prof. waldenir sf britto contabilidade agrícola e pecuária

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prof. waldenir sf britto contabilidade agrícola e pecuária
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS –- FACAPE –
PROF. WALDENIR S. F. BRITTO
CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA ATIVIDADE RURAL – CONCEITOS BÁSICOS
EMPRESA RURAL: são aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo através do
cultivo da terra, da criação de animais e da transformação de determinados produtos
agrícolas.
CAMPO DA ATIVIDADE: pode ser dividido em três grupos:
Produção vegetal – atividade agrícola;
Produção animal – atividade zootécnica;
Industrias rurais – atividade agro-industrial.
1 – ATIVIDADE AGRÍCOLA: ( reino vegetal)
Silvicultura ( florestas naturais – extração ou apanha; madeiras; florestas cultivadas – pinus,
eucalipto, cacau etc); fruticultura ( arbórea – cajueiro, mangueira, etc; trepadeira – videira,
maracujazeiro etc; arbustiva – gravioleira, amoreira etc; herbácea – abacaxizeiro, bananeira
etc) olericultura ( beterraba, cenoura, couve, ervilha, pimentão, repolho, mandioca, tomate
etc) culturas de cereais ( trigo, arroz, feijão etc); culturas de forrageiras ( capim elefante,
alfafa, algaroba etc); floricultura; culturas fibráceas ( algodão, sisal etc) outras culturas (
café, cana de açúcar );
2 – ATIVIDADE ZOOTÉCNICA - CRIAÇÃO DE ANIMAIS) (reino animal)
. Apicultura; avicultura; pecuária; piscicultura; ranicultura; etc
.
3 – ATIVIDADE AGROINDUSTRIAL
. beneficiamento do produto agrícola (arroz, café, milho etc)
. transformação de produtos agrícolas (cana de açúcar em álcool e aguardente; uva em
vinho e vinagre; soja em óleo etc )
. transformação de produtos pecuários ( leite, mel etc)
ANO AGRÍCOLA X EXERCÍCIO SOCIAL
Na atividade agrícola a receita concentra-se geralmente logo após a colheita. Logo,
recomenda-se que o ano social se encerre juntamente com o final do ano agrícola. Se
houver produtos consorciados, deve prevalecer a colheita da cultura principal ou de maior
representatividade econômica.
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Na atividade pecuária deve-se seguir o mesmo raciocínio: fixar o exercício social com
base no mês seguinte em que concentram a venda de animais ou o nascimento de bezerros.
ATENTAR PARA AS EMPRESAS QUE CULTIVAM DIVERSAS CULTURAS,
FORMANDO UMA RENDA MENSAL PROGRAMADA. ESTES EMPRESAS PODEM
FIXAR O ANO SOCIAL DA EMPRESA COM O ANO CIVIL.
CULTURAS TEMPORÁRIAS - CULTURAS PERMANENTES;
Culturas Temporárias
São aquelas que, ao serem colhidas, necessitam de um novo plantio para
produção. Por exemplo: cenoura. Ao se colher a cenoura, para se ter uma nova produção,
necessário se faz um novo plantio.
Esta característica se dar para as culturas que, mesmo podendo ter outra safra
(ainda que bem menor), não seja economicamente viável.
Geralmente são culturas de curto período para a produção, (na sua maioria
até 12 meses).
São exemplos: cenoura, beterraba, hortaliças de um modo geral, melão,
melancia, abóbora, feijão, milho etc.
culturas Permanentes
São aquelas que permanecem vinculadas ao solo e proporcionam mais de
uma colheita ou produção. Normalmente atribui-se às culturas permanentes uma duração
mínima de quatro anos. Do nosso ponto de vista basta apenas a cultura durar mais de um
ano e propiciar mais de uma colheita para ser permanente. Exemplos: cana-de-açúcar,
citricultura (laranjeira, limoeiro...), cafeicultura, silvicultura (essências florestais,
plantações arbóreas), oleicultura (oliveira), praticamente todas as frutas arbóreas (maçã,
pêra, jaca, jabuticaba, goiaba, manga, uva...).
No caso de uma cultura permanente, os custos necessários para a formação
da cultura serão considerados Ativo Permanente - Imobilizado. Os principais custos são:
adubação, formicidas, forragem, fungicidas, herbicidas, mão-de-obra, encargos sociais,
manutenção, arrendamento de equipamentos e terras, seguro da cultura, preparo do solo,
serviços de terceiros, sementes, mudas, irrigação, produtos químicos, depreciação de
equipamentos utilizados na cultura etc.
É importante ressaltar que as despesas administrativas, de vendas e
financeiras não compõem o gasto de formação da cultura, mas são apropriadas diretamente
como “despesa do período” e não são, portanto, ativadas.
Os custos para formação da cultura são acumulados na conta “Cultura
Permanente em Formação”, da mesma forma como acontece com a conta “Imobilização em
Andamento” ou em curso em uma indústria.
Dentro da conta “Cultura Permanente em Formação” há subcontas que
indicam especificamente o tipo de cultura: café, pastagem, florestamento (araucária,
eucaliptos...), guaraná, seringueira etc.
Após a formação da cultura, que pode levar vários anos (antes do primeiro
ciclo de produção ou maturidade, ou antes da primeira florada, ou da primeira produção),
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transfere-se o valor acumulado da conta “Cultura Permanente em Formação” para a conta
“Cultura Permanente Formada”, identificando-se uma subconta por tipo de cultura
específica. Comparando-se tal fato com uma indústria que constrói máquinas para seu
próprio uso, estaríamos no estágio em que a máquina está pronta para produzir. Daí por
diante, na fase produtiva, os custos já não compõem o Imobilizado, mas são tratados como
estoque em formação e são acumulados ao produto que está sendo formado.
Há caso em que a cultura permanente não passa do estágio de cultura em
formação para cultura formada, pois, no momento de se considerar acabada, ela é ceifada.
São, normalmente, a cana-de-açúcar, o palmito, o eucalipto, o pinho e outras culturas
extirpadas do solo ou cortadas para brotarem novamente.
FORMA JURIDICA DE EXPLORAÇÃO NA AGROPECUÁRIA.
pessoas físicas - pessoas jurídicas
PESSOA JURÍDICA: SOCIEDADE COMERCIAL X SOCIEDADE CIVIL
Sociedades civis são aquelas que prestam serviços com ou sem fins lucrativos; não
praticam a intermediação ( compra e venda de mercadoria)
Sociedades comerciais são aquelas que praticam ato de comercio com fins lucrativos,
constituídas com o objetivo de comprar e vender mercadorias etc.
É a natureza do objeto social ( ramo da atividade) que indicará se trata de uma sociedade
civil ou comercial.
Logo a sociedade agropecuária será comercial se constituída de forma de S. A ou Limitada
e será civil se constituída sob a forma de associação ou cooperativa.
CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS PRODUTIVOS DA EMPRESA RURAL
RECURSOS
CAPITAL
TERRA
ESTÁVEL
TRABALHO
CAP. EMPRESARIAL
TECNOLOGIA
CIRCULANTE
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O capital estável é aquele capaz de prestar sua cooperação a vários atos produtivos, isto é,
sobreviver ao fenômeno de criação de utilidade em que colabora, como por exemplo as
benfeitorias, máquinas e animais.
O capital circulante corresponde aos bens de produção de gasto imediato, os quais, por se
consumirem totalmente no ato da aplicação, mudam de forma. Fertilizante, sementes e
ração são alguns exemplos de capital circulante.
CONTABILIDADE RURAL
A contabilidade pode ser estudada de forma genérica ou específica . se genérica é
denominada contabilidade rural; se específica, é denominada de acordo com a atividade
daquele ramo.
OBJETIVOS DA CONTABILIDADE RURAL:
1 – CONTROLE DOS NEGÓCIOS FINANCEIROS
a) registro de contas pagas e recebidas
b) contas a pagar e a receber;
c) controle de inventários;
d) parcerias, contratos, arrendamentos etc
2 – EXIGÊNCIAS LEGAIS E INSTITUCIONAIS
a) imposto de renda;
b) seguridade social;
c) seguro contra perdas “PROAGRO”;
3 – ANÁLISE DOS NEGÓCIOS
a) eficiência da empresa: custos de produção, rentabilidade, calendário de mão de obra etc;
b) posição financeira dos negócios (balanço)
c) comparação da administração da empresa no tempo e desta com outras empresas;
4 – BASE PARA ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO
a) informações obtidas pelos registros:
a . 1 – lucro básico e relação de perdas;
a . 2 – relação de insumos/produtos selecionados;
a . 3 – inventários físico e financeiro dos recursos disponíveis;
a . 4 – “performance” administrativa.
b) aplicação dos dados dos registros no planejamento
b . 1 – produção prevista e renda esperadas;
b . 2 - combinações alternativas dos recursos e produtos
b . 3 – necessidades financeiras e de crédito;
b . 4 – informações básicas para o processo de tomada de decisão;
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INSS sobre Produção Rural
( vide monografia de JAIRO ODORICO DA SILVA, 2008)
A IN SRP 3/2005 anexada a esse estudo considera como sujeito passivo das
contribuições devidas a Previdência Social na condição de produtor rural entre
outros: a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que desenvolve, em área
urbana e rural, a atividade agropecuária, pesqueira e silvicultura, bem como a
extração de produtos primários, vegetais e animais, em caráter permanente e até
temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos; adquirente a pessoa física
ou jurídica que adquire a produção rural, para uso comercial, industrial ou para
qualquer outra finalidade econômica; consignatório o comerciante a quem a
produção rural é entregue para que seja comercializada, de acordo com as
instruções do fornecedor;
Também em consonância com a IN 3/2005 é considerada produção rural os
produtos de origem animal, vegetal, em estado natural ou submetidos a processos
de beneficiamento ou de industrialização rudimentar; beneficiamento a primeira
modificação ou o preparo dos produtos de origem animal ou vegetal quer por
processos simples ou sofisticados, para posterior venda ou industrialização, sem
lhes retirar a característica original; industrialização rudimentar o processo de
transformação do produto rural, realizado pelo produtor rural, pessoa física,
alterando-lhe as características originais.
Ainda com base na IN 3/2005 considera-se produtor rural pessoa física,
(contribuinte individual), a pessoa, proprietária ou não, que explora a atividade
agropecuária e pesqueira, em área urbana e rural, em caráter permanente ou
temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos e com auxílio de
empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não-contínua. Esse
mesmo dispositivo legal determina que o fato gerador das contribuições
previdenciárias ocorra na comercialização da produção rural
·
De produtor rural pessoa física, de consórcio de produtores rurais e de
segurado especial realizada diretamente com: adquirente domiciliado no
exterior ( exportação ), para os fatos geradores ocorridos até 11 de
dezembro de 2001; consumidor pessoa física, no varejo; outro produtor rural
pessoa física e outro segurado especial;
·
Produtor rural pessoa jurídica, exceto daquele que além da atividade rural
exerce qualquer outra atividade econômica autônoma;
·
Rural realizada pelo produtor rural pessoa física e segurado especial com
empresa adquirente, consumidora, consignatária ou com cooperativa;
·
Rural própria e da adquirida de terceiros, industrializada ou não, pela
agroindústria, exceto a de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e a de
avicultura, a partir de 1º de novembro de 2001.
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O produtor rural pessoa física e o segurado especial também serão responsáveis
pelo recolhimento da contribuição, quando venderem a destinatário incerto ou
quando não comprovarem, formalmente, o destino da produção. A comprovação do
destino da produção é feita pelo produtor rural pessoa física ou pelo segurado
especial que comercialize com:
·
Pessoa jurídica, mediante a apresentação de via da nota fiscal de entrada
emitida pelo adquirente ou de nota fiscal emitida pelo produtor rural ou pela
repartição fazendária;
·
Pessoa física ou com outro segurado especial, mediante a apresentação de
via da nota fiscal emitida pelo produtor rural ou pela repartição fazendária.
Desta forma, deve a Pessoa Jurídica reter 2,3% da produção adquirida de
produtor rural pessoa física, e pagar 2,85% sobre sua produção própria. (MANUAL,
2004)
Contribuição Sobre Folha de Pagamento
O produtor rural, inclusive a agroindústria, deverá recolher, além daquelas
incidentes sobre a comercialização da produção rural, as contribuições
descontadas dos segurados empregados e dos trabalhadores avulsos incidentes
sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no
decorrer do mês, sendo 2,5% a título de Salário-Educação e 0,2% a título de
INCRA, perfazendo 2,7% (IN SRP 3/2005). As contribuições devidas pelo produtor
rural à Previdência Social e a outras entidades ou fundos, incidentes sobre o total
das remunerações pagas ou creditadas a segurados, são as discriminadas na
IN/SRP Nº. 3/2005.
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FACAPE – CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS –
PROF. WALDENIR S. F. BRITTO CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA
CONCEITOS BÁSICOS DA ATIVIDADE RURAL
LISTA DE EXERCÍCIOS
INDIQUE A QUESTÃO CORRETA:
1 – Como exemplo de atividade agrícola temos:
( ) cultura da cebola ( ) avicultura ( ) moagem de trigo
2 – Como exemplo de atividade zootécnica temos:
( ) hortaliças ( ) avicultura ( ) moagem de trigo
(
(
) metalúrgica
) metalúrgica
3 – Como exemplo de atividade pecuária temos:
( ) hortaliças ( ) ovinocultura ( ) moagem de trigo (
) metalúrgica
4 – a fixação do ano agrícola é importante para:
( ) determinar o plano de contas ( ) determinar a atividade operacional (
os planos da empresa ( ) determinar o exercício social
) determinar
5 – numa atividade agrícola, com diversas culturas em períodos de colheitas diferentes,
prevalece o ano agrícola com base em:
( ) cultura permanente-cultura que proporciona várias colheitas; ( ) cultura temporáriacultura anual uma só colheita; ( ) participação econômica de cada cultura; ( ) tempo de
colheita.
6 – a faz. Santo Agostinho S/A, tem diversas culturas, com a seguinte participação no
faturamento total:
milho – colheita nov/dez ...................................................... 8%
fumo – colheita em abr/maio ................................................10%
feijão – colheita em março ....................................................10%
uva – colheita em jan/fev .......................................................22%
cana de açúcar - colheita Mar/abr ....................................... 30%
café – colheita em julho/Agosto ............................................15%
outras culturas.........................................................................5%
TOTAL .............................................................................= 100%
Qual seria o melhor mês para o encerramento do balanço (exercício social) diante da teoria
da contabilidade?
7 – Qual o papel que a agricultura deve desempenhar no processo de desenvolvimento
econômico?
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8 – dentro do campo de ação da Contabilidade rural, quais são os questionamentos que o
produtor rural faz? O que espera que os profissionais da área possam fazer para ajudá-lo a
encontrar respostas?
9 – toda empresa rural, mesmo sendo familiar, é integrada por um conjunto de recursos
denominados fatores de produção. Quais são eles?
10 – Dadas as implicações que envolvem as atividades rurais, como: safra, clima, ciclos
biológicos dos produtos, políticas de preços, altos custos de estocagem etc., a contabilidade
oferece condições de servir como instrumentos real e preciso de informações para tomada
de decisões? Justifique a sua resposta.
11 – Nos últimos anos ocorreu no Brasil uma grande industrialização que resultou no
aumento da população nas cidades e diminuição na área rural. Para atender a esta crescente
demanda, observe os papéis que a agricultura pode e deve desenvolver. Assinale a única
alternativa que não combina com a idéia:
(
(
(
(
(
) produção de alimentos baratos e de boa qualidade;
) produzir matéria-prima para a indústria.
) trazer dinheiro para o país, através de exportação;
) trazer divisas para o país por meio da importação;
) dar condições de vida para o trabalhador;
12 – sabe-se que para a agricultura, o ano fiscal é diferente do ano agrícola. Identifique
abaixo qual o período a que ele corresponde desde o cultivo até a época da colheita.
( ) 13 meses; ( ) 12 meses e 15 dias: (
( ) 10 meses; ( ) 11 meses 20 dias
)12 meses; (
) 1.º de jan a 31 de dez;
13 - diferencie cultura temporária de cultura permanente.
14 – forneça 05 exemplos de cultura temporária e 05 de cultura permanente.
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FLUXO CONTÁBIL NA ATIVIDADE AGRÍCOLA-CULTURAS TEMPORÁRIAS
E CULTURAS PERMANENTES
ALGUNS CONCEITOS:
GASTOS: sacrifício que a entidade arca para a obtenção de um bem ou serviço,
representado pela entrega ou promessa de entrega de ativos. Se concretiza quando os
serviços/bens são prestados/adquiridos passam a ser propriedade da empresa.
CUSTO DA CULTURA: Gastos identificáveis direta ou indiretamente com a cultura
(relacionado com a transferência de ativos – sementes, MOB, adubos etc.)
DESPESAS - Gastos não identificáveis com a cultura – provoca redução de patrimônio.
(despesas de venda, de administração, financeira etc.).
PERDA – é um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da
atividade produtiva normal da empresa.
DEMONSTRATIVO “A” – CULTURA TEMPORÁRIA – ATIVO CIRCULANTE
Na formação da cultura (plantio, adubação, Mb etc.)
D – CULTURA TEMPORÁRIA – tipo da cultura
C - CAIXA, DUPLICATAS OU CONTAS A PAGAR...
No início da colheita
D – COLHEITA EM ANDAMENTO - tipo da cultura
C – CULTURA TEMPORÁRIA – tipo da cultura
Durante a colheita – gastos de colheita
D – COLHEITA EM ANDAMENTO
C – CAIXA, CONTAS A PAGAR ...
Encerramento da colheita – produto colhido
D – PRODUTOS AGRÍCOLAS – tipo da cultura
C – COLHEITA EM ANDAMENTO
Pela venda
D – DISPONÍVEL, CONTAS A RECEBER...
C – VENDAS DE PRODUTOS AGRÍCOLAS – tipo da cultura
Pela apuração de resultado
D – CUSTO DO PRODUTO VENDIDO
C – PRODUTOS AGRÍCOLAS – tipo cultura
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Para calcular o resultado
RECEITA BRUTA
VENDAS DE PRODUTOS AGRÍCOLAS
( - ) CUSTO DO PRODUTO VENDIDO
( = ) LUCRO BRUTO
( - ) DESPESAS OPERACIONAIS
VENDAS
ADMINISTRATIVAS
FINANCEIRAS
( = ) LUCRO OPERACIONAL
DEMOSTRATIVO “B” – CULTURA PERMANENTE
Pela formação da cultura
D – CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO - tipo
C – DISPONÍVEL, CONTAS A PAGAR . . .
Pelo término da formação da cultura
D – CULTURA PERMANENTE FORMADA – tipo
C - CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO - tipo
Pelo período de formação do produto
D – FORMAÇÃO DO FRUTO - tipo
C – DISPONÍVEL, CONTAS A PAGAR, DEPRECIAÇÃO...
Pelo inicio da colheita – transferência
D - COLHEITA EM ANDAMENTO tipo
C – FORMAÇÃO DO FRUTO - tipo
Gastos com a colheita
D – COLHEITA EM ANDAMENTO tipo
C – DISPONÍVEL, CONTAS A PAGAR, DEPRECIAÇÃO...
Pelo término da colheita
D – PRODUTOS AGRÍCOLAS
C - COLHEITA EM ANDAMENTO tipo
Pela venda
D – DISPONÍVEL, CONTAS A RECEBER...
C – VENDAS DE PRODUTOS AGRÍCOLAS – tipo da cultura
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Pela apuração de resultado
D – CUSTO DO PRODUTO VENDIDO
C – PRODUTOS AGRÍCOLAS – tipo cultura
FACAPE - CURSO DE CIÊNCIA CONTÁBIL –
PROF. WALDENIR S. F. BRITTO CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA
FLUXO CONTÁBIL NA ATIVIDADE AGRÍCOLA01 – A empresa FRUTOS DOCES LTDA apresenta a seguinte situação patrimonial no
final de seu exercício social, em 31/05/X1:
BALANÇO PATRIMONIAL – 31/05/X1
ATIVO
CIRCULANTE
Disponível.................................$ 510.000,00
Produtos agrícolas/.
Insumos.....................................$ 25.000,00
PERMANENTE.
Imobilizado ...........................$ 1.800.000,00
TOTAL
$ 2.335.000,00
PASSIVO
CIRCULANTE
-0PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital ..................................$ 2.000.000,00
Reservas de capital ..............$
TOTAL
335.000,00
$ 2.335.000,00
Em janeiro de X2, a empresa decide plantar 100 h. a de melancia. O ciclo da melancia é
de 90 dias. Os custos de implantação são: ( todos a vista)
1) em 05/01 a empresa adquire Insumos e realiza o preparo do solo
$ 188.000,00;
2) em 10/01 a empresa realiza o Plantio da melancia $ 17.000,00;
3) em 20/02 a empresa realiza os Tratos culturais/irrigação $ 75.000,00;
4) o início da colheita é em 05/03 $ 24.500,00;
5) é encerrada a colheita ;
6) em 10/03 é realizada a venda da produção total da melancia.
7) em 20.03 foram realizados despesas operacionais de R$ 62.500,00.
Considerar:
A – a produção 30 ton/hectare e o preço recebido pela venda do produto de R$ 0,15/kg;
B – todos os custos realizados a vista;
C – não foi realizado as provisões nem depreciações e não houve valores não operacionais;
D – que o valor do permanente é todo imobilizado;
E –Pede-se: contabilizar todos as operações, utilizando razonetes, apurar o balanço e a DRE
no final do exercício, apurando o lucro.
RESPOSTA: DISPONIVEL R$ 593.000,00; BALANÇO R$ 2.418.000,00; LUCROS R$ 418.000,00;
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2 - A empresa DELÍCIA DE FRUTAS LTDA apresenta a seguinte situação patrimonial no
final de seu exercício social, em 30/06/X3:
BALANÇO PATRIMONIAL – 30/06/X3
ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
CIRCULANTE
$ 15.000,00
Disponível.................................$ 310.000,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PERMANENTE.
Capital ..................................$ 1.000.000,00
Imobilizado ...........................$ 800.000,00 Reservas de capital ..............$ 95.000,00
TOTAL
$ 1.110.000,00 TOTAL
$1.110.000,00
Em fevereiro de X4 a empresa decide plantar 50 hectares
de 120 dias. Os custos de implantação são:
de cebola. O ciclo da cebola é
Valor
1) em 10/02 a empresa adquire Insumos e realiza o preparo do solo
$ 83.250,00;
2) em 12/02 a empresa realiza o Plantio da cebola $ 16.250,00;
3) em 20/03 a empresa realiza os Tratos culturais/irrigação $ 36.750,00;
4) o início da colheita é em 07/04 $ 22.250,00;
5) é encerrada a colheita ;
6) em 10/04 é realizada a venda total da produção por R$ 375.000,00, sendo 40% a vista e
o restante para 60 dias. (usar a conta clientes)
7) em 20.04 foram realizadas despesas operacionais de R$ 32.300,00.
Considerar:
A – todos os demais custos realizados a vista;
B – não foi realizado as provisões nem depreciações e não houve valores não operacionais;
C – que o valor do permanente é todo imobilizado;
Pede-se: contabilizar todos as operações, utilizando razonetes; apurar o balanço e a DRE, e
no final do exercício, apurar o lucro.
RESPOSTA: TOTAL BP $ 1.294.200,00; LUCRO $ 184.200,00; DISPONIVEL $ 269.200
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ATIVO PERMANENTE - DIFERIDO
DIFERIDO: (Lei das S A )
“As aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de
mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o
período que anteceder o início das operações sociais. “
São considerados gastos de implantação e pré-operacionais:
a) gastos de organização e detalhamentos
b) encargos financeiros;
c) estudos, projetos e detalhamentos;
d) juros a acionistas na fase de implantação;
e) pesquisa e desenvolvimento de produtos;
f) gastos de implantação de sistemas e métodos;
g) gastos de reorganização;
h) Abertura da firma e honorários para constituição etc.
“refere-se aos gastos da empresa que irão trazer benefícios, mas não são ligados a
nenhum processo produtivo em particular. ”
Exemplo: As melhorias com desmatamentos e destoca, assim como gastos préoperacionais, com a abertura e organização da empresa, estudos de projetos .
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NOVOS PROJETOS AGROPECUÁRIOS E GASTOS DE MELHORIA
1 - INICIO DA ATIVIDADE PRÉ-OPERACIONAL
GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS – Todas as despesas pagas ou incorridas pela empresa,
durante o período que antecede o início de suas operações e que não forem identificadas
diretamente com a cultura.
è NÃO FOREM IDENTIFICÁVEIS DIRETAMENTE COM A CULTURA
è Toda a receita obtida neste período devem ser tratadas como REDUÇÃO DOS
GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS.
è LIMITE AMORTIZAÇÃO: MÍNIMO DE 5 E MÁXIMO DE 10 ANOS.
CULTURAS NOVAS
1 - SE O PROJETO FOR NOVO: GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS
2 – SE A EMPRESA JÁ FUNCIONA: ATENTAR PARA A RELEVÂNCIA DOS
CUSTOS – TEMPORÁRIA OU PERMANENTE
DESMATAMENTO, DESTOCAMENTO
MELHORIAS PARA O CULTIVO
QUANDO ACONTECER: OPÇÕES
1-CULTURA
EM
FORMAÇÃO
a)Sobrecarrega os custos da
cultura, no ano.
b)
Se
for
cultura
PERMANENTE
com
previsão de mais de 5
períodos,
pode-se
contabilizar como CUSTO
da cultura permanente
2-INCORPORAÇÃO
AO
VALOR DA TERRA
a) valorização da terra, já que
a torna mais agricultável.
Neste caso, adiciona-se o
custo ao valor da terra.
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3-AMORTIZAR
EM
VÁRIOS PERÍODOS
Registrar como gastos préoperacionais e amortizar ao
longo dos anos.
Atentar para o registro ser
feito
na
CONTA
MELHORIAS;
c)
se
houver
receita
proveniente da venda da
madeira, registrar como
recuperação dos custos,
reduzindo o gasto com
MELHORIAS.
- 14 -
CONTABILIZAÇÃO:
a) pela realização dos gastos
D – MELHORIAS, GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS ou outra conta do DIFERIDO
ADEQUADA
C – DISPONÍVEL; CONTAS A PAGAR ou outra conta adequada
b) pela amortização
D – DESPESAS ADMINISTRATIVAS ( AMORTIZAÇÃO)
C – AMORTIZAÇÃO ACUMULADA
DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO
DEPRECIAÇÃO – Quando corresponder à perda dos direitos que tem por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso da ação da natureza ou
obsolescência. Aplica-se somente aos bens tangíveis. Ex:. máquinas, culturas permanentes,
equipamentos etc;
Culturas permanentes, florestas ou árvores cujo folhas ou frutos são extraídos, mas se
mantém o caule ou tronco da árvore.
A depreciação pode ser calculada também de acordo com a produção estimada.
Ex:. a videira com prod. Estimada total de 1.000.000 cxs. Se a produção do ano I for 70 mil
cxs, a depreciação será 70 mil/1 milhão=7%. Vai variar conforme a produção do ano.
Maior a colheita, maior a depreciação.
CONTABILIZAÇÃO:
1) - VIDEIRA:
D – OUTROS CUSTOS AGRÍCOLAS- Depreciação ( sub. conta de COLHEITA EM
ANDAMENTO)
C – DEPRECIAÇÃO ACUMULADA – UVA
2) TRATOR
D – OUTROS CUSTOS AGRÍCOLAS- Depreciação
C – DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
Depois se faz o rateio entre as culturas ou animais
AMORTIZAÇÃO – Gastos que contribuirão para a formação do resultado de mais de um
exercício social, registrado na ativo diferido, bem como para os casos de aquisição de
direitos sobre empreendimentos de propriedades de terceiros. Ex:. gastos pré-operacionais
( amortizáveis no mínimo em 5 anos e no máximo em 10 anos); com pesquisas científicas e
tecnológicas relativas a culturas ou criação de animais, etc;
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EXAUSTÃO - quando corresponder à perda do valor, decorrente de sua exploração, de
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa
exploração. Aplica-se somente aos recursos naturais exauríveis Ex:. reservas florestais, etc.
Não se extrai o fruto, mas a própria árvore. (pode se manter também as raízes. Ex:. Cana
de açúcar, )
EXERCICIOS
1 – A Cia de Mineração Pajeú S.A. adquiriu em 19X1 uma mina de carvão pelo valor de $
70.000. nessa ocasião, estimou-se uma reserva de 350.000 de toneladas deste material. No
início de 19X4, um novo veio de carvão foi descoberto, e sua reserva foi estimada em
75.000 toneladas.
Em 19X1 foram extraídas 40.000 ton;
Em 19X2 foram extraídas 57.000 ton;
Em 19X3 foram extraídas 78.000 ton;
Em 19X4 foram extraídas 80.000 ton;
calcule as despesas de exaustão nos exercícios de 19X1 a 19X3.
2 – com base no exercício anterior, a provisão para Exaustão (exaustão acumulada), no
encerramento do exercício de 19X4, apresentará que saldo?
3 – Marque “D” quando for depreciação, “A” quando amortização e “Ë” quando Exaustão.
( ) cultura de mamão;
( ) plantações de abacate.
( ) cafeeiro
( ) florestas
( ) canavial
( ) gastos com organização
4 – determinada empresa rural adquiriu uma máquina agrícola em janeiro de 1988,
colocando-a em funcionamento no mesmo mês. Sabendo-se que:
- a taxa de depreciação adotada é de 20% ao ano;
- o valor de aquisição da máquina foi de $ 220.000,00;
- a depreciação é contabilizada ao final de cada mês;
- considere exclusivamente estas informações.
Em 31/12/90 a empresa recebe uma proposta para vender esta máquina pelo valor de $
80.000,00. A empresa deveria vendê-la? Justifique a sua resposta.
RESPOSTAS: 1) X1 =$8.000; X2 = $11.400; X3 = 15.600; X4 = $11.200;
2) $ 46.200; 3) D; D; D; E; E; A;
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES:
1 – Toda cultura permanente, cujo produto final é o fruto, será alvo de:
( ) depreciação
( ) exaustão;
( ) amortização;
( ) n.d.a .
2 – a depreciação passa a incidir sobre a cultura (regra geral):
( ) a partir do plantio das sementes;
( ) a partir do instante em que ela está totalmente formada mas ainda não produz;
( ) a partir da primeira safra;
( ) a partir do memento em que está em formação;
3 – para casos de aquisição de direitos sobre empreendimentos de propriedade de terceiros
ocorre:
( ) depreciação
( ) exaustão;
( ) amortização;
( ) n.d.a .
4 – um crédito na conta de Depreciação Acumulada provoca:
( ) aumento no ativo;
( ) diminuição no ativo;
( ) aumento no passivo;
( ) diminuição no passivo.
5 – em 1/07/X2, foi adquirido equipamento agrícola por $ 100,00, em substituição a outro
considerado obsoleto, sendo que:
. 20% do valor do equipamento agrícola adquirido foi amortizado com a entrega do
equipamento agrícola substituído, como parte do pagamento;
. à época, o valor de aquisição do equipamento agrícola antigo, como registrado na
contabilidade, era de $ 30,00 e a depreciação acumulada alcançava 80% desse valor;
. ambos os equipamentos agrícolas são depreciados à taxa anual de 10% e a depreciação é
reconhecida nos resultados por ocasião do encerramento do exercício social;
. não deve ser considerada o efeito da correção monetária.
Pede-se: (considerando apenas estas informações) para efeito de encerramento do balanço,
qual será o saldo das contas:
a) Equipamentos agrícolas =
b) Depreciação Acumulada – Equipamento =
c) Resultado da Venda do Equipamento =
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GASTOS PRE-OPERACIONAIS E OUTROS
01 – A empresa FRUTOS DOCES LTDA, criada em dezembro/X1, apresenta a seguinte
situação patrimonial no final de seu exercício social, em 31/12/X1:
BALANÇO PATRIMONIAL – 31/12/X1
ATIVO
CIRCULANTE
Disponível.................................$ 191.500,00
Insumos .....................................$ 25.000,00
PERMANENTE.
Terras
...........................$ 180.000,00
Instalações.............................$ 20.000,00
TOTAL
$ 416.500,00
PASSIVO
CIRCULANTE
-0-
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital ..................................$ 416.500,00
TOTAL
$ 416.500,00
Em janeiro de X2, a empresa solicita a PROJETOS LTDA que elabore um projeto de
implantação e uso da propriedade.
1) Toma um financiamento bancário para o desmatamento e sistematização da terra –
30 ha , no valor de R$ 60.000,00, de longo prazo.
2) Os custos da elaboração do projeto foi de R$ 15.000,00, pagos a vista. A empresa
também pagou R$ 300,00 de despesas no cartório, com o registro da cédula rural.
3) Realiza a vista os gastos com Insumos/plantios/preparo de solo R$ 82.000,00, da
cultura da uva; (área de plantio de 10 ha)
4) Realiza a vista os gastos com Tratos culturais/irrigação .R$ 12.000,00. da cultura da
uva;
Decide também plantar 20 ha de cebola, em junho. O ciclo da cebola é de 120 dias.(todos
os lançamentos do 5 ao 11 se referem a cebola)
5) realiza gastos de Insumos/preparo do solo
$ 33.300,00 – realizado em 10/06;
6)realiza gastos com o Plantio $ 6.500,00 - realizado em 12/06;
7) realiza gastos com Tratos culturais/irrigação $ 14.700,00 – realizado em 20/08
8) início em 05/09 término em 07/09. Realiza gastos com a Colheita $ 8.900,00;
9) é encerrada a colheita da cebola;
10) é vendida a cebola;
11) realizar a depreciação, amortização. Apuração da cebola.
No ano seguinte-X3 foram realizados os seguintes gastos com o desenvolvimento da
cultura de uva; ( já em andamento)
1) gastos com Insumos $ 16.000,00 (utilizado do estoque)
2) gastos com Tratos culturais/irrigação $ 13.000,00 (realizado a vista)
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Decide também plantar 20 ha de cebola, em junho, FINANCIADO PELO BANCO,
conf. Informações abaixo. O ciclo da cebola é de 120 dias. Os custos de implantação são:
3) gastos de Insumos/preparo do solo $ 33.300,00 – realizado em 10/06
4) gastos de Plantio $ 6.500,00 - realizado em 12/06
5) gastos de Tratos culturais/irrigação
$ 14.700,00 – realizado em 20/08
6) gastos com a Colheita $ 8.900,00 – início em 05/09 .
7)A colheita é encerrada em 07/09;
8) é realizada a venda da cebola.
9) liquida o financiamento bancário e paga juros de R$ 1.778,00;
10) É encerrado o período.
No período seguinte – X4 há novos gastos (todos à vista), com a cultura da uva.
1) gastos com Insumos $ 23.550,00, sendo 30% de custos e 70% imobilizado;
2) gastos com Tratos culturais/irrigação $ 16.000,00 sendo 30% de custos e 70%
imobilizado;
3)gastos com Colheita $ 11.000,00 início em 10/10;
4) É encerrada a colheita término em 20/10
5) é vendido a uva a vista; (vide produção)
6) é encerrado o período;
No período seguinte – X5 há novos gastos (todos à vista), com a cultura da uva.
1) gastos com Insumos $ 23.550,00; sendo 35% de custos e 65% imobilizado;
2) gastos com Tratos culturais/irrigação $
16.000,00 sendo 35% de custos e 65%
imobilizado;
3)gastos com Colheita $ 11.000,00 início em 10/10;
4) É encerrada a colheita término em 20/10
5) é vendido a uva a vista; (vide produção)
6) é encerrado o período;
No período seguinte – X6 há novos gastos ( todos à vista), com a cultura da uva.
1) gastos com Insumos $ 23.550,00; sendo 40% de custos e 60% imobilizado;
2) gastos com Tratos culturais/irrigação $ 16.000,00 sendo 40% de custos e 60%
imobilizado;
3)gastos com Colheita $ 11.000,00 início em 10/10;
4) É encerrada a colheita término em 20/10
5) é vendido a uva a vista; (vide produção)
6) é realizado o pagamento da primeira parcela do financiamento.
7) é encerrado o período;
No período seguinte – X7 há novos gastos (todos à vista), com a cultura da uva.
1) gastos com Insumos $ 23.550,00;
2) gastos com Tratos culturais/irrigação $ 16.000,00
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3) gastos com Colheita $ 11.000,00 início em 10/10;
4) É encerrada a colheita término em 20/10
5) é vendido a uva a vista; (vide produção)
6) é realizado o pagamento da segunda parcela do financiamento
7) é encerrado o período;
Considere que :
1 – o ciclo produtivo da uva é de 20 anos;
2 – a produção da cebola é 30 ton/hectare e o preço recebido pela venda do produto de R$
0,15/kg. valor recebido a vista;
3 – a produção da uva no seu 3.º ano foi de 18ton/ha; no 4 .º ano de 30 ton/ha; e a partir do
5.º ano, 40ton/ha. Só considera formada no inicio de X7; O preço da uva é de R$ 1,00 o
kg. - o valor foi todo recebido a vista;
4 – considerar a relação custos/investimentos da uva como informado; (dados somente
para fins de exercícios)
5 – a vida útil das “instalações” é de 10 anos;
6 – Os gastos pré-operacionais serão amortizados em 10 anos;
7 – o financiamento para a sistematização e desmatamento tem um prazo de 10 anos, juros
de 8 % a.a.. Os juros serão calculados e pagos anualmente. O principal da dívida será pago
em 7 prestações anuais, após o terceiro ano, portanto 3 (três) anos de carência. Os juros são
calculados sobre o saldo devedor da operação. A parcela de principal será paga junto com
os valores de juros, ou seja, no final de cada ano. (para fins de exercícios, considerar o
período para pagamento dos juros no final de cada ano, todos os anos; o prazo se refere a
três anos de carência)
8 – os valores aqui trabalhados não expressam os valores praticados no mercado. São
valores usados somente para a prática dos exercícios;
Pede-se:
1 – apresentar os lançamentos através de razonetes, o balanço patrimonial e DRE de todos
os anos, até X6.
Resposta deste exercício: (obs: já fazendo depreciação e amortização)
Ano x2
Bp = $ 488.770, lucro = $12.270
Ano X3
Bp = $ 499.262; lucro ex = $ 10.492(disponível $ 111.022,00)
Ano X4
Bp = $ 642.067; lucro ex = $ 142.805
Ano X5
Bp = $ 902.894,50; lucro= $ 260.827,50
Ano X6
Bp = 1.253.173,07; lucro = $ 358.850,00
Ano X7
BP = 1.570.401,22; LUCRO = 325.799,58; (DISPONIVEL: 1.153.164,85; L ACUMULADOS $ 1.111.044,08)
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RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES, ASSINALANDO A ALTERNATIVA
CORRETA:
1 – Na implantação de novos projetos, há maior dificuldade de ordem contábil para:
a) cultura temporária; b) cultura permanente; c) ambas as culturas; d)nenhum cultura.
2 – o período de implantação de um novo projeto normalmente é conhecido como:
a) fase de instalações; b)fase pré-agrícola c) fase pré-industrial; d) fase pré-operacional.
3 – os gastos pré-operacionais numa cultura serão classificados no:
a) ativo circulante;
b) ativo realizável a longo prazo;
c) ativo permanente – imobilizado;
d) ativo permanente – diferido;
4 – no tange à amortização dos gastos pré-operacionais na agropecuária, os prazos mínimo
e máximo serão respectivamente:
a) 5 e 10 anos; b)5 e 15 anos; c) 10 e 15 anos; d) 10 e 20 anos.
5 – desmatamento, destocamento, nivelamento.. . do solo podem ser agrupados numa conta
de :
a) benfeitoria;
b) reforma;
c) melhoria;
d) corretivos.
6 – a conta “Melhoria do solo” deverá ser classificada no:
a) ativo circulante;
b) ativo realizável a longo prazo;
c) ativo permanente – imobilizado;
d) ativo permanente – diferido.
2 – a)
Responda as seguintes questões:
ASSINALE “V” OU “F” NAS QUESTÕES ABAIXO:
A – ( ) um dos principais itens dos custos da cultura temporária é a sua depreciação;
B – ( ) a amortização da conta Melhoria será contabilizada como despesas operacionais;
C – ( ) A cultura permanente em formação-uva é classificada no ativo circulante, pois
está em formação e a cultura permanente-manga é classificada no ativo permanente;
D–(
) A conta PRODUTOS AGRICOLAS, na contabilidade agrícola, eqüivale a
conta ESTOQUE DE MERCADORIAS para uma empresa comercial;
E – ( ) As culturas permanentes em formação devem ser depreciadas sempre que se
realizar o balanço patrimonial;
F – ( ) A conta Colheita em andamento – Uva, deve ser classificada no ativo permanente;
G - ( ) A depreciação representa a perda do valor, pela utilização, do pasto ou reserva
florestal;
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H – ( ) O que determina o ano agrícola de uma empresa é a cultura que possuir a maior
área plantada, mesmo que esta cultura não seja a mais importante economicamente;
I – ( ) a depreciação da cultura da cebola, poderá ser feita pela produção prevista, ano a
ano, fazendo o cálculo proporcional a produção realizada no ano;
RESPOSTA: F V F V F F F F F
EXERCICIOS:
1 - A empresa FRUTAS DO RIO LTDA apresenta a seguinte situação patrimonial no final
de seu exercício social, em 31/05/X0:
BALANÇO PATRIMONIAL – 31/05/X0
ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
338.500,00 CIRCULANTE
14.000,00
Disponível................................... 331.000,00 Financiamento Bancário.............. 12.500,00
Insumos ....................................... 7.500,00 Contas a Pagar .................................1.500,00
PERMANENTE.
474.600,00 EXIGÍVEL A L. PRAZO
137.500,00
Imobilizado
Financiamento Bancário ..............137.500,00
Terra ........................................... 145.000,00
Cultura permanente Formada
Manga ...................................... 270.000,00
Depreciação Acumulada .......... (40.500,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
661.600,00
Instalações – galpão..................... 18.000,00 Capital ........................................ 600.000,00
Depreciação Acumulada .......... (5.400,00) Reservas de capital .......................61.600,00
Diferido
87.500,00
Melhorias ...................................$ 125.000,00
Amortização Acumulada...........$ (37.500,00)
TOTAL .......................................813.100,00 TOTAL .......................................813.100,00
FAÇA OS LANÇAMENTOS SEGUINTES:
( no ano seguinte)
1 – a empresa aplica um total de R$ 35.900,00 de insumos na cultura da manga, sendo
deste valor R$ 5.500,00 dos estoques na empresa e o restante adquirido a vista;
2 - a empresa prepara a área para o plantio do melão – R$ 8.000,00, além de adquirir
insumos para aplicação na cultura, R$ 7.000,00 (valores a vista) e utilizar do estoque de
insumos da empresa o valor correspondente de R$ 500,00;
3 – a empresa gasta R$ 25.500,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da manga,
sendo os gastos realizados a vista;
4 - a empresa gasta R$ 5.500,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura do melão,
sendo os gastos realizados a vista;
5 – Inicia-se o processo de colheita do melão, gastando a empresa o montante de R$
1.700,00 , realizados a vista; é encerrada a colheita;
6- o banco informou que registrou na conta do financiamento os juros de 12% ao ano,
calculados sobre o saldo devedor do financiamento;
7– é realizada a venda do melão a vista.
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8 – a empresa gasta R$ 9.000,00 durante o processo de colheita da manga, a vista;
9- a empresa paga os juros (o valor calculado) e a parte da parcela de principal, R$ 6.000,00
do financiamento bancário; É encerrada a colheita da manga.
10- é realizada a venda da manga, 50% a vista e o restante a prazo. (usar conta clientes)
11– é realizado o pagamento das obrigações (contas a pagar) no valor de R$ 1.000,00;
CONSIDERE QUE:
1 – A área total do imóvel seja de 68 ha, sendo e 30 ha ocupados pela cultura da manga e
10 ha pela cultura do melão.; a vida útil da manga é de 20 anos;
2 – A produção da manga é de 25 ton/ha; o preço da manga R$ 0,60 o kg; – A produção
do melão é de 15 ton/ha; o preço do melão R$ 0,30 o kg;
3 – Nos lançamentos que não constarem informação em contrário, estes valores foram
realizados a vista;
4 - o prazo para amortização do diferido é 10 anos; e a depreciação do galpão também 10
anos;
5 –Considerar como custo da cultura, além dos custos normais, a depreciação da mesma; os
demais valores (depreciação/amortização) deverão ser considerados como despesas
operacionais normais;
6 - a forma de pagamento do financiamento bancário são em 12 prestações anuais, iguais e
sucessivas. No valor de $12.500,00 cada;
PEDE-SE: ELABORAR O BALANÇO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCÍCIO,
APURANDO O LUCRO OU PREJUÍZO, UTILIZANDO RAZONETES;
RESPOSTA:
TOTAL BALANÇO R$ 1.162.200; RESERVAS DE CAPITAL R$ 417.700;
DISPONIVEL R$ 488.900;
OUTRO:
1 - A empresa FRUTAS SÃO FRANCISCO LTDA apresenta a seguinte situação
patrimonial no final de seu exercício social, em 31/12/X0:
BALANÇO PATRIMONIAL – 31/12/X0
ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
409.000,00 CIRCULANTE
11.800,00
Disponível................................... 391.300,00
Insumos ....................................... 17.700,00 Contas a Pagar ...............................11.800,00
PERMANENTE.
310.900,00 EXIGÍVEL A L. PRAZO
135.000,00
Imobilizado
251.500,00 Financiamento Bancário .............135.000,00
Terra ........................................... 116.500,00
Cultura permanente em Formação
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
573.100,00
UVA ...................................... 135.000,00 Capital ........................................ 520.000,00
Diferido
59.400,00 Reservas de capital .......................53.100,00
Melhorias ...................................$ 66.000,00
Amortização Acumulada...........$ (6.600,00)
TOTAL .......................................719.900,00 TOTAL .......................................719.900,00
No ano seguinte:
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1 – a empresa aplica um total de R$ 30.800,00 de insumos na cultura da UVA, sendo deste
valor R$ 3.200,00 dos estoques na empresa e o restante financiado pelo Banco, através de
investimento bancário, com prazo de pagamento a partir do ano X5;(financiamento já
existente)
2 - a empresa prepara a área para o plantio da CEBOLA– R$ 10.200,00, a vista;
3 – A empresa aplica um total de R$ 8.000,00 em insumos na cultura da CEBOLA, a vista;
4 – a empresa gasta R$ 45.300,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da UVA,
sendo os gastos financiados pelo Banco, através de investimento bancário, com prazo de
pagamento a partir do ano X5;
5 - a empresa gasta R$ 6.500,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da CEBOLA,
sendo os gastos realizados a vista;
6– é realizado o pagamento das obrigações (contas a pagar) no valor de R$ 6.500,00;
7 – Inicia-se o processo de colheita do CEBOLA, gastando a empresa o montante de R$
5.300,00 , realizados com recursos próprios, a vista; é encerrada a colheita;
8 – a empresa vende 70% da produção da cebola, sendo a metade a vista e a outra metade a
prazo; ( usar clientes)
9- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de
12% ao ano, calculados sobre o saldo devedor do financiamento; (para fins de cálculo,
considerar o saldo devedor apresentado no balanço de X0);
CONSIDERE QUE:
1 – A área total do imóvel seja de 50 ha, sendo e 30 ha ocupados pela cultura da UVA e
15 ha pela cultura do CEBOLA.; a vida útil da UVA é de 20 anos; a uva foi implantada no
inicio do ano X0;
2 – A produção da UVA é de 30 ton/ha; o preço da UVA R$ 1,80 o kg; cebola: a
produção de 30.000 kg/ha; preço R$ 0,50 o quilo
3 – Nos lançamentos que não constarem informação em contrário, estes valores foram
realizados a vista;
4 - o prazo para amortização do diferido é 5 anos;
5 - a forma de pagamento do financiamento bancário é em 10 prestações anuais, iguais e
sucessivas.(na posição de 31.12.X0), a vencer a primeira parcela em 31/12/X5 e a última
em 31/12/x14. O vencimento final do financiamento será no ano de X14; O valor da parcela
anual é o resultado da divisão do saldo devedor dividido pelo n.º de prestações a pagar.
PEDE-SE: ELABORAR O BALANÇO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCÍCIO,
COM A FORMALIDADE NECESSÁRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUÍZO,
UTILIZANDO RAZONETES;
RESPOSTA: BP = $ 909.600; LUCROS $ 160.200; PROD. AGRICOLA $9.000; CLIENTES $ 78.750;
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CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA - PROF. WALDENIR S. F. BRITTO
1 - A empresa FRUTAS SÃO FRANCISCO LTDA apresenta a seguinte situação
patrimonial no final de seu exercício social, em 31/12/2000:
BALANÇO PATRIMONIAL – 31/12/2000
ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
CIRCULANTE
Disponível................................... 391.300,00
Insumos ....................................... 17.700,00 Contas a Pagar ...............................5.800,00
PERMANENTE.
EXIGÍVEL A L. PRAZO
Imobilizado
Financiamento Bancário .............148.500,00
Terra ........................................... 120.500,00
Cultura permanente em Formação
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
UVA ...................................... 135.000,00 Capital ........................................ 520.000,00
Diferido
Reservas de capital .......................43.000,00
Melhorias ...................................$ 66.000,00
Amortização Acumulada...........$ (13.200,00)
TOTAL .......................................717.300,00
TOTAL .......................................717.300,00
No ano seguinte:
1- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de
10% ao ano, calculados sobre o saldo devedor do financiamento; (para fins de cálculo e
registro, considerar o saldo apresentado no balanço de 2000);
2 – a empresa aplica um total de R$ 30.800,00 de insumos na cultura da UVA, sendo deste
valor R$ 3.200,00 dos estoques na empresa e o restante financiado pelo Banco, através de
investimento bancário (já existente), com prazo de pagamento a partir do ano 2005;
3 - a empresa prepara a área para o plantio da CEBOLA– R$ 10.200,00, a vista;
4 – A empresa aplica um total de R$ 8.000,00 em insumos na cultura da CEBOLA, a vista;
5 – a empresa gasta R$ 45.300,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da UVA,
sendo os gastos financiados pelo Banco, através de investimento bancário, com prazo de
pagamento a partir do ano 2005;
6 - a empresa gasta R$ 6.500,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da CEBOLA,
sendo os gastos realizados a vista;
7 – Inicia-se o processo de colheita do CEBOLA, gastando a empresa o montante de R$
5.300,00 , realizados com recursos próprios, a vista; é encerrada a colheita;
8 – a empresa vende 70% da produção da cebola, sendo a metade a vista e a outra metade a
prazo; (usar clientes)
CONSIDERE QUE: (INFORMES GERAIS, NEM TODOS PODE SE APLICAR)
1 – A área total do imóvel seja de 50 ha, sendo e 10 ha ocupados pela cultura da UVA e
35 ha pela cultura do CEBOLA.; a vida útil da UVA é de 20 anos; a uva foi implantada no
inicio do ano 2000;
2 – A produção da UVA é de 30 ton/há, quando começar a produzir; o preço da UVA R$
1,50 o kg; cebola: a produção de 35.000 kg/ha; preço R$ 0,50 o quilo
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 25 -
3 – Nos lançamentos que não constarem informação em contrário, estes valores foram
realizados a vista;
4 - o prazo para amortização do diferido é 5 anos;
5 –Considerar como custo da cultura permanente a depreciação da mesma, quando se
aplicar;
6 - a forma de pagamento do financiamento bancário é em 10 prestações anuais, iguais e
sucessivas.(na posição de 31.12.2000), a vencer a primeira parcela em 31/12/2005 e a
última em 31/12/2014. O vencimento final do financiamento será no ano de 2014; O valor
da parcela anual é o resultado da divisão do saldo devedor dividido pelo n.º de prestações a
pagar.
PEDE-SE: ELABORAR O BALANÇO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCÍCIO,
COM A FORMALIDADE NECESSÁRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUÍZO,
UTILIZANDO RAZONETES;
RESPOSTA:
TOTAL BALANÇO R$ 1.184.750; RESERVAS DE CAPITAL R$ 422.700;
DISPONIVEL R$ 575.675;
CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA - PROF. WALDENIR S. F. BRITTO
CONCEITO “A” NO PROVÃO DO MEC
1 - A empresa AGROPECUARIA SÃO CHICO LTDA apresenta a seguinte situação
patrimonial no final de seu exercício social, em 31/12/X0:
BALANÇO PATRIMONIAL – 31/12/X0
ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
CIRCULANTE
DISPONÍVEL............................. 285.400,00 Financiamento Bancário............. 15.000,00
PERMANENTE.
EXIGÍVEL A L. PRAZO
Imobilizado
Financiamento Bancário .............150.000,00
Terra ........................................... 145.000,00
Cultura permanente Formada
UVA ...................................... 120.000,00
Depreciação Acumulada .......... (36.000,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Instalações – galpão..................... 18.000,00 Capital ........................................ 350.600,00
Depreciação Acumulada .......... (9.000,00) Reservas de capital .......................35.800,00
Diferido
28.000,00
Melhorias ...................................$ 70.000,00
Amortização Acumulada...........$ (42.000,00)
TOTAL .......................................551.400,00 TOTAL .......................................551.400,00
No ano seguinte:
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 26 -
1 – a empresa aplica um total de R$ 10.400,00 de insumos na cultura da UVA, financiado
pelo Banco, através de custeio bancário;
2 - prepara área para o plantio do FEIJÃO – R$ 1.500,00, valores a vista;
3 – A empresa aplica um total de R$ 8.000,00 em insumos na cultura do FEIJÃO,
pagamento a vista;
4 – a empresa gasta R$ 23.300,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da UVA,
sendo os gastos financiados pelo Banco, através de custeio bancário;
5 - a empresa gasta R$ 2.200,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura do FEIJÃO,
sendo os gastos realizados a vista;
6 – Inicia-se o processo de colheita da cultura do FEIJÃO, gastando a empresa o montante
de R$ 670,00 com a vista; (é encerrada a colheita).
7- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de
12% ao ano, calculados sobre o saldo devedor do financiamento; (saldo anterior ao custeio
da UVA);
8- a empresa paga os juros (o valor calculado) e a parcela de principal de R$ 15.000,00 do
financiamento bancário, do investimento;
9 – a empresa gasta R$ 9.000,00 durante o processo de colheita da UVA, Sendo o valor
financiado pelo Banco, através de custeio bancário; é encerrada a colheita;
10- é realizada a venda da UVA, 50% a vista e o restante a prazo. (usar conta clientes)
11 – A empresa paga (liquida) o financiamento bancário relativo ao custeio da UVA,
pagando além do principal mais juros no valor de R$ 2.340,00;
12 – Devido a boa venda da UVA, a empresa decide amortizar R$ 10.000,00 do saldo
devedor total do investimento, junto ao Banco.
CONSIDERE QUE:
1 – A área total do imóvel seja de 50 ha, sendo e 30 ha ocupados pela cultura da UVA e
15 ocupados pelo feijão; a vida útil da UVA é de 20 anos;
2 – A produção da UVA é de 20 ton/ha; o preço da UVA R$ 1,20 o kg;
3 – Onde não constarem informação em contrário, estes valores foram realizados a vista;
4 - o prazo para amortização do diferido é 10 anos; e a depreciação do galpão 10 anos;
5 –Considerar como custo da cultura permanente a depreciação da mesma;
6 - a forma de pagamento do financiamento bancário é em 11 prestações anuais, iguais e
sucessivas.(na posição de 31.12.X0) .O valor de cada prestação será obtido dividindo-se o
saldo devedor pelo número de prestações a pagar.
PEDE-SE: ELABORAR O BALANÇO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCÍCIO,
COM A FORMALIDADE NECESSÁRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUÍZO,
UTILIZANDO RAZONETES;
Resposta: BP = $ 1.166.760; LUCROS $ 676.160; DISPONIVEL $ 543.190;
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 27 -
OUTRO:
1 - A empresa FRUTAS SÃO FRANCISCO LTDA apresenta a seguinte situação
patrimonial no final de seu exercício social, em 31/12/2000:
BALANÇO PATRIMONIAL – 31/12/2000
ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
CIRCULANTE
Disponível................................... 91.300,00
Insumos ....................................... 27.300,00 Contas a Pagar ...............................2.980,00
PERMANENTE.
EXIGÍVEL A L. PRAZO
Imobilizado
Financiamento Bancário .............128.800,00
Terra ........................................... 425.000,00
Cultura permanente em Formação
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
MANGA ................................ 125.750,00 Capital ........................................ 619.770,00
Diferido
Prejuízos acumulados ...................(3.000,00)
Melhorias ...................................$ 88.000,00
Amortização Acumulada...........$ (8.800,00)
TOTAL .......................................748.550,00
TOTAL .......................................748.550,00
No ano seguinte:
1- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de
8,75% ao ano, calculados sobre o saldo devedor total do financiamento; (para fins de
cálculo e registro, considerar o saldo apresentado no balanço de 2000);
2 – a empresa aplica um total de R$ 32.580,00 de insumos na cultura da manga, sendo
deste valor R$ 3.200,00 dos estoques na empresa e o restante financiado pelo Banco,
através de investimento bancário (já existente), com prazo de pagamento a partir do ano
2005;
3 - a empresa prepara a área para o plantio da CEBOLA– R$ 11.400,00, através de custeio
bancário, com prazo de 6 meses para pagamento;
4 – A empresa aplica um total de R$ 28.000,00 em insumos na cultura da CEBOLA,
através de custeio bancário, com prazo de 6 meses para pagamento;
5 – a empresa gasta R$ 45.300,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da MANGA,
sendo os gastos financiados pelo Banco, através de financiamento bancário, com prazo de
pagamento a partir do ano 2005;
6 - a empresa gasta R$ 67.500,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da CEBOLA,
sendo os gastos realizados através de custeio bancário, com prazo de 6 meses para
pagamento;
7 – Inicia-se o processo de colheita da CEBOLA, gastando a empresa o montante de R$
15.300,00 , realizados com recursos próprios, a vista;
8 - é encerrada a colheita;
9 – a empresa vende 70% da produção da cebola, sendo a metade a vista e a outra metade a
prazo; (usar conta clientes)
10 – O banco informa que registrou juros de R$ 2.970,00 na operação relativa ao custeio
bancário, tomado para o plantio da cebola;
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 28 -
11 – a empresa liquida o custeio bancário relativo a cebola, no seu valor total do saldo
devedor;
CONSIDERE QUE: (INFORMES GERAIS, NEM TODOS PODE SE APLICAR)
1 – A área total do imóvel seja de 50 ha, sendo e 10 ha ocupados pela cultura da MANGA
e 30 ha pela cultura da CEBOLA.; a vida útil da MANGA é de 20 anos; a MANGA foi
implantada no inicio do ano 2000;
2 – A produção da MANGA é: 3.º ano: 12.000 kg; 4.º ano 15.000 kg; 5.º e demais anos:
18.000 kgs; quando começar a produzir, o preço da manga será de R$ 0,55 o kg;
cebola: a produção de 35.000 kg/ha; preço R$ 0,50 o quilo
3 – Nos lançamentos que não constarem informação em contrário, estes valores foram
realizados a vista;
4 - o prazo para amortização do diferido é 10 anos;
5 –Considerar como custo da cultura permanente a depreciação da mesma, quando se
aplicar;
6 - a forma de pagamento do financiamento bancário é: o saldo devedor total dividido pelo
número de prestações a pagar; 12 prestações anuais (na posição de 31.12.2000), a vencer a
primeira parcela em 31/12/2004 e a última em 31/12/2016. O vencimento final do
financiamento será no ano de 2016; O valor da parcela anual é o resultado da divisão do
saldo devedor dividido pelo n.º de prestações a pagar.
PEDE-SE: ELABORAR O BALANÇO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCÍCIO,
COM A FORMALIDADE NECESSÁRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUÍZO,
UTILIZANDO RAZONETES;
Resposta: total $ 1.093.420; lucro $ 255.920; disponível $ 149.880; manga $ 203.630
OUTROS
I – Ao se calcular o custo de oportunidade de um trator, que prestou trabalho para as
culturas da melancia e da cebola, no momento que se calcular o custo de oportunidade
deste trator, na sua parte relativo a cultura da cebola, este COT com certeza será menor
que o custo de oportunidade total calculado para o trator;
II – todas as contas relativas aos custos incorporados à cultura da melancia, durante a sua
fase produtiva, serão registrados no ativo circulante da empresa;
III – a depreciação do galpão não deve ser considerado como custo do galpão, e portanto
não incorporado o valor da depreciação ao valor do bem;
IV – a conta FORMAÇÃO DO FRUTO – MANGA equivale, na contabilidade industrial,
a conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO.
V – Podemos definir o custo de oportunidade como “a quantia que o empresário
desembolsa do lucro que a empresa deixa de ganhar quando a oportunidade proporcionada
por uma alternativa é sacrificada pela escolha de outra” .
Com relação frases acima, podemos Assinalar que:
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 29 -
A – ( ) existem três afirmações verdadeiras e entre elas, não se encontra a quarta;
B - ( ) existem três opções verdadeiras, sendo a primeira uma delas;
C – ( ) existem quatro opções falsas;
D – ( ) nenhuma das afirmações são verdadeiras;
E – ( ) todas as afirmações são verdadeiras;
F – ( ) somente a ultima questão está errada;
G – ( ) somente a terceira afirmação é falsa;
H – ( ) existe somente uma questão falsa, e é a primeira;
I – ( ) somente a primeira e a ultima afirmação são falsas;
J – ( ) nenhuma das opções acima.
Resposta = “F”
AVALIAÇÃO - NOITE
ATENÇÃO: UTILIZE CANETA PARA AS RESPOSTAS!!!
1 - A empresa FRUTAS SÃO FRANCISCO LTDA apresenta a seguinte situação
patrimonial no final de seu exercício social, em 31/12/2000: (razonente:1,5p; BP:1,5p;
resultado acumulado: 0,5p; dre:0,5 p)
BALANÇO PATRIMONIAL – 31/12/2000
ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
CIRCULANTE
Disponível................................... 91.300,00
Insumos ....................................... 27.300,00
Produtos agrícolas – melão .............30.000,00
PERMANENTE.
Imobilizado
Terra ........................................... 425.000,00
Cultura permanente em Formação
MANGA ................................ 125.750,00
Diferido
Melhorias ...................................$ 88.000,00
Amortização Acumulada...........$ (8.800,00)
TOTAL .......................................778.550,00
Contas a Pagar ...............................2.980,00
EXIGÍVEL A L. PRAZO
Financiamento Bancário .............158.800,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital ........................................ 619.770,00
Prejuízos acumulados ...................(3.000,00)
TOTAL .......................................778.550,00
No ano seguinte:
1- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de
12% ao ano, calculados sobre o saldo devedor total do financiamento; (para fins de cálculo
e registro, considerar o saldo apresentado no balanço de 2000);
2 – a empresa aplica um total de R$ 35.770,00 de insumos na cultura da manga, sendo
deste valor R$ 3.600,00 dos estoques na empresa e o restante financiado pelo Banco,
através de investimento bancário (financiamento já existente), com prazo de pagamento a
partir do ano 2005;
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 30 -
3 - a empresa prepara a área para o plantio da UVA– R$ 11.400,00, A VISTA;
4 – A empresa aplica um total de R$ 24.000,00 em insumos na cultura da UVA,A VISTA;
5 – a empresa gasta R$ 25.300,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da MANGA,
sendo os gastos financiados pelo Banco, através de financiamento bancário, com prazo de
pagamento a partir do ano 2005; ( JÁ EXISTENTE)
6 - a empresa gasta R$ 17.500,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da uva;
7 – a empresa vende 70% da produção do melão, sendo a metade a vista e a outra metade a
prazo; (usar conta clientes)
CONSIDERE QUE: (INFORMES GERAIS, NEM TODOS PODE SE APLICAR)
1 – A área total do imóvel seja de 50 ha, sendo e 10 ha ocupados pela cultura da MANGA
e 20 ha pela cultura da UVA e 15 com o melão.; a vida útil da MANGA e da UVA é de 20
anos; a MANGA foi implantada no inicio do ano 2000;
2 - a produção do melão é de 15.000 kgs por hectare; o preço é de R$ 1,00 o kg;
3 – Nos lançamentos que não constarem informação em contrário, estes valores foram
realizados a vista;
4 - o prazo para amortização do diferido é 10 anos;
5 - a forma de pagamento do financiamento bancário é: o saldo devedor total dividido pelo
número de prestações a pagar; 12 prestações anuais (na posição de 31.12.2000), a vencer a
primeira parcela em 31/12/2004 e a última em 31/12/2016. O vencimento final do
financiamento será no ano de 2016; O valor da parcela anual é o resultado da divisão do
saldo devedor dividido pelo n.º de prestações a pagar.
PEDE-SE: ELABORAR O BALANÇO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCÍCIO,
COM A FORMALIDADE NECESSÁRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUÍZO,
UTILIZANDO RAZONETES;
RESPOSTAS: BALANÇO $ 963.720; LUCROS $105.644;
ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO: (2,0 pontos)
I – Ao se calcular e registrar na contabilidade os custos de uma cultura permanente, estes
custos serão registrados no ativo circulante, se forem relativos a valores de formação do
fruto e colheita em andamento;
II – a exaustão de uma cultura será contabilizada/registrada quando a cultura mantiver o
caule ou o tronco da planta, colhendo apenas as folhas e ou os frutos;
III – a conta “formação do fruto – manga” equivale, na contabilidade industrial, a conta
OBRAS EM ANDAMENTO
IV – todas as contas relativas aos custos incorporados à cultura da manga, durante a sua
fase produtiva, serão registrados no ativo circulante da empresa;
V – numa atividade agrícola, com diversas culturas em períodos de colheitas diferentes,
prevalece o ano agrícola com base em cultura permanente-cultura que proporciona mais
colheitas durante a mesma safra;
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 31 -
Com relação frases acima, podemos Assinalar que:
A – ( ) existem duas afirmações verdadeiras e entre elas, não se encontra a quarta;
B - ( ) existem três opções falsas, sendo a segunda uma delas;
C – ( ) existem quatro opções falsas e a primeira é uma delas;
D – ( ) nenhuma das afirmações são verdadeiras;
E – ( ) somente a segunda questão está correta;
G – ( ) somente a terceira e a ultima questões são falsas;
H – ( ) existe somente uma questão verdadeira, e é a primeira;
I – ( ) somente a primeira e quarta afirmações são verdadeiras;
J – ( ) nenhuma das opções acima.
RESPOSTA: H
RESOLUÇÃO CFC Nº 909, de 08.08.01
(DOU de 27.09.01)
Aprova da NBC T 10 - Dos Aspectos Contábeis específicos em entidades diversas, o item:
NBC T 10.14 - Entidades Agropecuárias.
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,
CONSIDERANDO que as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretações Técnicas constituem
corpo de doutrina contábil que estabelece regras de procedimentos técnicos a serem observadas quando da
realização de trabalhos;
CONSIDERANDO que a forma adotada de fazer uso de trabalhos de Instituições com as quais o Conselho
Federal de Contabilidade mantém relações regulares e oficiais, está de acordo com as diretrizes constantes
dessas relações;
CONSIDERANDO o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Trabalho das Normas Brasileiras de
Contabilidade, instituído pela Portaria CFC nº 10/01, bem como o intenso auxílio desempenhado pelos
profissionais que o compõe, representando além desta Entidade, o Banco Central do Brasil, a Comissão de
Valores Mobiliários, o Instituto Brasileiro de Contadores, o Instituto Nacional de Seguro Social, o Ministério
da Educação, a Secretaria da Receita Federal, a Secretaria do Tesouro Nacional, a Secretaria Federal de
Controle e a Superintendência de Seguros Privados;
CONSIDERANDO que o Grupo de Trabalho das Normas Brasileiras de Contabilidade, elaborou o item 10.14
- Entidades Agropecuárias da NBC T 10 - Dos Aspectos Contábeis Específicos em Entidades Diversas;
CONSIDERANDO a decisão da Câmara Técnica no Relatório nº 41, de 18 de julho de 2001; resolve:
Art. 1º - Aprovar a Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 10.14 -Entidades Agropecuárias.
Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor a partir da data de sua publicação.
José Serafim Abrantes
Presidente do Conselho
ANEXO
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
NBC T 10 - DOS ASPECTOS CONTÁBEIS ESPECÍFICOS EM ENTIDADES DIVERSAS
10.14 - ENTIDADES AGROPECUÁRIAS
10.14.1 - Considerações Gerais
10.14.1.1 - Esta norma estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação, de registro das variações
patrimoniais e de estruturação das demonstrações contábeis, e as informações mínimas a serem divulgadas em
notas explicativas para as entidades agropecuárias que exploram as atividades agrícolas e pecuárias, no
restante deste norma, genericamente denominadas entidades rurais.
10.14.1.2 - Entidades rurais são aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo ou da água, mediante
extração vegetal, o cultivo da terra ou da água (hidroponia) e a criação de animais.
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 32 -
10.14.1.3 - Aplicam-se às entidades rurais os Princípios Fundamentais de Contabilidade, bem como as
Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretações Técnicas e Comunicados Técnicos editados pelo
Conselho Federal de Contabilidade.
10.14.1.4 - O exercício social das entidades rurais é aquele estabelecido no seu instrumento societário e, na
ausência dele, o ano-calendário.
10.14.2 - Dos Registros Contábeis Das Entidades Rurais
10.14.2.1 - A escrituração contábil é obrigatória, devendo as receitas, custos e despesas ser contabilizados
mensalmente.
10.14.2.2 - Os registros contábeis devem evidenciar as contas de receitas, custos e despesas, segregadas por
tipo de atividades.
10.14.2.3 - Os critérios de avaliação adotados pelas entidades rurais devem fundamentar-se nos seus ciclos
operacionais.
10.14.2.4 - As perdas, parciais ou totais, decorrentes de ventos, geada, inundação, praga, granizo, seca,
tempestade e outros eventos naturais, bem como de incêndio, devem ser registradas como despesa nãooperacional do exercício.
10.14.3 - Das Demonstrações Contábeis Das Entidades Rurais
10.14.3.1 - As demonstrações contábeis das entidades devem ser elaboradas de acordo com a NBC T 3 Conceito, Conteúdo, Estrutura e Nomenclatura das Demonstrações Contábeis.
10.14.3.2 - As demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas elaboradas com
obediência à NBC T 6 - Da Divulgação das Demonstrações Contábeis e a respectiva Interpretação Técnica,
devendo conter, ainda, as seguintes informações:
a) as principais atividades operacionais desenvolvidas;
b) os investimentos em culturas permanentes e seus efeitos futuros;
c) a composição dos tipos de empréstimos, financiamentos, montante a vencer a longo
prazo, taxas, garantias e principais cláusulas contratuais restritivas, inclusive os de
arrendamento mercantil;
d) contingências existentes, com especificação de sua natureza, estimativa de valores e
situação quanto ao seu possível desfecho;
e) os efeitos no resultado decorrentes de arrendamentos e parcerias, quando relevantes;
f) os efeitos entre os valores históricos dos estoques de produtos agrícolas e o de mercado
quando este for conhecido;
g) eventos subseqüentes; e
h) a composição dos estoques quando esta não constar do balanço patrimonial.
10.14.4 - Entidades Agrícolas: Aspectos Gerais
10.14.4.1 - As entidades agrícolas são aquelas que se destinam à produção de bens, mediante o plantio,
manutenção ou tratos culturais, colheita e comercialização de produtos agrícolas.
10.14.4.2 - As culturas agrícolas dividem-se em:
a) temporárias: a que se extinguem pela colheita, sendo seguidas de um novo plantio; e
b) permanentes: aquela de duração superior a um ano ou que proporcionam mais de uma
colheita, sem a necessidade de novo plantio, recebendo somente tratos culturais no intervalo
entre as colheitas.
10.14.4.3 - O ciclo operacional é o período compreendido desde a preparação do solo, entendida esta como a
utilização de grade, arado e demais implementos agrícolas, deixando a área disponível para o plantio até a
comercialização do produto.
10.14.5 - Dos Registros Contábeis Das Entidades Agrícolas
10.14.5.1 - Os bens originários de culturas temporárias e permanentes devem ser avaliados pelo seu valor
original, por todos os custos integrantes do ciclo operacional, na medida de sua formação, incluindo os custos
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 33 -
imputáveis, direta ou indiretamente, ao produto, tais como sementes, irrigações, adubos, fungicidas,
herbicidas, inseticidas, mão-de-obra e encargos sociais, combustíveis, energia elétrica, secagens, depreciações
de prédios, máquinas e equipamentos utilizados na produção, arrendamentos de máquinas, equipamentos e
terras, seguros, serviços de terceiros, fretes e outros.
10.14.5.2 - Os custos indiretos das culturas, temporárias ou permanentes, devem ser apropriados aos
respectivos produtos.
10.14.5.3 - Os custos específicos de colheita, beneficiamento, acondicionamento, armazenagem e outros
necessários para que o produto resulte em condições de comercialização, devem ser contabilizados em conta
de Estoque de Produtos Agrícolas.
10.14.5.4 - As despesas pré-operacionais devem ser amortizadas a partir da primeira colheita. O mesmo
tratamento contábil deve ser dado às despesas pré-operacionais relativas a novas culturas, em entidade
agrícola já em atividade.
1014.5.5 - Os custos com desmatamento, destocamento, correção do solo e outras melhorias para propiciar o
desenvolvimento das culturas agrícolas que beneficiarão mais de uma safra devem ser contabilizados pelo seu
valor original, no Ativo Diferido, como encargo das culturas agrícolas desenvolvidas na área, deduzidas as
receitas líquidas obtidas com a venda dos produtos oriundos do desmatamento ou destocamento.
10.14.5.6 - A exaustão dos componentes do Ativo Imobilizado relativos às culturas permanentes, formado por
todos os custos ocorridos até o período imediatamente anterior ao início da primeira colheita, tais como
preparação da terra, mudas ou sementes, mão-de-obra, etc., deve ser calculada com base na expectativa de
colheitas, de sua produtividade ou de sua vida útil, a partir da primeira colheita.
10.14.5.7 - Os custos incorridos que aumentem a vida útil da cultura permanente devem ser adicionados aos
valores imobilizados.
10.14.5.8 - As perdas correspondentes à frustração ou ao retardamento da safra agrícola devem ser
contabilizadas como despesa operacional.
10.14.5.9 - Os ganhos decorrentes da avaliação de estoques do produto pelo valor de mercado, em
conformidade com a NBC T 4 - Da Avaliação Patrimonial, item 4.2.3.4, devem ser contabilizados como
receita operacional, em cada exercício social.
10.14.5.10 - Os custos de produção agrícola devem ser classificados no Ativo da entidade, segundo a
expectativa de realização:
a) no Ativo Circulante, os custos com os estoques de produtos agrícolas e com tratos
culturais ou de safra necessários para a colheita no exercício seguinte; e
b) no Ativo Permanente Imobilizado, os custos que beneficiarão mais de um exercício.
10.14.6 - Entidades Pecuárias: Aspectos Gerais
10.14.6.1 - As Entidades Pecuárias são aquelas que se dedicam à cria, recria e engorda de animais para fins
comerciais.
10.14.6.2 - As atividades das Entidades Pecuárias alcançam desde a inseminação, ou nascimento, ou compra,
até a comercialização, dividindo-se em:
a) cria e recria de animais para comercialização de matrizes;
b) cria, recria ou compra de animais para engorda e comercialização;e
c) cria, recria ou compra de animais para comercialização de seus produtos derivados, tais
como: leites, ovos, mel, sêmen, etc.
10.14.6.3 - O ciclo operacional é o período compreendido desde a inseminação, ou nascimento, ou compra,
até a comercialização.
10.14.7 - Dos Registros Contábeis Das Entidades Pecuárias
10.14.7.1 - Os animais originários da cria ou da compra para recria ou engorda são avaliados pelo seu valor
original, na medida de sua formação, incluindo todos os custos gerados no ciclo operacional, imputáveis,
direta ou indiretamente, tais como: rações, medicamentos, inseticidas, mão-de-obra e encargos sociais,
combustíveis, energia elétrica, depreciações de prédios, máquinas e equipamentos utilizados na produção,
arrendamentos de máquinas, equipamentos ou terras, seguros, serviços de terceiros, fretes e outros.
10.14.7.2 - As despesas pré-operacionais devem ser amortizadas à medida que o ciclo operacional avança em
relação à criação dos animais ou à produção de seus derivados.
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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10.14.7.3 - Nas atividades de criação de animais, os componentes patrimoniais devem ser avaliados como
segue:
a) o nascimento de animais, conforme o custo acumulado do período, dividido pelo número
de animais nascidos;
b) os custos com os animais devem ser agregados ao valor original à medida que são
incorridos, de acordo com as diversas fases de crescimento; e
c) os estoques de animais devem ser avaliados segundo a sua idade e qualidade.
10.14.7.4 - Os animais destinados à reprodução ou à produção de derivados, quando deixarem de ser
utilizados para tais finalidades, devem ter seus valores transferidos para as Contas de Estoque, no Ativo
Circulante, pelo seu valor contábil unitário.
10.14.7.5 - As perdas por morte natural, devem ser contabilizadas como despesa operacional, por decorrentes
de risco inerente à atividade.
10.14.7.6 - Os ganhos decorrentes da avaliação de estoques do produto pelo valor de mercado, em
conformidade com a NBC T 4 - Da Avaliação Patrimonial, item 4.2.3.4, devem ser contabilizados como
receita operacional, em cada exercício social.
10.14.7.7 - Os custos com a atividade de criação de animais devem ser classificados no Ativo da entidade,
segundo a expectativa de realização:
a) no Ativo Circulante, os custos com os estoques dos animais destinados a descarte,
engorda e comercialização até o final do próximo exercício; e
b) no Ativo Permanente Imobilizado, os custos com os animais destinados à reprodução ou
à produção de derivados.
Ata CFC nº817
Procs. CFC ns 40/01 e 42/01
AMORTIZAÇÕES, DEPRECIAÇÕES, EXAUSTÕES
E REINTEGRAÇÃO FUNCIONAL DOS CAPITAIS
Antônio Lopes de Sá
A tradição de matematicamente determinar-se as tabelas de
amortizações, depreciações e exaustões entendemos como
inadequada. A evolução conceptual e a doutrina do
neopatrimonialismo contábil consagram hoje outros
aspectos sob os quais a matéria deve ser considerada.
NATUREZA DO CAPITAL
Por natureza o capital se movimenta para a consecução do seu objetivo fundamental e que é
o de crescer.
O movimento gera a transformação, ou seja, a modificação constante, quer em
decorrência da ação dos agentes internos (administração e pessoal), quer daqueles externos
(mercado, sociedade, tecnologia, política ecologia etc.).
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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A transformação implica na anulação total ou parcial de um estado patrimonial anterior.
Estas premissas, rigorosamente lógicas, são as que alicerçam as convicções de que o capital
deve ser enfocado, por natureza, como um objeto em permanente mutação.
Isto porque cada momento apresenta um capital modificado, ou seja, um estado diferente
do que anteriormente, no tempo, possuía.
A constância de mutações é a que constitui a “dinâmica patrimonial”.
Uma prodigiosa sucessão de estados é a que na realidade caracteriza a natureza do
capital.
A finalidade de “ponta” é a da remuneração pelo lucro e esta a necessidade maiúscula da
vida empresarial.
FUNÇÃO COMO AGENTE TRANSFORMADOR
As mutações se operam pela ação de agentes transformadores da riqueza (internos e
externos como foi referido), mas, visando a satisfação da necessidade de cada momento.
Parece ser uma verdade essencial, pois, com aspecto de teorema, que:
Modificadas as qualidades dos agentes das riquezas modificam-se
as qualidades das funções dos meios patrimoniais e também
aquelas das eficácias.
Isto porque a função de um elemento patrimonial depende do que a promove.
Um capital de igual valor, constituído em uma mesma época, com os mesmos meios
patrimoniais, pode apresentar resultado positivo em uma empresa e negativo em outra,
ainda que do mesmo ramo, tudo dependendo da “qualidade dos agentes que atuam sobre a
riqueza”.
Como é a função que promove a transformação do capital, a anulação de estados anteriores
sempre será uma variável dependente daquela.
Logo, parece-nos falacioso admitir que modelos imutáveis de comportamentos sejam
válidos para quaisquer momentos.
Tal consideração deve-se ter em conta para todos os fenômenos patrimoniais, inclusive e
especialmente até para os de reintegração do capital.
A FORÇA FUNCIONAL
Entende-se como função o exercício de um componente patrimonial, ou seja, o movimento
do mesmo.
O poder da função é aquele que enseja a eficácia, ou seja, a satisfação plena da necessidade.
Uma empresa precisa, pois, manter-se capacitada a exercer funções eficazes e é
fundamentado em tal princípio que existe a preocupação de uma permanente recomposição
de “forças perdidas”.
A capacidade de um meio patrimonial está na sua “qualidade intrínseca”, mas, também,
condiciona-se ao que lhe enseja o “poder do entorno”, ou seja, ao que recebe como
influência do meio em que está contido.
A força funcional, portanto, não depende apenas do estado físico do bem, mas, sim,
especialmente, do que ele tem capacidade em produzir a utilidade.
Isto porque a utilidade é algo variável em face das necessidades de cada momento.
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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O que se deve medir perante a eficácia não é se um meio patrimonial é novo ou não, mas,
sim, o que ele pode render em face da realidade do mercado, do estado político e social, do
ambiente etc. conforme o que de pertinente se fizer exigível.
Um computador 386 pode estar novo, mas, jamais renderá a utilidade de um Pentium V.
REINTEGRAÇÃO FUNCIONAL
Reintegrar o capital é recuperar a força funcional que vai perdendo pela utilidade que presta
ou pelos efeitos ambientais (pessoal, mercado, legislação, ecologia etc.) que ele sofre.
Tradicionalmente a preocupação centrou-se em imaginar a reintegração do usado através de
“quotas de amortização”, de “depreciação” ou “exaustão” (conforme fosse o caso).
Entendeu-se que tais quotas eram devidas a “perda de valor” e que este necessitava ser
recomposto.
Recuperar o investido, para obter a utilidade, sugeriu que se constituíssem parcelas de
compensação das perdas pelo uso, ao longo do tempo, extraindo-se das receitas um valor
suficiente, para que a empresa pudesse continuar a funcionar.
A concepção predominante era a de que a questão centrava-se apenas em valores de
patrimônio.
Deixou-se, inclusive, de considerar outros elementos e que deveras influem,
determinantemente, sobre a capacidade funcional, como a qualidade técnica, a capacidade
produtiva, a conveniência de custos etc.
Comprovam a nossa interpretação as elaborações matemáticas, de tantos rigores, geratrizes
de “tabelas” de sofisticados cálculos.
Critérios de determinações de taxas crescentes, decrescentes, variáveis, horizontais, em
suma uma variedade de opções passou a ser apresentada.
Mesmo os clássicos de nossa doutrina muito se dedicaram a tais minúcias, como Fábio
Besta em sua “La Ragioneria”.
Como reintegrar o capital passou a ter uma ótica doutrinária centrada apenas em uma
estática posição daquele.
O fato sugeriu a formação de “Fundos de Reintegração” (Amortização, Depreciação e
Exaustão) com o fundamento de “recuperar o que um capital diminuiu em valor” pelo uso
dos meios patrimoniais, ou seja, com a intenção de reaver investimentos em meios de
produção ou uso.
Preocupou-se essencialmente com o “retorno do Investimento”, como valor, com a
reposição “financeira”.
PRIMEIRAS REAÇÕES
REINTEGRAÇÃO
AOS
CONCEITOS
TRADICIONAIS
SOBRE
A
A modificação dos conceitos tradicionais estampa-se na revolução do pensamento contábil
que se operou há mais de um século através de Giovanni Rossi (fim do século XIX) e de
Alberto Ceccherelli (primeira metade do século XX), embora esses expoentes de nossa
cultura fossem de correntes científicas diferentes (este aziendalista e aquele personalista),
seguida por muitos autores e inclusive pelos mais modernos, como Mário Biondi (para nos
referirmos a um só, mas brilhante exemplo).
Em sua obra “Istituzioni di Ragioneria” (identificada na bibliografia) Ceccherelli deixa
claro que os estudos dos fatos patrimoniais devem ser observados sob a ótica das
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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necessidades do homem em cada empreendimento e que estas são essencialmente
dinâmicas ou mutáveis.
Lecionou o mestre que os investimentos em capital fixo são os que preocupam e que por se
destinarem a utilizações devem também gerar meios que ensejem as suas recuperações.
Comungou tal pensamento, criticando os rigores das tabelas de reintegração, o emérito
Prof. Gino Zappa, lecionando:
O conceito tão difundido sobre uma validade justa, exata, das
amortizações, que deveriam corresponder aos fins para os quais se
computam as mesmas, é lógica e praticamente uma falta de bom
senso. Não fazem sentidos todos aqueles procedimentos aritméticos
que se aceitam como uma predeterminação de medidas invariáveis
a imputar-se em uma série de exercícios consecutivos, sob o frágil
fundamento de dados, limites de tempo...”(página 523 da obra
identificada na bibliografia)”.
Reclamou ainda o emérito cientista uma amplitude maior sobre o conceito de reintegração,
ou seja, não a entendeu apenas limitada aos meios de produção, mas, sim a todo o capital
em movimento (página 526 da obra identificada na bibliografia).
Referiu-se ainda a depreciação acelerada (que denominou extraordinária) como um meio de
proteção e de chamada à realidade com relação aos muitos riscos que suporta o capital e
defendeu tal necessidade diante de ameaças dos entornos, especialmente as do mercado
(página 526).
O
CONCEITO
NEOPATRIMONIALISTA
REINTEGRAÇÕES DO CAPITAL
CONTABIL
SOBRE
AS
Os conceitos modernos do nosso neopatrimonialismo contábil se derivam do acervo
cultural recebido dos grandes mestres.
Trata-se de uma corrente cientifica que não se ergueu sobre a anulação do que existiu, mas,
sim, buscou um progresso alicerçado sobre o que foi conquistado anteriormente pelos
cientistas da Contabilidade (merecedores de todo o respeito e gratidão).
De acordo com a Teoria das Funções Sistemáticas (que alicerça a corrente referida) são
fundamentos axiomáticos: o movimento, a transformação e a função patrimonial, esta
como instrumento para a obtenção da eficácia e que se traduz na satisfação das
necessidades das empresas e das instituições (que são células sociais).
Obviamente, pois, o que se deve preservar, segundo tal ótica, é o poder funcional, ou seja, a
plenitude de uma utilização eficaz dos meios patrimoniais.
Não é, portanto, o desgaste físico, nem o tempo, em si os que determinam o que recuperar,
mas, sim o “poder de ser eficaz”.
Não se trata de receber de volta investimentos, mas, sim, a força competente para promover
a “satisfação do necessário”.
Esta a preocupação que deve gerir a produção de quotas de reintegração, quer seja a de
depreciação (meios patrimoniais de uso, materiais), quer a de amortização (meios
patrimoniais imateriais e que também se usam) ou de exaustão (meios patrimoniais
materiais naturais que se esgotam).
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 38 -
Se, por hipótese, uma empresa possui mina de certo material e se este perde ou tem
reduzido sensivelmente o índice da procura do mesmo no mercado, em razão de representar
produto superado, de pouco vale um cálculo de exaustão estimado na capacidade física da
jazida, se esta não mais trará utilidade.
No caso, ao verificar a tendência na procura do produto e o regime na oferta de alternativas,
o útil não será imaginar a capacidade do que existe para ser extraído, mas, sim, o que
deveras poderá ser vendido e que motivaria a extração.
A reintegração na doutrina neopatrimonialista tem por base, pois, o “funcional”, ou seja, o
útil. A receita (vendas) precisa, como fonte que traz recursos, ser competente para
acompanhar a manutenção da força do capital.
Quando as margens dos preços não permitem a inserção daquelas de recuperação, outras
origens de suprimento devem ser procuradas para que não ocorra o definhamento.
As taxas usuais de depreciação, amortização e exaustão e que são consagradas e sugeridas
pelos procedimentos fazendários podem, se aplicadas, sob determinadas circunstâncias,
provocar sérios distúrbios na vida empresarial.
A lei, todavia, é elástica e a empresa que comprovadamente evidenciar necessidades pode
alterar os padrões, mas, terá que os justificar.
O socorro das orientações científicas, entretanto, pode ser feito à empresa no sentido de que
os Fundos de Reintegração se constituam com a maior adequação.
A doutrina neopatrimonialista, no caso, com as suas orientações lógicas, apresenta um
poderoso método de orientação, sugerindo que as reintegrações sejam compatíveis com os
níveis das necessidades, ou ainda, de funções eficazes.
Isto equivale a entender que não adiantam tabelas matematicamente e sofisticadamente
elaboradas se não se tem por parâmetro a realidade funcional.
BIBLIOGRAFIA
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in “Anales”, edição da Real Academia de Ciencias Economicas y Financieras, Barcelona,
1995
ANJOS , António José dos - Considerações sobre a valorimetria dos activos imobilizados,
em Jornal de Contabilidade, no. 247 , Lisboa, outubro de 1997
CECCHERELLI, Alberto - Istituzioni di Ragioneria, 8a. Edição, editor Felice Le
Monnnier, Florença, 1955
CORTICELLI, Renzo - L’obsolescenza degli impianti, riflessi sulle condizioni di equilibrio
delle aziende, 2°. edição Giuffré, Milão, 1983
ESTRADA, Santiago N. – La amortización de los activos fijos en la teoria contable,
editorial Inca, Mendoza, 1985
FERREIRA, Rogério Fernandes - Pensar a gestão, edição Fim de século, Lisboa, 1993
HERCKERT, Werno – O patrimônio e as influências ambientais, impressão MEGAS,
Horizontina, dezembro de 1999
OLIVEIRA, Camilo Cimourdain - Qüinquagésimo ano - Reintegrações versus
Amortizações, in Revista de Contabilidade e Comércio, nº 209, Porto, março de 1996
PODDIGHE, Francesco - La manutenzioni degli impianti, ed. Vallerini, Pisa, 1979
SÁ, Antônio Lopes de - Inercia, ociosidad, obsolescencia e ineficacia del capital, Boletim
n. 134, Colegio de Graduados en Ciencias Económicas, Rosário, Janeiro de 1998
ZAPPA, Gino – Il reddito di impresa, 2a. Edição, editor Giuffré, Milão, 1946
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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FACAPE – 2008.2 - CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS –
PROF. WALDENIR S. F. BRITTO
CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA
CUSTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
O conhecimento do comportamento dos custos é essencial para um efetivo
controle da empresa rural e para o processo de tomada de decisão do administrador rural. A
sua determinação ajuda, como elemento auxiliar de sua administração, na escolha das
culturas, criações e práticas a serem utilizadas, além de servir para a análise da
rentabilidade dos recursos empregados na atividade produtiva.
O levantamento dos custos de produção de cada atividade do negócio agrícola dá
condições para que os agricultores enfrentem os mercados mais conscientes e ajuda-os na
verificação de sua posição em relação aos preços de mercados.
Os dados de custos, podem ainda, ser utilizados como subsídio para o governo e
entidade de classe na formulação de sua política agrícola. Essa política pode se referir à
fixação de preços para efeito de tabelamento, ao cálculo das necessidades de crédito, à
orientação dos trabalhos de assistências técnica à produção, à fixação de preços mínimos
etc.
A determinação e a avaliação dos custos são cercadas de muitas dificuldades, além
de apresentar elevado grau de subjetividade. Essas dizem respeito à avaliação correta de
bens produtivos, avaliação de vida útil dos bens, preços de insumos e serviços,
principalmente em razão da inflação e dos parâmetros a serem considerados como termo de
comparação para o retorno do capital e trabalho, entre outros.
Pretende-se discutir, nos itens que se seguem, uma metodologia para determinar os
custos de produção dos produtos agropecuários, numa forma que permita adaptações e
ajustamentos às condições específicas de cada atividade e unidade de produção,
prevalecendo, no entanto, as dificuldades apontadas anteriormente.
DETERMINAÇÃO DOS CUSTOS – METODOLOGIA
As próprias características inerentes aos vários tipos dos recursos produtivos na
empresa rural requerem metodologias diferenciadas para a sua estimativa.
O valor correspondente aos gastos com todo o capital circulante utilizado na
produção de determinado produto deve ser recuperado plenamente pelo próprio produto
que ajudou a produzir, ao passo que o valor do capital estável da empresa deve ser
recuperado em várias frações, uma vez que ele participa em sucessivas operações.
Essa situação impõe uma necessidade prática de se terem metodologias de cálculo
de custos diferenciadas e para diferentes tipos de capital da empresa. Merece, ainda, ser
destacada a necessidade de a empresa possuir um sistema de registros, para facilitar a
determinação dos seus custos de produção.
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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CUSTO DE OPORTUNIDADE
Segundo Atkinson et all (2000. pg 365) 1 Custo de oportunidade é a “quantia de
lucro perdido quando a oportunidade proporcionada por uma alternativa é sacrificada
pela escolha de outra”. Já para Horngren et all (2000.pg 277)2 o custo de oportunidade
“é a contribuição para o lucro de que se abre mão pela não utilização de um recurso
limitado na sua melhor opção de uso.” Ou ainda, “a contribuição máxima disponível para
o lucro a que se renuncia (rejeitado), por não se empregar um recurso limitado na sua
melhor opção de uso” . Uma outra opinião podemos ter com a de Maher (2001 pg 65)3,
que define como “o beneficio perdido pela não aplicação de recursos na melhor
alternativa seguinte” .
CUSTO DO USO DA TERRA
Quando a terra utilizada no processo produtivo de dado produto é alugada ou
arrendada, não se tem nenhuma dificuldade na determinação do custo, pois esse é o
equivalente ao desembolso feito pela empresa para sua exploração. Todavia, se a terra é
própria, a determinação do seu custo deve considerar o seu custo de oportunidade.
Dois critérios são, normalmente, utilizados para determinar este custo:
a) o valor do arrendamento;
b) o valor de mercado.
O valor do arrendamento ( aluguel ) é um dos critérios utilizados, obviamente
quando se tem esta informação na região, por apresentar de forma mais aproximada, os
custo de oportunidade.
O valor de mercado consiste em determinar, com base no mercado, o valor de
venda da terra. Multiplica-se esse valor por uma taxa de juro alternativa. Com isso se tem
uma estimativa de quanto o produtor deixou de receber se aplicasse o dinheiro da venda da
terra em outra atividade.
O único custo atribuível ao uso da terra é o seu próprio custo de oportunidade.
Deve-se ressaltar que as dificuldades existentes na operacionalização dos custos
mão impedem a sua determinação, mas realçam a necessidade de o administrador procurar
formas ou informações adequadas aos objetivos que tem em mente ou, até mesmo,
estabelecer critérios ou hipóteses alternativos que lhe permita alcançar o objetivo desejado.
CUSTO ASSOCIADO AO CAPITAL ESTÁVEL.
Mostrou-se que o capital estável engloba os bens de produção duradouros, capazes
de prestar serviços em vários atos produtivos. Benfeitorias, máquinas, animais de produção
e de trabalho são exemplos de capital estável na agricultura.
1
ATKINSON et all. Anthony A. Contabilidade gerencial. . Ed. Atlas. São Paulo. 2000.
HORNGREN, et all. Charles T. Contabilidade de Custos. LTC Editora. 9.a. ed. Rio de Janeiro. 2000.
3
MAHER,Michael. Contabilidade de Custos. Editora Atlas. São Paulo. 2001.
2
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 41 -
A disponibilidade de capital estável implica os seguintes custos:
. depreciação;
. juros;
.conservação e manutenção.
A depreciação e os juros são considerados como custos fixos, isto é, não variam
com a intensidade de uso do capital, enquanto conservação e manutenção são variáveis,
visto que apresentam magnitudes proporcionais às intensidades proporcionais de uso. Essa
classificação, apesar de apresentar limitações e não ser muito rígida, é bem aceita para
avaliação dos custos associados ao capital estável na agricultura.
DEPRECIAÇÃO
Depreciação é um custo não monetário, para refletir a perda do valor de um bem
com a idade, o uso e obsolescência. Também é um procedimento contábil, para gerar
fundos necessários para a substituição do capital investido em vens produtivos de longa
duração. Teoricamente a depreciação representa o custo de produção de um fator durável
por unidade de tempo. Mede o retorno do capital empatado ou, alternativamente, o fluxo de
serviços do fator durável que entra no processo produtivo naquele período de produção.
Alguns métodos para o cálculo da depreciação são:
1 – método linear ou cotas fixas;
2 – método dos saldos decrescentes ou porcentagem anual constante;
3 - método da soma dos números naturais ou soma dos dígitos.
Ressalta-se que a conveniência de determinado método para uma empresa
particular depende de sua situação financeira, em cada período contábil, e do objetivo que
se tem com a distribuição do custo. Outro ponto importante a lembrar é que a empresa
necessita de um sistema de contabilidade adequado para se Ter os valores do patrimônio.
Será admitido, nos valores adiante, que o valor básico a ser depreciado seja o
preço de compra.
1 – MÉTODO LINEAR OU COTAS FIXAS
esse método determina o valor anual de depreciação, utilizando a seguinte
fórmula:
d.a. = Vi – Vf
T
Em que
d.a. = depreciação anual;
Vi = valor inicial ou base depreciável;
Vf = valor final ou residual
T= vida útil.
Ou
Da = ( Vi – Vf) r
Em que “ r ” é a taxa de depreciação e é igual a 100/T
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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O valor residual é o valor de sucata.
Exemplo:
Considere uma máquina com o valor inicial de R$ 25.000,00, valor final de R$
2.500,00 e vida útil de 5 anos.
Usando a fórmula:
Da = 25.000, - 2.500
5
ANO
1
2
3
4
5
TOTAL
= 4.500,
METODO LINEAR
DEPRECIAÇÃO (R$)
VALOR RESIDUAL (R$)
4.500
20.500
4.500
16.000
4.500
11.500
4.500
7.000
4.500
2.500
22.500
-
Observe que o valor da depreciação é o mesmo em todos os anos e que o valor
residual do último ano é exatamente os R$ 2.500,00 inicialmente estipulado.
2 – MÉTODO DOS SALDOS DECRESCENTES OU DA PORCENTAGEM
ANUAL CONSTANTE
Esse método usa uma taxa constante de depreciação aplicada sobre o valor
residual do ano anterior. Como o valor residual decresce e a taxa é a mesma, o valor da
depreciação tende a ser decrescente.
As seguintes fórmulas podem ser usadas:
Da = V.R x R
Em que
Da = depreciação anual
V.R. = valor a recuperar no início do ano
R = taxa de depreciação.
Na prática, o valor de R é calculado por
T
(I)
R=1-
Vf
Vi
OU
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
(II) R = 2 r
- 43 -
( T, Vf, Vi , r como definidos anteriormente)
considerando os valores do exemplo anterior:
5
(I)
R=1-
2.500
25.000
R = 0,37
O valor da depreciação de cada ano será
Ano 1 :
Ano 2 :
Ano 3 :
Ano 4 :
Ano 5 :
da = ( 25000 – 0) x 0,37 =
9.250,00
da = ( 25000 – 9.250,00) x 0,37 = 5.827,50
da = ( 25000 – 15.077,50) x 0,37 = 3.671,32
da = ( 25000 – 18.748,82) x 0,37 = 2.312,93
da = ( 25000 – 21.061,75) x 0,37 = 1.457,15
METODO DOS SALDOS DECRESCENTES
ANO
DEPRECIAÇÃO (R$)
VALOR RESIDUAL (R$)
1
9.250,00
15.750,00
2
5.827,50
9.922,50
3
3.671,32
6.251,18
4
2.312,93
3.938,25
5
1.457,15
2.481,10
TOTAL
22.519,08
3 – MÉTODOS DA SOMA DOS NÚMEROS NATURAIS OU SOMA DOS
DÍGITOS
por este método o valor da depreciação anual de um bem é:
da = t.d. ( Vi – Vf)
em que t.d. é a taxa de depreciação , calculada considerando no numerador o
número de anos de duração do bem, a partir do ano cuja depreciação está sendo calculada e
o denominador, o valor de S, que é igual a
S = T ( T + 1)
2
ou seja:
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- 44 -
td = n.º de anos de duração que o bem ainda terá
S
Nesse método, a taxa de depreciação é decrescente.
Mas essa taxa se aplica sempre ao mesmo valor ( Vi
– Vf), fazendo com que o valor da depreciação anual
seja também decrescente.
Considerando os dados anteriores:
S = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
1 ano: da = ( 25.000 – 2.500) x 5/15
2 ano: da = ( 25.000 – 2.500) x 4/15
3 ano: da = ( 25.000 – 2.500) x 3/15
4 ano: da = ( 25.000 – 2.500) x 2/15
5 ano: da = ( 25.000 – 2.500) x 1/15
= 7.500,
= 6.000,
= 4.500,
= 3.000,
= 1.500,
METODO DA SOMA DOS NÚMEROS NATURAIS
ANO
DEPRECIAÇÃO (R$)
VALOR RESIDUAL (R$)
1
7.500
17.500
2
6.000
11.500
3
4.500
7.000
4
3.000
4.000
5
1.500
2.500
TOTAL
22.500
-
JUROS SOBRE O CAPITAL EMPATADO
O investimento em um capital estável impossibilita que o administrador o faça em
outra alternativa. O capital estável tem um custo de oportunidade que precisa ser
considerado como parte de seu custo total.
O componente juros do custo fixo anual do capital estável é calculado utilizando a
seguinte equação:
J =
Vi + Vf
2
x i
onde:
J = custo anual referente ao juro
Vi = valor inicial do capital
Vf = valor final do capital
i = taxa de juros alternativa
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Uma vez que o valor do capital estável diminui com o passar do tempo e a
depreciação está também sendo considerada, o valor médio entre o valor inicial e final é
considerado para determinar o valor do juro, dando uma aproximação do montante total que
ficou empatado durante a vida útil do bem. Esse valor, multiplicado por uma taxa de juros
alternativa, dá uma estimativa de quanto o agricultor deixou de receber, em média, por
ano, ao empregar seus recursos na empresa.
CUSTO DE CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DO CAPITAL
É o custo anual necessário para manter o bem de capital em condições de uso. As
grandes reparações que têm por finalidade reconstituir o bem de capital, no todo ou em
parte, representam um acréscimo de valor ao capital, não devendo, por isso, ser
consideradas como despesas do exercício, mas sim como despesas relativas a todos os
períodos da vida útil do capital. As reparações ordinárias, por sua vez, representam
despesas do exercício.
Os gastos de conservação e de manutenção, geralmente são considerados como
custos variáveis associados ao capital estável, por terem relação direta com a intensidade de
uso, apesar de os objetos não utilizados requererem gastos de conservação.
CUSTO DO CAPITAL CIRCULANTE
O uso do capital circulante implica a incidência de dois custos variáveis: custo de
aquisição e juros sobre o capital empatado. O seu cálculo não oferece qualquer complicação
metodológica. Pois seu valor deverá ser totalmente compensado pelo próprio produto que
ajudou a criar.
Os juros sobre o capital empatado devem se calculados, considerando-se a época
de uso do insumo, sendo portanto, proporcional ao tempo em que o capital ficou empatado,
em relação à obtenção do produto.
CUSTO DA MÃO DE OBRA
Tal como o item anterior, a determinação do custo da mão de obra na agricultura
não oferece dificuldades metodológicas. Representa o próprio salário pago pela empresa na
caso de mão de obra contratada, ou seja, custo de oportunidade. De modo geral, usa-se
preço de mercado para a mão de obra familiar.
As anotações dos dias de trabalho são indispensáveis, para determinar os custos
anuais referentes a esse fator de produção.
Na agricultura, é comum expressar o trabalho humano por meio de anuidade
padrão, conhecida como dia-homem, ou d-h.
Um dia homem representa em média, 8 horas de trabalho de um homem.
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QUADRO RESUMO
RECURSOS
CUSTOS
1 – terra
CLASSE
FIXO VAR
C. oportunidade A
2 – capital estável
Depreciação
B
C. oportunidade C
3 – capital circulante
4 – mão de obra
5 – impostos
Manutenção e
conservação
Valor
dos
insumos
D
C. oportunidade
Temporária
Permanente
H
Ad-valorem
Fixos
J
F
G
6 – transportes
E
I
L
FÓRMULA
A = Vm X i ou
arrendamento
Vi – Vf
T
Vi + Vf x i
2
Valor pago
Valor pago
valor proporcional ao tempo
em que o capital ficou
empatado
Salários pagos
Salários pagos
Valor pago
Valor pago
Valor pago
OPERACIONALIZAÇÃO DOS CONCEITOS DE CUSTOS DE PRODUÇÃO
1 – Custo variável total ( CVT)
CVT = D +E + F + G + I + L
2 – Custo fixo total ( CFT)
CFT = A + B + C + H + J
3 – custo total ( CT)
CT = CFT + CVT
4 – Custo operacional de produção
COP = B + D + E + G + H + I + J + L
5 - Renda Bruta = Preço X quantidade produzida
6 – Renda Bruta Total (RBT) – Custo total = Renda Liquida total (RLT)
7– Custo Operacional Total
COT = CT – custos de oportunidade
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As medidas de custos totais quando divididas pela quantidade total produzida geram as
medidas de custos unitários.
PONTO DE EQUILÍBRIO OU NIVELAMENTO
Conhecendo o custo fixo, a remuneração do capital, o custo variável médio ou
unitário e o preço médio do produto no mercado, determina-se o ponto de equilíbrio para a
exploração, ou seja, a quantidade física de produção que deveria ser produzida, para que o
valor dela fosse igual ao total de custos.
Fórmula:
Q = CFT + RCT
P - CVM
Onde
Q = quantidade produzida; Cf = custo fixo; RC = remuneração do capital total;
P = preço unitário da mercadoria; CMV = custo variável médio ou unitário
MARGEM BRUTA
Contabilidade de Custos)
(=margem
de
contribuição,
para
a
É uma medida de resultado econômico que poderá ser usada quando o produtor
apresentar os recursos disponíveis ( terra, capital e trabalho) e necessitar tomar decisões
sobre como utilizar, eficazmente esses fatores de produção.
A margem bruta (margem de contribuição) é o resultado do valor da produção obtida na
exploração considerada, menos os custos variáveis atribuídos a essa exploração,
considerando o ciclo da cultura, ano agrícola ou ano civil.
Por valor da produção entende-se dar o devido valor a toda a produção oriunda da
exploração considerada. Considerar por exemplo,
os produtos consumidos pelo
proprietário e sua família e empregados, valor da diferença do inventário, produtos usados
em outras explorações etc.
Normalmente, o produtor tem boa noção dos gastos que teve com a exploração e
do valor de produção. Com esses elementos ele chega a um resultado que lhe permitirá
visualizar a economicidade de suas explorações.
Já os resultados obtidos, analisados em hectare ou unidade-animal, servem
(observados certos cuidados), para comparar as explorações, visando, com o decorrer dos
anos, a aproximar-se de uma combinação ideal de exploração.
Para que a margem bruta seja confiável e, ao mesmo tempo, permita ao produtor
fazer a melhor combinação de suas explorações, nas condições da propriedade, é
importante que ele faça os registros de despesas e de receitas. Mais uma vez, é destacado a
importância da contabilidade para o processo de tomada de decisões.
Utilizando o conceito de MB podem-se tirar, também, algumas conclusões, tais
como:
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a) RBT superior aos custos variáveis significa que a exploração está se
remunerando e sobreviverá pelo menos no curto prazo ( MBT>0). Para
conclusões a longo prazo, há necessidade de determinar, além dos custos
variáveis, os custos fixos;
b) RBT inferior aos custos variáveis significa que a exploração está
antieconômica (MBT<0). No curto prazo, se o produtor abandonar essa
exploração, estará minimizando seus prejuízos, pois ficará sujeito apenas aos
custos fixos que continuarão a existir.
Alguns cuidados deverão ser observados, antes de se decidir pela defasagem de
uma exploração. É importante verificar a composição de custos e índices tecnológicos, bem
como observar se há possibilidade de melhor remanejamento dos fatores de produção e
técnicas que poderão permitir minimizar custos e, ou, aumentar a produtividade.
RENDA LÍQUIDA OPERACIONAL
A renda liquida operacional é definida como sendo a diferença entre a Renda
Bruta total e os custos operacionais.
Rlop = RBT – COPeracionais
A renda Líquida Operacional constitui a remuneração aos fatores fixos de
produção da empresa: capital e mão de obra da família e do administrador.
RENDA LÍQUIDA TOTAL OU MARGEM LÍQUIDA
A renda líquida total é representada pela diferença entre a Renda Bruta Total e
os Custos Totais.
RLT = RBT – CT
Este indicador é um das mais importantes para a análise econômica da empresa.
Todavia, torna-se difícil inferir, por meio dele, se houve ou não prejuízo financeiro no
processo produtivo. As análises feitas são comparativas ao retorno que se obteria com o
capital aplicado em outras atividades e opções, uma vez que o custo total engloba os custos
de oportunidade de capital. Esse é aliás, o próprio sentido da análise econômica e que a
diferencia da análise financeira ou contábil. Não obstante, essa análise pode ser
complementada por outros indicadores.
A análise de Renda Líquida Total permite chegar às seguintes conclusões:
a) se a RLT da exploração for positiva, pode-se concluir que a exploração é
estável e com possibilidade de expansão ( lucro super normal);
b) se o valor da produção das explorações for igual ao total de custos, ou seja,
RLT = a zero, a propriedade estará no ponto de equilíbrio e em condições de
refazer, a longo prazo, seu capital fixo ( lucro normal);
c) se a RTL for negativa, mas em condições de suportar os custos variáveis
(MB>0), pode-se concluir que o produtor poderá continuar produzindo por
determinado período, embora com um problema crescente de descapitalização
( prejuízo econômico).
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Para fazer o estudo da RLT é imprescindível que o produtor mantenha atualizados
seus controles e registros, tais como registros contábeis, inventários etc.
EXERCÍCIOS:
1 - A empresa agrícola LOTE BONITO Ltda. apresentou os seguintes dados em
suas atividades produtivas, para o plantio de 50 ha de melão, com produção total de 750
ton. Considere que o período de tempo do preparo do solo à venda seja de 3 meses e que a
taxa real de juros seja de 2% ao mês. Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:
INSUMOS/SERVIÇOS
UNID
ÉPOCA
.
DIV MAR
DIV ABR
DIV MAIO
VALORES
TOTAIS – R$
51.350,00
23.950,00
4.500,00
79.800,00
. insumos/preparo do solo
. plantio / tratos culturais
Colheita
Total
OBS:
1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa;
Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA:
Item
Trator + implementos
Cerca com 9 fios
Galpão
Terra
Dados do capital
Valor R$
Vida útilanos
15.000
10
5.000
10
12.000
20
100.000
-
Uso
Melão
outras
250 horas
300 horas
Toda a propriedade
2 meses
6 meses
3 meses
9 meses
Com base nesses dados, estime:
CUSTOS TOTAIS ( de produção)
a) CVT
b) CFT
c) CT
d) COP
CUSTOS UNITÁRIOS
A) CVM
b) CFM
C) CTM
D) COP médio
a) Calcule os custos sobre a produção do melão e b) como se o melão fosse a única
produção agrícola da empresa durante todo o ano.
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02 - A empresa agrícola Novos Horizontes Ltda. apresentou os seguintes dados em
suas atividades produtivas, para o plantio de 100 ha de milho, com produção total de 7.000
sc. Considere que o período de tempo do preparo do solo à venda seja de 10 meses e que a
taxa real de juros seja de 2% ao mês.
Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:
INSUMOS/SERVIÇOS
. picagem
. aração
. gradagem
. conservação
. plantio + adubação
. sementes
. sulfato de amônia
. superfosfato
. clereto de potássio
. formicida
. Shellgron
. Herbicida
. combate a saúva
. aplicação de herbicida
. cultivo mecânico
. aplicação de defensivos
. adubação de cobertura
. colheita
. sacaria p/ colheita
Total
UNID
.
H/tr.2
H/tr.1
H/tr.2
H/tr.2
H/tr.1
Kg
Kg
Kg
Kg
Kg
Kg
1
d.h.
H/tr.1
H/tr.a
d.h.
H/tr.a
d.h.
Unid
ÉPOCA
Ago
Ago
Ago
Set/out
Set/Out/nov
Set
Set/out/nov
Nov/jan
Out/nov/
Out/nov/
Out/nov/
Out/nov/
Out/nov/jan
Out/nov/jan
Out/nov/jan
Out/nov/jan
Nov/jan
Fev
Mai
VALORES
TOTAIS – R$
623,00
2.492,00
1.869,00
623,00
1.246,00
2.280,00
7.350,00
4.480,00
1.296,00
249,00
150,00
4.200,00
42,00
623,00
3.400,00
104,00
1.275,00
3.120,00
1.190,00
36.612,00
Obs: h/tr.1 – horas de uso do trator 1
H/tr.2 – horas de uso do trator 2
H/tr/a – horas de uso do trator alugado
d.h – dia/homem
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- 51 -
considere que os gastos acima foram realizados conf. Abaixo:
agosto –
R$ 4.984,00
setembro – R$ 17.275,00
outubro – R$ 1.899,00
novembro – R$ 3.640,00
dezembro – R$ 2.104,00
janeiro – R$ 2.400,00
fevereiro – R$ 3.120,00
maio –
R$ 1.190,00
Os seguintes dados de uso de capital estável na cultura do milho:
Item
Trator 1 + implementos
Trator 2 + implementos
Armazém
Terra
Dados do capital
Valor R$
Vida útilanos
12.000
8
10.000
6
8.000
20
100.000
-
uso
milho
700 horas
500 horas
3 meses
7 meses
outras
300 horas
400 horas
6 meses
5 meses
Com base nesses dados, estime:
CUSTOS TOTAIS ( de produção)
e) CVT
f) CFT
g) CT
h) COPeracional
CUSTOS UNITÁRIOS
A) CVM
b) CFM
C) CTM
D) COPeracional médio
OUTRA QUESTÃO:
- A empresa agrícola TERRA SANTA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas
atividades produtivas, para o plantio de:
03 ha de CEBOLA, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo
dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 6 meses e que a taxa
real de juros seja de 3% ao mês;
(para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa nominal
de 20% a.a.)
Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:.
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CULTURA DA CEBOLA
INSUMOS/SERVIÇOS
. insumos/preparo do solo
. plantio / tratos culturais
Colheita
Total
UNID
ÉPOCA
.
DIV MARÇO
DIV ABRIL
DIV JUNHO
VALORES
TOTAIS – R$
13.000,00
7.500,00
2.500,00
23.000,00
OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa;
Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA:
Item
Dados do capital
Uso
Valor
Valor
Vida útilCEBOLA
OUTRAS
inicial
final
anos
Trator + implementos
20.000 1.000
10
100 HORAS
355 HORAS
Galpão
15.300 1.300
15
5 meses
6 meses
Terra (área total 10 ha) 150.000
3 ha
5 ha
Com bases nestas informações, responda as questões abaixo:
1 ) De acordo com os valores encontrados pelo custo total econômico, qual o
valor que no mínimo, a empresa deveria vender a cebola, para pagar(cobrir) todos os
custos TOTAIS? Justifique.
2) De acordo com os valores encontrados pelo custo fixo total econômico, qual o
valor que no mínimo, a empresa deveria vender a cebola, para pagar(cobrir)
todos os custos fixos? Justifique.
3) De acordo com os valores encontrados pelo custo variável total econômico,
qual o valor que no mínimo, a empresa deveria vender a cebola, para (cobrir)
pagar todos os custos variáveis? Justifique.
4)De acordo com os valores encontrados pelo custo operacional total
econômico, qual o valor que no mínimo, a empresa deveria vender a cebola, para (cobrir)
pagar todos os custos operacionais? Justifique
2 – Uma empresa apresenta os seguintes custos em um determinado ano, de sua
atividade agrícola:
custos totais
– R$ 1.000,00
custos fixos
– R$ 300,00
custos variáveis
– R$ 700,00
custos operacionais – R$ 850,00
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Com a atividade agrícola desenvolvida pela empresa, ele obtém normalmente uma receita
total de R$ 900,00. (Considere que estes valores não serão alterados por fatores adversos,
somente serão alterados por decisões administrativas).Se o administrador desse empresa
contratasse seu serviço de assessoria, que diagnóstico você faria dessa empresa hoje? e
para os próximos cinco anos? ( faça a análise a partir dos custos trabalhados em sala de
aula, inclusive com o custo de oportunidade). Justifique sua resposta.
3 – Um empresário rural pretende comprar um trator ao preço de R$ 20.000,00. De acordo
com as informações técnicas do trator, seu custo variável por hora de funcionamento é de
R$ 5,00 ( combustíveis, lubrificantes, tratorista, reparos regulares) e a vida útil de 10 anos.
Sabe-se que, no caso de o empresário alugar o trator de terceiros, pagará R$ 9,00 por hora.
Considere a taxa real de juros de 10% a.a. e valor residual do trator de R$ 2.000,00,. Pedese:
a) determinar um custo horário do trator; ( para o uso de 500 horas e 1500 horas)
b) determinar a intensidade mínima de uso para que a compra do trator se torne
vantajosa, em comparação ao aluguel.
4 - A empresa agrícola FARIA SANTANA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas
atividades produtivas, para o plantio de:
04 ha de CEBOLA, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo
dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 7 meses e que a taxa
real de juros seja de 4% ao mês;
(para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa nominal de 22% a.a.)
Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:.
CULTURA DA CEBOLA
INSUMOS/SERVIÇOS
UNID
.
DIV
DIV
DIV
DIV
ÉPOCA
VALORES
TOTAIS – R$
. preparo do solo
ABRIL
8.000,00
Insumos
JUNHO
20.000,00
. plantio
JULHO
7.500,00
Tratos culturais/colheita
AGOSTO
12.500,00
Total
48.000,00
OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa;
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Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA:
Item
Dados do capital
Uso
Valor
Valor
Vida útilCEBOLA
OUTRAS
inicial
final
anos
Trator + implementos
28.000 2.000
10
150 HORAS
850 HORAS
CERCA
15.000 0
15
4 HÁ
5 HA
Galpão
28.500 3.500
15
6 meses
6 meses
Terra (área total 10 ha) 195.000
4 ha
5 há
Com bases nestas informações, responda as questões abaixo:
1)
A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para pagar(cobrir)
todos os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade) R=
B) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade)
R=
C) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de
oportunidade)R=
D) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS? R=
E) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?.R=
04 ha de CEBOLA, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo
dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 7 meses e que a taxa
real de juros seja de 4% ao mês;
(para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa nominal de 22%
a.a.)
Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:.
CULTURA DA CEBOLA
INSUMOS/SERVIÇOS
. preparo do solo
Insumos
. plantio
Tratos culturais/colheita
Total
UNID
.
DIV
DIV
DIV
DIV
ÉPOCA
ABRIL
JUNHO
JULHO
AGOSTO
VALORES
TOTAIS – R$
8.000,00
10.000,00
7.500,00
12.500,00
38.000,00
OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa;
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Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA:
Item
Dados do capital
Uso
Valor
Valor
Vida útilCEBOLA
OUTRAS
inicial
final
anos
Trator + implementos
28.000 2.000
10
150 HORAS
850 HORAS
CERCA
15.000 0
15
4 HÁ
5 HA
Galpão
28.500 3.500
15
6 meses
6 meses
Terra (área total 10 ha) 195.000
4 ha
5 há
Com bases nestas informações, responda as questões abaixo:
1)
A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria
vender a CEBOLA, para pagar(cobrir) todos os
custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade)
F) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade)
G) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de
oportunidade)
H) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS?
I) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?.
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
2 – Se a RECEITA TOTAL da venda da produção da CEBOLA, fosse superior ao
CUSTO TOTAL calculado em R$ 1.000,00 (inclusive o custo de oportunidade), qual o
resultado para o produtor rural? Faça um relatório indicando se haveria ganho ou perda ( e
qual o valor), a comparação com o mercado financeiro nas taxas dadas, sua recomendação
sobre a continuidade ou não na atividade, com a devida justificativa, ressaltando os
aspectos econômicos e financeiros e demais informações julgadas necessárias.
- A empresa agrícola FARIA SANTANA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas
atividades produtivas, para o plantio de:
04 ha de MELANCIA, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo
dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 7 meses e que a taxa
real de juros seja de 1% ao mês;
(para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa nominal de 22%
a.a.)
Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:.
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CULTURA DA MELANCIA
INSUMOS/SERVIÇOS
. preparo do solo
Insumos/plantio
. tratos culturais/colheita
Colheita
Total
UNID
.
DIV
DIV
DIV
DIV
ÉPOCA
ABRIL
MAIO
JUNHO
AGOSTO
VALORES
TOTAIS – R$
18.000,00
10.000,00
10.000,00
5.250,00
43.250,00
OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa;
Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA:
Item
Dados do capital
Uso
Valor
Valor
Vida útilMELANCIA
OUTRAS
inicial
final
anos
Trator + implementos
34.000 1.000
10
340 horas
850 HORAS
Galpão
18.500 1.500
15
5 meses
6 meses
Terra (área total 10 ha) 170.000
4 ha
5 ha
Com bases nestas informações, responda as questões abaixo:
BASE DE CÁLCULO: Complete os cálculos e elabore o relatório sobre a situação da
empresa, suas possibilidade de crescimento, sua capacidade de expansão, seus ganhos no
período, sobre a realização de suas metas, sua recomendação sobre a continuidade do
funcionamento da empresa, não esquecendo de destacar os custos de oportunidade.
CUSTO DE OPORTUNIDADE – CAPITAL CIRCULANTE:
MESES
ABRIL
MAIO
JUNHO
AGOSTO
TOTAL
VALOR INICIAL
18.000
10.000
10.000
??
??
CUSTO OPORTUNIDADE
1.298,44
615,20
510,10
??
??
DEPRECIAÇÃO – C APITAL ESTÁVEL
PRODUTOS
TRATOR
GALPÃO
TOTAL
VALOR
34.000
18.500
???
DEPRECIAÇÃO(JÁ COM RATEIO)
942,86
515,15
???
CUSTO DE OPORTUNIDADE – CAPITAL ESTÁVEL:
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 57 -
PRODUTOS
TRATOR
GALPÃO
TERRA
TOTAL
VALOR
34.000
??
170.000
???
CUSTO OPORTUNIDADE (JÁ COM RATEIO)
1.100
??
16.622,22
???
1) QUESTÃO:
A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para pagar(cobrir)
todos os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade)
b) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade)
c) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de
oportunidade)
d) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS?
e) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?.
2 – Se a RECEITA TOTAL da venda da produção da melancia, fosse igual ao CUSTO
TOTAL calculado (inclusive o custo de oportunidade), qual o resultado para o produtor
rural? Faça um relatório indicando se haveria ganho ou perda (e qual o valor), a
comparação com o mercado financeiro nas taxas dadas, sua recomendação sobre a
continuidade ou não na atividade, com a devida justificativa, ressaltando os aspectos
econômicos e financeiros e demais informações julgadas necessárias.
3) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO:
I – As culturas cebola, melancia, manga e cenoura possuem todas as contas relativas da
colheita registradas no ativo circulante;
II – ao se calcular o custo de oportunidade de um trator, deve-se observar o valor inicial,
valor final, a vida útil, bem como o total de horas trabalhadas no ano, para depois se fazer o
rateio entre as culturas que se beneficiaram com o trator, utilizando para o cálculo, a taxa de
referência do custo de oportunidade.
III – a depreciação do segundo ano da cultura permanente em formação manga, deve ser
registrada como custo desta cultura;
IV – os gastos com manutenção da cultura da uva já formada deverão ser registrados no
ativo circulante da empresa;
V – ao se calcular o custo de oportunidade de um ativo imobilizado, esse custo não intefere
no resultado dos custos totais da empresa, tendo em vista que o custo de oportunidade não é
contabilizado.
Com relação frases acima, podemos Assinalar que:
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 58 -
A – ( ) nenhuma das afirmações são verdadeiras;
B – ( ) todas as afirmações são verdadeiras;
C – ( ) somente a primeira questão está correta;
D – ( ) existe somente uma questão correta, e não é a primeira;
E - ( ) existem duas opções verdadeiras;
F – ( ) somente a terceira afirmação é falsa;
G – ( ) existem três afirmações verdadeiras e entre elas, não se encontra a última;
H – ( ) existem quatro opções verdadeiras;
I – ( ) somente a primeira e a ultima afirmação são falsas;
- A empresa agrícola FARIA SANTANA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas
atividades produtivas, para o plantio de:
04 ha de MELANCIA, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo
dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 8 meses e que a taxa
real de juros seja de 1,5% ao mês; (considere sempre a aplicação no início do mês e o
retorno no final do mês)
(para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa nominal
de 15% a.a.)
Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:.
CULTURA DA MELANCIA
INSUMOS/SERVIÇOS
. preparo do solo
Insumos/plantio
. tratos culturais/colheita
Colheita
Total
UNID
.
DIV
DIV
DIV
DIV
ÉPOCA
DEZEMBRO
JANEIRO
MARÇO
MAIO
VALORES
TOTAIS – R$
17.500,00
10.000,00
10.000,00
5.250,00
42.750,00
OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa;
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA:
Item
Dados do capital
Uso
Valor
Valor
Vida útilMELANCIA
OUTRAS
inicial
final
anos
Trator + implementos
24.900 1.900
15
240 horas
1250 HORAS
Galpão
20.500 1.500
15
5 meses
6 meses
Terra (área total 12 ha) 177.000
4 ha
6 ha
Com bases nestas informações, responda as questões abaixo:
SÓ COMPLETE OS CÁLCULOS, NÃO SENDO NECESSÁRIO
CALCULAR TUDO DE NOVO:
CUSTO DE OPORTUNIDADE – CAPITAL CIRCULANTE:
MESES
DEZEMBRO
JANEIRO
MARÇO
MAIO
TOTAL
VALOR INICIAL
17.500
10.000
??
5.250
??
CUSTO OPORTUNIDADE
2.213,62
1.098,45
??
239,81
??
DEPRECIAÇÃO – C APITAL ESTÁVEL
PRODUTOS
TRATOR
GALPÃO
TOTAL
VALOR
24.900
20.500
???
DEPRECIAÇÃO (JÁ COM RATEIO)
246,98
575,76
???
CUSTO DE OPORTUNIDADE – CAPITAL ESTÁVEL:
PRODUTOS
TRATOR
GALPÃO
TERRA
TOTAL
VALOR
24.900
20.500
??
???
CUSTO OPORTUNIDADE (JÁ COM RATEIO)
323,76
750,00
??
???
BASE DE CÁLCULO: Complete os cálculos e elabore o
relatório sobre a situação da empresa, suas possibilidade de
crescimento, sua capacidade de expansão, seus ganhos no período,
sobre a realização de suas metas, sua recomendação sobre a
continuidade do funcionamento da empresa, não esquecendo de
destacar os custos de oportunidade.(vide questão 3)
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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2) QUESTÃO: (0,5 PONTO TODA A PRIMEIRA QUESTÃO)
A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para pagar(cobrir)
todos os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade)
R=
b)Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade)
R=
c) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de
oportunidade)
R=
d) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS?
R=
e) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?.
R=
3 – Se a RECEITA TOTAL da venda da produção da melancia, fosse superior em R$
5.000,00 ao CUSTO TOTAL calculado (inclusive o custo de oportunidade), qual o
resultado para o produtor rural? Faça um relatório indicando se haveria ganho ou perda (e
qual o valor), a comparação com o mercado financeiro nas taxas dadas, sua recomendação
sobre a continuidade ou não na atividade, com a devida justificativa, ressaltando os
aspectos econômicos e financeiros e demais informações julgadas necessárias. (2,5 pontos)
3) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO: (2,0 pontos)
1 – Podemos definir o custo de oportunidade como “a quantia de lucro que a empresa
deixa de ganhar quando a oportunidade proporcionada por uma alternativa é sacrificada
pela escolha de outra” .
II – As culturas uva, manga, goiaba possuem todas as contas relativas da colheita
registradas no ativo circulante;
III – ao se iniciar uma nova empresa, os gastos com a sistematização do terreno e a
aquisição de mudas da cultura da atividade econômica, devem ser registrados no ativo
diferido da empresa;
IV – a depreciação do galpão deve ser considerado como custo do galpão, incorporando o
valor da depreciação ao valor do bem, desde que realizado dentro do mesmo ano;
V – a conta CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO equivale, na contabilidade
industrial, a conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO.
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 61 -
Com relação frases acima, podemos Assinalar que:
A–(
B–(
C–(
D–(
E–(
F–(
G–(
H–(
I -(
J–(
) existem três afirmações verdadeiras e entre elas, não se encontra a quarta;
) existem quatro opções falsas;
) somente a primeira e a ultima afirmação são falsas;
) existem duas opções verdadeiras, sendo a última uma delas;
) todas as afirmações são verdadeiras;
) somente a ultima questão está correta;
) somente a terceira afirmação é falsa;
) existe somente uma questão correta, e é a primeira;
) existem duas opções verdadeiras, sendo a primeira uma delas;
) nenhuma das opções acima.
3) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO:
I – As culturas uva, manga, goiaba possuem todas as contas relativas da colheita
registradas no ativo circulante;
II – ao se iniciar uma nova empresa, os gastos com a sistematização do terreno e a
aquisição de mudas da cultura da atividade econômica, devem ser registrados no ativo
diferido da empresa;
III – a depreciação do galpão deve ser considerado como custo do galpão, incorporando o
valor da depreciação ao valor do bem, desde que realizado dentro do mesmo ano;
IV – a conta CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO equivale, na contabilidade
industrial, a conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO.
V – Podemos definir o custo de oportunidade como “a quantia de lucro que a empresa
deixa de ganhar quando a oportunidade proporcionada por uma alternativa é sacrificada
pela escolha de outra” .
Com relação frases acima, podemos Assinalar que:
A – ( ) existem três afirmações verdadeiras e entre elas, não se encontra a quarta;
B - ( ) existem duas opções verdadeiras, sendo a primeira uma delas;
C – ( ) existem quatro opções falsas;
D – ( ) nenhuma das afirmações são verdadeiras;
E – ( ) todas as afirmações são verdadeiras;
F – ( ) somente a ultima questão está correta;
G – ( ) somente a terceira afirmação é falsa;
H – ( ) existe somente uma questão correta, e é a primeira;
I – ( ) somente a primeira e a ultima afirmação são falsas;
J – ( ) nenhuma das opções acima.
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 62 -
04 ) - A empresa agrícola BOA FRUTA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas
atividades produtivas, para o plantio de:
04 ha de MELÃO, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo dos
tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 8 meses e que a taxa real de
juros seja de 2,5% ao mês; (considere sempre a aplicação no início do mês e o retorno no
final do mês)
(para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa de 15% a.a.)
Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:.
CULTURA DA MELÃO
INSUMOS/SERVIÇOS
. preparo do solo
Insumos/plantio
. tratos culturais/colheita
Colheita
Total
UNID
.
DIV
DIV
DIV
DIV
ÉPOCA
JUNHO
SETEMBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
VALORES
TOTAIS – R$
21.200,00
12.000,00
12.000,00
6.550,00
51.750,00
OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa;
Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA:
Item
Dados do capital
Valor
Valor
Vida útilMELÃO
inicial
final
anos
Trator + implementos
25.200 1.200
15
240 horas
Galpão
23.600 2.200
20
5 meses
Terra (área total 12 ha) 167.800
5 ha
Com bases nestas informações, responda as questões abaixo:
CUSTO DE OPORTUNIDADE – CAPITAL CIRCULANTE:
MESES
JUNHO
SETEMBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
TOTAL
VALOR INICIAL
21.200,00
12.000,00
12.000,00
6.550,00
??
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
Uso
OUTRAS
1360 HORAS
6 meses
6 há
CUSTO OPORTUNIDADE
4.630,14
1.576,90
922,69
??
??
- 63 -
DEPRECIAÇÃO – C APITAL ESTÁVEL
PRODUTOS
TRATOR
GALPÃO
TOTAL
VALOR
25.200
23.600
???
DEPRECIAÇÃO (JÁ COM RATEIO)
240,00
??
???
CUSTO DE OPORTUNIDADE – CAPITAL ESTÁVEL:
PRODUTOS
VALOR
CUSTO OPORTUNIDADE (JÁ COM RATEIO)
TRATOR
25.200
297,00
GALPÃO
23.600
879,55
TERRA
??
??
TOTAL
???
???
BASE DE CÁLCULO: Complete os cálculos e elabore o relatório sobre a
situação da empresa, suas possibilidade de crescimento, sua capacidade de expansão, seus
ganhos no período, sobre a realização de suas metas, sua recomendação sobre a
continuidade do funcionamento da empresa, não esquecendo de destacar os custos de
oportunidade.(vide questão 3)
2) QUESTÃO: (1 PONTO TODA A QUESTÃO)
A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELÃO, para pagar(cobrir) todos
os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade)
R=
b)Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELÃO, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade)
R=
c) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELÃO, para pagar
(cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de
oportunidade)
R=
d) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELÃO, para pagar
(cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS?
R=
e) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?.
R=
3 – Se a RECEITA TOTAL da venda da produção do melão, fosse inferior em R$
10.000,00 ao CUSTO TOTAL já calculado anteriormente (inclusive o custo de
oportunidade), qual o resultado para o produtor rural? Faça um relatório indicando se
haveria ganho ou perda (e qual o valor), a comparação com o mercado financeiro nas taxas
dadas, sua recomendação sobre a continuidade ou não na atividade, com a devida
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 64 -
justificativa, ressaltando os aspectos econômicos e financeiros e demais informações
julgadas necessárias. (2 pontos)
4) Explique o motivo que justifique para a empresa calcular os custos de oportunidade de
um projeto, programa ou atividade na forma apresentada em sala de aula. (1 ponto)
5) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO: (2,0 pontos)
I – Ao se calcular o custo de oportunidade de um trator, que prestou trabalho para as
culturas da melancia e da cebola, no momento que se calcular o custo de oportunidade
deste trator, na sua parte relativo a cultura da cebola, este COT com certeza será menor
que o custo de oportunidade total calculado para o trator;
II – todas as contas relativas aos custos incorporados à cultura da melancia, durante a sua
fase produtiva, serão registrados no ativo circulante da empresa;
III – a depreciação do galpão não deve ser considerado como custo do galpão, e portanto
não incorporado o valor da depreciação ao valor do bem;
IV – a conta FORMAÇÃO DO FRUTO – MANGA equivale, na contabilidade industrial,
a conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO.
V – Podemos definir o custo de oportunidade como “a quantia que o empresário
desembolsa do lucro que a empresa deixa de ganhar quando a oportunidade proporcionada
por uma alternativa é sacrificada pela escolha de outra” .
Com relação frases acima, podemos Assinalar que:
A – ( ) existem três afirmações verdadeiras e entre elas, não se encontra a quarta;
B - ( ) existem três opções verdadeiras, sendo a primeira uma delas;
C – ( ) existem quatro opções falsas;
D – ( ) nenhuma das afirmações são verdadeiras;
E – ( ) todas as afirmações são verdadeiras;
F – ( ) somente a ultima questão está errada;
G – ( ) somente a terceira afirmação é falsa;
H – ( ) existe somente uma questão falsa, e é a primeira;
I – ( ) somente a primeira e a ultima afirmação são falsas;
J – ( ) nenhuma das opções acima.
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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AVALIAÇÃO - NOITE
ATENÇÃO: UTILIZE CANETA PARA AS RESPOSTAS!!!
QUADRO RESUMO
RECURSOS
1 – terra
2 – capital estável
3 – capital circulante
CUSTOS
CLASSE
FIXO
VAR
C. oportunidade
Depreciação
A
B
C. oportunidade
C
Manutenção
conservação
Valor dos insumos
e
D
E
C. oportunidade
4 – mão de obra
5 – impostos
Temporária
Permanente
Ad-valorem
Fixos
F
G
H
I
J
6 – transportes
L
FÓRMULA
A = Vm X i ou arrendamento
Vi – Vf
T
Vi + Vf x I
2
Valor pago
Valor pago
V/2 x i ou valor proporcional ao tempo em
que o capital ficou empatado
Salários pagos
Salários pagos
Valor pago
Valor pago
Valor pago
- A empresa agrícola BOA FRUTA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas atividades
produtivas, para o plantio de:
40 ha de feijão, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo dos
tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 09 meses e que a taxa real
de juros seja de 4,5% ao mês; (considere sempre a aplicação no início do mês e o retorno
no final do mês)
(para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa de 12%
a.a.)
Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:.
CULTURA DA FEIJÃO
INSUMOS/SERVIÇOS
. preparo do solo
Insumos/plantio
. tratos culturais/colheita
Colheita
Total
UNID
.
DIV
DIV
DIV
DIV
ÉPOCA
JULHO
SETEMBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
VALORES
TOTAIS – R$
31.500,00
12.400,00
12.960,00
6.550,00
63.410,00
Ю
OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa;
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA:
Item
Dados do capital
Valor
Valor
Vida útilFeijão
inicial
final
anos
Trator + implementos
25.200 1.200
15
440 horas
CERCA
15.920 280
20
6 HÁ
Galpão
23.600 2.200
20
6 meses
Terra (área total 32 ha) 177.700
6 há
Com bases nestas informações, responda as questões abaixo:
Uso
OUTRAS
1360 HORAS
13 HA
5 meses
16 ha
1) QUESTÃO: (1 PONTO TODA A QUESTÃO)
A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar(cobrir) todos
os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade)
R=
b)Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para
pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade)
R=
c) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar
(cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de
oportunidade)
R=
d) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar
(cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS?
R=
e) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?.
R=
2 – Se a RECEITA TOTAL da venda da produção do feijão, fosse inferior em
R$ 10.000,00 ao CUSTO TOTAL já calculado anteriormente (inclusive o custo de
oportunidade), qual o resultado para o produtor rural? Faça um relatório indicando se
haveria ganho ou perda (e qual o valor), a comparação com o mercado financeiro nas taxas
dadas, sua recomendação sobre a continuidade ou não na atividade, com a devida
justificativa, ressaltando os aspectos econômicos e financeiros e demais informações
julgadas necessárias. Realize os cálculos e elabore o relatório sobre a situação da empresa,
suas possibilidade de crescimento, sua capacidade de expansão, seus ganhos no período,
sobre a realização de suas metas, sua recomendação sobre a continuidade do
funcionamento da empresa, não esquecendo de destacar os custos de oportunidade.
(2 pontos)
3) Explique o motivo que justifique para a empresa calcular os custos de oportunidade de
um projeto, programa ou atividade na forma apresentada em sala de aula. (1 ponto)
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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4) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula
sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto)
I – Os custos de oportunidades calculados sobre os valores de uma atividade, só são
utilizados para compor o preço final do bem calculado, seja este bem uma cerca, um galpão
ou um outro imobilizado da empresa;
II – Ao se calcular os custos de oportunidades de uma cultura permanente, estes custos
serão registrados no ativo circulante, se forem relativos a valores de formação do fruto e
colheita em andamento;
III – o custo de oportunidade pode ser considerado como um custo importante para o
empresário definir o preço de determinada mercadoria agrícola que tenha para venda,(seja
frutas, por exemplo) considerando que neste preço final, consta o valor desejado de ganho
da empresa, que pode ser realizado ou não, dependendo do mercado;
IV – a depreciação, para o calculo dos custos totais de uma empresa, deve ser considerada
como custo fixo, da mesma forma que o custo de oportunidade calculado sobre o capital
estável;
Com relação as afirmações acima, podemos Assinalar que:
A–(
B -(
C–(
D–(
E–(
F–(
G–(
) existem duas afirmações verdadeiras e entre elas se encontra a primeira;
) existem três opções falsas, sendo a segunda uma delas;
) somente a terceira questão está correta;
) somente a terceira e a ultima questões são verdadeiras;
) existe somente uma questão verdadeira, e é a primeira;
) somente a primeira e quarta afirmações são verdadeiras;
) nenhuma das opções acima.
Bibliografia básica:
ATKINSON et all. Anthony A. Contabilidade gerencial. . Ed. Atlas. São Paulo. 2000.
HORNGREN, et all. Charles T. Contabilidade de Custos. LTC Editora. 9.a. ed. Rio de Janeiro. 2000.
MAHER,Michael. Contabilidade de Custos. Editora Atlas. São Paulo. 2001.
RIBEIRO DO VALE, Sonia M.ª Leite & GOMES, Marília F. Maciel - CURSO DE
ADMINISTRAÇÃO
RURAL. 1996 – ABEAS-UFV-MÓDULO II
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
- 68 -
ESTES TOPICOS ABAIXO, são relativos ao trabalho:
“Custo de Oportunidade: Oculto na Contabilidade, Nebuloso na Mente
dos Contadores”
De:André Moura Cintra Goulart Mestrando em Controladoria e
Contabilidade da FEA/USP
“6. O Custo de oportunidade
6.1 – O conceito
Em nossas vidas fazemos muitas escolhas. E, quando escolhemos algo, acabamos
abrindo mão de outras coisas. Eis um raciocínio relevante para a compreensão do conceito
de custo de oportunidade: ao escolher, tomamos um curso de ação, abandonando outras
alternativas que nos proporcionariam benefícios específicos.
Há um pensamento que, expresso na língua inglesa, transmite a mesma idéia: “If
you get something, you generally have to give up something”. Então, se você escolhe algo,
se você obtém algo, normalmente terá que abandonar algo. E isso que é “desistido”,
sacrificado ou do que se abre mão, refere-se justamente ao custo de oportunidade.
Pindyck & Rubinfeld (1994:257) apresentam o seguinte entendimento para o
conceito de custo de oportunidade: “os custos associados com as oportunidades que serão
deixadas de lado, caso a empresa não empregue seus recursos em sua utilização de maior
valor”.
Thompson (1973), citado por Heymann & Bloom (1990: 10), oferece uma definição
simples e elucidativa: “aqueles benefícios que poderiam ter sido recebidos tivesse um curso
alternativo de ação sido escolhido”.
É interessante notar que quando escolhemos algo, temos a tendência a olhar apenas
para aquilo que foi obtido com a escolha, não atentando para os benefícios que foram
sacrificados pelo fato de não se ter escolhido outras alternativas.
O conceito de custo de oportunidade é sempre presente quando a aceitação de uma
alternativa exclui outras. Assim, “representa o custo de oportunidade o quanto a empresa
sacrificou em termos de remuneração por ter aplicado seus recursos numa alternativa ao
invés de outra” (Martins, 1995: 208).
Spenser & Spielgelman, citados por Mauro (1992:170), dizem que o custo de
oportunidade refere-se ao “(...) custo das oportunidades a que se renuncia, ou em outras
palavras, a uma comparação entre a política que se elegeu e a política que se abandonou.
Por exemplo, o custo por usar o capital é o juro que se pode ganhar no melhor uso seguinte
com risco igual. Se os fundos de capital podem ganhar 5 por cento em seu emprego mais
produtivo, esse é então o seu custo para a empresa que usa os fundos”.
Heymann & Bloom (1990:9) também fazem referência ao que denominam de
princípio do custo de oportunidade, o qual tem origem no fato de que “o uso de um recurso
econômico em uma aplicação exclui o seu uso em outra.
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Horngren (1985:93), define custo de oportunidade como “a contribuição máxima
disponível de que se abre mão utilizando-se recursos limitados para um determinado fim”.
Da expressão “contribuição máxima”, pode-se entender uma referência a melhor das
alternativas abandonadas.
Observa-se, nas definições propostas, a referência às noções de escolha entre
alternativas e de sacrifício e renúncia da remuneração e benefícios de alternativas
abandonadas. Na pesquisa de campo realizada, procura-se testar se os profissionais
possuem ciência sobre a relação das referidas “noções” com o conceito de custo de
oportunidade.
6.2 – Noção intuitiva
A noção de custo de oportunidade é utilizada por todas as pessoas, em muitas
situações do dia-a-dia. Ao buscar uma compreensão sobre o conceito, é útil refletir sobre
alguns desses casos, os quais se constituem em interessantes ilustrações.
Martins (2000: 33), destaca que “o custo de oportunidade é um dos mais relevantes
na economia e nas decisões, não só do homem como de qualquer ser vivo que decide. É
natural, instintivo, intuitivo. (Se o leitor chegou até aqui, arcou com o custo de
oportunidade relativo ao que teria ganho se tivesse aproveitado esse tempo para fazer o que
considerava a segunda melhor alternativa no momento (...))”.
Aproveitando a contribuição de Heymann & Bloom (1990:7), agora em
considerações “não econômicas”: “parece claro que qualquer indivíduo pode fazer apenas
algumas coisas particulares durante um período específico de tempo. Por exemplo, assistir a
um jogo de futebol exclui outras alternativas, como trabalhar no escritório. Usando o
princípio do custo de oportunidade, o indivíduo imagina que o custo de assistir ao jogo não
consiste apenas no preço explícito do ingresso, mas também nos ganhos sacrificados por
não se trabalhar”.
Assim, um indivíduo pode escolher entre trabalhar e ganhar $ 50, ou ir ao jogo,
pagar o ingresso de $ 20, e receber outros benefícios não monetários, como o prazer de
assistir à estréia da nova estrela de seu time. Supondo que assistir ao jogo tenha sido a
alternativa escolhida, espera-se que os benefícios não monetários sejam superiores a $ 70,
de forma a compensar o preço do ingresso e a remuneração sacrificada, ou seja, o custo de
oportunidade.
Outra interessante constatação: profissionais bem remunerados têm naturalmente
maior probabilidade de contratar alguém para cortar a grama de seu jardim e lavar o seu
carro do que aqueles que são remunerados de forma significativamente inferior. Isso ocorre
não somente pelo fato de os profissionais melhor remunerados terem mais recursos para
contratar serviços, mas também porque uma hora perdida, para eles, representa sacrifícios
maiores.
Verifica-se que o conceito de custo de oportunidade está presente em diversas
situações com que as pessoas deparam-se diariamente, especialmente quando a escolha de
uma alternativa exclui o indivíduo dos benefícios proporcionados pelas alternativas
rejeitadas.
6.3 – A questão do risco
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Suponhamos que uma pessoa esteja pensando em abrir uma loja, carecendo de
recursos para financiamento. Recorre a um amigo, fazendo a seguinte proposta: “Empresteme $ 10.000,00, por um ano, que lhe pagarei juros de 10% a.a.”. Este amigo, no entanto,
rejeita a proposta, contestando: “Tenho condições de aplicar minhas poupanças e obter 15%
ao ano”. Poderíamos pensar que bastaria oferecer uma remuneração de 16% a.a. para que o
amigo aceitasse a proposta. Mas essa comparação desconsidera a questão do risco. Se o
pagamento do empréstimo (juros e principal), por parte do empreendedor, estiver
condicionado ao sucesso do empreendimento e, este, por sua vez, configurar-se como de
elevado risco, enquanto a alternativa disponível de aplicação a 15% for “livre de risco”,
confirma-se a impropriedade da comparação.
Martins (1995: 208), propõe um tratamento ao problema: “Duas alternativas
poderíamos analisar, sem entrar em muito detalhe: ou entendemos o custo de oportunidade
com relação a outro investimento de igual risco ou tomamos sempre como base o
investimento de risco zero, que seria, no caso brasileiro, em títulos do Governo Federal, ou
a Caderneta de Poupança”.
Quanto maior o risco de uma aplicação, maior será a rentabilidade esperada pelo
investidor. É por isso que investidores de bolsas de valores têm expectativa de auferir
ganhos mais elevados do que os aqueles que aplicam em renda fixa. Brealey & Myers
(1992: 141), com bom humor, conseguem transmitir a noção do risco: “Os investidores
sensatos não correm riscos somente para se divertirem. Estão a jogar com dinheiro
verdadeiro”.
O CAPM (capital asset pricing model) consiste em um modelo de precificação de
ativos que evidencia a relação entre risco e rentabilidade esperada4[1]. No modelo, a
rentabilidade esperada de um investimento varia na proporção direta do ß (beta), o
indicador de risco de mercado. A expressão do CAPM é a seguinte: Re = Rf + ß (Rm – Rf).
O gráfico a seguir ilustra como o risco interfere no retorno esperado:
4[1]
Ver Brealey & Myers. Princípios de Finanças Empresariais. Portugal: McGraw-Hill de Portugal, 1992. 3a
ed., p. 138-144.
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Para entender o modelo, é preciso definir as seguintes variáveis: a) Re = rentabilidade
esperada de um ativo, como uma ação negociada em bolsa; b) Rf = rentabilidade esperada
da aplicação livre de risco (como a poupança ou títulos do Governo Federal); c) Rm =
rentabilidade esperada da carteira de mercado (dada pelo Índice Bovespa); d) (Rm – Rf) =
prêmio de risco (diferença entre a rentabilidade de mercado e a da aplicação livre de risco,
significando o adicional de retorno em função de um indivíduo expor-se a uma aplicação
de risco, como o mercado acionário) e e) ß (beta): indicador de risco de mercado de uma
ação, que mede a sensibilidade do retorno de uma ação específica relativamente às
variações da carteira de mercado (uma ação de ß = 1 tem risco igual ao da carteira de
mercado; ß = 0,8 indica uma ação de risco reduzido e ß = 1,2 representa uma ação de maior
risco).
Assim, se o custo de oportunidade envolve a análise da remuneração oferecida por
diferentes alternativas de aplicação, é apropriado considerar os graus de risco de cada
empreendimento. A simples comparação de retornos colabora com uma avaliação
imperfeita.
7. A não consideração pela contabilidade societária
O custo de oportunidade, apesar de conter, em sua expressão, a palavra custo,
apresenta natureza diversa dos “custos” normalmente tratados pela contabilidade. Uma das
dificuldades para a compreensão do conceito reside justamente nessa característica de um
custo que “não é bem um custo”.
Quando falamos em “custos normalmente tratados pela contabilidade”, estamos nos
referindo àqueles que, segundo Horngren (1985:93), são chamados de custos de
desembolso. Para este autor, o custo de oportunidade “representa uma alternativa
abandonada, de modo que o “custo” é diferente do tipo comumente encontrado de custo, no
sentido de não ser o custo de desembolso normalmente discutido pelos contadores e
administradores. Um custo de desembolso implica, mais cedo ou mais tarde, um dispêndio
de caixa (...)”.
Depreende-se que o custo de oportunidade está inserido em um conjunto de
conceitos não usuais na contabilidade tradicional de custos. O fato de não receber espaço
em demonstrações contábeis não significa que se trate de conceito de pouca relevância.
Pelo contrário, é muito importante para o tomador de decisões.
Segundo Beuren (1993:1), “a aplicação do conceito de custo de oportunidade é de
fundamental importância para que os relatórios contábeis possam ser mais úteis aos
usuários da contabilidade. (...) Entretanto, o sistema contábil tradicional, quer com registros
a valores históricos puros ou a valores históricos corrigidos, não contempla informações
sobre os possíveis resultados na aplicação de recursos em utilizações alternativas”.
Martins (1995: 208), referindo-se ao custo de oportunidade, faz a seguinte
observação: “Esse é um conceito costumeiramente chamado de “econômico” e “nãocontábil”, o que em si só explica, mas não justifica, o seu não muito uso em Contabilidade
Geral ou de Custos”.
Horngren (1985: 94) acrescenta que “os custos de oportunidade raramente são
incorporados nos sistemas formais de contabilidade, principalmente para fins de relatórios
externos. Este custo representa o lucro que deixa de ser obtido rejeitando-se alternativas;
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portanto, os custos de oportunidade não envolvem receitas ou dispêndios de caixa. Os
contadores geralmente limitam seus registros aos eventos que, em última análise, implicam
troca de itens do ativo. Restringem seu histórico às alternativas escolhidas, e não inlcuem as
rejeitadas (...)”.
Podemos distinguir duas classes de custos. Nos dizeres de Heymann & Bloom
(1990:16), “os custos explícitos são reconhecidos pelos contadores como gastos, com base
em transações reais de aquisição de recursos utilizados no processo produtivo”. Os gastos
com materiais constituem exemplo de custos explícitos. Já os custos implícitos não são
diretamente mensuráveis em termos de saídas de caixa, não sendo registrados pelos
contadores. Constitui exemplo a perda de goodwill. Para os citados autores, apesar de
difícil, a avaliação do impacto desses custos apresenta-se como um dos papéis da
contabilidade de custos e gerencial.
Seguindo o raciocínio de Heymann & Bloom (1990:17), os custos de oportunidade
são os custos dos recursos próprios possuídos pela empresa que não foram adquiridos no
mercado, não sendo esses custos reportados pelos contadores.
O custo de oportunidade é desconsiderado pela contabilidade societária, mas “no
que concerne à aceitação do custo de oportunidade no processo de tomada de decisão, os
economistas são concordes de que este é o verdadeiro custo” (Beuren, 1993:2).
Tratar os custos de oportunidade como efetivos custos também é defendido por Ross et. al.
(1995:143): se um ativo for utilizado em um novo projeto, “as receitas potenciais de usos
alternativos serão perdidas. Essas receitas perdidas podem claramente ser encaradas como
custos. São chamados custos de oportunidade porque, ao aceitar o projeto, a empresa
renuncia a outras oportunidades de emprego desses ativos”.
Se os custos de oportunidade constituem elementos de tão grande relevância para a
análise de resultados, espera-se que os sistemas contábeis os contemplem, de forma a
garantir aos usuários informações completas sobre a situação financeira e os resultados da
companhia.
Os custos, na contabilidade societária, são reconhecidos através de procedimentos
estabelecidos conforme os princípios de contabilidade geralmente aceitos. Dessa forma, as
demonstrações contábeis limitam-se ao registro dos custos explícitos. Já a contabilidade
gerencial, não se limita aos princípios da contabilidade, tendo liberdade para considerar e
reportar todos os custos, incluindo os de oportunidade. Dada a relevância do custo de
oportunidade conclui-se que a sua não consideração é uma deficiência apresentada pela
contabilidade societária. A mensuração correta de resultados pressupõe a contemplação do
custo de oportunidade.
8. O custo de capital
A despeito da riqueza da teoria contábil, a forma tradicional de mensurar resultados
tem se demonstrado insatisfatória para o atendimento das múltiplas necessidades
informativas dos gestores. O lucro contábil, mensurado conforme princípios fundamentais
de contabilidade, não oferece adequado tratamento ao custo de oportunidade do capital
próprio.
Martins (2000:28), discorrendo sobre as diversas formas de mensuração do
patrimônio e o lucro de uma empresa, afirma que os únicos fatores que, no longo prazo,
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podem fazer divergir a mensuração do lucro são: inflação e custo de oportunidade. O autor
prossegue: “E o não uso desses dois fatores continua sendo falha imperdoável de nós,
Contadores. Para o primeiro, dispomos de metodologias simplificadas e complexas
(modelo “societário” e correção integral, por exemplo). Já para o segundo, isto é, o custo de
oportunidade, não temos sequer aplicado o Juro do Capital Próprio, e muito menos aquela
parcela relativa ao risco, apontando realmente que a situação é mais complexa”.
Na visão de Most (1977:132), “o lucro pode ser calculado apenas depois de atribuir
ao capital uma certa remuneração, o custo de capital”.
Oportuno mencionar a colaboração de Nascimento (1998: 11), que salienta a
importância do custo de oportunidade na avaliação de resultados: “Considerando-se que o
lucro econômico é obtido a partir da receita deduzida de todos os custos envolvidos em sua
obtenção, a mensuração de resultados deveria ter como pré-requisito a consideração de
custos de oportunidade, que representam o valor que se deixou de ganhar por não se ter
aplicado os recursos em uma outra alternativa”.
Para Martins (2000:33), a “não consideração do custo de oportunidade na
Contabilidade é uma mentira com a qual convivemos. Dizer, por exemplo, que uma
empresa lucrou porque obteve um resultado que foi de apenas 2% sobre o valor do
patrimônio líquido investido quando qualquer alternativa, inclusive a aplicação nos títulos
de maior liquidez e menor risco produz mais do que isso, não é dizer a verdade. A
consideração do custo do capital próprio como sendo nulo é algo insustentável
conceitualmente, é cegueira que parece nos pegar de nascença”.
Na visão de Beuren (1993:8), o custo de capital refere-se à “taxa de retorno do
melhor projeto da empresa, da melhor oportunidade de investimento do acionista ou da
melhor oportunidade de consumo do acionista que seria abandonada, se o projeto, ora em
consideração pela firma, fosse aceito”.
O custo de capital pode ser entendido como a taxa mínima de rentabilidade esperada
pelos acionistas, abaixo da qual estes não estariam dispostos a entrar no negócio. E essa
indisposição para entrar no negócio ocorre em função de ter-se uma alternativa de
investimento que proporciona melhor retorno.
Reflexões sobre o custo de capital devem considerar o fator risco. O custo de
capital, assim, envolve tanto a remuneração proporcionada pela aplicação de menor risco,
como um adicional de remuneração que é dado pelo risco do negócio. Para Copeland et. al.
(1996:247), “tanto os credores quanto os acionistas esperam ser compensados pelo custo de
oportunidade de investir seus recursos em um negócio particular em vez de outros de risco
equivalente”.
Na determinação dos juros sobre o capital próprio, Hansen (1957:89), citado por Beuren
(1993:10), propõe a utilização de “algum tipo de juro que mais ou menos corresponda ao
que normalmente se deve pagar para obter dinheiro no mercado”.
Observa-se a existência de propostas diferenciadas quanto à definição do custo de
capital e sua operacionalização na contabilidade. Uma possibilidade de consideração
simplificada na contabilidade societária baseia-se na parcela relativa ao juro sobre o capital
próprio que, conforme Martins (2000: 34), “seria igual para todos, sem incluir o risco do
negócio”. Mas nem essa parcial consideração é observada, atualmente, na contabilidade.
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Evidencia-se que a contabilidade societária não tem reconhecido em seus registros
os custos de oportunidade do capital próprio, o que limita a utilidade de seus
demonstrativos no que se refere ao atendimento das necessidades informativas dos
usuários.
9. A consideração em modelos gerenciais - Gecon
9.1 – O modelo de gestão econômica (Gecon)
Observa-se a existência de modelos gerenciais que se propõem a considerar o custo
de oportunidade. Como exemplo de modelo que tem considerado de forma ampla o
conceito, podemos citar o Gecon (gestão econômica), o qual tem sido desenvolvido por
núcleo de pesquisas liderado pelo Prof. Armando Catelli, com o patrocínio da Fipecafi, na
FEA-USP.
A seguir, será apresentada a metodologia proposta pelo Gecon para o tratamento do
custo de oportunidade. Para uma plena compreensão do modelo, recomenda-se a leitura da
obra Controladoria – Uma Abordagem da Gestão Econômica, referenciada em bibliografia.
O Gecon surgiu da identificação de que os sistemas convencionais de contabilidade
não atendiam adequadamente às necessidades de informação dos gestores. No modelo,
entende-se que as atividades consomem recursos e geram um determinado benefício.
Abandona-se, dessa forma, o enfoque prioritário ao custo, que negligencia a noção de que
as atividades devem ser avaliadas, não pelos custos incorridos, mas pelos resultados
gerados.
Para a correta mensuração do resultado econômico, o Gecon lança mão de um
conjunto de conceitos econômicos, dentre os quais podem ser citados: valor de mercado,
reconhecimento de receita pela produção, valor atual e custo de oportunidade.
Segundo Guerreiro5[2], in Catelli (1999:475-6), o custo de oportunidade “é um
conceito de fundamental importância no modelo de gestão econômica, uma vez que,
conjugado com os demais conceitos (...), estabelece as bases mais completas de um sistema
de avaliação de desempenho”. Conforme explanação do autor, no modelo Gecon, o
conceito de custo de oportunidade é operacionalizado de duas formas:
§ Mensurações de “receitas de oportunidade” sobre passivos e “custos de
oportunidade” sobre ativos, obtidas com base nas taxas financeiras de mercado.
§ Mensuração do custo de oportunidade de manutenção dos ativos com base em taxa
de captação no mercado financeiro. Assim, valerá a pena manter ativos que
reconhecidamente provocam valorizações de preços acima do custo financeiro de sua
manutenção.
Nascimento (1998:165), ao abordar a metodologia proposta por Catelli (Gecon),
observa que “as áreas utilizam-se de recursos financeiros para suas operações e os
remuneram “pagando” a área financeira os juros sobre o capital consumido. Nesse
momento, o Gecon apóia-se no conceito de custos de oportunidade, pois a taxa de juros
utilizada para a remuneração do capital é a menor taxa de captação do mercado, por
representar a melhor opção de captação de recursos para a área envolvida, caso necessitasse
5[2]
GUERREIRO, Reinaldo. Gestão Econômica e Teoria das Restrições.
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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realmente obtê-los diretamente do mercado financeiro”. Também destaca o autor que o
modelo contempla os juros sobre o capital próprio, que representa a remuneração mínima
exigida pelos acionistas para seu capital, calculados sobre o valor do patrimônio líquido
anterior, sendo esse custo ônus da atividade financeira.
Outra possibilidade de aplicação do custo de oportunidade refere-se ao preço de
transferência, entendido como o valor pelo qual é transferido um produto ou serviço entre
diferentes áreas de uma empresa. Assim, são estabelecidos preços para produtos e serviços,
os quais estarão sendo “comprados” e “vendidos” pelas áreas organizacionais. Segundo
Pereira, in Catelli (1999:257), “a transferência de produtos/serviços entre as atividades deve
basear-se em preços-padrão validados pelo mercado, sendo o custo de oportunidade o mais
adequado para a avaliação das decisões tomadas diante de outras alternativas existentes”
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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CURSO DE CIÊNCIA CONTÁBIL – 7.º PERÍODO - FACAPE – 2006.2
CONCEITO “A” NO PROVÃO DO MEC - TARDE
CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA - PROF. WALDENIR S. F. BRITTO
ALUNO(A):
MATRICULA:
DATA:
Ю
AVALIAÇÃO ATENÇÃO: UTILIZE CANETA PARA AS RESPOSTAS!!!
QUADRO RESUMO
RECURSOS
1 – terra
2 – capital estável
3 – capital circulante
CUSTOS
CLASSE
FIXO
VAR
C. oportunidade
Depreciação
A
B
C. oportunidade
C
Manutenção
conservação
Valor dos insumos
e
D
E
C. oportunidade
4 – mão de obra
5 – impostos
Temporária
Permanente
Ad-valorem
Fixos
F
G
H
I
J
6 – transportes
L
FÓRMULA
A = Vm X i ou arrendamento
Vi – Vf
T
Vi + Vf x I
2
Valor pago
Valor pago
V/2 x i ou valor proporcional ao tempo em
que o capital ficou empatado
Salários pagos
Salários pagos
Valor pago
Valor pago
Valor pago
- A empresa agrícola BOA FRUTA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas atividades
produtivas, para o plantio de:
40 ha de feijão, com produção total de 140 ton. Considere que o período de tempo dos
tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 10 meses e que a taxa real
de juros seja de 2,5% ao mês; (considere sempre a aplicação no início do mês e o retorno
no final do mês)
(para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa de 21% a.a.)
Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:.(dados apenas para fins de exercício, não
sendo necessariamente os praticados nas atividades)
CULTURA DA FEIJÃO
INSUMOS/SERVIÇOS
. preparo do solo
Insumos/plantio
. tratos culturais
Colheita
Total
UNID
.
DIV
DIV
DIV
DIV
ÉPOCA
AGOSTO
SETEMBRO
NOVEMBRO
JANEIRO
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
VALORES
TOTAIS – R$
31.500,00
12.400,00
12.960,00
6.550,00
63.410,00
- 77 -
OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa;
Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA:
Item
Dados do capital
Valor
Valor
Vida útilFeijão
inicial
final
anos
Trator + implementos
25.200 1.200
15
120 horas
CERCA
15.920 280
20
6 HÁ
Galpão
23.600 2.200
20
6 meses
Terra (área total 32 ha) 177.700
6 ha
Com bases nestas informações, responda as questões abaixo:
Uso
Ю
1) QUESTÃO: (1 PONTO TODA A QUESTÃO)
A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar(cobrir) todos
os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade total)
R=
b) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar(cobrir)
SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade fixo)
R=
c) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar (cobrir)
SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de oportunidade variável)
R=
d) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar (cobrir)
SOMENTE os custos OPERACIONAIS?
R=
e) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?.
R=
2 – Sendo a RECEITA TOTAL da venda da produção do feijão FOSSE IGUAL
ao CUSTO TOTAL já calculado anteriormente (inclusive o custo de oportunidade
total), qual o resultado para o produtor rural?. Realize os cálculos e elabore o relatório
sobre a situação da empresa, suas possibilidade de crescimento, sua capacidade de
expansão, seus ganhos/perdas no período, sobre a realização de suas metas, sua
recomendação sobre a continuidade do funcionamento da empresa, não esquecendo de
destacar os custos de oportunidade.
(2 pontos)
3) Explique o motivo que justifique para a empresa calcular os custos de oportunidade de
um projeto, programa ou atividade na forma apresentada em sala de aula. (1 ponto)
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4) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula
sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto)
I – Os custos de oportunidades calculados sobre os valores de uma atividade, só são
utilizados para compor o preço final do bem calculado, seja este bem uma cerca, um galpão
ou um outro imobilizado da empresa, não servindo portanto a contabilidade formal da
empresa, servindo apenas para fins gerenciais;
II – Ao se calcular os custos de oportunidades de uma cultura permanente, estes custos
serão registrados no ativo permanente;
III – A depreciação de uma cultura permanente pode ser calculada também em função de
sua previsão de produção total, ao longo de sua vida útil, fazendo a proporção da produção
prevista total com a produção realizada no ano em curso, aplicando esse percentual ao valor
registrado no imobilizado, da conta a ser depreciada para identificar a depreciação anual.
Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que:
A–(
B -(
C–(
D–(
E–(
) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a primeira.
) existem duas afirmações verdadeiras;
) existem três afirmações verdadeiras;
) existe somente uma questão verdadeira, e é a primeira;
) nenhuma das opções acima.
Ю
5) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula
sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto)
I - as contas de CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO, FORMAÇÃO DO
FRUTO, CULTURA PERMANENTE FORMADA são todas contas do ativo permanente
da empresa.
II – em uma cultura permanente formada, quando da produção das frutas/frutos, as contas
patrimoniais especificas da agricultura que devem ser utilizadas na ordem rigorosa de
lançamento, até a venda do produto, devem ser: FORMAÇÃO DO FRUTO, COLHEITA
EM ANDAMENTO, PRODUTOS AGRICOLAS.
III – Uma empresa agrícola, após a colheita da melancia, utiliza o custo de oportunidade
como forma gerencial de calculo, incluindo-o nos custos totais calculados da produção
desta melancia, buscando identificar os valores para a venda, ainda não realizada. Neste
caso, pode-se afirmar que com certeza este custo de oportunidade será o ganho do
empresário, seja com a venda a melancia, seja na outra atividade de referência, financeira,
ou não.
Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que:
A–(
B -(
C–(
D–(
E–(
) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a segunda.
) existem duas afirmações verdadeiras;
) existem três afirmações verdadeiras;
) existe somente uma questão verdadeira, e é a segunda;
) nenhuma das opções acima.
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4) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula
sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto)
I – A depreciação de uma cultura permanente pode ser calculada também em função de sua
previsão de produção total, ao longo de sua vida útil, fazendo a proporção da produção
prevista total com a produção realizada no ano em curso, aplicando esse percentual ao valor
registrado no imobilizado, da conta a ser depreciada, para identificar a depreciação anual.
II – Os custos de oportunidades calculados sobre os valores de uma atividade, só são
utilizados para compor o preço final do bem calculado, seja este bem uma cerca, um galpão
ou um outro imobilizado da empresa, não servindo portanto a contabilidade formal da
empresa, servindo apenas para fins gerenciais;
III – Ao se calcular os custos de oportunidades de uma cultura permanente, estes custos
serão registrados no ativo permanente;
Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que:
A–(
B -(
C–(
D–(
E–(
) existe somente uma afirmação é verdadeira;
) existem duas afirmações verdadeiras e entre elas não se encontra a segunda;
) existem três afirmações verdadeiras;
) existem duas afirmações verdadeiras e entre elas se encontra a segunda;
) nenhuma das opções acima.
5) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula
sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto)
I – Uma empresa agrícola, após a colheita da melancia, utiliza o custo de oportunidade
como forma gerencial de calculo, incluindo-o nos custos totais calculados da produção
desta melancia, buscando identificar os valores para a venda, ainda não realizada. Neste
caso, pode-se afirmar que com certeza este custo de oportunidade será o ganho do
empresário, seja com a venda a melancia, seja na outra atividade de referência, financeira
ou não.
II - as contas de CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO, FORMAÇÃO DO
FRUTO, CULTURA PERMANENTE FORMADA são todas contas do ativo permanente
da empresa.
III – em uma cultura permanente formada, quando da produção das frutas/frutos, as contas
patrimoniais específicas da agricultura que devem ser utilizadas na ordem rigorosa de
lançamento, até a venda do produto, devem ser: FORMAÇÃO DO FRUTO, COLHEITA
EM ANDAMENTO, PRODUTOS AGRICOLAS.
Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que:
A–(
B -(
C–(
D–(
E–(
) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a terceira.
) existem duas afirmações verdadeiras;
) existem três afirmações verdadeiras;
) existe somente uma questão verdadeira, e é a terceira;
) nenhuma das opções acima.
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4) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula
sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto)
I – Os custos de oportunidade calculados sobre os valores de uma atividade, só são
utilizados para compor o preço final do bem calculado, seja este bem uma cerca, um galpão
ou um outro imobilizado da empresa, não servindo portanto a contabilidade formal da
empresa, servindo apenas para fins gerenciais;
II – em uma cultura permanente formada, quando da produção das frutas/frutos, as contas
patrimoniais específicas da agricultura que devem ser utilizadas na ordem rigorosa de
lançamento, até a venda do produto, devem ser: FORMAÇÃO DO FRUTO, COLHEITA
EM ANDAMENTO, PRODUTOS AGRICOLAS.
III – A depreciação de uma cultura permanente pode ser calculada também em função de
sua previsão de produção total, ao longo de sua vida útil, fazendo a proporção da produção
prevista total com a produção realizada no ano em curso, aplicando esse percentual ao valor
registrado no imobilizado, da conta a ser depreciada para identificar a depreciação anual.
Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que:
A–(
B -(
C–(
D–(
E–(
) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a primeira.
) existem duas afirmações verdadeiras;
) existem três afirmações verdadeiras;
) existe somente uma questão verdadeira, e é a primeira;
) nenhuma das opções acima.
5) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula
sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto)
I - as contas de CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO, FORMAÇÃO DO
FRUTO, CULTURA PERMANENTE FORMADA são todas contas do ativo permanente
da empresa.
II – Ao se calcular os custos de oportunidades de uma cultura permanente, estes custos
serão registrados no ativo permanente;
III – Uma empresa agrícola, após a colheita da melancia, utiliza o custo de oportunidade
como forma gerencial de calculo, incluindo-o nos custos totais calculados da produção
desta melancia, buscando identificar os valores para a venda, ainda não realizada. Neste
caso, pode-se afirmar que com certeza este custo de oportunidade será o ganho do
empresário, seja com a venda a melancia, seja na outra atividade de referência, financeira,
ou não.
Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que:
A–(
B -(
C–(
D–(
E–(
) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a segunda.
) existem duas afirmações verdadeiras;
) existem três afirmações verdadeiras;
) existe somente uma questão verdadeira, e é a segunda;
) nenhuma das opções acima.
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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CURSO DE CIÊNCIA CONTÁBIL – 7.º PERÍODO - FACAPE – 2007-1 - NOITE
CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA - PROF. WALDENIR S. F. BRITTO
ALUNO(A):
MATRICULA:
DATA:
Ю
AVALIAÇÃO ATENÇÃO: UTILIZE CANETA PARA AS RESPOSTAS!!!
QUADRO RESUMO
RECURSOS
1 – terra
2 – capital estável
3 – capital circulante
CUSTOS
CLASSE
FIXO
VAR
C. oportunidade
Depreciação
A
B
C. oportunidade
C
Manutenção
conservação
Valor dos insumos
e
D
E
C. oportunidade
4 – mão de obra
5 – impostos
Temporária
Permanente
Ad-valorem
Fixos
F
G
H
I
J
6 – transportes
L
FÓRMULA
A = Vm X i ou arrendamento
Vi – Vf
T
Vi + Vf x I
2
Valor pago
Valor pago
V/2 x i ou valor proporcional ao tempo em
que o capital ficou empatado
Salários pagos
Salários pagos
Valor pago
Valor pago
Valor pago
- A empresa agrícola BOA FRUTA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas atividades
produtivas, para o plantio de:
40 ha de feijão, com produção total de 140 ton. Considere que o período de tempo dos
tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 9 meses e que a taxa real de
juros seja de 0,5% ao mês; (considere sempre a aplicação no início do mês e o retorno no
final do mês)
(para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa de 5%
a.a.)
Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:.(dados apenas para fins de exercício, não
sendo necessariamente os praticados nas atividades)
CULTURA DA FEIJÃO
INSUMOS/SERVIÇOS
. preparo do solo
Insumos/plantio
. tratos culturais
Colheita
Total
UNID
.
DIV
DIV
DIV
DIV
ÉPOCA
AGOSTO
OUTUBRO
NOVEMBRO
JANEIRO
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
VALORES
TOTAIS – R$
31.500,00
12.400,00
12.960,00
6.550,00
63.410,00
- 82 -
OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa;
Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA:
Item
Dados do capital
Valor
Valor
Vida útilFeijão
inicial
final
anos
Trator + implementos
25.800 1.300
15
120 horas
CERCA
15.920
920
20
6 ha
Galpão
25.600 2.600
20
8 meses
Terra (área total 32 ha) 167.500
6 há
Com bases nestas informações, responda as questões abaixo:
Uso
Ю
1) QUESTÃO: (1 PONTO TODA A QUESTÃO)
A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender o FEIJÃO, para pagar(cobrir) todos
os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade total)
R=
b) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender o FEIJÃO, para pagar(cobrir)
SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade fixo)
R=
c) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender o FEIJÃO, para pagar (cobrir)
SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de oportunidade variável)
R=
d) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender o FEIJÃO, para pagar (cobrir)
SOMENTE os custos OPERACIONAIS?
R=
e) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE total?.
R=
2 – Sendo a RECEITA TOTAL da venda da produção do feijão FOSSE IGUAL
ao CUSTO TOTAL já calculado anteriormente (inclusive o custo de oportunidade
total), qual o resultado para o produtor rural?. Realize os cálculos e elabore o relatório
sobre a situação da empresa. Neste relatório deve constar pelo menos: a) o valor de ganho
ou perda da empresa com a venda com feijão; b) sua meta de ganho; c) a comparação com
o mercado financeiro com as taxas dadas; d) sua possibilidade de crescimento e sua
capacidade de expansão; e) o valor mínimo para venda recomendado; f) sua recomendação
sobre a continuidade do funcionamento da empresa, não esquecendo de destacar os custos
de oportunidade. (2 pontos)
3) Explique o motivo que justifique para a empresa calcular os custos de oportunidade de
um projeto, programa ou atividade na forma apresentada em sala de aula. (1 ponto)
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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4) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula
sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto)
I – Os custos de oportunidades calculados sobre os valores de uma atividade, só são
utilizados para compor o preço final de um bem, seja este bem uma cerca, um galpão ou um
outro imobilizado da empresa, não servindo portanto a contabilidade formal da empresa,
servindo apenas para fins gerenciais; f
II – Ao se calcular os custos de oportunidades de uma cultura permanente, estes custos
serão registrados no ativo permanente; f
III – A depreciação de uma cultura permanente pode ser calculada também em função de
sua previsão de produção total, ao longo de sua vida útil, fazendo a proporção da produção
prevista total com a produção realizada no ano em curso, aplicando esse percentual ao valor
registrado no imobilizado, da conta a ser depreciada para identificar a depreciação anual. v
Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que:
A–(
B -(
C–(
D–(
E–(
) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a primeira.
) existem duas afirmações verdadeiras;
) existem três afirmações verdadeiras;
) existe somente uma questão verdadeira, e é a primeira;
) nenhuma das opções acima.
Ю
5) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula
sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto)
I - as contas de CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO, FORMAÇÃO DO
FRUTO, CULTURA PERMANENTE FORMADA são todas contas do ativo permanente
da empresa. f
II – em uma cultura permanente formada, como por exemplo manga, quando da produção
das frutas/frutos, as contas patrimoniais especificas da agricultura que devem ser utilizadas
na ordem rigorosa de lançamento, devem ser: FORMAÇÃO DO FRUTO, COLHEITA EM
ANDAMENTO, PRODUTOS AGRICOLAS. A partir da venda, contas de resultado. v
III – Uma empresa agrícola, após a colheita da melancia, utiliza o custo de oportunidade
como forma gerencial de calculo, incluindo-o nos custos totais calculados da produção
desta melancia, buscando identificar os valores para a venda, ainda não realizada. Neste
caso, pode-se afirmar que com certeza este custo de oportunidade será o ganho do
empresário, seja com a venda a melancia, seja na outra atividade de referência, financeira
ou não. f
Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que:
A – ( ) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a segunda.
B - ( ) existem duas afirmações verdadeiras;
C – ( ) existem três afirmações verdadeiras;
D – ( ) existe somente uma questão verdadeira, e é a segunda;
E – ( ) nenhuma das opções acima.
RESPOSTAS:
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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PAGINA 49:
CVT = 84.000,61; CFT = 8.285,00; CT = 92.285,61; COP = 80.756,82;
PAG 51:
CVT = 42.737,12; CFT = 18.103,93; CT = 60.841,04;
COP = 38.721,26; COT = 22.119,78;
PAG 52 :
CT = 40.256,96; CFT = 13.307,91; CVT = 26.949,05; COP = 23.841,82;
PAG 54:
CT = 81.418,03; CFT = 23.722,78; CVT = 57.695,25; COP = 49.667,78;
COT = 31.750,25;
PAG 57:
CT = 66.013,05; CFT = 20.180,23; CVT = 45.832,82; COP = 44.708,01;
COT = 21.305,04;
PAG 58 : RESPOSTA “G ”
PAG 60:
CT = 59.591,22; CFT = 12.516,50; CVT = 47.074,72; COP = 43.572,74;
COT = 16.018,48;
PAG 60: V=”I”;
3 = “B”
PAG 63:
CT = 72.555,14; CFT = 13.343,82; CVT = 59,211,32; COP = 52.476,36;
COT = 20.078,78;
PAG 64 = “F”
PAG 66:
CT = 98.061,67; CFT = 8.575,84; CVT = 89.485,83; COP = 64.631,69;
COT = 33.429,97;
PAG 78 = 4 = “A”; 5 = “D”;
PAG 79: 4 = “A”; 5 = “D”
PAG 82: CT = 79.534,25; CFT = 13.711,83; CVT = 65.822,42;
COP = 66.943,33; COT = 12.590,92
G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc
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