MODEL of Proceedings
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MODEL of Proceedings
NETWORK FOR ASTRONOMY SCHOOL EDUCATION Introdução à Astrofotografia Sérgio D. Cabau Jr – NASE-Brasil Introdução A astrofotografía remonta desde os primórdios da humanidade quando a máxima tecnologia que o ser humano possuia eram apenas os próprios olhos, e tentavam a seu alcance registrar o que viam. Há inúmeros registros em cavernas em diferentes locais do planeta que evidenciam a importância da astronomia para cada povo antigo. Com o avanço da história e da ciência surgiu Galileu Galilei, o primeiro astrônomo que apontou um instrumento óptico para o céu e registrou suas observações em uma belíssima obra intitulado ‘‘Sidereus Nuncius – 1610’’. Entretanto, a primeira astrofotografía registrada ocorreu somente em 1839 através do químico americano e também astrônomo amador Jonh Willian Draper. Seu primeiro objeto a ser fotografado foi a Lua, ele utilizou diversos filmes até conseguir o primeiro registro bem sucedido em 1840. Hoje Draper é considerado oficialmente o primeiro astrofotógrafo do mundo. NETWORK FOR ASTRONOMY SCHOOL EDUCATION Métodos 1- Câmera em um tripé Hoje com as câmeras digitais a astrofotografia tornou-se um campo de fácil acesso. Com uma câmera digital semi-profissional ou profissional onde os principais requisitos são: amplo controle de ISO e exposição. Desta forma, já é possível registrar imagens que são imperceptíveis ao olho nu. É importante resaltar que quanto maior o ISO da câmera maior será a sensibilidade a luz. E quanto mais tempo a câmera ficar com o obturador aberto (tempo de exposição) maior será a quantidade de informações registradas. Entretanto, como qualquer método existem detalhes que devem ser considerados. Nosso planeta gira e caso o tempo de exposição seja muito alto ao invés de inúmeros detalhes serão registrados riscos, os chamados `` ‘‘startrail’’. Além de uma grande quantidade de ruidos que serão registrados (devido a nuvens, poluição atmosférica ou luminosa etc). Para o éxito da imagem neste método o astrofotógrafo deve possuir uma tabela com a relação ISO x tempo de exposição. Para achar a relação ideal para realizar a foto. Astrofotografia com tripé fixo e câmera Nikon D90. ISO 3200 e 20 segundos de exposição. (Constelação de Escorpião e parte da Via Láctea).Créditos da imagem: Sérgio Cabau Jr e Ronaldo Oliveira NETWORK FOR ASTRONOMY SCHOOL EDUCATION 2- Piggyback ou fotografía a cavalo Esse método consiste em utilizar o corpo de um telescópio com suporte para câmera e devidamente dotado de um sistema de acompanhamento da rotação da Terra. A utilização dessa técnica possibilita uma maior exposição da câmera, sem a preocupação de registrar os ‘‘startrail’’. Comum no método com câmera fixa. Piggyback em um telescópio na montagem equatorial. Créditos da imagem: www.astrofacil.com Via Láctea através do método piggyback. Créditos da imagen: Fabio Carvalho NETWORK FOR ASTRONOMY SCHOOL EDUCATION 3- Afocal Esse método consiste em posicionar uma câmera compacta ou profissional (ao invés do olho) diretamente na ocular do telescópio. Esse tipo de astrofotografía pode ser realizada manualmente ou com adaptadores. Em ambos os casos o mais importante é ter paciência pois, o foco muitas vezes torna-se difícil e o controle de branco para objetos muito brilhantes como a Lua é uma tarefa árdua. Algumas técnicas que podem auxiliar no ajuste do foco é deslizar a focalizadora até conseguir uma imagem nítida no visor da câmera. Caso o objeto (Lua por exemplo) apareça muito brilhante, desloque a câmera de tal modo que ela capte apenas parte da luz da ocular. Ajustes de ISO e controle de branco também podem ajudar. Não há uma regra, tudo irá variar de acordo com a câmera, ocular e telescópio utlizados. Deve haver muita paciência e a tentativa e erro é fundamental. Método manual. Créditos da imagem: Sérgio Cabau Jr Método com adaptador. Créditos da imagem: www.armazemdotelescópio.com.br Lua em método afocal. Créditos da imagem: Sérgio Cabau Jr NETWORK FOR ASTRONOMY SCHOOL EDUCATION 4- Focal Trata-se de um método em que uma camera semi-profissional, profissional (desde que sua objetiva possa ser retirada), até mesmo webcams ou câmeras avançadas são posicionadas diretamente no telescópio. O instrumento óptico passa a ser a ‘‘objetiva da câmera’’ . São recomendadas os seguintes equipamentos: Câmeras de corpo: Nikon D90 , Nikon D7000 , Canon 60D Webcam: Philips SPC900NC Câmeras avançadas: DMK21AF04, DBK21AF04,SkyNyx,Point Grey Flea 3, QHY5-II, ASI 120 MC e ASI 120 MM. Acoplamento focal da câmera ASI 120MC. Crédito da imagen: Sérgio Cabau Jr A utilização de programas como Sharpcap, Fire Capture ou software de fábrica de câmeras de corpo (Nikon, Sony, Canon etc) são importantes para o controle a imagen a ser capturada. Na realidade será realizada uma determinada sequência de frames cujas configurações estarão de acordo com o objeto desejado. Basicamente há os padrões de controle de Gama, Gain e Exposição. Via de regra quanto mais brilhante for o objeto menor serão esses padrões. Após a realização dos frames, um excelente software para empilhamento é o AS!2. Para tratamento de ruído os programas mais adequados são Registrax e posteriormente PhotoShop. NETWORK FOR ASTRONOMY SCHOOL EDUCATION Saturno. Telescópio Meade 16’’. Câmera: ASI 120MC. 3.000 frames Empilhamento: AS!2. Tratamento de ruido: Registrax e Photoshop. 31/07/2013 – Brotas/ SP – Brasil Foto: Sérgio Cabau Jr Nebulosa de Órion – M42. Telescópio Meade 16’’. Câmera Nikon D90. Frame único. ISO 3200. Tempo de exposição: 30 segundos. 19/02/2013 – Brotas/SP – Brasil Foto: Sérgio Cabau Jr e Ronaldo Oliveira BIBLIOGRAFIA Ré,Pedro,(2002).Fotografar o céu,Platáno,Edições Técnicas Almeida,Guilherme(2004). Telescópios,Platáno.Edições Técnicas Covington,M.A (1999). Astrophotography for the amateur.Cambridge University Press. www.astrosurf.com
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