Entrelinhas - Março 2009 - Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas
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Entrelinhas - Março 2009 - Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas
dia da filosofia Um dia-efeméride para o grupo de Filosofia|Psicologia, os nossos alunos brindaram, mais uma vez, toda a comunidade escolar com a sua alegria e jovialidade. P 16 VISITAS DE ESTUDO encontros com escritores José Pedro Mésseder e Ana Saldanha no Colégio P 10 e 11 Mafra e Coimbra, Museu da Imprensa, Coliseu do Porto... tantas iniciativas que tornam o Colégio uma força viva. P 7, 12 e 13 SEMANA DE EMRC Festival 3D, Conferência de Daniel Serrão, Manta de Retalhos, GPSS – uma semana de reflexão e aprendizagem. P 12 TRÊS DIAS PELA PAZ Colégio mobiliza-se num apelo à Paz entre os povos – foram três dias em que a comunidade escolar respondeu de forma categórica a esta iniciativa P3 JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS . TRIMESTRAL . ANO XIII . JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO 2009 . €0,75 diálogo fé & ciência Professor Daniel Serrão cativa audiência 2 Foto de Arquivo: direitos reservados | 38 | ENTRElinhas | JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 AUDITÓRIO ANTÓNIO JOAQUIM VIEIRA recebeu o conferencista para uma palestra única. Conferência do Professor doutor daniel serrão O diálogo fé & ciência conferência No dia 17 de Fevereiro, o Colégio teve a honra de receber o Professor Doutor Daniel Serrão. As turmas do 12ºano foram as privilegiadas, podendo assim escutar e estar na presença de um das maiores personalidades nacionais do mundo da cultura, medicina e bioética. Licenciado em Medicina em 1951, conclui o Doutoramento em 1959. Concorre, em 1961, a Professor extraordinário de Anatomia Patológica e é aprovado por unanimidade. Mais tarde concorre a Professor Catedrático em 1971, sendo aprovado, também, por unanimidade. É chamado para o Comité Internacional de Bioética da UNESCO e nomeado para o Comité Director de Bioética do Conselho da Europa. A União Europeia convida-o para avaliar, escolher e controlar a execução de projectos de investigação em Bioética. A Academia das Ciências encarrega-o de a representar no Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e foi escolhido pelo Papa João Paulo II para ser membro da Academia Pontifícia para a Vida, da qual ainda faz parte. Foi jubilado em 1 de Março de 1998. O convite inseriu-se no âmbito da “Semana da EMRC”, constituindo o seu ponto alto. O desafio era reflectir sobre uma das questões mais pertinentes dos nossos tempos: a relação entre a Ciência e a Fé. Alunos e professores foram brindados com uma aula singular. O Professor Daniel Serrão cativou, desde o primeiro momento, toda a plateia com o seu entusiasmo, simplicidade, força de viver, humor refinado, domínio das matérias e fluência discursiva. Privilegiando a oralidade, o Professor Daniel Serrão explicou as especificidades da Ciência e da Religião, as suas metodologias distintas alicerçadas na razão e da fé, sublinhando sempre a relevância e compatibilidade das interpretações científicas e teológicas como leituras das mesmas realidades: a vida, o cosmos e o Homem. Destacou a ideia de que a Bíblia refere-se à criação do universo e do Homem de uma forma antropomórfica, segundo as tradições da época e que ao autor não interessava propriamente o modo como as coisas apareceram mas a convicção de que Deus está na origem de tudo quanto existe, como o Criador. O modo pertence à ciência investigar. E há tantas hipóteses e teorias… Não pode haver contradição entre Ciência e Fé e se, no passado, houve muitos choques é porque, devido a algumas más interpretações bíblicas, se defenderam verdades naturais como sendo de fé ou por intromissão abusiva dos métodos da fé na ciência ou vice-versa, ou por orgulho e fanatismo de parte a parte. Até fins da Idade Média não havia incompatibilidades, já que a ciência era feita à luz da fé e por eclesiásticos. A ruptura começou a processarse no século XVI, atingindo o ponto culminante no século XVIII, com o caso Galileu. Durante três séculos, o antagonismo e a irredutibilidade entre Ciência e Fé foram bem vincados, com pontos mais fortes, como a propósito do evolucionismo fundamentado por Darwin. O Professor Doutor Daniel Serrão teceu as suas considerações, sempre acompanhadas de muitos exemplos e citações e destacou a importância da razão humana, sem descurar a abertura ao transcendente. A Ciência não consegue explicar toda a realidade e o essencial ultrapassa o racional. Nem sempre o progresso científico é sinónimo de felicidade e realização humana e social e a própria Ciência pode voltar-se contra o Homem. Deus não é rival do Homem e o ateísmo não é a solução para os dramas e problemas do mundo. Após a sublime prelecção, houve, ainda, espaço para perguntas dos alunos. Destacaram-se, sobretudo, as temáticas dos milagres e a experiência pessoal do Professor Daniel Serrão em relação a situações de conflito entre a sua fé e os princípios da ciência. Finalmente, o Dr. Vieira, tomando a palavra, e saudando o orador, afirmou ter sido esta Conferência um ponto alto da história do Colégio. Professora Daniela Rodrigues O Professor Daniel Serrão é uma das maiores personalidades nacionais do mundo da cultura, medicina e bioética 3 JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 | ENTRElinhas | 38 | TODOS PELA PAZ NOTA DE ABERTURA Iniciativa inédita agrega Alunos e Professores num gesto comum Páscoa da Ressurreição! Nos dias 10, 11 e 12 de Março, o Grupo de Filosofia/Psicologia dinamizou um conjunto de três actividades subordinadas ao lema “TODOS PELA PAZ” , para as quais solicitou a maior e melhor colaboração/ envolvimento dos professores e seus alunos nos grandes intervalos, quer do período da manhã quer do da tarde. Concretamente, foi solicitado que os professores de Filosofia e Psicologia Bloco IV (Secundário) que estivessem em aula no primeiro tempo da manhã e no segundo da tarde, nos dias supracitados, seguissem de acordo com o protocolo estabelecido. Bloco II uma das telas gigantes que permane- Assim, dia 10, terça-feira, cerão nasno entradas para o Colégio. pelas 9:25h, os professores deslocaram-se, com os seus alunos, ao átrio do Bloco da secretaria onde, às 9:30h e ao som da música de Vangelis “Conquest of Paradise”, assistiram ao descerramento do macro anúncio temático, vivido pela comunidade a partir desse dia até ao dia 13. De tarde, os professores seguiram as mesmas instruções ditadas para o período da manhã, com a excepção de que o encontro para o acto celebrativo foi no portão que dá acesso directo ao Bloco IV. No dia 11, quarta-feira, às 9:29h e às 16:14h, os alunos (TODOS OS ALUNOS DO COLÉGIO) sob a tutela dos seus professores, ao som de um sinal sonoro, guardaram, NO ESPAÇO SALA DE AULA E DE PÉ, um minuto de silêncio pelas vítimas da guerra. Anota-se que o mesmo sinal sonoro anunciou o fim deste acto ao qual se seguiu o intervalo. No dia 12, quinta-feira, pelas 9:25h, os professores deslocaram-se com os seus alunos ao átrio do Bloco da secretaria onde se iniciou um cortejo pela PAZ, rumo ao grande átrio do Bloco IV. Este cortejo teve como percurso o “túnel” coberto entre os dois átrios, o qual esteve, desde o dia 11, assinalado com laços negros nas colunas que o suportam. De tarde, os professores seguiram as mesmas instruções ditadas para o período da manhã, com a excepção de que o encontro dos alunos foi no grande átrio do Bloco IV, de onde partiu para o átrio do bloco da secretaria. Podemos afirmar que o evento foi um verdadeiro sucesso e que se manterá vivo na memória de todos aquele o viveram de forma tão intensa, como os nossos alunos, futuros construtores da PAZ. O grupo de filosofia/psicologia A palavra Páscoa, de origem hebraica, chegou até nós pelo Grego e pelo Latim, significando passagem. Como principal festa religiosa dos Judeus, é celebrada, anualmente, no 14º dia após o equinócio da Primavera, em comemoração da saída do cativeiro do Egipto, dirigida por Moisés, com a milagrosa passagem, a pé enxuto, do Mar Vermelho. À transição, do Povo Eleito, da escravatura do Egipto para a vida livre também se aplica o significado de passagem. A Igreja recebeu do Judaísmo a festa da Páscoa, mas deu-lhe novo significado: é a festa de Jesus Cristo, seu Fundador, o aniversário da Sua morte e ressurreição ou passagem da morte à vida, a festa da salvação do Mundo. Entre os cristãos, a festa da Páscoa ou da Ressurreição de Jesus Cristo celebra-se no domingo seguinte à Páscoa dos Judeus. Jesus, por Quem e para Quem tudo foi criado – Ele é o Verbo ou Palavra de Deus –, é o Deus connosco ou Emanuel, palavra também de origem hebraica. O Pai confiou ao Filho a missão de facultar aos homens o que perderam em consequência do pecado original. Amou-os até ao supremo sacrifício da Sua vida, carregando aos ombros o peso de todos os pecados da humanidade, que expiou e remiu com o Seu preciosíssimo sangue, de valor infinito. Jesus veio, por isso, para libertar os homens da escravidão do pecado e para os reconciliar com Deus. Em Jesus Cristo podemos apoiar-nos. Nele podemos esperar a nossa Ressurreição – base da nossa fé e sentido da nossa vida. A fé descobre todo o significado da morte de Jesus. Nela começa uma nova era – a da Ressurreição. A nossa era! Na Encarnação e morte redentora de Cristo foi inaugurada já a era do fim. A espera da vinda do Senhor é o tempo da construção do Reino de Deus. Este constrói-se neste mundo. Não o confundir com o Reino dos Céus. A Páscoa, como a Eucaristia, é essencialmente memorial da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo. Como “primícias dos que morreram”, Jesus foi o Primeiro a ressuscitar e, por Ele, veio até nós a ressurreição. “Uma vez que a morte veio por um homem, também por um Homem veio a Ressurreição dos mortos, porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo serão todos restituídos à vida. Cada qual, porém, na sua ordem: primeiro, Cristo, como primícias; a seguir, os que pertencem a Cristo, por ocasião da Sua vinda. Depois António Vieira será o fim, quando Cristo entregar o Reino a Deus Seu Pai…” (S. Paulo, 1 Cor. 15,20-26). A Páscoa acontece e floresce sempre que estamos no bom caminho. É Páscoa todas as vezes que apanhamos o Caminho, a Verdade e a Vida que é Jesus Cristo. A Páscoa proporcionanos e facilita-nos o encontro com Deus que permanentemente nos chama à vida nova saída da Ressurreição de Jesus. Sejamos com Cristo pessoas novas, conscientes e livres a caminho da Ressurreição… A espera do Seu encontro assume forma de uma orientação constante para as “coisas do alto”. a descoberta do A nossa ressurreição realiza-se em três momentos: 1 – Pela recepção do sacramento do Baptismo, morre a velha criatura e ressuscita a nova criatura para o amor divino ou para caminho para a vida sobrenatural; 2 – Quando se morre, deixa-se a relação comunicacional no espaço e chegar a Deus é a no tempo e entra-se numa nova realidade, adquirindo a nossa corporeidade a dimensão da eternidade, à semelhança de corpo glorioso. Para o verdadeiro cristão, até a morte é Vida, mais importante pois não fomos feitos para morrer, mas morremos para viver mais e melhor; 3 – No fim dos tempos ou no segundo Advento de Jesus Cristo, quando Deus for tudo em todos, então será a da nossa vida, comunicação universal. Vale a pena meditar na grandeza que já somos em Cristo e naquela dela dependendo que viremos a ser, se, para tal nos prepararmos. A Páscoa é uma via de sentido único – a conversão integral do homem. Se nos desviarmos desta realidade, estamos a dizer quão inútil o sentido da nossa foi o sacrifício de Cristo. A descoberta do caminho para chegar a Deus é a mais importante da nossa vida, dela existência e uma dependendo o sentido da nossa existência e uma eternidade feliz. Para os cristãos, esse único caminho só tem um Nome – Jesus Cristo. Ele não é somente um Homem especial. É Deus eternidade feliz feito Homem. Deus que se fez Homem e morreu na Cruz para nos salvar. Foi Deus Quem escolheu esse modo concreto de nos salvar. Um modo que revela o Seu infinito Amor por nós e nos pede uma resposta. O cristão é, simplesmente, aquele que aceitou o chamamento de Deus para seguir Jesus Cristo. O que é, em concreto, seguir Jesus? É ver Nele o Messias libertador com uma proposta de vida verdadeira e eterna, aceitar tornar-se Seu discípulo, segui-Lo no caminho do amor, da entrega, da doação da vida, viver em comunhão com Ele, levar a todos as palavras de esperança e de fé na Redenção do Homem-Deus, que morrera mas que para sempre ressuscitou. Desde os primeiros livros até aos últimos do Antigo Testamento, era anunciado o Messias, o Novo Tempo, o tempo do Reino de Deus. Que é o Reino de Deus? É a conversão que cada um aceita empreender, a abertura ao Evangelho que cada um põe em prática, a intimidade com Deus Ressuscitado pela acção do Espírito. É a realização da paz, da justiça e do amor universais. Cada um é convocado por Jesus a construir esse Reino. No momento em que respondemos afirmativamente, começou o Reino de Deus. Somos convidados à mudança, a inaugurar algo de novo, a agir segundo a Palavra, o gesto e o coração de Deus, revelado pelo Seu Filho Jesus. Está aqui a grande novidade: o Reino de Deus entrou neste mundo para o transformar noutro mundo. É nesse sentido que cada um de nós é convidado a ser “pescador de homens”. Com a morte e ressurreição de Jesus ficou completa a criação do homem, visto que lhe foi facultada a ascensão ao estado de vida sobrenatural, a graça santificante ou vida de Deus em nós, perdida pelo pecado original, e sem a qual não é possível a Salvação. O projecto de Deus é criar o homem destinado à vida plena e definitiva que Jesus traz. A própria Vida de Jesus já libertou as pessoas da escravidão da morte. O Amor de Jesus é a Vida (“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”). O Pai entregou-Lhe todos os que Dele se aproximam para que o próprio Jesus lhes dê a Vida definitiva e plena – a Ressurreição. Jesus é a Novidade: “Eu sou a Ressurreição e a Vida”. Por isso, todo aquele que escutar Jesus, Lhe der a sua adesão total, nesse momento ressuscita, pois recebe o Espírito da Vida. Não há interrupção da vida. A morte é apenas uma necessidade física. A comunidade de Jesus – a Igreja que fundou, que é Seu Corpo Místico, do qual é a Cabeça e os verdadeiros cristãos, seus membros –, é a comunidade daqueles que já possuem a vida definitiva – os “ressuscitados da morte”, para quem a vida eterna começa já neste mundo, na medida em que nos abrimos ao mistério de Deus e O acolhemos entre nós. Somos cidadãos de duas cidades – a terrestre e a celeste. Esta, a cidade celeste, é a meta. Por isso, na morada terrestre, ou seja, o nosso corpo na sua condição de mortal, somos exilados com esperança. De onde nos vem esta esperança? De Jesus Cristo que venceu a morte, ressuscitando. Então, a esperança torna-se confiança, alegria, perseverança, força para vencer obstáculos. Assim como o Pai confiou ao Filho a missão de salvar o homem, também Lhe conferiu o poder de nos julgar, pois se fez Homem em tudo semelhante a nós. Somos julgados a cada momento, em cada acto. O Juízo Final virá corroborar este contínuo julgamento. É o “hoje” que conta para o amanhã e este “hoje” começa em Cristo e com Ele continua. É nosso compromisso praticar obras segundo o Espírito, isto é, segundo a vontade de Deus. Cada um recolherá os frutos do que houver semeado. Uma santa e feliz Páscoa. 4 A, B, C da PÁSCOA A. ÁGUA: É fonte de vida e meio de purificação. A água simboliza a vida que é o próprio Cristo que morreu e ressuscitou para que a humanidade viva plenamente. B. BRANCO: Usam-se as vestes brancas nas celebrações litúrgicas pascais, símbolo de pureza, paz e plenitude. O sacerdote usa paramentos brancos em sinal de festa. C. COELHO: É conhecida a sua capacidade para gerar grandes ninhadas. A sua grande fecundidade e fertilidade simbolizam renovação e vida nova. D. DOMINGO: Etimologicamente, significa o Dia do Senhor, pois foi o dia da ressurreição de Jesus Cristo. Os cristãos reúnem-se e celebram a sua fé neste dia. E. EUCARISTIA: Na quinta-feira santa, celebra-se a instituição da Eucaristia por Jesus. O pão e o vinho consagrados são o próprio corpo e sangue de Cristo. F. FOLAR: Tradicionalmente, é o pão da Páscoa. É, também, a oferenda que os padrinhos dão aos seus afilhados e os fiéis ao seu padre. G: GIRASSOL: Esta flor está sempre voltada para o sol à procura da sua luz. Representa, também, a procura, por parte do cristão, da luz de Cristo ressuscitado. H: HOMEM: A natureza de Jesus Cristo é divina e humana. Pilatos, quando julgou Jesus, apresentou-o ao povo com a expressão “Ecce Homo”, “Eis o Homem”. I. INCENSO: O seu aroma perfumado invoca solenidade e festa. Nas celebrações litúrgicas é um sinal de honra e respeito e símbolo de oferenda sacrificial. J. JEJUM: É um gesto penitencial que consiste na privação voluntária de comida na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. Há, também, a abstinência da carne. L. LUZ: Na Vigília Pascal, após momentos de escuridão, faz-se o fogo novo para acender o Círio Pascal que dará luz às velas nas igrejas e das pessoas. M. MORTE: Na sexta-feira santa celebra-se a morte de Jesus na Cruz. Na celebração litúrgica, escutase o relato da paixão e morte de Jesus e venera-se a Cruz. N. NOITE: O Concílio de Niceia, em 325 d.C., decidiu que o dia de Páscoa tivesse lugar no 1ºdomingo depois da lua cheia. Várias celebrações pascais acontecem à noite. O. OVO: Evoca a ideia de começo de vida. Os ovos coloridos simbolizam a ressurreição e o nascimento para uma vida nova. P. PROCISSÃO: Durante a Quaresma e, em especial, na Semana Santa, realizam-se solenes e emocionantes procissões. A Via-Sacra é uma tradição muito popular. Q. QUARESMA: Período de 40 dias de preparação para a Páscoa. Começa na quarta-feira de Cinzas e prolonga-se até ao Domingo de Ramos. Segue-se a semana santa. R. RAMOS: As pessoas receberam Jesus em Jerusalém com ramos de oliveira e palmeira, símbolo de vida e esperança. Os afilhados oferecem ramos aos padrinhos. S. SINOS: Os sinos das torres das igrejas e as campainhas do compasso anunciam solenemente a alegria e felicidade pela ressurreição de Jesus. T. TRÍDUO PASCAL: A Semana Santa termina com o Tríduo Pascal constituído pelas celebrações de quinta-feira santa, sexta-feira santa e Vigília Pascal de sábado santo. U. ÚLTIMA CEIA: Na quinta-feira santa, celebra-se a instituição da eucaristia, o dom do sacerdócio e o mandamento do Amor. O ritual do Lava-pés simboliza o serviço. V. VISITA PASCAL: Passagem pela casa das pessoas do Compasso, levando-se uma cruz florida e anunciando-se a vitória da vida sobre a morte em Jesus Cristo: Aleluia! X. XXI: Vinte e um séculos de cristianismo, fundado na pessoa de Jesus Cristo e no desígnio divino de redenção da humanidade através do mistério pascal. Z. ZÉNITE: O ponto alto e auge das celebrações do cristianismo é a festa da Páscoa. Os acontecimentos do mistério pascal são o ponto culminante de todo o ano litúrgico. Professor Paulo Costa | 38 | ENTRElinhas | JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 Exames 2008/2009 gride e obtém a menção de Aprovado desde que não se encontre numa das seguintes situações: a) Tenha obtido classificação inferior a 3 simultaneamente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática; b) Tenha obtido classificação inferior a 3 em três disciplinas, ou em duas disciplinas e a menção de Não Satisfaz na área de projecto. O Ministério da Educação já definiu os prazos para inscrição nas provas de exame, bem como o calendário para a realização dos exames nacionais para o presente ano lectivo. No 9.º ano, os alunos internos são automaticamente inscritos para os exames nacionais de Língua Portuguesa e de Matemática pelos serviços de administração escolar. Os alunos de 15 anos que reprovem no final do 9.º ano de escolaridade ou que fiquem excluídos por faltas devem inscrever-se nos exames como autopropostos no dia útil a seguir ao da afixação das pautas de avaliação do 3.º período. A inscrição para a época de Setembro nos exames de equivalência à frequência (provas elaboradas a nível de escola) dos alunos autopropostos do 3.º ciclo que, tendo realizado os exames na fase de Junho, não concluíram o ciclo de estudos, decorre de 16 a 20 de Julho, desde que a sua realização lhes permita a certificação da conclusão do ciclo. Calendário de exames do ensino básico Os exames nacionais do 3.º ciclo realizam-se numa fase única, com duas chamadas. Na primeira chamada, que é obrigatória, o exame de Língua Portuguesa realiza-se no dia 19 de Junho e o de Matemática no dia 22 de Junho. Na segunda chamada, destinada a situações excepcionais, os exames realizam-se, respectivamente, nos dias 25 e 26 de Junho. Os exames de equivalência à frequência do 3.º ciclo realizam-se em Junho e em Setembro, com uma só chamada, que decorre de 19 de Junho a 6 de Julho e de 1 a 7 de Setembro. As pautas referentes às classificações da primeira e da segunda chamada dos exames nacionais de Língua Portuguesa e de Matemática serão afixadas a 13 de Julho. As pautas relativas às classificações dos exames de equivalência às restantes disciplinas devem ser afixadas até ao dia 14 de Julho, sendo as da segunda fase divulgadas até ao dia 14 de Setembro. Exames Nacionais de Língua Portuguesa e de Matemática do 9.º ano São admitidos aos exames nacionais do 9.º ano de escolaridade todos os alunos, excepto os que, após a avaliação sumativa interna, no final do 3.º período, tenham obtido: a) Classificação de frequência de nível 1 simultaneamente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática; b) Classificação de frequência inferior a 3 em três disciplinas, excepto se alguma delas for Língua Portuguesa e/ou Matemática e nestas tiver obtido nível 2. A não realização de uma das provas de exame nacional implica, automaticamente, a não aprovação do aluno no 9º ano de escolaridade. No 3.º ciclo do ensino básico regular o aluno pro- EXAMES DO ENSINO SECUNDÁRIO Calendário de exames do ensino secundário Os prazos de inscrição para admissão à primeira fase dos exames nacionais do ensino secundário decorrem nos seguintes períodos: o prazo normal decorre de 2 a 11 de Março, e o prazo suplementar de 12 a 13 de Março. As inscrições para a segunda fase dos exames decorrem de 8 a 9 de Julho. A primeira fase dos exames nacionais e dos exames elaborados pela escola equivalentes aos exames nacionais das disciplinas dos cursos do ensino secundário decorrerá de 16 a 23 de Junho. A segunda fase decorrerá de 13 a 16 de Julho. As pautas referentes à primeira fase dos exames do ensino secundário serão afixadas no dia 7 de Julho, sendo as da segunda fase divulgadas no dia 30 de Julho. Os exames dos cursos científico-humanísticos instituídos pelo Decreto-Lei nº 74/2004, de 26 de Março, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 24/2006, de 6 de Fevereiro, revestem duas modalidades: a) Exames finais de âmbito nacional na disciplina de Português da componente de formação geral, na disciplina trienal e nas duas disciplinas bienais da componente de formação específica, a realizar obrigatoriamente no ano terminal das mesmas; b) Provas de equivalência à frequência nas restantes disciplinas e área não disciplinar não sujeitas ao regime de exame final nacional, a realizar obrigatoriamente no ano terminal das mesmas. As provas do 12º ano das disciplinas trienais dos cursos científico-humanísticos incidem sobre o programa do 12° ano. As provas das disciplinas bienais dos cursos científico-humanísticos incidem sobre as aprendizagens correspondentes à totalidade dos anos de escolaridade em que a disciplina é leccionada. Provas de Aferição do 6º ano de escolaridade A concluir indicam-se as datas de realização das Provas de Aferição do 6º ano de escolaridade: Língua Portuguesa – 18 de Maio de 2009 – 10.00 horas; Matemática – 20 de Maio de 2009 – 10.00 horas. Data da publicitação das pautas com os resultados obtidos pelos alunos - 18 de Junho de 2009. O Secretariado de Exames GPSS Sessão sobre o HIV/SIDA No dia dois de Dezembro, as turmas do 9º ano juntaram-se no Auditório António Joaquim Vieira para uma aula especial, a propósito de um dos maiores dramas dos tempos modernos: a SIDA. No segundo bloco da manhã, os alunos reflectiram a propósito da temática proposta, cuja data oficial se celebrara no dia anterior: 01 de Dezembro – Dia Mundial da Luta contra a SIDA. A sessão foi organizada pelo GPSS, Gabinete Por 1 Sexualidade Saudável, e orientada e dinamizada por três enfermeiras do Centro de Saúde da Feira. Foi apresentado um pequeno filme alusivo à temática da SIDA, com testemunhos reais de pessoas infectadas pelo HIV e com informações importantes sobre a doença. Posteriormente, foram apresentadas as ideias essenciais sobre a SIDA e sublinharam-se as principais formas de transmissão, bem como os muitos mitos que ainda persistem sobre as maneiras de infecção. A partir dos inquéritos feitos previamente às turmas, foram apresentadas graficamente as percentagens de conhecimento, de dúvida e de ignorância relativas a algumas questões fundamentais sobre o HIV. Finalmente, houve um espaço para debate, no qual os alunos procuraram esclarecer as suas dúvidas. As enfermeiras responderam a todos com clareza e objectividade, tendo ficado claro que a SIDA (Síndroma da Imunodeficiência Adquirida) é o re- sultado da entrada no organismo do HIV, que vai destruindo o sistema imunitário e debilitando a capacidade do organismo humano se defender, levando à morte. Foi sublinhada a ideia de que é possível estar-se infectado e não se evidenciar exteriormente qualquer sintoma da doença. Destacou-se, também, o facto de a doença não estar necessariamente associada a grupos de risco, como é o caso dos indivíduos homossexuais e dos toxicodependentes. As relações sexuais não protegidas, a partilha de material cortante em contacto com sangue contaminado e a mulher grávida que infecta o seu filho são as formas normais e frequentes de transmissão do HIV. O GPSS, em complemento desta acção, preparou alguns cartazes alusivos à temática a afixou-os em vários pontos do colégio, para além de ter distribuído marcadores aos alunos do Secundário. Cartaz de sensibilização sobre o problema do HIV/SIDA No fundo, a mensagem transmitida, com estas diferentes actividades, foi a de que a vida tem um valor inestimável e não nos podemos deixar contaminar pela dúvida. O desafio lançado foi o da necessidade de adoptarmos sempre comportamentos saudáveis, conscientes e responsáveis. Não vale a pena arriscar!... Gabinete Por 1 Sexualidade Saudável 5 JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 | ENTRElinhas | 38 | Antigos alunos do Colégio Maria Irene Santos e Bruno Monteiro são os actuais rostos da coluna que, neste jornal e no sítio do Colégio, periodicamente apresento ao leitor. Maria Irene Santos integrou a primeira turma desta esco- distinguem-se na vida activa Os notáveis VII • Curso de Enfermagem Complementar, Secção de Ensino e Secção de Administração, na Escola de Ensino e Administração de Enfermagem de Lisboa • Mestrado em Ciências de Educação, Área Especifica de Pedagogia da Saúde, na Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação da Universidade Clássica de Lisboa • Pós-graduação em Bioética na Universidade Católica Portuguesa • Curso e estágio de Análise Transaccional Centro de Estudos de Gestão e Organização Científica de Lisboa Bruno Filipe Cunha 5º ao 12º Martins de Sousa ano Monteiro Músico/ Violinista Concertista Percurso Profissional •Foi docente na Escola Superior de Enfermagem da Imaculada Conceição •Foi Enfermeira-Professora e Professora-Coordenadora do Ensino Superior Politécnico •Integrou a Comissão Instaladora da Escola de Enfermagem Pós-Básica do Porto •Foi coordenadora do Departamento de Enfermagem da Organização e da Comunidade, presidente do Conselho Pedagógico e membro efectivo do Conselho Científico da Escola Superior de Enfermagem Cidade do Porto •Foi bolseira da Organização Mundial de Saúde, tendo realizado um estágio no Canadá, na Faculdade de Ciências de Enfermagem da Universidade de Montreal •Colaborou na orientação do Mestrado em Pediatria da Faculdade de Medicina do Porto •Orientou teses de mestrado em Ciências de Enfermagem, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar do Porto •Participou em vários trabalhos de Investigação, da Escola Superior de Enfermagem Cidade do Porto e do Ministério da Saúde • Actualmente colabora com o Secretariado da Educação Cristã, da Diocese do Porto, na formação de catequistas aos diferentes níveis e faz parte do Secretariado da Catequese da Paróquia de Santa Maria de Lamas •É parte integrante do Conselho da Fundação Santa Maria (entidade que tutela o Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas) Universidade Nova de Lisboa, Teatro Municipal de São Luiz, Centro Cultural de Belém, Teatro Nacional de São Carlos e Temporada de Música da Fundação Calouste Gulbenkian •Gravou por diversas vezes para a Televisão e Rádio (Antena 2, Rádio Clube Português e Rádio Europa) de Portugal •Tocou como solista com a Orquestra da Fundação Musical dos Amigos das Crianças de Lisboa, Or•Mestrado em Música (Violin Performance) pelo questra da Escola Profissional de Música de Espinho, Orquestra Musicare, Nova Orquestra de Câmara do Porto, Orquestra Filarmónica das Beiras, Orquestra do Norte, Orquestra de Palma de Maiorca, Chicago College of the Performing Arts/RooseOrquestra Clássica da Madeira, Orquestra Sinfónica Portuguesa e com a English Chamber Orchestra velt University, como bolseiro do Ministério da Cultura/Gabinete das Relações Internacionais e do •Representou Portugal na Jeunesses Musicales World Orchestra, no naipe dos primeiros violinos, Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior durante dois anos consecutivos. Integrado nesta orquestra, gravou ao vivo na Berlin Philharmonie, sob a direcção dos maestros Daniel Harding e Ole Kristian Ruud •No estrangeiro, actuou em Espanha (Festivais Internacionais de Música de Cura e Artà), França, •Atribuída em 2007 uma bolsa de estudo pela Fundação Para a Ciência e Tecnologia para Estudos Itália, Holanda, Alemanha (Berlin Philharmonie), Dinamarca (Radio Danish Hall de Copenhaga), de Doutoramento nos Estados Unidos da América Filipinas, Malásia, Coreia do Sul e E.U.A (nomeadamente como solista na Casa Italiana Zerilli Marimò e no Carnegie Hall de Nova Iorque) •Gravou, até ao momento, três trabalhos discográficos, intitulados DEBUT (NUM1154), 20th CENTURY EXPRESSIONS (NUM1173) e IN RECITAL •Galardoado nacional e internacionalmente, recebeu, entre outros, o 1º Prémio Nacional de Violino do Concurso da Juventude Musical Portuguesa de Lisboa e foi um dos vencedores com a Menção Especial do Júri do Ibla Grand Prize International Music Competition em Itália •Considerado pela crítica especializada como sendo “sem dúvida um dos melhores violinistas portugueses da actualidade” (Público). O seu som é descrito como “cristalino e hipnótico” (Jornal de Notícias). O mesmo jornal elogia igualmente o seu “virtuosismo” e as suas interpretações reflectem “a atenção ao pormenor, o fraseado certo e o cuidado na expressão. Tudo é claro, sincero e veemente.” (Jornal de Letras) • Licenciado em Música (Violin Performance) pela Manhattan School of Music de Nova Iorque, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Centro Nacional de Cultura Educar para a tolerância A tolerância é a atitude por meio da qual procuramos compreender os erros, as falhas, os defeitos e as limitações de outras pessoas, evitando contínuas reprovações. Ser tolerante significa saber escutar as opiniões contrárias às nossas, com uma postura de apreço para com aqueles que as expressam; saber conviver com os defeitos de outras pessoas, sem necessidade de os realçar sempre. Tolerar é amar. Amar o diferente, precisamente, porque é diferente. Porque não é como nós. Amar como se fosse um dom que nos é dado por um ser supremo para praticarmos o bem, para sermos generosos, para servirmos o próximo sem esperar receber nada em troca, mesmo em relação a muitos daqueles que não são tolerantes. Às vezes, confundimos tolerância com permissividade. A permissividade consiste em justificar, permitir e aprovar tudo. Ser tolerante não significa não expressar os próprios pontos de vista, não denunciar factos graves ou não apontar injustiças ou erros sociais. Pelo contrário, a tolerância ajuda a compreender os fenómenos humanos com mais objectividade e obriga-nos a assumir uma posição activa para conseguirmos evitar os erros e as suas consequências. Fundamentos da tolerância. A tolerância só faz sentido dentro de certos limites para salvaguardar e preservar as condições da sua existência. É o que Karl Popper (no seu livro “Sociedade Aberta e seus Inimigos”. Belo Horizonte, Itatiaia, 1974) chama “paradoxo da tolerância”. De acordo com este pensador, se formos absolutamente tolerantes, inclusive com os intolerantes, e não defendermos a sociedade tolerante contra o ataque destes, os tolerantes serão aniquilados e, juntamente com eles, a tolerância. A tolerância infinita é a tolerância do horror e da crueldade. Portanto, tolerar o Apartheid ou o Nazismo, por exemplo, seria ser cúmplice, no mínimo JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS TRIMESTRAL . ANO XIII . JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO 2009 www.colegiodelamas.com Rua do Colégio - Apartado 107 [email protected] 4536-904 Sta Maria de Lamas Director: Joana Vieira Editor: Luis Filipe Aguiar Design e Paginação: Daniel Pedrosa NOTA: os artigos assinados são da responsabilidade dos autores. por omissão, e essa tolerância já seria colaboração com o horror ou com a maldade. Uma virtude não se pode entrincheirar na intersubjectividade virtuosa. Ou seja, quem só é justo com os justos, generoso com os generosos, misericordioso com os misericordiosos não é nem justo, nem generoso, nem misericordioso. Nesse sentido, também não é tolerante quem só tolera os tolerantes. Por outro lado, a tolerância não pode depender do ponto de vista dos intolerantes. Não podemos renunciar a tolerância para com aqueles que não a praticam. Como educar para a tolerância. Praticar a tolerância é viver uma coexistência inter-comunitária e multicultural, e tudo fazer para a resolução pacífica das divergências. Incutir no espírito dos jovens uma cultura de tolerância passa por educá-los no espírito de compreensão e abertura aos outros, na sua cultura e na sua história. Para alcançar uma cultura de tolerância, os educadores devem levar os jovens a rejeitar a violência D.R. Enfermeira e Professora Coordenadora do Ensino Superior Politécnico na Área da Saúde curta, mas já valiosíssima carreira. Em todo o caso, um e outro, seguramente constituem exemplos a seguir pelos nossos actuais alunos. Professor Gautier de Oliveira e a usar meios pacíficos para resolver os conflitos e os desacordos. Aos educadores cabe, também, adoptar uma atitude desprovida de arrogância na sua relação com os jovens, a seu cargo, no processo educativo, tendo em vista imbuí-los de uma cultura de tolerância. Uma preparação intelectual que permita formar opiniões livres, humildes e responsáveis é, igualmente, uma dimensão que o educador deve transmitir aos jovens para que estes sejam culturalmente tolerantes. Para fazer com que os jovens pratiquem a tolerância, o educador deve, adicionalmente, abordar de maneira distinta a ética e os valores transmitidos pelas diferentes religiões e incentivar o conhecimento mútuo entre nações, para evitar preconceitos e estereótipos. Todos nós temos o direito de opinar sobre qualquer assunto. Todavia, isso não significa que estejamos certos e que as nossas opiniões sejam verdadeiras. O ser tolerante impõe que, nas relações sociais, impere a força da razão e não a razão da força. Professor José Maria Samuco Colaboram nesta Edição: Textos de: Ana Rita - 11º A1, Juliana Pinto - 11º B Artes Visuais, Daniela Sá e Ana Carminda Correia - 7º A, Flávio Miguel da Silva Azevedo e Rafael Dias da Luz - 7º H, Alexandre Maduro e Rui Alves - 7º H, Eduarda Alexandra Carvalho - 10º A6, Ariana Martins - 10º A5, Gil Cardoso - 12º A5, Rita Félix e Flávio Couto - 8º G, Marco - 8º I, Fábio Alexandre 9º C, Filipa e Sofia Lopes 9º F, Mariana Sá - 9º F, Bárbara - 5º L, Fernando Cruz - 5º D, Cláudia - 5º A, Isabel - 5º G, Alexandra Santos - 5º L, Ana Sofia - 5º E, Nuno Alves - 5º G, Juliana Sousa Teixeira - 9º F, Alunos do 12º Ano do Curso Tecnológico de Desporto, Maria Inês Azevedo - 8º H, Maria Leonor - 7º J, Gisela Andrade - 12º A2, Patrícia Couto - 12º C, Patrícia de Jesus - 12º A1, Rui Sarabanda - 12º C, Anaïs - 12º C e Ana Tavares - 7º H. Professores António Joaquim Vieira, Gautier de Oliveira, Secretariado de Exames, Gabinete Por 1 Sexualidade Saudável, José Maria Samuco, Fernando Vicente e Alexandra Salomé, José Eduardo Pascoal, Isabel Pinto e Maria José Leite, Clube do Ambiente, Susana Ferreira (Conservadora do Museu de Santa Maria de Lamas), Mário César Correia, João Sousa, Grupo de Promoção da Leitura e Américo Couto. Fotografias de: Professores Luis Filipe Aguiar, Nuno Vieira, Margarida Coelho, Daniel Pedrosa, atelier de fotografia, Conceição Couto, Leandro 11º B Artes, Fernando Vicente, José Eduardo Pascoal. ficha técnica Maria Irene Alves dos Santos Percurso Escolar no Habilitações Literárias Colégio 5º e 6º ano • Licenciatura em Enfermagem na Escola de Ensino e Administração de Enfermagem de Lisboa la, de que era professor o Dr. António Vieira. É enfermeira de formação, mas professora por vocação. Por sua vez, Bruno Monteiro é um jovem músico, mais propriamente violinista concertista, com uma 6 | 38 | ENTRElinhas | JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 Professores Fernando Vicente e Alexandra Salomé cantinho da ciência Olá Amigos! Nesta edição do “Cantinho da Ciência”, abordamos, como já vem sendo hábito, temas muito diversificados: sabiam que 2009 é o Ano Internacional da Astronomia? Vamos dar a conhecer as inúmeras actividades que se desenvolverão por todo país e também na nossa escola; falaremos também dos “gases nobres”, esses elementos que já pelo nome nos surpreendem; este ano celebram-se também os 200 anos do nascimento de Charles Darwin; concluímos com algumas curiosidades “animalescas”! Saudações científicas!!! observação e tenta descrever o Universo tal como o vemos. Reconhecida a importância da data, a União Astronómica internacional (IAU), a UNESCO e a Organização das Nações Unidas (ONU), declararam 2009 “Ano Internacional da Astronomia”. O Ano Internacional da Astronomia 2009 (AIA2009) pretende, antes de mais, ser uma celebração global da Astronomia. Um pouco por todo o país, desde escolas aos diferentes Centros de Divulgação Científica, serão desenvolvidas inúmeras actividades. Aqui bem próximo destacam-se o Centro Multimeios em Espinho e o CAUP (Centro de AstroFísica da Universidade do Porto) com inúmeras actividades para todos. Aqui ficam os contactos para poderem aceder ao calendário das actividades: Multimeios - http://www.multimeios.pt/eventos/2 CAUP - www.astro.up.pt. Na nossa escola irão realizar-se sessões num miniplanetário para todos os alunos do 7º ano; no dia 20 de Março, pelas 21:30h teremos uma sessão de Observação Nocturna e no 3º Período (em data a anunciar) uma Palestra “O Universo e as estrelas” destinada aos alunos do 10º ano. Professor Fernando Vicente Os Gases Nobres 2009: Ano Internacional da Astronomia! No ano de 2009 comemoram-se 400 anos das primeiras observações de Galileu realizadas com um telescópio. Sem se aperceber, Galileu escreveu uma das páginas mais importantes na história da Astronomia, Cultura Cientifica e na Civilização Ocidental. Para muitos, existe uma Astronomia antes de Galileu e depois de Galileu. Uma Astronomia que se apoia na JORNADAS DA Física e Química Electrões em acção! Os elementos químicos, ou seja, todos os símbolos que representam as pequenas partículas existentes no nosso mundo, estão distribuídos numa tabela, a “Tabela Periódica dos Elementos”. Esta tabela é constituída por linhas e colunas, respectivamente chamados de Períodos e Grupos. Estes Grupos e/ou Períodos dão origem a famílias. Estas famílias são criadas devido às semelhanças entre as características dos elementos. Elementos esses que são representados, normalmente, por uma ou duas letras que fazem parte do seu nome. Os Gases Nobres são uma família desta tabela. São chamados Gases Nobres não porque sejam reis ou rainhas e porque pertençam à Nobreza como classe social, mas sim porque são gases raros, gases muito especiais. Não são elementos que aparecem na Natureza com tanta frequência como o oxigénio, o azoto, o ferro ou o cálcio. A esta família que representa o Grupo 18 da Tabela Periódica pertencem os gases: Hélio (He), Neon (Ne), Árgon (Ar), Crípton (Kr), Xénon (Xe) e Rádon (Rn). Estes 6 elementos representam, na Natureza, átomos inertes, ou seja, átomos que reagem muito dificilmente com o meio onde estão. Devido a estas características, que mais nenhum elemento possui, estes elementos do Grupo 18 são os Gases Nobres. O Néon, o Árgon, o Krípton e Xénon são muito utilizados na iluminação enquanto o Hélio é usado nos balões dirigíveis, como líquido de refrigeração ou como atmosfera artificial para os mergulhadores. Daniel Rodrigues, 10º A OCORP ___________________ (mamífero com pêlos curtos e rijos) NHLOGIFO _________________ (mamífero aquático que só tem pelos nos primeiros tempos de vida) -ONNOIRRETEC _________________ (animal com pele muito espessa que forma pregas grossas) APPAIOAG ____________________ (animal com penas de cores vistosas) Nuno 5º L (com a Profª Salomé) Data a recordar: 12 de Fevereiro de 1809! Curiosidades “Animalescas”… A vaca é um mamífero, isso já sabíamos! Mas que é capaz de em 8 horas consumir até 70 kg de erva! Tanto apetite :) A baleia azul é um cetáceo, um gigante dos oceanos! Gigante é também a quantidade de ar que o seu pulmão pode conter: aproximadamente 5000 litros :) O urso pardo é um mamífero que serve de inspiração para os nossos peluches de brincar! Mas imaginar que um urso pardo macho pode atingir os 780 kg, é assustador:) O elefante africano é um animal que precisa de beber diariamente 200 litros de água! Se houvesse limite como nas bebidas alcoólicas, o elefante estava tramado :) A mosca, animal que nos rodeia e que pode, por vezes, tornar-se irritante produz 400 a 1000 ovos na sua vida…uma geração de irritação :) O pato-mandarim é uma ave que em cada postura põe de 9 a 12 ovos! Certamente é matemática, à dúzia é mais certinho. Nuno 5º L (com a Profª Salomé) …E letras baralhadas! Consegues identificar estes animais? AMLA ____________________ (Animal com pêlos abundantes que protegem do frio) ÃOACELAM__________________ (Animal cujo revestimento lhe serve de camuflagem) Nasce Charles Darwin, na cidade de Shrewsbury, em Inglaterra. É filho do Dr. Robert Darwin, físico e médico. Quando a mãe morre, tinha Darwin 8 anos. Darwin inscreve-se num curso clássico na Universidade de Cambridge, mas a única disciplina que frequenta com regularidade é botânica. Nessa instituição conhece o professor Henslow que o recomenda para o cargo de naturalista na expedição do HMS BEAGLE. Beagle era um pequeno navio da marinha britânica que partiria em missão de investigação científica e em estudos hidrográficos na América do Sul. Durante os 5 anos desta expedição o jovem naturalista observa, descreve, regista, recolhe e desenha inúmeras situações/aspectos da natureza que levariam às ideias da teoria da evolução das espécies. Darwin, homem simples, casa com uma prima, Emma, com a qual tem filhos, um dos quais morre com 19 meses, o que lhe provocou profundo desgosto…Hoje é célebre e reconhecido pela comunidade científica… não foi um aluno (muito) brilhante - ouviu do próprio pai “só te preocupas com caça, cães e ratos, serás a vergonha da família e de ti mesmo…” Estava enganado! Professora Alexandra Salomé O que eles disseram… com fotos! “Eu gostei muito desta actividade, foi muito divertido. Só queria era saber como se faz! Queria vir cá mais vezes!” Bárbara, 5º L Como já vem sendo hábito, o grupo de Física e Química desenvolveu, também este ano lectivo, um conjunto de várias actividades de divulgação “Esta actividade foi muito interessante e também me científica. mostrou muitas experiências que eu nunca tinha visto. Gostei muito!” Fernando Cruz, 5º D Estas actividades tiveram início no dia 2 de Março com “A Química divertida” para todas as turmas do 5º ano. Foi também organizada uma exposição de trabalhos/projectos elaborados pelos nossos alunos (desde o 7º ano até ao 11º ano), com temáticas muito diversificadas – o Sistema Solar, Energias Renováveis – subordinadas ao tema geral “Física e Química na Nossa Vida”. Das restantes actividades desenvolvidas destacam-se as relacionadas com o Ano Internacional da Astronomia: Sessões com um Mini-planetário para todos os alunos do 7º ano e uma sessão de Observação Nocturna “…A Ver Estrelas” destinada a toda a comunidade escolar, a 20 de Março. O grupo de Física e Química agradece a colaboração de todos os colegas e também da Direcção Pedagógica do nosso Colégio que garantiu todas as condições para que as actividades pudessem ser organizadas. Professor Fernando Vicente “Eu gostei muito de vir cá, principalmente para fazer o pega-monstro!” Alexandra Santos, 5º L “Eu gostei desta actividade porque foi divertido e aprendi mais sobre Ciência!” Cláudia, 5º A “Gostei de tudo!” Nuno Alves 5º G “Adorei o laboratório! Foi “bué de fixe”! Ana Sofia, 5º E “Esta actividade foi muito gira e divertida! Queria vir cá novamente!” Isabel, 5º G 7 JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 | ENTRElinhas | 38 | Atelier de Gravura e alunos dos Cursos Profissionais em visita ao Museu Nacional da Imprensa Ao contrário do que tinha sido habitual, o dia 26 de Janeiro mostrou-se com um agradável Sol de Inverno que ajudou a aquecer a brisa proveniente do Rio Douro. Foi neste dia que os alunos do atelier de gravura, coordenado pela Professora Margarida Coelho, se deslocaram até ao Museu da Imprensa. O Museu Nacional da Imprensa tem por missão inventariar e recuperar o património tipográfico e da imprensa do país, assim como promover actividades de dinamização cultural, numa perspectiva antropológica, educativa e turística. Tendo como lema “o prazer da cultura”, a missão do Museu inscreve-se também na valorização da história da imprensa e das artes gráficas, no contexto da evolução da sociedade. Desde a inauguração, ocorrida em Abril de 1997, que este Museu desenvolve as suas actividades de forma a romper com o paradigma tradicional dos museus. O MNI abriu como o primeiro “museu vivo” do país, funciona 365 dias no ano e orienta a sua estratégia para a descentralização cultural e a internacionalização, numa linha de conquista de novos públicos. Este museu mantém um espólio permanente e ainda várias exposições temporárias. Os visitantes têm acesso a um conjunto variado de maquinaria antiga que era usada no passado para impressões material que ainda é utilizado, até durante a visita! Fazem ainda parte das exposições permanentes miniaturas tipográficas e obras premiadas das edições do Porto Cartoon-World Festival. Tivemos ainda oportunidade de ver outras exposições temporárias, destacando-se a de gravura. Esta última permitiu-nos experienciar uma dinâmica de gravura mais profissional, algo que se demonstrou muito útil quer no próprio atelier, quer na nossa formação artística. Para os amantes de gravura e história, e ainda para os apreciadores de uma boa vista sobre o Douro, os alunos do atelier de gravura aconselham a visita a este museu. Juliana Pinto, 11º B Artes Visuais Atelier de Gravura No passado dia 5 de Dezembro de 2008, os alunos do Ensino Profissional do 10º INF B e 10º AS participaram numa “saída de campo” ao Museu Nacional da Imprensa, no Porto, promovida pelos professores da disciplina de Área de Integração. A visita, que se desenrolou durante a manhã, teve dois objectivos essenciais: conhecer o espólio do Museu Nacional da Imprensa, através da exposição “MEMÓRIAS VIVAS DA IMPRENSA”, e apreciar os trabalhos apresentados na exposição temporária “PORTO CARTOON – O RISO DO MUNDO”. A primeira exposição, que inclui um conjunto diversificado de máquinas impressoras, autênticas relíquias da indústria gráfica, ocupa, desde 1997, a “Sala Rodrigo Álvares”. Nascido em Vila Real, este impressor utilizou, em 1497, a técnica dos caracteres ou tipos móveis, desenvolvida por Gutenberg na Alemanha, cerca de 50 anos antes. Por ter imprimido no Porto, dois livros, a pedido de D. Diogo de Sousa, então bispo daquela cidade, Rodrigo Álvares foi considerado o “Gutenberg Português”. Esta exposição foi orientada por uma guia, que explicou detalhadamente o significado e a utilidade de cada máquina impressora, numa perspectiva cronológica. Os alunos tiveram ainda a oportunidade de experimentar algumas prensas manuais e levar para casa um exemplar da sua impressão. A visita prosseguiu pela exposição PORTOCARTOON - O RISO DO MUNDO. Aqui, os alunos puderam apreciar dezenas de obras de cartoonistas internacionais sobre a temática dos “Direitos Humanos”, e simultaneamente os trabalhos premiados nas edições anteriores do PortoCartoon-World Festival. Esta iniciativa, promovida pelo Museu Nacional da Imprensa, tem vindo a impor-se cada vez mais na cena internacional e aquele festival já é considerado um dos três principais concursos mundiais de humor, de acordo com a classificação internacional dada pela FECO (Federation of Cartoonists Organisations). Na sala onde decorria esta última exposição, os visitantes foram ainda surpreendidos com uma mostra de jornais escolares da região do Grande Porto, onde se encontrava presente uma edição do nosso “Entrelinhas”. A visita terminou no final da manhã, altura em que regressámos ao Colégio, tendo sido do agrado de todos, uma vez que permitiu, por um lado, articular os conteúdos adquiridos nas aulas com o saber prático vivenciado no Museu e, por outro, criar um momento de convívio entre alunos e professores, fora do ambiente escolar. Professor José Eduardo Pascoal 10º Inf e 10º A5 POS CAIXA DE TI selecção de caracteres Porto cartoon em COMPOSIÇÃO dos textos para impressão PRENSA impressão do texto alunos do 12º ano do Colégio VISITAM Palácio/Convento de Mafra No passado dia 4 de Março, os alunos do 12º ano foram a Mafra, visitar o palácio/convento e assistir a uma representação teatral referente à obra “Memorial do Convento”. Esta visita, promovida pelo Professores de Português do Colégio, pretendeu “abrir o apetite” para a abordagem de uma das obras mais emblemáticas do prémio Nobel da literatura português e conteú- exibição do da disciplina no 12º ano. Depois de um “ sacrifício” por parte de todos, para estarem prontos e no portão do Colégio às 6h30 e após uma maçadora viagem de autocarro, chegá- mos a Mafra por volta das 10h30m. E logo no período da manhã, uns alunos foram visitar o convento e outros foram assistir à peça de teatro. Relativamente à visita, foi bastante interessante – um dos aspectos a salientar é a biblioteca (onde vivem uns pequenos morcegos devoradores de larvas ou outros insectos que possam danificar os livros!). Outro aspecto que importa referir é o facto de todos se sentirem minúsculos ante a imponência apresentada pelo convento devido à sua gigantesca dimensão. A parte da representação, apesar de ter sido um teatro emotivo e bem representado, levou a que alguns alunos perdessem um pouco a atenção talvez o cansaço e o lugar que lhes foi destinado tenham contribuído para tal. Por fim, apesar de cansados, a viagem de volta fezse mais agradavelmente, pois viemos todos a cantar e a falar, animando assim a longa viagem que terminou por volta da 21h, quando chegámos de novo ao Colégio. Foi uma visita interessante e o esforço que todos canalizaram para a sua concretização saiu compensado: afinal, a possibilidade de contactar com uma realidade diferente e nova é sempre uma motivação adicional. Gil Cardoso, 12º A5 8 | 38 | ENTRElinhas | JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 Gala das Estrelas 3D Diálogo, Descoberta e Desenvolvimento No passado dia 19 de Fevereiro de 2009 teve lugar a Gala das Estrelas 3D: Diálogo, Descoberta e Desenvolvimento. Nela, todas as turmas do 7º ano fizeram uma pequena apresentação sobre a sexualidade (tema tratado nas aulas de E.M.R.C. - durante os primeiro e segundo períodos - nas quais fomos dialogando, descobrindo e desenvolvendo). O primeiro grupo foi os “Love Heroes”, que apresentou um musical sobre as profissões e um lindo poema sobre o amor. Seguidamente, actuou o grupo “Ellas e Elles”, que trouxe os temas: “Eu não sei quem te perdeu” de Pedro Abrunhosa e a dança “Insaciável” de Angélico. O espectáculo prosseguiu com a actuação dos ”Janotinhas no Blog da Adolescência”, interpretando a música “Longe do mundo” de Sara Tavares. Posteriormente, actuou o grupo “As Máscaras”, que dançou um excerto da música “Fala-me de Ti”, do T.T., que fala de uma paixão pela rapariga mais pretendida da Escola. O quinto grupo a apresentar um vídeo foi “Os Superstar” que fez um vídeo-clip da música “Não há estrelas no Céu” de Rui Veloso e que contou com a participação de familiares. O sexto grupo - “Os Primeiros Impulsos”, interpretou e apresentou uma coreografia da música “Foi Feitiço” de André Sardet. Seguidamente, actuou o grupo “Baby Dolls” que dançou as músicas “Lady, deixa-te levar” e “Faz acontecer” de T.T.. Posteriormente, visionámos um filme, em fantoches, - “Reviravoltas no Tempo” - realizado pelo grupo “Twenty-seven Stars”, que respondeu a questões como a razão do amor não ser egoísta, de que se sente com o coração, etc. O nono grupo - “Pequenos Adolescentes” apresentou um vídeo e uma dramatização sobre a impaciência dos adolescentes para com o crescimento. O grupo seguinte mostrou como fazer uma relação durar com a frequência hip-hop da música “Amor e Felicidade” escrita por R.D.L. dos fantásticos R.F.M. e C.A. O espectáculo prosseguiu com o vídeo “007, Ordem para Amar” no qual foi tratado o tema: o amor com as transformações na adolescência. Seguidamente, “Os Contemporâneos” mostraram-nos uma linda história em fotos chamada “O Fio Encantado” que foi sobre a constante pressa dos adolescentes para crescer e o quanto isso os pode prejudicar. Por fim, visionámos um filme realizado pelos alunos do “Studio D” que se chamava “Um dia com…”, onde esclareceram algumas dúvidas que perturbam os adolescentes da actualidade. E assim terminou esta gala que mostrou um grande esforço, dedicação e criatividade por todos os alunos do 7º ano. Esta gala, fantástica, foi muito significativa para todos aqueles que a ela assistiram. Daniela Sá e Ana Carminda Correia, 7ºA auditório antónio joaquim vieira acolheu o festival 3D preparado com entusiasmo pelos alunos do 7.º ano. “O Amor e a Felicidade ’’ Uma pessoa que tenha ocupação no teu coração Não é um simples amigo, é o teu namorado Prova o amor que sentes para ele ficar pasmado Vai procurar mais além Tens de fazer alguma cena nova Se queres encontrar alguém Se estás apaixonado, trabalha, comprova Nada de falsidade Ama quer estejas com ela ou sozinho Só o amor e felicidade O amor consiste na verdade e no carinho (Refrão 2x) Por enquanto namoras, mas pode dar em casamento Se amas mesmo a pessoa tem de ‘tar no teu pensamento Desta vez eu falo de sexualidade Sai de casa e grita por ela na rua Isso só acontece através da liberdade Pensa nela que a mesma levar-te-á até à Lua É para quem tem Mentalidade Ou podes ir até às nuvens Mas se queres que isso aconteça Mas cuidado podes ter vertigens Tens de ir com calma para não perderes a cabeça Viaja para fora do país Tens de ter muito cuidado Sê criativo, torna a pessoa feliz Para não fazeres algo de muito errado Não a faças sofrer, não a trates mal Tens de ter a mente esperta mas é sem medo Toma precaução para não teres um bebé a pedir-te um brinquedo Pensa numa prenda fixe para o Natal Pensa num casaco ou num calção Tem cuidado, não é brincadeira Pensa em cenas positivas, nunca na traição Vê lá, não faças asneira Ama, e faz com que a relação para sempre continue Tens de amar do tamanho da multidão iniciativas “A Adolescência” Ao longo do primeiro período, na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, dialogámos sobre o tema “A Adolescência” e descobrimos algumas transformações que surgem durante esta fase ao nível físico, psicológico, afectivo, espiritual e social. Visualizámos ainda acetatos sobre a ovulação e o desenvolvimento do sistema reprodutor masculino e feminino durante a puberdade. No âmbito do planeamento familiar, desenvolvemos os nossos conhecimentos sobre os vários métodos anticonceptivos, as D.S.T. (Doenças sexualmente transmissíveis) e os problemas que podem originar. Acerca deste assunto foi-nos apresentado, em PowerPoint, um trabalho cujo título era “A Adolescência”. No quadro interactivo, os alunos viram um vídeo sobre “Fases na Puberdade” e reflectimos sobre a mensagem transmitida. Durante o segundo período, os alunos prepararam a Gala das Estrelas 3D – “Diálogo, Descoberta e Desenvolvimento” e a nossa turma preparou uma coreografia intitulada “Amor e Felicidade”. O espectáculo foi apresentado às várias turmas no grande auditório no dia 19 de Fevereiro. Alexandre Maduro & Rui Alves, 7º H Faz com que a relação cresça, nunca recue Usa a inteligência para a relação durar Reflecte, não faças asneira se não a relação terá de terminar (Refrão) Agora eu dou continuidade a esta história Só para te relembrar a Memória E para não te esqueceres deste aviso Muito importante Não sei porquê que isto para ti é muito hilariante Isto é a sério, não estejas a brincar Reflecte, senão o Terror começa e nunca Mais vai acabar “ – Quem te avisa teu amigo é.’’ Só quando acontece algo, é que te pões firme, e em pé? Não faças isso, pois já é tarde a mais Tenta comprovar agora, porque nunca é demais Já está o Meu aviso feito Agora é tudo, tu é que tens de tirar o proveito, com jeito Porque se não fizeres algo correcto O aviso não vai dar certo, não vai dar certo… (Refrão) Flávio Miguel da Silva Azevedo & RDL (Rafael Dias da Luz) 7.º H 9 JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 | ENTRElinhas | 38 | auditório antónio joaquim vieira encheu para assistir ao festival harmonias F&M FESTIVAL HARMONIAS F&M Por uma sexualidade no tom ideal Já é tradição da disciplina de Educação Moral Religiosa e Católica organizar um evento especial com as turmas do 10ºano, com base na temática da Educação Sexual. A iniciativa está na linha da intenção do Colégio de proporcionar aos seus alunos uma educação integral, baseada em valores morais, éticos e sociais. A intenção é, verdadeiramente, a de educar para a Vida! De facto, a sexualidade é uma realidade maravilhosa que faz parte da nossa essência, desde o primeiro momento da nossa existência e nos acompanha até ao ocaso da vida. Constitui-se como um autêntico dom de Deus, que de tudo quanto criou disse que era bom. Como vem sendo habitual, a música serviu de base de trabalho para o Festival que teve lugar no dia 19 de Fevereiro, no auditório António Joaquim Vieira. Este ano lembrámos, de forma singular, a nossa feminilidade e masculinidade, na harmonia F&M e para celebrar a vida e a proximidade da vida adulta, viemos vestidos de forma solene. No entanto, o verdadeiro desafio foi o do 1ºperíodo, onde fomos convidados a estudar, pensar e viver uma sexualidade séria e sem tabus, de forma consciente, esclarecida e responsável. Para as coisas não ficarem pela teoria, ao longo de alguns meses procurámos, também, preparar um festival musical à volta da ideia da Harmonia, na música, na vida e na pessoa de cada um. Na verdade, deturpar a beleza da sexualidade humana é estragar e desafinar o autêntico sentido e valor da vida. Foi com o objectivo de reflectir a devida atenção para a pluralidade das dimensões da sexualidade que coube a cada turma trabalhar um subtema. Ao longo do Festival, tivemos a oportunidade de assistir a uma curta en- cenação introdutória, e de tom ligeiramente cómico para cada tema, seguida da interpretação de um clássico da música portuguesa, acompanhada de um PowerPoint como cenário da apresentação de cada turma. Ao longo e no final do Festival, era evidente uma comunidade escolar radiante onde, quer alunos quer professores, viram as suas expectativas relativas ao Festival superadas. Educação Sexual assim, vale a pena. Fomos os autores e actores de uma aula diferente. O ambiente foi mágico, e creio que todos os que o viveram tiveram a perfeita noção do quão original foi e a certeza de que terá sido, de facto, inesquecível! Eduarda Alexandra Carvalho,10ºA6 Manta de Retalhos de EMRC “Crescer em segurança” Os painéis de cada turma eram pedaços de uma grande e bonita manta de retalhos. Tal como num puzzle, cada peça isoladamente não tem sentido, mas juntas formam um conjunto harmonioso. Cada pessoa é como que uma peça da sociedade. Sem o contributo de cada um, a sociedade fica mais pobre. Esta actividade teve um grande impacto na comunidade escolar pois envolveu todas as turmas e o resultado foi muito interessan- CLUBE DA SAÚDE A saúde é o alicerce da qualidade de vida, tornando-se necessário articular o avanço científico e tecnológico com os comportamentos a desenvolver na sociedade. Para que haja esse desenvolvimento, o Colégio conta com o Clube da Saúde. E este ano não podia ser excepção. O Clube da Saúde continua no activo, contando com dois grupos distintos, sendo que o primeiro é constituído por alunos do 10º ano sob a coordenação da professora Isabel Pinto e o segundo por alunos do 11º e 12º ano sob a orientação da professora Maria José Leite. O Clube é também uma forma de Educar para os Valores, além de ser uma forma de desenvolver algumas competências, como a discussão sobre a importância da aquisição de hábitos individuais e comunitários que contribuam para a Começou a febre do EQUAmat: Competição Matemática online Esta actividade matemática arrecadou vários fãs do 7º, 8º e 9º ano de escolaridade por todo o país. Vários alunos do nosso colégio participam semanalmente em treinos online para se prepararem para a competição final que irá realizar-se no dia 28 de Abril, na Universidade de Aveiro. Campo de jogos foi o local escolhido para receber esta manta de retalhos. te. É extremamente importante promover este tipo de projectos para que estas temáticas sociais sejam bem reflectidas pelos jo- vens de hoje, para que, no futuro, sejamos cidadãos saudáveis e vivamos em segurança a todos os níveis. Ariana Martins, 10ºA5 qualidade de vida; a avaliação e gestão de riscos e tomada de decisão face a assuntos que preocupam as sociedades, tendo em conta factores ambientais, económicos e sociais; a cooperação com os outros em tarefas e projectos comuns e o relacionamento harmonioso do corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e interpessoal promotora da saúde e da qualidade de vida. O Clube da Saúde tem vindo a desenvolver actividades desde a elaboração de um concurso para a criação de um logótipo do mesmo e a criação de um cartão com os números de emergência nacionais. Contou, também, com a realização de um Curso de Primeiros Socorros orientado pelo enfermeiro António Luís Silva, representante da A2 Saúde - Empresa de Formação e Cuidados na Saúde, Lda. Este curso decorreu entre Novembro e Janeiro de 2009 no total de 12 horas. Os alunos do Virão alunos de todo o país, de Trás-os-Montes ao Algarve, para tentarem alcançar o primeiro lugar. No nosso Colégio, existem vários alunos que poderão arrecadar prémios... Estes já pertencem ao TOP100 nacional e esperam ir a Aveiro. Como existem vários alunos capazes de representar o nosso Colégio, teremos de participar numa prova selectiva, pois apenas poderão entrar na competição final 5 equipas de cada ano de escolaridade. Esperamos o vosso apoio e tentaremos retribui-lo com boas classificações! Rita Félix e Flávio Couto, 8ºG Clube da Saúde, após a realização de um teste escrito e de um teste prático, receberam um “Certificado de Curso” (registe-se que vários alunos obtiveram a classificação final de 20 valores!). Não podemos terminar sem solicitar a colaboração de toda a comunidade escolar para futuros projectos, uma vez que a saúde pertence a todos nós. Professora Isabel Pinto e M.ª José Leite clubes Ao longo da Semana da disciplina de E.M.R.C (16 a 21 de Fevereiro) foram desenvolvidas diversas actividades. Entre elas, foi visível, no espaço de recreio, a exposição Manta de Retalhos, elaborada pelos alunos de todas as turmas do Colégio. O desafio foi escolher uma palavra que expressasse um aspecto da temática em reflexão. A partir daí, cada turma elaborou um painel em serapilheira com o vocábulo escolhido, acompanhado de imagens e símbolos relacionados. iniciativas A vida está cheia de coisas maravilhosas que importa descobrir, cultivar e valorizar. Contudo, existem, também, realidades que nos debilitam e empobrecem. Há inúmeros perigos que nos ameaçam e estão à espreita, atacando, sobretudo, as nossas fragilidades. Para evitarmos ser vítimas destas ameaças à nossa integridade, é necessário criarmos barreiras eficazes que nos protejam devidamente. Neste contexto, o Conselho Pedagógico decidiu que o nosso Colégio, no presente ano lectivo, reflectisse e estudasse o valor: «Crescer em segurança». O que é o Equamat? É um programa informático desenvolvido pelo Projecto Matemática Ensino do Departamento de Matemática da Universidade de Aveiro, é dirigido aos alunos do 3º ciclo do ensino básico para mostrarem os seus conhecimentos de Números e Cálculo, Proporcionalidade Directa, Equações do 1º e 2º grau, Geometria, entre outras questões. Tem como objectivos desenvolver o gosto e o interesse pela Matemática, ajudar a criar hábitos de trabalho, favorecer o uso da Internet nas escolas e melhorar os conhecimentos específicos da Matemática. 10 | 38 | ENTRElinhas | JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 encontro com escritores Ana Saldanha vem ao Colégio falar dos seus livros auditório público juvenil encanta-se com a escritora. O que eles disseram… Eu achei a Ana Saldanha uma escritora com carácter e personalidade. Os seus livros são muito interessantes. Na sua visita ao Colégio, ela aproveitou para falar um pouco de si e dos seus livros, incentivando-nos a ler mais. Marco 8º I A AUTORA explica as suas motivações… No presente ano lectivo, continuando a acreditar que é uma tarefa prioritária estimular tanto a capacidade de ler como o prazer que esse acto implica, o Grupo de Promoção da Leitura, em colaboração com os docentes de Língua Portuguesa, procurou, mais uma vez, que os alunos tivessem a oportunidade de contactar pessoalmente com alguns dos autores com os quais mais se identificam. iniciativas Nesse sentido, o Colégio recebeu, no dia 29 de Janeiro, a visita de Ana Saldanha, uma das mais interessantes e reconhecidas autoras na área da literatura infanto-juvenil. Depois de um período de preparação, no qual tiveram um papel importante alguns professores de Educação Visual e a turma de Design do 12º ano, a escritora reuniu-se, no Grande Auditório e na Biblioteca, com vários grupos de alunos do Terceiro Ciclo. QUEM É ANA SALDANHA?... Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses e Ingleses, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, cidade onde nasceu, Ana Saldanha é conhecida como uma das melhores escritoras portuguesas para jovens. Foi professora de Português do Ensino Secundário, professora de Inglês no Instituto Supe- rior de Contabilidade e Administração do Porto, Leitora de Português nas Universidades de Birmingham e de Glasgow, dedicando-se também à tradução. Foi distinguida pelo romance juvenil Três Semanas com a Avó (menção honrosa do Prémio Adolfo Simões Müller) e recebeu o Prémio Cidade de Almada pelo romance Círculo Imperfeito. Seleccionado para as Olimpíadas da Leitura de 1996 e recomendado pelo International Board on Books for Young People, o romance juvenil Uma Questão de Cor foi finalista do Prémio Unesco de Literatura Infantil e Juvenil em Prol da Tolerância de 1997. A Princesa e o Sapo e Dentro de Mim, Pico no Dedo, O Pai Natal Preguiçoso e a Rena Rudolfa, Escrito na Parede, Sam e o Som e O Romance De Rita R. são algumas das obras mais recentes da autora. As suas narrativas reinventam, com humor e sensibilidade, temáticas plenas de actualidade, não raras vezes tendo como cenário o espaço urbano. Ela apresenta-nos quase sempre figuras próximas do real (muitas vezes, adolescentes em idade escolar), que dota de uma forte componente humana, demorando-se no desenho da sua intimidade, dos seus conflitos pessoais e das suas angústias. As suas novelas e os seus contos são construídos através de um discurso hábil e muito vivo, o que contribui para que nos sintamos envolvidos e permanentemente entusiasmados. Inicialmente, como não conhecia bem a escritora, tinha a ideia de que iria ser uma actividade um pouco aborrecido, porque pensava que ela se limitaria a falar dos seus livros e não nos daria a possibilidade de intervir. Felizmente, eu estava enganado, porque, como éramos poucos alunos, o encontro com ela acabou por ser divertido e estimulante… O livro autografado por ela já se encontra na primeira prateleira da minha estante, junto daqueles de que eu mais gosto. Fábio Alexandre 9º C Foi num ambiente de expectativa e de entusiasmo que a escritora Ana Saldanha nos visitou. Ela deixou-nos muito bem impressionados com a disponibilidade e amabilidade que demonstrou e conseguiu mostrar-nos que a leitura e a escrita devem ser actividades fundamentais nas nossas vidas. Gostaria muito que continuássemos a receber estas personalidades deveras importantes para o enriquecimento cultural dos jovens. Filipa e Sofia Lopes 9º F Este ano tivemos o privilégio de receber a visita da escritora Ana Saldanha. Ela foi dando resposta, de uma forma descontraída, às questões previamente preparadas pelos alunos, facto que contribuiu para que nos sentíssemos muito próximos dela. A escritora leu alguns excertos das suas obras, o que foi bastante apreciado pelos presentes. No final, ela reconheceu que o ideal seria que todas as sessões decorressem com um número tão reduzido de participantes, porque dessa forma era possível interagir connosco. Penso que todos terão gostado deste encontro. Mariana Sá 9º F 11 JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 | ENTRElinhas | 38 | João Pedro Mésseder . a trabalhos dos alunos sobre o autor ENTRADA DO AUDITÓRIO apresentav Nos dias 9 e 10 de Março, o escritor João Pedro Mésseder aceitou gentilmente o convite que lhe foi endereçado e visitou também a nossa escola. As sessões, nas quais participaram todos os alunos do Segundo Ciclo, decorreram num ambiente de grande interesse e entusiasmo. O autor apreciou os trabalhos realizados a partir da leitura de algumas das suas obras, ouviu a declamação de vários poemas, respondeu a ques- tões relacionadas com a sua vida pessoal e profissional e autografou os muitos livros que os alunos levaram consigo. No fundo, esses encontros foram aulas que ficarão marcadas para sempre na memória de cada um dos presentes... AUDITÓRIO alunos procuram o precioso livro autografado iniciativas interage com os seus leitores Também fui aluno do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas e tive aulas no bloco um, no piso superior do “Museu”. Nesse tempo habituei-me a ver o Museu ou melhor, a Sala da Cortiça, através de umas janelas de vidro nos corredores que permitiam “espreitar” para o seu interior. Era possível observar uma enorme sala revestida de cortiça, do pavimento até ao tecto e na altura a “sala dos professores”, agora chamada de “sala do fundador” onde espreitando pela porta se vislumbravam as paredes em talha dourada e uma grande quantidade de retratos. Não imaginava os tesouros e as histórias que lá dentro havia para contar. Nunca vi qualquer pessoa no interior do Museu durante esse tempo, o que me parecia estranho. Pouco após me ter tornado professor neste Colégio decidi, num Domingo à tarde, visitar o Museu e partir para a sua descoberta. Admito que para algumas pessoas as salas das “armas tribais africanas” e a das “vestes dos Padres” podiam até ser um pouco assustadoras mas, para mim, tudo era interessante. Neste Museu as peças com interesse mais óbvio como as de arte sacra, conviviam na mesma sala com as colecções de moedas e medalhas antigas. Sala após sala surgiam ambientes diferentes com peças surpreendentes. Imaginem uma sala cheia de talha dourada, esculturas, pinturas e na próxima encontram presépios, e depois esculturas monumentais, e depois fósseis e pedras até uma sala com peças em cortiça, aliás toda a sala é revestida de corti- ça. É claro que nos últimos anos existiram muitas mudanças, o espaço foi melhorado e agora é possível visitar o Museu com um activo serviço educativo que nos explica a sua história, as colecções e as peças. Penso com frequência “que pena os nossos alunos não visitarem este Museu, está mesmo aqui, ao cimo de umas escadas e não sabem mesmo o que perdem”. À medida que fui conversando com pessoas que visitaram o Museu, descobri que algumas ainda tinham a recordação desse espaço como “assustador” e “fantasmagórico”. Assim pareceu-me interessante “brincar” com essa “ideia“ e assim surgiu este trabalho: os “fantasmas” são todos alunos do atelier de fotografia do Colégio e eu sou o seu professor orientador. Professor Orientador: Daniel Pedrosa. Alunos: Mariana Marques, Sandra Cardoso, Tatiana Reis, Tânia Teixeira, Cristiana Coelho, João Paulo Mota, Estela Mota, Bianca Pereira, Ana Rita Reis, Marília, Susana e Carlos Rocha. Agradecimentos à Andreia, Cláudia e Rosário do 11º artes pela montagem da exposição. artes visuais GALERIA DE ARTES OLÁ, QUEREMOS AGRADECER À COMUNIDADE ESCOLAR que, desde o início deste período, contribuiu para a recolha dos REEE (Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos) em fim de vida ou inutilizados. Este tipo de resíduos é constituído por componentes altamente prejudiciais para o ambiente. Com esta recolha livrámo-nos de equipamentos de uma forma ambientalmente correcta e ao mesmo tempo ajudámos a nossa escola a vencer prémios excelentes, se conseguirmos ficar nos três primeiros lugares a nível nacional. Esperemos pelos resultados! A Escola Electrão é um projecto da Amb3E, com o apoio do Ministério da Educação e da Agência Portuguesa do Ambiente, à qual o nosso Colégio aderiu. Esta acção é um projecto do Clube do Ambiente (Professores Ana Castro, Rui Teixeira Lopes e Professoras Elisa Costa e Sandra Ribeiro). JUNTOS É FÁCIL E DIVERTIDO PROTEGER O AMBIENTE! ambiente Clube do Ambiente apoia campanha REEE visitas de estudo 12 | 38 | ENTRElinhas | JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 9º Ano em Viagem à Descoberta… Dos Amores de Pedro e Inês No dia vinte e um de Fevereiro, segunda-feira de Carnaval, os alunos do 9ºano encontraram-se no Colégio, donde saíram às oito horas, para realizarem uma visita de estudo a Coimbra e Alcobaça. Um dia de grande expectativa e aventura! Quando chegámos a Coimbra, o grupo dividiu-se. Alguns fo- ram visitar a Casa Museu de Miguel Torga e outros passearam por Coimbra, visitando e explorando a Sé Velha, a Universidade e o lindo Jardim Botânico. De seguida, foi o almoço numa cantina no centro, frequentada pelos ”doutores“ de Coimbra; mais tarde, seguimos até Alcobaça onde visitámos o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, primeira obra plenamente gótica erguida em solo português. Nesta visita, ficámos a conhecer um pouco melhor a história do nosso país, objectivo da disciplina e programa de Português e História. Sem dúvida, um dia diferente de convívio entre alunos e professores! Juliana Sousa Teixeira, 9ºF Hábitos de Prática Desportiva dos alunos de nível secundário do Colégio de Lamas cantinho do museu desporto Para o desenvolvimento deste estudo, foi aplicado, pelos alunos do 12º ano do Curso Tecnológico de Desporto (CTD), no dia 16 de Janeiro 2009, um inquérito de resposta fechada aos alunos dos 10º, 11º e 12º anos do Colégio. A amostra era constituída por 671 inquéritos validados (n=671), representando mais de 90% da população deste nível a estudar no Colégio. A amostra apresenta uma média de idades de 16 anos (16 + 1,06), sendo constituída por 49% de indivíduos do sexo masculino e 51% do sexo feminino. Resultados Como é visível no gráfico I, 34% da amostra afirma praticar um desporto federado; 35% apesar de não ser federada, pratica actividade física regularmente. Confessam ser sedentá- rios 31% dos inquiridos. Numa análise, tendo em conta o género, como pode observar-se no quadro I, cerca de 2/3 dos alunos federados são do sexo masculino. Já no que diz respeito aos praticantes não federados, verifica-se uma ligeira supremacia dos praticantes masculinos relativamente aos femininos. No grupo dos sedentários, mais de 2/3 são do sexo feminino. A modalidade mais praticada pelos federados masculinos é o futebol (56%), seguido pela natação (10%) e pelo basquetebol (7%). Nos federados femininos o futebol é também a modalidade mais praticada (11%) seguida da natação (10%), do basquetebol (9%) e do futsal (8%) e o atletismo (7%). No que diz respeito aos praticantes de actividade física não federados, as modalidades Novo ano, novas actividades no Serviço Educativo do Museu de Santa Maria de Lamas Entre 16 e 25 de Fevereiro decorreu no Museu de Santa Maria de Lamas (MSML) uma Oficina de Carnaval. Nesta actividade, procurou-se desenvolver a criatividade das crianças através da livre invenção de surpreendentes Máscaras Venezianas. No final da actividade cada criança foi fotografada com a máscara por si criada. Ao longo do mês de Março e no âmbito da comemoração do Dia Mundial do Teatro (27de Março) foi desenvolvida uma nova actividade em torno da obra “A Menina do Mar”, um dos livros para crianças mais conhecidos de Sophia de Mello Breyner Andresen. A história foi acompanhada por um teatro de sombras e, no final, foi entregue a cada participante um caderno pedagógico e realizada uma Oficina de Expressão Plástica na qual foram explorados e recriados os seres vivos existentes na história. Em Abril, propostas mil! O Museu vai proporcionar às crianças actividades lúdico-didácticas para as Férias da Páscoa. A iniciativa vai decorrer de 30 de Março a 9 de Abril (2.ª a 6.ª feira), pelo que todos os interessados poderão saber mais informações Gráfico I esquerda Distribuição quanto ao tipo de prática Quadro I baixo Tipo de prática segundo o género. Federado Federado Praticante Praticante Sedentário Sedentário Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino 151 79 mais eleitas pelos rapazes apontam para o futebol (18%), ginásio (17%), natação (11%) e o futsal (8%). As raparigas elegeram a dança (25%), a natação (24%) e o ginásio (11%) como as actividades mais praticadas. Perguntou-se aos sedentários qual o motivo para não praticarem actividade física, sendo a falta de tempo ou a indisponibilidade (65%) a causa mais apontada. Conclusão Os resultados deste estudo revelam que a amostra apresenta um índice de prática federada considerado bom (34%); no entanto, atendendo ao género, os dados revelam um desequilíbrio acentuado entre rapazes (45% da amostra) e raparigas (23% da amostra). A falta de oferta de desporto federado específica para o género feminino pode explicar a diferença. junto do Museu. O programa inclui uma visita ao Museu e diversas oficinas: “Eu crio…o meu coelhinho da Páscoa”, “Eu pinto….tu pintas… ele pinta ovinhos de Páscoa”, “Eu pinto…com pinta…” e “A Pintolândia…”. Além das actividades direccionadas ao público infanto-juvenil, Entre 01 e 17 de Abril, o Museu irá promover também actividades de Páscoa para os seniores. Com estas oficinas, o Museu pretende colaborar na constituição progressiva da memória colectiva local, promovendo acções de divulgação, incentivando a educação patrimonial e diversificando públicos, contribuindo assim para o aumento e socialização do consumo cultural. Em simultâneo, pretendese relembrar a verdadeira origem da celebração da Páscoa. Em Abril, o Museu assinalará igualmente o Dia 127 109 65 140 As modalidades praticadas pelos não federados são na sua maioria possibilitadas pelo contexto escolar (caso das danças e da natação, entre outras). É pertinente interrogar se o nível de prática se manterá no futuro quando estes alunos finalizarem este ciclo de estudos. O grupo de sedentários para este escalão etário é elevado. Se nos rapazes não é motivo de alarme (20% da amostra), já nas raparigas o caso é mais grave (41% da amostra); isto é, 4 em cada 10 alunas do secundário não pratica regularmente qualquer tipo de actividade física. Preocupante ainda é o facto de, nesta idade, apontarem a falta de tempo como justificação para não praticarem actividade alguma. Não obstante, a grande maioria dos inquiridos concorda que a actividade física é determinante para uma vida saudável. Alunos 12º Ano do Curso Tecnológico de Desporto Internacional do Livro Infantil (2 de Abril) e o Dia Mundial do Livro Infantil e dos Direitos de Autor (23 de Abril) com a história O Principezinho, de Saint-Exupéry. A história será acompanhada por um teatro de marionetas e, no final, será entregue a cada participante um caderno pedagógico sobre a história. Haverá também uma Oficina de Expressão Plástica, cujo objectivo é criar todo o universo do Principezinho e seus amigos, representando e reinventado excertos do conto. Espalha a notícia! Traz os teus amigos contigo! Convidamos toda a comunidade a visitar o Museu e a participar nas actividades que propomos! Desejamos uma Santa Páscoa a todos e esperamos recebê-los em breve no MSML. Susana Ferreira (Conservadora do Museu de Santa Maria de Lamas) 13 JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 | ENTRElinhas | 38 | Museu do Oriente e da Caravela Portuguesa No passado dia cinco de Dezembro de 2008, uma Sexta-feira, o Museu do Oriente e uma Caravela Portuguesa, em Lisboa, foram os destinos dos vários alunos pertencentes às turmas de 8º ano, numa visita de estudo, inserida no âmbito do programa da disciplina de História. Partimos às sete horas da manhã, ainda o dia mal despontara, mas encontrávamo-nos de espírito alegre e ansioso para a expedição que se iniciava. Durante a viagem, o ambiente era de grande camaradagem e boa disposição e assim chegámos a Lisboa num ápice. O Museu do Oriente depressa se avistou. Este belo e moderno edifício foi inaugurado a nove de Maio de dois mil e oito com o objectivo de valorizar e homenagear testemunhos da presença portuguesa na Ásia e divulgar a variedade e riqueza das distintas Culturas Asiáticas. Foi uma visita bastante interessante, visto que aprendemos muitas coisas a respeito de países tão longínquos como a China, Timor e o Japão, assim como a relação entre eles e Portugal. Pudemos ainda ver e admirar artefactos antigos, como uma notável colecção de frascos de rapé de fabrico chinês, bonitas peças de cerâmica chinesa, armaduras de Samurais, objectos de mobiliário, vestuário, adornos, colecções de leques e biombos lindíssimos. Chegada a hora de almoço, fomos para a Doca de Alcântara e nesse mesmo local visitámos a réplica de uma Caravela Portuguesa do século XV, a “Boa Esperança”, que aí se encontrava ancorada. Já dentro do navio, uma gentil senhora, que serviu de guia, mostrou-nos esta Caravela, explicando-nos que é uma réplica tão aproximada quanto possível duma Caravela quatrocentista, construída por especialistas de construção naval, de acordo com o que se sabe das regras de construção daquele tempo, mas tendo em atenção os modernos requisitos de segurança e conforto. Destina-se a possibilitar treino de mar e vela, sobretudo para jovens; a participar em eventos náuticos e à investigação do comportamento e manobra das antigas Caravelas. A Caravela dos Descobrimentos era uma embarcação com cerca de 50 a 100 tonéis, dois ou três mastros e uma vela latina (triangular), vocacionada para navegar no alto mar. Os STOMP no Coliseu do Porto No dia 21 de Fevereiro de 2009, pelas 16 horas, os alunos pertencentes ao grupo RITMARE dirigiram-se ao Coliseu do Porto, para assistir à actuação do grupo STOMP. Os STOMP, grupo Inglês que iniciou as suas apresentações nas ruas de Brighton, caracterizam-se pelo ritmo e movimento dos corpos. Utilizam diversos objectos a partir dos quais obtêm sons que, conjugados, resultam em in- vulgares ritmos e até melodias. Ao longo do espectáculo, este grupo percorre uma vasta gama de utensílios do nosso dia-adia, desde vassouras, baldes, caixotes do lixo e respectivas tampas, a isqueiros, garrafões e até do Sul, quando se navegava no hemisfério sul); durante o dia, media-se a altura do Sol; a balestilha (instrumento com as mesmas funções do astrolábio, mas de mais fácil utilização) e o quadrante (que permitia a orientação em alto mar, através da medição da altura dos astros em relação à linha do horizonte) foram alguns dos utensílios que manipulámos; os portulanos (ou mapas que serviam para auxiliar os navegadores, pois definiam os rumos e as distâncias entre os portos). Depois seguiram-se muitas surpresas e risos quando ouvimos e falámos sobre o dia-a-dia a bordo da Caravela: a alimentação, a higiene, o vestuário, a tripulação, as intrigas… A sua solidez era compensada pela grande mobilidade possibilitada pelas suas velas, que permitiam navegar contra o vento, em ziguezague (“bolinar”). Foi escolhida pelo Infante D. Henrique para as longas viagens de exploração da costa africana e foi ainda utilizada por Bartolomeu Dias para alcançar e ultrapassar o Cabo da Boa Esperança, em 1488. Ainda no interior do navio, a nossa guia mostrou-nos e explicou-nos o funcionamento de vários instrumentos náuticos utilizados na navegação astronómica, que pudemos manusear e experimentar, como a bússola (que era, e ainda é, um dos instrumentos de navegação mais importantes a bordo, que nos indica sempre o ponto cardeal do norte) e o astrolábio (que servia para calcular as latitudes medindo, de noite, a altura da Estrela Polar, quando se navegava no hemisfério norte, e o Cruzeiro Neste clima de “aprender a brincar”, brincámos um pouco ao “faz-de-conta”, vestindo os fatos e colocando as jóias que estavam num Baú – afinal estávamos no século XV! Alguns alunos retrataram parte da história de Portugal, dramatizando situações ocorridas do reinado d’el rei D. Manuel I, o Venturoso, quando Vasco da Gama chegou à Índia e Portugal atingiu então o apogeu da expansão marítima. Mas havia que regressar a Santa Maria de Lamas e ao século XXI… portanto às dezanove horas e trinta cá estávamos nós de volta, cansados, mas sem dúvida felizes, lembrando os detalhes deste grande dia! Maria Inês Azevedo, 8º H bancas vulgarmente utilizadas na cozinha. Um dos lados mais interessantes deste espectáculo é a interacção entre o grupo e o público, que é convidado a participar activamente, experimentando a possibilidade de criar diferentes sons com o simples batimento das palmas da mão. Assistimos à união entre a plateia e os artistas, de uma forma espontânea. Foi com muito prazer que todos os alunos, acompanhados pelos professores de música do Colégio, assistiram a este surpreendente espectáculo. Maria Leonor, 7.º J visitas de estudo História à descoberta dO 14 | 38 | ENTRElinhas | JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 AUDITÓRIO ANTÓNIO JOAQUIM VIEIRA recebe todos os anos o sarau de natal com muita animação e espectáculo. Na imagem vemos a peça “A Bruxa Adriana”, interpretada pelo clube de teatro, que é orientado pelo professor Jorge Ferreira. Chamamos também a atenção para os cenários criados pelos alunos de Educação Visual e Tecnológica, sob orientação do professor Jaime Baptista. Carnaval O Carnaval é um período festivo celebrado um pouco por todo o mundo e com vários propósitos, sendo o principal a diversão. Não se conhece verdadeiramente o sentido Gisela Andrade da palavra Carnaval. 12º A2 Usualmente, associase este termo ao latim “carnevalemen”, que pode significar carne, vale (“adeus, carne”) ou “carnis levamen” (“prazer da carne”). Esta interpretação da origem etimológica remete para o início da Quaresma, período que se segue ao Carnaval e caracterizado pela reflexão espiritual e privação da ingestão de carne. A origem do Carnaval é também objecto de controvérsia, mas tem sido frequentemente atribuída a rituais relacionados com ritos de fecundidade da terra próprios do ano novo e do início da Primavera, celebrações da antiguidade de carácter orgíaco, como as bacanais e as saturnais romanas, e a festas em honra de Dionísio, na Grécia Clássica. O Carnaval assume diferentes facetas consoante o local onde é festejado, sendo as suas principais manifestações o uso de máscaras, carros alegóricos, cortejos que atraem multidões, bonecos com implícitas sátiras de acusação e provocação e a ausência completa de restrições alimentares. Apesar de ser no Brasil que é festejado o mais importante Carnaval do mundo, também em Portugal existe uma grande tradição carnavalesca, nomeadamente nos Carnavais da Ilha da Madeira, Torres Vedras, Ovar, Loulé, Sesimbra, Rio Maior e Sines, destacando-se o Carnaval de Torres Vedras que, por se manter popular e fiel à tradição nacional, é considerado o carnaval “mais português de Portugal”. Pavilhão polidesportivo acolheu a festa de carnaval 2009, organizado pela AE. Viajar serve essencialmente para comparar. Descobrir o que nos separa e o que nos une como seres humanos. Viajar é algo que todos gostamos de fazer. Quando viajamos para países diferentes, reparamos que à nossa volta tudo é diferente do local de Patrícia Couto onde partimos. Desde 12ºC o mais pequeno pormenor, nada é igual. A distância que nos separa dos outros países é grande, mas a distância entre os seres humanos e a cultura é ainda maior. Portugal é um país pequenino, onde se misturam muitas culturas. Outros locais, países como os Estados Unidos, ou mesmo cidades como Londres, são muito diferentes. Em Londres, sempre que andamos nas ruas encontramos pessoas de cidades ou de locais que não ficam propriamente perto de lá. Estas pessoas procuram melhor qualidade de vida, um emprego melhor, para que possam viver longe das guerras, para fugirem a alguma coisa que não lhes traz felicidade. Os países não são só diferentes em relação às culturas. No mundo existem países onde as pessoas conduzem bons carros, a sua vida é estável, apesar de existirem sempre pessoas a pedir pelas ruas. Enfim, mesmo num país “rico” há sempre pessoas necessitadas, como é o caso dos Estados Unidos da América. Numa outra perspectiva, observamos os países onde pessoas vivem na miséria, em pequenos “barracos”, não têm dinheiro para “apagarem” a fome aos seus filhos, as condições de higiene não são nenhumas… no continente africano existem muitos países assim. Ao repararmos num desequilíbrio destes, interrogamo-nos: “ Por que é que vivemos todos no mesmo planeta e as diferenças são assim tão grandes?”. Ninguém consegue responder a esta pergunta! De um lado observamos os países em guerra, onde morrem inocentes; do outro, países em grande dificuldade, e ainda países de grande riqueza. Estas diferenças não deviam existir porque não são “saudáveis” para ninguém. Em relação ao facto de todos sermos diferentes, de as nossas culturas e as nossas religiões serem diferentes, não há problema, pois assim sempre aprendemos novas línguas, novos costumes e assim transmitimos as nossas diferenças uns aos outros. Beatriz, casada com o rei João I de Castela), Nuno foi um dos primeiros nobres a apoiar as pretensões à coroa de D. João, o Mestre de Avis. Apesar de ser filho ilegítimo de D. Pedro I de Portugal, D. João afigurava-se como uma hipótese preferível à perda de independência para os castelhanos. A 14 de Agosto, Nun’Álvares Pereira mostra o seu génio militar ao vencer a batalha de Aljubarrota à frente de um pequeno exército de 6 000 portugueses e aliados ingleses, contra as 30 000 tropas castelhanas. Após a morte da sua mulher, tornou-se carmelita (entrou na Ordem em 1423, no Convento do Carmo, que fundara como cumprimento de um voto). Toma o nome de Irmão Nuno de Santa Maria. Aí permanece até à morte, ocorrida em 1 de Novembro de 1431, com 71 anos. nardo Tolomei e Gertrude Caterina Comensoli. Nuno Álvares Pereira, também conhecido como o Santo Condestável, Beato Nuno de Santa Maria, ou simplesmente Nun’Álvares Cernache do Bonjardim, nasceu no dia 24 de Junho de 1360 e morreu no dia 1 de Novembro de 1431. Foi um general português do século XIV que desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, onde Portugal jogou a sua independência contra Castela. Nuno Álvares Pereira nasceu na vila de Flor da Rosa, concelho do Crato, mas há também historiadores que defendem que ele nasceu nos Paços do Bonjardim, na vila de Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã. Casou com Leonor de Alvim , no ano de 1377, em Vila Nova da Rainha, freguesia do concelho de Azambuja. Quando o rei D. Fernando de Portugal morreu, em 1383, sem herdeiros (a não ser a princesa Nuno Álvares Pereira vai ser canonizado no dia 26 de Abril Nuno Álvares Pereira vai ser canonizado no dia 26 de Abril e esta data foi anunciada pelo papa Bento XVI durante o Consistório que decorre em Roma. Este ano haverá a canonização Patrícia de Jesus de dez beatos, entre 12ºA1 os quais se encontra o carmelita português Nuno de Santa Maria Álvares Pereira. Alguns dos beatos que farão parte desta canonização são o padre Arcangelo Tadini, a religiosa Caterina Volpicelli, o teólogo Ber- Fontes: www.rtp.pt e www.sol.sapo.pt 15 JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 | ENTRElinhas | 38 | O Júri do Concurso anuncia “Não se tem uma biblioteca para O “Hino do Colégio” vencedor arrumar os livros, mas para A letra vencedora do Concurso “Hino do Colégio”, da autoria do professor Fernando Correia, foi seleccionada a partir um conjunto de trabalhos apresentados, de uma qualidade digna de registo. O Concurso prossegue, agora, com a selecção de uma música para esta letra, podendo qualquer interessado, pertencente à nossa Comunidade Educativa, apresentar trabalhos até à primeira semana de aulas do 3.º período. “Hino do Colégio” Uma Escola de valor, Uma Escola com valores, Est’ é o grande ideal Do Colégio Liceal O Colégio está’ crescer Assim é no dia-a-dia, Ensinar e aprender, Sempre com muit’ alegria. Nesta Escola, em rigor, Todos trabalham em harmonia. Há respeito e sintonia Entr’ aluno e professor. Do quinto ao décimo segundo, O caminho a trilhar. Todos juntos, prego a fundo, Lado a lado a caminhar. Refrão: Num espírito Semper Ascendens, Uma Escola verdadeira Esta é sempre a primeira Em crer, querer e ambição. Muito mais do qu’ ensinar, Educar é a missão. Refrão As Duas Faces do Mundo Vivemos num mundo cheio de beleza, num mundo repleto de pobreza. Fazemos parte de uma sociedade que se orgulha da sua capacidade de raciocínio. No entanto, em toda a história da humanidade, nunca o Homem foi, como agora, vítima dos seus próprios acRui Sarabanda tos, das suas decisões, 12ºC do seu egocentrismo, do seu egoísmo. O problema é o Homem, a sua falta de vontade para mudar. Tratamos o mundo como nos tratamos a cada um de nós! Quase um quinto da população portuguesa vive numa situação de risco, de miséria. Dezanove por cento da população vive abaixo da linha de pobreza, um risco que se explica com números! Nestes agregados, cada adulto tem um pouco mais de 4300 euros de rendimento por ano, cerca de 12 por dia, o que constitui uma situação de risco para o homem e para o seu bem-estar. Todas as civilizações alcançam um ponto crítico e todas elas acabam com a sua extinção. Iremos nós mudar quando nos sentirmos ameaçados pelas nossas consequências? Tomar medidas é mais do que pegar numa caneta e num papel; haver uma mudança não é discursar perante a nação com palavras ocas, com sorrisos falsos e com uma tranquilidade insegura. Porém, é isso que eu vejo, diariamente, na televisão… Olho à minha volta e vejo o mundo destruído, crianças que vivem num constante perigo, crianças que morrem num segundo só por haver pobreza no mundo. Há a crise económica, há a degradação da Terra, há a guerra, há a miséria… Portugal é o país da União Europeia que regista um maior desequilíbrio na distribuição de rendimentos. É triste viver num cenário pintado de miséria, um cenário visto por todos os olhos cegos do Homem! O mundo, actualmente, é um palco de desgraças. Mas o ser humano, com o seu potencial praticamente ilimitado, é o único capaz de o mudar. E ainda vamos a tempo. Mas isto só poderá ser feito com a ajuda de todos, quando todos unirmos esforços, num objectivo comum. Objectivo esse que, apesar de difícil, está longe de ser impossível. Todos somos capazes de amar. Por isso digo que o amor é o único meio capaz de conferir alguma Humanidade ao Ser Humano e de tornar menos imundo este nosso Mundo. Sabes, realmente, o que é um conjunto? Tempos houve em era de grande elevação intelectual, espiritual e, até, académica, discutir o número de anjos que caberiam numa cabeça de alfinete. Quando Galileu (1564-1642) exprimiu a sua “fé” de que numa linha de 3 cm de comprimento haveria tantos ponto quantos os existentes numa linha de 3 metros; Quando, mais tarde, nas suas teorias, George Cantor fez ressuscitar o engenhoso “Calculador de Areia” de Arquimedes que, na sua época, chegou a calcular, pela primeira vez na história humana, o número de grãos de areia de todas as praias do mundo, abriu-se uma interessante via no pensamento matemático acerca da noção de conjunto. Comecemos com algumas tentativas de definição. Um dicionário comum define Conjunto como uma “colecção de elementos, em número finito ou infinito com uma propriedade característica comum...”. Outras definições que se conhecem, apesar de ousadas na objectividade, dificilmente conseguiram evitar a própria palavra Conjunto ou seus sinónimos: colecção, grupo, junção, etc. Ora, a redundância de termos ou dos seus sinónimos é, nalgumas circunstâncias, incompatível com o rigor que se cultiva nas definições matemáticas. Tem, porém, colhido alguma unanimidade no seio da comunidade matemática, a definição dada por Bertrand Russel (1872-1970): “um conjunto é uma consideração simultânea de entes”. Esta definição, além do mérito de não usar sinónimos é, sobretudo, uma definição de carácter interessantemente personalizada, isto é, os elementos que constituem o conjunto reflectem o ponto de vista de quem os “colecciona” como uma unidade. Por exemplo, o Atchim, o Dengoso, o Dunga, o Feliz, o Mestre, o Soneca e o Zangado, personagens muito distintas uma das outras, agrupam-se num conjunto único muito bem definido, o de “todos LEITURAS O Jogo do Anjo guardar aqueles que é preciso ler”. Umberto Eco O Sal da Terra de Carlos Ruiz Zafón de Miguel Real Dom Quixote, 576 páginas Quidnovi, 336 páginas Na Barcelona turbulenta dos anos 20, um jovem escritor, obcecado com um amor impossível, recebe de um misterioso editor a proposta para escrever um livro como nunca existiu, a troco de uma fortuna e, talvez, muito mais. Depois do sucesso mundial de A Sombra do Vento, Carlos Ruiz Záfon, um dos fenómenos editoriais da actualidade, pela qualidade da sua narrativa literária, apresentanos a sua mais recente obra, “O Jogo do Anjo”, que nos leva de novo para a Barcelona dos anos 20, convertida uma vez mais em cidade-personagem, mítica e secreta, para nos oferecer uma aventura de intriga, paixão, amizade, amor pelos livros e tragédia. Tal como em “A Sombra do Vento”, a acção centra-se num escritor “esquecido”, num livro “maldito” e numa história de amor impossível. Para além destes elementos, há também uma aura de fantástico, de misticismo e religiosidade que envolve o leitor na narrativa. Professor João Sousa Miguel Real é um dos nossos melhores romancistas, sobretudo no romance histórico, a sua área de eleição. Desta vez escolheu essa figura extraordinária da nossa cultura, o grande pregador e escritor Padre António Vieira. “O Sal da Terra” narra a sua vida aventurosa, em especial durante o período em que viveu no Brasil, entre as tribos de ameríndios, privilegiando os sentimentos do homem que tudo fez para proteger os índios da exploração e da escravatura impostas pelos colonos. Vemos também o homem cheio de fé no advento do Quinto Império, a sua prisão pelo Tribunal da Inquisição, a amizade com o rei D. João IV. Para a escrita deste maravilhoso romance sobre um grande homem, Miguel Real realizou um minucioso trabalho de pesquisa, em especial no Brasil, e o resultado é um livro que alia o rigor do pormenor e o drama, a erudição e a aventura. Indispensável. Professor João Sousa Aguarela Não me peçam para escrever o que não sei dizer… Não tenho jeito para textos sem sentido nem para cores que ainda não tenha usado. Só sei falar do que já vivi e guardo. Anaïs Parece fácil falar dos 12ºC pequenos, daqueles que não têm problemas nem responsabilidades, aqueles que ainda não sabem o que é o amor nem o mundo. Adolescente… …BMX – Sempre pronto para as curvas. …Ipod – Os teus gostos não te definem, só a Ana Tavares música é que te revela. 7º H …Apaixonado – Não perde uma oportunidade para te amar. …Palhaço – Faz-nos rir das suas diabruras. os anões amigos da Branca de Neve”. Simbolicamente, podemos representar o conjunto que de forma descritiva (em compreensão) seria A = {x, tal que x é anão amigo da Branca de Neve} ou, em linguagem estritamente matemática, A = {x : x é anão amigo da Branca de Neve} Não basta, porém, apenas dispor os elementos num conjunto. É preciso assegurar que este fique bem definido, isto é, há que, sem ambiguidades, decidir se um dado elemento pertence ou não ao conjunto e, também, discutir as partições possíveis do conjunto. Por exemplo, relativamente ao conjunto M = { x : x é múltiplo natural de 3 não superior a 24 } = { 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24} pode escrever-se 9 M e lê-se “9 pertence ao conjunto M” 8 M e lê-se “8 não pertence ao conjunto M” { 6, 12, 18, 24} M e lê-se “{ 6, 12, 18, 24} está contido no conjunto M” ou que { 6, 12, 18, 24} é um subconjunto de M ou que é uma parte de M. Ficamos obrigados a viver uma ilusão perfeita mesmo que não seja a nossa, e somos reduzidos à insignificância da nossa vida encantada. Nem sei para quê insistir nisto, continuam a rir do nosso arco-íris, talvez porque são demasiado infantis e egocêntricos para perceber que também existem o preto e o cinzento. Enquanto isso, pintamos tudo das cores que querem, que vos ficam melhor, esborratando os nossos horizontes e manchando os nossos passos. Talvez este texto devesse ser enorme, e na verdade palavras não faltam, mas para quem sabe ler, o silêncio diz tudo. E, para vocês, continuaremos a pintar no escuro. …Ventríloquo – Rouba todos os corações. …Escolar – Anda sempre carregado de livros para parecer estudioso. …Aspirina – Dói-lhe a cabeça só de pensar em ti. …Gelatina – Treme por todos os lados só de nos ver. …Online – 24h ligado a nós. …Rotina – Aquele que tem a agenda completa. …Sonhador - A sua vida é um sonho. Outro aspecto na definição de um conjunto tem a ver com os diagramas criados por John Venn (1834-1923). Provavelmente, nunca passou pela cabeça deste sacerdote anglicano e professor da Teoria de Probabilidades e Lógica na Universidade de Cambridge que, numa longínqua vila portuguesa de Santa Maria de Lamas, jovens alunos estariam, em 2009, às voltas com os vulgares diagramas que inventou como instrumentos que visavam simplesmente facilitar as operações entre conjuntos. Venn lamentaria, certamente, a triste figura de algumas correntes didácticas que, em pleno século XXI, tomam, ainda, como base de definição, uma linha curva fechada, a que chamam de Conjunto. Os famosos diagramas, como se referiu, visavam apenas agilizar as operações. Associa-los a um qualquer vínculo mais generalista é uma séria ameaça a um dos pilares fundamentais da Matemática. Na próxima edição do Entrelinhas abordaremos a Álgebra Booliana e analisaremos como é que das operações Reunião, Intersecção e Complementação de conjuntos se edificou o monumental sistema informático. Prof. Mário César Correia 16 | 38 | ENTRElinhas | JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 “Uma viagem para outros mundos...” O Canto do Conto, actividade de animação do livro e da leitura iniciada no ano anterior, vemse afirmando como uma estratégia de motivação cada vez mais consistente e adequada às necessidades dos nossos alunos, especialmente devido à experiência adquirida por aqueles que nela se têm envolvido mais directamente. o canto do conto A equipa responsável pelo projecto optou por promover, até ao final do segundo período, sessões com as várias turmas do Segundo Ciclo, porque entendeu que o ideal seria centrar, inicialmente, o trabalho naqueles que não vêem a leitura como um constrangimento e ainda conservam a capacidade de sonhar e a vontade de desvendar os segredos e mistérios que se escondem nas páginas dos li- vros. A seu tempo, a iniciativa abrangerá também os alunos mais velhos, que, de um modo geral, já cederam ao imediatismo a à superficialidade do audiovisual e, por isso mesmo, constituem um desafio mais exigente. As actividades têm sido delineadas essencialmente a partir da ideia de que a prática de leitura, não podendo nascer do acaso ou do autoritarismo, deve ter em consideração as necessidades, os interesses e os desejos dos leitores e deve comportar uma forte componente lúdica. Aliás, tendo consciência de que é importante que os alunos se divirtam e sintam prazer quando contactam com os livros, as histórias propostas vão sendo lidas ao jeito de quem as conta e ao gosto de quem as ouve, abrindo-se, sempre que possível, espaço ao improviso. Os encontros, no fundo, têm assentado numa pedagogia que, feita de encantamento e de proximidade, estimula a imaginação e a criatividade, recria a essência de cada narrativa que se oferece, promove distintas formas de leitura e, de uma forma quase imperceptível, divulga obras e autores. Como todas as sessões do Canto do Conto decorrem numa das salas da Biblioteca, porque esse é o lugar onde tudo faz mais sentido quando se fala de livros, os alunos têm sido naturalmente convidados a tornarem-se utilizadores mais assíduos desse espaço, cumprindo-se, desta forma, outro dos propósitos assumidos inicialmente. Todos sabemos que a alteração das práticas culturais é trabalho de gerações, mas temos de continuar a acreditar também que o papel que a leitura tem na formação integral de cada um se manterá, apesar de todos os condicionalismos. É pena que a televisão, em vez de ser um aliado na promoção da cultura, como era seu dever, instigue cada vez mais a preguiça mental e a aversão à leitura entre os jovens… Grupo de Promoção da Leitura O que eles disseram... Eu achei muito interessante o Canto do Conto. Adorei as histórias que nos leram, principalmente a que eu li com o meu colega. Fernando, 6º J Foi fantástico, gostava de repetir. As histórias eram muito giras… No final, os professores ainda nos ofereceram rebuçados e um marcador de livros. Daniela Lopes, 6º G Na minha opinião, acho que o Canto do Conto é uma forma de aprendermos que a leitura não é um castigo ou tortura, mas, sim, uma viagem para outros mundos… Ler estimula a imaginação e contribui para escrevermos melhor… Ana Beatriz Oliveira, 6º C FESTA ANUAL DA FILOSOFIA|PSICOLOGIA tendas… feira do livro animação com “cuspidores de fogo” iniciativas largada de balões No dia 5 de Fevereiro transacto, há já 9 anos lectivos um dia-efeméride para o grupo de Filosofia|Psicologia, os nossos alunos brindaram, mais uma vez, toda a comunidade escolar com a sua alegria e jovialidade. Causa primeira? Trazer os saberes aprendidos nestas disciplinas à reflexão e discussão partilhada entre todos os “amigos da sabedoria”, os alunos do Colégio. Causa segunda? Afirmar com a nossa convicção e experiência de professores e alunos que estes saberes não são simples postulados “teoréticos”, como certas gnoseologias apregoavam, mas sim raízes noéticas indispensáveis à formação da estrutura do homem “ser racional”. Causa terceira? Celebrarmos juntos, com o pretexto das duas primeiras causas apontadas, a alegria e o privilégio de sermos aprendizes destas ciências. A Filosofia|Psicologia e a Ciência, foi o macrotema de abordagem que este ano lectivo marcou o evento que teve a assinatura dos alunos e professores de Filosofia e Psicologia dos 10º, 11º e 12º anos de escolaridade. Foram vários os workshops - feira do livro; tendas expositivas de autores filósofos e psicólogos; teatro de Ágora; exposições audiovisuais – que naquele dia trouxeram ao Colégio diferentes movimentações e reuniões de alunos dos diferentes ciclos académicos e diferentes formas de avaliar a importância destas ciências na formação integral do homem. Quer os alunos, quer os professores destes Grupos disciplinares estiveram de parabéns, a ver pela expressão verbal e mímica de um menino do 6º ano que, depois de visitar uma das tendas temáticas, me interceptou nos seguintes termos : “Olhe, quando eu for grande também vou aprender isto?” Isto o quê? Retorqui. “Esta disciplina que eu não sei o nome mas quero muito aprender”. Professor Américo Couto