Relatório de Inventário de Proteção do Acervo Cultural do

Transcrição

Relatório de Inventário de Proteção do Acervo Cultural do
Exercício 2012
Pasta Quadro II
Relatório de Inventário de Proteção do
Acervo Cultural do Município de
Luz / MG
Relatório de Inventário do Município de
2
Luz – Minas Gerais
89
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO / CRONOGRAMA .................................................................................................................................. 3
2. RECOMENDAÇÕES DA ÚLTIMA ANÁLISE .................................................................................................................. 6
3. RELAÇÃO E MAPA DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS .................................................................................... 7
3.1. RELAÇÃO DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS ......................................................................................... 7
3.2. MAPA DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS ................................................................................................ 7
4. DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA DAS ATIVIDADES PREVISTAS ................................................................... 12
4.1. LEVANTAMENTO DE CAMPO E ENTREVISTA.................................................................................................. 12
4.2. LISTAGEM DOS BENS A SEREM INVENTARIADOS ......................................................................................... 20
4.3. IDENTIFICAÇÃO GEOGRÁFICA DOS BENS INVENTARIADOS........................................................................ 27
4.4. FICHAS DE INVENTÁRIO .................................................................................................................................... 27
4.5. REVISÃO DAS FICHAS E ARQUIVAMENTO ...................................................................................................... 76
5. RELAÇÃO DAS ÁREAS E RESPECTIVOS BENS PROTEGIDOS............................................................................... 77
6. RELAÇÃO DAS ÁREAS E RESPECTIVOS BENS A SEREM INVENTARIADOS ........................................................ 79
7. BASES CARTOGRÁFICAS COM OS BENS PROTEGIDOS........................................................................................ 85
8. NOVO CRONOGRAMA................................................................................................................................................. 87
9. FICHA TÉCNICA ........................................................................................................................................................... 89
1. INTRODUÇÃO / CRONOGRAMA
Relatório de Inventário do Município de
3
Luz – Minas Gerais
89
O Município de Luz tentou, por diversas vezes, elaborar o planejamento de inventário dos seus bens
culturais, entretanto o trabalho nunca foi pontuado pelo IEPHA/MG, que recomendou algumas alterações
no projeto. Dentre elas, vale ressaltar as últimas referentes à análise do Exercício 2010:
“As datas dos cronogramas estão muito confusas, da forma apresentada é inadmissível. Como poderá
finalizar o cronograma sem terminá-lo? Favor definir a data das atividades na tabela.”
“Reelaborar o cronograma com coerência nas datas.”
Em função dessas observações, o plano de inventário não foi aceito e a recomendação exigiu apresentar
um novo trabalho. Para efeito do exercício 2011, uma nova equipe técnica foi contratada pela
administração municipal que, tendo em mãos os documentos já elaborados, saiu a campo para a
definição de um novo planejamento do inventário dos bens culturais, demonstrado por meio do
Definição da equipe técnica
Levantamento de bases cartográficas
Levantamento arquivístico, bibliográfico e
iconográfico
Reconhecimento do território e pesquisa de
campo
Definição das áreas a serem inventariadas
Identificação e localização geográfica das
áreas inventariáveis
Elaboração do informe histórico do
município/aspectos naturais/bibliografia
(início do preenchimento da Ficha de
Informações Gerais do Município)
1º trim. 2016
4º trim. 2015
3º trim. 2015
2º trim. 2015
1º trim. 2015
4º trim. 2014
3º trim. 2014
2º trim. 2014
1º trim. 2014
4º trim. 2013
3º trim. 2013
2º trim. 2013
4º trim. 2012
1° trim. 2013
3º trim. 2012
2º trim. 2012
1º trim. 2012
4º trim. 2011
3º trim. 2011
2º trim. 2011
4º trim. 2010
1° trim. 2011
3º trim. 2010
2º trim. 2010
1º trim. 2010
4º trim. 2009
SETORES / CATEGORIAS
3º trim. 2009
cronograma anexado a seguir:
2º trim. 2013
3º trim. 2013
4º trim. 2013
1º trim. 2014
2º trim. 2014
3º trim. 2014
4º trim. 2014
1º trim. 2015
2º trim. 2015
3º trim. 2015
4º trim. 2015
1º trim. 2016
3º trim. 2013
4º trim. 2013
1º trim. 2014
2º trim. 2014
3º trim. 2014
4º trim. 2014
1º trim. 2015
2º trim. 2015
3º trim. 2015
4º trim. 2015
1º trim. 2016
3º trim. 2012
3º trim. 2012
2º trim. 2013
2º trim. 2012
2º trim. 2012
4º trim. 2012
1º trim. 2012
1º trim. 2012
1° trim. 2013
4º trim. 2011
4º trim. 2011
89
1° trim. 2013
3º trim. 2011
3º trim. 2011
4
Luz – Minas Gerais
4º trim. 2012
2º trim. 2011
2º trim. 2011
3º trim. 2010
3º trim. 2010
4º trim. 2010
2º trim. 2010
2º trim. 2010
1° trim. 2011
1º trim. 2010
1º trim. 2010
1° trim. 2011
4º trim. 2009
4º trim. 2009
4º trim. 2010
3º trim. 2009
3º trim. 2009
INVENTÁRIO DA ZONA 01
Distrito Sede
Relatório de Inventário do Município de
Levantamento de campo e entrevistas
Listagem dos bens a serem inventariados
Identificação geográfica dos bens
inventariados
Fichas de estruturas arquitetônicas e
urbanísticas
Fichas de bens móveis e integrados
Fichas de arquivos
Fichas de sítios naturais
Fichas de sítios espeleológicos/arqueológicos
Fichas de bens imateriais
Revisão das fichas
Arquivamento
INVENTÁRIO DA ZONA 02
Área Rural
Levantamento de campo e entrevista
Listagem dos bens a serem inventariados
Identificação geográfica dos bens
inventariados
Fichas de estruturas arquitetônicas e
urbanísticas
Fichas de bens móveis e integrados
Fichas de arquivos
Fichas de sítios naturais
Fichas de sítios espeleológicos/arqueológicos
Fichas de bens imateriais
Revisão das fichas
Arquivamento
1º trim. 2016
4º trim. 2015
3º trim. 2015
2º trim. 2015
1º trim. 2015
4º trim. 2014
3º trim. 2014
2º trim. 2014
1º trim. 2014
4º trim. 2013
3º trim. 2013
89
2º trim. 2013
4º trim. 2012
5
Luz – Minas Gerais
1° trim. 2013
3º trim. 2012
2º trim. 2012
1º trim. 2012
4º trim. 2011
3º trim. 2011
2º trim. 2011
4º trim. 2010
1° trim. 2011
3º trim. 2010
2º trim. 2010
1º trim. 2010
4º trim. 2009
3º trim. 2009
FINALIZAÇÃO
Relatório de Inventário do Município de
Fichamento de bens tombados não
inventariados anteriormente
Atualização das fichas
Complementação da ficha de informações
gerais do município
Divulgação e disponibilização do inventário
Programa de Ações em Defesa do
Patrimônio
Recomendações de proteção
OBS: Os quadros preenchidos em vermelho identificam as atividades previstas para efeito do Exercício
2012.
2. RECOMENDAÇÕES DA ÚLTIMA ANÁLISE
Relatório de Inventário do Município de
6
Luz – Minas Gerais
89
A última análise do Inventário do Município de Luz, realizada pelo IEPHA/MG, não apresentou
recomendações.
Relatório de Inventário do Município de
7
Luz – Minas Gerais
89
3. RELAÇÃO E MAPA DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS
3.1. RELAÇÃO DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS
A partir dos critérios de identificação definidos anteriormente, as áreas programadas para serem
inventariadas foram as seguintes:
ƒ
ZONA 01 – Distrito Sede
ƒ
ZONA 02 - Área Rural
3.2. MAPA DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS
Apenas a título de visualização será apresentado a seguir o mapa que ilustra todas as áreas citadas. No
final deste documento serão apresentados os bens culturais protegidos em cada área.
Relatório de Inventário do Município de
8
Luz – Minas Gerais
89
Mapa 01 - Mapa do Município de Luz com as áreas a serem inventariadas
Legenda:
Zona 01 – Distrito Sede
Zona 02 – Área Rural
N
Mapa do Município de Luz
Desenho: Karine de Arimatéia
| Responsável: Fernanda Presoti Passos
Escala: Indicada
| Base: Prefeitura Municipal de Luz
| CREA: 132.309/LP
| Data: 23/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
9
Luz – Minas Gerais
89
Mapa 02 - Planta Cadastral do Distrito Sede – Zona 01
Legenda
Zona 01 – Distrito Sede
N
Planta Cadastral do Distrito Sede de Luz
Desenho: Karine de Arimatéia
| Responsável: Fernanda Presoti Passos
Escala: Indicada
| Base: Prefeitura Municipal de Luz
| CREA: 132.309/LP
| Data: 23/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
10
Luz – Minas Gerais
89
Mapa 03 - Planta Cadastral do Comunidade de Campinho – Zona 02
Comunidade do campinho
Prefeitura Municipal de Luz
Planta Cadastral do Distrito Campinho
Desenho: Karine de Arimatéia
| Responsável: Fernanda Presoti Passos
Escala: Indicada
| Base: Prefeitura Municipal de Luz
| CREA: 132.309/LP
| Data: 23/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
11
Luz – Minas Gerais
89
Mapa 04 - Planta Cadastral do Distrito de Esteios – Zona 02
Comunidade dos Esteiros
Prefeitura Municipal de Luz
Planta Cadastral do Distrito Esteios
Desenho: Karine de Arimatéia
| Responsável: Fernanda Presoti Passos
Escala: Indicada
| Base: Prefeitura Municipal de Luz
| CREA: 132.309/LP
| Data: 23/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
12
Luz – Minas Gerais
89
4. DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA DAS ATIVIDADES PREVISTAS
De acordo com o cronograma apresentado no início deste documento, as atividades previstas para o
exercício 2012 concentram-se na Zona 01 – Distrito Sede, a saber:
ƒ
Levantamento de campo e entrevistas;
ƒ
Listagem de bens a serem inventariados;
ƒ
Identificação geográfica dos bens inventariados;
ƒ
Fichas de todas as categorias;
ƒ
Revisão das fichas e arquivamento.
4.1. LEVANTAMENTO DE CAMPO E ENTREVISTA
Para a identificação do acervo cultural da Zona 01 – Distrito Sede, a equipe técnica responsável pelo
inventário realizou entrevistas e aplicou questionários com os moradores da área. Essa atividade
consistiu em identificar os valores associados e a representatividade dos bens culturais para a
comunidade.
A área urbana do Distrito Sede possui cerca de 14.550 habitantes e coincide com o núcleo de ocupação
inicial do território. Inicialmente, com a planta cadastral em mãos, foram percorridas todas as ruas com o
objetivo de identificar os bens dotados de valores arquitetônicos. A segunda etapa consistiu em
entrevistar moradores a fim de identificar bens não diagnosticados na primeira etapa, e de outras
categorias, tais como bens móveis e imateriais e a representatividades desses bens para a população. O
resultado deste trabalho segue descrito abaixo:
A área urbana do Distrito Sede abrange os principais bens culturais do município, alguns ainda
remanescentes da época de ocupação do seu território. Dentre os mais significativos, está a Catedral de
Luz, construída a partir de 1932, em estilo eclético e com riquíssimo acervo de bens móveis e
integrados, tais como o conjunto de vitrais, datado de 1942.
O centro urbano trata-se do núcleo original da cidade onde existiu o povoado primitivo do Aterrado. Essa
área possui traçado regular em grande parte. No “centro histórico” ainda existem exemplares importantes
da casa urbana luzense, onde a edificação possui a fachada principal alinhada à testada do lote, ganha
um acesso e varanda laterais e comumente é geminada com as edificações vizinhas. Os portões e
gradis são de ferro e essa casa pode receber ainda uma profusão de influências de períodos distintos.
Também há alguns exemplares onde a presença do porão é comum. Balaustrada na platibanda e cornija
logo abaixo. Outro bem de destaque é o Santuário de Fátima situado na “Praça do Aterrado”, antiga
Praça da Catedral e hoje Praça Doutor Tácito Guimarães. O Santuário de Nossa Senhora de Fátima era
a antiga Catedral da Diocese, onde há aproximadamente 200 anos foi palco do encontro histórico dos
compadres fazendeiros “Cocais e Camargos” e sediou a primeira construção edificada no Velho
Aterrado: a Capelinha de Nossa Senhora da Luz, cuja data é atribuída ao ano de 1813. Essa capelinha
foi elevada à categoria de Matriz da recém-criada Freguesia de Nossa Senhora da Luz do Aterrado, pela
Relatório de Inventário do Município de
13
Luz – Minas Gerais
89
Lei Provincial nº 764, em 02 de Maio de 1856. O mesmo historiador Waldemar Barbosa informa que tal
igreja foi reformada em 1878. Tempos depois, com a chegada do Padre Joaquim das Neves Parreiras ao
Aterrado, promoveu-se a reconstrução da Matriz, cujas obras duraram de 1910 a 1914, quando foi
demolida a igreja existente e construída uma nova no mesmo local. Essa reconstrução deu ao templo o
estilo ainda conservado e o tamanho recuperado em 2002. Possui rico acervo de bens móveis e
integrados. A região possui área com casarões ecléticos e clássicos.
O bairro onde está implantada a Igreja do Rosário é composto pela população de baixa renda. O valor
desta localidade reside no histórico, mais que no arquitetônico. É uma área onde a população está
inserida no contexto da Festa de Nossa Senhora do Rosário, bem imaterial de grande valor para toda a
população de Luz. Já no início do século XX, o Papa Bento XV pretendia desmembrar a Diocese de
Mariana e criar um Bispado no oeste mineiro. Neste sentido, “o então arcebispo de Mariana, Dom
Silvério Gomes Pimenta, consultou os vigários de Formiga, Bambuí e Dores do Indaiá, os quais
recusaram transformar suas paróquias em sede episcopal” 1. Por sua vez, o vigário de Luz do Aterrado,
Padre Joaquim das Neves Parreiras, sugeriu ao arcebispo a criação do Bispado no arraial. Desta forma
foi aprovada a idéia de uma Sede Episcopal no arraial do Aterrado. Inicialmente, foi providenciada a
ampliação da matriz, elevando-a a Catedral. O palácio episcopal foi feito fora do arraial.
Edificações residenciais que ainda guardam características originais.
Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009
1
SILVA NETO, D. Belchior Joaquim da. O pastor de Luz. Belo Horizonte: Editora Littera Maciel, 1984.p.33.
Relatório de Inventário do Município de
14
Luz – Minas Gerais
89
Edificações de uso misto e uso comercial passíveis de inventário. A edificação abaixo e à direita foi demolida no dia 1º de janeiro
de 2010.
Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009
Os bens religiosos são de extremo significado para a população. A Catedral de Luz foi construída a partir
de 1932 e mescla diferentes estilos arquitetônicos. Possui riquíssimo acervo de bens móveis e
integrados. Apresenta conjunto de vitrais, datado de 1942, coloridos sem figuras específicas. A área
externa recebeu agenciamento paisagístico em 1982. Recentemente, entre 1994 e 1995, o local passou
por remodelações, que lhe conferiu a feição atual, tornando um local aprazível e de lazer para a
população. Seu acervo de bens móveis é de grande representatividade.
RA
CÂMAICIPAL
MUN
DOM
RUA
IS
ESSE
DEZ
PRAÇA
DONA
CAROLINA
DE
ÇO
MAR
RA
JO
CEL.
RUA
RICO
ALHO
CARV
OM
E.M.D L
OE
MAN
CATEDRAL
DEZ
DÁ
EF.
R. PR
RUA
O
OIT
DE
E
CENT
RUA
VI
NHOR
ONSE
R. M
PR
TU
EFEI
RUA
DU
O
TÃO
CAPI
RIAN
CO MA
RUA
R. ZI
D
R
CESA
DE
.
OF
PR
NORTE
R. VE
XTO
CALI
JOÃO
OF.
NÇÃO
R. PR
ASSU
PRAÇA
JOSÉ
L.B.LEITE
R. RIO GRANDE DO
CORREGO DANTA
RUA
O
DUIN
R. AR
L
ABRI
TIN
RO
DA
O
JULH
MAN
OEL
Vista da Catedral na paisagem urbana e fachada posterior.
Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009
PRAÇA DA CATEDRAL
RUA
A
catedral
HOSPITAL S.APARECIDA
catedral
Prefeitura Municipal de Luz
PRAÇA
MARCOS
E.RESENDE
OMAS
SÉ TH
Relatório de Inventário do Município de
15
Luz – Minas Gerais
89
Vista aérea (foto antiga) da Catedral.
Foto antiga do Palácio.
Fonte: http://luzmg.com.br/fotoshistoricas.php
Outro bem religioso de grande representação arquitetônica é o “Paço da Assumpção”, mais conhecido
por Palácio Episcopal, que foi construído para sediar o bispado do oeste mineiro. Em estilo eclético,
abriga peças litúrgicas e dos bispos que passaram pela arquidiocese. Sede administrativa da Diocese de
Luz, é destinado a funcionar como residência oficial do Bispo Diocesano. Foi construído pelo Padre
Joaquim das Neves Parreiras, a partir da criação do Bispado de Aterrado (hoje Luz), em 1918 e
inaugurado em 10 de abril de 1921, com a chegada e posse do primeiro Bispo, Dom Manoel Nunes
Coelho. Teve seu imponente torreão retirado na década de 1930 e reconstruído em 1986, por Dom
Belchior Joaquim da Silva Neto, segundo Bispo. O nome da edificação, “Paço da Assumpção”, está
artisticamente gravado nos ladrilhos de sua entrada principal.
Vistas da fachada principal do Palácio Episcopal.
Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009
Foto antiga do Palácio.
Fonte:http://luzmg.com.br/fotoshistoricas.php
Relatório de Inventário do Município de
16
Luz – Minas Gerais
89
Outro bem de destaque é o Santuário de Fátima, situado na “Praça do Aterrado”, antiga Praça da Catedral
e hoje Praça Doutor Tácito Guimarães. Foi reinaugurado no dia 18 de outubro de 2002. O Santuário de
Nossa Senhora de Fátima era a antiga Catedral da Diocese. Há aproximadamente 200 anos, foi palco do
encontro histórico dos compadres fazendeiros “Cocais e Camargos” e sediou a primeira construção
edificada no Velho Aterrado: a Capelinha de Nossa Senhora da Luz, cuja data é atribuída ao ano de 1813.
O primeiro sacerdote que, segundo registros, celebrou missa e realizou batizados nessa capela foi o
Padre Manoel Francisco dos Santos, ancestral indireto da família Couto de Luz e, à época, coadjutor da
Paróquia de Bambuí, onde exercia as funções de Juiz de Casamentos. Essa capelinha foi elevada à
categoria de Matriz da recém-criada Freguesia de Nossa Senhora da Luz do Aterrado, pela Lei Provincial
nº. 764, em 02 de maio de 1856. O historiador Waldemar Barbosa informa que tal igreja foi reformada em
1878. Tempos depois, com a chegada do Padre Joaquim das Neves Parreiras ao Aterrado, promoveu-se
a reconstrução da Matriz, cujas obras duraram de 1910 a 1914, quando foi demolida a igreja existente e
construída uma nova no mesmo local. Essa reconstrução deu ao templo o estilo ainda conservado e o
tamanho recuperado em 2002. Possui rico acervo de bens móveis e integrados.
Vistas do Santuário de Fátima
Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009
A região onde está implantada a Igreja do Rosário é composta pela população de baixa renda. O valor
desta localidade reside no histórico, mais que no arquitetônico. O bairro possui traçado urbano irregular.
As edificações são simples, sem um estilo definido. É uma área onde a população está inserida no
contexto da Festa de Nossa Senhora do Rosário.
Igreja do Rosário.
Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009
Relatório de Inventário do Município de
17
Luz – Minas Gerais
89
Fotos antigas dos grupos de congado, que participavam da Festa de Nossa Senhora do Rosário.
Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009
Edificações institucionais também são de grande valor arquitetônico para o município. Dentre elas
destacam-se a sede do Fórum Municipal, um dos poucos exemplares da arquitetura modernista do
município, a antiga sede da câmara e prefeitura municipal, dentre outras.
Esta última edificação, conhecida popularmente como Casa Grande, é uma réplica do Palácio do Catete
do Rio de Janeiro. Foi construída, em meados de 1905, pelo Coronel Alexandre Saracupio de Oliveira
Dú, que foi o primeiro prefeito da cidade, e nela residiu com sua esposa Marieta Macedo. A partir de
1923, ano da emancipação político-administrativa do município, a edificação tornou-se sede da Câmara
Municipal, que naquela época acumulava também as funções executivas e, mais tarde, da Prefeitura
Municipal. Em 1927, quando foi instaurado o Termo Judiciário de Luz, até 1935, a casa também abrigou
o Fórum e, posteriormente, a ALA – Associação Atletica de Luz. Com a morte de seu primeiro
proprietário, em 1943, a viúva vendeu a casa ao seu irmão, o médico Dr. Josaphat Macedo. O novo
morador fez funcionar naquele imóvel, durante as décadas de 1940 e 1950, o "Clube Recreativo
Luzense" e a sede da "Rádio Clube de Luz". De 1965 a 1975, com o uso do imóvel atribuído a José
Maria Macedo, foi construído um anexo nos fundos, onde funcionou o Armazém Casa Grande. Após a
morte de Dr. Josaphat Macedo, em 1980, o casarão, já em situação precária, não teve mais uso.
Edificações institucionais. À esquerda, o Fórum Municipal.
Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009
Relatório de Inventário do Município de
18
Luz – Minas Gerais
89
Casa Grande
Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009
A Casa Grande possui um projeto de restauração de autoria da arquiteta Maura Braga para sua
adaptação em um espaço de memória do município. A verba para a obra já foi aprovada pela Câmara
Municipal de Luz para o ano de 2010.
Uma das edificações mais imponentes do município, e de grande valor cultural, é o cinema, construído
na por Dom Manoel com o nome de “Cine Pio XI”, a edificação foi tombada municipalmente em 2006:
Luz já tem o seu Cinema Católico, tão recomendado por Pio XI e tantas autoridades da
Igreja. O prédio, inaugurado também em 21 de setembro de 1941, tem 40 metros de
fundo por 14 de largura, comportando cerca de 1000 espectadores bem instalados. É
luxuoso, feericamente iluminado e poucos o igualam em arquitetura e conforto, no
interior mineiro.” 2
Vista do cinema. Fachadas e interior.
Foto: Karine Arimatéia / dezembro de 2009
2
CORREIA DA SILVA, Arlindo. O município de Luz e as comemorações de setembro de 1941. Luz: Tipografia Diocesana, 1941.
Vista da Catedral Nossa Senhora da Luz na
paisagem noturna. / Foto: Áurea Araújo
Relatório de Inventário do Município de
19
Luz – Minas Gerais
89
Vista da Catedral Nossa Senhora da Luz na
paisagem noturna. / Foto: Joventino Neto
Vista da Rua 16 de março, uma das principais do Distrito Sede.
Foto: Áurea Araújo
Vista interna da Matriz e Imagem trazida de Portugal.
Foto: Áurea Araújo
Relatório de Inventário do Município de
20
Luz – Minas Gerais
89
O segundo Cristo Redentor construído no Brasil está no município de Luz.
Acervo: Prefeitura Municipal
Capelas dos bairros do distrito sede. Da esquerda para direita: Matriz São José do Operário, Igreja do Rosário e Capela Nossa
Senhora da Piedade da Vila Vicentina.
Acervo: Prefeitura Municipal
Na região em análise não foram identificados bens das categorias sítios naturais, arqueológicos nem
tampouco espeleológicos.
4.2. LISTAGEM DOS BENS A SEREM INVENTARIADOS
Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas
FOTO
DENOMINAÇÃO
ENDEREÇO
Catedral de Nossa Senhora da Luz
Praça Dr. Tácito Guimarães
Relatório de Inventário do Município de
21
Luz – Minas Gerais
89
Palácio Episcopal
-
Santuário de Fátima
Rua Nelson G. De Macedo Filho
Casa Grande
Rua Nelson G. De Macedo Filho
Matriz São José do Operário
-
Igreja Nossa Senhora do Rosário
Bairro do Rosário
-
Relatório de Inventário do Município de
22
Luz – Minas Gerais
89
Cine Pio XI
Rua Dezesseis de Março
Capela de Nossa Senhora da Piedade
Vila Vicentina
Praça Doutor Tácito Guimarães
Praça Doutor Tácito Guimarães
Edificação residencial
-
Edificação residencial
-
Edificação residencial
-
Relatório de Inventário do Município de
23
Luz – Minas Gerais
89
Edificação residencial
-
Edificação residencial
-
Edificação residencial
-
Edificação residencial
-
Edificação residencial
-
Relatório de Inventário do Município de
24
Luz – Minas Gerais
89
Edificação residencial
-
Edificação comercial
-
Edificação de uso misto
-
Edificação de uso misto
-
Edificação comercial
-
Relatório de Inventário do Município de
25
Luz – Minas Gerais
89
Edificação residencial
-
Fórum Municipal
-
Edificação institucional
Próxima ao Fórum Municipal
Edificação institucional
Próxima ao Fórum Municipal
Bens Móveis e Integrados
FOTO
DENOMINAÇÃO
ENDEREÇO
Imagem de Nossa
Senhora da Luz em
Pedra Sabão
Catedral de Nossa Senhora da Luz
-
Relatório de Inventário do Município de
26
Luz – Minas Gerais
89
Cristo Redentor
Zona urbana do Distrito Sede
Acervo de bens
móveis do Palácio
Episcopal
Palácio Episcopal
Acervo de bens
móveis da Catedral
de Nossa Senhora
da Luz
Catedral de Nossa Senhora da Luz
Acervo de bens
móveis do
Santuário de Fátima
Santuário de Fátima
Placas de Carro de
Boi
Bairro Nossa Senhora Aparecida
Arado de Boi
Bairro Nossa Senhora Aparecida
Monjolo
Bairro Nossa Senhora Aparecida
Conjunto de Vitrais
Catedral de Luz
Relatório de Inventário do Município de
27
Luz – Minas Gerais
89
Arquivos
DENOMINAÇÃO
ENDEREÇO
Arquivo do Palácio Episcopal
Palácio Episcopal
Arquivo da Prefeitura Municipal de Luz
Prefeitura Municipal
Biblioteca Pública Municipal Professor Tyndaro Corrêa da
Costa
-
Bens Imateriais
DENOMINAÇÃO
LOCALIZAÇÃO / ÉPOCA
Festa de Nossa Senhora do Rosário
Igreja do Rosário
Corporação Musical Lyra Vicentina
_
Festa de São Sebastião
Ao longo do mês encerrando no dia 20 de janeiro de 2010
Festa de Nossa Senhora da Luz
02 de fevereiro de 2010
Festa do Trabalhador e São José Operário
01 de maio de 2010
EXPOLUZ
01 a 04 de julho de 2010
Festa de Nossa Senhora Aparecida
12 de outubro de 2010
Festa do Cowboy
-
4.3. IDENTIFICAÇÃO GEOGRÁFICA DOS BENS INVENTARIADOS
Para a localização dos bens culturais inventariados utilizou-se o mapa do Municipio de Luz, fornecido
pela Prefeitura Municipal, anexado no item 7.BASES CARTOGRÁFICAS COM OS BENS PROTEGIDOS
deste trabalho.
4.4. FICHAS DE INVENTÁRIO DAS CATEGORIAS: EAU, BMI, ARQ, BI, SN E SA
Na região em análise não foram identificados bens das categorias sítios naturais, arqueológicos nem
tampouco espeleológicos. Segue a listagem dos bens inventariados para efeito do exercício 2012.
Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas:
ƒ
EAU 01 - Catedral de Nossa Senhora da Luz
ƒ
EAU 02 - Igreja de Nossa Senhora do Rosário
ƒ
EAU 03 - Igreja de São José Operário
ƒ
EAU 04 – Casa Grande
Bens Móveis e Integrados:
ƒ
BMI 01 - Imagem de Nossa Senhora da Luz
ƒ
BMI 02 - Placas de Carro de Boi
ƒ
BMI 03 - Arado de boi
ƒ
BMI 04 – Monjolo
Arquivo:
ƒ
ARQ 01 - Arquivo da Prefeitura Municipal de Luz
Bens Imateriais:
ƒ
BI 01 - Corporação Musical Lyra Vicentina Aterradense
ƒ
BI 02 - Festa de Nossa Senhora do Rosário
A seguir encontram-se as fichas de inventário preenchidas:
Relatório de Inventário do Município de
28
Luz – Minas Gerais
89
Relatório de Inventário do Município de
29
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
1. Município: Luz
EAU - 01
2. Distrito: Sede
3. Designação: Catedral de Nossa Senhora da Luz.
4. Endereço: Praça D. Anita, s/nº.
5. Propriedade / Situação de Propriedade: Própria: Eclesiástica: Diocese de Luz.
6. Responsável: Padre Daniel Teixeira Miranda.
7. Situação de Ocupação: Própria
8. Uso Atual:
(
) Residencial
(
) Serviço
( x ) Institucional
(
) Comercial
(
) Industrial
(
9. Proteção Legal Existente:
( ) Federal
( ) Estadual
( ) Municipal
) Outros
( x ) Inexistente
Decreto:
10. Proteção Legal Proposta:
( ) Tombamento Federal
( ) Tombamento Estadual
( ) Tombamento Municipal
( ) Restrições de uso
( x ) Inventário p/registro documental
( ) Inventário p/proteção prévia
11. Análise do Entorno / Situação e Ambiência / Documentação Fotográfica:
Vista geral da Igreja e parte da Praça da Catedral
Foto: Deise A. Eleutério
Planta Cadastral do Distrito Sede
Relatório de Inventário do Município de
30
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
Vista da fachada posterior
Foto: Deise A. Eleutério
Vista da parte interna
nave central
Foto: Deise A. Eleutério
EAU - 01
Vista da Praça da Catedral, torre
da catedral ao fundo
Foto:Deise A. Eleutério
O bem está localizado no centro da cidade de Luz. O imóvel foi construído em um lote plano e em
uma parte alta da cidade. Possui um largo e à sua frente a Praça da Catedral. Em seu entorno estão
as Ruas Nossa Senhora de Fátima na lateral esquerda e na lateral direita a Rua Darico Carvalho, as
duas em asfalto. Na parte posterior fica a Rua Oito de Julho, também asfaltada. Nela se encontra uma
das edificações mais antigas do Município de Luz, o Palácio Episcopal. A edificação está implantada
no nível da rua com acesso feito direto da rua por todas as laterais. A Praça da Catedral possui duas
partes uma em frente a Igreja, que possui pavimentação em pé de moleque nos passeios e blocos de
concreto no largo da Catedral e uma na lateral direita separada pela Rua Oito de Julho. Possui uma
cobertura vegetal nos canteiros e árvores de médio e pequeno porte. As edificações do entorno,
variam entre um e dois pavimentos e são em sua maioria residencial. Observa-se a presença de
equipamentos urbanos como placas de sinalização e de logradouro, lixeiras e telefones públicos. A
iluminação publica é distribuída por postes de concreto. A edificação se destaca na paisagem por ter
uma volumetria monumental.
12. Histórico: A Catedral de Nossa Senhora da Luz teve sua pedra fundamental lançada em 27 de
outubro de 1935. A obra foi dirigida pelo construtor José El Maluf, da cidade de Oliveira. A catedral foi
construída para que o antigo Aterrado, como era conhecida a cidade de Luz, garantisse sua intenção de
sediar a diocese desde 1918 impulsionada pelo Padre Parreiras. Durante 23 anos a Catedral funcionou
em outra igreja, hoje o Santuário de Nossa Senhora de Fátima. Para a construção da Catedral, Dom
Manoel Nunes Coelho, bispo da diocese na época, mobilizou toda a comunidade, uma vez que além da
Catedral, ele tinha o projeto para a construção de um cinema, além de 42 casas, uma vila residencial no
entorno para garantir o crescimento do povoado. Segundo o jornal de Luz, “A edificação do templo, uma
verdadeira epopéia. E aos domingos, após a missa, cerca de mil pessoas se dirigiam à pedreira, no
terreno ao fundo da Transportadora Martins e Miranda, antiga Nestlé, hoje propriedade da Sra. Solange
Couto Silva, rezando e cantando, cada um carregando a pedra que suportasse. Em dias de semana os
produtores rurais traziam seus carros de boi e faziam o transporte de pedras ou remoção de terra.
Relatório de Inventário do Município de
31
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU - 01
Houve dias de contar trinta carros de boi. O material, cimento e outros mais vinham por terra de Franklin
Sampaio.” Sabe-se que o sino chegou antes do término da construção, em 1939, vindo da Alemanha,
feito na Companhia Bivuclemer Vercion. O responsável pela aquisição, o Padre Pedro Jose Kosok, foi o
encarregado de cuidar do recebimento do sino que vinha pela via férrea Lagoa da Prata. A inauguração
da Catedral foi em uma semana de festa dos dias 17 a 21 de setembro de 1941, com apresentação de
bandas de música de vários municípios e comunidades da região. Tinha presente várias autoridades e
lideranças religiosas e então a bênção ao templo foi dada por Dom Manoel. No ano de 1995 a Praça que
antes tinha um enorme canteiro com abacaxis e os dizeres em alto relevo “Tudo pelo triunfo e glória de
Nossa Senhora da Luz”, foi remodelada. O abacaxizal foi substituído por residências e o letreiro por
jardins tomando assim conformação de uma praça. Segundo Sra. Cândida Corrêa Côrtes Carvalho,
proprietária e colunista do Jornal de Luz, foram utilizados sarilhos3para a remoção de terra. Suas
ferragens foram presente do Governo do Estado de Minas Gerais, os trilhos da RMV-Rede Mineira de
Viação que se transformaram em vigas de reforço. Tem-se conhecimento que os vitrais também foram
trazidos da Europa.
13. Descrição: A Catedral possui uma tipologia arquitetônica influenciada pelo estilo neogótico da
Basílica de São Pedro em Roma. Possui implantação no centro do terreno, cercada por ruas em
todas as laterais, sem fechamento do terreno. Sua planta é denominada cruz latina, característica da
arquitetura neogótica. Compõem uma conformação de planta que possui uma nave central, duas
laterais, um cruzeiro e transceptos nas duas laterais. Possui uma volumetria monumental se
comparada ao seu contexto. O acesso pode ser feito diretamente da rua, passando pelos canteiros
nas laterais do entorno imediato e na fachada frontal pela Praça da Catedral à partir de uma
escadaria. A edificação possui uma fundação variando de dez a vinte metros de profundidade em
pedra. Para as vigas de sustentação foram utilizados trilhos doados pelo Governo Mineiro. Os pilares
são em alvenaria, pintados na cor azul clara e com a parte superior com douramento no capitel
coríntio. Possui abóbadas elevadas que se apóiam nas filas de colunas na nave central pintados na
cor branca com frisos azuis. As paredes são em alvenaria de tijolo maciço e possuem pintura na cor
branca em todas as fachadas externas, inclusive as esquadrias. A edificação apresenta frisos e
relevos em todas as fachadas. A fachada principal é chanfrada e possui torre central com 60 metros
de altura. Possui pináculos nas extremidades da fachada e da torre. A empena é decorada com
3
O sarilho é um eixo que gira sobre duas forquilhas, acionado por uma manivela. Após atingir o nível d'água, a escavação
continua, até que não se consiga mais esvaziar a água que está afluindo ao poço. O sarilho e dispositivos semelhantes eram
utilizados para aumentar a rapidez da retirada de água dos poços. O sarilho, que continua a ser largamente utilizado no Médio
Oriente, é constituído por um pau giratório que tem um balde numa ponta e um contrapeso na outra ponta.
Relatório de Inventário do Município de
32
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU - 01
relevos. Na direção das naves laterais existem frisos verticais que vão até os vitrais que possuem
formato verticalizado com verga em arco ogival. Estes estão acima das três portas principais, duas
laterais e uma central. São portas altas, com verga em arco ogival. São de abrir, em madeira e com
uma bandeira fixa em vidro colorido. As 60 aberturas existentes na edificação são vitrais coloridos
encaixilhados em moldura de madeira, pintada na cor branca. Possuem verga em arco ogival. As
portas internas e as laterais também são em madeira com sistema de abrir e com verga em arco
ogival e possui bandeira fixa superior em vidros coloridos. Possui também aberturas superiores
circulares chamadas rosáceas.4 O piso das naves é em ladrilho hidráulico. Já o altar e a sacristia são
em cerâmica na cor cinza. Do lado esquerdo do altar, em uma sala estão os túmulos do Bispo Dom
Manoel Nunes Coelho e Dom Belchior Joaquim da Silva Neto. Em seu interior possui uma pequena
escada que faz a transposição do coro para o altar, que possui dois degraus. O forro é em arcos
cruzados em massa pintados na cor branca com a arcada pintada na cor azul. A cobertura possui um
telhado de duas águas na nave, com um pequeno telhado de duas águas em cada lateral e também
uma cobertura de duas águas em cada lado do transcepto. Compondo a volumetria, há também uma
semi cúpula que faz a cobertura das extremidades de cada transcepto, aparentemente em ardósia
pintada na cor branca. Há também uma cúpula no cruzeiro possuindo as mesmas características
das semi cúpulas. A edificação possui um jardim externo com canteiros de gramíneas baixas, árvores
de pequeno porte e circulação para pedestres. Possui um desenho de paisagismo com formas semi
circulares intercalando a área verde e a área pavimentada. O jardim ocupa as laterais e a parte
posterior do edifício. Possui energia elétrica fornecida pela CEMIG e a água e esgoto pela Copasa.
14. Estado de Conservação:
( x ) Excelente
( ) Bom
( ) Regular
( ) Péssimo
15. Análise do Estado de Conservação: A edificação se encontra em bom estado de conservação.
16. Fatores de Degradação: A exposição às intempéries é o principal fator de degradação do bem.
17. Medidas de Conservação: Não são necessárias medidas de conservação uma vez que a
limpeza e manutenção da edificação é feita constantemente.
18. Intervenções: Não há intervenções.
19. Referências Bibliográficas:
ƒ
4
CARVALHO, Cândida Corrêa Côrtes. Projeto conhecer para amar: Um pouco da história
A rosácea é um elemento arquitetônico ornamental usado no seu auge em catedrais durante o período gótico. Dentro do eixo
condutor deste período artístico, a rosácea transmite, através da luz e da cor, o contacto com a espiritualidade e a ascensão ao
sagrado.
Relatório de Inventário do Município de
33
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU - 01
da Catedral de Nossa Senhora da Luz. Jornal de Luz, 23/10/2009;
ƒ
Fonte Oral: Cândida Corrêa Côrtes.
20. Informações Complementares: Inexistentes.
21. Ficha Técnica:
Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério.
Data: 11/11/2010
Elaboração: Deise Alves Eleutério.
Data: 07/12/2010
Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia
Data: 08/12/2010
Revisão:
Data: 19/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
34
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU - 01
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
1. Município: Luz.
EAU – 02
2. Distrito: Sede.
3. Designação: Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
4. Endereço: Praça Congadeiro Antônio Eugênio Filho.
5. Propriedade / Situação de Propriedade: Pública: Eclesiástica: Arquidiocese de Luz.
6. Responsável: Odilon Gonçalves de Miranda - Presidente do Congado.
7. Situação de Ocupação: Própria.
8. Uso Atual:
(
) Residencial
(
) Serviço
( x ) Institucional
(
) Comercial
(
) Industrial
(
9. Proteção Legal Existente:
( ) Federal
( ) Estadual
( ) Municipal
) Outros
( x ) Inexistente
Decreto:
10. Proteção Legal Proposta:
( ) Tombamento Federal
( ) Tombamento Estadual
( ) Tombamento Municipal
( ) Restrições de uso
( x ) Inventário p/registro documental
( ) Inventário p/proteção prévia
11. Análise do Entorno / Situação e Ambiência / Documentação Fotográfica:
Relatório de Inventário do Município de
35
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU – 02
Vista da fachada principal da Igreja de Nossa
Senhora do Rosário
Foto: Deise Alves Eleutério
Planta Cadastral do Distrito Sede
Vista geral do entorno da edificação
Foto: Deise A. Eleutério
Vista geral do interior da Igreja
Foto: Deise A. Eleutério
Vista da fachada principal e da lateral
esquerda
Foto: Deise A. Eleutério
O bem está localizado no Bairro do Rosário no município de Luz. O imóvel foi construído em um lote
plano e compõe a paisagem da Praça Congadeiro Antônio Eugênio Filho. Possui um largo na lateral
esquerda com piso em pé-de-moleque . Situa-se na Rua Treze de Maio que faz o acesso ao centro da
cidade e possui pavimentação em bloco de concreto sextavado. Em frente à Igreja fica a Rua
Claudomiro da Costa Pinto, essa em asfalto. Na parte posterior fica a Rua São Paulo, também em
blocos de concreto. Os passeio são estreitos e feitos em cimento liso. É uma área com pouca
arborização de médio e pequeno porte nas ruas do entorno. Já a Praça possui canteiros com
vegetação em gramíneas. As edificações do entorno variam de um a dois pavimentos e são em sua
maioria residenciais. Em seu entorno imediato existem também alguns bares pequenos e uma escola
pública. Observa-se a presença de equipamentos urbanos como placas de sinalização e de
logradouro, lixeiras e telefones públicos. A iluminação pública é distribuída por postes de concreto. A
edificação se destaca na paisagem por ter uma volumetria diferenciada. Possui energia elétrica
fornecida pela CEMIG e a água e esgoto pela Copasa.
Relatório de Inventário do Município de
36
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU – 02
12. Histórico: De acordo com o Sr. Odilon Miranda, atual Presidente do Congado da Paróquia de
São José Operário, a Igreja foi construída na década de 1950 no terreno doado pelo José Tiago, que
foi o primeiro capitão-mor da Festa de Nossa Senhora do Rosário. A construção da edificação contou
com o apoio de toda a comunidade, mais principalmente do Sr. Antônio Eugênio, que foi também o
fundador da festa. Nesta época D. Manuel Nunes Coelho era responsável pela Paróquia de Luz e
não permitia que o Congado dançasse nas festas da Catedral, exigindo que a congada se fizesse
após o córrego que corta a cidade. Daí surgiu a necessidade de construir uma edificação para a
irmandade de Nossa Senhora do Rosário. Com a chegada de D. Belchior Joaquim da Silva Neto na
década de 1980, a festa foi introduzida à Paróquia de Nossa Senhora da Luz. Hoje a Igreja de Nossa
Senhora do Rosário está sob responsabilidade da Associação da Congada de Nossa Senhora do
Rosário.
13. Descrição: A edificação não possui uma característica arquitetônica específica. Encontra-se
implantada no nível da Rua Treze de Maio, acesso principal. O terreno não possui delimitações, com
recuos em todas as fachadas, principalmente na fachada esquerda onde fica a área da Praça
Congadeiro Antônio Eugênio Filho. Sua volumetria é simples de um pavimento, com a planta em
formato retangular. A igreja foi construída utilizando um sistema construtivo simples de vigas e pilares
em concreto. As paredes externas possuem acabamento na cor azul escura que faz um barrado até
o meio das paredes tendo o restante pintado na cor branca. A fachada frontal apresenta três vãos,
sendo a porta principal ladeada por duas seteiras em composição simétrica. Os vãos apresentam
verga em arco ogival. As esquadrias são em metal pintado na cor branca com vidros incolores
encaixilhados. As janelas têm sistema de abertura com folhas basculantes na horizontal e uma folha
fixa superior e nas laterais. A porta principal também possui bandeiras fixas laterais, sendo de duas
folhas de abrir e com verga em arco pleno. Também na fachada principal, existência dois pilares
inclinados compondo com a empena triangular do frontispício. No alto dos pilares fica uma cruz com
estrutura em metal e vidro, o sino e uma Imagem de Nossa Senhora do Rosário em um cubo de vidro
fixado na parede acima da marquise. Possui também quatro holofotes direcionados para a imagem e
para a porta principal. A sacristia possui uma entrada independente, localizada na lateral direita da
edificação, que é feita por uma porta de madeira. As janelas do restante da edificação são altas,
metálicas com vidros incolores e sistema de fechamento em báscula horizontal. O piso interno da
capela é em cimento liso nas cores natural e vermelha. O piso da praça é em pé–de–moleque em
tons de cinza. A cobertura é feita em telhado de duas águas com telhas francesas, estrutura em
madeira e cumeeira perpendicular à rua. A parte mais antiga da edificação, a nave central, é coberta
por laje, pintada na cor branca. Já o acréscimo possui forro em PVC. Existem dois acessos laterais
em portas metálicas de correr, pintadas na cor amarela clara. O interior do edifício possui uma
arcada que se apóia nas filas de colunas na nave central. Essas são pintadas das cores azul e
Relatório de Inventário do Município de
37
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU – 02
vermelha. A área externa é marcada pela praça com poucos canteiros com gramíneas e algumas
árvores na vizinhança são de porte médio. Há apenas postes de iluminação, cuja energia é fornecida
pela Companhia Elétrica Bragantina e rede de água e esgoto fornecida pela Prefeitura juntamente
com a COPASA.
14. Estado de Conservação:
( x ) Excelente
( ) Bom
( ) Regular
( ) Péssimo
15. Análise do Estado de Conservação: A edificação se encontra em ótimo estado de
conservação.
16. Fatores de Degradação: A exposição as intempéries é o principal fator de degradação do bem.
17. Medidas de Conservação: Não são necessárias medidas de conservação uma vez que a
limpeza e manutenção da edificação é feita constantemente.
18. Intervenções: No ano de 1992 foi feita uma ampliação, com duas naves laterais feitas para
abrigar a grande quantidade de fiéis.
19. Referências Bibliográficas:
ƒ
http://www.luz.mg.gov.br;
ƒ
Fonte oral: Sr. Odilon Gonçalves de Miranda.
20. Informações Complementares: Inexistentes.
21. Ficha Técnica:
Levantamento e fotografia:
Data: 25/11/2010
Elaboração:
Data: 14/12/2010
Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia
Data: 15/12/2010
Revisão:
Data: 19/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
38
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU – 02
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
1. Município: Luz.
EAU - 03
2. Distrito: Sede.
3. Designação: Igreja de São José Operário.
4. Endereço: Praça D. Anita, s/nº.
5. Propriedade / Situação de Propriedade: Própria: Eclesiástica: Diocese de Luz.
6. Responsável: João Candido da Silva.
7. Situação de Ocupação: Própria.
8. Uso Atual:
(
) Residencial
(
) Serviço
( x ) Institucional
(
) Comercial
(
) Industrial
(
9. Proteção Legal Existente:
( ) Federal
( ) Estadual
( ) Municipal
) Outros
( x ) Inexistente
Decreto:
10. Proteção Legal Proposta:
( ) Tombamento Federal
( ) Tombamento Estadual
Relatório de Inventário do Município de
39
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
( ) Tombamento Municipal
( x ) Inventário p/registro documental
EAU - 03
( ) Restrições de uso
( ) Inventário p/proteção prévia
11. Análise do Entorno / Situação e Ambiência / Documentação Fotográfica:
Vista geral da Igreja e parte da Praça D.Anita
Foto: Deise A. Eleutério
Planta Cadastral do Distrito Sede
Vista da parte interna da edificação
Foto: Deise A. Eleutério
Igreja de São José Operário na época
de sua construção
Acervo: Dorzina dos Santos Araújo
Uma das missas antes de
concluir a edificação
Acervo: Dorzina dos Santos
Araújo
O bem está localizado no Bairro Monsenhor Parreiras. As ruas de seu entorno são asfaltadas com
passeios em concreto bruto liso. A edificação foi implantada no centro da área destinada a Praça D.
Anita, que acontece em seu entorno. Possui arborização de médio e grande porte e gramíneas nos
canteiros da Praça. É uma região da cidade que possui equipamentos urbanos como lixeiras, placas
de logradouro e indicativas, além de postes de iluminação pública. O imóvel se encontra implantado
numa posição de destaque do bairro, onde ocorre o cruzamento de duas vias; a Rua 10 de abril que
corta toda a cidade e a Avenida Bom Despacho. Também possui volumetria mais significativa do que
as outras edificações do entorno de um único pavimento e uma longa distância da Igreja que permite
a percepção de sua grandiosidade.
Relatório de Inventário do Município de
40
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU - 03
12. Histórico: Segundo Dorzina dos Santos Araújo, coordenadora do dízimo, a Igreja de São José
Operário teve sua construção iniciada em 16 de agosto de 1998 e foi inaugurada em 29 de agosto de
1992, tendo como responsável pela execução da obra o Eng° Inácio Rodrigues. A obra foi executada
com a finalidade de suprir a necessidade de outra paróquia em uma cidade que crescia
intensamente. Antes de ser construída a igreja, as celebrações já ocorriam no Centro Pastoral com o
Padre João Evangelista. Antes da conclusão das obras já eram celebradas missas no pátio da igreja.
Os recursos para a obra foram doados por um alemão, Sr. Kögnistein que residia em Luz e tinha
grande apreço pela comunidade. Já o lote era da Prefeitura Municipal de Luz. Atualmente a Igreja de
São José Operário tem festas anuais celebrando o dia dos trabalhadores, São Sebastião ,Nossa
Senhora Aparecida e São Cristovão. As missas são semanais, no domingo e celebradas pelo Padre
Ubiratan. Na década de 1990 foi feita uma reforma onde foram trocadas as esquadrias e a fachada
principal que antes era composta por um chanfrado onde se formava uma varanda. Esse foi fechado
formando o recuo na porta principal. A urbanização do entorno e transformação do espaço em praça
foi em julho de 2006 no mandato do Prefeito Agostinho Carlos de Oliveira.
13. Descrição: A Igreja de São José Operário não possui um estilo arquitetônico específico. O
terreno onde está implantado é plano estando ao centro da Praça D. Anita e não possuindo
fechamento. Sua volumetria se destaca na paisagem devido a simplicidade das edificações do
entorno. Possui planta retangular. O acesso é feito no nível da rua, pela praça, na fachada principal e
nas laterais. O sistema construtivo é em vigas e pilares de concreto e a alvenaria em tijolo cerâmico.
As paredes externas são revestidas em pintura na cor amarela. Sua fachada principal é composta
por um recuo central onde fica a porta de entrada, que é metálica, pintada na cor preta com vidros
incolores encaixilhados. Possui sistema de abrir e duas folhas com verga reta. Acima da verga há
uma grande abertura de bandeira fixa, metálica pintada na cor preta com vidros incolores. Um friso
pintado na cor preta faz o contorno da edificação, compondo as laterais ao recuo, que ao lado
esquerdo possui o nome da igreja em letras de alumínio em alto relevo. Já o lado direito possui uma
cruz do mesmo material. O edifício possui dois tipos de esquadrias. As mais altas são em formato
circular, metálicas pintadas na cor preta, em bandeira fixa e fechamento em vidro incolor. O outro tipo
são seteiras retangulares com aberturas basculantes com as mesmas características de acabamento
das outras esquadrias do edifício. As portas laterais também são metálicas na cor preta e com
fechamento em vidro, possui sistema de abrir com apenas uma folha e verga reta. O piso é
cimentício agregado nas cores branca e vermelha. Não possui forro, sendo a laje exposta no interior
do edifício. Sua cobertura não é visível por causa da platibanda que o contorna. O entorno imediato é
composto pelos canteiros da praça em gramíneas, alguns bancos e árvores de pequeno porte. A
iluminação pública é fornecida pela CEMIG e as instalações hidráulicas são de responsabilidade da
Relatório de Inventário do Município de
41
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU - 03
COPASA.
14. Estado de Conservação:
( x ) Excelente
( ) Bom
( ) Regular
( ) Péssimo
15. Análise do Estado de Conservação: O estado de conservação da Igreja de São José Operário
é muito bom. É uma edificação muito importante para a cidade e por isso tem contado com a atenção
da prefeitura e da comunidade.
16. Fatores de Degradação: Podem vir a ser fatores de degradação a exposição ao tempo e a falta
de manutenção.
17. Medidas de Conservação: Não existem medidas de conservação a serem aplicadas.
18. Intervenções: Na década de 1990 foi feita uma reforma onde foram trocadas as esquadrias e a
fachada principal que antes era composta por um chanfrado onde se formava uma varanda. Esse foi
fechado formando o recuo na porta principal.
19. Referências Bibliográficas:
ƒ
CORONA, Eduardo, LEMOS, Carlos Alberto Cerqueira. Dicionário da Arquitetura
Brasileira. São Paulo: Artshow Books, 1989.
ƒ
Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. 1959;
ƒ
VASCONCELOS, Sylvio de. Arquitetura no Brasil: Sistemas Construtivos. Belo Horizonte:
UFMG, 1979;
ƒ
http://psjoperario.blogspot.com/
ƒ
Fonte verbal: Dorzina dos Santos Araújo.
20. Informações Complementares: Inexistentes.
21. Ficha Técnica:
Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério
Data: 25/11/2010
Elaboração: Deise Alves Eleutério
Data: 15/12/2010
Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia
Data: 16/12/2010
Revisão:
Data: 19/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
42
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU - 03
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
1. Município: Luz.
EAU - 04
2. Distrito: Sede.
3. Designação: Casa Grande
4. Endereço: Avenida Josaphat Macedo, nº 74.
5. Propriedade / Situação de Propriedade: Propriedade Pública: Prefeitura Municipal de Luz.
6. Responsável: Prefeitura Municipal de Luz.
7. Situação de Ocupação: Própria.
8. Uso Atual:
( x ) Residencial
(
) Serviço
(
) Institucional
(
(
) Industrial
(
) Outros
) Comercial
Relatório de Inventário do Município de
43
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
9. Proteção Legal Existente:
( ) Federal
( ) Estadual
( x ) Municipal
EAU - 04
( ) Inexistente
Decreto:
10. Proteção Legal Proposta:
( ) Tombamento Federal
( ) Tombamento Estadual
( x ) Tombamento Municipal
( ) Restrições de uso
( ) Inventário p/registro documental
( ) Inventário p/proteção prévia
11. Análise do Entorno / Situação e Ambiência / Documentação Fotográfica:
Vista geral da Casa Grande
Foto: Deise A. Eleutério
Planta Cadastral do Distrito Sede
Vistas Gerais da Casa Grande
Foto: Deise A. Eleutério
O edifício está inserido na Avenida Josaphat Macedo, uma via de mão dupla separadas por um
canteiro central com coqueiros e gramíneas. A pavimentação é em blocos de concreto. Os passeios
são em cimento ou em terra batida. A vizinhança imediata é composta pela Praça Tácito Guimarães,
onde se encontram caminhamentos pavimentados em blocos de concreto, com canteiros em
gramíneas e arbustos intercalados com coqueiros espalhados em alguns dos canteiros. Na Praça
Relatório de Inventário do Município de
44
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU - 04
está implantada a Matriz de Nossa Senhora de Fátima, a edificação mais antiga do município de luz.
Essa possui volumetria simples, que compõe a paisagem urbana da localidade juntamente com a
praça e a edificação da Casa Grande. Nessa área só foram encontradas edificações nas ruas laterais
ao quarteirão onde se encontra a edificação. São edificações residenciais variando em um e dois
pavimentos, que por ter certa distancia da edificação, não influi nas visadas do edifício. Na localidade
são encontrados equipamentos urbanos como lixeiras, placas indicativas e postes de iluminação
pública.
12. Histórico: A edificação da Casa Grande, foi construída, em meados de 1905 a mando do
Coronel José Thomáz d’Oliveira, deixando a para o único filho, que foi o primeiro prefeito da cidade,
o Alexandre Saracupio de Oliveira Dú, deixada como herança pelo pai e nela residiu com sua
esposa Marieta Macedo. Eles não tiveram filhos e se mudaram para ceder a edificação para o
municipio. No dia 16 de março de 1.924, em sessão solene, ocorreu instalação e posse da primeira
Câmara Municipal que assim ficou constituída: Presidente – Capitão Alexandre S. d`Oliveira Dú,
(filho do Coronel José Tomás); Vice Presidente: Dr. Pedro Cardoso da Silva; Secretário Washigton
Gomes de Macedo, José Garcia Ogando e Francisco Caetano Quito. Capitão Alexandre S. d`Oliveira
Dú, o mais votado, era o vereador especial, foi empossado como Presidente da Câmara e Agente
Executivo do Município de Luz, funções que exerceu simultaneamente, até 12 de maio de 1927,
quando eleito o seu sucessor, Dr. Pedro Cardoso da Silva. Além de competir à Câmara, os Poderes
Executivo e Legislativo, ao presidente cabia empossar o Juiz do Termo Judiciário. Os outros edis
eram chamados Vereadores Gerais. Trata-se de uma edificação de estilo eclético, inspirada no
Palácio do catete, sede do Governo federal no Rio de Janeiro de 1897 a 1960, atual Museu da
República. Com projeto do arquiteto alemão Carl Friedrich Gustav Waehneldt, datado de 1858, os
trabalhos tiveram início com a demolição da antiga casa de número 150 da rua do Catete. A
construção terminou oficialmente em 1866, porém as obras de acabamento prosseguiram ainda por
mais de uma década. A partir de 1923, ano da emancipação político-administrativa do município, a
edificação tornou-se sede da Câmara Municipal, que naquela época acumulava também as funções
executivas e, mais tarde, da Prefeitura Municipal. A edificação foi cedida pelo Alexandre Oliveira,
para o municipio com o intuito de fazer a vontade do pai que demosntrava o interesse de sempre
participar dos processos de formação política e histórica da cidade. Em 1927, quando foi instaurado o
Termo Judiciário de Luz, até 1935, a casa também abrigou o Fórum, onde as principais cusas
jucidiais eram conduzidas. Assim como na Roma antiga, o Fórum se localizava na Praça principal da
cidade, o centro político, religioso, econômico e social da mesma. Posteriormente, veio a funcionar
no edifício a ALA – Associação Atlética de Luz, que tinha como uso a integração da sociedade
luzense em um espaço de entretenimento e lazer. Na associação eram feitos bailes e festas para
datas comemorativas. Com a morte de seu primeiro proprietário, em 1943, a viúva vendeu a casa ao
Relatório de Inventário do Município de
45
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU - 04
seu irmão, o médico Dr. Josaphat Macedo, criador da FAEMG – Fundação de Agricultura de Minas
Gerais. A FAEMG - Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais é a entidade
que representa os produtores rurais mineiros. Defensora dos interesses conjuntos da categoria, sua
força vem do envolvimento e da participação de quase 400 Sindicatos filiados, que congregam mais
de 400 mil pequenos, médios e grandes produtores. A FAEMG é uma instituição privada, criada em
1951 e mantida pelo produtor rural. Integra o Sistema Sindical Patronal Rural, liderado pela CNA Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, entidade máxima de representação dos produtores
brasileiros. Além de representar e defender o produtor rural em todos os fóruns de decisões municipais, estaduais, nacionais e internacionais -, a FAEMG coloca à disposição de seus filiados e,
por extensão, do produtor diversos serviços nas áreas jurídica, econômica, sindical, contábil, meio
ambiente etc. O trabalho da FAEMG é subsidiado por Comissões Técnicas, formadas por produtores
representativos de cada setor. As Comissões acompanham os fatos políticos, econômicos e
tecnológicos relacionados com os segmentos produtivos. Também fazem parte das ações da
FAEMG a formação profissional da mão-de-obra rural e a promoção social do cidadão que mora no
campo. Este trabalho é realizado através do SENAR MINAS - Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural, entidade vinculada à FAEMG. O novo morador fez funcionar naquele imóvel, durante as
décadas de 40 e 50, o "Clube Recreativo Luzense" que era um espaço responsável por oferecer a
seus associados eventos culturais e esportivos inclusive juntoe a sede da "Rádio Clube de Luz". De
1965 a 1975, com o uso do imóvel atribuído a José Maria Macedo, foi construído um anexo nos
fundos, onde funcionou o Armazém Casa Grande. O armazém Casa Grande funcionava como o
mercado de comercialização de produtos para a população do município na época. A
comercialização variava em produtos alimentícios até os produtos de higiene pessoal. Após a morte
de Josaphat Macedo,o fundador da FAEMG, em 1980, o casarão, já em situação precária, não fora
mais usado pelos seus herdeiros, ficando a mercê de invasores e moradores de rua que faziam suas
moradias no terreno do imóvel. No ano de 1986, a Casa Grande foi desapropriada pelo município.
Em 1998 a contratação do Projeto de Restauração da Casa Grande e a contratação de consultoria
para desenvolvimento da política municipal de proteção ao patrimônio histórico-cultural são ações
que através da iniciativa da Lei Municipal nº 1.517/06, estabelece normas de proteção do Patrimônio
Cultural do Município de Luz. O projeto foi feito pela arquiteta Maura Braga e consiste em reforçar a
estrutura, recompor os acabamentos, revestimentos e elementos decorativos. Teve a obra iniciada
com o reforço da estrutura física que se encontrava comprometida implantando vigas de concreto pra
reforçar a estrutura do prédio e laje de concreto do porão e providenciando a troca de todo o telhado.
O imóvel dispõe de uma área de 3.609 m², sendo uma testada de 42 metros, e possui
aproximadamente, 250 metros em construção. A implantação da casa na testada da rua e
centralizada em relação à mesma, faz com que o quintal e as laterais possuam grandes áreas livres,
com potencial para implantação de jardins e áreas de convivência. Apesar de terem sido iniciadas, as
Relatório de Inventário do Município de
46
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU - 04
obras estão paralisadas desde 2008 e o imóvel se encontra em estado de abandono. O processo de
desapropriação do imóvel só teve a solução definitiva em janeiro de 2009 ao custo de aproximados
R$1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) como indenização de seus antigos proprietários e
honorários advocatícios. Atualmente o imóvel se encontra em situação regular, isento de qualquer
ônus reais, bem como ações reais e pessoais reipersecutórias. Considerando tudo acima exposto,
especialmente o valor imensurável de patrimônio histórico –cultural, significativo para o povo de luz,
enquanto elemento constitutivo de sua identidade, conseqüentemente inestimável do ponto de vista
monetário. Considerando o dado histórico da desapropriação que teve como finalidade o interesse de
preservar o patrimônio histórico e abrigar repartições administrativas ou até mesmo um centro
cultural.
13. Descrição: A Casa Grande localiza-se na Avenida Dr. Josaphat Macedo, no número 74, à frente
da Praça Tácito Guimarães, no centro do Distrito Sede de Luz. Nesta área se encontra as mais
importantes edificações de representatividade política, cultural, social e religiosa para o município,
como a Matriz de Nossa Senhora de Fátima, além de edificações residenciais e comerciais que se
localizam nos arredores da praça. Estas estão dispostas em sequência, uma após a outra, em
quadras subsequentes. Essa área faz parte do centro histórico e ainda existem exemplares
importantes da casa urbana luzense, onde a fachada principal é alinhada à testada do lote, ganhando
acesso e varandas laterais e comumente geminadas com sua vizinha. A Praça Tácito Guimarães é
freqüentada por toda a comunidade de Luz, sendo também palco de festividades de grande
importância para o município como a Festa de Nossa Senhora do Rosário onde acontecem
apresentações de variadas guardas de congo. A praça possui encaminhamentos pavimentados com
blocos de concreto, intercalados com canteiros. Alguns canteiros possuem coberturas vegetais de
gramíneas porem há também árvores de médio e grande porte. Possui bancos em toda sua
extensão, além de lixeiras e postes de iluminação. Há também implantada na praça a Matriz de
Nossa Senhora de Fátima, a primeira edificação do Aterrado que marca a divisão de terras dos
primeiros donos dos dois lotes que compunham a área do município no início do século XVIII. Esta
região caracteriza-se ainda por possuir forte adensamento populacional, pois foi local de instalação
dos primeiros moradores e imigrantes. Apesar de ainda possuir imóveis datados do final do século
XIX e início do século XX, a maioria deles perdeu suas características originais ou foram substituídos
por outras edificações. A edificação possui estilo eclético, onde a mistura de estilos arquitetônicos do
passado são responsáveis por criar uma nova linguagem arquitetônica. O edifício é formado pela
combinação de elementos artísticos provenientes de várias vertentes arquitetônicas. Podem ser
observados os arcos ogivais
característicos da arquitetura neogótica, juntamente com pilares e
Relatório de Inventário do Município de
47
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU - 04
pilaretes com os capitéis decorados assemelhando se à arquitetura grega. Elementos decorativos de
rosáceas do período neoclássico e elementos decorativos lineares que se remetem ao art-decó. O
terreno onde se encontra o bem a ser tombado é plano, no entanto a rua onde ele está localizado
possui um pequeno aclive, o que permitiu o surgimento de um porão alteado sob o pavimento
principal. A fachada frontal da edificação é voltada para a Avenida Josaphat Macedo, onde se tem
seu acesso principal. As fachadas laterais direita e esquerda e de fundos estão voltadas para os lotes
vizinhos. O terreno onde se localiza o bem é arborizado com árvores de grande e médio porte, além
de gramíneas. O acesso ao edifício é feito por um portão baixo do lado esquerdo, metálico que dá
acesso a uma pequena escada revestida com piso em ladrilho hidráulico, este original da época da
construção. Possui três degraus aonde se chega a um pátio aberto que dá acesso ao alpendre que
se encontra em um nível acima do pátio. O pátio possui piso em terra batida e vegetação invasora.
Há também ao lado do portão baixo um portão maior de entrada de veículos que também é metálico
e decorado, que se intercala com um muro baixo e uma balaustrada que faz o fechamento do
terreno. A Casa Grande possui um partido arquitetônico com planta em “T” implantada com
regularidade na testada da avenida.
As laterais possuem grande recuo onde se encontra uma
vegetação crescente com árvores de médio e pequeno porte. Sua volumetria é simples marcada por
elementos artísticos aplicados nas fachadas. Possui proporções que dão ajuste geométrico das
partes que compõem o edifício, sendo proporcionais entre si e em relação ao todo e seu entorno. As
fachadas são bem diferentes entre si. A tradição trata a arquitetura eclética como uma composição
de partes que envolvem a simetria, composição volumétrica e ornamentação. A simetria funciona
como uma regra básica para remeter o caráter organizacional na composição da fachada. A fachada
principal é composta por simetria onde são rebatidas três aberturas em cada lado da sacada em
arco ogival molduradas com massa na cor branca e um frontispício decorado com frisos em alto
relevo. Possui uma sacada central acessada por porta que segundo informações coletadas em
campo,e Ra de madeira e hoje não se encontra mais no imóvel, possuindo ornamentação na parte
superior e moldura acima da verga em formato de arco ogival. A ornamentação nos edifícios
ecléticos busca revestir a arquitetura e prover conforto e decoro condizentes com a urbanidade e a
civilização local. No caso do edifício da Casa grande a platibanda é decorada por frisos, relevos e
rosáceas e quatro pináculos ao longo de toda a platibanda. Há também uma águia no centro da
fachada. No nível do porão encontram-se respiradouros em formato ogival. Há um acesso direto ao
porão, abaixo da sacada. A fachada lateral esquerda por onde é feito o acesso ao edifício, se
encontra um alpendre em um nível superior que é acessado através de uma pequena escada de seis
degraus e guarda corpo em balaustrada. A estrutura do alpendre é composta por sete colunas
decoradas com arcos e frisos, no capitel em alto relevo, que se intercalam com o guarda corpo em
balaustres. A fachada lateral direita é marcada por três aberturas e continuação do coroamento da
platibanda decorada. A cobertura é composta por engradamento em madeira e manto em telhas
Relatório de Inventário do Município de
48
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU - 04
francesas. Compondo o fechamento de todo o edifício, o telhado possui seis águas, sendo uma parte
da edificação com quatro águas e a outra com duas águas. A edificação não possui forro, onde o
engradamento e as telhas ficam expostas. Os vãos são iguais para a parte da edificação que
encontra na parte da frente do terreno, que corresponde a parte de superior do “T” na planta. São
aberturas grandes, com vergas em arco ogival onde seu centro é marcado por um pilarete cilíndrico
decorado, que divide o vão em duas janelas menores também com verga em arco ogival. Todas as
janelas possuem moldura em relevo e frisos e uma espécie de cornija na parte inferior ao peitoril. As
janelas provavelmente tinham sistema de abrir em madeira, atualmente as aberturas não possuem
vedações no volume paralelo à Rua Nelson. As portas possuem vergas retas e bandeiras fixas
superiores, com fechamento em vidro. A porta principal possui moldura decorativa com a parte
superior em arco e uma rosácea em relevo no centro. As condições de conservação do edifício não
podem ser consideradas boas. Suas esquadrias não existem mais, porém os marcos e quadros das
portas internas ainda existem e permitem uma provável descrição. A estrutura do edifício é composta
por tijolos de barro maciços, com a base em pedra. São revestidos por reboco e pintados com tinta
acrílica aparentemente pintadas na cor amarela. Na área externa o piso não existe mais e foi tomado
por uma vegetação invasora. A escada que dá acesso a edificação possuem piso em ladrilho
hidráulico. No acesso de veículos há uma pequena área que demarca a sua passagem em cimento
grosso. Na parte posterior do imóvel há um enorme quintal onde se encontra muita vegetação
invasora, onde o piso se encontra em terra batida. A edificação possui uma composição em planta
que busca a hierarquia dos espaços e eixos para gerar conforto e monumentalidade, mantendo uma
proporção com o entorno. A Casa Grande é composta por 11 cômodos no volume com a testada
para a rua e nove cômodos no volume perpendicular. No primeiro volume, o alpendre é seguido de
uma sala. Após a sala há um corredor, á direita faz o acesso à parte íntima onde ficam um pequeno
hall, dois quartos e um banheiro direcionados para a avenida. Já à esquerda encontra-se um quarto.
Seguindo o corredor se dá acesso à parte de serviços e a um grande salão que pode ser
identificados na fachada pela sacada. No volume perpendicular à rua, há um corredor central que dá
acesso também a uma área intima nas laterais, com um cômodo ao fundo. Todos os cômodos
possuem piso em tacos de madeira, com exceção das áreas molhadas onde ainda existem vestígios
do piso original em ladrilho hidráulico. Não possuindo rodapés, essas áreas se encontram cobertas
por sujidade e vegetação. As paredes tiveram seu reboco refeito e não possuem revestimentos. As
instalações elétrica e hidráulicas são expostas e improvisadas pelos moradores que invadiram o
imóvel. O estado de conservação do bem é péssimo. Ele se encontra em ruínas e está
completamente descomposto. Foi ocupado por um casal de catadores de lixo no volume frontal e no
outro, uma senhora que comercializa muda de plantas. A praça em frente ao imóvel possui
arborização em canteiros variados que se mesclam com caminhamentos que levam até a Matriz de
Nossa Senhora de Fátima.
Relatório de Inventário do Município de
49
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
14. Estado de Conservação:
( ) Excelente
( ) Bom
( ) Regular
EAU - 04
( x ) Péssimo
15. Análise do Estado de Conservação: O bem se encontra em ruínas, tendo seu estado de
conservação considerado péssimo. Há uma parte da edificação onde a laje se desfez e permanece
um vão no interior da edificação, deixando o porão sem cobertura. Os pisos e paredes possuem
partes de revestimentos que se encontram com muita sujeira acumulada. As esquadrias inexistem,
expondo o interior do edifício as intempéries. A área externa possui grande volume de vegetação.
16. Fatores de Degradação: O abandono da edificação é o fator de degradação que mais contribuiu
para desencadear os danos encontrados. Esses tiveram seus problemas acentuados por exposição
às intempéries e falta de manutenção.
17. Medidas de Conservação: O edifício necessita de uma reforma geral para reparar a estrutura
física e os acabamentos.
18. Intervenções: Nunca foram feitas intervenções no edifício.
19. Referências Bibliográficas:
ƒ
CORONA, Eduardo, LEMOS, Carlos Alberto Cerqueira. Dicionário da Arquitetura
Brasileira. São Paulo: Artshow Books, 1989.
ƒ
Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. 1959;
ƒ
VASCONCELOS, Sylvio de. Arquitetura no Brasil: Sistemas Construtivos. Belo Horizonte:
UFMG, 1979;
20. Informações Complementares: O projeto de restauração e reforma do edifício já encontra-se
em andamento, feito pela arquiteta Maura Braga, porem ainda não iniciaram as obras.
21. Ficha Técnica:
Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério
Data: 19/12/2010
Elaboração: Deise Alves Eleutério
Data: 19/12/2010
Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia
Data: 05/12/2010
Revisão:
Data: 28/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
50
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ESTRUTURA ARQUITETÔNICA E URBANISTICA
EAU - 04
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
1. Município: Luz.
2. Distrito: Sede.
3. Acervo: Catedral de Nossa Senhora da Luz.
4. Propriedade / Situação de Propriedade: Privada: Eclesiástica Diocese de Luz.
5. Endereço: Praça D. Anita, s/nº.
BMI - 01
Relatório de Inventário do Município de
51
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
BMI - 01
6. Responsável: Padre Daniel Teixeira Miranda.
7. Designação: Imagem de Nossa Senhora da Luz.
8. Localização Específica: Altar – mor.
9. Espécie: Imaginária.
10. Época: Desconhecida.
11. Autoria: Desconhecida.
12. Origem: Desconhecida.
13. Procedência: Lisboa – Portugal.
14. Material / Técnica: Escultura.
15. Marcas / Inscrições / Legendas: Possui legenda com o nome da imagem na parte frontal da
peanha com os dizeres: Nossa Senhora da Luz.
16. Documentação Fotográfica:
Vista da Imagem de Nossa Senhora da Luz inserida
no Altar-mor da Catedral de Nossa Senhora da Luz.
Foto: Deise A. Eleutério
Planta cadastral do distrito sede
Relatório de Inventário do Município de
52
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
BMI - 01
17. Descrição: A Imagem de Nossa Senhora da Luz é uma
figura feminina que segura em sua mão esquerda uma criança
e a mão direita encontra-se segurando parte de seu manto. É
uma escultura em mármore branco, sem qualquer tipo de
policromia. Na parte inferior, em sua base, encontra-se uma
inscrição com sua identificação “Nossa Senhora da Luz”. A
Imagem da Nossa Senhora da Luz possui uma aparência de
meia idade, está na posição frontal com a cabeça levemente
virada para o lado esquerdo. O rosto possui um formato
arredondado com sobrancelhas marcadas, os olhos grandes, a
boca é pequena. Apresenta o nariz afinado e o queixo pouco
marcado, a imagem não possui véu. Os cabelos são marcados
com frisos e são curtos. Possui uma túnica coberta por um
manto, com o caimento da vestimenta esculpido na pedra. Os
pés não são visíveis, tapados pela túnica. Na mão direita, o
Menino Jesus está nu, com o braço direito para o alto e o
Vista geral da imagem de Nossa Senhora
da Luz
Foto: Deise A. Eleutério
braço esquerdo abaixado. O rosto ovalado com os olhos bem
abertos e marcação de sobrancelhas. A boca também não
possui só uma marcação. A imagem está fixada na peanha
circular.
18. Condições de Segurança: Razoável.
Vista da Catedral de Nossa Senhora da
Luz
Foto: Deise A. Eleutério
19. Proteção Legal Existente:
( ) Federal
( ) Estadual
( ) Municipal
( x ) Inexistente
Decreto:
20. Proteção Legal Proposta:
( ) Tombamento Federal
( ) Tombamento Estadual
( ) Tombamento Municipal
( ) Restrições de uso
( x ) Inventário p/registro documental
( ) Inventário p/proteção prévia
Relatório de Inventário do Município de
53
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
BMI - 01
21. Dimensões: Altura: 120 cm;
Largura: 70 cm;
Diâmetro: 70 cm.
22. Estado de Conservação:
(x) Excelente
( ) Bom
( ) Regular
( ) Péssimo
23. Análise do Estado de Conservação: A imagem possui um excelente estado de conservação,
não apresentando nenhum dano.
24. Intervenções: Sem referência.
25. Características Técnicas: A imagem foi produzida através de técnica de escultura em mármore
branco.
26. Características Estilísticas: A imagem não possui estilo definido.
27. Características Iconográficas: A origem da devoção à Senhora da Luz tem seu começos na
festa da apresentação do Menino Jesus no Templo e da purificação de Nossa Senhora, quarenta
dias após o seu nascimento (sendo celebrada, portanto, no dia 2 de Fevereiro). De acordo com a
tradição mosaica, as parturientes, após darem à luz, ficavam impuras, devendo inibir-se de visitar ao
Templo até quarenta dias após o parto; nessa data, deviam apresentar-se diante do sumo-sacerdote,
a fim de apresentar o seu sacrifício (um cordeiro e duas pombas ou duas rolas) e assim purificar-se.
Desta forma, José e Maria apresentaram-se diante de Simeão para cumprir o seu dever, e este,
depois de lhes ter revelado maravilhas acerca do filho que ali lhe traziam, ter-lhes-ia dito: «Agora,
Senhor, deixa partir o vosso servo em paz, conforme a Vossa Palavra. Pois os meus olhos viram a
Vossa salvação que preparastes diante dos olhos das nações: Luz para aclarar os gentios, e glória
de Israel, vosso povo» (Lucas, 2, 29-33). Com base na festa da Apresentação de Jesus / Purificação
da Virgem, nasceu a festa de Nossa Senhora da Purificação; do cântico de São Simeão que promete
que Jesus será a luz que irá aclarar os gentios, nasce o culto em torno de Nossa Senhora da Luz/das
Candeias/da Candelária, cujas festas eram geralmente celebradas com uma procissão de velas, a
relembrar o fato. A Virgem da Candelária ou Luz apareceu em uma praia na ilha de Tenerife (Ilhas
Canárias, Espanha) em 1400. Os nativos guanches da ilha ficaram com medo dela e tentaram atacála, mas suas mãos ficaram paralisadas. A imagem foi guardada em uma caverna, onde, séculos mais
tarde, foi construído o Templo e Basílica Real da Candelária (em Candelária). Mais tarde, a devoção
se espalhou na América. É santa padroeira das Ilhas Canárias, sob o nome de Nossa Senhora da
Candelária.
Relatório de Inventário do Município de
54
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
BMI - 01
28. Dados Históricos: A Cidade de Luz, teve seu início em 1790 em torno de uma capela dedicada
a Nossa Senhora da Luz e desde 1918 sede da Diocese. Recebeu no dia 2 de fevereiro de 1995 a
escultura de sua Padroeira, a Imagem de Nossa Senhora de Luz, que foi doada pela câmara
Municipal de Lisboa. Esta imagem foi abençoada no santuário de Carnide, em Portugal. A entrega da
imagem ocorreu com a presença de uma comissão da Câmara de Lisboa que vieram pessoalmente a
Luz.
29. Referências Bibliográficas:
ƒ
ATTWATER, Donald. Dicionário de Santos. São Paulo: Art Editora, 1991. (tradução
Maristela R. A. Marcondes, Wanda de Oliveira Roselli);
ƒ
MEGALE, Nilza Botelho. Cento e doze invocações da Virgem Maria no Brasil: história,
iconografia, folclore. 6. Ed. Petrópolis,RJ:Vozes,2001.
ƒ
http://www.festadaluz.org.br/nsl.html.
30. Informações Complementares: Inexistentes.
31. Ficha Técnica:
Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério
Data: 26/11/2010
Elaboração: Deise Alves Eleutério
Data: 14/12/2010
Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia
Data: 15/12/2010
Revisão:
Data: 18/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
55
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
1. Município: Luz.
BMI - 02
2. Distrito: Sede.
3. Acervo: Olavo Miranda Araújo.
4. Propriedade / Situação de Propriedade: Privada: Particular: Olavo Miranda Araújo
5. Endereço: Rua Francisco Couto, n°610 – Bairro Nossa Senhora Aparecida.
6. Responsável: Olavo Miranda Araújo.
7. Designação: Placas de Carros de Boi.
8. Localização Específica: Fixadas no enquadramento de
9. Espécie: Utensílio doméstico.
madeira da cobertura da varanda da residência do Sr.
Olavo.
10. Época: 1941.
12. Origem: Desconhecida
11. Autoria: Desconhecida.
13. Procedência: Desconhecida.
14. Material / Técnica: Chapa de Ferro / pintura /
15. Marcas / Inscrições / Legendas:
16. Documentação Fotográfica:
Madeiramento onde estão fixadas as placas
Foto: Deise A. Eleutério
Planta Cadastral do Distrito Sede.
Relatório de Inventário do Município de
56
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
BMI - 02
17. Descrição: São quatros placas em aço, modelos
diferentes feitas em duas técnicas distintas. As mais antigas
datadas de 1941 são em ferro e possuem o formato com um
corte sextavado na chapa. As inscrições e as bordas são em
alto relevo. Essas duas placas possuem cores diferenciadas,
uma na cor amarela e a outra pintada na cor branca com
inscrições na cor preta. Todas possuem furos laterais para a
Detalhe de uma das placas em formato
fixação com pregos. As outras duas placas do conjunto
hexagonal e escrita em alto relevo.
possuem formato retangular e são pintadas, as inscrições na
Foto: Deise A. Eleutério
cor branca e o fundo da placa na cor azul escuro.
Vista frontal da Imagem de Nossa
Senhora das Dores.
Foto: Deise A. Eleutério
18. Condições de Segurança: Ruim.
19. Proteção Legal Existente:
( ) Federal
( ) Estadual
( ) Municipal
( X ) Inexistente
Decreto:
20. Proteção Legal Proposta:
( ) Tombamento Federal
( ) Tombamento Estadual
( ) Tombamento Municipal
( ) Restrições de uso
( X ) Inventário p/registro documental
( ) Inventário p/proteção prévia
21. Dimensões: Altura: 10 cm;
Largura: 15 cm;
Profundidade: 0,5 cm.
22. Estado de Conservação:
( ) Excelente
( ) Bom
(X ) Regular
( ) Péssimo
24. Intervenções: Não foram feitas intervenções no bem.
25. Características Técnicas: As quatro peças são feitas através do aço manufaturado em
Relatório de Inventário do Município de
57
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
BMI - 02
máquinas especiais de corte e dobra. As peças eram fixadas por pregos pelas extremidades.
26. Características Estilísticas: O bem não possui característica estilística específica. As duas
técnicas foram desenvolvidas de acordo com a legislação de trânsito vigente da época.
27. Características Iconográficas: Inexistente.
28. Dados Históricos: As placas foram adquiridas pelo Sr. Olavo Miranda Araújo, e foram fabricadas
na década de 1940. Acredita-se que as placas tenham sido fabricadas no próprio Município de Luz.
29. Referências Bibliográficas:
ƒ
CUNHA, Maria José Assunção da. Iconografia Cristã (Caderno de Pesquisa). UFOP –
Instituto de Artes e Cultura;
ƒ
Fonte oral: Olavo Miranda Araújo.
30. Informações Complementares: As placas estão localizadas na área externa da residência do
Sr. Olavo, ficando ameaçada a segurança e a integridade do bem.
31. Ficha Técnica:
Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério
Data: 14/10/2010
Elaboração: Deise Alves Eleutério
Data: 08/12/2010
Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia
Data: 09/12/2010
Revisão:
Data: 18/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
58
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
1. Município: Luz.
BMI - 03
2. Distrito: Sede.
3. Acervo: Olavo Miranda Araújo.
4. Propriedade / Situação de Propriedade: Privada: Particular: Olavo Miranda Araújo.
5. Endereço: Rua Francisco Couto, n°610 – Bairro Nossa Senhora Aparecida.
6. Responsável: Olavo Miranda Araújo.
7. Designação: Arado de Boi.
8. Localização Específica: O arado fica na varanda da
9. Espécie: Utensílio doméstico.
residência do Sr. Olavo.
10. Época: 1970.
12. Origem: Desconhecida.
11. Autoria: Desconhecida.
13. Procedência: Desconhecida.
14. Material / Técnica:
15. Marcas / Inscrições / Legendas: Inexistentes.
16. Documentação Fotográfica:
Arado de boi.
Foto: Deise A. Eleutério
Planta Cadastral do Distrito Sede.
Relatório de Inventário do Município de
59
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
BMI - 03
17. Descrição: O arado de boi é uma utensílio agrícola de
tração animal, em ferro, usado para cortar , levantar e virar o
solo, preparando-o para a sementeira e plantio. É feito de ferro
com duas chapas fixadas a uma estrutura que se prende do
animal até o condutor do instrumento. Na parte anterior há
uma pequena roda de ferro que auxilia na locomoção do
arado.
Detalhe das chapas do arado de boi
Foto: Deise A. Eleutério
18. Condições de Segurança: Ruim
19. Proteção Legal Existente:
( ) Federal
( ) Estadual
( ) Municipal
( X ) Inexistente
Decreto:
20. Proteção Legal Proposta:
( ) Tombamento Federal
( ) Tombamento Estadual
( ) Tombamento Municipal
( ) Restrições de uso
( X ) Inventário p/registro documental
( ) Inventário p/proteção prévia
21. Dimensões: Altura: 40 cm;
Largura: 150 cm;
Profundidade: 20 cm.
22. Estado de Conservação:
( ) Excelente
( x ) Bom
( ) Regular
( ) Péssimo
24. Intervenções: Não foram feitas intervenções no bem.
25. Características Técnicas: O arado é feito em ferro e suas partes são fixadas com parafusos.
26. Características Estilísticas: O bem não possui característica estilística especifica. A técnica foi
Relatório de Inventário do Município de
60
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
BMI - 03
desenvolvida para facilitar o trabalho no campo.
27. Características Iconográficas: Também conhecido como enxadão, o arado é um dos marcos da
transição da Pré-história para a Antigüidade. Com ele ocorre a chamada revolução agrícola: a
produtividade da terra é multiplicada, surgem os excedentes de produção, passo fundamental para o
aparecimento do comércio e a acumulação de riquezas. A sociedade humana fica mais diversificada,
surgem os primeiros núcleos urbanos e, mais tarde, as grandes civilizações.
28. Dados Históricos: Como conta o Sr. Olavo, proprietário do bem, o arado foi adquirido por seu
pai na década de 1970. O Sr. Olavo Seferino Araújo, morava com a esposa, Albertina Jurandir
Miranda na Fazenda Morro Grande, a 18 Km de Lagoa da Prata, onde trabalhava como agricultor.
Durante muito tempo o Sr. Olavo morou na fazenda com os pais e ajudava na plantação utilizando
esse arado de boi. Até que há aproximadamente 10 anos a fazenda foi vendida e o Sr Olavo resolveu
trazer o arado para sua residência.
29. Referências Bibliográficas:
ƒ
DIS PASQUALE, Giovani. História da ciência e da tecnologia: da pré-história ao
renascimento. Lisboa: Edições ASA, 2002;
ƒ
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arada.
30. Informações Complementares: O arado de boi se encontra na área externa da residência do
Sr. Olavo, ficando ameaçada a segurança e a integridade do bem.
31. Ficha Técnica:
Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério
Data: 25/11/2010
Elaboração: Deise Alves Eleutério
Data: 14/12/2010
Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia
Data: 14/12/2010
Revisão:
Data: 19/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
61
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
1. Município: Luz.
BMI - 04
2. Distrito: Sede.
3. Acervo: Olavo Miranda Araújo.
4. Propriedade / Situação de Propriedade: Privada: Particular: Olavo Miranda Araújo.
5. Endereço: Rua Francisco Couto, n°610 – Bairro Nossa Senhora Aparecida.
6. Responsável: Olavo Miranda Araújo.
7. Designação: Monjolo.
8. Localização Específica: O monjolo fica na varanda da
9. Espécie: Utensílio doméstico.
residência do Sr. Olavo.
10. Época: Ano de 1979.
12. Origem: Minas Gerais, Luz.
11. Autoria: José Severino Filho.
13. Procedência: Fazenda de Antônio Resende.
14. Material / Técnica: Madeira/Escultura.
15. Marcas / Inscrições / Legendas: Inexistentes.
16. Documentação Fotográfica:
Vista do Monjolo
Planta Cadastral do Distrito Sede.
Foto: Deise A. Eleutério
Relatório de Inventário do Município de
62
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
BMI - 04
17. Descrição: Feito em madeira esculpida é formado por uma
haste de madeira suspensa de forma que a parte que suporta
o pilão é maior que a outra, que termina por um cocho que
enche com a água proveniente de uma calha, fazendo assim
levantar o pilão. Quando o cocho está cheio, este faz baixar a
haste e, quando o cocho despeja a água, a outra extremidade
cai sobre o pilão, moendo quaisquer grãos.
Detalhe do pilão do monjolo
Foto: Deise A. Eleutério
18. Condições de Segurança: Razoável.
19. Proteção Legal Existente:
( ) Federal
( ) Estadual
( ) Municipal
( X ) Inexistente
Decreto:
20. Proteção Legal Proposta:
( ) Tombamento Federal
( ) Tombamento Estadual
( ) Tombamento Municipal
( ) Restrições de uso
( X ) Inventário p/registro documental
( ) Inventário p/proteção prévia
21. Dimensões: Altura: 90 cm;
Largura: 210 cm;
Profundidade: 30 cm.
22. Estado de Conservação:
( ) Excelente
( x ) Bom
( ) Regular
24. Intervenções: Não foram feitas intervenções no bem.
25. Características Técnicas: O monjolo é feito em madeira talhada.
( ) Péssimo
Relatório de Inventário do Município de
63
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM MÓVEL E INTEGRADO
BMI - 04
26. Características Estilísticas: O bem não possui característica estilística especifica.
27. Características Iconográficas: Artefato primitivo de origem remota, o pilão de madeira na época
do Brasil-Colônia, já era utilizado na agricultura para socar alguns alimentos, tais como o milho e o
café. Para sua confecção, utilizavam-se troncos de madeiras duras - como a maçaranduba, a peroba,
a canela preta, o guatambu e o limoeiro - que eram escavados com fogo e sua haste (denominada
mão de pilão), era feita com um pedaço aparelhado dessas madeiras. No que se diz respeito à
cultura rural brasileira, pode-se afirmar que todas as casas nas zonas rurais usavam algum pilão.
Essa ferramenta pode ter sido copiada dos árabes. Em 1638, nos terreiros próximos às portas das
cozinhas, já havia registro do emprego de pilões nos preparos da farinha de mandioca e óleo de
semente de gergelim, em substituição ao azeite de oliva. O Monjolo é uma das mais simples
máquinas utilizadas na indústria rural. Não se sabe ao certo de sua origem; sabe-se que registros
que citam a existência de monjolos no Brasil datam de 1800. Em Minas Gerais, acredita-se que data
de muito antes, desde o início do povoamento pelos bandeirantes paulistas. Estes não poderiam
prescindir do seu uso, habituados que eram, ao consumo diário da farinha de milho.
28. Dados Históricos: Segundo o Sr. Olavo, proprietário do bem, o monjolo foi encomendado por
Antônio Resende em 1979 para moer grãos em sua fazenda na região de Luz. Foi fabricado na
Serraria do Zeca, o Sr. José Severino Filho, que produziu a peça em madeira talhada.O próprio
Olavo foi quem serrou a tora de madeira de jacarandá que foi extraída na mesma região. Após 28
anos, o Sr. Olavo compra a peça do Sr.Antônio por R$ 50,00 (cinquenta reais).
29. Referências Bibliográficas:
ƒ
VAINSENCHER, Semira Adler. Pilão e Monjolo. Fundação Joaquim Nabuco, Recife. 2010.
ƒ
Fonte oral: Olavo Araújo Miranda.
30. Informações Complementares: O monjolo se encontra na área externa da residência do Sr.
Olavo, ficando ameaçada a segurança e a integridade do bem.
31. Ficha Técnica:
Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério
Data: 25/11/2010
Elaboração: Deise Alves Eleutério
Data: 14/12/2010
Historiador: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia
Data: 15/12/2010
Revisão:
Data: 19/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
64
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ARQUIVO
1. Município: Luz.
ARQ - 01
2. Distrito: Sede.
3. Designação: Arquivo da Prefeitura Municipal de Luz.
4. Endereço: Rua 16 de Março, 172 – Centro.
5. Propriedade / Direito de Propriedade: Propriedade pública: Prefeitura Municipal.
6. Subordinação Administrativa: Prefeitura Municipal de Luz.
7. Responsável: Maristela Pereira Pinto.
8. Restrição de Acesso: Sim.
9. Horário de Atendimento: 8:00 às 11:00 e
13:00 às 18:00
10. Histórico / Documentação Fotográfica:
Vista externa do Arquivo Público da
Prefeitura Municipal de Luz
Foto: Deise A. Eleutério
Planta Cadastral do Distrito Sede
Vista interna do Arquivo Público da
Prefeitura Municipal de Luz
Foto: Deise A. Eleutério
Relatório de Inventário do Município de
65
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ARQUIVO
ARQ - 01
Segundo Maristela Pereira Pinto, responsável pelo Arquivo Público da Prefeitura Municipal de Luz,
o arquivo existe desde a década de 1950, sempre no mesmo endereço, à Rua 16 de Março, nº
172, bem próximo a sede da Prefeitura Municipal, proprietária do mesmo. O arquivo é constituído
de documentos relacionados as contas da Prefeitura e seus funcionários.
11. Datação: O documento mais antigo encontrado no Arquivo data do ano de 1953 e o mais
recente data do ano de 2010.
12: Estágio de Organização:
( ) Não organizado
( ) Parcialmente organizado ou sem organização
( x) Organizado
13. Conteúdo: Possui documentos relacionados a prestação de contas da Prefeitura, movimentos
contábeis, documentação de funcionários e folhas de pagamentos.
14. Instrumentos de Pesquisa: A busca é feita pela funcionária do arquivo, Maristela Pereira
Pinto.
15. Tipo de Cópia Fornecida: É permitida a reprodução fotográfica e/ou xerox dos documentos.
16. Tipo de Suporte Documental:
( x ) Textual (impresso e manuscrito)
( ) Iconográfico (fotografias, gravuras, etc.)
( ) Cartográfico (plantas e mapas)
( ) Filmográfico (filmes e vídeos)
( ) Sonoro (discos, cds, fitas cassetes)
( ) Eletrônico (disquetes, CD R, etc.)
17. Proteção Legal Existente:
( ) Federal
(
) Estadual
( ) Municipal
( x ) Inexistente
Decreto:
18. Proteção Legal Proposta:
( ) Tombamento Federal
( ) Tombamento Estadual
( ) Tombamento Municipal
( ) Restrições de uso
( x ) Inventário p/registro documental
( ) Inventário p/proteção prévia
19. Mensuração / Quantificação: São 25 prateleiras com 48 caixas de documentos separados por
data em uma das salas e na outra sala são 07 prateleiras com 180 pastas cada uma.
20. Estado de Conservação:
( ) Excelente
( x ) Bom
( ) Regular
( ) Péssimo
Relatório de Inventário do Município de
66
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
ARQUIVO
ARQ - 01
21. Informações Complementares: Inexistentes.
22. Ficha Técnica:
Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério.
Data: 26/11/2010
Elaboração: Deise Alves Eleutério.
Data: 14/12/2010
Histórico: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia
Data: 15/12/2010
Revisão:
Data: 18/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
67
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM IMATERIAL
1. Município: Luz.
BI - 01
2. Distrito: Sede.
3. Subcategoria: Celebrações.
4. Designação: Corporação Musical Lyra Vicentina Aterradense.
5. Tipo de Celebração: Banda de Música.
6. Locais onde se realiza: Rua 10 de Abril, 767 – Bairro da Sonda.
7. Data / Periodicidade: Ensaios de segunda a quarta-feira de 19 às 21 horas. Aulas gratuitas de
segunda a sexta de 8 às 11 e de 13 às 17 horas.
8. Importância da Celebração para o Município: A banda de música Lyra Vicentina Aterradense
pode ser considerada um dos patrimônios culturais mais importantes do município de Luz. Foi
fundada três anos antes da emancipação política do município. Trata-se de uma das organizações
mais antigas do Oeste de Minas, ou quem sabe de todo o Estado mineiro.
9. Responsável pela Organização: Comissão formada por membros da Associação da Irmandade
de Nossa Senhora do Rosário da Paróquia de Nossa Senhora da Luz e pela Paróquia de São José
Operário.
10. Participantes da Celebração e Localidades Envolvidas: Músicos e comunidade em geral.
11. Inscrições no Livro de Registros: Inexistentes.
12. Documentação Fotográfica e/ou Outras Mídias:
Vista do interior da sede da
corporação
Foto:Deise A. Eleutério
Troféus de premiação e homenagens à
banda
Foto:Deise A. Eleutério
Instrumentos antigos expostos nas
paredes da sede da banda
Foto: Deise A. Eleutério
Relatório de Inventário do Município de
68
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM IMATERIAL
Banda no largo da Catedral de Luz
Acervo: Banda de Música Lyra
Vicentina Aterradense
Integrantes da banda em uma das
viagens de apresentação
Acervo: Banda de Música Lyra
Vicentina Aterradense
BI - 01
Uma das apresentações da banda
Acervo: Banda de Música Lyra
Vicentina Aterradense
13. Histórico: A Banda de Música Lyra Vicentina Aterradense foi fundada em 25 de Setembro de
1919, três anos antes da emancipação política do município, quando o capitão Du, um dos fundadores
da banda, conheceu o músico José Cecílio da Silva, Sr. Zezico em Dores do Indaiá e o convidou para
dar aulas de música em Luz. Aceito o convite, a banda foi fundada em 25 de setembro de 1919. Sua
primeira diretoria então era formada pelo Capitão Alexandre Oliveira Du e como presidente o Sr. José
Cecílio da Silva, mais conhecido como Sr. Zezico. Após a morte dos fundadores a banda passou a ter
como maestros o Sr. José Botinha Maciel e o Geraldo Tavares. No ano de 1996, o atual maestro
Fabiano Botinha Oliveira ingressou na banda após o avô, José Botinha passar a direção para Anderson
Couto Oliveira. Foi em 1998 que Fabiano se tornou maestro regente. A banda conta hoje com um
quadro de 31 (trinta e um) músicos, entre homens e mulheres, com idades que variam de 08 a 70 anos.
Destaque para a boa-vontade dos músicos mais antigos e experientes, como o Sr. Rafael Mori, Cláudio
Pinto, Maurício Basílio, Luís Lúcio, Javalis de Almeida e também o Sr. José Silvério (que vem da
vizinha cidade de Moema para os ensaios e apresentações). Aliado à experiência dos antigos músicos,
soma-se a dedicação de jovens músicos e aprendizes: um encontro de várias gerações, unidas a fim
de manter viva uma tradição de 90 anos de dedicação e amor à música e à arte. Atualmente, a Lyra
Vicentina presta seus serviços culturais em datas/apresentações diversificadas: festas religiosas
(Semana Santa, Corpus Christi, Natal...), comemorações cívicas, eventos esportivos, além de participar
de encontros de bandas realizados em cidades vizinhas. A banda conta também com uma escola de
formação de músicos. As aulas de música ficam sob a responsabilidade do regente/professor Fabiano
Botinha Oliveira, que conta com um bom número de aprendizes. São oferecidas aulas gratuitas de
instrumentos de sopro e percussão a toda a população. A Lyra Vicentina tem como sede uma sala no
prédio CPP (Centro Paroquial de Pastoral) da Paróquia Nossa Senhora da Luz, desde o ano de 1996.
Não possui sede própria.
14. Descrição da Celebração:
a) Preparo / Execução: Para as apresentações são feitos ensaios de segunda a quarta feiras de
Relatório de Inventário do Município de
69
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM IMATERIAL
BI - 01
19 às 21 horas e aulas gratuitas de segunda a sexta de 8 às 11 e 13 às 17 horas.
b) Informações Sobre os Cenários Utilizados (ornamentação, adornos): Não são utilizados
cenários.
c) Personagens: Não há personagens.
d) Equipamentos Utilizados: Os equipamentos variam de acordo com cada evento que a banda
participa.
e) Indumentária Utilizada: Possuem um uniforme de terno azul marinho com o brasão da banda
bordado na lateral esquerda e blusa branca por dentro do paletó.
f)
Música e Instrumentos Musicais Utilizados: Instrumentos de sopro e cordas variados, além
de uma bateria que fica na sede da banda.
g) Transporte: É utilizado ônibus para fazer o deslocamento dos integrantes da banda até as
festividades em que ela participa.
h) Bens Culturais de Natureza Material Associados: Instrumentos e festividades religiosas.
15. Iconografia: As bandas de música existem desde Napoleão. A música era a pausa e o repouso
das lutas para o imperador francês. Anexava as suas fileiras músicos que se agrupavam executando
instrumentos leves e de fácil transporte, e foram os precursores das Bandas de Música. D. João VI,
diante da iminente invasão de Portugal, reconheceu a força das tropas napoleônicas e, a render-se ao
inimigo, fugiu para a Colônia transferindo a Corte lusa para o Rio de Janeiro, no amanhecer do século
XIX. Trouxe, na grande bagagem uma Banda de Música que chamava a atenção para a presença da
realeza nos cerimoniais da monarquia e brindava os súditos coloniais com sons e ritmos da música
metropolitana. O surgimento de grupos similares foi aos poucos se espalhando pelas províncias da
nova sede do reino de Portugal. Quase meio século antes, em Minas – na pequena Mariana – Pedro
Nolasco da Costa Athayde, músico de idade avançada, teria regido em 1774 uma corporação musical
identificada pelos contadores da história das Gerais como a primeira Banda de Música de que se teve
notícia no Brasil. Segundo os relatos, o músico, que não mereceu nada além de um tímido registro à
disposição de pesquisadores, seria irmão ou parente muito próximo do Mestre Manoel da Costa
Athayde, cuja obra se eternizou nos sinais da fé católica, em cada teto ou painel que adornava a
escultura do Aleijadinho na riqueza da arte sacra do barroco mineiro. Hoje, Minas reconta suas 438
Bandas de Música registradas e lavra o fato de ser dotada de um terço das Bandas do Brasil. O
objetivo das Bandas de Minas é ação de “mineirar” sentimento e sentido, na hierarquia e na
composição das relações que o mestre estimula ou redefine. O mestre é líder situacional. Nas ações
internas e externas da Banda, pratica-se a participação social, degrau confidente da democracia.
Sendo corporação, a Banda incentiva, favorece, cria vocações musicais, recreação e prática do
convívio social. No palco do correto ou no desfile das ruas, os componentes da Banda vestem o
mesmo uniforme, variam pouco o repertório e seguem o mesmo caminho que tem por marcos a praça
Relatório de Inventário do Município de
70
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM IMATERIAL
BI - 01
e a igreja: o povo e a fé. A palavra Banda vem de bandeira, configura-se como instituição que tem na
palavra empenhada o seu reforço. Cresce e vai somando relevos na história da comunidade.
16. Público a que se Destina a Celebração: Todas a comunidade do município e região.
17. Transformações Ocorridas ao Longo do Tempo: Não foram ocorridas transformações.
18. Transmissão de Informações para Gerações Futuras: A banda Lyra Vicentina conta também
com uma escola de formação de músicos. As aulas de música ficam sob a responsabilidade do
regente/professor Fabiano Botinha Oliveira, que conta com um bom número de alunos/aprendizes. São
oferecidas aulas gratuitas de instrumentos de sopro e percussão a toda a população, sendo inscritos
alunos das mais diversas classes e idades: desde crianças de 8 (oito) anos a jovens, adultos e idosos,
garantindo assim a continuidade e perpetuação da cultura e tradição musical da banda Lyra Vicentina
Aterradense.
19. Tipo de Apoio que a Celebração Recebe: A banda recebe apoio da comunidade e de seus
integrantes.
20. Destinação dos Recursos Arrecadados: Os recursos arrecadados são destinados a manutenção
da banda e seus instrumentos.
21. Proteção Legal Existente:
( ) Federal
( ) Estadual
22. Proteção Legal Proposta:
( ) Tombamento Federal
( ) Tombamento Estadual
( ) Tombamento Municipal
( ) Restrições de uso
( x ) Inventário p/registro documental
( ) Municipal
( x ) Inexistente
( ) Inventário p/proteção prévia
23. Referências Bibliográficas:
ƒ
CARVALHO, Cândida Corrêa Côrtes. Banda de Música Lyra Vicentina Aterradense. Jornal
Visão 25 a 02/10/2009;
ƒ
http://www.luz.mg.gov.br;
ƒ
Fonte oral: Fabiano Botinha Oliveira.
24. Informações Complementares: Inexistentes.
Relatório de Inventário do Município de
71
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM IMATERIAL
BI - 01
25. Ficha Técnica:
Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério.
Data: 25/11/2010
Elaboração: Deise Alves Eleutério.
Data: 13/12/2010
Histórico: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia
Data: 14/12/2010
Revisão:
Data: 20/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
72
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM IMATERIAL
1. Município: Luz.
BI - 02
2. Distrito: Sede.
3. Subcategoria: Celebrações.
4. Designação: Festa de Nossa Senhora do Rosário.
5. Tipo de Celebração: Festa Religiosa.
6. Locais onde se realiza: Acontece um desfile das guardas de congo e moçambique pelas ruas da
cidade e depois todos se concentram na Praça Congadeiro Antônio Eugênio Filho.
7. Data / Periodicidade: A Festa ocorre anualmente, durante uma semana, originalmente no mês de
Agosto.
8. Importância da Celebração para o Município: A Festa de Nossa Senhora do Rosário representa
para a comunidade um importante evento cultural e religioso, uma vez que é uma tradição antiga que
permanece desde a década de 1950.
9. Responsável pela Organização: Comissão formada por membros da Associação da Irmandade
de Nossa Senhora do Rosário da Paróquia de Nossa Senhora da Luz e pela Paróquia de São José
Operário.
10. Participantes da Celebração e Localidades Envolvidas: Participam as guardas de Congo e
Moçambique do município de Luz, além de moradores da comunidade em geral.
11. Inscrições no Livro de Registros: Inexistentes.
12. Documentação Fotográfica e/ou Outras Mídias:
Cartaz de divulgação da Festa de
Nossa Senhora do Rosário
Termo de admissão efetiva para
membros da Associação da Irmandade
Concentração de pessoas na Praça
Congadeiro Antônio Eugênio Filho
Relatório de Inventário do Município de
73
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM IMATERIAL
BI - 02
Acervo: Odilon G. de Miranda
de N. Sra. Da Luz
Acervo: Odilon G. de Miranda
Acervo: http://www.luz.mg.gov.br
Rei e Rainha da Festa de Nossa Sra.
do Rosário no ano de 2005
Foto: Acervo Odilon G. de Miranda
Avenida Dr. Josaphat Macedo/
Santuário de Nossa Senhora de Fátima
Foto: Acervo Odilon G. de Miranda
Praça Congadeiro Antônio Eugênio
Filho.
Foto: Deise A. Eleutério
13. Histórico: A Festa de Nossa Senhora do Rosário no município de Luz teve seu início no ano de
1953, segundo dados fornecidos pela Prefeitura Municipal de Luz. É o evento religioso mais antigo da
cidade. A Festa sempre foi celebrada na Praça Congadeiro Antônio Eugênio Filho. O fundador da festa
foi o Sr. Antônio Eugênio, que também foi responsável pela construção da Igreja de Nossa Senhora do
Rosário. A festa passou a ser comemorada à partir da construção da Igreja O primeiro capitão – mor da
festividade foi José Tiago, que também foi o doador do terreno para a construção da igreja. Nesta
época D. Manuel Nunes Coelho era responsável pela Paróquia de Luz e não permitia que o Congado
dançasse nas festas da Catedral, exigindo que a congada se fizesse após o córrego que corta a
cidade. Com a chegada de D. Belchior Joaquim da Silva Neto na década de 1980, a festa foi
introduzida à Paróquia de Nossa Senhora da Luz . Hoje organizada pela Associação da Congada de
Nossa Senhora do Rosário, conta com a participação de 15 ternos, entre moçambiques, penachos e
congos. Foram inseridos na Festa outros Santos da cultura negra: São Sebastião e Santa Efigênia. A
imagem utilizada para a comemoração foi doada pela Sra. Laura, moradora da comunidade, junto a
fundação da festa.
14. Descrição da Celebração:
i)
Preparo / Execução: A Festa de Nossa Senhora do Rosário tem seu início no mês de Maio,
no dia da mães, quando começam os ensaios dos 15 ternos, missas e coroações de 15 em 15
dias até a semana da Festa, onde na segunda feira acontece a reza do terço na Igreja do
Rosário. Na terça, há a confissão dos congadeiros. Já na quarta feira acontece o desfile de
abertura da Festa da Congada pelas ruas com a participação de motoqueiros, cavaleiros,
ciclistas e automóveis, tendo início e encerramento na Praça Congadeiro Antônio Eugênio
Filho. Na quinta a festa se inicia as quatro horas da manhã, com a alvorada com um café na
casa do Rei do Bordão, finalizando o dia com uma missa para benzer os instrumentos de todas
Relatório de Inventário do Município de
74
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM IMATERIAL
BI - 02
as guardas e o hasteameto dos mastros na Praça Congadeiro Antônio Eugênio Filho. A visita à
casa do Rei e Rainha é feita na manhã da sexta feira, com um almoço servido na sede dos
Congadeiros para todos os ternos e terminando com a missa na praça.No sábado a
programação da sexta se repete, finalizando o dia com um desfile das guardas e a missa na
praça. No último dia, o domingo, acontece a procissão dos três santos, Nossa Senhora do
Rosário, São Sebastião e Santa Efigênia saindo do Santuário de Nossa Senhora de Fátima
para a Igreja do Rosário, em seguida a missa, arriamento dos mastros e show musical para
finalizar a festividade.
j)
Informações Sobre os Cenários Utilizados (ornamentação, adornos): Há a decoração do
altar para a coroação da Nossa Senhora do Rosário, além da ornamentação dos mastros com
flores de papel coloridas.
k) Personagens: Rei e Rainha do bordão, festeiros e ternos.
l)
Equipamentos Utilizados: São utilizadas barraquinhas para comercializar comida e bebida,
além de palco para o show musical.
m) Indumentária Utilizada: O vestuário usado pelos componentes dos grupos é bem colorido e
cada cor tem o seu significado. Azul e branco são as cores de Nossa Senhora do Rosário. O
vermelho representa a força divina. Os adornos na cabeça representam a coroa. O xale sobre
os ombros representa o manto real. A composição da indumentária é livre e cada guarda
produz a sua. Com exceção do moçambique que possui a indumentária somente na cor
branca.
n) Música e Instrumentos Musicais Utilizados: São utilizados caixas, pandeiros, sanfona, recoreco e varinha.
o) Transporte: Não é utilizado nenhum meio de transporte.
p) Bens Culturais de Natureza Material Associados: Igreja de Nossa Senhora do Rosário, além
das imagens de Nossa Senhora do Rosário, São Sebastião e Santa Efigênia.
15. Iconografia: A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário chegou ao Brasil no século XVI. Em
Santos, a igreja matriz já tem como padroeira Nossa Senhora do Rosário. No século XVII, esta
mesma imagem de Nossa Senhora é a padroeira principal de Itu, Parnaíba e Sorocaba. À partir do
fim do período colonial, as irmandades do Rosário passam a ser constituídas pelos "homens
pretos". No Brasil, ela foi adotada por senhores e escravos, sendo que no caso dos negros ela
tinha o objetivo de aliviar-lhes os sofrimentos infligidos pelos brancos. Os escravos recolhiam as
sementes de um capim, cujas contas são grossas, denominadas "lágrimas de Nossa Senhora", e
montavam terços para rezar. A festa de Nossa Senhora do Rosário era conhecida como da Oraga,
que quer dizer padroeira. Essa designação foi usada até o Concílio Vaticano II, quando as missas
eram rezadas em latim e a ladainha cantada. "Há alguns anos, os festejos se estendiam até à
Relatório de Inventário do Município de
75
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM IMATERIAL
BI - 02
noite, mas com a cidade de São Paulo cada dia mais violenta, preferimos realizar a celebração
durante o dia", revela Jonas Gregório Lucas, mestre de cerimônia. Há 40 anos na Irmandade,
Jonas acrescenta que ainda são conservadas tradições nas festas e posse dos irmãos e irmãs,
quando os homens usam a “opa”, uma vestimenta sobre os ombros e as mulheres, fita azul sobre
vestidos pretos ou brancos.
16. Público a que se Destina a Celebração: Todas a comunidade do município e região.
17. Transformações Ocorridas ao Longo do Tempo: Foram inseridos na Festa, outros santos da
cultura negra: São Sebastião e Santa Efigênia, porém não se sabe em que período.
18. Transmissão de Informações para Gerações Futuras: As crianças já acompanham os pais
desde pequenas às apresentações das guardas, resguardando assim a continuação da cultura, que
para os congadeiros é considerado um modo de vida.
19. Tipo de Apoio que a Celebração Recebe: A celebração recebe apoio da população e da
prefeitura Municipal de Luz que todos os anos faz doações financeiras para a contratação de bandas
musicais.
20. Destinação dos Recursos Arrecadados: Os recursos arrecadados são depositados na conta da
Associação da Congada de Nossa Senhora do Rosário e são utilizados na manutenção da Igreja e na
preparação das próximas festas.
21. Proteção Legal Existente:
( ) Federal
( ) Estadual
22. Proteção Legal Proposta:
( ) Tombamento Federal
( ) Tombamento Estadual
( ) Tombamento Municipal
( ) Restrições de uso
( x ) Inventário p/registro documental
( ) Municipal
( x ) Inexistente
( ) Inventário p/proteção prévia
23. Referências Bibliográficas:
ƒ
AZZI, Riolando . A instituição eclesiástica durante a primeira época colonial.História da Igreja
no Brasil. Petrópolis: Edições Paulinas/Vozes,1983;
ƒ
CÁSSIA, Taynar de. Movimento negro de base religiosa: a Irmandade do Rosário dos Pretos.
Salvador: Caderno CRH,2001 p. 165-179;
ƒ
SECCO, Lincoln. Espaço e História. São Paulo: LCTE.
ƒ
CARVALHO, Cândida Corrêa Côrtes. Festa do Rosário em Luz preserva fé e tradição. Jornal
Relatório de Inventário do Município de
76
Luz – Minas Gerais
89
Inventário de Proteção do Acervo Cultural do Município de
Luz - Minas Gerais - Brasil
BEM IMATERIAL
BI - 02
Visão 29 a 04/09/2009;
ƒ
http://www.luz.mg.gov.br;
ƒ
Fonte oral: Sr. Odilon Gonçalves de Miranda.
24. Informações Complementares: Inexistentes.
25. Ficha Técnica:
Levantamento e fotografia: Deise Alves Eleutério.
Data: 31/11/2010
Elaboração: Deise Alves Eleutério.
Data: 13/12/2010
Histórico: Priscilla de Cássia Lima Mattos Arimatéia
Data: 15/12/2010
Revisão:
Data: 19/12/2010
Relatório de Inventário do Município de
77
Luz – Minas Gerais
89
4.5. REVISÃO DAS FICHAS E ARQUIVAMENTO
As fichas de inventário foram revisadas e estão arquivadas em meio digital e impressas na Prefeitura
Municipal de Luz.
Relatório de Inventário do Município de
78
Luz – Minas Gerais
89
5. RELAÇÃO DAS ÁREAS E RESPECTIVOS BENS PROTEGIDOS
5.1. ZONA 01 – Distrito Sede
5.1.1. PATRIMÔNIO TOMBADO
Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas
FOTO
CÓDIGO
DENOMINAÇÃO
LOCALIZAÇÃO
NÍVEL DE
PROTEÇÃO
ANO DE
TOMBAMENTO
ANO DE
INVENTÁRIO
-
Cine Pio XI
Distrito Sede
Municipal
2006
2006
EAU 04
Casa Grande
Distrito Sede
Municipal
2010
2010
5.1.2. PATRIMÔNIO INVENTARIADO
Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas
FOTO
CÓDIGO
DENOMINAÇÃO
ENDEREÇO
ANO DE
INVENTÁRIO
EAU 01
Catedral de Nossa
Senhora da Luz
Catedral de Nossa Senhora da Luz
2010
EAU 02
Igreja de Nossa
Senhora do
Rosário
Bairro Rosário
2010
EAU 03
Igreja de São José
Operário
Praça D. Anita, s/nº.
2010
EAU 04
Casa Grande
Distrito Sede
2010
Bens Móveis e Integrados
FOTO
CÓDIGO
DENOMINAÇÃO
ACERVO
PERTENCENTE
ENDEREÇO
ANO DE
INVENTÁRIO
BMI 01
Imagem de Nossa
Senhora da Luz
Catedral de
Nossa
Senhora da
Luz
Catedral de Nossa Senhora da Luz
2010
BMI 02
Placas de carro de
boi
Olavo
Miranda
Araújo
Rua Francisco Couto, n°610 – Bairro
Nossa Senhora Aparecida
2010
BMI 03
Arado de boi
Olavo
Miranda
Araújo
Rua Francisco Couto, n°610 – Bairro
Nossa Senhora Aparecida
2010
BMI 04
Relatório de Inventário do Município de
79
Luz – Minas Gerais
89
Monjolo
Olavo
Miranda
Araújo
DENOMINAÇÃO
ACERVO
PERTENCENTE
ENDEREÇO
ANO DE
INVENTÁRIO
Prefeitura
Municipal de
Luz
Rua 16 de Março, 172 – Centro
2010
Rua Francisco Couto, n°610 – Bairro
Nossa Senhora Aparecida
2010
Arquivos
FOTO
CÓDIGO
ARQ 01
Arquivo da
Prefeitura
Municipal de Luz
Bens Imateriais
CÓDIGO
DENOMINAÇÃO
BI 01
Corporação Musical Lyra
Vicentina
BI 02
Festa de Nossa Senhora do
Rosário
RESPONSÁVEIS
Comissão formada por membros da
Associação da Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário da Paróquia de Nossa
Senhora da Luz e pela Paróquia de São
José Operário.
Comissão formada por membros da
Associação da Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário da Paróquia de Nossa
Senhora da Luz e pela Paróquia de São
José Operário.
ANO DE
INVENTÁRIO
2010
2010
Relatório de Inventário do Município de
6. RELAÇÃO DAS ÁREAS E RESPECTIVOS BENS A SEREM INVENTARIADOS
Luz – Minas Gerais
6.1. ZONA 01 – Distrito Sede
Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas
FOTO
-
DENOMINAÇÃO
ENDEREÇO
Palácio Episcopal
-
Santuário de Fátima
Rua Nelson G. De Macedo Filho
Cine Pio XI
Rua Dezesseis de Março
Capela de Nossa Senhora da Piedade
Vila Vicentina
Praça Doutor Tácito Guimarães
Praça Doutor Tácito Guimarães
80
89
Relatório de Inventário do Município de
81
Luz – Minas Gerais
89
Edificação residencial
-
Edificação residencial
-
Edificação residencial
-
Edificação residencial
-
Edificação residencial
-
Relatório de Inventário do Município de
82
Luz – Minas Gerais
89
Edificação residencial
-
Edificação residencial
-
Edificação residencial
-
Edificação residencial
-
Edificação comercial
-
Relatório de Inventário do Município de
83
Luz – Minas Gerais
89
Edificação de uso misto
-
Edificação de uso misto
-
Edificação comercial
-
Edificação residencial
-
Fórum Municipal
-
Relatório de Inventário do Município de
84
Luz – Minas Gerais
89
Edificação institucional
Próxima ao Fórum Municipal
Edificação institucional
Próxima ao Fórum Municipal
Bens Móveis e Integrados
FOTO
DENOMINAÇÃO
ENDEREÇO
Cristo Redentor
Zona urbana do Distrito Sede
Acervo de bens
móveis do Palácio
Episcopal
Palácio Episcopal
Acervo de bens
móveis da Catedral
de Nossa Senhora
da Luz
Catedral de Nossa Senhora da Luz
Relatório de Inventário do Município de
85
Luz – Minas Gerais
89
Acervo de bens
móveis do
Santuário de Fátima
Santuário de Fátima
Conjunto de Vitrais
Catedral de Nossa Senhora da Luz
-
Arquivos
DENOMINAÇÃO
ENDEREÇO
Arquivo do Palácio Episcopal
Palácio Episcopal
Biblioteca Pública Municipal Professor Tyndaro Corrêa da
Costa
-
Bens Imateriais
DENOMINAÇÃO
LOCALIZAÇÃO / ÉPOCA
Festa de São Sebastião
Ao longo do mês encerrando no dia 20 de janeiro de 2010
Festa de Nossa Senhora da Luz
02 de fevereiro de 2010
Festa do Trabalhador e São José Operário
01 de maio de 2010
EXPOLUZ
01 a 04 de julho de 2010
Festa de Nossa Senhora Aparecida
12 de outubro de 2010
Festa do Cowboy
-
7. BASES CARTOGRÁFICAS COM OS BENS PROTEGIDOS
Relatório de Inventário do Município de
86
Luz – Minas Gerais
89
A seguir serão apresentadas as bases cartográficas, foram fornecidas pela Prefeitura Municipal de Luz,
com a localização dos bens já inventariados e tombados.
Relatório de Inventário do Município de
87
Luz – Minas Gerais
89
7.1. Mapa 05 - Planta Cadastral do Distrito Sede com a localização das Estruturas Arquitetônicas e
Urbanísticas Tombadas e Inventariadas
Inserir aqui o mapa A3
8. NOVO CRONOGRAMA
Relatório de Inventário do Município de
88
Luz – Minas Gerais
89
O cronograma do município de Luz foi adiado devido ao grande número de bens diagnosticados no
2º trim. 2013
3º trim. 2013
4º trim. 2013
1º trim. 2014
2º trim. 2014
3º trim. 2014
4º trim. 2014
1º trim. 2015
2º trim. 2015
3º trim. 2015
4º trim. 2015
1º trim. 2016
3º trim. 2013
4º trim. 2013
1º trim. 2014
2º trim. 2014
3º trim. 2014
4º trim. 2014
1º trim. 2015
2º trim. 2015
3º trim. 2015
4º trim. 2015
1º trim. 2016
3º trim. 2012
3º trim. 2012
2º trim. 2013
2º trim. 2012
2º trim. 2012
4º trim. 2012
1º trim. 2012
1º trim. 2012
1° trim. 2013
4º trim. 2011
4º trim. 2011
1° trim. 2013
3º trim. 2011
3º trim. 2011
4º trim. 2012
2º trim. 2011
2º trim. 2011
3º trim. 2010
4º trim. 2010
2º trim. 2010
3º trim. 2010
1° trim. 2011
1º trim. 2010
2º trim. 2010
1° trim. 2011
4º trim. 2009
1º trim. 2010
4º trim. 2010
3º trim. 2009
4º trim. 2009
SETORES / CATEGORIAS
3º trim. 2009
Distrito Sede durante o levantamento de campo. Desta forma, segue anexado:
Definição da equipe técnica
Levantamento de bases cartográficas
Levantamento arquivístico, bibliográfico e
iconográfico
Reconhecimento do território e pesquisa de
campo
Definição das áreas a serem inventariadas
Identificação e localização geográfica das
áreas inventariáveis
Elaboração do informe histórico do
município/aspectos naturais/bibliografia
(início do preenchimento da Ficha de
Informações Gerais do Município)
INVENTÁRIO DA ZONA 01
Distrito Sede
Levantamento de campo e entrevistas
Listagem dos bens a serem inventariados
Identificação geográfica dos bens
inventariados
Fichas de estruturas arquitetônicas e
urbanísticas
Fichas de bens móveis e integrados
Fichas de arquivos
Fichas de sítios naturais
Fichas de sítios espeleológicos/arqueológicos
Fichas de bens imateriais
Revisão das fichas
Arquivamento
Fichas de sítios espeleológicos/arqueológicos
Fichas de bens imateriais
Revisão das fichas
Arquivamento
FINALIZAÇÃO
Fichamento de bens tombados não
inventariados anteriormente
Atualização das fichas
Complementação da ficha de informações
gerais do município
Divulgação e disponibilização do inventário
Programa de Ações em Defesa do
Patrimônio
Recomendações de proteção
3º trim. 2013
4º trim. 2013
1º trim. 2014
2º trim. 2014
3º trim. 2014
4º trim. 2014
1º trim. 2015
2º trim. 2015
3º trim. 2015
4º trim. 2015
1º trim. 2016
4º trim. 2013
1º trim. 2014
2º trim. 2014
3º trim. 2014
4º trim. 2014
1º trim. 2015
2º trim. 2015
3º trim. 2015
4º trim. 2015
1º trim. 2016
3º trim. 2012
2º trim. 2013
3º trim. 2012
2º trim. 2012
3º trim. 2013
2º trim. 2012
1º trim. 2012
2º trim. 2013
1º trim. 2012
4º trim. 2011
4º trim. 2012
4º trim. 2011
3º trim. 2011
1° trim. 2013
3º trim. 2011
2º trim. 2011
1° trim. 2013
2º trim. 2011
1° trim. 2011
4º trim. 2012
4º trim. 2010
1° trim. 2011
4º trim. 2010
3º trim. 2010
Fichas de sítios naturais
2º trim. 2010
Fichas de arquivos
3º trim. 2010
Fichas de bens móveis e integrados
1º trim. 2010
urbanísticas
2º trim. 2010
Fichas de estruturas arquitetônicas e
4º trim. 2009
inventariados
1º trim. 2010
Identificação geográfica dos bens
3º trim. 2009
Listagem dos bens a serem inventariados
4º trim. 2009
Levantamento de campo e entrevista
3º trim. 2009
INVENTÁRIO DA ZONA 02
Área Rural
Relatório de Inventário do Município de
89
Luz – Minas Gerais
89
9. FICHA TÉCNICA
Relatório de Inventário do Município de
90
Luz – Minas Gerais
89
EQUIPE TÉCNICA
Rua Major Lopes,42A | 30330-050 | São Pedro | BHZ-Minas Gerais
(031) 3282-1615 | 3221-2132 | [email protected]
Juliana Penna Diniz | CREA: 70.417/D
Karine de Arimatéia | CREA: 77.279/D
Letícia Carvalho Assis | CREA: 71.248/D
Rafael Caldeira F. Pinto | CREA: 70.007/D
Responsável pela Realização e Coordenação do Inventário
Fernanda Presoti Passos
Arquiteta e Urbanista | CREA: 132.309/LP
Colaboradores
Priscilla de Cássia Lima Mattos
Historiadora | CPF: 012.750.246- 70
Karine de Arimatéia
Arquiteta e Urbanista | CREA: 77.279/D
Deise Alves Eleutério
Arquiteta e Urbanista | CREA: 127.376/D
Pollyanna Diniz Cordeiro
Arquiteta e Urbanista | CREA: 101.601/D
Letícia Carvalho Assis
Arquiteta e Urbanista | CREA: 71.248/D
Johnn André Mendes da Paixão
Estagiário administrativo
Danielle Soares Moreira
Estagiária de Arquitetura e Urbanismo
Ana Lucía Avila Lapouble
Estagiária administrativo
Membro do Setor de Patrimônio Cultural
Fabricio Jeronimo Camargos Silva
Chefe do Setor de Patrimônio Cultural da Prefeitura Municipal de Luz
Rua 16 de março, 206- Centro - CEP: 35.595.000
(37) 3421 3303
E-mail: [email protected]
Este trabalho foi elaborado nas cidades de Luz e Belo Horizonte, no período de agosto de 2010
a janeiro de 2011.

Documentos relacionados