programa - Companhia Nacional de Bailado

Transcrição

programa - Companhia Nacional de Bailado
DIREÇÃO ARTÍSTICA
LUÍSA TAVEIRA
A BELA
ADORMECIDA
Coreografia Marius Petipa
Versão e coreografia adicional Ted Brandsen
Música Piotr Ilitch Tchaikovski
Argumento segundo Charles Perrault
Cenografia e figurinos António Lagarto
Desenho de luz Paulo Graça
Ensaiadores Cristina Maciel, Maria Palmeirim,
Adeline Charpentier, Rui Alexandre, Fernando Duarte
ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA
Direção musical Pedro Neves
Estreia absoluta (versão Marius Petipa)
São Petersburgo, Teatro Marinski, 15 de Janeiro 1890
Estreia absoluta (versão CNB)
Porto, Rivoli Teatro Municipal, 11 de Março 1998
TEATRO CAMÕES
08 - 18 MARÇO 2012
dias 08, 09, 10, 16 e 17 às 21h; dias 11 e 18 às 16h (Tarde
­­
Família)
ESCOLAS dia 15 às 15h
PRÓLOGO
I ATO
II ATO
III ATO
O Batizado
A Maldição
A Visão
O Casamento
A notícia do nascimento da Princesa Aurora é recebi-
Os anos passaram e celebra-se o 16º aniversário da
Decorreram cem anos. O Príncipe Desejado dança
Catalabute anuncia a chegada dos convidados para
da com grande alegria, em todo o reino.
Princesa Aurora. O Rei convidou quatro príncipes de
sozinho e não esconde a sua melancolia. Surge então
a boda dos jovens príncipes.
Catalabute, Mestre de Cerimónias do palácio, orienta
reinos distantes, na esperança de que a sua filha se
a Fada Lilás. Graças aos seus poderes mágicos, revela-
Protegidos pela Fada Lilás e na presença de toda a
os convidados e anuncia a entrada da Rainha e do Rei.
apaixone por um deles.
-se perante o Príncipe a visão de Aurora e das Ninfas.
corte, a Princesa Aurora e o Príncipe Desejado cele-
Vai ter início o batizado real. Após a entrada dos cor-
Mais uma vez, Catalabute é Mestre de Cerimónias
Perturbado por aquela imagem maravilhosa, o Prín-
bram a real boda. Nem mesmo a presença discreta
tesãos, chegam as seis fadas madrinhas para oferecer
do baile. Anuncia a chegada da Rainha e do Rei. Os
cipe Desejado pede à Fada Lilás que o conduza até ao
de Carabosse quebra a ilusão da vitória do Bem so-
à Princesa Aurora os seguintes dons: beleza, encanto,
príncipes convidados e demais cortesãos aguardam
palácio da bela princesa adormecida.
bre o Mal.
prosperidade, eloquência, energia e sabedoria.
impacientes a chegada da Princesa Aurora.
Ainda a Fada Lilás não tinha anunciado o seu dom,
A sua entrada é finalmente anunciada por Catala-
O Acordar
quando, com espanto geral, entra a terrível fada
bute e, desde logo, todos ficam fascinados com a
A Fada Lilás conduz o Príncipe Desejado até ao
Carabosse.
beleza da jovem Princesa.
palácio real. Carabosse e os seus acompanhantes
Furiosa por não ter sido convidada, e recusando as
Os quatro príncipes dançam com ela e sucessiva-
procuram impedir que os desejos da Fada Lilás se
desculpas da Rainha e do Rei, Carabosse apressa-se
mente oferecem-lhe uma rosa, como sinal da sua
concretizem, mas, de novo, o Bem vence o Mal, e
a lançar uma maldição sobre a Princesa: “ A vossa filha
paixão. No entanto, a jovem Princesa não parece
Carabosse é forçada a desistir dos seus intentos.
crescerá saudável, feliz e belíssima, mas no dia do seu
demonstrar nenhuma preferência.
Finalmente, o Príncipe Desejado é levado à presença
16º aniversário picar-se-á e morrerá!”
Os acontecimentos precipitam-se: um desconheci-
da bela adormecida.
A maldição assusta todos os presentes e é a Fada Li-
do aproxima-se da Princesa e oferece-lhe uma rosa.
A beleza serena da Princesa Aurora emociona o Prín-
lás que, mantendo a calma, vai transformar o terrível
Aurora aceita-a e pica-se. Cambaleante, desfalece de
cipe. Delicadamente, este beija a Aurora que, de
presságio. Não podendo anular o maléfico de Cara-
seguida e, com grande horror, todos a julgam morta.
imediato, acorda.
bosse, a Fada Lilás anuncia que a Princesa Aurora não
É então que os presentes reconhecem a terrível
Tomando-a nos braços, os dois príncipes dançam
dormirá para sempre, mas apenas até que seja acor-
Carabosse e os seus acompanhantes.
apaixonados.
dada pelo beijo de um príncipe que a mereça.
Será mais uma vez a Fada Lilás que, mantendo a
calma, lembrará que a maldição de Carabosse não
será cumprida: Aurora dorme apenas. Com um
gesto, a Fada Lilás lança a sua magia sobre o palácio
e todos adormecem na companhia da Princesa
Aurora, até que um príncipe a liberte da maldição
com um beijo enamorado.
TED BRANDSEN
VERSÃO E COREOGRAFIA ADICIONAL
Ted Brandsen nasceu em 1959, na Holanda. Foi
a Wayne Eagling na direção artística, mantendo,
bailarino no Ballet Nacional da Holanda entre 1981
contudo, a sua atividade como coreógrafo. Desde
e 1991, onde deu os primeiros passos como coreó-
então criou Body e O Pássaro de Fogo em 2004 e
grafo ao participar no atelier coreográfico anual.
Stealing Time em 2006. No ano seguinte criou
Nos anos seguintes criou para várias companhias
Hallelujah Junction e em 2008 estreou a sua surpreen-
na Holanda. Em 1991 terminou a carreira de bailari-
dente versão de Coppelia. Ainda nesse ano coreogra-
no para se concentrar na composição coreográfica.
fou In Between, integrado no programa In Space, que
O seu primeiro trabalho desta nova fase, criado
envolveu a colaboração de nove coreógrafos. No ano
para o Ballet Nacional da Holanda, foi Four Sections
de 2010 Brandsen criou Duet para a Gala do Festival
distinguido em 1992, com o prémio Perspectiefprijs,
de Dança da Holanda. Para a Companhia Nacional
de incentivo para jovens artistas. Seguiram-se as
de Bailado, Ted Brandsen remontou, em 1997, Bach
criações Crossing the Border em 1993, Blue Field e
Move e no ano seguinte foi responsável pela versão e
Bach Moves em 1995, para a mesma companhia.
coreografia adicional de A Bela Adormecida. /
Atualmente são várias as coreografias de Brandsen
que integram o reportório de companhias como
o Ballet Estatal de Istambul, Ballet-Teatro de
Bordeaux, Ballet de Israel, Donau Ballet, American
Ballet West, Ballets de Monte-Carlo e as holandesas Introdans e Djazzex. Brandsen tem igualmente recebido encomendas para criações por parte
da Fundação Holandesa para as Artes, CaDanse
Festival em Haia, Festival Holandês de Dança e NOS
Television. Em 1998 Brandsen foi nomeado diretor
artístico do West Australian Ballet, em Perth. Criou
várias peças para esta companhia, nomeadamente
Carmen no ano 2000 e Pulcinella em 2001. Brandsen
revela grande aptidão no seu trabalho coreográfico.
O estilo que adota contém traços de um passado
clássico que se desenvolve numa linguagem gestual
lírica e atual. Em janeiro de 2002 Brandsen regressa ao Ballet Nacional da Holanda, originalmente
«O maravilhoso muda de narrativa,
mas não muda de sentido.
Apresenta sempre os mesmos traços
do sonho e serve para as pessoas se
compreenderem melhor.»
como assistente de direção e coreógrafo residente.
O primeiro trabalho a ser criado após o seu retorno,
Light Journey, foi estreado em setembro de 2002. No
Agustina Bessa-Luís
início da temporada 2003/04, Brandsen sucedeu
A Bela Adormecida, Edição CNB
MARIUS PETIPA
PIOTR ILICH TCHAIKOVSKI
ANTÓNIO LAGARTO
PAULO GRAÇA
COREOGRAFIA
MÚSICA
CENOGRAFIA E FIGURINOS
DESENHO DE LUZ
Marius Petipa, nascido em Marselha, em 1819, é con-
Piotr Ilich Tchaikovski foi o compositor de bailado
Cenógrafo, figurinista e artista plástico. Formou-se
Paulo Graça iniciou a atividade de desenhador de
siderado o ‘pai do ballet clássico’. Inicia a formação
mais significativo do século XIX, escrevendo os três
no Royal College of Art e na St. Martin’s School of Art.
luz, em 1978, diversificando o seu trabalho por áre-
em dança, com o pai Jean Petipa, bailarino e profes-
mais populares clássicos, cuja música é de uma espe-
Foi diretor do Teatro Nacional D. Maria II, em 2004 e
as artísticas como o teatro, a dança, exposições,
sor francês, com quem, aos doze anos se estreia na
tacular riqueza emocional e dramática: O Lago dos Cis-
2005 e subdiretor entre 1989 e 1993. Dirigiu o Festival
moda, performance e ópera. Paralelamente man-
produção La Dansomanie, de Pierre Gardel. A partir
nes, A Bela Adormecida e O Quebra-Nozes. Tchaikovski
Internacional de Teatro – FIT, Lisboa, de 1990 a 1995.
teve colaborações com arquitetos na área de ilu-
dos quinze anos, o seu percurso passa pelas cidades
era um homem de índole complexa. Fazia longos pas-
O seu trabalho para teatro, dança, ballet e ópera,
minação arquitetónica, de interiores e decorativa,
francesas de Bordeús, Nantes – onde coreografa as
seios diários, a pé (que usava para desenvolver as suas
tem sido apresentado nos Teatros Nacionais de São
para hotéis, lojas, bares, restaurantes e habitação.
primeiras obras – e Paris. Em 1845 fixa-se em Espanha.
criações artísticas), viajava bastante e tinha um medo
Carlos, D. Maria II e S. João, pela Companhia Nacional
Trabalhou com os mais representativos encenado-
Estuda castelhano e cria obras como Carmen et son
terrível da solidão, das trovoadas e da sua própria ho-
de Bailado – cenários e figurinos de A Bela Adormecida,
res, coreógrafos e cenógrafos como, por exemplo,
Torero, La Perle de Seville ou La Fleur de Grenade. Em 1847,
mossexualidade reprimida. Foi professor de Teoria
Giselle, O Lago dos Cisnes e figurinos de Romeu e Julie-
Ricardo Pais, João Perry, Carlos Avilez, Jorge Silva
contratado pelo Teatro Imperial de São Petersburgo,
e Composição no Conservatório de Moscovo, mas
ta –, no Ballet Gulbenkian e ainda no Sadler’s Wells
Melo, Jorge Listopad, Júlio César, Nuno Carinhas,
viaja para a Rússia onde acaba por se radicar o resto
conseguiu, após uma ajuda financeira de uma viúva
(Londres) e teatros em Paris, Madrid, São Paulo e na
João Mota, Álvaro Correia, José Caldas, Margarida
da vida. Como bailarino principal é aclamado em in-
rica, Nadezhda von Meck, deixar o ensino e dedicar-se
Ópera de Turim. Criou os cenários de A Viúva Alegre,
de Abreu, Olga Roriz, Paulo Ribeiro, Benvindo Fon-
terpretações de bailados como Paquita, Giselle, O Cor-
unicamente à composição. Tchaikovski foi bastante
de Franz Léhar, encenada por Jorge Lavelli, em reposi-
seca, Vera Mantero, Gagik Ismailian, Clara Ander-
sário ou Fausto. Considerado como um excelente baila-
influenciado, nas suas composições musicais, pelos
ção na Ópera de Paris, em Março/Abril. Entre os mais
matt, Octávio Clérigo, José Manuel Castanheira,
rino e partenaire, as suas interpretações e pantomima
compositores nacionalistas russos que compunham
recentes trabalhos destacam-se Don Giovanni, de
António Lagarto, José Costa Reis, Nuno Carinhas,
viriam a tornar-se exemplos para muitas gerações de
o Grupo dos Cinco (Balakirev, Rimsky-Korsakov, Mus-
Mozart (Teatro Nacional de São Carlos) e Máquina de
Jasmim Matos, António Casimiro, Nuno Côrte-Real
bailarinos. Em 1854 assume funções de pedagogo na
sorgsky, Borodin e Cui), ainda que as suas obras sejam
Somar, de Joshua Schmidt e Jason Loewith, encenada
ou José Rodrigues. Colaborou com os arquitetos Ál-
Escola Imperial, enquanto se mantém como bailarino
consideradas de um carácter mais internacional. Um
por Fernanda Lapa. Criou para encenações de Ricardo
varo Siza Vieira, Manuel Graça Dias, Nuno Lacerda
e responsável pela reposição de obras do repertório
casamento falhado levou-o a um estado de desespe-
Pais, Alain Ollivier, Nuno Carinhas, Cornélia Géiser,
Lopes, Pedro Calapez, Margarida Grácio Nunes e
francês. O seu primeiro grande sucesso, criado para
ro total, culminando mesmo numa tentativa de suicí-
Maria Emília Correia, João Grosso, Carlos Pimenta,
Fernando Salvador. Para a Companhia Nacional de
o Teatro Imperial, é a Filha do Faraó, que lhe concede
dio. No entanto, a constante ajuda da viúva von Meck
Fernando Gomes e Cândida Vieira e coreografias de
Bailado desenhou as luzes de Canto Luso e de A Bela
a nomeação como Coreógrafo Principal, cargo que
foi vital nesta fase da sua vida. Esta relação durou 14
Robert Cohan, Vasco Wellenkamp, Olga Roriz, Paulo
Adormecida. Foi Director Técnico desta Companhia
manteve aproximadamente durante cinquenta anos.
anos, sempre por carta. As suas obras orquestrais são
Ribeiro, John Cranko e Mehmet Balkan. Entre 1975 e
entre 1996 e 1998 e do Centro Cultural de Belém, de
É inestimável o valor do seu talento: coreógrafo de
de muito sucesso, notavelmente as suas três últimas
1981, colaborou com o arquitecto inglês Nigel Coates.
1998 a 2010./
mais de sessenta grandes bailados e inúmeros traba-
sinfonias. Do extenso conjunto de obras para bailado
Foi distinguido, entre outros, com os Prémios Se7e de
lhos mais curtos, é-lhe ainda atribuída responsabilida-
são exemplos: Canção de Outono, Prelude, Romance, Se-
Ouro, Garrett e da Associação Portuguesa de Críticos
de na fundação da escola do ballet russo. Em 1903, aos
renade, Tema e Variações, Onegin, Anastasia, Andantino
de Teatro. Expôs no Museu de Serralves, no Festival de
84 anos de idade, é forçado a retirar-se, na sequência
ou O Gato das Botas. Em outubro de 1893, Piotr Ilich
Almada, nas ExperimentaDesign de 1999 e 2005, no
do fracasso da sua obra O Espelho Mágico. Morre, em
Tchaikovski escreveu a sua última sinfonia, A Patética,
PoNTI 1999 (Porto), na Galeria Luís Serpa, na Alternati-
1910, em São Petersburgo. Considerado um dos mais
estreada em São Petersburgo, apenas 9 dias antes da
va Zero e em galerias em Milão, Londres, Nova Iorque
notáveis coreógrafos de sempre, conduziu o ballet
sua morte, com cólera. Assim culminou a vida de um
e Florença. É presidente da Escola Superior de Teatro
russo à fama internacional e ergueu os pilares para o
grande nome da música do século XIX, personagem
e Cinema, onde também é docente da Licenciatura
ballet do século XX. O seu classicismo associa a pureza
que conduzia uma orquestra segurando a cabeça
e do Mestrado em Design de Cena. É conselheiro de
da escola francesa com o virtuosismo italiano./
com a mão esquerda com medo que esta caísse../
Direcção do CCB./
PEDRO NEVES
DIREÇÃO MUSICAL
ORQUESTRA
METROPOLITANA LISBOA
DIREÇÃO ARTÍSTICA CESÁRIO COSTA
«A Bela Adormecida faz parte duma série de contos
Pedro Neves é natural de Águeda, onde iniciou os estu-
A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) estreou-se
dos musicais na Sociedade Musical 12 de Abril, a qual
a 10 de Junho de 1992. Desde então, assegura extensa
populares adaptados pelo senhor Perrault para a
dirige artisticamente desde 1992. Estudou violoncelo
atividade que compreende os repertórios barroco, clás-
com Isabel Boiça, Paulo Gaio Lima e Marçal Cervera,
sico e sinfónico – integrando neste último caso os jo-
respetivamente no Conservatório de Música de Aveiro,
vens intérpretes da Orquestra Académica Metropolita-
Academia Nacional Superior de Orquestra em Lisboa e
na. Distingue-se igualmente pela versatilidade que lhe
Escuela de Música Juan Pedro Carrero, em Barcelona.
permite abordar géneros como a Música de Câmara,
em 1628.
No que diz respeito à direção de orquestra estudou
o Jazz, o Fado, a Ópera ou a Música Contemporânea,
com Jean Marc Burfin, Emilio Pomàrico e Michael Zilm.
proporcionando a criação de novos públicos e a afirma-
Na idade de ser avô, publicou com o nome do seu
É maestro titular da Orquestra do Algarve e da Orques-
ção do caráter único da Metropolitana. A entidade, que
tra Clássica de Espinho. A sua personalidade artística é
tutela a orquestra, tem como característica inovadora
filho de onze anos a história da Bela Adormecida.
marcada pela profundidade, coerência e seriedade da
o relacionamento das práticas artística e pedagógica,
interpretação musical. Atualmente é doutorando na
pela convivência quotidiana de músicos profissionais
Universidade de Évora, sendo o seu objeto de estudo
com alunos das suas escolas – a Academia Superior
as seis sinfonias de Joly Braga Santos. Pedro Neves
de Orquestra, o Conservatório e a Escola Profissional
é convidado regularmente para dirigir a Orquestra
Metropolitana. Esta dinâmica faz parte da identidade
mesmo assim, não deve ter sido indiferente à hora
Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da
da OML, a que se junta a ativa participação cívica e a
Música, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orques-
apresentação em eventos públicos relevantes. Cabe-
de servir como pseudónimo ao pai Perrault, já
tra Metropolitana de Lisboa e a Orquestra Filarmonia
lhe, ainda, a responsabilidade de assegurar programa-
das Beiras. No âmbito da música contemporânea tem
ção junto de autarquias da região centro e sul, além de
colaborado com o Sond’arte Electric Ensemble, com o
promover a descentralização cultural pelo país. Tendo
qual realizou estreias de vários compositores portu-
como fundadores a Câmara Municipal de Lisboa, a Se-
gueses e estrangeiros. Desta colaboração destacam-
cretaria de Estado da Cultura, o Ministério da Educação
se digressões ao Japão e à Coreia do Sul. É fundador da
e Ciência, o Ministério da Solidariedade e da Segurança
Camerata Alma Mater, que se dedica à interpretação
Social, a Secretaria de Estado do Turismo e a Secretaria
de repertório para orquestra de cordas. Em dezembro
de Estado do Desporto e Juventude, a Metropolitana é
de 2012 colaborará com Remix Ensemble Casa da
constituída também por um conjunto de Mecenas, Pa-
Agustina Bessa-Luís
Música e tem ainda agendados compromissos com
trocinadores, Promotores Regionais e Parceiros que se
A Bela Adormecida, Edição CNB
as mais importantes orquestras portuguesas, assim
unem neste projeto. Desde o início, a OML é referência
como a participação no Festival de Música de Leiria,
incontornável do panorama orquestral nacional. Fez
no Festival Internacional de Música de Espinho e em
digressões pela Europa, Índia, Coreia do Sul, Macau, Tai-
Guimarães - Capital Europeia da Cultura. A direção
lândia, Cabo-Verde e China. Tocou com os mais reputa-
da Orquestra Metropolitana de Lisboa, na obra A Bela
dos maestros nacionais e internacionais, colaborando
Adormecida, de Tchaikosvki, em março de 2012, marca
com conhecidos solistas. Gravou onze CD, um dos quais
a sua primeira colaboração com a CNB. /
disco de platina, para diferentes editoras. /
literatura infantil. O Senhor Perrault, que foi um
homem elegante do seu tempo, nasceu em Paris
Vemos logo que um rapaz de onze anos não se
interessava por esse género de histórias mas,
velho e pensativo do muito que perdera ao longo
dos anos. Perdera o prazer das coisas irreais,
coisas de bruxas e encantamentos.»
A BELA
ADORMECIDA
RUI ESTEVES
Passemos porém à realidade. Quando Vsevolozhski,
Cisnes – que este género musical é tão inspirador e
diretor dos Teatros Imperiais de São Petersburgo,
digno quanto qualquer outro. A Bela Adormecida é
escreveu em maio de 1888 a Tchaikovski propondo-
também uma homenagem discreta do compositor
-lhe a composição da música para A Bela Adormecida,
ao Ancien Régime tão ao agrado da alta burguesia e
o compositor não adivinharia que estava a um passo
da aristocracia de São Petersburgo da época. Um
de escrever a sua mais longa partitura para bailado
dos temas da apoteose inspira-se na melodia de um
(opus 66). Apesar de desanimado com a fria recep-
velho hino monárquico Vive Henri IV! Vive l’amour!
ção do público à sua música para O Lago dos Cisnes,
A ideia não é, porém, original. Mais de meio século
Tchaikovski aceitou a encomenda sem hesitar. O
antes, Rossini aproveitou a mesma melodia para a
argumento, escrito pelo próprio Vsevolozhski, era
cena final da sua ópera Il Viaggio à Rheims, desta vez
«Nos contos de fadas há sempre uma pequena e linda cabana. Mas antes de entrar,
uma adaptação de Dornröschen, a versão de A Bela Ador-
para celebrar a coroação de Charles X.
é melhor pensar duas vezes. À porta há um aviso: terreno minado» Mats Ek
mecida pelos irmãos Grimm e cujo final difere do original
de Perrault, uma vez que os pais da princesa sobrevi-
A 15 de janeiro de 1890, A Bela Adormecida estreou-
vem cem anos para festejar as bodas da sua amada
-se no Mariinksy com a italiana Carlotta Brianza no
Schiller reconheceu que encontrou significados
de onde emergem, subtis e encriptadas, as mais
filha. No seu argumento, Vsevolozhski incluiu no tercei-
papel titular e, curiosamente, com Enrico Cecchetti,
mais profundos nos contos de fadas da sua infância
variadas obsessões de quem as escreveu? Oscar
ro ato personagens de outros contos, conferindo assim
futuro pedagogo da Dança e professor de Nijinski, no
do que na verdade a vida lhe foi ensinando. Freud
Wilde, campeão dos grandes cínicos, foi o único a
ao final do bailado uma atmosfera apoteótica. Petipa
papel de Carabosse e do Pássaro Azul. Laroche, o críti-
e Jung foram menos peremptórios. Enquanto o
ousar responder afirmativamente a esta pergunta.
foi chamado a coreografar e trabalhou aturadamente
co sempre feroz de São Petersburgo, escreveu a seguir
primeiro teorizou que contos de fadas e sonhos se
Afinal quantas crianças estremecerão hoje de medo
com Tchaikovski que conhecera em 1886 quando
à estreia que o bailado era “uma peróla sem preço”. E,
interligavam no universo do inconsciente indivi-
perante o olhar esfaimado do lobo para a indefesa
ambos projetaram o bailado Ondine, que nunca se
assim, como no parágrafo final de todos os contos de
dual, o segundo, seu discípulo e amigo, retomou a
menina do capuchinho vermelho quando nós, adul-
concretizou. Compositor e coreógrafo nutriam mútua
fadas, A Bela Adormecida permaneceu merecidamente
questão e defendeu que era o inconsciente colecti-
tos, interpretamos o mesmo olhar como outro tipo
admiração ao ponto de repetirem a parceria dois anos
no repertório do bailado clássico happily ever after...
vo que motivava a escrita da literatura dita infantil.
de apetite? Quantas entenderão as leituras perver-
mais tarde para O Quebra-Nozes, bailado que Petipa
Bettelheim, outro vienense, opinou que os contos de
sas de Paula Rego da Branca de Neve ou de Peter
acabaria por não completar pois, debilitado pela doen-
Dos quarenta bailados coreografados por Petipa,
fadas eram um importante veículo para as crianças
Pan? Não serão essas ambiguidades e equívocos o
ça, foi substituído por Ivanov, seu assistente.
apenas três sobreviveram: A Bela Adormecida, O Lago
se orientarem num mundo regido por adultos até
tal terreno minado a que se refere Mats Ek?
encontrarem a sua própria identidade.
dos Cisnes, ambos com música de Tchaikovski e
Um dos requisitos de Vsevolozhski era que Tchai-
Raymonda, com música de Glazunov. A Bela Adorme-
Encantamentos, castelos, bruxas, fadas ou prínci-
kovski se inspirasse no fausto da corte de Louis XIV, o
cida foi o último dos grandes sucessos do coreógrafo
Não retirando verdade a qualquer destas teorias, será
pes imaginados por Perrault, pelos Grimm ou por
Rei Sol, e na luta entre o Bem e o Mal. O compositor
que, nesta obra, soube reconverter velhas fórmulas
legítimo ou oportuno enunciá-las no nosso século?
Andersen foram, possivelmente, há muito ultrapas-
seguiu de perto estas instruções e misturou enge-
do ballet de cour e princípios académicos da dança
Poderão os inescapáveis happy end e as moralidades
sados pelo universo fantástico e contemporâneo
nhosamente melodias clássicas com românticas,
francesa – que tão bem conhecia – e aliá-los a ele-
dos contos de fadas encantar e convencer a criança de
de Tolkien, de J.C. Rowlings ou de Stephenie Meyer.
leitmotifs, bem como tonalidades maior e menor
mentos coreográficos inovadores que imprimiram
hoje? Não acreditará ela mais depressa na magia dos
Evoluem os tempos, reciclam-se os imaginários. E,
com grande efeito músico-teatral para diferenciar
ao bailado uma expressividade e, simultaneamente,
botões da sua playstation do que na varinha de condão
como diria Agustina, poderá o maravilhoso mudar
o Bem (Fada Lilás) do Mal (a bruxa Carabosse).
uma maior liberdade. As várias versões do bailado a
agitada por uma bela senhora de caracóis dourados?
de narrativa, não muda porém de sentido. Segundo
Tchaikovski, que em vida foi duramente criticado
que a coreografia de Petipa se submeteu ao longo
ela, e no caso da Bela Adormecida, “hoje seria salva
por desperdiçar tempo e talento na composição de
das décadas em nada conseguiram apagar o encanto
Terão os adultos criado propositadamente histórias
pelo Super Homem e viajava para muito longe da
música para bailado, provou com este – que muitos
feérico (o adjetivo não deriva afinal do fée/fada em
maravilhosas a pensar nas crianças? Essas narrativas
terra numa nave espacial.” (*)
consideram ser musicalmente superior ao O Lago dos
francês?) do original.
Em 1921, quase trinta anos após a estreia russa,
– apenas Carafa se inspirou em Perrault para compor
DIREÇÃO ARTÍSTICA Luísa Taveira
Diaghilev apresentou no Alhambra Theather de
La Belle au Bois Dormant (Paris,1825) e Respighi La bella
BAILARINOS PRINCIPAIS Adeline Charpentier; Ana Lacerda; Barbora Hruskova; Filipa de Castro; Filomena Pinto; Inês Amaral; Peggy
Londres a sua sumptuosa produção de A Bela
dormente nel bosco (Roma, 1922 e estreada em Lisboa
Konik; Alen Bottaini; Alexandre Fernandes; Carlos Pinillos; Fernando Duarte; Mário Franco; Tomislav Petranovic* BAILARINOS SOLISTAS
Adormecida com Olga Spessivtzeva no papel titular.
só em 2009, dirigida por João Paulo Santos). No
Fátima Brito; Isabel Galriça; Mariana Paz; Paulina Santos; Leonor Távora; Solange Melo; Brent Williamson; Luis d’Albergaria; Maxim
Com a partitura de Tchaikovski ligeiramente altera-
cinema, Walt Disney criou em 1959 uma Aurora loira
da por Stravinski, o empresário confiou a Sergueiev
e curvilínea que não escapou às inevitáveis compa-
uma nova revisão coreográfica. Diaghilev tentou
rações com a Barbie que, nesse mesmo ano, surgia
convencer Carlotta Brianza a retomar o papel que
pela primeira vez nas montras dos grandes stores
criara em 1890; todavia, a bailarina já com cinquenta
norte-americanos.
Clefos; Rui Lopes Graça BAILARINOS CORIFEUS Andreia Pinho; Annabel Barnes; Catarina Lourenço; Irina de Oliveira; Maria João Pinto;
Marta Sobreira; Seongwan Moon; Armando Maciel; Freek Damen; Miguel Ramalho; Pedro Mascarenhas; Tom Colin; Xavier Carmo
CORPO DE BAILE África Sobrino; Anabel Segura; Anna Blackwell; Carla Pereira; Catarina Grilo; Charmaine Du Mont; Elsa Madeira; Filipa
Pinhão; Florencia Siciliano; Helena Marques; Henriette Ventura; Inês Moura; Isabel Frederico; Margarida Pimenta; Maria Santos; Marina
Figueiredo; Mónica Garcia; Sílvia Santos; Susana Matos; Victoria Monge; Yurina Miura; Christian Schwarm; Filipe Macedo; Frederico
Gameiro; João Carlos Petrucci; José Carlos Oliveira; Mark Biocca; Nuno Fernandes; Ricardo Limão; Samuel Retortillo BAILARINOS
anos, declinou diplomaticamente e optou pela bruxa
ESTAGIÁRIOS Júlia Roca; Maria Betoret; Diego Borelli de Sousa; Dominic Whitbrook; Gyorgy Baán
Carabosse. O fracasso teve consequências financei-
Pela sua natureza intrínseca, é no bailado clássico
ras tão desastrosas que quase arruinou Diaghilev.
que as fadas e seus sortilégios encontram terreno
MESTRES DE BAILADO Cristina Maciel (coordenadora); Maria Palmeirim ENSAIADOR Rui Alexandre ADJUNTO DA DIREÇÃO
Um ano mais tarde, em Paris, remontou apenas
propício para sobreviverem no nosso imaginário,
ARTÍSTICA João Costa COORDENADORA MUSICAL Ana Paula Ferreira COORDENADORA ARTÍSTICA EXECUTIVA Filipa Rola
o último ato da produção londrina e apresentou-o
seja ele adulto ou infantil. O elemento fantasia dos
INSTRUTOR DE DANÇA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE LESÕES Didier Chazeu PIANISTAS CONVIDADOS João Paulo Soares**;
então batizado de As Bodas de Aurora. Outras
contos é transportado para o bailado, no qual é refor-
Jorge Silva**; Viviena Tupikova** PROFESSORA CONVIDADA Deborah Debson**
produções se seguiram ao longo do século, com
çado por ações físicas e por uma gestualidade etérea
destaque para a de 1946 na Royal Opera House, diri-
dos bailarinos que imprime à narrativa teatral uma
OPART E.P.E.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Vogal César Viana; Vogal João Villa-Lobos DIREÇÃO DE ESPETÁCULOS Diretora Margarida
gida por Ninette de Valois (ex-bailarina dos Ballets
noção de imponderabilidade e magia que parece
Russes); em 1960, a produção de uma opulência
desafiar a gravidade. Por que persistimos então em
quase barroca dos Ballets du Marquis de Cuevas
nos sentir atraídos pelo mundo irreal desses contos
(onde Nureiev dançou em 1961 logo após a sua
e bailados? Muito simples. Porque não foram escritos
deserção da então União Soviética); a do London
ou dançados por fadas, mas sim por seres de carne e
de sector); Paulo Fernandes Sector de Luz Vítor José (chefe de sector); Pedro Mendes Sector de Palco Ricardo Alegria*; Frederico
Festival Ballet, em 1968, na versão de Ben Stevenson;
osso como todos nós.
Godinho; Marco Jardim DIREÇÃO DE CENA Diretor Henrique Andrade; Vanda França (assistente / contrarregra) Conservação
a de Youri Vámos para o Teatro de Basileia (inspirada
Mendes; Carla Almeida (coordenadora); Bruno Silva (digressão e eventos); Natacha Fernandes (assistente); Lurdes Almeida
(assistente administrativa) ATELIER DE COSTURA Paula Marinho (coordenadora); Adelaide Pedro Paulo; Glória Bento; Cristina
Fernandes; Conceição Santos DIREÇÃO TÉCNICA Diretora Cristina Piedade; João Carlos Andrade (coordenador técnico) Sector
de Maquinaria Alves Forte (chefe de sector); Miguel Osório; Carlos Reis Sector de Som e Audiovisuais Bruno Gonçalves (chefe
do Guarda-Roupa Carla Cruz (coordenadora) DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO Cristina de Jesus (coordenadora); Laura Pinto
em Ana Anderson, a autoproclamada grã-duquesa
A qualidade da produção da CNB de A Bela Adormecida
Anastasia Romanov) e, finalmente, a de Mats Ek,
(Ted Brandsen/António Lagarto) justifica – por todos
Relações Institucionais Venâncio Gomes Bilheteira Luísa Lourenço; Rita Martins; Mafalda Melo; Ana Rita Ferreira CENTRO
na qual Aurora é caracterizada como uma menina
os motivos – a sua reposição. Estreada em 1998 com
HISTÓRICO Nuno Pólvora; Fernando Carvalho; Maria Luísa Carles; Anabela Pires DIREÇÃO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA
mimada cuja vida não está ameaçada por magia
os solistas Adeline Charpentier e Alexei Dubinin, é
OPART Diretora Sónia Teixeira; António Pinheiro; Edna Narciso; Fátima Ramos; Marco Prezado (TOC) EXPEDIENTE E ARQUIVO
negra, mas por droga fornecida pela sua dealer, a
agora a vez de Filipa de Castro, Yurina Miura, Leonor
bruxa Carabosse.
Távora, Solange Melo, Alain Bottaini, Carlos Pinillos e
Maxim Clefos nos maravilharem num bailado que fez
Antes de Petipa, Hamer e Herold (o compositor de La
as delícias de infância de Diaghilev, Pavlova e Galina
Fille Mal Gardée) inspiraram-se no conto de Perrault
Ulanova. E que, por estranho encantamento, conti-
para um bailado homónimo que o tempo tratou de
nua a fazer as nossas... /
fazer esquecer. Na ópera, apesar do longo sono da
(assistente) Canais Internet João Duarte Mendonça; José Luís Costa Vídeo e Arquivo Digital Marco Arantes Design João Campos**
Susana Santos; Carlos Pires; Miguel Vilhena; Artur Raposo (motorista) LIMPEZA E ECONOMATO Lurdes Mesquita; Maria Conceição
Pereira; Maria de Lurdes Moura; Maria do Céu Cardoso; Maria Isabel Sousa; Maria Teresa Gonçalves DIREÇÃO DE RECURSOS
HUMANOS OPART Diretora Sofia Dias; Sofia Teopisto; Vânia Guerreiro; Zulmira Mendes GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO
Nuno Cassiano (coordenador); Daniel Lima; João Alegria; Manuel Carvalho GABINETE JURÍDICO OPART Fernanda Rodrigues
(coordenadora); Anabela Tavares; Inês Amaral; Juliana Mimoso**; Sandra Correia Secretária do Conselho de Administração Regina
Sutre PROCEDIMENTOS INSTITUCIONAIS Egídio Heitor**; Raquel Maló CONSULTOR EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
Nuno Jorge da Silva Moura OSTEOPATA Vasco Lopes da Silva** SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA Helena Carvalho / Fisiogaspar**
Fevereiro 2012
SERVIÇOS DE INFORMÁTICA Infocut
princesa Aurora encontrar um paralelo longínquo
na wagneriana Brünnhilde – que também regres-
(*) in A Bela Adormecida conto publicado em Junho de 1999 e
sa à vida graças ao beijo apaixonado de um herói
especialmente encomendado pela CNB a Agustina Bessa-Luís.
* Licença sem vencimento ** Prestadores de serviço
PERDA
PRECIOSA
D. SEBASTIÃO MORREU.
PRÓXIMOS ESPETÁCULOS
TEATRO CAMÕES
19 - 29 ABRIL
BILHETEIRAS E RESERVAS
TEATRO CAMÕES Quarta a domingo 13h às 18h (01 NOV - 30 ABR); 14h às 19h (01 MAI - 31 OUT)
Dias de espetáculo até meia-hora após o início do espetáculo // Telef. 218 923 4 77
TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS Segunda a sexta 13h às 19h // Telef. 213 253 045
TICKETLINE www.ticketline.pt // Telef. 707 234 234; LOJAS ABREU, FNAC, WORTEN, EL CORTE INGLÉS, C.C. DOLCE VITA
CONTACTOS
TEATRO CAMÕES Passeio do Neptuno, Parque das Nações, 1990 - 193 Lisboa // Telef. 218 923 470
INFORMAÇÕES AO PÚBLICO
É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar durante os espetáculos; É proibido fumar e comer/beber dentro da sala de
espetáculos; Não se esqueça de, antes de entrar no auditório, desligar o seu telemóvel; Os menores de 3 anos não poderão assistir ao
espetáculo nos termos do dec. lei nº116/83 de 24 de Fevereiro; O programa pode ser alterado por motivos imprevistos.
Espetáculo M/3
Apoios à divulgação:
xiiistudios.com
Capa © António Júlio Duarte
Não é permitida a entrada na plateia enquanto o espetáculo de bailado está a decorrer (dec. lei nº315/95 de 28 de Novembro);
www.cnb.pt // www.facebook.com/cnbportugal
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