma de
percepção do assunto tratado e o traquejo
com que adaptam às mais variadas formas
de arte. Desde a abertura com música
popular brasileira até o encerramento
com o rock pesado do grupo de alunos
“da pesada”, a participação foi intensa e
surpreendente. Nós professores avaliamos
quão válido é insistir na leitura de textos
literários e filosóficos quando colocados
na vida prática dos nossos alunos.
ALIMENTAÇÃO, REAPROVEITAMENTO
E CRIATIVIDADE
Educador: Edivaldo dos Santos
Escola Municipal de Ensino Fundamental Gilmara Fontes de Gois
(Tobias Barreto – SE)
INTRODUÇÃO
A prática pedagógica nasceu em
parceria com um projeto pedagógico
elaborado por professores e equipe diretiva
da escola acima citada. Fundamenta-se na
importância e necessidade de se intervir
de forma singular na cultura local com
conhecimentos prévios e com a articulação
entre meio ambiente e alimentação,
incluso, interdisciplinarmente, em todas
as disciplinas. Tem como foco principal
integrar as diversas fontes e recursos da
aprendizagem, interagindo e aprimorando
os conhecimentos pré-existentes dos
alunos ao dia a dia da escola; gerando,
assim, fonte de observação, criatividade
e reaproveitamento. Visa, portanto,
proporcionar possibilidades para o
desenvolvimento de ações pedagógicas
que permitam práticas em equipe,
explorando a multiplicidade das formas de
aprender.
OBJETIVOS
•
Valorizar a importância do
trabalho e cultura do homem do campo;
•
Conhecer técnicas de cultura
orgânica;
•
Estabelecer relações entre
o valor nutritivo dos alimentos
cultivados;
•
Compreender a relação entre
solo, água e nutrientes;
•
Identificar
processos
de
semeadura, adubação e colheita;
•
Análise e reflexão sobre
prejuízos dos desperdícios alimentares;
•
Conhecer e identificar a
importância de reutilizar objetos
jogados na natureza;
•
Despertar o desejo de
reutilizar materiais recicláveis seja em
plantas, jardins e etc.
•
Promover uma campanha de
conscientização ecológica, estimulando
os alunos a recolherem sacos plásticos,
garrafas e pneus onde estes resíduos
serão reutilizados como recipientes
para plantar as mudas nativas, no lugar
do tradicional saquinho preto, evitando
maiores danos a natureza e aos animais.
PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
Os alunos dividiram as tarefas entre
si e cada grupo ficou responsável para
execução das tarefas. Os materiais
básicos adequados à execução: ancinho –
CIÊNCIAS NO CAMPO, UMA
APRENDIZAGEM MAIS SIGNIFICATIVA
OBJETIVOS
Educadora: Maísa Santos Wanús
Escola Municipal Gov. Antônio
Carlos Valadares
(Estância-SE)
Geral
Desenvolver as habilidades e
competências dos alunos da Escola
Agrícola, a partir de atividades
interdisciplinares, que os levem a valorizar
o manuseio com a terra, a cuidar do meio
ambiente, a saber, a importância de um ser
utilizado para nivelar o terreno e retirada
do mato capinado; colher de Jardineiro
– utilizado em operações de transplante
de plantas; enxada – usada para misturar
adubos, terra e nas capinações; sementes,
mudas de plantas e etc; garrafa de
refrigerante 2l com tampas, pneus de
automóvel usado. Seleção de Hortaliças
para o plantio segundo o consumo local:
a) Hortaliças Folhas – alface, a, couve,
chicória, repolho,
b) Hortaliças Frutos – tomate,
pimentão, quiabo, abobrinha;
c) Hortaliças Flores - couve flor,
cebola branca;
d) Hortaliças Raízes – cenoura,
beterraba, batata
e) Hortaliças Condimentos – alho,
cebolinha, salsa, coentro.
A colheita será feita, obedecendo
à maturação das hortaliças. Será
realizada a higienização com auxílio das
merendeiras.
A colheita após higienização será
servida como parte da merenda escolar,
reforçando a alimentação das crianças
e proporcionando maior variedade nas
opções presentes.
RESULTADOS ALCANÇADOS
Os resultados alcançados foram
observados com a interação das
turmas. Utilizando-se de materiais
reaproveitáveis criaram inúmeras ações
que foram desde as jardinagens com
flores, artes com tampas das garrafas
e diferentes plantações e espécie de
hortaliça colhida.
cidadão e a integra-se socialmente, entre si
e com os outros em diferentes espaços.
Específicos
- Mostrar a importância da cultura rural
a partir de atividades de sensibilização;
- Trabalhar com os alunos, aulas
dinâmicas diretamente relacionadas
com as atividades ligadas a terra e meio
ambiente;
- Criar grupos de mobilização e
comunicação interna entre os alunos, para
que os educando disseminem as diferentes
práticas no meio escolar.
- Integrar os alunos a outros subprojetos
Maio | 2014
27
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
que os levem a vivenciarem diferentes
realidades da área rural e urbana, além de
aproximá-los socialmente;
- Envolver os alunos nas atividades em
que os mesmos serão os protagonistas do
processo de ensino/aprendizagem, para a
formação da cidadania;
- Culminar ações relacionadas à cultura
rural trabalhada durante o ano letivo,
para fins de análise de resultados, com o
propósito de práticas futuras.
PÚBLICO ALVO
Alunos dos 6º ao 9º Ano, professores,
pais e comunidade que interage direta ou
indiretamente com a escola.
METODOLOGIA
- Aplicação de atividade diagnóstica
sobre diferentes questões relacionadas ao
campo;
- Propagação de eventos pedagógicos
relacionados ao meio ambiente, a saúde,
a cidadania, ética e meio social, para que
os alunos se motivem no envolvimento
do processo, com participações diretas de
logística e apresentações.
- Promoção de alunos a partir de
atividades realizadas em que eles se
destacaram com determinado perfil,
para criação de outros momentos, já
com os novos colaboradores, como:
Educomunicadores da escola, monitores
socioambientais, produtores de letras,
montagem da logística de eventos,
fotógrafos e tantas outras funções que
vão surgindo de acordo com os trabalhos
realizados.
- Ação compartilhada da Coleta
Seletiva;
- Produção de hortas com diferentes
culturas;
CONTRIBUIÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS
PARA O PROCESSO DE APROPRIAÇÃO
DA LEITURA E ESCRITA NO EJA
Educaora: Elaine do Nascimento
Menezes
Escola Municipal Clodoaldo Barreto
(Nossa Senhora das Dores-SE)
OBJETIVOS
Objetivo geral
Resgatar a importância de se cuidar
do processo de aprendizagem a respeito
das condições para aprender leitura e
escrita no EJA, tendo contribuições
psicopedagógicas, que facilitaram a
aprendizagem e
características que
causam dificuldades nos educandos do
EJA.
Objetivos Específicos
- Conhecer o seu aluno, como ele pensa
e age diante dos obstáculos que surgem no
seu dia a dia;
- Respeitar a diversidade de expressões
orais de seus alunos;
-Criar condições para que o aluno
28
Em
Debate
desenvolva a predisposição a diferentes
leituras, para que vivencie prazerosamente
e entenda essa aprendizagem;
- Deve saber desafiar os alunos para
que seja possível atingir os objetivos
pedagógicos determinados em seu
planejamento;
- Saber selecionar textos para diferentes
faixas etárias, e gostos de seus alunos;
- Saber ser escriba para seus alunos e
saber ler para eles;
- Saber proporcionar aos alunos, reais
situações comunicativas, incentivando
a exporem suas dúvidas oralmente, a
interferirem na fala dos outros fazendo
contrapontos.
- Saber organizar ambientes de
letramento que sejam adequados aos
interesses e necessidades dos educandos,
de forma que eles sejam capazes de
desenvolver efetivamente seus potenciais,
sua cultura e assim construir novas
competências.
METODOLOGIA E
RESULTADOS ALCANÇADOS
- Participação em manifestos e
conferência interna;
- Leituras e escritas a partir de temas
contextualizados;
- Exposição de trabalhos propostos.
TEMPO DO PROJETO
05 de março a 05 de dezembro do ano
corrente
RESULTADOS
O projeto de março até agosto
comprova que, se é dado à oportunidade
para que os alunos aprendam diferentes
saberes, eles absorvem e só surpreende,
cada vez mais, e é justamente isso que
está acontecendo com os discentes a
partir desse aprendizado contínuo e
contextualizado em um único projeto.
Ao iniciar as atividades nessa escola
do povoado Castanhal, tudo foi novo, pois
a experiência da educadora só tinha sido
apenas com alunos do Ensino Regular,
de imediato a mesma foi em busca de
pessoas que trabalhavam com EJA e que
pudessem transmitir um conhecimento
prévio nessa modalidade de ensino para
desenvolver ações em sua sala de aula, de
forma agradável e atrativa aquele público
o qual ensinaria. O Psicopedagogo deve
atuar prevenindo e ter uma construção
coletiva no âmbito institucional com foco
na aprendizagem, construindo um saber
coletivo e coletivizado. Para o início de
suas atividades a educadora tinha em
uma sala 21 alunos com a faixa etária
entre 17 a 62 anos, uma diversidade
imensa, pensamentos, angústias e anseios
totalmente diferentes e todos esperando
saciar essa sede de conhecimentos que lhes
faltavam nessa fase de suas vidas. Foi feito
um levantamento sobre essas angústias e
anseios e foram muitos, como: arrumar
emprego, concluir os estudos, aprender
para ensinar a filhos e netos, além de
buscarem mais conhecimentos para não
serem enrolados nos cálculos, enfim várias
situações. E através desses relatos ela
começou a trabalhar, criando ambientes de
acordo com a necessidade dos educandos.
O comprometimento da educadora foi
o que levou a mudança para o querer
aprender dos alunos. Participava com
eles de todos os acontecimentos, dentro
e fora da sala de aula, e utilizava esses
momentos para promover discussões de
variados assuntos relacionados ao ensino
aprendizagem dos mesmos. De forma
simples e com praticidade os assuntos
agradáveis e às vezes polêmicos eram
contextualizados para posteriormente
serem utilizados da maneira adequada a
aprendizagem deles, no escrever, no falar,
ler, apresentar-se diante do público e até
em seus registros através dos desenhos
conseguiam expressar a compreensão
dos assuntos abordados. Percebia a todo o
momento o cansaço que era vencido pela
vontade do aprender e pela motivação
que ela os dava. A afetividade para com
os alunos foi determinante para conseguir
mantê-los em sala de aula atraídos e
motivados. O compromisso pelo fazer,
criar e produzir fundamentava-se no
princípio de que os alunos precisavam
da educadora como ela precisava deles,
havendo uma troca simultânea de saberes
e experiências, pois os provocavam a
participarem efetivamente das discussões,
estimulando-os a valorização pessoal
PROJETO FEIRA DAS CIÊNCIAS
Educador: Nivaldo Alves
de Moura Filho
Escola Mun.Maria da Glória Santos
(Nossa Senhora das Dores)
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Despertar nos alunos o interesse pela
produção e saber científico, através da
construção de projetos de pesquisas no
cotidiano escolar.
Objetivos Específicos:
•
Mobilização dos alunos
valorizando o conhecimento científico
interdisciplinar.
•
Desenvolver a prática através
da investigação e busca de informações.
•
Orientar o aluno para o
planejamento de suas ações estratégicas,
criando um grupo de monitores da
Feira composto por alunos das diversas
séries.
•
Motivar discentes e docentes
no gerenciamento do evento.
•
Motivar
a
interação
comunidade-escola com apresentações
de projetos populares criados por
moradores da comunidade.
•
Salientar a importância das
Ciências humanas, sociais, biológicas,
exatas no contexto interdisciplinar.
•
Montar Regulamento do
evento em conjunto com os alunos,
professores, direção, serviços gerais e
pais de alunos.
•
Desenvolver
o
espírito
autocrítico nos alunos quanto a
avaliação,
•
Promover a participação
efetiva dos pais e população da
comunidade no desenvolvimento das
atividades.
METODOLGIA
O projeto “Feira das Ciências” é
composto de quatro fases:
1ª FASE: Pesquisa e seleção
2ª FASE: Escolha da Equipe de
Monitoria
3ª FASE: Orientação aos Grupos
4ª FASE: Apresentação dos Projetos
RESULTADOS ALCANÇADOS
A experiência de realização de Feira
de ciências desde 2009, na Escola
Municipal Maria da Glória Santos da
rede municipal na cidade de Nossa
Senhora das Dores- SE tem alcançado
objetivos satisfatórios quanto ao
aprendizado dos alunos e também
a integração da comunidade com a
escola.
A média anual dos alunos obtidas
depois da implantação da Feira de
perante a sociedade e ao seu dia a dia.
A amizade, o respeito e o compromisso
que ela passou a ter por eles realmente
surtiu efeito, pois os mesmos passaram
a ter comprometimento em buscar
uma aprendizagem que os levassem a
ter mais conhecimentos e a evoluírem
como indivíduos na sociedade a qual
estão inseridos. Enquanto educadora o
objetivo principal diante dessa turma,
não era inseri-los no mercado de
trabalho, mas sim fazer com que eles
compreendessem o sentido de serem
cidadãs atuantes em uma sociedade
cheia de mudanças.
Ciências demonstrou a eficácia
do trabalho. Além do mais, o
conhecimento adquirido pelos alunos
foi observado quando estes ingressaram
no Ensino Médio, mostrando a base de
conhecimento cientifico atribuído a
práticas realizadas durante as Feiras.
Assim sendo, diante dos objetivos
alcançados, foi estabelecido que a
interdisciplinaridade seja o carro
chefe da atividade e em comunhão
de idéias com o corpo docente da
escola, ficou estabelecido que passaria
a usar o Termo “Feira das Ciências”
estabelecendo assim uma relação entre
as disciplinas que abrangem o currículo.
Dessa forma, cada disciplina, organiza
seus grupos de alunos e apresentam
na Feira das Ciências os melhores
trabalhos realizados no decorrer do
ano letivo em sala de aula. Cada
professor responsável pela sua ciência
orienta os grupos e avalia de acordo
com critérios pré-estabelecidos, tais
como: participação, trabalho em grupo,
interação, conhecimento, clareza,
apresentação, organização.
Trabalhar com Feira das Ciências
requer a elaboração de projetos junto
com Professores e alunos, visando
principalmente à interdisciplinaridade
e o despertar pela construção do
conhecimento dos alunos.
Em suma, a experiência de Feira das
Ciências tem se mostrado satisfatória,
quando se ver o aluno interessado pelo
trabalho e preocupado em dar o seu
melhor para mostrar a sua capacidade
e o seu conhecimento para os colegas,
professores e comunidade em geral.
Maio | 2014
29
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
PROJETO APROFUNDANDO
SABERES NA EJA
Educadoras:
Maria Josefa de Menezes Almeida
Giselma Machado
Colégio de Aplicação – CODAP/UFS
(São Cristóvão-SE)
O presente texto apresenta parcialmente
dados do Curso: Aprofundando saberes na
EJA, parte do Projeto: Pró-docência para
EJA, coordenado pelo Grupo de pesquisa
vinculado ao CNPq: Saberes Escolares e
Práticas Pedagógicas para a EJA(Seppeja/
UFS). Suas atividades se desenvolveram
a partir de 2011 e se consolida a cada dia
a partir de então em regência de classe em
turmas de EJA no Colégio de Aplicação
da Universidade Federal de Sergipe, no
turno noturno, de segunda á sexta, das
19h às 21h e 30 min. Por acreditar na
possibilidade do rompimento da visão
fragmentada do desenvolvimento cognitivo
das pessoas envolvidas no processo ensino/
aprendizagem, especialmente em turmas
da Educação de Jovens e Adultos (EJA),
bem como deste mesmo rompimento
no seu desenvolvimento afetivo e
social, exercita-se neste projeto uma
visão epistemologicamente construída e
sedimentada profissionalmente em ações
educativas e escolares e, posteriormente,
para atender a este público específico nesta
modalidade de ensino da Educação Básica.
Ou seja, indica-se a construção de um
crédito atribuído à convergência entre as
diversas áreas do conhecimento ou avanço
do nível expositivo multidisciplinar para
a interrelação entre os saberes existentes
e partilhados na ação pedagógica,
exercitada através da negociação entre os
pares envolvidos a partir de necessidades
concretas e efetivas de seus envolvidos
conforme orienta vasta literatura
especializada acerca de paradigmas
inovadores para a educação. Nesta ação
são
adotados,
metodologicamente,
princípios norteadores e pedagogicamente
aplicados à interdisciplinaridade, bem
como o que preconiza a educação
dialógica, visão humanista para a educação
formal, retomada através da pedagogia
intercultural, a embasar todo o conjunto de
atividades que o compôs. Ao tempo em que
se desencadeia um processo de formação
docente para a EJA – (inicial e continuada)
ofertado a graduandos e graduados de
Instituições de Ensino Superior (IES)
do estado de Sergipe que responderam
ao chamado para o exercício de estágio
voluntário em turmas de EJA/Codap/UFS,
ocorre concomitantemente um estudo
acerca de novo paradigma curricular para
EJA em processo de escolarização formal
em todos os níveis da educação básica. A
partir de tais convicções, este processo de
exercício profissional junto a turmas de
EJA teve início no mês de agosto/2011
com o objetivo de refletir sobre uma
possibilidade de condução pedagógica para
a EJA (fase pesquisa) através da regência
de classe em turmas de EJA (fase ensino)
com a finalidade de implantar turmas de
EJA no Codap e assim conferir a necessária
prestação de serviço social (fase extensão)
– apresentando à comunidade local a oferta
de mais turmas de ensino fundamental e
médio. Agora a desenvolverem-se com
esta modalidade de ensino, resultado deste
projeto que se exemplifica através do tripé
da ação acadêmica: ensino, pesquisa e
extensão a se realizar em torno do respectivo
tema. Isto se dá através do desenvolvimento
O TRABALHO INFANTIL SOB
PONTOS DE VISTA DOS MÚLTIPLOS
GÊNEROS TEXTUAIS
30
Em
Debate
das aulas no Curso: Aprofundando saberes
os quais assumiram a perspectiva de
construção de uma inovação pedagógica,
ou “práticas pedagógicas diferenciadas
e visionárias” segundo uma estagiária
vinculada a este processo - a prenunciarlhe nova abordagem metodológica a partir
da elaboração de sequências didáticas em
torno de eixos temáticos para o trabalho
com a EJA - pessoas jovens e adultas
que foram privadas historicamente
do capital intelectual social por não
concluírem sua escolarização no período
escolar considerado regular pelo sistema
educacional brasileiro. Neste projeto, o
conhecimento está sendo construído pelos
alunos de EJA e professores voluntários
num processo interativo que se desencadeia
a partir da leitura de um texto e práticas de
escrita a partir da abordagem de qualquer
componente curricular convencionalmente
reconhecido como disciplina escolar
numa forma ampla e interrelacionada,
não desarticulada entre si. Também nestes
encontros diários em sala de aula, alunos
e regentes estão tendo a oportunidade de
confrontartemas/conteúdosestudadosapartir
de seus conhecimentos prévios, associados
à vivência de fatos e à (re)significação
dos saberes em direção aos letramentos
múltiplos. Sua avaliação articula-se através
de alguns destes instrumentos: – portfólios
– produção dos alunos de EJA; elaboração
de memoriais descritivos e artigos científicos
por estagiários voluntários – regentes das
turmas de EJA. Deste desenvolvimento
já é possível salientar alguns indicadores
que se caracterizam prioritariamente
como fortalezas deste processo, porque
se apontam como cumpridos os objetivos
anteriormente firmados para o seu
desenvolvimento como: a) Desenvolver
competências formadoras para atuar na EJA;
b) Elaborar projeto pedagógico para EJA a
exemplificar as perspectivas pedagógicas da
interdisciplinaridade e interculturalidade.
Educadora: Edilma Silva Santos
Escola Municipal José Romão do
Nascimento
(Areia Branca-SE)
OBJETIVOS
Geral
Desenvolver habilidades de leitura,
oralidade e produção de textos em
diferentes gêneros.
Objetivos específicos
•Desenvolver a capacidade de
reflexão, localizando informações a
partir de imagens;
•Compreender textos lidos por
outras pessoas, de diferentes gêneros
e propósitos;
•Ler textos não verbais com
compreensão;
•Utilizar
vocabulário
diversificado e adequado ao gênero e
às finalidades propostas.
•Refletir sobre o Trabalho Infantil
em nossa sociedade.
METODOLOGIA
1º momento: Para ajudar os alunos a
também escreverem da melhor forma
foi utilizado como ferramentas de ensino
os gêneros textuais, apresentando para
eles os cinco tipos de textos existentes
na nossa língua: Narração, Dissertação,
Argumentação. Exposição e Indução.
2º Momento: Foram apresentados
variados suportes, como por exemplo,
dicionário, jornal, enciclopédia, internet,
blog, etc. e seus diferentes gêneros como
os verbetes, classificados, bulas, receitas,
músicas, acrósticos, cartas, poesias,
artigos e assim por diante.
3º Momento: Oficina com o texto
a Velha Contrabandista, de Stanislaw
Ponte Preta, onde os alunos realizaram
um treinamento de escrita de alguns
desses gêneros a partir do texto lido.
4º Momento: Leitura e correções dos
textos escritos, realizando uma devolutiva
com cada um deles.
5º Momento: Exploração do tema
Trabalho Infantil (aula expositiva).
6º Momento: Apresentação das
imagens extraídas da internet, com
crianças e adolescentes trabalhando,
explicando que os diversos textos
deveriam ser escritos pelo próprio
personagem da imagem, sob seu ponto
de vista conforme a situação em que cada
personagem se encontrava.
7º Momento: Elaboração dos escritos,
conforme o que se pedia:
1 - Uma notícia de jornal divulgando
o fato.
2 - Um relatório produzido pelo
adolescente, informando o fato à sua
professora.
3 - Uma carta que teria sido escrita
pela criança ou adolescente para sua
mãe que está em outra cidade, realizando
trabalhos domésticos.
4 - Uma página de diário da criança
ou adolescente contando como fora o dia.
5 - As instruções produzidas por
um adulto irresponsável para que outra
pessoa continue a realizar o Trabalho
Infantil.
6 - Um texto com argumento em defesa
de quem explora o Trabalho Infantil.
7 - Um texto com argumento no
PROJETO SOLTANDO A LÍNGUA
OBJETIVOS
Educador: Adilson Oliveira Almeida
Colégio Estadual Prof. Gonçalo
Rollemberg Leite
(Aracaju-SE)
Objetivo geral
Capacitar os educandos para a
busca da competência discursiva oral,
com elegância, fluência, excelente
dicção e eloquência, a fim de oralizar
seu pensamento de forma inteligente
e adequada nas situações formais e
convencionais de comunicação.
sentido de condenar quem explora o
Trabalho Infantil.
8 - Um conto narrado pelo próprio
personagem, abordando a exploração do
trabalho infantil na nossa sociedade.
9 - Um acróstico com as palavras:
Trabalho Infantil.
10 - Uma poesia com o tema Combate
ao Trabalho Infantil.
8º Momento: Avaliação
RESULTADOS ALCANÇANDOS
Os alunos chegaram à conclusão
que cada texto tem uma função social
e se mudarmos essa função mudará
também o gênero. Desenvolveram novas
capacidades de linguagem oral, de leitura
e de escrita. Refletiram que as crianças
e os adolescentes precisam se conhecer
como sujeitos de direitos; direitos esses
garantidos por Lei Federal e que a ausência
de políticas públicas contribui para a
permanência de exploração do trabalho
infantil em nosso país. Observaram que
as famílias mais carentes são as mais
vulnerabilizadas, não compreendendo o
trabalho infantil como um problema, por
isso reproduz e perpetua seus costumes,
cultura ou modo de vida.
OBSERVAÇÕES RELEVANTES
Os alunos foram avaliados aula a aula,
levando em consideração o interesse e a
realização das atividades solicitadas, bem
como na criatividade das produções e
apresentações dos trabalhos.
Objetivos Específicos
1. Aguçar o raciocínio lógico dos
alunos sobre os assuntos tratados na sala
de aula;
2. Ajudar os educandos a aceitar com
segurança e destemor o desafio de falar em
público, tanto na sala de aula quanto em
tros outros ambientes sociais;
3. Instigar nos alunos o desejo de expor
oralmente seu pensamento;
4. Sensibilizar os educandos da
necessidade de aperfeiçoar sua expressão
oral;
5. Encorajar os alunos a debater os
temas discutidos na sala de aula e na
escola;
Maio | 2014
31
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
6. Incentivar a interação e socialização
dos alunos na sala de aula e em todo o
recinto escolar;
7. Proporcionar aos educandos meios de
aprimorar sua fala conforme as exigências
dos usuários da língua-padrão;
8. Contribuir para que os alunos
compreendam a necessidade de adequar sua
fala às várias modalidades de comunicação
oral;
9. Fomentar aos alunos o conhecimento
acerca das variantes e variações lingüísticas;
10. Deixar os alunos informados e
conscientes da importância e papel da fala
nas diversas situações de comunicação;
11. Possibilitar aos alunos a apreensão e
entendimento das técnicas de discurso oral.
METODOLOGIA
Os objetivos deste projeto didático
devem ser alcançados de forma dinâmica,
harmoniosa, responsável, coletiva e prática.
Em todo o seu processo e culminância,
os alunos participantes serão orientados
e acompanhados em todos os seus
procedimentos orais formais – discursos,
palestras, dramatizações, entoações,
recitações – durante as aulas de Redação e
Língua Portuguesa e em outros momentos
previamente agendados. Para tanto, as
estratégias didáticas e metodológicas a
serem empreendidas serão as seguintes:
leitura em voz alta de poemas e/ou textos
narrativos, dissertativos, descritivos,
jornalísticos, científicos e outros gêneros
para exercitar sua expressão oral; ensaios
com exercício, sob a coordenação
do docente, das técnicas de oratória
necessárias a uma adequada postura a
32
Em
Debate
um microfone ou num palco; recitação
de poemas de vários autores brasileiros,
visando observar o ritmo, melodia,
inflexão e volume de voz e dicção;
composição e entoação de paródias,
objetivando observar a lógica das frases,
adequação da letra musical à melodia da
música original, estruturação das rimas,
conteúdo e forma; dublagem de melodias
de compositores e intérpretes da música
popular brasileira ou internacional, através
da qual serão levados em conta timbre
de voz, velocidade e tom; simulação de
apresentações de programas de televisão
ou de rádio, em especial com a prática de
jornal falado em sala de aula e na quadra
poliesportiva da escola, através das quais
serão avaliadas postura, memorização
das falas, dicção e impostação de voz;
dramatizações de cenas que enfoquem
situações do cotidiano, observando-se a
capacidade de representação, expressão
fisionômica, gestualidade e memorização
do texto; oralização de leitura coletiva,
na modalidade de jogral, analisandose a fluidez da leitura oral, pontuação e
expressividade; debate de conhecimentos
e opiniões em grupos realizados na sala
de aula, através do qual serão observados
conhecimentos, iniciativa e desembaraço;
proferimento de discursos com várias
temáticas, a exemplo daquelas ligadas
à educação, à política partidária (na
realização de campanhas eleitorais),
à religião, à sexualidade, à violência,
à segurança, à saúde e outros tópicos
de interesse da comunidade escolar,
observando-se dicção, inflexão de voz,
eloqüência, desembaraço, conhecimento
do assunto em explanação, postura
adequada, clareza, concisão, elegância
e correção gramatical; entrevistas a
autoridades locais (dos vários segmentos)
acerca de problemas e soluções que afetam
a comunidade e seu entorno, avaliando-se
coerência e lógica dos questionamentos;
palestra enfocando um tema específico
– avaliando-se conhecimento específico
e segurança na transmissão desse
conhecimento – , além de defesa ou
refutação de teses e depoimentos, em
especial simulando a linguagem de um
advogado numa questão cível, criminal
ou trabalhista, em que se observará a
capacidade de argumentação e persuasão.
RESULTADOS A SEREM
ALCANÇADOS
Nas quatro culminâncias desse
projeto, os alunos participantes tiveram a
oportunidade de se expressar oralmente
através da música, teatro, discurso, leitura
oral, paródia e outras modalidades,
procurando praticar o que foi discutido
nas aulas e nas conversas informais sobre
a oralidade.
Espera-se, com esse projeto didático,
que os educandos alcancem uma boa
performance discursiva, sobretudo oral, e
um bom nível de compreensão das várias
formas de uso da língua.
O importante é que os jovens e
adolescentes que fizeram e fazem parte
desse projeto sintam-se seguros quanto à
expressividade linguística no momento de
se submeterem à seleção para um posto de
trabalho no mercado competitivo atual.
A TRILHA ECOLÓGICA COMO PRÁTICA
PEDAGÓGICA NAS AULAS DE BIOLOGIA
DO ENSINO MÉDIO DO MUNICÍPIO DE
PIRAMBU
Educadores:
Tarsizio da Silva Santos
Alexandre Luna Cândido
Tereza Neuma Muniz Cariri
Agnaldo dos Santos Silva
Claudomir Tavares
Miguel Menezes da Costa
Colégio Estadual José Amaral Lemos
(Pirambu-SE)
Nos
últimos
anos
ocorreram
movimentos
que
demonstraram
preocupação com o meio ambiente. No
entanto, a educação ambiental (EA)
foi incorporada de modo transversal,
como prática inovadora de ensino que
atende as questões socioeconômicas,
norteando o processo pedagógico de
aulas interdisciplinares contextualizadas e
inserindo-se na realidade dos discentes. A
trilha ecológica é a maneira mais adequada
para que cada visitante conheça e aprenda
a respeito dos biomas, dos ciclos naturais,
do solo, das condições climáticas, assim
como os seres vivos que integram os
ecossistemas. O objetivo deste trabalho
é elaborar a descrição dos fatores físicos,
químicos e biológicos do local visitado,
identificar possíveis modificações na
paisagem do entorno, conscientizar
sobre a importância do meio ambiente
e do desenvolvimento sustentável para
à formação crítica do aluno, através
da realização da trilha ecológica. Foi
realizado um mapeamento da Reserva
Biológica abrangendo os povoados do
município para a construção do roteiro.
Foram dadas instruções aos alunos para
execução da trilha, devido à legislação
adotada referente aos Parques Nacionais
e outras unidades de conservação no
Brasil como estratégias de conservação da
biodiversidade. A região que se destinou a
trilha ecológica encontra-se no município
de Pirambu. De forma geral, a área está
sujeita ao Sistema de Circulação do
Nordeste apresentando clima quente e
úmido. A topografia apresenta poucas
elevações, estando suas altitudes oscilando
entre zero e 100 metros, à base de dunas.
Alguns componentes que constituem
a flora da região foram identificados
pelo táxon Cactaceae, de espécie
Melocactus zehntneri e Cocos nucifera,
pertencente ao táxon Palmaceae. Durante
o percurso, visualizaram-se insetos do
táxon Himenoptera e Vespideos. Foram
identificados
ambientes
aquáticos
dispostos em superfície, que consiste
basicamente nas lagoas, cachoeira e
riacho. A exploração econômica constituise de comércio a partir da extração de
recursos naturais renováveis. Foram
identificadas modificações na paisagem
caracterizadas pela remoção da cobertura
vegetal para o plantio de Cocos nucifera,
construção de residências às margens da
Lagoa Azul e focos de lixo deixados pelo
ser humano. Ampla região para exercer a
observação e registro dos componentes
do bioma, além de ser uma localidade
com limites disponíveis em mais de um
município do litoral norte sergipano.
Durante o trajeto não houve instabilidade,
pois nesse período do ano os ecossistemas
usufruem de fatores climáticos propícios
para a locomoção humana. O relevo exibiu
algumas dificuldades para a locomoção,
pois exigiu mais esforço fisiológico
por parte dos trilheiros. A flora exibiu
diversidade biológica exuberante pelas
cores, formas, tamanhos dos indivíduos
e sua disposição. A fauna também
possui ampla variedade de organismos.
Os recursos hídricos de superfície
são moderadamente conservados e
compreende extenso volume de água
que abastece os moradores da Reserva
Biológica. As formas de agressão ao
espaço físico são diversas, e muitas delas
associadas à atividade econômica dos
moradores da região como a agricultura
familiar.
Palavras-chave: educação ambiental,
reserva biológica, trilha ecológica.
Maio | 2014
33
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
RESGATANDO NOSSOS TRAÇOS CULTURAIS:
O NEGRO E O ÍNDIO FAZENDO PARTE
DA NOSSA HISTÓRIA
Educadores:
Jamison Luiz Barros Santos
Gracineide Barros Santos
Escola Municipal Pe. José Thomás
de Aquino Menezes
(Gararu-SE)
A presente prática pedagógica foi
desenvolvida em uma escola da Rede
Municipal de Ensino, no município de
Gararu/SE, em meados de novembro de
2012, onde buscamos abordar a Educação
e as Relações Étnico-Raciais, cujo
objetivo foi à divulgação e produção de
conhecimentos, bem como de atitudes,
posturas e valores que eduquem cidadãos
quanto à pluralidade étnico-racial,
tornando-os capazes de interagir e de
negociar objetivos comuns que garantam,
a todos, respeito aos direitos legais e
valorização de identidade, na busca da
consolidação da democracia brasileira.
Nesse contexto buscamos incentivar
nossos alunos e a comunidade escolar com
o aumento do material de referência sobre
34
Em
Debate
povos que, no processo de miscigenação,
tiveram papéis importantes na construção
do Brasil, bem como em nosso próprio
município por ser povoado na antiguidade
por índios e negros (vivendo ainda hoje).
Como metodologia de execução
dividimos nossa pratica em três eixos
temáticos: O Índio; O negro e; As relações
Étnico Raciais, cuja pratica foi subdivida
em:
• Confecção de materiais pela
própria comunidade escolar;
• Poemas (A declamação de
poemas foi um ponto importante,
pois foram de autoria dos próprios
alunos em homenagem aos índios
e negros);
• Apresentação de textos, cartazes e
conclusões, através de pesquisas
realizadas pelos alunos, em seus
respectivos eixos temáticos;
• Grupos folclóricos (Participação
do grupo Batalhão de São Pedro,
da cidade de Santo Amaro das
Brotas/SE, e grupo teatral Oiteiros,
da cidade de Gararu/SE);
• Danças culturais (Nossos alunos
abrilhantando com danças étnico
raciais, resgatando nossa cultura
local);
• Artesanato (Buscamos resgatar o
artesanato local);
• Religião (Buscamos realizar uma
viagem ao nosso passado, desde a
construção da nossa igreja matriz,
as peregrinações ao santo cruzeiro,
traços de nossa cultura);
• Garantias legais (Cartazes onde
abordaram leis que garantam
os direitos constitucionais as
questões Étnicas Raciais no Brasil,
bem como o preconceito por parte
da sociedade);
• Pinturas; (Material confeccionado
por nossos alunos e professores);
• Culinária; (Todas voltadas para
nosso passado);
• Desfile da beleza negra na escola.
(Incentivamos nossos alunos a
criar laços com a modernidade
centralizando o foco na beleza
negra).
Acreditamos que nossa prática
pedagógica propiciou uma política
educacional fundamentada na redução
das desigualdades sociais, garantindo a
sociabilidade no saber, tanto no que diz
respeito aos conhecimentos relevantes a
cultura brasileira, quanto na perspectiva
da construção da cidadania, precisamente
na valorização da cultura na nossa própria
comunidade.
“A ESTATÍSTICA NO COTIDIANO”
Educadora:
Elen Carla de Carvalho Matos
Escola Municipal Carvalho Neto
(Simão Dias-SE)
OBJETIVOS
Objetivo geral
Buscar significação para a importância
do estudo da estatística em função do seu
uso atual na sociedade.
Objetivos Específicos
- Reconhecer a Estatística como um ramo
da Matemática, considerando a aplicação
e a utilidade dessa ciência nas diferentes
situações do nosso dia a dia;
- Coletar, analisar e organizar dados em
tabelas, representando-os também na forma
percentual;
Interpretar
dados
estatísticos
organizados em tabelas;
- Ler e interpretar dados representados
por meio dos diversos tipos de gráficos;
- Analisar e representar dados estatísticos
por meio de gráficos de linhas, colunas,
barras, setores, etc;
- Aplicar os conceitos de estatística em
outras disciplinas e no dia a dia;
- Promover a divulgação das pesquisas
feitas com os colegas sobre diversos temas.
METODOLOGIA
1ª etapa: (Apresentação)
1- Utilizando o livro didático foi proposta
uma discussão em classe sobre a importância
do estudo da estatística, através de vários
temas de interesse dos alunos.
2ª Etapa: (Atividade em sala)
1- Pedi que os alunos pesquisassem
em livros, jornais, revistas, internet,
etc, diversos tipos de gráficos para ser
utilizados em um trabalho na sala de aula.
2- Na aula seguinte distribuí folhas
de ofício para todos os alunos, pedi que
colassem seus gráficos e elaborassem
5 questões referente ao gráfico. Depois
que as questões foram elaboradas troquei
entre os colegas da turma, assim que
responderam devolvi ao aluno para que
ele corrigisse.
3- Recolhi os gráficos e promovi um
debate analisando os tipos de gráficos,
o nível de elaboração das perguntas, o
número de acertos e mais uma vez sobre
a importância do estudo da estatística,
principalmente esse ano que ele farão a
Prova Brasil.
3ª Etapa: (Atividade utilizando recursos
tecnológicos)
1- Pedi que os alunos preenchessem
uma tabela sobre suas atividades diárias,
informando quantas horas gastam por
dia para fazer as atividades que foram
propostas na tabela.
2- Depois que a tabela foi preenchida
fomos até o laboratório de tecnologias,
cada um digitou sua tabela na planilha
eletrônica, utilizando a própria planilha
eles construíram diversos tipos de gráficos.
4ª Etapa: (Trabalho de pesquisa)
1- Durante uma conversa informal
ESCREVENDO O FUTURO - POEMAS,
MEMÓRIAS E CRÔNICAS
Educador: Everaldo José Freire
Colégio de Aplicação (CODAP/
UFS)
OBJETIVOS
Objetivo geral
Contribuir para a formação de sujeitos
escreventes, a partir de gêneros textuais
específicos (poemas, memórias e crônicas),
pedi aos alunos que formassem equipes e
sugerissem temas para serem pesquisados
com os alunos do 6º ao 9º ano na escola.
Alguns dos temas propostos foram: time
de futebol preferido, o que faz nas horas
vagas, professor e disciplina favorita,
estilo musical que mais gostam, etc.
2- Orientei que os dados da pesquisa
deveriam ser organizados em tabelas e
apresentados na aula da semana seguinte.
3- Com os dados organizados em tabela
mostrei como calcular o percentual dos
dados obtidos, assim eles acrescentariam
mais uma coluna em suas tabelas, a
frequência relativa.
4- Depois da tabela pronta, através de
sorteio foi decidido o tipo de gráfico que
cada equipe irá produzir para expor os
resultados de sua pesquisa.
5- As equipes confeccionaram cartazes
mostrando a tabela e o gráfico.
6- Para finalizar será reservado um
momento onde cada equipe apresentará os
resultados de sua pesquisa para os alunos
entrevistados (6º ao 9º ano).
RESULTADOS ALCANÇADOS
Sabendo que a utilização da estatística
está disseminada nas mais diversas áreas
do conhecimento, a finalidade desse
trabalho é fazer com que o aluno venha
a construir procedimentos para coletar,
organizar, comunicar dados, utilizando
tabelas, gráficos e representações que
aparecem frequentemente no seu dia a dia.
Durante a realização do trabalho
observei
um
grande
empenho,
participação e aprendizagem em todas as
etapas, resultado de um trabalho onde os
conhecimentos em relação à Estatística
foram contextualizados e aproximados do
cotidiano dos alunos.
que circulam socialmente.
Objetivos específicos
Familiarizar os discentes com os gêneros
textuais poema, memórias literárias e
crônicas, os quais são três dos quatro
gêneros exigidos pela Olimpíada de Língua
Portuguesa e mediar a produção escrita
nesses gêneros;
Oferecer um suporte assíncrono por meio
das TICs, mais especificamente o blogue
Maio | 2014
35
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
e e-mail, por meio de oficinas específicas
(sequências didáticas) para cada gênero e
orientação mediada pela internet através do
correio eletrônico;
Orientar o processo de ensinoaprendizagem no tocante à adequação
ao propósito comunicativo da tarefa de
escrever cada gênero, possibilitando sua
retextualização, adequação ao conteúdo
composicional direcionado a uma temática
específica (Minha história e a história do
Colégio de Aplicação da UFS), respeitando
o estilo de cada aluno.
METODOLOGIA
A prática pedagógica foi composta de
seis etapas, a saber:
1ª: Mobilização em duas salas de aula (2º
ano A e 2º ano B) para a produção textual
escrita tendo em vista a participação na
coletânea de textos alusivos aos 54 anos do
Colégio de Aplicação.
2ª: Lançamento de sequências
didáticas (oficinas) explicativas sobre
cada gênero com possibilidade de diálogo
com um mediador (o professor), através
de exemplares autênticos de textos do
mesmo gênero textual publicados em um
blogue: http://profprofessor.blogspot.com.
br/2013/07/oficina-3-cronicas.html.
3ª: Produção de textos nos três gêneros
propostos nas oficinas do blogue e dentro do
que se espera dos alunos na Olimpíada de
Língua Portuguesa, conforme: http://www.
escrevendo.cenpec.org.br/ .
4ª: Reescrita dos textos que não
atenderam ao propósito comunicativo da
tarefa, por exemplo: memórias que eram
crônicas, crônicas que eram relatos e poemas
que não se afinavam com a temática proposta
e problemas com o uso da língua portuguesa.
5ª: Criação de um instrumento de
avaliação, baseados em competências e
níveis (não cumpre o propósito, cumpre-o,
parcialmente e não o cumpre) para os
textos e discussão desse instrumento com
os alunos. Os textos em prosa (memórias
e crônicas) tiveram como competências,
tendo como base as competências cobradas
no ENEM: (1) adequação ao gênero em sua
“A LEITURA PARA OS PEQUENOS,
UM PASSO PARA O FUTURO”
Educadora: Sandra Andrade
Escola Municipal Des. Gervásio de
Carvalho Prata
(Simão Dias-SE)
OBJETIVOS
Objetivo geral
Buscar aumentar o desejo de leitura nos
alunos menores.
Objetivos Específicos
- Reconhecer que a leitura é algo proveitoso
para o dia-a-dia;
- Coletar informações entre as crianças para
que o desenvolvimento delas através da leitura
seja algo agradável;
- Interpretar textos menores e compreender
a importância de cada um deles;
- Ler e melhorar a oralidade de cada um,
despertando o interesse pela leitura;
- Capacitá-los para distinguir a diferença
entre os variados tipos de textos;
36
Em
Debate
METODOLOGIA
1ª etapa: (Apresentação)
1- Através de livros infantis mostrei a
importância da leitura na vida deles.
2ª Etapa: (Atividade em sala)
1- Atividade em sala utilizando livros de
diferentes gêneros.
2- Pedi que os alunos pesquisassem em
livros, jornais, intenet, etc, diversos tipos
leituras e textos de diferentes gêneros.
3- Na aula seguinte distribuí folhas de
ofício para que eles pudessem desenvolver o
lado criativo de cada um e em seguida trouxe
livros para eles conhecerem e interpretarem da
melhor forma de cada um.
4- Recolhi os desenhos e fiz uma roda de
conversa entre eu e eles e pedir que cada um
expusesse seu ponto de vista.
3ª Etapa: (Atividade utilizando tecnologias)
1- Pedi que os alunos observassem nos
computadores da escola que podemos ter
vários tipos de leitura em nossas mãos é só
buscar!
2- Depois que cada um fez a sua breve
observação cuidamos para que cada um
função e estrutura, (2) adequação à tipologia
textual, (3) uso da língua portuguesa e (4)
coesão. Já os poemas, mantidos os níveis,
as competências foram: (1) adequação ao
gênero em sua função e estrutura, (2) uso da
língua portuguesa e (3) estética/criatividade.
6ª: Escolha de um gênero textual para
participação em uma coletânea.
RESULTADOS ALCANÇADOS
De 63 alunos matriculados e devidamente
frequentando, no 2ºA, 46 textos foram
escritos e no 2ºB, 65 textos, totalizando
111 produções textuais escritas e reescritas,
atingindo o objetivo geral. Cada aluno pôde
escolher um gênero textual para ser publicado
em uma coletânea, cujo lançamento será
dia 12/08/2013, no auditório da Reitoria
da Universidade Federal de Sergipe.
Destes, 20 alunos do 2º”A” e 21 do 2º”B”,
totalizando 41 textos para uma Coletânea
(2/3 de cada turma), a qual atendeu a uma
chamada pública http://codap.ufs.br/sites/
default/files/13/edital_03_-_chamada_de_
producao_textual_0.pdf.
pudesse desenvolver a sua própria dissertação
com palavras ou desenhos.
4ª Etapa: (Trabalho de pesquisa)
1- Durante uma conversa informal pedi à
turma que fizesse um trabalho de equipe com
cartolinas, lápis de cor, tinta, folha de ofício e
alguns livros que pudessem servir de exemplos
para novas histórias.
2- Em seguida fizemos juntos várias
historinhas juntos e então pude observar que
cada universo infantil é único.
3- Com o desenvolvimento dos trabalhos
eu observei que o interesse das crianças pela
leitura só aumentou.
RESULTADOS A SEREM
ALCANÇADOS
Sabendo que a utilização da leitura no diaa-dia é algo de extrema importância, podemos
esperar que a partir desse projeto que é muito
mais que um simples projeto e sim uma prática
cotidiana, se transforme em uma atividade
corriqueira na vida dos meus alunos.
Observações relevantes
Um ponto relevante do trabalho foi a
observar que cada um tem a sua própria
capacidade de inventar e reinventar de forma
bastante criativa.
ENCONTRO REFLEXIVO PARA A
CONSTRUÇÃO DA CONSCIÊNCIA
NEGRA NA PERSPECTIVA DA
EMANCIPAÇÃO HUMANA
Educadora: Jailde dos Passos
Professor
Escola Estadual Prof. Benedito Oliveira
(Aracaju-SE)
1 INTRODUÇÃO
O projeto nasceu em 2005,
quando pedagogos/as e professores/
as,
imbuídos/as
da
esperança
(imensamente possível. O inédito
viável) de construção de uma sociedade
equânime, justa, inclusiva, reúnemse para pensar/construir, democrática
e coletivamente, uma proposta
pedagógica capaz de estabelecer
diálogo entre interdisciplinaridade e
protagonismo juvenil.
Naquele primeiro instante pautamonos na Lei 10.639/2003 (e legislações
outras que com ela se articulam:
Lei 5.497/2004 e Resolução CNE/
CP n.º 01/2004), vez que, em nossa
compreensão, o instrumento legal
supracitado converte-se em emblema
das lutas das camadas populares (neste
caso, mais enfaticamente, o povo
negro) em cujos bancos escolares (das
unidades públicas de ensino) assentamse seus componentes (trabalhadores/as
e seus/suas filhos).
É a partir deste contexto e
entendimento que, em 2005, a
comunidade escolar reflete/discute
a temática Negritude: uma questão
de retificação histórica e justiça
social. Em 2006, ampliamos o debate
trazendo à baila o tema Movimentos
Sociais: compreendendo a luta de
homens e mulheres para a construção
de uma sociedade inclusiva. Nos anos
subsequentes (2007 a 2013), com
o intuito de aprofundar a pesquisa
e colorir o currículo escolar (que
historicamente centra-se na cultura
europeia) resolvemos sustentar o
SENTIREIS na histórica e cultura
africana e afro-brasileira.
2 OBJETIVO
Empoderar os atores sociais que
fazem a escola, a partir: a) da reflexão
crítica da história presente na mídia e
no material didático (com destaque
para as questões etnicorraciais), b)
da indignação diante do preconceito,
da discriminação e do racismo (ou
quaisquer outras formas de exclusão),
c) do hasteamento de bandeiras
vinculadas às lutas históricas dos/as
trabalhadores/as.
3 PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
PROJETO ESTATUTO DA CRIANÇA
E DO ADOLESCENTE COM ARTE
Educadores:
José de Oliveira Santos
Cristiane Santos dos Anjos
Colégio Estadual Leão Magno
(Nossa Senhora do Socorro – SE)
OBJETIVOS
O Projeto Ecarte, realizado no período
de 2001 a 2006, no Colégio Estadual Leão
Magno, vinculado a matéria de sociedade
1. Sensibilização da comunidade
escolar em relação à temática
norteadora do projeto e sua importância
para a construção de uma sociedade
justa.
2. Confecção e/ou aquisição
de material e equipamentos para a
concretização do projeto.
3. Definição dos subtemas a
serem explorados pelos anos/turmas.
4. Realização de oficinas para
aprofundamento dos subtemas em
estudo.
5. Exibição
de
filmes
relacionados ao tema do projeto.
6. Exposição das produções de
estudantes e professores/as.
7. Preparação e distribuição de
material publicitário.
8.Instituição
de
equipe
multidisciplinar para avaliação do
projeto.
4 RESULTADOS
1. Instituição, na escola, de
um ambiente de reflexão e debate
das questões que geram preconceito,
discriminação e racismo – o que
provoca exclusão e marginalização;
2. Reconfiguração,
ainda
que tímida, do currículo escolar
(engravidando-o
com
temáticas
componentes da cultura e história
africana e afro-brasileira);
3. Ressignificação das relações
etnicorraciais efetivadas na escola;
4. Reorientação dos processos
desenvolvidos na escola, visto que os/
as estudantes começam a protagonizar,
também, as ações pedagógicas da
escola.
e cultura, foi elaborado tendo como eixos
pedagógicos os temas Ética e Pluralidade
Cultural. O Ecarte foi realizado com base
em três objetivos combinados entre si:
Apresentar modelo diferente de diversão e
lazer, através das oficinas e apresentações
e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade
artistica, considerando que quase todos
adolescentes e jovens que praticavam arte
no conjunto Jardim, nunca tiveram acesso
a oficinas ou cursos especializados, assim
como utilizar o Estatuto da Criança e do
Maio | 2014
37
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
Adolescente (ECA) como tema inspirador
para a criação artística.
O projeto Ecarte foi criado tomando
como base as necessidades apontadas pela
Rede de Agentes Culturais, criada após
a realização do I Fórum Comunitário de
Politicas Públicas do Conjunto Jardim
(2001) e inspirou a criação do Ponto de
Cultura Juventude e Cidadania, cujo inicio
das atividades aconteceram em 2012.
METODOLOGIA
No projeto Ecarte a dança foi a
linguagem mais procurada, atraindo um
grande número de interessadas (os).
No inicio de cada aula de dança, com
tempo de duração em torno de três a
quatro horas semanais, a chegada era
sempre iniciada com jogos, histórias,
danças e brincadeiras populares, dessa
maneira, ao mesmo tempo que todos
riam, soltavam o corpo, esqueciam dos
problemas familiares etc.. iam ampliando
o contato, com as tradições.
A oficina de dança utilizou passos
coreográficos de danças populares,
brincadeiras de roda e parlendas. A oficina
de teatro o trava língua, lendas e contos de
fada. Após esse momento, eram realizados
outros tipos de exercícios de aquecimento,
de alongamento e respiratórios. (segundo
momento).
O momento seguinte era o momento de
laboratórios para criação de movimentos,
no caso da dança e ou de falas e
personagens, no caso do teatro. (terceiro
momento).
O momento final era o de avaliação,
bem como discussão de aspectos ligados
a organização interna, assim como leitura
de textos, audição de músicas e exibição
de vídeos referentes ao ECA, e a questões
relacionadas a história da dança e do
teatro (quarto momento).
Também era o momento de anotação
das tarefas para casa, do tipo observar
movimentos corporal das pessoas
em situações diferentes do cotidiano,
entrevistar professores, pais, vizinhos e
colegas da mesma idade para a composição
de personagens, ler pequenos textos.
RESULTADOS (ALCANÇADOS
OU ESPERADOS)
Um primeiro resultado, foi a discussão
critica com relação as coreografias e
musicas de sucesso. O projeto Ecarte
buscou trabalhar com músicas e
coreografias voltadas para a realidade
cotidiana em termos de
desejos,
necessidades e vontade, naquilo que está
relacionado a melhoria das oportunidades
e condições de vida .
Outro aprendizado importante, para
adolescentes e jovens que participaram
do projeto foi a importância do diálogo e
do trabalho em grupo, em razão da forma
como as decisões eram tomadas.
Já do ponto de vista da organização
estudantil, um resultado visível neste
campo foi o respeito e prestigio que o
grêmio estudantil passou a ter dentro
da comunidade escolar, por ser um dos
responsáveis pela iniciativa e em razão
IDEOLOGIA E PRODUÇÃO DAS
“VERDADES”
Educadores:
Elsie Rolim, Viviane Almeida
Elayne Melo, Deogenes Duarte
Dalva Rejane, Eliene Sousa
Anita Luiza Cabral, Carmen Simone
Escola Estadual 17 de Março
(Aracaju-SE)
38
Em
Debate
OBJETIVO GERAL
Gerar impacto ao analisar
como a língua e o uso de imagens
podem ser utilizados na produção
das “verdades”, na criação de
estereótipos e na produção de
preconceito e discriminação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
das informações que alguns estudantes
passaram a ter sobre seus direitos
constitucionais dentro e fora da escola.
Importante destacar o diferencial
mais importante do projeto Ecarte que é
a divulgação do ECA acontecer através
da finalização de um processo ativo de
convivência e aprendizagem artística
de crianças, adolescentes e jovens e não
simplesmente na condição de simples
espectadores
ou de assistentes de
espetáculos produzidos de fora.
Neste sentido, o Projeto Ecarte faz
prática e teoria ao mesmo tempo, por
exemplo, quando cria condições e
oportunidades não apenas para divulgar,
como também para realizar, mesmo
de forma limitada, algumas ações que
torna possível tornar realidade algumas
questões da cultura, do lazer e convivência
comunitária, conforme escrito no artigo
227 da constituição federal que afirma: “ É
dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança e ao adolescente, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocálos a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão” e no artigo 58 do
ECA. “No processo educacional respeitarse-ão os valores culturais, artísticos e
históricos próprios do contexto social da
criança e do adolescente, garantindo-se a
estes a liberdade de criação e o acesso às
fontes de cultura.”
1. Analisar o papel da mídia
na divulgação, reprodução e
manutenção de estereótipos e
preconceitos;
2.
Identificar
e
refletir
sobre preconceito e atitudes
discriminatórias
no
ambiente
escolar, familiar e demais espaços
sociais;
3. Estimular os alunos a
exercerem sua participação social
e se incidirem politicamente na
comunidade.
CRONOGRAMA DOS
TRABALHOS
1. Apresentação e interpretação
de imagens utilizadas na Psicologia
da Gestalt, tentando relacioná-las
com a noção de perspectiva e ponto
de vista.
2. A variação de versões e a
“produção da verdade”:
● Relatos de experiências vividas
pelos alunos: brigas e discussões.
3. Apresentação de textos/vídeos
para iniciar as discussões/diálogos
sobre o tema.
4. Análise dos enunciados
contidos nos textos/vídeos:
● A dimensão ideológica da
linguagem: enunciados explícitos e
implícitos;
● O papel do estereótipo na
formação do preconceito e na
produção de discriminação.
5. Apresentação de um filme
escolhido pelo professor que discuta
a produção de “verdades”;
6. Análise do conteúdo do filme:
● O papel da linguagem na
formação do “senso comum”, da
“memória coletiva” e d a “verdade”;
● Relações de poder visando
dominação, ou superioridade (Poder
Coersitivo) e a produção de preconceito.
7. Análise de experiências sobre
formação de grupos de poder:
● Relações de poder dentro
da escola: os clubes fechados; a
necessidade de marcar a diferença; a negativização de quem,
o do quê, está de fora;
● Relações de poder fora da
escola;
● O uso da linguagem e a
produção de “verdade” no grupo.
8. Jogo de Máscaras: Quem sou
eu? Quem é você?
9. Produção do vídeo: “Verdade?”:
● Etapas para a produção do
vídeo;
● Exploração dos programas
Windows Movie Maker e Jumpcut
(cadastro e programa).
CONTEÚDOS
●
Visualização,
análise
e
interpretação de imagens da Gestalt.
● Apresentação de textos/vídeos.
● Apresentação de filme.
● Produção de texto sobre grupos
de poder e preconceito.
● Produção do vídeo “Verdade?”
OPERACIONALIZAÇÃO
Etapa 1
Composta pela apresentação
das imagens da Gestalt e por sua
interpretação.
Algumasquestões
orais poderão guiar a discussão.
Etapa 2
Composta pela apresentação de
textos/vídeos.
Etapa 3
Composta por duas sub-etapas:
a) Leitura e análise dos textos/
vídeos.
b) Discussão sobre os enunciados
levantados pelos alunos.
Etapa 4
Composta pela apresentação e
discussão sobre do filme escolhido
pelo professor.
Etapa 5
Composta pela encenação de
situações envolvendo a participação
em grupos de poder e produção de
preconceito dentro da escola. Sub
etapas:
a) Discussão sobre as máscaras:
● As máscaras ao longo da
história;
● Os papeis sociais na constituição
do “eu” e o uso de máscaras como
papeis sociais: quem usa e quem
coloca em coloca em quem?
● A fixação da identidade em uma
só máscara (um só papel social).
b) Elaboração do texto a ser
encenado;
● O teatro enquanto gênero
literário;
● O uso da língua e a situação
comunicativa;
● Texto: a quem será que ele se
destina?
c) Confecção de máscaras a partir
de papeis sociais:
● Diversidade de materiais
utilizados:
-África: feitas de madeira e
pintadas;
-América: feitas de couro pintado
e adornadas de penas;
-Oceania: feitas de conchas
e madeira e com madrepérolas
incrustadas.
● O rosto como máscara: tintas
especiais, maquiagens e pinturas; as
cores e os sentimentos.
d) Encenação e filmagem.
● A marcação das
cenas;
● A linguagem verbal e a não
verbal: o poder da voz e do gesto.
● Instruções básicas sobre a
utilização da câmera de vídeo.
Etapa 6
Composta pela produção do vídeo
“Verdade?”
● Organização dos grupos
colaborativos;
● Listagem de ideias para a
criação do vídeo/pesquisa de
conteúdo: busca, análise, síntese;
● Criação do roteiro: apenas no
formato de esboço/rascunho;
● Coleta e organização do
material necessário;
● Edição do vídeo;
● Socialização da produção,
discussão e publicação (youtube,
blog da escola, etc.).;
AVALIAÇÃO
Serão
feitas
autoavaliações
individuais e grupais sobre o
envolvimento e a participação dos
alunos em cada uma das etapas. Os
produtos finais (Teatro de Máscaras
e Vídeo) e sua socialização também
serão avaliados coletivamente.
RESULTADOS ESPERADOS
Ao final do projeto espera-se que
os alunos sejam capazes de:
1. Aprofundar-se no estudo e
pesquisa sobre temas específicos;
2. Desenvolver a habilidade de
contar e escrever histórias;
3. Melhorar a fala e a desinibição
(alunos mais tímidos);
4. Melhorar a escrita;
5. Trabalhar a produção de
vídeos;
Maio | 2014
39
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
6. Desenvolver habilidades como
o desenho, a pintura e a modelagem;
7. Trabalhar cooperativamente;
8. Desenvolver senso crítico em
relação à sua realidade.
REFERÊNCIAS
CLASTRES, Pierre. A sociedade
contra o estado - pesquisas de
antropologia
política.
Título
original: La Société contre l’Etat._
recherches
d’anthropologie
politique. Tradução: Theo santiago.
São paulo: Cosac & Naify, 2003.
280p.
ELIAS, Norbert; e SCOTSON,
John. L.; Os estabelecidos e os
outsiders: sociologia das relações
depoder a partir de uma comunidade;
tradução Vera Ribeiro; tradução
do posfácio à edição alemã, Pedro
Süssekind – Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 2000, 224 p.
MERA Coincidência. Direção:
Barry levinson. Produção: Robert
de Niro, Barry Levinson e Jane
Rosenthal. Roteiro: Hilary Henkin e
David Mamet, baseado no livro de
Larry Beinhart. Intérpretes:Dustin
PROJETO FEIRA LIVRE NA ESCOLA
Educadoras:
Anna Paula Costa Marques
Rivanilde da Conceição Guimarães
Nove Escolas Municipais
(Pirambu-SE)
Analisando que a escola é o lugar
de interação entre os envolvidos nela e
na comunidade extra-escolar, além de
ser espaço de conhecimento formulado
através da sistematização dos conteúdos
e conhecimentos que temos do mundo e
de tudo que nele existe, nós professores
cursistas do Pró-Letramento 2012,
na cidade de Pirambu, resolvemos
desenvolver em algumas escolas deste
município o Projeto Feira Livre na
Escola, promovendo essa interação entre
as Unidades de Ensino envolvidas e a
comunidade, além de fazer integração
entre as disciplinas de Português, História,
Geografia, Sociedade e Cultura, Arte e
Matemática para desenvolver um trabalho
interdisciplinar partindo das pesquisas e
trabalhos dos alunos. Onde os mesmos
serão os pesquisadores e criadores, sendo
a escola e comunidade (povoados e
municípios), o espaço de pesquisa. Esse
projeto teve como objetivo principal
reconhecer à identidade sócio, econômica
40
Em
Debate
e cultural dos povoados e municípios
circunvizinhos buscando a integração da
comunidade escolar a prática matemática
vivenciada nas feiras livres. O trabalho
inicialmente desenvolveu atividades em
sala de aula juntamente com os alunos,
em que se aplicaram metodologias
que abordassem variados conteúdos
interligados à matemática. Além disso,
fomos conhecer e pesquisar as feiras
dos municípios de Pirambu, Japaratuba,
Carmopólis; nelas aplicamos questionários
com os feirantes; investigamos qual feira
apresenta melhor variação de preços;
analisamos se os processos de descartes
dos alimentos estragados prejudicam
o ambiente onde a feira livre acontece;
verificamos se os espaços são apropriados;
fizemos um comparativo entre as compras
realizadas na feira e no supermercado,
destacando assim, onde é mais vantajoso
comprar. Após esses momentos fizemos
uma arrecadação de alimentos pelos
povoados e sede do município de
Pirambu, alimentos esses que serviram
para a montagem da feira que foi
realizada como culminância do projeto.
Foram contabilizados todos os alimentos
arrecadados e distribuídos em uma lista
entregue a quem fizesse a feira. Foram
convidadas doze famílias carentes do
município de Pirambu, mediante cadastro
junto às escolas envolvidas no projeto.
Hofman, Robert de Niro, Anne
Hetch e outros. Música: Mark
Knopfler. Baltimore, USA: : New
Line Cinema., 1997. 1 DVD (97
min.), widescreen, color.
PSICOLOGIA DA GESTALT.
Imagens. Disponível em:
w w w. g e s t a l t e m f i g u r a . c o m . b r.
Acesso em: 20 maio 2011.
USUÁRIOS
de
Drogas.
Reportagem Rede Record de
Televisão. 2012.
Essas famílias tiveram direito as compras
sem nenhum ônus. Os alunos, juntamente
com os professores, confeccionaram
dinheiro e moedas para ser utilizado
nas compras e pesquisaram como é o
funcionameto de um banco, pois também
foi criado esse ambiente na escola em que
a feira foi montada. Nesse banco teve um
gerente que entregou um cheque nominal
a quem faria a feira; um caixa para fazer
a troca do cheque por cédula e moeda
(confeccionadas para tais fins). Foram
montadas barracas com cereais, verduras,
roupas, frutas e demais objetos vendidos
em feira livre, estes foram arrecadados
pelos alunos e professores envolvidos no
projeto. Na culminância as mães com seu
filho (aluno de uma das escolas envolvidas
no projeto) receberam sua lista de compras,
com nomes e preços dos alimentos para
assim o aluno por em pratica a leitura
dos nomes dos protudos e a identificação
dos preços. Com esse momento os
alunos conseguiram demonstrar o
raciocínio lógico matemático, além de
vivenciar a interdisciplinaridade entre
os conteúdos abordados em sala de aula,
proporcionando a atuação dos mesmos
como vendedores e/ou compradores
nesse ambiente criado para favorecer a
aprendizagem significativa, praticando
o que de fato compreenderam durante o
envolvimento e o desenvolvimento desse
projeto.
Palavras-chave: Feira livre, escola,
interdisciplinaridade, aprendizagem.
PROJETO ALMA AFRICANA
(UMA SÍNTESE)
Educadores:
Evanilson Tavares de França
Alexandra Valença Cardoso
Colégio Estadual John Kennedy
(Aracaju-SE)
A Lei 10.639 promulgada em 09 de
janeiro de 2003 estabelece “as diretrizes
e bases da educação nacional, para incluir
no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática ‘História
e Cultura Afro-Brasileira’” (BRASIL,
2003). A Resolução CNE/CP n.º 01/2004,
em seu Artigo 1º, institui
Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação das Relações Étnico-Raciais
e para o Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana, a serem
observadas pelas Instituições de ensino,
que atuam nos níveis e modalidades da
Educação Brasileira e, em especial, por
Instituições que desenvolvem programas
de formação inicial e continuada de
professores (BRASIL, 2004).
Em 2004, por iniciativa da deputada
estadual Ana Lúcia Vieira Menezes, a
Assembleia Legislativa (de Sergipe)
aprova e o governador sanciona a
Lei 5.497/2004 que, dentre outros,
determina funções para o Conselho
Estadual de Educação (“[...] apresentação
de Diretrizes Operacionais para a
implementação curricular da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana” nas Redes Pública e Particular
de Ensino do Estado de Sergipe [...]”),
em 90 dias, como dispõe o Artigo 1º;
e estabelece o 20 de novembro, Dia
Nacional da Consciência Negra, feriado
escolar – que, em nosso olhar, deve ser
compreendido como espaço/tempo
de reflexão-ação-reflexão e não como
momento de ócio improdutivo.
Por outro lado, como nos mostra
França (2003), o LAESER – Laboratório
de Análises Econômicas, Históricas,
Sociais e Estatísticas das Relações
Raciais, apresenta-nos dados que parecem
ratificar a existência de um apartheid
social campeando o solo brasileiro (com
certa frugalidade, graças à crença de uma
democracia racial) que precisa encontrar
obstáculos e a escola necessita converterse em instrumento para tal. Segundo
aquele Laboratório (LAESER)
O rendimento médio habitual da
PEA [população economicamente ativa]
branca foi igual a R$ 2.259,74 no mês
de dezembro de 2012, enquanto o da
PEA preta & parda foi de R$ 1.278,35.
Comparativamente a dezembro de
2011, o crescimento do rendimento foi
ligeiramente maior para os pretos &
pardos, com aumento real de 4,3%, do
que para os brancos (3,5%). Com isso
a desigualdade de renda entre brancos
e pretos & pardos passou para 76,8%,
em dezembro de 2012; contra 78,2%,
em dezembro de 2011. Ou seja, no
segundo ano do mandato da Presidenta
Dilma Rousseff, as assimetrias nos
rendimentos entre a PEA branca e preta
& parda das seis maiores RMs (regiões
metropolitanas) brasileiras se reduziram
em 1,4 ponto percentual (LAESER,
2013, p. 05).
Objetivando
contribuir
para
reconfiguração de um cenário que
marginaliza o povo negro , em 2010 o
Colégio Estadual John Kennedy instituiu
o projeto Alma Africana, a partir de ações
fecundadas pela interdisciplinaridade e
o protagonismo juvenil. Para tanto, cada
ano letivo (todo ele) é consubstanciado
por atividades capazes de sensibilizar
educadores/as e educandos/as, apostando
na criticidade e na criatividade –
propriedades, cremos nós, inerentes aos
seres humanos, mas que, por questões
variadas, terminam sendo eclipsadas
durante a constituição de homens e
mulheres.
Para a efetivação do projeto, são
adotados os seguintes procedimentos
metodológicos, durante o ano letivo:
•
Todas as sextas-feiras (Sextas
D’Arte, denominação atribuída) são
destinadas à exibição de filmes que
contemplem a história e/ou cultura negra
(ou temas que discutam preconceito
racial, discriminação, racismo,...). Assim,
são exibidos os seguintes filmes: Tempo
de Matar, Amistad, Mandela – luta
pela liberdade, Voltando a Viver, Hotel
Ruanda, Diamante de Sangue, Duelo de
Titãs, A Cor Púrpura, O Jardineiro Fiel,
dentre outros. Ao final de cada exibição,
são realizadas rodas de conversa,
objetivando melhor apreensão (e mais
aprofundamento) da temática enfocada;
•
O grupo de teatro da escola
(Grupo ParlaCÊNICO de teatro)
responsabiliza-se por montar, anualmente,
um espetáculo contemplando o tema
em foco. Em 2010, trabalhou-se o texto
homônimo do projeto (construído
pelos/as estudantes e pelo professor
coordenador do grupo) que, por conta
do aprofundamento, permaneceu em
2011. Em 2012, o grupo trabalhou a peça
“Solano Trindade: uma alma negra”;
•
São ministradas palestras com
diversas personalidades que pesquisam a
temática;
•
Cada turma, após a efetivação
das ações anteriores, escolhe um subtema
que deverá ser trabalhado em sala de
aula;
•
Realiza-se um intercâmbio
cultural, quando os anos/séries socializam
suas pesquisas (os subtemas estudados)
com os/as demais colegas;
•
Os anos/turmas também se
responsabilizam por apresentarem, na
culminância do projeto, uma modalidade
cultural de base africana;
•
A culminância do projeto Alma
Africana efetiva-se no mês de novembro
(na semana da Consciência Negra);
e, para tanto, realiza-se um seminário
apresentado pelos/as estudantes, em todas
as dimensões: mestres de cerimônia,
componentes das mesas de debate,
apresentações culturais (que abrem e
encerram o projeto).
A avaliação do projeto (aliás, como
deve ser) ocorre durante toda sua tessitura.
Para tanto, são definidos/as professores/as
padrinhos/madrinhas que acompanham
que acompanham as turmas, apoiam-nas,
coordenam a efetuação das atividades
(em acordo com dois/duas outros/as
coordenadores/as – alunos/as). Além
disso, a coordenação geral avalia
semanalmente o desenvolvimento das
Maio | 2014
41
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
ações destinadas a cada ano/turma.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 10.639, de 9 de janeiro
de 2003. Disponível em < http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/
l10.639.htm>. Acesso em março de 2012.
BRASIL. Resolução n.º 01/2004 de
17 de junho de 2004. Disponível em
<
http://www.uel.br/projetos/leafro/
pages/arquivos/DCN-s%20-%20
Educacao%20das%20Relacoes%20
Etnico-Raciais.pdf >. Acesso em 03 de
março de 2011.
FRANÇA, Evanilson Tavares de.
Escola e cotidiano: um estudo das
percepções matemáticas da comunidade
quilombola Mussuca em Sergipe
(dissertação/mestrado). São Cristóvão/
SE: UFS, 2013.
PROJETO “UM OLHAR SOBRE A
CULTURA NORDESTINA”
Educadores: Anita Luiza Cabral , Elayne
Melo Dantas, Viviane Almeida,
Deogenes Duarte
Escola Estadual 17 de Março
(Aracaju-SE)
OBJETIVOS
a) Geral
Conhecer diferentes aspectos da cultura
nordestina, enfocando a valorização e o
respeito à cultura da região nordeste, bem
como do Estado de Sergipe.
b) Específicos:
- Valorizar, preservar e difundir a cultura
nordestina;
- Demonstrar a importância das
manifestações culturais da região para
cultura popular;
- Enumerar os aspectos positivos de nossa
região, mostrando que a diversidade
cultural existe e que cada região tem seu
valor;
- Valorizar e perceber a linguagem
nordestina enquanto instrumento de
interação e expressão cultural;
- Conhecer alguns aspectos da cultura
sergipana, desenvolvendo atitudes de
valorização e respeito a essa cultura;
- Promover a criatividade por meio de
atividades com a música, dança, desenho/
gravuras e confecção de fantasia.
- Conhecer vida e obra de Luiz Gonzaga,
um dos grandes ícones da cultura
nordestina,
identificando
aspectos
socioculturais do Nordeste a partir da obra
do cantor/compositor.
42
Em
Debate
METODOLOGIA
O projeto esteve dividido em
etapas que envolvem variadas atividades
em classe e atividades extraclasses com o
objetivo de explorar diferentes aspectos da
cultura nordestina, mais especificamente
da cultura em Sergipe.
1- Atividades em classe
- Leitura e interpretação de textos diversos
sobre a temática do projeto;
- Pesquisas sobre temáticas referentes à
cultura nordestina;
- Pesquisas sobre aspectos da vida e obra
de Luiz Gonzaga;
- Produção de textos (pesquisas, relatórios,
cordel, dicionários, etc);
- Atividades contextualizadas em
diferentes disciplinas de ensino;
- Mostras de vídeos;
- Palestras e debates.
2- Atividades extraclasse/escola
- Visita aos museus da capital (Museu
do Homem Sergipano, Museu da Gente
Sergipana, Memorial de Sergipe);
- Ida ao cinema para exibição do filme
“Gonzaga – De pai para filho”;
- Visita à Casa de Cultura;
- Visita ao Mercado Municipal (fotografia
e entrevista com artesãos).
3Atividades
Culminantes:
desdobramentos
das
atividades
desenvolvidas no projeto:
- Exposição Intinerante “Luiz Gonzaga”:
material produzido pelo Mandato da
Deputada Ana Lúcia (PT/SE);
- Concurso e exposição de fotografia
“Um olhar sobre a Cultura Nordestina”:
exposição das fotos tiradas pelos alunos
LAESER – Laboratório de Análises
Econômicas, Históricas, Sociais e
Estatística das Relações Sociais. Revista
Tempo em Curso, ano V; Vol. 5; nº 2,
Fevereiro, 2013. ISSN 2177-3955.
SERGIPE. Lei 5.497, de 23 de
dezembro de 2004. Disponível em
<http://www.al.se.gov.br/Detalhe_Lei_
Imprimir.asp?Numerolei=5400>. Acesso
em 13 de janeiro de 2013.
durante a visita ao Mercado Municipal de
Aracaju;
- Festival de Música Nordestina
(apresentações de músicas nordestinas na
forma de canto coral, canto individual,
instrumental e dança, com a participação
dos alunos e professores);
- Mostra Científico-cultural com as
seguintes temáticas: Folclore Nordestino,
Personalidades Nordestinas, Música
Nordestina, Turismo no Nordeste,
Culinária Nordestina e Arte Nordestina.
RESULTADOS ALCANÇADOS
- Foi possibilitado aos alunos acesso às
informações sobre a cultura do estado
de Sergipe, do nordeste e da vida e obra
de um dos principais ícones da música
nordestina, Luiz Gonzaga, que, se
estivesse vivo, completaria 100 anos em
2012.
- Houve uma repensar sobre “O que é ser
nordestino”, refletido na fala dos alunos
durante as atividades de culminância, bem
como durante o processo de construção do
projeto;
- Diversificação do vocabulário, através
do acesso a diversos gêneros textuais;
- Sensibilização através de diferentes tipos
de artes, mais precisamente através da
música e fotografia;
- Percepção dos alunos que os aspectos
sociais da região nordeste trazem
elementos próprios e de grande riqueza;
- Permitiu maior socialização dentro da
escola.
- Desenvolvimento de atitudes de
valorização e respeito à cultura do
nordeste;
INFORMAÇÃO RELEVANTE
Acesso às atividades do projeto através
da página do Facebook: https://www.
facebook.com/pages/Projeto-Um-olharsobre-a-Cultura-Nordestina/10199463997
3263?ref=hl
PEGADA ECOLÓGICA - UMA ALTERNATIVA
PARA INSERÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
NAS AULAS DE MATEMÁTICA
Educador: Carlos Anselmo Dias
Escola Mun.Coronel Sabino
Ribeiro
(Maruim-SE)
OBJETIVOS
Objetivo geral
Introduzir a metodologia da Pegada
Ecológica para verificar os impactos
ecológicos como recurso didático para
compreensão dos conteúdos matemáticos,
e o desenvolvimento de consciência
ambiental.
Objetivos Específicos
• Envolver o aluno no processo
de construção do conhecimento
matemático de maneira ativa;
• Fazer reflexões sobre se suas atitudes
cotidianas são ecologicamente
sustentáveis;
METODOLOGIA
O projeto foi composto das seguintes
etapas:
A - Revisão da literatura sobre educação
ambiental, educação matemática e pegada
ecológica.
B – Planejamento da unidade didática que
teve como questões orientadoras:
1)
Pesquisar o consumo do item
básico da Pegada Ecológica (PE) referente
à alimentação.
2)
Verificar a aplicabilidade da
Pegada Ecológica no município de
Maruim.
C – Coleta de Dados:
Os dados foram coletados mediante os
trabalhos de avaliação desenvolvida na
unidade didática fundamentada no conceito
da Pegada Ecológica, nos princípios da
educação ambiental e através da observação
sistematizada das atitudes dos alunos.
D – Cálculo da Pegada Ecológica
• Para a demonstração do cálculo da
Pegada Ecológica (PE) foi trabalhado
dentro do item de alimentação o tema
resíduos sólidos, preocupando-se
nesse primeiro momento apenas com
os resíduos orgânicos, por exemplo:
restos de comida.
• Para o desenvolvimento dos cálculos,
foi adotada a “dieta de gás carbônico”
citada por DIAS (2002), a qual
expressa quantitativamente, através
de fatores de conversão, a quantidade
de gás carbônico liberado em virtude
do desenvolvimento das diversas
atividades humanas.
FORMIGUINHA: O PODER DA
AÇÃO INDIVIDUAL
Educador:
Danilo de Santana Moura
Escola Estadual Vice-Governador
Benedito Figueiredo
(Itabaiana-SE)
O presente trabalho relata a formação
de um grupo chamado FORMIGUINHA,
composto, inicialmente, por alunos e por
profissionais da Biologia e de áreas afins. A
ideia inicial é trabalhar temas de Ciências
Naturais sob a óptica da disciplina Artes. O
tema principal é SUSTENTABILIDADE;
o projeto possui, sobretudo, um
papel socioambiental. O Grupo é
multidisciplinar e promove ações benéficas
•
•
Para determinar a quantidade de área
em hectares de terra equivalentes
para absorver a quantidade de gás
carbônico gerada, será utilizada a
relação apresentada por Wackemagel
e Ress (1996) de: 1,8 toneladas de gás
carbônico (CO2) para 1 hectare (ha)
de terra.
Os resultados foram expressos em
hectares ou em unidades equivalentes
que evidenciem claramente a PE
calculada.
RESULTADOS ALCANÇANDOS
Procurar compreender os processos
de sustentabilidade do meio ambiente,
desenvolver a responsabilidade humana
nesse processo, indicar onde estão os
maiores impactos ambientais e tentar
promover uma mudança de atitude através
do consumo consciente e sustentável,
são requisitos básicos para desenvolver
uma nova postura perante as questões
ambientais. A partir dessa experiência,
observamos:
• Uma nova concepção do alunado no
que diz respeito aos resíduos sólidos e
ao seu desperdício;
• Quanto aos conteúdos matemáticos
ministrados durante as aulas, notase uma melhora quanto ao nível de
atenção e de interesse do aluno.
• E a partir do relato dos alunos,
seus familiares começaram a tentar
modificar seus hábitos alimentares
para
evitar
um
desperdício
desnecessário.
ao indivíduo (SUSTENTABILIDADE
INTRÍNSECA)
e,
posteriormente,
como consequência ao próprio meio
ambiente
(SUSTENTABILIDADE
EXTRÍNSECA).
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Minimizar as chances do envolvimento
de um aluno com drogas e violência,
aproximando-os da escola é o nosso maior
objetivo.
Objetivos específicos: Produção de
materiais que auxiliem no desenvolvimento
de uma educação ambiental; Participar de
eventos relacionados ao meio ambiente;
Maio | 2014
43
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
“Desenvolver” a autoestima dos alunos
para que confiem em si mesmos;
Disseminar a ideia do grupo para que mais
“formiguinhas” possam surgir; Produção
de artigos científicos pelos membros já
graduados e/ou graduandos e contribuir
para menor evasão escolar e maior
aprendizado.
METODOLOGIA
O grupo FORMIGUINHA,
como o nome sugere faz menção àqueles
insetos que vivem em sociedade – as
formigas. Partindo desse princípio e
sabendo que nessa sociedade existem
algumas divisões de funções em castas,
dentre elas: rainha, operárias e soldados;
todos os indivíduos do grupo inicial e os
demais voluntários serão chamados de
SOLDADOS. Uma vez que todos terão o
objetivo comum de defender a nossa mãe
Terra (RAINHA). Os demais integrantes
(alunos), à medida que forem entrando no
grupo serão chamados de OPERÁRIOS –
já que contribuirão para que grupo cresça
e como num formigueiro, garantindo o
sucesso de todo o grupo.
APLICAÇÃO
Colocaremos em prática diversas
oficinas para desenvolver e incentivar as
habilidades de cada aluno, inicialmente,
partindo de 4 eixos: MÚSICA, TEATRO,
PINTURA, DANÇA.
PRINCIPAIS RESULTADOS
OBTIDOS DENTRO E FORA DA
SALA DE AULA
•
Maior participação dos alunos
em atividades: Após conversas sobre a
PROJETO GENTILEZA
(RÁDIO ESCOLA)
Educadores:
Fátima Maria Pereira
Marques de Oliveira
EMEF Santa Rita de Cássia
(Aracaju-SE)
1- OBJETIVOS
Geral:
Incentivar gestos e ações que
envolvam gentileza, civilidade e
respeito ao outro.
Específicos:
- Ampliar a visão de mundo e
melhorar o nível de letramento;
- aproximar o alunos da leitura,
tornando-a familiar;
- incentivar a utilização correta
da fala e da escrita;
- colaborar para a redução dos
índices de analfabetismo funcional;
44
Em
Debate
- ampliar o universo musical
dos alunos;
- possibilitar o contato com
músicas de qualidade.
2 – METODOLOGIA
Criação de roteiros para programas
de rádio, gravação e divulgação dos
programas no ambiente escolar e nas
redes sociais, visando o que foi descrito
nos objetivos geral e específico.
Veiculação das produções dos alunos
e professores durante o intervalo das
aulas, possibilitado a transformação
dos espaços físico e virtual, em espaços
lúdicos e de aprendizado.
Utilização da leitura de textos,
poemas e livros, estimulando o
protagonismo juvenil e o trabalho em
grupo.
Incentivo a uma prática social
solidária, a partir da gravação livros
destinados à Sala de Recursos da
escola; bem como ao exercício da ética,
incoerência entre o comportamento
no grupo e a indisciplina em sala de
aula, muitos alunos mudaram a postura
diante do conteúdo programático
das disciplinas. Alguns professores
procuraram o grupo para dar o
depoimento da melhora de alguns
alunos.
•
Menor violência entre os
alunos: alunos que se envolviam em
brigas, agressões acabaram assumindo o
compromisso de não usar da violência para
resolver problemas do cotidiano na escola.
•
Relação
professor-aluno:
O respeito escasso, até então, em
sala de aula tem sido reconquistado.
Frases como essas são comuns nos
discursos dos alunos: “Professor te
considero demais!” ; “Professor Jesus
te ama! Nunca acabe esse projeto!”; “O
professor é moral.”
considerando que os livros a serem
gravados estão em domínio público
(prática prevista para o 2º semestre).
3 - RESULTADOS
2012: - Produção de Roteiro e
gravação dos programas: Gentileza
é dar bom dia ; - Amigos animais;
- Cuidados com o “NET” e Mundo
Estranho; - Tocando Flauta (Alunas do
4º. Ano); - Paz na Escola (Alunas do 4º.
Ano)
Utilização das redes sociais para
divulgação das atividades do Projeto:
- facebook (http://www.facebook.
com/radiogentileza);
- blogger ((http://radiogentileza.
blogspot.com)
- radiotube - http://www.radiotube.
org.br/meuperfil-3440
2013:
- Boas-Vindas (Alunos do 6º.,7º. e
9º. Ano); - “Vale a pena ter um jardim?”
(Alunas do 8º. Ano); Chamadas para a
IV Conferência Infantojuvenil pelo
Meio Ambiente;(Alunos do 8º. E 9º.
Ano); Paz na escola: contra o bullying;
(Alunas do 9º. Ano); - Campanha
de combate à dengue(Profa. Selma
Oliveira); - Programa de Índio (Profa.
Fátima Marques). A LINGUAGEM MUSICAL E SUAS
CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO
INFANTIL NA TURMA DE 04 E 05
ANOS NO ASSENTAMENTO
• 08 DE
Observar
aspectos positivos
OUTUBRO
Educadora: Cristina Alves
Escola Municipal Francisco José
dos Santos
(Simão Dias-SE)
no trabalho com a música na educação
infantil;
•
Trabalhar as experiências de
aprendizagens a partir de músicas infantis;
•
Criar novas possibilidades de
trabalhar a leitura através das músicas;
•
Listar junto com as crianças
músicas preferidas que possam intermediar
o processo de ensino aprendizagem;
•
Elaborar um CD com as músicas
da preferência das crian
OBJETIVOS
GERAL
Analisar a importância da linguagem
musical para a aprendizagem das
crianças na educação infantil objetivando
a construção de um currículo que
potencialize o desenvolvimento infantil.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•
Identificar as metodologias
utilizadas com o recurso musical que
facilitem a aprendizagem das crianças;
•
Observar como a música é
inserida nos conteúdos programáticos da
educação infantil;
METODOLOGIA
O projeto foi composto por 04 (quatro)
etapas a saber:
1ª Etapa: Abordagem qualitativa da
pesquisa e estudos acerca de referenciais
teóricos;
2ª Etapa: Observação a partir do estudo
de campo os aspectos a serem analisados;
3ª Etapa : Coleta de dados iniciais;
4ª Etapa: Sugestões de novas estratégias
de atuação e atividades em torno da
musicalização em sala de aula com as
crianças com foco nas novas habilidades
LEITURA ENTRE AS GRADES:
PROCESSO PARA LIBERTAÇÃO
Educadora:
Eliana Oliveira dos Santos
Escola Estadual Coronel Francisco
Souza Porto/Presídio Feminino
(Aracaju-SE)
OBJETIVOS
Objetivo geral
Possibilitar o acesso aos livros das
diversas vertentes literárias e o prazer
pelo hábito da leitura, permitindo o
deslocamento imaginário, tendo o
universo como limite.
Objetivos Específicos
•
Estimular a busca de novos
e competências acerca da linguagem
musical.
RESULTADOS ALCANÇADOS
Ao finalizar a proposta pensada com as
crianças foi possível perceber que quando
se trata do trabalho com a educação
infantil é necessário, antes de tudo, entrar
no universo infantil para absorver delas o
que mais as lhe interessam, e com isso seja
estabelecida uma ligação entre o trabalho
pedagógico e a ludicidade, nesse caso
optamos pela música, sabendo-se pois que
já no ventre materno essa prática se faz
presente e que se estende ao longo do seu
desenvolvimento entendemos também
que pode contribuir no processo de ensino
aprendizagem.
Sinto-me realizada com a conclusão
deste trabalho, pois quando se trata do
trabalho com educação e especialmente
a educação infantil, a ordem acontece da
criança para o professor e não do professor
para a criança, assim a educação acontece
no movimento dialético entre criançaprofessor e professor-criança, e desse
modo não só a criança aprende mas ambos
aprendemos juntos ao vermos o semblante
de uma criança quando sorrir a cada nova
aprendizagem, e isso nos ensina que ser
professor é muito mais do que transmitir
códigos, mas mostrar a cada dia que não
basta apenas aprender a ler e escrever mas
é necessário vivenciar cada aprendizagem.
conhecimentos;
•
Permitir um diálogo mais
aprofundado com os conteúdos didático
formal e informal e o debate sobre os
temas do cotidiano;
•
Contribuir para a racionalização
na solução de problemas e o senso crítico
no exercício da sua cidadania;
•
Proporcionar o estímulo à
criatividade, autonomia e a elevação
da autoestima das internas envolvidas
diretamente na operacionalização do
projeto.
METODOLOGIA
No primeiro momento, os livros, que
são adquiridos em forma de doação, são
registrados no computador, carimbados,
Maio | 2014
45
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
classificados por assuntos e cores,
catalogados e, finalmente, expostos na
estante. O trabalho é embasado no folheto
Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão
A tela e o texto Setor de Bibliotecas
Comunitárias, sendo realizado com
quatro (04) internas ⁄ colaboradoras, sob a
orientação pedagógica.
No segundo momento, as colaboradoras
⁄ internas da Biblioteca fazem o
levantamento dos livros e se dirigem até
as celas para informar os títulos existentes.
As internas escolhem livremente a obra
a ser lida, não havendo imposição; por
se tratar do Sistema Prisional, as ações
são permeadas pelos procedimentos de
segurança e para tomada de decisões,
algumas restrições para o acesso aos livros
são impostas.
No terceiro momento, as informações
são trazidas pelas colaboradoras até a
biblioteca, onde os livros são selecionados,
registrados na ficha de controle de entrada
e saída de livros e, por último, levados no
carrinho às demais internas no local onde
estão segregadas. Os livros ficam com as
leitoras por um período de quinze dias,
podendo ser renovados por mais quinze,
sendo que cada leitora poderá fazer o
empréstimo de no máximo dois livros ou
duas revistas, quinzenalmente.
No último momento, as leitoras mais
assíduas da biblioteca são convocadas
para a participação de eventos culturais
realizados pelo Setor Pedagógico.
RESULTADOS A SEREM
ALCANÇADOS
O projeto se configura pelo trabalho
inédito no Sistema Prisional do Estado
de Sergipe, visto que está sendo
O USO DA TECNOLOGIA NA PRODUÇÃO
DE GÊNEROS DO DISCURSO: UMA ÓTIMA
MANEIRA DE CONSTRUIR O
APRENDIZADO
&
LER E ESCREVER COM PRAZER:
O CAMINHO CERTO PARA O SUCESSO
NA APRENDIZAGEM
Educadora:
Edirene Melo Santana Souza
Escola Mun.Profº José Augusto Barreto
Colégio Estadual Cícero Bezerra
(Nossa Senhora da Glória-SE)
JUSTIFICATIVA
Muitas são as possibilidades de se
pensar nos gêneros do discurso em uma
perspectiva construtivista de educação, no
entanto, nem sempre essas expectativas
abrangem os ideais pregados pela
escola, o que faz com que as práticas
pedagógicas aconteçam de forma bastante
desestruturada.
Na Escola Municipal Prof. José
Augusto Barreto e no Colégio Estadual
46
Em
Debate
Cícero Bezerra, esse trabalho pedagógico
foi pensado de forma bastante abrangente,
em projetos de leitura e de escrita que
procuraram resgatar muito de nossa
literatura, além de construir um itinerário
bastante promissor na construção e
consolidação de nossas práticas educativas.
Está bem claro que para escrever bem é
preciso ler bem também.
Através de atividades de construção
literária os alunos puderam ao longo de três
anos consecutivos produzir suas poesias,
e seus slaids, de forma a desenvolver
o hábito e a habilidade de ler e produzir
dentro de um patamar educativo e criativo.
METODOLOGIA
Na Escola Municipal Prof. José
Augusto Barreto, o trabalho foi realizado
através de um Concurso de Poesia e
no Colégio Estadual Cícero Bezerra,
realizado para o crescimento intelectual
de mulheres em situação de prisão e
contribui efetivamente para auxiliar
no processo de emancipação dessas
mulheres, tornando-as cidadãs mais
conscientes, com uma visão mais ampla
e crítica do mundo e ajudando-a na
transformação de si e da realidade em
que vive. E, é utilizado como instrumento
de lazer e socialização, o que facilita
um maior acesso ao conhecimento,
ensejando a integração das custodiadas
no seu cotidiano e, inclusive, extramuros.
Observações relevantes
O projeto está sendo executado desde
2010, concomitantemente com atividades
inovadoras enriquecendo o projeto da
Biblioteca Itinerante, como palestras,
Jornalfem, gincanas, saraus literário, rodas
de leitura, entre outras.
o mesmo foi efetuado através de uma
produção de slaids, ambos em oficinas.
CRONOGRAMA DE
ATIVIDADES
- CONCURSO DE POESIA: LER
E ESCREVER COM PRAZER: O
CAMINHO CERTO PARA O SUC
ESSO NA APRENDIZAGEM
*Pesquisas de poesias e de referencial
teórico sobre a literatura nacional;
*Divulgação do trabalho entre os
alunos do 5º ao 9º anos através de cartazes
e avisos em sala de aula, bem como da
rádio local;
*Busca de patrocínio para premiação
dos vencedores do concurso;
*Organização e realização das
oficinas(duração de um mês);
*Organização e entrega dos ofícios
aos jurados, artistas locais, comunidades
extraescolares e representantes das
secretarias de educação e de cultura do
município;
*Realização do concurso através de
abertura com atividade cultural local,
recitação das poesias em duas categorias:
a primeira própria, onde o aluno constrói
sua poesia e em segunda categoria onde
o aluno recita uma poesia de outro autor,
em sequencia entrega da premiação aos
vencedores.
*Preparação e participação na
CINEART (FEIRA DE CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE SERGIPE)
- PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE
SLAIDS; O USO DA TECNOLOGIA
NA PRODUÇÃO DE GÊNEROS DO
DISCURSO: UMA ÓTIMA MANEIRA
DE CONSTRUIR O APRENDIZADO
*Preparação dos alunos de turmas de 2º
anos médio, para recebimento e produção
das atividades;
*Organização da tecnologia existente
na escola e dos alunos para a produção dos
slaids;
*Início da produção nos slaids(educação
sexual, meio ambiente, racismo, etc.);
*Apresentação dos slaids em salas de
aula da escola e em diversos locais como,
fóruns estaduais, encontros pedagógicos,
etc.
*Preparação e participação na
CINEART (FEIRA DE CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE SERGIPE)
AVALIAÇÃO
Ambos os trabalhos foram avaliados
de acordo com a participação dos
alunos no desenvolvimento e realização
de todas as atividades propostas pela
metodologia dos projetos. É importante
destacar e registrar que ambos foram
apresentados na CINEART (FEIRA
DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
SERGIPE), sendo que o projeto do
Colégio estadual Cícero Bezerra Cícero
Bezerra, intitulado como O USO DA
PROJETO: A HISTÓRIA EM
QUADRINHOS COMO PRÁTICA
PEDAGÓGICA NO ENSINO
DE PORTUGUÊS
Educadora:
Miriam Ferreira de Matos Cruz
Colégio Estadual Prof. Gonçalo
Rollemberg
(Aracaju-SE)
OBJETIVOS
Objetivo geral
Possibilitar, através das Histórias
em Quadrinhos, a união do trabalho
pedagógico com leituras diversas, criando
assim um ambiente de aprendizagem
agradável e incentivador ao aluno.
Objetivos Específicos
•
Transformar a escola num
espaço privilegiado à construção de
conhecimento pelo aluno, incorporando,
aos poucos, a sua prática através de outro
tipo de discurso, a história em quadrinhos;
•
Proporcionar aos alunos um
espaço para que possam construir o
conhecimento de forma dinâmica onde
os professores passem a desempenhar o
papel de mediadores do conhecimento,
explorando a criatividade, a iniciativa e a
interatividade;
•
Oferecer oportunidade para que
os alunos produzam e apresentem suas
criações;
•
Propiciar momentos de contato
com HQ de Hagar e Turma da Mônica
para leitura e análise;
•
Retomar as características de
gênero;
•
Possibilitar aos alunos do 1 e 2
ano o entendimento dos conhecimentos
de Análise Sintática, através da criação de
histórias em quadrinhos.
METODOLOGIA
Este projeto foi desenvolvido através
de pesquisas, todas relacionadas com
Histórias em Quadrinhos, em 04 (quatro)
etapas, a seguir:
TECNOLOGIA NA PRODUÇÃO DE
GÊNEROS DO DISCURSO: UMA
ÓTIMA MANEIRA DE CONSTRUIR
O APRENDIZADO, recebeu premiação
única do estado de Sergipe na categoria
de artes, tendo destaque na internet, e
estando inclusive na página da CINEART,
os mesmos deverão participar do evento
também em 2013, e posteriormente em
eventos de cunho nacional, é importante
destacar também que a CINEART é
organizada através de uma parceria entre a
Universidade Tiradentes e a Universidade
federal de Sergipe, entre outros parceiros,
onde grande parte dos professores das
redes estadual e municipais de Sergipe
apresentam suas práticas pedagógicas e
os alunos juntamente com professores
recebem certificados de participação na
feira, além de brindes aos vencedores.
ATIVIDADES DA 1a ETAPA:
Proposta de planejamento das histórias.
ATIVIDADES DA 2a ETAPA:
Elaboração das histórias em quadrinho.
ATIVIDADES DA 3a ETAPA:
Entrega dos trabalhos.
ATIVIDADES DA 4a ETAPA:
Culminância com a exposição das
Histórias em quadrinhos.
RESULTADOS A SEREM
ALCANÇADOS
Considerando os objetivos deste
trabalho, acreditamos que a utilização das
Histórias em Quadrinhos como prática
pedagógica pode ser uma ferramenta
auxiliar no ensino de português, pois,
hoje em dia nenhum professor transmite
conteúdo aos seus alunos sem que haja
encantamento por ele. Nesse sentido, este
trabalho buscou firmar-se na teoria de que,
divertindo, é possível ensinar, despertar o
interesse e aguçar o senso crítico do aluno.
Ensinar é um desafio nos dias
de hoje. “Muito se fala em renovação
de ensino”, mas pouco tem sido feito
na prática. Levantar questionamentos,
instigar e despertar no professor vontade
de ensinar é necessário, pois só assim o
aluno vai entender que aprender pode ser
divertido.
Maio | 2014
47
Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
“PROJETO EDUCARTE: EDUCAÇÃO
ATRAVÉS DA ARTE”
Educadora:
Stella Regina Cáceres Teixeira
Colégio Estadual Presidente Costa
e Silva
(Aracaju-SE)
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Contribuir para ampliar a visão do
aluno e com isso servir como verdadeiro
potencializador de aprendizagem da arte e
demais áreas do conhecimento.
Objetivos Específicos
•
Propiciar materiais para o
desenvolvimento da disciplina de artes;
•
Fomentar a pesquisa na área de
artes visuais;
•
Estimular
consciência
artística através de trabalhos manuais
desenvolvidos pelos alunos;
•
Alcançar através de ações de
conscientização artística o maior número
possível de alunos.
METODOLOGIA
Ao optarmos por uma metodologia
compartilhada de ação da escola, devemos
48
Em
Debate
considerar, desde o inicio do processo
de planejamento, a participação dos
alunos, professores, demais funcionários,
bem como dos possíveis parceiros que
pretendem desenvolver um trabalho
conjunto com a unidade escolar. Todas as
iniciativas que pretendemos realizar dentro
do espaço escolar: palestras de diferentes
temáticas, oficinas, apresentações teatrais,
exposições, devem surgir do debate
e da tomada de decisão, envolvendo
comunidades internas e externas, alem de
parcerias de nossa sociedade.
Todavia, para realização deste projeto
serão feitas pesquisas bibliográficas
que fornecerão o Referencial Teórico
para análise dos dados. Estes serão
tabulados e categorizados para posterior
análise comparativa, devendo ainda
serem utilizados como principal fonte
de embasamento da pesquisa, à luz do
referencial teórico.
Faz-se necessário também, dominar
conhecimentos sobre a metodologia do
ensino na educação através da arte, pois
serão utilizados para subsidiar o projeto.
Este projeto tem caráter analítico
descritivo e utilizará métodos de
interpretação quantitativos e qualitativos.
Será dividido em duas etapas:
1ª Etapa: Oficinas de Máscaras e
Xilogravuras
2ª Etapa: Continuação das Oficinas de
Máscara e Xilogravura para acabamento.
3ªEtapa: Feira Nordestina com
apresentação do resultado das oficinas
ATIVIDADES DA 1ª ETAPA:
1- Apresentação de exemplos de
máscaras cênicas;
2- Explicação da técnica utilizada nas
máscaras;
3- Confecção das máscaras em dupla;
ATIVIDADES DA 2ª ETAPA:
1- Pintura das máscaras;
2- Colagem de adereços decorativos
nas máscaras,
3- Acabamento
ATIVIDADES DA 3ª ETAPA:
1- Ornamentação da Escola para a
Feira Nordestina;
Apresentação dos trabalhos na Feira
Nordestina;
RESULTADOS ALCANÇADOS
A produção artística não deve ser
apenas uma manipulação mecânica de
materiais e apreensão de técnicas, mas
estar estreitamente vinculada a uma
consciência cultural e histórica, onde a
expressão se manifesta com propriedade.
A criança e o adolescente são encorajados
não só a se expressarem por intermédio
da arte, mas também a compreendê-la,
absorvendo seus conteúdos e criticá-la,
tornando-se um participante ativo de seus
processos.
Então, baseado nessa premissa os
alunos desenvolveram o gosto e o interesse
pelas artes de uma forma geral, através
da manipulação de técnicas artísticas
educativas.
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Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE
II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas
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Debate