Bento Gonçalves - Sociedade Brasileira de Fitopatologia

Transcrição

Bento Gonçalves - Sociedade Brasileira de Fitopatologia
Official bimonthly publication of the Brazilian Phytopathological Society
Vol.
36
SUPLEMENTO
AUGUST, 2011
TROPICAL PLANT PATHOLOGY
Former Fitopatologia Brasileira
Official Publication of the Brazilian Phytopathological Society
Revista Oficial da Sociedade Brasileira de Fitopatologia
ISSN 1982-5676
Editorial Committee (2009 - 2011) / Comissão Editorial
Address / Endereço
Cx. Postal 3066, 37200-000, Lavras, MG
Fone: 55-35-3829.1479, e-mail: [email protected]
http://www.sbfito.com.br/tpp
Assistant Editors / Editores Adjuntos
Eduardo S.G. Mizubuti
Universidade Federal de Viçosa, MG
President / Presidente
Ludwig H. Pfenning
Mário Lúcio V. Resende
Universidade Federal de Lavras, MG
Universidade Federal de Lavras, MG
Associate Editors / Editores Associados
Alice K. Inoue Nagata
Lilian Amorim
Renato B. Bassanezi
André Drenth
Luadir Gasparotto
Robert W. Barreto
Carlos R. Casela
Luis Eduardo Aranha Camargo
Rosangela D’Arc Lima
Francisco F. Laranjeira
Luis Rogelio Conci
Sukumar Chakraborty
Francisco Murilo Zerbini Junior
Marciel João Stadnik
Valmir Duarte
Gary Odvody
Marcos A. Machado
Wagner Bettiol
Gustavo Mora-Aguilera
Marcos Paz S. Câmara
Wolfgang Osswald
John C. Sutton
Marisa A.S.V. Ferreira
José da Cruz Machado
Nilceu R.X. Nazareno
José Maurício C. Fernandes
Regina Maria D.G. Carneiro
Embrapa Hortaliças
Brasília, DF
University of Queensland
Austrália
Embrapa Milho e Sorgo
Sete Lagoas, MG
Embrapa Mandioca e Fruticultura
Cruz das Almas, BA
Univ. Federal de Viçosa
Viçosa, MG
Texas A&M University
Corpus Christi, EUA
Colegio de Postgraduados
México
University of Guelph
Canadá
Univ. Federal de Lavras
Lavras, MG
Embrapa Trigo
Passo Fundo, RS
Univ. de São Paulo - ESALQ
Piracicaba, SP
Embrapa Amazônia Ocidental
Manaus, AM
Univ. de São Paulo - ESALQ
Piracicaba, SP
Inst. Nacional de Tecnología Agropecuaria
Argentina
Univ. Federal de Santa Catarina
Florianópolis, SC
IAC, Centro de Citricultura
Cordeirópolis, SP
Univ. Federal Rural de Pernambuco
Recife, PE
Univ. de Brasília
Brasília, DF
Inst. Agronômico do Paraná
Curitiba, PR
Embrapa Recursos Genéticos
Brasília, DF
Fundecitrus
Araraquara, SP
Univ. Federal de Viçosa
Viçosa, MG
Univ. Federal de Viçosa
Viçosa, MG
Queensland Bioscience Precinct
Austrália
Univ. Federal do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, RS
Embrapa Meio Ambiente
Jaguariúna, SP
Technical University Munich
Alemanha
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. htpp://www.sbfito.com.br
Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
Tropical Plant Pathology. -- Vol. 36 Suplemento (Ago/2011). - . Brasília: Brazilian Phytopathological Society, 2008.
CD-ROM : il.; 4 3/4 pol.
Bimestral.
Official Publication of the Brazilian Phytopathological Society.
Former title: Fitopatologia Brasileira.
Annual Supplement. Continued in CD-ROM (2011)
ISSN 1982-5676
1. Fitopatologia - Periódicos. I. Brazilian Phytopathological Society.
CDD – 632.05
Composition / Composição
Ana Carolina Naves Ferreira
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. htpp://www.sbfito.com.br
COMISSÃO ORGANIZADORA / ORGANIZATION COMMITEE
Presidente
Rosa Maria Valdebenito Sanhueza - Proterra
Vice-Presidente
Lucas da Ressurreição Garrido - Embrapa Uva e Vinho
Coordenação Técnico-Científica
Valmir Duarte - UFRGS
Comissão Técnico Científica
Amauri Bogo - CAV/ UDESC
Andreia Moura - UFPEL
Carlos Forcelini - UPF
César Bauer - Embrapa Clima Temperado
Elena Blume - UFSM
Eliane Andrade - Epagri de Videira
Emerson M. Del Ponte - UFRGS
José Itamar as Silva Boneti - Epagri São Joaquim
José Mauricio C. Fernandes - Embrapa Trigo
Jurema Schons - UPF
Lucas da Ressurreição Garrido - Embrapa Uva e Vinho
Luiz Antônio Suita de Castro - Embrapa Clima Temperado
Marciel J. Stadnik - UFSC
Marlove Fátima Brião Muniz - UFSM
Rosa Maria Valdebenito Sanhueza - Proterra
Rosemeire de Lellis Naves - Embrapa Uva e Vinho
Silvio Meirelles - Embrapa Uva e Vinho
Thor Vinícius Martins Fajardo - Embrapa Uva e Vinho
Valmir Duarte - UFRGS
Willington Pavan - UPF
Yoshinori Katsurayama - Epagri São Joaquim
Coordenação de Projetos
Elena Blume - UFSM
Marlove Muniz - UFSM
Coordenação de Captação de Recursos
José Itamar da Silva Boneti - Epagri
Lucas da Ressurreição Garrido - Embrapa Uva e Vinho
Rosa Maria Valdebenito Sanhueza - Proterra
Coordenação Sócio-Cultural
Anelise Sulzbach - Embrapa Uva e Vinho
Fabio Rossi Cavalcanti - Embrapa Uva e Vinho
Renata Gava - Embrapa Uva e Vinho
Rosemeire de Lellis Naves - Embrapa Uva e Vinho
Coordenação de Transportes e Logística
Fellini Turismo
Flávia Luzia Basso
Tânia Mari Fronza
Coordenação de Divulgação
Giovani Capra - Embrapa Uva e Vinho
Viviane Zanella - Embrapa Uva e Vinho
Tesoureiro
Nelson Provenzi - Embrapa Uva e Vinho
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. htpp://www.sbfito.com.br
Secretária
Cristiane Turchet - Embrapa Uva e Vinho
Secretaria Executiva:
Acontece Eventos
Comissão de Apoio
Aline Cristina Velho - Universidade Federal de Santa Catarina
Amauri Bogo - Universidade do Estado de Santa Catarina
Bernardo de Almeida Halfeld Vieira - Embrapa Meio Ambiente
Cacilda Márcia Duarte Rios Faria - Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná - UNICENTRO
Camila Ranzi - Universidade de Passo Fundo
Carlos A. Forcelini - Universidade de Passo Fundo
Carlos Alberto Lopes - Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças - EMBRAPA
Carolina Cardoso Deuner - Universidade de Passo Fundo
César Bauer - Embrapa Clima Temperado
Claudia Dias Arieira - Universiade Estadual de Londrina
Cristiano Souza Lima - Universidade Federal Rural de Pernambuco
Dartanha SoareS - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA ALGODÃO
Douglas Lau - Embrapa Trigo
Elena Blume - Universidade Federal de Santa Maria
Francislene Angelotti - Embrapa Semiarido
João Leodato Maciel - Embrapa Trigo
José Itamar da Silva Boneti - Empresa de Pesq. Agrop. e Extensão Rural de Santa Catarina – Unidade São Joaquim
José Maurício Fernandes - Embrapa Trigo
Jurema Schons - Universidade de Passo Fundo
Kátia de Lima Nechet - Embrapa Meio Ambiente
Lilian Cerbaro - Universidade de Passo Fundo
Ludwig Pfenning - Universidade Federal de Lavras
Luiz Antônio Suita de Castro - Embrapa Clima Temperado
Marlove Fátima Brião Muniz - Universidade Federal de Santa Maria
Mateus Brusco de Freitas - Universidade Federal de Santa Catarina
Norimar Denardin - Universidade de Passo Fundo
Regina Gomes Carneiro - Embrapa Cenargen
Robson Marcelo Di Piero - Universidade Federal de Santa Catarina
Rosemeire de Lellis Naves - Embrapa Uva e Vinho
Silvio Meirelles - Embrapa Uva e Vinho
Walter Boller - Universidade de Passo Fundo
Willington Pavan - Universidade de Passo Fundo
Yoshinori Katsurayama - Empresa de Pesq. Agrop. e Extensão Rural de Santa Catarina – Unidade São Joaquim
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
SUMÁRIO / CONTENT
PALESTRAS ..................................................................................................................................
06
MESAS REDONDAS ....................................................................................................................
16
MINI CURSO .................................................................................................................................
95
RESUMOS
BACTERIOLOGIA .........................................................................................................................
99
BIOTECNOLOGIA .........................................................................................................................
154
CONTROLE ALTERNATIVO ........................................................................................................
175
CONTROLE BIOLÓGICO .............................................................................................................
389
CONTROLE CULTURAL ..............................................................................................................
499
CONTROLE FÍSICO ......................................................................................................................
524
CONTROLE QUÍMICO ..................................................................................................................
536
EPIDEMIOLOGIA ..........................................................................................................................
731
ETIOLOGIA ....................................................................................................................................
859
FISIOLOGIA DO PARASITISMO .................................................................................................
948
MELHORAMENTO GENÉTICO ...................................................................................................
984
MICOLOGIA ................................................................................................................................... 1048
NEMATOLOGIA ............................................................................................................................. 1158
OUTROS .......................................................................................................................................... 1223
VIROLOGIA .................................................................................................................................... 1354
Palestras
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
PALESTRA 1
Host defense and pathogen counter-defense: a cross-kingdom molecular battle on the
leaf surface
Maeli Melotto
Department of Biology, University of Texas, 501 S. Nedderman Dr., Arlington, Texas 76019, USA.
E-mail: [email protected]
It is estimated that biotic stress reduces 31-42% of the yield capacity of crops worldwide,
representing US$500 billion of annual loss (FAO, www.fao.org). Loss due to pathogen alone accounts
for 14% of yield reduction (US$220 billion annually; Agrios, 2005). In the last decade, we gained in
depth knowledge on many aspects of the interaction between plants and bacterial pathogens using
Arabidopsis thaliana and Pseudomonas syringae pv. tomato (Pst) DC3000 as a model pathosystem.
Particularly relevant is bacterial penetration into leaves, a very important step of foliar bacterial
pathogenesis. The transition between epiphytic and endophytic life styles occurs when the bacteria
penetrates plant tissue through natural openings such as the stomata. This is a common mechanism of
internalization among P. syringae strains that attack over 40 crop plants. Recently, Melotto et al. (2006) have
discovered that stomata, pores in the epidermis of plants essential for water transpiration and CO2 uptake,
actively close as part of plant innate immunity to restrict the entry of bacteria into Arabidopsis leaves.
Perception of bacteria by guard cells induces closure of the stomatal pore and occurs through the
recognition of conserved molecules in the bacterial cells collectively known as pathogen- or microbeassociated molecular pattern (PAMP or MAMP). Studies using purified MAMPs have shown that
stomatal closure in response to biotic signals requires synthesis and signaling components of the
phytohormones abscisic acid (hallmarks of abiotic signal-induced stomatal closure) and salicylic acid
(Melotto et al., 2006; Zhang et al., 2008; Gudeblast et al., 2009; Zeng et al., 2010). Epistasis analysis
suggests that PAMP signaling precedes SA signaling, which in turn precedes ABA signaling (Zeng &
He, 2010). These findings suggest that the guard cell signal transductions in response to biotic and abiotic
signals share some common steps.
The involvement of conserved molecular components and innate immunity response in stomatal
defense against invading bacteria suggest that this form of defense may be widespread across plant species.
It is likely that phytopathogens employ distinct virulence factors or lifestyles to overcome or circumvent
stomatal closure. Two bacterial pathogens, Pst DC3000 and Xanthomonas campestris pv. campestris, and
the ascomycete Sclerotinia sclerotiorum have been reported to employ virulence factors to actively open the
stomatal pore (Guimaraes & Stotz, 2004; Melotto et al. 2006; Gudeblast et al. 2009). Extensive molecular
details are available for the mode of action of one of these virulence factors; coronatine (COR), which is
produced by Pst DC3000.
COR is a structural and functional mimic of the plant hormone jasmonate (JA) conjugated to amino
acid isoleucine (JA-Ile; Staswick & Tiryaki, 2004). Biological concentrations of COR activates the JA
signaling pathway in the plant. A host cellular receptor of COR and JA-Ile is a complex formed by at least
three critical components, COI1 (an F-box protein), JAZ (transcriptional repressor protein), and inositolphosphate (Sheard et al,. 2010). COR promotes the interaction between COI1 and JAZ proteins (Melotto
et al., 2008). In this process, JAZ proteins are degraded promoting the release of transcritption factors such
as MYC2 to drive expression of JA-responsive genes (Chini et al., 2007; Thines et al., 2007). The CORdependent up-regulation of JA pathway contributes to increased virulence of Pst DC3000 on plants.
7
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Human Pathogens on Plants
Stomatal immunity may also be effective in restricting internalization of human pathogens into leaf
tissue. Stomatal pores close in response to Escherichia coli O157:H7 (Melotto et al., 2006) and Salmonella
enterica serovar Typhimurium. Salmonella enterica, however, is able to re-open stomata, penetrate the leaf,
and survive in the plant interior (Kroupitski et al., 2009; S. Panchal and M. Melotto, unpublished results).
As current efforts to decontaminate leafy vegetables involve mostly sterilization of the leaf surface, there
is an urgent need to implement additional control measures geared towards prevention of food poisoning
outbreaks associated with consumption of raw vegetables.
References
Agrios GN (2005) Plant Pathology. 5th Ed. San Diego. Elsevier Academic Press.
Chini A, Fonseca S, Fernández G, Adie B, Chico JM, et al. (2007) The JAZ family of repressors is the
missing link in jasmonate signaling. Nature 448:666-671.
Gudesblat GE, Torres PS, Vojnov AA (2009) Xanthomonas campestris overcomes Arabidopsis stomatal
innate immunity through a DSF cell-to-cell signal-regulated virulence factor. Plant Physiology 149:10171027.
Guimaraes RL, Stotz HU (2004) Oxalate production by Sclerotinia sclerotiorum deregulates guard cells
during infection. Plant Physiology 136:3703-3711.
Kroupitski Y, Golberg D, Belausov E, Pinto R, Swartzberg D, et al. (2009) Internalization of Salmonella
enterica in leaves is induced by light and involves chemotaxis and penetration through open stomata.
Applied and Environmental Microbiology 75:6076-6086.
Melotto M, Underwood W, Koczan J, Nomura K, He SY (2006) Plant stomata function in innate immunity
against bacterial invasion. Cell 126:969-980.
Melotto M, Mecey C, Niu Y, Chung HS, Katsir L, Yao J, et al. (2008) A critical role of two positively
charged amino acids in the Jas motif of Arabidopsis JAZ proteins in mediating coronatine- and jasmonoyl
isoleucine-dependent interactions with the COI1 F-box protein. Plant Journal 55:979-988.
Sheard LB, Tan X, Mao H, Withers J, Ben-Nissan G, et al. (2010) Jasmonate perception by inositolphosphate-potentiated COI1-JAZ co-receptor. Nature 468:400-405.
Staswick PE, Tiryaki I (2004) The oxylipin signal jasmonic acid is activated by an enzyme that conjugates
it to isoleucine in Arabidopsis. Plant Cell 16:2117-2127.
Thines B, Katsir L, Melotto M, Niu Y, Mandaokar A, Liu G, Nomura K, He SY, Howe GA, Browse J (2007)
JAZ repressor proteins are targets of the SCFCOI1 complex during jasmonate signaling. Nature 448:661665.
Zeng W, He SY (2010) A prominent role of the flagellin receptor FLAGELLIN-SENSING2 in mediating
stomatal response to Pseudomonas syringae pv. tomato DC3000 in Arabidopsis. Plant Physiology 153:11881198.
Zeng W, Melotto M, He SY (2010) Plant stomata: a checkpoint of host immunity and pathogen virulence.
Current Opinion Biotechnology 21:599-603.
Zhang W, He SY, Assmann SM (2008) The plant innate immunity response in stomatal guard cells
invokes G-protein-dependent ion channel regulation. Plant Journal 56:984-996.
8
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
PALESTRA 2
Tracking the long distance movement of plant pathogens in the atmosphere using
autonomous unmanned aircraft
David G. Schmale III
Department of Plant Pathology, Physiology, and Weed Science, Virginia Tech, Blacksburg, VA 24061-0390,
USA. E-mail: [email protected]
Crops are constantly threatened by plant pathogens, many of which can be transported over hundreds
of kilometers in the atmosphere. The ability to track the movement of plant pathogens in the atmosphere is
essential for establishing effective quarantine measures and forecasting disease spread. We have developed
autonomous (self-controlling) unmanned aerial vehicles (UAVs) to sample plant pathogens in the atmosphere
hundreds of meters above crop fields (Figure 1). These UAVs are being used to improve our understanding
of the long-distance transport of plant pathogens in the lower atmosphere.
Technologies for tracking the long-distance movement of plant pathogens in the atmosphere have been
limited. Recently, we have developed, tested, and implemented new technologies with autonomous UAVs to
study the movement of plant pathogens in the lower atmosphere (Schmale et al. 2008). Autonomous UAVs
offer a number of advantages over platforms operated entirely by a ground-based pilot (e.g., MaldonadoRamirez et al. 2005) including reducing pilot fatigue, maintaining precise sampling altitudes and sampling
patterns, and coordinating the flight of multiple UAVs sampling at different altitudes (Techy et al. 2010).
I will present recent work with autonomous UAVs to track the long-distance transport of fungi in the
genus Fusarium—one of the most important groups of fungi in the world. Members of this genus cause
rots, cankers, blights, and wilts of important agricultural crops. Some Fusarium spp. produce dangerous
mycotoxins, posing a serious threat to the health of humans and livestock. We collected at least 12 different
species of Fusarium with autonomous UAVs 40 to 320 meters above the ground at the Kentland Farm in
Blacksburg, Virginia. A series of single-spored isolates of Fusarium graminearum (sexual stage Gibberella
zeae) collected with autonomous UAVs during fall, winter, spring, and summer months caused Fusarium
head blight (FHB) on a susceptible cultivar of spring wheat, and all of the isolates produced mycotoxins in
planta consistent with their genotypes. Collections of F. graminearum during the fall and winter months
Figure 1. An autonomous unmanned aerial vehicle (UAV) for collecting plant pathogens in the lower
atmosphere. The sampling devices are opened and closed from the ground by remote control once the UAV
is aloft at its desired sampling altitude.
9
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
were outside a reasonable sporulation and infection window for the fungus in Virginia, providing a strong
indication of long distance transport of F. graminearum from regions outside of the state. Our data are
considered in the context of a new aerobiological transport framework based on atmospheric transport
barriers (ATBs)—Lagrangian coherent structures (LCS) present in the atmospheric flow. ATBs are likely
to be an important mechanism by which punctuated changes in the population structure of Fusarium can
be understood. This work aims to improve our understanding of population shifts of F. graminearum and
develop new paradigms that may link field and atmospheric populations of toxigenic Fusarium spp. in the
future.
References
Maldonado-Ramirez S.L., Schmale D.G., Shields E.J., & Bergstrom G.C. (2005). The relative abundance
of viable spores of Gibberella zeae in the planetary boundary layer suggests the role of long-distance
transport in regional epidemics of Fusarium head blight. Journal of Agricultural and Forest Meteorology,
132, 20-27.
Schmale, D. G., Dingus, B. R., & Reinholtz, C. F. (2008). Development and application of an autonomous
unmanned aerial vehicle for precise aerobiological sampling above agricultural fields. Journal of Field
Robotics, 25, 133-147.
Techy, L., Schmale, D. G., & Woolsey, C. A. (2010). Coordinated aerobiological sampling of a plant pathogen
in the lower atmosphere using two autonomous unmanned aerial vehicles. Journal of Field Robotics, 27,
335-343.
10
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
PALESTRA 3
Ferramentas na diagnose de doenças de plantas
Laercio Zambolim
Universidade Federal de Viçosa. E-mail: [email protected]
Quais são as razões e situações em que se deve realizar a diagnose de doenças de plantas? A identificação
correta de uma doença constitui a base para o controle da doença. A diagnose de doenças de plantas por
tanto é o pilar do manejo integrado. Além disso, a diagnose da doença orienta o serviço de extensão
para emissão de avisos fitossanitários e contribui para reduzir a possibilidade de entrada de patógenos
exóticos num país. O que se procura na diagnose é a acurácia, a mais completa possível, com rapidez e não
dispendiosa. Medidas de controle, portanto, só podem ser tomadas após a identificação correta do agente
causal e do estudo da epidemiologia da doença. Quando a diagnose de doença é feita erroneamente, temse como resultado danos e perdas, aumento do custo do controle e contaminação ambiental pela aplicação
indevida de produtos químicos. Quando o produtor procura o serviço de diagnose de doenças de plantas,
ele tem em mente duas perguntas: o que esta causando o distúrbio nas plantas e como controlá-la. Os passos
na diagnose de doenças são: identificar o nome científico (gênero e espécie da planta); conhecer plantas
normais sem sintomas; observar os sintomas e sinais em plantas sintomáticas em diferentes estádios de
evolução; determinar o padrão espaço-temporal da doença; praticar a anamnese (perguntar ao máximo);
histórico de tratos culturais e da área de cultivo; checar atlas e compêndios com fotos de doenças; testes em
laboratório e o resultado final.
A diagnose deve sempre iniciar com a visita aos campos de cultivo. Portanto, a visita do técnico ao
campo é a ferramenta principal como ponto de partida para o conhecimento do agente causal. Uma vez
no campo, o técnico deve praticar a anamnese, isto é fazer o papel de um detetive. Perguntar e observar
ao máximo o padrão da doença, sua distribuição e locais onde ocorre com maior severidade. É importante
saber que doenças em plantas podem ser de origem infecciosa (bióticas) e não infecciosas (abióticas). Após
a observação do padrão espaço-temporal da doença deve-se proceder ao exame do material vegetal com
sintomas de doença. A lupa de mão e uma ferramenta cortante como o canivete são ferramentas importantes
na busca de sinais de agentes infecciosos de doenças. Cortes no sentido longitudinal e transversal do vegetal
podem mostrar se o xilema tem invasão de um organismo. Outras ferramentas que podem ser úteis em
certos casos são os kits diagnósticos, para certas espécies de fungos, vírus e bactérias. Máquina fotográfica
e filmadora também são ferramentas importantes para o registro dos sintomas e padrão da doença no campo.
Para auxiliar na identificação do agente causal, deve-se também utilizar LI como o GPS, ipods, iphones e
atlas contendo ilustrações de doenças bióticas e abióticas. O arranquio das plantas no campo e, a análise do
sistema radicular pode revelar possíveis podridões devido ao alto nível de umidade do solo. A utilização de
PCR em tempo real em condições de campo num futuro poderá ser uma ferramenta de grande utilidade, na
diagnose de determinadas doenças. Na diagnose de problemas abióticos é importante observar o progresso
da doença no campo. Muitas vezes a toxicidade de herbicida pode produzir sintomas semelhantes a ataque
de viroses. Por exemplo, se plantas forem injuriadas com herbicidas (2,4 D) os sintomas da toxicidade
surgirão rapidamente e não haverá progresso dos sintomas posteriormente. Todas as partes da planta devem
ser examinadas a procura de sintomas e sinais (raízes, folhas, caule, flores e frutos. Testes de PCR e ELISA,
aliados a outros são ferramentas mais empregadas na diagnose de doenças em laboratório, principalmente o
PCR e o PCR em tempo real para vírus, bactérias, bactérias fastidiosas, fitoplasmas, espiroplasmas, fungos
e até para nematóides. Testes adicionais incluem análise de ácidos graxos, utilização de fontes de carbono
11
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
(teste BIOLOG) e teste de atividade de enzimas (pectinase, padrões isoenzimáticos). Nos testes diagnósticos
para identificação de doenças de causas abióticas é necessário determinar o pH, análise de nutrientes no solo
e nos tecidos vegetais para se determinar se os mesmos estão em excesso ou deficientes, toxicidade de ferro,
alumínio e manganês, salinidade do solo, toxicidade de agrotóxicos (herbicidas, fungicidas, inseticidas e
acaricidas). Conclui-se que houve grande evolução nas ferramentas para a diagnose de doenças para serem
empregadas em campo e em laboratório. Entretanto as ferramentas disponíveis em campo, precisam ser
mais difundidas em nossas condições.
Referências Bibliográficas
Agrios, G. N. 1997. Introductory Plant Pathology. 4th ed. Academic Press, New York, NY.
Alfieri, S. A., Jr., K. R. Langdon, J. W. Kimbrough, N. E. El-Gholl, and C. Wehlburg. 1994. Diseases and
Disorders of Plants in Florida. Fla. Dep. Agric. Consumer. Serv. Div. Plant Ind. Bull. No. 14.
Carlile, M. J., S. C. Watkinson, and G. W. Gooday. 2001. The Fungi, 2nd ed. Academic Press, New York,
NY.
Farr, D. F., G. F. Bills, G. P. Chamuris, and A. Y. Rossman. 1989. Fungi on Plants and Plant Products in the
United States. American Phytopathological Society, St Paul, MN.
Hansen, M. A. and R. L. Wick. 1993. Plant disease diagnosis: present and future prospects. Advances in
Plant Pathology 10:65-126.
Holmes, G. J., E. A. Brown, and G. Ruhl. 2000. What’s a picture worth? The use of modern telecommunications
in diagnosing plant diseases. Plant Dis. 84:1256-1265.
Horst, R. K. 2001. Westcott’s Plant Disease Handbook. 6th ed. Kluwer Academic Publishers, Boston,
MA.
Kendrick, B. 2000. The Fifth Kingdom. 3rd edition. Focus Publishing, Newburyport, MA.
Putnam, M. L. 1995. Evaluation of selected methods of plant disease diagnosis. Crop Protection 14:517525.
Robert, N.T., W.M.T., W.A.S. 2008. Fitopatologia – conceitos e exercícios de laboratório.2 th.ed. A.rtmed,
New York, NY
Shutleff, M. C. and C. W. Averre. 1997. The plant disease clinic and field diagnosis of abiotic diseases.
American Phytopathological Society, St. Paul, MN.
United States Department of Agriculture. 1960. Index of Plant Diseases in the United States. Agricultural
Handbook No. 165.
Waller, J. M., B. J. Ritchie, and M. Holderness. 1998. Plant Clinic Handbook. CAB International, New
York, NY.
12
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
PALESTRA 4
Promises and realities of nanotechnology for plant pathology
Leonardo De La Fuente1 & Harvey C. Hoch2
Department of Entomology and Plant Pathology, Auburn University. 209 Rouse Life Sciences Building,
Auburn, Alabama 36830, USA. E-mail: [email protected]. 2Department of Plant Pathology and PlantMicrobe Biology, Cornell University. New York State Agricultural Experiment Station, Geneva, NY 14456,
USA. E-mail: [email protected]
1
New and improved scientific tools developed during the last 10-20 years have propelled nanotechnology
to the forefront of technological innovation. The fields of electronics, medicine, and energy benefit from
this new technology and are already impacting our everyday life. The term “nanotechnology” refers to an
interdisciplinary area of research and technological applications that involves fabrication processes and
manipulation of structures with dimensions between 1 and 100nm. These dimensions correspond to single
molecule sizes, for example a DNA double helix strand is 2nm wide. Researchers discovered that when
structures are built from very tiny units (nm-size), the physical properties of materials change and can result
in novel applications. Although the explosion of nanotechnology is recent, the concept was envisioned more
than 50 years ago in a lecture by Richard Feynman who challenged researchers to learn how to manipulate
atoms and molecules to improve instrumentation and equipment performance (Feynman, 1960). A few
decades later his challenge became a reality, and his lecture is regarded as the birth of nanotechnology.
Even if we experienced a dramatic increase in the body of knowledge and applications in the last decade,
there remains plenty of room for innovation. Cutting-edge research is being conducted into designing nanorobots that will allow delivery of drugs to target specific organs or types of cells (Smith, 2010).
In the field of agriculture, applications of nanotechnology are also being explored. Current research
is directed toward improved plant growth, detection of plant pathogens, and disease management, as well
as understanding fundamental aspects of pathogen infection processes in plants. Enhanced detection of
pathogens is already being achieved, in part by lowering the detection limit and increasing the accuracy
of sensor instrumentation. For example, antibodies and DNA molecules attached to cantilevers have
provided a tool with enhanced detection limits for some fungal spores, bacteria, and viruses (Waggoner and
Craighead, 2007). In another application, efforts are being directed toward implementation of nanoparticles
for delivery of agrichemicals into plants to fight plant diseases and improve nutrient utilization and plant
growth (Nair et al., 2010). The development of smart delivery systems offers a very exciting possibility to
reduce the amount of pesticides utilized in agriculture. Nanosilica particles modified to be hydrophobic are
able to enter the cuticle of insects, but are not harmful to the plant, and greatly reduce the amount of active
compound (pesticide) needed for insect control (Barik et al., 2008). The effect of silver nanoparticles against
fungal plant pathogens was tested (Jo et al., 2009) and shown to be effective when used as a preventive
application. Another use of nanoparticles is to deliver genetic material into the plant. In the late 1980’s, the
invention of the ‘gene gun’ (Ye et al., 1990) provided an efficient method to introduce DNA into plant and
animal cells. Modifications of this technology are being used to explore delivery not only of DNA but also
other molecules into the plant cell (Torney et al., 2007).
The use of nano- and microfabrication technologies to answer fundamental questions regarding the
biology of plant pathogens has been explored since the mid-1980’s. Pioneering work in 1987 (Hoch et
al., 1987), in which specific topographies were fabricated into silicon wafers, led to a series of published
works demonstrating that urediospore germtubes of the bean rust pathogen sensed 0.5 micrometer high
13
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
topographies to signal for appressorium development, the infection structure produced by the fungus over
plant leaf stoma through which the fungus enters its host. Later, similar fabricated surface features also
patterned on silicon wafers revealed the requirement of surface area contact and substratum porosity for
inducing appressoria in another fungal pathogen, Colletotrichum graminicola (Apoga et al., 2004).
The use of microfluidic chambers for studies of bacterial plant pathogens attacking the vascular
system of plant hosts has yielded new discoveries. Some aspects being studied in these devices include
chemotaxis (Ahmed et al., 2010), biofilm formation (Bahar et al., 2010), and movement (De La Fuente
et al., 2007b). Microfluidic chambers have been used as a model representing xylem vessels (Meng et al.,
2005; De La Fuente et al., 2008) to study biological aspects of Xylella fastidiosa infection. This approach
led to the discovery of important biological traits of X. fastidiosa, including twitching motility (Meng et
al., 2005), the role of surface structures in attachment and motility (De La Fuente et al., 2007a; 2007b), and
spatial and temporal development of aggregation and biofilm formation (De La Fuente et al., 2008).
As with many other new technologies, we need to make certain that treating our crops with nanodevices will not cause a risk to the environment or humans. Not enough data has been accumulated yet
regarding the impact of releasing tiny molecules into the environment. There is potential for soil and
groundwater contamination, and dispersal in aerosols (Klaine et al., 2008). There is also fear that some
of these small nanoparticles can penetrate skin, and we do not yet know the effect on the human body.
Risk assessment studies and public information will help in the successful implementation of nano-based
agriculture.
The promises of nanotechnology for agriculture are endless, and they can have a great impact on
the way we do agriculture in the future. The ability to control and target the release of pesticides can help
in drastically reducing environmental contamination by adjusting the dosage of chemicals according to
specific plant needs. Crop-based biosensors could detect the presence of a single molecule or microorganism
threatening their growth and send a signal to a remote location alerting the need to intervene to control a
pest. Nano-robots carrying a lethal dose of antimicrobial compounds could be injected in the plants and
cause the death of the plant pathogens. Some of these areas are currently being tested in a preliminary stage
in the medical world. We as plant pathologists should take advantage of that knowledge and explore the
possibilities to help improve yield and growth of agricultural crops while maintaining a safe environment.
References
Ahmed T, Shimizu TS, Stocker R (2010) Microfluidics for bacterial chemotaxis. Integrative Biology 2:604629.
Apoga D, Barnard J, Craighead HG, Hoch HC (2004) Quantification of substratum contact required for
initiation of Colletotrichum graminicola appressoria. Fungal Genetics and Biology 41:1-12.
Bahar O, De la Fuente L, Burdman S (2010) Assessing adhesion, biofilm formation and motility of
Acidovorax citrulli using microfluidic flow chambers. FEMS Microbiology Letters 312:33-39.
Barik T, Sahu B, Swain V (2008) Nanosilica—from medicine to pest control. Parasitology Research
103:253-258.
De La Fuente L, Montanes E, Meng YZ, Li YX, Burr TJ, Hoch HC, Wu MM (2007a) Assessing adhesion
forces of type I and type IV pili of Xylella fastidiosa bacteria by use of a microfluidic flow chamber. Applied
and Environmental Microbiology 73:2690-2696.
De La Fuente L, Burr TJ, Hoch HC (2007b) Mutations in type I and type IV pilus biosynthetic genes affect
twitching motility rates in Xylella fastidiosa. Journal of Bacteriology 189:7507-7510.
14
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
De La Fuente L, Burr TJ, Hoch HC (2008) Autoaggregation of Xylella fastidiosa cells is influenced by type
I and type IV pili. Applied and Environmental Microbiology 74:5579-5582.
Feynman R (1960) There’s plenty of room at the bottom. Engineering and Science Magazine XXIII.
Hoch HC, Staples RC, Whitehead B, Comeau J, Wolf ED (1987) Signaling for Growth Orientation and Cell
Differentiation by Surface Topography in Uromyces. Science 235:1659-1662.
Jo Y-K, Kim BH, Jung G (2009) Antifungal activity of silver ions and nanoparticles on phytopathogenic
fungi. Plant Disease 93:1037-1043.
Klaine SJ, Alvarez PJJ, Batley GE, Fernandes TF, Handy RD, Lyon DY, Mahendra S, McLaughlin MJ, Lead
JR (2008) Nanomaterials in the environment: Behavior, fate, bioavailability, and effects. Environmental
Toxicology and Chemistry 27:1825-1851.
Meng YZ, Li YX, Galvani CD, Hao GX, Turner JN, Burr TJ, Hoch HC (2005) Upstream migration of
Xylella fastidiosa via pilus-driven twitching motility. Journal of Bacteriology 187:5560-5567.
Nair R, Varghese SH, Nair BG, Maekawa T, Yoshida Y, Kumar DS (2010) Nanoparticulate material delivery
to plants. Plant Science 179:154-163.
Smith LM (2010) Molecular robots on the move. Nature 465:167-168.
Torney F, Trewyn BG, Lin VSY, Wang K (2007) Mesoporous silica nanoparticles deliver DNA and chemicals
into plants. Nature Nanotechnology 2:295-300.
Waggoner PS Craighead HG (2007) Micro- and nanomechanical sensors for environmental, chemical, and
biological detection. Lab on a Chip 7:1238-1255.
Ye GN, Daniell H, Sanford JC (1990) Optimization of delivery of foreign DNA into higher-plant chloroplasts.
Plant Molecular Biology 15:809-819.
15
Mesa Redonda
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 1
Uso de modelos mecanísticos em sistemas de alerta em tempo real para indicar aplicações de
fungicidas
(Use of mechanistic models in real time warning systems for scheduling fungicide applications)
Caffi Tito & Rossi Vittorio
Istituto di Entomologia e Patologia vegetale, Università Cattolica del Sacro Cuore, Via E. Parmense 84,
I-29122 Piacenza, Italy. E-mail: [email protected]
A plant disease model is a simplification of the pathosystem (relationships between a pathogen, a host
plant, and the environment) that determine whether and how an epidemic develops over time and space
(Rossi et al., 2010). Very different approaches exist for the elaboration of mathematical models useful
in plant epidemiology (Campbell and Madden, 1990; Caffi et al., 2007). For instance empirical models
are elaborated starting from data collected under specific field conditions and do not necessarily contain
cause-effect relationships between variables. On the contrary, mechanistic models are based on an a priori
analysis of the factors influencing epidemics: in other words mechanistic (also referred to as explanatory,
theoretical, or fundamental) models explain the pathosystem on the basis of what is known about how
the system works in relation to the influencing variables. Mechanistic models analyse the changes over
time, due to the external factors, of the components of an epidemic. Dynamic modelling is based on the
assumption that the state of the pathosystem in every moment can be quantitatively characterised and that
changes in the system can be described by mathematical equations (Rabbinge and de Wit, 1989). Such
dynamic, weather-driven, mechanistic models can be fruitfully used as tools for simulation and prediction,
where prediction is the process of estimation for unknown past or current situations, which is different from
forecasting, the latter term being reserved for extrapolations at future times.
Recently two mechanistic models for primary infections of both downy and powdery mildew were
elaborated in Italy (Rossi et al., 2008; Caffi et al., 2010a) and used in the field to determine whether their
predictions could be used to efficiently manage these diseases (Caffi et al., 2010b; Caffi et al., 2011). A
disease warning system based on the new models and on short-term weather forecasts was developed and
evaluated in experimental vineyards over a 3-year period in northern Italy (Caffi et al., 2010b). For each
vineyard, the number of fungicide spray applications and the disease intensity were compared for treatments
following the recommendations of the warning system with those following a standard grower’s fungicide
schedule and with an unsprayed control as suggested by some Authors (Madden and Ellis, 1988).
The models used in the warning system were both developed according the principles of system
analysis (Leffelaar and Ferrari, 1989): one simulating the primary infections of Plasmopara viticola, the
other the ascosporic infections of Erysiphe necator. In the warning system both dynamic models used
were used at two different thresholds: i) a risk avoid strategy (i.e. fungicides applied whenever the warning
system predicted an infection period) and ii) a more risky approach (fungicides applied only when the
models predicted a certain dimension of the infection, i.e. Plasmopara viticola oospore cohort exceeding a
threshold).
The weather data were obtained from the official Agro-Meteorological Service of the Emilia-Romagna
Region (http://www.arpa.emr.it/sim/) and concerned hourly values of air temperature (T, in °C), relative
humidity (RH, in %), rain (R, in mm), and presence of wetness (W, yes or no) for each node of a grid (5 by
5 km) that covers the region. Additionally, forecast weather data were created by the Consortium for Smallscale Modelling Limited Area Model Italy (COSMO-LAMI) model (Steppeler et al., 2003) on a 72-hours
basis.
17
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Therefore, two kinds of model outputs were calculated on the current day t: calculated output for
day t–1 and predicted output for days t, t+1, and t+2. On this basis any time that a fungicide spray was
needed in an experimental field a short text message was sent to the field technician responsible for the field
management. Plant protection products were applied with a knapsack airblast sprayer SR 420 (Stihl Inc.,
Virginia Beach, VA), which ensured an even distribution on the whole plot.
From mid-April, the vineyards were inspected twice a week to detect the first downy mildew lesions.
Disease severity was assessed on a sample of 100 random leaves and 100 bunches per plot at three different
phenological stages in order to compare the effect of the different treatments (BBCH stages 53, 71 and
79).
The warning system provided very promising result for both diseases. The grapevine production
was preserved as well as in the grower’s treatments, but 50% of fungicides sprays was saved in average
for downy mildew, and 40% for powdery mildew. In particular, the average saving for the downy mildew
management was about 200 €/ha compared to the grower’s schedule cost.
References
Caffi T, Rossi V, Cossu A and Fronteddu F (2007). Empirical vs mechanistic models for primary infections
of Plasmopara viticola. Bull. IOBC/WPRS Bull. 37, 261–271.
Caffi T, Rossi V, Legler SE and Bugiani R (2010a). A mechanistic model simulating ascosporic infections
by Erysiphe necator, the powdery mildew fungus of grapevine. Plant Pathology, Doi: 10.1111/j.13653059.2010.02395.x.
Caffi T, Rossi V, and Bugiani R (2010b). Evaluation of a warning system for controlling primary infections
of grapevine downy mildew. Plant Dis. 94:709-716.
Caffi T, Legler SE, Rossi V and Bugiani R (2011). Evaluation of a Warning System for Controlling Ascosporic
Infections of Grapevine Powdery Mildew. Pest Management Science (submitted for publication).
Campbell CL, Madden LV (1990). Introduction to plant disease epidemiology. Wiley, New York.
Leffelaar PA and Ferrari TJ (1989). Some elements of dynamic simulations. Pages 19-45 in: Simulation
and Systems Management in Crop Protection. R. Rabbinge, S. A. Ward, and H. H. van Laar, eds. Pudoc,
Wageningen, The Netherlands.
Madden LV and Ellis MA (1988). How to develop plant disease forecasters. Pages 191-208 in: Experimental
Techniques in Plant Disease Epidemiology. J. Kranz and J. Rotem, eds. Springer-Verlag, New York.
Rabbinge and de Wit (1989). Systems, models and simulation. In: Rabbinge R , Ward SA, van Laar HH
(eds) Simulation and systems management in crop protection. Pudoc, Wageningen.
Rossi V, Caffi T, Giosuè S and Bugiani R (2008). A mechanist model simulating primary infections of
downy mildew in grapevine. Ecol. Model. 212:480-491.
Rossi V, Giosuè S and Caffi T (2009). Modelling Plant diseases for decision making in crop protection. In:
Precision Crop Protection - The Challenge and Use of Heterogeneity, Oerke E.C. Gerhards, R., Menz, G.,
Sikora, R.A. (eds), Springer Science, Dordrecht (NL). 1st Edition., 2010, XXIV, 441 p. 10 illus. in color.,
Hardcover. ISBN: 978-90-481-9276-2.
Steppeler J, Doms G, Schättler U, Bitzer HW, Gassmann A, Damrath U and Gregoric G (2003). Mesogamma scale forecasts using the nonhydrostaticmodel LM. Meteorol. Atmos. 115:488-504.
18
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 1
Móvel / Sem fios - Aplicações no Manejo de Doenças
(Mobile/Wireless Applications in Plant Disease Management)
Willinghton Pavan1, José Maurício Cunha Fernandes2, José Henrique Debastiani1, Jaqson Dalbosco1,
Cristiano Roberto Cervi1
1
ICEG – Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo RS, Brasil; 2Embrapa Trigo, Passo Fundo RS, Brasil.
E-mail: [email protected]
Resumo: Ferramentas de suporte à tomada de decisão constituem parte importante na qualidade dos
processos no segmento da agricultura. Migrar estas ferramentas para dispositivos móveis mostra-se como
um grande desafio devido a existente diversidade de dispositivos e de tecnologias computacionais. Porém,
com a popularização desses dispositivos e a crescente evolução da tecnologia da informação é possível
o desenvolvimento de sistemas complexos, interativos e funcionais, visando oferecer um suporte mais
especializado na redução de riscos na agricultura, a qualquer hora e lugar.
1. Introdução
A tomada de decisão é, hoje, um dos pilares da administração moderna, baseando-se na filosofia da
qualidade total. Como em outras atividades de risco, a agricultura está totalmente dependente do sucesso,
obrigando que produtores e técnicos sejam, em todos momentos, produtivos e acima de tudo competitivos.
A tomada de decisão correta representa a eficiência e a competitividade no setor agrícola.
A informação é a principal matéria prima para a tomada de decisão. É através dela que obtêm-se
subsídios para tomar as decisões de como tratar ou reagir aos riscos e as incertezas. O uso dessa informação
requer ferramentas de investigação, face ao elevado número de fatores normalmente encontrado, que
auxiliem no desenvolvimento do raciocínio sistemático-lógico.
Ferramentas de suporte à tomada de decisão na agricultura constituem parte importante na qualidade dos
processos de produção. Nesta apresentação, vamos concentrar em algimas ferramentas criadas e disponibilizadas
pelo nosso grupo de pesquisa, como o sistema do Consórcio Antiferrugem (http://www.consorcioantiferrugem.
net), o sistema Agroclimate (http://agroclimate.org) e o sistema Sisalert (http://sisalert.com.br).
A migração dessas ferramentas para dispositivos móveis apresenta-se como um grande desafio, devido
a grande heterogeneidade de tecnologias hoje disponíveis, além da capacidade física e de software destes
dispositivos. Por outro lado, com a popularização dos Smartphones, mostra-se possível o desenvolvimento
de sistemas móveis mais complexos e com mais recursos, possibilitando suprir as necessidades de produtores,
técnicos e cientistas.
O desenvolvimento de aplicativos com interfaces atraentes tendem a contribuir com a usabilidade e a
interatividade. Assim, neste trabalho apresentamos o desenvolvimento de um aplicativo móvel como estudo
de caso na migração/expansão de um sistema web para um ambiente móvel. Para o desenvolvimento,
utilizou-se a base do sistema do Consórcio Antiferrugem, baseando-se na plataforma iOS da Apple (iPhone,
iPod Touch e iPad).
2. Desenvolvimento em dispositivos móveis
Com a massificação dos dispositivos móveis, principalmente celulares, bem como a evolução das
tecnologias envolvidas, abriu-se um novo caminho para uma infinidade de aplicações para as quais os
19
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
mesmos não foram originalmente projetados (TAKESHI, 2008). O surgimento da tecnologia móveltornou
possível o alcance global via banda larga para acesso à Internet e, assim uma ampla variedade de recursos,
atingindo-se as expectativas de um antigo conceito que os fabricantes de dispositivos móveis tentavam
vender, o PDA (Assistente Pessoal Digital) (COSTA; PEREIRA, 2010).
Da mesma forma, o desenvolvimento de aplicações para dispositivos móveis tem evoluído exponencialmente,
tornando-se um padrão de desenvolvimento quase onipresente no sentido de que muitas empresas estejam
escalonando ou recrutando novos desenvolvedores para formarem seus grupos de desenvolvimento para
sistemas móveis a fim de criar ou adaptar soluções de serviços existentes para suprir a demanda do mercado
(RABELLO, 2009).
2.1. Consórcio Antiferrugem
É uma parceria público-privada que reúne vários laboratórios e produtores criada para realizar o
controle da dispersão da ferrugem asiática da soja. O consórcio visa facilitar o controle da doença e fornecer
ajuda aos produtores e laboratórios credenciados a reduzir o risco de perdas na lavoura e aplicar devidamente
as medidas plausíveis a extinção da doença em suas propriedades (Figura 1).
O sistema consiste em uma rede de comunicação para informar assistência técnica pública e privada
sobre problemas detectados durante a safra, orientar quanto a possíveis soluções e captar, entre os agentes
de transferência, informações sobre o desempenho da safra nas várias regiões produtoras (DELPONTE,
2007).
Figura 1. Sistema Web do Consórcio Antiferrugem.
20
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
2.2. Aplicação Móvel do Consórcio Antiferrugem
Para o desenvolvimento desta aplicação móvel (Figura 2), utilizou-se de diversas tecnologias
computacionais, como modelagem orientada a objetos e o padrão de projetos MVC (Modelo, Visão e
Controle) (VEIT; HERRMANN, 2003). Foram utilizadas também as ferramentas oficiais disponibilizadas
pela Apple, incluindo ferramentas para programação, construção de interfaces, análise de desempenho e um
simulador para testes. A linguagem utilizada foi a Objective C, uma linguagem de programação reflexiva e
orientada a objetos, sendo o padrão para desenvolvimento nativo para iOS.
A escolha da plataforma iOS se deve pela melhor interação dispositivo/usuário e também pela
presença de recursos gráficos não encontrados em outras plataformas, além da infra-estrutura oferecida
para disponibilização de aplicativos, a loja virtual de aplicativos da Apple (App Store), contanto com mais
de duzentos mil títulos.
A aplicação é alimentada via webservices, os quais obtém os dados diretamente do banco de dados
do Consórcio Antiferrugem. Para a apresentação dos mapas de risco da doença foi utilizado o MapKit,
framework incluso no kit de desenvolvimento para iOS, utilizando os mapas disponibilizados pela Google
(Google Maps).
Obteve-se como resultado, uma forte percepção da aplicabilidade dos conceitos de interfaces ricas
no desenvolvimento de aplicações na plataforma iOS, trazendo grandes vantagens quanto a qualidade de
software. Outro fator percebido durante o desenvolvimento foi a forte adequação do padrão MVC nas
ferramentas oficiais de desenvolvimento, estando de acordo com conceitos recentes de engenharia de
software.
Figura 2. Consórcio Antiferrugem no iPhone
Apesar de ser uma tecnologia recente, a estrutura de desenvolvimento é muito madura e estável,
trazendo maior tranqüilidade durante todas as fases do desenvolvimento. O aplicativo traz como diferencial,
além da sua mobilidade, a apresentação de informações completas ao usuário (mapas, notícias, filtros e
tabelas), possibilitando a fácil rastreabilidade da evolução da doença no decorrer das safras, apresentado
mapas de risco e pontos geolocalizados para os focos da mesma. Além disso, o usuário pode contar com
as informações do aparecimento da doença e suas proporções no Brasil, diretamente no seu dispositivo
móvel.
21
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
3. Conclusão
Percebe-se, com o uso das novas tecnologias, hoje existentes, que o desenvolvimento de aplicações
móveis é viável e permite a elaboração de sistemas complexos, interativos e funcionais, visando oferecer
um suporte mais especializado na redução de riscos na agricultura, a qualquer hora e lugar, auxiliando os
produtores, técnicos e especialistas no processo de tomada de decisão.
Referências Bibliográficas
COSTA, Romualdo André da; PEREIRA, Hernane Borges de Barros. PBL­ME: um ambiente de aprendizagem
para dispositivos móveis voltado para o aprendizado baseada em problemas. In: Workshop de Educação em
Informática Bahia-Alagoas-Sergipe (WEIBASE), 2010, Maceió, AL.
DELPONTE, Emerson et al. Nova plataforma para o mapeamento da dispersão da ferrugem asiática no
Brasil. In: Simpósio Brasileiro de Ferrugem Asiática, 2007, Londrina: Embrapa Soja (Documentos 281),
2007. v. 261. p. 15-20.
RABELLO, Ramon Ribeiro. Android: Um Novo paradigma de desenvolvimento móvel. WebMobile, 2009.
v. 18.
VEIT, M.; HERRMANN, S. Model-view-controller and object teams: a perfect match of paradigms. In:
AOSD ’03: Proceedings of the 2nd international conference on Aspect-oriented software development.
New York, NY, USA: ACM Press, 2003. p. 140–149. ISBN 1-58113-660-9.
22
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 2
Danos por doenças foliares em cereais de inverno e critérios de controle
Erlei Melo Reis1 & Ricardo Trezzi Casa2
1
Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo RS; Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages SC.
E-mail: [email protected]; E-mail: [email protected]
Introdução
São poucos os trabalhos confiáveis de quantificação de danos causados por doenças de plantas. Deveria
ser um dos primeiros trabalhos a ser realizado pelo fitopatologista. Sem a quantificação de danos não se têm
indicadores concretos para a alocação de recursos em pesquisa.
Atualmente existe cultivares de trigo com bom potencial produtivo, no entanto, com baixo grau de
resistência a doenças. Desta forma, a aplicação de fungicidas nos órgãos aéreos torna-se imprescindível para
garantir boa produtividade.
Os critérios para aplicação de fungicidas praticamente são baseados nos estádios de desenvolvimento
da planta ou no aparecimento dos primeiros sintomas. No passado utilizaram-se muitas decisões subjetivas,
como: aplicação quando a doença atingisse determinado nível de infecção ou índice de infecção e até traços
de doença. Nesses até considerava-se a severidade de doença, porém, não se sabia se os valores estipulados
tinham relação com dano na produção. Para facilitar procurou-se relacionar severidade com incidência de
folhas infectadas. Melhorou, mas mesmo assim, tanto severidade como incidência, não levava em consideração
relação com dano. Desta forma, a partir da década 90 trabalhos foram conduzidos com trigo visando obter
equações de função de dano para uso no cálculo do limiar de dano econômico, que somente constaram nas
indicações técnicas da cultura do trigo a partir da safra agrícola de 2000.
No que consiste o limiar de dano econômico
O Limiar de Dano Econômico (LDE) corresponde a intensidade da doença na qual o benefício do
controle iguala ao seu custo ou a intensidade da doença que causa perdas iguais ao custo do controle (Equação
1). Se o LDE for alcançado, é recomendado o controle da doença, pois, caso seja ultrapassado, as perdas
decorrentes serão irrecuperáveis. Por esse motivo, os fungicidas não devem ser aplicados de forma preventiva
(sem doença) ou tardiamente (após o LDE), ou seja, o controle químico das doenças deve ser realizado quando
atingirem o LDE.
LDE = Cc/Cd = 1/1 =1
(1)
O LDE é determinado utilizando-se como base de cálculo a fórmula de Munford & Norton (1984),
modificada por Reis et al. (2001) para ser aplicada em doenças foliares que necessitam do controle com
fungicidas (Equação 2).
ID = Cc/(Pp x Cd) x Ec, na qual,
(2)
ID = intensidade da doença; Cc = custo do controle; Pp = preço da tonelada de trigo; Cd = coeficiente
de dano; e Ec = eficiência do controle pelo.
Na modificação proposta o valor da Ec altera o LDE de tal modo que o fungicida mais eficiente é
empregado com um LDE maior do que um com menor eficiência. Por isso, a fórmula empregada neste trabalho
é: (Equação 3)
ID = (Cc/Pp x Cd) x Ec
(3)
23
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Tanto a implantação da medida de controle como a ação do fungicida, demanda tempo; por isso, a
pulverização deve ser feita quando a intensidade da doença atingir o limiar de ação (LA), sugerindo-se uma
redução do valor do LDE.
De modo geral quanto mais afetada for a área fotossintética da planta, maior será o dano no rendimento
de grãos. Os danos associados às doenças foliares são decorrentes do mau funcionamento e da destruição
dos tecidos fotossintéticos, que limitam a interceptação da radiação solar e translocação de fotossintatos ao
desenvolvimento de grãos.
Como obter o limiar de dano econômico
O LDE não é um valor fixo. Varia em função da obtenção das variáveis que compõe sua equação. Na
quantificação dos danos é necessário gerar os gradientes da doença e avaliar sua intensidade em diferentes
estádios fenológicos, determinar o rendimento de grãos e estabelecer por análise de regressão relação entre
rendimento e intensidade da doença.
A metodologia descrita por Sah & Mackenzie (1987) tem sido utilizada para obter as equações da função
de dano. Normalmente são utilizadas cultivares com diferente reação às doenças, semeadas em diferentes
épocas e com diferentes tratos culturais, como cultivo em monocultura ou rotação, com e sem tratamento de
sementes e com aplicação de fungicidas. A principal ferramenta utilizada em trigo é aplicação de fungicidas
(doses distintas e número de aplicações) em diferentes estádios fenológicos (Reis et al., 2000; 2002; 2008;
Bohatchuk et al., 2008).
As relações entre intensidade da doença e dano podem ser analisadas por modelos matemáticos:
ponto crítico, múltiplos pontos, integrais, de superfície de resposta e modelos sinecológicos. No modelo
de ponto crítico é possível identificar um determinado estádio de desenvolvimento do hospedeiro, no qual
a intensidade de doença presente está relacionada com o rendimento de grãos ou dano (Bergamim Filho &
Amorim, 1996; Vale et al., 2004). Por meio de análise de regressão entre rendimento de grãos e intensidade
das doenças, obtêm-se equações para doenças individuais ou agrupadas, para cultivares e para estádios
fenológicos dos hospedeiros, donde se obtêm o coeficiente de dano (Cd) para ser utilizado no cálculo do
LDE.
Considerações finais
A assistência técnica tem a disposição critérios que podem ser seguidos na tomada de decisão quanto
ao momento da aplicação de fungicidas. O LDE é um critério no qual há necessidade de monitoramento
constante de doenças. Monitorar doença e calcular o LDE não é tarefa para ser executada pelo agricultor. É,
sim, decisão técnica realizada pelo agrônomo treinado em epidemiologia e apto para identificar e quantificar
doenças. Com base no LDE assume-se que a doença está presente na planta ou na lavoura; não sendo assim
realizado controle preventivo ou protetor, que por sua vez não leva em conta a presença de doença. O critério
do LDE também não está atrelado a um determinado estádio fenológico da planta. O critério da aplicação
considerando o estádio fenológico, também não leva em conta a quantidade de doença e geralmente ocorre
de forma atrasada, ou seja, a quantidade de doença já ultrapassou o limiar de ação. O LDE pode necessitar
mais trabalho e tempo para ser executado, no entanto, quando realizado o monitoramento pelo LDE verificase que no momento da aplicação do fungicida as doenças estão com baixa intensidade, que o tratamento
não está atrasado e que os fungicidas apresentam eficiência de controle esperada, prevenindo inclusive
alguns inconvenientes de insensibilidade. Outro detalhe importante é que muitas pessoas envolvidas com
assistência técnica imaginam que com o uso de LDE haverá redução do número de aplicações de fungicidas.
Isto nem sempre ocorre. Pelo contrário, com base no LDE, conhecendo-se a persistência dos fungicidas
e com novo monitoramento de LDE para reaplicações, pode sim haver necessidade de mais aplicações se
24
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
comparado a um programa de aplicação preventiva ou por estádio de desenvolvimento.
O fungicida aplicado numa cultura tem como objetivo o controle de uma doença causada por fungo,
por exemplo, ferrugens, oídios e manchas foliares. Admite-se que as doenças causem danos e perdas e que
a aplicação do fungicida vai garantir um retorno econômico do investimento. Se não ocorrer uma doença
causada por fungo deve-se aplicar fungicida na cultura? De certa forma, a pesquisa vem trabalhando com
relações que envolvem a fisiologia da planta e a presença do fungicida. Porém, o fato é que para determinadas
situações de cultivo (reação do genótipo, condições de clima, presença de inóculo) algumas doenças podem
não atingir nível de dano, e assim, o custo da aplicação pode não ser coberto pelo ganho de rendimento ou
pela lucratividade, sem contar que houve aplicação desnecessária de agrotóxico no meio ambiente.
O LDE é um critério que pode e deve ser mais explorado. Com certeza há necessidade de obter mais
equações da função de dano para os mais variados patossistemas. Sobretudo, duas tarefas ainda devem
ser encaradas e enfrentadas com cautela: a primeira é fazer com que mais profissionais, acadêmicos de
graduação, mestrandos e doutorandos, acreditem e desenvolvam trabalhos neste sentido; a segunda é fazer
com que pessoas envolvidas com assistência técnica também acreditem no LDE, que sejam capacitadas para
aplicá-lo e que se sintam valorizadas profissionalmente com a tecnologia. O LDE é um critério científico
que contribui para a sustentabilidade da atividade agrícola.
Referências Bibliográficas
BERGAMIN FILHO, A. & AMORIM, L. Doenças de plantas tropicais: epidemiologia e controle econômico.
São Paulo: Agronômica Ceres, 1996. 289p.:il.
BOHATCHUK, D.A., CASA, R.T., BOGO, A., KUHNEM JUNIOR, P.R., REIS, E.M. & MOREIRA, E.N.
Modelo de ponto crítico para estimar danos de doenças foliares do trigo em patossistema múltiplo. Tropical
Plant Pathology 33: 363-369. 2008
MUNFORD, J.D. & NORTON, G.A. Economics of decision making in pest management. Annual Review
of Entomology, Palo Alto, v.29, p.157-174, 1984.
REIS, E.M., CASA, R.T. & MEDEIROS, C.A. Diagnose, patometria e controle de doenças de cereais de
inverno. MC Gráfica Ltda. Londrina, 2001. 94p.
REIS, E.M., CASA, R.T. & BEVILAQUA, L.C. Modelos de ponto crítico para estimar danos causados pela
ferrugem da folha da aveia branca. Summa Phytopathologica 34: 238-241. 2008.
REIS, E.M., CASA, R.T., HOFFMANN, L.L. & MENDES, C.M. Effect of leaf rust on wheat grain yield.
Fitopatologia Brasileira 25: 67-71. 2000.
REIS, E.M., HOFFMANN, L.L. & BLUM, M.M. Modelo de ponto crítico para estimar os danos causados
pelo oídio em cevada. Fitopatologia Brasileira 27:644-646. 2002.
SAH, D.N. & MACKENZIE, D.R. Methods of generating different levels of disease epidemics in loss
experiments. In TENG, P.S. (ed.) Crop loss assessement and pest management. St. Paul, MN: American
Phytopathological Society, p.90-95. 1987.
25
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 2
Damages caused by frogeye leaf spot and LSD in soybean in Argentina and control criteria
Marcelo Anibal Carmona
Agronomy Faculty. University of Buenos Aires, Argentina. E-mail: [email protected]
Late season diseases (LSD) and frogeye leaf spot (FLS) are the most prevalent and important soybean
diseases in Argentina. Wide distribution of monoculture associated to no-tillage techniques has contributed
to increase damages caused by LSD (Carmona & Reis, 2009). The most frequent LSD in Argentina are:
brown spot (Septoria glycines), Cercospora blight and purple stain (Cercospora kikuchii), pod and stem
blight (Phomopsis sojae) and anthracnose (Colletotrichum spp). Damage caused by LDS may be as high as
30 % (Carmona & Reis, 2009).
LSD have long incubation and latency periods (Klingelfuss and Yorinori, 2001), thus generally
when symptoms become visible mainly towards the end of the growing season at R6 or R7 stages it
is already too late for chemical control. This is the reason why there is no good correlation between
LSD’ severity during previous stages (R3, R4, R5), where fungicides should have been applied,
and yield response (Martins, 2003; da Costa, 2005). Therefore, decision making cannot be based on
disease intensity because disease diagnosis is usually complex and unclear and can be perform at the
end of soybean growing season when damage was already done by LSD. Currently, farmers have
adopted foliar fungicides application according to phenologycal stages. However, the efficiency and
profitability of this practice seems to be directly related to weather conditions (Backman et al., 1984;
Carmona et al., 2006). Environmental conditions and assessment of disease levels should be used
as a guide for fungicide application (Swoboda & Pedersen, 2009). One of the main variables that
determine epiphytes is the level and distribution of rainfall and therefore it may be used to decide
chemical control (Carmona, 2006; Carmona & Reis; 2009; Carmona et al., 2010a).
A total of 18 field experiments during three growing seasons (2003/2004, 2004/2005 and 2005/2006)
at several locations of Argentina, examined relationships between rain and yield response to single fungicide
applications (strobilurins and triazoles) at R3 and R5 growing stages. The strongest associations (p<0.0001)
were observed between rainfall accumulated from R3 to R5 growth stages and yield response to fungicides
applied in R3 or R5. This association is summarized in the equations: Yield response (kg.ha-1) = 5,429 *
Rain R3-R5 (mm) - 251,5 (R2 = 0.81) for fungicides applied in R3 and Yield Response (kg.ha-1) = 4,2313
Rain R3-R5 (mm) - 177,89 (R2 = 0.84) for fungicides applied in R5. On the basis of our results, high
probability exists that use of fungicide will increase soybean yield by disease control if enough rainfall
occurs in the R3-R5 growth stages (Carmona et al., 2009a; Carmona & Reis, 2009). This coincides with
the significant relationship between precipitations registered in reproductive stages of soybean and severity
of S. glycines and C. kikuchii (Carmona et al., 2010a).
We have developed a decision support system for fungicide application decision based on a point
system where farmers have to answer simple questions with different options. Each answer has a particular
value. The system sums up and the outcome is a particular point sum, which will predict the predisposing
conditions of each particular field and the probability of economic return. The system point is based on 10
variables to provide useful information for scheduling the application of foliar fungicides and to prevent
unnecessary applications and thus increase grower’s profits. The variables are: accumulated rain (mm)
between the R3-R5, rains higher or lower than 7mm threshold, cropping history, cultivar maturity, seed
treatment, potential yield, tillage, actual LSD presence on field and production destination. A total of 35
26
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
points o more indicates that fungicide should be used, 23 points or less indicates not to proceed with
application, and between 23 and 35 points indicates that it should be analyzed together with the technical
support and predictions of expected rain.
The effectiveness of this system was evaluated in 29 soybean field trials during 2007/2008, 2008/2009
and 2009/2010 seasons in different provinces. The system accurately identified the proper action (should
or not should be sprayed) in 76% of situations. When the system was adjusted according to the 7mm
precipitation threshold, the system increased the percentage of correct action predicted up to 81% (Carmona
et al., 2010a).
FLS of soybean caused by C. sojina Hara is a common disease in most soybean-growing countries in
the world. This disease was reported with severe intensity during 1998/1999 in the North West of Argentina
(Ploper et al., 2000). Although the disease was detected in the Pampean Region from 2005 to 2008 at low
prevalence (5-25%), incidence and severity, no severe outbreaks have been recorded in the provinces of
Córdoba, Santa Fe and Buenos Aires. During the 2008/2009 growing season, the disease spread rapidly
throughout most soybean growing areas of the Pampean Region. The disease was observed on almost all
varieties of maturity group III, IV and V. The highest severities were quantified in Córdoba fields with
values between 30-60% (Carmona et al., 2009b). Because this disease was always more important in the
North West of Argentina, genetic resistance is more commonly available in varieties of maturity group VIIVIII sown in that region, whereas most of the varieties of maturity group III, IV and V frequently planted
in the Pampeana Region are susceptible (Scandiani et al., 2010). During 2009-2010 season, damages
caused by FLS were registered with an average of 40% with maximums of up to 100%. As a result, FLS
became the main disease in the soybean crop history in Argentina. With regard to FLS chemical control,
the information available in Argentina is very limited and there is no technical criteria for the fungicide
treatment decision.
We have developed a model to estimate damage caused by FLS using field data. The trial was carried
out in El Trébol Santa Fe during 2009/2010 season, and consisted of 10 treatments with 4 replications. A
disease intensity gradient (lesions per leaflet) was generated through three times application over the season
(0, 1, 2 and 3) and three different doses (0, 75, 150 and 300 cc/ha) of trifloxystrobin + cyproconazole. First
application was made at first symptoms, and the following at 20 day intervals each. Severity (number of
lesion per leaflet) were calculated weekly on ten plants for each treatment. Critical-point yield models
based on linear regression analysis relating soybean grain yield (Y) to the number of lesion (N) of FLS
generated the equations representing the damage functions. Regression analysis performed between grain
yield generated with fungicide applied at different growth stages (R3, R4 and R5) and all combinations of
the average number of lesions per central leaflet measured on each soybean canopy stratum (upper half,
lower half and average), generated nine linear equations representing the damage function with R2 between
0.46 and 0.71. For example, when fungicide was applied at R4 and lesions were measured on the upper
half crop stratum, damage function obtained was: Yield [Tn.ha-1] = 4.8344 - 0.0492 NL (R2 = 0.71, p =
0.01), where NL is the average number of lesions per central leaflet in the upper half of the crop stratum.
In this case, every each soybean ton of expected yield 10 kilos are lost by each average spot in central
leaflet. The damage coefficients obtained from the regression analysis equations allowed to calculate the
economic damage threshold to guide the fungicide application to FLS. According to our results and taking
into consideration all combinations mentioned above, fungicides should be applied when the average FLS’
number of spots in the central leaflet is between 3 to 5 for 4 tons of expected yield (Carmona et al.,
2010b).
These simple models are great tools to help farmers to guide the use of fungicides, working as
Decision Support Systems for timing fungicides. Nevertheless, they should not be used isolated but must
be complemented with actual technical, agronomic and meteorological data (Martins, 2007; Carmona et
al., 2010b).
27
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Acknowledgement
This research was carried out through the financial support provided by University of Buenos Aires (Projects
UBACyT G020 y G043). The FLS system was partially supported by Bayer Crop Science Argentina.
References
Backman PA, Crawford MA, Hammond JM (1984) Comparison of Meteorological and Standarized Timings
of Fungicide Applications for Soybean Disease Control. Plant Disease 68:44-46.
Carmona M (2006) Importancia de las enfermedades de fin de ciclo: su relación con la ecofisiología y el
uso estratégico de fungicidas en el cultivo de soja. Proceedings, Workshop de enfermedades de hoja, tallo y
raíz. Mercosoja 2006, 3er Congreso de Soja del Mercosur. Rosário, Argentina. pp. 321-324.
Carmona M, Reis EM (2009) Sistema de Pontuação Para Aplicação de Fungicidas para as Doenças de Fim
de Ciclo na Cultura da Soja. Proceedings, Seminário sobre critérios indicadores do momento para aplicação
de fungicidas em Trigo e Soja. Passo Fundo RS. pp. 51-66.
Carmona M, Sautua F, Perelman S, Reis EM, Gally M (2009a) Utilidad de las precipitaciones para predecir
la respuesta al uso de fungicidas en el control de las EFC en soja. Anais, Mercosoja 2009, V Congreso de
Soja del Mercosur, Goiana GO, CD Room ISBN 978857033-0130.
Carmona M, Scandiani M, Luque A (2009b) Severe Outbreaks of Soybean Frogeye Leaf Spot Caused by
Cercospora sojina in the Pampean Region, Argentina. Plant Disease 92(9):966.
Carmona M, Moschini R, Cazenave G, Sautua F (2010a) Relación entre la precipitación registrada en
estados reproductivos de la soja y la severidad de Septoria glycines y Cercospora kikuchii. Tropical Plant
Pathology 35(2):20-27.
Carmona M, Formento N, Scandiani M (2010b) Manual Mancha Ojo de Rana. Buenos Aires, Argentina.
ed. Horizonte A. 40 p.
da Costa DIF (2005) Controle de doenças de final de ciclo na cultura da soja. Tese de Doutorado. Universidade
Federal de Santa Maria. Santa Maria RS.
Klingelfuss LH, Yorinori JT (2001) Infecção latente de Colletotrichum truncatum e Cercospora kikuchii em
soja. Fitopatologia Brasileira 26:158-164.
Martins MC (2003) Produtividade da soja sob influência de ocorrência natural de Septoria glycines e
Cercospora kikuchii, com e sem controle químico. Tese de Doutorado. ESALQ, Universidade de São Paulo.
Piracicaba SP.
Martins FG (2007) Desenvolvimento De Modelos De Ponto Crítico Para Quantificação De Danos Causados
Pelo Complexo De Doenças Foliares Em Soja. Master Thesis. Passo Fundo RS. Universidade de Passo
Fundo.
Ploper D, Devani M, Zamorano M, Gálvez R, González YV (2000) Prevalencia de la Mancha Ojo de Rana
en Cultivos de Soja del Noroeste Argentino para su EEAOC. Avance Agroindustrial 21(2):13-17.
Scandiani MM, Ferrari B, Formento N, Luque A, Carmona M, Tartabini M, Ferri M (2010) Evaluación de
la resistencia y susceptibilidad de genotipos de soja (Glycine max) a la mancha ojo de rana (Cercospora
sojina). Revista Análisis de Semillas 4(14):67-72.
Swoboda C, Pedersen P (2009) Effect of Fungicide on Soybean Growth and Yield. Agronomy Journal
101:352-356.
28
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 3
Informações baseadas em previsões numéricas de tempo e clima para subsidiar atividades agrícolas
no Brasil
Chou Sin Chan, Josiane F. F. Bustamante, Jorge Luís Gomes, André A. Lyra & Gustavo Sueiro,
CPTEC / INPE, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais, 12630-000, Cachoeira Paulista SP, Brasil. E-mail: [email protected]
Resumo
O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE) tem produzido previsões numéricas sobre América do Sul, com maior detalhamento, desde 1997.
O modelo atmosférico Eta é utilizado para previsões de tempo em alta resolução espacial, até previsões
climáticas em resolução mais baixa. Avaliação das previsões do modelo mostra previsões de qualidade
satisfatória. Informações das previsões na taxa horária se mostram mais adequadas para detecção de
doenças em culturas.
Abstract
The Center for Weather Forecasting and Climate Studies (CPTEC) in the National Institute for Space
Research (INPE) has produced, since 1997, detailed numerical predictions for South America. The Eta
atmospheric model is used for weather forecasts from high spatial resolution to a lower resolution. Evaluation
of model predictions has shown satisfactory quality forecasts. Information on the hourly rate forecasts was
more suitable for estimating the risk of epidemics in crops.
Introdução
A aplicação das previsões numéricas de temperatura, chuva, umidade, radiação e etc, em modelos de
cultura para avaliação de doenças requer que estas informações destas previsões estejam disponíveis em
maior resolução espacial e temporal, isto é, em maior freqüência. O Centro de Previsão de Tempo e Estudos
Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) produz previsões numéricas
globais de forma operacional desde 1995, e com maior detalhamento sobre América do Sul aninhando
ao modelo global, o Modelo Eta a partir de 1997. O Modelo Eta é um modelo numérico atmosférico
complexo em sua representação dos processos físicos e dinâmicos da atmosfera. É da categoria de modelos
atmosféricos chamados de regionais ou área limitada e que, portanto, necessitam de modelos globais para
lhe fornecer informações da atmosfera no seu entorno, isto é, nos contornos laterais, por outro lado são
computacionalmente mais econômicos que os modelos globais na resolução e região desejada.
Este artigo tem por objetivos apresentar as diferentes versões operacionais do Modelo Eta utilizado
pelo CPTEC. A avaliação da qualidade de suas previsões será apresentada no Congresso. Na próxima seção
as características do modelo serão brevemente descritas e na seção seguinte, alguns resultados das versões
operacionais serão apresentados.
Material e métodos
1.
O Modelo Eta
O Modelo Eta foi desenvolvido na Sérvia (antiga Iugoslávia) (Mesinger et al., 1988) e tornado
operacional no National Centers for Environmental Prediction (NCEP) (Black, 1994). É um modelo de
29
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
área limitada em ponto de grade. O nome do modelo é a letra grega η usada para definir a sua coordenada
vertical (Mesinger, 1984) que é aproximadamente horizontal mesmo em regiões de topografia. A coordenada
η é adequada para uso em regiões de topografia íngreme onde erros numéricos costumam surgir nas
coordenadas comumente usadas em modelos atmosféricos. As variáveis prognósticas são: temperatura,
umidade, vento horizontal, pressão à superfície, energia cinética turbulenta, umidade e temperatura do
solo e água líquida ou gelo das nuvens. Há uma longa lista de variáveis diagnósticas processadas durante a
previsão e fornecidas em intervalos regulares: temperatura e umidade do abrigo, vento a 10 metros, fluxos
de radiação de onda curta e longa a superfície, fluxos de calor latente e sensível, umidade relativa do ar,
etc. A integração numérica é por particionamento explícito (‘split-explicit’). Os termos de ajuste devido às
ondas de gravidade são tratados pelo esquema ‘foward- backward’ modificado por Janjic (1979). O passo
de tempo fundamental do modelo é aplicado aos termos de ajuste, que equivale à metade do passo de
tempo dos termos de advecção. O esquema de diferenças finitas no espaço suprime a separação das ondas
de gravidade das duas subgrades C (Mesinger, 1974; Janjic, 1979). A difusão horizontal é não-linear de 2ª
ordem. A condição de contorno lateral é prescrita em uma fileira nos quatro contornos laterais.
O modelo possui todos os esquemas de parametrização de processos físicos comuns em modelos
atmosféricos operacionais. As misturas turbulentas na atmosfera são resolvidas pelo esquema de MellorYamada (1982) no nível de fechamento 2.5, em que a energia cinética turbulenta é prevista. As trocas de
energia à superfície se baseiam na teoria de similaridade de Monin-Obukhov e utilizam as funções de
estabilidade de Paulson. O tratamento dos fluxos radiativos na atmosfera foi desenvolvido pelo Geophysical
Fluid Dynamics Laboratory, sendo que radiação de onda curta se baseia no esquema de Lacis e Hansen (1974)
e a radiação de onda longa se baseia no esquema de Fels e Schwarzkopf (1975). As taxas de aquecimento
ou resfriamento devido aos processos radiativos são re-calculados a cada hora de integração numérica. A
produção de chuva convectiva se baseia no esquema do tipo ajuste convectivo de Betts-Miller-Janjic (Betts
e Miller, 1986; Janjic, 1994). Neste esquema o perfil termodinamicamente instável é ajustado em direção
a um perfil de referência. As nuvens de origem não convectiva e a chuva associada são representadas pelo
esquema de microfísica de nuvens de Zhao (Zhao et al, 1997) na versão climática e pelo esquema de Ferrier
(2002) nas versões de previsão de tempo. A hidrologia do modelo é representada pelo esquema de Ek
(2003). O esquema possui 4 camadas no solo e utiliza o mapa de Tomasella e Moira, e a cobertura vegetal
distingue 12 tipos. A temperatura da superfície do mar é proveniente de uma média semanal, atualizada
diariamente, e de 1º de resolução. O modelo é de domínio público e está disponível no endereço: http://
etamodel.cptec.inpe.br/download.shtml . As principais características do modelo estão listadas em Pielke
(2002) e as atualizações do modelo em Mesinger et al (2011).
2.
a.
Versões do Modelo Eta
Eta-5km
Versão é destinada a previsões de curto prazo em altíssima resolução. A resolução horizontal é de 5
km e a vertical de 50 níveis. O domínio atualmente coberto por esta versão cobre grande parte do Sudeste
do Brasil. A previsão é de 3 dias com informações horárias. Esta versão é não-hidrostática e, portanto,
demanda maior carga computacional. Espera-se com este modelo detectar melhor os eventos de chuvas
extremas bem como os ventos devido à melhor representação da topografia. A comparação destas previsões
com dados observacionais pode ser encontrada em Dereczynski et al (2010)
b.
Eta-15km
Versão é destinada a cobrir toda a América do Sul e parte dos oceanos adjacentes. A resolução horizontal
é de 15 km e a vertical de 50 níveis. O modelo está no modo hidrostático. É a versão determinística, isto é,
possui uma única realização e gerada em resolução relativamente alta. A previsão fornecida é no prazo de
7 dias, com informações horárias.
30
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
c.
Eta-40km, previsão de tempo por ensemble
Versão destinada a produzir previsão de tempo probabilística a partir de um conjunto de realizações do
modelo. O domínio cobre grande parte da América do Sul. Atualmente são geradas entre 5 a 10 membros,
fornecendo a probabilidade da previsão de um certo evento ou fenômeno. Sendo a resolução espacial
relativamente baixa, 40 km e 38 níveis, o prazo de integração é estendido para 10 dias, com informações a
cada 3h, e somente algumas localidades, sob demanda, são fornecidas informações a cada 1h. O ganho da
previsão de tempo por conjunto foi apresentado por Bustamante e Chou (2009).
d.
Eta-40km, previsão climática sazonal por ensemble
Versão em que produz previsão climática probabilística a partir de um conjunto de realizações do
modelo. A integração do modelo é contínua de 4,5 meses, com informações a cada 6h. O domínio cobre
toda América do Sul e parte dos oceanos adjacentes. Atualmente são geradas entre 5 a 10 membros,
fornecendo a probabilidade da previsão climática para a região. É gerado anteriormente um histórico de
10 anos de previsões para estudo estatístico e identificação dos erros sistemáticos da previsão sazonal
climática. Este histórico é atualmente de 2001 a 2010. Esta previsão é atualizada mensalmente. De cada
membro da previsão climática sazonal, subtrai-se a média climatológica (2001-2010) para obter a previsão
probabilística de anomalia de chuva ou de temperatura. Avaliações da previsão climática sazonal sobre
América do Sul utilizando o modelo Eta são mostrados em Chou et al. (2005).
Comentários Finais
A suíte de versões operacionais do Modelo Eta instalada no CPTEC/INPE foi brevemente descrita.
As versões visam diferentes detalhamentos das previsões. Experimentos numéricos têm buscado a melhoria
na qualidade das previsões de chuva, temperatura e vento. Experimentos numéricos visando modificações
nos esquemas de produção de chuva (Gomes e Chou 2010), na representação da hidrologia do modelo, no
esquema de radiação atmosférica estão em andamento. O aumento do número de membros das previsões por
conjunto, seja previsão de tempo ou previsão de clima sazonal, também está programada. Uma contribuição
importante para a melhoria da previsão é a Interação com usuários que no uso sistemático das previsões
identificam os principais erros do modelo e permitem o direcionamento das pesquisas. Isso é possível visto
que o modelo e seu contínuo desenvolvimento são mantidos pelo CPTEC/INPE, por exemplo, versão para
estudos de mudanças climáticas (Pesquero et al 2009, Chou et al 2011).
Referências Bibliográficas
Black TL (1994) The new NMC mesoscale Eta model: Description and forecast examples. Wea. Analysis
and Forecasting, v.9, p.265-278.
Bustamante JFF, Chou SC (2009) Impact of including moisture perturbations on short-range ensemble
forecasts. Journal of Geophysical Research. DOI: 10.1029/2009JD012395.
Chou SC, Marengo JA, Lyra A, Sueiro G, Pesquero J, Alves LM, Kay G, Betts R, Chagas D, Gomes
JL, Bustamante J, Tavares P (2011) Downscaling of South America present climate driven by 4-member
HadCM3 runs. Climate Dynamics. DOI 10.1007/s00382-011-1002-8
Dereczynski CP, Pristo MVJ, Chou, SC, Cavalcanti IFA, Rozante, JR (2010) Avaliação das Previsões do
Modelo Eta na região da Serra do Mar (Estado de São Paulo), Brasil. Anuário do Instituto de Geociências,
UFRJ, RJ, ISSN 0101-9759 e-ISSN 1982-3908 - Vol. 33 - 2.
Ek.MB MK, Mitchell Y, Liu, E Rogers, P Grunman, V Koren, G Gayano, JD Tarpley, (2003) Implementation
of Noah Land Model advances in the NCEP operational Eta Model. JGR. 108 (D22), 8851-8867.
31
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Ferrier BS, Lin Y, Black T, Rogers E, DiMego G (2002) Implementation of a new grid-scale cloud and
precipitation scheme in the NCEP Eta model. In: 15th Conference on numerical weather prediction,
American Meteorological Society, San Antonio, TX, pp 280–283
Gomes JL, Chou SC (2010) Dependence of partitioning of model implicit and explicit precipitation on
horizontal resolution. Meteorology and Atmospheric Physics. DOI: 10.1007/s00703-009-0050-7
Janjic ZI (1994) The step-mountain coordinate model: further developments of the convection, viscous
sublayer, and turbulence closure schemes. Mon Weather Rev 122:927–945
Mesinger F, Janjic ZI, Nickovic S, Gavrilov D, Deaven DG (1998) The step-mountain coordinate:
Model description and performance for cases of Alpine lee cyclogenesis and for a case of Appalachian
redevelopment. Mon. Wea. Rev., v.116, p.1493-1518
Mesinger F (1984) A blocking technique for representation of mountains in atmospheric models. Rivista
Meteor. Aeronautica, 44, 195-202.
Mesinger F, Chou SC, Gomes JL, Jovic D, Lyra AA, Bustamante JF, Bastos PR, Lazic L, Morelli S, Ristic
I (2011) An upgraded version of the Eta model. Submetido a Meteorol. Appl Physics.
Pesquero JF, Chou SC, Nobre CA, Marengo JA (2009) Climate downscaling over South America for 19611970 using the Eta Model. Theoretical and Applied Climatology. DOI: 10.1007/s00704-009-0123-z
Pielke RA Sr (2002) Mesoscale meteorological modeling. In: International geophysics series, vol 78.
Academic Press, New York, p 676
Zhao Q, Black TL, Baldwin ME (1997) Implementation of the cloud prediction scheme in the Eta Model at
NCEP. Weather and Forecasting, 12, 697-712.
32
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 4
Podridão-descendente da videira no Brasil
Lucas da R. Garrido1; Renata Gava1; Arailde Fontes Urben2 & Patricia S. Ritschel1
1
Embrapa Uva e Vinho, 95700-000, Bento Gonçalves, RS; 2Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia,
70770-972, Brasília, DF.
A podridão-descendente da videira é uma doença cuja incidência vem aumentando nos últimos anos,
em todas as áreas de produção de uva do Brasil, ocorrendo principalmente em vinhedos do Estado do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e Bahia. Dependendo da
região, pode-se encontrar uma ou outra espécie do agente causal, não sendo, portanto, causada por apenas
um agente etiológico. Existem dois agentes principais da podridão descendente identificados no Brasil.
Eutypa lata (Prs.) Tul. & C. Tul. é a forma sexuada de Libertella blepharis A.L. Smith, sendo encontrada
em vinhedos de São Paulo e Rio Grande do Sul. Botryosphaeria spp. é a forma sexuada de Lasiodiplodia
theobromae Pat., encontrada em São Paulo, Minas Gerais e no Nordeste (Pernambuco e Bahia), e também
de Neofusicoccum sp. Crous, Slippers & A.J.L., Phillips e Fusicoccum aesculi Corda in Sturm, relatadas
principalmente no Rio Grande do Sul. Os sintomas de declínio nas plantas aparecem cerca de dois a quatro
anos após a infecção.
Tanto Eutypa lata quanto Botryosphaeria spp. apresentam uma ampla gama de plantas hospedeiras,
destacando-se principalmente as fruteiras de clima temperado e tropical.
Os sintomas do declínio são bastante genéricos, caracterizando-se pelo retardamento da brotação
na primavera, encurtamento dos entrenós, deformação e descoloração dos ramos, redução do tamanho
normal, clorose e deformação das folhas, que apresentam ainda pequenas necroses nas margens,
podendo murchar e cair, redução drástica do vigor, superbrotamento, seca de ramos e a morte da
planta. Verifica-se frutificação irregular e com menor número de bagas. Cancros formados nos ramos
velhos e frutificação do fungo nestes locais são características importantes para o diagnóstico do
agente envolvido no declínio. O corte transversal da área do ramo afetado mostra a extensão da doença,
observando-se a área da madeira escura morta não funcional em forma de cunha, nos estádios iniciais,
contrastando com a parte ainda viva.
A doença desenvolve-se lentamente nas videiras e nenhum sintoma é observado na 1ª ou na 2ª estação
de crescimento após a infecção. Pela 3ª ou 4ª estação, um cancro é usualmente visto e acompanhado pela
manifestação dos sintomas na folhagem. Vários anos podem se passar antes do comprometimento do ramo
ou do tronco. Pelo seu lento desenvolvimento, seu impacto econômico não é sentido até que a videira atinja
a fase de maturação. Os principais danos observados são a redução da produção nas plantas atacadas e a
produção de cachos menores e apresentando bagas com menor teor de açúcar e maior acidez.
Infecções são iniciadas quando os ascósporos (esporos da fase sexual) ou conídios entram em contato
com ferimentos novos. A ocorrência de chuvas é a condição para a liberação dos esporos e também para o seu
transporte e deposição sobre os vasos condutores expostos pela poda. A germinação ocorre dentro dos vasos
condutores, usualmente 2 mm ou menos da superfície do ferimento. O micélio prolifera lentamente dentro
dos vasos e depois de algum tempo nos elementos do lenho funcional. Os fungos se desenvolvem numa
ampla faixa de temperatura. A temperatura ótima para Eutypa está entre 20ºC a 25ºC e para Botryosphaeria
entre 23ºC a 26ºC, sendo todos favorecidos por alta umidade.
A suscetibilidade dos ferimentos diminui bastante durante as duas semanas seguintes à poda e, após
quatro semanas, os ferimentos estão cicatrizados e impróprios para a infecção. Assim, quanto mais rápida
a cicatrização desses ferimentos, menor é o risco de infecção.
33
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
As observações mostraram que mesmo com as causas primárias definidas, o declínio agrava-se
quando a videira está em estresse de qualquer natureza, como estresse hídrico e desequilíbrio nutricional.
A redução da ação dos fatores que provocam estresse nas plantas poderá diminuir o efeito do declínio e às
vezes até controlá-lo. Como medidas gerais de controle são recomendadas: utilizar material propagativo
sadio, evitar podas durante períodos chuvosos, desinfestar frequentemente as ferramentas com hipoclorito
de sódio, proteger os ferimentos da poda com pasta à base de fungicida ou pasta bordalesa, eliminar as
partes atacadas e os esporões que não brotaram, pulverizar as plantas com fungicidas durante o período de
repouso das plantas e evitar o estresse hídrico.
Referências Bibliográficas
CROUS, P.W.; SLIPPERS, B.; WINGFIELD, M.J.; RHEEDER, J.; MARASAS, W.F.O.; PHILIPS,
A.J.L.; ALVES, A.; BURGESS, T.; BARBER, P.; GROENEWALD, J.Z. Phylogenetic lineages in the
Botryosphaeria. Studies in Mycology v. 55. p. 235-253. 2006.
BONFIGLIOLI, R. & McGREGOR, S. The Botryosphaeria conundrum – a New Zealend perspective. The
Australian & New Zealand Grapegrower & Winemaker v. 36. p. 49-53. 2006.
GARRIDO, L.R; SÔNEGO, O.R. Eutipiose - epidemiologia, sintomatologia e controle. Bento Gonçalves:
Embrapa Uva e Vinho. Circular Técnica n. 53. 8p. 2004.
GARRIDO, L.R.; BOTTON, M.; MELO, G.W. BASTOS de; FAJARDO, T.V.M.; NAVES, R. de L. Manual
de identificação e controle de doenças, pragas e deficiências nutricionais da videira. Bento Gonçalves:
Embrapa Uva e Vinho. 2008. 78p.
GAVA, R.; MENEGOTTO, M; URBEN, A.F.; GARRIDO, L.R. Identification of Botryosphaeriaceae
anamorphs associated to grapevine in Brazil. In: International Workshop on Grapevine Trunk Disease,
7,. Santa Cruz. Book of abstracts. Santiago: Universidad de Chile, Faculdad de Ciencias Agronomicas,
Laboratorio de Fitopatología Frutal y Molecular, [2010]. P. 38.
NALIN, R.; RUSSI, A.; DEQUIGIOVANNI, G.; GAVA, R.; QUECINI, V.; GARRIDO, L.R.; RITSCHEL,
P. Genetic variability of Botryophaeriaceae associated with grapevine in Brazil using RAPD and
polimorphisms of rRNA-ITS region. In: International Workshop on Grapevine Trunk Disease, 7,. Santa
Cruz. Book of abstracts. Santiago: Universidad de Chile, Faculdad de Ciencias Agronomicas, Laboratorio
de Fitopatología Frutal y Molecular, [2010]. P. 39.
PEARSON, R. C.; GOHEEN, A. C. Compendium of grape diseases. Minnesota: APS Press, 1988. 93 p.
SMITH, D.R. & STANOSZ, G.R. Molecular and morphological differentiation of Botryoasphaeria dothidea
(anamorph Fusicoccum aesculi) from some other fungi with Fusicoccum anamorphs. Mycologia v. 93. p.
505-515. 2001.
SOSNOWSKI, M.; EDWARDS, J.; WICKS, T.; SCOTT, E.; LARDNER, R. What`s happening in the
world of grapevine trunk diseases? The Australian & New Zealand Grapegrower & Winemaker v. 35. p.
18-21. 2006.
URBEZ-TORRES, J.R.; LEAVITT, G.M.; VOEGEL, T.M.; GUBLER, W.D. Identification and distribution
of Botryosphaeria spp. associated with grapevine cankers in California. Plant Disease v. 90. p. 1490-1503.
2006.
34
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 4
Epidemiologia e manejo de fungos associados com morte descendente e podridão peduncular em
mangueira
Diógenes da Cruz Batista, Maria Angélica Guimarães Barbosa & Daniel Terao
Embrapa Semiárido BR 428, Km 152, Zona Rural, 56302-970, Petrolina, PE, Brasil
A mangueira é uma das mais importantes frutíferas cultivadas no Brasil e os estados da Bahia,
Pernambuco, São Paulo e Minas Gerais são os principais produtores. As mangas produzidas no Nordeste,
principalmente no Submédio do Vale do São Francisco, são as preferencialmente exportadas para os Estados
Unidos e União Européia. O alto desempenho produtivo da cultura nas condições semiáridas do Nordeste
brasileiro se deve a fatores climáticos, uso de tecnologias avançadas de produção, execução da atividade
por empresas de grande porte e elevada organização da cadeia de comercialização. Além do grande volume
de mangas exportadas, é possível obter no Submédio do Vale do São Francisco duas safras/ano com o
uso da indução floral. Entretanto, a produção e a qualidade da manga vêm sendo afetadas por doenças
e, atualmente, os fungos da família Botryosphaeriaceae estão entre os principais causadores de danos e
do quadro de declínio observados na cultura. No Semiárido nordestino, o primeiro relato de ocorrência
de declínio e morte de plantas em pomares de produção comercial foi registrado no ano de 1991, nos
municípios de Petrolina, PE e Juazeiro, BA (Tavares et al., 1991). Na ocasião, o fungo associado com a
morte das plantas foi o Lasiodiplodia theobromae. Recentemente constatou-se alta incidência de infecções
causadas por Fusicoccum aesculis (Botryosphaeria dothidea) e Neofusicoccum parvum (“Botryosphaeria”
parva) (Costa et al., 2010). Verificou-se maior predominância de N. parvum e F. aesculis em relação ao
L. theobromae, indicando uma importância crescente dessas espécies nos plantios de mangueiras. Esses
patógenos podem infectar diferentes partes da cultura, inclusive o fruto, resultando em danos severos
de declínio em algumas áreas. A ocorrência de declínio se reveste de importante relevância econômica e
epidemiológica, pois sua ocorrência é acompanhada de grave redução da qualidade e da produtividade da
manga, além de constituir fonte de inóculo dentro da área de cultivo. Os sintomas mais comuns são: seca de
ramos ponteiros, desfolha, exsudação de resinas em gemas e/ou ramos, necrose de botão floral e panícula,
cancros extensos com necrose do lenho, manchas e podridão peduncular na fruta (Slippers & Wingfield,
1998; Slippers et al., 2005). Infecções em frutos jovens podem permanecer quiescentes até a pós-colheita.
Perdas em pós-colheita têm deixado os produtores apreensivos, em virtude de riscos de rechaço das mangas
destinadas à União Européia e aos Estados Unidos. Devido à recente constatação, em Petrolina e Juazeiro,
dos danos ocasionados por F. aesculis e N. parvum, muitos produtores desconhecem que as perdas estão
associadas com esses patógenos. Sintomas em frutos são confundidos, pelos produtores e técnicos, com
aqueles provocados por outros patógenos. Por exemplo, a podridão peduncular causada por F. aesculis e
N. parvum, com a presença de picnídios sobre a lesão, é, por vezes, confundida com a podridão causada
por L. theobromae. Por outro lado, manchas em frutos são confundidas com a antracnose (Colletotrichum
gloeosporioides). Um outro problema é que as técnicas de controle pós-colheita adotadas pelas empresas
locais foram desenvolvidas para o manejo da antracnose, a exemplo do tratamento químico (procloraz)
e físico (hidrotérmico), enquanto que os fungicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) para aplicação na cultura da mangueira são para o controle de outras doenças.
A indução floral com uso do estresse hídrico e regulador de crescimento vegetal (Paclobutrazol), bem
como a utilização intensiva de podas, têm sido apontados como os principais causadores do aumento de
morte descendente, podridão peduncular e declínio. Essa tecnologia ocasiona uma predisposição da planta,
induzida pelo estresse. Dentre os tipos de estresses que apresentam importância para patógenos da família
35
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Botryosphaeriaceae, citam-se: estresse hídrico, de congelamento, de transplante, de desfolha, de nutrição,
de ferimentos ou danos causados por insetos (Schoeneweiss, 1981). O endofitismo pode explicar, em parte,
a ampla ocorrência de fungos Botryosphaeriaceae e a sua importância para a mangicultura do Semiárido
brasileiro. Essa característica é negligenciada pelos viveiristas no momento da utilização de enxertos
ou garfos para produção de mudas e pelos produtores durante a aquisição das mesmas. Assim, mudas
são produzidas, comercializadas, transportadas e instaladas em novas áreas de produção, promovendo a
disseminação de doenças. Por outro lado, enquanto as mudas infectadas permitem a disseminação da doença,
o hábito de manter o excesso de restos de cultura ao redor da planta garante a reprodução de patógenos.
Ainda que o baixo número, volume e irregularidade das chuvas pudessem tornar o ambiente semiárido
adverso à reprodução de patógenos em restos de cultura; a irrigação das mangueiras seja por sulco, aspersão
ou microaspersão favorece a contínua reprodução dos patógenos. Esses sistemas favorecem a reprodução
dos fungos em restos de cultura, participando no desenvolvimento do ciclo de vida de patógenos. Sob tais
condições, os conídios são liberados, a partir dos picnídios produzidos nos restos de cultura, graças à água
livre gerada pela irrigação. Após a liberação dos conídios, esses podem ser dispersos pelo vento, respingos
de água da chuva e irrigação. Assim, o monitoramento da dinâmica de inóculo em áreas irrigadas com
microaspersores possibilitou identificar a floração como a fase crítica de dispersão aérea de conídios. A
explicação para o fato é que a fase de floração coincide com o final da indução floral e retomada da irrigação
plena, consequentemente a reprodução de patógenos. Naturalmente dispersos por águas das chuvas, o uso
da irrigação induziu um acréscimo importante na ecologia desses fungos: a dispersão aérea de conídios
que são produzidos e liberados sobre restos de cultura. Entretanto, o uso da irrigação por gotejamento ou
a prática de mover os restos de cultura para a entrelinha de plantio reduz significativamente a reprodução,
interferindo no ciclo dos patógenos.
A falta de um manejo adequado da mangueira tem contribuído para o estabelecimento das doenças
citadas anteriormente nos pomares. A carência de estudos sobre a interação Botryosphaeriaceae-mangueiraambiente para fins de manejo é uma fragilidade dentro da cadeia produtiva da manga, necessitando tanto
de pesquisas básicas quanto aplicadas. Apesar de a pesquisa apontar alguns fungicidas potenciais para o
manejo, legalmente não podem ser utilizados antes da extensão de uso para a cultura ou outros patógenos
junto ao MAPA.
Referencias Bibliográficas
Costa VSO, Michereff SJ, Martins RB, Gava CAT, Mizubuti ESG, Câmara MPS (2010) Species of
Botryosphaeriaceae associated on mango in Brazil. Eur. J. Plant. Pathol. 127:509-519.
Schoeneweiss DF (1981) The role of environmental stress in diseases of woody plants. Plant Disease.
65:308-314.
Slippers B, Johnson G, Crous P W, Coutinho TA, Wingfield BD, Wingfield MJ (2005) Phylogenetic
and morphological re-evaluation of the Botryosphaeria species causing diseases of Mangiferae indica.
Mycologia. 97:99-110.
Slippers B, Wingfield MJ (1998) Botryosphaeriaceae as endophytes and latent pathogens of woody plants:
diversity, ecology and impact. Fungal Biology Reviews. 21:601-610.
Tavares SCCH, Menezes M, Choudhury MM (1991) Infecção da mangueira por Botryodiplodia theobromae
Lat. na região Semi-Árida de Pernambuco. Revista Brasileira de Fruticultura. 13:163-166.
36
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 5
Situação atual de doenças quarentenárias introduzidas no país e ameaças de doenças
quarentenárias
(Current status of quarantine diseases introduced in the country and threats of disease quarantine).
Cósam de Carvalho Coutinho
Diretor do DSV/SDA/MAPA, Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo B, sala 303, 70043-900 Brasíla/
DF. E-mail: [email protected]
O Departamento de Sanidade Vegetal – DSV é a Organização Nacional de Proteção Fitossanitária –
ONPF brasileira, caracterizada de acordo com a Convenção Internacional de Proteção dos Vegetais - CIPV/
FAO. No âmbito da CIPV, praga quarentenária é definida como sendo, “praga de importância econômica
potencial para a área em perigo quando a praga ainda não está presente ou, quando presente, não se encontra
amplamente distribuída e está sob controle oficial”. No trânsito internacional de produtos vegetais e suas
partes, subprodutos e outros artigos regulamentados, são aplicados os princípios de quarentena que requerem
medidas fitossanitárias, com justificativas técnico-científica, que não poderão ser exigidas para pragas não
regulamentadas. O controle da entrada de pragas no Brasil e a condução de ações que impeçam a sua dispersão
evitam prejuízos diretos ao produtor nacional e minimizam as exigências impostas quando das exportações,
como da produção em áreas livres ou sob sistema de manejo de risco de pragas oficialmente instituídos. A
defesa vegetal atua em conjunto com os setores públicos e privado em um sistema unificado. Junto ao setor
público as instâncias locais, intermediárias e a central devem atuar de maneira harmônica no sentido de
se ter uma sanidade vegetal de qualidade. Na instância intermediária, por exemplo, atuam a vigilância de
trânsito interestadual, coordenação de campanhas, ações de epidemiologia e de educação sanitária. Neste
contexto, o Brasil tem investido em várias ações no desenvolvimento de Programas de erradicação de
pragas (Exemplo clássico: Campanha Nacional de Erradicação do Cancro Cítrico), buscando manter um
sistema de vigilância de excelência para aumentar a confiança fitossanitária dos mercados internacionais.
37
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 5
Coleta, Acesso, Remessa e Transporte de Amostra de Componente do Patrimônio Genético
Rosa Miriam de Vasconcelos
Assessoria de Inovação Tecnológica - Embrapa Sede
A MP n.º 2.186-16, de 23 de agosto de 2001 estabelece as regras para o acesso, remessa e transporte de
amostra de patrimônio genético nativo para fins de pesquisa científica1, bioprospecção2 ou desenvolvimento
tecnológico3.
A regularidade jurídica de projeto/atividade ou de produto a partir do acesso à amostra de patrimônio
genético nativo demandará a obtenção de três autorizações, caso as atividades a serem executadas
enquadram-se nos conceitos de pesquisa científica, bioprospecção ou desenvolvimento. Essas autorizações
devem ser obtidas em cada uma das referidas fases (pesquisa científica, bioprospecção ou desenvolvimento
tecnológico), antes do início das atividades.
A Autorização de Acesso e Remessa para qualquer finalidade pode ser obtida desde que a instituição
interessada atenda as seguintes exigências e procedimentos:
1. Comprovação de que a instituição ou empresa:
i. Foi constituída sob a lei brasileira;
ii. Exerce atividades de pesquisa e desenvolvimento nas áreas biológicas e afins;
iii. Possui qualificação técnica para o desempenho de atividades de acesso ao patrimônio
genético; e
iv. Possui infraestrutura disponível para o manuseio de amostras de patrimônio genético.
2. Apresentação dos seguintes documentos:
i. Resumo do projeto de pesquisa (portfólio
ii. Autorização ou licença do IBAMA para coleta, quando exigível, ou declaração de origem
das amostras a serem utilizadas.
iii. Termo de Anuência Prévia (TAP) firmado com o provedor das amostras e/ou do
conhecimento tradicional, caso não tenha sido apresentado junto com o pedido de
Autorização para fins de Pesquisa Científica.
iv. Contrato de Utilização do Patrimônio Genético e de Repartição de Benefícios, caso
o adiamento da sua assinatura não tenha sido acordado no TAP com o provedor das
amostras.
3. Depósito de uma subamostra representativa do patrimônio genético em instituição
credenciada como fiel depositária junto ao CGEN.
No caso de apresentação de pedido de Autorização (exclusivo) para fins de Bioprospecção, a
apresentação do Contrato de Utilização do Patrimônio Genético e de Repartição de Benefícios pode ser
postergada pelo CGEN, desde que a instituição interessada declare não existir perspectiva de uso comercial
imediata e o provedor das amostras concorde com essa condição. A anuência do provedor deve ser
formalizada em documento escrito. Nessa hipótese, a formalização do contrato em questão deverá ocorrer antes
do início das atividades de desenvolvimento tecnológico ou do depósito do pedido de patentes, se for o caso.
Pesquisa que, a priori, não apresenta potencial de uso comercial.
Atividade exploratória que visa identificar componente do patrimônio genético e informação sobre conhecimento tradicional
associado, com potencial de uso comercial.
3
Trabalho sistemático, decorrente do conhecimento existente, que visa à produção de inovações específicas, à elaboração ou à
modificação de produtos ou processos existentes, com aplicação econômica.
1
2
38
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Dependendo do local da coleta da amostra de patrimônio genético o TAP deve ser firmado com o (a):
i. Órgão ambiental competente, como IBAMA, ICMBio, ou órgãos estaduais equivalentes,
quando a amostra de patrimônio genético for coletada em área protegida ou unidade de
conservação;
ii. Conselho de Defesa Nacional, quando a amostra de patrimônio genético for coletada em
área considerada de segurança nacional;
iii. Órgão ambiental competente, no caso de coleta de espécies ameaçadas de extinção ou for
de endemismo estrito;
iv. Comunidade indígena ou local, quando a amostra de patrimônio genético for coletada em
áreas sob a posse ou responsabilidade dessas comunidades; ou
v. Proprietário da terra ou instituição mantenedora de coleção ex situ para os casos envolvendo
amostras coletadas antes de 2000.
Não é necessário juntar o TAP do proprietário da área privada onde a coleta foi realizada ao pedido de
Autorização de Acesso para fins de pesquisa cientifica. O referido Termo deve ser apresentado por ocasião
do pedido de Autorização para fins de bioprospecção.
Compete ao CNPq ou IBAMA, na qualidade de credenciados pelo CGEN, conceder a Autorização
de Acesso para fins de Pesquisa Científica. As Autorizações de Acesso para fins de Bioprospecção e de
Desenvolvimento Tecnológico são concedidas pelo CGEN ou CNPq.
A autorização de acesso para fins de pesquisa científica é sempre concedida isoladamente. De
acordo com a conveniência da parte interessada, as autorizações de acesso para fins de bioprospecção e
desenvolvimento tecnológico podem ser requeridas em conjunto ou isoladamente.
O início de atividades envolvendo o acesso à amostra de patrimônio genétivo nativo, sem a prévia
obtenção da autorização correspondente, constitui infração contra a MP n.º 2.186-16, de 2001, sujeita às
penalidades previstas no Decreto n.º 5.459, de 7 de junho de 2005.
As penalidades cabíveis variam desde advertência, multa, apreensão das amostras de patrimônio
genético ou dos produtos derivados dessas amostras e/ou de conhecimento tradicional associado,
cancelamento de registro, patente, etc.
O tipo de sanção a ser aplicada, bem como o valor da multa, quando for o caso, serão definidos
em processo administrativo a ser instaurado pela autoridade competente, considerando a gravidade
da infração. Cabe ressaltar que as sanções fixadas pelo Decreto n.º 5.459 de 2005, serão aplicadas,
isolada ou cumulativamente, independentemente da existência de culpa, e, sem prejuízo da aplicação
também das sanções penais previstas na legislação vigente e da responsabilidade civil objetiva pelos
danos causados.
Ademais, a concessão de direito de propriedade industrial sobre processo ou produto desenvolvido
a partir do uso de amostra de patrimônio genético e/ou conhecimento tradicional fica condicionada à
comprovação pelo requerente (da patente) do atendimento das exigências contidas na MP n.º 2.186-16 de
2001. Nesse contexto, o requerente deve informar ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) o
número e a data da autorização de acesso concedida pelo CGEN.
De acordo com o previsto pelo Decreto n.º 5.459 de 2005, as infrações contra a MP n.º 2.186-16 de
2001 serão apuradas em processo administrativo a ser instaurado pelo IBAMA, mediante a lavratura de
auto de infração e respectivos termos, assegurado o direito de ampla defesa e ao contraditório.
Além disso, o referido Decreto prevê que as penalidades eventuamente aplicadas em face do
descumprimento da MP no 2.186-16, de 2001 poderão ter a sua exigibilidade suspensa se a instituiçao de
pesquisa autuada firmar Termo de Compromisso obrigando-se a adequar-se ao disposto na MP em questão
e demais normas oriundas do CGEN. O cumprimento integral das obrigações assumidas no Termo de
Comprimisso ensejará redução de até 90% (noventa por cento) do valor, atualizado monetariamente, da
multa eventualmente aplicada.
39
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
As regras e procedimentos para adequação ou regularização de projeto/atividade em execução ou já
concluido sem a prévia autorização do CGEN estão sendo discutidas no âmbito de uma Câmara Temática
criada pelo CGEN. A perspectiva é que essas regras sejam definidas e publicadas ainda no primeiro semestre
de 2011.
40
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 5
A ameaça das doenças quarentenárias aos sistemas produtivos
(The plant quarantine diseases threat upon productive systems)
Abi SA Marques, Vilmar Gonzaga, Márcio M Sanches, Marta AS Mendes & Gabriel C Vicentini
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Laboratório de Quarentena Vegetal, PqEB, Final Av. W5
Norte, 70770-917, Brasília DF. E-mail: [email protected]
A sustentabilidade dos sistemas produtivos depende de se reduzir, tanto quanto possível, a incidência
de fatores bióticos ou não que venham a interferir na produção final. A observância às medidas quarentenárias produz impacto no contexto da minimização de riscos fitossanitários a esses sistemas. A quarentena
vegetal é o processo que visa prevenir ou retardar a entrada e o estabelecimento de organismos nocivos em
áreas onde sua ocorrência não é conhecida, baseando-se em proibição ou fiscalização de trânsito de plantas
ou produtos vegetais através de legislação fitossanitária, peculiar a países ou regiões.
Os cultivos-alvo das doenças cujos agentes são regulamentados como Pragas Quarentenárias Ausentes (A1) para o Brasil (Instrução Normativa 41, de 1/7/2008 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) são elementos que se destacam no agronegócio brasileiro, por seu peso na pauta de exportações,
ou pela preferência e consumo da população. Os impactos de um processo de quarentena vegetal bem
sucedido refletem-se positivamente na sustentabilidade do agronegócio e na proteção ao meio ambiente,
sem contar os lucros e a produtividade dos sistemas agrícolas duráveis. No nível mundial, a legislação fitossanitária é supervisionada por uma organização supranacional, sendo que a FAO desempenha esse papel.
Durante a “Convenção Internacional de Proteção de Vegetais” (CIPV) realizada em 1951, foi identificada
a necessidade de se estabelecerem organizações regionais de proteção de plantas que agrupassem governos
geograficamente próximos. O Brasil, juntamente com Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile constituem o
Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul (COSAVE), organizado em 1980.
Sob critérios definidos por Análises de Risco de Pragas (ARP) como ocorrência, distribuição geográfica e potencial de dano elaboram-se as listas de pragas quarentenárias. Estas servem de base para que os
países/regiões estabeleçam os “requisitos fitossanitários” e executem as “medidas quarentenárias”, que visam minimizar o risco da introdução de agentes patogênicos em áreas indenes. Quatro situações-problema
podem ilustrar a ameaça das doenças quarentenárias a sistemas produtivos no Brasil:
Arroz – Xanthomonas oryzae pv. oryzae
A produção de arroz no Brasil, em lavouras de diferentes perfis, se estende a, praticamente, todas as
regiões do país. O Brasil deve colher, no período 2010/11 cerca de 13,461 milhões de toneladas do grão.
Desse total, 12,8 milhões destinam-se ao consumo interno, com 14,6 kg/habitante/ano. A produtividade
do cultivo no Brasil saltou 12,3% nos últimos anos, para os atuais 4.735 kg/ha. O Brasil figura entre os
10 maiores exportadores mundiais em 2010, sendo, igualmente, um dos principais importadores. Uma das
ameaças quarentenárias para o arroz é a bactéria Xanthomonas oryzae pv. oryzae. Essa bacteriose ocorre
em todos os continentes. Na América, foi registrada em: México, Estados Unidos, Costa Rica, El Salvador,
Honduras, Panamá, Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela. Várias espécies do gênero Oryzae são hospedeiras dessa bactéria. O estágio mais grave da doença, conhecido por “kresek”, pode causar a perda de
toda a safra pela morte das plântulas, cujas folhas ficam amareladas e murcham entre o estágio de plântula
e o perfilhamento. No Japão relatam-se perdas de 30 a 50%. Nos países tropicais, podem ser ainda maiores
devido à possibilidade de desenvolvimento da forma mais grave da doença. Tornando a ameaça ainda mais
séria, Xanthomonas oryzae pv. oryzicola, também é quarentenária para o país.
41
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Banana – Fusarium oxysporum f.sp. cubense raça 4 (‘Tropical Race 4´, TR4)
A banana é, atualmente, a segunda fruta mais colhida no país, seguindo-se à laranja. Sua importância
remonta aos tempos do Brasil colonial e, embora ainda não atinja os padrões para os mercados mais exigentes do mundo é uma das principais frutas brasileiras na pauta de exportações. Em 2010 as exportações
de banana, frescas e secas, foram da ordem de 45 milhões de dólares. O cultivo da banana no Brasil é
conduzido, principalmente, por pequenos agricultores ou agricultura familiar. Para esse cultivo, a ameaça
ainda não faz parte da lista de pragas quarentenárias, pois é uma raça do fungo causador do mal-do-Panamá.
Conhecida como “Raça Tropical 4” e comumente chamada de TR4 (‘Tropical Race 4) é a maior ameaça
para a cultura da banana em todo o mundo e afeta a maioria das variedades disponíveis. Incluem-se entre
as variedades que podem ser afetadas, as do tipo nanica, subgrupo Cavendish, resistente à raça 1, que é prevalente no Brasil. Embora restrita ao Sul da Ásia, a rápida e agressiva disseminação da TR4 tem provocado
severas perdas nas Filipinas, Taiwan, Indonésia e China. Acredita-se que caso esta raça chegue aos bananais
do continente americano poderá dizimar as variedades cavendish.
Cana de açúcar– Fiji disease virus (FDV)
A cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil em 1532 e, historicamente, tem importância marcante na
economia do país. Atualmente o Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar cultivando 8,92 milhões de ha. Foram processadas cerca de 563 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2008/2009,
para produção de 27.582.737 m3 de etanol e 31.335.830 t de açúcar. Deste montante, o país exportou
4.624.000 m3 de etanol e 21.143.000 t de açúcar, movimentando, aproximadamente, US$ 2.2 e US$ 6.1
bilhões, respectivamente. A cultura da cana-de-açúcar movimenta ao ano cerca de R$ 11,5 bilhões e gera
mais de cinco milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil. Existe a previsão de que a cultura ocupe
uma área de 10,3 milhões de ha na safra 2017/2018, aumentando a participação da cana-de-açúcar sobre
o total plantado no país para 16,5%. Dentre as ameaças à cultura da cana-de-açúcar, encontra-se o Fiji disease virus (FDV), classificado como praga quarentenária regulamentada A1. Está presente na Austrália,
Ilhas Fiji, Nova Caledônia, Papua Nova Guiné, Samoa, Ilhas Salomão, Tonga, Vanuatu, Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Madagascar. Quando infestadas, as regiões de crescimento da planta apresentam
excessivo desenvolvimento de botões axilares, seguido de ressecamento e morte da planta que fica com a
aparência de “vassoura de bruxa”. As plantas não se recuperam da doença, ficam enfezadas e com aparência
de capim. O vírus pode causar infecção latente. Neste caso, os sintomas podem não ser visíveis em todas
as partes da planta e demoram até oito meses para aparecer. Agravando o problema, o vírus é transmitido
por cigarrinhas do gênero Perkinsiella, sendo que a espécie P. sacharicida é uma praga quarentenária. O
pico epidêmico da doença na Austrália ocorreu em 1979 quando 70 milhões de plantas de cana-de-açúcar
foram infectadas, no distrito de Bundaburg em Queensland. As perdas, na época, chegaram a 100% na
cana-soca.
Trigo – Anguina tritici
Trigo, cevada e aveia são cultivos de vital importância para a sobrevivência humana, sendo a mais
importante fonte de alimentação proveniente de grãos dos seres humanos. Representam, mundialmente,
270 milhões de hectares plantados. Considerando a previsão de aumento populacional no planeta, estimase que metade da produção necessária para atender a demanda por esses alimentos venha de países em
desenvolvimento. No Brasil, a produção anual de trigo oscila entre 5 e 6 milhões de toneladas. É cultivado nas regiões Sul (RS, SC e PR) com 90% da produção, Sudeste (MG e SP) e Centro-oeste (MS, GO e
DF). O consumo anual no país tem se mantido em torno de 10 milhões de toneladas. O cereal vem sendo
introduzido paulatinamente na região do cerrado, sob irrigação ou sequeiro. Esse grupo de cereais, vitais à
segurança alimentar, sofre ameaça do nematóide Anguina tritici. Por causa do ataque desse nematóide, de
90% a 100% de perdas tem sido relatado em trigo. Lotes contendo 8,5% de sementes de trigo com galhas
42
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
resultaram em 69% de perda na produção final. A probabilidade de introdução e dispersão de Anguina tritici
em território brasileiro é muito alta pelas características de adaptação do nematóide a diferentes hospedeiros e condições climáticas.
A internacionalização de comodities e germoplasma vegetal no país preconiza a realização de análise
oficial. Nenhum teste pode prover a ausência total de contaminação, mas a validação dos testes permite
enquadrar numa amplitude conhecida e aceita pelos usuários os dois erros possíveis: falsos positivo e negativo.
Analisando-se as ameaças pelo aspecto do bioterrorismo, atenção deve ser dada ao que pragas quarentenárias representam à segurança nacional e ao suprimento de alimentos.
Referências bibliográficas
Ancona V, Appel DN, Figueiredo P (2009) Xylella fastidiosa: A Model for Analyzing Agricultural Biosecurity. Biosecurity and Bioterrorism: Biodefense Strategy, Practice and Science 8(2):171-182.
BRASIL (2009) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Anuário estatístico da Agroenergia.
Dita MA, Waalwijk C, Buddenhagen IW, Souza Jr MT, Kema GHJ (2010) A molecular diagnostic for tropical race 4 of the banana fusarium wilt pathogen. Plant Pathology 59:348-357.
European and Mediterranean Plant Protection Organization – EPPO (2004) Data sheets on quarantine pests:
Xanthomonas oryzae pv. oryzae and Xanthomonas oryzae pv. oryzicola.
FAO. Secretaría de la CIPF. NIMF Nº 11: análisis de riesgo de plagas para plagas cuarentenarias, incluído
el análisis de riesgos ambientales y organismos vivos modificados: (2004). Roma, 2006.
Gonçalves MC (2010) Viroses: uma real ameaça. Opiniões sobre o setor sucroenergético. abr-jun. WDR
editora. Disponível em: http://www.revistaopinioes.com.br/aa/index.php Acesso 12/3/2011.
Kahn RP ed. (1989) Plant Protection and Quarantine, Vol. 1, Biological Concepts. CRC Press, Boca Raton,
FL. 226p.
Lepoivre P (2003) Les aspects légaux de la lutte contre les maladies des plantes. In: Lepoivre P Phytopathologie – bases moléculaires et biologiques des pathosytèmes et fondementes des stratégies de lutte. 1re ed.,
De Boeck & Larcier, Bruxelas, p. 231-241.
Marques ASA,Marinho VLA (2007) Movimentação de germoplasma vegetal no Brasil: Intercâmbio e Quarentena. In: Nass LL (Ed.) Recursos Genéticos Vegetais. Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. p. 145-168.
Santos C, Reetz ER, Poli H (2011) Anuário brasileiro do arroz 2011. http://www.gaz.com.br/tratadas/flip/
editora/anuario_arroz_2011/index.html. Acesso 03/2011.
USDA, USA (2006) 26-year-old Anguina tritici revived. http://nematode.unl.edu/revived.htm.
43
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 6
Determinação da assinatura espacial e espectral de alguns organismos-praga em agroecossistemas
de Mato Grosso
Marcelo de Carvalho Alves & Edson Ampélio Pozza
Universidade Federal de Mato Grosso, Universidade Federal de Lavras
O advento da geomática permitiu analisar padrões espaciais complexos de organismos-praga em
agroecossistemas de Mato Grosso. Com o sucesso do lançamento do satélite WorldView-2, imagens de
alta resolução podem ser utilizadas para estudar a assinatura espacial e espectral de doenças de plantas
em agroecossistemas, associadas com a coleta de amostras nas lavouras. Aplicações de sensoriamento
remoto, GPS, processamento de imagens digitais e geoestatística foram implementadas para caracterizar a
variabilidade espacial de fungos e nematóides fitopatogênicos na cultura da soja indicando a possibilidade
de desenvolver estratégias para proporcionar um controle mais efetivo, menor impacto ambiental e a
sustentabilidade do agroecossistema soja, de acordo com a filosofia da agricultura de precisão.
44
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 7
Integrated approaches for the control of postharvest diseases in tropical fruits: something to fit to
each fruit
Dov Prusky
Department of Postharvest Science of Fresh Produce The Volcani Center, Bet Dagan Israel 50250
Postharvest pathogens caused by Colletotrichum gloeosporioides, Alternaria alternata and Phomopsis
mangifera are the main postharvest factor that impairs the quality and reduces the storability of several type
of subtropical fruits as mango and persimmons. The different pathogens infect the fruit in the orchard and
remain quiescent until harvest. After harvest, slow colonization under the stringent storage conditions resulted
in a late development of fruit symptoms after entry into storage. Although the commercial postharvest dip
treatment is efficient for decay control in mango and persimmon, it is not enough for long periods of storage
and shipment under stringent conditions. In persimmon fruits dip in chlorine at 500 µg.ml-1 – trocloseneNa – effectively controlled Alternaria rot in fruit stored at 0°C for up to 2 months; however decay incidence
increased as the length of storage increased beyond 2.5 months. Also in mango fruits the dip treatment
in prochloraz at 250 µg.ml-1 effectively controlled Alternaria rot but less well Phomopsis stem rot. The
slow decay development preceding symptom development in subtropical fruit after harvest enabled the
development of a series of integrative approaches for application, in combination with the commercial dip
treatment, at the pre- and postharvest stages, to improve control of Alternaria black spot disease.
Preharvest treatments, including treatment with the cytokinin-like N1-(2-chloro-4-pyridyl)-N3phenylurea (CPPU) 30 days after fruit set, or a single spray with the curative fungicide Polyoxin B 14
days before harvest, when applied in combination with the postharvest chlorine dip, further reduced the
area infected with Alternaria black spot in persimmons by 3 and 60%, respectively, compared with the
chlorine dip alone. In mango fruits the application of fungicide treatments following a hot water brush
treatment enhanced the fungicide treatment. This treatments was further improved by the acidification of
the fungicide solution using hydrochloric acid that enabled a reduction of the fungicide concentration to of
125 µg.ml-1 without a decline in control efficiency.
At the postharvest stage, fumigation during storage, or post-storage on-line spraying, when applied in
combination with the postharvest dip, improved the percentage of marketable fruit respectively, compared
with the single dip alone. Present results indicate that integration methods for different fruits might differ
according: 1. to the handling conditions of each fruit, 2. the fungicides that are applied, 3. the susceptibility
to the different postharvest treatments. The long period of fruit storage and shipment under cold temperatures
has created the need of integration of pre- and postharvest disease control methods to improve quality and
reduce postharvest disease development better than single postharvest treatments.
Postharvest pathogens are the main postharvest factor that impairs the quality and reduces the storability
of subtropical fruits. Postharvest pathogens infect the fruit in the orchard and remain quiescent until harvest.
After harvest, slow colonization under the stringent storage conditions result in a late development of fruit
symptoms. Our work has demonstrated the need for integration of different methods for disease control to
improve fruit quality. The postharvest treatments should be integrated in: 1. the handling conditions for each
fruit, 2. the type of disease for control, 3. the fruit susceptibility to the treatments. The present presentation
will discuss the integration of pre- and postharvest disease control methods to improve quality and reduce
postharvest disease development in some subtropical fruits.
45
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 7
Desafios e avanços tecnológicos no manejo para o controle de podridão parda em pêssegos na póscolheita
(Challenges and technology advances for peach brown rot control on peaches in postharvest)
Luciane C. Rozwalka & Louise L. May De Mio
Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo, Universidade Federal do Paraná, 80035-050, Curitiba, PR,
Brasil. E-mail: [email protected]
A podridão parda, causada por Monilinia spp., é a doença mais importante em fruteiras de caroço no
mundo. No Brasil, Monilinia fructicola (G. Wint) Honey é a principal espécie encontrada e é responsável
pela queima das flores e podridão parda, doenças que ocorrem na floração e em frutos em maturação,
respectivamente, fases de maior suscetibilidade ao patógeno na cultura do pessegueiro (Prunus persica L.
Batsch.).
As principais fontes de inóculo são cancros em ramos, os quais são formados a partir das flores e/
ou frutos infectados e frutos mumificados que permanecem presos à planta, ou ainda, dependendo das
condições climáticas, em frutos caídos no solo que podem formar estruturas de reprodução sexuada, logo
após o inverno. O patógeno pode infectar frutos nos primeiros estágios de desenvolvimento e permanecer
latente até início da maturação. Em pós-colheita ou durante o armazenamento, frutos aparentemente sadios,
podem ser portadores de infecções latentes, e apresentarem sintomas comprometendo o aspecto econômico
da produção. Este comportamento evidenciado em pós-colheita é resultado direto da ineficiência do manejo
da doença em campo. Embora, os fungicidas apresentem-se como a principal medida de controle, o uso
contínuo e indiscriminado destes tem causado além da contaminação por resíduos, a seleção de populações
de patógenos resistentes.
Diante do exposto, o controle da podridão parda representa um grande desafio na produção de
pêssegos com qualidade intrínseca e extrínseca em conformidade com os requisitos da sustentabilidade
ambiental, da segurança alimentar e da viabilidade econômica, mediante a utilização de tecnologias nãoagressivas ao meio ambiente e à saúde humana, imposta pelo mercado e consumidores. Visando atender
as exigências dos mercados e manter a competitividade, entre os resultados de pesquisas destacam-se os
avanços tecnológicos no manejo para o controle de podridão parda em pêssegos em pré e/ou pós-colheita a
partir do desenvolvimento de estratégias baseadas no uso racional de fungicidas ou substituição destes por
produtos alternativos, nas linhas:
Controle cultural e físico
As práticas de poda e a retirada de frutos sintomáticos e mumificados são fundamentais para redução
de infecção de M. fructicola. A higienização de pêssegos não é aconselhável, pois durante a lavagem,
desinfestação ou sanificação ocorre a remoção de tricomas que resulta em pequenos ferimentos que
propiciam a infecção do patógeno. Na colheita, transporte, armazenamento e comercialização cuidados
relacionados ao manuseio tornam-se indispensáveis devido à extrema suscetibilidade dos frutos a
danos mecânicos a partir do início maturação a fim de se evitar perdas e variações nos preços pagos
ao produtor, no atacado e no varejo. Tratamentos com radiação ultravioleta-C (Bassetto et al., 2007;
Tiecher et al., 2010) e ozônio (Abreu et al., 2008) não demonstraram eficiência, entretanto, inibição
total do patógeno latente e inoculado foi observada em pêssegos tratados por radiofreqüência (Casals
et al., 2010).
46
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Controle biológico e alternativo
Inibição do patógeno por biofungicidas a partir de organismos antagônicos como Muscodor albus
aplicado por fumigação em pós-colheita (Mercier & Jiménez, 2004; Schnabel & Mercier, 2006), Epicoccum
nigrum por pulverização em campo (Larena et al., 2004), Penicillium frequentans por pulverização em
campo e pós-colheita (Guijarro et al., 2007) e, Trichothecium roseum em floração e pré-colheita (Moreira
et al., 2008) e de compostos naturais biologicamente ativos em óleos essenciais como em Laurus nobilis
(louro) que apresentou efeito de proteção e curativo em pós-colheita (Corato et al., 2010).
A indução de resistência dos frutos a M. fructicola, por eliciadores acibenzolar-S-metil e proteína
harpina aplicados em pós-colheita foi verificada pela redução da área lesionada em função do aumento
da fenilalanina amônia liase (Danner et al., 2008); e por aplicações foliares de cálcio que resultaram no
aumento deste nos frutos promovendo a redução de danos em pré e pós-colheita (Elmer et al., 2007).
O controle da podridão parda foi obtido também pelo uso de atmosfera modificada (filmes à base de
amido como alternativa à cera comercial). Interferindo no desenvolvimento do patógeno foram observados
compostos inerentes aos frutos nos diferentes estágios de desenvolvimento identificados por cromatografia,
parâmetros físico-químicos avaliados por análises não-destrutivas (Near Infra Red), diferenças morfológicas
entre cultivares por microscopia eletrônica. Genes de resistência a produtos químicos foram identificados
por meio de análises moleculares.
Epidemiologia
O monitoramento da incidência do patógeno no período de floração e da infecção latente em frutos
em diferentes estágios de desenvolvimento, permite conhecer a época de infecção no ciclo da cultura e
inóculo na área para a determinação das aplicações dos tratamentos e definição de estratégias de manejo
dependendo das condições climáticas (May De Mio et al., 2008).
Os resultados de pesquisas apresentados podem contribuir no manejo integrado para o controle de
podridão parda em pêssegos. Entretanto, mais estudos são necessários para torná-los aplicáveis em escala
comercial com a mesma credibilidade atribuída aos fungicidas. Importante ressaltar que a qualidade do
fruto é determinada no campo, sendo a pós-colheita responsável pela manutenção desta aumentando a vida
de prateleira. O sucesso do controle depende de conhecimentos sobre a fisiologia do fruto, patossistema e
do desenvolvimento de tecnologias.
Referencias Bibliográficas
Abreu FM, Lourenço SA, Bassetto E, Gonçalves FP, Martins MC, Amorim L (2008) Efeito de sanificantes
no controle pós-colheita da podridão parda (Monilinia fructicola) e da podridão mole (Rhizopus stolonifer)
em pêssegos. Summa Phytopathologica 34:86-88.
Bassetto E, Amorim L, Benato EA, Gonçalves FP, Lourenço SA (2007)Efeito da irradiação UV-C no
controle da podridão parda (Monilinia fructicola) e da podridão mole (Rhizopus stolonifer) em pós-colheita
de pêssegos. Fitopatologia Brasileira 32:393-399.
Casals C, Viñas I, Landl A, Picouet P, Torres R, Usall J (2010) Application of radio frequency heating to
control brown rot on peaches and nectarines Postharvest Biology and Technology 58:218-224.
Danner MA, Sasso SAZ, Medeiros JGS, JAM, Mazaro SM (2008) Indução de resistência à podridão-parda
em pêssegos pelo uso de eliciadores em pós-colheita. Pesquisa Agropecuária Brasileira 43:793-799.
Elmer PAG, Spiers TM, Wood PN (2007) Effects of pre-harvest foliar calcium sprays on fruit calcium
levels and brown rot of peaches. Crop Protection 26:11-18 .
Guijarro B., Melgarejo P, Torres R, Lamarca N, Usall J, De Cal A (2007) Effects of different biological
47
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
formulations of Penicillium frequentans on brown rot of peaches. Biological Control 42:86-96.
Corato U, Maccioni O, Trupo M, Di Sanzo G (2010) Use of essential oil of Laurus nobilis obtained by
means of a supercritical carbon dioxide technique against post harvest spoilage fungi. Crop Protection
29:142-147.
Larena I, Torres R, De Cal A, Liñán M, Melgarejo P, Domenichini P, Bellini A, Mandrin JF, Lichou J,
Ochoa de Eribe X, Usall J (2005) Biological control of postharvest brown rot (Monilinia spp.) of peaches
by field applications of Epicoccum nigrum. Biological Control 32:305-310.
May-De Mio LL; Moreira LM; Monteiro LB, Justiniano Junior PR (2008) Infecção de Monilinia fructicola
no período da floração e incidência de podridão parda em frutos de pessegueiro em dois sistemas de
produção. Tropical. Plant Pathology 33:227-234.
Mercier J; Jiménez, JL (2004) Control of fungal decay of apples and peaches by the biofumigant fungus
Muscodor albus. Postharvest Biology and Technology 31:1-8.
Moreira LM, May-De Mio LL; Valdebenito-Sanhueza RM (2008) Fungos antagonistas e efeito de produtos
químicos no controle da podridão parda em pomar de pessegueiro. Summa Phytopathologica 34:272-276.
Schnabel G, Mercier J (2006) Use of a Muscodor albus pad delivery system for the management of brown
rot of peach in shipping cartons. Postharvest Biology and Technology 42:121-123.
Tiecher A, Pegoraro C, Franco JJ, Borges CT. Rombaldi CV, Manica-Berto R, Azambuja RHM (2010)
Efeito da radiação ultravioleta-C no controle de Monilinia fructicola. Brazilian Journal Food Technology
III SSA.
48
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 8
Avanços na Taxonomia dos Nematóides das Galhas (Meloidogyne spp.)
(Advances in the taxonomy of root-knot nematodes (Meloidogyne spp.)
Regina M.D.G. Carneiro
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 70849-970, Brasília DF, Brasil. E-mail: recar@cenargen.
embrapa.br
Os nematóides de galhas pertencem ao gênero Meloidogyne e são sem dúvida alguma, uma das
mais importantes doenças em muitas culturas de importancia econômica. De uma maneira geral, a
implementação de estratégias de manejo adequadas para o controle dos nematóides das galhas (resistência
genética, rotação de culturas) são indispensáveis para a manutenção ou aumento da produção agrícola. Para
a adoção dessas medidas de controle, o conhecimento aprofundado das espécies e populações é essencial.
Há aproximadamente 90 espécies descritas, sendo que 14 ocorrem no Brasil. A descrição das espécies
é baseada, sobretudo, em características morfológicas de fêmeas, machos e juvenis do segundo estágio
(J2). Informações sobre a gama de hospedeiros ou especificidade parasitária estão também incluídas nas
descrições de muitas espécies. A variação morfológica inter e intraespecifica de Meloidogyne spp. torna a
identificação muitas vezes difícil e uma tarefa árdua, mesmo para experientes taxonomistas (Carneiro et al.,
2000, Carneiro & Cofcewicz, 2008).
Dentre as espécies descritas, a maioria é partenogenética. A sistemática desses organismos não pode
ser incluída na definição clássica de espécie, baseada em formas de reprodução anfimítica. A diversidade
biológica e genética em Meloidogyne spp. é bastante complexa e difícil de ser compreendida. Por um lado,
a reprodução partenogenética forma organismos poliplóides e estabiliza o genoma da sua descendência.
Por outro, cada mutante que consegue se reproduzir dá origem a um clone diferente da população-mãe
(Triantaphyllou, 1985).
Estudos enzimáticos extensivos, com cerca de 1.000 populações originárias de diferentes países, têm
demonstrado que as espécies de Meloidogyne podem ser diferenciadas através de marcadores enzimáticos,
sobretudo as esterases (EST) e malato desidrogenases (MDH) (Esbenshade & Triantaphyllou, 1985, Carneiro
et al., 1996; 2000, Blok & Powers, 2009). Não há padrões enzimáticos para todas as espécies, mar são os
marcadores mais efetivos pois conseguem diferenciar 44 espécies descritas. Infelizmente, esses perfis não
fornecem informações suficientes para estudos de raças fisiológicas e variabilidade intraespecifica. Isso pode
ser explicado pelo fato das enzimas serem produzidas através da expressão de genes altamente conservados
e representarem apenas uma fração muito pequena do genoma, enquanto, as regiões não codantes são mais
abundantes e submetidas a extensivas mudanças evolutivas (McLain et al., 1987).
O desenvolvimento de técnicas moleculares abriram novas perspectivas quanto à identificação de
espécies e estudos da variabilidade intraespecifica dos nematóides de galhas. O advento da técnica de PCR
(Polymerase Chain Restriction) fez progredir de maneira considerável os métodos de análise e diferentes
estudos sobre o DNA mitocondrial e ribossômico foram realizados em isolados de Meloidogyne spp. (Blok
& Powers, 2009). Primers específicos foram desenvolvidos baseados PCR-RAPD, que amplificam regiões
de sequências diagnósticas chamadas SCARs e são usadas para diferenciação algumas espécies (10) de
Meloidogyne (Blok & Powers, 2009). Técnicas moleculares têm permitido também a sinonimização de
espécies como é o caso de M. mayaguensis e M. enterolobii. Entretanto, ainda poucas espécies podem ser
identificadas por marcadores moleculares.
Vários estudos sobre diversidade de populações brasileiras de Meloidogyne spp. foram realizados
por meio de várias técnicas moleculares, incluindo populações provenientes de diferentes regiões do
49
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Brasil, caracterizadas previamente quanto ao perfil enzimático. Nesses estudos, foi possivel observar que
as diferentes espécies de Meloidogyne diferenciaram-se em clusters, de acordo com os perfis enzimáticos.
Nenhuma separação de raças através de marcadores moleculares foi observada. Esse estudos mostraram
o alto grau de variabilidade intraespecífica, em populações de M. exigua, M hapla e M arenaria (Randig
et al., 2002), Cofcewicz et al, 2004, Muniz et al., 2008; Carneiro et al., 2008). Essa diversidade pode
ser devida à forma de reprodução das duas primeiras espécies (partenogênese meiótica). Quanto a M.
arenaria, que se reproduz por partenogênse mitótica, a explicação é que em M. arenaria existem ‘clusters’
de espécies, como é o caso de M. morocciensis (Est A3) que recentemente foi separada do ‘grupo arenaria’
(Carneiro et al., 2008).
A detecção recente de novas espécies no Brasil (M. enterolobii, M. ethiopica, M. inornata) e a
caracterização de alguns perfis de esterase atípicos mostram a necessidade de estudos aprofundados em
populações de Meloidogyne spp.
Dessa maneira, um grande avanço na área de marcadores enzimáticos e moleculares vem sendo
realizado e mais estudos se fazem necessários, para a identificação precisa das espécies e caracterização
da variabilidade intraespecífica. Porém, para que esses estudos sejam válidos, há necessidade de uma
integração estreita entre taxonomia clássica , técnicas moleculares e fisiologia do parasitismo das diferentes
populações de Meloidogyne spp., em diferentes culturas e em diferentes regiões do Brasil e do mundo.
Referências Bibliográficas
Blok, VC, Powers, T (2009). Biochemical and Molecular Identification. IN Perry R, Moens M, Starr JL
(Eds.). Root-knot nematodes. CABI, Oxfordshire, UK pp. 363-376.
Carneiro RMDG, Cofcewicz ET (2008). Taxonomy of coffee-parasitic root-knot nematodes, Meloidogyne
spp In: In Souza RM (Ed). Plant Parasitic Nematodes of coffee Springer, USA, pp. 87-122.
Carneiro RMDG, Santos MFA, Almeida MRA, Mota FC, Tigano M. (2008). Diversity of Meloidogyne
arenaria using morphological, cytological and molecular approaches. Nematology 10: 819-834.
Cofcewicz ET, Carneiro RMDG, Castagnone-Sereno P, Quénéhervé P (2004). Enzyme phenotypes and
genetic diversity of root-knot nematodes parasitising Musa in Brazil. Nematology, 6: 350-362.
Esbenshade PR, Triantaphyllou AC (1985). Use enzyme phenotypes for the identification of Meloidogyne
species. Journal of Nematology, 17: 6-20.
Mclain DK, Rai KS, Fraser JM (1987). Intraespecific and interspecifíc variation in the sequence and
abundance of highly repeated DNA among mosquitoes of the Aedes albopictus subgroup. Heredity 58:
373-381.
Muniz MF, CAMPOS VP , Castagnone –Sereno, P, Castro JMC, Almeida MRA, Carneiro RMDG (2008).
Diversity of Meloidogyne exigua (Tylenchida: Meloidogynidae) populations from coffee and rubber tree.
Nematology 10: 897-910.
Randig O, Bongiovanni M, Carneiro RMDG, Castagnone-Sereno P (2002). Genetic diversity of root-knot
nematodes from Brazil and development of SCAR markers speciíïc for the damaging species. Genome 45:
862—870.
Triantaphyllou AC (1985) Cytogenetics, cytotaxonomy and phylogeny of root-knot nematodes. In: Carter
CC, Sasser JN (Eds). An advanced treatise on Meloidogyne, vol. 1, Biology and control. Raleigh, North
Carolina State University Graphics, pp. 113 - 126.
50
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 8
Avanços no diagnóstico de nematoides transmissores de virose em fruteiras de clima temperado
Claudio Marcelo Gonçalves de Oliveira
Pesquisador Científico, Instituto Biológico, CEP 13001-970, Campinas SP. E-mail: marcelo@biologico.
sp.gov.br
Nematoides do gênero Xiphinema apresentam ampla distribuição mundial e estão associados a
grande número de plantas cultivadas causando danos ao sistema radicular. De importância particular, são
as espécies que atuam como eficientes vetores de nepoviroses (Tabela 1), causando prejuízos econômicos
especialmente em frutíferas e plantas olerícolas (Oliveira & Neilson, 2006).
Embora grande parte das espécies de Xiphinema são originárias da África e América Latina (Taylor
& Brown, 1997), a maioria das pesquisas relacionadas a esse gênero tem ocorrido na América do Norte
e Europa, com poucas investigações, exceto estudos taxonomicos, realizadas na América Latina, Ásia
ou África. Na América do Norte, muitos estudos foram realizados para caracterizar a importância de X.
americanum sensu lato na transmissão de viroses e quatro viroses (cherry rasp leaf, peach rosette mosaic,
tobacco ringspot e tomato black ring) são transmitidas por espécies pertencentes ao grupo X. americanum.
Entretanto, atualmente, X. americanum sensu lato é considerado um complexo de várias espécies (Lamberti
et al., 2000) e o esclarecimento da ação vetora de algumas espécies é necessário.
Tradicionalmente, as características morfológicas têm sido utilizadas para discriminação e
identificação das espécies. Entretanto, as diferenças são relativamente pequenas e exigem considerável
conhecimento em taxonomia para uma segura determinação das espécies. Ademais há poucos nematologistas
com treinamento em taxonomia, pela combinação da gradativa diminuição no número de profissionais
qualificados em conjunto com o declínio no interesse de jovens estudantes em se aprofundar nessa área de
conhecimento (Ferris, 1994; Coomans, 2002). Por outro lado, observa-se um esforço crescente direcionado
no desenvolvimento de diagnóstico baseado em técnicas moleculares para identificação de nematoides
(Powers, 2004; Blok, 2005).
Várias metodologias baseadas em técnicas moleculares vem sendo desenvolvidas para aplicação
na nematologia. Tais técnicas providenciam rápido e preciso diagnóstico, com benefício de não requerer
taxonomistas altamente treinado. Isso é particularmente importante para o grupo X. americanum em que
espécies como X. brevicolle e X. diffusum são distintas apenas por pequenas diferenças morfológicas e
morfométricas (Oliveira et al, 2005).
Para a segura identificação de nematóides é necessária a integração entre os dados morfológicos e
moleculares. Entretanto, a maioria dos trabalhos, seja para fins de diagnose ou para estudos filogenéticos,
ainda separa essas duas vertentes. Poucos exemplos existem em que ambas as técnicas foram utilizadas.
No caso do uso do código de barras do DNA, fica evidente a necessidade de se utilizar ambas as técnicas,
principalmente que as sequências depositadas previamente tenham sido corretamente identificadas (Luc et
al., 2010). O diagnóstico molecular de nematóides tem proporcionado novas oportunidades na nematologia,
incrementando a capacidade de analisar grande número de amostras ou detectar misturas de espécies. Em
conclusão, as técnicas moleculares não devem ser consideradas de maneira isolada, mas como ferramenta de
auxílio para uma segura e correta identificação da espécie, de acordo com o conceito proposto de taxonomia
integrativa.
51
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Tabela 1. Espécies de Xiphinema transmissoras de viroses e suas nepoviroses associadas.
Referencias Bibliográficas
Blok VC (2005) Achievements in and future prospects for molecular diagnostics of plant-parasitic nematodes.
Canadian Journal of Plant Pathology 27: 176–185.
Coomans A (2002) Present status and future of nematode systematics. Nematology 4: 573-582.
Ferris VR (1994) The future of nematode systematics. Fundamental and Applied Nematology 17: 97-101.
Lamberti F, Molinari S, Moens M, Brown DJF (2000) The Xiphinema americanum group. I. Putative
species, their geographical occurrence and distribution, and regional polytomous identification keys for the
group. Russian Journal of Nematology 8: 65-84.
Luc M, Doucet ME, Fortuner R, Castillo P, Decraemer W, Lax P (2010) Usefulness of morphological data
for the study of nematode biodiversity. Nematology 12: 495-504.
Oliveira CMG, Fenton B, Malloch G, Brown DJF, Neilson R (2005) Development of species-specific
primers for the ectoparasitic nematode species Xiphinema brevicolle, X. diffusum, X. elongatum, X. ifacolum
and X. longicaudatum (Nematoda: Longidoridae) based on ribosomal DNA sequences. Annals of Applied
Biology 146:281–288.
Oliveira CMG, Neilson R (2006) Taxonomy of longidorid nematodes and dichotomous keys for the
identification of Xiphinema and Xiphidorus species recorded in Brazil. Arquivos do Instituto Biológico 73: 131141.
Powers T (2004) Nematode molecular diagnostics: from bands to barcodes. Annual Review of Phytopathology
42: 367-383.
Taylor CE, Brown DJF (1997) Nematode Vectors of Plant Viruses. Wallingford, UK: CAB International.
286 p.
52
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 9
Uso de Nanoestruturas de Carbono em Micologia
Ary Corrêa Jr1, Leonardo Rodrigues1 & Luis Orlando Ladeira2
1
Departamento de Microbiologia, Instituto de Ciências Biológicas; 2Departamento de Física, Instituto de
Ciências Exatas, Universidade Federal de Minas Gerais, 31270-901, Belo Horizonte MG, Brasil. E-mail:
[email protected]
A nanotecnologia oferece uma gama enorme de materiais, ferramentas e protocolos para uso na
solução de problemas da indústria eletrônica, química, farmacêutica, agronegócios etc. Apesar de todos os
nanomateriais possuírem tamanho reduzido, entre 0,1 a 300 nm, o tamanho não é o único requisito necessário
para classificá-los como nanocompostos. É necessário que o material quando em escala nanométrica possua
características físico-químicas diferentes das que apresenta na macroescala.
Dentre os diversos nanomateriais em desenvolvimento, os nanotubos de carbono apresentam algumas
características que podem ser úteis no desenvolvimento de ferramentas para uso em sistemas biológicos.
Nanotubos de carbono são estruturas cilíndricas, com diâmetro variando entre 0,2 a 50 nm, sendo formado
exclusivamente por moléculas de carbono. Possuem alta hidrofobicidade, se não forem modificados
quimicamente, e uma alta relação área/volume. São, portanto, candidatos naturais para aplicações que
necessitem de um carreador intracelular de macromoléculas ou utilizações que requerem grande área
interfacial. Descreveremos duas aplicações em desenvolvimento pelo grupo de Nanomateriais de Carbono
da UFMG e que possuem potencial para aplicações práticas no futuro.
i. Entre os eventos que precedem a infecção de fungos causadores de ferrugens em vegetais, a formação
de um apressório é essencial para que o patógeno alcance os tecidos do hospedeiro. Durante o processo
de penetração do fungo causador da ferrugem-do-feijoeiro (Uromyces appendiculatus) o gene INF24 é
expresso no período coincidente à formação do apressório. Foi demonstrado previamente que a microinjeção
de oligonucleotídeos com sequências em antisenso de porções do gene INF24 inibem a diferenciação de
apressórios. Esta técnica possui pouca aplicabilidade fora do laboratório, sendo também, pouco eficiente e
laboriosa. Os Nanotubos de Carbono (CNT) possuem a habilidade de atravessarem as barreiras celulares,
alcançando os diferentes compartimentos internos da célula, funcionando como eficientes transportadores
de macromoléculas para o interior de células vivas e intactas. Nós descrevemos a utilização in vitro de
Nanotubos de Carbono de Parede Única (SWNT) e de Múltiplas Paredes (MWNT) conjugados com
oligonucleotídeo INF24 na inibição da formação de apressórios no fungo U. appendiculatus. Também
observamos que o tratamento de folhas do feijoeiro in vivo com suspensões de MWNT-INF24 em antisenso
não exerceu nenhum efeito sobre a planta, entretanto, resultou na redução do número de lesões sobre as
folhas. O conjugado MWNT-INF24 senso, MWNT isoladamente e os oligonucleotídeos não conjugados não
reduziram o número de pústulas formadas. Estes resultados encorajam estudos futuros visando estabelecer
a inocuidade ambiental e laboral da técnica, bem como a sua viabilidade econômica.
ii. Por possuírem alta hidrofobicidade os NTC podem facilmente ser acoplados a moléculas orgânicas.
Como também possuem grande área superficial por volume, são também passíveis de serem usados em
protocolos de miniaturização, quando uma grande densidade de moléculas efetoras é desejável.
Procurando explorar estas características, acoplou-se lipases fúngicas à superfície de nanotubos de
carbono estruturados (NCT). Estes NTC possuem forma similar a um tufo de algodão, pois durante o
processo de síntese ocorreu o enovelamento dos NTC sobre eles mesmos. A conjugação destas lipases com
a estrutura de carbono resultou na imobilização da enzima, a qual, no entanto, reteve a sua funcionalidade em
53
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
27%, quando comparado com a atividade da solução enzimática inicial. Este valor é superior ao observado
em outros processos de imobilização enzimática, que normalmente retém uma atividade de cerca de 10% da
atividade inicial. A este fato se soma a quantidade de enzima que efetivamente foi imobilizada no suporte.
Quando comparado a imobilização em alginato observou-se que, por grama de suporte, NTC retinha mil
vezes mais enzima que o suporte alginato. Lipases são enzimas multivalentes, apresentando atividade
hidrolítica na presença de água e de transesterificação na sua ausência. Como a enzima per si é hidrofílica,
a atividade de transesterificação ocorre normalmente apenas na superfície interfacial água x óleo. Como
os nanotubos de carbono são hidrofóbicos por natureza, mas, após conjugação com as lipases, apresentam
regiões hidrofílicas, as duas atividades, hidrólise e transesterificação podem ser observadas no sistema
NTC x lipase dependendo da fase fluida utilizada. Estes dois sistemas (?) estão sendo desenvolvidos na
UFMG no momento. Outras aplicações são possíveis e algumas delas serão discutidas. Apresentaremos
ainda detalhes da produção, funcionalização e aplicação de NTC em trabalhos biológicos.
54
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 9
A biologia evolutiva da emergência de fitopatógenos no agroecossistema brasileiro
Paulo C. Ceresini
Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos, Universidade Estadual Paulista - UNESP,
Campus de Ilha Solteira, 15385-000, Ilha Solteira SP, Brasil. E-mail: [email protected]
Fitopatógenos emergentes são descritos como patógenos que: (i) foram recentemente descobertos ou
recém descritos; (ii) evoluíram recentemente; (iii) aumentaram em incidência, expandiram geograficamente
ou quanto à sua gama de hospedeiros; e (iv) tiveram alterações em suas propriedades patogênicas (Anderson
et al., 2004; Stukenbrock & McDonald, 2008). Um patógeno emergente pode ser um novo vírus, bactéria ou
fungo que tem o potencial para se tornar endêmico, epidêmico e até mesmo adquirir natureza pandêmica.
Fungos fitopatogênicos, em particular, são conhecidos por causarem perdas elevadas de rendimento
nas culturas agrícolas com conseqüente impacto na economia, e novas doenças fúngicas devastadoras
estão constantemente emergindo nos agroecossistemas (Stukenbrock & McDonald, 2008). Como nossa
compreensão do risco da emergência de fitopatógenos nos agroecossistemas ainda é pobre, é necessário que
estratégias de monitoramento, vigilância e previsão do risco de emergência sejam desenvolvidas.
Quatro fatores principais podem levar à emergência de fitopatógenos nos agroecossistemas
(Anderson et al., 2004): (i) a introdução de patógenos (também conhecida como “poluição patogênica”),
que é impulsionada principalmente por atividades mediadas pelo homem (por exemplo, pela introdução
de material vegetal propagativo infestado, pela adoção de certas práticas agrícolas, e por perturbações
ocasionadas ao ambiente). A introdução por semente ou outro material propagativo é o fator principal
para a emergência de fitopatógenos numa nova região ou país; (ii) a intensificação, a diversificação e a
globalização da agricultura. A intensificação da agricultura pode levar à expansão de populações de
fitopatógenos, a diversificação facilita a introdução de novos hospedeiros e a globalização leva à introdução
de novos patógenos; (iii) a coevolução patógeno-hospedeiro. Nas interações planta-patógeno, coevolução é
caracterizada pelo desenvolvimento cíclico de resistência no hospedeiro e de virulência no patógeno, com a
seleção natural afetando a adaptação ecológica, tanto do patógeno quanto do hospedeiro (McDonald, 2010);
e (iv) as alterações climáticas e antropogênicas. Mudanças climáticas globais e alterações antropogênicas
das paisagens terrestres e aquáticas em larga escala (por exemplo, a conversão de florestas em áreas
agrícolas e a construção de barragens) podem alterar a incidência e distribuição das doenças (Lipp et al.,
2002). Foi demonstrado para vários sistemas hospedeiro-parasita que a virulência de patógenos pode variar
significativamente com a temperatura e postula-se que o impacto global das doenças emergentes será
afetado pelas mudanças climáticas (Lipp et al., 2002). Entretanto, a direção e a magnitude dessas mudanças
continuam muito imprevisíveis. A agricultura sul americana está particularmente vulnerável à emergência
de fitopatógenos em um cenário de mudanças climáticas por causa da grande variedade de ecossistemas
onde a agricultura é praticada (variando de equatorial, a tropical e subtropical).
Embora patógenos possam emergir de muitas maneiras diferentes, Stukenbrok & McDonald (2008)
propuseram quatro mecanismos ou cenários mais prováveis para emergência de fitopatógenos no agroecossistema: (i) acompanhamento do hospedeiro (ou host-tracking: a domesticação simultânea do patógeno
juntamente com o hospedeiro); (ii) troca (ou host-shift: a adaptação a um hospedeiro geneticamente
similar) e salto de hospedeiro (ou host-jump: a adaptação a um novo hospedeiro geneticamente distante do
hospedeiro original); (iii) transferência horizontal de genes (troca de genes específicos entre espécies que
são naturalmente isoladas geneticamente) e (iv) hibridização (troca de genomas inteiros entre espécies)
(Stukenbrock & McDonald, 2008).
55
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Para compreensão e parametrização dos mecanismos de emergência de fitopatógenos num novo
agroecossistema é essencial que se conheça o potencial evolutivo dos fitopatógenos, bem como que se
investigue os fatores ambientais e ecológicos indutivos ( McDonald & Linde, 2002; Anderson et al., 2004).
Dessa forma, uma pesquisa com o objetivo de determinar a emergência de fitopatógenos deve enfocar
a importante questão: Considerando o potencial evolutivo do fitopatógeno para adaptação ecológica
e, conseqüentemente, para troca ou salto de hospedeiros (bem como a suscetibilidade dos “novos”
hospedeiros), é possível prever os padrões de mudança evolutiva e de dispersão destes patógenos para
novos agroecossistemas (geograficamente contíguos ou descontínuos)?
O potencial evolutivo de uma população de um patógeno qualquer é um reflexo de sua estrutura
genética populacional. Populações de patógenos com alto potencial evolutivo têm maior probabilidade
de vencer a resistência genética do hospedeiro. McDonald & Linde (2002) propuseram um modelo
flexível para se determinar o potencial evolutivo das populações de patógenos com base na análise de sua
estrutura genética. De acordo com este modelo, os patógenos que apresentam maior risco de quebra de
genes de resistência das plantas têm um sistema reprodutivo misto (tanto a reprodução sexuada quanto a
assexuada são encontradas nas populações), um elevado potencial para o fluxo gênico, grande tamanho
efetivo populacional e alta taxa de mutação. Os patógenos de mais baixo risco são aqueles com reprodução
assexuada estrita, baixo potencial de fluxo gênico, pequeno tamanho efetivo de população e baixas taxas
de mutação.
Escolhemos dois modelos biológicos bastante distintos para ilustrar a emergência de fitopatógenos na
Agricultura brasileira e sul americana: (a) o fungo ascomiceto Magnaporthe oryzae (anamorfo Pyricularia
oryzae), que tem distribuição mundial como patógeno hemi-biotrófico do arroz mas que, no último século,
emergiu como patógeno importante adaptado ao trigo no sul do Brasil (Igarashi et al., 1986) e já se espalhou
para outros países que cultivam trigo na América do Sul, como Bolívia e Paraguai; e (b) o fungo basidiomiceto
Thanatephorus cucumeris (anamorfo Rhizoctonia solani AG-1 IA), que também tem distribuição mundial
como patógeno necrotrófico habitante do solo que infecta poáceas e fabáceas em regiões de clima tropical
e subtropical causando a queima da bainha no arroz e que emergiu como patógeno da mela da soja nas
Américas e da mancha bandeada do milho na Ásia e na América do Sul (Bernardes de Assis, 2010).
Observações sobre a biologia de populações de M. oryzae feitas nas últimas décadas sugerem que este
patógeno tem um alto potencial evolutivo. Evidências genético - populacionais recentes indicam habilidade
para fluxo gênico de longa distância e a predominância de um sistema reprodutivo misto, confirmando a
hipótese acima e colocando M. oryzae entre os patógenos com maior potencial evolutivo (Ceresini, 2011).
Este cenário de alto potencial evolutivo para M. oryzae é, provavelmente, responsável pela alta variabilidade
genético-fenotípica observada em populações do patógeno e pela inconsistência e baixa durabilidade da
resistência de cultivares de trigo a brusone no país (Ceresini, 2011). Apesar das diferenças biológicopopulacionais em relação a M. oryzae, R. solani AG-1 IA também foi caracterizado como patógeno de alto
potencial evolutivo (Bernardes de Assis, 2010).
Para M. oryzae do arroz, além do cenário co-evolutivo de acompanhamento do hospedeiro, há
evidências de que linhagens que infectavam arroz emergiram por troca de hospedeiro [de milheto (Setaria
sp.) para arroz] durante o período de domesticação das duas culturas na China, cerca de 7,000 AC (Couch
et al., 2005). A proximidade entre plantas cultivadas e suas invasoras pode facilitar a troca ou o salto de
hospedeiros por patógenos associados com uma ou outra das espécies (Stukenbrock & McDonald, 2008).
Nós propomos que processo semelhante foi responsável pela emergência da brusone do trigo no Brasil,
ainda que se desconheça o hospedeiro original de M. oryzae adaptado ao trigo (Ceresini, 2011).
Para R. solani AG-1 IA, análise filogeográfica baseada em genealogias coalescentes multigenes
indicou origem asiática para populações que infectam o arroz, consistente com o cenário co-evolutivo de
emergência via acompanhamento do hospedeiro em função da expansão do cultivo do arroz (Bernardes de
Assis, 2010). Evidência de migração histórica assimétrica do patógeno, indicou que populações asiáticas
56
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
de R. solani AG-1 IA fundaram populações das Américas, possivelmente através de diversas introduções de
sementes infectadas. Eventos de especialização de hospedeiro, também, moldaram a história evolucionária
de R. solani AG-1 IA nas Américas. Há evidência para a emergência recente de populações especializadas
R. solani AG-1 IA via troca (do arroz para o milho) e salto de hospedeiros (do arroz para a soja) com
conseqüente divergência genética (Bernardes de Assis, 2010). Poáceas e fabáceas hospedeiras podem ser
consideradas nichos ecologicamente distintos (proporcionando isolamento reprodutivo espacial e temporal
ao patógeno) representando mecanismo de seleção que rapidamente conduziu à divergência populacional
e, provavelmente, à especiação incipiente (Bernardes de Assis, 2010).
Referências Bibliográficas
Anderson PK, Cunningham AA, Patel NG, Morales FJ, Epstein PR, Daszak P (2004) Emerging infectious
diseases of plants: pathogen pollution, climate change and agrotechnology drivers. Trends in Ecology &
Evolution 19:535-544.
Bernardes de Assis J (2010) Global population genetics and phylogeography of the rice sheath blight,
maize banded leaf and soybean aerial blight pathogen Rhizoctonia solani anastomosis group 1 IA. Tese de
Doutorado. ETH. Zurich, Suiça.
Ceresini PC (2011) Estrutura genética de populações do patógeno da brusone do trigo Magnaporthe oryzae
no Brasil. Tese de Livre Docência. UNESP. Ilha Solteira, SP.
Couch BC, Fudal I, Lebrun M-H, Tharreau D, Valent B, van Kim P, Notteghem J-L, Kohn LM (2005)
Origins of host-specific populations of the blast pathogen Magnaporthe oryzae in crop domestication with
subsequent expansion of pandemic clones on rice and weeds of rice. Genetics 170:613-630.
Igarashi S, Utiamada CM, Igarashi LC, Kazuma AH, Lopes RS (1986) Pyricularia em trigo. 1. Ocorrência
de Pyricularia sp. no estado do Paraná. Fitopatologia Brasileira 11:351-352.
Lipp EK, Huq A, Colwell RR (2002) Effects of global climate on infectious disease: the cholera model.
Clinical Microbiology Reviews 15:757-770.
McDonald BA (2010) How can we achieve durable disease resistance in agricultural ecosystems? New
Phytologist 185:3-5.
McDonald BA, Linde C (2002) Pathogen population genetics, evolutionary potential, and durable resistance.
Annual Review of Phytopathology 40:349-379.
Stukenbrock EH, McDonald B (2008) The origins of plant pathogens in agro-ecosystems. Annual Review
of Phytopathology 46:75-100.
57
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 10
The transport of plant viruses: a critical step in the viral cycle
Frederic Aparicio1, Thor Vinícius Martins Fajardo2, Mari Carmen Herranz1, Ana Peiró1, Vicente
Pallás1 & Jesús Ángel Sánchez-Navarro1
1
Instituto de Biología Molecular y Celular de Plantas (CSIC-UPV). Campus UPV, CPI 8E. C/ Ingeniero
Fausto Elio s/n, 46022, Valencia. España; 2Embrapa Uva e Vinho, Rua Livramento 515, 95700-000, Bento
Gonçalves, RS, Brasil. E-mail: [email protected]
The transport of plant viruses is an essential process that can mean the difference between systemic,
local or subliminal infection (single cell). After the initiation of the infection, plant viruses need to invade
adjacent cells (short-distance transport) to reach the distal parts of the plant through the vascular system or
long-distance transport. Plant viruses encode one or more movement proteins (MPs) involved in intra-and
intercellular spread of viral genome through plasmodesmata (PD), allowing the transport viral genomes
or virions to neighboring uninfected cells. At least two different mechanisms of cell-to-cell movement are
known (Benitez-Alfonso et al., 2010; Lucas, 2006). One is exemplified by the Tobacco mosaic virus (TMV,
genus Tobamovirus) and involves transport of nucleoprotein-complexes (NPC) between unencapsidated
viral RNA and a MP through modified PD (Citovsky et al., 1992; Wolf et al., 1989). The second mechanism
is represented by the Cowpea mosaic virus (CPMV, genus Comovirus) (Van Lent et al., 1990) and requires
a MP and coat protein (CP) for cell-to-cell movement. The CPMV MP forms tubular structures that traverse
the cell wall through modified PD, and these tubules mediate transport of virions from the infected cell to
neighboring healthy cells. In both mechanisms, besides altering PD SEL (size exclusion limit), MPs are
involved either in NPC assembling or in forming tubules traversing modified PD and driving either NPC
or virions to the neighbor cell. Nevertheless, within these two major strategies, there exist a wide range
of variability, in terms of number and type of viral and host proteins helping MPs, and a large number of
distinct mechanisms used by viruses to spread in the host.
In spite of such variability, several different MPs have been classified into the 30K family: a group
of twenty genera, including RNA and DNA viruses, which, independently of the movement strategy
followed, are structurally related to the 30 kDa MP of TMV (Melcher, 2000). Members of this family have
a common core of predicted secondary structure elements (α-helices and β-elements) containing a nucleic
acid binding domain. Very distinct MPs belong to this family, including several tubule-forming MPs, albeit
phylogenetically separated from others (Melcher, 2000).
In our group, we were interested in the analysis of the 30K family for different reasons: i) this is
the large group of viral MPs, ii) the majority of the viruses represented appear to have single MP, iii) the
two transport mechanisms described above are exemplified by members of this family and iv) we can
find RNA and DNA viruses assigned to this family. For the analysis of the 30k family we have used the
Alfalfa mosaic virus (AMV) model system. AMV is the type species of the genus Alfamovirus in the family
Bromoviridae. The AMV genome consists of three plus-stranded RNAs. Monocistronic RNAs 1 and 2
encode the nonstructural P1 and P2 polymerase proteins. The dicistronic RNA 3 encodes the MP and CP,
and the CP is translated from a subgenomic messenger RNA 4. Both MP and CP are required for virus
transport although entire virions particles are dispensable for cell-to-cell transport. This observation open
the possibility to a third intermediate mechanism formed by viruses of the family Bromoviridae whose
MP assembles into tubules to promote the movement of CP/RNA ribonucleoprotein complexes (Palukaitis
& García-Arenal, 2003; Sánchez-Navarro & Bol, 2001; Sánchez-Navarro et al., 2006). We have used the
AMV RNA 3 and transgenic tobacco plants expressing the AMV P1 and P2 proteins (P12 plants) to analyse
58
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
and to characterize specific domains of the 30K MPs critical for the cell-to-cell and systemic transport and
the capacity to functionally interchange MPs of the family, specifically MP representative of the mains
virus transport mechanisms.
The data obtained with different MPs of the 30k family have shown the presence of specific regions
required to target the protein to the cell wall (Berna, 1995; Erny et al., 1992), the RNA binding capacity
(Citovsky et al. 1992; Schoumacher et al. 1994), to increase the PD SEL (Poirson et al. 1993; Wolf et al.,
1989) or to interact with the cognate CP (Sánchez-Navarro et al., 2006; Stavolone et al., 2005). Mutational
analysis performed with the MP of AMV, Prunus necrotic ringspot virus (PNRSV) and Brome mosaic virus
(BMV) have shown that the majority of the N-terminus of the protein is required to target the PD and any
change affecting this subcellular localization compromises the functionality of the protein. On the other
hand, the C terminal region of the MP is dispensable for cell-to-cell and systemic transport of the virus
(Sanchez-Navarro & Bol, 2001) and is associated directly or indirectly with a specific interaction with the
cognate CP (Aparicio et al., 2010; Sánchez-Navarro et al., 2006; Stavolone et al., 2005). In addition, we do
observe that all domains required for the MP activity (e.g. RNA binding domains, increase SEL of PD, etc)
are included in the critical N terminus of the protein. In the case of the RNA binding region of the PNRSV
we do observe that alteration of the RNA affinity of the MP is also critical for its functionality (Herranz et
al., 2005).
A general property of the MPs of the 30K family is its interaction with biological membranes, mainly
from the endoplasmic reticulum (ER). A topological model has been proposed in which the TMV MP has
two putative transmembrane (TM) helices, both the N and C termini oriented toward the cytoplasm, and a
short loop exposed in the ER lumen (Brill et al., 2000). However and unlike the TMV MP, the rest of the
MPs of the family contain only a putative TM domain. Using a myriad of biochemical and biophysical
approaches, we show that the PNRSV MP contains only one hydrophobic region (HR) that interacts with
the membrane interface, as opposed to being a transmembrane protein. Different biochemical and
biophysical experiments suggested that the protein is tightly associated with, but does not traverse, the
membrane, leaving both its N- and C-terminal hydrophilic regions facing the cytosol (Martínez-Gil et
al., 2009). Collectively, all results point out a MP scheme for the 30K members in which the majority
of the protein (N terminus) is required to allow virus transport, meanwhile the C terminus contains the
specific CP interaction determinants and both the N and C termini are oriented toward the cytoplasm.
Another aspect that we are analyzing is the capacity of different MPs of the 30K family to be
functional in unrelated viruses, specifically for those proteins that exemplify the different transport
mechanisms (e.g. MPs of TMV, CPMV or AMV). To do this, we decide to exchanged the MP gene
of AMV by the corresponding MPs gene of tubules-formers (Comovirus, Nepovirus or Tospovirus)
or non tubules-formers genera (Cucumovirus, Bromovirus, Tobamovirus or Ilarvirus). In addition,
we tested the exchange ability of MPs encoded by DNA and RNA genome viruses by exchanging the
DNA Caulimoviridae MPs. All analyzed MPs were competent to support the AMV transport but, with
the exception of the TMV MP, the movement was recorded but only upon addition of the AMV MP
C-terminal domain of 44 amino acids (A44) that interact with cognate CP. With the exception of the
DNA MP from Cauliflower mosaic virus (CaMV), all analyzed MPs retained their capacity to promote
RNA3 local transport whether or not AMV CP was competent for encapsidation (Sánchez-Navarro
et al., 2006; 2010). The CaMV DNA MP mediated only particles movement indicating a necessary
protection of the genomic DNA to the non-cell-autonomous RNA-trafficking plasmodesmata pathway.
Collectively, the results obtained suggest that AMV is able to follow the two different movement
mechanisms reported for viruses whose their MPs belong to the 30K family. From the observations that
(i) the MPs of the genera Ilarvirus, Bromovirus, Cucumovirus, Tobamovirus, Comovirus, Tospovirus,
Caulimovirus and Nepovirus are functional in the same viral system, (ii) share the capability to allow the
transport of viral complexes different than virus particles and (iii) have a common predicted core structure
59
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
(Melcher, 2000), it is tempting to speculate that the different transport mechanisms described in the 30K
family could represent two variants of the same viral transport system.
References
Aparicio F, Pallas V, Sanchez-Navarro J (2010) Implication of the C terminus of the Prunus necrotic
ringspot virus movement protein in cell-to-cell transport and in its interaction with the coat protein. Journal
of General Virology 91:1865-1870.
Benitez-Alfonso Y, Faulkner C, Ritzenthaler C, Maule AJ (2010) Plasmodesmata: gateways to local and
systemic virus infection. Molecular Plant Microbe Interaction 23:1403-1412.
Berna A (1995) Involvement of residues within putative alpha helix motifs in the behavior of the alfalfa and
tobacco mosaic virus movement proteins. Phytopathology 85:1441-1448.
Brill LM, Nunn RS, Kahn TW, Yeager M, Beachy RN (2000) Recombinant tobacco mosaic virus movement
protein is an RNA-binding, alpha-helical membrane protein. Proceedings of the National Academy of
Sciences of the United States of America 97:7112-7117.
Citovsky V, Wong ML, Shaw AL, Prasad BV, Zambryski P (1992) Visualization and characterization of
tobacco mosaic virus movement protein binding to single-stranded nucleic acids. Plant Cell 4:397-411.
Erny C, Schoumacher F, Jung C, Gagey MJ, Godefroy CT, Stussi GC, Berna A (1992) An N-proximal
sequence of the alfalfa mosaic virus movement protein is necessary for association with cell walls in
transgenic plants. Journal of General Virology 73:2115-2119.
Herranz MC, Sanchez-Navarro JA, Sauri A, Mingarro I, Pallas V (2005) Mutational analysis of the RNAbinding domain of the Prunus necrotic ringspot virus (PNRSV) movement protein reveals its requirement
for cell-to-cell movement. Virology 339:31-41.
Lucas WJ (2006) Plant viral movement proteins: Agents for cell-to-cell trafficking of viral genomes.
Virology 344:169-184.
Martinez-Gil L, Sanchez-Navarro JA, Cruz A, Pallas V, Perez-Gil J, Mingarro I (2009) Plant virus cellto-cell movement is not dependent on the transmembrane disposition of its movement protein. Journal of
Virology 83:5535-5543.
Melcher U (2000) The ‘30K’ superfamily of viral movement proteins. Journal of General Virology 81:257266.
Palukaitis P, Garcia-Arenal F (2003) Cucumoviruses. Advances Virus Research 62:241-323.
Poirson A, Turner AP, Giovane C, Berna A, Roberts K, Godefroy CT (1993) Effect of the alfalfa mosaic
virus movement protein expressed in transgenic plants on the permeability of plasmodesmata. Journal of
General Virology 74:2459-2461.
Sanchez-Navarro JA, Fajardo T, Zicca S, Pallas V, Stavolone L (2010) Caulimoviridae tubule-guided
transport is dictated by movement protein properties. Journal of Virology 84:4109-4112.
Sanchez-Navarro JA, Herranz MC, Pallas V (2006) Cell-to-cell movement of Alfalfa mosaic virus can be
mediated by the movement proteins of Ilar-, bromo-, cucumo-, tobamo- and comoviruses and does not
require virion formation. Virology 346:66-73.
Sanchez-Navarro JA, Bol JF (2001) Role of the Alfalfa mosaic virus movement protein and coat protein in
virus transport. Molecular Plant-Microbe Interaction 14:1051-1062.
Schoumacher F, Giovane C, Maira M, Poirson A, Godefroy-Colburn T, Berna, A (1994) Mapping of the
60
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
RNA-binding domain of the alfalfa mosaic virus movement protein. Journal of General Virology 75:31993202.
Stavolone L, Villani ME, Leclerc D, Hohn T (2005) A coiled-coil interaction mediates cauliflower mosaic
virus cell-to-cell movement. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of
America 102:6219-6224.
Van Lent J, Wellink J, Goldbach R (1990) Evidence for the involvement of the 58K and 48K proteins in the
intercellular movement of Cowpea mosaic virus. Journal of General Virology 71:219-223.
Wolf S, Deom CM, Beachy RN, Lucas, WJ (1989) Movement protein of tobacco mosaic virus modifies
plasmodesmatal size exclusion limit. Science 246: 337-339.
61
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 10
Effect of viral infections in global gene expression in grapevine and strategies to induce resistance
Patricio Arce-Johnson, Elizabeth Torres, Andrea Vega, Carmen Espinoza, Francisca Rubio &
Consuelo Medina
Departamento de Genética Molecular y Microbiología, Facultad de Ciencias Biológicas, Pontificia
Universidad Católica de Chile, Santiago, Chile. E-mail: [email protected]
Summary
Grapevine is the fruit species of greater distribution worldwide. Grapevine is affected by several pathogens
that include more than 12 viruses. Viral infection induces changes in gene expression in leaves and in
the fruit, which include early expression of senescence genes and the delay of the maturation process.
The effects of the infection on ripening related genes that participate in synthesis of flavonoids and sugar
transporters are described. The strategy of viral silencing is being used to induce resistance against viruses
in grapevine rootstocks.
Introduction
Grapevine (Vitis vinifera) is a fruit species of great economic importance and the largest in planted area
around the world. The fruit of the grapevine is mostly used for wine production. Also it is commercialized
as fresh fruit and processed for juice, jellies and raisins. The vine is cultivated in Mediterranean climates
since it requires a long growth season with high temperatures and little rain, and a cold season inductive of
dormancy. Various pathogens affect the grapevine, mainly fungi and viruses. More than twelve different
viruses have been described infecting the vine. The viruses are transmitted to the vine by biological vectors
such as soil nematodes (in the case of the Nepovirus) or by insects of the genus Psedococcus (in the case of
the Ampelovirus). Viral diseases spread and accumulate due to the multiplication of infected material, and
therefore it is common to find more than one virus present in a vine plant. Among the most common viral
diseases is the fanleaf caused by GFLV (Grapevine fanleaf virus), the leafroll, caused by a group of viruses
called GLRaV (Grapevine leafroll associated virus), and diseases of the wood caused by GVA and GVB
(Grapevine virus A and B).
Changes in gene expression induced by viral infection in green tissues of grapevine
Viruses spread through the plant without inducing resistance reactions. However molecular studies
have shown that plants are not passive and respond to the virus with changes in gene expression that lead to
cellular and physiological changes. We have focused on the study of global gene expression in grape plants
of the Cabernet Sauvignon variety, infected with GLRaV-3, the most widely distributed virus worldwide.
These plants were growing in the field and its global gene expression was compared with healthy plants
growing under the same conditions. The studies were made using oligonucleotides microarrays (Affymetrix),
a platform in which each gene is represented by a group of probes that hybridize in perfect match in
different regions of each gene. In addition the microarray contains mismatch probes, so the non-specific
hybridization can be subtracted. Therefore it is possible to compare the relative abundance of messengers
very reliably. We compare the expression of genes in healthy and infected plants finding induced and
repressed genes in the infected plants. In green leaves, more than 600 genes were differentially expressed
between infected and healthy plants. The affected genes mainly encode enzymes involved in processes of
synthesis, proteolysis and destination of proteins, transport and metabolism (Espinoza et al., 2007b). The
classification of genes based on their cellular component association showed more than 50% of induced
62
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
genes related to the endomembrane system, mainly involved in transport of hormones, lipids, sugars and
oligopeptids. Also genes remodeling of the cell wall anchored to the cell membrane were induced. On
the other hand, 59% of the repressed genes were associated with the chloroplast (Espinoza et al., 2007b),
which could explain the decrease in photosynthetic activity that has been observed in other plants with
viral infections (Lehto et al., 2003). Several transcripts specifically associated with resistance and defence
response that have been described in senescence were found induced in the viral infection. These include
genes that codifies for ROS detoxifying enzymes, HIN1 and LTP. Also some transcription factors of the
WRKY or the NAC family are shared among the infection and senescence process. In addition, Senescence
Associated Genes (SAG) specifically induced during the leaf senescence like SAG 13, 14, 15, 101 and 102
were found induced (Espinoza et al., 2007a). A portion of SAG genes encode proteins involved in defence,
detoxification and protein recycling. These results suggest an overlap between the senescence process and
the viral infection, similarly to what has been described for other pathogens (Lim & Nam, 2005).
Delay of ripening in fruits of grapes infected with virus
Maturation of fruit on the vine var. Cabernet Sauvignon is characterized by the gradual increase in the
sugar concentration in the berry and colored metabolites (anthocyanines) in the skin. Fruit coloring is an
important quality trait that reflects the expression of phenylpropanoid pathway enzymes (Matus et al., 2009).
Most colored compounds are also antioxidant molecules of great value for human health. We compared
total sugars and phenolic compounds in plants infected with the virus GLRaV-3 and healthy berries, taking
samples every 4 weeks from veraison to maturity. Total sugar accumulation (glucose and fructose) was
reduced during ripening in virus-infected plants. Also a significant decrease in the total anthocyanin and in
each of the specific delphinidin, peonidin and malvidin was found in the infected fruit at advanced stages
of maturation, resulting in a general decrease of the color (Vega, 2010). This delay in berry ripening of the
fruits in infected plants leads to a decrease in the quality of the fruit that has an impact on the characteristics
of musts and wines produced and in the case of table grapes, they do not reach levels of sugars and color
required for commercialization in international markets.
Alteration of gene expression in fruit of infected plants
The electronic microscopy along with PCR allowed us to detect the presence of the virus GLRaV-3
in the fruits of grapevine infected plants. To evaluate the effect of the infection during fruit ripening,
we compared gene expression of healthy and infected plants at two developmental stages: veraison and
maturity. Maturation is a process that involves major changes, as was corroborated with our results, where
differences in more than 400 genes were found in healthy plants when comparing the two developmental
stages. However, fewer genes changed their expression during maturation in the infected plants (197) which
is associated with an alteration of ripening in this condition. Affymetrix experiments showed that genes
associated with transport functions were repressed in the infected plants. The grapevine sugar transporter
VvHT1 gene appears also repressed which is correlated with the lower sugar accumulation in the infected
berries. Also the expression of genes that codify for enzymes of the fenilpropanoid pathway including
some regulatory genes such as: Myb4, Myb12, Myb Pap1 and genes of specific enzymes in the synthesis of
anthocyanins as Flavanol synthase and UFGT appeared repressed at maturation stages (Vega, 2010).
Molecular strategies for control of viral infections
Since viral infections persist in the plants for a long time and can not be fought with chemical agents,
we have proposed a strategy for control of viral diseases through the mechanism of gene silencing. Currently
most of the varieties of table vines are grafted onto rootstocks which have outstanding characteristics in
resistance to pathogens and adaptation to unfavorable conditions. The grapes produced on the grafts maintain
the characteristics of the variety, but the strategy has been an insufficient control of viral pathogens. We
63
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
have used Agrobacterium tumefaciens to transform grapevine rootstocks with a construction that carries a
sequence of GFLV virus in sense and antisense. It is expected that once inside plant cells a double–strand
RNA formed during transcription should initiate viral silencing by the plant. We have recovered several
transgenic lines of rootstocks that express the sequence of GFLV virus. On these rootstocks we grafted
plants infected with GFLV. It is expected that a 25nc double strand RNA molecule that has been defined as
the silencing mobile signal passes from the rootstock to the infected scion. Transgenic lines in whose scion
the virus is not detected after one month have been found. These results are very promising as they allow
applying a strategy to eliminate viral infections through the use of transgenic rootstocks, and not transgenic
varieties grafted on them.
Acknowledgements
This work has been supported by Millennium Nucleus for Plant Functional Genomics (P06-009-F),
FONDECYT 1100709 and Innova Corfo 07Genoma01.
References
Espinoza C, Medina C, Somerville S, Arce-Johnson P (2007a) Senescence-associated genes induced during
compatible viral interactions with grapevine and Arabidopsis. Journal of Experimental Botany 58:31973212.
Espinoza C, Vega A, Medina C, Schlauch K, Cramer G, Arce-Johnson P (2007b). Gene expression associated
with compatible viral diseases in grapevine cultivars. Functional & Integrative Genomics 7:95-110.
Lehto K, Tikkanen M, Hiriart JB, Paakkarinen V, Aro EM (2003) Depletion of the photosystem II core
complex in mature tobacco leaves infected by the flavum strain of tobacco mosaic virus. Molecular Plant
Microbe Interactions 16:1135-1144.
Lim PO, Nam HG (2005) The molecular and genetic control of leaf senescence and longevity in Arabidopsis.
Current Topics in Developmental Biology 67:49-83.
Matus JT, Loyola R, Vega A, Peña-Neira A, Bordeu E, Arce-Johnson P, Alcalde JA (2009) Post-veraison
sunlight exposure induces MYB-mediated transcriptional regulation of anthocyanin and flavonol synthesis
in berry skins of Vitis vinifera. Journal of Experimental Botany 60:853-867.
Vega A (2010) Identification and characterization of genes that respond to viral infections in the fruit of
grapevine. Doctoral Tesis. Departamento Genética Molecular y Microbiología. Facultad de Ciencias
Biológicas. Pontificia Universidad Católica de Chile.
64
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 11
Novas abordagens no estudo de patógenos de espécies florestais: Epidemiologia molecular e
nanotecnologia na investigação de aspectos básicos da biologia do organismo e da população
(New approaches to study pathogens of tree species: Molecular epidemiology and nanotechnology for
investigating basic aspects of the biology of the organisms and their populations)
Eduardo S. G. Mizubuti & Luiz A. Maffia
Departamento de Fitopatologia, Universidade Federal de Viçosa, 36570-000, Viçosa, MG
A geração de conhecimentos acerca das epidemias é o componente-chave para estabelecer a
estratégia de manejo de doenças que afetam espécies florestais. Dadas as peculiaridades dos sistemas
florestais implantados para a exploração comercial, quais sejam, culturas mantidas por longos períodos
de tempo, em grandes áreas, e as limitações de ordem operacional, econômica e ambiental relacionadas
ao uso de agrotóxicos, o plantio de materiais resistentes tem papel importante na redução das perdas
causadas por doenças. No Brasil, ocorreram avanços expressivos nos programas de melhoramento que
objetivam disponibilizar materiais produtivos e resistentes a doenças nos últimos anos. Essas conquistas
contribuíram para a expansão do setor de florestas implantadas. Porém, é sabido que patossistemas são
dinâmicos e uma “corrida armamentista” entre epidemias e as plantas hospedeiras está continuamente
sendo travada nas áreas de produção. Portanto, é necessário conhecer, em detalhes, os componentes do
patossistema para que as estratégias de controle das doenças estejam em posição de vanguarda.
Para alguns patossistemas relevantes, muitos processos básicos da biologia, tanto do patógeno
(individualmente), quanto de suas populações, ainda não são bem conhecidos. Novas (nano e
bio) tecnologias vêm sendo empregadas com o propósito de aumentar a resolução das análises
e, consequentemente, gerar informações importantes sobre epidemias de interesse. Em vários
patossistemas, os fatores que influenciam diretamente a dinâmica espaço-temporal das epidemias
devem ser bem compreendidos, do âmbito do indivíduo, ao avaliar os eventos do ciclo de vida dos
patógenos, ao populacional, com a necessidade de parametrizar os mecanismos evolutivos e processos
que afetam conjuntos de indivíduos.
Nos últimos anos, foram iniciados no Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de
Viçosa, projetos estruturados dentro das abordagens de epidemiologia clássica e molecular que visam
elucidar questões ainda obscuras relativas a patossistemas que envolvem duas espécies hospedeiras
importantes: seringueira (Hevea brasiliensis) e eucalipto (Eucalyptus spp.). O mal-das-folhas da
seringueira (MDFS), causado por Microcyclus ulei, é comumente referido como exemplo do poder de
destruição de doenças de plantas numa atividade econômica: a exploração da borracha natural. Apesar
de o patossistema ser conhecido desde há muito, verificam-se lacunas de conhecimentos relativos
aos atributos de indivíduos até de populações. Por exemplo, questões relacionadas à formação da
fase teleomórfica (M. ulei) a partir da anamórfica (F. heveae), ao papel da fase picnidial (A. ulei), à
implicação epidemiológica da fase sexuada, ao correto posicionamento filogenético do patógeno e à
estrutura genética da população de M. ulei são objetos de estudo na UFV. Para estudar os eventos do
ciclo de vida, estão sendo desenvolvidos protocolos para obtenção de isolados marcados com proteínas
fluorescentes (GFP e DsRed) e nanotubos de carbono, empregando técnica recentemente desenvolvida
pela equipe do Instituto de Ciência e Tecnologia de Nanomateriais de Carbono (INCT de Nanomateriais de
Carbono) sediado na UFMG. No que concerne ao posicionamento filogenético e à determinação da estrutura
genética da população de M. ulei no Brasil, análises de sequências de DNA e de marcadores microssatélites
estão sendo realizadas em indivíduos coletados de vários hospedeiros (dependendo do estudo) e regiões
65
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
geográficas. Finalmente, recentemente, foi iniciado o projeto de sequenciamento do genoma completo de
M. ulei, utilizando tecnologias de alto rendimento.
Em eucalipto, análises genéticas estão sendo conduzidas para aprimorar o manejo da murcha de
ceratocistis, causada por Ceratocystis fimbriata. Há pouco mais de uma década, a murcha passou a ser
relatada em várias regiões produtoras do eucalipto. O patógeno pode ser disperso planta-a-planta pelo
contato entre raízes, por insetos vetores, por ferramentas e, a longas distâncias, pelo movimento de material
propagativo. A partir da Bahia, onde a doença foi relatada pela primeira vez em eucalipto em 1997, e com
a ocorrência da murcha em diferentes estados do Brasil, decidiu-se investigar o papel de viveiros de mudas
como potencial fonte de inóculo do patógeno. Coletaram-se 177 isolados de C. fimbriata em 20 locais, e
usaram-se marcadores microssatélites para genotipar esses isolados. Constatou-se haver alta variabilidade
genética nas populações da Bahia, São Paulo e Minas Gerais. Porém, apenas um ou poucos haplótipos
foram detectados em algumas áreas, nas quais não se cultivavam espécies lenhosas por longo tempo.
Como os genótipos dessas áreas foram também encontrados em áreas da Bahia, aventou-se a hipótese de
introdução do patógeno nestas áreas por meio de mudas contaminadas. Ao rastrear a origem das mudas,
constatou-se que, de fato, provieram de viveiros localizados na Bahia e, portanto, caracterizou-se assim a
fonte de inóculo para as epidemias. Ações de mitigação passaram a ser adotadas para assegurar a qualidade
fitossanitária do material de plantio.
Espera-se que novas questões, em outros patossistemas envolvendo espécies florestais, também
possam ser estudadas com as ferramentas aqui mencionadas. Nossa motivação maior é divulgar o uso
dessas técnicas e contribuir para a melhoria da produtividade do setor florestal brasileiro.
66
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 11
Desafios e conquistas na aplicação da tecnologia visando reduzir perdas causadas pelas doenças do
eucalipto
(Challenges and acquired benefits from technology applied to reduce losses caused by eucalyptus
diseases)
Reginaldo Gonçalves Mafia, Gizella Machado Ventura Mafia & Júpiter Israel Muro Abad
Centro de Tecnologia, Fibria Celulose S.A. 29197-900, Aracruz ES. E-mail: [email protected]
O cultivo de florestas é uma alternativa renovável e sustentável de vida, além de produtora de riquezas
para o crescimento econômico, o desenvolvimento social e para garantia da preservação ambiental. O
carbono seqüestrado pelas florestas plantadas é matéria prima para diferentes produtos, que fazem parte do
nosso dia a dia. Além de combater o aquecimento global, o cultivo de árvores pode, em um futuro próximo,
permitir também a produção de bicombustíveis e de outros recursos indispensáveis para as futuras gerações.
O setor florestal possui uma ampla e diversificada cadeia produtiva. Em 2009, por exemplo, as exportações
de produtos de florestas plantadas atingiram US$ 5,6 bilhões, totalizando 4% do total das exportações
brasileiras (ABRAF, 2010).
A formação de uma floresta de eucalipto produtiva depende da adoção de práticas adequadas de
proteção florestal. Sendo assim, o principal desafio é desenvolver e aplicar as tecnologias que visam evitar
perdas causadas pelas doenças em todo o processo, considerando o uso e a preservação da água, do solo e da
biodiversidade. Grandes avanços foram obtidos pelo uso conjunto de estratégias de melhoramento, fortemente
impulsionados pelo desenvolvimento da clonagem em larga escala e de procedimentos para avaliação do nível de
resistência. O desenvolvimento dessas tecnologias permitiu estabelecer florestas mais produtivas e resistentes à
doença, o que resultou em aumento da produtividade de 25 para 45 m3/ha/ano, em média. Atualmente, o principal
desafio é elaborar uma estratégia que permita selecionar clones resistentes a uma ampla gama de doenças e,
que ao mesmo tempo, sejam superiores em características silviculturais e tecnológicas (Assis & Mafia, 2007).
Ainda hoje é necessário conhecer melhor a variabilidade genética das populações dos patógenos e aprimorar os
métodos, a fim de reduzir o tempo e aumentar a segurança das fenotipagens. Também é fundamental desenvolver
métodos para avaliação da resistência a outras doenças, que vem se tornando importantes, em função da expansão
das áreas de plantio e do interesse por novas espécies de eucalipto.
O uso da biotecnologia no controle das doenças apresentou grandes saltos de conhecimento,
principalmente a partir da identificação e mapeamento de genes de resistência. Todavia, o uso dessas
informações, seja para transformação genética, para monitoramento da segregação dos genes de interesse,
orientação de cruzamentos e para seleção assistida, ainda não foram efetivados. Além disso, o desenvolvimento
de outras tecnologias, incluindo a seleção genômica ampla, aponta para a necessidade de novas linhas de
pesquisa, com foco em eficiência operacional e ganho genético.
O manejo integrado, sobretudo durante a fase de produção de mudas de eucalipto, onde prevalecem
condições mais favoráveis para as doenças, também pode ser apontado como modelo de eficiência e
aplicabilidade operacional. Nesse caso, os desenvolvimentos de procedimentos e das estruturas dos viveiros
resultaram em aumento de produtividade e redução das perdas causadas por doenças (Mafia, 2008). Os
viveiros apresentam capacidade produtiva média que varia de 15 a 40 milhões de mudas ao ano, com perdas
causadas por doenças que, geralmente, não ultrapassam a 1%. Atualmente, o desafio é aplicar e desenvolver
as práticas de manejo integrado em escalas produtivas crescentes.
O controle químico das doenças do eucalipto ainda enfrenta sérios problemas, principalmente pela
falta de produtos registrados. O uso de fungicidas é restrito ao controle das doenças em viveiros, ou seja,
67
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
em pequena escala, resultando em um baixo consumo desse tipo de insumo. Como reflexo, em geral, não
existe o interesse em realizar todo o processo legal para registro, assim a eucaliptocultura vira refém
da sua própria eficiência. As empresas do setor florestal e os produtores florestais têm pressionado
e contribuído para o registro de produtos, com perspectivas de desburocratização do processo,
considerando o baixo consumo e seu emprego em uma cultura não utilizada para alimentação humana. O
uso de fungicidas, além de restrito à fase mais crítica e com um maior controle da segurança ambiental,
ocorre somente em situações emergenciais e, na maioria dos casos, em respeito aos princípios e critérios
das certificações florestais, especialmente o Cerflor (Programa Nacional de Certificação Florestal) e
o FSC (Forest Stewardship Council). Como exemplo, a certificação FSC estabelece uma série de
premissas, que muitas vezes, é ainda mais restritiva quanto ao uso de agrotóxicos. Assim, é importante
estabelecer estudos para identificação constante de novos princípios ativos, ainda mais eficientes e de
menor risco ambiental e para a saúde humana.
O controle biológico de doenças do eucalipto infelizmente não passou da fase de seleção de isolados
e de alguns estudos de campo. Nesse caso, o desafio é manter a continuidade do desenvolvimento frente à
necessidade de envolvimento multidisciplinar, incluindo os conhecimentos de fitopatologia, fisiologia de
microrganismos, bem como de formulação de bioprodutos. Além disso, na prática, é comum a existência
de grandes barreiras técnicas e de gestão na transferência da tecnologia, o que tem dificultado o uso prático
desta importante alternativa.
Estudos mais recentes têm demonstrado que as mudanças climáticas podem reduzir a produtividade,
diminuir a eficácia das estratégias de manejo e alterar a distribuição geográfica das doenças. À luz
dos conhecimentos atuais, é pouco preciso definir o comportamento das doenças em relação ao futuro
clima previsto, pois além das incertezas quanto às alterações climáticas, a ocorrência e a intensidade
das doenças dependem da interação patógeno-hospedeiro-ambiente. Além disso, os métodos de análise
consideram apenas as tecnologias atualmente adotadas, sem medidas corretivas. Ademais, a mutabilidade
das populações de plantas e de patógenos podem atenuar ou até mesmo anular os efeitos negativos das
mudanças climáticas. Mesmo com essas dificuldades metodológicas, é fundamental realizar essas análises,
ainda que seja necessário redimensionar as perdas e as estratégias no futuro.
Além do grande conhecimento sobre as doenças bióticas (Alfenas et al., 2009; Ferreira & Milani,
2002), é importante um melhor aprofundamento sobre a relação de causa e efeito, bem como desenvolver
procedimentos de seleção de clones resistentes ou tolerantes aos diferentes estresses do ambiente. Como
exemplo disso, uma nova doença abiótica, designada de Distúrbio Fisiológico do Eucalipto (DVE), foi
recentemente registrada, para a qual, certamente estudos de ecofisiologia deverão ser realizados.
Para concluir sobre os desafios técnicos futuros, ainda não se conhece em bom nível de precisão, o
efeito das principais doenças sobre a produtividade e qualidade da madeira de eucalipto. Essa lacuna de
conhecimento impacta diretamente a tomada de decisão para implantação de estratégias específicas de
controle e, em muitas situações, dificulta a elaboração de justificativas para investimento em pesquisa. Do
ponto de vista de segurança fitossanitária, é importante considerar a baixa disponibilidade de informações,
especialmente de análises de risco, bem como de regulamentação quanto à introdução e disseminação das
doenças de interesse florestal.
A inovação tecnológica é um dos principais diferenciais competitivos do setor florestal. As iniciativas
pré competitivas, conduzidas de forma cooperativa entre empresas do setor e instituições de pesquisa e ensino,
resultam em ganhos de sinergia, contribuindo para o desenvolvimento da ciência e de novas tecnologias,
para formação de recurso humano e para o fortalecimento da cadeia produtiva florestal. Mais recentemente,
com a regulamentação das questões de propriedade intelectual, o estabelecimento de parcerias de pesquisa
entre empresas e universidade tem resultado em ganhos para ambos os lados, quebrando paradigmas e
consolidando o papel da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico em um novo ambiente de negócios
sustentáveis.
68
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Ao professor Francisco Alves Ferreira, carinhosamente conhecido por Xyku Ferreira ou Xyku Fungo,
os nossos sinceros agradecimentos, seja pelos ensinamentos, por todas as contribuições técnicas e científicas
ou simplesmente pela prazerosa amizade. Xyku Ferreira foi um dos pioneiros e principais responsáveis
pelo grande avanço da Patologia Florestal. O seu nome e sua obra se confundem com a própria história
da Engenharia Florestal no Brasil. Das curiosidades sobre este grande professor, lembramos da forma
diferente de escrever seu apelido Xyku, em função de seus conhecimentos de numerologia, da sua grande
paixão em criar certo tipo de pássaro e de várias histórias famosas de sua carreira. Além de mestre, sempre
será referência e lembrado pelos seus ensinamentos para a vida.
Referências bibliográficas
ABRAF: Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas. Anuário Estatístico da ABRAF: ano
base 2009. Brasília, DF. 140p. 2010.
ALFENAS, A.C., ZAUZA, E.Â.V., MAFIA, R.G., ASSIS, T.F. Clonagem e doenças do eucalipto. Editora
UFV. Viçosa, MG. 500p. 2009.
ASSIS, T.F., MAFIA, R.G. Hibridação e Clonagem. In: BORÉM, A. Biotecnologia Florestal. Viçosa, MG.
387p. 2007.
FERREIRA, F.A. & MILANI, D. Diagnose visual e controle das doenças abióticas e bióticas do eucalipto
no Brasil. International Paper. Mogi Guaçu, SP. 98p. 2002.
MAFIA, R.G. Manejo integrado de doenças: um bom exemplo florestal. In: I Encontro Brasileiro de
Silvicultura. 10 a 12 de nov. Curitiba, PR. Anais... p.163-182. 2008.
69
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 12
Advances in fungicide application technology for orchards and vineyards
Andrew Landers
Cornell University, 312 Barton Laboratory, NYSAES, Geneva, NY 14456, USA. E-mail: ajl31@cornell.
edu
Abstract
In many orchards and vineyards, canopy sprayers frequently give rise to concern as they create drift which
reduces deposition efficiency, affect off-target crops and create environmental pollution and operator
contamination. This paper details the progress to date in the development of airflow adjustment as a means
to improve deposition and reduce drift. Novel methods have been deployed in an attempt to control the
airflow resulting in up to 75% drift reduction. Methods such as adjustable fan speed, air restriction at the
air intake and the air outlet have proven to be very successful. Two novel airflow systems using louvres
have been developed to adjust air output to ensure that spray only fills the target row and doesn’t blow
through the canopy creating off-target drift. The louvres can also be adjusted as wind across the orchard or
vineyard changes, thus ensuring better deposition. GPS can be used to determine the location of the sprayer
within the field in relation to known environmental hazards such as water courses, susceptible crops and
neighbours, thus allowing airflow to be altered. GPS, in conjunction with a datalogger and flowmeters fitted
each side of the sprayer allow recording of the amount of spray being applied, very useful for management
purposes and traceability.
Introduction
The application of pesticides has been of concern for many years, particularly methods of reducing
drift and improving deposition. There are many inter-related factors which affect spray application depending
upon the target, the efficacy of the spray, the attitude of the operator, the standard of management, the weather etc.
The operation of the canopy sprayer often leaves much to be desired in orchards and vineyards. Most growers
know that there are three factors which affect application rate: forward speed, nozzle size and system pressure
but often overlook the factors which help get the spray onto the target: airflow, liquid flow, forward speed and
canopy structure. Adjusting both airflow and liquid flow to match the growing canopy as the season progresses
is the key. Knowing how much spray has been applied is very useful for farm management purposes, to ensure
every row has been sprayed and also for traceability to ensure no rows are double-dosed.
Literature review
Many canopy sprayers use some form of air assistance from fans which are frequently too large for
modern, well-pruned training systems; the large diameter fan creates too much air for the target canopy.
Ideally air volume should match the canopy volume. Air speed and volume need to be adjustable according
to the growth stage of the canopy. There are a number of simple methods a grower can adopt to do this,
such as changing PTO speed, fitting an air limiting system to the air intake or outlet or using a variable
speed hydraulic motor drive to the fan. Trials with various types of vineyard sprayers have been conducted
at Cornell University for the past decade to study how changes in fan speed affect air speed, volume and
direction (Landers 2002).
Decreasing the airflow in apple trees generally increased mean deposits close to the sprayer and
decreased those in zones furthest away from the sprayer in dwarf and semi dwarf trees whilst the lowest
70
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
airflow significantly reduced drift by 55-93%, Cross et al (2003). Trials with orchard sprayers at Cornell
University, Landers (2008) showed that adjusting airspeed can improve deposition considerably. Field trials
were conducted using a sprayer operating at two fan speeds, 2076 rpm (540 rpm PTO) and a 25% reduction
in speed at 1557 rpm (405 rpm PTO). Reducing fan speed by 25% with a slower PTO speed resulted in
75% less drift. Some manufacturers adjust the airflow by changing fan blade pitch or altering hydraulic or
electricity flow to multi-head fan sprayers.
Methodology
In the field trials described in this paper, deposition on the fruit and leaves is measured by adding a
determined quantity of Pyranine fluorescent tracer (0.05% solution) into the tank. Quality of application is
measured by picking 30 leaves from top, middle, bottom and centre of the canopy plus 5 clusters of fruit.
Fruit and leaves are stored in labelled plastic bags. 5 replications are made. A total of 50 leaf samples will be
harvested prior to the field test in order to determine the leaf area using a planimeter. Drift is measured using
pipe cleaners attached at 300mm intervals on tall (5 metre) metal poles. The extraction of deposited tracer on
the fruit, leaves and pipe cleaners is determined by washing them with an exact quantity of washing liquid
and the rinsate collected into plastic bags. The plastic bags are well shaken and remain in contact with the
washing liquid for 30 minutes. After washing, a sample of this liquid is collected and placed in a crystal tube
(cuvette) and the concentration of tracer determined by using a MicroWin fluorimeter. The volume of each
fruit cluster is determined by placing it into a beaker of water and measuring water displacement. Results
are expressed in terms of deposition by leaf surface (micrograms/cm2) and fruit volume (micrograms/ml).
Airflow adjustment in Apple Orchards
Airflow is an extremely important part of the application process and excessive use is responsible for
drift. Deposition and drift were examined in an apple orchard using a Rears tower air blast sprayer (Rears
Manufacturing Co. Eugene, OR, USA) fitted with adjustable louvres to control the air outlet, Landers and
Muise (2010). A trial was conducted in an orchard belonging to a cooperating grower, Kast Farms, Albion,
NY. In Treatment 1 we adjusted the louvres to keep the spray plume within the canopy; spray was applied
from one side of the canopy only. The test block comprised of var. Fortune apple trees in rows averaging
2.43m apart. The trunks were spaced 1.5m apart within each row and averaged 3.28m in height. The sprayer
was operated at an application rate of 561L ha-1 and traveled at a forward speed of 7.2kmh-1.
Single-sided spraying in orchards
A sprayer from Vine Tech Equipment, Prosser, WA based upon the Croplands Quantum Mist® multihead sprayer (Croplands, Adelaide, AUS) was used during a season-long trial at Lamont Fruit Farm Inc.,
Albion, NY. The sprayer utilized six Sardi® fans (three on each side). Deposition trials were conducted
along a single row at 7.2km/h in an apple orchard during 2008. The sprayer was set to apply 650 L/ha,
airflow was adjusted to keep the spray plume within the narrow canopy. The variety was Acey Mac on a
super spindle trellis. Alternate rows (every other row) were sprayed, the trees receiving spray from one side
only, all season-long.
Airflow adjustment in vineyards
The test plot for drift studies consisted of var. Vignole. The vines were spaced 1.52m apart within
each row and averaged 2.13m in height, row width was 2.4m. Trials were conducted during early, mid and
full growth stages. An Economist® air blast sprayer (Durand Wayland, La Grange, GA, USA), operated at
an application rate of 467 Lha-1 and traveled at a forward speed of 4.8kmh-1. The air outlet was retrofitted
with a “grape tower” fitted with adjustable side louvres to regulate airflow based on canopy size. Where the
air blows the droplets will surely follow. Therefore, if drift is reduced, deposition within the canopy must
71
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
be improved.
At Cornell University we have also recently developed an adjustable air outlet for both traditional
axial fan airblast and tower sprayers.
Results
Airflow adjustment in Apple Orchards
Adjusting the louvres to minimize the air outlet results in good drift reduction, Figure 3 below. Further
reductions are possible by controlling the louvre but it is often difficult to see the spray plume passing
through the trees whilst driving a large sprayer in an orchard of semi-dwarf trees.
Table1. Deposition differences within the full apple tree canopy Figure 1. Drift reduction with adjusted louvre Single-sided spraying in apple orchard
While there were reductions in spray deposition on the side opposite of the sprayer during single-sided
spraying, fruit quality was unaffected. Disease and insect inspections throughout the season showed no difference
between every row and alternate spraying. Pack-out quality remained high for the 2008 and 2009 crops.
Airflow adjustment in vineyards
An electric actuator moves an adjustable louvre allowing the operator to change air volume to match
the changing canopy and reduce drift by as much as 71% and improve deposition by 82% in vineyards in
early season application, Table 2. Where the air blows the droplets will surely follow. Therefore, if drift is
reduced, deposition within the canopy must be improved.
72
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Table 2. Adjustable airflow sprayer: Drift and Deposition in Vignole vineyard
Discussion
Precision application of pesticides in orchards and vineyards provides the grower with better crop
protection, less environmental pollution and better use of resources. The trials conducted at Cornell
University show that the use of mechanical and electrical techniques can significantly improve deposition
and reduce drift.
Airflow adjustment on orchard and vineyard sprayers improves deposition and reduces drift
significantly in early and mid season canopies, when there is often minimum canopy to intercept the spray
cloud. In full canopy the difference is less as the crop canopy is greatest and can intercept more spray.
This is also confirmed in Table 2 which shows deposition on the leaves is highest in early to mid-season
applications.
Airflow adjustment on the orchard sprayer also provided less drift when the louvres were adjusted,
Figure 1, resulting in significantly less drift, particularly in full canopy when the temptation for the operator
is to open up the airspeed and blast the spray into the denser canopy. Adjusting the louvre in early season
showed greater deposition.
Conclusions
Attention to detail allows the operator to make adjustments to the sprayer. Changing airflow direction
and volume not only improves deposition but reduces drift. Novel techniques such as adjustable louvres
allow air adjustment on the move and matches air flow to the changing canopy. Alternate row spraying
throughout the season with a multi-fan sprayer within modern trellis canopies proves to be an acceptable
practice providing the sprayer is correctly adjusted. Such a technique offers savings in time, labour and fuel
or alternatively doubles the output of the sprayer. The narrow canopy, provided by spindle plantings is a
necessity to ensure good penetration. As with all farm operations, spraying requires thorough preparation,
attention to detail, and constant vigilance if mistakes are to be avoided and an efficient application is to be
made.
Acknowledgements
The author wishes to acknowledge technical assistance from Brad Muise and Bill Larzelere and
the kind assistance of the co-operating growers, Gary Davey of Kast Farms, Albion, and Rod Farrow and
George Lamont, Lamont Fruit Farms, Lyndonville, NY. Funding for the projects described in this paper was
provided by the Viticulture Consortium-East, The New York Wine and Grape Foundation, The New York
Apple Research and Development Progam and USDA NRCS.
References
Cross, J.V., Walklate, P.J., Murray, R.A. and Richardson, G.M. 2003 Spray deposits and losses in different
sized apple trees from an axial fan orchard sprayer: 3. Effects of air volumetric flow rate. Crop Protection
Vol. 22 (2) pp381-394
73
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Landers, A. J. 2002. The Answer is Blowing in the Wind. Aspects of Applied Biology, 177-184.
Landers, A.J. 2008. Technologies for the Precise Application of Pesticides into Orchards and Vineyards
Presented at the 2008 ASABE Annual International Meeting, Providence RI, Paper No. 08-100-1, ASABE,
2950 Niles Road, St Joseph, MI 49085-9659
Landers, A.J. and Muise, B. 2010. The development of an automatic canopy sprayer for fruit crops. In:
Aspects of Applied Biology 99. International advances in pesticide application. pp. 29-34
74
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 12
Tecnologia de aplicação de fungicidas para culturas anuais
Ulisses R. Antuniassi
Faculdade de Ciências Agronômicas-UNESP, Botucatu SP. E-mail: [email protected]
1. Introdução
Do ponto de vista da tecnologia de aplicação, o tamanho de gotas e o volume de aplicação são fatores
básicos que devem ser considerados em primeiro lugar para o planejamento de uma aplicação de fungicidas.
Os demais fatores importantes, como o momento da aplicação, as condições climáticas, a recomendação
do produto e as condições operacionais devem ser considerados em conjunto para que todo o sistema esteja
ajustado, visando o máximo desempenho com o mínimo de perdas, sempre com o menor impacto ambiental
possível. De maneira geral, os fungicidas com maior ação sistêmica quando direcionados às folhas podem
ser aplicados com gotas maiores. Isto facilita a adoção de técnicas para a redução de deriva, melhorando a
segurança ambiental da aplicação e aumentando a eficiência operacional das mesmas. Se usadas de maneira
correta, gotas maiores geralmente oferecem bom nível de depósito (quantidade depositada nos alvos),
apesar de não proporcionar as melhores condições de cobertura das folhas das culturas. Para os fungicidas
de contato ou de menor ação sistêmica, o uso de gotas menores e/ou maior volume de calda é necessário,
devido a maior dependência desta técnica com relação à cobertura dos alvos. Como exemplo, se o alvo da
aplicação inclui a parte interna ou inferior das plantas, como no caso típico de uma aplicação preventiva de
fungicidas para a ferrugem da soja, é necessária uma boa penetração da nuvem de gotas e, para tanto, devem
ser usadas gotas finas ou muito finas.
2. Condições climáticas para a aplicação de fungicidas
Outra questão fundamental para o sucesso da aplicação de fungicidas é a adequação da tecnologia de
aplicação às condições climáticas. A maior parte das aplicações para o controle de doenças ocorre em épocas
em que há maior chance de restrições operacionais ao trabalho no campo. Como exemplo, é freqüente a
necessidade de aplicações de fungicidas justamente nos períodos de maior ocorrência de chuvas, onde os
horários disponíveis para o trabalho no campo (janelas de aplicação) acabam por se tornar reduzidos. Por
este motivo é comum que ocorra grande “pressão” sobre as equipes de trabalho para realizar as tarefas, o
que acaba por induzir a ocorrência de aplicações fora das condições ideais de trabalho. Uma das formas
de contornar parcialmente o problema é a adoção de um processo de otimização da escolha do tamanho de
gotas em função das condições climáticas (umidade e temperatura, neste caso), conforme descrito na Tabela
1. Nesta forma de raciocínio o princípio a ser utilizado é o da adoção da gota mais segura dentro dos limites
de cada situação. Assim, se a umidade permite uma gota muito fina, mas a temperatura indica que o melhor
seria uma gota fina, a gota maior (fina) deve ser a escolhida, por ser a mais segura para tal situação (menor
risco de perdas por deriva e evaporação). Vale lembrar, entretanto, que a necessidade de boa cobertura das
folhas pelos fungicidas deve ser prioritária para que não se coloque o tratamento em risco pela deficiência
de qualidade na aplicação. Portanto, no caso da escolha de gotas maiores, visando aproveitar melhor o
tempo disponível para o trabalho, o técnico responsável deve considerar a necessidade de aumento do
volume de calda para compensar a perda de capacidade de cobertura destas gotas maiores na pulverização.
Por fim, é preciso lembrar que para algumas aplicações o uso de gotas grossas não é recomendado, como é
o caso das aplicações de fungicidas para ferrugem da soja.
75
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Chuva e orvalho são fatores climáticos que também requerem atenção no momento do planejamento
das aplicações para o controle de doenças. No caso da chuva, recomenda-se bastante cuidado na observação
do intervalo mínimo de tempo entre a aplicação do fungicida e a ocorrência da chuva, visando permitir
o tempo mínimo para a penetração dos produtos, de acordo com as recomendações dos fabricantes. No
caso do orvalho, a presença de água nas folhas pode causar interferência na técnica de aplicação, sendo
que o risco de um eventual escorrimento pode estar ligado ao uso de espalhantes (surfactantes) na caldas.
É comum, entretanto, encontrar relatos práticos no campo de que a presença de orvalho pode ser benéfica
para a aplicação de fungicidas, devido a redistribuição dos produtos nas folhas das plantas. A aplicação
noturna apresenta vantagens no que se refere às condições climáticas (umidade, temperatura e vento
mais adequadas à aplicação de gotas mais finas), mas esta opção deve considerar a possível existência de
limitações técnicas relativas aos próprios defensivos, no que se refere às questões de eficiência e velocidade
de absorção/penetração nas situações de ausência de luz ou baixas temperaturas. Neste caso, os fabricantes
dos fungicidas devem ser consultados.
Tabela 1. Exemplo de relação prática entre as condições climáticas e a escolha do tamanho das gotas
(Fonte: Antuniassi et al., 2005).
3. Uso de adjuvantes na aplicação de fungicidas
O uso de adjuvantes de calda na aplicação de fungicidas tem se tornado muito popular, notadamente
no caso dos óleos emulsionáveis, havendo necessidade de ampla discussão sobre as reais funções destes
produtos no que se refere ao processo de aplicação.
Apesar dos óleos adjuvantes terem sido referenciados nos últimos anos como potenciais antievaporantes,
notadamente nas aplicações aéreas de fungicidas no sistema denominado BVO (baixo volume oleoso), tal
efeito não encontra respaldo na literatura e não tem sido confirmado em ensaios de laboratório. Entretanto,
é sabido que os óleos atuam no processo de formação de gotas, induzindo o aumento no tamanho médio das
gotas e a redução da formação de gotas muito finas no espectro, oferecendo desta maneira um potencial efeito
redutor de deriva. Em alguns casos o óleo pode também melhorar o espectro de gotas de uma pulverização,
reduzindo a variabilidade do tamanho das gotas produzidas.
Do ponto de vista fitossanitário, a adição de óleo na calda tem como funções principais melhorar a
penetração e adesão dos fungicidas nas folhas. Como exemplo, a maioria dos fungicidas recomendados
atualmente para ferrugem da soja inclui a necessidade de adição de óleo na calda para pulverização. O
uso de óleo para estas funções se baseia nas características lipofílicas do óleo, como solvente das ceras
e das camadas superficiais das folhas das plantas. No que se refere a esta característica, o tipo de óleo e
a concentração do mesmo deve ser referenciada por uma recomendação do fabricante do defensivo em
questão, visto que algumas formulações apresentam recomendações específicas quanto ao uso ou não de
óleo adjuvante na calda. Desta forma, óleos minerais ou vegetais, assim como aqueles formulados em
diferentes concentrações devem ser recomendados de maneira específica para cada fungicida aplicado.
É importante ressaltar, ainda, que a ação dos óleos na adesão e penetração dos produtos pode ajudar na
proteção das aplicações no caso da ocorrência de chuvas. É necessário ressaltar, entretanto, que este tipo de
efeito de adesão e penetração do ativo nas folhas pode ser obtido também com outros tipos de adjuvantes,
76
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
além dos óleos.
Em geral, óleos minerais e óleos vegetais modificados são recomendados em concentrações de até 1%,
enquanto os óleos vegetais não modificados podem ser utilizados em concentrações maiores, que podem
alcançar até 20%. As aplicações aéreas em baixo volume (até 20 L/ha) utilizam frequentemente os óleos
vegetais emulsionáveis como adjuvantes em concentrações que variam de 5 a 10% do volume de calda,
enquanto nas aplicações acima de 20 L/ha as concentrações podem variar de 1 a 5%. No caso dos óleos
minerais e dos óleos vegetais modificados, as concentrações variam de 0,25 a 1%. Ainda, há fabricantes
de fungicidas que recomendam tais óleos em doses por hectare (por exemplo, 0,5 L de óleo por ha) para as
aplicações em volumes muito reduzidos.
A substituição de óleo vegetal por mineral e vice-versa deve ser precedida de uma análise da real
necessidade do sistema de aplicação, do custo dos adjuvantes e das recomendações técnicas para o defensivo
que vai ser aplicado. Tanto os óleos minerais como os vegetais modificam o espectro de gotas reduzindo
o risco de deriva, assim como ambos têm ação penetrante e adesiva. Portanto, deve ser dar prioridade ao
atendimento das recomendações dos fabricantes dos defensivos na escolha de um ou outro tipo de óleo. É
importante ressaltar que, normalmente os óleos minerais podem ser mais fitotóxicos do que os vegetais.
Desta forma, seu uso indiscriminado em doses elevadas deve ser evitado.
4. Aplicações terrestres
As pontas de pulverização têm papel fundamental no desempenho dos pulverizadores de barras. As
gotas muito finas apresentam maior potencial de cobrir as folhas nas partes baixas das plantas, notadamente
em comparação às gotas muito grossas. Este fato evidencia a necessidade de se utilizar gotas menores
quando há necessidade de maximizar a cobertura dos alvos. Por outro lado, apesar das gotas muito finas
cobrirem melhor os alvos, elas nem sempre são responsáveis pelas melhores condições de depósito de
produto (quantidade de ativo sobre as folhas). Este fato acontece devido ao maior potencial de deriva das
gotas muito finas, comparadas às gotas médias, entre outros fatores. Por esta razão, quando a aplicação precisa
fornecer a máxima cobertura das folhas, como num tratamento com fungicida de menor ação sistêmica, a
preferência deve ser dada para as gotas mais finas. No caso de produtos de maior ação sistêmica, pode haver
vantagem no uso de gotas médias, visto que as mesmas vão aumentar a deposição (quantidade) de ativo,
notadamente pelo menor índice de deriva observado.
5. Aplicações aéreas
A retomada do crescimento do mercado de aplicações aéreas no Brasil foi significativamente
influenciada pelo advento da ferrugem da soja no início da década de 2000. O potencial de aplicação
de centenas de hectares em poucas horas, utilizando tecnologias de baixo volume a custos competitivos,
revolucionou o mercado de aplicação no país, ocasionando uma corrida por pesquisa e desenvolvimento de
técnicas que pudessem atender a estas demandas urgentes dos agricultores. Por este motivo, no início da
década muitos problemas de ineficiência de controle da doença foram observados nestas aplicações aéreas,
lançando grandes desafios para o setor. Ao longo dos anos um grande passo para a solução dos problemas
de eficiência nas aplicações aéreas de fungicidas foi a conscientização dos empresários de que a aplicação
aérea é uma atividade que demanda investimentos importantes no gerenciamento. Mesmo que a escolha
da tecnologia de aplicação seja correta, outros fatores são importantes, de maneira isolada ou em suas
interações: altura de vôo, faixa de trabalho, posição do vento e condições climáticas (umidade, temperatura
e intensidade do vento).
A gestão da disponibilidade é um dos fatores mais importantes para o sucesso da aplicação de
fungicidas por via aérea. Na maioria das vezes a aplicação nas grandes áreas ocorre como serviço aéreo
77
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
terceirizado, sendo recomendada a análise detalhada de sua disponibilidade visando a contratação das
aplicações com antecedência. Este procedimento pode garantir o ajuste correto do momento da aplicação,
fator fundamental para o sucesso do controle químico de doenças. Para tanto, é fundamental o cálculo
operacional do sistema terrestre disponível, visando definir o número de dias necessários para fechar a área.
Este procedimento ajuda a diminuir o risco da contratação emergencial, notadamente no caso de grande
probabilidade da ocorrência de chuvas.
6. Referencias Bibliográficas
ANTUNIASSI, U. R. et al. Relatórios de pesquisa FEPAF, 2009 (não publicados).
ANTUNIASSI, U. R. Tecnologia de aplicação de defensivos na cultura da soja. Boletim de pesquisa de
soja, 2007. Rondonópolis/MT: Fundação MT, v.1, p.199-215, 2007.
ANTUNIASSI, U. R. Tecnologia de aplicação para a cultura da soja In: FMT em campo: é hora de cuidar
da soja 2006. CD-ROM: Rondonópolis/MT: Fundação MT, 2006.
ANTUNIASSI, U. R., BAIO, F. H .R, BIZARI, I. R. Sistema de suporte a decisão para seleção de pontas de
pulverização em sistemas de aplicação de defensivos In: V Congresso Brasileiro de Agroinformática, 2005,
Londrina/PR. Agronegócio, Tecnologia e Inovação. Londrina/PR: SBI-Agro, 2005. v.1. p.1 - 2
ANTUNIASSI, U. R. Tecnologia de aplicação de defensivos. Boletim de Pesquisa de Soja, v.14, p.347 372, 2010.
BOLLER, W.; FORCELINI, C. A.; HOFFMANN, L. L.; CASA, R. T. Tecnologia de aplicação de fungicidas
– PARTE II. Revisão Anual de Patologia de Plantas, v.16, p.85-132, jul. 2008a.
CAMARGO, T. V., ANTUNIASSI, U. R., VEIGA, M., OLIVEIRA, M. A. P. Perdas na produtividade da
soja causadas pelo tráfego de pulverizadores autopropelidos. In: IV Simpósio internacional de tecnologia
de aplicação de agrotóxicos, 2008, Ribeirão Preto/SP. Anais. Jundiaí/SP: IAC, 2008. v.1. p.1-4.
CONLEY, S. P., Soybean management. Purdue University. Agronomy Extension. Disponível em: <http://
www.agry.purdue.edu/ext/coolbean/PDF-files/SoybeanManagement.pdf>. Acessado em: 29 mai. 2007.
DE SANGOSSE. Material de treinamento dos produtos De Sangosse, 2007.
HANNA, S., CONLEY, S., SHANER, G., SANTINI, J. Effect of Soybean Row Spacing and Fungicide
Application Timing on Spray Canopy Penetration and Grain Yield. Purdue University. Agronomy Extension.
Disponível em: < http://www.agry.purdue.edu/ext/coolbean/PDF-files/Final_Report_05.pdf>. Acessado
em: 29 mai. 2007.
78
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 13
SDH Inhibitors: Mode of action, mode of resistance and resistance management
Gerd Stammler1 & Carlos-Antonio Medeiros2
1
BASF SE, Agricultural Center, Speyerer Strasse 2, 67117 Limburgerhof, Germany; 2BASF S.A., Av.
Brigadeiro Faria Lima, 3600 - 8o andar, 04538-132 São Paulo SP, Brasil
Succinate dehydrogenase inhibitors (SDHIs) block the fungal respiration by binding to the complex
II of the respiratory chain, also known as succinate dehydrogenase (SDH). SDH is a major component
of two crucial cellular processes, the tricarboxylic cycle and the mitochondrial electron transport chain.
SDH consists of four subunits (A, B, C, D), a hydrophilic flavoprotein (A), an iron sulphur protein (B)
and two lipophilic transmembrane subunits (C and D) which are necessary to anchor the protein to the
mitochondrial membrane. Inhibitors of SDH act via the ubiquinone binding site formed by the subunits B,
C, D. All currently commercialised SDHI fungicides as well as SDHIs in late stages of development share
common structural features such as the central amide moiety essential for hydrogen-bond interactions in the
ubiquinone binding site of SDH and the aromatic ring in the aniline part ensuring optimal binding.
While early SDHIs such as carboxin are mainly active on basidiomycetes, more recent members of
this fungicidal class are also highly active against various ascomycetes and thus exhibit a much broader
biological spectrum. The developments of the recent years in SDHI research have confirmed the broad
activity of this compound class against various fruit, vine and vegetable pathogens and also revealed its
high potential against cereal diseases. As a consequence, the relevance of SDHIs for crop protection is
increasing.
A sensitivity monitoring of different target pathogens to SDHIs has been carried out in recent years.
While in most target species (e.g. Mycosphaerella graminicola, Pyrenophora teres, Rhynchosporium secalis,
Oculimacula spp., Venturia inaequalis) the sensitivity of all isolates were within the baseline range, cases of
resistance were found e.g. in Botrytis cinerea, Corynespora cassiicola, Alternaria alternata or Didymella
bryoniae. Target gene analysis of such isolates revealed mutations in the SDH-subunits B, C and D.
In B. cinerea, mutations were identified in the SDH-B subunit at the positions 225 (P225L/F/T) and
272 (H272Y/R/L/Q). Both amino acids are highly conserved across all organisms. The histidine homologous
to H272 in B. cinerea was also a hot spot of mutations in C. cassiicola, A. alternata, D. bryoniae and
in laboratory mutants of Mycosphaerella graminicola and Ustilago maydis. Mutations in the SDH-C
subunit have been found in A. alternata (H134R) and C. cassiicola (S73P) and in the SDH-D subunit in
S. sclerotiorum (H132R) and C. cassiicola (S89P). P225 and H272 of SDH-B are part of the ubiquinone
binding site. H134 of SDH-C in A. alternata and H132 of SDH-D in S. sclerotiorum are involved in the iron
coordination of heme b. Mutations at this position may result in some structural rearrangement indirectly
affecting the topology of the binding site and hence the binding affinity of SDHIs. The S73P mutation in the
SDH-C and the S89P mutation in the SDH-D subunit are also not part of the binding site and the mutations
may have indirect effects on the topology of the binding-site which may be less favourable for the binding
of SDHI.
Such data of field isolates and further findings with laboratory mutants carrying additional mutations
in the SDH subunits indicate that a number of spatially distinct mutations in the SDH can lead to a loss
of sensitivity. Due to the introduction of several new SDHI fungicides in arable crops as well as in fruit,
vine, vegetables, ornamentals and turf, appropriate resistance management strategies including extensive
monitoring studies are recommended for the target pathogens. The balance of selection pressure on a
pathogen by a fungicide and fitness costs for resistant individuals determines the occurrence and frequency
79
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
of resistant isolates in a field population. Minimization of this frequency is the objective of resistance
management strategies, which include good agricultural practice, limitation of number of applications,
alternation of fungicides with different modes of action in a spray programme, use of mixture products and
rather preventive than curative control, to keep population size low. The effectiveness of such strategies can
be measured by monitoring the sensitivity of a population with effective methods. The understanding of
resistance mechanisms and detailed knowledge about relevant mutations has facilitated the development of
high throughput monitoring assays based on molecular genetic methods. Monitoring data are summarised in
the annual meetings of the SDHI Working Group of the Fungicide Resistance Action Committee (FRAC).
Based on these data, resistance management strategies are reviewed for each crop and pathogen for a
sustainable use of SDHIs.
80
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 14
Oleic acid and glycerol-3-phosphate: two important regulators of plant defense signaling
Pradeep Kachroo
Department of Plant Pathology, University of Kentucky, Lexington, KY 40546, USA
Oleic acid (18:1) is one of the major monounsaturated fatty acids (FA) of membrane glycerolipids
and its biosynthesis is catalyzed by the soluble stearoyl-acyl-carrier-proteindesaturase (SACPD). We have
shown that changes in the levels of 18:1 results in the alteration of salicylic acid (SA)- and jasmonic
acid-mediated defense responses (Kachroo et al., 2001, 2003a, 2003b, 2004, 2005, 2007). This is evident
in the Arabidopsis ssi2 mutant, which encodes a defective SACPD and consequently accumulates high
levels of stearic acid and low levels of 18:1. Plants accumulating low levels of 18:1 exhibit enhanced
resistance to virulent pathogens, as well as avirulent viral and bacterial pathogens (Chandra-Shekara et
al., 2004, 2006, 2007; Jeong et al., 2010). Genome-wide analysis has identified at least 25 resistance (R)
genes (and R proteins) that are upregulated in the ssi2 plants in a SA-independent manner (Venugopal et al.,
2009). Normalizing 18:1 levels by second-site mutations in genes encoding a glycerol-3-phosphate (G3P)
acyltransferase (Kachroo et al., 2003a), a G3P dehydrogenase (Kachroo et al., 2004), and an acyl carrier
protein (Xia et al., 2009) restores R gene expression. We have also identified additional suppressors that
restore defense signaling without affecting 18:1 levels in ssi2 plants. For instance, simultaneous mutations
in enhanced disease susceptibility 1 and proteins governing synthesis of SA suppress R gene expression
and associated defense signaling in ssi2 plants (Venugopal et al., 2009). Detailed molecular, biochemical
and cellular characterization of these suggests that 18:1 modulates activities of certain enzymes by directly
binding to them.
Plastidial 18:1 levels are tightly regulated by G3P, an obligatory precursor of glycerolipid biosynthesis
in plants (Kachroo et al., 2004). Notably, G3P levels play a critical role in plant defense as well as pathogen
virulence (Chandra et al., 2008; Kulshrestha et al., 2011). Inoculation of Arabidopsis with Colletotrichum
higginsianum is associated with an increase in G3P levels and a concomitant decrease in glycerol levels, in
the host. Plants impaired in plastidal G3P catabolism (G3P acyltransferase, encoded by ACT1), accumulate
elevated levels of pathogen-induced G3P and display enhanced resistance. The act1 mutation also improves
resistance in hypersusceptible camalexin deficient plants. Overexpression of the host G3P generating
G3Pdh (GLY1) also enhances resistance to C. higginsianum. Correspondingly, a mutation in gly1 enhances
susceptibility to C. higginsianum. In vitro studies showed that exogenous application of G3P suppresses
the transcription of fungal G3Pdh but not the host GLY1 gene. Knock-out mutations in the fungal G3Pdh
dramatically reduces the virulence of C. higginsianum on wild-type plants, however G3Pdh-defective fungi
remained virulent on mutant hosts defective in G3P generation. Together, these results suggest a novel
and specific link between G3P metabolism in the host and pathogen during pathogenesis. This is further
substantiated by the fact that G3P is a critical mobile factor required for systemic immunity (systemic
acquired resistance; SAR) in plants. Mutants defective in G3P synthesis are compromised in SAR, and this
defect can be restored by exogenous application of G3P (Chandra et al., 2011). Exogenous G3P also induces
SAR in the absence of primary pathogen (in both Arabidopsis and soybean), albeit only in the presence of
the lipid transfer protein DIR1, which is a well-known positive regulator of SAR. Our studies suggest that
a cooperative interaction between DIR1 and G3P is required for the induction of SAR.
81
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
References
Chanda B, Venugopal SC, Kulshrestha S, Navarre D, Downie B, Vaillancourt L, Kachroo A, Kachroo
P (2008) Glycerol-3-phosphate levels are associated with basal resistance to the hemibiotrophic fungus
Colletotrichum higginsianum in Arabidopsis. Plant Physiology, 147:2017-2029.
Chandra-Shekara AC, Navarre D, Kachroo A, Kang H-G, Klessig DF, Kachroo, P (2004) Signaling
requirements and role of salicylic acid in HRT- and rrt-mediated resistance to turnip crinkle virus in
Arabidopsis. Plant Journal, 40:647-659.
Chandra-Shekara AC, Gupte M, Navarre DA, Raina R, Klessig DF, Kachroo P (2006) Light-dependent
hypersensitive response and resistance signaling against the Turnip Crinkle Virus in Arabidopsis. Plant
Journal, 45:320-335.
Chandra-Shekara AC, Venugopal SC, Barman SR, Kachroo A, Kachroo P (2007) Plastidial fatty acid levels
regulate resistance gene-dependent defense signaling in Arabidopsis. Proceedings of the National Academy
of Sciences USA, 104: 7277-7282.
Jeong R-D, Chandra-Shekara AC, Barman S Navarre D, Klessig DF, Kachroo A, Kachroo, P (2010)
Cryptochome 2 and Phototropin 2 regulate resistance protein mediated viral defense by negatively regulating
a E3 ubiquitin ligase. Proceedings of the National Academy of Sciences USA, 107:13538-13543.
Kachroo P, Shanklin J, Shah J, Whittle E, Klessig D (2001) A fatty acid desaturase modulates the activation
of defense signaling pathways in plants. Proceedings of the National Academy of Sciences USA, 98:94489453.
Kachroo A, Lapchyk L, Fukushigae H, Hildebrand D, Klessig D, Kachroo P (2003a) Plastidal fatty acid
signaling modulates SA- and JA-mediated signaling in the Arabidopsis ssi2 mutant. Plant Cell, 15:29522965.
Kachroo P, Kachroo A, Lapchyk L, Hildebrand D, Klessig D (2003b) Restoration of defective cross talk
in ssi2 mutant: Role of salicylic acid, jasmonic acid, and fatty acids in SSI2-mediated signaling. Molecular
Plant-Microbe Interactions, 11:1022-1029.
Kachroo A, Venugopal SC, Lapchyk L, Falcone D, Hildebrand D, Kachroo P (2004) Oleic acid levels
regulated by glycerolipid metabolism modulate defense gene expression in Arabidopsis. Proceedings of the
National Academy of Sciences USA, 101:5152-5157.
Kachroo P, Venugopal SC, Navarre DA, Lapchyk L, Kachroo A (2005) Role of salicylic acid and fatty acid
desaturation pathways in ssi2-mediated signaling. Plant Physiology, 139:1717-1735.
Kachroo A, Shanklin J, Lapchyk L, Whittle E, Hildebrand D, Kachroo P (2007) The Arabidopsis stearoylacyl carrier protein-desaturase family and the contribution of leaf isoforms to oleic acid synthesis. Plant
Molecular Biology, 63: 257-271.
Kulshrestha S, Dotson P, Venugopal SC, Amyotte S, Chanda B, Navarre D, Kachroo A, Kachroo P, Vaillancourt
L (2011) The NAD-dependent glycerol-3-phosphate dehydrogenase is required for pathogenicity of the
hemibiotrophic pathogen Colletotrichum higginsianum to Arabidopsis thaliana. In review.
Venugopal SC, Jeong R-D, Mandal MK, Zhu S, Chandra-Shekara AC, Navarre D, Kachroo A, Kachroo
P (2009) Enhanced disease Susceptibility 1 and salicylic acid act redundantly to regulate resistance gene
expression and low oleate-induced defense signaling. PLOS Genetics, 5:e1000545.
Xia Y, Gao Q-M, Navarre D, Hildebrand D, Kachroo A, Kachroo P (2009) An intact cuticle in distal tissues
is essential for the induction of systemic acquired resistance in plants. Cell Host & Microbe, 5:151-165.
82
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 14
Análise proteômica da interação planta x patógeno: indo além dos genes
(Proteomic analysis of plant pathogen interaction: moving beyond the genes)
Giselle de Carvalho1 & Luis Eduardo Aranha Camargo2
1
Departamento de Genética, ESALQ-USP, Piracicaba SP, Brasil; 2Departamento de Fitopatologia e
Nematologia, ESALQ-USP, Piracicaba SP, Brasil. E-mail: [email protected]
O termo “Proteoma” foi definido por Wilkins et al na década de 1990 como o “complemento de
proteínas referentes a um genoma” e desde então, passou a receber grande destaque na área conhecida como
Proteômica. Essa ciência pode ser definida como o estudo do perfil de expressão protéica, a comparação
entre esses perfis, a análise de interações proteína-proteína e determinação da estrutura 3D de proteínas de
uma célula, tecido ou organismo (Martins de Souza et al., 2008). A transferência da informação genética é
baseada na codificação de um gene para uma molécula de RNAm e posteriormente na tradução desta para
uma proteína. No entanto, vários processos que ocorrem após a tradução são responsáveis pela discrepância
entre o número de genes e o de proteínas de um dado genoma. Esses processos são primordiais para a
determinação da função, o que justifica a importância do estudo de proteomas (Salekdeh & Komatsu,
2007).
De uma maneira geral, a análise de proteomas consiste na separação, isolamento, visualização,
quantificação e identificação de proteínas de interesse. A eletroforese bidimensional (2D-PAGE) seguida
por espectrometria de massa (MS) são consideradas atualmente as ferramentas básicas da Proteômica e,
portanto, constituirão a base deste texto. O 2D-PAGE consiste numa poderosa metodologia que permite
a separação de milhares de proteínas (também chamadas de “spots”) em um único experimento (Martins
de Souza et al, 2008). Na primeira dimensão ou focalização isoelétrica (IEF – “Isoelectric Focusing”), as
proteínas são separadas de acordo com sua carga, e migram em um gel de eletroforese com gradiente de
pH até atingirem seu ponto isoelétrico. Já na segunda dimensão, as proteínas são submetidas a um gel de
eletroforese desnaturante (SDS-PAGE) e migram de acordo com sua massa molecular. Na visualização, usase rotineiramente a coloração com Coomassie Brilliant Blue (CBB) por possui baixo custo e principalmente
devido à compatibilidade com alguns métodos de identificação via MS. Já a detecção a base de prata
é mais sensível (cerca de 1 ng de proteína) do que a realizada por CBB (a partir de 8 ng), porém com
baixa reprodutibilidade e incompatibilidade com alguns métodos de MS. Entretanto, a técnica mais acurada
para quantificar proteínas é a chamada DIGE (Differential Gel Electrophoresis). Esse método consiste na
marcação de amostras protéicas com diferentes compostos fluorescentes e posterior mistura das amostras,
as quais são submetidas à migração em apenas um gel de eletroforese. Para identificação, as proteínas são
extraídas do gel, digeridas com enzimas (como a tripsina) e identificadas por MS. Os detalhes da utilização
desse sistema são discutidos por Zhang & Riechers (2008).
A aplicação da proteômica no estudo de interações oferece uma visão relacionada à expressão e
regulação do nível de proteínas durante o processo de evolução da interação planta-patógeno (Cánovas et
al., 2004). Uma das pesquisas pioneiras nessa área foi a de Konishi et al. (2001) no estudo de folhas de
Oryza sativa infectadas com Magnaporthe grisea. Alguns trabalhos enfocam o estudo da sinalização celular
através da utilização de moléculas elicitoras, como exemplo, Peck et al. (2001) analisaram células de A.
thaliana em suspensão tratadas com flagelina e quitina. Outros estudos abordam apenas a análise do perfil
protéico do patógeno ou até mesmo a investigação de subproteomas, como o trabalho desenvolvido por
83
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Jones et al. (2007) com plantas de A. thaliana inoculadas e não-inoculadas com Pseudomonas syringae.
Atualmente, existem diversos relatos na literatura relacionados a estudos de interação “in planta”,
como, por exemplo, a interação compatível entre o fungo Fusarium graminearum e Triticum aestivum
(trigo) (Zhou et al., 2006). De uma maneira geral, os trabalhos discutem que a maioria das proteínas
diferencialmente expressas presentes em genótipos resistentes está relacionada à maior quantidade dessas
em comparação com genótipos susceptíveis, e que essas proteínas podem ser divididas em 2 grandes
categorias: i) relacionadas a defesa ou estresse, e ii) enzimas associadas com o metabolismo do carbono
e nitrogênio e metabolismo secundário (Rossignol et al., 2006). As técnicas de proteômica possibilitam
o estudo de diferentes fases da interação, desde o reconhecimento (detecção de proteínas de membrana
e outras que apresentem regiões repetidas ricas em leucina - LRR); passando pela transdução de sinais
(estudos de “fosfoproteomas” e “proteoma redox”); a ativação do sistema de defesa (busca por proteínas
com regiões LRR), até a análise de subproteomas de núcleo e nucléolo (detecção de fatores de transcrição)
(Rossignol et al, 2006). Além disso, recomenda-se a leitura das revisões sobre o assunto que abordam várias
pesquisas de proteômica relacionadas ao estudo de interações planta-patógeno (Mehta et al, 2008; Quirino
et al, 2010).
Referências Bibliográficas
Cánovas FM, Dumas-Gaudot E, Recorbet G, Jorrin J, Mock HP, Rossignol M (2004) Plant proteome
analysis. Proteomics 4:285-298.
Jones AME, Thomas V, Bennett MH, Mansfield J, Grant M (2006) Modifications to the Arabidopsis defense
proteome occur prior to significant transcriptional change in response to inoculation with Pseudomonas
syringae. Plant Physiology 142:1603-1620.
Konishi H, Ishiguro K, Komatsu S (2001) A proteomics approach towards understanding blast fungus
infection of rice grown under different levels of nitrogen fertilization. Proteomics 1:1162-1171.
Martins de Souza D, Oliveira BM, Castro-Dias E, Winck FV, Horiuchi RSO, Baldasso PA, Caetano HT,
Pires NKD, Marangoni S & Novello JC (2008) The untiring search for the most complete proteome
representation: reviewing the methods. Briefings in Functional Genomics and Proteomics: 1-10.
Mehta A, Brasileiro ACM, Souza DSL, Romano E, Campos MA, Grossi-De-Sa MF, Silva MS, Franco OL,
Fragoso RR, Bevitori R, Rocha TL (2008) Plant-pathogen interactions: what is proteomics telling us? Febs
Journal 275:3731-3746.
Peck SC, Nuhse TS, Hess D, Iglesias A, Meins F, Boller T (2001) Directed proteomics identifies a plantspecific protein rapidly phosphorylated in response to bacterial and fungal elicitors. Plant Cell 13:14671475.
Quirino BF, Candido ES, Campos PF, Franco OL, Kruger RH (2010) Proteomic approaches to study plantpathogen interactions. Phytochemistry 71:351-362.
Rossignol M, Peltier JB, Mock HP, Matros A, Maldonado AM, Jorrin JV (2006) Plant proteome analysis:
A 2004-2006 update. Proteomics 6:5529-5548.
Salekdeh GH, Komatsu S (2007) Crop proteomics: Aim at sustainable agriculture of tomorrow. Proteomics
7:2976-2996.
Zhang Q, Riechers DE (2008) Proteomics: An emerging technology for weed science research. Weed
Science 56:306-313.
84
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 15
Situación taxonómica de Ralstonia solanacearum
M. J. Pianzzola Alvarez
Cátedra de Microbiología, Facultad de Química, Universidad de la República, Uruguay. E-mail: mpianzzo@
fq.edu.uy
Ralstonia solanacearum
Es el agente responsable de la marchitez bacteriana, una de las enfermedades de plantas más relevantes
a nivel mundial debido al daño que ocasiona en importantes cultivos como la papa, tomate, berenjena y
tabaco. También afecta otros cultivos como oliva, maní, jengibre y algunas malezas. Se la considera un
complejo de especies debido a su diversidad y a su amplio rango de hospederos. Es una bacteria Gram
negativa, con forma de bastón, aerobia estricta y con temperatura óptima de crecimiento entre 28 y 30 °C
(Hayward, 1964) si bien existen cepas tolerantes a climas más fríos.
Antecedentes taxonómicos
Fue descrita por primera vez en 1896 por Erwin Fink Smith quien la nombró como Bacillus
solanacearum y en 1914 como Pseudomonas solanacearum, denominación con la que se la conoció durante
mucho tiempo. La diversidad encontrada entre las cepas, llevó a que Buddenhagen et al., 1962 organizara
un sistema de razas basado en las plantas hospederas. Inicialmente se determinaron tres razas: la raza 1,
la más heterogénea y patógena que afectaba solanáceas, tomate, tabaco y bananas diploides, la raza 2
patógena sobre Heliconia y triploides de banana y la raza 3 que infectaba fundamentalmente papa, tomate y
que actualmente se determinó también infecta berenjena, geranio, repollo y varias malezas. Posteriormente
al sistema se agregaron dos nuevas razas: la raza 4 que incluye cepas patógenas para jengibre y la raza 5
que infecta el árbol de mora. Independientemente del sistema de razas, se desarrolló también un sistema de
biovares basado en la capacidad de metabolizar tres alcohol hexosas y tres disacáridos (Hayward, 1964).
Sin embargo, no existe correlación entre el sistema de razas y el de biovares a excepción de la raza 3
que concuerda bastante con el biovar 2. En 1989, utilizando la técnica de Restriction Fragment Length
Polymorphism (RFLP) se agruparon las especies de Pseudomonas solanacearum en dos divisiones que
correlacionaban con el origen geográfico de las cepas (Cook et al., 1989). La división “Americanum”
incluía los biovares 1, 2 y N2 y la divisón “Asiaticum” los biovares 3, 4 y 5. Una nueva reestructuración
taxonómica del género, modificó nuevamente la denominación por Burkholderia solanacearum (Smith)
(Yabuuchi et al.1992). Finalmente en 1995, Yabuuchi y sus colaboradores propusieron el nombre Ralstonia
solanacearum en base a análisis de secuencia del gen 16S ARNr, homología ADN-ADN y composición de
ácidos grasos.
Situación actual
Ralstonia solanacearum integra la Clase β-proteobacteria, la familia del grupo Burkholderia y el
género Ralstonia que está constituido por cinco especies, una de ellas el complejo Ralstonia solanacearum
(Denny, 2006). En 2005 Fegan y Prior propusieron un nuevo sistema taxonómico para la clasificación del
complejo de especies Ralstonia solanacearum constituido por cuatro filotipos. Basándose en la secuencia
de las regiones intergénicas 16SARNr-23SARNr, diseñaron una reacción multiplex por PCR, que permite
detectar estos cuatro filotipos simultáneamente. Estos se correlacionan con el origen geográfico de las cepas
y son compatibles con las anteriores clasificaciones. También definen secuevares a partir de las secuencias
de genes como el de la endoglucanasa, que les permiten llegar hasta subespecie. Finalmente, consideran
85
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
que se puede alcanzar una caracterización aún más fina, utilizando técnicas de fingerprinting como repPCR o AFLP. Recientemente, el secuenciado de genomas de varias cepas de R. solanacearum y estudios
de hibridación genómica comparativa han encontrado suficiente variación como para que el complejo sea
reclasificado en al menos tres grupos taxonómicos. Se ha propuesto dividir al complejo en tres especies: una
conteniendo a las cepas del filotipo II, otra agrupando a los filotipos I y III, y una tercer especie formada por
las cepas de R. solanacearum pertenecientes al filotipo IV (Remenant et al., 2010).
Reflexiones para la discusión
Actualmente en la taxonomía de Ralstonia solanacearum conviven varios sistemas diferentes que
muchas veces obstaculizan algunas tareas, como las inherentes a los programas de control. Al profundizar
el estudio de nuevas cepas surgen nuevas interrogantes. La globalización nos plantea constantemente
nuevos desafíos, quizás uno de ellos sea reflexionar sobre el mejor modo de uniformizar la taxonomía de
este complejo de especies.
Referencias Bibliográficas
Buddenhagen I.W., Sequeira L. and Kelman A. (1962) Designation of races of Pseudomonassolanacearum.
Phytopathology. 52: 726.
Cook D., Barlow E. and Sequeira L. (1989) Genetic diversity of Pseudomonas solanacearum: detection of
restriction fragment length polymorphisms with DNA probes that specify virulence and the hypersensitive
response. Mol. Plant-Microbe Interact. 2: 113-121.
Denny, T. P. (2006) Plant pathogenic Ralstonia species, p. 573-644. In S. S. Gnanamanickam (ed.), PlantAssociated Bacteria. Springer, Dordrecht, The Netherlands
Fegan M. and Prior P. (2005) How complex is the ‘Ralstonia solanacearum’ species complex? Pages 449461 in: Bacterial Wilt: The Disease and the Ralstonia solanacearum Species Complex. C. Allen, P. Prior,
and A. C. Hayward, eds. American Phytopathological Society, St.Paul, MN.
Hayward A.C. (1964) Characteristcs of Pseudomonas solanacearum. Journal of Appl. Bacteriol. 27:265–
77
Remenant B., Coupat-Goutaland B., Guidot A., Cellier G., Wicker E., Allen C., Fegan M., Pruvost O.,
Elbaz M., Calteau A., Salvignol G., Mornico D., Mangenot S., Barbe V., Médigue C. and Prior P. (2010)
Genomes of three tomato pathogens within the Ralstonia solanacearum species complex reveal significant
evolutionary divergence. BMC Genomics, 11:379.
Smith E.F. (1896) A bacterial disease of tomato, pepper, eggplant and Irish potato (Bacillus solanacearum
nov. sp.). US Dep. Agric. Div. Vegetable Physiol. Pathol. Bull. 12: 1-28.
Yabuuchi E., Kosaco Y., Oyaizu H., Yano I., Hotta H., Hashimoto Y., Ezaki T. and Arakawa M. (1992)
Proposal of Burkholderia gen. nov. and transfer of seven species of the genus Pseudomonas homology
group II to the new genus, with the type species Burkholderia cepacia (Palleroni and Holmes 1981) comb.
nov. Microbiological Inmunology. 36: 1251-1275.
Yabuuchi E., Kosaco Y., Oyaizu H., Yano I., Hotta H., Hashimoto Y., Ezaki T. and Arakawa M. (1995)
Transfer of two Burkholderia and an Alcaligenes species to Ralstonia gen. nov. - Proposal of Ralstonia
pickettii (Ralston, Palleronii and Doudoroff, 1973) com nov., Ralstonia solanacearum (Smith, 1896) com
nov. and Ralstonia eutropa (Davis, 1969) com nov. Microbiological Inmunology. 39: 897-904.
86
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 15
Systemic acquired resistance for bacterial canker disease managment in citrus
James H. Graham
University of Florida, Citrus Research and Education Center, Lake Alfred, 33850 USA. E-mail: jhgraham@
ufl.edu
Background
Asiatic citrus canker, caused by the bacterial pathogen Xanthomonas citri subsp. citri (Xcc; syn. X.
axonopodis pv. citri), is a serious disease of commercial citrus cultivars and some citrus relatives. The
pathogen causes distinctive necrotic, erumpent lesions on leaves, stems, and fruits. Severe infections can
cause a range of symptoms from defoliation, blemished fruit, premature fruit drop, and twig dieback to
general tree decline. Canker has become endemic in Florida citrus groves since a state-federal eradication
program ended in January 2006.
There are no highly effective canker disease suppression tactics for susceptible cultivars of citrus
when the crop is grown in wet subtropical areas like Florida. Copper reduces bacterial populations on leaf
surfaces, but multiple applications are needed to achieve adequate control on susceptible citrus hosts. The
protective activity of copper is diminished by wind-blown rain that introduces bacteria directly into stomata.
Therefore, copper is used in conjunction with windbreaks in South America under weather conditions
similar to those in Florida. Disadvantages for long-term use of copper bactericides include the selection
for copper resistance in xanthomonad populations and accumulation of copper in citrus soils with potential
phytotoxic and adverse environmental effects. However, other contact bactericides are not as effective as
copper because they lack sufficient residual activity to protect leaf and fruit surfaces for extended periods.
Systemic acquired resistance (SAR) is an innate plant defense that may confer long-lasting protection
against a broad spectrum of microorganisms. Plants acquire an enhanced defensive capacity against
subsequent pathogen attack as a result of induction by primary, limited pathogen infection. SAR requires
the signal molecule salicylic acid (SA) and is associated with the accumulation of pathogenesis-related (PR)
proteins, which are thought to contribute to resistance. SAR may be activated in the absence of pathogens by
treatment of plants with chemical inducers. Acibenzolar-S-methyl (ASM, Actigard® or Bion®, Syngenta
Crop Protection), a functional homolog of salicylic acid, is the most widely known commercially-produced
inducer of SAR.
Chemical induction of SAR in citrus
ASM and other commercial inducers of resistance have been extensively evaluated as a component
for plant disease control in the field, however their effectiveness for practical application in disease
management has been questioned due to variability of control. Field studies showing promise for control
of bacterial diseases have been conducted with foliar sprays of ASM either alone or in combination with
copper on tomato and pepper. For citrus, foliar application of ASM was effective against citrus canker
under greenhouse conditions, but foliar sprays of ASM combined or alternated with copper oxychloride did
not contribute to control of canker on sweet orange trees in field trials. Expression of the PR protein (β-1,3
glucanase) gene, PR-2, in citrus increased in response to ASM and isonicotinic acid (INA). However,
PR-2 response and reduction of lesions after foliar sprays was sustained for only a few weeks. Likewise,
ASM induced acidic PR-1 expression in tomato for 7 to 10 days, confirming why foliar applications at
87
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
weekly intervals are required for field control of Xanthomonas leaf spot and Pseudomonas bacterial speck
on tomato.
In citrus, soil application of the neonicotinoid, imidacloprid (IMID), involves the use of this
insecticide for citrus bacterial disease management through the control of the interaction of citrus leafminer
(Phyllocnistis citrella) with Xcc or X. alfalfae pv. citrumelonis, the cause of citrus bacterial spot in Florida
citrus nurseries. Reduction in the incidence of foliar lesions for weeks was not due to the prevention of
exacerbation of citrus bacterial spot by leafminer as foliar insecticides were applied to control leafminer
damage. Likewise, incidence of canker lesions on foliage of young sweet orange trees in the field was
suppressed for months in Brazil where foliar insecticides were applied to control leafminer. IMID breaks
down in planta into 6-chloronicotinic acid, an analog of INA which induces SAR response. In a greenhouse
pot trial, soil drenches of IMID as well as INA and ASM induced a high and persistent up-regulation of
PR-2 gene expression that was correlated with reduction of canker lesions for up to 24 weeks compared to
4 weeks for inoculated plants sprayed with ASM. Canker lesions on leaves of SAR-treated citrus seedlings
were small, necrotic, and flat compared to pustular lesions on untreated inoculated plants. Population
of Xcc per leaf was reduced 1 to 3 log units in plants treated with soil applications of ASM compared to
untreated plants (1).
Soil applications of SAR inducers at various rates and application frequencies were evaluated for
control of canker in a field trial of 3- and 4-year-old ‘Ray Ruby’ grapefruit trees in southeastern Florida.
Reduction of foliar incidence of canker produced by one, two or four soil applications of the neonicotinoids,
imidacloprid and thiamethoxam, or acibenzolar-S-methyl was compared with 11 foliar sprays of copper
hydroxide and streptomycin applied at 21-day intervals. In 2008 and 2009 crop seasons, canker incidence on
each set of vegetative flushes was assessed as the percentage of the total leaves with lesions. By the end of the
2008 season, despite above average rainfall and a tropical storm event, all treatments significantly reduced
foliar incidence of canker on the combined Spring-Summer-Fall flushes. Sprays of copper hydroxide and
streptomycin were effective for reducing canker incidence on shoot flushes produced throughout the season
compared to the untreated control, whereas soil applied SAR inducers reduced foliar disease depending on
rate, frequency and timing of application. Except for the treatment of four applications of acibenzolar-Smethyl at 0.2 g a.i. per tree or two applications of imidacloprid, SAR inducers were ineffective for reducing
foliar disease on the flushes that were present during the tropical storm. In 2009, all treatments significantly
reduced the incidence of foliar canker on the combined Spring-Summer-Fall flushes but not all treatments
of Spring-Summer flushes with SAR inducers were effective compared to the untreated control. Hence,
depending on rate, frequency and timing of application, soil-applied SAR inducers reduced incidence of
canker on foliar flushes of young grapefruit trees under epidemic conditions (2).
Transgenic enhancement of SAR in citrus
Arabidopsis NPR1 gene (AtNPR1) has been well established as a key positive regulator of SAR,
which acts downstream of the signal molecule SA. Mutations in NPR1 not only block SA-induced PR
gene expression and SAR, but also increase susceptibility to pathogens. In contrast, overexpression of
AtNPR1 in transgenic Arabidopsis enhances resistance to bacterial and oomycete pathogens. The enhanced
resistance is associated with a faster or stronger response of thetransgenic plants to pathogen infection and
the SAR signal molecule SA . Overexpression of the AtNPR1 gene or its orthologs also enhances disease
resistance in many crop plants including rice, wheat, rapeseed, tomato, and apple. Interestingly, overexpression of AtNPR1 in most plant species does not cause obvious detrimental effects on plant growth and
development, which makes AtNPR1 a workable target for genetic engineering of nonspecific resistance in
plants. Using a transgenic approach to generating ‘Duncan’ grapefruit and ‘Hamlin’ sweet orange plants
expressing AtNPR1. Over-expression of AtNPR1 in citrus increased resistance to citrus canker and that
88
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
the resistance was related with the expression levels of AtNPR1 in the transgenic plants. The lines with the
highest expression level of AtNPR1 was also the most resistant,which developed significant fewer lesions
accompanied by a ten-fold reduction in Xcc population. The lesions developed were smaller and darker
than those on the control and lacked callus formation. These lesion phenotypes resemble those on canker
resistant kumquats and canker susceptible citrus trees treated with SAR-inducing compounds. Therefore,
over-expression of AtNPR1 in citrus is a promising approach for development of more resistant cultivars
to citrus canker (3).
References
Francis, M.I., Peña, A. and Graham, J.H. 2010. Detached leaf inoculation of germplasm for rapid screening
of resistance to citrus canker and citrus bacterial spot. European Journal of Plant Pathology 124: 283–292.
Graham, J. H., and Myers, M. E. 2011. Soil application of imidacloprid, thiamethoxam and acibenzolar-Smethyl for induction of SAR to control citrus canker in young grapefruit trees. Plant Dis. 00:000-000.
Zhang, X., Francis, M. I., Dawson , W.O., Graham, J. H., Orbovic V., Triplett, E. W. and Mou, Z. 2010.
Overexpression of Arabidopsis NPR1 gene in citrus increases resistance to citrus canker. European Journal
of Plant Pathology 128:91-100.
89
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 16
Segurança Alimentar e a Inovação na Agricultura
Rosemarie de Souza Oliveira Rodrigues
Syngenta Proteção de Cultivos LTDA
A revolução verde foi um fator extremamente relevante para a sociedade como um todo e que, além
de prover alimento para toda a humanidade em quantidade e qualidade, permitiu o florescimento e crescimento de diversos países, entre eles o Brasil.
Atualmente, o desafio do Brasil no cenário mundial e no seu papel de celeiro de alimento no mundo,
é manter o seu crescimento e promover a produção agrícola e ao mesmo tempo conseguir controlar as perdas decorrentes desta atividade em céu aberto, altamente vulnerável aos diversas intempéries da natureza
– como água, nutrientes e perdas por competição devido aos insetos, plantas e fungos etc.
A inovação na agricultura depende de forte apoio do setor de pesquisa publico e privado, principalmente aquele setor que está focado nas condições do país, pois a agricultura nos países desenvolvidos já não
tem mais a mesma pujança do passado e muitas atividades de pesquisa em universidades na Europa estão
sendo desativadas.
Como vamos resolver a inovação na agricultura em nosso país na qualidade e velocidade que o nosso
agricultor necessita e focado nos sistemas tropicais?
90
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 17
The fast identification of antagonist microorganisms by MALDI-TOF ICMS technique for an effective
biological control of pathogens
Cledir Santos
Micoteca da Universidade do Minho, IBB-Institute for Biotechnology and Bioengineering, Centre of
Biological Engineering, University of Minho, Campus de Gualtar, 4710-057 Braga, Portugal. E-mail:
[email protected]
Matrix-Assisted Laser Desorption/Ionisation Time-Of-Flight Mass Spectrometry (MALDI-TOF MS)
emerged in the late 1980s as a sound technique to investigate the mass spectrometry of molecular high-mass
of organic compounds through a soft ionisation of molecules (Tanaka et al., 1988) resulting in minimum
fragmentation. Recently, MALDI-TOF MS technique has been contributed for a great increase of knowledge
in the microbial identification/characterisation. In this case the interest of the art in question is the analysis
of the intact cell. The spectrum generated is analysed as fingerprint and the technique is called MALDI-TOF
IC (Intact Cell) MS (Santos et al. 2010). In the MALDI-TOF ICMS technique the microbiological sample
is covered with a UV-absorbing organic compound called matrix leading to a crystallised mixture. Then the
crystallised sample is submitted in a vacuum system that is targeted and irradiated with a pulsed laser light
(Fig. 1). The charged matrix molecules and/or clusters, transfer protons onto the sample molecules (e.g.
peptide or proteins) in the expanding plume. The generated ions are accelerated into the TOF analyser, in
which ions are separated according to their “time-of-flight” which is a function of molecular mass to charge.
The TOF analyser determines the molecular mass to charge (m/z) ratio of ions by measuring velocities from
accelerating ions to defined kinetic energies after calibration of the instrument with molecules of known
molecular mass. The remarkable reproducibility of this technique is based on the measurement of constantly
expressed and highly abundant proteins. The usually observable molecular mass range is between 2000 and
20000 Da, where important ribosomal proteins appear, which is an advantage because these compounds
can be easily used as biomarkers.
Other advantages of this novel approach as a fast microbial identification method are the simple sample
preparation procedure, short time (few minutes) for analysis and reliability of the data and inexpensive
(basically labour only) (Dickinson et al., 2004). Additionally, MALDI-TOF ICMS offers advantages over
PCR. The method is now used in taxonomic assessments (e.g. bacteria, filamentous fungi, yeast, phages,
virus, etc.) once it is capable to identify microorganisms up to level species and, in some cases, up to strain
level. The procedure is rapid and in some cases the sample preparation does not need pre-treatment.
The time required for the pathogen inactivation is an important determinant of infection-related
mortality rates in contaminated crops. Costs associated with pathogen infections in crops could be
significantly reduced by employing new rapid identification techniques such as MALDI-TOF ICMS. In
this conference, the fast identification of antagonist microorganisms by MALDI-TOF ICMS technique will
be discussed as a reliable way for an effective biological control of microbial pathogens.
Acknowledgments
Research leading to these results received funding from the European Community’s Seventh
Framework Program (FP7, 2007e2013), Research Infrastructures Action, under grant agreement No. FP7228310 (EMbaRC project).
91
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Figue 1. Workflow to identify antagonist microorganisms by MALDI-TOF ICMS.
References
Dickinson, D.N., La Duc, M.T. Satomi, M., Winefordner, J.D., Powell, D.H., Venkateswaran, K. (2004)
MALDI-TOFMS compared with other polyphasic taxonomy approaches for the identification and
classification of Bacillus pumilus spores. J Microbiol Methods, 58, 1-12.
Santos, C., Paterson, R.M.R., Venâncio, A., Lima, N. (2010a) Filamentous fungal characterisations by
matrix-assisted laser desorption/ionisation time of flight mass spectrometry. Journal of Applied Microbiology
108, 375-385.
92
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MESA REDONDA 17
Tendências do encapsulamento de microrganismos no controle de fitopatógenos
(Trends in the encapsulation of microorganisms for controlling plant pathogens)
Luciano Avallone Bueno
Laboratório de Materiais, Departamento de Física, Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE,
52171-900, Recife PE, Brasil. E-mail: [email protected]
Fitopatógenos, tais como alguns insetos, bactérias e fungos são responsáveis por causar danos severos
a diversas culturas importantes economicamente em todo o mundo. O controle de tais pragas na maioria
das vezes é realizado utilizando agrotóxicos que podem causar danos à saúde humana e ao meio ambiente.
Visando diminuir o uso de agrotóxicos, é crescente o uso de microrganismos antagonistas combinados a um
certo tipo de agrotóxico ou até mesmo não combinados afim de combater certas doenças em plantas. Porém,
algumas dificuldades encontradas de se utilizar microrganismos contra fitopatógenos é o difícil manuseio
e armazenagem. Por isso, uma formulação que mantenha as características e propriedades do antagonista
é de fundamental importância para um controle eficiente e eficaz da doença a ser combatida. Entre os
microrganismos mais utilizados no controle de fitopatógenos, está o gênero Trichoderma. Trichoderma spp.
são importantes fungos saprófitas do solo, e várias espécies são antagônicas a outros fungos e bactérias,
incluindo fitopatógenos, principalmente aqueles com estruturas de resistência consideradas difíceis de serem
atacadas por microrganismos [1]. Como Trichoderma é um fungo cosmopolita, é capaz de crescer em uma
faixa ampla de diferentes condições ambientais e substratos. Fungos pertencentes a este gênero estão entre
os agentes fungícos de controle biológico mais estudados, e são usados com sucesso como biopesticidas e
biofertilizantes em casas de vegetação e no campo [2]. Na agricultura este fungo tem diversas aplicações
como: proteção comercial de frutas e vegetais, antagonismo contra patógenos de sementes e plantações,
biorremediação do solo [3] além de promoção do crescimento em plantas [3, 4]. O uso desses microrganismos
encapsulados leva vantagem em relação às culturas livres, visto que de forma encapsulada fica mais fácil
de armazenar, transportar e aplicar no solo. Além da facilidade no processo contínuo de culturas, fácil
separação e recobrimento dos produtos, aumento da estabilidade e tolerância dos microrganismos contra
compostos tóxicos, melhor economia devido ao reuso do material, maior concentração de biomassa no
reator [5] e liberação controlada [6]. Alguns microrganismos como Trichoderma spp. [7, 8] e Aspergillus
spp. [9] também podem aumentar a produção de enzimas quando encapsulados. Cápsulas e esferas contendo
tais microrganismos antagonistas têm se mostrado uma formulação eficaz, pois mantêm as propriedades
e características destes. Para desenvolver tais cápsulas ou esferas é preciso utilizar um material que não
seja tóxico e que não cause reatividade com o microrganismo a ser encapsulado. O encapsulamento de
microrganismos tem sido bastante utilizado dos quais podemos citar alguns deles: Trichoderma spp.,
Gliocladium virens [10], Coniothyrium minitans [11], Trichoderma harzianum [12], Trichoderma
inhamatum [13], Saccharomyces cerevisiae [14], Trichoderma reesei SAF3 [7], Aspergillus sp. HL [9]. Os
mecanismos de liberação dos materiais ativos encapsulados variam de acordo com a natureza do agente
encapsulante, sendo que normalmente ocorrem devido a: variação de temperatura e de pH, solubilidade
do meio, biodegradação, difusão, ruptura mecânica, permeabilidade seletiva e gradiente de concentração
existente em relação ao meio de liberação [15, 16]. Diante de tal panorama este trabalho visa mostrar de
uma forma geral as tendências dos procedimentos de encapsulamento de microrganismos aplicados ao
controle de fitopatógenos.
93
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
Referencias Bibliográficas
[1] MELO, I. S. Trichoderma e Gliocladium como bioprotetores de plantas. Revisão Anual de Patologia de
Plantas, Passo Fundo, v. 4, p. 261-295, 1996
[2] HARMAN, G.E., HOWELL, C.R., VITERBO, A., CHET, I., LORITO, M. Trichoderma species opportunistic, avirulent plant symbionts. Nat Rev Microbiol 2, 43-56, 2004
[3] VERMA, M., BRAR, S.K., TYAGI, R.D., SURAMPALLI, R.Y., VALéRIO, J.R. Antagonistic fungi,
Trichoderma spp.: Panoply of biological control. Biochemical Engineering Journal 37:1-20, 2007
[4] VINALE, F. D’AMBROSIO, G ABADI, K. SCALA, F. MARRA, R. TURRà, D.WOO, S.L. LORITO,
M. Application of Trichoderma harzianum(T22) and Trichoderma atroviride (P1) as plant growth promoters,
and their compatibility with copper oxychloride. Journal of Zhejiang University Science 30:2-8, 2004
[5] DEVARKOS, G.A., WEBB, C. On the merits of viable - cell immobilization. Biotech Adv 9:559-612,
1991
[6] BASHAN Y. Inoculants for plant growth-promoting bacteria in agriculture. Biotechnol Adv 16:729770, 1998
[7] KAR, S. MANDAL, A. MOHAPATRA, P.K.D. SAMANTA, S. PATI, B.R. MONDAL, K.C. Production
of xylanase by immobilized Trichoderma reesei SAF3 in Ca-alginate beads. J Ind Microbiol Biotechnol
35:245-249, 2008
[8] EL-KATATNY, M.H., HETTA, A.M., SHABAN, G.M., EL-KOMY, H.M. Improvement of cell wall
degrading enzymes production by alginate encapsulated Trichoderma spp.. Food Technol. Biotechnol. 41
(3) 219-225, 2003
[9] REYES, N. RIVAS-RUIZ, I., DOMíNGUEZ-ESPINOSA, R., SOLíS, S. Influence of immobilization
parameters on endopolygalacturonase productivity by hybrid Aspergillus sp. HL entrapped in calcium
alginate. Biochemical Engineering Journal 32:43- 48, 2006
[10] LEWIS J.A, PAPAVIZAS G.C. Characteristics of alginate pellets formulated with Trichoderma spp
and Gliocladium virens and their effect on the proliferation of the fungi in soil. Plant Pathology 34:571-577,
1985
[11] MORETINI, A., MELO, I.S. Formulação do fungo Coniothyrium minitans para o controle do mofobranco causado por Sclerotinia sclerotiorum. Pesq. agropec. bras., Brasília, v.42, n.2, p. 155-161, 2007
[12] MELO, I.S., COSTA, F.G. Desenvolvimento de uma formulação granulada a base de Trichoderma
harzianum para controle de fitopatógenos. Comunicado Técnico 31, Jaguariúna, ISSN 1516-8638, 2005
[13] MAFIA, R.G., ALFENAS, A.C., MAFFIA, L.A., VENTURA, G.M., SANFUENTES, E.A.
Encapsulamento de Trichoderma inhamatum para o controle biológico de Rhizoctonia solani na propagação
clonal de Eucalyptus. Fitopatologia Brasileira 28:101-105, 2003
[14] LIOUNI, M., DRICHOUTIS, P., NERANTZIS, E.T. Studies of the mechanical properties and the
fermentation behavior of double layer alginate-chitosan beads, using a Saccharomyces cerevisiae entrapped
cells.World J. Microbiol. Biotechnol. 24:281-288, 2008
[15] BAKAN, J. A. Microencapsulation of foods and related products. Food Technology, Chicago, v. 27, n.
11, p. 34-44, 1973
[16] BRANNON-PEPPAS, L. Controlled release in the food and cosmetics industries. In: Polymeric delivery
systems: properties and applications. Oxford: Oxford University Press. chapter 3, p. 42-52., 1993.
94
Mini Curso
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
MINI CURSO 1
Identificação e controle de fitoplasmas
Paulo Sergio Torres Brioso
Laboratório Oficial de Diagnóstico Fitossanitário, Área de Fitopatologia, DEF/IB/ UFRRJ, 23851-970,
Seropédica RJ, Brasil. E-mail: [email protected]
Histórico
A etiologia das enfermidades induzidas por fitoplasma foi elucidada por Doi et al., em 1967, que
observaram procariontes nos tubos crivosos do floema de plantas. Inicialmente, os estudos basearam-se
na sintomatologia e em testes biológicos, seguidos de microscopia eletrônica e técnicas moleculares. No
Brasil, o estudo de tais doenças iniciou em meados do século XX, quando se acreditava em provável
etiologia viral. Em 1994, E.W. Kitajima, com a colaboração de R.E. Davis (USDA/EUA), organizou o curso
“Caracterização e detecção de organismos do tipo micoplasma”, na UnB, formando recursos humanos
nessa área.
Definição, componentes moleculares e localização na planta: os
fitoplasmas
são
parasitas
obrigatórios, procariontes, gram positivos, sem parede celular, com formas arredondadas, filamentosas e
pleomórficas, tamanho reduzido (100-1000 nm), com um único gene tRNA junto ao espaçador intergênico
16S-23S, codificando isoleucina. Estão associados principalmente ao floema.
Doenças causadas por fitoplasmas no Brasil e quarentenárias: São relatadas em 32 famílias (pelo menos
71 espécies vegetais), distribuídas em vários Estados. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) estabelece e divulga as Pragas Quarentenárias (incluindo fitoplasmas) para o país.
Sintomatologia
Dependendo da hospedeira, do patógeno e das condições ambientais, as plantas apresentam
anormalidades no desenvolvimento e no crescimento, amarelecimento, podridão seca, esterilidade de
flores, necrose de floema, “dieback”, declínio generalizado, clorose, enfezamento, virescência, filoidia,
enrolamento foliar, superbrotamento, coloração heterogênea e alterações cromáticas. O tempo para o
aparecimento de sintomas é variável, podendo chegar a 24 meses. Pode haver remissão temporária dos
sintomas, seguido de declínio generalizado e morte da planta.
Danos: Dependem do genótipo da planta, do isolado do patógeno, da presença e eficiência de transmissão
do vetor, da incidência de plantas afetadas e das condições ambientais. As doenças podem ser destrutivas,
acarretando alterações nas plantas, perda total das colheitas ou do efeito paisagístico, em especial em países
de clima tropical.
Aspectos relacionados ao genoma: O tamanho do DNA varia de 600-1200 kb, com 500-840 genes.
Dependendo da espécie, o DNA cromossômico apresenta forma circular ou linear, um a quatro ou nenhum
DNA extracromossômico e 21-28 % teor de bases G+C. Quatro espécies de fitoplasmas já tiveram o genoma
completo seqüenciado.
Métodos de detecção e de diagnose: Baseiam-se no quadro sintomatológico associado a diversas técnicas
(testes biológicos, microscopia de fluorescência, microscopia eletrônica, sorologia, imunomicroscopia,
96
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
imunofluorescência, testes moleculares). Como os fitoplasmas têm uma sequência comum e específica
na região do gene 16S rRNA, têm sido desenvolvidos primers, universais ou específicos, a determinadas
espécies/grupos de fitoplasmas, facilitando a sua detecção e identificação.
Taxonomia
Estão inseridos no Domínio Bacteria, Reino Firmicutes, Filo Terenicutes, Classe Mollicutes, Ordem
Acholeplasmatales, Família Acholeplasmataceae, Gênero Candidatus Phytoplasma, Espécie Candidatus
Phytoplasma sp. Neste sistema, os Candidatus Phytoplasmas sp. são classificados de acordo com a sequência
nucleotídica do gene 16S rRNA. Há 28 espécies e, pelo menos, 15 em fase de reconhecimento. Outro
sistema classifica os fitoplasmas em grupos e subgrupos baseado no “finger print” (PCR–RFLP) de um
segmento do gene que codifica o 16S rRNA. São reconhecidos 30 grupos principais com seus subgrupos.
No Brasil, há registro de fitoplasmas dos grupos 16S rRNA I, II, III, VII, IX, XIII, XV e outros ainda não
determinados.
Inseto vetor: Os fitoplasmas são transmitidos por Hemípteros, das subordens Auchenorrhyncha (cigarrinhas)
e Sternorrhyncha (psilídeos). Dependendo da espécie, o fitoplasma pode sobreviver em ovos, ninfas e
nos insetos vetores adultos, podendo se multiplicar em alguns órgãos. Simbiontes procariontes têm papel
importante na transmissão transovariana de fitoplasmas.
Estratégias de controle: No Brasil, o conhecimento epidemiológico das doenças atribuídas a fitoplasmas é
mínimo. As estratégias de controle devem ser estabelecidas a partir de uma diagnose e taxonomia seguras e
eficientes. Com o credenciamento pelo MAPA dos Laboratórios de Diagnóstico Fitossanitário, foi dado um
grande passo nesse sentido. Aliam-se a isto, as principais medidas de controle (exclusão, erradicação, evasão,
proteção, imunização, terapia e controle biológico). Tais medidas devem ser utilizadas, preferencialmente,
de forma integrada e direcionadas às características da cultura e da região. À medida que sejam geradas
informações do genoma dos fitoplasmas e de suas relações moleculares com os insetos vetores, é possível
que plantas transgênicas resistentes aos fitoplasmas e/ou aos insetos vetores sejam desenvolvidas.
Exemplos brasileiros de sucesso parcial/ total de controle de fitoplasma e inseto vetor: Embora
poucos trabalhos tenham sido realizados, são exemplos de sucesso: Enfezamento Vermelho do milho,
Superbrotamento ou Irizado do chuchuzeiro, Podridão Seca do coqueiro e Amarelecimento Fatal do
dendezeiro.
Referências Bibliográficas
Brioso, PST, Montano, HG (2002) Fitoplasmas no Brasil. In: Poltronieri, L.S, Trindade, DR (Eds.) Manejo
integrado das principais pragas e doenças de cultivos amazônicos. Belém, Pará. Embrapa Amazônia
Oriental. pp.165-180.
Brioso, PST, Montano, HG, Trindade, DR, Poltronieri, LS, Furlan Júnior, J (2008) Etiologia do
amarelecimento fatal do dendezeiro. In: Poltronieri, LS, Trindade, DR, Santos, IP (Eds.) Pragas e doenças
de cultivos amazônicos. Belém, Pará. Embrapa Amazônia Oriental. p.325-350.
Brioso, PST, Montano, HG, Trindade, DR, Poltronieri, LS, Barcellos, E., Veiga, AS, Furlan Júnior, J
(2003) Fitoplasma do grupo 16S rRNA I associado ao Amarelecimento Fatal de Elaeis guineensis. Summa
Phytopathologica 29(1):81.
Brioso, PST, Pozzer, L, Montano, HG, Pimentel, JP (2001) Uso atual e futuro da biologia molecular na
97
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
fitopatologia. Parte I - Aplicação em fitopatógenos e vetores. Revisão Anual de Patologia de Plantas 9:79118.
Cousin, MT (1995) Phytoplasmes et phytoplasmoses. Agronomie 15:245-264.
Davis, RE (1995) Fitoplasmas: fitopatógenos procarióticos sem parede celular, habitantes de floema e
transmitidos por artrópodes. Revisão Anual de Patologia de Plantas 3:1-27.
Kitajima, EW (1994) Enfermidades de plantas associadas a organismos do tipo micoplasma. Revisão Anual
de Patologia de Plantas 2:153-174.
Weintraub, PG, Jones, P (2010) Phytoplasmas. Genomes, Plant Hosts and Vectors. Wallingford UK. CAB
International.
98
Resumos Bacteriologia
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
76
Silício coloidal e silicato de potássio no controle da mancha bacteriana do tomateiro em casa de
vegetação
(Colloidal silicon and potassium silicon in the control of tomato bacteria spot in green house)
Anjos, T.V.1, Fagiani, C.C.2, Tebaldi, D.T.3
1
Discente em Agronomia, 2Técnico de Laboratório, 3Professora Adjunto, Universidade Federal de Uberlândia,
Instituto de Ciências Agrárias. E-mail: [email protected]
A mancha bacteriana causada pela bactéria Xanthomonas spp., provoca perdas na produtividade e qualidade
do tomateiro sendo amplamente difundida no país e encontrada praticamente em todas as regiões produtoras
de tomate. O controle químico para essa bacteriose, em muitos casos, não tem sido eficiente e a utilização
do silício na proteção de plantas à penetração do patógeno tende a reduzir a incidência de doenças. O
objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do silício coloidal e do silicato de potássio na redução da severidade
da mancha bacteriana no tomateiro. Plantas de tomate da cv. Santa Cruz Kada com 3 a 4 folhas foram
pulverizadas com uma solução de silício coloidal e silicato de potássio nas concentrações 0, 10, 20, 30, 40
e 50 g/L em casa de vegetação. Três dias após foi feita a inoculação por aspersão da suspensão bacteriana
(109 UFC/mL) do isolado UFU A35 de Xanthomonas spp. As plantas foram mantidas em câmara úmida 24
h antes e após a inoculação. O experimento foi em blocos casualizados com 4 repetições, sendo considerado
como unidade experimental, 1 vaso contendo 2 plantas. A avaliação da severidade da doença foi feita
através da escala diagramática com cinco níveis de severidade, 1, 5, 15, 25 e 50%. O silicato de potássio nas
doses 40 e 50 g/L reduziu a severidade da mancha bacteriana do tomateiro, no entanto, não houve controle
da doença com o uso de silício coloidal.
Apoio: FAPEMIG, PROPP UFU.
100
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
94
Uso de Pseudomonas syringae pv. tagetis como agente de controle biológico de Ambrosia psilostachya
(Use of Pseudomonas syringae pv. tagetis as a biological control agent of Ambrosia psilostachya)
Álvarez-Cruz. J. J.1; Nunes-Leite, L.2; León-Arellano, C. D. I.1; Quintero-Echeverría I.1; SerretLópez, M.1
1
Laboratorio de Bacteriología Agrícola/Departamento de Parasitología Agrícola/ Universidad Autónoma
Chapingo, CP56230, Chapingo, Edo. Méx., México 2 Laboratório de Ecofisiologia Vegetal/Instituto
de Biologia/Universidade Federal de Uberlândia, CEP38400-902, Uberlândia, MG, Brasil. E-mail:
[email protected]
Este trabalho foi realizado procurando uma alternativa ao uso de produtos químicos no controle de
plantas infestantes. Testou-se a eficácia de Pseudomonas syringae pv. tagetis no controle de Ambrosia
psilostachya. Plantas de Tagetes micrantha foram coletadas com sintomas da presença de P. syringae
pv. tagetis. Externamente, os cortes com sintomas foram desinfetados e suspensos em tubos de ensaio
com água estéril e agitados até que uma suspensão bacteriana se apresentasse, opaca e esbranquiçada. O
isolamento, purificação e multiplicação do isolado bacteriano se deram em meio B de King. Foram aplicados
três tratamentos: suspensão bacteriana com surfactante Tween, suspensão bacteriana sem surfactante e o
controle com água estéril. Plântulas de A. psilostachya foram inoculadas por meio da pulverização dos
tratamentos com pulverizador manual e mantidas em csa de vegetação. A concentração das suspensões
bacterianas foi de 3 . 108 UFC mL-1. Algumas das plantas apresentaram sintomas de clorose e redução do
crescimento apical dez dias após a primeira inoculação, no entanto, não houve diferença significativa entre
os tratamentos quanto à altura da plantas. Todas as plantas inoculadas apresentaram sintomas da doença.
Qualitativamente, o tratamento mais eficaz foi a suspensão bacteriana com surfactante.
Apoio: FAPEMIG.
101
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
119
Identificação de uma sequência de inserção em Xanthomonas axonopodis pv. Malvacearum
(Identification of an insertion sequence in Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum)
Lelis, F.M.V.1; Souza, R.M.2; Figueira, A.R.3
1,2,3
DFP/UFLA. E-mail: [email protected]
Bactérias possuem em seu genoma grande quantidade de sequências de inserção (IS) e outros elementos
transponíveis, sendo este um dos fatores pelo qual o genoma bacteriano é considerado dinâmico. O objetivo
do trabalho foi investigar a presença de uma IS no isolado tipo de Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum
(Xam). Foram utilizados 19 isolados de Xam. O DNA total foi extraído seguindo a metodologia descrita por
Ausubel et al. (1992). Em seguida foi feita PCR utilizando primer específico (Lelis, 2009) e purificação com
kit comercial. Os fragmentos de DNA purificados foram seqüenciados pela empresa Macrogen, na Coréia
do Sul. As sequências de nucleotídeos dos fragmentos de DNA obtidas de cada isolado foram comparadas
entre si e com outras sequências disponíveis no GenBank, utilizando-se os programas CLUSTAL W e
BLAST, respectivamente. Para análise da IS foi utilizado o programa ‘IS Finder’ (Siguier et al., 2006),
correspondente ao banco de dados dedicado às sequências de inserção bacterianas. Foi observada a presença
de uma IS no isolado tipo de Xam, pertencente à família IS3, subgrupo IS407. Este elemento está inserido no
gene XAC0316 que codifica um regulador transcricional da família LysR. Outras bactérias fitopatogênicas
também possuem ISs que fazem parte desta mesma família e mesmo grupo. Outros trabalhos estão sendo
realizados para descobrir se esta IS é exclusiva de Xam, qual seria este regulador transcricional em Xam e
se a inserção do elemento causou perda de função no gene.
Apoio: FAPEMIG, CNPq.
102
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
214
Moléculas de natureza proteica sintetizadas por dois Bacillus spp. como potenciais eliciadoras de
indução de resistência em tomateiro contra Xantomonas vesicatoria
(Synthesis of molecules protein by two Bacillus spp. as pontential elicitors of inductor resistance in tomato
against Xantomonas vesicatoria)
Lanna Filho, R.¹; Souza, R. M.2, Villela, L. S.3; Zanotto, E.4; Murad, M. M.5
1,2,3,4
Universidade Federal de Lavras – Fitopatologia; 5Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA. E-mail:
[email protected]
O presente estudo objetivou investigar a ação de moléculas de natureza proteica sintetizadas pelas bactérias
endofíticas B. pumilus e B. amyloliquefaciens como eliciadoras de indução de resistência em tomateiro
contra X. vesicatoria (Xv). Os antagonistas foram cultivados em meio mínimo (Simmons modificado)
líquido até o ponto de inflexão da fase exponencial de crescimento, as células removidas por centrifugação
(10.000 × g por 15min.) e o sobrenadante concentrado por liofilização, submetido à diálise (ponto de corte
= 12kDa) contra tampão PBS (0.1 M; pH 7.0; 4oC) e filtrado (0.22 μm). O sobrenadante (2 mL; 2 mg.mL-1
de proteínas totais) foi aplicado em coluna de cromatografia (Sephacryl S-300 HR; 60 x 2 cm) equilibrada
com PBS (0.1 M; pH 7.0) com fluxo contínuo de 15 gotas.min.-1 (equivalente a 0.37 mL.min.-1). As frações
coletadas tiveram sua concentração proteica monitorada (A = 280nm). Aquelas com maior concentração de
proteína foram pulverizadas (1 mg.mL-1) em tomateiro com 10 dias de idade. Paralelamente foi realizada
a pulverização de suspensões de células (A540 = 0.3) das endofíticas, ASM (0.05 g.L-1 água) e PBS (0.1 M;
pH 7.0). Quatro dias depois, plantas foram inoculadas com Xv (A540 = 0.2). A concentração das enzimas
peroxidase (POX) e Polifenol-oxidase (PPO) nos tecidos foi avaliada em coletas de plântulas realizadas em
intervalos de 24h. Os resultados mostraram que as frações 42 (BAP2) e 75 (BPP2) apresentaram atividade
biológica em plantas, reduzindo a severidade da mancha bacteriana e aumentando a concentração de POX
e PPO.
Apoio: FAPEMIG, CNPq.
103
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
215
Biocontrole mediado por dois Bacillus spp. endofíticos contra Pseudomonas syringae pv. tomato NS4,
Gfp-Marcada, em filoplano de tomate
(Biocontrol mediated by two endophytic Bacillus spp. against Pseudomonas syringae pv. tomato strain
NS4 expressing gfp gene, on tomato phylloplane)
Lanna Filho, R.¹; Souza, R.M.2; Alves, E.3
¹Universidade Federal de Lavras – Fitopatologia. E-mail: [email protected]
O presente estudo objetivou investigar o efeito antagônico das bactérias endofíticas Bacillus pumilus e
Bacillus amyloliquefaciens contra a fitobactéria P. syringae pv. tomato NS4 sobre filoplano de tomate. Para
estudos em filoplano, plantas com quinze dias de idade foram pulverizadas (A540 = 0,2) com as bactérias
endofíticas e após quatro dias inoculadas (A540 = 0,2) com P. s. pv. tomato NS4. Em seguida, folíolos foram
coletados em intervalos de 24h, pesados (3g), adicionados em frascos com 100 mL de tampão PBS (0,1 M,
pH = 7,0; 0,05% Tween-80) e sonicados (60 Hz/8 min.). O extrato foi semeado em meio 523 suplementado
com cicloeximida e cefalexina, ambos com 50 mg.mL-1. Adicionalmente, discos de 1 cm de diâmetro foram
removidos de folíolos, montados em lâminas com 30% (v/v) de glicerol e observados em microscopia de
epifluorescência (Axio Observer Z1). Os ensaios em filoplano contaram com três repetições para cada
antagonista e a P. s. pv. tomato NW (selvagem) foi utilizada como tratamento adicional para observação do
comportamento do isolado NS4 gfp-marcado. Os resultados demostraram que os antagonistas reduziram
eficientemente a população do NS4 em filoplano, o que ficou comprovado com a observação em microscopia
de epifluorescência, que revelou a presença de poucas células da fitobactéria em filoplano.
Apoio: FAPEMIG, CNPq.
104
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
216
Detecção de Xanthomonas fragariae em folhas de morangueiro injuriadas por geada
(Detection of Xanthomonas fragariae from strawberry leaves damaged by frost)
Nunes-Leite, L.1; Sánchez-Galván, J. P.2, Oliveira, R. C. 1
Laboratório de Ecofisiologia Vegetal/Instituto de Biologia/Universidade Federal de Uberlândia, CEP38400902, Uberlândia, MG, Brasil. 2Laboratorio de Bacteriología Agrícola/Departamento de Parasitología Agrícola/
Universidad Autónoma Chapingo, CP56230, Chapingo, Edo. Méx., México. E-mail: rayssacamargo@
yahoo.com.br
1
Xanthomonas fragariae (Kennedy & King, 1962) é o agente causal da mancha angular bacteriana das
folhas do morangueiro e possui a capacidade de manter-se viável mesmo sob baixas temperaturas. Em
virtude do clima frio de outono no altiplano mexicano, geralmente as folhas danificadas por geadas são
deixadas nas lavouras sob o solo, servindo de inóculo primário para o próximo cultivo de primavera. O
objetivo desse trabalho foi averiguar a presença de X. fragariae viável em folhas queimadas por geadas
coletadas em campo infestado pela referida bactéria. Para tanto, folhas coletadas foram limpas com jato
de ar e maceradas em almofariz com agua destilada. A suspensão obtida foi diluida em água estéril e, com
auxílio de alças de repicagem, foi usada na inoculação de placas de Petri com meio Ágar Nutriente, tendo
estas sido, então, incubadas a 28°C por 96 horas. Após o aparecimento das colônias, estas foram purificadas,
e as colônias jovens obtidas submetidas às provas de metabolismo da glicose, degradação de amido, meios
com 0,01 e 0,1% de cloreto de trifenil tetrazólio, produção de ácido sulfídrico, teste de hipersensibilidade
em fumo e podridão em batata, com o objetivo de determinar a presença de X. fragariae. A bactéria foi
detectada, por meio dos testes mencionados, em 16 das 20 amostras analisadas, confirmando a importância
de folhas danificadas por geadas como fonte de inóculo da doença para os próximos ciclos de produção do
morangueiro.
Apoio: FAPEMIG.
105
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
228
Fingerprinting genômico de isolados brasileiros de Xanthomonas citri subsp. malvacearum por repPCR
(Rep-PCR genomic fingerprinting of brazilians strains of Xanthomonas citri subsp. malvacearum)
Xavier, A. S.1 ; Oliveira, J. C.2 ; Albuquerque, G. M. R.2 ; Souza, E. B.2 ; Mariano, R. L. R.2
1
DFP/UFV; 2DEPA/UFRPE. E-mail: [email protected]
Dentre as doenças do algodoeiro, a mancha angular (Xanthomonas citri subsp. malvacearum - Xcm) tem
grande importância no cenário da cotonicultura mundial, causando prejuízos na qualidade da fibra, além
de redução na produtividade. Para ampliar o conhecimento acerca da diversidade genética do patógeno
disseminado pelas regiões algodoeiras do Brasil, 100 isolados foram analisados por rep-PCR. Um total
de 57, 41 e 20 perfis genômicos isolado-específicos foram identificados através de REP, ERIC e BOX,
respectivamente, com fragmentos variando de 0,2 a 3,0 kb. Um total de 24 fragmentos reprodutíveis foi
observado para REP, 28 para ERIC e 21 para BOX. A variação entre os perfis genômicos foi pequena, e a
análise de agrupamento pelo método UPGMA revelou baixa variabilidade genética com base na distribuição
dos elementos repetitivos na população de Xcm. Ao nível de 78% verificou-se a formação de dois grupos
grandes, três grupos menores com 2-6 isolados e grupos constituídos por um único isolado. Isolados de
diferentes cultivares de algodão e diversas origens foram encontrados dentro dos dois grupos maiores. Os
resultados sugerem uma fonte de inóculo comum para a maioria dos isolados das regiões cotonicultoras
brasileiras, onde se podem considerar os isolados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia como
subpopulações mescladas pelo fluxo gênico favorecido pelo intercâmbio da semente, que é o único material
propagativo da cultura. Essa homogeneidade na população não impede a inferência dos distintos perfis
genômicos como indícios da movimentação por conversão gênica desses “DNAs egoístas” e a provável
contribuição desse evento estocástico em gerar graus de adaptabilidade na população de Xcm, considerando
as supostas funções atribuídas aos elementos repetitivos e sua conservação ao longo de centenas de milhões
de anos no cromossomo das eubactérias.
Apoio: CNPq, FAPEMIG.
106
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
249
Avaliação da sensibilidade de Pseudomonas syringae pv. tomato a antibióticos
(Evaluation of the sensibility of Pseudomonas syringae pv. tomato to antibiotics)
Amaral, L. S.1, Basso, M. F.1, Cavalcante, G. P.1, Raimundi, M. K.1, Oliveira, J. R.1.
1
Universidade Federal de Viçosa/ UFV. E-mail: [email protected]
O uso de antibióticos em Fitopatologia é importante na constituição de meios de cultura seletivos utilizados
para cultivo e detecção de fitopatógenos. Este trabalho teve como objetivo avaliar a sensibilidade de
Pseudomonas syringae pv. tomato (Pst), bactéria causadora da pinta bacteriana do tomateiro, a diferentes
antibióticos, em diferentes doses, e se houve interação entre antibiótico e dose. Após crescimento de Pst em
meio 523 de Kado & Heskett (1970) líquido, ajustou-se a concentração da bactéria para 0,1 (OD=600nm)
e pipetou-se 198µl da suspensão para placa de ELISA estéril. Foram pipetados 2µl de cada antibiótico, a
saber, amoxicilina, gentamicina, tetraciclina, neomicina, norfloxacina, estreptomicina e eritromicina, nas
concentrações de 1 e 10mg/ml, com 3 repetições para cada tratamento. O controle positivo foi a suspensão
de Pst (200µl) e o branco 200µl do meio líquido. A leitura do crescimento bacteriano foi feita 24h após
as pipetagens em leitora de placas de ELISA com filtro de 648nm, e foi usado o teste de Tukey a 5% de
significância para avaliação dos dados. Houve diferença estatística entre os antibióticos e entre as doses.
Houve interação entre antibiótico e dose. Amoxicilina a 1mg/ml permitiu o crescimento de Pst, podendo
ser utilizado em meio seletivo para esta bactéria, se inibir o crescimento de outras bactérias. Concentrações
menores dos outros antibióticos devem ser testadas a fim de verificar se também podem ser usados em
meios seletivos para Pst.
Apoio: CAPES, FAPEMIG.
107
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
250
Clonagem de fragmentos genômicos de duas estirpes da bactéria do huanglongbing dos citros para
uso como controle positivo em testes diagnósticos por PCR
(Genomic fragments cloning of two strains of the citrus greening bacterium for use as positive control in
PCR diagnostic tests)
Ribeiro, D. H.1; Silva, G. M. 1; Lelis, F. M. V. 1; Ferro, H. M. 1; Souza, R. M. 1; Figueira, A. R1.
1
DFP/UFLA. E-mail: [email protected]
Candidatus Liberibacter americanus e Candidatus Liberibacter asiaticus são responsáveis por uma das
mais severas doenças encontradas nos citros, o Huanglongbing (HLB) ou Greening, diagnosticada no
Brasil em 2004 e desde então têm causado sérios danos à citricultura do país. O diagnóstico preciso em
materiais de propagação ou em plantas nos pomares é uma importante medida para o controle da doença. A
utilização de primers específicos na técnica da PCR para a detecção das estirpes bacterianas responsáveis
pela doença no Brasil permite o monitoramento adequado para que a bactéria não chegue em áreas antes
isentas do patógeno, subsidiando as medidas de erradicação da doença. Entretanto, o uso de controles
positivos nas metodologias de diagnose via PCR é necessário para conferir uma margem de segurança
aos testes, impedindo a emissão de laudos com falsos negativos, devido a alguma falha de metodologia.
Para tanto, o DNA bacteriano foi extraído de folhas de citros naturalmente infectadas e utilizado na PCR
multiplex com primers específicos para as duas estirpes. Após a confirmação positiva da presença das
bactérias, os fragmentos de DNA correspondentes a cada espécie foram purificados e clonados com kits
comerciais, sendo a clonagem confirmada na utilização dos plasmídeos clonados com os fragmentos de
DNA como templates no teste da PCR. Os controles positivos referentes a cada bactéria são utilizados na
Clínica Fitossanitária do DFP/UFLA que recebe amostras de pomares com suspeita da doença.
Apoio: FAPEMIG, CNPq.
108
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
292
Métodos de inoculação de Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae em genótipos de maracujazeiro
(Inoculation methods of Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae in passion fruit genotypes)
Franco, P.S. 1; Alves, P.R.B.2, Tebaldi, N.D.3
1
Discente em Agronomia, 2Técnico de Laboratório, 3Professora Adjunto, Universidade Federal de Uberlândia,
Instituto de Ciências Agrárias. E-mail: [email protected]
A cultura do maracujá possui grande importância na economia brasileira, ocupando a posição de maior
produtor e consumidor mundial da fruta. Uma das principais doenças acometidas em seu cultivo é a bacteriose
do maracujazeiro, causada por Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae. O objetivo deste trabalho foi
avaliar métodos de inoculação de Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae em plantas de maracujá, para
a obtenção de genótipos resistentes. Foram avaliados sete genótipos de maracujá (Bl9 Cx9, Bl9 Cx7, Bl7
Cx5, Bl5 Cx4, Bl6 Cx6, Passiflora edulis f. flavicarpa Deg e Passiflora edulis Sims). As plantas foram
inoculadas quando apresentavam de 3 a 4 folhas com uma suspensão bacteriana (1x108 UFC/mL), isolado
UFU A45, proveniente de Tupaciguara – MG, através três métodos de inoculação: aspersão, tesoura e
pinça. As plantas foram mantidas em câmara úmida 24 horas antes e após a inoculação. O delineamento
experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições em esquema fatorial, 7 genótipos e 3 métodos
de inoculação. As avaliações foram realizadas 6 dias após a inoculação, em um intervalo de 3 em 3 dias,
totalizando em 6 avaliações, através de uma escala de notas variando de 0 a 5 e calculado a área abaixo da
curva de progresso da doença (AACPD). Todos os genótipos avaliados foram suscetíveis à bacteriose e os
métodos de inoculação por tesoura e pinça foram os mais eficientes na infecção das plantas, não diferiram
significativamente entre si, apresentando maior AACPD.
Apoio: FAPEMIG.
109
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
305
Caracterização funcional e imunodetecção das proteínas XfTolB, XfTolA e XfPal do fitopatógeno
Xylella fastidiosa durante a formação do biofilme
(Functional characterization and immunodetection of the XfTolB, XfTolA and XfPal proteins from the
phytopathogen Xylella fastidiosa during biofilm formation)
Santos, CA1; Toledo MAS1; Saraiva, AM1; Beloti, LL1; Crucello, A1; Favaro, MTP1; Santiago, AS1;
Mendes, JS1; Souza, AA2 & Souza, AP1
1
Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG), Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP), Campinas/SP, Brasil; 2Centro APTA Citros Sylvio Moreira, Instituto Agronômico de
Campinas (IAC), Cordeirópolis/SP, Brasil. E-mail: [email protected]
O principal mecanismo de patogenicidade da bactéria Xylella fastidiosa compreende a formação de biofilme
que por obstruir os vasos xilemáticos de plantas suscetíveis dá início aos sintomas típicos da Clorose
Variegada dos Citros (CVC), uma doença que traz grandes prejuízos para a citricultura nacional. Neste
trabalho é apresentado a clonagem, expressão, purificação e caracterização inicial das proteínas XfTolB,
XfTolA e XfPal do fitopatógeno X. fastidiosa. As ORFs que codificam tais proteínas foram anotadas durante
o sequenciamento do genoma da linhagem 9a5c de Xylella, sendo incluídas na categoria de proteínas
supostamente envolvidas com patogenicidade, adaptação e sobrevivência. TolB, TolA e Pal são responsáveis
pela integridade da membrana externa em bactérias Gram-negativas, contudo pouco se sabe sobre o
papel biológico que estas proteínas desempenham na fisiologia bacteriana. Subsequentemente as etapas
de clonagem e expressão as proteínas XfTolA, XfTolB e XfPal foram purificadas empregando um único
passo de cromatografia de afinidade ao níquel. A identidade das proteínas recombinantes foi confirmada por
espectrometria de massas. Análises de dicroísmo circular confirmaram a presença de estruturas secundárias
e os resultados de gel filtração revelaram o estado oligomérico das proteínas em solução. Anticorpos antiXfTolB, XfTolA e XfPal foram produzidos e utilizados para a imunodetecção destas proteínas nas diferentes
fases de formação do biofilme de X. fastidiosa. Nossos resultados claramente demonstram a presença das
proteínas XfTolB, XfTolA e XfPal no biofilme de Xylella o que sugere o envolvimento dessas proteínas
com a patogenicidade bacteriana.
110
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
306
Novo método para a solubilização e purificação da lipoproteína associada ao peptidoglicano (PAL)
recombinante do fitopatógeno Xylella fastidiosa
(A novel protein refolding method for solubilization and purification of recombinant peptidoglycanassociated lipoprotein (PAL) from the plant pathogen Xylella fastidiosa)
Santos, CA; Toledo MAS; Beloti, LL; Crucello, A.; Favaro, MTP; Santiago, AS; Mendes, JS; Azzoni,
AR & Souza, AP
Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG), Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP), Campinas/SP, Brasil. E-mail: [email protected]
A lipoproteína associada ao peptidoglicano (Pal) está ancorada na membrana externa de bactérias Gramnegativas e desempenha papel preponderante para a estabilidade do envelope celular. Evidências sugerem
que Pal seja essencial para a sobrevivência e patogenicidade bacteriana, entretanto o seu papel na virulência
não é bem conhecido. Pelo fato da Pal interagir fortemente com o peptidoglicano, estudos de expressão
heteróloga, necessários à caracterização funcional e estrutural desta proteína são laboriosos, uma vez que
ela é levada para os corpos de inclusões impossibilitando sua purificação. Neste trabalho é apresentado um
novo e eficiente método para a solubilização e purificação da proteína Pal do fitopatógeno Xylella fastidiosa
(XfPal), uma bactéria que causa a Clorose Variegada dos Citros (CVC) e compromete a produção em pomares
afetados. Após as etapas de clonagem e expressão em Escherichia coli, os corpos de inclusões enriquecidos
com XfPal foram desnaturados com uréia 8M e dialisados extensivamente para o re-enovelamento protéico.
O extrato solúvel obtido na etapa de re-enovelamento foi utilizado para a purificação de XfPal empregandose cromatografia de afinidade ao níquel. A presença de estruturas secundárias na proteína recombinante
purificada foi avaliada por dicroísmo circular. Cromatografia de exclusão por peso molecular revelou que
XfPal se apresenta em solução com massa igual a 21,5 kDa. Adicionamente, a interação XfPal-peptidoglicano
foi avaliada utilizando anticorpos anti-XfPal. Nossos resultados mostraram que XfPal purificada interage
in vitro com o peptidoglicano, além disso o método para a solubilização e purificação aqui desenvolvido se
mostrou 10 vezes mais eficiente, com relação ao rendimento protéico, que o principal método utilizado para
a purificação de proteínas homólogas a XfPal. Nós esperamos com este estudo contribuir para o melhor
entendimento da função desempenhada pela proteína Pal na patogenicidade bacteriana, especialmente no
fitopatogeno X. fastidiosa.
111
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
318
Intervalo e número de aplicações do acibenzolar-s-metil no manejo da mancha bacteriana em tomate
para processamento industrial
(Adjustment of interval and number of acibenzolar-S-methyl applications to the management of the bacterial
spot in processing tomato)
Pontes, N. C.1; Nascimento, A. R.2; Maffia, L. A.1; Oliveira, J. R.1; Quezado-Duval, A. M.2
Universidade Federal de Viçosa; 2Embrapa Hortaliças. E-mail: [email protected]
1
O acibenzolar-S-metil (ASM) é um dos poucos princípios ativos com registro para o controle da mancha
bacteriana, considerada a principal doença do tomateiro para processamento industrial. Alguns fatores
podem influenciar a eficiência do produto no controle da doença, bem como na obtenção de bons níveis
de produtividade. Esse trabalho objetivou avaliar o efeito do intervalo entre aplicações (4, 7, 10 e 14 dias)
e do número de aplicações (4, 6, 8 e 10) do ASM na eficiência de controle da doença em campo e na
produtividade final, bem como na relação benefício/custo dos tratamentos. Compararam-se combinações
dos níveis destes fatores à aplicação semanal de hidróxido de cobre e à não aplicação de agrotóxicos
específicos para a doença. O delineamento foi em blocos ao acaso com três repetições, e cada unidade
experimental continha 28 plantas da variedade Heinz 9992. Iniciaram-se os tratamentos aos 7 dias após
o transplante e inoculou-se aos 14 dias, por meio de pulverização de suspensão bacteriana (Xanthomonas
perforans, 5x108ufc/mL). Observou-se que, quanto maior o número de aplicações, maior o nível de controle
da doença, principalmente com intervalos de 7 ou 10 dias entre as aplicações. Entretanto, quando o número
de aplicações foi superior a oito, a produtividade reduziu-se, o que pode ser resultado do custo energético
da indução de resistência. Com seis aplicações semanais, obteve-se nível satisfatório de controle da doença
e a maior produtividade (94,2 ton/ha), com uma relação benefício/custo positiva (5,16).
Apoio: FAPEMIG, CAPES.
112
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
321
Detecção de uma enterobacteriaceae em uma espécie nativa florestal: Mabea fistulifera
(Detection of an Enterobacteriaceae in a native forestry species: Mabea fistulifera)
Lisboa, D. O.1; Furtado, G. Q.1; Cavalcante, G. P.1; Oliveira, J. R.1; Argel, D. A. A.1; Guimarães, L.
W. S.1, Alfenas, A. C.1; Silva, L. F.2; Pires, E. E.2
1
DFP/UFV; 2DEF/UFV. E-mail: [email protected]
Aespécie Mabea fistulifera Mart. (mamoninha-do-mato, canudo-de-pito), pertencente à família Euphorbiaceae,
é amplamente encontrada no Cerrado e em áreas de transição para Mata Estacional Semidecidual nos
estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Dentre os demais atributos desta espécie, o óleo de
suas sementes apresenta elevado potencial para a produção de biodiesel. No Viveiro Florestal da UFV,
em cerca de 6300 mudas desta oleaginosa, foi detectado 60% de incidência de manchas foliares, muitas
delas com elevada severidade, além de desfolha e mortalidade de plântulas. Plantas sintomáticas foram
analisadas em laboratório e realizado o teste de exsudação em gota de água, sob microscópio ótico, para
detecção de bactéria. Por meio deste teste, foi possível detectar intensa exsudação de células bacterianas
a partir dos tecidos necrosados de folhas. Posteriormente, foram realizados os Postulados de Koch para
confirmação da patogenicidade, testes bioquímicos e análise molecular para identificação da bactéria. Para
a análise molecular foi realizada a extração do DNA bacteriano e amplificação por PCR da região 16S
rDNA utilizando os primers fD1/rD1. Os Postulados de Koch comprovaram a patogenicidade da bactéria
isolada. A PCR permitiu a amplificação de um fragmento de 1.600 pb. Após o sequenciamento do fragmento
amplificado, as sequências obtidas foram comparadas com outras depositadas no Genbank e submetidas
ao Blast-n para comparação da homologia entre as sequências. Os isolados apresentaram entre 97 a 99%
de identidade com bactérias da família Enterobacteriaceae, corroborando os resultados encontrados por
meio dos testes bioquímicos. Novos estudos serão necessários para identificação dessa espécie bacteriana
detectada na hospedeira M. fistulifera.
113
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
409
Ajuste de modelos estatísticos para curva de crescimento de Pseudomonas syringae pv. tomato sob
ação de antibióticos
Adjustment of statistical models for growth curve of Pseudomonas syringae pv. tomato under action of
antibiotics
Raimundi, M. K.1, Cavalcante, G. P.1, Boldt, A. S.1, Amaral, L. S.1, Oliveira, J. R.1.
Universidade Federal de Viçosa/ UFV. E-mail: [email protected]
1
A curva de crescimento bacteriano é feita medindo a população de bactérias ao longo do tempo e a tendência
é que ela se ajuste ao modelo logístico. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de antibióticos em
inibir o crescimento de Pseudomonas syringae pv. tomato (Pst) utilizando coeficiente de determinação (R2).
Pst foi cultivada em meio 523 de Kado & Heskett (1970) líquido. A concentração bacteriana foi ajustada
para 0,1 (OD=600nm), e pipetou-se 198µl da suspensão para placa de ELISA estéril. Foram pipetados
2µl de cada antibiótico (amoxicilina, gentamicina, tetraciclina, neomicina, norfloxacina, estreptomicina
e eritromicina) nas concentrações de 1 e 10mg/ml, com 3 repetições. O controle positivo foi a suspensão
de Pst e o branco o meio líquido (200µl). Leituras foram feitas a 0, 1, 2, 4, 8 e 24h em leitora de placas de
ELISA (OD=648nm). As curvas de crescimento foram ajustadas aos modelos linear simples e exponencial,
monomolecular, logístico e Gompertz linearizados. A escolha do melhor modelo e a comparação entre as
curvas foram feitas utilizando R2. O controle positivo, amoxicilina e norfloxacina a 1mg/ml indicaram
crescimento bacteriano e suas curvas se ajustaram ao modelo exponencial linearizado. As curvas exibidas
pelos outros tratamentos indicaram o não crescimento de Pst. Leituras intermediárias devem ser feitas para
encontrar um ajuste mais adequado. Amoxicilina e norfloxacina a 1mg/ml podem ser úteis na confecção de
meios de cultura seletivos para Pst.
Apoio: CAPES, FAPEMIG.
114
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
419
Aislamiento e identificación molecular de cepas de Streptomyces spp. causantes de sarna común en la
papa en Uruguay
(Isolation and molecular identification of Streptomyces spp. causing common scab of potato in Uruguay)
Lapaz, M.I. 1, Montelongo, M.J2, Verdier, E. 3 and M.J. Pianzzola1
1
Cátedra de Microbiología, Facultad de Química. UDELAR2 Unidad de Fitopatología, Facultad de
Agronomía. UDELAR; 3Dirección General de Servicios Agrícolas, Departamento Laboratorios Biológicos.
MGAP. E-mail: [email protected]
Potato scab disease is caused by gram-positive filamentous bacteria of the genus Streptomyces. A lot of
species can cause this disease but S. scabies is the most ancient of these pathogens and has a world-wide
distribution, whereas others like S. turgidiscabies and S. acidiscabies are newly emergent pathogens.
In the last few years potato crops have had large economic losses by common scab, which was an unusual
fact in Uruguay. More importantly, the disease showed an aggressive development and the potato showed
particularly deep scab lesions.
Therefore, it was essential to determine the identity of the causative agent behind this problem. A total of 40
Streptomyces spp strains were isolated from deep scab lesions. Those isolates were identified by classical and
molecular techniques. Molecular characterization by conventional PCR, using primers directed to specific
regions of the 16S RNAr gene for the genus Streptomyces, was performed. Also, regions of pathogenicity
marker genes: txt AB, nec1 y tomA were amplified. Certain amplified fragments were then selected for
sequencing. Additionally, melanin production and pathogenicity in potato were determined. Twenty four
out of the 40 isolates tested strains were identified as S. acidiscabies, which represents the first report of this
pathogen in the potato crop in Uruguay.
115
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
420
Primeiro relato de uma doença bacteriana em cedro australiano (Toona ciliata)
First report of a bacterial disease in australian cedar (Toona ciliata)
Souza, R.M.1; Zacaroni, A.B.2; Mansur, T.O.F.3; Figueira, A.R.4; Pozza, E.A.5, Lelis, F.M.V6.
DFP/UFLA. E-mail: [email protected]
1,2,3,4,5,6
O objetivo do trabalho foi o isolamento e identificação do agente causal de uma doença foliar do cedro
Australiano (Toona ciliata), uma importante espécie florestal devido às características físicas da madeira,
encontrado em viveiros no Brasil. Exsudação em gotas, isolamento, teste de patogenicidade e reisolamento
foram realizados, completando os postulados de Koch. Os isolados foram submetidos a testes bioquímicos
para determinação do gênero da fitobactéria. Identificações moleculares consistiram de amplificação dos
fragmentos genômicos de aproximadamente 1400 pb, usando a técnica ERIC-PCR, seqüenciamento e
análise filogenética. As colônias isoladas eram viscosas, com aparência esbranquiçada, gram negativas,
aeróbias estritas, negativas para a utilização de carbono a partir de arginina e asparagina e não produtoras
de pigmentos fluorescentes em meio King B. Foram positivas para produção de gás a partir de glicose
como fonte de carbono e hidrólise de amido. A bactéria induziu HR em plantas de tomate e pimentão.
A comparação da seqüência do DNA dos isolados com aquelas disponíveis no GenBank, indicou que a
bactéria em questão pertence ao gênero Xanthomonas, mas não é idêntica a nenhuma espécie conhecida.
Apoio: FAPEMIG, CNPq.
116
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
448
Interação da severidade de crestamento bacteriano comum e produção de genótipos de feijoeiro
comum
(Interaction of bacterial blight severity and production of common bean genotypes)
Rezende, L. C. V 1, Wendland, A. 2, Silva, L. L. 2, Pereira, R. J. 2 Melo, L. C. 2, Pereira, H. S. 2, Costa,
J. G. C. da 2, Ferreira, E. P. B 2.
¹Universidade Federal de Goiás. E-mail [email protected]; ² Embrapa Arroz e Feijão. E-mail:
[email protected]
O crestamento bacteriano comum causado por Xanthomonas axonopodis pv phaseoli (Xap) é uma das
mais importantes na cultura do feijoeiro comum devido a sua incidência em áreas com temperatura em
torno dos 28º C, principalmente na época das águas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a reação de 36
genótipos a isolados de Xap, em condições de campo. Os materiais foram semeados no dia 10/11/2010, no
campo experimental da Embrapa Arroz e Feijão. Para provocar ferimentos nas folhas, um polvilhamento
com areia foi precedido da pulverização com a suspensão bacteriana (108 UFC. mL-1), 30 dias após o
plantio. Foram utilizados oito isolados provenientes de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. A
avaliação foi realizada no dia 10/01/2011 usando uma escala de severidade da doença com notas variando
de 1 a 9. O peso de grãos foi obtido por colheita manual e os dados da avaliação foram submetidos à
análise de variância pelo teste de Scott Knot a 5 % de probabilidade. Os genótipos que apresentaram maior
resistência ao patógeno foram CNFP 10120 (nota média 2,51), CNFP 10132 (2,74), BRS Esplendor (2,81),
CNFC 10438 (2,96), BRS Notável (3,48), BRS Pontal (3,51), BRS Timbó (3,22) e BRS Pitanga (3,37).
Os genótipos mais suscetíveis foram BRS Cometa (5,70), BRSMG Talismã (6,03), BRS Expedito (5,96),
BRSMG Realce (6,66), WAF 75 (6,74) e Ouro Branco (7,40). Houve interação significativa entre as notas
de severidade da doença e a produção dos genótipos (R2 = 0,89***), demonstrando que os genótipos de
maior produtividade foram os mais resistentes e que a maior produção foi obtida por BRS Esplendor.
117
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
450
Reação de híbridos de milho à Pantoea ananatis
(Maize hybrids reaction to Pantoea ananatis)
Silva, T.B.1; Tebaldi, N.D.2
1
Discente em Agronomia, 2Professora Adjunto, Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Ciências
Agrárias. E-mail: [email protected]
A bactéria Pantoea ananatis tem sido descrita como o agente causal da mancha branca do milho, sendo
uma das principais doenças da cultura e encontra-se disseminada em todas as áreas produtoras. O objetivo
deste trabalho foi avaliar a resistência genética de híbridos de milho à Pantoea ananatis. Foram utilizados 5
híbridos de milho codificados como A1, A2, B1, B2 e B3. Os genótipos foram inoculados com os isolados
bacterianos UFU A18 (Morrinhos - GO) e UFU B13 (Planaltina - GO), provenientes de folhas com lesões
encharcadas e caracterizados bioquímica e fisiologicamente. As plantas foram mantidas em câmara úmida
24 h antes e após a inoculação. O experimento foi conduzido em casa de vegetação em delineamento de
blocos casualizados com quatro repetições. A avaliação da severidade da doença foi feita através de uma
escala de notas variando de 0 a 4 e calculado a área abaixo da curva do progresso da doença (AACPD). Os
dois isolados foram caracterizados bioquímica e fisiologicamente como (Gram -, O/F = F, YDC colônias
amarelas, oxidase -, catalase +, arginina desidrolase +, produção de ácidos a partir inositol +, sorbitol
+, sacrose +, D-arabinose +, liquefação da gelatina +, motilidade +, reação de hipersensibilidade + e
crescimento a 37 oC +). Não houve diferença significativa entre os genótipos sendo todos suscetíveis quanto
a AACPD aos dois isolados utilizados, com exceção do genótipo A1 que apresentou maior resistência em
relação ao isolado B13.
Apoio: FAPEMIG.
118
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
606
Controle de cancro cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri) medidado por neonicotinóides em
combinação com acibenzolar-s-metil
(Control of citrus canker (Xanthomonas citri subsp. citri) mediated by neonicotinoids in combination with
acibenzolar-s-methyl)
Miller, A.M.1; Silva, M.R.L. 1; Barreto, T.P. 1; Leite Jr, R.P1.
1
Instituto Agronômico do Paraná. E-mail: [email protected].
Indutores de resistência têm sido estudados para o controle de doenças em diferentes plantas cultivadas.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de neonicotinóides em combinação com acibenzolar-S-metil
(ASM) como indutores de resistência no controle do cancro cítrico. Plantas de laranja Pêra enxertadas sobre
limão Cravo foram tratadas com ASM, imidaclopride (IMI), tiametoxam (TMX) e com a associação de
IMI+ASM. Suspensão bacteriana do isolado 306 de Xanthomonas citri subsp. citri (Xcc) na concentração
de 104 UFC/ml foi infiltrada em folhas jovens cinco dias após o tratamento das plantas. O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos e cinco repetições. A curva de crescimento
da bactéria in planta foi determinada pelo plaqueamento de suspensão bacteriana obtida de discos foliares
da área infiltrada. A incidência da doença foi avaliada pela contagem do número de lesões de cancro cítrico
36 dias após a inoculação. A população de Xcc foi significativamente reduzida em plantas tratadas com os
diferentes neonicotinóides, com ASM e com a combinação IMI+ASM, apresentando diferenças superiores
a três unidades logarítmicas no crescimento exponencial da bactéria, quando comparado às plantas controle.
O número de lesões de cancro cítrico também foi significativamente menor nas plantas tratadas com os
indutores de resistência. A redução observada na população de Xcc e no número de lesões de cancro cítrico
demonstrou que o tratamento preventivo com os produtos testados possibilita reduzir a multiplicação da
bactéria no tecido foliar e o conseqüente desenvolvimento da doença.
119
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
699
Identificação de linhagens de Streptomyces spp. associadas à sarna da batata de diferentes regiões
produtoras do Brasil
(Identification of Streptomyces spp. strains associated to potato scab from different growing areas of
Brazil)
Corrêa, D. B. A.1,2,*; Destéfano, S. A. L.1; Rodrigues Neto, J.1; Shimoyama, N.3
Lab. de Bacteriologia Vegetal, Instituto Biológico, Campinas, SP; 2Doutorado em Genética e Biologia
Molecular (UNICAMP); 3ABBA, Itapetininga, SP; *Bolsista CNPq/FAPESP. E-mail: dbacorrea@gmail.
com.
1
A batata (Solanum tuberosum L.) é uma cultura de grande importância alimentícia, considerada a segunda
maior fonte de nutrientes, de fácil cultivo com alto rendimento por área e com demanda crescente da sua
produção. Dentre as diferentes doenças que afetam essa cultura, a sarna da batata assume um papel de
grande importância, pois diminui o valor comercial dos tubérculos devido aos sintomas externos causados.
Diferentes espécies de Streptomyces estão associadas à sarna e há poucos estudos de identificação das
espécies causadoras dessa doença no Brasil. Com o objetivo de identificar as espécies de Streptomyces que
ocorrem no país, foram analisadas 178 linhagens oriundas de diferentes estados produtores e de material
vegetal importado. Resultados com base na morfologia das colônias mostraram alta diversidade e análises
de PCR-RFLP do gene atpD, amplificação com primers espécie-específicos e análises de sequências gênicas
permitiram a identificacão de 57 linhagens como S. scabiei, 28 como S. ipomoeae, 13 como pertecentes à
S. caviscabies/S. setonii, 12 S. europaeiscabiei e duas S. sampsonii. As 66 linhagens restantes apresentaram
perfis genéticos distintos quando comparadas com as espécies Tipo testadas, podendo representar novas
espécies e/ou subespécies de Streptomyces. A identificação das espécies causadoras da sarna no Brasil é de
suma importância, podendo contribuir para o desenvolvimento de estrátegias mais eficientes para o manejo
dessa doença.
120
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
700
Caracterização patogênica de linhagens de Streptomyces associadas à sarna da batata de diferentes
regiões produtoras do Brasil
(Pathogenic characterization of Streptomyces strains associated to potato scab from different growing areas
of Brazil)
Corrêa, D. B. A.1,2,*; Destéfano, S. A. L.1; Rodrigues Neto, J.1; Shimoyama, N.3
1
Lab. de Bacteriologia Vegetal, Instituto Biológico, Campinas, SP; 2Doutorado em Genética e Biologia
Molecular (UNICAMP); 3ABBA, Itapetininga, SP; *Bolsista CNPq/FAPESP. E-mail: dbacorrea@gmail.
com.
A sarna da batata é uma doença caracterizada por lesões externas que afetam a qualidade dos tubérculos
acarretando perdas no valor comercial ou rejeição do produto para comercialização. Diferentes espécies do
gênero Streptomyces são causadoras dessa doença e a patogenicidade das linhagens está associada à presença
de fitotoxinas, responsáveis pelos sintomas característicos da doença, e de fatores de virulência que inibem a
resposta de defesa da planta. Com o objetivo de caracterizar a patogenicidade de linhagens de Streptomyces
associadas à sarna da batata no Brasil, 178 linhagens isoladas de tubérculos provenientes de diferentes
regiões produtoras foram avaliadas quanto a presença dos genes de patogenicidade nec1, tomA (tomatinase)
e txtAB (taxtomina A), e por testes de patogenicidade em minitubérculos de batata. Os resultados indicaram
que 94 linhagens (52,8 %) apresentaram amplificação dos três genes de patogenicidade avaliados, 70 (39,3%)
mostraram sinal positivo de amplificação para um ou mais genes e 14 (7,9%) não apresentaram nenhum
dos genes, embora algumas linhagens desse grupo tenham se mostrado patogênicas em minitubérculos. A
caracterização patogênica indicou variações nos genes presentes nas ilhas de patogenicidade sugerindo a
existência de grupos patogênicos distintos nas linhagens de Streptomyces causadoras da sarna no Brasil.
Ainda, os resultados obtidos indicaram que possivelmente outras vias de patogenicidade, independentes
dos genes avaliados, podem estar envolvidas na relação patógeno-hospedeiro.
121
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
725
Aplicação de cálcio para controle da podridão mole em couve-chinesa
(Application of calcium to control of soft rot in chinese cabbage)
Felix, K. C.1; Lima, C.1; Oliveira, W. J.2; Lins, E. G. F.2; Melo, E. A.1; Viana, I.3 Oliveira, M. M. S.4;
Souza, E. B.5; Mariano, R. L. R5.
1
Alunas do PPGF/UFRPE; 2Graduandos do curso de Agronomia/UFRPE; 3Apoio Técnico/CNPq; 4Apoio
Técnico/Facepe; 5Professoras do PPGF/UFRPE. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Av. Dom
Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, CEP 52171-900, Recife, PE. E-mail: [email protected].
br.
A podridão mole em couve-chinesa (Brassica pekinensis L.) causada por Pectobacterium carotovorum
subsp. carotovorum (Pcc), é mencionada como a mais destrutiva e preocupante doença em muitas áreas
produtoras no Brasil e no mundo. Este trabalho objetivou avaliar a eficiência de fontes de cálcio e formas de
aplicação na redução da severidade desta doença. Plantas de couve-chinesa hibrido AF 75 com 44 dias de
idade, cultivadas em casa de vegetação em vasos de 2,5 L contendo solo e húmus (1:1 v/v), foram tratadas
com CaCl2 (0, 1 e 5 g L-1) e Ca(NO3)2 (0; 0,15 e 0,3 g L-1) diluídos em água e aplicados via foliar e rega,
em intervalos de 4 em 4 dias, totalizando 5 aplicações. Os experimentos foram independentes para cada
fonte de cálcio. Quatro dias após a última aplicação procedeu-se a inoculação de Pcc, pela deposição de 20
µL da suspensão bacteriana em ferimento realizado na base da folha. A severidade da doença foi avaliada
em intervalos de seis em seis horas até 48 horas. Os experimentos foram conduzidos nos períodos de junjul/2010 e mar-abr/2011. No período jun-jul/2010, CaCl2 não reduziu a severidade da doença, enquanto, as
duas doses de Ca(NO3)2 aplicadas via foliar e rega foram eficientes no controle, com redução da severidade
de até 48,5% na dose 0,15 g L-1. No período mar-abr/2011 apenas a dose 0,15 g L-1 de Ca(NO3)2, aplicada
via foliar e rega , propiciou redução de severidade de até 29,9%. Portanto, Ca(NO3)2 mostrou-se eficiente
na redução da severidade da podridão mole em plantas de couve-chinesa em períodos com condições
ambientais distintas.
122
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
788
Meio de cultura para a detecção de Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum
(Culture media for detection of Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum)
Tumelero, A. I.1 Hoffaman, M.G.2 & Denardin, N.D.3
1
Aluna de doutorado UPF; 2Bolsista CNPq; 3Professora FAMV-UPF. E-mail: [email protected]
Uma das formas para de prevenção de doenças bacterianas é o uso de sementes livres do patógeno. Por isso,
é fundamental a avaliação da sanidade das sementes. Contudo, nem todos os meios de cultura permitem o
isolamento do patógeno e sua identificação. Com intuito de auxiliar a detecção de Xanthomonas axonopodis
pv. malvacearum (Xam) alguns meios de cultura foram modificados e desenvolvidos. O meio base de
modificação foi o MSXM de Soares & Denardin, 2006 (M e M1), e os desenvolvidos foram (M2, e M3).
Todos foram avaliados com e sem os inibidores, cefalexina (50ug/mL) e triadimenol (0,3uL/mL). Para
verificar a eficácia dos meios de cultura determinou-se o número de UFC/mL a partir de suspensão pura
(Absorbância de 0,1 em 580nm), e de sementes infectadas. O desenvolvimento de Xam foi de 108 UFC/
mL para bactéria pura, nos meios com e sem inibidores, porém no meio M3 o crescimento foi retardado
(oito dias) e as colônias foram atípicas. Já quando as sementes foram submetidas à análise, a detecção de
Xam ficou entre 5,2x107 a 1,5 x108 UFC/mL nos meios M, M1 e M2 sem os inibidores, sendo o maior
crescimento no meio de cultura M2 (sacarose, 10g; peptona, 5,0g; amido solúvel, 10g; K2HPO4, 1g; sulfato
de ferro, 0,5g e carbonato de cálcio, 10g). Nos meios com inibidores, o crescimento ocorreu somente no
meio M1 onde se detectou 4,6x107 UFC/mL, sendo o desenvolvimento das colônias aos oito dias após.
123
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
793
PCR em tempo real para detecção dos patovares de Xanthomonas oryzae em sementes de arroz
(Real-time PCR for detection of pathovars of Xanthomonas oryzae in rice seeds)
Souza Júnior, I.T.1; Moraes, M. G.1; Oliveira, A. M. R.2; Duarte, V.1
1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS. 2Universidade Estadual do Rio Grande do Sul,
UERGS. E-mail: [email protected]
Xanthomonas oryzae pv. oryzae (Xoo) e X. oryzae pv. oryzicola (Xoc), agentes causais do crestamento
foliar bacteriano (CFB) e estria bacteriana da folha (EBF), respectivamente, transmitidas por sementes, são
pragas ausentes no Brasil, com potencial de comprometer seriamente a produção brasileira de arroz (Oryza
sativa). O diagnóstico fitossanitário de sementes de arroz importadas necessita de protocolos bem definidos
e eficientes na detecção, para barrar a entrada de tais pragas. Este trabalho teve como objetivo desenvolver
uma técnica baseada em PCR em tempo real (PCR-tr) para detecção de Xoc e Xoo. Os oligonucleotideos
iniciadores PF: 5’-GAATATCAGCATCGGCAACAG-3’ e PR: 5’-TACCGGAGCTGCGCGTT-3’ e uma
sonda Taqman, foram desenvolvidos previamente (Zhao et al., 2007) para a detecção de Xoo, com base
na sequência conservada do gene receptor de sideróforos com fragmento de 152 pb. Utilizando a mesma
estratégia, a sonda XOC: 5’-CATCGCCTGCTTGGCTACCAGC-3’, cuja a extremidade 5’ foi marcada com
VIC e a 3´ com MGB, foi desenhada para a detecção de Xoc. Sinais de fluorescência foram observados com
ambas patovares, sem distingui-las. Novas sondas estão sendo projetadas, testadas e suas sensibilidades
avaliadas, visando otimizar o método com PCR-tr para detecção concomitante dos patovares de X. oryzae,
direto de amostras de sementes de arroz, sem isolamento em meio de cultura ou purificação do DNA.
124
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
794
Estudo da transmissão de ‘Candidatus Liberibacter asiaticus’ por sementes em citros
(Studies on transmission of ‘Candidatus Liberibacter asiaticus’ through seeds of citrus)
1,2,
2
1
Bagio, T. Z. ; Canteri, M. G. ; Leite Jr., R. P. .
1
2
APP - IAPAR. CCA – UEL. E-mail: [email protected]
O Huanglongbing (HLB), a mais destrutiva doença da citricultura, é causado por ‘Candidatus Liberibacter
spp.’ e a disseminação da bactéria ocorre por meio de insetos vetores ou pela utilização de material
propagativo infectado. Entretanto, poucos estudos foram realizados para determinar a possibilidade de
transmissão da bactéria por sementes. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar a transmissão da
bactéria ‘Ca. L. asiaticus’ por sementes de Citrus spp. Sementes de frutos de plantas com HLB de laranja
(C. sinensis) Pêra Rio, Folha Murcha, IAPAR 73 e Shamouti, de tangerina (C. reticulata) Ponkan e de portaenxertos limão Cravo (C. limonia) e citromelo Swingle (C. paradisi x Poncirus trifoliata) foram testadas
para presença de ‘Ca. L. asiaticus’ utilizando a técnica de PCR. Plantas obtidas a partir de sementes das
laranjas Pêra Rio, Folha Murcha, IAPAR 73 e Shamouti, e de tangerina Ponkan também foram examinadas
em relação à manifestação de sintomas de HLB e presença da bactéria ‘Ca. L. asiaticus’ aos 5, 18 e 25
meses após a semeadura. Foi obtido um total de 920 plantas que foram mantidas sob condições protegidas.
Utilizando os primers A2/J5, a presença de ‘Ca. L. asiaticus’ foi detectada em diferentes partes das sementes
de todas as espécies testadas. Entretanto, esses resultados não foram confirmados com os primers Oi1/
Oi2c. Duas plantas de laranja Folha Murcha foram diagnosticadas positivas para ‘Ca. L. asiaticus’ aos 18
meses, utilizando os primers A2/J5. Entretanto, essas plantas não apresentaram sintomas de HLB. Testes
posteriores nessas mesmas plantas e nas demais não revelaram a presença da bactéria. Estes resultados
evidenciam a possibilidade de transmissão de ‘Ca. L. asiaticus’ por sementes de citros.
125
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
797
Variabilidade de isolados de Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae no Estado do Pará
(Variability of strains of Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae in the Para State)
Oliveira, L. C.1; Ishida, A. K. N.2; Damasceno Filho, A. S.3; Costa, R. C.4; Silva, C.T.B.5; Piedade,
A.M.6
1
Universidade Federal do Pará; 2,5Embrapa Amazônia Oriental; 3,4,6Universidade Federal Rural da Amazônia.
E-mail: [email protected]
A mancha bacteriana do maracujazeiro (Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae) é uma doença de grande
importância no Estado do Pará devido às condições favoráveis de temperatura e umidade para o seu
desenvolvimento. O estudo da variabilidade do patógeno no Estado poderá fornecer auxílio necessário nos
trabalhos de resistência genética e nos estudos epidemiológicos, sendo essencial para o desenvolvimento
de estratégias de controle. O presente trabalho teve como objetivo verificar a variabilidade de 29 isolados
de X. axonopodis pv. passiflorae de diferentes regiões produtoras de maracujá do Estado do Pará através
de teste de patogenicidade. Plantas de maracujá com 4 pares de folhas foram inoculadas através do método
de corte com tesoura previamente imersa em suspensão bacteriana com concentração 108 UFC/mL. Foram
inoculadas 3 folhas por planta. Após a inoculação, as plantas foram mantidas por 24 h em câmara úmida.
As avaliações foram realizadas aos 3, 6, 9, 12, 15 e 18 dias após a inoculação do patógeno. O delineamento
foi realizado em blocos casualizados com 30 tratamentos e 4 repetições. Todos os isolados induziram
sintomatologia típica e foi demonstrada a existência de variabilidade na virulência do patógeno. Os isolados
PA2-1, PA4-5, PA14, PA4-2, PA4-1, PA4-6, PA3-4 e PA4-3, provenientes dos municípios de Igarapé-Açu e
Iracema proporcionaram os maiores valores de severidade da doença (AACPD).
Apoio: FAPESPA.
126
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
838
Monitoramento populacional de Diaphorina citri (Hemiptera: Psylidae), vetor do HLB e da presença
de Candidatus Liberibacter nas regiões produtoras de citros no Estado da Bahia
(Monitoring Diaphorina citri (Hemiptera: psylidae) population, HLB vector, and Candidatus Liberibacter
presence in Bahia producing regions of citrus)
Roriz, A. K. P. 1; Barbosa, C. J. 2 ; Souza, E. S. 3; Almeida, D. O. 1; Velame, K. V.C. 1; Silva, S. X. B. 4;
Oliveira-Carvalhal, J. M. 4; Nascimento, A. S. 2; Andrade, E. C. 2.
1
Bolsista Fapesb-EBDA 2-Embrapa Mandioca e Fruticultura; 3Estagiária ADAB; 4ADAB. E-mail:barbosa@
cnpmf.embrapa.br
A bactéria Ca. Liberibacter é o agente causal do Huanglongbing (HLB), transmitida pelo psilídeo Diaphorina
citri. O monitoramento populacional do vetor é uma das estratégias mais eficientes para minimizar os
riscos de introdução/dispersão desta doença em regiões onde ela não ocorre. O objetivo deste trabalho foi
monitorar a presença da bactéria e do vetor do HLB na Bahia. A presença da bactéria foi avaliada no vetor,
coletados trimestralmente em pomares do Recôncavo Sul e Litoral Norte da Bahia. A presença da bactéria
nos psilídios coletados foi avaliada via PCR, utilizando os pares de oligonucleotídeos OI1/OI2c (específico
para Ca .L asiaticus) e GB1/GB3 (específico para Ca .L. americanus). Para o monitoramento populacional de
D. citri foram utilizadas armadilhas adesivas amarelas colocadas em pontos fixos dos pomares, e avaliadas
quinzenalmente, nas regiões de Cruz das Almas, Barreiras, Rio Real e Itaberaba. Utilizou-se o índice PAM
(pisilídio/armadilha/mês) para medir a densidade populacional do inseto. Não foi detectada nenhuma das
espécies de Ca. Liberibacter nas amostras avaliadas. As análises das armadilhas mostraram a ocorrência
de D. citri em todos os municípios monitorados. Constatou-se maior densidade populacional em Barreiras
e no Recôncavo da Bahia. Os monitoramentos se estenderão visando obter informações sobre a flutuação
populacional de D. citri e da possível invasão da bactéria no estado da Bahia.
127
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
906
Classificação de linhagens de Xanthomonas sp. por Multilocus Sequence Analysis (MLSA) e
hibridização DNA-DNA
(Classification of Xanthomonas sp. strains by Multilocus Sequence Analysis (MLSA) and DNA-DNA
Hybridization)
Ferreira-Tonin, M.1,2; Corrêa, D.B.A.1,2; Destéfano, S.A.L.1
Instituto Biológico, Campinas - SP; 2Aluna do Curso de Doutorado em Genética e Biologia Molecular –
UNICAMP. E-mail: [email protected]
1
As espécies bacterianas do gênero Xanthomonas causam doenças em várias culturas economicamente
importantes, sendo responsáveis por grandes perdas econômicas. Em 1995, o gênero sofreu alterações
significativas em sua taxonomia com a proposição de novas espécies, re-alocação de outras, porém alguns
grupos permaneceram classificados como Xanthomonas sp. O presente estudo teve como objetivo determinar
a posição taxonômica de X. sp. pv. viticola (videira), X. sp. pv. eucalypti (eucalipto), X. sp. pv. mangiferaindicae
(manga), X. sp. pv. paulliniae (guaraná), X. sp. pv. arracaciae (batata-baroa), X. sp. pv. betae (beterraba)
e X. sp. pv. esculenti (quiabo) por meio de análises de MLSA (Multilocus Sequence Analysis) dos genes
atpA, recA, rpoA, rpoB e região espaçadora 16S-23S rRNA e experimentos de hibridização DNA-DNA.
A árvore filogenética construída a partir das sequências concatenadas dos 5 genes revelou o agrupamento
dos patovares viticola, mangiferaindicae, paulliniae e betae com a espécie X. axonopodis. Os patovares
arracaciae e eucalypti ficaram agrupados com as espécies de X. hortorum e X. pisi, respectivamente. X. sp.
pv. esculenti agrupou com X. vesicatoria nas análises com 4 genes. Experimentos de hibridização DNADNA utilizando-se como sonda a espécie X. axonopodis mostraram valores de similaridades maiores que
70% com os patovares viticola, mangiferaindicae, paulliniae e betae e inferiores a 70% com os patovares
arracaciae, esculenti e eucalypti. Os resultados obtidos nos dois diferentes experimentos permitiram
esclarecer a posição taxonômica de X. sp. pv. viticola, X. sp. pv. mangiferaindicae, X. sp. pv. paulliniae e X.
sp. pv. betae como pertencentes à espécie X. axonopodis.
128
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
933
Antibiograma de isolados de Xanthomonas sp. oriundos de sementes de arroz
(Antibiogram of strains of Xanthomonas sp. from rice seeds)
Mombelli, J. S.1; Souza Júnior I. T.1; Oliveira A. M. R.2; Duarte, V.1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS. 2Universidade Estadual do Rio Grande do sul,
UERGS. E-mail: [email protected]
1
Para a detecção de Xanthomonas oryzae pv. oryzae
e X. oryzae pv. oryzicola
são necessárias ferramentas específicas e confiáveis, devido a possibilidade de reações cruzadas com
uma diversidade de xantomonas saprófitas associadas a sementes de arroz (Oryza sativa). Sendo assim o
objetivo deste trabalho foi determinar a sensibilidade de Xanthomonas sp. obtidas de sementes de arroz a
antibióticos. Foram utilizados 39 isolados de Xanthomonas sp. obtidos de sementes de arroz oriundas do
Brasil (SC, RR, RS), Argentina e Uruguai. Os isolados foram transferidos para placas de Petri contendo
meio nutriente ágar (NA) e incubados a 28 °C por 48 h. A seguir, uma alíquota de uma suspensão de células
bacterianas em água destilada e esterilizada de cada isolado foi transferida para a superfície do meio Mueller
Hinton e, em seguida, foram distribuídos, de maneira equidistantes, discos de papel impregnados com os
seguintes antibióticos: clindamicina (2 µg), cloranfenicol (30 µg), eritromicina (15 µg), estreptomicina (10
µg), norfloxacin (10 µg), novobiocina (5 µg), oxacilina (1 µg), rifampicina (5 µg), sulfonamida (300 µg),
tretaciclina (30 µg) e vancomicina (30 µg). Após incubação a 28 °C por 48 h, o diâmetro do halo de inibição
foi registrado. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com três repetições
por tratamento. A sensibilidade da maioria dos isolados aos antibióticos cloranfenicol (85%), norfloxacin
(92%) e tretaciclina (95%) foi observada. O antibiograma permitiu dividir os isolados em 13 grupos, sendo
seis compostos por apenas um isolado, indicando a eficiência de alguns antibióticos em inibir, in vitro, o
crescimento de isolados de xantomonas saprófitas, informação útil para seletividade de meios de cultura.
129
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1012
Prevalence of Xanthomonas perforans associated with bacterial spot in processing tomato crops in
Brazil
(Prevalência de Xanthomonas perforans associada à mancha bacteriana em lavouras de tomate para
processamento industrial no Brasil)
Araújo, E.R.1; Costa, J.R.2; Pontes, N.C.3; Mazutti, J.4; Ferreira, M.A.S.V.5; Quezado-Duval, A. M.6
1,4,5
Universidade de Brasília; 2Faculdade Anhanguera de Brasília; 3Universidade Federal de Viçosa; 6Embrapa
Hortaliças, Brasília, DF. E-mail: [email protected]
Bacterial spot is one of the major diseases of processing tomato fields in Brazil. The disease can be caused by
Xanthomonas euvesicatoria, X. vesicatoria, X. perforans and X. gardneri. Considering the epidemiological
aspects that might be related to each species, the knowledge about the prevalent one(s) is of important
concern. The objectives of this research were to identify and compile data of identified Xanthomonas
strains, obtained in the most important producing processing tomato areas from 2002 to 2010. The strains
were deposited in the plant bacteria work collection maintained at Embrapa Hortaliças, Brasília, DF.
Three hundred fifty two strains were identified based on comparative genomic fingerprintings using BOXPCR, or/and species specific primers. Type strains from all four species were obtained from the Instituto
Biológico, Campinas, SP and used as references. Xanthomonas perforans seemed to be consistently the
prevalent species. The percentage of isolates identified as X. perforans was 66.6, 100, 47.2, 96.0, 50.0, 47.5,
60.0, 70.7, respectively in the years 2002, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2009, and 2010. The frequency
of occurrence of other species associated with bacterial spot in recent years is still to be investigated. The
establishment and prevalence of X. perforans causing bacterial spot has been reported in tomato fields in
Florida, United States. Species antagonism ability and/or environmental adaptation are the two factors that
might be related to the observed X. perforans prevalence.
130
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1024
Ocorrência de Xanthomonas perforans e X. gardneri em plantas infestantes em lavouras de tomate
(Occurrence of Xanthomonas perforans and X. gardneri on weeds in tomato crops)
Costa, J.R.1; Araújo, E.R.2; Pontes, N.C.3; Quezado-Duval, A.M.4
1
Faculdade Anhanguera de Brasília; 2Universidade de Brasília; 3Universidade Federal de Viçosa; 4Embrapa
Hortaliças. E-mail: [email protected]
Um complexo de espécies do gênero Xanthomonas causam a mancha bacteriana do tomateiro. A ocorrência
de hospedeiras alternativas para estes patógenos ainda é pouco investigada e geralmente está associada a
inoculações artificiais. Este estudo objetivou relatar a ocorrência natural de Xanthomonas spp. que causam
a mancha bacteriana do tomateiro em plantas infestantes encontradas em lavouras comerciais de tomate
para mesa e para indústria. Coletou-se amostras foliares de maria-pretinha em lavouras de tomate indústria
em Goiás e de joá de capote e leiteiro em lavouras para mesa em Santa Catarina. As folhas apresentavam
sintomas de manchas necróticas. Fez-se o isolamento bacteriano em meio NA. Testes de patogenicidade
foram realizados em tomate suscetível (Bonny Best). Realizou-se a extração do DNA dos isolados para
utilização da técnica de BOX-PCR e de iniciadores específicos para as diferentes espécies. Dos oito isolados
obtidos, quatro foram identificados como X. perforans, todos de maria-pretinha, formando um clado com
similaridade entre 78,7% e 63,5% com o isolado de referência da espécie (IBSBF 2370). Os demais isolados
foram identificados como X. gardneri, sendo, um proveniente de joá de capote e três de leiteiro. Estes
isolados formaram um clado com similaridade entre 92,3% e 83,4% com o isolado de referência (IBSBF
2373). Todos os isolados amplificaram bandas esperadas e causaram sintomas de mancha bacteriana
em tomateiro. A partir dos resultados obtidos, entende-se que plantas infestantes podem ser hospedeiras
naturais de espécies de Xanthomonas envolvidas no complexo da mancha bacteriana, ampliando assim,
o conhecimento epidemiológico do patossistema. Por sua vez, este é o primeiro relato de X. gardneri
ocorrendo naturalmente em joá de capote e leiteiro.
131
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1031
Molecular detection of the Xanthomonas species complex causing tomato bacterial spot
(Detecção molecular do complexo de espécies de Xanthomonas causadoras da mancha bacteriana do
tomateiro)
Araújo, E.R.1; Costa, J.R.2; Quezado-Duval, A.M.3; Ferreira, M.A.S.V.4
1,4
Departamento de Fitopatologia, Universidade de Brasília; 2Faculdade Anhanguera de Brasília; 3Embrapa
Hortaliças, Brasília, DF. E-mail: [email protected]
PCR-based methods for diagnosis of tomato bacterial spot have been developed. However, only up to
recently, specific primers for the four Xanthomonas species associated with the disease have been reported.
The objectives of this work were to validate these primers with Brazilian isolates, verify their specificity
and sensitivity, and also to establish a multiplex PCR protocol for simultaneous detection of all species
associated with bacterial spot for routine diagnostic use. Thirty strains of Xanthomonas euvesicatoria, 30
of X. vesicatoria, 50 of X. perforans, and 50 of X. gardneri, and 32 strains of other fungal and bacterial
plant pathogens were tested. The primers were considered highly specific, amplifying only the target DNA.
Sensitivity varied from 102 to 104 CFU/mL for bacterial suspensions and up to 50 ρg/µL of purified DNA.
Using the multiplex PCR protocol different combinations of DNA from the four species were detected.
Specific detection was also accomplished directly from symptomatic tomato leaves. This protocol is rapid,
specific and may be an efficient tool for bacterial spot diagnosis, allowing simultaneous detection and
identification of all associated species.
Financial support: CNPq/MAPA Edital 64/578775.2008-5.
132
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1057
Aplicação de eric-pcr para comparação de isolados de Xanthomonas sp. de sementes de arroz
(Application of ERIC-PCR for the comparison of isolates of Xanthomonas sp. from rice seeds)
Schmitz, J. F.1; Mombelli, J. S.1; Souza Júnior, I. T.1; Oliveira, A. M. R.2; Duarte, V.1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS. 2Universidade Estadual do Rio Grande do Sul,
UERGS. E-mail: [email protected]
1
A detecção de Xanthomonas oryzae pv. oryzae (Xoo) e X. oryzae pv. oryzícola (Xoc), agentes causais
do crestamento bacteriano e da estria bacteriana do arroz, respectivamente, pragas quarentenárias para o
Brasil, em sementes, requer ferramenta diagnóstica específica e confiável. Para resultados positivos com
ELISA e PCR, é necessário o isolamento do patógeno, seguido de identificação bioquímica e testes de
patogenicidade. Um fator complicador é a existência de reações cruzadas com Xanthomonas sp. associada
as sementes. Assim sendo, 33 isolados de Xanthomonas sp. obtidos de sementes oriundas do Brasil (SC,
RR, RS), Uruguai e Argentina, positivos para xantomonadina e PCR com primers para o gênero, foram
analisadas através de sequências repetitivas de consenso intergênico em enterobactérias (ERIC-PCR),
conforme descrito por Versalovic et al., 1994. DNA de Xoo, Xoc, e X. campestris pv. campestris (Xcc)
foi incluído para comparação. A detecção dos produtos de amplificação foi obtida através da eletroforese
em gel de agarose 2% e fotodocumentado. A comparação dos perfis de amplificação de Xanthomonas sp.
por ERIC-PCR foi analisada pelo programa NTSYS-pc (F. J. ROHLF, 1998), indicando a presença de
alta variabilidade genética entre os isolados, independente de região ou cultivar. Os perfis genéticos dos
isolados de Xanthomonas sp mostraram-se distintos de Xoo, Xoc e Xcc.
133
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1145
Imunomarcação de Xanthomonas campestris pv. viticola em sementes de uvas
(Immunostaining of Xanthomonas campestris pv. viticola in grape seed)
Tostes, G.O.1; Araujo, J.S.P.1; Farias, A.R.G.1; Frade, D. A. R.2; Olivares, F.O2; Barros, D.R.1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; 2Universidade Estadual do Norte Fluminense. E-mail:
[email protected]
1
Conhecer a interação patógeno hospedeiro é um principio básico na fitopatologia para se adotar medidas de
manejo que visem diminuir perdas e a disseminação de fitomoléstias. Nesse contexto, são utilizadas as mais
variadas ferramentas de pesquisa para tal fim. Com objetivo de contribuir para a elucidação do patossistema
Xanthomonas campestris pv. viticola – videira, foram empregadas técnicas de imunomarcação, de modo a
detectar possível associação da bactéria com sementes de uvas, tanto assintomáticas quanto sintomáticas.
Amostras de frutos das variedades Itália, Red Globe e Benitaka Brasil foram coletadas na região do Vale
do São Francisco, área de ocorrência do cancro bacteriano da videira. As sementes foram extraídas das
bagas e separadas conforme presença ou não de sintomas. Em seguida, amostras foram lavadas em solução
tampão fosfato, fixadas em solução de glutaraldeído, desidratadas em série alcoólica e emblocadas em resina
L.R.White. Cortes de 0,9 μm foram obtidos, fixados em lâminas, cobertos com solução de bloqueio, lavados
e submetidos ao anticorpo primário AC4558. Decorrido 1h os cortes sofreram novas lavagens e foi aplicado
o anticorpo secundário conjugado com partículas de ouro de 15 nm de diâmetro, permanecendo em câmara
úmida por 2h. Decorrido esse período, para visualização ao microscópio ótico, marcaram-se as partículas de
ouro com prata, permitindo a observação de precipitado negro ao redor das partículas de ouro conjugadas
ao anticorpo secundário. As imagens obtidas possibilitaram comprovar, pela primeira vez, a associação de
Xanthomonas campestris pv. viticola aos tecidos das sementes, mesmo naquelas assintomáticas, o que, sem
dúvida, traduz-se em maior preocupação quanto a sobrevivência e disseminação da bacteriose.
134
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1220
Métodos de preservação de Xanthomonas citri subsp. malvacearum
(Methods of preservation of Xanthomonas citri subsp. malvacearum)
Oliveira, J. C.1; Albuquerque, G. M. R.2; Felix, K. C. S.2; Souza, E. B.3; Mariano, R. L. R.3.
1
Bolsista RHAE/CNPq/BioClone; 2Pós-graduandas do PPGF/UFRPE; 3Professoras do PPGF/UFRPE.
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Av. Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, CEP 52171900, Recife, PE. E-mail: [email protected]
Xanthomonas citri subsp.malvacearum (Xcm), agente causal da mancha-angular, causa sérios prejuízos a
cultura do algodão no Brasil e no mundo. Os métodos dessecação em fitas de papel de filtro, água destilada
esterilizada e liofilização foram testados para a preservação de dez isolados de Xcm preservados durante um
ano. A viabilidade de Xcm foi avaliada pelo crescimento em meio de cultura Kado 523 e a patogenicidade
das culturas viáveis foi analisada em plantas de algodoeiro da cv. Delta Penta. A viabilidade dos isolados
testados foi de 100, 90 e 60%, quando preservados durante um ano em papel de filtro, liofilização e água
destilada esterilizada, respectivamente. Algodoeiros inoculados com isolados de Xcm pelo método de
infiltração com seringa hipodérmica sem agulha foram avaliados após 10 dias quanto à severidade da
doença, pelo programa Assess 2002. A preservação dos isolados pelos métodos de dessecação em papel de
filtro, liofilização e água destilada esterilizada propiciou severidades de 51, 27,9 e 21,1%, respectivamente.
Em conclusão, os métodos de dessecação em papel de filtro e liofilização se destacaram na manutenção da
viabilidade e patogenicidade dos isolados de Xcm, no período estudado.
135
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1289
Detecção e erradicação de videiras com sintomas do cancro bacteriano no Estado do Paraná
(Detection and eradication of grapevine with bacterial canker symptoms in Paraná State)
Tomaz, R.1; Scremin, R. M.1; Ferreira, M. A. S. V.2; Barbosa, M. A. G.3.
1
SEAB/PR; 2Universidade de Brasília; 3EMBRAPA SEMIÁRIDO. E-mail: angelica.guimaraes@cpatsa.
embrapa.br
O cancro bacteriano da videira, causado por Xanthomonas campestris pv. viticola (Xcv), foi encontrado
pela primeira vez no Brasil em parreirais do Submédio São Francisco. Desde então é considerado uma praga
Quarentenária Presente, restrita aos estados da Bahia, Pernambuco, Piauí e Ceará. No ano de 2009 foram
encontradas plantas da variedade Red Globe, no município de Cianorte-PR, exibindo pontos necróticos
nas folhas, nervuras escurecidas e manchas escuras alongadas nos pecíolos. Foi realizado o isolamento em
meio NYDA acrescido de ampicilina. Com a bactéria isolada foi realizado teste de Gram, de patogenicidade
em mudas de videira da variedade Festival e caracterização molecular por PCR com os iniciadores RST2/
Xcv3R e Xcv1F/Xcv3R. Em seguida, como teste confirmatório, foi feita a análise dos perfis genômicos
por BOX-PCR. A bactéria apresentou-se Gram negativa e as plantas inoculadas desenvolveram lesões
necróticas escuras, com pequenos cancros nos pecíolos e hastes aos 14 dias após a inoculação. Os resultados
da análise por PCR foram positivos, assim como a amplificação com o iniciador BOX que apresentou o
padrão característico do isolado tipo de Xcv. Após confirmação do agente causal, a área foi erradicada para
evitar a disseminação do patógeno. Monitoramentos vêm sendo realizados nas áreas de produção de uva do
estado do Paraná, entretanto, a doença não foi mais detectada. Salienta-se aqui a importância da utilização
de material propagativo sadio para evitar a introdução da doença em novas áreas, assim como a rapidez na
diagnose e erradicação de novos focos da doença.
136
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1306
Eletroforese em gel de poliacrilamida com sódio dodecil sulfato (PAGE/SDS) na caracterização de
fitobactérias patogênicas ao cafeeiro
(PAGE/SDS in the characterization of pathogenic bacteria in coffee)
Maciel, K.W.1,2; Beriam, L.O.S.1; Almeida, I.M.G.1; Patrício, F.R.A1.
1
Instituto Biológico, CP. 70, 13012-970, Campinas-SP; 2Bolsista CAPES. E-mail: karenwmaciel@hotmail.
com
No Brasil já foram descritas em cafeeiro as seguintes doenças bacterianas: “mancha aureolada”, causada por
Pseudomonas syringae pv. garcae (psg), “crestamento bacteriano”, incitado por P. cichorii (pc), “mancha
escura bacteriana”, provocada por Burkholderia andropogonis (ba) e “mancha bacteriana das folhas”, cujo
agente causal é P.s. pv. tabaci (pst). Os sintomas foliares causados por psg e pst são semelhantes. Atualmente,
a diferenciação desses patovares pode ser feita por algumas características bioquímicas [utilização de
trigonelina, L(+) tartarato, lactato]; entretanto, o resultado final é obtido após 21 dias. Visando a identificação
de isolados bacterianos com maior rapidez, as linhagens de psg, ps, ba e pst foram submetidas à PAGE/SDS
de proteínas totais. As proteínas foram extraídas das suspensões bacterianas (ca. 8mg.mL-1) em tampão
tris-HCl 63mM pH 6,8 contendo SDS 2%, 2-β-mercaptoetanol 5% e sacarose 10%), fervidas (5min) e
centrifugadas (10.000g/3min), utilizando-se os sobrenadantes. Linhagens bacterianas tipo foram utilizadas
para comparação. Foram obtidos padrões de bandas distintos para cada um dos patógenos estudados. Com
os padrões de bandas foi construído um dendrograma de similaridade, que permitiu diferenciar os isolados
e confirmar as respectivas identidades. Estes resultados sugerem que esta metodologia pode ser utilizada
para a identificação destas bactérias, por ser rápida, precisa e barata.
137
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1372
Desenvolvimento de marcador molecular para diagnóstico de Pantoea ananatis, o agente causal da
mancha branca do milho
(Development of molecular marker for diagnosis of Pantoea ananatis, the causative agent of maize white
spot (MWS) disease)
Figueiredo, J. E. F.1; Gonçalves, R. M.2; Pedro, F. R.3; Meirelles, W. F.1; Paccola-Meirelles, L. D.2
1
Embrapa Milho e Sorgo; 2UEL; 3UNIFEMM. E-mail: [email protected]
O gênero Pantoea é composto por sete espécies geralmente associadas com plantas e que são filogeneticamente
muito relacionadas, com grande heterogeneidade bioquímica, tornando a identificação acurada e rotineira
dessas espécies uma tarefa muito difícil de ser realizada. Mancha Branca do Milho (MBM) é uma doença
foliar cujo agente etiológico é a bactéria Pantoea ananatis. MBM pode reduzir a produção de grãos em
cerca de 60% ou causar seca prematura das folhas em cultivares suscetíveis. Esse trabalho objetivou
desenvolver um método molecular para diagnóstico rápido e preciso de P. ananatis visando medidas de
prevenção e controle da doença. Genomas completos de P. ananatis depositados no GenBank foram usados
para identificar sequências de DNA únicas e específicas para o patógeno. Foi identificada uma sequência
de DNA com 388 pares de bases (pb) contendo duas translocações gênicas. A análise com o programa
Primer-blast para pesquisa de amplicons no GenBank confirmou a existência daquela sequência somente
no genoma de P. ananatis. Um par de iniciadores para amplificar essa região do DNA foi testado com
45 isolados de P. ananatis e controles negativos com Pantoea agglomerans, P. stewartii, Pseudomonas
fluorescens e Bacillus pumilus previamente identificados por sequenciamento parcial do gene ribossomal
16S e da região intergênica (ITS). A reação de PCR para amplificação do segmento de DNA de 388pb foi
feita nos moldes padrão exceto pela temperatura de anelamento de 58 oC. Foram observados amplicons
de aproximadamente 390pb apenas nas amostras de DNA de P. ananatis. Os produtos das reações foram
resolvidos em géis de agarose a 0,8% e as bandas de DNA foram cortadas, purificadas e sequenciadas,
confirmando a identidade esperada das sequências. Os resultados indicam a possibilidade de uso do par de
iniciadores específico para a identificação rápida e precisa de P. ananatis em lesões de MBM e em plantas
sadias do milho, podendo ser empregados também para diagnóstico desse patógeno em outras culturas.
138
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1376
Avaliação de diferentes indutores de resistência no manejo do cancro bacteriano da videira, no
submédio São Francisco
(Evaluation of different inducing resistance in bacterial canker management in the grapevine, in submedium
San Francisco)
Peixoto, A. R.1; Lima, M. A. G.2; Barbosa, M. A. G.3; Silva, M. S.4; Borges, I. V.5
UNEB1,2,4,5/Embrapa3. E-mail: [email protected]
O cancro bacteriano apresenta-se como grande empecilho para a região produtora de uva de mesa no
submédio São Francisco. Visando obter alternativas para o manejo integrado da doença, avaliou-se o efeito
de indutores bióticos e abióticos. Mudas de videira da variedade Red Globe foram induzidas sete dias antes
da inoculação com Xanthomonas campestris pv. viticola com Acibenzolar-s-metil, Manano-oligossacarídeo
fosforilado, Silicato de potássio e ácidos orgânicos e polifenois aplicados em quatro dosagens com
múltiplos de 1.0, 1.5 e 2.0 da dosagem padrão. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado,
com cinco repetições, constituindo-se de 12 tratamentos, acrescidos da testemunha. Aos 42 dias, avaliouse os componentes epidemiológicos da doença: Incidência (INC), Severidade (SEV), Índice de folha com
cancro (IFC), Período de incubação (PI) e Área abaixo da curva de progresso da severidade da doença
(AACPSD). Os resultados foram positivos para as mudas tratadas com Acibenzolar-s-metil em todas as
dosagens avaliadas para as variáveis INC, IPC, SEV, AACPSD; no entanto, quando o dobro da dosagem
padrão foi utilizada, o índice de folha com cancro foi nulo. O tratamento com o indutor biótico mananooligossacarídeo fosforilado teve redução significativa para INC, SEV e AACPSD. Os demais tratamentos
não diferiram estatisticamente da testemunha. Os indutores de resistência mostraram-se promissores no
manejo da doença nas condições avaliadas devendo serem testados em condições de campo.
139
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1377
Estudo da reação de genótipos de videira quanto a resistência a Xanthomonas campestris pv. viticola,
na região do submédio São Francisco
(Study of reaction of genotypes of grapevine for resistance to Xanthomonas campestris pv. viticola, in São
Francisco Submedio region)
Peixoto, A. R.1; Silva, M. S.2; Barbosa, M. A. G.3; Lima, M. A. G. 4; Borges, I. V.5
UNEB1,2,4,5/Embrapa3 E-mail: [email protected]
O cancro bacteriano, causado por Xanthomonas campestris pv. viticola (Xcv), é a doença bacteriana mais
importante da videira na região do Submédio São Francisco. A reação de 18 genótipos de videira, sendo
12 de copa e seis de porta-enxerto, foi avaliada quanto a resistência ao patógeno, em condições de casa de
vegetação. Mudas de videira foram inoculadas com a suspensão do isolado Xcv1 (A570=6x108UFC mL-1),
incubadas em casa de vegetação e observadas diariamente quanto aos componentes epidemiológicos do
cancro bacteriano: período de incubação (PI), incidência de folhas com sintomas (INC), incidência de folhas
com cancro (IFC), severidade da doença (SEV), área abaixo da curva de progresso da severidade da doença
(AACPSD). Todos os genótipos foram suscetíveis ao patógeno, embora diferindo significativamente entre
si (P=0,05) para a maioria das variáveis analisadas. Em geral, ‘Thompson Seedless’ e ‘A1118’ apresentaram
os maiores níveis de doença para todas as variáveis testadas, enquanto ‘Paulsen 1103’ destacou-se por
possuir o maior valor de período de PI e os menores valores de INC, IFC, SEV e AACPSD, indicando
grande potencial de utilização em programas de Melhoramento genético e manejo integrado. As correlações
significativas (P=0,05) verificadas entre as variáveis estudadas indicam que quaisquer delas pode ser
utilizada em pesquisas envolvendo reação de genótipos ao cancro bacteriano da videira.
140
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1431
Broccolo stunt: identification of phytoplasmas, potential vectors, alternative hosts and epidemiology
of the disease
(Enfezamento do brócolis: identificaçao de fitoplasmas, potenciais vetores, hospedeiros alternativos e
epidemiologia da doença)
Eckstein, B.1; Barbosa, J.C2; Kreyci, P.F.3; Brunelli, K.R.4; Gonçalves, A.C.5; Zanol, K.M.R.6; Lopes,
J.R.S.7; Amorim, L.8; Bedendo, I.P.9
1,6
UFPR; 2,3,7,8,9 ESALQ/USP; 4 Sakata Seed Sudamerica; 5 UFRJ. E-mail: [email protected]
Broccoli (Brassica oleraceae var. italica) is one important vegetable in Brazil. Recently, a new disease has
caused significant losses in this crop in the São Paulo State. The characteristic symptoms of the disease are
plant stunting and necrosis of phloem vessels. Total DNA from symptomatic broccoli plants was analyzed
by PCR with primers for the 16S rDNA of phytoplasmas. Through RFLP and nucleotide sequencing of
the same genomic region, the phytoplasmas were classified into the groups 16SrI, 16SrIII and 16SrXIII. A
survey for phytoplasmas in weeds and leafhoppers of the family Cicadellidae was done in an area where
broccoli plants were affected by a phytoplasma of the 16SrIII group. Phytoplasmas of the 16SrIII group
were identified in the weeds Agetarum conyzoides, Crotalaria lanceolata, Lepidium virginicum, Nicandra
physalodes, Paulicourea marcgravii, Ricinus communis, Sida rhombifolia, Sonchus oleraceae, Bidens
pilosa, Erigeron bonariensis, Emilia sonchifolia, Leonorus sibiricus, and in leafhoppers of the species
Atanus nitidus, Planicephalus flavicosta, Schapytopius fuliginosus (Deltocephalinae), Agallia albidula,
A. stricticolis (Agallinae), and one insect of the Typhlocybinae subfamily, specie not identified. It was
observed a great diversity within phytoplasmas of the 16SrIII group. The epidemiological analysis revealed
an aggregated pattern of the diseased plants and a higher progress of the diseased in the border of the
broccoli fields, which were located nearby areas where weeds and insects were abundant.
141
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1453
Endophytic community of Methylobacterium associated to Citrus sinensis (L.) Osbeck with citrus
variegated chlorosis (CVC)
Bernardes, F. S.; Quecine, M. C; Ferreira, A.; Andreote, F. D.; Araújo, W. L.; Azevedo, J. L.
Methylobacterium sp. has been described as endophyte or epiphyte in different host plants, where the
colonization and distribution on the host can be influenced by plant genotype or by interaction with other
microorganisms associated to the host. The aiming of this study was the evaluation of the diversity of
Methylobacterium spp. endophytic culturable bacterial community associated with Citrus Variegated
Chlorosis (CVC) symptomatic and no-symptomatic Citrus sinensis (L.) Osbeck plants. Thus, it was sampled
ten healthy and no-health plants with CVC symptoms in raining (November 2008 and February are 2009)
and dryed (may 2009) seasons in two provinces at São Paulo State. The presence or absence of the plantpathogens Xylella fastidiosa, CVC agent, was confirmed using specific primer by PCR for all plant samples.
The bacterial communities was accessed by isolation and posteriori quantification of colony forming unit
(CFU) the Methylobacterium group that was identified according its pink coloration. To the identification
and phylogenetic clusterization of the isolates was partially sequenced the 16S DNAr gene. The results
showed a higher amount of isolated Methylobacterium spp. from symptomatic plants to CVC than healthy
plant. The plants sampled in dryed season showed a high amount of methilotrific isolates. M. fujisawaense
and M. radiotolerans were present in these samples. The results showed the importance of Methylobacterium
sp. to citrus culturable endophytic community in pathossystem. The amount of methylotrofic isolates was
higher in symptomatic plants, suggesting its association with X. fastidiosa.
142
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1475
Limite de detecção de Xanthomonas campestris pv. viticola por nested-PCR em frutos assintomáticos
de videiras
(Detection limit of Xanthomonas campestris pv. viticola by nested-PCR in asymptomatic grapes)
Freitas, A.C.1; Miranda, T.D.1; Barbosa, M.A.G.2; Ferreira, M.A.S.V.1
1
Departamento de Fitopatologia, UnB, Brasília, DF; 2Embrapa Semiárido, Petrolina, PE. E-mail: cristina.
[email protected]
O cancro bacteriano da videira causado por Xanthomonas campestris pv. viticola é responsável por
grandes prejuízos ao cultivo da videira no Vale do Submédio São Francisco. Diante da preocupação com
a disseminação do patógeno, este estudo teve como objetivo determinar o limite mínimo de detecção da
bactéria por nested-PCR. Dois experimentos foram realizados com frutos das variedades comerciais Crimson
e Moscatel, desinfestados e inoculados artificialmente através de pulverizações com suspensões bacterianas
de diferentes concentrações (102 a 108 ufc/ml), com duas repetições (de 100-120g) para cada tratamento. Os
frutos foram depositados em bandejas de isopor e mantidos por 24 h à temperatura ambiente para secagem.
As amostras foram lavadas em 100 ml de água estéril em agitador por 1 h e 30 min a 200 rpm. Em seguida,
foram retiradas alíquotas de 1 ml que foram centrifugadas por 15 minutos a 13.200 rpm, descartando-se o
sobrenadante. O sedimento foi ressuspendido em 50 µl de água estéril. Com essas amostras foi realizada
a nested-PCR, sendo o primeiro ciclo com os iniciadores RST2/Xcv3R, cujo produto foi diluído em água
a 1:50 e assim realizado o segundo ciclo com os iniciadores Xcv1F/Xcv3R. O limite de detecção de X.
campestris pv. viticola por nested-PCR em frutos inoculados variou de 102 a 103 ufc/ml.
Apoio: CNPq/MAPA.
143
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1483
Response of geranium inoculated with different isolates of Ralstonia solanacearum
(Reação de gerânio inoculado com diferentes isolados de Ralstonia solanacearum)
Rossato, M.1; Souza, A. N.1 Lopes, C. A.2
Mestrando em Fitopatologia/UFV; 2Embrapa Hortaliças (CNPH). E-mail: [email protected]
1
Geranium (Pelargonium sp.) is an important host of Ralstonia solanacearum (Rs) because it is an efficient
vehicle for bacteria long-distance dissemination through latently infected cuttings. The objective of this
work was to preliminarily test the response of one geranium genotype after challenging it with 10 strains
of Rs from the Embrapa’s collection, selected by their diversity based on their hosts of origin, state, biovar
and date of the isolation. Theses strains were cultivated for 48h at 28°C in Kelman’s medium. Isolated
colonies were used to inoculate the 30 cm tall plants by perforating their crown regions (5 cm from soil)
with a sterile toothpick contaminated with each strain. Susceptible tomato seedlings were inoculated the
same manner. Inoculated plants were taken to a growth chamber with 30°C and high humidity for six days,
with daily evaluations. Slight symptoms were firstly noticed three days after inoculation with strains of race
1, biovars 1 and 3. Only one out of six isolates of race 3/biovar 2 caused symptoms by then. After six days,
all plants were transferred to a greenhouse (15 to 30°C) were wilting evolved to death. All tomato seedlings
wilted and died, indicating that all isolates were virulent. Three from the group of six R3Bv2 isolates wilted
the geranium plants, with two producing a small amount of bacterial ooze from their stems. No patterns
on the incidence levels were found that would explain interactions between biovar, host or local of origin;
inoculation with older isolates, however, resulted in a lower incidence over the geranium plants. At the end
of the experiment, 26 days after inoculation, an oozing test was performed, confirming that all isolates were
capable of infecting geranium plants under highly favorable conditions. Therefore, less virulent isolates,
like the R3Bv2, and/or less favorable environments for disease manifestation increases the chances of Rs
dissemination though latently infected geranium cuttings.
Apoio: FAPEMIG.
144
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1485
Efeito de neonicotinóides e acibenzolar-s-metil no controle de cancro cítrico (Xanthomonas citri subsp.
citri) sob condiçoes de campo
(Effect of neonicotinoids and acibenzolar-S-methyl for control of citrus canker (Xanthomonas citri subsp.
citri) under field conditions)
Barreto, T.P. 1; Silva, M.R.L. 1; Miller, A.M.1; Graham, J.H.2; Leite Jr, R.P.1
Instituto Agronômico do Paraná; 2University of Florida. E-mail: [email protected]
1
A resistência sistêmica induzida é uma das medidas que tem sido estudada para controle do cancro cítrico
causado por Xanthomonas citri subsp. citri. O presente estudo teve como objetivo avaliar se o tratamento
preventivo de plantas cítricas com inseticidas neonicotinóides e acibenzolar-s-metil são capazes de controlar
o cancro cítrico em plantas de laranja sob condições de campo. Os tratamentos foram dispostos em blocos
casualizados, sendo dez tratamentos e cinco repetições, com cada parcela composta por 10 plantas. Foram
incluídos cinco tratamentos com imidaclopride, sendo quatro no solo e um no tronco, um com tiametoxam
(TMX), um com clotianidina e dois com acibenzolar-s-metil no solo. Plantas controle foram tratadas com
água. A incidência de cancro cítrico nas folhas foi avaliada mensalmente. O experimento foi conduzido
no município de São João do Caiuá, PR, em pomar comercial de laranja Pêra, com dois anos de idade.
Tratamentos com neonicotinóides e acibenzolar-s-metil induziram diminuição na incidência de cancro
cítrico nas plantas cítricas e foram estatisticamente diferentes, quando comparados ao tratamento controle.
O TMX foi o tratamento que apresentou a menor incidência de cancro cítrico, sendo significativamente
diferente dos outros tratamentos.
145
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1532
Aumento da incidência de Candidatus Liberibacter spp. nas espécies cítricas no noroeste do Paraná
(Increased incidence of Candidatus Liberibacter spp. in a experimental orchard in the northwest of Paraná
State)
Sauer, A.V.; Rodrigues, J.L.; Braudaz, T.R.; Brumatti, V.M.; Sgobero, A.; Souza, I.; Zanutto, C.A.;
Corazza, M.J.; Nunes, W.M.C.
Universidade Estadual de Maringá, NBA, Cep 87020-900. E-mail: [email protected]
Huanglongbing (HLB) tem apresentado destaque e importância por ser considerada uma das mais
devastadoras doenças da citricultura. Os sintomas caracterizam-se principalmente por ramos com folhas
apresentando coloração amarelada, normalmente isolados na planta. As folhas apresentam-se com aparência
mosqueada, de coloração alternada entre tons de verde claro, verde escuro e amarelo, não apresentando
limites definidos nas tonalidades. É causada por uma bactéria gram negativa de crescimento limitado ao
floema, denominada de Candidatus Liberibacter spp. O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência de
C. Liberibacter asiaticus e C. Liberibacter americanus em pomar experimental na Fazenda Experimental
de Iguatemi, da Universidade Estadual de Maringá. A área com 2.300 plantas de espécies e híbridos de
Citrus sp., em 6 ha foi avaliada quanto a presença de plantas sintomáticas de HLB em setembro de 2010
e março de 2011. Das plantas com sintomas de HLB foram coletadas amostras e realizada a extração de
DNA total das mesmas para confirmação da presença da bactéria através de PCR convencional. Os pares de
iniciadores (“primers”) utilizados foram LPAS/RPAS e LSg2r/LSg2f, para as formas asiática e americana
da doença, respectivamente. No primeiro levantamento, 32 plantas foram diagnosticadas como suspeitas e
destas, nove foram confirmadas para C. Liberibacter asiaticus e quatro plantas confirmadas para a espécie
C. Liberibacter americanus. No segundo levantamento, 67 plantas foram consideradas suspeitas das quais
35 amostras foram positivas para a espécie asiática da doença e não se detectou amostras contaminadas
pela forma americana da doença. O aumento da incidência da doença pode estar relacionado ao período
de latência e demonstra a necessidade de inspeções periódicas em pomares comerciais, alertando para a
necessidade de técnicas que convivam com o HLB à campo. No Paraná temos encontrado mais a forma
asiática da bactéria.
146
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1547
Monitoramento de Candidatus Liberibacter asiaticus em pomar comercial de laranja doce e lima
ácida tahiti no noroeste do Estado do Paraná
(Monitoring the Candidatus Liberibacter asiaticus in a commercial orchard of sweet orange and Tahiti lime
in the northwest of Paraná State)
Sauer, A.V.; Rodrigues, J.R.; Braudaz, T.R.; Sgobero, A.R.; Brumatti, V.M.; Souza, I.; Nunes,
W.M.C.
Universidade Estadual de Maringá – UEM, Núcleo de Pesquisa em Biotecnologia Aplicada – NBA – Av.
Colombo, 5790, Maringá – PR. E-mail: [email protected]
Huanglongbing (HLB) enquadra-se como uma das principais moléstias da citricultura por rapidamente
tornar as plantas improdutivas e seus frutos impróprios ao consumo, sendo causada por uma bactéria
denominada Candidatus Liberibacter spp. O objetivo deste estudo foi avaliar em pomar comercial a
flutuação populacional da bactéria C. Liberibacter asiaticus. Plantas de laranja doce e lima ácida Tahiti
infectadas naturalmente com HLB, foram identificadas através de PCR convencional, protegidas com telas
antiafídicas para evitar a disseminação da doença na área. O acompanhamento populacional bacteriano
foi realizado através PCR quantitativo, após a extração de DNA total das nervuras de folhas sintomáticas
coletadas mensalmente, durante oito meses. Nas espécies estudadas foi observado o comportamento errático
da bactéria. Mesmo após a detecção em determinados quadrantes das plantas, em alguns meses não foi
possível verificar a presença do agente etiológico no mesmo local. Para as laranjas doce os quadrantes que
expressavam os sintomas mais severos, apresentaram a bactéria em maior quantidade com o Ct variando
entre 18 e 33. Para a lima ácida Tahiti maior quantidade do patógeno foi detectada nos quatro últimos meses
de coleta. Estes resultados contribuem para o conhecimento da epidemiologia do HLB nesta cultura e visa
auxiliar a busca por medidas de controle eficazes.
147
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1548
Monitoramento de Candidatus Liberibacter asiaticus em mudas de citros em condições de casa de
vegetação
(Monitoring of Candidatus Liberibacter asiaticus in citrus seedlings in greenhouse conditions)
Sauer, A.V.; Braudaz, T.R.; Rodrigues, J.L. Brumatti, V.M.; Sgobero, A.R.; Souza, I.; Nunes,
W.M.C.
Universidade Estadual de Maringá – UEM, Núcleo de Pesquisa em Biotecnologia Aplicada – NBA – Av.
Colombo, 5790, Maringá – PR. E-mail: [email protected]
Dentre as moléstias que atingem a citricultura mundial, Huanglongbing (HLB) se destaca por ser considerada
uma das mais devastadoras doenças da cultura. É causada por bactérias gram negativas de crescimento
limitado ao floema, denominadas Candidatus Liberibacter spp. Os sintomas caracterizam-se por ramos com
folhas amareladas, geralmente isolados nas plantas. As folhas possuem aparência mosqueada, entremeadas
com verde claro, verde escuro e amarelo, sem delimitação definida. Este estudo objetivou acompanhar
o comportamento de Ca. Liberibacter asiaticus em mudas enxertadas em casa de vegetação. Utilizou-se
20 mudas de Laranja Pêra, que foram inoculadas em 2.008 com borbulhas contaminadas com HLB. A
detecção de HLB nas plantas foi realizada através de PCR convencional. Dez folhas de cada planta foram
coletadas para extração de DNA total e para o monitoramento da população bacteriana através da técnica
de PCR quantitativo, por um período de sete meses. A bactéria não foi detectada em 35% das plantas em
determinados meses (novembro e dezembro de 2010, janeiro a março de 2011), mesmo sendo constatada
sua presença em datas anteriores. O patógeno foi constatado mesmo quando a expressão dos sintomas
foi pequena. Assim, o estudo da flutuação populacional deste agente, contribui para o esclarecimento da
epidemiologia da doença nesta cultura.
148
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1572
Bio-pcr com meio semi-seletivo nydam para detecção de Xanthomonas campestris pv. viticola em
frutos de videira
(Bio-PCR with the semi-selective medium NYDAM for detection of Xanthomonas campestris pv. viticola
on grapes)
Miranda,T.D.¹; Freitas,A.C.¹; Barbosa, M.A.G.²; Ferreira, M.A.S.V.¹
¹Departamento de Fitopatologia, Universidade de Brasília, Brasília, DF; ²Embrapa Semiárido, Petrolina,
PE. E-mail: [email protected]
O cancro bacteriano é atualmente uma das principais doenças da videira na região do Vale do Submédio São
Francisco. Considerando a necessidade de detecção de Xanthomonas campestris pv. viticola (XCV) em
frutos e material propagativo assintomático, este trabalho teve como objetivo a otimização da detecção de
XCV em frutos por Bio-PCR associado ao meio semi-seletivo NYDAM. Três ensaios foram realizados com
frutos das variedades Rubi e Crimson, adquiridos no comércio local, previamente desinfestados e inoculados
com pulverizações de suspensões bacterianas nas concentrações 103 e 108 ufc/ml com três repetições (de
100-120g) para cada tratamento. Os frutos foram depositados em bandejas de isopor e mantidos por 24 h à
temperatura ambiente para secagem. Em seguida, foram lavados em 100 ml de água estéril em agitador por
1 h 30 min a 200 rpm. De cada repetição, 100 µl foram plaqueados em meio NYDAM para enriquecimento
da população bacteriana por 48-72 h. As placas foram lavadas, os lavados diluídos a 1:10 ou 1:100 e
usados para a PCR com iniciadores Xcv1F/3R. A PCR foi positiva para 95,2% das amostras inoculadas com
suspensão a 108 ufc/ml e diluições dos lavados 1:10. Nas amostras inoculadas a 103 ufc/ml, apenas 7,4%
foram positivas (na diluição 1:10),mas 55,5% foram amplificadas a partir dos lavados mais diluídos (1:100).
Os resultados indicaram que o tempo de enriquecimento e a diluição dos lavados das placas influenciaram
na sensibilidade do método. Para detecção de XCV na menor concentração foi preciso aumentar o tempo
de enriquecimento de 48 para 72 h, e utilizar diluições de 1:100.
Apoio: CNPq/MAPA.
149
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1647
Avaliação da viabilidade de Pantoea ananatis sob diferentes condições ambientais
(Evaluation of viability of Pantoea ananatis under different environmental conditions)
Souza, M. F. F., Paccola-Meirelles L. D.
Universidade Estadual de Londrina. E-mail: [email protected]
Pantoea ananatis, agente causal da Mancha Branca do Milho, apresenta baixa viabilidade dependendo das
condições de armazenamento. Este trabalho teve por objetivo otimizar sua manutenção em laboratório. Foram
avaliadas três temperaturas: temperatura ambiente (20ºC á 25ºC), 2 á 3,3oC e -20ºC e as seguintes soluções
de preservação: glicose 5%, frutose 5%, sucrose 10%, lactose 7%, glutamato de sodio 5%, polyethylene
glycol (0,05M), solução salina (8,6g NaCl/L água destilada), água, óleo vegetal, glicerol (5M) e leite em pó
desnatado reconstituído (10%).
A avaliação da viabilidade foi feita quinzenalmente. Os tratamentos
leite em pó desnatado reconstituído nas três temperaturas, glutamato de sodio na temperatura de 2 á 3,3oC,
água em temperatura ambiente e 2 á 3,3oC, frutose na temperatura 2 á 3,3oC, glicose em temperatura de
2 á 3,3oC e em temperatura ambiente, lactose na temperatura de 2 á 3,3oC, e sucrose na temperatura de 2
á 3,3oC, mostraram-se eficazes em manter a viabilidade de P. Ananatis. A patogenicidade de P. ananatis
mantida nestes meios, foi avaliada em plantas da cultivar HS200 á campo e em laboratório em folhas
destacadas. Na avaliação a campo plantas com 97 dias de idade foram injuriadas e inoculadas com as
suspensões bacterianas conservadas durante 50 dias nos diferentes meios. As bactérias preservadas em
glicose (temperatura ambiente) foram mais eficientes em reproduzir os sintomas. Em folhas destacadas
inoculadas com as suspensões bacterianas conservadas durante 108 dias, em salina e lactose (ambas à
temperatura ambiente) e glicose e leite (ambas a temperatura de 2 á 3,3ºC) foram eficientes em reproduzir os
sintomas em folhas de 30 dias de idade. Suspensões bacterianas armazenadas durante 212 dias em sucrose
(temperatura ambiente), fructose, glutamato de sódio, salina, água, glicose e sucrose (todas à temperatura
de 2 á 3,3ºC) também mostraram-se eficientes em reproduzir sintomas em folhas de 15 dias de idade.
150
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1685
Sobrevivência de Xanthomonas campestris pv. viticola em restos de poda de videira fragmentados e
tratados com aceleradores de decomposição
(Survival of Xanthomonas campestris pv. viticola in the fragmented vine pruning debris treated with
decomposition accelerators)
Costa, V. S. O.1; Batista, D. C.1; Mariano, R. L. R.2; Barbosa, M. A. G.1
1
Embrapa Semiárido; 2UFRPE. E-mail: [email protected]
O cancro bacteriano [X. campestris pv. viticola (Xcv)] é uma das principais doenças da videira no Semiárido
brasileiro, região onde há grande resistência em retirar os restos de poda do parreiral. Este trabalho
objetivou verificar a sobrevivência de Xcv em restos de poda fragmentados e tratados com aceleradores de
decomposição. Mudas de videira ‘Sugraone’ foram inoculadas pelo método da gaze, com o isolado mutante
Xcv2Rif e mantidas em casa de vegetação até o aparecimento dos sintomas da doença. Estas mudas foram
fragmentadas em forrageira e em roçadeira e 10g dos materiais foram acondicionados em bolsas de malha
plástica, sendo submetidos aos tratamentos com os aceleradores de decomposição (ADs) nas dosagens de
1 Kg de Compost-aid® + 0,5 L de Stubble-aid®/100L de água e 20 mL de Bioson Super®/Kg de matéria
orgânica, com cinco repetições. A cada oito dias, cinco bolsas/tratamento foram coletadas aleatoriamente
das parcelas, pesadas e retirado 1g para maceração. A seguir, as amostras foram diluídas em série até 10-4,
plaqueando-se 100µl de cada suspensão em meio NYDA acrescido de ampicilina (0,1g L-1), rifampicina
(0,1g L-1) e Azoxtrobim (0,16 g L-1). O mutante Xcv2Rif sobreviveu em tecidos infectados de videira
fragmentados, tratados ou não com ADs, na superfície do solo, com populações variando aproximadamente
entre 104 a 105 UFC g-1 de tecido infectado, durante os 126 dias de duração do experimento. No entanto,
o uso de fragmentos de videira provenientes de roçadeira e de forrageira proporcionou um decréscimo
na população da bactéria, mas uma única aplicação dos ADs não interferiu na sobrevivência do mutante
Xcv2Rif.
151
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1776
Análise in vitro e molecular do potencial de resistência ao cobre em Xanthomonas citri subsp. citri
(In vitro and molecular analysis of the potential for copper resistance in Xanthomonas citri subsp. citri)
BURGO Filho, A. F.1; MENEGUIM, L.1; LEITE Jr., R. P.1
1
Instituto Agronômico do Paraná - Área de Proteção de Plantas. E-mail: [email protected]
Aplicações freqüentes de bactericidas cúpricos para controle de cancro cítrico podem promover a seleção de
bactérias resistentes ao cobre. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a resistência e a presença de genes
de resistência ao cobre em Xanthomonas citri subsp. citri (Xcc). Foram avaliados isolados de bactérias
provenientes de pomares dos municípios de São João do Caiuá, Paranavaí e Rolândia, PR, e isolados
transconjugantes de Xcc (isolado 306 de Xanthomonas citri subsp. citri X isolado 81-23 de Xanthomonas
vesicatoria), pertencentes à coleção de bactérias fitopatogênicas do Laboratório de Bacteriologia/Virologia
do IAPAR. Como padrão de resistência ao cobre foi utilizado o isolado 81-23 de Xanthomonas vesicatoria.
Para isolamento bacteriano, lesões de cancro cítrico foram recortadas e transferidas para 15 ml de meio
líquido (MGY-Broth) acrescido de 1 ppm de sulfato de cobre, permanecendo sob agitação a 150 rpm por
2 horas. A suspensão extraída foi diluída e alíquotas de 100 µl foram plaqueadas em meio AN e MGY
acrescidos de 75 ppm e 200 ppm de sulfato de cobre, respectivamente. As placas foram mantidas a 28ºC
e avaliadas no quarto dia para presença de colônias de Xcc. Colônias semelhantes às de Xcc foram
purificadas e caracterizadas quanto à coloração de Gram e formato das células. Posteriormente, foram
submetidos à extração de DNA genômico e plasmidial. Na PCR foram utilizados os primers PthA e CopL
para confirmação de Xcc e presença de genes de resistência ao cobre, respectivamente. Pela técnica de
PCR não foi confirmada a presença de Xcc resistente ao cobre. Entretanto, 56 isolados bacterianos Gramnegativos e formato bastonete se mostraram resistentes ao cobre. Dentre eles, 15 apresentaram de 1 a 2
plasmídeos. Entre os isolados testados em reação de PCR, apenas os transconjugantes de Xcc apresentaram
o gene de resistência ao cobre CopL.
152
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BACTERIOLOGIA
1801
Suscetibilidade de diferentes espécies de plantas a biovar 2 de Ralstonia solanacearum de eucalipto
(Susceptibility of different plant species to biovar 2 of Ralstonia solanacearum from eucalyptus)
Marques E¹, Uesugi CH¹.
Universidade de Brasília. E-mail: [email protected]
A murcha bacteriana do eucalipto, causada por Ralstonia solanacearum biovar 2, foi identificada
recentemente por testes bioquímicos, a partir de material coletado no município de Alexânia-Go, em 2009.
Adicionalmente foram realizados testes para determinação do fenótipo e as estirpes estudadas utilizaram
tanto inositol quanto trealose, indicando serem pertencentes a biovar 2T. Objetivando determinar o
círculo de hospedeiros, inoculações artificiais foram realizadas e, a reprodução dos sintomas de murcha e
recuperação da bactéria foram observadas de plantas de batata, berinjela, gerânio, tomate, datura e feijão.
Plantas de goiaba murcharam após o 6º dia do início do teste, além de exibir mancha em “V” invertido
nas folhas, mas voltaram às condições normais após o 22º dia, não sendo possível recuperar a bactéria dos
tecidos. Já mudas de neem, amora e pinha não mostraram sintomas de infecção. O fenótipo 2T (Tropical)
ocorre em batata no Brasil e Peru, ao contrário do 2A (Andino) que encontra-se disseminado por vários
continentes. Relatos de murcha de R. solanacearum em essências florestais são escassos ou incompletos,
sendo todos dentro das biovares 1, 3 e 4. No caso de eucalipto ocorre a biovar 1 no Brasil e a 3 em outros
países. A biovar 2 conhecida como “raça da batata” possuí a princípio uma gama de hospedeiras limitada,
foi relatada recentemente em eucalipto pelos autores. O presente trabalho confirmou a infecção pela biovar
2T em algumas plantas membros da família Solanaceae, além de gerânio. Por outro lado, espécies arbóreas
descritas com murcha, causada por outras biovares, não foram afetadas por tais estirpes.
153
Resumos Biotecnologia
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
205
Transformaçâo de Colletotrichum gloeosporioides isolados de cafeeiros com mancha manteigosa com
o gene marcador gfp utilizando a técnica de eletroporaçâo
(Transformation of Colletotrichum gloeosporioides isolated from coffee with blister spot with gene gfp
using the technique electroporation)
Armesto, C.¹; Martins - Maia, F.G.¹; Abreu, M.S.¹; Reis, A.F.2
¹Laboratório de Diagnose UFLA; 2Laboratório de Virologia e Biologia Molecular UFLA. E-mail: cecirpj@
hotmail.com
A eletroporação é uma das diversas técnicas utilizadas para a obtenção de microorganismos geneticamente
modificados, que consiste na inserção de fragmentos de DNA em células hospedeiras por meio de pulsos
elétricos de curta duração. Deste modo, o trabalho objetivou avaliar a eficácia da transformação genética
com o gene marcador gfp em Colletotrichum gloeosporioides, utilizando a técnica de eletroporação. Foram
aplicados 10µL de DNA plasmidial a 1 mL de suspensão de protoplastos (107 protoplastos.ml-1), como
controle utilizou-se água destilada autoclavada no lugar de DNA plasmidial. As suspensões foram incubadas
no gelo por 10 minutos e submetidas à eletroporação, empregando-se resistência interna de 400 ohms,
capacitância de 50 µf e intensidade de campo de 1,5 kv/cm. Após, foram incubadas em gelo por 15 minutos.
Adicionou-se 1 mL do estabilizador osmótico KCl e verteu-se a suspenção em 100 mL de meio completo
adicionado de 50µg.ml-1 de higromicina-B, utilizada para a seleção dos transformantes. O meio foi vertido
em placas de Petri de 9 cm, e incubadas em câmara de crescimento com fotoperíodo de 12 horas, a 25±1°C.
Foram obtidas 18 colônias de transformantes constatando-se a eficiência da técnica, confirmada por meio
de microscopia de epifluorescência e pela resistência ao antibiótico higromicina-B, quando incorporado
ao meio de cultivo. O fungo manteve suas características morfológicas e culturais quando comparado aos
isolados selvagens.
Apoio: FAPEMIG.
155
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
298
Similaridade genética entre genótipos de trigo parcialmente resistentes à ferrugem da folha para uso
no Melhoramento genético assistido por marcadores moleculares
(Genetic similarity between wheat genotypes partially resistant to leaf rust for use in assisted breeding by
molecular markers)
Casassola, A.1; Brammer, S.P.2; Chaves, M.S.2; Wiethölter, P.3
Mestranda, PPGAgro/Universidade de Passo Fundo; 2Doutora e pesquisadora, Embrapa Trigo; 3 Bolsista
pós-doutorado – PNPD/CNPq, Embrapa Trigo. E-mail: [email protected]
1
O trigo é uma cultura de grande expressividade mundial. Os danos causados pelo fungo Puccinia triticina,
agente etiológico da ferrugem da folha, podem causar prejuízos superiores a 50%, constituindo um dos
grandes problemas encontrados pelos triticultores. O objetivo deste trabalho foi analisar a similaridade
genética entre linhagens e cultivares de trigo parcialmente resistentes à ferrugem da folha, visando auxiliar
o programa de Melhoramento genético da Embrapa Trigo na escolha dos parentais durante os cruzamentos.
Os 30 genótipos analisados foram selecionados após oito anos de avaliações em campo, onde estes
apresentaram, consistentemente, altos níveis de resistência parcial sob inoculação. O DNA foi extraído das
folhas pelo método CTAB e quantificado em gel de agarose 0,8%. Foram testados 89 locos microssatélites.
Os fragmentos de DNA amplificados foram separados em gel de agarose 2%. A similaridade genética
entre os genótipos foi estimada pelo Coeficiente de Jaccard, sendo que os mesmos foram agrupados pelo
método UPGMA (NTSYSpc 2.1). Dos 89 locos testados, 44 apresentaram polimorfismo, abrangendo os
três genomas da espécie. A partir da análise do dendrograma verificou-se que o maior valor de similaridade
foi observado entre PF 010066P e PF 010069 (91,3%) e o menor entre PF 960258 e BR 35 (20,7%). O
coeficiente médio da similaridade obtido foi de 58,9% indicando uma alta diversidade entre os genótipos
analisados, característica importante no incremento da variabilidade genética, tendo em vista que esta é
essencial aos programas de melhoramento.
156
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
449
Estrutura populacional de Magnaporthe grisea, agente causal da brusone de triticale: qual marcador
molecular empregar?
(Population structure of Magnaporthe grisea, causal agent of blast on triticale: What molecular marker to
employ?)
Bacalhau, F.B.; Urashima, A.S.
LAGEM / DBV / CCA-UFSCar. E-mail:[email protected]
Marcadores moleculares vêm sendo muito empregados para o estudo da diversidade genética. Suas vantagens
incluem uma ampla amostragem do genoma que permite analisar a estrutura genética de uma população.
Essas análises têm sido empregadas em Magnaporthe grisea para examinar a capacidade de dispersão do
patógeno, as taxas de mutações, as fontes de inóculo, entre outros. Sendo possível utilizar diversas técnicas
como RFLP, RAPD, REP-PCR e Microssatélite. O presente trabalho visou estudar a estrutura populacional
de M. grisea de triticale gerados por diferentes marcadores moleculares. Foram utilizados 14 isolados de M.
grisea de triticale, 15 primers para RAPD, seis primers para REP-PCR utilizados individuais ou associados
e preliminarmente dois pares de primers para Microssatélite. A partir de uma matriz binária foi construído
um dendrograma utilizando coeficiente de similaridade Simple matching’s em SIMQUAL pelo programa
NTSYS 2.2 com o método UPGMA, e o coeficiente de confiabilidade foi computado pelo programa Wimboot
para 1000 repetições. Todos os marcadores moleculares empregados no presente estudo identificaram duas
populações claramente distintas com diferentes graus de similaridades genética que causou brusone em
triticale. Contudo o valor do bootstrap variou com a técnica, sendo que REP-PCR apresentou valores não
confiáveis, assim como RFLP de estudo anterior, sugerindo que RAPD e Microssatélite sejam os marcadores
moleculares adequados para tal análise por apresentar maior robustez.
157
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
472
Uso da visão computacional para medição de crescimento fúngico
(Use of computer vision for measuring fungal growth)
Colella, J. C. T.1; Vida, J. B.2; Schwan-estrada, K. R. F.2; Oliveira, J. S. B.3
Doutorando em Agronomia, PGA-UEM; 2Professores Dr./Pesquisador(a), PGA-UEM;3 Mestranda em
Agronomia, PGA-UEM. E-mail: [email protected]
1
A visão computacional possui como finalidade emular a visão humana, possuindo como entrada uma
imagem e a saída é uma interpretação da imagem como um todo, ou parcialmente. Essa tecnologia pode ser
usada para a detecção da área ocupada por uma colônia micelial com grande exatidão. Este trabalho teve
como objetivo utilizar a visão computacional para a medição de crescimento micelial de fungos através
da área de colônias, empregando modelagem de processos cognitivos visuais. Foi utilizado como padrão
Corynespora cassiicola, cultivado no meio batata-dextrose-ágar, em placas-de-Petri. Foi utilizado um
computador com uma placa de captura de vídeo da Pinnacle, com o software Pinnacle Studio 11 para
capturar os vídeos registrados pela Camera JVC modelo GR – DVL 300U e capturado pelo computador pela
conexão FireWare (IEEE 1394). Os vídeos foram gravados no formato AVI em 720 linhas, com uma média
de 140 horas (aproximadamente 6 dias) de gravação das 4 placas de Petri. Os resultados mostraram que foi
possível quantificar o crescimento desse fungo no intervalo de hora em hora, registrando detalhes que não
são perceptíveis pela visão humana. O crescimento micelial de C. cassiicola não ocorre de forma linear ao
longo do tempo, com o desenvolvimento da colônia micelial de forma descontínua, com interrupções em
intervalos de tempo diferentes, dependendo da idade da colônia.
158
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
517
Detecção e identificação de Dickeya spp. por pcr Quantitativo seguido por Análise da Curva de
Dissociação de Alta Resolução
(Detection and identification of Dickeya spp. by Quantitative PCR followed by High Resolution Melting
Curve Analysis)
Carvalho, J. B.1; Duarte, V.2; Remer, R. A.1; Margis, R.1
1
VITATEC Consultoria e Desenvolvimento em Biotecnologia Ltda.; 2Departamento de FitossanidadeUFRGS. E-mail: [email protected]
A análise da Curva de Dissociação de Alta Resolução (ACDAR ou HRM) é uma tecnologia que aplica o
monitoramento de fluorescência no momento da separação das duas fitas de DNA, em função do aumento
da temperatura. A combinação da PCR quantitativa (qPCR) e ACDAR podem ser usadas para detectar
e identificar fitopatógenos em plantas, a partir de variantes de sequência de DNA de um gene-alvo, que
podem apresentar temperaturas de dissociação diferentes. A identificação desses variantes pode permitir a
identificação de espécies já identificadas ou de novas espécies. Este trabalho teve como objetivo utilizar a
técnica de ACDAR para detectar e identificar Dickeya spp. em tubérculos de batata. A qPCR foi realizada
com oligonucleotídeos degenerados, mas específicos para o gene mtID, permitindo a detecção de Dickeya
spp. seguida de ACDAR com o fluoróforo SYTO 13 para identificação das espécies. Em amostras de
tubérculos e controles de D. dianthicola (Ddia), D. chrysanthemi bv. chrysanthemi (Dch) e uma Dickeya
sp. (Dc) foram obtidos três perfis de ACDAR com as seguintes temperaturas de dissociação 89,5, 90,2, e
90,7 °C, respectivamente. Seis amostras foram identificadas como Ddia, quatro amostras como Dch e uma
amostra como Dc, de acordo com as temperaturas de dissociação dos produtos de amplificação. Resultados
obtidos de seqüenciamento dessas amostras e controles confirmam a identificação taxonômica com as cepas
tipo de cada espécie, o que demonstra que esse método pode ser utilizado para detecção e identificação de
espécies de fitopatógenos (no caso, bactérias) a partir de diferenças na temperatura de dissociação.
159
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
587
Policetídeo sintases em Xylella fastidiosa: caracterização de uma oxidoreductase envolvida na
biossíntese de frenolicina
(Polyketide synthases in Xylella fastidiosa: characterization of an oxidoreductase involved in the frenolicin
biosynthesis pathway)
Toledo, MAS1; Santos, CA1; Saraiva, AM1; Beloti, LL1; Crucelo, A1; Favaro, MTP1; Santiago, AS1;
Mendes, JS1; Souza, AA2, De Oliveira, LG3, Azzoni, AR1 & Souza, AP1
1
Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG), Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP), Campinas/SP, Brasil; 2Centro APTA Citros Sylvio Moreira/Instituto Agronômico de Campinas
(IAC), Cordeirópolis/SP, Brasil;3Departamento de Química Orgânica, Instituto de Química, Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas/SP, Brasil. E-mail: [email protected]
Policetídeos sintases são enzimas responsáveis pela biossíntese de diversas moléculas orgânicas policíclicas
e aromáticas. Estas apresentam inúmeras funções dentre as quais, atividade anticâncer, antibacteriana,
antifúngica, antiviral e antiparasitária podem ser citadas. O presente trabalho tem como objetivo a
caracterização funcional de uma policetídeo sintase do fitopatógeno Xylella fastidiosa, agente etiológico
da Clorose Variegada dos Citros (CVC) dentre outras doenças. Após o seqüenciamento do genoma deste
fitopatógeno, poucas orfs relacionadas à via de biossintese de policetídeos foram identificadas gerando
discussões sobre a existência destas no organismo. De tal modo, a orf Xf1856 (cujo produto protéico
correspondente foi denominado XfFrnE) predita como uma oxidoreductase envolvida na via de biossintese
da Frenolicina (com descrita atividade antiparasitária) foi selecionada para estudo. A expressão e purificação
da proteína recombinante correspondente utilizando-se processos cromatográficos de afinidade ao níquel
e exclusão por peso molecular mostrou que esta se apresenta monomérica em solução. Ensaios de redução
de insulina mostraram que esta apresenta, de fato, atividade de oxidoreductase. Adicionalmente, anticorpos
policlonais anti-XfFrnE foram produzidos e utilizados para a detecção da mesma em extrato protéico
obtido de biofilme de X. fastidiosa em diferentes estágios de formação.Foi possível observar a expressão da
proteína estudada em todos os estágios analisados. Em uma abordagem complementar, primes específicos
para domínios conservados de policetídeos sintases (PKS II α e PKS II β) foram utilizados para PCRscreening de possíveis orfs codantes para outras PKS permitindo identificar 3 novas orfs com possível
envolvimento na via de biossíntese de policetídeos. Tais estudos contribuem para um maior entendimento e
caracterização das vias de biossintese de policetídeos em X. fastidiosa podendo estas ter ainda, importante
papel no processo de infecção e sobrevivência deste fitopatógeno.
160
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
589
Caracterização isoenzimática de isolados de Corynespora cassiicola
(Isoenzymatic characterization of Corynespora cassiicola isolates)
Teramoto, A.1; Fialho, M.C.2; Martins, M. C.3; Cunha, M. G.4
1
Pós-Doutoranda, EA/UFG; 2Pós-Doutorando, ESALQ/USP; 3Pesquisadora Científica, IB-Campinas;
3
Professor, EA/UFG
Corynespora cassiicola é o agente causal da mancha alvo em diversas culturas de importância econômica
como soja, algodão, café, acerola, tomate entre outras. Como é um patógeno capaz de infectar diversos
hospedeiros, há necessidade de melhor conhecimento quanto a variabilidade genética dos isolados deste
fungo. Uma das técnicas capaz de elucidar essa questão é a análise de isoenzimas. O objetivo do presente
trabalho foi realizar a caracterização eletroforética através da análise da isoenzima esterase de isolados do
patógeno em gel de poliacrilamida. Para tanto, foram utilizados 16 isolados de C. cassiicola provenientes
de diversos hospedeiros. Todos os isolados foram repicados em meio batata-dextrose, e, posteriormente,
preparados para a eletroforese em gel de poliacrilamida e sistema nativo descontínuo foi utilizado para
detecção da atividade da isoenzima esterase. A eletroforese foi realizada a 5ºC durante aproximadamente 3
h, sob corrente constante de 100 V. Após a corrida, procedeu-se a coloração para detecção de esterases. As
bandas formadas de cada isolado foram contadas e medidas desde o ponto inicial da corrida eletroforética
até o ponto médio destas com régua milimetrada. O cálculo da mobilidade relativa das bandas foi efetuado
pela fórmula: Rf = (d/D) x 100, onde d=distância percorrida pela molécula; D=distância percorrida pelo
corante (controle). As mobilidades relativas de cada isolado foram analisadas pelo uso do método UPGMA
(Unweighted Pair Group Method with Arithmetic Mean) e os resultados expressos em dendrograma. Os
resultados obtidos foram os seguintes: a análise eletroforética da isoenzima esterase mostrou variação no
número e posição das bandas no gel, o que indicou diferenças no comportamento dos isolados, sendo estes
divididos em dois grupos distintos de similaridade, indicando potencial existência de raças entre eles.
161
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
693
Especificidade de iniciadores desenhados para detecção de Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli
(Specificity of Primers for Detect of Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli)
Silva, F. P.1**; Vechiato, M.H.1; Zanotta, S.1**; Rodrigues, L. K.1***; Harakava, R.1
Instituto Biológico de São Paulo. E-mail: [email protected]
1
A identificação de Fusarium oxysporum em nível de formae speciales, que se desenvolvem sobre sementes, não
é possível quando se utilizam métodos rotineiros recomendados para análise de sanidade. O desenvolvimento
de um método eficiente e sensível, utilizando técnicas moleculares para a diagnose de fungos em nível
infraespecífico, é de grande valia para os laboratórios de rotina, resultando na comercialização de sementes
sadias, com reflexos no controle da doença. Diante disso, este trabalho teve como objetivo comprovar a
especificidade dos iniciadores desenhados por Alves-Santos et al. (2002), em trinta isolados de Fusarium
oxysporum f. sp. phaseoli (Fop). Para isso fragmentos de DNA de trinta isolados de Fop, quinze de Fusarium
oxysporum f. sp. vasinfectum (Fov), e três de F. solani (Fs), foram extraídos e submetidos à amplificação
por PCR, utilizando protocolo indicado e seus respectivos iniciadores específicos. A análise eletroforética
em gel de agarose 1,5%, dos fragmentos de DNA obtidos por amplificação de PCR, mostrou que dos trinta
isolados de Fop apenas oito não amplificaram. Não houve amplificação para nenhum isolado de Fov e Fs.
Esses resultados mostram que os iniciadores desenhados apresentam especificidade para isolados de Fop,
podendo ser utilizados para verificação da presença do patógeno, devendo-se utilizar complementação de
teste biológico quando o resultado for negativo.
**Mestranda e bolsista CNPq
***Bolsista CNPq
Apoio: CNPq
162
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
832
Diversidad genética de poblaciones de Melampsora spp. en el delta del Río Paraná, Argentina
(Genetic diversity of Melampsora spp populations from the Delta of Paraná river, Argentina)
Mema, V.1,2 ; Ingala, L.3 ; Sacco, F.3, Gally, M 2.
1
EEA Delta del Paraná. INTA. 2Facultad de Agronomía. Universidad de Buenos Aires. 3Instituto de Genética
“Ewald A. Favret” CNIA-INTA Castelar. Argentina. E-mail: [email protected]
The Delta of Paraná River is the most important poplar (Populus spp) production area in Argentina. Severe
rust epidemics have affected historically the region and resulted in replacement of susceptible clones by
tolerant and resistant ones. Nevertheless the disease is still the most damaging indicating resistance has been
defeated by the co-evolving populations of the pathogen. Two species of Melampsora have been reported
as causal agents of poplar rust in the region: M. larici-populina and M. medusae. Currently, the genetic
diversity of Melampsora population remains unknown. Molecular markers constitute the current choice to
evaluate genetic diversity, and have been successfully applied to fungal studies. Amplified fragment length
polymorphism (AFLP) method has been used world wide to study variability of plant pathogens, included
Melampsora, as it is an efficient tool to detect polymorphisms, allows high reproducibility, and is a relative
simple technique. The objective of this study was to evaluate genetic variability of Melampsora populations
in Delta of Paraná region by means of AFLP. Samples of urediniospores from commercial and experimental
clones were collected from 2007 to 2009 growing seasons. Twenty one combinations of selective primers
were used to characterize the population diversity, yielding 82 polymorphic bands. These results indicate
high levels of variability in Melampsora populations from the area studied. Cluster analysis showed a
tendency of grouping according to genetic origin of clones.
163
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
1007
Identificação de genes que codificam proteínas secretadas na fase pré-biotrófica de Hemileia vastatrix
usando ferramentas de bioinformática
(Identification of genes that encode secreted proteins at the pre-biotrophic stage of Hemileia vastatrix using
bioinformatics tools)
Maia, T. A.1; Zaramela, L. S.1; Barbosa, T. C.1; Oliveira, J. C.1; Brommonschenkel, S. H.1
Laboratório de Genômica/ Departamento de Fitopatologia/ BIOAGRO/ UFV. E-mail: thiago.maia@ufv.
br
1
The identification of secreted proteins during pre-biotrophic stage from Hemileia vastatrix was done
through bioinformatics analyses of ESTs from a cDNA library from in vitro germinated urediniospores.
A total of 7200 ESTs were obtained by 5´directional sequencing and approximately 19% of the sequences
were discarded by presenting Phred scores < 20 or for being shorter than 70 bp. Assembly of the total fungal
sequences yielded 671 contigs and 1101 singletons. BlastX analyses showed that 60% of these sequences
had significant similarity (E < 10-3) to protein sequences in the NCBI non-redundant proteins database,
and 48% were functionally annotated using Blast2GO. ORFs were predicted from the unisequences and
biocomputational algorithms were used to screen the putative proteins for canonical N-terminal signal
peptides and transmembrane domains. The positive prediction of the soluble secreted proteins were
considered from SignalP (D-score ≥ 0.65; Sprob ≥ 0.8), TargetP (S, RC < 4), and TMHMM/ Phobius
with negative prediction to transmembrane domains. We found that 86 unisequences were predicted to
encode soluble proteins entering the secretory pathway. BlastP analyses (E < 10-3) showed that 56 predicted
proteins (65%) had similarity with protein sequences from GenBank and/or Puccinia database, and 30
(35%) were novel proteins, suggesting that these latter subset proteins could be represent proteins specific
to H. vastatrix. Future functional analyses will reveal the role of these secreted proteins in the H. vastatrix
pathogenicity.
Finantial support: CNPq/MCT/Instituto Nacional de Interações Praga-Planta e CNPq/GENOPROT
164
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
1008
Identificação de genes candidatos a efetores em Hemileia vastatrix expressos durante a interação
compatível
(Identification of candidate effector genes in Hemileia vastatrix expressed during compatible interaction)
Maia, T. A.1; Fernandes, M. B1; Zaramela, L. S.1; Oliveira, J. C.1; Brommonschenkel, S. H.1
1
Laboratório de Genômica/ Departamento de Fitopatologia/ BIOAGRO/ UFV. E-mail: thiago.maia@ufv.
br
The objectives of this study were to identify Hemileia vastatrix genes that encode secreted proteins that
may function as effectors. A cDNA library constructed using mRNA isolated from coffee leaves (‘Catuaí’)
collected 12 days after inoculation with urediniospores of H. vastatrix (race II) was sequenced generating a
total of 12290 ESTs. Sequences with Phred > 20 and greater than 70 bp were obtained for 9828 clones and
grouped into 1004 contigs and 3301 singletons. Searches against sequences of non-redundant database of
GenBank and ESTs collections for Coffea spp. using BlastX and BlastN (E < 10-3), revealed that 71.85%
(3093 uniseqs) had the similarity with plant genes and 7.02% (302 uniseqs) had significant similarity with
fungal sequences. Some of these sequences showed similarities with PIGs (Plant-Induced Genes) from
Uromyces fabae (MAD1, THI1, THI2 and RTP1). The remaining sequences, 890 uniseqs (20.67%) had
no-hit within the database previously mentioned. From these sequences, were selected 22 predicted ORFs
based on features common to effector proteins from filamentous fungi, i. e. small proteins, cysteine-rich and
with an N-terminal signal peptide for secretion. Their fungal origin was confirmed by PCR amplification
from H. vastatrix genomic DNA. Twenty of the 22 genes did not show identity with ESTs from germlings
cDNA library, demonstrating that their expression probably occur inside of the infected tissue leaves. The
secretion of these proteins is being confirmed using yeast secretion assays. These genes will be submitted
to further functional studies to determine their functions in Coffea-Hemileia interaction.
Finnantial support: CNPq/MCT/Instituto Nacional de Interações Praga-Planta e CNPq/GENOPROT
165
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
1046
Efeitos fitotóxicos dos metabólitos secundários secretados por Corynespora cassiicola no
desenvolvimento radicular de alface (Lactuca sativa)
(Phytotoxic effects of secondary metabolites secreted by Corynespora cassiicola in the root development
of lettuce (Lactuca sativa)
Oliveira, R.C. ¹; Oliveira, J.S.B. 2; Vida, J.B. 3; Oliveira, R.R. 4
¹,2,3,4 PGA/ Universidade Estadual de Maringá. E-mail: [email protected]
A atividade fitotóxica e reguladora de crescimento em plantas a partir de compostos produzidos por microorganismos, dentre os quais se destacam os fungos, tem se mostrado importantes fontes de moléculas
para uso na agricultura. Toxinas produzidas por fungos fitopatogênicos são fontes promissoras para estes
fins, sendo biodegradáveis e por vezes específicas. Com o objetivo de avaliar o pontecial fitotóxico dos
metabólitos produzidos pelo fungo Corynespora cassiicola, filtrados contendo compostos secretados em
meio de cultura foram avaliados quanto a interferência no desenvolvimento radicular de alface (Lactuca
sativa). Em caixas de acrílico “gerbox”, contendo duas folhas de papel filtro previamente autoclavadas, 25
sementes de alface foram depositadas. Para cada tratamento foram adicionados 5,0 mL do filtrado fúngico
em diferentes diluições (0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 10; 50 e 100 %). Os tratamentos foram mantidos em câmara do tipo
BOD sob fotoperíodo alternado (12 horas claro/12 horas escuro) e temperatura de 20°C±2oC. O filtrado foi
obtido através do crescimento fúngico em meio BD incubado por 20 dias. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado com quatro repetições. O percentual de germinação foi verificada a cada 24 horas
durante sete dias possibilitando a avaliação do indice da velocidade de germinação (IVG) e comprimento
radicular. Os testes realizados revelaram fitotoxidez e notável influência no IVG, apartir da concentração
de 2 %. Na avaliação do comprimento radicular todas as concetrações testadas mostraram interferência no
desenvolvimento. Os dados obtidos para o percetual de germinação não demostraram valores significativos
nas concentrações testadas.
166
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
1056
Protocolo alternativo para extração de dna de Trichoderma spp.
(Alternative protocol for DNA extraction of Trichoderma spp.)
Pinheiro, F.C.1; Pazini, J.B.2; Zandoná, R.R.3; Ethur, L.Z.4
Msc./UNIPAMPA1; 2,3Acadêmicos do Curso de Agronomia/Campus Itaqui/UNIPAMPA, Drª/UNIPAMPA4.
E-mail: [email protected].
Trichoderma spp. tem sido alvo de vários estudos de controle biológico contra uma gama de fitopatógenos.
Para auxiliar no entendimento da ecologia e formas de ação desse fungo no ambiente, tem-se utilizado
ferramentas moleculares. Para tanto, é necessário a obtenção do material genético do organismo em estudo.
Assim, objetivou-se estabelecer um protocolo de extração de DNA para Trichoderma spp. que dispense
o uso de nitrogênio líquido ou de liofilização. Assim, foram realizadas adaptações em dois protocolos
já estabelecidos. Primeiramente, os isolados de Trichoderma spp. foram cultivados em meio BDA sobre
disco de celofane por 48 horas. Em seguida, o micélio foi transferido para um microtubo no qual foi
adicionado 500µl de tampão de extração (CTAB 1%, NaCl 0,7M, Tris HCl pH8,0 20mM, EDTA 10mM,
β-mercaptoetanol 1%). O conteúdo foi macerado com bastão de alumínio e incubou-se em banho-maria
de 65-70°C por 30 minutos, sendo invertido a cada 10 minutos. Posteriormente, após atingir a temperatura
ambiente acrescentou-se 500µl de clorofórmio: álcool isoamílico (24:1) e a solução foi cuidadosamente
homogeneizada. Centrifugou-se a 12000rpm, 5 minutos, 4°C. Coletou-se a fase aquosa para um novo
microtubo e acrescentou-se um volume de isopropanol gelado, homogeneizou-se e incubou-se em freezer
por 24 h. Centrifugou-se nas mesmas condições já descritas. Após o descarte do sobrenadante, lavou-se o
pellet com 500 µl de etanol 75%. O DNA foi ressuspenso com 50 µl de tampão TE+RNAse (20µg/mL). A
análise dos resultados evidenciou que as amostras de DNA obtidas variaram em concentrações de 50-100
ng/µl e com integridade satisfatória. Portanto, as modificações propostas para os protocolos de extração
de DNA para Trichoderma spp. demonstraram-se eficientes. Essas alterações tornaram o processo mais
rápido além de apresentar a vantagem de diminuir os custos, pois o torna independente de liofilização e da
maceração com nitrogênio líquido que são tecnologias indisponíveis e/ou de difícil acesso a laboratórios de
menor porte e localização descentralizada.
167
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
1234
Diferenciação de seis isolados de Colletotrichum spp., a partir de visualização morfológica e
molecular
(Differentiation of six isolates of Colletotrichum sp., by morphological and molecular visualization)
Sierra-Hayer, J.F1,2,4.; 1Passador, M.M.; Furtado, E.L1,3.
1
Departamento de Produção Vegetal – Setor Defesa Fitossanitária, Faculdade de Ciências Agronômicas,
UNESP, Cx. P. 237, 18.603-970, Botucatu, São Paulo – Brasil; 2Bolsista CAPES (PEC-PG); 3Bolsista
CNPq. E-mail: [email protected]
A antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) vem sendo um sério problema nos plantios de seringueira
no estado de São Paulo, causando vários danos na planta como lesões nos folíolos, nos ponteiros, nos ramos,
nos frutos e cancros no painel de sangria. O objetivo deste estudo foi verificar as possíveis diferenças na
identificação molecular entre as culturas multispóricas e monospóricas. Para a validação foram selecionados
seis isolados multispóricos, sendo quatro provenientes da seringueira (9S, 77S, 78S e 31S) e dois isolados
de pimentão, pertencentes às espécies de C. gloeosporioides (Cg91) e C. acutatum (Ca99) cedidos pela
Empresa SAKATA®. A metodologia utilizada foi descrita por Menezes (1997). Para tanto, foi preparada
uma suspensão de esporos contendo 10 mL de água estéril, de modo a conter 1 a 10 unidades por campo
microscópico, no aumento de dez vezes. Em seguida, verteu-se 1 mL desta suspensão sobre a superfície
de um meio sólido (Agar-água), espalhando-se manualmente até cobrir inteiramente a superfície do
meio. As placas foram mantidas em temperatura ambiente por um período de 36 horas, e posteriormente
observadas em estereoscópio, quando foram realizados os isolamentos monospóricos em meio de cultura
BDA Difco®, utilizando-se um estilete. A extração do DNA foi realizada de acordo com Dellaporta et al.
(1983). Para a técnica de PCR foram utilizados primers específicos para C. gloeosporioides (Cglnt) e para
C. acutatum (Calnt2), juntamente com o primer ITS4. Quando se compara os isolados monospóricos com
os multispóricos do ponto de vista da coloração, não há muitas diferenças. O par de primers específico
para C. gloeosporioides e C. acutatum mostrou-se positivo para seis isolados de culturas monospóricas,
onde os isolados 1P, 9S e 31S pertencem às espécies de C. gloeosporioides e os isolados 2P, 77S e 78S à
C. acutatum.
168
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
1344
Análisis filogenético de Rhizoctonia sp. asociada a la podredumbre radicular, damping off y mancha
foliar en tabaco empleando secuencias ITS-rDNA
(Phylogenetic analysis of Rhizoctonia sp. associated with sore shin, damping off and target spot symptoms
on tobacco based on ITS-rDNA)
Mercado Cárdenas, G.1; Galván, M.1,2;Barrera, V.3, Carmona, M.4; March, G.5; Ramallo, A.6; Monge,
J.1
1
Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria. Ruta 68 Km 172 (4403) Cerrillos, Salta, Argentina;
2
CONICET; 3IMYZA INTA Castelar; 4UBA; 5IFFIVE INTA Córdoba; 6UNT. Argentina. E-mail: gmercado@
correo.inta.gov.ar
In the last decade, sore shin, damping off and target spot caused by Rhizoctonia sp. became important
diseases of Nicotiana tabacum L. in northwestern Argentina. The increasing prevalence and intensity of
these diseases lead to perform etiologic studies in the region. The aim of this work was to identify 43
isolates of Rhizoctonia sp. collected from different commercial tobacco fields in Salta and Jujuy provinces.
Isolations from other hosts (bean, chickpea, sorghum and peanut) were also analyzed. The amplification of
ribosomal DNA internal transcribed spacer region (ITS-rDNA) of total genomic DNA was carried out using
primers ITS1 and ITS4. The sequences obtained were aligned using Clustal W. A Neighbor Joining tree was
generated with the sequences under study and additional sequences of known R. solani anastomosis groups
(AG) available in the NCBI GenBank database. Most of the strains clustered in AG 1, AG 2, AG 4-HGI,
AG 4-HGII and AG 4-HGIII groups. To our knowledge, these results represent the first molecular analysis
of the pathogen in northwestern Argentina and revealed a great variability in the isolates analyzed.
169
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
1357
Avaliação do PCR em Tempo Real na diagnose das principais doenças de cana-de-açúcar
(Evaluation of real time PCR on diagnosis of major sugarcane diseases)
Sawazaki, H. E.1; Sá, L. A, N.2; Alcântara, M, Q3; Veiga, R. F. A4; Colombo, C. A5; Souza-Dias,
J.A.C.6
3,6
2
1,4,5,6
APTA-IAC; Embrapa Meio Ambiente; Bolsista CNPq. E-mail: [email protected]
Para possibilitar a diminuição do tempo de quarentena fitossanitária, estudou-se o PCR/Tempo Real
(PCR/TR) visando otimização na diagnose molecular das principais doenças em plântulas de cana-deaçúcar; como as causadas por: 1- Bactérias, (a) raquitismo-da-soqueira (Leifsonia xyli) e (b) escaldadura
(Xanthomonas albilineans); 2- Vírus, (a) amarelinho (Sugarcane yellow leaf vírus) e (b) mosaico
(Sugarcane mosaic vírus); e 3- Fungo, carvão (Ustilago scitaminea). As extrações de DNA, RNA e o
PCR convencional foram realizados conforme rotina laboratorial. As reações para o PCR/TR foram
otimizadas para um volume de 15,0 µl com 7,5 µl do SYBR Green Master Mix (Applied Biosystems),
e 66 nM de cada iniciador (desenvolvidos pelo laboratório) para o ABI 7500; tendo uma etapa de
95oC por 10 min e 40 ciclos de 95oC por 15s; 49 a 53oC dependente dos iniciadores por 30s e 60oC
por 40s. Todas as 40 amostras testadas com PCR foram confirmadas em PCR/TR. Dos cerca de 20
pares de iniciadores testados, os melhores para o agente causal de cada doença e curvas de diluições,
realizadas com fragmentos amplificados clonados em plasmídeos (eficiência de PCR de 0,9 a 1,1), foram,
respectivamente, para 1(a): (GCGCCGGATCTGAGACAGTA / GCTCCGCACCAATGTCAATG);
1(b):
(GCATCATCAAGCTCGGGTGTT/
GGCAGACCTGCATCGCTCAGT);
2(a):
(ACCGCTCACGAAGGAATGTC
/
ACCACTGGCCGAGTCTGTCT);
2(b):
(AGAGCGATACATGCCACGAT
/
AGGCATACCGCGCTAAGCTA);
e
3:
(GCGCTCCTTGCAGATCTAAT / TCCGCCAGCTCTTTCGTAA). Apesar do maior custo dos reagentes
utilizados no PCR/RT, a maior facilidade de execução e alta capacidade de detecção encontrada (cerca de
10 pg de DNA de fragmento amplificado purificado), compensa a metodologia de diagnóstico para grande
escala.
170
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
1549
Detecção molecular do Pineapple mealybug wilt associated vírus (PMWaV) em diferentes tecidos e
orgãos do abacaxizeiro
(Molecular detection of the Pineapple mealybug wilt-associated viruses in different tissues and organs of
pineapple)
W.A. Amorim1; R.G. Spala1; P.M.B. Fernandes1; J.A. Ventura1,2
1
Núcleo de Biotecnologia-UFES. 2INCAPER. E-mail: [email protected]
O Pineapple mealybug wilt associated vírus é um complexo viral (PMWaV-1, PMWaV-2, PMWaV-3,
PMWaV-4 e PMWaV-5), que em associação com o seu vetor, a cochonilha Dysmicoccus brevipes,
desencadeiam na planta os sintomas da murcha do abacaxizeiro, que pode levar a perdas de até 80%
da produção. O diagnóstico viral atualmente é realizado na região aclorofilada na folha da posição “D”
da planta. O objetivo nesse estudo foi identificar a presença do complexo viral na região clorofilada do
tecido foliar e outros órgãos da planta. As amostras utilizadas foram coletadas de abacaxizeiros sadios e
doentes cultivados na Fazenda Experimental do Incaper em Sooretama-ES. As amostras foram retiradas de
diferentes tecidos e órgãos da mesma planta doente e utilizando-se como controle plantas sadias. A extração
do RNA viral foi obtida pelo protocolo de Doyle e Doyle modificado e o diagnóstico realizado por RT-PCR
utilizando oligonucleotídeos degenerados. Foi confirmada a detecção do vírus nas raízes, nas folhas das
posições “C”, “D” e “E” (folhas novas da planta) e gemas. Foi verificada a presença do complexo viral na
região aclorofilada e clorofilada do tecido foliar, tanto da região apical, mediana e basal das folhas. Nas
folhas mais velhas na posição “B”, das plantas no campo, não foi possível a detecção dos vírus e não devem
ser utilizadas para diagnóstico do vírus na planta.
Apoio: FAPES, CNPq e FINEP.
171
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
1550
Armazenamento de folhas de abacaxiziero para diagnóstico do Pineapple mealybug wilt associated
vírus (PMWaV)
(Storage of leaves pineapple for diagnosis the Pineapple mealybug wilt associated virus)
W.A. Amorim1; R.G. Spala1; P.M.B. Fernandes1; J.A. Ventura1,2
1
Núcleo de Biotecnologia-UFES. 2INCAPER. E-mail: [email protected]
O Pineapple mealybug wilt associated vírus (PMWaV) é um complexo viral responsável pela murcha
do abacaxizeiro. Esse vírus possui RNA de fita simples extremamente suscetível à degradação durante a
manipulação das amostras para análise. Assim, o diagnóstico da doença em abacaxizeiro é realizado em
folhas frescas. O objetivo foi avaliar o tempo e a temperatura de armazenamento das folhas de abacaxizeiro
para a detecção do complexo viral. Foram avaliadas amostras de plantas sintomáticas, cultivadas na Fazenda
Experimental do Incaper, no município de Sooretama - ES. As folhas foram colhidas de uma mesma planta,
armazenadas à temperatura ambiente a 26ºC (±3ºC), com avaliação em intervalos de 0, 12, 24, 48 e 72 horas
após a coleta. Amostras também foram mantidas em freezer a -20ºC e ultrafreezer a -80ºC e avaliadas 30
dias após o armazenamento. A extração do RNA viral foi obtida pelo protocolo de Doyle e Doyle modificado
e a detecção viral foi realizada por RT-PCR, utilizando primers degenerados. Nas amostras armazenadas
a temperatura ambiente foi verificada a presença do vírus até 48 horas da coleta, assim como nas análises
realizadas 30 dias após o armazenamento nas temperaturas a -20ºC e a -80ºC. Os resultados sugerem que
o tempo para o diagnóstico do vírus em amostras mantidas em condições de ambiente seja no máximo de
48 horas. Para posterior análise ou mesmo como prova legal em análises oficiais fitossanitárias as amostras
devem ser mantidas por um período de até 30 dias em temperatura inferior a -20ºC.
Apoio: FAPES, CNPq e FINEP.
172
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
1696
Desenvolvimento de uma metodologia eficiente para detecção molecular do fungo fitopatogênico
Guignardia citricarpa
(Development of effective methodology to molecular detection of phytopathogenic fungus Guignardia
citricarpa)
Adamoski, D.1; Stringari, D.1; Fabris, J.1; Nishimura, R. C.2; Bini, A. P.1; Galli-Terasawa, L. V.1;
Kava-Cordeiro, V.1; Glienke, C.1
1
LabGeM-UFPR; 2Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. E-mail: [email protected]
Several tools for the detection and molecular identification of species have been used in the diagnosis of
pathogens – including Citrus black spot (CBS, fungus Guignardia citricarpa) – causer of financial losses
to the citrus agribusiness. One of them, culture independent PCR (ciPCR), consists in detect a genomic
fragment - unique to the species under study - in a pool of fragments obtained from the extraction of nucleic
acids of a potential host tissue, in the case of CBS, the leaf. This strategy may be hampered by lack of
knowledge about species genomes – in study or not yet studied. This work proposes to evaluate the previous
used PCR approach (using GCP primers) to detect G. citricarpa. We attempted to obtain the GCP sequence of
various G. citricarpa strains, in citrus leaf metagenome and a homologous sequence to GCP of Phyllosticta
capitalensis (non-pathogenic fungus in citrus, but taxonomically related and morphologically similar).
To achieve this objective, we extracted nucleic acids from the respective material (Mobio UltraCleantm
Microbial DNA Isolation Kit), amplified GCP (using less stringency with P. capitalensis), TA cloned the
products in vector pGEM-T and sequenced. After, we designed primers based on obtained sequences
in order to use a quantitative PCR (qPCR) with TaqMan system. Few polymorphisms were observed in
different strains of G. citricarpa, and we not found a region with high homology in P. capitalensis. We
observed amplification of size- and content-different products when the primers were confronted with citrus
leaf metagenome. With the obtained, we can conclude that the currently available primers for the region
are not sufficiently specific to the species G. citricarpa because, faced with the citrus leaf metagenome,
we positively amplified size distinct fragments. However, they may keep used in detection because these
amplicons are size-different from G. citricarpa expected fragment. Our proposed TaqMan approach is, in
silico analysis, a better way to detect G. citricarpa.
173
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
BIOTECNOLOGIA
2480
Diversidade genética de isolados de Fusarium oxysporum f. sp. cubense em helicônia utilizando
ardra
(Genetic diversity of Fusarium oxysporum f.sp. cubense isolates in heliconia using ARDRA)
Silva, D.S.; 1Resende, L.V.; 2Coêlho, R.S.B.; 3Castro, N.R.
1
UFRPE; 2IPA/PE; 3UFRPE/UAST. E-mail: [email protected]
1
A murcha de Fusário, causado por Fusarium oxysporum f.sp. cubense, vem sendo diagnosticada em áreas
produtoras de helicônias, uma das plantas ornamentais mais apreciadas dentro da floricultura tropical. O
objetivo do trabalho foi determinar a diversidade genética existente entre os isolados de F. oxysporum f.sp.
cubense, coletados em diferentes espécies helicônias, e ainda, diferenciá-los de dois isolados de F. oxysporum
f.sp. cubense provenientes de Musa cv. Maçã por meio da região ITS do rDNA utilizando ARDRA. Foram
obtidos colônias monospóricas para estudos de caracterização. O DNA total de cada isolados foi extraído
e realizado a Polymerase Chain Reaction (PCR) com os primers ITS1 e ITS4 para analisar a região ITS
5.8S e ITS2 do rDNA. Os produtos foram digeridos com as enzimas de restrição Hae III, Xho I, Hind III e
Eco IV. Os padrões de bandas gerados pela digestão com a enzima Hae III permitiu observar de um a três
fragmentos por isolados, estes formaram cinco grupos. Os grupos formados não se relacionam com as áreas
geográficas de coleta. A técnica utilizada mostrou alta variabilidade genética e não correlação geográfica dos
isolados, observada através da composição dos grupos distintos. Estes resultados reforçam a importância de
medidas de controle que impeçam a disseminação do patógeno através de material propagativo infectado.
174
Resumos Controle Alternativo
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
11
Efeito de diferentes fontes e doses de Si no controle da ferrugem da cana-de-açúcar na variedade
RB83-5486
(Effect of different sources and levels of Si in control of sugarcane rust on variety RB83-5486)
Neves WS, 2Parreira DF
Epamig, 2UFV. E-mail: [email protected]
1
1
A cultura da cana-de-açúcar tem crescido em área e produtividade em Minas Gerais, recebendo altos
investimentos do setor privado, com previsão de aporte de US$ 3 bilhões até 2012/2013. Entretanto, a
ocorrência de problemas fitossanitários como, por exemplo, a ferrugem causada por Puccinia melanocephala,
pode restringir a produtividade da cultura. O silício (Si) aplicado via solo vem sendo apontado como uma
forma promissora para o controle de doenças, com reflexo sobre a produtividade. Neste trabalho, foi
proposto avaliar o efeito de silício, aplicado ao solo, sobre a ferrugem da cana-de-açúcar. Foi avaliado
o efeito de 6 fontes de silício em 4 doses aplicadas ao solo sobre a intensidade da ferrugem na variedade
RB83-5486 através de inoculação artificial. As fontes de silício utilizadas foram: Volastonita Vansil-W10®
(CaOSi3), Termofosfato Magnesiano Yoorin®, Siligran pó®, Escória Agrosílicio da Recmix®, Silicato de
Cálcio p.a., Ácido silícico p.a. As doses aplicadas ao solo foram: 0(testemunha), 150, 300 e 600 mg/dm3 de
SiO2. Plantas de cana-de-açúcar da variedade RB83-5486 foram plantadas em vasos mantidos em casa de
vegetação, inoculadas artificialmente e tratadas com diferentes doses e fontes de silício. De acordo com as
avaliações realizadas, as plantas tratadas com diferentes fontes e doses de silício não apresentaram diferença
nos tratamentos quanto a resistência à ferrugem. Diante desses resultados podemos concluir que a aplicação
de silício via solo não teve efeito contra a ferrugem para a variedade de cana-de-açúcar RB83-5486.
Apoio: FAPEMIG
176
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
30
Efeito de Bacillus spp., extrato de eucalipto e carbofuran sobre a eclosão e mortalidade de Meloidogyne
javanica
( Effect of Bacillus spp., eucalyptus extract and Carbofuran on hatching and mortality of Meloidogyne
javanica)
Westerich, J. N.1; Negrão, D. R.2; Rosa, J. M. O.3; Maringoni, A. C.4; Wilcken, S. R. S.5
1,2,4,5
Faculdade de Ciências Agronômicas/UNESP; 3Instituto Biológico - Centro Experimental de Campinas.
E-mail: [email protected]
Foi avaliado “in vitro” o efeito de diferentes tratamentos sobre a eclosão, mobilidade e mortalidade de
juvenis de Meloidogyne javanica. O experimento foi conduzido com delineamento inteiramente casualizado,
constituído de seis tratamentos {Bacillus subtilis, B. licheniformis, B. subitlis + B. licheniformis, extrato
de eucalipto, carbofuran (50g/kg) e água} e a espécie M. javanica, com seis repetições. Cada parcela foi
constituída de uma placa de Petri (5cm de diâmetro), com 2,1mL de cada tratamento e 0,4mL de suspensão
de J2 de M. javanica. As placas foram mantidas em B.O.D. a 28°C. A avaliação foi realizada após 24 e 48
horas da exposição dos J2 aos tratamentos, contando os J2 que não apresentaram mobilidade calculando-se
a porcentagem de inativação. A eclosão foi avaliada, contando-se o número de J2 presente na solução aos
sete dias após a montagem do ensaio. O produto carbofuran apresentou maior eficiência tanto na inibição
da eclosão quanto na mortalidade de juvenis de M. javanica, seguido do tratamento com extrato vegetal
de eucalipto. Quanto aos Bacillus spp., estes se mostraram promissores tanto à inibição da eclosão, como
também, à porcentagem de mortalidade de juvenis, porém apenas 48 horas da montagem do experimento.
177
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
32
Eficiência de extratos vegetais brutos no controle da antracnose em frutos de pimentão
(Efficiency of crude extracts vegetables in the control anthracnose in bell pepper)
Alves,
K. F.1; Laranjeira, D.1, Michereff, S. M.1, Câmara, M. P. S.1; Câmara, C. A. G.2
1
2
DEPA/PPGF/UFRPE. E-mail: [email protected]; DQ/UFRPE
A antracnose é considerada uma importante doença do pimentão (Capsicum annuum L.) no Estado de
Pernambuco e em várias partes do mundo. O presente trabalho teve por objetivo, avaliar a eficiência de
extratos vegetais brutos no controle da antracnose em pimentão, bem como analisar a estabilidade do
controle dos tratamentos promissores em relação a diferentes concentrações dos extratos, concentrações
do inóculo e isolados do patógeno e, temperaturas. Na seleção preliminar foram utilizadas 16 espécies
vegetais para obtenção de extratos aquosos e etanólicos. Os extratos aquosos de alho (Allium sativum
L.), malva (Malva sp.) e gengibre (Zingiber officinale R.) propiciaram reduções superiores a 97% nos
níveis de severidade. O maior valor de CL75 foi constatado para o extrato de alho (3,5%), enquanto
o menor valor de CL75 foi verificado com a aplicação de extrato de gengibre (2,1%). A menor taxa
de redução da eficiência do controle (TRE) da antracnose com o incremento do inóculo do patógeno
ocorreu no extrato de alho. Com relação a diferentes isolados de C. gloeosporioides, foi constatada
interação significativa entre os tipos de extratos e os isolados do patógeno. Os extratos vegetais foram
eficientes no controle da doença nas temperaturas de 20, 25 e 30ºC. O extrato de malva apresentou
a menor eficiência a 20ºC, diferindo das outras temperaturas, bem como dos demais extratos nessa
temperatura. Os resultados obtidos nesse estudo indicam o grande potencial de utilização do extrato
de alho a 6% no controle da antracnose em pimentão, considerando sua estabilidade em diferentes
situações.
178
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
86
CONTROLE ALTERNATIVO
Resíduos de repolho triturado no controle de Pythium aphanidermathum
(Cabbage’s waste crushed on the control of Pythium aphanidermathum)
Moccellin, R1.; Santos, I dos2; Malagi, G3.; Heck, D4.; Pazzolini, K.5; Balzan, L6.
1
Doutoranda em Fitossanidade/UFPel, Bosista CAPES. 2Professor de Microbiolgia e Fitopatologia do
curso de Agronomia/UTFPR. 3Doutorando em Agronomia/UFPel. 4,5 Acadêmicos do 4º ano do Curso de
Agronomia UTFPR. 6Acadêmica do 5º ano do Curso de Agronomia/UTFPR. E-mail: renata.moccellin@
hotmail.com
O uso de repolho triturado (RT) como agente controlador de fitopatógenos habitantes do solo (FHS) apesar
de estar sendo bastante discutido e ter apresentado bons resultados, há ainda FHS que não foram estudados
nessas condições de controle. Portanto, o objetivo do trabalho foi testar o uso de diferentes doses de resíduos
de RT no controle de Pythium aphanidermathum, em condições de casa de vegetação. Para realização do
trabalho foram utilizados sacos plásticos com sistema de vedamento, onde foram colocados 500 g de solo
e 10 g de substrato com P. aphanidermathum, recebendo em seguida as doses de repolho (0, 30, 60, 90 e
120 t ha-1), com posterior fechamento e acondicionamento em BOD a 22ºC por 15 dias. Em seguida, o solo
de cada saco foi distribuído em 16 células de bandejas de cultivo de mudas, semeando-se uma semente de
pepino por célula, as bandejas foram colocadas em casa de vegetação. Foram feitas avaliações de emergência
e tombamento. O solo restante foi coletado para avaliação da atividade microbiana (AM) e fertilidade do
solo. Observou-se que o comportamento das variáveis, para os dois cultivos, foi semelhante. As primeiras
doses apresentaram declínio no percentual de germinação e aumentou o percentual de plântulas tombadas
causados por P. aphanidermathum. É provável que nesta dose a quantidade de gases produzidos durante
o processo de decomposição do repolho seja muito pequena para inibir a ação do fitopatógeno. Agora,
conforme se aumentava as doses aumentava-se o número de plantas germinadas e diminuía-se o número
de plantas tombadas, mostrando que as maiores doses produziram quantidade suficiente de gases para o
controle. O aumento da AM contribui de maneira indireta para o controle do FHS. O potássio (K) aumentou
a sua concentração conforme aumentava-se as doses de RT, mostrando que os altos teores de potássio no
tecido do repolho pode auxiliar no controle de FHS, e também servir de como fertilizante orgânico.
179
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
87
Resíduos de canola triturada no controle de Pythium aphanidermathum
(Canola’s waste crushed on the control of Pythium aphanidermathum)
Moccellin, R1.; Santos, I dos2; Malagi, G3.; Heck, D4.; Pazzolini, K.5; Balzan, L6. 1Doutoranda em
Fitossanidade/UFPel, Bosista CAPES. 2Professor de Microbiolgia e Fitopatologia do curso de Agronomia/
UTFPR. 3Doutorando em Agronomia/UFPel. 4,5Acadêmicos do 4º ano do Curso de Agronomia/UTFPR.
6
Acadêmica do 5º ano do Curso de Agronomia UTFPR. E-mail: [email protected]
As brássicas possuem potencial de biofumigação, pois produzem gases tóxicos que inibem o desenvolvimento
dos fitopatógenos habitantes do solo (FHS). O uso da canola (Brassica napus L.) no solo tem reduzido os
efeitos negativos dos FHS em trabalhos publicados no exterior, mas no Brasil o tema tem sido pouco
explorado. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de resíduos de canola triturada (CT) no controle
de Pythium aphanidermathum (Edson) Fitzp. O experimento foi conduzido com o delineamento de blocos
ao acaso, utilizando-se cinco doses de canola triturada (0, 30, 60, 90 e 120 t ha-1) em quatro repetições. Em
parcelas de 1 m2 incorporou-se substrato de areia e quirela de milho contendo P. aphanidermathum e a
CT 24 h após, com posterior cobertura com lonas dupla-face. A cobertura plástica permaneceu durantes 10
dias, após sua retirada foi realizada coleta de solo para avaliação da condutividade elétrica (CE), atividade
microbiana (AM), análise química e para a implantação de um experimento em casa de vegetação. Para a
condução do experimento em casa de vegetação, amostras de solo das parcelas coletadas no campo foram
distribuídas cada qual em 16 células de bandejas de cultivo de mudas, semeando-se uma semente de pepino
por célula, e observado as plântulas emergidas e tombadas. Todo este procedimento foi realizado em dois
cultivos, em casa de vegetação. Para ambos os cultivos observou-se aumento da emergência, e redução do
tombamento das plântulas pelo aumento das doses de CT, confirmando o controle do P. aphanidermathum.
Observou-se também aumento da AM e da CE do solo nos dois cultivos, o que pode ter contribuído
indiretamente no controle do FHS testado. No solo somente o potássio mostrou resposta à incorporação
da canola, apresentando um aumento na concentração conforme o aumento das doses, mostrando que os
altos teores de potássio nos tecidos das brássicas podem suprir as necessidades de potássio em solos com
deficiência deste nutriente.
180
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
91
Efeito da indução de resistência em milho safrinha (Zea mays l.) pelos indutores acibenzolar-s-metil
e mananoligossacarídeo fosforilado
(The effect of resistance induction on second season maize (Zea mays L.) by acibenzolar-s-methyl and
phosphorylated-mannanoligosaccharide)
Costa, A. C. T.1; Fontoura, D.1; Stangarlin, J. R.1.
1
Programa de pós-graduação em Agronomia, UNIOESTE. E-mail: [email protected]
Como a incidência de doenças pode afetar a produtividade e a qualidade de uma cultura, este trabalhou
visou avaliar o efeito de dois indutores de resistência e a viabilidade da aplicação desse método de controle
alternativo no milho. Foram avaliados, no oeste do Paraná, dois indutores de resistência na safrinha de 2010,
sendo um de origem biótica (mananoligossacarídeo fosforilado, derivado da parede celular da levedura
Saccharomyces cerevisiae) e outro de origem abiótica (acibenzolar-S-metil), os quais foram comparados
com um fungicida comercial e com a testemunha pulverizada com água. Cada produto foi aplicado em
três doses, correspondendo a 0,5, 1,0 e 1,5 vezes a dose recomendada para o milho no caso do fungicida
e, no caso dos indutores de resistência, considerou-se a dose média recomendada para outras culturas, já
que para esses ainda não há recomendação para a cultura do milho. A aplicação dos produtos sobre os três
híbridos simples aconteceu na fase V4 e na pré-floração. A safrinha de milho de 2010 no oeste do Paraná
apresentou incidência de várias doenças, destacando-se Puccinia polysora, que, apesar da baixa severidade,
afetou o rendimento médio, resultando em diferença significativa para o tratamento com fungicida, com o
qual se obteve maior rendimento. Já os indutores de resistência não apresentaram diferença entre si e nem
em relação à testemunha. As variáveis altura de planta e altura de inserção da espiga não foram afetadas por
nenhum dos tratamentos. Conclui-se que na condição testada, a aplicação de indutores de resistência não
apresentou resultado favorável.
181
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
124
Efeito de óleos essenciais sobre o crescimento micelial de Ceratocystis fimbriata
(Effect of essentials oils on mycelial growth of Ceratocystis fimbriata)
Piveta, G.1; Muniz, M. F. B2; Alfenas, A. C.3; Valdebenito Sanhueza, R. M.4
1
Engr. Florestal, Doutoranda do Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM; 2 Eng. Agr, Dr., Profa.
Adjunta, Departamento de Defesa Fitossanitária, UFSM, Santa Maria-RS; 3 Engr. Florestal, Dr., Prof.,
Departamento de Fitopatologia, UFV, Viçosa-MG; 4PROTERRA. E-mail: [email protected]
Com o intuito de encontrar formas alternativas para o controle do crescimento micelial de Ceratocystis
fimbriata, foram utilizados óleos essenciais de eucalipto (Eucalyptus globulos) e menta (Mentha piperita),
espécies estas, já relatadas na literatura no controle do crescimento micelial de diversos fungos. Os isolados
foram obtidos de fragmentos de tecido de kiwi (Actinidia deliciosa) atacado pelo fungo, e o isolamento foi
realizado pelo método de sanduíche de cenoura. Os óleos foram produzidos pela WNF (World`s Natural
Fragrancies) sendo incorporados ao meio de cultura MEA (20g de extrato de malte, 20g de ágar e um litro de
água destilada) para obtenção de diferentes concentrações (0, 10, 20, 30, 40 e 50 µL de óleo/mL de MEA).
Após a solidificação do meio, foi feita a inoculação com disco de micélio de C. fimbriata e a incubação a 280C
durante 15 dias. O resultado foi obtido através da subtração do crescimento da testemunha pelo crescimento
do tratamento, dividido pelo crescimento da testemunha multiplicado por 100. O óleo essencial de menta
mostrou-se mais eficiente no controle do crescimento do fitopatógeno em estudo, inibindo totalmente seu
desenvolvimento na concentração de 40 e 50 µL de óleo/mL para o isolado PM29 e na concentração de 50
µL de óleo/mL para o isolado PB01. O óleo essencial de eucalipto também mostrou atividade fugitóxica,
inibindo 52 % do crescimento de C. fimbriata.
182
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
144
Efeito do extrato aquoso de maracujá Passiflora sp. sobre o crescimento micelial de Sclerotium rolfsii
in vitro
(Effect of aqueous extract of Passiflora sp. on mycelial growth of Sclerotium rolfsii in vitro)
Mazzonetto, F.1; Corbani, R. Z.1; Dalri, A. B.1; Bortoletto, B.1; Bortoletto, B.1
1
Universidade Camilo Castelo Branco, UNICASTELO, Campus Descalvado/SP. E-mail: famazzonetto@
hotmail.com
A murcha-de-esclerócio causada pelo fungo habitante do solo Sclerotium rolfsii Sacc. é uma doença de
difícil controle que predomina em regiões de clima tropical e subtropical e ocasiona tombamento, podridão
radicular e murcha em mais de 500 espécies de plantas cultivadas no mundo. O experimento foi conduzido
no laboratório de Fitotecnia do curso de Agronomia da UNICASTELO / Campus Descalvado e o fungo
foi obtido de plantas de pimentão e mantidos no próprio laboratório para utilização no bioensaio. Extrato
aquoso bruto de maracujá foi obtido a partir do processo de infusão de 20g de folhas secas, em estufa de
circulação forçado a 30°C, adicionando-se em 1000mL de água destilada à 100°C, mantendo-se cobertas
com vidro durante 15 minutos. Após esse período foi fracionada concentrações crescentes de 10%, 20%,
40% e 80% (v/v), as quais foram acrescidas em meio de cultura BDA (batata-dextrose-ágar), exceto na
testemunha (sem adição dos extratos). Tais meios foram esterilizados em autoclave durante 20 minutos a
120°C e pressão de 1 atm e vertidos em placas de Petri esterilizadas. Discos de 8 mm de diâmetro, contendo
micélio fúngico foi repicado no centro de cada placa, as quais foram vedadas com filme plástico e incubadas
em câmara de crescimento (BOD) a 25°C por 4 dias, sendo realizadas durante esse período leituras diárias
do diâmetro das colônias. O experimento foi conduzido no delineamento inteiramente casualizado sendo
cada tratamento constituído por 6 repetições. A avaliação do diâmetro do halo de inibição do crescimento
micelial foi realizada através de medições diárias do diâmetro das colônias, obtida pela média de duas
medidas diametralmente opostas. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e regressão
polinomial. Os dados evidenciaram que a dose de 80% proporcionou maior halo de inibição a partir do
segundo dia de avaliação.
183
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
145
Efeito do extrato aquoso de espécies vegetais sobre o crescimento micelial de Sclerotium rolfsii in
vitro
(Effect of aqueous extract of vegetal species on mycelial growth of Sclerotium rolfsii in vitro)
Corbani, R. Z.1; Mazzonetto, F.1; Dalri, A. B.1; Bortoletto, B.1; Bortoletto, B.1 1Universidade Camilo
Castelo Branco, UNICASTELO, Campus Descalvado/SP. E-mail: [email protected]
O fungo fitopatogênico Sclerotium rolfsii Sacc., habitante do solo, polífago, pode causar podridão em
raízes, no colo de plantas jovens, em sementes, danos em plântulas, folhas e frutos. O experimento foi
conduzido no laboratório de Fitotecnia do curso de Agronomia da UNICASTELO / Campus Descalvado e
o fungo foi obtido de plantas de pimentão e mantidos no próprio laboratório para utilização no bioensaio.
Extrato aquoso bruto de graviola e urucum foi obtido a partir do processo de infusão de 20 g de folhas
frescas e sadias das plantas trituradas, separadamente, em 1000mL de caldo de batata por 3 minutos em
liquidificador. Os homogenatos resultantes foram filtrados em gaze e papel de filtro Whatman n°1. Após
esse período foi fracionada concentrações crescentes de 10%, 20%, 40% e 80% (v/v), as quais foram
acrescidas em caldo de batata. Foi incorporado ágar ao meio e após autoclavagem durante 20 minutos
a 120°C e pressão de 1 atm o meio foi vertido em placas de Petri esterilizadas. Após a solidificação,
um disco de 8 mm de diâmetro do micélio de S. rolfsii foi repicado no centro de cada placa, as quais
foram vedadas com filme plástico e incubadas em câmara de crescimento (BOD) a 25°C por 4 dias, sendo
realizadas durante esse período leituras diárias do diâmetro das colônias. O experimento foi conduzido no
delineamento inteiramente casualizado sendo cada tratamento constituído por 6 repetições. A avaliação do
diâmetro do halo de inibição do crescimento micelial foi realizada através de medições diárias do diâmetro
das colônias, obtida pela média de duas medidas diametralmente opostas. Os resultados obtidos foram
submetidos à análise de variância e regressão polinomial. Os dados evidenciaram que a dose de 20% foi a
que proporcionou maior halo de inibição do fungo para ambas espécies vegetais testadas.
184
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
148
Efeito do extrato aquoso de sementes de maracujá, melancia, melão e urucum sobre eclosão de juvenis
de Meloidoyne javanica in vitro
(Effect of aqueous extract of seeds passion fruit, watermelon, melon and urucum on the hatching of juveniles
of Meloidoyne javanica in vitro)
Dalri, A. B.1; Corbani, R. Z.1; Mazzonetto, F.1; Bortoletto, B.1; Bortoletto, B.1
1
Universidade Camilo Castelo Branco, UNICASTELO, Campus Descalvado/SP. E-mail: [email protected].
br
Aos fitonematóides são atribuídas perdas anuais méias de cerca de 12% na maioria de nossas culturas. Os
nematóides de galha tem se tornado um dos principais problemas enfrentado no cultivo de olerícolas, dentre
elas a alface, sendo responsáveis por perdas importantes, uma vez que reduzem a qualidade do produto
colhido. Objetivou-se avaliar o efeito do extrato aquoso de sementes de maracujá, melancia, melão e urucum
sobre a eclosão de juvenis de Meloidogyne javanica in vitro. Os ovos dos nematóides foram extraídos de
raízes de tomateiros sendo a sua suspensão calibrada em câmara de contagem de Peters com o auxilio de
microscópio estereoscópico. O extrato foi obtido pela infusão de 1 g de sementes de maracujá, melancia,
melão e urucum secas e trituradas em 10 mL de água aquecida e filtragem após a mistura ser mantida
em repouso por 24 horas. Em cada placa de Petri de 5 cm de diâmetro, foram colocados, separadamente,
2 mL do extrato, 1 mL de suspensão aquosa contendo 500 ovos de M. javanica e levados à incubação
a 26°C, em recipiente fechado. Água destilada foi utilizada no tratamento testemunha. Os números de
juvenis eclodidos e de ovos remanescentes foram avaliados com auxilio de microscópio estereoscópico,
16 dias após a incubação. Posteriormente, calculou-se a porcentagem de eclosão de juvenis pela fórmula:
Porcentagem de eclosão = [número de juvenis eclodidos/(número de juvenis eclodidos + números de ovos
remanescentes)] x 100. O experimento foi montado no delineamento inteiramente ao acaso, com cinco
repetições por tratamento. Os dados foram submetidos a análise variância e as médias comparadas pelo teste
F a 5 % de probabilidade. Concluiu-se que os extratos de sementes de maracujá, melancia, melão e urucum
reduziram a eclosão dos juvenis de M. javanica em 83,09%, 96,85%, 94,60% e 93,79% respectivamente.
185
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
149
Efeito do extrato aquoso de sementes de espécies vegetais sobre a inativação de juvenis de Meloidoyne
javanica in vitro
(Effect of aqueous extract of seeds of vegetal species on inactivation of juveniles of Meloidoyne javanica
in vitro)
Bortoletto, B.1; Corbani, R. Z.1; Mazzonetto, F.1; Dalri, A. B.1; Bortoletto, B.1
1
Universidade Camilo Castelo Branco, UNICASTELO, Campus Descalvado/SP. E-mail: brunonba4@
hotmail.com
Os nematóides de galhas têm se tornado um dos principais problemas enfrentados no cultivo da alface,
sendo responsáveis por perdas importantes, uma vez que reduzem a quantidade e a qualidade do produto
colhido. A alface, em condições de elevadas temperaturas, tem sido afetada por problemas de pendoamento
precoce e ocorrência de Meloidogyne spp. Objetivou-se avaliar o efeito do extrato aquoso de sementes de
maracujá, melancia, melão e urucum sobre a inativação de juvenis de Meloidogyne javanica in vitro. O
extrato foi obtido pela infusão de 1 g de sementes de maracujá, melancia, melão e urucum secas e trituradas
em 10 mL de água aquecida e filtragem após a mistura ser mantida em repouso por 24 horas. A unidade
experimental constitui-se de uma placa de petri 5 cm de diâmetro. Em cada placa foram colocados 2,0 mL
da solução de extrato de sementes de maracujá, melancia, melão e urucum e 1,0 mL de suspensão contendo
aproximadamente 300 j2 de M. javanica e incubados a 26°C. No tratamento testemunha utilizou-se apenas
água. Vinte e quatro horas após, avaliou-se a porcentagem de juvenis moveis e imóveis. Em seguida, cada
suspensão do extrato ou somente água, contidas nas placas, contendo os juvenis, foi vertida separadamente
sobre peneira de 0,025 mm de abertura (500 mesh) e os nematóides fora lavados cuidadosamente com
água corrente. Posteriormente, com o auxílio de uma piceta contendo água, os J2 foram recolhidos para as
placas de Petri e incubados por mais 24 horas. Após, determinou-se a porcentagem de nematóides ativos
e inativos. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente ao acaso, com cinco repetições
por tratamento. Os dados foram submetidos a análise variância e as médias comparadas pelo teste F a 5 %
de probabilidade. Os extratos das plantas utilizadas ocasionaram a inativação dos juvenis de M. javanica
quando comparados com o tratamento testemunha.
186
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
154
Inativação in vitro de juvenis de Meloidoyne incognita utilizando extratos aquosos de sementes de
espécies vegetais
(Inactivation in vitro of juveniles of Meloidoyne incognita using aqueous extract of seeds of vegetal
species)
Mazzonetto, F.1; Corbani, R. Z.1; Dalri, A. B.1; Bortoletto, B.1; Bortoletto, B.1
1
Universidade Camilo Castelo Branco, UNICASTELO, Campus Descalvado/SP. E-mail: famazzonetto@
hotmail.com
Os nematóides de galhas têm se tornado um dos principais problemas enfrentados no cultivo da alface,
sendo responsáveis por perdas importantes, uma vez que reduzem a quantidade e a qualidade do produto
colhido. Objetivou-se avaliar o efeito do extrato aquoso de sementes de maracujá, melancia, melão e
urucum sobre a inativação de juvenis de Meloidogyne incognita in vitro. O extrato foi obtido pela infusão
de 1 g de sementes de maracujá, melancia, melão e urucum secas e trituradas em 10 mL de água aquecida e
filtragem após a mistura ser mantida em repouso por 24 horas. A unidade experimental constitui-se de uma
placa de petri 5 cm de diâmetro. Em cada placa foram colocados 2,0 mL da solução de extrato de sementes
de maracujá, melancia, melão e urucum e 1,0 mL de suspensão contendo aproximadamente 300 j2 de M.
incognita e incubados a 26°C. No tratamento testemunha utilizou-se apenas água. Vinte e quatro horas após,
avaliou-se a porcentagem de juvenis moveis e imóveis. Em seguida, cada suspensão do extrato ou somente
água, contidas nas placas, contendo os juvenis, foi vertida separadamente sobre peneira de 0,025 mm de
abertura (500 mesh) e os nematóides fora lavados cuidadosamente com água corrente. Posteriormente,
com o auxílio de uma piceta contendo água, os J2 foram recolhidos para as placas de Petri e incubados
por mais 24 horas. Após, determinou-se a porcentagem de nematóides ativos e inativos. O experimento foi
conduzido em delineamento inteiramente ao acaso, com cinco repetições por tratamento. Os dados foram
submetidos à análise variância e as médias comparadas pelo teste F a 5 % de probabilidade. Os extratos
das plantas de melancia, urucum e maracujá foram as que ocasionaram maior inativação dos juvenis de M.
incognita quando comparados com o tratamento testemunha.
187
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
156
Efeito do extrato aquoso de diferentes espécies vegetais no manejo de Meloidogyne incognita em
alface (Lactuca sativa L.) em ambiente protegido
(Effect of aqueous extract of species vegetal of the management of Meloidoyne javanica in protected
environment)
Dalri, A. B.1; Corbani, R. Z.1; Mazzonetto, F.1; Bortoletto, B.1; Bortoletto, B.1; Rogante, R. T.1
Universidade Camilo Castelo Branco, UNICASTELO, Campus Descalvado/SP. E-mail: [email protected].
br
1
O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do extrato aquoso extraído de maracujá, erva de
Santa Maria, hortelã e pinhão manso aplicados ao solo no manejo de Meloidogyne incognita em alface em
ambiente protegido. Os extratos aquosos de maracujá, erva de Santa Maria, hotelã e pinhão manso, foram
obtidos a partir da pesagem e trituração em moinho de 10 gramas das folhas secas em estufa de circulação
forçado a 40°C em 100 mL de água destilada, agitando-se durante 15 minutos seguindo-se de repouso por
24 horas e posterior filtragem em voil. Os extratos foram acondicionados em recipientes de vidro âmbar
e utilizados logo em seguida. Mudas de alface americano cultivar Lucy Brown foram transplantadas para
vasos plásticos com capacidade de 2,0 L, contendo uma mistura de solo e areia na proporção de 1:2 (v:v),
previamente esterilizado. Logo em seguida, o solo foi infestado com uma suspensão contendo 5.000 ovos de
M. incognita. No mesmo dia em que o solo foi infestado, 30 mL dos extratos foram aplicados separadamente
em cada vaso diretamente no solo na forma de rega. Para o tratamento testemunha, foram aplicados 30 mL
de água destilada ao solo. Foram realizadas 5 aplicações a cada 10 dias. Aos 50 dias após a inoculação,
foi avaliado o número de ovos e de galhas por sistema radicular. O delineamento estatístico utilizado foi o
inteiramente casualizado, com 5 tratamentos e 7 repetições. Os dados obtidos foram submetidos à análise
de variância pelo teste “F” e as médias comparadas pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Conclui-se que os extratos aquosos de maracujá, hortelã e erva de Santa Maria reduziram o número de
galhas nas raízes proporcionando menor número de ovos quando comparados com a testemunha.
188
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
157
Inativação da eclosão in vitro de juvenis de Meloidoyne incognita utilizando extratos aquosos de
sementes de maracujá, melancia, melão e urucum
(Inactivation on the hatching in vitro of juveniles of Meloidoyne incognita using aqueous extract of seeds
passion fruit, watermelon, melon and urucum)
Bortoletto, B.1; Corbani, R. Z.1; Mazzonetto, F.1; Dalri, A. B.1; Bortoletto, B.1
1
Universidade Camilo Castelo Branco, UNICASTELO, Campus Descalvado/SP. E-mail: brunonba4@
hotmail.com
Objetivou-se avaliar o efeito do extrato aquoso de sementes de maracujá, melancia, melão e urucum sobre a
eclosão de juvenis de Meloidogyne incognita in vitro. Os ovos dos nematóides foram extraídos de raízes de
tomateiros sendo a sua suspensão calibrada em câmara de contagem de Peters com o auxilio de microscópio
estereoscópico. O extrato foi obtido pela infusão de 1 g de sementes de maracujá, melancia, melão e urucum
secas e trituradas em 10 mL de água aquecida e filtragem após a mistura ser mantida em repouso por 24
horas. Em cada placa de Petri de 5 cm de diâmetro, foram colocados, separadamente, 2 mL do extrato, 1
mL de suspensão aquosa contendo 500 ovos de M. incognita e levados à incubação a 26°C, em recipiente
fechado. Água destilada foi utilizada no tratamento testemunha. Os números de juvenis eclodidos e de
ovos remanescentes foram avaliados com auxilio de microscópio estereoscópico, 16 dias após a incubação.
Posteriormente, calculou-se a porcentagem de eclosão de juvenis pela fórmula: Porcentagem de eclosão =
[número de juvenis eclodidos/(número de juvenis eclodidos + números de ovos remanescentes)] x 100. O
experimento foi montado no delineamento inteiramente ao acaso, com cinco repetições por tratamento. Os
dados foram submetidos a análise variância e as médias comparadas pelo teste F a 5 % de probabilidade.
Concluiu-se que os extratos de sementes de maracujá, melancia e urucum reduziram a eclosão dos juvenis
de M. incognita em 92,86%, 98,70% e 96,22% respectivamente. O extrato aquoso de melão inativou 100%
da eclosão dos juvenis do nematóide.
189
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
158
Eficácia do extrato pirolenhoso no manejo de populações de Pratylenchus zeae em cana de açúcar a
campo
(Effectiveness of pyroligneous acid of the management of Pratylenchus zeae in sugar cane on field)
Corbani, R. Z.1; Mazzonetto, F.1; Dalri, A. B.1; Bortoletto, B.1; Bortoletto, B.1
1
Universidade Camilo Castelo Branco, UNICASTELO, Campus Descalvado/SP. E-mail: renatozapparoli@
hotmail.com
O experimento, visando à avaliação da eficácia do extrato pirolenhoso no controle de Pratylenchus zeae. foi
instalado na Fazenda Pedrinhas, Município de São Carlos durante o plantio de cana-de-açúcar (Saccharum
officinarum L.) variedade SP 81 3250, cuja análises prévias de amostras de solo revelaram em média, a
presença de 720 juvenis de Pratylenchus zeae /100 cm3 das amostras de solo. O extrato pirolenhoso foi
diluído em água de modo a obter concentrações finais de 0,5%; 1,0%; 2,0% e 4,0%. Utilizou-se como
parâmetro o tratamento químico com Furadan 350 SC (6,0 litros / ha). Para o tratamento testemunha
utilizou-se água. Cada parcela foi constituída por 10 linhas de cana (15 metros de largura) por 400 metros
de comprimento. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com três repetições. Utilizou-se um
tanque pulverizador de capacidade de 300 litros para a aplicação do produto nas diferentes concentrações.
Foram realizadas avaliações aos 30, 60 e 90 dias após a aplicação do produto. Uma amostra, composta de
40 amostras simples de solo, foi coletada de cada parcela. Essas amostras foram acondicionadas em sacos
de plástico, etiquetadas e transportadas para o Laboratório de Nematologia onde foram processadas. As
médias dos números de nematóides, em 100 cm3 das amostras de solo, foram comparadas pelo teste de
Tukey, a 5% de probabilidade. Conclui-se que o extrato pirolenhoso nas concentrações de até 4% não foi
eficaz para redução da população de Pratylenchus zeae em cana-de-açúcar.
190
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
185
Efeito de produtos alternativos no crescimento micelial de Colletotrichum gloeosporioides, agente
etiológico da mancha manteigosa em cafeeiro (Coffea spp.)
Effect of alternative products on the mycelial growth of Colletotrichum gloeosporioides, causal agent of
blister spot on coffee (Coffea spp.)
Freitas, M. L. O.1; Ogoshi, C.2; Zancan, W. L. A.3; Neto, H. S.4; Abreu, M. S.5.1,2,3,4,5
UFLA;1Graduando em Agronomia; 2Engenheiro Agrônomo, Doutorando em Agronomia (Fitopatologia);
3,4
Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia (Fitopatologia); 4Professor Doutor. E-mail:
[email protected]
Visando o manejo de fitopatógenosna cultura do cafeeiro, o controle alternativo de enfermidades vem
adquirindo uma grande importância no cenário agrícola, tanto pelo controle de algumas doenças como
pelo menor impacto causado ao ambiente. O objetivo deste trabalho foi avaliar o índice de velocidade de
crescimento micelial (IVCM) do fungo C. gloeosporioides.O delineamento experimental foi inteiramente
casualizado com 12 tratamentos (T1 = Testemunha; T2 = Azoxystrobin 0,25g/L; T3 = Fosfito de Cu 0,5%;
T4 = Fosfito de Cu 1%; T5 = Fosfito de K 0,5%; T6 = Fosfito de K 1%; T7 = Fosfito de Mn 0,5%; T8 =
Fosfito de Mn 1%; T9 = Fosfito de K+Mn 0,5%; T10 = Fosfito de K+Mn 1%; T11 = Agro-mos ® 0,5% e
T12 = Agro-mos ® 1%) e 5 repetições. Cada tratamento, com exceção da testemunha, foi misturado em
meio de cultura Malte e vertidos em placas de Petri contendo 20 mL da solução, onde foram transferidos
discos de micélio de 0,5 cm do fungo. Posteriormente as placas foram acondicionadas em incubadora a 25°C
±1°C sobfotoperíodode 12 h. As avaliações foram realizadas a cada dois dias utilizando um paquímetro.
Verificou-se que houve diferença significativa entre os tratamentos, segundo o teste de Tukey a 5% de
probabilidade. Os menores IVCM foram observados nos tratamentos T7, T8, T9, T10 e T11, seguido pelos
tratamentos T5 e T6, com 0,05 e 0,13 cm/dia, respectivamente. Os tratamentos T2, T3 e T4 diferiram entre
si, com 0,57, 0,37, 0,31 cm/dia, respectivamente.O tratamento T1 obteve o maior IVCM, com 0,9 cm/dia.
Estes resultados demonstram o potencial antifúngico dos fosfitos “in vitro”.
191
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
204
Efeito de óleos essenciais sobre a ultraestrutura de conídios de Pseudocercospora griseola
(Effect of essential oils on the ultra-structure of Pseudocercospora griseola conidia)
Hoyos, J.M.A.1; Alves, E1; Labory, C.R.G.2
1
Universidade Federal de Lavras. Dpto de Fitopatologia. 2 Dpto de solos – UFLA. E-mail: maofahien@
yahoo.com
Pesquisas relacionadas ao potencial dos óleos essenciais no controle de fitodoenças têm sido desenvolvidas
nos últimos anos, uma vez que, estes têm se mostrado promissores no controle alternativo de doenças de
plantas. Porém, poucos são os estudos sobre o modo de ação desses óleos sobre os patógenos. O objetivo
deste trabalho foi determinar o efeito de óleos essenciais de Eugenia caryophyllata, Cymbopogon martinii
e Cymbopogon citratus sobre conídios de P. griseola, por meio de microscopia eletrônica de transmissão
(MET). Foi utilizada uma suspensão ajustada para 2x104 conídios ml-1 preparada em água destilada e
esterilizada, na qual se adicionou Tween 20 a 0,1%. Tais conídios foram tratados com os óleos essenciais
a 0,1% permanecendo sob agitação a 25ºC, por 24 horas. No tratamento controle foi usada somente água.
Após centrifugação e descarte do sobrenadante, as massas de conídios obtidas foram fixadas por 24h em
Karnovsky modificado. As suspensões foram novamente centrifugadas e após o descarte do sobrenadante,
os conídios fixados foram emblocados em gel de agarose e submetidos ao protocolo de preparo de amostras
para MET. Em microscópio Zeiss EM 109 foram registradas imagens e observados os danos causados aos
conídios pelos óleos essenciais, tais como: danos a parede celular e membrana plasmática e desorganização
e degradação citoplasmática.
Apoio: FAPEMIG, CAPES e CNPq.
192
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
212
Extratos e óleos essenciais vegetais, indutores de resistência e produtos anti-sépticos no controle de
Fusarium oxysporum f.sp. cubense (e.f. Smith) Snyd. & Hans
(Essencial oils, plant extracts, resistance inductors and antiseptic substances on control of Fusarium
oxysporum f.sp. cubense (e.f. Smith) Snyd. & Hans)
Oliveira, E.S.1; Lima, I.B.¹; Silva, F.N.T. da1; Pessoa, M.N.G.¹; Santos, A. B.1;
¹Laboratório de Micologia e Patologia de Sementes/ Fitopatologia/UFC, CP 12.168 CEP 60021-970,
Fortaleza, CE. E-mail: [email protected]
A murcha de fusário, doença de ocorrência comum em regiões de cultivo de bananeira e encontrada
também em campos de flores tropicais, é causada por Fusarium oxysporum f. sp. cubense (E.F. Smith)
Snyd. & Hans, patógeno com grande capacidade de sobrevivência no solo e de difícil controle, sendo uso
de cultivares resistentes o método mais eficiente. Visando controlar esse patógeno, avaliou-se a atividade
fungitóxica dos extratos e óleos essenciais de Lippia sidoides Cham. e Caryophillus aromaticus L.; dos
indutores de resistência fosfito e ácido salicílico e dos produtos anti-sépticos hipoclorito de sódio (NaCLO)
e sorbato de potássio, através de ensaios in vitro. Os testes foram conduzidos em meio BDA + tetraciclina
(50 µg. mL-1), nas concentrações de 0, 2, 5, 5, 0, 10, 0, 15, 0, 20,0 mL de cada extrato; 0 25, 50 e 100 µL
de cada óleo; 0,3 g e 300 µL dos indutores ácido salicílico e fosfito respectivamente; 0,1 g e 25 mL dos
anti-sépticos sorbato de potássio e NaCLO respectivamente. Placas contendo apenas meio BDA foram
usadas para efeitos comparativos. Todos os tratamentos foram distribuídos em delineamento inteiramente
casualizado com cinco repetições cada, incubados a 28 ± 2o C e fotoperíodo de 12 h durante sete dias. Os
resultados obtidos mostraram que os óleos essenciais de L. sidoides em todas as concentrações testadas e
C. aromaticus nas concentrações de 50 e 100 µL, assim como o ácido salicílico foram os mais efetivos,
inibindo o crescimento do patógeno em 100 %. O extratos de C. aromaticus (15 e 20 %) e o óleo a 25 µL,
bem como fosfito e o sorbato de potássio também exerceram excelente atividade fungitóxica com reduções
de 79,6; 94,5; 89; 89,6 e 83 % respectivamente.
193
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
213
Ação fungitóxica de extratos vegetais aquosos de alecrim-pimenta e cravo-da-índia sobre o crescimento
micelial de Lasiodiplodia theobromae
(Fungitoxic action of pepper and clove aqueous plant extracts on Lasiodiplodia theobromae mycelial
growth)
Oliveira, E.S.1; Junior, F.J.C.S.1; Silva, T.S.1; Santos, A.B.1; Pessoa, M.N.G.¹, Lima, I.B.¹
¹Laboratório de Micologia e Patologia de Sementes/ Fitopatologia/UFC, CP 12.168 CEP 60021-970,
Fortaleza, CE. E-mail: [email protected]
Podridão-dos-ramos causada pelo fungo Lasiodiplodia theobromae é uma importante doença que ocorre em
diversas espécies vegetais, principalmente em condições de estresse que favorecem seu desenvolvimento:
temperaturas altas, baixa disponibilidade de água e solo pobre em nutrientes. Sua ocorrência tem sido relata
de modo freqüente no Estado do Ceará, caracterizada por necroses nos tecidos que evoluem para podridão
seca e morte do caule e dos ramos. No presente estudo avaliou-se a ação fungitóxica de extratos aquosos
de alecrim-pimenta (Lippia sidoides Cham) e cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) autoclavado e não
autoclavado, nas concentrações de 0, 2,5, 5, 10, 15, 20 e 25 % no controle de L. theobromae. Os ensaios
foram realizados “in vitro” em placas de Petri contendo BDA + tetraciclina (50 µg.mL-1), incubadas a 28° C
± 2° C e fotoperíodo de 12h, durante sete dias. Os ensaios foram conduzidos em delineamento inteiramente
causualizado em esquema fatorial 2 x 2 x 6 (extratos (2), com e sem autoclavagem (2) e concentrações (6))
com 5 repetições em cada. Placas contendo apenas meio BDA serviram como testemunha. De acordo com
as avaliações não houve interação significativa entre os extratos. Os resultados obtidos pelo crescimento
micelial indicaram que, o extrato não autoclavado de cravo-da-índia na concentração de 25 % foi o mais
efetivo com 100 % de inibição. Discos de micélio obtidos da referida concentração e plaqueados em meio
BDA, não permitiram a sobrevivência do patógeno, comprovando sua ação fungicida. Esta parece ser uma
alternativa promissora ao controle da doença sugerindo, contudo, a realização de novos estudos de modo a
avaliar a ação dessa substância “in vivo”.
194
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
217
Fertilizantes foliares na germinação de urediniósporos de Hemileia vastatrix
(Foliar fertilizers on the germination of Hemileia vastatrix urediniospores)
Silva Júnior, M. B.1; Valeriano, R. 1; Babinski, A. P. R. 1; Ribeiro Júnior, P. M. 1; Silva, J. A. G. 1; Renó,
M. H. L.1; Resende, M. L. V1.
1
DFP/UFLA. E-mail: [email protected]
Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito de 3 formulações de fertilizantes foliares, Fulland® (fosfito de
cobre) e Agro-Mos® (mananoligossacarídeo fosforilado + cobre) nas doses de 0; 2,5; 5; 7,5 e 10 mL L-1,
Viça-café® (macro e micronutrientes) nas doses de 0; 0,35; 0,7; 1,05 e 1,4 g L-1 e o indutor de resistência
Bion® (acibenzolar-S-metil) nas doses de 0; 0,05; 0,1; 0,15 e 0,2 g L-1 na germinação de urediniósporos de
H. vastatrix. Folhas naturalmente infectadas com H. vastatrix foram coletadas em campo para obtenção da
suspensão de inóculo. O teste de germinação foi feito em placas de Petri com 9 cm de diâmetro, contendo
10 mL de meio ágar-água 2%. Foram pipetados nas placas, 500μL de produto nas respectivas concentrações
e 100μL da suspensão de inóculo (1x105 urediniósporos de H. vastatrix/mL), sendo homogeneizados com
auxílio de alça de Drigalski. As placas foram incubadas a 25ºC por 16 h no escuro. Após esse período
a germinação foi paralisada com 40 µL de solução de lactoglicerol + azul de tripan. O delineamento
experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com 4 repetições. A porcentagem de germinação
foi avaliada em 200 urediniósporos por repetição e a partir desta, calculadas a concentração de máxima
inibição (CMI em mL L-1) e a dose letal que inibe 50% da germinação (DL50 em mL L-1) de cada produto.
Observou-se que todos os produtos testados proporcionaram comportamento quadrático com o aumento
das doses. O Viça-café apresentou DL50= 2,23 e CMI=6,49; Fulland DL50=2,29 e CMI=7,55; Agro-Mós
DL50=1,65 e CMI=6,74 e Bion DL50=2,88 e CMI=8. Os fertilizantes testados apresentam toxidez direta a
H. vastatrix, sendo que o Agro-Mos apresentou maior toxidez.
195
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
247
Aplicação do produto pc+si no solo e foliar na redução do progresso da brusone em arroz
(Root and foliar application of pc+silicon to reduce the progress of leaf blast on rice)
Cacique, I.S.1; Freitas, C.C.1; Domiciano, G.P.1; Rodrigues, F.A.1; Bota, A2.
1
UFVDFP,Viçosa, MG. 2Bioibérica, S.A., Plant Physiology Division, Spain. E-mail:
[email protected]
This study aimed to determine the efficiency of the product rmúrox (Bioibérica, S.A.), a formulation of
peptide compounds with Si (PC+Si) to reduce the intensity of rice leaf blast. Rice plants (cv. Metica-1)
were grown in pots containing Si-deficient soil and submitted to the following treatments 24 hours before
inoculation (hbi) with Pyricularia grisea: (1) plants growing in pots with soil amended with calcium
carbonate (CC) and watered with distilled water daily (control 1); (2) plants growing in pots with soil
amended with calcium silicate (CS) and watered with distilled water daily; (3) plants growing in pots with
soil amended with CC, watered with distilled water daily, and sprayed with PC+Si (5 ml/l) 24 hbi with
P. grisea; (4) plants growing in pots with soil amended with CC, watered with distilled water daily and
sprayed with potassium silicate (2.1 g/l) 24 hbi with P. grisea; (5) plants growing in pots with soil amended
with CC, watered with distilled water daily, and watered with PC+Si solution weekly. A
total of five applications were made with at total of 0.05 ml PC+Si per pot at each application time and (6)
plants growing in pots with soil amended with CC, watered with distilled water daily, and sprayed with
propiconazole (1.5 ml/l) 24 hbi with P. grisea (control 2). The Si concentration on leaf tissue significantly
increased for treatments 2 and 5 as compared to the other treatments. There was no significant difference
among the treatments 1, 3, 4, and 6. The Si concentration in leaf tissue increased in 80% in the treatments
2 and 73% in the 5 as compared with the control 1.
The area under blast progress curve (AUBPC) significantly decreased for treatments 2, 5, and 6 as compared
to treatments 1, 3, and 4. There was no significant difference among treatments 2, 5, and 6. The AUBPC
decreased in 94% for these treatments as compared with control 1. There was significant difference among
the treatments 1, 3, and 4. The spray of PC+Si showed great potential to reduce blast intensity as compared
to non-sprayed plants.
Financial Support: BioIbérica S.A. and FAPEMIG.
196
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
252
Controle alternativo de Phakopsora pachyrhizi por hortelã
(Alternative control of Phakopsora pachyrhizi by mint)
Butrinowski, R.T.1; Viecelli, C.A.1,2; Butrinowski, I.T.1; Paulus, C.2. Mioranza D.1; Henkemeier, N.P.1;
Yamashita, P.A.1.
1
FAG; 2Unioeste. e-mail: [email protected]
O objetivo do trabalho foi verificar a inibição da germinação de esporos de P. pachyrhizi, fungo causador
da ferrugem asiática na soja, por meio de extratos de hortelã (Mentha spicata). O trabalho foi desenvolvido
no laboratório de fitopatologia da Faculdade Assis Gurgacz. O extrato aquoso estático de hortelã foi obtido
por meio da hidratação da folha inteira fresca em água destilada e posteriormente mantido em geladeira
a 4°C durante 24 horas, após filtrou-se em papel filtro e dilui-se em água para atingir as concentrações
de 5; 10; 15 e 20%. A testemunha continha apenas água destilada. O teste de inibição de germinação
de esporos na presença dos extratos foi realizado em lamina de microscopia revestida por fina camada
(1mL) de Agar-água a 1%. Alíquotas de 40 µL do extrato aquoso e 40 µL da suspensão de esporos de P.
pachyrhizi (1x104 esporos mL-1) obtidas de uma lavoura experimental da Fazenda Escola da Faculdade Assis
Gurgacz, foram distribuídas na superfície das lâminas, as quais foram acondicionadas em caixa de gerbox
e incubadas em câmara de geminação e no escuro por 24 horas a 22°C. Após determinou-se a porcentagem
de germinação dos esporos. Os resultados obtidos foram submetidos a ANAVA e o teste de media por
Tukey a 5% de probabilidade indica inibição da germinação dos esporos na ordem de 39, 44, 48, 54% para
as concentrações de 5, 10, 15, 20%, respectivamente, apresentando-se potenciais para a continuidade dos
estudos com extratos aquosos de hortelã para o controle da ferrugem da soja.
197
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
253
Extrato aquoso de Equisetum arvense na inibição da germinação de esporos de Phakopsora
pachyrhizi
(Aqueous extracts of Equisetum arvense in the inhibition germination of Phakopsora pachyrhizi spore)
Butrinowski, R.T.1; Viecelli, C.A.1,2; Butrinowski, I.T.1; Paulus, C.2. Mioranza D.1; Henkemeier, N.P.1
1
FAG; 2UNIOESTE. e-mail: [email protected]
O objetivo do trabalho foi verificar a inibição da germinação de esporos do fungo P. pachyrhizi com
extratos de cavalinha (E. arvense), realizados no laboratório de fitopatologia da Faculdade Assis Gurgacz.
O extrato aquoso estático de cavalinha foi obtido por meio da hidratação da folha inteira fresca em água
destilada e posteriormente mantido em geladeira a 4°C durante 24 horas, após filtrou-se em papel filtro e
dilui-se em água para a atingir as concentrações de 5; 10; 15 e 20%. A testemunha continha apenas água
destilada. O teste de inibição de germinação de esporos na presença dos extratos foi realizado em lamina de
microscopia revestida por fina camada (1mL) de Agar-água a 1%. Alíquotas de 40 µL do extrato aquoso e
40 µL da suspensão de esporos de P. pachyrhizi (1x104 esporos mL-1) obtidas de uma lavoura experimental
da Fazenda Escola da Faculdade Assis Gurgacz, foram distribuídas na superfície das lâminas, as quais
foram acondicionadas em caixa de gerbox e incubadas em câmara de geminação e no escuro por 24 horas
a 22°C. Após determinou-se a porcentagem de germinação dos esporos. Os resultados indicam que as
concentrações dos extratos obtidos da cavalinha apresentam potenciais de controle do patógeno, ocorrendo
inibições de 48, 58, 69 e 80% para as concentrações de 5, 10, 15, 20% respectivamente. Assim a cavalinha
apresenta potencial para ser testada em casa de vegetação e campo para o controle da ferrugem asiática na
soja.
198
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
265
Bioatividade de óleos essenciais no controle in vitro do fungo Didymella bryoniae isolado do pepino
(Bioactivity of essential oils in the control of fungi in vitro of the isolated Didymella bryoniae cucumber)
Seixas, P. T. L.1; Castro, H. G.2; Santos, G. R.3; Cardoso, D. P.4; Leão, E. U.5
1,5
Mestranda em Produção Vegetal/UFT. 2,3Professor Adjunto/UFT; 4Pós-doutoranda/UFT. E-mail:
[email protected]
As propriedades dos óleos essenciais vêm sendo avaliadas pelo seu efeito inibidor no desenvolvimento
de microrganismos patogênicos. Objetivou-se com este trabalho avaliar in vitro a atividade antifúngica
dos óleos essenciais de Cymbopogon citratus, Mentha piperita, Eucaliptus citriodora e Lippia alba frente
ao patógeno Didymella bryoniae da cultura do pepino (Cucumis sativus). O experimento foi instalado no
Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal do Tocantins. O isolamento do fungo foi feito a partir
da planta de pepino, apresentando os sintomas típicos da doença. Para obter os respectivos óleos essenciais,
foram utilizados 100 g de folhas desidratadas em 1L de água destilada, transferido para o aparelho tipo
Clevenger, procedendo-se a hidrodestilação por 2 h. Foram testadas cinco alíquotas (5, 10, 15, 20 e 25
µL) dos respectivos óleos em cada placa de Petri (90 mm), distribuídos por meio de alça de Drigalski na
superfície. Após oito dias de incubação do fungo a 27 ºC em B.D.O, transferido para centro da placa um
micélio de 6 mm de diâmetro. A determinação da inibição do crescimento micelial do fungo foi realizado
com 4 repetições para cada tratamento, por meio do PIC (Percentual de Inibição do Crescimento Micelial).
Os resultados mostraram que o óleo essencial de C. citratus inibiu 100% o crescimento micelial em todas
as alíquotas testadas. E o óleo de M. piperita inibiu 10,95% na alíquota de 5 µL e nas demais alíquotas
(10, 15, 20 e 25 µL) foi observado 100% de inibição. O óleo essencial de L. alba nas alíquotas de 5 e
10 µL inibiram 15,00% e 48,08% do crescimento micelial, respectivamente, e nas alíquotas acima de 15
µL ocorreu inibição de 100% crescimento micelial. O óleo essencial de E. citriodora apresentou menor
percentual de inibição em relação as outros óleos testados, na alíquota de 25 µL apresentou inibição de
45,38% do crescimento micelial. Outros estudos devem ser realizados para analisar o potencial destes óleos
essenciais no controle de fungos fitopatogênicas.
199
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
266
Inibição da germinação de conídios de Erisiphe diffusa em foliolos submetidos ao tratamento
preventivo com produtos alternativos
(Inhibition of the Erisiphe diffusa conidia germination in leaflets submitted to preventive treatment with
alternative products)
Perina, F.J.1;; Teixeira, G. A2; Leite, E. A.G3, Alves, E4
1,2
Doutourando em Fitopatologia; 3Laboratorista do Departamento de Fitopatologia; 4Professor do
Departamento de Fitopatologia. 1,2,3,4Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG. E-mail: perinafj@gmail.
com
O oídio da soja, que tem como etiologia o fungo biotrófico Erysiphe diffusa, é de uma das doenças mais
antigas dessa leguminosa. Considerando que o manejo das doenças de plantas deve ser empregado no
intuito de reduzir os danos provocados para níveis economicamente aceitáveis, sem prejuízos para os
agroecossistemas e mantendo seu equilíbrio, o presente trabalho objetivou avaliar a capacidade de óleos
essenciais (OE) e leite em inibir a germinação de conídios de E. diffusa, quando aplicado de maneira
preventiva. Os tratamentos avaliados foram: OE de citronela (CI), capim-limão (CL), eucalipto globulus
(EU), canela (CA) e melalaeuca (ME), na dose de 1mL L-1 (0,1%) e leite (LE) a 100 mL L-1(10%). Como
padrão de inibição, usou-se o fungicida tebuconazole aplicado como Folicur® 200 CE a 1,67 mL L-1,
utilizou-se também um tratamento composto pelo padrão de indução de resistência ASM, na concentração
de 0,08g L-1, e uma testemunha composta por água destilada adicionada de Tween 20 a 0,1% (TE). Todos
tratamentos foram aplicados mediante pulverização foliar em plantas de soja no estádio V4, a inoculação
foi procedida 24 horas após o tratamento. Após quatro, oito, 12, e 24 horas; coletaram-se 8 discos de
110mm por tratamento, os quais foram submetidos à técnica de descoloração do limbo foliar. Em seguida
prosseguiu-se a montagem de lâminas para avaliação da percentagem de germinação em microscópio de
luz. A germinação dos conídios ocorreu somente 12 horas após a inoculação. Todos os tratamentos inibiram
a germinação de E diffusa, com destaque para os OE de CL, CA e ME que, junto do tramento composto por
LE superaram os demais tratamentos.
Apoio: FAPEMIG.
200
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
271
Efeito do tratamento com Azospirillum brasiliense, Stimulate® e fosfito sobre a população de
Pratylenchus brachyurus em soja
(Effect of the treatment with Azospirillum brasiliense, Stimulate® and phosphite on the Pratylenchus
brachyurus population in soybean)
Marini, P. M.1; Fontana, L. F.1; Dias-Arieira, C. R.1; Rodrigues, D. B.1; Roldi, M.1; Vedoveto, M. V.
V.1; Abe, V. H. F.1
1
UEM/DCA. E-mail: [email protected]
O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de Azospirillum brasiliense, Stimulate® e fosfito no controle
de Pratylenchus brachyurus na cultura da soja. Para isto, os tratamentos foram aplicados isolados ou nas
combinações: A. brasiliense (Ab), Stimulate (St), Fosfito (Fo), Ab+St, Ab+Fo, St+Fo e Ab+St+Fo. Os
tratamentos com Ab e St foram aplicados através do tratamento de sementes, enquanto o fosfito foi aplicado
via pulverização foliar, quinzenalmente. Todos os produtos foram utilizados na dosagem indicada pelo
fabricante, sendo Ab = 5 ml/kg de semente, St = 15 ml/kg de semente e Fo = 1,5 ml/l de água. Plantas
inoculadas e não tratadas e plantas não inoculadas foram utilizadas como testemunha. As sementes foram
semeadas em vasos de 2 L, contendo solo autoclavado (120 oC/2 h) e foram inoculadas com suspensão de
2000 espécimes de P. brachyurus após 10 dias de germinadas. Decorridos 60 dias da inoculação, as plantas
foram retiradas dos vasos para avaliação do número de nematoides/sistema radicular e altura da parte aérea.
Avaliou-se também o número de nematoides em 100 cm3 de solo. O experimento foi em DIC com seis
repetições. O tratamento St foi o que promoveu maior redução na população do nematoide, seguido de Fo
e Ab+St+Fo. Plantas tratadas com St e Ab+St apresentaram desenvolvimento significativamente superior
aos demais tratamentos.
201
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
272
Azospirillum brasiliense, Stimulate® e fosfito no controle de Pratylenchus brachyurus em milho
(Azospirillum brasiliense, Stimulate® and phosphite in the Pratylenchus brachyurus control in corn)
Marini, P. M.1; Fontana, L. F.1; Dias-Arieira, C. R.1; Rodrigues, D. B.1; Roldi, M.1; Vedoveto, M. V.
V.1; Abe, V. H. F.1
1
UEM/DCA. email: [email protected]
O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de Azospirillum brasiliense, Stimulate® e fosfito no controle de
Pratylenchus brachyurus em milho. Para isto os tratamentos foram aplicados isolados ou nas combinações:
A. brasiliense (Ab), Stimulate (St), Fosfito (Fo), Ab+St, Ab+Fo, St+Fo e Ab+St+Fo. Os tratamentos com
Ab e St foram aplicados através do tratamento de sementes, enquanto o fosfito foi aplicado via pulverização
foliar, quinzenalmente. Todos os produtos foram utilizados na dosagem indicada pelo fabricante, sendo Ab
= 5 ml/kg de semente, St = 15 ml/kg de semente e Fo = 1,5 ml/L de água. Plantas inoculadas e não tratadas
e plantas não inoculadas foram utilizadas como testemunha. As sementes foram semeadas em vasos de 2
L, contendo solo autoclavado (120 oC/2 h) e foram inoculadas com suspensão de 2000 espécimes de P.
brachyurus após 10 dias de germinadas. Decorridos 60 dias da inoculação, as plantas foram retiradas dos
vasos para avaliação do número de nematoides/sistema radicular e altura da parte aérea. Avaliou-se também
o número de nematoides em 100 cm3 de solo. O experimento foi em DIC com seis repetições. Comparandose com a testemunha (plantas inoculadas e não tratadas), redução significativa da população total foi obtida
para os tratamentos St, Fo, St+Fo e Ab+St. Aumento no desenvolvimento das plantas foi observado para o
tratamento com Ab, sendo o mesmo estatisticamente igual à testemunha não inoculada.
202
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
291
Inibição da germinação de esporos da ferrugem asiática da soja por extratos de capim cidreira
(Inhibition of germination of asian soybean rust spores by extracts lemon grass)
Yamashita P.A.1; Butrinowski, R.T.1; Viecelli, C.A.1,2; Butrinowski, I.T.1; Paulus, C.2; Mioranza D.1;
Henkemeier, N.P.1
1
FAG; 2UNIOESTE. E-mail: [email protected]
O uso do capim cidreira (Cymbopogon citratus) foi testado como controle alternativo de Phakopsora
pachyrhizi, fungo causador da ferrugem asiática na soja. O extrato aquoso estático de capim cidreira foi
obtido por meio da hidratação da folha inteira fresca em água destilada e posteriormente mantido em geladeira
a 4°C durante 24 horas, após filtrou-se em papel filtro e dilui-se em água para atingir as concentrações de 5;
10; 15 e 20%. A testemunha continha apenas água destilada. O teste de inibição de germinação de esporos
na presença dos extratos foi realizado em lamina de microscopia revestida por fina camada (1mL) de Agar
- água a 1%. Alíquotas de 40µL do extrato aquoso e 40µL da suspensão de esporos de P. pachyrhizi (1x104
esporos mL-1) obtidas de uma lavoura experimental da Fazenda Escola da Faculdade Assis Gurgacz, foram
distribuídas na superfície das lâminas, as quais foram acondicionadas em caixa de gerbox e incubadas em
câmara de germinação e no escuro por 24 horas a 22ºC. Após determinou-se a porcentagem de germinação
dos esporos. Os resultados indicam que a capim cidreira possui ação fungica direta, inibindo a germinação
dos esporos em 57, 31 e 69% nas concentrações de 10, 15 e 20% respectivamente, diferindo da testemunha
água. A regressão polinominal é representada por y=2,942x2 - 25,65x + 85,3; R² = 0,553. Os resultados
indicam que extratos de capim cidreira são promissores para testes que visam o controle da ferrugem
asiática na soja.
203
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
302
Efeito da torta de babaçu sobre Meloidogyne enterolobii
(Effect of babassu cake on Meloidogyne enterolobii)
Krasucki,A.I.1;Leite, R.R1.; Costa, D.M.1; Nascimento, F.S.2; Silva,G.S.1
1
Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade/UEMA;2Mestrado em Agroecologia/UEMA. E-mail: any_
[email protected]
O babaçu (Orbignya martiana) é uma palmeira produtora de óleo, com ampla distribuição geográfica no
Brasil. Um dos subprodutos da extração do óleo é a torta, muito utilizada na alimentação animal, em razão
do seu alto teor proteico. Vários autores têm demonstrado o poder nematicida de algumas tortas, sendo as
de mamona e de nim as mais estudadas. Neste trabalho procurou-se determinar o possível efeito da torta de
babaçu sobre Meloidogyne enterolobii em comparação à torta de mamona. O experimento foi conduzido
em vasos, em condições de casa de vegetação, obedecendo a um delineamento inteiramente casualizado
com seis repetições. Tortas de babaçu e de mamona, nas concentrações de 5, 10, 15 e 20 g/kg de solo foram
incorporadas ao solo dos vasos, previamente infestado com 5000 ovos de M. enterolobii . Sete dias após,
uma muda de tomateiro com vinte dias de idade foi transplantada para cada vaso. A avaliação deu-se trinta
dias após, adotando-se como parâmetros os índices de galhas e de massas de ovos e o fator de reprodução
do nematoide nas raízes do tomateiro. A torta de babaçu, nas dosagens de 15 e 20 g mostrou-se eficiente
em reduzir os índices de galhas e de massas de ovos bem como o fator de reprodução, sendo seu efeito
semelhante ao da torta de mamona. Nas menores dosagens (5 e 10 g) foi menos eficiente, porém diferiu da
testemunha. A torta de babaçu poderá se constituir em mais uma fonte de matéria orgânica a ser utilizada
no controle dos nematóides das galhas.
204
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
325
Utilização de tiossulfato de prata no controle de Colletotrichum gloeosporioides no cafeeiro
(Use of thiossulfate silver in control of Colletotrichum gloeosporioides on coffee)
Pinto, F. A. M. F.¹; Ogoshi, C.²; Silva, B. M.³; Zancan, W. L. A.4; Abreu, M. S.5 1, 2, 4, 5UFLA 3UNILAVRAS.
E-mail: [email protected]
Várias são as doenças que atacam o cafeeiro, destacando a ferrugem, a cercosporiose e a mancha
manteigosa, foco do presente trabalho. A Mancha Manteigosa, causada por Colletotrichum gloeosporioides,
possui grande poder destrutivo, requer que medidas mais efetivas de controle sejam adotadas, portanto a
utilização de produtos alternativos, não convencionais poderá quem sabe controlar a enfermidade. Um
produto alternativo, que tem se mostrado bastante eficiente no aumento da longevidade de flores de corte
é o tiossulfato de prata(STS), produzido a partir das soluções estoques de tiossulfato de sódio e nitrato de
prata, entretanto não existem trabalhos relacionando o mesmo ao controle de enfermidades de plantas. O
objetivo deste trabalho foi testar o desempenho de tiossulfato de prata no controle da mancha manteigosa,
e assim escolher uma concentração mais eficiente na redução da severidade da enfermidade. Foram
testadas três concentrações (2,5mM, 5,0mM e 10mM de STS) aplicadas antes ou após a inoculação do
C. gloeosporioides, isolados de plantas com incidência de mancha manteigosa, nas mudas de café, sendo
três cultivares diferentes, Catucaí Vermelho, Topázio e Mundo Novo. O trabalho foi conduzido em casa
de vegetação, no Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Lavras. Foi observado que
houve interação significativa entre os tratamentos com Tiossulfato de prata e as cultivares utilizadas. Os
tratamentos com aplicação sete dias antes da inoculação, na concentração de 10mM e com aplicação sete
dias depois da inoculação, na concentração de 2,5mM foram os melhores em considerando a cultivar
topázio.
Apoio: FAPEMIG
205
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
333
Controle in vitro de antracnose das orquídeas
(In vitro control of orchid anthracnose)
Carli, C. de1; Kowaleski, M.A.1; Nozaki, M. de H.2
1
Graduandas do Curso de Agronomia PUCPR. 2Professora Dra. do Curso de Agronomia – Pontifícia
Universidade Católica do Paraná – Campus Toledo. E-mail: [email protected]
A antracnose (Colletotrichum gloesosporioides) ataca freqüentemente folhas e flores das orquídeas
(Phalaenopsis x hybridus), causando áreas necrosadas e impede a planta de realizar fotossíntese, prejudicando
em sua produção. Com isso, o objetivo deste trabalho foi realizar o controle in vitro da antracnose através
do uso de óleo de citronela em diferentes concentrações. Para tanto, isolados foram obtidos de pedaços
sintomáticos da planta foram previamente esterilizados e posteriormente depositados em placas de Petri
contendo meio BDA. Os tratamentos foram: testemunha (sem óleo); diluição do óleo em 10% e 20% e
óleo puro sem diluição, com 5 repetições cada. Para tanto, discos miceliais de 5mm de diâmetro foram
depositados no centro de cada placa. As placas ficaram incubadas em temperatura e fotoperíodo ambiente.
Após 7 dias de incubação, foi realizada avaliação de crescimento micelial da colônia, através da medição dos
eixos da placa no sentido diametricamente oposto. Observou-se diferença significativa no crescimento das
colônias de Colletotrichum gloesosporioides. O uso de óleo puro de citronela apresentou menor diâmetro
das colônias, diferindo significativamente dos demais tratamentos. Conclui-se, portanto, que o uso do óleo
em sua forma pura pode ser utilizado como uma alternativa no controle do agente da antracnose.
206
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
334
Uso de óleo de laranja no controle de antracnose das orquídeas
(Use of orange oil in the control of orchids anthracnose)
Carli, C. de1; Kowaleski, M.A.1; Nozaki, M. de H.2
1
Graduandas do Curso de Agronomia PUCPR. 2Professora Dra. do Curso de Agronomia – Pontifícia
Universidade Católica do Paraná – Campus Toledo. E-mail: [email protected]
A antracnose (Colletrotrichum gloesosporioides) é uma doença que atinge todas as espécies de orquídeas
caracterizando-se por grandes manchas negras nas folhas, de fácil disseminação. O objetivo deste trabalho
foi avaliar o controle da antracnose utilizando óleo de laranja em diferentes concentrações. Para tanto,
isolados foram obtidos de pedaços sintomáticos da planta foram previamente esterilizados e posteriormente
depositados em placas de Petri contendo meio BDA. Os tratamentos foram: testemunha (sem óleo); diluição
do óleo em 10% e 20% e óleo puro sem diluição, com 5 repetições cada. Para tanto, discos miceliais de
5mm de diâmetro foram depositados no centro de cada placa. As placas ficaram incubadas em temperatura e
fotoperíodo ambiente. Após 7 dias de incubação, foi realizada avaliação de crescimento micelial da colônia,
através da medição dos eixos da placa no sentido diametricamente oposto. Observa-se que, o uso do óleo
de laranja na sua forma pura apresentou menor crescimento da colônia de antracnose, promovendo maior
controle do patógeno, sendo significativamente diferente dos demais tratamentos. Com base nos resultados
obtidos, conclui-se que o uso de óleo de laranja na sua forma pura pode ser uma alternativa de controle do
agente da antracnose em orquídeas.
207
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
339
Extrato de picão preto no controle alternativo de Phakopsora pachyrhizi
(Black dick extract in the alternative control of Phakopsora pachyrhizi)
Mioranza D.¹; Viecelli, C.A.1,2; Butrinowski, R.T.1; Butrinowski, I.T.1; Paulus, C.2.
¹FAG. 2UNIOESTE. e-mail: [email protected]
Com o objetivo de buscar medidas alternativas para o controle de P. pachyrhizi, fungo causador da ferrugem
asiática da soja, testou-se extratos aquosos de picão preto (Bidens pilosa) sobre a germinação de esporos
deste fungo. O extrato aquoso estático da planta foi obtido por meio da hidratação em água destilada da folha
e caule inteiros e posteriormente mantidos a 4 oC durante 24 horas, após, filtrada em papel filtro e diluída
em água para atingir as concentrações de 5; 10; 15 e 20%. A testemunha continha apenas água destilada. O
teste de inibição de germinação de esporos na presença dos extratos foi realizado em lâmina de microscopia
revestida por fina camada (1000 µL) de Agar - água a 1%. Alíquotas de 40 µL do extrato aquoso e 40 µL
da suspensão de esporos de P. pachyrhizi (1x10-4 esporos mL-1) obtidas de uma lavoura experimental da
Fazenda Escola da Faculdade Assis Gurgacz foram distribuídas na superfície das lâminas, as quais foram
acondicionadas em caixa de gerbox e incubadas em câmara de geminação e no escuro por 24 horas a 22°C.
Após determinou-se a porcentagem de germinação dos esporos pela contagem em microscópio. Os resultados
demonstram que todas as concentrações inibiram significativamente a germinação dos esporos, atingindo
85% na maior concentração e apresentando uma tendência linear, expressa pela equação y=3,6364x. Por
tanto, constatou-se que o presente trabalho pode ser levado para testes em casa de vegetação, visando
analisar a sua atuação e interação diretamente na planta.
208
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
347
Extrato aquoso de boldo (Peumus boldus) no controle alternativo de Phakopsora pachyrhizi
(Aqueous extract of bold (Peumus boldus) in the alternative control of Phakopsora pachyrhizi)
Paulus, C.2; Viecelli, C.A.1,2; Henkemeier, N.P.1; Yamashita, P.A.1; Pacheco, E.1
1
FAG; 2UNIOESTE. E-mail: [email protected]
Objetivou-se neste trabalho determinar a eficiência do extrato aquoso de Boldo (P. boldus) para o controle
da ferrugem asiática em soja, causada pelo fungo P. pachyrhizi, por meio da verificação da germinação dos
esporos tratados com o extrato. O extrato aquoso estático de boldo foi obtido por meio da hidratação da
folha inteira fresca com água destilada e posteriormente mantido em geladeira a 4°C durante 24 horas, após
filtrou-se em papel filtro e dilui-se em água para a atingir as concentrações de 5; 10; 15 e 20%. A testemunha
continha apenas água destilada. O teste de inibição de germinação de esporos na presença dos extratos foi
realizado em lâmina de microscopia revestida por fina camada (1mL) de Agar-água a 1%. Alíquotas de 40
µL do extrato aquoso e 40 µL da suspensão de esporos de P. pachyrhizi (1x104 esporos mL-1) obtidas de
uma lavoura experimental da Fazenda Escola da Faculdade Assis Gurgacz, foram distribuídas na superfície
das lâminas, as quais foram acondicionadas em caixa de gerbox e incubadas em câmara de geminação
sem luminosidade por 24 horas a 22°C. Após determinou-se a porcentagem de germinação dos esporos.
Os resultados obtidos foram analisados pelo programa SISVAR e o teste de média por Tukey a 5% de
probabilidade indica que as concentrações de 5 e 10% inibiram a germinação dos esporos em 79 e 92%
respectivamente, quando comparado a testemunha. Esse resultado potencializa o extrato aquoso de boldo
para ser testado em casa de vegetação em plantas de soja, para verificação do controle à ferrugem asiática
da soja.
209
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
348
Controle alternativo de Phakopsora pachyrhizi com extrato aquoso de penicilina (Penicillium sp.)
(Alternative control of Phakopsora pachyrhizi with aqueous extract of penicillin (Penicillium sp.)
Paulus, C.2; Viecelli, C.A.1,2; Possebon, S.A.C.1; Mioranza, D.1; Gasparin, J.P.1.
1
FAG; 2UNIOESTE. E-mail: [email protected]
Esta pesquisa objetivou determinar o benefício do tratamento alternativo para o controle da ferrugem
asiática em soja, causada pelo fungo P. pachyrhizi. O extrato aquoso estático de Penicilina (Penicillium sp.)
foi obtido por meio da hidratação da folha fresca em água destilada e posteriormente mantido em geladeira
durante 24 horas, após filtrou-se em papel filtro e dilui-se em água para a atingir as concentrações de 5; 10;
15 e 20%. A testemunha continha apenas água destilada. O teste de inibição de germinação de esporos na
presença dos extratos foi realizado em lâmina de microscopia revestida por fina camada (1mL) de Agarágua a 1%. Alíquotas de 40 µL do extrato aquoso e 40 µL da suspensão de esporos de P. pachyrhizi (1x104
esporos mL-1) obtidas de uma lavoura experimental da Fazenda Escola da Faculdade Assis Gurgacz, foram
distribuídas na superfície das lâminas, as quais foram acondicionadas em caixa de gerbox e incubadas em
câmara de geminação e no escuro por 24 horas a 22°C. Após determinou-se a porcentagem de germinação
dos esporos. Os extratos obtidos da solução aquosa de penicilina indicaram, por meio da ANAVA, ausência de
diferença significativa entre os tratamentos, podendo ser recomendado para testes de indução de resistência
em plantas de soja a ferrugem asiática.
210
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
355
Óleos essenciais de Hyptis marrubioides, Aloysia gratissima e Cordia verbenacea induz alterações
morfológicas na Phakopsora pachyrhizi
(Essential oils from Hyptis marrubioides, Aloysia gratissima and Cordia verbenacea induce morphological
alterations in Phakopsora pachyrhizi)
Silva, A. C.1; Souza, P. E.2; Silva, B. M.3; Amaral, D. C.4; Pinto, J. E. B. P.5.
UFLA; 3UNILAVRAS. E-mail: [email protected].
1,2,4,5
The aim of the study was to evaluated the effects of essential oils derived from Hyptis marrubioides Epling
ex Hoehne, Aloysia gratissima (Gillies & Hook.) Tronc. and Cordia verbenacea DC. on the morphology of
P. pachyrhizi urediniospores by scanning electron microscopy (SEM). Soybean plants that were severely
infected with P. pachyrhizi were treated with essential oils at concentrations of 0.05, 0.1, 0.3 and 0.5% (as
emulsions in water containing 1% Tween 20). Controls plants were treated with either 1% Tween 20 in water
(negative control) or commercial fungicide based on pyraclostrobin + epoxyconazole (positive control).
Seventeen hours after treatment, selected leaves containing the phytopathogen were removed from plants
and prepared for SEM analysis following the methodology used in the laboratory of electron microscopy
of UFLA. The treatment of infected plants with essential oils induced morphological alterations in fungal
structures that were similar to those produced by the commercial fungicide. Even the lowest concentration
of essential oils gave rise to urediniospores, appressoria, germ tubes and paraphyses that were shriveled
in comparison with those observed in infected plants that had been treated only with water containing 1%
Tween 20. The results obtained establish the potential value of these essential oils in treatments against P.
pachyrhizi infection.
Apoio: FAPEMIG, CAPES e CNPq.
211
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
356
Óleos essenciais e decoctos de Hyptis marrubioides, Aloysia gratissima e Cordia verbenacea induz
alterações morfológicas sobre o oídio em mudas de eucalipto
(Essential oils and decoctions from Hyptis marrubioides, Aloysia gratissima and Cordia verbenacea induce
morphological alterations on powdery mildew in seedlings of eucalyptus)
Silva, A. C.1; Souza, P. E.2; Resende, M. L. V.3; Silva Júnior, M. B. 4; Vitorino, L. R. R.5; Pinto, J. E.
B. P.6; 1-6
UFLA;. E-mail: [email protected]
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito dos óleos essenciais e decoctos de Hyptis marrubioides Epling
ex Hoehne, Aloysia gratissima (Gillies & Hook.) Tronc. and Cordia verbenacea DC. sobre a morfologia
do Oidium sp., em mudas de eucalipto, através das imagens de microscopia eletrônica de varredura. Mudas
do clone de Eucalyptus urograndis UROCAM VM1 com alta severidade do oídio foram tratadas com
os óleos nas concentrações 0,25; 0,5 e 1%, com decoctos a 25; 50 e 75%, com o fungicida à base de
piraclostrobina + epoxiconazole (Opera®), na dosagem de 0,5 mL/L e o tratamento testemunha. Em todos
os tratamentos foram adicionados Tween 20 a 1%. Quinze horas após a aplicação dos tratamentos foram
coletadas folhas contendo o patógeno. O preparo e a análise das amostras seguiram a metodologia usada no
laboratório de microscopia da UFLA. Todos os tratamentos mostraram alterações degenerativas semelhantes
na morfologia das hifas, conidióforos e conídios, quando tratados com óleo essencial e decocto das três
espécies de plantas medicinais, em relação ao tratamento controle. Observou-se lise da parede das hifas e
conidióforos e murchamento dos conídios do fungo. Os danos causados pelos óleos e decoctos foram mais
intensos que quando tratados com o fungicida.
Apoio: FAPEMIG, CAPES e CNPq.
212
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
362
Avaliação dos extratos de resíduo e semente de uva no crescimento micelial de Fusarium oxysporum
(Evaluation of the extract of residue and grape seed on the mycelial growth of Fusarium oxysporum)
Marcondes, M.M.¹; Martins Marcondes, M.²; Mateus, M.A.F³; Oliveira, M.A. de; Dallemole-Giaretta,
R.5; Faria, C.M.D.R.6
1,2,3,4,5,6
Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO. Departamento de Agronomia. E-mail: m_
[email protected]
Extratos de plantas têm sido utilizados como uma alternativa para substituir os produtos químicos em áreas
de cultivo de hortaliças e frutíferas. Com isso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito dos extratos de
resíduo e semente de uva no crescimento micelial do fungo Fusarium oxysporum. O trabalho foi desenvolvido
em condições de laboratório, na UNICENTRO. O resíduo e a semente foram secos a 48°C e depois moídos.
O preparo dos extratos foi através de infusão, durante 20 minutos. Os extratos foram adicionados ao meio
BDA fundente, nas concentrações de 0%, 2,5%, 5%, 10%, 15% e 20%. Depois de vertido, repicou-se o
fungo, na forma de discos de micélio (8 mm). As placas foram mantidas em câmara de crescimento (BOD)
a 25°C ± 2°C com fotoperíodo de 12 horas, até que o fungo colonizasse toda a placa da testemunha (0%).
Na avaliação foi medido o diâmetro transversal da colônia com auxílio de um paquímetro. O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado, com seis tratamentos por extrato e seis repetições. Os resultados
foram submetidos à análise de variância e de regressão ao nível de 5% e 1% de probabilidade, através do
programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 2008). Nos tratamentos utilizando-se o extrato preparado com
o resíduo, houve um decréscimo linear do crescimento micelial à medida que se aumentou a dose. A dose
de 20% apresentou crescimento quase 30% menor que a testemunha. Para o extrato da semente, também
houve decréscimo linear do crescimento micelial com o aumento da dose, sendo que a 20% o crescimento
micelial foi 13% menor que na testemunha.
213
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
386
Produtos alternativos para a indução de resistência ao oídio da soja
(Alternative products to induce resistance in soybean to powdery mildew)
Perina, F.J.1; Amaral, D. C.2; Ogoshi, C3; Ribeiro Júnior, P. M.4; Alves, E5
1,3
Doutourando em Fitopatologia; 2Mestrando em Ciências do Solo; 4Pós Doutorando em Fitopatologia;
5
Professor do Departamento de Fitopatologia; 1,2,3,4,5 Universidade Federal de Lavras. E-mail:perinafj@
gmail.com
O oídio da soja tem como agente etiológico o fungo biotrófico Erysiphe diffusa. O uso de cultivares
resistentes consiste no método de controle mais eficiente para esta doença. Entretanto, devido a grande
variabilidade patogênica de E. diffusa, e à carência de cultivares resistentes, o controle da doença é baseado
no uso de produtos químicos que trazem consigo ínumeras desvantagens correlatas ao meio ambiente e a
agricultura orgânica. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da mistura de óleo essencial
(OE) de capim limão e Leite de vaca na indução de respostas de defesa em plantas de soja. Foram utilizados
dois tratamentos compostos pela mistura de OE de capim limão (CL) e leite (LE), um na concentração de
0,1% de OE CL, e 10% de LE, denominado CL+LE e outro a 0,05% de OE CL adicionado de 5% de LE,
denominado (CL+LE)/2, além do padrão de indução de resistência acibenzolar-S-metil (ASM) a 0,08g L-1,
e da testemunha tratada com água. Avaliou-se a capacidade dos tratamentos no incremento da atividade
das enzimas peroxidase (POX), polifenoloxidase (PPO), quitinase (CHI) e glucanase (GLU) em plantas
inoculadas e não inoculadas por E.diffusa. Ambos os tratamentos compostos pela mistura de OE CL e LE
apresentaram um considerável incremento na atividade de POX, PPO, CHI, e GLU, com destaque para o
tratamento (CL+LE)/2 que além do incremento na atividade das ezimas mencionadas, por vezes, superou o
padrão de indução de resistência ASM. Verifica-se que o produto alternativo composto pela mistura de OE,
CL e LE consiste numa alternativa promissora em cultivos orgânicos.
Apoio: FAPEMIG.
214
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
402
Controle in vitro de Aspergillus spp. com óleo de citronela
(In vitro control of Aspergillus spp. using citronella oil)
Kowaleski, M.A.1; Carli, C. de1; Nozaki, M. de H.2
1
Graduandas do Curso de Agronomia PUCPR. 2Professora Dra. do Curso de Agronomia – Pontifícia
Universidade Católica do Paraná – Campus Toledo. E-mail: [email protected]
As sementes de soja assumem um importante papel na disseminação de inúmeros patógenos causadores de
doenças, por servirem como fonte de inóculo para cultivos posteriores, além de constituírem-se em veículo
para a introdução de patógenos em áreas livres de determinadas doenças. Dentre os fungos encontrados
em sementes de soja, destaca-se Aspergillus spp., podendo causar a deterioração das sementes no solo ou a
morte de plântulas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o controle in vitro da Aspergillus utilizando óleo de
citronela em diferentes concentrações. Isolados foram obtidos de sementes com sintomas característicos, as
quais foram depositadas em placas de Petri contendo meio BDA. Os tratamentos foram: testemunha (sem
óleo); diluição do óleo em 10% e 20% e óleo puro sem diluição, com 5 repetições cada. Para tanto, discos
miceliais de 5mm de diâmetro foram depositados no centro de cada placa. As placas ficaram incubadas
em temperatura e fotoperíodo ambiente. Após 7 dias de incubação, foi realizada avaliação de crescimento
micelial da colônia, através da medição dos eixos da placa no sentido diametricamente oposto. Observase diferença significativa no diâmetro da colônia da Aspergillus, aos 7 dias de incubação, sendo que o
tratamento com o óleo de citronela na forma pura apresentou maior controle de fungos. Conclui-se que
o uso de óleo de citronela na sua forma pura pode ser uma alternativa de controle do fungo Aspergillus
provenientes de sementes de soja. 215
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
403
Uso de óleo de laranja no controle de Aspergillus spp. de sementes de soja
(Use of orange oil in the control of Aspergillus spp. of soybean seeds)
Kowaleski, M.A.1; Carli, C. de1; Nozaki, M. de H.2
1
Graduandas do Curso de Agronomia PUCPR. 2Professora Dra. do Curso de Agronomia – Pontifícia
Universidade Católica do Paraná – Campus Toledo. E-mail: [email protected]
Os fungos do gênero Aspergillus causam problemas na degradação de orgãos vegetais armazenados. Algumas
espécies são produtoras de micotoxinas inviabilizando a utilização dos grãos como alimento. O objetivo
deste trabalho foi realizar o controle de Aspergillus utilizando óleo de laranja em diferentes concentrações.
Para tanto, isolados foram obtidos de sementes com sintomas característicos, as quais foram depositadas em
placas de Petri contendo meio BDA. Os tratamentos foram: testemunha (sem óleo); diluição do óleo em 10%
e 20% e óleo puro sem diluição, com 5 repetições cada. Para tanto, discos miceliais de 5mm de diâmetro
foram depositados no centro de cada placa. As placas ficaram incubadas em temperatura e fotoperíodo
ambiente. Após 7 dias de incubação, foi realizada avaliação de crescimento micelial da colônia, através
da medição dos eixos da placa no sentido diametricamente oposto. Observa-se diferença significativa no
diâmetro da colônia da Aspergillus, aos 7 dias de incubação, sendo que o tratamento com o óleo de laranja
na forma pura apresentou maior controle de fungos. Conclui-se que o uso de óleo de laranja na sua forma
pura pode ser uma alternativa de controle do fungo Aspergillus provenientes de sementes de soja. 216
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
408
Efeito do extrato de alga e da argila silicatada na severidade da Mancha Púrpura e na produtividade
da cebolinha comum (Allium fistulosum L.)
(Effect of seaweed extract and silicate clay on the Alternaria leaf spot and the yield of green onion (Allium
fistulosum L.)
Araujo, I.B.1; Peruch, L.A.M.2, Stadnik, M.3
Autonomo; 2Epagri/Unibave-Núcleo Paca, 3 CCA/UFSC. E-mail: [email protected]
1
O cultivo orgânico de cebolinha, caso não se adotem medidas de controle, sofre grandes perdas causadas
pela alternariose. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de pulverizações semanais de argila silicatada
(Rocksil®) e extrato de Ulva fasciata no controle da alternariose e produtividade da cebolinha, em sistema
de cultivo orgânico. O ensaio foi conduzido em cultivo comercial certificado em Florianópolis, SC, no
período de agosto/2007 a janeiro/2008. Avaliou-se a severidade final e a área abaixo da curva de progresso
da doença nas folhas centrais (Yf e AACPDf), bem como da planta inteira (Yp e AACPDp). No final de cada
etapa foi determinado o comprimento e peso fresco das folhas. O experimento foi repetido sequencialmente
quatro vezes. Diferenças significativas foram verificadas na sanidade e produtividade dos tratamentos em
relação à testemunha (plantas tratadas com água). Ambos preparados propiciaram reduções médias de 41 a
62% na severidade final (Yf e Yp) e de 28 a 58% na área abaixo da curva de progresso da doença (AACPDf
e AACPDp). O comprimento final das folhas foi significativamente superior apenas na primeira etapa com
ganhos de 5 e 19% para extrato de alga e argila silicatada, respectivamente. Os tratamentos das plantas
com argila silicatada e extrato de alga aumentaram o peso fresco das folhas em duas etapas com ganhos de
46% e 32%, respectivamente. Concluiu-se que a argila silicatada e o extrato de Ulva fasciata controlam a
alternariose, podendo incrementar a produtividade da cultura.
217
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
413
Efeito do intervalo da aplicação de Saccharomyces cerevisiae na redução da severidade da mancha
bacteriana em tomateiro
(Effect of the Saccharomyces cerevisiae application interval in reducing the severity of bacterial spot on
tomato plants)
Costa, M. E. B1; Di Piero, R. M2.
1,2
CCA/UFSC. E-mail: [email protected]
Saccharomyces cerevisiae possui capacidade para ativar respostas de defesa contra fitopatógenos, além de
atuar diretamente por antibiose ou competição em diversas espécies vegetais. Este trabalho objetivou avaliar
o efeito do intervalo de tempo de aplicação da S. cerevisiae no controle da mancha bacteriana em tomateiro.
Plantas de tomate foram tratadas com Fermento Biológico Fleischmann® (25mg/mL) aos 7, 4 ou 1 dia antes
da inoculação (daí). Como controles, as plantas foram tratadas com água destilada ou Acibenzolar-s-metil
(Bion®) 50ppm, aplicados 7 daí. Foram seis repetições/tratamento, e a parcela experimental foi constituída
por um vaso contendo duas plantas. A inoculação foi realizada com a suspensão de Xanthomanas gardneri
(DO600nm= 0,9) e em seguida as plantas foram submetidas à câmara úmida por 48 horas. A avaliação da
severidade da doença foi realizada 9 dias após a inoculação. A aplicação do fermento 1 e 4 daí reduziu em
62% e 37%, respectivamente, a severidade da doença em relação à testemunha, enquanto que no intervalo
de 7 daí, não houve diferença significativa. O indutor de resistência Bion controlou a mancha bacteriana em
90%. Considerando a maior eficiência da S. cerevisiae nos intervalos mais curtos, sugere-se que a levedura
possa atuar por antibiose ou por competição com a bactéria no fitoplano de plantas de tomate, resultando
no controle da doença.
218
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
417
Extrato de alamanda na patologia de sementes de madeira nova do brejo
(Extract of Allamanda blanchetti on pathology of Pterogyne nitens seeds
Medeiros,J.G.F.¹; Nascimento,L.C.²; Souza,W.C.O.¹; Leite, R.P¹; Medeiros. D.S¹; Alves.E.U²
¹ Pós – Graduandos PPGA/CCA/UFPB; ² Professora do PPGA/CCA/UFPB. E-mail: georgemedeiros_jp@
hotmail.com
Os patógenos de sementes têm grande impacto econômico, devido várias perdas identificadas em culturas
economicamente importantes, apresentando reflexos na diminuição da viabilidade e germinação. O
objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do extrato de alamanda (Allamanda blanchetti) em diferentes
concentrações, sobre a micoflora em sementes de Pterogyne nitensTUL. O experimento foi desenvolvido
no Laboratório de Fitopatologia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba.
Avaliou-se o efeito do extrato de A. blanchetti, nas concentrações de 10, 100, 500 e 1000ppm, na sanidade
de sementes de P. nitens. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com cinco
tratamentos composto por 200 sementes, sendo distribuídas em dez repetições. As sementes foram imersas
nos respectivos tratamentos por 5 minutos, sendo a testemunha embebida somente em água destilada.
Após secagem, foram incubadas em Placas de Petri, contendo camada dupla de papel filtro esterilizado e
umedecido com água destilada.estéril. Após sete dias de incubação em temperatura ambiente de ± 25ºC as
sementes foram avaliadas em microscópio óptico e estereoscópio quanto à presença de fungos constatandose nas sementes de P. nitens: Cladosporium sp.(36,5%), Pestalotia sp.(3%), Rhizopus sp.(8,5%), Fusarium
sp.(2%), Curvularia sp.(2%), Penicillium sp.(3%), Alternaria sp.(1,5%) e Aspergillus sp (2,5%). O extrato
em todas as concentrações foi eficiente para a redução da incidência dos fungos Cladosporium sp e Pestalotia
sp.inibindo respectivamente: 100; 99,5; 83; 90,5% e 100% das colônias. No controle dos demais fungos o
extrato não apresentou eficiência quando comparados com a testemunha. Pode-se concluir que o extrato de
alamanda é uma alternativa para o controle de patógenos associados a sementes de P. nitens.
219
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
435
Efeito do óleo de melaleuca na transmissão de Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum a partir de
sementes de algodoeiro
(Effect of the melaleuca oil at the transmission of Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum from cotton
seeds)
Frasson, D.B.1; Araújo, D.V.2; Menin, L.F.3; Mattos, A.N.A.4; Mainardi, J.T.5; Pizzato, J.A.6
1,3,4
Acadêmico do curso de Agronomia/UNEMAT, 6Pós-graduanda em Ambiente e Sistemas de Produção/
UNEMAT; 2 Professora do Departamento de Agronomia/UNEMAT, Tangará da Serra, MT; 5Mestranda em
Agronomia/UEMS. E-mail: [email protected]
O óleo essencial de melaleuca (Melaleuca alternifolia) apresenta propriedades fungicidas que podem ser
utilizadas no controle de fitopatógenos de importância. Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar
a eficácia do óleo de melaleuca, na transmissão de Fusarium oxysporum f.sp. vasinfectum a partir de
sementes de algodoeiro inoculadas com o patógeno. As sementes foram inoculadas por 50 h utilizando-se a
técnica da restrição hídrica. Utilizaram-se delineamento inteiramente casualizado nos testes de laboratório
e delineamento em blocos casualizados no experimento a campo num arranjo fatorial 2x5, sendo duas
cultivares (FMT 701 e LD CV 03) e cinco concentrações de óleo de melaleuca em tratamento de semente
(0, 2, 6, 10 e 12%). Quanto maior a concentração do óleo menor a germinação das sementes, sendo superior
a cv. FMT701. Para sanidade quanto maior a concentração melhor o controle do patógeno. Altura de plantas
e maças imperfeitas a cv. FMT701 apresentou melhores resultados, já para maças perfeitas a cv. LDCV03.
As taxas de infecção e de transmissão do patógeno, das sementes às plantas e das plantas às sementes,
foram efetivas e diretamente proporcionais as concentrações do óleo de melaleuca, com taxas de 98,82% e
0,92%, respectivamente na cv. FMT 701 e 94,54% e 4,81% na cv. LDCV03.
220
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
445
Extrato de alho e óleo vegetal no controle do míldio da videira
(Garlic extract and oil vegetable to control of downy mildew in grapevines)
Leite, C.D.1; Maia, A.J.2; Machado, D.3; Botelho, R.V.1; Faria, C.M.D.R.1 Tonelli, M.1
1
UNICENTRO; 2UEM; 3UFPR. E-mail: [email protected]
O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito do extrato de alho e do óleo vegetal na germinação de P.
viticola e na severidade do míldio da videira. Os tratamentos consistiram de 0, 5, 10, 15, 20, 25 ou 30 mL
L-1 de extrato de alho adicionados de 2,5 mL L-1 de óleo vegetal, calda bordalesa (1:1:100) e testemunha.
No teste de germinação, adicionaram-se os referidos tratamentos mais um tratamento padrão mancozebe (2
g L-1) em placas de Elisa contendo suspensão de 2,2 x 106 esporângios de P. viticola. Após 6 e 12 horas de
incubação em câmara de crescimento a 20°C, no escuro, paralizaram-se a germinação com lactofenol. Em
vinhedo comercial orgânico da cv. Isabel (Vitis labrusca), conduzida em sistema espaldeira, pulverizaramse os tratamentos pré-estabelecidos quinzenalmente ou a cada 30 mm de precipitação acumulada. A partir
dos primeiros sintomas do míldio em folhas, previamente marcadas, iniciou-se as avaliações da severidade
da doença. O primeiro experimento seguiu delineamento inteiramente casualizado com tratamentos e
quatro repetições. O experimento a campo foi conduzido em delineamento experimental foi em blocos ao
acaso, com nove tratamentos, cinco repetições e parcela experimental constituída por uma planta. Os dados
foram submetidos à análise da variância, regressão polinomial e comparação de médias pelo teste de Tukey
(P≤0,05). Em condições de campo, observou-se redução da severidade do míldio com o óleo vegetal, sendo
que o extrato de alho a partir de 20 mL L-1 potencializou tal efeito. A germinação dos esporângios de P.
viticola variou em função do tempo de exposição ao extrato de alho, foi inferior aos tratamentos com calda
bordalesa e mancozebe. O óleo vegetal não influenciou na germinação dos esporângios desse patógeno.
221
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
446
Antagonismo, in vitro, de isolados de Trichoderma sp. contra Rhizoctonia solani
(Antagonism in vitro of Trichoderma sp. against Rhizoctonia solani)
Leite, C.D.1; Dallemole-Giaretta, R.1; Faria, C.M.D.R.1; Kowaltschuk, I.1; Garcia, C.1; De Carli, M.1
1
UNICENTRO. e-mail: [email protected]
A produtividade de várias culturas de interesse agronômico pode ser prejudicada pela ação de patógenos
presentes no solo. A ação de microrganismos antagônico, como o Trichoderma sp., é uma opção para
biocontrole destes patógenos. O objetivo do trabalho foi avaliar, in vitro, o efeito de metabólitos voláteis
de isolados de Trichoderma sp. sobre o crescimento micelial de Rhizoctonia solani. Os isolados do
antagonista foram obtidos a partir de amostras de solo rizosférico de plantas de tomate (TS1; TS2; TS3;
TS4 e TS5), guaxuma (GS1; GS2; GS3; GS4 e GS5) e figueira (FS1). No centro de placas de Petri (9,5
cm de diâmetro), contendo meio de cultivo BDA, foi colocado separadamente um disco de micélio (5
mm de diâmetro) do patógeno ou do isolado de antagonista. Posteriormente, o fundo da placa contendo o
patógeno foi posicionado sobre o fundo da placa contendo o antagonista e estas foram envolvidas por filme
plástico, permanecendo incubadas em câmara de crescimento a 25ºC, no escuro. O tratamento testemunha
constou apenas de placas contendo apenas o patógeno. O experimento seguiu o delineamento inteiramente
casualizado, com cinco repetições. Avaliou-se o diâmetro das colônias do patógeno, quando uma das placas
do tratamento testemunha colonizou todo o meio de cultivo. Os dados foram submetidos à análise de
variância e comparados pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade. Dos isolados testados de Trichoderma
sp., somente os isolados TS1, TS4, TS5, GS3, GS4, e FS1 reduziram o desenvolvimento de R. solani, em
relação ao tratamento testemunha, destacando o GS3 e GS4, por inibirem 25,05 e 22,10%, respectivamente,
o crescimento micelial do patógeno.
222
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
457
Atividade fungitóxica da fase volátil e de contato de óleos essenciais de plantas sobre Aspergillus
niger, isolado de cebola
(Fungitoxic activity of volatile and contact phase of essential oils from plants against Aspergillus niger,
isolate of onion)
Santiago, M.F.1; Ueno, B.2
UFPel/FAEM, C.P. 354, Pelotas/RS, CEP 96001-970; 2Embrapa Clima Temperado, C.P. 403, Pelotas/RS,
CEP 96001-970; E-mail: [email protected]
1
O mofo preto causado pelo fungo Aspergillus niger tem causado sérios prejuízos no armazenamento de bulbos
de cebola na região sul do RS. O objetivo do presente trabalho foi avaliar in vitro o efeito da fase volátil e de
contato de óleos essenciais (OEs) de plantas em três concentrações sobre o fungo A. niger cultivado em meio
de cultura BDA. Foram escolhidos cinco OEs que apresentaram melhores resultados em ensaios anteriores:
canela cássia, canela folha, cravo folha, capim limão, tomilho branco e eucalipto stageriana (testemunha).
As concentrações testadas foram de 100, 500 e 1000ppm. O ensaio foi feito in vitro depositando o produto
sobre papel filtro (efeito da fase volátil) colado na tampa da placa de Petri contendo meio de cultura (BDA)
e disco de micélio (5 mm) do fungo, enquanto, na fase contato os OEs foram adicionados ao meio BDA.
A fungitoxicidade foi avaliada após sete dias, medindo-se a inibição do crescimento micelial através de
uma escala de notas (0 – sem inibição; 0,5 – abaixo de 50% de inibição; 1 – acima de 50% de inibição)
do fungo em relação à testemunha. O delineamento experimental foi inteiramente casualisado com quatro
repetições. Os resultados foram expressos em AACCM (área abaixo da curva de crescimento micelial),
para a comparação dos efeitos dos tratamentos, os dados de AACCM foram transformados em porcentagem
de inibição micelial em relação à testemunha, que consistiu na seguinte fórmula: I(%) = 100- (100*R/T),
onde: I – porcentagem de inibição; R – escala média de notas das colônias do fungo na presença dos OEs
e T – escala de nota média da colônia testemunha. Os dados foram comparados pelo teste de Scott-Knott
a 5%. Os valores de inibição para a fase volátil foram abaixo de 50% para: canela cássia, canela folha e
cravo folha em todas as concentrações testadas. Já o capim limão e o tomilho branco inibiram acima de
50% a partir da concentração 500ppm, enquanto, o eucalipto stageriana não diferiu da testemunha em
nenhuma das concentrações testadas. Os valores de inibição para a fase de contato foram acima de 50%
para: canela cássia, canela folha, capim limão, tomilho branco nas concentrações acima de 500ppm, cravo
folha teve inibição acima de 50% a partir da concentração de 100ppm e o eucalipto stageriana não diferiu
da testemunha em nenhuma das concentrações testadas. A fase de contato dos OEs foi mais eficiente que a
fase volátil para a inibição de A. niger.
223
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
466
Atividade antifúngica dos extratos aquosos de Moringa oleifera e Nicotiana tabacum sobre Lasiodiplodia
theobromae (Pat.) Griffon & Maubl
(Antifungal activity of aqueous extracts from Moringa oleifera and Nicotiana tabacum on Lasiodiplodia
theobromae (Pat.) Griffon & Maubl
Silva, P. S.1; Alencar, E. M. B. 2; Brandão, L. V. C.3; Oliveira, N. T. 4; Assis, T. C.5; Carriconde, C.A.6
1,4
Laboratório de Fungos Fitopatogênicos / UFPE; 1, 2, 3Laboratório de Micologia Médica do HUOC/UPE;
5
Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária-IPA; 6Centro Nordestino de Medicina Popular. E-mail:
1
[email protected]
O fungo Lasiodiplodia theobromae é o agente etiológico de diversas doenças em fruteiras tropicais.
A capacidade de infectar frutos coloca-o entre os mais eficientes patógenos disseminados por meio de
sementes e causadores de problemas pós-colheita. O uso de extratos vegetais tem sido estudado como
forma alternativa para controle do desenvolvimento de fungos fitopatogênicos, com resultados satisfatórios.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos extratos aquosos das sementes de Moringa oleifera e das
folhas de Nicotiana tabacum sobre o crescimento de L. theobromae. Foram utilizados extratos aquosos
a 10% p/v, incorporados individualmente ao meio BDA nas proporções de 10% e 20% v/v. Os isolados
de L. theobromae foram obtidos de culturas frutíferas (laranja cravo, laranja comum, graviola, pitanga,
manga) e de flor ornamental (jasmim), com sintomas de podridão seca. Discos de 5 mm de diâmetro de agar
colonizado por cada um dos isolados, foram transferidos para placas de Petri contendo o meio BDA e os
extratos nas duas proporções, permanecendo à temperatura ambiente por 72h. O efeito dos extratos sobre
o crescimento dos isolados foi avaliado por medições do diâmetro da colônia de cada placa, nos intervalos
de 24h, 48h e 72h. Os testes foram realizados em triplicata, com delineamento estatístico inteiramente
casualizado. Os dados foram avaliados aplicando-se a análise de variância (ANOVA), com significância
a 5% de probabilidade pelo teste F e as médias comparadas por meio do teste de Tukey. Os melhores
resultados foram obtidos com o extrato de M. oleifera na proporção de 20%, onde os isolados obtidos de
pitanga, manga e jasmim tiveram o crescimento inibido em cerca de 90%, quando comparado ao controle. Já
os isolados obtidos de graviola, laranja comum e laranja cravo tiveram o crescimento inibido na proporção
de 32% a 60%. O extrato de N. tabacum não influenciou o crescimento dos isolados significativamente. Os
resultados demonstram o uso do extrato aquoso das sementes de M. oleifera como método alternativo eficaz
no controle de L. theobromae.
224
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
467
Desempenho de sementes de milho infectadas por Stenocarpella maydis e tratadas com óleos
essenciais.
(Performance of maize seeds infected by Stenocarpella maydis and treated with essential oils)
Teixeira, G. A.1; Amaral, D. C.2; Alves, E.3; Machado, J. C.4; Perina, F. J.5
1,3,4,5
DFP/UFLA; 2UNILAVRAS. E-mail: [email protected].
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de óleos essenciais no tratamento de sementes de milho inoculadas
artificialmente com S. maydis. Foram testados os óleos de cravo-da-índia (CR), canela (CA) e tomilho
(TO) e o fungicida fludioxonil (FL) a 0,1%, além das testemunhas inoculada (TI), não inoculada (TNI) e
apenas com manitol (TM). Sementes do híbrido BX945 foram inoculadas pela técnica do condicionamento
osmótico, com algumas modificações. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado,
com quatro repetições. As sementes foram tratadas por imersão durante cinco minutos nas respectivas
soluções e secas em papel de filtro. Sementes foram submetidas aos testes de incidência (blotter test),
germinação padrão e emergência em bandejas. Para este, o substrato consistiu de mistura de 5L de Plantmax®
e areia (2:1) com incubação a 25ºC e fotoperíodo de 12 h. O estande inicial foi avaliado aos 10 e o estande
final aos 28 dias após a semeadura (d.a.s.). Menores incidências ocorreram nos tratamentos com os óleos
de CA (28%), CR (39%) e FL (40%). Sementes tratadas com óleo de CR apresentaram germinação de
89,0%, não diferindo da testemunha não inoculada (TN) (93,0%), e sementes tratadas com óleo de CA e
com fludioxonil germinaram 84,5%. O tratamento com óleo de TO não diferiu da testemunha inoculada
(TI). Não foi observada diferença para estandes inicial e final. Quedas de estande foram evidenciadas
nos tratamentos TN (4,89%), tratamentos com CR (8,9%), CA (11,7%) e TO (12,4%), que não diferiram
entre si. O tratamento com FL apresentou queda de 17,2% e a TI 24,4%. Esses resultados evidenciam a
potencialidade dos óleos essenciais de CR e CA no tratamento sanitário de sementes de milho.
Apoio: FAPEMIG e CNPq.
225
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
473
A utilização da visão computacional para avaliação do efeito de óleos essenciais no crescimento
micelial de Corynespora cassiicola
(The use of the computer vision for evaluating the effect of essential oils on mycelial growth of Corynespora
cassiicola)
Colella, J. C. T.1; Vida, J. B.2; Schwan-Estrada, K. R. F.2; Oliveira, J. S. B.3; Cruz, M. E. S.2
Doutorando em Agronomia, PGA-UEM; 2 Professores Dr. / Pesquisador(a), PGA-UEM; 3 Mestranda em
Agronomia, PGA-UEM. E-mail: [email protected]
1
A visão computacional possui como finalidade emular a visão humana, possuindo como entrada uma
imagem sendo a saída a interpretação da imagem como um todo, ou parcialmente. Essa tecnologia, quando
utilizada para avaliar o crescimento micelial, detecta a área ocupada por uma colônia micelial com grande
exatidão. As pesquisas in vitro com óleos essenciais e seus constituintes têm utilizado métodos de avaliação
de crescimento micelial utilizando-se o paquímetro e/ou régua, com medições a cada 24h. Este trabalho
teve como objetivo utilizar a visão computacional na avaliação do crescimento micelial de Corynespora
cassiicola na presença de óleos essenciais de canela (Cinnamomum zeylanicum) e cravo-da-índia (Eugenia
caryophyllata). Para isto óleos foram adicionados ao meio de cultura BDA, ainda fundente, nas concentrações
de 0,1% e 0,2% e vertidos em placas de Petri. Como controle utilizou-se BDA. Disco de micélio do fungo
foi repicado para cada placa e o crescimento micelial foi avaliado por visão computacional. Os resultados
mostraram que através do uso da visão computacional foi possível quantificar o crescimento desse fungo no
intervalo de hora em hora, registrando detalhes que não são perceptíveis pela visão humana. O crescimento
micelial não foi verificado em nenhuma das concentrações utilizadas.
226
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
480
Efeito do óleo essencial de eucalipto sobre a qualidade fitossanitária de sementes de canafístula
(Effect of eucalyptus essential oil in the fitosanitary quality of canephori seeds)
Barazetti, C. A.1; Delazari, G.1; Nozaki, M. de H.2
1
Graduandas do curso de Agronomia PUCPR 2Prof. Dra. do Curso de Agronomia-PUCPR - Campus Toledo.
E-mail: [email protected]
Alternativas aos fungicidas vêm sendo estudadas em busca de produtos que controlem as doenças de
plantas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do óleo essencial de eucalipto no controle
de patógenos de sementes de canafístula. Para tanto, foram realizados 5 tratamentos, sendo: 1 - testemunha
com desinfecção prévia (solução de hipoclorito 3:1); 2 - testemunha sem desinfecção; 3 – imersão das
sementes em óleo essencial de eucalipto (1%); 4 - imersão das sementes em óleo essencial de eucalipto
(5%); e, 5 – fungicida (captan). Após os tratamentos, as sementes foram depositadas em caixas Gerbox®
contendo papel Germitest previamente umedecido com água. Cada tratamento foi composto por 20
sementes/gerbox, com 4 repetições. As avaliações de germinação de sementes, incidência de patógenos e
principais gêneros foram realizadas 7 dias após os tratamentos. Com relação à germinação de sementes,
a testemunha sem desinfecção diferiu-se significativamente dos demais tratamentos, apresentando menor
média de germinação. Para incidência de patógenos, o fungicida apresentou menor média, enquanto que, o
tratamento com óleo (1%) apresentou maior incidência, diferindo significativamente dos demais tratamentos.
Os gêneros observados foram Aspergillus spp., Fusarium spp. e Penicillium spp. Conclui-se que, estudos
posteriores com óleo podem ser realizados, visto que, apesar da menor dose não ter apresentado eficácia
no controle dos patógenos, destacou-se como os maiores índices de germinação. Podendo, desta forma, ser
considerado uma alternativa ao tratamento químico das sementes de canafístula.
227
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
481
Qualidade fitossanitária de sementes de canafístula
(Fitosanitary quality of canephori seeds)
Barazetti, C. A.1; Delazari, G.1; Nozaki, M. de H.2
1
Graduandas do curso de Agronomia PUCPR. 2Prof. Dra. do Curso de Agronomia-PUCPR - Campus
Toledo. E-mail: [email protected]
A canfístula é uma árvore muito utilizada na arborização urbana, sendo considerada uma excelente
opção para o paisagismo urbano ou rural. Entretanto, assim como demais espécies, sofre a incidência de
patógenos. Com isso, a sanidade das sementes deve ser um ponto importante quando da implantação da
espécie. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do óleo essencial de pêssego no controle
de patógenos de sementes de canafístula. Para tanto, foram realizados 5 tratamentos, sendo: 1 - testemunha
com desinfecção prévia (solução de hipoclorito 3:1); 2 - testemunha sem desinfecção; 3 – imersão das
sementes em óleo essencial de pêssego (1%); 4 - imersão das sementes em óleo essencial de pêssego (5%);
e, 5 – fungicida (captan). Após os tratamentos, as sementes foram depositadas em caixas Gerbox® contendo
papel Germitest previamente umedecido com água. Cada tratamento foi composto por 20 sementes/gerbox,
com 4 repetições. As avaliações de germinação de sementes, incidência de patógenos e principais gêneros
foram realizadas 7 dias após os tratamentos. Com relação à germinação de sementes, não foi possível
observar diferença significativa entre os diferentes tratamentos. Entretanto, ao considerar incidência de
patógenos, observou-se diferença significativa, sendo que o tratamento sem desinfecção apresentou maior
índice de sementes com fungos, observando-se primordialmente Penicillium spp. Em contrapartida, os
tratamentos com fungicida e óleo (1%) não apresentaram qualquer incidência de fungo. Portanto, o uso de
óleo essencial de pêssego pode vir a ser utilizado como tratamento alternativo de sementes de canafístula.
228
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
482
Extrato de erva de passarinho (Eubrachion sp.) no desenvolvimento de Alternaria solani, in vitro
(Extract of Eubrachion sp. in the development of Alternaria solani, in vitro)
Bastiani, M.O.¹; Dorneles, K.R.²; Loureiro, C.F.³; Ethur, L.Z.4; Kuhn, O.J.5,, Mendes, M.C.6
1,2,3,6
Acadêmicos do Curso de Agronomia/Campus Itaqui/UNIPAMPA; 4Drª./UNIPAMPA; 5Dr./UNIOESTE.
E-mail: [email protected]
O fungo A. solani causa a doença conhecida como pinta preta, que causa danos a culturas comerciais.
Atualmente, os agroquímicos são amplamente utilizados para o seu controle, porém existe necessidade de
se estudar formas alternativas de controle. A erva de passarinho do gênero Eubrachion é considerada planta
bioativa pela medicina popular, principalmente por acreditar-se que essa planta seja hemiparasita exclusiva
de pitangueira (Eugenia uniflora). De acordo com o exposto, o objetivo da pesquisa foi avaliar a interferência
de concentrações de extrato de erva de passarinho no desenvolvimento micelial de A. solani, in vitro. Foram
utilizados extratos brutos aquosos da erva de passarinho, filtrados e autoclavados nas concentrações de 0,
5, 10, 15, 20 e 25%, totalizando 6 tratamentos, com 4 repetições. As diferentes concentrações de extratos
foram adicionadas sobre o meio de cultura BDA, sendo que na região central da placa de petri foi adicionado
um disco contendo micélio e esporos do fungo. Ocorreu um acompanhamento do desenvolvimento micelial
do patógeno, que constou da determinação do diâmetro do micélio. As avaliações ocorreram em intervalos
de dois dias, completando 4 avaliações. De acordo com os resultados encontrados, observou-se que o
extrato de erva de passarinho contribuiu para o desenvolvimento do micélio de A. solani, especialmente
nas concentrações de 20 e 25% de extrato, nas quatro avaliações. Na última avaliação, ou seja, após 8 dias
da inoculação do patógeno, o micélio desenvolveu em torno de 128% e 119% a mais do que o tratamento
testemunha. Portanto, o extrato de erva de passarinho do gênero Eubrachion não controla o desenvolvimento
micelial do patógeno A. solani.
229
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
494
Inibição da germinação de esporos de Phakopsora pachyrhizi por extratos de Stachys lanata
(Inhibition on the germination of Phakopsora pachyrhizi spores by extracts of Stachys lanata)
Henkemeier, N.P.1; Viecelli, C.A.1,2; Paulus, C. 2; Yamashita, P.A.1; Monteiro, M.A.1; Rosseto, R.E.1
1
FAG. 2UNIOESTE. E-mail: [email protected]
Objetivo do trabalho foi avaliar a germinação de esporos do fungo P. pachyrhizi com o extrato de S. lanata
(orelha-de-coelho). O extrato aquoso estático da orelha-de-coelho foi obtido por meio da hidratação da
folha fresca em água destilada e posteriormente mantido em geladeira durante 24 horas a 4°C, após filtrouse em papel filtro e dilui-se em água para a atingir as concentrações de 5; 10; 15 e 20%. A testemunha
continha apenas água destilada. O teste de inibição de germinação de esporos na presença dos extratos foi
realizado em lâmina de microscopia revestida por fina camada (1mL) de Agar-água a 1%. Alíquotas de
40 µL do extrato aquoso e 40 µL da suspensão de esporos de P. pachyrhizi (1x104 esporos mL-1) obtidas de
uma lavoura experimental da Fazenda Escola da Faculdade Assis Gurgacz foram distribuídas na superfície
das lâminas, as quais foram acondicionadas em caixa de gerbox e incubadas em câmara de geminação e
no escuro por 24 horas a 22°C. Os resultados indicam que as concentrações 5, 10 e 15% não apresentam
efeito sobre a germinação de esporos, ao passo que a 20% a inibição atingiu 80%, quando comparado a
testemunha. Dessa forma, extratos de orelha-de-coelho são potenciais para testes em casa de vegetação,
visando o controle da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo P. pachyrhizi.
230
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
555
Extratos de cúrcuma (Curcuma longa) e mio-mio (Baccharis coridifolia) no desenvolvimento in vitro
de Diplodia maydis
(Extract of Curcuma longa and for the development of Diplodia maydis in vitro)
Bastiani, M.O.¹; Dorneles, K.R.2; Loureiro, C.F.3; Ethur, L.Z.4; Kuhn, O.J.5
1,2,3
Acadêmicos do Curso de Agronomia/Campus Itaqui/UNIPAMPA; 4Drª./UNIPAMPA; 5Dr./UNIOESTE.
E-mail: [email protected]
A identificação de compostos secundários de plantas, que possuem atividade antimicrobiana, mostra-se
como uma opção promissora para o controle alternativo de fitopatógenos. A C. longa é uma planta medicinal
conhecida por apresentar em seus rizomas compostos com atividades antifúngicas e B. coridifolia é uma
planta tóxica conhecida no sul do Brasil devido seus compostos causarem intoxicação, principalmente em
bovinos. De acordo com o exposto, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a interferência de doses de extrato
de cúrcuma e mio-mio no desenvolvimento in vitro de D. maydis. Foram utilizados extratos brutos aquosos
de rizomas de cúrcuma e de folhas de mio-mio, ambos filtrados e autoclavados nas concentrações de 0,
5, 10, 15, 20 e 25%, totalizando 6 tratamentos, com 4 repetições. As diferentes concentrações de extratos
foram adicionadas sobre o meio de cultura BDA, sendo que na região central da placa de petri foi adicionado
um disco contendo micélio e esporos do fungo. Ocorreu um acompanhamento do desenvolvimento micelial
do patógeno, que constou da determinação do diâmetro do micélio. As avaliações ocorreram em intervalos
de dois dias, completando 4 avaliações. De acordo com os resultados encontrados, na quarta avaliação,
observou-se que o tratamento com 25% de concentração de extrato de cúrcuma apresentouinibição de 78%
no desenvolvimento micelial do patógeno quando comparado com o tratamento testemunha.Para o extrato de
mio-mio, o tratamento que diferiu dos demais e apresentou inibição de 25% no desenvolvimentomicelialfoi
na concentração de 5%, na terceira avaliação. Os resultados obtidos indicam que o extrato de cúrcuma
apresenta significativo potencial antifúngico, e que o extrato de mio-mio apresenta baixo efeito inibitório
sobre o desenvolvimento de D. maydis.
231
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
558
Efeito de fertilizantes orgânicos e pós de rocha no controle da sigatoka sob cultivo orgânico da
bananeira em clima subtropical
(Effect of fertilization on the control of sigatoka in banana organic system in subtropical climate)
Peruch, L.A.M.1, Marchesi, D.2; Chies, J.3; Longhi, R.2; Tavares, G.3 1Epagri/Unibave-Núcleo Paca,
2
Epagri, 3Eng. Agronomo. E-mail: [email protected]
A banana é a principal fruta produzida nos cultivos orgânicos em Santa Catarina, mas a Sigatoka causa
grandes perdas nesse sistema de cultivo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de
biofertilizantes no controle da sigatoka. Os tratamentos foram aplicações de fertilizantes no solo (s) e
nas folhas (f): T1- testemunha; T2- Cama de aviário (s)+ pó de rocha (s); T3- Cama de aviário (s); T4Supermagro (f); T5- Argila silicatada (f); T6- Pó de rocha (s); T7- Cama de aviário (s)+ Pó de rocha
(s)+ Supermagro (f); T8- Geobacter (f); T9- Cama de aviário (s)+ Geobacter (f); T10- Supermagro (f)+
Geobacter (f). O ensaio preliminar foi desenvolvido em cultivo comercial em Criciúma, SC, no período de
dezembro/ 2008 a março/2010. O desenvolvimento da doença foi avaliado em cinco plantas/parcela pela
AACPD. A emergência foliar foi avaliada pela escala de Brun. Análises de solo e dos biofertilizantes foram
efetuadas para determinar as quantidades aplicadas nos tratamentos. Análises foliares de nutrientes foram
efetuadas no final do ensaio. As somas brutas indicaram que os biofertilizantes geralmente reduziram a
AACPD, destacando-se a cama de aviário (27%), pó de rocha (25%) e o Supermagro (21%). Geobacter e a
argila silicatada foram similares a testemunha. Combinações de biofertilizantes geralmente não resultaram
em maiores reduções da AACPD. A emergência foliar aumentou em 15,1 e 7,8% nos tratamentos com e
sem combinações de fertilizantes, respectivamente. As análises foliares indicaram níveis adequados da
maioria dos nutrientes, excesso para potássio. Os fertilizantes orgânicos e pós de rocha contribuem para
controle da sigatoka e crescimento da planta.
232
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
562
Efeito de ulvana sobre a formação in vitro de estruturas pré-infectivas de Colletotrichum
gloeosporioides
(Effect of ulvan on in vitro formation of pre-infective structures of Colletotrichum gloeosporioides.
Gonçalves, A.E.1; Velho, A.C.1; Stadnik, M.J.1
1
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC/CCA, Laboratório de Fitopatologia. E-mail: alinecristinav@
hotmail.com
Estudos realizados in vivo demonstram que o polissacarídeo ulvana estimula respostas de defesa sistêmicas
em macieira, mas também afeta processos pré-infectivos de C. gloeosporioides, agente causal da Mancha
Foliar de Glomerella. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da ulvana na germinação de
conídios e formação de apressórios de C.gloeosporioides in vitro. Realizou-se teste de germinação a 25°C
(1-7h), adicionando-se 100 µl de suspensão de 1x106 conídios.ml-1 em placas de Petri contendo 5 ml de
ágar-água com ou sem ulvana (10 mg.ml-1). Por meio de exame microscópico (200x) de discos de 8 mm
retirados de ágar-água, determinou-se a porcentagem de germinação de conídios a cada hora de incubação
(hi) e mensurou-se o comprimento do tubo germinativo às 7 hi. Para avaliar a formação de apressórios,
distribuíram-se gotas de 10 µl de suspensão de 2x105 conídios.ml-1 com ou sem ulvana sobre papel celofane
(RMV®) e incubou-se sobre papel filtro em câmara úmida. A cada 2 hi a 25°C (2-16h), contabilizou-se
o número de apressórios formados a cada 100 conídios avaliados. Ulvana aumentou transientemente a
germinação em 74% e o comprimento do tubo em até 40%. Apesar de causar um atraso na diferenciação dos
apressórios até 8 hi, a ulvana aumentou significativamente em 20% sua formação a partir das 14 hi.
233
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
565
Extratos de plantas medicinais no controle de Alternaria solani em tomates
(Control of Alternaria solani in tomato fruits by extracts of medicinal plants)
Pozzebon, B. C.¹ ; Ethur, L. Z.² ; Silva, T. A.³ ; Munareto, J. D.4 ; Copatti, A. S.5 ; Giacobbo, C. L.6
1,4,5
Acadêmicos do Curso de Agronomia/Campus Itaqui/UNIPAMPA; 2,6Dr./UNIPAMPA; ³Acadêmica do
Curso de Agronomia/CESNORS/UFSM; E-mail: [email protected]
O fungo Alternaria solani é causador da doença do tomateiro (Lycopersicon esculentum) conhecida como
pinta preta. Extratos de plantas medicinais demonstraram serem eficazes no controle desta doença fúngica.
Assim, o objetivo da pesquisa foi avaliar o controle de A. solani por diferentes extratos de plantas medicinais,
em frutos de tomate. As folhas e caules das plantas bioativas escolhidas foram trituradas até atingir a forma
de pó: Capim Cidró (Cymbopogon citratus), Manjerona (Origanum majorona), Alecrim (Rosmarinus
officinalis), Citronela (Cymbopogon nardus), Funcho (Foeniculum vulgare) e Falso Boldo (Plectranthus
barbatus). Pesou-se 1,5g de cada planta triturada e misturou-se em 150 mL de água destilada e esterilizada.
A solução decantou por 24 horas e posteriormente foi esterilizada em autoclave. Foram utilizados 28
tomates, tipo cereja, distribuídos em sete tratamentos: seis extratos de plantas medicinais e a testemunha
(água), com quatro repetições. Os tomates foram desinfestados superficialmente através de imersão em
solução de hipoclorito de sódio a 0,5% por um minuto. Posteriormente foram aplicados os tratamentos,
quando os frutos foram imersos por um minuto nos extratos vegetais. Foi colocado um disco contendo
micélio e esporos do fitopatógeno sobre os tomates tratados, que foram acondicionados em beckers com
capacidade para 250mL e colocados em câmara climatizada a 22 ºC. Após sete dias foi realizada a avaliação
que constou do diâmetro micelial de A. solani sobre o fruto. Os resultados evidenciaram que no extrato de
capim cidró ocorreu estímulo de 10% no desenvolvimento micelial do patógeno e nos tratamentos com
citronela, falso boldo e funcho ocorreu inibição de 32, 30 e 30%, respectivamente, no desenvolvimento
micelial, quando comparados com o tratamento testemunha. Portanto, os extratos de citronela, falso boldo
e funcho podem ser utilizados em pesquisa para serem avaliados como controle alternativo de A. solani.
234
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
566
Interferência de extratos vegetais no desenvolvimento micelial de Alternaria solani
(Interference of plant extracts on mycelial development of Alternaria solani)
Pozzebon, B. C.¹ ; Aguirre, C. C.2; Giacomeli, R.3; Ethur, L. Z.4
1,2,3
Acadêmicos do Curso de Agronomia/Campus Itaqui/UNIPAMPA; 4Drª./UNIPAMPA; e-mail: bru_
[email protected]
No controle de doenças de plantas feito com agroquímicos o uso racional em curto prazo apresenta efeito
satisfatório, porém em longo prazo, resulta em efeitos danosos ao ambiente e o surgimento de fitopatógenos
resistentes. O controle alternativo visa a proteção de plantas contra doenças sem o uso de químicos e onde
extratos vegetais têm sido estudados e utilizados. Alternaria solani é um fungo causador de doença em
diversas culturas e é de difícil controle. Com esta pesquisa, objetivou-se avaliar o efeito de diferentes
extratos vegetais no desenvolvimento micelial de A. solani. O trabalho foi conduzido no laboratório de
Fitopatologia do Campus Itaqui/UNIPAMPA. Os extratos foram obtidos através da trituração de plantas
medicinais até atingir a forma de pó, no qual foram utilizados 0,5g de planta triturada, diluídas em três
quantidades de água destilada: 10 mL, 30 mL e 50 mL. Posteriormente, a solução decantou por 24 h e foi
esterilizada em autoclave. Foram utilizados sete tratamentos Água destilada, Capim Cidró (Cymbopogon
citratus), Manjerona (Origanum majorona), Alecrim (Rosmarinus officinalis), Citronela (Cymbopogon
nardus), Funcho (Foeniculum vulgare) e Falso Boldo (Plectranthus barbatus), e três repetições. Utilizouse meio BDA vertido em placas de petri, no qual foi feito quatro pocinhos no meio de cultura, em quatro
regiões perto da borda. Nos quatro pocinhos foram colocados 100 µL de cada extrato vegetal e no centro um
disco com micélio e esporos de A. solani. As placas foram acondicionadas em câmara climatizada a 22 ºC
e ao final de sete dias foi feita a avaliação, ou seja, a medição da inibição do crescimento micelial em torno
dos pocinhos. De acordo com os resultados os tratamentos com 30 e 50 mL não diferiram estatisticamente,
e no tratamento com 10 mL, o funcho apresentou inibição de 41% no desenvolvimento micelial de A.
solani sobre os pocinhos. Conclui-se que o extrato de funcho preparado com 10 mL de água é mais eficaz
na inibição do desenvolvimento micelial de A. solani em meio de cultura.
235
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
567
Extratos vegetais e fosfito de potássio no controle da podridão parda do pêssego
(Vegetables extracts and potassium phosphite in controlling brown rot of peach)
Balzan, L.1; Santos, I. dos.2; Citadin, I.2; Guginski, C.A.3
1
Acadêmica do curso de agronomia; 2 Prof° Dr. do curso de agronomia; 3 Mestranda em produção vegetal;
1, 2, 3
UTFPR - Campus Pato Branco. E-mail: [email protected]
A podridão parda, causada pelo fungo Monilinia fructicola, é considerada a principal doença das fruteiras
de caroço, tanto na pré-colheita como na pós-colheita, e ocorre em praticamente todos os pomares do
Brasil. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de extratos vegetais e fosfito de potássio, aplicados
na pós-colheita de pêssegos, no controle de M. fructicola. O experimento foi conduzido no delineamento
inteiramente casualizado, utilizando extratos de Eucalyptus citriodora (eucalipto), Alternanthera brasiliana
(terramicina), Casearia vulgaris (guaçatonga) e Cymbopogon citratus Stapf (capim-limão) a 25%, Aloe Vera
(babosa) a 100%, Brassica napus (canola) a 12%, fosfito de potássio e Azoxystrobin a 0,2%, com quatro
repetições, representadas por bandejas de plástico contendo cinco frutos. Foram efetuados danos mecânicos
na porção equatorial de cada fruto e, em seguida, aplicados os tratamentos por meio de imersão. Depois
disso, os frutos receberam uma suspensão de esporos de 105.mL-1 de M. fructicola e, após quatro dias, foram
realizadas avaliações quanto à área lesionada e contagem de esporos. Os dados foram submetidos à análise
de variância e comparação de médias pelo teste de Scott-Knott (P≤0,05). Observou-se que em relação aos
extratos a severidade da doença foi menor quando os pêssegos foram tratados com extrato de canola, com
57% de controle da podridão parda, não diferindo significativamente dos extratos de capim-limão, com 37%,
e terramicina, com 39%, sendo todos inferiores ao fungicida com 99%. No entanto, o tratamento a base de
canola inibiu quase totalmente a esporulação do fungo, não diferindo significativamente do fungicida cuja
esporulação foi igual a zero. Embora o fungicida tenha apresentado os melhores resultados no controle de
M. fructicola, fica evidente a eficiência de controle por meio do uso de extratos vegetais, principalmente a
base de canola.
236
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
573
Redução de Meloidogyne incognita em tomateiro pela aplicação de extratos de nabo na parte aérea
da planta
(Meloidogyne incognita reduction in tomato by the application of radish extracts aboveground part of the
plant)
Puerari, H. H. 1,3; Dias-Arieira, C. R. 1; Silva, A. A.2; Ferrarese, M. L. L. 2; Cunha, T.L.P. 1; Chiamolera,
F.M. 1; Biela, F.1.
1
PGA/UEM, 2DBQ/UEM. 3E-mail: [email protected]
O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de extratos químicos obtidos a partir do nabo no controle
de Meloidogyne incognitaem tomateiro. Mudas com aproximadamente quinze dias de germinadas foram
transplantadas em vasos de 1 L contendo uma mistura de solo e areia (3:1), previamente autoclavada
(2 h/120 oC). Os tratamentos consistiram nos extratos aquosos, butanólico, de acetato e PPT de nabo,
extraídos e gentilmente cedidos pelo Departamento de Bioquímica da UEM. Tais extratos foram diluídos
nas concentrações de 2; 1; 0,5 e 0,1ppm. Água destilada foi utilizada como testemunha. As mudas foram
pulverizadas até o ponto de escorrimento três dias após o transplantio, e mais três vezes, espaçadas
semanalmente. Três dias após a primeira pulverização as mudas foram inoculadas com 2.000 juvenis e ovos
de Meloidogyne incognita. Após a última pulverização, aguardou-se uma semana para coleta dos materiais
vegetais para a análise. Avaliou-se a massa fresca da parte aérea e da raiz, a massa seca da parte aérea e número
de galhas e ovos nas raízes. O experimento consistiu em um fatorial 4 x 5 (extratos x concentrações), com
cinco repetições para cada tratamento. O número de ovos do nematoide foi significativamente reduzido pelo
extrato de acetato, independente da concentração. Quanto aos parâmetros vegetativos, todos os tratamentos
foram estatisticamente iguais à testemunha.
237
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
582
Efeitos de aplicações de silício na incidência de míldio em videiras cv. Syrah
(Effects of silicon applications on mildew incidence in grapevines cv. Syrah)
Ferreira, S. G. M.; Botelho, R. V.; Mateus, M. A. F.; Leite, C. D.; Faria, C. M. D. R.
Departamento de Agronomia, Universidade Estadual do Centro-Oeste. Rua Simeão Camargo Varella de Sá,
03, CEP 85040-080, Guarapuava-PR. E-mail: [email protected]
Umadas principais doenças que incidem sobre a videira no Brasil é o míldio, causado por Plasmopara
viticola. O controle dessa doença geralmente é realizado com produtos químicos que nem sempre são
eficientes e podem ser prejudiciais aoambiente e ao agricultor. O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso
de silício aplicado via foliar no controle do míldioda videira. O experimento foi conduzido no pomar
experimental da UNICENTRO, em Guarapuava-PR. O plantio das mudas de videiras ‘Syrah’ enxertadas
sobre o porta-enxerto ‘Paulsen1103’foi realizado em setembro de 2010, no espaçamento 3 x 1 m. Os
tratamentos consistiram de pulverizações quinzenais com soluções aquosas a 0, 1, 2, 4 e 8 g L-1 do produto
comercial AgriSil®(98% de SiO2), além disso toda a área experimental foi complementarmente pulverizada
a cada 10 dias com produtos permitidos para o sistema orgânico (calda bordalesa, extrato de neem, extrato
de cinamomo, óleo vegetal). A severidade do míldio foi avaliada quinzenalmente em três folhas previamente
marcadas do ápice de três ramos de cada planta, utilizando-se a escala diagramática descrita por Azevedo
(1997) durante 60 dias. A partirdos dados obtidos foi determinada a área abaixo da curva de progresso da
doença (AACPD) (Campbell &Madden, 1990). Não se verificou diferença entre os tratamentos quando
comparados com a testemunha, o que pode ser atribuído ao elevado índice de precipitação durante o período
de avaliação. Porém, foi observada uma tendência de redução progressiva na severidade do míldio.
238
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
583
Efeito do extrato aquoso de cinamomo Melia azedarach L. no crescimento micelial e número de
escleródios de Sclerotium rolfsii Sacc.
(Effect of aqueous extract of chinaberry Melia azedarach L. on mycelia growth and esclerotial number of
Sclerotium rolfsii Sacc.)
Ferreira, S. G. M.1; Mateus, M. A. F.2; Garcia, C.3; Faria, C. M. D. R.4; Dallemole-Giaretta, R.5.
1, 2, 3, 4, 5
Universidade Estadual do Centro-Oeste/ UNICENTRO/ Departamento de Agronomia.
O fungo S. rolfsii é um fitopatógeno muito agressivo e de difícil controle. Estratégias como o controle
químico, resistência genética e rotação de culturas, auxiliam na redução de seu inóculo, mas apresentam
baixa eficiência para seu o controle. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito in vitro do extrato aquoso
de cinamomo, sobre S. rolfsii. Sementes e frutos de cinamomo foram coletados e secos a 40°C durante 48
horas em estufa, após este período foram trituradas em moinho. O extrato aquoso foi obtido por infusão
através da adição de água fervente sobre o pó vegetal deixando-se em repouso durante 15 minutos. Após, o
extrato aquoso foi filtrado com gase e utilizado logo após o preparo. As concentrações foram: 0, 5, 10, 15,
20 e 25 %. As doses foram adicionados separadamente ao meio de cultura BDA fundente (45 - 50ºC), (este
previamente autoclavado a 120°C durante 20 minutos) e vertidos em pacas de Petri de 9 mm. No centro de
cada placa foi colocado um disco do micélio do fungo obtido de colônia pura mantida em BOD a 25°C no
laboratório de Fitopatologia. As placas foram vedadas e mantidas em BOD a 25± 20C. Quando a testemunha
cresceu em toda a placa, foi medido o crescimento micelial e quinze dias após este procedimento, foi
contado o número de escleródios. Todas as concentrações do extrato reduziram o crescimento micelial
do patógeno, sendo que a 25%, houve redução de 75,32% do crescimento micelial e redução de 78% no
número de escleródios, em comparação à testemunha.
239
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
584
Potencial antifúngico de extratos de plantas medicinais sobre Bipolaris oryzae
(Antifungal potential of medicinal plants on Bipolaris oryzae)
D`Ávila, L. S.1 ; Meus N. C.2; Aguirre, C. C.3 ; Ethur L. Z.4
1,2,3
Acadêmicos do Curso de Agronomia/Campus Itaqui/UNIPAMPA; 4Drª./UNIPAMPA. E-mail: carol_
[email protected]
O fungo Bipolaris oryzae é um patógeno veiculado pelas sementes de arroz (Oryza sativa) e causa a doença
conhecida como mancha parda. A forma de controle mais utilizada contra esse patógeno é o tratamento com
fungicidas, porém a busca por controles alternativos de doenças e a necessidade de métodos ambientalmente
corretos e sustentáveis têm impulsionado o desenvolvimento de pesquisas com a utilização de extratos
vegetais. De acordo com o exposto, o objetivo da pesquisa foi verificar a existência de atividade fungitóxica do
extrato de cinco plantas medicinais sobre o fitopatógeno B. oryzae. Para o desenvolvimento do experimento
incorporaram-se os extratos vegetais das espécies Manjericão (Ocimum basilicum), Boldo (Plectranthus
barbatus), Arruda (Ruta graveolens), Alecrim (Rosmarinus officinalis) e Sálvia (Salvia divinorum) ao meio
BDA solidificado, sendo que o tratamento controle recebeu água destilada e esterilizada. Posteriormente
foram transferidos discos contendo micélio e esporos de B. oryzae para a região central das placas de petri.
Após sete dias em que as placas permaneceram em câmara climatiza na temperatura de 25 ºC foi realizada
a avaliação que constou da determinação do diâmetro de colônia, assim que uma única repetição atingiu a
borda da placa de petri. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 6 tratamentos e 3
repetições. De acordo com os resultados, a testemunha diferiu significativamente dos demais tratamentos
e os extratos que apresentaram maiores inibições no desenvolvimento do micélio do patógeno foram os
extratos de manjericão e boldo, na proporção de 78% e 58%, respectivamente. Portanto, os extratos de
manjericão e boldo apresentam atividade fungitóxica e podem ser utilizados em pesquisas que objetivem o
controle do patógeno B. oryzae.
240
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
590
Controle de Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum em sementes de algodoeiro tratadas com óleo de
melaleuca
(Control of Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum in cotton seeds treated with tea tree oil)
Menin L.F.1; Araújo D.V.2, Mainardi J.T.3; Frasson D.B.4; Mattos A.N.A.5; Pereira T.A.X.6; Romano
Junior, J.7. 1,4,5,6
Acadêmicos do curso de Agronomia; 7Acadêmico do curso Ciências Biológicas; 3Pós-graduanda em
Produção Vegetal/UEMS; 2Professora do Departamento de Agronomia/UNEMAT, Tangará da Serra, MT.
E-mail: [email protected]
Este trabalho avaliou a eficácia do óleo de Melaleuca alternifolia no controle de F. oxysporum f. sp.
vasinfectum em sementes de algodoeiro. O experimento foi conduzido em esquema fatorial 5x2, sendo
cinco concentrações do óleo (0, 2, 6, 10 e 12%) e duas épocas de tratamento (antes e após a inoculação).
Utilizou-se o delineamento experimental em DIC ou DBC de acordo com os testes. Avaliou-se: sanidade,
germinação, comprimento e massa seca da parte aérea e da raiz, índice de velocidade de emergência
(IVE), estande inicial e final, porcentagem de plantas tombadas e transmissibilidade da semente para a
planta. Os resultados do teste de sanidade indicam maior controle do patógeno no tratamento prévio das
sementes. Para comprimento radicular das plântulas oriundas do teste de germinação, o tratamento antes
da inoculação apresentou-se mais eficiente, para comprimento de parte aérea observou-se que o tratamento
após a inoculação obteve um decréscimo linear, com a elevação da concentração do óleo. Com 30 dias após
a semeadura obteve-se diferença significativa apenas para o fator concentração na variável comprimento
radicular. Os melhores resultados para IVE foram obtidos com o tratamento após a inoculação. Quanto ao
estande inicial houve aumento na porcentagem de plântulas de acordo com as concentrações do óleo. Já o
estande final observou-se diferença entre as épocas, demonstrando maior eficácia do óleo antes do contato
do fungo com a semente. Considerando as demais variáveis analisadas, não houve significância entre os
tratamentos.
241
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
600
Aplicação de extratos vegetais e óleos essenciais para o controle da ferrugem asiática da soja em casade-vegetação, em Dourados, MS
(Application of plant extracts and essencial oils for the control of Asian soybean rust in greenhouse
conditions)
Bigaton, D.1; Bacchi, L.M.A.2; Formagio, A. S3.; Zanela, C.S.1; Gavassoni, W.L. 2 1Doutorandas da
Faculdade de Ciências Agrárias, UFGD; 2 Docentes da UFGD; 3 Bolsista DCR. E-mail: daisabig@omturbo.
com.br.
Os extratos e óleos vegetais têm grande potencial no controle de fitopatógenos, por sua ação fungitóxica
direta, inibindo o crescimento micelial e a germinação de esporos, e pela capacidade de induzir o
acúmulo de fitoalexinas nas plantas. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de diferentes extratos e
óleos essenciais sobre a ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi). O experimento foi realizado
em casa-de-vegetação e sala de incubação do Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal da
Grande Dourados, em Dourados/MS no período de fevereiro/2011 a abril/2011. Utilizou-se o delineamento
inteiramente casualizado com sete tratamentos e dez repetições. A cultivar de soja utilizada foi a BRS
245RR; os tratamentos constaram de óleos e extratos dos gêneros Schinus L. (aroeira-pimenteira); e
Trichilia spp. (quebra-machado, catiguá-vermelho); surfactante Tween 80 a 1% e a testemunha água. As
plantas foram pulverizadas com os respectivos tratamentos e inoculadas artificialmente com o fungo cerca
de 24 horas após. As características analisadas foram: número de folíolos/parcela; índice de clorofila; altura
de plantas; severidade da ferrugem asiática da soja (nota visual); número de folíolos com ferrugem; número
de folíolos com aspecto queimado. As plantas pulverizadas com extrato de Schinus a 5% e óleo de Schinus a
1% mostraram maior severidade da doença, comparadas às pulverizadas com água. Estes dois tratamentos e
o óleo de Trichilia a 1% provocaram uma maior incidência de folíolos queimados, indicando fitotoxicidade
à cultura.
242
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
601
Aplicação de extratos vegetais para o controle do oídio da soja em casa-de-vegetação, em Dourados,
MS
(Application of plant extracts for the control of soybean powdery mildew in greenhouse conditions)
Bigaton, D.1; Bacchi, L.M.A.2; Formagio, A. S.3; Gavassoni, W.L.
1
Doutoranda da Faculdade de Ciências Agrárias, UFGD; 2 Docentes da UFGD, 3 Bolsista DCR. E-mail:
[email protected].
O trabalho objetivou verificar o efeito de diferentes extratos vegetais sobre o oídio da soja, Microsphaera
diffusa. O experimento foi realizado na casa-de-vegetação da UFGD, em Dourados-MS, no período de
outubro a dezembro/2010. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com nove tratamentos e
dez repetições. A cultivar utilizada foi a BRS 245RR; os tratamentos constaram de extratos vegetais a 1%
das famílias Annonaceae (Annona crassiflora; A. dióica; A. coriácea); e Malvácea (Hibiscus sabdariffa
Líneo); mais o surfactante Tween 80 a 1%, e a testemunha água. Foi utilizada uma escala diagramática
onde a severidade da doença foi quantificada em três avaliações. As características analisadas foram: nota
visual; porcentagem de folíolos infectados; nº total de folhas; altura de plantas; teor de clorofila. Não foram
detectadas diferenças significativas quanto ao desenvolvimento das plantas e o índice de clorofila. As plantas
pulverizadas com extrato de A. crassiflora mostraram-se com maior severidade da doença, comparadas às
tratadas com extratos de folhas de A. coriacea e H. sabdariffa, aos 4 dias após os tratamentos (dat). Aos
7 dias, o tratamento com A. crassiflora apresentou maior intensidade da doença do que os com água e H.
sabdariffa. As plantas tratadas com A. crassiflora, tween, extratos de sementes de A. coriacea apresentaram
maior severidade de oídio do que as tratadas com folhas de A. coriacea e A. cacans, aos 11 dat. Portanto,
descarta-se a possibilidade de utilização de A. crassiflora para o controle de oídio em soja e apontam-se
como alternativas, para maiores estudos, os extratos de folhas de A. coriacea, H. sabdariffa e A. cacans.
243
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
602
Provável interação entre o nematóide Bursaphelenchus cocophilus e Thielaviopsis paradoxa na
epidemia de resinose do coqueiro
(Possible interaction between the Bursaphelenchus cocophilus nematode and Thielaviopsis paradoxa in the
coconut stem bleeeding epidemic)
Warwick, D. R. N.1; Sousa, R. C. 1; Carvalho, R. R. C.1
1
Embrapa Tabuleiros Costeiros; e-mail: [email protected]
O objetivo do presente trabalho foi verificar o efeito interativo entre Bursaphelenchus cocophilus e
Thielaviopsis paradoxa na morte de coqueiro no Platô de Neópolis, SE. Verificou-se que todos os focos
de resinose começavam a partir de uma planta morta com sintomas de anel vermelho, causado pelo
nematóide Bursaphelenhus cocophilus. Este nematóide é um endoparasita migrador letal ao coqueiro e
a várias outras palmeiras. Foram coletados amostras de solo e de raízes finas de plantas com resinose e
de replantas com sintomas de folhas necrosadas prematuramente. Realizou-se testes para extração de
nematóide e para o isolamento de fungo. Das 20 plantas com sintomas de resinose avaliadas, a presença
do nematóide foi detectada em três delas e em todas foi isolado o T. paradoxa. Elevada população de B.
cocophilus foi encontrada em pedaços de estipe e em pecíolos das plantas jovens replantada em covas
anteriormente ocupadas por plantas erradicadas mortas com resinose. Nas inoculações no estipe de plantas
sadias com o fungo T. paradoxa observou-se sintomas desenvolvendo-se 15 dias após a inoculação
com uma exsudação marrom-avermelhado que escorria através das rachaduras do estipe. Estes sintomas
no entanto se restringiram ao local inoculado não formando o sintomas severos vistos nos coqueiros
infectados naturalmente. A sintomatologia do campo não pode ser repetida com a inoculação do fungo
isoladamente em 10 plantas sadias inoculadas no campo. Em um outro experimento,em nenhuma das 10
plantas inoculadas na casa de vegetação houve transmissão via solo para as plantas vizinhas. Postula-se
que o fungo Thielaviopsis paradoxa necessita da ação do nematóide B. cocophilus para causar os danos
observados na epidemia de resinose que vem causando sérios prejuízos ao plantio de coqueiro anão irrigado
no Projeto Platô de Neópolis, SE. No momento iremos inocular os dois agente simultáneamente em uma
área livre dos patógenos para que esta interação possa ser comprovada.
244
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
609
Manejo alternativo do oídio em mudas de videira em casa de vegetação
(Alternative management of powdery mildew in grapevine seedlings in the greenhouse)
Silva Júnior, M. B.1; Vitorino, L. R. R. 1; Pádua, M. A.; Costa, B. H. G. 1; Pereira, V. F. 1; Ribeiro
Júnior, P. M.; Resende, M. L. V. 1
1
DFP/UFLA. E-mail: [email protected].
Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito de formulações à base de extratos vegetais no manejo do oídio
(Uncinula necator) em mudas de videira cv. Merlot em casa de vegetação. Foram utilizadas as formulações
NEFID 1,5% (extrato de folhas de cafeeiro infectadas com ferrugem); NEFID 0,75%; NEFID 1,5% +
cobre e fósforo; NEFID 0,75% + cobre e fósforo; ECFC 2% (extrato de casca de café) e um fungicida 1
mL L-1 (epoxiconazole + piraclostrobina) comparados com a testemunha (sem aplicação). Foi adicionado
óleo mineral em todos os tratamentos (2,5 mL L-1 do volume de calda). Foram utilizadas mudas de videira
naturalmente infectadas, apresentando severidade média de 40%. O delineamento experimental utilizado
foi o de blocos casualizados com parcela de 4 plantas. As avaliações foram realizadas em intervalos de 7
dias, sendo que a primeira foi realizada antes da aplicação, utilizando-se escala diagramática, atribuindo
notas de 0 a 6 de infecção, sendo: 0 = ausência de doença; 1 = 0,1 a 10%; 2 = 10,1 a 20%; 3 = 20,1 a 30%;
4 = 30,1 a 40%; 5 = 40,1 a 50% e 6 = mais de 50% da área foliar afetada pelo oídio. Observou-se que todos
os tratamentos foram efetivos no controle da doença não diferindo entre si. O controle proporcionado pela
formulação NEFID 1,5% foi de 71,94%; NEFID 0,75% de 58,61%; NEFID 1,5% + cobre e fósforo de
79,72%; NEFID 0,75% + cobre e fósforo de 68,05%; ECFC 2% de 69,72% e fungicida de 62,77%.
Apoio: FAPEMIG, CAPES E CNPq
245
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
613
Inibição da germinação de esporos de Phakopsora pachyrhizi por extratos aquosos de Symphytum
officinale
(Inhibition of spores germination of Phakopsora pachyrhizi by extracts from Symphytum officinale)
Rosseto, R.E.1; Butrinowski, R.T.1; Viecelli, C.A.1,2; Butrinowski, I.T.1; Henkemeier, N.P.1; Gasparin,
J.1
1
FAG. 2UNIOESTE. E-mail: [email protected]
A ferrugem asiática da soja possui como principal método de controle, a utilização de fungicidas químicos.
Esta pesquisa visou avaliar a germinação de esporos do fungo Phakopsora pachyrhizi responsável pela
ferrugem asiática na soja, sobre diferentes concentrações (5%, 10%, 15%, 20%) do extrato aquoso de
confrei (Symphytum officinale) e selecionar entre estas concentrações tratamentos alternativos para o
controle da doença. O extrato aquoso estático de confrei foi obtido por meio da hidratação da folha inteira
em água destilada e posteriormente mantido em geladeira durante 24 horas, após filtrou-se em papel filtro
e dilui-se em água para atingir as concentrações de 5; 10; 15 e 20%. A testemunha continha apenas água
destilada. O teste de inibição de germinação de esporos na presença dos extratos foi realizado em lâmina de
microscopia revestida por fina camada (1mL) de Agar-água a 1%. Alíquotas de 40 µL do extrato aquoso e
40 µL da suspensão de esporos de P. pachyrhizi (1x104 esporos mL-1) obtidas de uma lavoura experimental
da Fazenda Escola da Faculdade Assis Gurgacz, foram distribuídas na superfície das lâminas, as quais
foram acondicionadas em caixa de gerbox e incubadas em câmara de geminação e no escuro por 24 horas
a 22°C. Após determinou-se a porcentagem de germinação dos esporos. Os resultados indicam que não
houve diferença significativa dos tratamentos quando comparados ao controle (água), viabilizando testes
em plantas para avaliação da indução de resistência a essa doença.
246
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
622
Fosfitos como herramienta complementaria en el manejo integrado de las enfermedades de fin de
ciclo de la soja
(Phosphites as a complementary tool of integrated management of soybean late season diseases)
Carmona, M.A.1; Sautua, F.J.1; Gally, M.1
1
Department of Plant Pathology, Faculty of Agronomy, University of Buenos Aires, Av. San Martín 4453,
Capital Federal, 1417, Argentina. E-mail: [email protected]
Phosphites are used as part of an integrated disease management in different crops. During 2004/2005,
2005/2006 and 2007/2008 growing seasons, 9 field trials (RCBD) located in pampeana region, were
carried out to evaluate the impact of phosphites (Phi) on the soybean late diseases complex (LDC) Results
showed that Phi applications generated yield increases, depending on the Phi doses and climatic conditions.
Applications of 1 lt/ha of PhiK in R3 or R5, produced a mean yield increase of 194 kg/ha (from 90 to 325kg/
ha), while a dose of 0,5 lts/ha incremented yield in153 kg/ha (from 21 to. 234 kg/ha-). The application of
a mixture of strobilurin + triazole (full dose) and PhiK (0,5 lts/ha) incremented yields up to 14%, higher
than the increase obtained by the strobilurin + triazoles applied alone (481 and 420 kg/ha, respectively).
Even using half dose of strobilurin + triazole in mixture with PhiK (0,5 lts/ha) resulted in higher increase
compared to applications of full dose of strobilurin + triazole (p<0,05). Although the use of phosphites as
fertilizer is currently controversial, these promissory results support the hypothesis that it is an inducer
of plant defenses. Further studies are necessary to confirm the Phi behaviour to evaluate its utility as
complementary tool in the crops integrated disease management.
Support : UBACyT G043.
247
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
634
Efeito de extratos vegetais no crescimento e reprodução de Fusarium oxysporum f.sp. cubense
(Effect of plant extracts on growth and reproduction of Fusarium oxysporum f.sp. cubense)
Assis, T.C.; Silva Junior, W.J.; Gonçalves, A.P.S.; Viega, V.S.; Andrade, D.E.G.T.; Gurgel, L.M.S.;
Rosa, R.C.T.
Instituto Agronômico de Pernambuco/IPA. E-mail: [email protected]
O mal do Panamá é uma das principais doenças da bananeira, sendo causada pelo fungo Fusarium
oxysporum f.sp. cubense. Este estudo teve por objetivo avaliar in vitro, o efeito de extratos de pimenta dedo
de moça (Capsicum baccatum), fumo (Nicotiana tabacum), alho (Allium sativum), pimenta do reino (Piper
nigrum) e cravo da índia (Caryophilus aromaticus) sobre o crescimento e reprodução de seis isolados do
patógeno. Os extratos aquosos foram preparados por trituração com água destilada (proporção de 1:2),
sendo após filtragem, incorporados ao meio de cultura BDA fundente, nas concentrações de 5 e 10%. Os
meios foram vertidos em placas de Petri e, posteriormente, discos de BDA contendo estruturas fúngicas
foram depositados no centro das placas. A incubação foi realizada em condições normais de laboratório por
sete dias, sendo diariamente medido o crescimento micelial. Ao final deste período, a reprodução do fungo
foi avaliada por meio da determinação da esporulação em suspensões preparadas de cada repetição, e da
germinação de conídios realizada em poços de placas de Kline, contendo 0,05mL do extrato e 0,05mL da
suspensão de conídios do fungo, após 4 horas de incubação. Os resultados revelaram que o cravo da índia
foi mais eficiente na inibição do crescimento e reprodução do fungo, nas duas concentrações estudadas, o
qual inibiu em 100%, tanto o crescimento quanto a esporulação e germinação do fungo, seguido do extrato
de alho que também proporcionou boa inibição do fungo. Os demais extratos apresentaram resultados
variados.
248
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
635
Atividade de extratos vegetais sobre o desenvolvimento de Curvularia eragrostidis
(Activity of plant extracts on the development of Curvularia eragrostidis)
Assis, T.C.; Silva Junior, W.J.; Andrade, D.E.G.T.; Gurgel, L.M.S.; Rosa, R.C.T. Instituto Agronômico
de Pernambuco/IPA. E-mail: [email protected]
O inhame é uma importante cultura para a agricultura familiar do estado de Pernambuco, no entanto, é
severamente afetada pela a queima das folhas, causada pelo fungo Curvularia eragrostidis. Este estudo
teve por objetivo avaliar o efeito in vitro de extratos de hortelã-miúda (Menta crispa), aroeira (Schinus
molle), jurubeba (Solanum paniculatum), caju roxo (Anacardium occidentale), urtiga (Fleurya aestuans),
alho (Allium sativum), gengibre (Zenziber officinale), neen (Azadirachta indica), angico (Piptadenia sp.)
e melão-de-são-caetano (Momordica charantia) sobre o crescimento e reprodução de dois isolados do
fungo. Os extratos aquosos foram preparados por trituração com água destilada (proporção 1:2), sendo
incorporados, após filtragem, ao meio de cultura BDA fundente, nas concentrações de 5 e 10%. Os meios
foram vertidos em placas de Petri e, posteriormente, depositados, no centro das mesmas, discos de meio
(6,0mm) contendo estruturas fúngicas. As placas foram mantidas em condições de laboratório, sendo
diariamente medido o crescimento micelial. A reprodução do fungo foi avaliada por meio da determinação
da esporulação em suspensões preparadas de cada repetição, e da germinação de conídios realizada em
poços de placas de Kline, contendo 0,1mL do extrato e 0,1mL da suspensão de esporos do fungo, após
4 horas de incubação. O crescimento micelial, esporulação e germinação de esporos dos isolados de C.
eragrostidis foram influenciados pelos extratos e dosagens utilizados, com destaque para o extrato de alho,
onde foram verificadas as menores taxas das variáveis analisadas.
249
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
637
Efeito de compostos voláteis sobre a germinação de Botrytis cinerea
(Evaluation of volatiles compounds on the germination of B. cinerea)
Rocha Neto, A. C.1; Di Piero, R. M.1
1
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC – Departamento de Fitotecnia. E-mail: neto.acrn@gmail.
com.
Botrytis cinerea, agente causal do mofo cinzento, é um dos principais responsáveis por perdas em póscolheita, causando grandes prejuízos a diversas culturas, como maçã, morango e uva. No presente trabalho,
testou-se o efeito de alguns compostos voláteis sobre a germinação de esporos de B. cinerea. Para isso
lâminas escavadas contendo 60 µL de suspensão de esporos (105 esporos/mL) foram dispostas no interior de
bandejas com volume de 10 litros (400x270x133mm), em uma de suas extremidades. Na outra extremidade
foram colocados 40 ou 80 µL de um determinado composto volátil (etanol, hipoclorito, ácido acético,
ácido fórmico, ácido propiônico e lactofenol) ou água destilada (testemunha), fechando-se as bandejas
imediatamente e incubando-as por 1 hora, a 23°C. Terminado este período de fumigação, as lâminas foram
retiradas das bandejas e, após 15 minutos de aeração, colocadas no interior de placas de Petri, onde foram
incubadas por 24 horas a 25oC, sob alta umidade relativa. Mediu-se a porcentagem de germinação em 100
esporos e o comprimento do tubo germinativo de 20 esporos por repetição. O delineamento utilizado foi
o completamente casualizado, com 4 repetições, sendo cada escavação da lâmina uma repetição. Todos os
compostos voláteis apresentaram efeito fungicida nas duas concentrações, destacando-se os ácidos acético,
fórmico e propiônico que inibiram 100% a germinação de B. cinerea. Conclui-se que estes produtos
apresentam potencial para o controle de mofo cinzento.
250
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
638
Avaliação de compostos fenólicos em frutos de maçã para o controle do bolor azul
(Avaliation of phenolic compounds in apple fruits to control blue mold)
Rocha Neto, A. C.1; Di Piero, R. M.1
1
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC – Departamento de Fitotecnia. E-mail: neto.acrn@gmail.
com.
O fungo Penicillium expansum é o principal responsável pela perda de frutos em pós-colheita de maçãs.
Tentando se encontrar alternativas ao controle realizado convencionalmente, o presente trabalho objetivou
avaliar o efeito erradicante de ácidos fenólicos no controle do bolor azul (P. expansum). Para tanto, frutos
de maçã cv. Fuji foram feridos com agulha padronizada (5 mm de comprimento x 1mm de diâmetro) e
imersos em misturas de suspensão de esporos (104 esporos/mL) com ácidos fenólicos a 2,5 mM (ácidos
cinâmico, ferrúlico, gálico, salicílico e vanílico), por 2 minutos, sendo posteriormente armazenados em
câmara úmida, no escuro, a 25oC. Periodicamente, mediu-se o diâmetro das lesões. O delineamento foi
completamente casualizado, com quatro repetições, sendo cada repetição constituída por uma bandeja com
4 frutos. O ácido salicílico reduziu a incidência do bolor azul em 90% em relação à testemunha. Os demais
ácidos fenólicos testados não diferiram estatisticamente da testemunha. Conclui-se, deste modo que o ácido
salicílico apresenta-se como uma alternativa ao controle de P. expansum.
251
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
646
Efeito do ácido peracético na inibição de Xanthomonas vesicatoria “in vitro”
(Peracetic acid effect on Xanthomonas vesicatoria In vitro inhibition)
Banzato, T. C.1; Teixeira, L. D. D.1; Santos, R. T. dos1
1
ESALQ/USP, CP 09, 13418-900, Piracicaba, SP, Brasil. E-mail: [email protected]
O Ácido Peracético é um desinfestante utilizado há muito tempo na indústria alimentícia, para eliminação
de patógenos humanos. Devido ao seu elevado poder oxidativo, reage com a parede celular de todos os
micro-organismos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a ação In vitro do Ácido Peracético na bactéria
Xanthomonas vesicatoria, causadora da mancha bacteriana em tomate, doença que ocasiona sérios
prejuízos aos tomaticultores. O delineamento experimental empregado foi o inteiramente ao acaso, com 6
tratamentos: incorporação do produto ao meio de cultura ágar nutriente (NA) nas concentrações de 0, 170,
500, 750, 1000 e 2000ppm, com sete repetições. Cada parcela foi constituída por uma placa de Petri. Após a
solidificação do meio de cultura, foram adicionados 200 µl de uma suspensão com 108 ufc/ml em cada placa
de Petri, uniformemente distribuídos com o auxílio de uma alça de Drigalski. A incubação foi realizada no
escuro, à 28ºC. A avaliação foi feita três dias após a instalação do experimento, através da adição de 10ml
de água destilada em cada placa, avaliando-se a absorbância, em espectrofotômetro, no comprimento de
onda de 550 nm. Assim, determinou-se a concentração bacteriana em cada placa. Nas concentrações de
750, 1000 e 2000 ppm ocorreu a eliminação da população de X. vesicatoria, na de 500ppm, houve inibição
de mais de 90 % e a concentração de 170 ppm não foi eficiente no controle da bactéria.
252
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
648
Controle alternativo de Pseudomonas syringae pv. maculicula em couve flor com preparados
homeopaticos de própolis
(Alternative control of cauliflower Pseudomonas syringae pv. maculicula disease with propolis homeopathic
solutions)
Viecelli, C.A.1,2; Bones, M.L.1; Prezotto, A.L.2; Lima, A.C.2; Moreira, G.C.2; Henkemeier, N.P.1.
UNIOESTE. 2FAG. E-mail: [email protected]
1
Homeopáticos de própolis nas dinamizações CH6 e CH12 foram testadas em couve flor para o controle da
mancha foliar translúcida, causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. maculicula em casa de vegetação.
Aos 20 dias após o plantio da couve flor em vasos plásticos de 20 L contendo solo e areia (2:1) aplicou-se
os homeopáticos de própolis, diluindo-se 5 gotas do homeopático por litro de água destilada, pulverizando
5 mL da solução por planta, com 1, 2 e 3 aplicações com intervalos de 7 dias cada. A pulverização foi
ministrada em toda a planta e três dias após cada aplicação inoculou-se a suspensão da bactéria (108 UFC)
isolada anteriormente em meio Nutriente-agar. A avaliação da severidade foi avaliada aos 28 dias após
a primeira aplicação do homeopático, utilizando o software AFSoft. Os resultados foram avaliados pela
ANAVA e teste de média por Tukey a 5% de probabilidade, indicando que houve redução de 51,3% na
severidade da doença em plantas de couve quando realizadas 3 aplicações com o homeopático a CH12. Os
demais tratamentos não apresentaram diferença significativa quando comparados com a testemunha (água).
Conclui-se que o homeopático de própolis na CH12 é promissor para o controle alternativo de mancha
foliar translúcida em couve flor.
253
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
653
Homeopaticos de propolis para o controle alternativo da podridão negra em repolho
(Propolis homeopathic to the alternative control of black rot in the cabbage)
Henkemeier, N.P.1; Viecelli, C.A.1,2; Prezotto, A.L.2; Lima, A.C.2; Moreira, G.C.2
1
UNIOESTE. 2FAG. E-mail: [email protected]
Homeopáticos de própolis nas dinamizações CH6 e CH12 foram testadas em repolho para o controle da
podridão negra, causada pela bactéria Xanthomonas campestris pv. campestris em casa de vegetação. Aos
20 dias após o plantio do repolho (híbrido rampho) em vasos plásticos de 20 L contendo solo e areia
(2:1), aplicou-se os homeopáticos de própolis, diluindo-se 5 gotas do homeopático por litro de água
destilada, pulverizando 5 mL da solução por planta, com 1, 2 e 3 aplicações com intervalos de 7 dias cada.
A pulverização foi ministrada em toda a planta e três dias após cada aplicação inoculou-se a suspensão da
bactéria (108 UFC) isolada anteriormente em meio Nutriente-agar. A avaliação da severidade foi avaliada
aos 28 dias após a primeira aplicação do homeopático, utilizando o software AFSoft. Os resultados foram
avaliados pela ANOVA e teste de média por Tukey a 5% de probabilidade, indicando que houve redução de
53,5 e 66,4% na severidade da doença nas dinamizações CH12 com 1 e 2 aplicações, respectivamente. Os
demais tratamentos não apresentaram diferença significativa quando comparados com a testemunha (água).
Conclui-se que o homeopático de própolis na CH12 é promissor para o controle alternativo da podridão
negra do repolho.
254
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
654
Efeito in vitro do extrato aquoso da semente e do resíduo de uva sobre Rhizoctonia solani
(In vitro effect of aqueous extract of grape seed and waste on Rhizoctonia solani)
Machado, M.1; Mateus, M.A.F.1; Santos, R.C.1; Faria, C.M.D.R.1; Dalemolle-Giaretta, R.1; Oliveira,
R.O.1
1
UNICENTRO. E-mail: [email protected]
O fungo Rhizoctonia solani é um fungo veiculado pelo solo que ocorre em diversas culturas de importância
econômica, causando podridões radiculares no início do desenvolvimento da plântula e prejudica o
estabelecimento da lavoura. O objetivo deste trabalho foi verificar, in vitro, o efeito do uso de extrato
aquoso da semente e do resíduo de uva para o controle desse patógeno. O experimento foi realizado no
Laboratório de Fitopatologia da UNICENTRO. O resíduo e a semente de uva foram acondicionados em
estufa de circulação de ar a 70°C durante 36 horas. As concentrações de extrato analisadas foram 0%, 2,5%,
5%, 10%, 15% e 20%. Cada tratamento foi adicionado ao meio BDA após o meio ter sido autoclavado. Em
cada placa de petri contendo os tratamentos foi adicionado um disco de 8 mm de R.solani. O experimento
foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com seis repetições. As placas foram mantidas em
câmara tipo BOD durante 3 dias à temperatura de 25ºC e fotoperíodo de 12 horas. A avaliação procedeu-se
através da verificação do crescimento micelial e os dados foram analisados estatisticamente por análise de
regressão. O extrato da semente não apresentou diferença estatística entre os tratamentos em comparação
com a testemunha. O extrato do resíduo diferiu estatisticamente a 5% de probabilidade de confiança, e
os dados seguiram uma correlação quadrática, na qual houve diminuição linear do crescimento micelial
nos tratamentos 0%, 2,5%, 5% e 10% e posterior aumento nos tratamentos 15% e 20%. A testemunha e o
tratamento com melhor resultado diferiram 64,29% na média do crescimento micelial.
255
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
655
Efeito in vitro de diferentes concentrações do extrato aquoso de tansagem Plantago major L. na eclosão
de juvenis de Meloidogyne javanica
(In vitro effect of aqueous extract of tansagem Plantago major L. on eclode of juvenile of Meloidogyne
javanica)
Machado, M.1; Mateus, M. A. F.1; Zaluski, W. L.1; Marcondes, M. M.1; Faria, C. M. D. R.1; DallemoleGiaretta, R.1
1
UNICENTRO. E-mail: [email protected]
Em pesquisas, diversas plantas têm sido testadas para verificar efeito antagonista a nematóides visando
principalmente uma alternativa ao controle químico que é reconhecidamente prejudicial ao meio ambiente.
O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito in vitro do extrato aquoso de tansagem, Plantago major L
sobre Meloidogyne javanica. Os testes foram conduzidos no laboratório de Fitopatologia da UNICENTRO.
Para o preparo do extrato aquoso, foi seguida a metodologia descrita por Ferris e Zeng (1999) na qual 1
grama de planta é misturado a 10 mL de água, permanecendo em repouso no escuro durante 24 horas.
Sete concentrações do extrato foram utilizadas: 0%, 2%, 4%, 6%, 8% e 10% e o nematicida Furadan®
como produto padrão. Em células de placas do tipo Elisa, 100 µL de uma suspensão contendo 50 ovos
foi adicionada juntamente com 100 µL de cada tratamento. As placas foram mantidas em câmaras tipo
BOD durante 15 dias a temperatura de 25⁰ C. No décimo sexto dia foram avaliados o número de ovos e
juvenis por tratamento. O delineamento foi inteiramente casualizado com seis repetições e os dados foram
submetidos à análise de regressão a 1% de probabilidade. No ensaio in vitro as maiores concentrações do
extrato apresentaram redução na eclosão de juvenis quando comparadas com a testemunha. Houve uma
redução de 71% na eclosão quando utilizado o extrato a 10%. O extrato aquoso na concentração 8% reduziu
em 64% a eclosão enquanto que o produto padrão reduziu em 35%.
256
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
662
Eficiência do extrato de melão-de-são-caetano na sanidade de sementes de madeira nova do brejo
(Efficiency of Momordica charantia extract on sanity of Pterogyne nitens seeds)
Medeiros,J.G.F.¹; Nascimento,L.C.²; Souza,W.C.O.¹; Leite, R.P¹; Medeiros. D.S¹; Alves.E.U²
¹ Pós – Graduandos PPGA/CCA/UFPB; ² Professora do PPGA/CCA/UFPB. E-mail: georgemedeiros_jp@
hotmail.com
A maioria dos patógenos que causam doenças nas plantas cultivadas podem ser veiculados e transmitidos
pelas sementes, causando grandes prejuízos à agricultura. O objetivo deste trabalho foi testar a eficiência
do extrato de melão-de-são-caetano (Momordica charantia) como alternativa de controle dos patógenos,
proporcionando assim possibilidades de manejo de doenças a pequenos produtores que cultivam produtos
orgânicos. O experimento foi realizado no Laboratório de Fitopatologia, do Centro de Ciências Agrárias/
Universidade Federal da Paraíba. Avaliou-se o efeito do extrato de M. charantia, nas concentrações de 10,
100, 500 e 1000ppm, sobre a sanidade de sementes de Pterogyne nitens. O delineamento experimental
foi o inteiramente casualizado, com cinco tratamentos compostos por 200 sementes com 10 repetições.
As sementes foram imersas nos respectivos tratamentos por cinco minutos, sendo a testemunha embebida
somente com água destilada. Após secagem em ambiente natural, as sementes foram acondicionadas por
sete dias a temperatura ambiente de ± 25ºC em placas de Petri contendo papel filtro estéril e umedecido
com água destilada esterilizada, sendo avaliadas quanto à presença de fungos. Observou--se nas sementes
de P. nitens uma micoflora constituída por: Cladosporium sp.(36,5%), Pestalotia sp.(3%), Rhizopus
sp.(8,5%), Fusarium sp.(2%), Curvularia sp.(2%), Penicillium sp.(3%), Alternaria sp.(1,5%) e Aspergillus
sp (2,5%). O extrato, em todas as concentrações testadas, foi eficiente para a redução da incidência fúngica
inibindo respectivamente: 92,5; 97,5; 95,5 e 93% e 100% das colônias de Cladosporium sp.e Pestalotia
sp., respectivamente. Em relação à redução dos demais fungos o extrato não demonstrou eficiência quando
comparado com a testemunha. Os resultados comprovam que o uso de extratos vegetais pode constituir-se
como uma alternativa para o controle de patógenos associados a sementes de P. nitens, com a vantagem de
redução de gastos e ausência de impacto ambiental causado pelos agroquímicos.
257
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
666
Ação “in vitro” de extratos de pimenta sobre Colletotrichum musae
(Action in vitro of pepper extracts against Colletotrichum musae)
Fernandes, M. B.1; Lopes, R. S.2; Fagundes, I. R. F.3; Rodrigues, M. L. M.4; Soares, B. P. A. S.5;
Mizobutsi, E. H.6
1,2,3
Estudantes de Graduação; 4,5Estudantes de Mestrado; 6Professor do Departamento de Ciências Agrárias
– Unimontes. E-mail: [email protected]
O uso de extratos vegetais tem apresentado potencial no controle de fitopatogenos, reduzindo a utilização
de agroquímicos. Assim, o objetivo do trabalho foi determinar o efeito da adição de extratos de pimenta em
meio BDA (batata, dextrose e ágar) sobre a esporulação de Colletotricum musae. Foram utilizados extratos
hidroalcoólico e aquoso de pimenta. Os extratos foram incorporados ao meio BDA, nas concentrações
de 10μL/mL (1), 50μL/mL (2), 100μL/mL (3) e 150μL/mL (4), e a testemunha a 0μL/mL (BDA). Após
sete dias de incubação em BOD avaliou-se a esporulação do fungo. O ensaio foi montado em esquema
fatorial 2 (métodos de extração) x 4 (concentrações) em DIC com cinco repetições. Os resultados foram
submetidos a análise de variância. As concentrações foram comparadas à testemunha pelo teste de Dunnett
(P<0,05), e submetidas à análise de regressão. Os métodos de extração foram comparados pelo teste F a 5%.
Houve interação entre as concentrações com os métodos de extração. Os métodos de extrações reduziram
a esporulação do fungo em todas as concentrações do extrato em relação à testemunha. Na concentração
1, os métodos de extração não diferiram entre si. Nas concentrações 2 e 4 o método aquoso proporcionou
menor esporulação do patógeno. Na concentração 3 o aquoso proporcionou maior esporulação. No método
hidroalcoolico, a concentração que proporcionou a menor esporulação foi a 3. Dentro do método de extração
aquosa, a melhor dose foi a 4.
Apoio : FAPEMIG.
258
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
668
Avaliação da incidência da antracnose em banana “Prata-anã” com a utilização de manejo cultural
alternativo
(Evaluation of anthracnose incidence in “Prata Anã” banana with the use of cultural management
alternative)
Lopes, R. S.1; Fernandes, M. B.2; Fagundes, I. R. F.3; Mizobutsi, E. H.4; Cunha, L. M. V.5
1,2,3
Estudantes de Graduação; 4,5Professores do Departamento de Ciências Agrárias – UNIMONTES. E-mail:
[email protected]
Os produtos químicos são os mais utilizados para o controle de doenças em pós-colheita. Embora eficiente,
pode levar ao aparecimento de isolados do patógeno resistente aos produtos, deixar resíduos nos alimentos
e contaminar o meio ambiente. Desse modo, o trabalho teve por objetivo avaliar a incidência da antracnose
em banana “Prata-anã” produzida sob manejo alternativo da cultura da bananeira. Os cachos de banana
foram colhidos em estádio pré-climatérico, despencados para obtenção dos buquês. Foram utilizados quatro
buquês, cada um contendo três frutos, que foram acondicionados em bandejas de isopor, identificados por
tratamento, e mantido em condições ambiente (18 a 25 °C e 60 a 80% de umidade relativa). Os tratamentos
constituíram no manejo do bananal de maneira tradicional e alternativo. A intensidade da doença nos frutos
foi avaliada pela incidência de antracnose, obtida pelo número de frutos afetados por repetição, sendo esses
valores expressos em porcentagem por tratamento. As avaliações foram realizadas a cada três dias por um
período de 12 dias. A partir da terceira avaliação todos os frutos apresentaram incidência de antracnose,
independente do tratamento. Mas, as características físicas dos frutos produzidos no manejo cultural
alternativo foram superiores ao tratamento convencional.
Apoio: FAPEMIG.
259
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
669
Efeito fungitóxico de extratos de pimenta sobre Colletotrichum gloeosporioides da manga
(Antifungal effect of plant extracts on Colletotrichum gloeosporioides of mango)
Fernandes, M. B.1; Lopes, R. S.2; Fagundes, I. R. F.3; Rodrigues, M. L. M.4; Soares, B. P. A. S.5;
Mizobutsi, E. H.6
1,2,3
Estudantes de Graduação; 4,5Estudantes de Mestrado; 6Professor do Departamento de Ciências Agrárias
– Unimontes. e-mail: [email protected]
O principal método de controle da antracnose da mangueira é o uso de fungicidas. Embora eficazes
no controle dessa doença, os produtos utilizados podem deixar resíduos no fruto e afetar saúde dos
consumidores que estão mais exigentes por alimentos livres de resíduos de agroquímicos. Desse modo,
o objetivo do trabalho foi determinar o efeito inibitório de extratos de pimenta sobre a esporulação de
Colletotrichum gloeosporioides in vitro. Utilizou-se extratos vegetais de pimenta, obtidos pelos métodos de
extração hidroalcoólico e aquoso, incorporados em meio BDA (batata, dextrose e ágar) nas doses de 10μL/
mL, 50μL/mL, 100μL/mL, 150μL/mL e a testemunha (tratamento adicional) (BDA). Após sete dias de
incubação em câmara BOD, avaliou-se a esporulação do fungo. O ensaio foi montado em esquema fatorial
2 (métodos de extração) x 4 (concentrações) em DIC com cinco repetições. Os dados foram submetidos a
análise de variância e as doses comparadas com a testemunha pelo teste de Dunnett (P<0,05). Não houve
interação significativa entre as doses dos extratos e os métodos de extração. Todas as doses do extrato de
pimenta inibiram a esporulação do fungo em comparação à testemunha, entretanto não diferiram entre si.
O método que proporcionou maior redução da esporulação foi o aquoso.
Apoio: FAPEMIG.
260
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
676
Extrato de hamamélis no controle alternativo da ferrugem asiática do soja
(Hamamelis extract on the alternative control of asian soybean rust)
Pereira, N.1; Henkemeier, N.P.1; Viecelli, C.A.1,2; Paulus, C. 2; Yamashita, P.A.1; Mioranza, D.1
1
FAG. 2UNIOESTE. E-mail: [email protected]
O uso do extrato de hamamélis (Hamamelis virginiana L.) foi testado para o controle alternativo da
germinação de esporos de Phakopsora pachyrhizi, fungo causador da ferrugem asiática. O extrato aquoso
estático foi obtido por meio da hidratação da folha inteira fresca em água destilada e posteriormente
mantido em geladeira a 4°C durante 24 horas, após filtrou-se em papel filtro e dilui-se em água para atingir
as concentrações de 5; 10; 15 e 20%. A testemunha continha apenas água destilada. O teste de inibição
de germinação de esporos na presença dos extratos foi realizado em lamina de microscopia revestida por
fina camada (1mL) de Agar - água a 1%. Alíquotas de 40µL do extrato aquoso e 40µL da suspensão de
esporos de P. pachyrhizi (1x104 esporos mL-1) obtidas de uma lavoura experimental da Fazenda Escola da
Faculdade Assis Gurgacz, foram distribuídas na superfície das lâminas, as quais foram acondicionadas em
caixa de gerbox e incubadas em câmara de germinação e no escuro por 24 horas a 22ºC. Após determinouse a porcentagem de germinação dos esporos. Os resultados obtidos apresentam regressão polinominal
(y=1,45x2-17,01x+70,44 R²=0,989), com tendência de inibição, porém sem diferenças significativas em
relação à testemunha. Sendo assim, extratos aquosos de hamamélis são promissores para testes em plantas
de soja como indutor de resistência, uma vez que não apresentaram ação direta sobre P. pachyrhizi.
261
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
678
Efeito antifúngico do óleo essencial de diferentes quimiotipos de Lippia alba sobre o fungo fitopatogênico
Alternaria solani, causador da pinta preta do tomateiro
(Antifungal effect of the essential oil of different chemotypes of Lippia alba on the tomato early blight
fungus Alternaria solani)
Zorzi, E.1; Schneider, A.L.S.1; Ribeiro, R.T.S.1; Pauletti, G.F.1, Schwambach, J.1
1
Universidade de Caxias do Sul. E-mail: [email protected]
Compostos produzidos pelo metabolismo secundário das plantas podem ser utilizados para o controle de
fitopatógenos devido às suas ações antimicrobianas comprovadas. Os óleos essenciais fazem parte desses
compostos e estão presentes em várias plantas como na espécie Lippia alba, que apresenta vários quimiotipos
diferentes. Os óleos essenciais desta planta, que apresentam os compostos majoritários citral, linalol,
canfôra e cineol/cânfora, foram testados contra o fungo Alternaria solani, causador de várias fitopatologias,
incluindo a pinta preta do tomateiro, de grande importância econômica. Os óleos essenciais foram extraídos
pelo método de hidrodestilação em aparelho Clevenger e para os testes in vitro da atividade antifúngica
destes, utilizou-se meio BDA com diluição do óleo essencial nas concentrações 0,1; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0
µL/mL. Verificou-se que as concentrações 1,0; 1,5 e 2,0 µL/mL do óleo essencial de L. alba quimiotipo
citral foram capazes de inibir o crescimento do microrganismo durante quatorze dias de inoculação, sendo
possível comprovar sua ação fungicida. O quimiotipo linalol também foi eficiente em inibir o crescimento do
patógeno nas concentrações 1,5 e 2,0 µL/mL, com ação fungicida em todo o período de teste. O quimiotipo
cineol/cânfora permitiu crescimento micelial em todas as concentrações, porém menores que o apresentado
pelo controle. Já o quimiotipo cânfora não foi capaz de inibir o crescimento fúngico durante os quatorze
dias de teste. Desta forma se verifica a importância da determinação no quimiotipo de L. alba para a
extração de óleo essencial que apresenta ação fungicida contra este patógeno.
262
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
681
Aplicação foliar de extrato de cinamomo por infusão para o controle do míldio da videira
(Foliar spray of chinaberry extract for infusion for control of downy mildew)
Silva C. M. da1; Botelho R. V.2; Faria C. M. D. R.2, Stadler, T. P.2
1
UEM; 2UNICENTRO. E-mail: [email protected]
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do extrato cinamomo por infusão (ECF) no controle do míldio
da videira em condição de campo. Para o preparo do extrato, frutos maduros de cinamomo, com sementes,
foram coletados e secos em estufa de ventilação forçada a 40ºC, por 48 horas e, em seguida, triturados
e misturados à água destilada fervente (proporção 1:10 p/v) em recipiente fechado por 15 minutos,
posteriormente a suspensão foi filtrada através de um tecido fino. O experimento foi conduzido de setembro
a dezembro de 2010 em vinhedo comercial da cultivar Isabel, localizado no município de Guarapuava/
PR. Os tratamentos foram 0, 10, 20, 30, 40 e 50 mL L-1 de ECF, todos adicionados de óleo vegetal a 2,5
mL L-1 (Natur’ L Óleo®), além dos tratamentos padrões com calda bordalesa e a testemunha absoluta sem
tratamento. As pulverizações foram realizadas semanalmente, a partir do início da brotação. Ao início dos
primeiros sintomas, a severidade da antracnose foi avaliada em três folhas do ápice de quatro ramos por
planta, através de escala diagramática adaptada para o míldio da videira. Com os dados da severidade foi
determinada a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). O delineamento experimental foi
em blocos ao acaso, com oito tratamentos e cinco repetições, com parcela experimental constituída por
uma planta. Os resultados de AACPD apresentaram efeito quadrático em função das concentrações do ECF
sobre o míldio da videira. Entretanto, o uso de óleo vegetal como adjuvante, mascarou os efeitos do extrato
de cinamomo. A aplicação isolada de óleo vegetal diminuiu em 70,8% a AACPD em relação à testemunha
absoluta, similar aos resultados obtidos com todas as concentrações de extrato de cinamomo e com o
tratamento padrão com calda bordalesa.
Apoio: CAPES.
263
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
682
Atividade do extrato aquoso de cinamomo no controle de Elsinoe ampelina em videira
(Activity of aqueous extract of chinaberry in controlling of Elsinoe ampelina in vine)
Silva C. M da1; Botelho R. V2; Faria C. M. D. R2, Mateus, M. F2.
1
UEM; 2UNICENTRO. E-mail: [email protected]
O presente estudo teve por objetivo avaliar o efeito do extrato aquoso de cinamomo (EAC) no controle
da antracnose da videira em condição de campo. Para o preparo do extrato, frutos maduros de cinamomo,
com sementes, foram coletados e secos em estufa de ventilação forçada a 40ºC, por 48 horas e, em seguida,
triturados e misturados à água destilada, na proporção 1:10 (p/v). As suspensões foram mantidas em frascos
por 48h e, posteriormente, filtradas através de um tecido fino, obtendo-se o extrato aquoso. O experimento
foi conduzido de setembro a dezembro de 2010 em vinhedo comercial da cultivar Isabel, localizado no
município de Guarapuava/PR. Os tratamentos foram 0, 10, 20, 30, 40 e 50 mL L-1 de EAC, todos adicionados
de óleo vegetal a 2,5 mL L-1 (Natur’ L Óleo®), além dos tratamentos padrões com calda bordalesa e a
testemunha absoluta sem tratamento. As pulverizações foram realizadas semanalmente, a partir do início
da brotação. Ao início dos primeiros sintomas, a severidade da antracnose foi avaliada em três folhas
do ápice de quatro ramos por planta, através de escala diagramática adaptada para o míldio da videira.
Com os dados da severidade foi determinada a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). O
delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com oito tratamentos e cinco repetições, com parcela
experimental constituída por uma planta. Com base nos resultados obtidos, verificou-se que a regressão foi
não-significativa e que o uso de óleo vegetal como adjuvante mascarou o efeito do EAC. A aplicação isolada
de óleo vegetal reduziu em 58,8% a AACPD em relação à testemunha absoluta, similar aos resultados
obtidos com todas as concentrações de EAC e com o tratamento padrão com calda bordalesa.
Apoio: CAPES.
264
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
686
Eficácia de biofertilizantes à base de quitosana na inibição do crescimento micelial de Botryosphaeria
parva
(Efficacy of biofertilizers based on chitosan in inhibiting mycelial growth of Botryosphaeria parva)
Santos, R. F.1; Rego, C.2; Nascimento, T.3; Castro Pinto, J.4; Blume, E.5
1
Graduando em Agronomia/UFSM; 2Investigadora Auxiliar/ISA; 3Técnica Superior/ ISA; 4Eng. Agro./ADP
– Fertilizantes SA.; 5Professor Associado DFS/UFSM. E-mail: [email protected]
A quitosana é um polissacarídeo obtido da desacetilação da quitina encontrada no exoesqueleto de
artrópodes, nematóides, células de fungos e algumas algas. Os seus mecanismos de ação ainda não estão
bem esclarecidos, mas trabalhos têm demonstrado sua atividade fungicida e como ativadora de mecanismos
de defesa nas plantas. O objetivo deste trabalho foi comparar a eficácia fungicida de dois biofertilizantes
foliares à base de quitosana contra Botryosphaeria parva, patógeno associado ao complexo de doenças do
lenho da videira. Foram testados dois produtos à base de chitosana: Tecnifol® Defender (2% de quitosana)
e Chitosan P. (2,6% de quitosana). Os ensaios foram realizados de acordo com a técnica do meio tóxico
e testaram-se seis as concentrações de: 1, 5, 10, 50, 100 e 500 mg L-1 de ingrediente ativo (i.a.). Cada
concentração de i.a. foi adicionada e homogeneizada em placa de Petri de poliestireno de 90 mm contendo
15 mL de meio Batata-Dextrose-Ágar (BDA) num total de seis repetições, Discos miceliais (três mm) de
B. parva foram colocados no centro das placas e após quatro dias de incubação avaliou-se o crescimento
micelial. Os valores correspondentes à percentagem de inibição do crescimento micelial foram sujeitos à
transformação “probit” o que permitiu relacioná-los com os logaritmos das concentrações dos produtos,
por regressão linear. Para cada produto calculou-se o valor de CE50 (concentração de produto que reduz
em 50% o crescimento micelial). O coeficiente de determinação (R2) dos dois ensaios foi elevado, 0,99
e 0,91 para Tecnifol® Defender e Chitosan P., respectivamente. A percentagem máxima de inibição, na
concentração de 500 mg L-1 de ingrediente ativo, foi superior a 95% para os dois produtos. O valor de CE50
para o Chitosan P foi de 22,59 mg L-1 enquanto para o Tecnifol® Defender foi de 46,68 mg L-1 . Conclui-se
que os dois produtos à base de quitosana inibem o crescimento micelial de B. parva, surgindo como um
controle alternativo para este patógeno do lenho da videira.
265
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
694
Efeito de diferentes concentrações de hidrolatos na eclosão de juvenis de Meloidogyne sp
(Effect of different concentrations of hydrolates on outbreak of juveniles of Meloidogyne sp)
Marcondes, M.M.1; Ferreira, S.G.M.2; Scisloski, S. de F.3; Mateus, M.A.F.4; Faria, C.M.D.R.5;
Dallemole-Giaretta, R.6
1,2,3,4,5,6
Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO. Departamento de Agronomia. E-mail: m_
[email protected]
Os hidrolatos são um subproduto dos óleos essenciais e podem ser uma alternativa no controle de patógenos
como o nematóide Meloidogyne sp. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito in vitro de diferentes
doses de hidrolatos na eclosão de juvenis de Meloidogyne sp. O ensaio foi conduzido no Laboratório de
Fitopatologia da UNICENTRO, utilizando-se hidrolatos das plantas: Pau D’alho (Gallesia integrifólia),
Eucalipto (Eucalyptus sp.) e Hortelã (Mentha sp.), fornecidos pelo Laboratório de Fitopatologia da UEM.
As concentrações dos hidrolatos foram: 0, 2, 4, 6, 8 e 10% e o produto padrão (Carbofuran). Em células
de placas do tipo Elisa, adicionou-se 100 µL de suspensão contendo 50 ovos do nematóide juntamente
com 100 µL de cada concentração do extrato. As placas foram mantidas em câmara de crescimento por 15
dias a 25° C. No 16º dia foram avaliados o número de ovos e juvenis por tratamento. O delineamento foi
inteiramente casualizado com seis repetições. Os três hidrolatos apresentaram diferenças significativas em
relação às doses a 1% de probabilidade. Os hidrolatos de Pau D’alho e de Eucalipto apresentaram redução
linear da porcentagem de eclosão com o aumento das doses. No hidrolato de Pau D’alho, a dose de 10%
apresentou a menor porcentagem de eclosão (20,5%) em relação às outras doses. O hidrolato de Eucalipto
reduziu a porcentagem de eclosão nas doses de 6, 8 e 10% (33,3; 29,8 e 20,4%, respectivamente). O
hidrolato de Hortelã, a 8% mostrou-se mais eficiente na redução da eclosão (20,7%). Tanto a testemunha
quanto o produto padrão tiveram a maior porcentagem de eclosão em relação aos hidrolatos. As testemunhas
apresentaram, em média, 51,5% de eclosão de juvenis e o produto padrão apresentou 55,9%.
266
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
712
Efeito in vitro de diferentes concentrações do extrato aquoso de pau amargo Quassia amara L. na
eclosão de juvenis de Meloidogyne javanica
(In vitro effect of aqueous extract of pau amargo Quassia amara L. on eclode of juvenile of Meloidogyne
javanica)
Santos, R. C. 1; Mateus, M. A. F.2; Ferreira, S. G. M.3; Oliveira, M. A.4; Faria, C. M. D. R. 5; DalemolleGiaretta, R.6.
1, 2, 3, 4, 5,6
Universidade Estadual do Centro-Oeste/ UNICENTRO/ Departamento de Agronomia
Nematoides do gênero Meloidogyne, são responsáveis por causarem perdas de produtividade em diferentes
culturas. Para o controle alternativo destes fitoparasitas tem-se realizado pesquisas no Brasil, utilizandose plantas medicinais. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito in vitro do extrato aquoso de pau
amargo, Quassia amara L. sobre M. javanica. Os testes foram conduzidos no laboratório de Fitopatologia
da UNICENTRO. Para o preparo do extrato aquoso, foi seguida a metodologia descrita por Ferris e Zeng
(1999) na qual 1 grama de planta é misturado a 10 mL de água, permanecendo em repouso no escuro durante
24 horas. Sete concentrações do extrato foram utilizadas: 0%, 2%, 4%, 6%, 8% e 10% e o nematicida
Furadan® como produto padrão. Em células de placas do tipo Elisa, 100 µL de uma suspensão contendo
50 ovos foi adicionada juntamente com 100 µL de cada tratamento. As placas foram mantidas em câmaras
tipo BOD durante 15 dias a temperatura de 25ºC. No décimo sexto dia foi avaliado o número de ovos e
juvenis por tratamento. O delineamento foi inteiramente casualizado com seis repetições, sendo os dados
submetidos a análise de regressão. No ensaio in vitro as maiores concentrações do extrato apresentaram
redução na eclosão de juvenis quando comparadas com a testemunha, houve uma redução de 41,3% na
eclosão quando utilizada a maior concentração do extrato de pau amargo o que pode ser comparado ao
efeito do produto padrão, que também reduziu em 41,0% a eclosão de juvenis.
267
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
723
Métodos alternativos de controle de fungos em sementes crioulas de milho
(Alternative methods of fungi control on landrace corn seeds)
Cocco, D. T.1; Schuch, L. F.2; Fruet, S.3; Deprá, M. S.4; Muniz, M. F. B. 5; Reiniger, L. R. S.6
1,2,3,4,5,6
UFSM; 1E-mail: [email protected]
Cultivares de milho de polinização aberta que não passaram por programas de Melhoramento genético,
também chamadas de variedades crioulas, são produzidas no município de Ibarama-RS. O objetivo do
trabalho foi avaliar a incidência de fungos patogênicos nas sementes da variedade de milho Amarelão,
através de dois métodos alternativos de controle, comumente utilizados por pequenos produtores da região.
Analisou-se pelo “Blotter Test”, com congelamento, 600 sementes da variedade Amarelão, distribuídas em
três tratamentos e quatro repetições de 50 sementes. Os tratamentos avaliados foram: T1 (testemunha), T2
(terra de diatomácea: 20g em 100g de sementes) e T3 (cinza: 1g em 100g de sementes), após o armazenamento
por 30 dias. As sementes foram acondicionadas em câmara de incubação e aos sete dias foi observada a
incidência dos gêneros fúngicos Aspergilus sp. Fusarium sp. e Penicillium sp.. A menor incidência de
Penicillium sp. ocorreu no T3 (28,5%), o qual diferiu do T1 (55,5%) e T2 ( 85,5%). Para Aspergilus sp., o
melhor resultado foi no tratamento com diatomácea, com incidência zero, que não diferiu da Testemunha
(2,5%). Para Fusarium sp., o tratamento com cinza (24%) diferiu da Testemunha (74%) e Diatomácea
(92%). Pelos resultados, pode-se concluir que o tratamento com cinza apresentou as menores incidências
para Penicillium sp. e Fusarium sp. e o tratamento com terra de diatomácea apresentou a menor incidência
para Aspergilus sp. Os métodos alternativos para o controle de patógenos associados a sementes de milho
apresentam eficiência diferenciada, dependendo do gênero fúngico presente.
268
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
724
Controle de microrganismos associados à sementes crioulas de milho cultivadas no município de
Ibarama-RS
(Control of microorganisms associated with corn seeds cultivated in Ibarama-RS)
Cocco, D. T.1; Schuch, L. F.2; Somavilla, I.3; Fruet, S.4; Muniz, M. F. B.5; Reiniger, L. R. S.6
1,2,3,4,5,6
UFSM; 1E-mail: [email protected]
No município de Ibarama-RS, os agricultores Guardiões de Sementes, cultivam variedades de milho de
polinização aberta que não passaram por programas de Melhoramento genético, também chamadas de
variedades crioulas. Com o objetivo de avaliar a incidência de fungos patogênicos nas sementes da variedade
de milho Brancão, utilizou-se dois métodos alternativos de controle comumente utilizados por pequenos
produtores da região. Analisou-se pelo “Blotter Test”, com congelamento, 600 sementes da variedade Brancão,
distribuídas em três tratamentos e quatro repetições de 50 sementes. Os tratamentos foram compostos pelo
uso de sementes previamente armazenadas por 30 dias, sendo: T1 (testemunha), T2 (terra de diatomácea:
20g em 100g de sementes) e T3 (cinza: 1g em 100g de sementes). Após o armazenamento, as sementes
foram incubadas por sete dias a 25ºC e fotoperíodo de 12 horas. Foi observada a incidência de Aspergilus
sp. Fusarium sp. e Penicillium sp.. A menor incidência de Penicillium sp. ocorreu na Testemunha (45%),
que diferiu do T3 (92,5%) e T2 ( 99,5%). Para Aspergilus sp. e para Fusarium sp. não houve diferença entre
os tratamentos, com a incidência variando de 2 a 10% e 49 a 67%, respectivamente. Pelos resultados, podese concluir que os tratamentos com Terra de Diatomácea e Cinza incrementaram a incidência de Penicillium
sp. e para os outros fungos não ocorreu diferença entre os tratamentos.
269
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
742
Aplicação foliar de cálcio e consequências na podridão parda (Monilinia fructicola) em pêssegueiros
da cultivar ‘Chimarrita’
(Calcium foliar application and consequences on brown rot (Monilinia fructicola) in the ‘Chimarrita’ peach
tree)
Seibt, T. A. 1; Melo, G.W. 2; Basso, A. 3; Freitas, R.F. 3; Rodighero, K. 1; Santos, M. 4; Brunetto, G.5.
1
UCS; 2Embrapa Uva e Vinho; 3UERGS-BG, 4IFRS-BG; 5UFSC. E-mail: [email protected]
O cálcio frequentemente é aplicado via foliar na cultura do pessegueiro com objetivo de aumentar a
resistência dos frutos à ocorrência de doenças de pós-colheita. O Cálcio participa de funções enzimáticas e
é fundamental na estruturação da parede celular de plantas, pois forma pectato de cálcio, que está presente
na lamela média. Objetivando avaliar a relação entre ocorrência de podridão parda do pêssego e a aplicação
de Cálcio via foliar, foi realizado a campo, no município de Farroupilha-RS, um experimento utilizando
pessegueiros da cultivar Chimarrita, no espaçamento (5 x 3m), idade de 7 anos, conduzidos em taça com
4 ramos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 6 tratamentos e 3 repetições.
Aplicou-se semanalmente um litro de solução 0,5% de Ca (Cloreto de Cálcio), sendo então os tratamentos
avaliados: testemunha (sem aplicação), Ca1 (cinco aplicações), Ca 2 (quarto aplicações), Ca 3 (três
aplicações), Ca 4 (duas aplicações), Ca 5 (uma aplicação). Após a colheita, os frutos foram deixados em
temperatura ambiente e após 10 dias foi avaliado o percentual de incidência de podridão parda em 20 frutos.
Os resultados demonstraram que a aplicação foliar de cálcio diminui a porcentagem de frutos com sintomas
de podridão parda, mas não houve consistência de que o número de aplicações diminui significativamente
a incidência da doença.
270
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
743
Aplicação foliar de potássio e consequências na podridão parda (Monilinia fructicola) em pêssegueiros
da cultivar “Chimarrita”
(Potassium foliar application and consequences on brown rot (Monilinia fructicola) in the ‘Chimarrita’
peach tree)
Seibt, T.A.1; Melo, G.W.2; Basso, A.3; Freitas, R.F.3; Rodighero, K.1; Santos, M.4; Brunetto, G.5
UCS; 2Embrapa Uva e Vinho; 3UERGS-BG, 4IFRS-BG; 5UFSC. E-mail: [email protected]
1
O potássio desempenha papel importante no metabolismo das plantas. Já é sabido que ele é reponsável por
processos enzimáticos ligados à síntese e degradação de compostos orgânicos, à fotossíntese, à formação e
tamanho de frutos e também resistência ao frio. Objetivando avaliar a relação entre ocorrência de podridão
parda do pêssego e a aplicação de potássio via foliar, foi realizado a campo, no município de FarroupilhaRS, um experimento utilizando pessegueiros da cultivar Chimarrita, no espaçamento (5 x 3m), idade de 7
anos, conduzidos em taça com 4 ramos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com
6 tratamentos e 3 repetições. Aplicou-se semanalmente um litro de solução 0,25% de K2O (Cloreto de
Potássio), sendo então os tratamentos avaliados: testemunha (sem aplicação), K1 (cinco aplicações), K2
(quarto aplicações), K3 (três aplicações), K4 (duas aplicações), K5 (uma aplicação). Após a colheita, os
frutos foram deixados em temperatura ambiente e após 10 dias foi avaliado o percentual de incidência de
podridão parda em 20 frutos. Os resultados mostraram que a aplicação de potássio diminui a incidência
de podridão parda e que a porcentagem de frutos com sintomas diminui com o aumento do número de
aplicações.
271
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
766
Utilização de extratos aquosos de carqueja na inibição de germinação de esporos de Phakopsora
pachyrhizi
(Use of aqueous extracts carqueja on the inhibition of germination Phakopsora pachyrhizi spores)
Gasparin, J.P.¹; Rosseto, R.E.¹; Henkemeier, N.P.1; Viecelli, C.A.1,2; Yamashita, P.A.1.
1
FAG. 2UNIOESTE. e-mail: [email protected]
Este projeto visou o uso do extrato aquoso de carqueja (Baccharis trimera) no controle de Phakopsora
pachyrhizi, fungo causador da ferrugem asiática da soja. O extrato aquoso estático de carqueja foi obtido
por meio da hidratação da folha inteira em água destilada e posteriormente mantido em geladeira durante
24 horas, após filtrou-se em papel filtro e dilui-se em água para atingir as concentrações de 5; 10; 15 e 20%.
A testemunha continha apenas água destilada. O teste de inibição de germinação de esporos na presença
dos extratos foi realizado em lamina de microscopia revestida por fina camada (1mL) de Agar-água a 1%.
Alíquotas de 40 µL do extrato aquoso e 40 µL da suspensão de esporos de P. pachyrhizi (1x104 esporos mL-1)
obtidas de uma lavoura experimental da Fazenda Escola da Faculdade Assis Gurgacz foram distribuídas
na superfície das lâminas, as quais foram acondicionadas em caixa de gerbox e incubadas em câmara de
geminação e no escuro por 24 horas a 22°C. Após determinou-se a porcentagem de germinação dos esporos.
Assim os resultados indicaram que todos os tratamentos diferenciaram da testemunha e teve resposta de
inibição da germinação dos esporos da ferrugem asiática em 64,9; 43,3; 58,6 e 53,2% nas concentrações
de 5; 10; 15 e 20% respectivamente. Com isso, todas as concentrações tem condições de serem testadas em
casa de vegetação podendo proporcionar uma menor agressividade da doença na cultura.
272
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
770
Efeito sinergico da radiação ultravioleta-B e temperatura sobre a germinação de conídios de
Clonostachys rosea e Trichoderma spp
(Synergic effect of the ultraviolet-B radiation and temperature on conidia germination of Clonostachys
rosea and Trichoderma spp)
Costa, L.B.1*; Bettiol, W.2*; Rangel, D.E.R.3; Morandi, M.A.B.2.
1
UNESP/FCA Botucatu; 2Embrapa Meio Ambiente, CP 69, 13820-000 Jaguariúna, SP, Brasil. 3UNIVAP.
*Bolsistas do CNPq. E-mail: [email protected].
Esse estudo teve por objetivo avaliar o efeito sinérgico entre a radiação ultravioleta-B e temperatura sobre a
germinação de conídios de Clonostachys rosea (LQC 62) e Trichoderma spp. (LQC 96). Os isolados foram
desenvolvidos em meio BDA por três semanas, sendo em seguida obtida suspensão de esporos a 105 conídios
ml-1. A suspensão foi colocada no centro de placas de Petri (6 cm de diâmetro) contendo meio BDA + 0,002
% de benomyl (LQC 62) e BDA + 0,001 % oxygall (LQC 96), sendo os conídios expostos à radiação UV-B
(600 mW m-2) as doses de 0; 2,1; 4,2; 6,3; 8,4 e 10,5 kJ m-2. A câmara de UV-B consiste de uma estrutura
metálica de 2 x 0.4 x 1.5 m com quatro lâmpadas fluorescentes UV-B 313EL (Q-lab Cleveland) no topo
da câmara, instalada dentro de uma sala climatizada (25 ± 2 ºC). A irradiância da câmara foi medida com
um espectroradiômetro (Ocean Optics®). Após a irradiação, as placas foram mantidas nas temperaturas
de 25, 27, 29 e 31 °C. Foi avaliada a germinação de 300 conídios com auxilio de microscópio óptico. A
germinação dos conídios do tratamento controle foi avaliada com 12 h e os irradiados com 24 h. O teste foi
repetido três vezes sendo duas placas como replicatas. Houve interação sinérgica da radiação UV-B com
o aumento da temperatura (p<0,001) para C. rosea, não obtendo os mesmos resultados para Trichoderma
(p>0,05). A inativação da germinação de conídios de C. rosea foi diretamente proporcional ao aumento da
temperatura e do tempo de exposição à radiação UV-B, o mesmo fato não ocorreu para Trichoderma spp.
273
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
771
Redução da capacidade antagônica de Clonostachys rosea a Botrytis cinerea por radiação
ultravioleta-B
(Reduction of antagonistic capacity of Clonostachys rosea to Botrytis cinerea for ultraviolet-B radiation)
Costa, L.B.1*; Bettiol, W.2*; Rangel, D.E.R.3; Morandi, M.A.B.2
1
UNESP/FCA Botucatu; 2Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna, SP, Brasil. 3UNIVAP.*Bolsistas do CNPq.
E-mail: [email protected].
A radiação ultravioleta é um dos fatores limitantes ao uso de agentes de controle biológico a campo. Esse
estudo teve por objetivo avaliar a redução da capacidade antagônica de C. rosea a B. cinerea em tecido de
morangueiro. Discos de folha do hospedeiro de 1 cm de diâmetro foram desinfestados superficialmente e
colocadas em placas de Petri sobre papel umedecido. Cada disco recebeu uma alíquota da suspensão de
esporos de C. rosea (104; 105 e 106 conídios ml-1). Posteriormente, os discos foram expostos à radiação
UV-B (600 mW m-2) as doses de 0; 2,1; 4,2 e 6,3 kJ m-2. A câmara de radiação UV-B consiste de uma
estrutura metálica de 2 x 0,4 x 1,5 m com quatro lâmpadas fluorescentes UV-B 313EL (Q-lab Cleveland) no
topo da câmara. Cada lâmpada foi coberta com um filtro de diacetato de celulose que permite a passagem
do UV-B e previne a exposição ao UV-C. A irradiância no interior da câmara foi medida com auxilio de um
espectroradiômetro. Após a irradiação os discos foram transferidos para o meio PCA e metade dos discos
recebeu uma alíquota da suspensão de esporos de B. cinerea (10 µl com 105 conídios ml-1). A avaliação
ocorreu após 3, 7 e 10 dias por meio de escala diagramática que considera a formação de conidióforos
dos fungos sobre o disco de folha. A capacidade antagônica de C. rosea foi reduzida com a exposição à
radiação ultravioleta, o mesmo ocorrendo com a concentração de conídios do agente de biocontrole. As
menores concentrações de conídios de C. rosea apresentaram maior redução da capacidade antagônica ao
patógeno.
274
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
772
População de fungos no solo antes e após aplicação de adubos orgânicos na cultura do milho
(Soil fungi population before and after application of organic fertilizers in corn)
Durigon, M. R.1; Cerini, J. B.2; Milanesi, P. M.3; Santos, R. F.4; Heckler, L.5; Blume, E.6; Muniz, M.
F. B.7 ; Weber, M. N. D.8
1
Eng. Agr. / mestranda PPGA / UFSM; 2Eng. Agr. / mestrando PPGCS / UFSM; 3Eng. Agr. / doutoranda
PPGA / UFSM; 4,5Graduando em Agronomia / UFSM; 6,7Prof. Associado DFS / UFSM; 8Farmacêutica,
M.Sc. / Laboratório de Fitopatologia / UFSM. E-mail: [email protected]
A maior demanda por alimentos, gerada pelo crescimento populacional, torna necessária a prática de uma
agricultura sustentável, a fim de reduzir os riscos de contaminação do meio ambiente. A adubação orgânica
é uma alternativa que pode reduzir a utilização de produtos sintéticos, já que influencia diretamente nas
propriedades do solo, podendo favorecer micro-organismos benéficos, como Trichoderma spp., e induzir
supressividade a fitopatógenos. O presente trabalho objetivou estudar fontes de adubos orgânicos e mineral
na cultura do milho sobre a população de fungos totais, de Fusarium spp., agente causal de podridão de
colmo no milho, e de Trichoderma spp., antagonista a fitopatógenos, no solo. O experimento foi conduzido
no município de Santa Maria, RS, no delineamento blocos casualizados. Foram realizadas duas coletas
de solo, antes e após a aplicação dos tratamentos para implantação da cultura do milho, que consistiam
de 5 fontes de adubos (sem adubo, dejeto líquido de suínos – DLS, cama sobreposta de suínos – CSS,
dejeto líquido de bovino – DLB e adubação mineral – NPK). Para a avaliação da população fúngica, 10
g de solo foram diluídos em 90 mL de água estéril, sendo transferido 1 mL da suspensão para um tubo de
ensaio contendo 9 mL de água estéril, para compor a diluição 10-2. Dessa diluição, foi transferido 0,5 mL
para placas de Petri contendo meio de cultura específico para cada fungo. Após 7 dias, foram contadas as
colônias de cada fungo e os dados expressos em unidades formadoras de colônia por grama de solo (UFCs
g-1 de solo). Houve diferença significativa entre as épocas de avaliação para todas as variáveis. Maior
quantidade de fungos totais foi obtida na segunda época de avaliação no tratamento DLS e sem adubo. Para
Fusarium spp., foi observada maior quantidade na segunda época, no tratamento NPK e no sem adubo. Os
tratamentos DLB e NPK proporcionaram incremento na população de Trichoderma spp. na segunda época
de avaliação, indicando favorecimento de ambos sobre o crescimento do antagonista no solo.
275
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
784
Inativação fotodinâmica in vitro de conídios de Colletotrichum acutatum e Colletotrichum
gloeosporioides
(In vitro photodynamic inactivation of Colletotrichum acutatum and Colletotrichum gloeosporioides
conidia)
Menezes, H. D.; Rodrigues, G. B.; Braga, G. U. L.
Departamento de Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas
de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil. E-mail: henriquedmenezes@
gmail.com
C. acutatum e C. gloeosporioides causam doenças importantes, como a podridão floral e a antracnose em
frutíferas de grande interesse econômico. O controle dessas espécies baseia-se na utilização intensiva de
fungicidas; entretanto, a seleção de linhagens tolerantes torna interessante o desenvolvimento de novas
estratégias para o controle desses patógenos. A inativação fotodinâmica (IF) de microrganismos utiliza um
fotossensibilizador (FS) que, preferencialmente, liga-se à superfície ou acumula-se no interior da célula
fúngica. A exposição do FS à luz visível leva à produção de espécies reativas de oxigênio que matam o
microrganismo com poucos danos aos tecidos do hospedeiro. Como a IF atua em múltiplos alvos, até hoje
não foi descrita a seleção de microrganismos tolerantes, o que é uma vantagem da técnica em relação aos
fungicidas convencionais. O objetivo deste estudo foi avaliar a IF de conídios das duas espécies com os
FS fenotiazínicos azul de metileno (MB), azul de toluidina (TBO), novo azul de metileno N (NMBN) e
DO15. Foram utilizadas diferentes concentrações dos FS (1 a 200 µM) e doses de luz (5 a 30 J cm-2). O
NMBN e o DO15 foram os FS mais eficazes para as duas espécies. A IF com o NMBN (50 µM e 20 J cm-2)
matou 99.9980 e 99.9978% dos conídios de C. acutatum e C. gloeosporioides, respectivamente. A IF dos
conídios com o DO15 (10 µM e 20 J cm-2) matou 99.9980 e 99.9979% dos conídios de C. acutatum e C.
gloeosporioides, respectivamente. A lavagem dos conídios para a remoção do FS não ligado à célula, antes
da exposição à luz, não reduziu a eficácia da IF com os dois FS. A eficiente IF dos conídios de C. acutatum
e C. gloeosporioides, in vitro, abre a perspectiva da utilização da técnica como alternativa aos fungicidas
convencionais, para o controle dessas duas espécies de fitopatógenos em condições de campo.
276
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
807
Avaliação de extratos vegetais no controle da queima das folhas do inhame
(Evaluation of plant extracts in the control of leaf blight of yam)
Andrade, D.E.G.T.; Silva, E.J.; Silva, E.J.; Silva Junior, W.J.; Assis, T.C.; Gurgel, L.M.S.; Rosa,
R.C.T.
Instituto Agronômico de Pernambuco/IPA. E-mail: [email protected]
O inhame é uma importante cultura para a agricultura familiar do estado de Pernambuco, no entanto, é
severamente afetada pela a queima das folhas, causada pelo fungo Curvularia eragrostidis. Este estudo
teve por objetivo avaliar o efeito in vivo de extratos de hortelã-miúda (Menta crispa), aroeira (Schinus
molle), jurubeba (Solanum paniculatum), caju roxo (Anacardium occidentale), urtiga (Fleurya aestuans),
alho (Allium sativum), gengibre (Zenziber officinale), neen (Azadirachta indica), angico (Piptadenia sp.)
e melão-de-são-caetano (Momordica charantia) sobre a severidade da queima das folhas do inhame. Os
extratos aquosos foram obtidos por trituração com água destilada (proporção 1:2), sendo preparadas, após
filtragem, soluções nas concentrações de 5 e 10%. Os extratos foram testados de forma preventiva (2 dias
antes da inoculação do fitopatógeno na planta) e curativa (2 dias após a inoculação), utilizando como
inóculo suspensões de esporos (1x105) dos isolados CE-31 e CE-49. A avaliação consistiu na quantificação
da severidade da queima, utilizando escala de notas variando de 1 a 32% de doença, aos 10 dias após a
inoculação do fitopatógeno. Os extratos de alho e neen proporcionaram menores níveis de severidade da
doença, no entanto o extrato de neen foi eficiente quando aplicado preventivamente e ineficiente quando
aplicado de forma curativa. De maneira geral, verificou-se maior ação curativa que preventiva dos extratos
vegetais. Neste estudo o melhor extrato para ser utilizado no manejo agroecológico da queima das folhas
do inhame é o extrato de alho.
277
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
808
Efeito de coquetéis vegetais sobre a patogenicidade de Fusarium oxysporum f.sp. tracheiphilum
(Effect of plant cocktail on the pathogenicity of Fusarium oxysporum f.sp. tracheiphilum)
Andrade, D.E.G.T.; Amorim, J.F.; Silva Junior, W.J.; Assis, T.C.; Gurgel, L.M.S.; Rosa, R.C.T
Instituto Agronômico de Pernambuco/IPA. E-mail: [email protected]
O feijão macassar ou caupi (Vigna unguiculata) é amplamente cultivado na região Nordeste, no entanto, tem
sua produtividade afetada pela ocorrência da fusariose, causada por Fusarium oxysporum f.sp. tracheiphilum.
A inexistência de um método eficiente para o controle da doença requer a utilização de várias práticas
culturais integradas para o seu manejo. Este estudo teve então por objetivo avaliar o efeito de coquetéis
(misturas) vegetais sobre a severidade da doença. Para tanto foram utilizadas as espécies: Zea mays (milho),
Sorghum bicolor (sorgo forrageiro e granífero), Helianthus annus (girassol), Crotalaria juncea (crotalária),
Mucuna aterrimum (mucuna preta), Leucaena leucocephala (leucena), Canavalia ensiformes (feijão de
porco), Stylosanthes guianensis (estilosante), Dolichos lab lab (feijão lab-lab) e Calopogonium mucunoides
(calopogônio), em diferentes combinações e proporções, totalizando 6 tratamentos. Os coquetéis foram
semeados em parcelas e, após 3 meses, incorporados as solo. Amostras de solo das parcelas foram retiradas
e acondicionadas em vasos, 30 dias após a incorporação. Os vasos foram inoculados com um isolado do
patógeno e semeados com a cv. IPA-207. A avaliação consistiu na determinação do período de incubação
e da incidência da doença, esta na época de floração da planta. Todos os tratamentos proporcionaram
períodos de incubação maiores que a testemunha, assim como, apresentaram incidência da doença inferior
a testemunha, com destaque para os tratamentos T-04 e T-05.
278
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
816
Crescimento micelial e produção de conídios de Ascochyta cucumis em diferentes meios de cultura e
regime de luz
(Mycelial growth and conidial production of Ascochyta cucumis in differents culture mean and regime of
light)
Leão, E.U.1; Sarmento-Brum, R.B.C.2; Seixas, P. T. L.3; Cardoso, D.P.4; Gonçalves, C.G.5; Santos,
G.R.6
1,2,3
Mestrado em Produção Vegetal/UFT; 4Bolsista PRODOC/CAPES/UFT; 5Agronomia/UFT; 6Professor
Adjunto/UFT. E-mail: [email protected]
A planta da melancia pode ser atacada por diversas doenças que podem provocar perdas na produtividade
e qualidade dos frutos, dentre estas, o crestamento gomoso do caule, causado pelo patógeno Ascochyta
cucumis pode ser considerada uma das principais. Sabe-se que é importante para os diversos estudos em
laboratório e também em campo o crescimento e esporulação abundante do patógeno a ser estudado. Não
foram encontrados na literatura nacional trabalhos a respeito da esporulação de A. cucumis em diferentes
meios de cultura. Diante do exposto, objetivou-se com este trabalho estudar a influência de diferentes meios
de cultura e do regime de luz no crescimento micelial e produção de conídios de A. cucumis. Utilizouse o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 7 x 3, com cinco repetições. Os meios
testados foram: BDA; BDA modificado; V8 modificado; aveia; cenoura; folha de melancia e folha de
melancia+CaCO3. Todos os meios foram submetidos aos regimes de luz contínua, fotoperíodo (12 horas
de luz) e escuro contínuo. Os meios que mais favoreceram o crescimento micelial foram folha de melancia
+ CaCO3, folha de melancia e BDA modificado, respectivamente, sob regime de luz contínua. Maior
produção média de conídios foi proporcionada pelos meios folha de melancia e folha de melancia+CaCO3,
sendo respectivamente 14,41 e 17,84 x 104 conídios.mL-1. O meio folha de melancia+CaCO3 foi o que mais
favoreceu a produção de conídios mesmo em diferentes regimes de luz com produção respectivamente de
17,84, 2,57 e 3,70 x 104 conídios.mL-1 sob luz contínua, fotoperíodo (12 hr de luz) e escuro contínuo.
279
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
836
Homeopatia e óleo essencial de Eucalyptus citriodora no crescimento micelial de Corynespora
cassiicola
(Homeopathy and essential oil of Eucalyptus citriodora on the mycelial growth of Corynespora
cassiicola)
Oliveira, j.S.b.1; Schwan-Estrada, K. R. F.1; Bonato, C. M.1; Carneiro, S. M.T.P. G.2 ; Oliveira, R.1;
Maia1, A. J.1
1
Universidade Estadual de Maringá (UEM), 2 Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR).
A eficiência do óleo essencial de Eucalyptus citriodora no controle de fitopatógenos já tem sido
relatada, porém o mesmo pode causar fitotoxidez se utilizado em dosagens inadequadas. O processo de
homeopatização pode auxiliar na redução dos custos e efeitos da fitointoxicação, mantendo a eficiência do
produto. Deste modo este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência do óleo essencial de eucalipto
em diluições ponderais e doses homeopáticas no crescimento micelial de Corynespora cassicola. O óleo,
após incorporado ao meio BDA fundente de maneira a obter concentrações 0,1; 0,15; 0,20; 0,25 e 0,30% e
homeopatias 12, 24, 30 e 60CH (diluidas 1% no meio). Os meios foram vertidos em placas de petri, (quatro
repetiçoes/tratamento) e o controle foi apenas BDA. Discos de micélio com vinte dias foram transferidos
para o centro das placas e mantidos em BOD 25ºC com fotoperíodo de 12 horas. A cada 24 horas foi
mensurado os diâmetros ortogonais das colonias e calculada a área de crescimento (cm2). Os resultados
foram submetidos à análise de variância e comparados pelo teste de Scott-Knott (p<0,05). O óleo, nas
doses 0,25 e 0,3%, reduziu em média 20% na área de crescimento assim como as homeopatias 12 e 60CH
reduziram em média 9,4% quando comparados ao controle, reforçando o potencial deste óleo no controle
de fitopatógenos e evidenciando a conservação das propriedades dos materiais submetidos à dinamização.
280
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
837
Extratos etanolicos de Aloe vera (babosa) e Euphorbia tirucalli (aveloz) no crescimento micelial de
Corynespora cassiicola
(Ethanol extracts of Aloe vera (Aloe) and Euphorbia tirucalli (Aveloz) on the mycelial growth of Corynespora
cassiicola)
Oliveira, j. S. b.1; Maia, A. J.1; Schwan-Estrada, K. R. F.1; Oliveira, R. C.1; Menin, M.1; Biondo, V.1
1
Universidade Estadual de Maringá (UEM), Departamento de Agronomia.
O potencial antimicrobiano de Aloe vera (babosa) e Euphorbia tirucalli L (Aveloz) já foi descrito para
diversos microorganismos, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de extratos etanólicos
destes vegetais sobre o crescimento micelial de Corynespora cassicola, agente causal da mancha alvo do
tomateiro. Os extratos foram preparados apartir do gel da babosa e dos ramos de Aveloz triturados em
liquidificador com etanol na proporção 50% p/v, e após 24 horas filtrados e utilizados nos experimentos.
Em 20ml meio BDA ambos extratos foram diluídos nas concentrações 5, 10, 15, 20 e 25% e vertidos em
placas de petri, (quatro repetições/tratamento) o controle foi apenas meio. Discos de micélio com vinte dias
foram transferidos para o centro das placas e mantidos em BOD 25ºC e fotoperíodo de 12 horas. A cada
24 horas foi mensurado os diâmetros ortogonais das colonias e calculada a área de crescimento (cm2). Os
resultados foram submetidos à análise de variância e comparados pelo teste de Scott-Knott (p<0,05). Todos
os tratamentos inibiram significativamente o crescimento fúngico. O extrado de babosa na menor dose
reduziu 20% a área e acima de 15% teve efieto fungicida. O Avelos provocou redução média no crescimento
de 26,06% quando comparados ao controle, na maior dose reduzindo em 45,8% a área de crescimento
fúngico. Os resultados evidenciam o potencial fungicida destas plantas, podendo vir a ser utilizadas no
controle de fitopatógenos.
281
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
841
Influência do extrato aquoso de alecrim sobre Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli
(Effect of aqueous extract of rosemary on Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli)
Fontes, A.C.L1; Costa, A. F.2; Oliveira, N. T.1
1
Departamento de micologia/UFPE; 2Instituto agronômico de Pernambuco (IPA). E-mail: acl.fontes@
gmail.com
O controle químico ainda é o método mais utilizado para controle de doenças de campo, porém em decorrência
dos malefícios que estes produtos vêm causando ao homem e à natureza torna-se imprescindível buscar
medidas alternativas de controle de pragas e doenças, como o uso de produtos naturais, eficientes e de baixo
impacto ambiental. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a ação de diferentes
concentrações do extrato aquoso de alecrim sobre o crescimento micelial e produção de conídios de Fusarium
oxysporum f. sp. phaseoli. Foram utilizados isolados do fungo provenientes de plantas de feijão com sintomas
de murcha de Fusarium de diferentes campos de cultivo e para obtenção do extrato foram utilizados folhas
de alecrim (Rosmarinus officinalis) colocadas por duas horas em água destilada esterilizada fervente, e
realizando diluições até as concentrações 10%, 20% e 30%. Os extratos foram incorporados ao meio BDA
(batata-dextrose-ágar) fundente, e placas contendo BDA serviram como testemunha. Determinou-se Índice
de velocidade de crescimento micelial (cm/dia) realizando mensuração diária do diâmetro das colônias,
encerrando as avaliações quando ocorreu colonização completa da placa testemunha. Para verificação da
Capacidade de esporulação (Conídios/cm2 x 104), os conídios foram contados em câmara de Neubauer. O
delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro tratamentos em triplicata e a partir da
análise de variância foi aplicado o teste de Tukey. O extrato de alecrim promoveu inibição no crescimento
micelial, variando de 20 a 41%, de acordo com as concentrações crescentes do mesmo. Porém, não houve
redução significativa na produção de conídios. Os resultados obtidos demonstraram que o extrato de alecrim
teve ação inibitória contra o F. oxysporum f. sp. phaseoli, indicando boas perspectivas para uso experimental
desse extrato no controle do fitopatógeno. A possibilidade do uso de produtos naturais, que apresentam
baixa toxicidade, pode ser uma opção viável na substituição de agroquímicos.
282
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
857
Efeito da pulverização de sacarina e ulvana na resistência do feijão à ferrugem
(Effect of saccharin and ulvan application in the resistance of bean against rust)
Delgado, D. Z.1; Freitas, M. B.1; Stadnik, M. J.1
1
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC – Departamento de Fitotecnia. E-mail: mateusbrusco@
gmail.com.
O presente trabalho avaliou o efeito preventivo da pulverização foliar de ulvana e sacarina no controle
da ferrugem do feijão (Uromyces appendiculatus, raça 59-63). Para tanto, plantas de feijão (Phaseolus
vulgaris) cvs. SCS 202 Guará (suscetível à ferrugem) e FT 91-1249 (resistente), apresentando o primeiro
trifólio expandido, foram pulverizadas duas vezes (6 e 3 dias antes da inoculação, d.a.i) com ulvana (10mg/
mL) ou uma vez (6 d.a.i) com água (testemunha) ou sacarina (0,24mg/mL). As plantas foram inoculadas
(106 uredosporos/mL) e acondicionadas em câmara úmida por 48 horas (UR >90%, ±22ºC). O diâmetro
e a taxa de esporulação de pústulas foram estimados 15 dias após a inoculação. Usaram-se para isso, 3
discos de 10mm/ planta de duas plantas por repetição. A área foliar afetada foi determinada com o auxílio
do software Quant v.1.01 no primeiro trifólio das plantas restantes na repetição e paralelamente, contouse o número de pústulas. Utilizou-se o delineamento experimental fatorial com dois fatores (cultivares
e tratamentos) e quatro repetições. A pulverização de sacarina ou ulvana reduziu o diâmetro de pústulas
em plantas suscetíveis em 58 e 53% e o número de uredósporos/pústula em 85 e 88%, respectivamente.
Os indutores testados não afetaram estas variáveis em plantas resistentes. Sacarina e ulvana reduziram a
doença em 68 e 74%, respectivamente em plantas suscetíveis apresentando 16% de área foliar afetada.
Em plantas resistentes exibindo 3% de área foliar afetada, ambos indutores promoveram uma redução da
ferrugem de 66 e 81%, respectivamente.
283
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
862
Controle alternativo da podridão branca da haste em plantas de soja, com a utilização de óleos
essenciais de plantas nativas do Rio Grande do Sul
(Alternative control of white rot of the stem in soybean plants, with the use of essential oils from plants
native to Rio Grande do Sul)
Pansera, M.R.1; Vicenço C.B.1; Conte. R. I1; Ribeiro R.T.S1
Laboratório de Controle Biológico de Doenças de Plantas. Instituto de Biotecnologia. Universidade de
Caxias do Sul. E-mail: [email protected]
1
Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary é um fungo polífago, causador do mofo branco em 408 espécies
de plantas hospedeiras. No Brasil, a doença ocorre nas regiões de clima ameno (Sul e Centro Oeste), tendo
sido relatada pela primeira vez em 1921. Nas últimas safras a doença tem causado prejuízos da ordem
de 40%, sendo de difícil controle, pois inexistem cultivares comerciais resistentes ou métodos químicos
eficientes. O patógeno pode permanecer no solo na forma de escleródios, os quais em condições favoráveis
podem dar início à doença. Com o objetivo de diminuir a incidência da doença, os pesquisadores têm
apostado em várias alternativas, sendo que a utilização de produtos naturais poderá ser um bom caminho.
Os óleos essenciais, sintetizados por várias plantas, estão relacionados com a sua sobrevivência. O objetivo
deste trabalho foi avaliar in vitro, o potencial dos óleos essenciais das plantas Pipper aduncum, Lippia alba,
Tagetes minuta, Psidium cattleyanum, Schinus molle, Schinus terebinthifolius e do fungicida azoxistrobin,
no controle do fungo. Os óleos foram testados nas concentrações 0,01; 0,05; 0,1; 0,15 e 0,2% e o fungicida
na dose recomendada pelo fabricante. Resultados: L. alba inibiu o patógeno desde a concentração de 0,01%,
semelhante ao fungicida; não houve inibição em relação à S. Molle e S. terebinthifolius; T. minuta inibiu
à 0,20%; P. aduncum inibiu a 0,10%; e P. cattleyanum inibiu o crescimento micelial do fungo a partir
da concentração de 0,05%. Estes resultados demonstram o potencial desses óleos, como alternativa aos
fungicidas químicos, diminuindo dessa forma o impacto ambiental provocado pelos mesmos, porém ainda
deverão ser realizados testes “in vivo”.
284
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
863
Inibição do crescimento de Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary com a utilização de óleos essenciais
de Cinnamomum camphora Nees & Eberm variedade linalolifera e Schinus terebinthifolius Raddi
(Inhibition fungi growth through of utilization essential oils Cinnamomum camphora Nees & Eberm
variedade linalolifera and Schinus terebinthifolius Raddi)
Pansera, M.R.1; Vicenço C.B.1; Conte. R. I1; Sartori, V.C1.; Ribeiro R.T.S1
Laboratório de Controle Biológico de Doenças de Plantas. Instituto de Biotecnologia. Universidade de
Caxias do Sul. E-mail: [email protected]
1
O fitopatógeno Sclerotinia sclerotiorum é um fungo que sobrevive no solo, produz escleródios e causa a
doença conhecida como mofo branco em várias culturas. O controle químico da doença tem sido ineficiente
e métodos alternativos de menor impacto ambiental têm sido explorados pelos pesquisadores. Uma
alternativa promissora é a utilização de produtos naturais para o controle de pragas, inclusive o fungo S.
sclerotiorum. Neste trabalho, avaliou-se in vitro e in vivo o potencial antifúngico dos óleos essenciais de
ho-sho (Cinnamomum camphora Nees & Eberm variedade linalolifera) e aroeira (Schinus terebinthifolius
Raddi), sobre o desenvolvimento do S. sclerotiorum (Lib.) de Bary, isolado de alface (Lactuca sativa).
Os óleos essenciais extraídos pela técnica de hidrodestilação em aparelho Clevenger, foram testados nas
concentrações 0,01; 0,05; 0,1; 0,15 e 0,2%. In vitro, o crescimento micelial do patógeno foi inibido pelo
óleo de ho-sho a partir da concentração de 0,05%. O óleo de aroeira não controlou o crescimento fúngico
em nenhuma das concentrações testadas. In vivo, o óleo essencial de ho-sho, avaliado desde a concentração
de 0,05%, inibiu o crescimento do fungo na concentração de 0,2%. Estes resultados indicam o potencial do
óleo essencial de de ho-sho para o controle do mofo branco em alface.
285
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
865
Atividade antifúngica in vitro dos óleos essenciais de Lippia sidoides e Lippia gracilis e suas principais
subfrações no controle de Thielaviopsis paradoxa
(In vitro antifungal activity the essential oils from Lippia sidoides, Lippia gracilis and its main chemical
components was analyzed for control of T. paradoxa)
.
Costa e Carvalho, R. R.1; Warwick, D. R. N.2; Souza, P. E3; Blanck, A. F.4; Alves, P. B.5 ; Carvalho
Filho, J. L. S6.
1,3
UFLA; 2EMBRAPA; 4,5UFS; 6UFRPE. E-mail: [email protected]
Nos últimos anos, a resinose do coqueiro, cujo agente etiológico é o fungo Thielaviopsis paradoxa, tornouse o principal problema na cultura do coqueiro. Como ainda não existe uma medida de controle eficaz para
esta doença, objetivou-se avaliar o efeito dos óleos essenciais de Lippia sidoides, Lippia gracilis e de seus
principais componentes químicos no controle in vitro de T. paradoxa. O crescimento micelial e o número
de conídios do patógenos foram inibidos pelo óleo essencial de Lippia sidoides em todas as concentrações
utilizadas (0,2; 0,5; 1,0 e 3,0μL m-1). A identificação dos constituintes químicos dos óleos essenciais mostra
claramente a existência de dois componentes majoritários no gênero Lippia, sendo que o óleo de L. sidoides
utilizado continha 42,33% de timol e 4,56% de carvacrol e o óleos de L. gracilis continha 10% de timol
e 41,7% de carvacrol. O crescimento micelial e produção de conídios de T. paradoxa foram totalmente
inibidos, somente quando da utilização do timol nas concentrações de 0,3 e 0,5μL m-1. Os resultados
sugerem que o timol, componente majoritário do óleo extraído de L. sidoide, poderia ser utilizado como um
potencial fungicida natural no controle da resinose do coqueiro.
286
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
875
Efeito fungicida de extratos vegetais e óleo de nim no controle de patógenos de armazenamento em
sementes de arroz produzidas no estado do Maranhão
(Fungicidal effect of plant extracts and Neem oil to control storage pathogens in rice seed produced in the
state of Maranhão)
Campos Neto, J.R.M.¹; Rodrigues, A.A.C.²; Sardinha, D.H.S¹; Diniz, N.B.³; Cutrim, F.A.¹
¹Mestrando em Agroecologia; ²Dra. em Fitopatologia; ³Graduanda em Agronomia; 1,2,3 Universidade
Estadual do Maranhão. E-mail: [email protected]
Vários extratos vegetais possuem potencial para controle de doenças de plantas, apresentando ação inseticida
e antimicrobiana já comprovada por diversos pesquisadores. Trabalhos anteriores detectaram um grande
número de colônias de Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Fusarium sp. e Curvularia lunata em amostras
de arroz utilizadas como sementes pela agricultura familiar no Maranhão. Buscou-se avaliar o potencial
fungicida de extratos vegetais e óleo de nim no controle de patógenos de armazenamento em cultivares de
arroz usadas como sementes por produtores no Maranhão. O Experimento foi conduzido no Laboratório de
Fitopatologia da Universidade Estadual do Maranhão. Avaliou-se quatro cultivares produzidas no Estado,
sendo elas: Jatobá, Canela de Aço, Agulhinha e Sertanejo. Para controle de fitopátogenos utilizou-se os
tratamentos com concentração de 0,5 % dos extratos de Nim, Eucalipto, Citronela, 0,3 % do óleo de Nim
e testemunha, tratada com água destilada e esterilizada. Adotou-se delineamento inteiramente casualizado,
com cinco tratamentos e seis repetições, sendo que cada caixa do tipo gerbox constituiu uma unidade
experimental. Na cultivar jatobá houve percentual de controle maior no controle de A. flavus pelos extratos
de Eucalipto e Citronela, com 57,89 e 52,63 %, respectivamente. Na amostra Canela de Aço houve controle
de 12,50 % sobre C. lunata e 72,73 % sobre Fusarium sp, utilizando-se extrato de citronela. Para cultivar
Agulhinha o óleo de Nim apresentou 52,08% no controle de C. lunata. Para a amostra Sertanejo destacou-se
o óleo e extrato de Nim no controle de C. lunata, apresentando 26,47 e 32,35 % de controle, respectivamente.
Os tratamentos que possibilitaram menor incidência de colônias de fungos totais nas sementes foram os
extratos de Citronela e Eucalipto. Houve redução na incidência de patógenos das sementes, no entanto o
efeito dos tratamentos foi diferenciado de acordo com o patógeno e sua concentração.
287
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
885
Silicato de cálcio e magnésio na interação Meloidogyne javanica x Fusarium oxysporum f. sp. cubense
em bananeira prata-anã
(Calcium and magnesium silicate in Meloidogyne javanica x Fusarium oxysporum f. sp. cubense interaction
on the banana ‘prata-anã’)
1
2
2
2
2
Pimenta, L. ;Ribeiro, R.C.F ; Xavier, A.A. ;Rocha, L. S. ;Lopes,P. S.
2
Mestranda – Fitopatologia UFLA; UNIMONTES. e-mail: [email protected]
1
O Mal-do-Panamá, causado por Fusarium oxysporum f. sp. cubense (FOC), destaca-se por ser uma doença
endêmica em todas regiões produtoras de banana do mundo e de difícil controle. No Norte de Minas, além
de sua presença destruidora em bananais, ocorrem também nematóides do gênero Meloidogyne. Diferentes
métodos têm sido pesquisados para controlar FOC. Dentre estes destaca-se, o uso de silício, que induz
mecanismos de defesas de plantas a patógenos. Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito do silicato de
cálcio e magnésio em solo argiloso sobre o FOC na presença e ausência de M. javanica (MJ) em mudas de
bananeira Prata-Anã. O ensaio foi montado com solo com textura argilosa com cinco doses de silicato de
cálcio (0; 2,84; 5,68; 8,52; 11,36 g/dm³ de solo) e duas fontes de variação: presença ou ausência de MJ. O
experimento foi montado com quatro repetições, sendo cada parcela composta por três vasos. Em cada vaso
colocou-se 5 kg do solo e incorporaram-se as dosagens de silicato de cálcio. Após 30 dias de incubação,
o solo foi infestado com 10g do meio fubá + areia colonizado pelo FOC e em seguida o plantio de mudas
de bananeira ‘Prata-Anã. Após 24 h infestou-se o solo com 3000 ovos de MJ. Noventa dias após o plantio
realizou-se corte transversal no rizoma da planta para se estimar a severidade dos sintomas do Mal-doPanamá por meio da escala de notas de severidade do INIBAP (Charlier e Escalant, 2003). As doses foram
ajustadas por meio da regressão e o efeito da presença ou não de MJ por meio do teste F a 5%. Houve efeito
significativo das doses de silicato de cálcio e magnésio, sendo que a dose de 4.44g/kg de solo proporcionou
menor severidade da doença e menor severidade do Mal-do-Panamá ocorreu em plantas infectadas com
MJ.
Apoio: FAPEMIG
288
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
889
Atividade do óleo-resina de Copaifera reticulata no crescimento micelial in vitro do fungo Fusarium
subglutinans
(Activity of oil-resin Copaifera reticulata in vitro mycelial growth of Fusarium subglutinans)
Seixas, P. T. L.1; Castro, H. G. 2; Cardoso, D. P.3; Sarmento-Brum, R. B. C.4; Silva, K. P.5; Santos, H.
K. C.6
1,4
Mestranda em Produção Vegetal/UFT. 2 Professor adjunto/ UFT; 3Pós-doutoranda/UFT; 5,6 Estudante de
Agronomia/UFT. E-mail: [email protected];
Copaíba (Copaifera reticulata) é uma das espécies vegetais da flora brasileira com ação medicinal e que
apresenta substâncias químicas biologicamente ativas, descrita como tendo propriedades fungicidas, entre
outras. O patógeno Fusarium subglutinans é o agente causal da fusariose, doença típica do abacaxi. Na
tentativa de minimizar a toxidez de agentes químicos sintéticos, se faz necessário encontrar alternativas para
diminuir ou mesmo inibir a ação de patógenos por meio de controle alternativo, utilizando os compostos
químicos extraídos das plantas. Objetivou-se com este trabalho avaliar a atividade do óleo-resina de C.
reticulata no crescimento micelial in vitro do fungo F. subglutinans. O experimento foi instalado no
Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal do Tocantins, no campus de Gurupi - TO. O óleoresina de C. reticulata foi incorporado ao meio BDA nas alíquotas de 5, 10, 15, 20 e 25 µL espalhados na
superfície da placa de Petri e em seguida, foi inserido um disco de 6 mm de diâmetro contendo micélio
do fungo no centro de cada placa e mantidas a 27°C em BOD. A testemunha continha apenas meio BDA.
Mediu-se o diâmetro das colônias em mm apartir de 48 h da instalação do experimento e em cinco épocas
de avaliação, a cada 48 h. O maior efeito de inibição do crescimento micelial foi obtido com a alíquota
de 25 µL, que propiciou uma taxa de crescimento micelial de 6,8880 mm dia-1, atingindo na última época
de avaliação (10 dias após a repicagem) 73,91 mm. E a testemunha apresentou crescimento micelial de
8,5605 mm dia-1, atingindo na última época de avaliação 90,00 mm. No entanto, é necessário mais estudos
e pesquisas para verificar o efeito de inibição do óleo de copaíba em experimentos in vivo e o seu potencial
para uso como insumo agrícola.
289
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
894
Atividade fungitóxica de produtos alternativos sobre Elsinoe ampelina
(Fungitoxic activity by alternative products on Elsinoe ampelina)
Santana, A.P.S.1*; Papa, M.F.S1; Naves, R.L.2; Souza, R.T.2; Corrêa, L.S.1;Casimiro, W.R.C.3; Boliani,
A.C.1
1
UNESP/FE, Ilha Solteira, SP; 2Embrapa Uva e Vinho/EEVT, Jales, SP; 3FATEC/JALES, Jales, SP. *Bolsista
FAPESP (Proc. 2009/07070-9). E-mail: [email protected].
O objetivo deste trabalho foi determinar a fungitoxicidade de oito produtos alternativos, um fungicida e
um indutor de resistência sobre Elsinoe ampelina, agente causal da antracnose da videira. Foram utilizados
extratos aquosos e hidroetanólicos de melão-de-são-caetano (Momordica charantia) e pacari (Lafoensia
pacari) a 20% (v/v), óleo de nim (Azadiracta indica) (1000 µg ml-1) e de tomilho (Thymus vulgaris) (0,3%
v/v), quitosana (400 µg ml-1), biomassa cítrica (0,6 ml-1), silicato de potássio (0,01 g ml-1), fosfito de potássio
(1000 µg ml-1), acibenzolar-S-methyl (1000 µg ml-1), tebuconazol (100 µg ml-1) e azoxistrobina (0,01 g
ml-1) e determinados seus efeitos nas inibições do crescimento micelial e da germinação de conídios de
E. ampelina. Em placas de Petri, contendo meio BDA acrescido dos produtos, foi depositado um disco (7
mm) contendo micélio do fungo e as mesmas foram mantidas em estufa incubadora a 25ºC, por 7 dias,
sendo avaliado o diâmetro da colônia. Alíquotas das soluções dos produtos foram adicionadas em células
de placas Elisa junto com a suspensão de esporos (4 x 105 conídios.mL-1). As placas foram mantidas em
estufa incubadora a 25°C, no escuro, por 9 horas e, em seguida avaliada a germinação de conídios. Dos
dados obtidos foram determinadas as percentagens de inibições do crescimento micelial e da germinação de
esporos, em relação às testemunhas. Maiores porcentagens de inibição da germinação de conídios (>95%)
de E. ampelina foram verificadas para o óleo de tomilho, os extratos de pacari e o silicato de potássio.
Inibição total do crescimento micelial foi observada para o óleo de tomilho e mais de 50% de inibição para
os óleos de pacari, a biomassa cítrica e o tebuconazol.
290
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
895
Uso de indutores naturais de resistência no controle de Colletotrichum gloeosporioides em frutos póscolheita de pimenta
(Use of natural resistance inductors in control of Colletotrichum gloeosporioides in postharvest pepper
fruit)
Gomes, E.C.1; Serra, I.M.R.S.2; Ribeiro, J.G.3; SILVA, E.G.4; Monteles,F.H.R.5
1,2
DQB/UEMA; 3,4,5CCA/UEMA. E-mail: [email protected]
Objetivou-se nesse trabalho avaliar o efeito de indutores naturais (Acadian, Biopirol, Neem, Quitosana,
Rocksil) no controle da antracnose, causada por Colletotrichum gloeosporioides em frutos pós-colheita de
pimenta (Capsicum baccatum). Para avaliação do efeito dos diferentes indutores de resistência em frutos
de pimenta, foram utilizados cinco indutores, duas concentrações e duas épocas de aplicação do produto
(48 e 72 horas) antes da inoculação do patógeno, em tratamentos independentes. O tratamento consistiu na
imersão dos frutos de pimenta em soluções com os indutores. Para o tratamento controle (testemunha), as
pimentas foram mergulhadas apenas em água sem a presença de qualquer indutor. A inoculação do patógeno
consistiu na realização de ferimentos, nos frutos, e em cada ferimento depositado um disco de meio de
cultura, contendo estruturas do patógeno. As avaliações foram realizadas medindo-se o tamanho das lesões.
Todos os tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha, diminuindo o tamanho da lesão causada por
C. gloeosporioides. Dentre os indutores aplicados, dois apresentaram os melhores resultados para o controle
da antracnose. O Biopirol, na primeira época de aplicação (48 horas) em sua maior dosagem, e o Acadian,
na segunda época (72 horas) nas duas dosagens. Os resultados obtidos no experimento demonstram que os
indutores utilizados tiveram a capacidade de diminuir a agressividade da antracnose em frutos de pimenta,
mostrando-se eficientes para utilização no manejo pós-colheita da antracnose em frutos de pimentas.
291
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
915
Avaliação in vitro da atividade anifungica de óleos essenciais como alternativa no controle de
Colletotrichum gloeosporioides
(Evaluation of antifungal activity of essential oils in vitro as an alternative to control Colletotrichum
gloeosporioides)
Ribeiro, J.G.; Sousa, R.M.S.2; Melo, T.A.3; Serra, I.M.R.S.4
CCA/UEMA; 2PPGRGV/UFSC. E-mail: [email protected]
1
1,3,4
Métodos alternativos que sejam eficientes e menos agressivos vêm sendo amplamente testados. Dentre estes,
surge o interesse pela utilização de óleos essenciais como uma alternativa ao uso de produtos sintéticos,
por serem extraídos da natureza, muitas vezes de forma artesanal pelos próprios agricultores. O presente
trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de óleos essenciais de copaíba, andiroba, babaçu, coco, neem,
semente de uva, amêndoa, hortelã e pau rosa, em diferentes concentrações, sobre o fungo Colletotrichum
gloeosporioides, in vitro. O isolado fúngico foi obtido através de isolamento indireto de frutos de pimenta
cultivar dedo-de moça, apresentando lesão característica da doença. O experimento foi realizado utilizandose cinco concentrações (0,2; 0,4; 0,6; 0,8 e 1,0%) dos dez óleos, misturados ao meio de cultura BDA. As
variáveis analisadas foram a taxa de crescimento micelial e o índice de velocidade de crescimento micelial
(IVCM). Os resultados obtidos no trabalho mostraram que todos os óleos foram eficientes em inibir o
crescimento micelial do fungo, destacando o de pau rosa, que inibiu completamente o desenvolvimento
de C. gloeosporioides. Os óleos de babaçu, semente de uva e amêndoa foram os que apresentaram menor
efeito na inibição. De acordo com os resultados podemos concluir que a utilização de óleos essenciais pode
ser uma alternativa viável para o controle de antracnose em frutos de pimenta na pós-colheita.
292
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
925
Efeito in vitro de caldas alternativas e silício na germinação de urediniósporos de Phakopsora
pachyhrizi
(In vitro effectof alternative products and silicon on urediniospores germination of Phakopsora
pachyrhizi)
Verginassi,A.1; Pereira, H. S.2; Carneiro, L. C.3; Assis, R. L
1
UFG/GOIÂNIA; 2UFU; 3,4UFG/CAJ. E-mail: [email protected]
O silício vem mostrando eficiente contribuição na redução da intensidade de doenças e pragas em várias
culturas, por meio de várias ações indiretas. Caldas alternativas, como a calda viçosa e a calda sulfocálcica
têm mostrado boa ação protetora em doenças, além de repelir pragas. Foi avaliado o efeito do silício e
sua interação com calda sulfocálcica, calda viçosa, fungicida comercial (200 g azoxystrobina L-1 e
Manganês 2,6%, em cinco concentrações (1, 10, 50, 100 e 500 ppm),na germinação de urediniósporos de
P. pachyrhiziin vitro. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em arranjo fatorial com
quatro repetições, cada unidade experimental sendo constituída por uma placa de Petri de nove cm de
diâmetro, sendo depositados 15mL de meio de cultura ágar-água 2% e, sobre este, ainda em estado líquido,
foram incorporados os tratamentos. Após a solidificação do meio, foi adicionada 500 μL da suspensão
de urediniósporos de P. pachyrhizi, em cada placa de Petri. As placas foram acondicionadas em BOD, a
25°C no escuro e, ao final de 5 horas, interrompeu-se o processo germinativo, utilizando-se duas gotas de
lactofenol. Foram considerados germinados os urediniósporos que apresentavam tubo germinativo com
tamanho superior ao do esporo. A concentração de 1ppm de calda sulfocálcica foi suficiente para inibir 100%
da germinação dos esporos. As concentrações 1, 10, 50, 100 e 500 ppm de silício e calda viçosa controlaram
30%; 60%; 80%; 93% e 100% da germinação, respectivamente. Houve interação do silício com manganês.
Os tratamentos alternativos testados reduziram significativamente a germinação dos urediniósporos de P.
pachyrhizi, mostrando-se promissores para utilização na agricultura orgânica.
293
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
952
Indução de faseolina em Phaseolus vulgaris L. por diferentes concentrações de extrato de alho (Allium
sativum L.)
Induction of phaseolin in Phaseolus vulgaris L. by different concentration extract of garlic (Allium sativum
L.)
Finger, G.1; Santos, R. F.2; Durigon, M. R.3; Milanesi, P. M.4; Rodriguez, J.5; Weber, M. N. D.6; Muniz,
M.7; Blume, E.8;
1,2
Graduando (a) em Agronomia/ UFSM; 3Eng. Agr. mestranda PPGA/UFSM, 4,5 Eng. Agr. doutorando(a)
em agronomiaPPGA/UFSM; 6Farmacêutica, M.Sc.,laboratorista DFS/UFSM; 7,8Prof. Associadas DFS/
UFSM. E-mail: [email protected]
Extratos de plantas têm demonstrado capacidade de induzir a produção de metabólitos secundários, como
as fitoalexinas, que são mecanismos de defesa vegetal. Esses compostos são produzidos em resposta a
estresses físicos, químicos e biológicos, e a fitoalexina comumente encontrada em feijoeiro é a faseolina.
Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa foi determinar a produção de faseolina em hipocótilos de feijoeiro
induzida pelo extrato de alho. Bulbos de alho foram triturados e a extração dos compostos foi realizada
em água destilada esterilizada. Após sete dias, o extrato foi filtrado e o volume quantificado. Sementes de
feijão foram submetidas à assepsia (hipoclorito de sódio 1%, álcool 70% e água destilada esterilizada),
semeadas em areia esterilizada e mantidas em câmara climatizada a 24ºC, no escuro, por sete dias. Quatro
segmentos de hipocótilos estiolados foram destacados das plântulas, colocados em placas de Petri e sobre
eles foi aplicado 1mL do extrato de alho nas concentrações de 0,0; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5 e 3,0%. Após 48 h,
os hipocótilos foram transferidos para tubos de ensaio contendo 10 mL de etanol e mantidos a 4ºC por 48
h para extração da fitoalexina produzida. Em seguida, os tubos foram agitados por uma hora e a faseolina
formada foi mensurada, indiretamente, em espectrofotômetro de absorção UV, a 280 nm. Observou-se
que a produção de faseolina ocorreu em todas as doses testadas quando comparadas com a testemunha
(ABS=0,34), sendo a máxima absorbância na dose de 0,5% (ABS=1,56). Esses resultados indicam que
hipocótilos de feijoeiro em contato com diferentes doses de extrato de alho produzem faseolina e podem,
consequentemente, induzir a resistência da planta contra S. sclerotiorum.
294
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
954
Controle de Meloidogyne incognita com o uso de resíduos orgânicos em quiabeiros cultivados em
sistema agroecológico
(Meloidogyne incognita´s control with the use of organic residues on okra grown in agroecosystem)
Melo, T. A.1; Serra, I. M. R. S.2; Silva, G. S.3; Gomes, E. C.4
1,3
CCA/UEMA; 2,4DQB/UEMA. E-mail: [email protected]
Diferentes espécies de plantas têm se mostrado capazes de reduzir ou mesmo eliminar nematóides do solo.
O objetivo deste trabalho foi avaliar, em casa de vegetação, o efeito de resíduos orgânicos no controle de
meloidoginose em quiabeiros, através da incorporação da matéria orgânica fresca de folhas de leucena
(Leucaena leucocephala), mandioca (Manihot esculenta) e manona (Ricinus communis), além de estudar o
efeito antagônico de folha de leucena, mandioca e mamona na cultura do quiabo e determinar a quantidade
eficiente de aplicação dos resíduos orgânicos para a utilização no manejo da meloidoginose em hortaliças.
O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado sendo cinco tratamentos (0g, 10g, 20g,
30g e 40g/ kg de solo) com cinco repetições, para cada resíduo vegetal utilizado. Os resíduos orgânicos
foram incorporados ao solo 5 dias antes da inoculação do patógeno e 30 dias após esta, avaliou-se o
peso médio fresco da parte aérea das plantas além do peso fresco das raízes, número de ovos e fator de
reprodução. Foi observado que quanto mais se aumentou a quantidade de matéria orgânica (MO), dentro
dos valores testados, maior foi desenvolvimento da planta e mais significativas se tornavam as diferenças
quando comparadas com o tratamento não incorporado. Entre as fontes de MO, a incorporação de Leucena
incorporada na quantidade 40 g de folha fresca triturada/kg de solo diferiu significativamente das demais
fontes. De acordo com as diferentes doses utilizadas, constatou-se que todos os tratamentos diferiam
significativamente da testemunha, destacando-se os tratamentos com 40g de MO/kg de solo, que apresentou
as menores quantidades de ovos do fitonemotóide, logo, menor fator de reprodução. Quanto às diferentes
fontes de matéria orgânica não foi observado diferença estatística entre elas, com exceção a Leucena e a
Mandioca, na dosagem de 10 g de folha fresca triturada/Kg de solo. Tais resultados demonstram o potencial
da incorporação de fontes orgânicas no manejo agroecológico da meloidoginose em quiabeiro.
295
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
955
Produtos naturais aplicados ao controle de Meloidogyne incognita em quiabeiros produzidos
organicamente
(Natural products applied to the control of Meloidogyne incognita in okra organically produced)
Melo, T. A.1; Serra, I. M. R. S.2; Silva, G. S.3; Ferreira, I. C. M.4
1,3,4
CCA/UEMA; 2DQB/UEMA. E-mail: [email protected]
O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos no mundo, e como conseqüência, graves
desequilíbrios ambientais são gerados. Por tais motivos, muitos agricultores têm adotado métodos não
químicos para o controle de doenças, dentre estas, fitonematoses. O objetivo deste trabalho foi avaliar,
em casa de vegetação, o efeito de diferentes indutores naturais na expressão da resistência a Meloidogyne
incognita em plantas de quiabo (Abelmoschus esculentus) produzidas organicamente. Os produtos Rocksil,
Protesyl, Quitosana, Óleo de Nim e Biopirol foram aplicados aos 5 e 10 dias, em tratamentos independentes,
antes da inoculação do patógeno, através da pulverização foliar, utilizando-se duas dosagens para cada
indutor. A inoculação do nematóide se deu 30 dias após a semeadura, sendo inoculados, por planta, 5000 ovos
em suspensão. As testemunhas consistiram de um tratamento inoculado e induzido e outro não inoculado
e não induzido. Avaliando-se os resultados 30 dias após a inoculação do patógeno, foi constatado que o
número de ovos e, por conseqüência, o fator de reprodução de M. incognita em todos os tratamentos diferiu
estatisticamente da testemunha inoculada apresentando valores inferiores a esta. Os produtos silicatados
Rocksil e Protesyl foram os que se mostraram mais eficientes na supressão do nematóide das galhas. Os
baixos pesos de parte aérea, estatisticamente igual à testemunha inoculada e significativamente inferiores
à testemunha absoluta, sugerem que as plantas apresentaram um alto custo de resistência. Tais resultados
apresentam excelente alternativa ao controle de fitonematóides, que é uma das mais importantes doenças
aos cultivos olerícolas do país.
296
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
956
Influência de tratamento com indutores de resistência no desenvolvimento de trigo
(Influence of resistance inducer treatment in the development of wheat)
Helgueira, D. B.1; Kuhn, O. J.²; Giacomeli, R.1; Nunes, C. B.1; Moura D. S.1; Marques, A. C. R.¹;
Fipke, G. M.¹
1
Curso de Agronomia/UNIPAMPA; ²UNIOESTE. E-mail: [email protected]
Atualmente na cultura do trigo são utilizados vários agrotóxicos no controle de doenças, dentre elas a
ferrugem da folha do trigo causada por Puccinia triticina é uma das principais doenças da cultura. Além
do controle da ferrugem da folha com fungicidas, outro método de controle pode ser com a utilização de
indutores de resistência, porém, alguns autores defendem que o uso destes pode prejudicar o desenvolvimento
da cultura. Neste sentido, objetivou-se, avaliar os efeitos de indutores de resistência no desenvolvimento do
trigo e a severidade da doença. O experimento foi conduzido área experimental da Universidade Federal do
Pampa, com delineamento inteiramente casualizado, quatro repetições com parcelas de 4 m². Foi utilizada a
cultivar OR QUARTZO à qual foi tratada com os indutores de resistência acibenzolar-S-metil (ASM), fosfito
de potássio, composto de flavonóides, fungicida azoxistrobina (estrobilurina) + ciproconazol (triazol) e
testemunha. As aplicações foram realizadas via foliar a partir do perfilhamento, e a cada 15 dias totalizando
quatro aplicações. As avaliações referentes ao desenvolvimento foram realizadas no dia de cada aplicação,
para a avaliação da severidade, foi utilizada a escala diagramática de Coob para a ferrugem da folha, a qual
foi realizada no enchimento de grão. Não houve diferença significativa para os fatores, comprimento de raiz,
comprimento de parte aérea e massa seca de planta, para a severidade da doença, o melhor controle ocorreu
no tratamento com o fungicida, onde a doença apresentou severidade de 1%, apenas este tratamento diferiu
significativamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, nos demais tratamentos (água, fosfito, ASM
e composto), a doença apresentou severidade de 20,5%, 12,1%, 13,4% e 17% respectivamente. Concluise com esse trabalho, que a utilização destes indutores de resistência não prejudica o desenvolvimento do
trigo, porém, foram menos eficientes na redução da severidade da ferrugem da folha quando comparados
com o fungicida.
297
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
961
Aplicação de resíduos orgânicos vegetais no manejo de Meloidogyne incognita em plantas de
pimentão
(Application of vegetables organic residues to the management of Meloidogyne incognita in bell pepper
plants)
Monteles,F.H.R.1 ; Serra, I.M.R.S.2; Melo, T. A.3; Silva, E. G.4; Rozário, I.L.M.5.
1,3,4,5
CCA/UEMA; 2DQB/UEMA. E-mail: [email protected].
A ocorrência de fitonematóides constitui-se em sério problema fitossanitário para as hortaliças, inclusive o
pimentão. Estratégias de manejo não químicas, como a utilização de resíduos orgânicos, se bem manejadas,
possuem potencial para agir com fertilizantes. O objetivo deste trabalho foi avaliar, em casa de vegetação, o
efeito de resíduos orgânicos no controle de meloidoginose em plantas de pimentão, através da incorporação
da matéria orgânica (MO) fresca de folhas de leucena (Leucaena leucocephala), mandioca (Manihot
esculenta) e manona (Ricinus communis), além de estudar o efeito antagônico de folha de leucena, mandioca
e mamona na cultura do pimentão e determinar a quantidade eficiente de aplicação dos resíduos orgânicos
para a utilização no manejo da meloidoginose em hortaliças. O delineamento experimental adotado foi
inteiramente casualizado sendo cinco tratamentos (0g, 10g, 20g, 30g e 40g/ kg de solo) com cinco repetições,
para cada resíduo vegetal utilizado. Os resíduos orgânicos foram incorporados ao solo 5 dias antes da
inoculação do patógeno e 30 dias após esta, avaliou-se o peso médio fresco das plantas além do peso fresco
das raízes, número de ovos e fator de reprodução. Observou-se que, independente da fonte de MO utilizada,
o peso médio das plantas e o peso das raízes aumentava à medida que aumentava a quantidade de MO
incorporada ao solo, sendo assim, todos os tratamentos diferiram significativamente do tratamento controle
que apresentou sempre os menores valores para os dois parâmetros. Com relação ao número de ovos e,
consequentemente, fator de reprodução (FR), observou-se diminuição significativa do desenvolvimento do
fitonematóide em todas das dosagens e fontes de MO utilizada com destaque para a leucena na proporção
de 40g/ kg de solo que apresentou o menor valor significativo para o fator de reprodução (FR = 0,06). Tais
resultados indicam o potencial desses resíduos orgânicos vegetais como alternativa de manejo agroecológico
do nematóide das galhas.
298
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
962
Uso de resíduos orgânicos aplicados ao controle de Meloidogyne incognita em tomateiros cultivados
em sistema agroecológico
(Use of organic residues applied to the control of Meloidogyne incognita in tomato cultivated in agroecological
systems)
Silva, E. G.1; Melo, T. A.2; Serra, I.M.R.S.3; Ribeiro, J.G.4; Silva, G. S.5
1,2,3,4,5
UEMA. E-mail: [email protected].
O objetivo deste trabalho foi avaliar, em casa de vegetação, o efeito de resíduos orgânicos no controle de
Meloidogyne incognita em tomateiros, através da incorporação da matéria orgânica (MO) fresca de folhas
de leucena (Leucaena leucocephala), mandioca (Manihot esculenta) e manona (Ricinus communis), além
de estudar o efeito antagônico de folha de leucena, mandioca e mamona na cultura do tomate e determinar
a quantidade eficiente de aplicação dos resíduos orgânicos para a utilização no manejo da meloidoginose
em hortaliças. O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado sendo cinco tratamentos
(0g, 10g, 20g, 30g e 40g/ kg de solo) com cinco repetições, para cada fonte de MO utilizada. Os resíduos
orgânicos foram incorporados ao solo 5 dias antes da inoculação do patógeno. A avaliação aconteceu 30
dias após a inoculação do fitonematóide, e consistiu do peso médio fresco da parte aérea das plantas além
do peso fresco das raízes, número de ovos e fator de reprodução. Em relação ao peso da parte aérea, todos
os tratamentos diferiram significativamente do controle (0g de MO/ kg de solo), apresentando valores
estatisticamente superiores. A parte aérea fresca das plantas teve seu peso médio elevado proporcionalmente
ao aumento da quantidade de MO incorporada por Kg de solo. O mesmo se observou para o peso fresco
das raízes. Com relação ao número de ovos e ao fator de reprodução (FR), todos os tratamentos diferiram
estatisticamente da testemunha que apresentou incrementos de até 5 vezes maior em relação ao inóculo
inicial. A leucena utilizada na proporção de 40g/kg de solo apresentou o melhor resultado para o fator de
reprodução, que foi igual a 0,05. Tais resultados mostram o potencial dos resíduos em inibir a reprodução
do nematóide das galhas e se configuram como alternativa promissora de manejo da meloidoginose em
hortaliças.
299
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
982
Efeito de óleos essenciais como alternativa no controle de Colletotrichum gloeosporioides, em frutos
de pimenta em pós colheita
(Effect of essential oils as an alternative to control Colletotrichum gloeosporioides in fruits of pepper in
post harvest)
Ribeiro, J.G.1; Sousa, R.M.S.2; Serra, I.M.R.S.3 ; Melo, T.A.4; Gomes, E.C5
CCA/UEMA; 2PPGRGV/UFSC;. E-mail: [email protected]
1,2,4
O uso de óleos essenciais surge como métodos alternativos que são eficientes e menos agressivos ao meio
ambiente e nesse sentido estão sendo amplamente usados no controle de doenças. O presente trabalho teve
como objetivo avaliar o efeito de óleos essenciais de copaíba, andiroba, babaçu, coco, neem, semente de
uva, amêndoa, hortelã e pau rosa, sobre o fungo Colletotrichum gloeosporioides em frutos de pimenta da
variedade Dedo de Moça em pós colheita. O ensaio foi feito com imersão dos frutos de pimenta, por cinco
minutos em soluções dos óleos essenciais preparadas na concentração de 1%. O inóculo consistiu de discos
de micélio (5mm de diâmetro) retirados de colônias do patógeno, crescida em BDA. A inoculação foi
realizada utilizando método com ferimento e depositando-se o inóculo na superfície do fruto. Em seguida,
os frutos foram acondicionados em bandejas plásticas, forradas com papel de filtro e mantidas em câmara
úmida a temperatura ambiente. Para a análise do desenvolvimento da lesão, foram feitas quatro medições
com intervalo de 48h de uma para outra, medindo-se o tamanho da lesão. Nos resultados obtidos em póscolheita foi observado que apenas o óleo de babaçu não foi eficiente em reduzir o desenvolvimento da
lesão de antracnose. Dados relevantes foram observados para os óleos de semente de uva e amêndoa, que
não apresentaram efeito direto sobre o fungo in vitro, já testado em outro trabalho, porém no tratamento
pós-colheita apresentaram eficientes, reduzindo o tamanho da lesão causada por C. gloeosporioides, em
comparação com a testemunha, sugerindo assim que estes óleos possam ter efeito de indutores ativando
mecanismos de resistência nos frutos de pimenta.
300
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1021
Produtividade de trigo tratado com indutores de resistência
(Productivity of wheat treated with resistance inductors)
Giacomeli, R.1; Kuhn O. J.²; Helgueira, D. B.1; Nunes, C. B.1; Fipke, G. M.1; Pozzebon B.C.1; Marques,
A. C. R.1
1
Acadêmicos do curso de Agronomia/UNIPAMPA; 2Dr°/UNIOESTE. E-mail: robsongiacomeli@yahoo.
com.br.
Na cultura do trigo Triticun aestivum é comum à ocorrência de doenças, dependendo de condições para o
desenvolvimento, os danos podem ser imperceptíveis ou até mesmo causar elevados prejuízos econômicos.
O controle de doenças normalmente é realizado por meios curativos com o uso de agrotóxicos. Outro método
que pode ser adotado é a utilização de produtos conhecidos como indutores de resistência, que estimulam
a planta a expressar mecanismo de resistência latentes aos patógenos. Porém, alguns autores defendem que
o uso destes pode interferir negativamente na produção da cultura, com isso, objetivou-se avaliar os efeitos
de indutores de resistência na produtividade e peso do hectolitro de trigo. O experimento foi conduzido na
área experimental da Universidade Federal do Pampa, com delineamento inteiramente casualizado, quatro
repetições e parcelas de 4m². Foi utilizada a cultivar OR Quartzo à qual foi tratada com os indutores
de resistência acibenzolar-S-metil (ASM), fosfito de potássio, composto de flavonoides e aminoácidos de
plantas, testemunha (água) e fungicida azoxistrobina (estrobilurina) + ciproconazol (triazol). As aplicações
foram realizadas via foliar a partir do perfilhamento, e a cada 15 dias totalizando quatro aplicações. A
colheita foi realizada após a maturação fisiológica e os grãos secos até a umidade de 12%, para calcular a
produtividade e realizar o teste de peso de hectolitro. Os resultados foram submetidos à análise de variância
pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A produtividade não diferiu entre os tratamentos. Para peso de
hectolitro o tratamento com acibenzolar-S-metil (ASM) apresentou melhor resultado, não diferindo apenas
de fosfito de potássio e fungicida azoxistrobina + ciproconazol, que foram semelhantes a testemunha e
composto de flavonóides. Conclui-se na condição do ensaio, a utilização destes indutores de resistência
não interfere na produtividade do trigo. A aplicação de acibenzolar-S-metil (ASM) melhora a qualidade dos
grãos de trigo.
301
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1037
Indução de resistência no controle da mancha parda (Bipolaris oryzae) na cultura do arroz irrigado
(Induction of resistance in the control of brown spot (Bipolaris oryzae) in rice crop)
Kuhn, O. J.1 ; D’ávila, L. S.2 Ethur, L. Z.3
1
Professor adjunto UNIOESTE; 2Estudante de agronomia/ UNIPAMPA; 3Professor(a) adjunto UNIPAMPA.
E-mail: [email protected]
A mancha parda do arroz causada por Bipolaris oryzae está presente em todas as regiões produtoras. Como
controle, a aplicação de fungicida tem sido a única opção viável, sendo assim, a indução de resistência
pode se tornar uma ferramenta de grande importância para o manejo integrado de doenças. A indução de
resistência envolve a ativação de mecanismos de defesa latentes existente nas plantas em resposta aos
tratamentos com agentes externos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar efetividade da indução
de resistência em plantas de arroz a partir de indutores abióticos. Foram testados os indutores de resistência
acibenzolar-S-metil (50 mg L-1), fosfito de potássio (5 mL L-1), composto de flavonóides e aminoácidos
de plantas (1,4 mL L-1). Os tratamentos foram efetuados aos 20, 40 e 60 dias após a germinação. Os
dados da análise distribuídos em esquema fatorial 5x2 (5 tratamentos: 1- acibenzolar-S-metil; 2 – fosfito de
potássio; 3 - composto de flavonóides e aminoácidos vegetais; 4 – Água (controle positivo) e 5 – fungicida
azoxistrobin (controle negativo) e duas condições: presença e ausência de B. oryzae), com 4 repetições.
Para detectar a ocorrência de indução de resistência foi realizado teste bioquímico para avaliar a atividade
de peroxidase, a qual foi realizada a partir do extrato protéico de amostras de tecido vegetal, pelo método
espectrofotométrico direto. A severidade da doença foi quantificada pela determinação do número de lesões
de mancha parda em 5 folhas marcadas em cada repetição, onde foram realizadas 5 avaliações em intervalos
de 10 dias. O composto de flavonóides e aminoácidos vegetais estimulou a atividade de peroxidase, mas
não induziram resistência contra B. oryzae. Observou-se que o fosfito de potássio e o fungicida têm ações
semelhantes na redução da severidade da doença em 47 e 54%, respectivamente, enquanto que o composto
de flavonóides e aminoácidos vegetais e ASM não reduziram a severidade. O Fosfito de potássio confere
proteção contra mancha parda na cultura do arroz.
302
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1038
Efeito fungitóxico de indutores de resistência no crescimento micelial e germinação de esporos de
Bipolaris oryzae
(Antifungal effect of resistance inducers on mycelial growth and spore germination of Bipolaris oryzae)
D’ávila, L. S.1 ; Kuhn, O. J.2 ; Ethur, L. Z.3
1
Estudante de agronomia/ UNIPAMPA; 2Professor adjunto UNIOESTE; 3Professor(a) adjunto UNIPAMPA.
E-mail: [email protected]
Visando minimizar o uso intensivo e indiscriminado de agrotóxicos na agricultura têm-se buscado novas
medidas de proteção de doenças em plantas, o qual se inclui a indução de resistência. Porém, preconizase que um indutor de resistência não apresente efeito tóxico direto sobre microorganismos. O objetivo da
pesquisa foi avaliar a interferência de três indutores de resistência quanto ao desenvolvimento e germinação
de esporos de B. oryzae. A partir das soluções: acibenzolar-S-metil (50 mg L-1), fosfito de potássio (5
mL L-1) e composto de flavonóides e aminoácidos vegetais (1,0 mL L-1) foram preparadas diluições em
concentrações representativas da dosagem de campo, a metade e o dobro. Posteriormente foi adicionado
1 mL de cada diluição em placas de petri contendo meio BDA solidificado. Após 24 h foram transferidos
discos de micélio e esporos de B. oryzae para o centro das placas. As placas foram mantidas em câmara
climatizada e a cada 48 h foi determinado o diâmetro micelial. No teste de germinação de esporos, alíquotas
de 20µL das soluções foram misturadas com 20 µL de suspensão de esporos de B. oryzae e colocadas em
lâminas de vidro cobertas por ágar-água. Como controle foi utilizado água destilada e esterilizada e fungicida
azoxistrobina (1,4 mL L-1) também na dosagem de campo, a metade e o dobro. As lâminas foram colocadas
em câmara úmida e incubadas por 24 h a 25°C. Foi avaliada a percentagem de germinação. Quanto ao efeito
da dose dos tratamentos no crescimento micelial de B. oryzae, todos os produtos apresentaram redução no
crescimento, na medida em que se aumentaram as doses dos produtos. O fosfito de potássio inibiu 50%
o crescimento micelial de B. oryzae. Na germinação de esporos, o ASM, fosfito de potássio e o fungicida
azoxistrobina apresentaram efeito na redução da germinação. Os produtos: ASM, fosfito de potássio e
fungicida proporcionaram redução de 65, 67 e 100%, respectivamente, na germinação dos esporos, quando
comparados com o controle. O ASM e fosfito de potássio exercem efeito tóxico direto ao patógeno.
303
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1048
Inibição do crescimento micelial de Thielaviopsis basicola por substâncias voláteis de Piper aduncum
e Rosmarinus officinalis
(Micelial growth inhibition of Thielaviopsis basicola for volatile substances of Piper aduncum and
Rosmarinus officinalis)
Brigati,L.1; Teixeira, L.D.D. 11; Banzato, T.C.1; Blumer, S.1
ESALQ/USP, CP 09, 13.418-900, Piracicaba-SP. E- mail: [email protected]
A podridão negra das raízes, importante doença causada pelo fungo Thielaviopsis basicola, ocasiona
grandes prejuízos em diversas culturas, inclusive hidropônicas. Na busca de alternativas de controle
menos agressivas ao meio ambiente, o presente trabalho avaliou o efeito dos voláteis do óleo essencial
de Piper aduncum (P) e do óleo essencial (A) e da essência aromática (EAA) de Rosmarinus officinalis
sobre o crescimento micelial de T. basicola, obtido de cultura hidropônica comercial de alface. O ensaio
foi conduzido no delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 4, com três
produtos e quatro concentrações. Foram utilizadas placas de poliestireno divididas ao meio. Em um dos
lados da placa, contendo meio BDA, colocou-se um disco de micélio do fungo. Do outro lado da placa,
foram adicionados 25, 50 e 100µl dos produtos em um algodão. A testemunha consistiu em placas contendo
algodão com 100 µl de água estéril. As placas foram incubadas a 26°C, em estufa na ausência de luz. A
avaliação foi realizada após doze dias de incubação, através da medida do diâmetro das colônias em duas
direções perpendiculares entre si. Os valores foram comparados com o diâmetro médio do tratamento
controle, determinando-se a porcentagem de inibição do crescimento (P.I.C). A inibição do crescimento
micelial foi observada em todos os tratamentos, porém, os voláteis de A ocasionaram maior inibição, mais
de 50 % na menor concentração e mais de 85 % na maior dose.
304
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1049
Efeito in vitro de compostos voláteis de óleos essenciais sobre Pythium dissotocum
(In vitro effect of volatile compounds of essential oils on Pythium dissotocum)
Brigati,L.1; Teixeira, L.D.D. 1; Banzato, T.C.1; Blumer, S.1
ESALQ/USP, CP 09, 13.418-900, Piracicaba-SP. E-mail: [email protected]
Cromistas do gênero Pythium causam severo apodrecimento de raízes em várias plantas de interesse
econômico, de forma especial em ambiente hidropônico. Em virtude dos prejuízos causados por Pythium
spp. e da busca por métodos alternativos de controle, o seguinte trabalho objetivou avaliar o efeito dos
voláteis do óleo essencial de Piper aduncum (P), do óleo essencial (A) e da essência aromática (EAA) de
Rosmarinus officinalis sobre o crescimento micelial de P. dissocotum, obtido de rúcula hidropônica. O ensaio
foi conduzido no delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 4, com três
produtos e quatro concentrações e contou com quatro repetições, usando placas de poliestireno divididas
ao meio. Em um dos lados da placa foi colocado um algodão contendo 25, 50 e 100µl dos produtos e do
lado oposto foi adicionado um disco de micéllio de 5 mm de diâmetro de P. dissocotum em meio batatadextrose-ágar (BDA). A testemunha consistiu em placas com algodão embebido com 100 µl de água estéril.
As placas foram incubadas a 26°C, em estufa, na ausência de luz. A avaliação foi realizada após quatro dias
de incubação, através da medida do diâmetro das colônias em duas direções perpendiculares entre si. Os
valores foram comparados com o diâmetro médio do tratamento controle, determinando-se a porcentagem
de inibição do crescimento (P.I.C). Não houve inibição do crescimento micelial nos tratamentos com P,
na maior concentração de EAA ocorreu mais de 60 % de inibição, já os voláteis de A inibiram 100% do
crescimento micelial em todas as concentrações.
305
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1053
Atividade antifúngica de quitosana sobre Plasmopara viticola em discos de folhas das cv. Cabernet
Sauvignon e Merlot
(Antifungal Activity of Chitosan in Plasmopara viticola disks leaves cv. Cabernet Sauvignon and Merlot)
Maia, A. J.1; Batista, B. N.1; Temporal, W. M. 1; Leite, C.D. 2; Botelho, R. V. 2; Faria, C. M. D. R. 2.
1
Universidade Estadual de Maringá. 2Universidade Estadual do Centro Oeste. E-mail: alymaia2005@
yahoo.com.br
O trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica de quitosana sobre Plasmopara viticola,
agente causal do míldio. No experimento, discos de folhas das cv. Cabernet Sauvignon e Merlot, com 1,5
cm de diâmetro, foram tratados com as seguintes concentrações de quitosana: 0, 20, 40, 80 e 160 mg L-1,
e foram introduzidos em espuma em bandejas plásticas preenchidas com água até a altura da espuma. Em
seguida, as bandejas foram mantidas por 20 dias a temperatura ambiente. Os discos foram inoculados com
suspensão de esporos do fungo P. viticola 24 horas após a aplicação de quitosana. Os primeiros sintomas
apareceram quatro dias após inoculação. Avaliações da severidade foram realizadas a cada dois dias. A
quitosana (160 mg L-1) reduziu a severidade do míldio em 66% e 77,8 % nas cultivares Merlot e Cabernet
Sauvignon, respectivamente.
306
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1095
Severidade da cercosporiose após a aplicação de diferentes doses de quitosana ou acibenzolar-smetílico
(Severity of cercospora leaf spot after application of different concentrations of chitosan or acibenzolar-smethyl)
Felipini, R.B.1 & Di Piero2, R.M.
1
Eng.º Agr.º. 2Dr. 1 2CCA/UFSC. E-mail: [email protected]
A cercosporiose causada por Cercospora beticola é a principal doença da cultura da beterraba, reduzindo
a área foliar e afetando a produção de raízes. Neste estudo, plantas de beterraba (cv. Maravilha) foram
pulverizadas, quando possuíam quatro folhas, com diferentes doses de quitosana (0; 1; 2; 4 ou 8 mg/
mL) ou de acibenzolar-S-metílico (0; 2,5; 5; 12,5; 25; 50 ou 125 ppm) e, 3 dias depois, inoculadas de
C. beticola. O experimento foi conduzido sob delineamento completamente ao acaso, com 6 repetições.
Após 20 dias da inoculação, a severidade da doença foi quantificada com o auxílio do programa Quant
v.1.0.2. O polissacarídeo quitosana a 0,5 mg/mL reduziu a severidade da cercosporiose em 33%. A partir
da concentração de 1 mg/mL, a qual resultou em redução de 62% da severidade da doença, não houve
incremento do nível de controle da cercosporiose com o aumento da dose do polissacarídeo até 8 mg/mL.
No caso do ASM, a dose de 2,5 ppm apresentou nível de controle de 39%, havendo incremento no efeito
do produto bastante acentuado aumentando-se a dose até 12,5 ppm, a qual controlou em cerca de 72%. O
maior efeito ocorreu quando as plantas foram pulverizadas com 50 ppm, onde a severidade da doença foi
90% menor que a testemunha. O aumento da dose até 125 ppm, não incrementou o nível de controle da
doença. Logo, ambos os produtos testados apresentaram eficácia no controle da cercosporiose.
307
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1096
Efeito de quitosana e acibenzolar-s-metílico sobre o crescimento micelial de Cercospora beticola
(Effect of chitosan and acibenzolar-S-methyl on the mycelial growth of Cercospora beticola)
Felipini, R.B.1 & Di Piero2, R.M.
1
Eng.º Agr.º. 2Dr. 1 2CCA/UFSC. E-mail: [email protected]
A mancha foliar causada por Cercospora beticola é a principal doença da cultura da beterraba, provocando
desfolhamento precoce. Com o objetivo de encontrar substâncias para o controle dessa moléstia, no presente
trabalho avaliou-se o efeito de doses de quitosana e acibenzolar-S-metílico (ASM) sobre o desenvolvimento
in vitro de C. beticola. Para testar o efeito sobre o crescimento micelial, as concentrações de 0; 1; 2; 4; ou
8 mg/mL de quitosana ou 0; 12,5; 25; 50 ou 100 ppm de ASM foram incorporadas ao meio BDA, no qual
foi disposto um disco (5 mm de diâmetro) contendo micélio do fungo. As placas foram incubadas sob
25 ºC durante o período de 20 dias, e o diâmetro das colônias avaliado em sentidos ortogonais aos 20
dias após a repicagem. O experimento foi conduzido sob delineamento completamente casualizado, com 5
repetições por tratamento. Quitosana acrescentada ao meio BDA na dose de 1 mg.mL-1 inibiu fortemente
o crescimento da colônia de C. beticola (diâmetro 76,5% menor em relação à testemunha), não havendo
incremento significativo do seu efeito antimicrobiano até a concentração de 8 mg.mL-1. No caso do ASM,
houve redução no crescimento micelial a partir da dose de 12,5 ppm, porém o maior efeito ocorreu a partir
da dose de 50 ppm, na qual o diâmetro médio das colônias foi 29,4% menor que o da testemunha. Assim,
evidencia-se que o polissacarídeo quitosana e o indutor de resistência ASM apresentam efeito direto contra
o fitopatógeno, com maior destaque para o primeiro.
308
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1126
Inibição in vitro dos principais patógenos do arroz por bactérias do filoplano e rizoplano
(In vitro inhibition of major rice pathogens by philoplan and rhyzoplan bacteria)
Nogueira, T.A.1, Côrtes, M.V.C.B.2, Silva-Lobo, V.L.3, Filippi, MC3.
1
Graduando UniAnhanguera 2MSc, Analista Embrapa Arroz e Feijão, 3PhD., Pesquisadores Embrapa Arroz
e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO e-mail: [email protected]
A severidade com que as doenças fúngicas do arroz, ocorrem no Brasil, induz o agricultor a adotar programas
de aplicação de defensivos químicos, que além de aumentarem o custo de produção podem causar danos
ao meio ambiente. Bactérias, habitantes do filoplano e rizoplano, utilizam mecanismos específicos para
promover a supressão de fitopatógenos. Objetivando-se identificar bactérias como agentes potenciais de
biocontrole aos principais patógenos do arroz (Magnaporthe oryzae, Monographella albescens, Bipolaris
oryzae, Rhizoctonia solani e Sarocladium oryzae), 12 isolados de bactérias foram submetidos a bioensaios,
conduzidos em condições de laboratório, em delineamento inteiramente casualizado, constituindo-se em 13
tratamentos e três repetições. Os isolados foram submetidos ao teste de pareamento de colônias, onde foi
semeado no centro de cada placa um disco de micélio de 5mm de diâmetro do fungo e o isolado da bactéria
foi riscado formando quatro linhas eqüidistantes O crescimento micelial foi medido após sete dias, como
auxílio de um paquímetro. Os resultados preliminares indicam que os três isolados 1.62, 103.5 e 33.16
foram estatisticamente diferentes da testemunha e destacaram-se pela capacidade de inibir o crescimento
micelial de todos os patógenos do arroz testados, variando de 43% a 72% de inibição. Alguns isolados
indicaram antagonismo específico para um determinado patógeno. Testes adicionais, como o perfil protéico
de cada isolado de bactéria encontra-se em andamento.
309
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1148
Efeito de D-limoneno e sorbato de potássio sobre a germinação de esporos de Botrytis cinerea
(Effect of D-limonene and potassium sorbate on the germination of Botrytis cinerea spores)
Osório, G. T. 1; Di Piero, R. M.2
1
Graduando do curso de Agronomia/UFSC; 2 Departamento de Fitotecnia/UFSC
E-mail: [email protected]
Botrytis cinerea é um grande problema de pós-colheita em frutos de maçã. Este trabalho objetivou avaliar
o efeito de compostos pouco tóxicos ao homem, sobre a germinação de B. cinerea, buscando medidas
alternativas ao uso de fungicidas para trataments em pós-colheita. O experimento foi conduzido em
delineamento completamente casualizado, com quatro repetições dos seguintes tratamentos: sorbato de
potássio (0,1%, 0,5%, 1%, 2% e 3%) e D-Limoneno (0,01%, 0,025%, 0,05%, 0,075% e 0,1%). Como
controle, utilizou-se água destilada. 30µL de suspensão de esporos (1x105 conídios/mL) foram adicionados
em lâminas escavadas, junto com 30 µL dos tratamentos. As lâminas foram incubadas no interior de placas
de petri, sob alta umidade por 24h a 25°C e fotoperíodo de 12h. Avaliou-se o percentual de germinação
em 100 esporos e o comprimento do tubo germinativo em 20 esporos por repetição, usando microscópio
óptico e lente micrométrica. D-limoneno não diferiu do controle nos parâmetros avaliados, porém sorbato
de potássio a 0,5% diminuiu a germinação de 66% para 16,5% e o comprimento do tubo germinativo de
352 µm para 63 µm. A partir de 1%, o sal inibiu completamente a germinação do fungo. Com isso, sorbato
de potássio apresenta potencial para o controle de mofo cinzento da macieira.
310
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1149
Efeito de sais inorgânicos na severidade de bolor azul em frutos de maçã
(Effect of inorganic salts on the severity of blue mold in apple fruits)
Osório, G. T. 1; Rocha Neto, A. C.1; Di Piero, R. M.2
1
Graduandos do curso de Agronomia/UFSC; 2 Departamento de Fitotecnia/UFSC
E-mail: [email protected]
Foram testados os efeitos preventivo, curativo e erradicante de sais na severidade de podridão causada por
Penicillium expansum em frutos de maçã, buscando alternativas ao uso de fungicidas. Os experimentos
foram conduzidos em delineamento completamente casualizado com os tratamentos bicarbonato de sódio,
carbonato de potássio e cloreto de cálcio em três concentrações (0,75%, 1,5% e 3%) e água destilada
como controle. Frutos de maçã foram desinfestados com hipoclorito de sódio por 2 min e feridos na região
equatorial com agulha (1mm de diâmetro e 5mm de profundidade). No teste preventivo, os frutos foram
imersos nas soluções salinas por 3 min e inoculados com P. expansum (1x105 esporos/mL). No curativo, os
frutos foram primeiramente inoculados e depois imersos nos sais. No erradicante, os frutos foram imersos
em misturas de sais com suspensão de esporos. Nos três testes, cada repetição consistiu de uma bandeja com
quatro frutos sob alta umidade, com quatro repetições por tratamento. As bandejas foram incubadas a 25°C
no escuro. As lesões foram medidas com régua milimetrada nos tempos 4, 8 e 12 dias após a inoculação
para cálculo das áreas abaixo da curva de progresso da doença. Os sais não apresentaram efeito curativo
ou erradicante sobre o bolor azul. Preventivamente, baixas concentrações dos sais reduziram a severidade,
mas sem diferenças significativas em relação à testemunha, havendo tendência ao aumento da severidade
nos frutos imersos a 3%. Até o momento os sais avaliados não se apresentam como uma alternativa para o
controle de podridões da macieira em pós-colheita.
311
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1150
Efeito do lodo de esgoto sobre Meloidogyne incognita em milho
(Effect of sewage sludge on Meloidogyne incognita in maize)
Fontana, L. F.1,2; Marini, P. M.1; Dias-Arieira, C. R.1; Rodrigues, D. B.1; Abe, V. H. F.1; Roldi, M.1.
1
UEM/DCA. 2 E-mail:[email protected]
O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do lodo de esgoto na redução da população de Meloidogyne
incognita no milho. Para isto, mudas de milho foram transplantadas para vasos com capacidade para 3
L e inoculadas com 4000ovos de M. incognita. Após 90 dias da inoculação, a parte aérea da planta foi
descartada e o sistema radicular misturado no solo. Cada vaso recebeu o tratamento com lodo de esgoto
municipal, obtido junto a Unidade de Tratamento da Sanepar-Umuarama, PR, nas dosagens de 0, 20, 50,
100, 200 e 500 g/vaso. O material foi incorporado superficialmente ao solo. Após três dias, mudas de
milho previamente germinadas foram transplantadas para os vasos e permaneceram por 75 dias, sendo
posteriormente coletadas para análises quando a massa fresca e seca da parte aérea, altura de planta e
número de nematoides por sistema radicular. O experimento foi em DIC com oito repetições. Com exceção
da dosagem de 50 g, a qual aumentou significativamente a população do nematoide (102.329 ovos/sistema
radicular), as demais foram estatisticamente iguais á testemunha, variando de 35.621 a 67.900 ovos. O
aumento na altura da planta e na massa fresca e seca da parte aérea foi diretamente proporcional ao aumento
nas dosagens.
312
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1151
Lodo de esgoto no controle de Pratylenchus brachyurus em milho
(Sewage sludge in the Pratylenchus brachyurus control in maize)
Fontana, L. F.1,2; Marini, P. M.1; Dias-Arieira, C. R.1; Abe, V. H. F.1; Rodrigues, D. B.1; Vedoveto, M.
V. V1.
1
UEM/DCA. 2 E-mail: [email protected]
O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do lodo de esgoto na redução da população de Pratylenchus
brachyurus no milho. Para isto, mudas de milho foram transplantadas para vasos com capacidade para 3L e
inoculadas com 2000 espécimes de P. brachyurus, obtidos de uma população pura, mantida em milho. Após
90 dias a parte aérea da planta foi descartada e o sistema radicular misturado no solo. Cada vaso recebeu o
tratamento com lodo de esgoto municipal, obtido junto a Unidade de Tratamento da Sanepar-Umuarama,
PR, nas dosagens de 0, 20, 50, 100, 200 e 500 g/vaso. O material foi incorporado superficialmente ao solo.
Após três dias, mudas de milho previamente germinadas foram transplantadas para os vasos e permaneceram
por 75 dias, sendo posteriormente coletadas para análises quando a massa fresca e seca da parte aérea, altura
de planta e número de nematoides por sistema radicular. Uma alíquota de 100 cm3 de solo foi coletada para
avaliação do número de nematoides. O experimento foi em DIC com oito repetições. Apenas a dosagem de 20
g reduziu significativamente a população de nematoides. Quando se utilizou a dosagem de 200 g, o número
de nematoides foi estatisticamente superior à testemunha e os demais tratamentos foram estaticamente
iguais. O aumento na altura e na massa fresca e seca da parte aérea foi diretamente proporcional ao aumento
nas dosagens.
313
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1160
Avaliação do custo da resistência induzida em pimenteiras tratadas com diferentes produtos
naturais
(Resistance induced cost´s evaluation in pepper plants treated with different natural products)
Gomes, E. C.1; Melo, T. A.2; Serra, I. M. R. S.3; Sousa, R. M. S.4
1,3
DQB/UEMA; 2CCA/UEMA; 4UFSC. E-mail: [email protected]
A indução de resistência envolve a ativação de mecanismos de defesa latentes, existentes nas plantas, em
resposta ao tratamento com agentes bióticos ou abióticos. Em condições naturais, o custo da resistência
somente ocorre na presença do patógeno. Contudo, sabe-se que a exposição de plantas aos agentes de
indução recai em custo adaptativo referente à resistência induzida. O objetivo deste trabalho foi avaliar, em
casa de vegetação, o desenvolvimento de plantas de pimenta (Capsicum sp.) tratadas com diferentes produtos
naturais obtidos comercialmente. Foram utilizadas duas testemunhas, uma inoculada com o nematóide
Meloidogyne incognita e não induzida (testemunha inoculada) e outra não inoculada e não induzida
(testemunha absoluta). Os demais tratamentos receberam aplicações, com duas dosagens dos produtos:
Rocksil, Quitosana, Óleo de Neem e Biopirol em tratamentos independentes, via pulverização foliar, 5, 10
e 15 dias antes da inoculação do patógeno, na testemunha inoculada. A avaliação ocorreu 30 dias após a
inoculação do nematóide, pesando-se o peso fresco da parte aérea e da raiz. Os resultados demonstraram que
todos os tratamentos apresentaram pesos de parte aérea significativamente inferior à testemunha absoluta.
Em contrapartida, todos os tratamentos foram superiores estatisticamente à testemunha inoculada sugerindo
que o custo não se assemelha ao dano causado pelo nematóide. Quanto ao peso da raiz não foi observada
diferença estatística entre os tratamentos que receberam aplicações dos produtos e as testemunhas. Tais
resultados fomentam a necessidade de estudos direcionados ao custo adaptativo da resistência induzida que
alguns produtos ditos “indutores” podem demandar das plantas cultivadas.
314
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1164
Efeito de extratos de plantas na severidade do bolor verde em frutos de laranja
(Effect of plant extracts on severity of green mold in orange fruits)
Martins Marcondes, M.1; Marcondes, M.M.2; Leite, C.D.3; Cavallin, I.C.4; Faria, C.M.D.R.5;
Kowaltschuk, I.6
1,2,3,4,5,6
Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO. E-mail: [email protected]
Objetivou-se avaliar o efeito de extratos de plantas no controle do bolor verde (Penicillium digitatum) em
pós-colheita de frutos de laranja cv. Pêra. Primeiramente os extratos aquosos (cravo-da-índia, pimenta-doreino, orégano e alho) foram preparados pelo método de infusão (100 mL de água em 10g do material seco
de cada planta), fracionados nas concentrações de 0, 20, 40 ou 80%. Posteriormente, os frutos de laranja
maduros, classificados quanto ao tamanho, foram desinfestados 1% de hipoclorito, enxaguados em água
corrente, secos e mergulhados separadamente nas concentrações dos respectivos extratos. No primeiro
experimento, os frutos foram inoculados por meio de pulverização de suspensão 1 x 106 conídios mL-1 sobre
frutos feridos com uma agulha estéril nas duas laterais opostas. E, no segundo experimento, foi colocado
apenas, entre os frutos tratados e feridos, um fruto infestado naturalmente com o patógeno. Os dois ensaios
permaneceram em câmara úmida em sala de crescimento a 24ºC e 80% de umidade relativa do ar. O
delineamento foi inteiramente casualizado em arranjo fatorial 4 x 4 (concentrações de extrato x planta),
com quatro repetições com seis frutos. Após sete dias, avaliou-se a severidade dos frutos com auxílio de um
paquímetro. Os dados foram submetidos à análise da variância, regressão polinomial e comparação de médias
pelo teste de Tukey (P≤0,05). Não houve efeito significativo de interação entre os fatores concentrações e
plantas utilizadas para o preparo dos extratos em ambos experimentos. Constatou-se apenas no experimento
1, o efeito isolado das plantas utilizadas, destacando o extrato de alho que apresentou redução de 47% da
severidade do bolor verde, quando comparado com os demais extratos (cravo, pimenta ou orégano).
315
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1165
Efeito in vitro do extrato aquoso de semente de uva sobre Rhizoctonia solani
(In vitro effect of aqueous extract of grape seed on Rhizoctonia solani)
Martins Marcondes, M.1; Machado, M.2; Mateus, M.A.F.3; Oliveira, M.A.4; Faria, C.M.D.R.5;
Dalemolle-Giaretta, R.6
1,2,3,4,5,6
Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO. E-mail: [email protected]
Rhizoctonia solani é um fungo veiculado pelo solo, cosmopolita, com vasto número de hospedeiros, de
difícil controle e que causa importantes doenças na maioria das plantas cultivadas em todo o mundo. O
objetivo do presente trabalho foi verificar in vitro o efeito do uso do extrato aquoso, autoclavado e não
autoclavado, da semente de uva sobre R. solani. O experimento foi realizado no Laboratório de Fitopatologia
da UNICENTRO. As concentrações de extrato analisadas foram 0%, 2,5%, 5%, 10%, 15% e 20%. A
semente de uva foi seca em estufa de circulação a 70°C durante 36 horas. Os extratos foram preparados por
infusão, durante 15 minutos, em seguida coados com gaze estéril. No tratamento com extrato autoclavado,
procedeu-se a autoclavagem do extrato junto ao meio BDA, e no tratamento com extrato não autoclavado,
este foi adicionado ao meio após ser autoclavado. Em cada placa de petri contendo os tratamentos
colocou-se um disco de R. solani de 8 mm. As placas foram mantidas em câmara de crescimento tipo
BOD à 25°C e fotoperíodo de 12 horas, durante 3 dias. A avaliação procedeu-se por meio da verificação
do crescimento micelial e análise de regressão. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado
com seis repetições. A utilização do extrato não autoclavado não apresentou diferença estatística entre os
tratamentos em comparação com a testemunha. O extrato de semente autoclavado diferiu estatisticamente
a 1% de probabilidade, e os dados seguiram uma correlação linear, ocorrendo diminuição do crescimento
micelial de acordo com o aumento da dose de extrato utilizada.
316
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1169
Efeito de extratos vegetais no controle pós-colheita de Neofusicoccum parvum em manga ‘tommy
atkins’
(Effect of plant extracts in the control of postharvest Neofusicoccum parvum in mango ‘tommy atkins’)
Barros, A. P. O.1; Inokuti, E. M. 1; Silva, M.A.1; Oliveira, S. M. A.2; Michereff, S. J2.
¹Pós-graduandos do Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia, Universidade Federal Rural de
Pernambuco – UFRPE; 2Professores do Departamento de Agronomia, Área de Fitossanidade, UFRPE.
E-mail: [email protected].
A variedade de manga Tommy Atkins está entre as principais frutas tropicais mais produzidas no
Brasil, entretanto, há perdas elevadas em pós-colheita decorrente da ação de fitopatógenos, entre eles,
Neofusicoccum parvum causando podridão peduncular em frutos de manga. Objetivou-se nesse trabalho
analisar o efeito dos extratos vegetais de hortelã (Plectranthus amboinicus), eucalipto (Eucaliptus sp.),
erva-doce (Pimpinella anisun), alecrim (Rosmarinus officinalis), gengibre (Zingiber officinalis) e cravo-daíndia (Syzygium aromaticum) sobre o crescimento micelial de N. parvum. Os extratos foram adicionados
em meio de cultura BDA fundente de modo a se obter concentrações de 0; 5; 10; 20 e 30 %, distribuídos
em placa de Petri. Foram utilizados 4 isolados do fungo para o teste de patogenicidade, onde foi possível
diferenciar o isolado mais agressivo, causando maiores lesões que os demais, e o mesmo foi utilizado
para a realização dos testes in vitro. Discos contendo as estruturas do patógeno foram transferidos para
o centro de cada placa, incubadas sob alternância luminosa e temperatura ± 25°C. Sendo feito medições
do índice de crescimento radial da colônia por 60 horas, momento esse que a testemunha atingiu a borda
da placa. Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey
(P>0,05). O extrato de cravo-da-índia promoveu o maior percentual de inibição do crescimento micelial
(87 - 100%) na maior concentração testada. Essa inibição pode ser decorrente de um de seus constituintes
(eugenol) que apresenta propriedades fungitóxicas. Em contraposição, os demais extratos promoveram uma
inibição menos acentuada do crescimento micelial. Os resultados confirmam os dados da literatura sobre a
ação antifúngica das espécies vegetais estudadas e reforçam a necessidade de novos estudos na busca por
fungicidas naturais, potenciais no controle alternativo de fitopatógenos.
317
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1172
Acibenzolar-s-metil, oxicloreto de cobre e fertilizantes foliares no controle da mancha bacteriana do
maracujazeiro
(Acibenzolar-S-methyl, copper oxychloride and foliar fertilizers in the control of passion fruit bacterial
spot)
Costa, R. C.1; Ishida, A.K.N.2; Bonfim, K.3; Carvalho, E. A.4; Oliveira, L.C.5; Damasceno Filho, A. S.6; Resende, M.L.V.7
1
Universidade Federal Rural da Amazônia; 2,3,4Embrapa Amazônia Oriental; 5Universidade Federal do Pará;
7
Universidade Federal de Lavras. E-mail: [email protected] A mancha bacteriana (Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae) destaca-se entre as doenças da cultura
do maracujazeiro. Ocorre sob condições de umidade relativa do ar e temperaturas altas. O objetivo deste
trabalho foi avaliar o efeito de Fitoforce Cobre (100 mL/L), Fitoforce Plus (40 mL/L), Oxicloreto de Cobre
(2,5 g/L) e Acibenzolar-S-metil - ASM (0,2 g/L) no controle da mancha bacteriana do maracujazeiro em
casa-de-vegetação. A aplicação dos tratamentos foi realizada sete dias antes da inoculação do patógeno, a
qual foi realizada pulverizando a face inferior das folhas de maracujazeiro com suspensão bacteriana na
concentração de 109 UFC/mL. As plantas foram mantidas em câmara úmida por 24 horas após a inoculação.
O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com 5 tratamentos e 4 repetições (2 plantas/
repetição). As avaliações da severidade da bacteriose foram realizadas aos 2, 4, 6, 8, 10, e 12 dias após a
inoculação do patógeno. Com exceção do Fitoforce Plus, todos os tratamentos reduziram significativamente
a severidade da doença e não diferiram entre si. A eficiência de controle da bacteriose, em relação à
testemunha, foi de 78,06% com a aplicação de Oxicloreto de Cobre, 69,23% com ASM e 54,41% com o
Fitoforce Cobre.
Apoio: FAPESP.
318
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1205
Qualidade fitossanitária de sementes de Phalaris canariensis tratadas com óleo essencial de arnica
(Fitosanitary quality of Phalaris canariensis seeds treated with arnica essential oil)
Braz, H.1; Frizon. J.; Muller,M.; Nozaki, M.H2
1
Acadêmicas do Curso de Agronomia PUCPR.. 2Prof. Dra. do Curso de Agronomia-Pontifícia Universidade
Católica do Paraná, Campus Toledo. E-mail: [email protected]
Estudos recentes têm demonstrado a eficiência dos óleos essenciais no controle de patógenos como alternativa
para minimizar os efeitos residuais dos agrotóxicos, principalmente no tratamento de sementes. Com base
no exposto, no presente trabalho, testou-se óleo essencial de arnica como alternativa no tratamento de
sementes de alpiste. Para tanto, foram realizados 4 tratamentos, sendo: T1 - químico (Captan); T2 - térmico
(60 °C por 10 minutos); T3 – imersão em óleo de arnica (diluição 10% por 10 minutos); e, T4 – testemunha
(sem qualquer tipo de tratamento). As sementes foram submetidas aos diferentes tratamentos sendo
posteriormente, depositadas em caixas Gerbox® contendo papel Germitest previamente umedecido com
água. Para cada tratamento foram depositadas 20 sementes/Gerbox®, com 5 repetições. Foram avaliados
a germinação de sementes, incidência de patógenos e identificação de gêneros presentes 7 dias após os
tratamentos. Com relação a germinação de sementes, os tratamentos testemunha e térmico apresentaram
maior índice, sendo significativamente diferente dos demais tratamentos. Com relação a incidência de
patógenos, observou-se que o tratamento com óleo apresentou maior incidência de fungos, seguido do
tratamento testemunha. O tratamento com fungicida foi o que apresentou menor incidência de patógenos,
diferindo significativamente dos demais. Desta forma, conclui-se que, o uso de óleo de arnica interferiu
negativamente tanto na germinação quanto na sanidade de sementes de alpiste. Caso queira ser considerado
como uma alternativa ao tratamento químico de sementes, novos estudos são necessários.
319
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1206
Qualidade fitossanitária de sementes de aveia tratadas com óleo essencial de arnica
(Fitosanitary quality of oat seeds treated with arnica essential oil.
Braz, H. 1; Frizon; Muller, M.; J. 1; Nozaki, M.H2
1
Acadêmicas do Curso de Agronomia PUCPR.; 2Prof. Dra. do Curso de Agronomia-Pontifícia Universidade
Católica do Paraná, Campus Toledo. E-mail: [email protected]
Estudos relatam a necessidade de controle químico de doenças, principalmente em campos de produção de
sementes de aveia, como forma de evitar a disseminação de patógenos. Esta sanidade pode ser preservada
antes da implantação da cultura, via tratamento de sementes. Com base no exposto, o presente trabalho
teve como objetivo avaliar o uso do óleo essencial de arnica como alternativa no tratamento de sementes
de aveia. Para tanto, foram realizados 4 tratamentos, sendo: T1 - químico (Captan); T2 - térmico (60 °C
por 10 minutos); T3 – imersão em óleo de arnica (diluição 10% por 10 minutos); e, T4 – testemunha
(sem qualquer tipo de tratamento). As sementes foram submetidas aos diferentes tratamentos sendo
posteriormente, depositadas em caixas Gerbox® contendo papel Germitest previamente umedecido com
água. Para cada tratamento foram depositadas 20 sementes/Gerbox®, com 5 repetições. Foram avaliados
a germinação de sementes, incidência de patógenos e identificação de gêneros presentes 7 dias após os
tratamentos. Com relação à germinação de sementes, observou-se que os tratamentos térmico e testemunha
apresentaram os maiores índices, diferindo significativamente dos demais tratamentos. Para a incidência de
patógenos, o tratamento térmico apresentou maior incidência de fungos, seguido da testemunha, diferindo
significativamente do tratamento químico. Desta forma, conclui-se que, novos estudos são necessários,
visando a utilização do óleo de arnica como possível alternativa no tratamento de sementes.
320
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1224
Atividade antifúngica de extratos de pimenta, nim e alho sobre desenvolvimento in vitro de
Mycosphaerella fijiensis
(Antifungal activity of extracts of peppermint, neem and garlic on in vitro development of Mycosphaerella
fijiensis)
Paula, N. M.G1; Costa, C.R.X. 2; Meinhardt, J. C.3; Silva, J. L.4 Nascimento, A. V. S5.
1,2,3,4,5
Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente,. E-mail : nislene.
[email protected]
O objetivo desse trabalho foi avaliar o desenvolvimento in vitro de M. fijiensis utilizando diferentes
concentrações de extratos vegetais de Pimenta malagueta (Capsicum frutescens), Nim (Azadirachta indica)
e alho (Allium sativum L.). Foi realizado o isolamento do fungo em meio BDA juntamente com os extratos
incorporados nas seguintes concentrações finais de 1%, 10%, 20% e 40%. Para cada concentração foi
utilizada três placas por extrato. Na testemunha utilizou-se o meio BDA sem adição dos extratos. As
analises consistiram no teste de média, Tukey a 5%. Foi avaliado o crescimento micelial, a esporulação e a
germinação dos esporos. Os extratos empregados reduziram a taxa de crescimento micelial, esporulação e a
germinação de esporos de M. fijiensis. Entretanto foi observado que o extrato de pimenta a 10% apresentou
maior eficiência em relação aos demais tratamentos.
321
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1228
Fungitoxicidade de extratos de canela obtido por diferentesmétodos de extração no desenvolvimento,
in vitro, de Elsinoe ampelina.
(Fungitoxic the extracts cinnamon by obtained by diffent methods of extraction in the development, in
vitro, the Elsinoe ampelina)
Cavallin, I. C.¹; Santos, R. C.¹;Leite, C. D.1; Mateus, M. A. F¹; Faria, C.M.D.R.1; Dallemole-Giaretta,
R.¹
¹Unicentro E- mail: [email protected]
O trabalho objetivou avaliar a fungitoxicidade, in vitro, do extrato aquoso de casca de canela (Cinnamomum
zeylanicum ) obtido pelos métodos de infusão, decocção ou maceração. Após a obtenção dos extratos pelos
diferentes métodos, adicionaram-se separadamente em meio de cultivo BDA fundente 0; 1; 2; 4 ou 8 ml
L-1 . Os meios de cultivo foram vertidos em placas de Petri de 9,5 cm de diâmetro. Em seguida, no centro
de cada placa foi colocado um disco de micélio de Elsinoe ampelina, de 5 mm de diâmetro e armazenadas
em câmara de crescimento à 22ºC, no escuro. O experimento foi montado em delineamento inteiramente
casualizado em arranjo fatorial 3x5x2 (métodos de extraçãoxdoses do extratoxmétodos de esterilização),
com quatro repetições/tratamento. Após sete dias, avaliou-se o crescimento micelial do patógeno por meio
de duas medidas opostas e quantificou-se a produção de esporos em microscópio óptico com o auxílio
de câmara de Neubauer. Constatou-se que não houve diferença para o crescimento micelial do patógeno.
Entretanto, para a produção de esporos houve interação significativa entre os fatores doses e métodos
de extração do extrato, evidenciado uma redução da esporulação do patógeno com o aumento das doses
dos extratos nos métodos. O efeito isolado de doses de extratos foi inversamente proporcional ao seu
aumento reduzindo em 25,78% a produção de esporos na maior dose (8 ml L-1), em relação ao tratamento
testemunha. Entre os três métodos de extração do extrato de canela, a maceração e a infusão apresentaram
menor esporulação de E. Ampelina.
322
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1231
Inibição da germinação de esporos de Pseudocercospora griseola por extratos de Rosmarinus officinalis,
Curcuma longa e Pycnoporus sanguineus
(Inhibition of spores germination of Pseudocercospora griseola by extracts from Rosmarinus officinalis,
Curcuma longa and Pycnoporus sanguineus)
Viecelli, C.A.1,3; Stangarlin, J.R.1; Kuhn, O.J.1; Schwan-Estrada, K.R.F.2; Trés, S.P.3
1
UNIOESTE. 2UEM. 3FAG. E-mail: [email protected]
Extratos aquosos de Rosmarinus officinalis (alecrim), Curcuma longa (cúrcuma) e Pycnoporus sanguineus
foram testados sobre a germinação dos esporos de Pseudocercospora griseola, fungo causador da mancha
angular do feijoeiro. Os extratos aquosos das plantas e do basidiocarpo de P. sanguineus foram obtidos
por meio da hidratação do extrato anteriormente liofilizado, diluindo-se em água destilada para atingir as
concentrações de 50; 100; 150 e 200 mg L-1, além das testemunhas, água e fungicida azoxystrobin (40 mg
i.a. L-1). O teste de inibição de germinação de esporos na presença dos extratos foi realizado em lâmina de
microscopia revestida por fina camada de ágar-água a 1%. Alíquotas de 40 µL dos tratamentos e 40 µL da
suspensão de esporos de P. griseola (1x104 esporos mL-1 obtidos de isolado mantido em meio de cultura
suco de tomate, com 14 dias de idade), foram distribuídas na superfície das lâminas. Após 24 horas a 24
°C determinou-se a porcentagem de germinação dos esporos. Os resultados indicaram que os extratos de
alecrim não apresentaram diferença significativa na germinação dos esporos, quando comparados com
a testemunha água, porém os extratos de cúrcuma a 50 mg L-1 e P. sanguineus a 100 mg L-1 inibiram
a germinação em 26 e 25%, respectivamente, e não diferiram do fungicida. Conclui-se que os extratos
apresentam potencialidade para testes de proteção de plantas de feijoeiro contra mancha angular.
323
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1232
Efeito in vitro de extratos de Rosmarinus officinalis, Curcuma longa e Pycnoporus sanguineus sobre
Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli
(In vitro effect of extracts from Rosmarinus officinalis, Curcuma longa and Pycnoporus sanguineus on
Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli)
Viecelli, C.A.1; Stangarlin, J.R.1; Kuhn, O.J.1; Schwan-Estrada, K.R.F.2.
1
UNIOESTE. 2UEM. E-mail: [email protected]
Extratos aquosos de Rosmarinus officinalis (alecrim), Curcuma longa (cúrcuma) e Pycnoporus sanguineus
foram testados sobre a multiplicação de Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli, bactéria responsável
pelo crestamento bacteriano comum do feijoeiro. Os extratos aquosos das plantas e do basidiocarpo de
P. sanguineus foram obtidos por meio da hidratação do extrato anteriormente liofilizado, diluindo-se
em água destilada para atingir as concentrações de 50; 100; 150 e 200 mg L-1, além das testemunhas
água e antibiótico (22,5 mg L-1 de oxitetraciclina + 225 mg L-1 de estreptomicina). O teste de inibição da
multiplicação bacteriana na presença dos extratos foi realizado em meio de cultura caldo nutriente contendo
10 mL tubo-1 dos tratamentos e 100 µL de suspensão de células bacterianas (108 UFC mL-1), mantidos a 28
ºC por 48 h em estufa incubadora sob agitação a 150 rpm. A avaliação do número de bactérias foi realizada
por espectrofotômetro, anotando-se a absorbância a 560 nm de cada amostra e calculando-se o valor de
UFCs de acordo com a curva de crescimento bacteriano previamente elaborada. Apenas a concentração de
50 mg L-1 de cúrcuma não diferenciou da testemunha água. Para todos os demais tratamentos, o resultado
foi de inibição da multiplicação bacteriana de forma a não diferir do antibiótico. A regressão apresentouse polinomial para alecrim (y=0,037x2-9,3617x+560,34), cúrcuma (y=0,0361x2-5,7546x+677,51) e P.
sanguineus (y=0,0361x2-9,7668x+563,96). Conclui-se que os extratos testados apresentam potencialidade
para testes de proteção de plantas de feijoeiro contra o crestamento bacteriano comum.
324
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1237
Uso do leite de vaca in natura no controle de oídio na cultura do quiabeiro.
(Use of cow’s milk in natura in control of powdery mildew on the okra crop)
Oliveira, T. S.1;Teixeira,R.N.V.2; Paula, N. M.G3; Silva, J. L.4; Nascimento, A. V. S.5; Schutz, S.6
1,2,3,4,5
Universidade Federal do Amazonas- Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente, 6Universidade
Estadual do Amazonas. E-mail: [email protected]
O oídio é a principal doença da cultura do quiabeiro, podendo causar reduções significativas na produção
em infestações severas. O controle do oídio baseia-se fundamentalmente no uso de produtos químicos
envolvendo pulverizações com fungicidas específicos, bem como aqueles à base de enxofre, os quais
podem provocar fitotoxidez, conforme dosagem, cultura e cultivar utilizada. O objetivo deste trabalho foi
avaliar o uso de leite in natura no controle do oídio (Oidium ambrosiae) na cultura do quiabo. Utilizou-se
o delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro tratamentos, cinco repetições e cinco plantas
por parcela Foram utilizadas três concentrações de leite de vaca in natura (10, 20 e 50%). A primeira
aplicação dos tratamentos ocorreu 48 dias após o transplante, quando foi observada distribuição uniforme
do patógeno, na face abaxial das folhas, em todas as plantas, as soluções foram preparadas no momento de
cada aplicação, sempre no período da manhã. Para quantificação da doença estimou- se a área foliar afetada,
utilizando- se escala diagramática de severidade. Comparou-se as médias do tratamento pelo teste de Tukey
(5%). Houve diferenças significativas quanto as concentrações utilizadas, sendo que a solução a 50% se
mostrou mais eficiente no controle da doença em campo. Portanto, o leite in natura é uma alternativa viável
no controle do oídio, mesmo após o início da infecção.
325
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1238
Inibição in vitro da germinação de esporos de Magnaporthe orizae utilizando extratos vegetais
(In vitro inhibition of germination of spores of Magnaporthe orizae using vegetable extracts)
Oliveira, T. S.1; Silva, J. L.2; Nascimento, A. V. S.3; Radmann, V.4; Schutz. S5. 1,2,3,4Universidade Federal
do Amazonas, Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente, 5Universidade do Estado do Amazonas.
E-mail: [email protected]
A brusone é considerada a doença mais importante do arroz no Brasil e em diversas partes do mundo,
podendo ocorrer em todas as partes aéreas das plantas, desde os estádios iniciais de desenvolvimento
até a fase final de produção de grãos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito in vitro de diferentes
concentrações de extratos de alho (Allium sativum), nin (Azadirachta indica) e Pimenta malagueta
(Capsicum frutescens) na inibição da germinação de esporos de Magnaporthe orizae. Foram utilizadas
cinco concentrações de extratos (0, 1, 10, 20 e 40%). Preparou-se lâminas escavadas contidas no interior de
placas de petri sobre papel filtro previamente umedecido com água. Foi utilizada uma suspensão de conídios
na concentração de 2x104 conídios/ml. Alíquotas de 10µ desta suspensão foram pipetadas em lâminas
escavadas contendo 100µ das diferentes concentrações de extratos. As lâminas foram incubadas por 12 h
em câmara úmida, sendo, a seguir, avaliadas as germinações em microscópio óptico. Foram considerados
como esporos germinados aqueles que apresentaram tubo germinativo, independente do seu comprimento.
O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com três repetições. Observou-se que o extrato
de alho a 20 e 40% inibiu a germinação de esporos do fungo em 90 e 97% respectivamente. Os extratos de
nin e pimenta demonstraram os maiores efeitos fungitóxicos nas concentrações de 1% com resultados de
48 e 31% respctivamente.
326
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1239
Inibição in vitro da germinação de esporos de Helminthosorium oryzae utilizando extratos vegetais
(In vitro inhibition of germination of spores of Helminthosorium oryzae using vegetable extracts)
Costa, C. R. X.1; Silva, J. L.2; Nascimento, A. V. S.3, Radmann, V.4; Schutz. S5.
1,2,3,4,
Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente, 5Universidade do
Estado do Amazonas. E-mail: [email protected]
Objetivou-se neste trabalho verificar o efeito de extratos aquosos de alho (Allium sativum L.), nin
(Azadirachta indica) e Pimenta malagueta (Capsicum frutescens) em cinco concentrações (0, 1, 10, 20
e 40%) no controle da germinação in vitro de esporos de Helminthosorium oryzae. Foi preparada uma
suspensão de conídios na concentração de 2x104 conídios/ml. Alíquotas de 10µ desta suspensão foram
pipetadas em lâminas escavadas no interior de placas de petri contendo 100µ das diferentes concentrações
de extratos. Na testemunha os conídios foram imersos em água destilada esterilizada. As lâminas foram
incubadas por 12 h em câmara úmida, sendo, a seguir, avaliadas as germinações em microscópio óptico.
Foram considerados como esporos germinados aqueles que apresentaram tubo germinativo, independente
do comprimento. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com três repetições. Observouse que os tratamentos nas concentrações de 40% apresentaram o melhor resultado para os extratos testados,
sendo que os extratos de alho e nin nas concentrações de 40% proporcionaram o melhor efeito fungitóxico
de controle na germinação de esporos de Helminthosorium oryzae.
327
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1240
Atividade antifúngica de extratos de alho, nin e pimenta malagueta sobre o desenvolvimento “in
vitro” de Pseudocercospora musae
(Antifungal activity of extract of garlic, nin and chili on the development in vitro Pseudocercospora
musae)
Costa, C. R. X.1 Silva, J. L.2; Oliveira, T. S.3; Paula, N. M.G4; Nascimento, A. V. S.5; Schutz, S.6
1,2,3,4,5
Universidade Federal do Amazonas – Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente, 4Universidade
Estadual do Amazonas. E-mail: [email protected]
O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial da atividade de extratos de alho (Allium sativum), nin
(Azadirachta indica) e Pimenta malagueta (Capsicum frutescens) sobre o desenvolvimento in vitro de
Pseudocercospora musae agente etiológico da sigatoka amarela da bananeira. O teste adotado foi o da
diluição de extratos em água destilada e esterilizada, obtendo-se as concentrações de 1%, 10%, 20% e
40%. Em cada lâmina foram depositados 100 μL das concentrações dos extratos, e a seguir, colocado 10
μL da suspensão de esporos na concentração ajustada ara 2x106 esporos.mL-1. As lâminas escavadas foram
colocadas sobre um suporte dentro das placas de Petri de 9 cm de diâmetro contendo, em seu interior, duas
folhas de papel filtro umedecidas com água destilada esterilizada e, em seguida, deixadas em temperatura
ambiente, durante 12 horas. Após as 12 horas de incubação, retiraram-se as lâminas escavadas da câmara
de crescimento. Foram quantificados 100 conídios sob microscópio estereoscópico no aumento de 40x,
sendo considerados conídios germinados aqueles que apresentaram tubo germinativo independente do seu
comprimento. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 12 tratamentos e 3 repetições,
sendo uma lâmina escavada por parcela. A testemunha foi realizada em água destilada esterilizada sem o
extrato. As doses de 20 e 40% dos extratos aquosos de alho e nin mostraram-se superiores que os outros
tratamentos empregados, apresentando melhor efeito fungistático na germinação de esporos de P. musae.
328
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1241
Controle alternativo de Phakopsora pachyrhizi por extratos de Impatiens walleriana
(Alternative control of Phakopsora pachyrhizi by Impatiens walleriana extract)
Viecelli, C.A.1,2; Butrinowski, R.T.1; Butrinowski, I.T.1; Mioranza, D.1; Yamashita, P.A.1.; Gasparin,
J.1.
1
FAG; 2UNIOESTE. E-mail: [email protected]
O objetivo do trabalho foi avaliar a inibição na germinação de esporos de P. pachyrhizi, fungo causador da
ferrugem asiática na soja, por meio de extratos de Beijinho (Impatiens walleriana), planta ornamental que
não é relatada como hospedeira alternativa de ferrugem asiática. O trabalho foi desenvolvido no laboratório
de fitopatologia da Faculdade Assis Gurgacz, na cidade de Cascavel-PR. O extrato aquoso estático de
beijinho foi obtido por meio da hidratação da folha inteira fresca em água destilada e posteriormente
mantido em geladeira a 4°C durante 24 horas, após filtrou-se em papel filtro e dilui-se em água para atingir
as concentrações de 5; 10; 15 e 20%. A testemunha continha apenas água destilada. O teste de inibição
de germinação de esporos na presença dos extratos foi realizado em lamina de microscopia revestida por
fina camada (1mL) de Agar-água a 1%. Alíquotas de 40 µL do extrato aquoso e 40 µL da suspensão de
esporos de P. pachyrhizi (1x104 esporos mL-1) obtidas de uma lavoura experimental da Fazenda Escola da
Faculdade Assis Gurgacz, foram distribuídas na superfície das lâminas, as quais foram acondicionadas em
caixa de gerbox e incubadas em câmara de geminação e no escuro por 24 horas a 22°C. Após determinouse a porcentagem de germinação dos esporos. Os resultados obtidos foram submetidos ao teste de Tukey
a 5% de probabilidade indicando a inibição da germinação dos esporos na ordem de 27, 31, 36, 41% para
as concentrações de 5, 10, 15, 20%, respectivamente, apresentando-se potenciais para a continuidade dos
estudos a campo com extratos aquosos de beijinho para o controle da ferrugem da soja.
329
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1243
Atividade antifúngica de extratos etanólicos de espécies de Copaifera sobre Fusarium solani f.sp.
piperis e Fusarium oxysporum
(Antifungal activity of ethanolic extracts of Copaifera species against Fusarium solani f.sp. piperis and
Fusarium oxysporum)
Ishida, A.K.N.1; Barata, D.S.2; Gurgel, E.S.C.3; Souza Filho, A.P.S.4; Tremacoldi, C.R.5; Silva,
C.T.B.6
1,4,5,6
Embrapa Amazônia Oriental; 2Universidade Federal do Pará; 3Museu Paraense Emílio Goeldi. E-mail:
[email protected] O presente trabalho teve como objetivo verificar o efeito dos extratos etanólicos e hexânicos extraídos
a partir de cascas, folhas e galhos de Copaifera duckei, Copaifera martii e Copaifera reticulata sobre o
crescimento micelial de Fusarium solani f. sp. piperis e Fusarium oxysporum isolados de plantas de pimentado-reino. Os extratos foram incorporados ao meio BDA na concentração de 1%. Após a solidificação do
meio de cultura, depositou-se um disco de 7 mm de diâmetro de micélio e conídios do fungo no centro de
cada placa. A determinação do crescimento micelial foi realizada a cada 2 dias até que o fungo, em um
dos tratamentos, atingisse uma das extremidades da placa. O delineamento experimental foi inteiramente
casualizado com 4 repetições. Todos os extratos etanólicos interferiram no crescimento de F. solani f. sp.
piperis proporcionando inibição acima de 40%, sendo que os extratos provenientes de folha de C. reticulata
e de folha e de galho de C. duckei proporcionaram inibição acima de 68,94%. Para F. oxysporum, os extratos
avaliados proporcionaram inibição entre 43,69 e 59,01%, diferindo significativamente da testemunha. Os
extratos provenientes de folha de C. reticulata e de galho de C. duckei inibiram o crescimento do patógeno
em 57,21 e 59,01%, respectivamente.
Apoio: FINEP
330
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1244
Extratos aquosos de Artocarpus heterophyllus Lam. e Morinda citrifolia Linn no controle da mancha
bacteriana do maracujazeiro
(Aqueous extracts of Artocarpus heterophyllus Lam and Morinda citrifolia linn in the control of passion
fruit bacterial spot)
Ishida, A.K.N.1; Costa, R.C.2, Oliveira, L.C.3; Damasceno Filho, A. S.4; Silva, C.T.B.5; Piedade, A.M.6;
Miranda, V. S.7
1,5
Embrapa Amazônia Oriental; 2,4,6,7Universidade Federal Rural da Amazônia; 3Universidade Federal do
Pará. E-mail: [email protected] O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito dos extratos aquosos de Artocarpus heterophyllus
Lam. e Morinda citrifolia linn no controle da mancha bacteriana do maracujazeiro. Foram avaliados os
extratos aquosos de folhas de A. heterophyllus e M. citrifolia (1%), Oxicloreto de Cobre (2,5 g/L) e ASM (0,2
g/L). A aplicação dos tratamentos foi realizada aos sete dias antes da inoculação do patógeno, pulverizandose as folhas até o ponto de escorrimento. A inoculação de X. axonopodis pv. passiflorae foi realizada
pulverizando-se a face inferior das folhas de maracujazeiro, com suspensão bacteriana na concentração de
109 UFC/mL. As plantas foram mantidas 24 horas após a inoculação, em câmara úmida. O delineamento
experimental foi em blocos casualizados, com 5 tratamentos e 4 repetições com 2 plantas/repetição. As
avaliações foram realizadas aos 3, 6, 9, 12, 15, e 18 dias após a inoculação do patógeno, quando foi avaliada
a severidade da mancha bacteriana. Todos os tratamentos reduziram significativamente a severidade da
doença, sendo que, o ASM, o oxicloreto de cobre e o extrato de A. heterophyllus proporcionaram acima de
61% de controle da bacteriose em relação à testemunha e não diferiram entre si.
Apoio: FINEP
331
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1245
Fungitoxicidade in vitro de óleo essencial de Cymbopogon nardus sobre Rhizoctonia solani
(In vitro antifungal of essential oil of Cymbopogon nardus on Rhizoctonia solani)
Cardoso, D. P.1; Castro, H. G.2; Santos, G. R.3; Seixas, P. T. L4; Santos, V. M.5; Silva, K. P.6; Santos,
H. K. C7.
1
Bolsista de Prodoc-CAPES/UFT; 2,3Professor, Doutor; 4,5Mestrado em Produção Vegetal; 6,7Estudantes de
graduação. 1,2,3,4,5,6,7Campus de Gurupi-TO/UFT. E-mail: [email protected].
O capim-citronela (Cymbopogon nardus (L.) Rendle) é uma planta medicinal que tem como composto
majoritário do óleo essencial o geraniol e o citronelal. Atualmente, no mercado é utilizado como inseticida,
no entanto, pesquisas recentes demonstram a importância dessa espécie no controle de fungos patógenos.
Portanto, objetivou-se com este estudo avaliar o efeito do óleo essencial do C. nardus no crescimento in
vitro do fungo Rizoctonia solani. O experimento foi instalado no Laboratório de Fitopatologia da Fundação
Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi. O experimento foi instalado no delineamento
inteiramente casualizado em esquema fatorial, com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por
cinco alíquotas do óleo essencial do capim citronela (0, 3, 6, 9, 12 e 15 µL), em cinco épocas de avaliação
(2, 4, 6, 8 e 10 dias após a repicagem). O óleo essencial do C. nardus foi obtido por hidrodestilação,
utilizando o aparelho Clevenger. O isolado de R. solani proveniente da cultura do algodão, foi obtido da
Coleção Micológica de Lavras do Departamento de Fitopatologia da UFLA. Os óleos foram distribuídos
sobre o meio cultura (BDA) com auxílio de uma alça de Drigalski, posteriormente, um disco de diâmetro
de 8 mm contendo micélio do fungo foi colocado sobre o meio. As placas foram colocadas em câmara de
crescimento (BDO), com temperatura, luminosidade e umidade controladas. A partir da incubação, foi
mensurado o diâmetro médio das colônias a cada dois dias. Aos 10 dias após a repicagem, no tratamento
com 9 µL de óleo essencial do capim citronela, foi observado 75% de inibição do crescimento micelial
do fungo R. solani. Nas alíquotas de 12 µL e 15µL, o óleo essencial obtido das folhas de C. nardus,
apresentaram efeito inibitório sobre o crescimento micelial in vitro do fungo R. solani de 100%.
332
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1246
Atividade antifúngica do óleo essencial de Cymbopogon nardus em Didymella bryoniae
(Antifungal activity of essential oil of Cymbopogon nardus in Didymella bryoniae)
Cardoso, D. P.1; Castro, H. G.2; Seixas, P. T. L.3; Leão, E. U.4; Sarmento-Brum, R. B. C.5; Soares, A.
A.6
1
Bolsista de Prodoc-CAPES/UFT; 2Professor, Doutor; 3,4,5Mestrado em Produção Vegeta/UFT. 6Estudante
de graduação1,2,3,4,5,6Campus de Gurupi-TO/UFT. E-mail: [email protected].
O Cymbopogon nardus (L.) Rendle é uma planta medicinal que tem como composto majoritário do óleo
essencial o geraniol e o citronelal. Atualmente, no mercado é utilizado como inseticida, no entanto, pesquisas
recentes demonstram a importância dessa espécie no controle de fungos patógenos. Portanto, objetivou-se
com este estudo avaliar o efeito do óleo essencial do C. nardus no crescimento in vitro do fungo Didymella
bryoniae. O experimento foi instalado no Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal de LavrasUFLA. O experimento foi instalado no delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial, com
quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por cinco alíquotas do óleo essencial do capim citronela
(5, 10, 15, 20 e 25 µL), em cinco épocas de avaliação (2, 4, 6, 8 e 10 dias após a repicagem). O óleo
essencial do C. nardus foi obtido por hidrodestilação, utilizando o aparelho Clevenger. O isolado de D.
bryoniae, proveniente da cultura do pepino, foi obtido da Coleção de Fungos do Laboratório de Patologia
de Sementes da UFLA. Os óleos foram distribuídos sobre o meio cultura (BDA) com auxílio de uma alça
de Drigalski, posteriormente, um disco de diâmetro de 6 mm contendo micélio do fungo foi colocado sobre
o meio. As placas foram colocadas em câmara de crescimento (BDO), com temperatura, luminosidade e
umidade controladas. A partir da incubação, foi mensurado o diâmetro médio das colônias a cada dois dias.
Aos 10 dias após a repicagem, para o tratamento com 15 µL de óleo essencial, foi observado que a colônia
de D. bryoniae apresentou os valores de 6,07 cm e de 0,35 cm de diâmetro médio e erro padrão da média,
respectivamente (29,4%). Nas alíquotas de 20 µL e 25µL, o óleo essencial obtido das folhas de C. nardus,
apresentaram efeito inibitório sobre o crescimento in vitro do D. bryoniae, de 100%.
333
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1250
Efeito do ácido peracético sobre o crescimento micelial de Pythium dissotocum obtido de rúcula
hidropônica
(Peracetic acid effect on Pythium dissotocum mycelial growth from hydroponic arugula)
Banzato, T. C.1; Teixeira, L. D. D.1; Polastre, A.M.N.1
1
ESALQ/USP. E-mail: [email protected]
A podridão radicular ocasionada por espécies de Pythium é um fator limitante para a produção de culturas
hidropônicas no mundo todo. O Ácido Peracético (AP), desinfestante que se decompõe em ácido acético,
água e oxigênio e, assim, não deixa resíduos no ambiente, tem sido apontado como um poderoso aliado no
manejo de doenças de plantas. Entretanto, mais pesquisas são necessárias para comprovar sua eficiência nas
condições brasileiras. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do AP sobre o crescimento micelial de P.
dissotocum, proveniente de cultivo comercial de rúcula hidropônica. Foram realizados 2 ensaios, utilizando
o delineamento experimental inteiramente casualizado, com 5 repetições. A primeira etapa constou de 6
tratamentos, empregando-se o produto nas concentrações de 0, 170, 500, 750, 1000 e 2000ppm. Na segunda
etapa o produto foi avaliado nas concentrações de 0, 25, 50, 75, 100, 125, 150 e 175 ppm. Discos de 5 mm
de diâmetro com micélio do patógeno foram submersos durante 15 minutos, sob agitação constante, em
soluções com as respectivas doses de AP. Após esse período, os discos foram secos em papel de filtro estéril
e transferidos para placas de Petri com meio BDA. Cada parcela foi composta por uma placa de Petri. A
incubação foi realizada a 28ºC, no escuro. Após 4 dias de incubação, realizaram-se as avaliações. Nos dois
ensaios, o micro-organismo se desenvolveu totalmente nas placas controle. Na primeira etapa, houve 100%
de inibição do cromista a partir da concentração de 170 ppm. Na segunda etapa, através da avaliação visual,
concluiu-se que a menor concentração usada, de 25 ppm de AP, inibiu totalmente o crescimento micelial,
evidenciando que trata-se de um fitopatógeno altamente suscetível ao produto.
334
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1251
Sensibilidade de Thielaviopsis basicola ao ácido peracético
(Sensibility of Thielaviopsis basicola to peracetic acid)
Banzato, T.C.1; Teixeira, L.D.D.1; Brigati, L. 1; Silva, L. D. P. da1
1
ESALQ/USP. E-mail: [email protected]
O Ácido Peracético, por não deixar resíduos no ambiente, apresenta grande potencial de uso na busca de
uma agricultura sustentável. Porém, mais estudos são necessários para avaliar sua viabilidade no manejo
de doenças de plantas. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do Ácido Peracético (AP) sobre o
crescimento micelial e a esporulação de Thielaviopsis basicola, proveniente de cultivo hidropônico de
alface. Foram conduzidos 2 ensaios, utilizando o delineamento experimental inteiramente casualizado, com
5 repetições. O primeiro ensaio constou de 5 tratamentos, empregando-se o produto nas concentrações
de 0, 170, 500, 1000 e 2000 ppm. No segundo, foram empregados 8 tratamentos, avaliando-se o AP nas
concentrações de 500, 600, 700, 800, 900, 1000, 1100 e 1200 ppm. Discos de micélio de 5 mm de diâmetro
foram submersos durante 15 minutos, sob agitação constante, em soluções com as diferentes doses de AP.
O excesso da solução dos discos foi retirado com papel de filtro estéril e os mesmos foram transferidos para
placas de Petri com meio BCA. Cada parcela foi composta por uma placa de Petri. A incubação foi realizada
a 28ºC, no escuro. As avaliações dos ensaios foram feitas 14 dias após a instalação dos mesmos. Na primeira
etapa, ocorreu a inibição do fungo nas concentrações a partir de 1000 ppm. Na segunda etapa, tanto o
crescimento micelial como a esporulação foram eliminados nas concentrações a partir de 900 ppm.
335
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1261
Efeitos do fosfito de potássio na indução de resistência à antracnose na cultura do feijão
(Effects of potassium phosphite on induction of resistance to anthracnose in bean plants)
Poleto, G. V.1; Stefanello, J.2; Oliveira, L. J.3; Bacchi, L. M. A.4; Gavassoni, W. L.5; 1Pós-Graduanda,UFGD;
2
3
4
Pós-Graduando,UFGD;
Pós-Graduando,UFGD;
Professor,FCA,UFGD; 5Professor,FCA,UFGD,
Dourados, MS. E-mail: [email protected]
A produção de feijão no nosso país apresenta grandes barreiras que impede o aumento da sua produtividade,
dentre elas destacam-se as doenças, onde a antracnose do feijoeiro, causada por Colletotrichum
lindemuthianum apresenta grande relevância. O objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos de indução de
resistência que o fosfito pode exercer na cultura do feijão (Phaseolus vulgaris) a antracnose. O experimento
foi conduzido em Dourados, MS, com o cultivar IPR siriri. Os tratamentos foram compostos por 3 doses
diferentes de fosfito de potássio comercial, na concentração 40% de fosfito e 20% de potássio com densidade
de 1,49: T1 (0,596 Kg/ha); T2 (1,192 Kg/ha) e T3 (1,788 Kg/ha) de fosfito e testemunha T4 (água). Para o
desenvolvimento da doença foram inoculados esporos de C. lindemuthianum 6 DAA dos tratamentos nas
parcelas experimentais. A inoculação foi realizada pela pulverização de 100 ml de suspensão de esporos,
padronizada em 104 conídios/mL nas 2 linhas centrais de cada parcela. O delineamento experimental
utilizado foi de blocos ao acaso, sendo cada parcela composta de quatro linhas de plantio de 6 metros, na
qual apenas as 2 linhas centrais foram consideradas como área útil. As 4 avaliações, realizadas a cada 5 dias
consistiram do acompanhamento da evolução da severidade da doença e a produtividade final de grãos.
Os tratamentos com fosfitos apresentaram um pequeno efeito no controle deste fungo na fase inicial da
doença, ou seja, até 10 dias após a inoculação do patógeno, porém não houve diferença significativa entre
as diferentes doses de fosfito de potássio e na produtividade final da cultura do feijão.
336
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1270
Avaliação da atividade antifúngica de ólos essenciais sobre o crescimento de Sclerotium rolfsii
(Evaluation of the antifungal activity of essential olis on growth of Sclerotium rolfsii)
Gonçalves, C. G.1; Sarmento-Brum, R. B. C.2; Seixas, P. T. L.3; Cardon, C. H.4; Souza, E. R.5; Castro,
H.G.6; Santos,G. R.7
1,4,5
Agronomia/UFT; 2,3Mestrado em Produção Vegetal/UFT; 6,7Professor Adjunto/UFT. Email: goncalvescg.
[email protected]
A podridão do colo é uma doença que traz prejuízos na produção do feijão comum. A ação de óleos essências
sobre fitopatógenos tem sido investigada na busca de comprovar sua eficácia no controle de doenças. Assim,
objetivou-se avaliar a atividade antifúngica de óleos essenciais sobre o crescimento do fungo Sclerotium
rolfsii. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com oito tratamentos, e quatro repetições.
Os tratamentos foram constituídos por óleos essenciais das seguintes espécies: Nim comercial (Azadirachta
indica) (NEENMAX®), eucalipto (Eucalyptus citriodora), hortelã-pimenta (Mentha piperita), erva-cidreira
(Lippia alba), citronela (Cymbopogon nardus), capim-limão (Cymbopogon citratus), cagaita (Eugenia
dysenterica) e testemunha (BDA). Foi utilizada alíquota de 30µl de cada tratamento, que foi distribuída
na superfície do meio de cultura. No centro da placa de Petri foi colocado um disco de micélio (6 mm)
do patógeno. Foi analisado o crescimento micelial do fungo e calculada a porcentagem de inibição do
crescimento (PIC). Os dados foram submetidos a analise de variância e as médias foram comparadas pelo
teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os óleos essenciais de hortelã-pimenta, erva-cidreira, citronela e
capim-limão inibiram 100% do crescimento micelial do fitopatógeno. Os tratamentos de eucalipto e cagaita
reduziram o crescimento do fungo em 73% e 46%, respectivamente, com diferença significativa entre eles.
Não houve diferença entre o tratamento testemunha e o óleo comercial de Nim. Conclui-se que os óleos
essenciais avaliados foram eficientes no controle in vitro de S. rolfsii, com exceção do óleo de nim, que
não foi eficiente, e os óleos de eucalipto e cagaita, que apresentaram eficiência moderada/intermediária em
relação aos outros óleos utilizados.
337
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1273
Atividade antfúngica de extratos vegetais sobre o crescimento de fitopatógenos
(Evaluation of the antifungal activity on plant extracts on the development of plant pathogens)
Garcia, M. M. V.1; Sarmento-Brum, R. B. C.2; Gonçalves, C. G.3; Silva, D. B.4; Souza, E. R.5; Santos,G.
R.6
1,3,4,5
Agronomia/UFT; 2Mestrado em Produção Vegetal/UFT; 6Professor Adjunto/UFT.
E-mail:
[email protected]
Extratos de espécies vegetais demonstram potencial no controle de doenças de plantas, pois apresentarem
atividade antifúngica contra uma ampla gama de fungos. Assim, objetivou-se nesse trabalho avaliar a
atividade antifúngica dos extratos aquosos de citronela (Cymbopogon nardus), cagaita (Eugenia dysenterica)
e pinhão-manso (Jatropha curcas) sobre o crescimento micelial dos fungos fitopatogênicos Didymella
bryoniae e Pyricularia grisea, causadores das doenças crestamento gomoso da melancia e brusone do
arroz, respectivamente. Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado, com quatro extratos e quatro
repetições. Os extratos aquosos foram preparados na concentração de 40%, utilizando-se folhas frescas,
trituradas em calda de batata. Os extratos foram filtrados, incorporados em meio BDA e autoclavados. Em
cada placa de Petri foi vertido 20 ml do meio de cultura com extrato aquoso. No centro da placa foi colocado
um disco de micélio (6 mm) do patógeno. Dez dias após a inoculação, avaliou-se o crescimento micelial,
medindo o diâmetro com paquímetro digital, para obtenção da porcentagem de inibição do crescimento
micelial (PIC). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de
Tukey. Os extratos de citronela e cagaita apresentaram atividade antifúngica sobre os dois fitopatógenos
avaliados. Destacando-se o extrato de cagaita que inibiu 32% e 75% do crescimento micelial dos fungos
D. bryoniae e P. grisea, respectivamente. O extrato de citronela apresentou maior efeito antifúngico sobre
o fungo P. grisea, apresentando um PIC de 31%. Conclui-se que os extratos testados apresentam atividade
antifúngica contra fitopatógenos.
338
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1274
Efeito fungitóxico de oleos essenciais no crescimento micelial de Pyricularia grisea
(Antifungal effect of essential oils in mycellial growth of Pyricularia grisea)
Garcia, M. M. V.1; Sarmento-Brum, R. B. C.2; Gonçalves, C. G.3; Silva, D. B.4; Souza, E. R.5; Santos,G.
R.6
1,3,4,5
Agronomia/UFT; 2Mestrado em Produção Vegetal/UFT; 6Professor Adjunto/UFT.
E-mail:
[email protected]
A brusone, causada pelo fungo Pyricularia grisea, é a doença mais importante do arroz. Várias medidas de
controle são utilizadas no manejo desta doença, entre elas o uso de óleos essenciais. Assim, objetivou-se avaliar
a fungitoxidade de óleos essenciais sobre P. grisea. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado,
com nove tratamentos, e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por óleos essenciais das
seguintes espécies: Nim comercial (Azadirachta indica) (NEENMAX®), eucalipto (Eucalyptus citriodora),
hortelã-pimenta (Mentha piperita), erva-cidreira (Lippia alba), citronela (Cymbopogon nardus), capimlimão (Cymbopogon citratus), cagaita (Eugenia dysenterica) e duas testemunhas, representadas pelo BDA
e Tiofanato metílico. Foi utilizada alíquota de 30µl de cada tratamento, que foi distribuída na superfície
do meio de cultura. No centro da placa de Petri foi colocado um disco de micélio (6 mm) do patógeno. O
crescimento micelial foi avaliado aos dez dias após a inoculação, medindo o diâmetro do micélio com um
paquímetro digital, para obtenção da porcentagem de inibição do crescimento. Os dados foram submetidos
à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os
óleos essenciais de eucalipto, hortelã-pimenta, erva-cidreira, citronela e capim-limão inibiram 100% do
crescimento micelial do fitopatógeno. O tiofanato metílico reduziu o crescimento do fungo em 77%. Não
houve diferença estatística entre os tratamentos testemunha (BDA), óleo comercial de Nim e cagaita.
Conclui-se que os óleos essenciais avaliados, com exceção do óleo de nim e cagaita, foram eficientes no
controle in vitro de P. grisea.
339
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1286
Indução de resistência em genótipos de mamoeiro a pinta-preta por acibenzolar-s-metil
(Resistance induction in control of papaya black spot by acibenzolar-s-metil)
Santos, PHD1, Silveira, SF1, Vivas, M1; Carvalho, BM1, Vivas, JMS1, Pereira, MG2 & Ferreguetti,
GA3.
1
LEF/CCTA/UENF, 2LMGV/CCTA/UENF, 28015-620, Campos dos Goytacazes, RJ, 3Caliman Agrícola
S.A., 29.900-970, Linhares, ES. E-mail: [email protected].
Atualmente, a pesquisa agrícola tem priorizado a prospecção de substâncias indutoras de resistência nas
plantas, as quais são de baixa toxicidade ao homem e ao ambiente, também denominadas de ativadores de
plantas ou eliciadores dos mecanismos naturais de defesa vegetal. Com o objetivo de verificar a eficiência
do indutor de resistência acibenzolar-S-metil (Bion®) em diferentes genótipos de mamoeiro. Neste
trabalho, instalou-se em casa-de-vegetação, um experimento em blocos casualizados, com três repetições e
arranjo em fatorial 6x2, sendo testados seis genótipos (‘Sunrise Solo PT’, ‘STZ 03’, ‘Golden’, ‘Tailândia’,
‘Maradol’ e ‘UENF-CALIMAN 01’) e o produto acibenzolar-S-metil (Bion®), mais a testemunha (água),
totalizando 12 tratamentos. No período de julho a agosto de 2009, foram quantificadas semanalmente as
severidades e incidências de pinta-preta nas folhas de mamoeiro. A análise dos dados foi feita considerando
a média das avaliações. Constatou-se efeito de indutor e de genótipo, no entanto para a interação não houve
efeito. Os genótipos ‘Sunrise Solo PT’, ‘Golden’, ‘Maradol’ e ‘STZ 03’ apresentaram as menores médias de
severidade de pinta-preta, já para incidência houve a formação de 3 grupos, sendo o mais resistente formado
pelo genótipo ‘STZ 03’. Constatou-se que o produto acibenzolar-S-metil reduziu a média das duas variáveis
analisadas, sendo, portanto, considerado promissor no controle da pinta-preta do mamoeiro.
340
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1309
Inibição da germinação de esporos de Hemileia vastatrix com extratos de pimentas (Capsicum sp)
(Inhibition of spores germination of coffee leaf rust (Hemileia vastatrix) with extracts of pepperplants)
Santana, L. S1.; Vieira Júnior, J. R2.; Fernandes, C. F2.;Matos, S. I3.; Minosso, S. C. C1.;Almeida, U.
O.1; Silva, D. S. G2.; Silva, C. M4.; Ventura, F. A1; Rodrigues, M. M1.
1
Graduando, Faculdade Uniron-RO; 2Embrapa CPAF-RO; 3Graduando,Faculdade São Lucas-RO;
4
GraduandoFaculdade FIMCA-RO. E-mail: [email protected].
A ferrugemdo cafeeiro é a principal doença de parte aérea da cultura.Alternativas ecologicamente corretas
e menos onerosas têm sido buscadas para o controle da doença. Neste trabalho, objetivou-se testar 48
extratos(25 alcoólicos (AL) e 23 aquosos(AQ)) obtidos a partir de sementes(s), folhas(fo) e frutos(fr) das
variedades: ‘ Bode Amarela’, ‘de Gaúcho’, ‘Peito-de-Moça’, ‘Jurema’, ‘Amarela’, ‘Acerola’, ‘Chifre
de Gazela’, ‘Carrapeta’, ‘Mexicana Roxa Comprida’, ‘Mexicana Roxa Pequena’, ‘Dedo-de-Moça’, ‘dos
Desejos’, ‘Pitanga Amarela’, ‘Biquinho’, ‘Síria’, ‘Tororó’, ‘Três Quinas’ e‘Bode Vermelha’. Para tanto 10
ml do extrato foi incorporado a ágar-água semi-sólido (90ml) e vertido em placas de Petri. Uma suspensão
de esporos foi depositada sobre o meio e espalhada com alça de Drigalski. Após 12 horas no escuro,
avaliou-se a porcentagem de germinação dos mesmos. Dos 48 extratos testados, (peito de moça (AL-s),
pitanga amarela (AL-fr), dedo-de-moça (AL-s), síria (AL-s), dos desejos (AL-s), mexicana roxa comprida
(AL-fo), jurema (AL-s), Biquinho (AL-s), bode amarela (AQ-Fo), gaúcho (AQ-Fo), peito-de-moça (AQFo), jurema (AQ-Fo), gaúcho (AQ-Fr), gaúcho (AQ-S), amarela (AQ-s), acerola (AQ-fo), Chifre-de-gazela
(AQ-fo), Carrapeta (AQ-s), Mexicana R. comprida (AQ-fo), amarela (Aq-fr), mexicana Roxa (AQ-fo),
dedo-de-moça (AQ-s), dos Desejos (AQ-s), Pitanga amarela (AQ-s), Biquinho (AQ-s), Síria (AQ-s),
Tororó (AQ-fo), Mexicana R. comprida (AQ-s), Três-quinas (AQ-fo).foram capazes de inibir a germinação
dos uredósporos, com inibição superior à 50%. Esses resultados demonstram a potencialidade de extratos
vegetais para o controle da ferrugem do cafeeiro. Porém, ensaios in vivo precisam ser feitos para validar os
resultados obtidos in vitro.
Apoio: Consórcio Brasileiro de Pesquisa do Café, CNPq e Embrapa.
341
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1310
Inibição do crescimento micelial de Rhizoctonia solani por extratos de plantas e microrganismos
(Inhibition of micelial growth of Rhizoctonia solani by plant and microrganisms extracts)
Santana, L. S1.; Vieira Júnior, J. R2.; Fernandes, C. F2.;Minosso, S. C. C1.; Matos, S. I.3;Almeida, U.
O1; Silva, D. S. G2.; Silva, C. M4.; Ventura, F. A1; Rodrigues, M. M1.; Silva, J. C. C.4
1
Graduando, Faculdade Uniron-RO; 2Embrapa CPAF-RO; 3Graduando, Faculdade São Lucas-RO;
4
Graduando Faculdade FIMCA-RO. E-mail: [email protected].
A mela é a principal doença da cultura do feijoeiro na Região Norte do Brasil. Os métodos de controle
atualmente usados tem se mostrado ineficientes. Por isso, buscam-se alternativas aos produtos químicos.
Assim, neste trabalho, objetivou-se testar o efeito de extratos de plantas e de microrganismos quanto a
capacidade de inibição do crescimento micelial de R. solani in vitro. Para tanto, extratos foram obtidos pela
infusão de folhas em água, na proporção 1:10 (g/ml). Foram usadas as seguintes plantas: pinhão manso,
cebolinha, babaçu, jamelão, neem, urtiga, pimenta. Além desse foram produzidos extratos de casca de
café curtida, banana+ mamona+biofertilizante, extrato de microrganismos. Como controle foram usados
azoxistrobina (0,6g/l), bion (0,25g/l), silício (0,125g/L) e neem comercial (1%). Em meio BDA semi-sólido
foram colocados 20µl dos extratos em cavidades abertas distribuídas ao redor da placa de Petri (9 cm).
Discos de micélio do patógeno foram colocados no centro da placa. Avaliou-se quando ocorreu, a formação
de halos de inibição do crescimento do patógeno. Dos extratos testados, os obtidos de folhas de jamelão e
de microrganismos foram os que apresentaram efeitos de redução de crescimento micelial de R. solani (3,8
cm e 11,93cm). Além desses o extrato comercial de neem produziu um halo de 1,2cm. Estes resultados,
quando comparados com o fungicida comercial azoxistrobina (2,9cm) demonstram a potencialidade do uso
de extratos de plantas no controle da mela do feijoeiro.
Apoio: Consórcio Brasileiro de Pesquisa do Café, CNPq e Embrapa.
342
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1313
Efeito dos óleos essenciais de canela e mostarda no controle de Aphelenchoides besseyi em sementes
de Brachiaria brizantha cv. Marandu
(Effect of essential oils of cinnamon and mustard in the control of Aphelenchoides besseyi in Brachiaria
brizantha cv. Marandu)
Monteiro, T.S.A.1; Nasu, E.G.C.1; Amora, D.X.1; Figueiredo, L.D.1; Freitas, L.G 1
1
Departamento de Fitopatologia, Laboratório de Controle Biológico de Fitonematóides, UFV, Viçosa, MG.
E-mail: [email protected]
Óleos essenciais de canela (Cinnamomum zeylanicum) e mostarda (Brassica nigra) foram avaliados para o
controle do nematoide Aphelenchoides besseyi em sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandu, levando
em consideração seus possíveis efeitos na germinação das sementes. Lotes de 10g de sementes naturalmente
infestadas com cerca de 720 indivíduos de A. besseyi, proveniente do município Chapada Gaúcha - MG
constituíram uma repetição. Cada tratamento continha cinco repetições em delineamento inteiramente
casualizado. As sementes de cada lote foram imersas em óleo essencial de canela ou de mostarda, nas
concentrações de 0,5% e 1,0%, ou em água estéril, por 30 minutos. Após, foram transferidas para 200
ml de água em liquidificador e trituradas em baixa velocidade por 20 segundos. A massa resultante da
trituração de cada lote foi colocada em um Funil de Baermann para a extração dos nematoides vivos, de
acordo com as Regras para Análise de Sementes, e permaneceram em incubadora tipo BOD a 25ºC, por
36 horas. Posteriormente, os líquidos dos funis foram recolhidos e vertidos em peneira de 0, 150 mm de
abertura sobre outra de 0, 025 mm, para posterior contagem dos nematóides em Câmara de Peters, em
microscópio óptico. Para avaliação da qualidade das sementes, lotes de 25 sementes foram submetidos aos
mesmos tratamentos do teste anterior, também por 30 minutos, e distribuídas equidistantemente sobre papel
de filtro estéril no interior de placa de Petri também esterilizada, totalizando cinco placas por tratamento.
Posteriormente, foram armazenadas em incubadora tipo BOD a 25 ºC durante 21 dias, em fotoperíodo de
12hs. O óleo essencial de canela reduziu A. besseyi em sementes de B. brizantha cv. Marandu em ambas
as concentrações de 0,5% e 1,0%, em 69% e 83% respectivamente (P≤ 0,05), mas inibiu a germinação
das sementes em ambas as concentrações. O óleo de mostarda controlou o nematóide (44%), apenas na
concentração de 1,0%, mas não afetou a germinação, sendo este, então, viável para o tratamento de sementes
de B. brizantha.
Apoio: FAPEMIG/CAPES
343
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1321
Extratos de pimenta do gênero Capsicum na inibição de crescimento micelial de Rhizoctonia solani
Kuhn, fungo causador da doença mela no feijoeiro
(Extract of pepper’s gender Capsicum to inhibition of micelial growth of Rhizoctonia solani Kuhn - fungi
causing in bean micelial net.
Matos, S.I.1; Vieira Junior, J.R.2; Fernandes, C.F.2; Almeida, U.O.3;Santana, L.S.3; Minosso,
C.C.S.3;Silva, J.C. C4.Silva, D.S.G.2; Silva, C. M.4;Nogueira, A. E5; Lima, R.F4;
1
Graduanda,Faculdade São Lucas-RO1; 2EMBRAPA/CPAF-RO;3Graduando,Faculdade UNIRONRO;4Graduando,FIMCA-RO;5Doutoranda, UNIR-RO E-mail: [email protected]
A Mela (Rhizoctonia solani Kuhn) é a principal doença da cultura do feijoeiro comum na Região Norte do
Brasil e o seu controle tem se mostrado pouco eficaz pelos métodos tradicionais. O presente trabalho teve
como objetivo testar 25 extratos aquosos de pimentas do gênero Capsicum, obtidosa partir de sementes
(s), folhas (fo) e frutos (fr) das variedades: ‘ Bode Amarela’, ‘de Gaúcho’, ‘Peito-de-Moça’, ‘Jurema’,
‘Amarela’, ‘Acerola’, ‘Chifre de Gazela’, ‘Carrapeta’, ‘Mexicana Roxa Comprida’, ‘Mexicana Roxa
Pequena’, ‘Dedo-de-Moça’, ‘dos Desejos’, ‘Pitanga Amarela’, ‘Biquinho’, ‘Síria’, ‘Tororó’, ‘Três Quinas’
e ‘Bode Vermelha’. Estes foram obtidos em infusão das folhas na proporção 1/10 (g de tecido/ml de água).
Em meio BDA semi-sólido foram colocados 20µl dos extratos em cavidades abertas distribuídas ao redor
da placa de Petri (9 cm).Em cada placaforam testadostrês tipos de extratos e as testemunha com água
e azoxistrobina (0,6g/l).O delineamento experimental foi ao acaso com quatro repetições. Mediu-se o
diâmetro médio do halo de inibição, quando este ocorreu.Dos 25 extratos testados, quatro mostraram-se
eficazes no controle de crescimento do micélio do fungo Rhizoctonia solani: dedo-de-moça (s), dedo-demoça (fr), amarela (s) e pimenta dos desejos (s) (1,8cm; 1,73cm; 1,55cm e 0,63cm, respectivamente; 2,9cm
com fungicida). Esses resultados demonstram a potencialidade de extratos vegetais para o controle da mela
do feijoeiro. Porém, ensaios in vivo precisam ser feitos para validar os resultados obtidos in vitro.
344
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1335
Extrato alcoólico de nim como biocontrolador de fungos patogênicos
(Alcoholic extract of nim as a biocontrol of pathogenic fungi)
Araújo, Z. F. R.¹; Ribeiro1, O. A. V.; Santos, M. M.¹; Raiol Júnior, L.L.¹; Coelho1, I. L.; Silva, I.L.
S.S².
¹Graduando em Agronomia; ²Laboratório de Fitopatologia/ ICA/UFRA, CEP 66077-530, Belém-PA, Brasil.
E-mail: [email protected].
O Nim (Azadirachta indica A. Juss) é uma planta originada da Índia, Suas folhas e sementes podem ser
usadas como defensivos naturais. Algumas substâncias componentes do seu extrato têm ação antifúngica.
Portanto, o objetivo deste trabalho foi testar diferentes concentrações de extrato alcoólico de nim no controle
do crescimento micelial dos fungos Phytophtora sp., Cylindrocladium sp., Lasiodiplodia sp. e Rhyzoctonia
sp. Pesou-se 50 g de folhas de Nim, sendo adicionado ao meio de cultura BDA, nas concentrações 0ml,
10ml, 15ml, 20ml, 25ml e 30ml; sendo a 1° concentração correspondente ao tratamento testemunha, em
cada placa contendo diferentes tratamentos foi repicado disco de 8 mm de diâmetro contendo o fungo. O
delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado com seis tratamentos e quatro repetições.
A avaliação foi realizada através de medição diária do diâmetro das colônias. Nos resultados obtidos,
o 3° tratamento (15 ml) foi o que apresentou melhor controle, onde o crescimento micelial dos fungos
seguiram as seguintes porcentagens: Phytophtora sp.81,56%, Lasiodiplodia sp. 51,22% e Rhyzoctonia sp.
86,25%, já o Cylindrocladium sp. desenvolveu-se apenas no1° tratamento, testemunha, (0ml) e nas demais
repetições dos os tratamentos houve inibição total. Conclui-se que o extrato alcoólico de Nim tem potencial
fungistático, portanto pode ser considerado um biocontrolador eficiente para patógenos in vitro.
345
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1336
Efeito do extrato alcoólico de manjericão (Ocimum basilicum) e jambu (Spilanthes oleracea) no
controle in vitro de Lasiodiplodia theobromae
Effect of alcoholic extract of basil (Ocimum basilicum) and jambu (spilanthes oleracea) in vitro control of Lasiodiplodia theobromae
Araújo, Z. F. R.¹; Raiol Júnior, L.L.¹; Santos, M. M.¹; Souza, C. B. L¹; Silva, I.L.S.S.²
¹Graduando em Agronomia; ²Laboratório de Fitopatologia/ ICA/UFRA, CEP 66077-530, Belém-PA, Brasil.
E-mail: [email protected]
A busca por produtos naturais que sejam eficientes no controle de doenças de plantas têm aumentado
nos últimos anos, visando obter-se alternativas aos fungicidas sintéticos e que não apresentem os efeitos
negativos destes últimos à saúde humana e ao meio ambiente. Extratos de plantas têm sido utilizados com
sucesso no controle de fungos fitopatogênicos e se configuram como alternativas eficientes de baixo custo.
Esse trabalho teve como objetivo avaliar o efeito inibitório in vitro de extratos vegetais de manjericão
(Ocimum basilicum) e jambu (Spilanthes oleracea), sobre o crescimento micelial de Lasiodiplodia
theobromae. O delineamento foi inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos foram
extrato alcoólico de manjericão e jambu, testados em cinco concentrações de 2, 4, 6, 8 e 10% incorporadas
ao meio de cultura batata-dextrose- ágar (BDA) e testemunha (somente BDA). Um disco de micélio de 0,7
cm de diâmetro foi repicado para o centro de cada placa contendo os tratamentos. As avaliações constaram
da mensuração do crescimento micelial por meio da média dos diâmetros perpendiculares durante 7 dias.
O ensaio foi repetido uma vez e os dados obtidos foram submetidos à Análise de Variância (ANAVA) e
comparação de médias à 5% Teste de Tukey. Na análise dos dados referente às porcentagens, verificou-se
que os extratos alcoólicos promoveram inibição de crescimento micelial a partir da dosagem de 4%, não
diferindo estatisticamente entre si. Os resultados obtidos comprovam o potencial de utilização dos extratos
como alternativa de manejo ao controle de L. theobromae.
346
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1345
Efecto de fosfitos en el control de la podredumbre carbonosa en soja
(Effect of phosphites on charcoal rot control in soybean)
Mercado Cárdenas, G.1; Chocobar, M.1; Carmona, M.2; Monge, J.1
1
Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria. Ruta 68 Km 172 (4403) Cerrillos, Salta, Argentina;
2
Facultad de Agronomía UBA, Argentina. E-mail: [email protected]
Charcoal rot caused by Macrophomina phaseolina (Tass.) Goid. is the most common root disease in
soybean fields in Salta, Argentina. Foliar application of phosphite contributes to plant nutrition and induced
systemic resistance. The objective of this work was to evaluate the efficiency of phosphite foliar application
for charcoal rot control. A completely randomized experiment design with four treatments (T0 to T3) and
fifteen repetitions was performed (T0: control, T1: fosetyl-Al 0,5Kg./ha, T2: potassium phosphite 0,5L/ha,
T3: potassium phosphite 1L/ha). After five days of product application on R3 soybean plants, they were
inoculated with rice grains colonized with the pathogen. Plants were grown at 25±2°C with 12-h photoperiod
and after ten days disease symptoms were quantified. Incidence (% symptomatic plant), root severity (0 to
3 scale), leaf dry weight (LDW), stem dry weight (SDW) and rot dry weigth (RDW) were measured. All
the experimental results were subjected to analysis of variance (ANOVA) and the means were compared
for significance using Tukey=0,05. All treatments showed less severity than the control (T0) reducing the
disease incidence in T1: 36%, T2: 30%, T3: 38% (p<0,05). LDW, SDW and RDW were incremented 30%
in relation to the control (p<0,05). The results suggest that the foliar application of phosphite constitute
optimal tools for integrated management of charcoal rot in soybean.
347
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1350
Sanidade de sementes de erva-doce tratadas com óleos essenciais
(Health of seeds of sweet grass treated with essential oils)
Souza, W. C. O. 1; Medeiros, J. G. F.2; Leite, R. P3; Araújo, P. C.4; Nascimento, L. C.5
1, 2, 3, 4
Mestrandos em Agronomia CCA/ UFPB. 1e. 5D. Sc. Fitopatologia CCA/UFPB. E-mail: wilza-souza@
hotmail.com
A erva-doce (Foeniculum vulgare Mill.) apresenta propriedades farmacêuticas, antifúngicas e inseticida,
além de apresentar grande importância para a indústria cosmética, devido ao óleo essencial extraído. A
presença de patógenos nas sementes é responsável por consideráveis perdas reduzindo o poder germinativo.
Dessa forma, verifica-se a necessidade de pesquisas que visem uma maior produção e tratamentos de
suas sementes e o melhor aproveitamento do óleo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos óleos
essenciais de erva-doce (F. vulgare Mill.) e citronela (Cymbopogon winterianus Jowitt) na redução da
incidência de fungos, incrementando a qualidade sanitária de sementes de erva-doce. O experimento foi
conduzido no Laboratório de Fitopatologia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da
Paraíba (CCA/UFPB). Os tratamentos foram compostos por T0 (Testemunha- água destilada), T1 (1,0%erva- doce), T2 (1,5%- erva- doce), T3 (2,0% erva- doce), T4 (2,5% erva- doce), T5 (1,0% citronela),
T6(1,5% citronela), T7(2,0% citronela), T8 (2,5% citronela). A incubação foi à temperatura de 24 ± 2ºC, em
regime de 12 horas de fotoperíodo, durante oito dias. Neste trabalho, empregou-se o delineamento experi­
mental inteiramente casualizado, com nove tratamentos e dez repetições de vinte sementes. Os resultados
mostraram que o crescimento de Cladosporium sp. na testemunha foi de 1,5% e este foi reduzido a 0%,
com os óleos essenciais de erva-doce e citronela em todas as concentrações utilizadas. A incidência de
Alternaria sp. foi controlada em 100% das sementes tratadas com o uso das concentrações de 2,0 e 2,5%
do óleo de erva-doce. O óleo essencial de citronela reduziu a incidência de Alternaria sp. a medida que
aumentava a concentração desse óleo, porém não houve controle com o uso deste, quando comparado com
a testemunha. Os dados mostram que os óleos essenciais estudados apresentaram efeito inibitório sobre a
incidência de fungos sobre sementes de erva-doce nas condições estudadas.
348
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1351
Controle alternativo na qualidade sanitária de sementes de erva-doce
(Alternative health quality control in the seeds of fennel)
Souza, W. C. O. 1; Leite, R. P 2; Medeiros J. G. F. 3; Araújo Neto, A. C. 4; Nascimento, L. C.5
1, 2, 3, 4
Mestrandos em Agronomia CCA/ UFPB.. 5D. Sc. Fitopatologia CCA/UFPB.
E-mail: [email protected]
A erva-doce (Foeniculum vulgare Mill) pertence à família Apiaceae, é uma planta medicinal muito utilizada
no Brasil com fins medicinais e industriais. Mesmo sendo uma espécie que apresenta alto potencial e
por representar uma importante fonte de renda para os produtores, não se tem um manejo sanitário de
sementes adequado para esta cultura. Assim, para atender à necessidade de desenvolvimento de tecnologias
alternativas ao controle químico convencional, o uso de extratos vegetais constitui-se ferramenta promissora
na dissolução dos problemas sanitários em sementes. Essa pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de
avaliar a eficiência do extrato do Melão de São Caetano (Momordica charantia L.) na redução da incidência
de fungos em sementes de erva-doce. O experimento foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia do
Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba (CCA/UFPB). Os tratamentos foram
compostos por: T0 (Testemunha- água destilada), T1 (fungicida- Captan 500 PM), T2 (10 ppm- Extrato
do Melão de São Caetano(EMSC)), T3 (100 ppm- EMSC), T4 (500 ppm- EMSC), T5 (1000 ppm- EMSC)
a incubação foi à temperatura de 24 ± 2ºC, em regime de 12 horas de fotoperíodo, durante oito dias.
Empregou-se o delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos e dez repetições de vinte
sementes. Os resultados mostraram que a aplicação do fungicida inibiu crescimento de Alternaria sp. em
relação a testemunha. Todas as concentrações do extrato do melão de São Caetano promoveram a redução
na incidência de Alternaria sp. à medida que aumentou a concentração do extrato. O fungicida proporcionou
maior redução na incidência de fungos entre os tratamentos testados. O tratamento com o extrato do melão
de São Caetano, a 1000ppm foi satisfatório a redução da micoflora em sementes de erva-doce, constituindose em uma alternativa viável ao tratamento de sementes.
349
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1352
Atividade do extrato aquoso de Mirabilis jalapa L. sobre o crescimento micelial e produção de
esclerócios de Sclerotium rolfsii Sacc.
(Activity of aqueous extract of Mirabilis jalapa L. to mycelial growth and production of sclerotia
of Sclerotium rolfsii Sacc.)
Queiroz, J. V. J.; Santos, A. M. G.; Velez, L. S.; Barros, A. P. O.; Michereff, S. J.
Depto de Agronomia, UFRPE, Recife, PE, Brasil. DEPA/UFRPE. E-mail: [email protected]
Sclerotium rolfsii é considerado um dos mais importantes patógenos associados a doenças radiculares em
diversas culturas de expressivo valor econômico. Esse fungo é altamente agressivo e sobrevive no campo
na ausência de plantas hospedeiras, devido à produção dos esclerócios. Este trabalho teve por objetivo
avaliar in vitro o efeito do extrato aquoso de Mirabilis jalapa L. sobre o desenvolvimento micelial e a
produção de esclerócios de S. rolfsii. Os extratos foram preparados em 5 concentrações 1:10 (1g de tecido
vegetal/10 mL de água destilada esterilizada - ADE), 1:20, 1:40, 1:60 e ADE e adicionados a meio de cultura
BDA previamente autoclavado e resfriado a 40ºC. Discos de micélio, com 5 mm de diâmetro, obtidos das
bordas de colônias cultivadas por quatro dias em BDA, foram transferidos para o centro de placas de Petri
contendo meio com os extratos. A incubação das colônias foi efetuada sob fotoperíodo alternado a 25±1ºC.
As avaliações foram realizadas diariamente até o primeiro contato de uma das colônias com a borda da
placa. Os dados foram submetidos à analise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey
(P=0,05). O extrato de M. jalapa, em todas as concentrações testadas, inibiu o desenvolvimento micelial de
S. rolfsii, além de prejudicar a formação/amadurecimento de esclerócios até o trigésimo dia de avaliação.
Diante desses resultados, constatou-se o potencial do extrato vegetal como medida alternativa de controle
de S. rolfsii. No entanto, ressalta-se a necessidade de estudos mais aprofundados sobre a natureza química
das substâncias envolvidas na atividade fungitóxica apresentada pela espécie botânica.
350
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1375
Atividades bioquímicas em sorgo induzidas por extratos vegetais de alecrim, cúrcuma e gengibre
(Biochemical activities in sorghum induced by extracts of rosemary, turmeric and ginger)
Formentini, H. M1; Toillier, S. L1.; Iurkiv, L3.; Moers, E. M2; Meinerz, C. C1; Estevez, R. L1.; Cruz, M.
I. F1.; Dildey, Müller, S. F1.; Martinazzo-Portz, T1.; O. F1.; Kuhn, O. J1.; Stangarlin, J. R1.
1
CCA/UNIOESTE/Mal. Cândido Rondon/PR; 2PPGEA/UNIOESTE/ Cascavel/PR; 3CREA/Londrina/PR.
E-mail: [email protected].
O uso de compostos secundários de plantas medicinais, com propriedades antimicrobianas, pode ser
uma alternativa para o controle de fitopatógenos. Diante disso, este trabalho teve como objetivo avaliar
a capacidade de extratos de plantas medicinais em induzir a atividade de enzimas relacionadas à defesa
vegetal contra fitopatógenos em sorgo. Para tanto, folíolos de sorgo foram tratados com os extratos aquosos
a 5 e 15% de folhas de Rosmarinus officinalis (alecrim) e de Zingiber officinale (gengibre) e de rizomas
de Curcuma longa (cúrcuma), tendo como tratamento padrão acibenzolar-S-metil (ASM) (200 mg L-1)
e testemunha água. Após os tratamentos os folíolos foram utilizados para dosar: peroxidase (POX),
polifenoloxidase (PPO), fenilalanina amônia-liase (FAL), quitinase (QUI) e beta-1,3 glucanase (GLU).
Nenhum dos tratamentos induziu a atividade de POX, FAL, QUI e GLU. Apenas para PPO houve indução
pelo tratamento com o extrato de cúrcuma 15%, o qual, no entanto, foi semelhante aos demais tratamentos
e à testemunha ASM, sendo diferente somente para a água. Estes resultados indicam a ausência ou baixa
atividade do potencial desses extratos vegetais para induzir resistência em sorgo a fitopatógenos.
351
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1418
Efeito de tratamentos com extrato de alga e fungicida na severidade da mancha angular e na
produtividade de três cultivares de feijão
(Effect of seaweed extract and fungicide treatments on angular leaf spot severity and yield of three bean
cultivars)
Santos, A. A.1; Wordell Filho, J. A.2 Stadnik, M.J.3
1,3
CCA/UFSC; 2 EPAGRI; E-mail: [email protected]
O presente trabalho comparou os efeitos da pulverização preventiva do extrato de alga (Ulva spp.) e do
fungicida (estrobilurina + triazol) no controle da Mancha angular (Phaeoisariopsis griseola) nas cultivares
de feijão (Phaseolus vulgaris) Uirapuru, CF 22 e Mouro graúdo. O experimento foi realizado em Ituporanga
(SC). Utilizando o delineamento em blocos completamente casualizados com dois fatores (cultivares e
tratamentos) e quatro repetições. As cultivares foram semeadas em 15/02/2005 e receberam quatro aplicações
de forma quinzenal. A severidade da mancha angular foi avaliada sete vezes, semanalmente, e utilizada no
cálculo da AACPD. Após a colheita, determinou-se o peso de mil sementes e a produtividade por área para
cada parcela. O tratamento com fungicida reduziu em 89%, 74% e 86% a AACPD e incrementou em 25%,
20% e 34% a produtividade (kg/ha) nas cultivares Uirapuru, CF 22 e Mouro graúdo, respectivamente.
Também aumentou o peso de mil sementes em 14% na cultivar Uirapuru e 16% na Mouro graúdo. A
aplicação de extrato de alga reduziu de forma significativa em 49% a AACPD na cultivar Mouro graúdo e
incrementou em 17% e 15% o rendimento da cultura (kg/ha) nas cultivares CF 22 e Mouro graúdo.
352
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1427
Teste in vitro de extratos de Rosmarinus officinalis sobre Peronospora maschurica
(In vitro test of extracts from Rosmarinus officinalis on Peronospora maschurica)
Trés, S.P.1; Viecelli, C.A.1,2; Stangarlin, J.R.2; Rosseto, R.E.1
¹FAG. 2UNIOESTE. E-mail: [email protected]
Com o objetivo de buscar medidas alternativas para o controle de Peronospora maschurica, fungo causador
de míldio na soja, testou-se extratos aquosos de alecrim (Rosmarinus officinalis) sobre a germinação
de esporos deste fungo. O extrato aquoso foi obtido por meio da hidratação do extrato anteriormente
liofilizado, diluindo-se em água destilada para atingir as concentrações de 50; 100; 150 e 200 mg L-1, além
da testemunha (água). O teste de inibição da germinação de esporos na presença dos extratos foi realizado
em lâmina de microscopia revestida por fina camada (1000 µL) de Agar - água a 1%. Alíquotas de 40 µL
do extrato aquoso e 40 µL da suspensão de esporos de míldio (1x104 esporos mL-1) obtidas de folhas em
uma lavoura experimental da Fazenda Escola da Faculdade Assis Gurgacz foram distribuídas na superfície
das lâminas, as quais foram acondicionadas em caixa de gerbox e incubadas em câmara de geminação e no
escuro por 24 horas a 22°C. Após determinou-se a porcentagem de germinação dos esporos pela contagem
em microscópio. Os resultados obtidos foram analisados pela ANAVA por meio do programa SISVAR e o
teste de média por Tukey a 5% de probabilidade e demonstram que apenas a concentração de 150 mg L-1
diferenciou do controle e dos demais tratamentos, inibindo em 76% a germinação dos esporos de míldio,
favorecendo dessa forma testes em plantas de soja visando a redução da severidade do míldio.
353
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1433
Atividade antifúngica de óleos essenciais sobre Pseudocercospora griseola, in vitro
(Antifungal activity of essential oils on Pseudocercospora griseola, in vitro)
Hoyos, J.M.A.1; Alves, E1; Rozwalka, L.C.2
1
Universidade Federal de Lavras Dpto de Fitopatologia.
[email protected]
2
Universidade Federal do Paraná. E-mail:
O controle químico da mancha angular do feijoeiro causada por P. griseola acarreta consideráveis custos
ambientais e financeiros. Biofungicidas como os óleos essenciais (OEs) têm demonstrado potencial no
controle de fitopatógenos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antifúngica de 26 óleos essenciais
sobre a germinação e crescimento micelial deste patógeno. Alíquotas de 40 µL das soluções dos OEs a 0,4,
2,0 e 10,0 mL.L-1 e 40 µL da suspensão a 2x104 conídios.mL-1 preparadas em água destilada e esterilizada
com Tween 20 a 1,0% foram depositadas em poços de placas de Elisa, resultando nas concentrações de
OEs a 0,02, 0,1 e 0,5%. Como controle foi utilizado água destilada estéril. Após 14 horas de incubação
paralisou-se a germinação com 20 µL de lactoglicerol. Em microscópio de luz foram avaliados 50 conídios/
poço x 6 repetições. No experimento de crescimento micelial, um disco de micélio de 6 mm de diâmetro
foi depositado no centro de placas de Petri contendo meio BDA acrescido dos OEs de cravo-da-Índia,
palmarosa e capim-limão a 0,1%. Os controles foram água destilada estéril com Tween 20 a 0,1% e o
fungicida azoxistrobina (80 g.ha-1). As placas de Elisa e de Petri foram incubadas a 25 ºC sob fotoperíodo de
12 h. Se realizaram 5 avaliações a cada 8 dias medindo-se o diâmetro das colônias. Palmarosa e capim-limão
(todas concentrações), cravo-da-Índia, canela, tomilho, orégano e camomila (0,1 e 0,5%) e manjericão,
atroveran, citronela, erva doçe, tuia Europa, melaleuca, alfazema, gengibre, laranja doçe e loro (0,5%)
inibiram totalmente a germinação. Os demais OEs não tiveram efeito significativo. OEs de cravo-da-Índia,
palmarosa e capim-limão a 0,1%, inibiram o crescimento micelial em 100% semelhante ao fungicida.
Apoio: FAPEMIG, CAPES.
354
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1437
Extratos de plantas e microrganismos para o controle da mela do feijoeiro (Rhizoctonia solani) em
casa de vegetação
(Plant extracts for control of the bean micelial net (Rhizoctonia solani) in a greenhouse)
Minosso, S. C. C.1; Vieira Junior, J. R.2; Fernandes, C. F.2; Silva. D. S. G.2; Nogueira, A. E.3; Santana.
L. S1; Almeida. U. O.1; Silva. C. M.4; Rodrigues, M. M.1; Antunes Júnior, H.1; Matos, S.I5.
1
Graduanda,Faculdade UNIRON-RO; 2EMBRAPA/CPAF-RO; 3Doutoranda, UNIR-RO; 4Graduando,
FIMCA-RO. 5Graduanda, Faculdade São Lucas-RO E-mail: shirlei_minosso@hotmail
A mela ou teia micélica é a principal doença do feijoeiro na Região Norte. Os métodos tradicionais de
controle tem sido ineficientes. Com isso, métodos alternativos tem sido buscados. Neste trabalho objetivouse testar diferentes extratos no controle a mela. Para tanto, obteve-se extratos a partir da proporção planta/
água (1g/10ml) dos seguintes materiais: extrato da folha de pimenta, extrato da folha do pinhão manso,
extrato da folha de Jamelão, extrato da folha de urtiga, extrato da folha da banana com sintomas de
sigatoka, extrato da folha de babaçu. Além desses produziu-se extratos de microrganismos (conhecidos
como E.M.) e de palha de café curtida (10g/100 ml) e, como controle: água, extrato de neem comercial
(1%), e o fungicida azoxistrobina (0,6 g/l). Estes extratos foram pulverizados sobre plantas de feijoeiro com
10 dias após a emergência. No dia seguinte foi pulverizada suspensão de micélio de Rhizoctonia solani
Kuhn (1x105 fragmentos. mL-1). O delineamento experimental foi ao acaso, com 5 plantas (repetições)
por tratamento. As plantas foram mantidas em casa de vegetação e a severidade da doença foi avaliada
com escala diagramática. Dos extratos testados, os obtidos de folhas de Jamelão, pinhão manso, pimenta
e urtiga, foram os que reduziram a severidade da doença quando comparados ao controle com fungicida e
água. Isto foi observado no calculo da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD= 108; 83,5;
18; 90,5; 161; 166 respectivamente) Estes resultados demonstram o potencial do uso de extratos vegetais no
controle da mela do feijoeiro. Porém, ensaios de campo precisam ser realizados para comprovar a eficiência
dos mesmos.
Apoio: Consórcio Brasileiro de Pesquisa do Café, CNPq e Embrapa.
355
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1492
Estudo da eficiência inibitória de Cymbopogon citratus Staph (capim-limão) em Quambalaria sp.
(Study of the inhibitory efficiency of Cymbopogon citratus Staph (lemon grass) in Quambalaria sp.)
Gomes, E. M. C.1; Pena, R. da C. M.1; Firmino, A. V.1; Almeida, S. S. da S. de1; Aparício, P. da S.1;
Cirqueira, R. da S.1; Santos, L. L. dos1.
1
Laboratório de Fitopatologia - Universidade do Estado do Amapá, Macapá-AP. E-mail: ediellengomes@
yahoo.com.br
Trabalhos desenvolvidos utilizando-se extratos brutos obtidos a partir de plantas têm indicado o potencial
dos mesmos no controle de fitopatógenos. Diante disso, objetivou-se avaliar a atividade in vitro da ação
inibitória do extrato bruto de Cymbopogon citratus Staph, dos solventes Hexano, Acetato de Etila e Metanol
e o fungicida comercial Derosal, frente ao fungo Quambalaria sp., isolado do hibrído Eucalytpus grandis x
Eucalyptus urophylla. No Laboratório de Fitopatologia da Universidade do Estado do Amapá/UEAP, isolados
fúngicos denominados Q1 e Q2 foram obtidos de amostras de folhas de eucalipto. No ensaio de avaliação
in vitro foram utilizados os seguintes tratamentos: extratos brutos de folhas de capim-limão nos solventes
hexano (Extrato Bruto Hexânico–EBH), acetato de etila (Extrato Bruto em Acetato de Etila–EBAcoEt) e
metanol (Extrato Bruto Metanólico–EBM), nas concentrações de 5, 10, 20 mg/ml; apenas os solventes (5
ml/ml); fungicida Derosal (0,25 ml/L) e o meio de cultivo BDA (testemunha). O experimento foi conduzido
segundo delineamento inteiramente casualizado com 03 extratos x 03 concentrações x 03 solventes x 01
fungicida x 01 testemunha, contendo 06 repetições por tratamento e, analisado estatisticamente através
do teste de Kruskal-Wallis. Dentre os extratos brutos utilizados no isolado Q1 o tratamento com EBM (5
mg/ml) foi o mais significativo (p= 0,0327) quando comparado a testemunha, no entanto, nos tratamentos
que foram utilizados apenas o solvente metanol (p= 0,0094) e o fungicida Derosal (p= 0,0006), constatouse maior efeito inibitório. Quanto ao isolado Q2 foi observado na comparação com a testemunha que o
EBAcoEt (20 mg/ml) apresentou significância (p= 0,0008), mas quando comparado com os tratamentos,
apenas o solvente metanol (p=0,0049) e o fungicida Derosal (p= < 0,0001), constatou-se maior inibição.
Concluí-se que o Extrato Bruto Metanólico–EBM e o Extrato Bruto em Acetato de Etila–EBAcoEt inibiram
satisfatoriamente o fungo em estudo, evidenciando possuírem ação fungitóxica.
356
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1493
Avaliação do potencial inibitório dos extratos brutos de folhas de eucalipto (Eucalyptus sp.) em
Quambalaria sp.
(Evaluation the potential inhibitory of crude extracts eucalyptus leaves (Eucalyptus sp.) in Quambalaria
sp.)
Gomes, E. M. C.1; Pena, R. da C. M.1; Firmino, A. V.1; Almeida, S. S. da S. de1; Aparício, P. da S.1;
Santos, L. L. dos1.
1
Laboratório de Fitopatologia - Universidade do Estado do Amapá, Macapá-AP.
A utilização de defensivos naturais que possuem baixa toxicidade vem mostrando-se promissora no controle
de fitopatógenos. Diante disso, o presente estudo objetivou avaliar a atividade in vitro da ação inibitória dos
extratos brutos do híbrido Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, em comparação com os solventes
Hexano, Acetato de Etila e Metanol e o fungicida comercial Derosal, no desenvolvimento do fungo
Quambalaria sp. No Laboratório de Fitopatologia da Universidade do Estado do Amapá/UEAP, isolados
fúngicos denominados Q1 e Q2 foram obtidos de amostras de folhas de eucalipto. No ensaio de avaliação
in vitro foram utilizados os seguintes tratamentos: extratos brutos de folhas de capim-limão nos solventes
hexano (Extrato Bruto Hexânico–EBH), acetato de etila (Extrato Bruto em Acetato de Etila–EBAcoEt) e
metanol (Extrato Bruto Metanólico–EBM), nas concentrações de 5, 10, 20 mg/ml; apenas os solventes (5
ml/ml); fungicida Derosal (0,25 ml/L) e o meio de cultivo BDA (testemunha). O experimento foi conduzido
segundo delineamento inteiramente casualizado com 03 extratos x 03 concentrações x 03 solventes x 01
fungicida x 01 testemunha, contendo 06 repetições por tratamento e, analisado estatisticamente através do
teste de Kruskal-Wallis. A análise estatística demonstrou que no isolado Q1 os tratamentos com o EBM
na concentração de 10 mg/ml (p= 0,0008) foi significativo quando comparado a testemunha, entretanto
em comparação com o fungicida Derosal (p= < 0,0001) houve maior efeito inibitório. Na avaliação com
Q2 o EBM quando comparado com a testemunha foi significativo nas concentrações de 10 mg/ml e 20
mg/ml (p= < 0, 0001), semelhante ao tratamento com o fungicida Derosal (p= < 0, 0001). Desta forma, o
tratamento utilizando o Extrato Bruto Metanólico–EBM, demonstrou eficácia no controle in vitro do fungo
Quambalaria sp.
357
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1514
Avaliação de indutores de resistência como estratégia de controle de Curvularia eragrostidis associado
a flores tropicais na Ilha de São Luís
(Evaluation of resistance as inductors control strategy Curvularia eragrostidis associated with tropical
flowers on the Ilha de São Luís)
Diniz, N. B.1; Sardinha, D.H.S; Rodrigues, A. C. C2; Sousa, F.A. de
1
Agronomia/UEMA; 2DFF/UEMA ; ³ Mestrado em Agroecologia. E-mail: [email protected]
O fungo Curvularia eragrostidis vem tonando-se um problema para a produção de flores tropicais na Ilha de
São Luís, causando tanto danos diretos quanto indiretos. A indução de resistência em plantas tem sido uma
alternativa promissora de controle a ser empregada por pequenos produtores. Esta pesquisa visou avaliar
indutores de resistência no controle de C. eragrostidis associado a flores ornamentais tropicais. O trabalho
foi realizado em duas etapas in vitro e em casa de vegetação. Na primeira etapa discos do isolado de C.
eragrostidis cultivado em meio BDA foram transferidos para placas de Petri contendo os produtos Biopirol,
Ecolife e Agro-mós adicionados nas concentrações, 1 µ/ml, 2 µ/ml e 4 µ/ml. Cada produto representou
um tratamento e placas com BDA sem adição dos produtos serviram de testemunha. A avaliação ocorreu
através da medição do crescimento micelial da colônia, sendo dez repetições para cada tratamento, até que
a testemunha tivesse tomado toda a extensão da placa. Na segunda etapa os produtos foram aplicados em
plantas de Heliconia psittacorum golden torch, na concentração de 2 ml/L, após cinco dias discos de micélio
contendo estruturas do patógeno foram depositados sobre as folhas da planta previamente lesionadas com
agulha histológica. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, totalizando 12 repetições para
cada tratamento, sete dias após a inoculação, avaliou-se o tamanho da lesão. No geral, os produtos Ecolife
e Agro-mós promoveram a inibição do crescimento micelial de C. eragrostidis, ressalta-se que o produto
Ecolife mostrou-se eficaz em todas as concentrações avaliadas. Em casa de vegetação plantas tratadas
com Biopirol tiveram a lesão causada pelo fungo reduzida quando comparadas com os demais tratamentos
avaliados. Assim, dentre os produtos avaliados o Biopirol demonstrou um possível controle através de
indução de resistência, pois, in vitro o mesmo não teve efeito direto sobre o patógeno.
358
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1515
Avaliação de indutores de resistência como estratégia de controle de Pestalotiopses sp. associado a
flores tropicais
(Evaluation of resistance as inductors control strategy Pestalotiopses sp. associated with tropical flowers)
Sardinha, D.H.S¹; Rodrigues, A.A.C.; Diniz, N.B.; Paz, D.S
¹Mestrado em Agroecologia; 2DFF/UEMA; ³Agronomia/UEMA. E-mail: [email protected]
Cultivos de helicônias em São Luis vêm sendo afetados significativamente por patógenos foliares que reduzem
a superfície foliar e consequentemente a produtividade. Dentre estes patógenos temos o Pestalotiopsis sp..
Este pesquisa teve como objetivo avaliar produtos indutores de resistência no controle deste patógeno e
desta forma fornecer ao produtor uma estratégia de controle dessa doença. Os produtos Biopirol, Ecolife
e Agro-mós foram avaliados em laboratório e em casa de vegetação. No laboratório os produtos nas
concentrações 1 µ/ml, 2 µ/ml e 4 µ/ml foram acrescidos em meio BDA, para posteriormente, um disco
de micélio contendo o patógeno fosse transferido para o centro da placa para avaliação do crescimento
micelial, utilizou-se 10 repetições para cada tratamento. Em casa de vegetação os produtos foram aplicados
em plantas de Heliconia psittacorum golden torch, na concentração de 2 ml/L, após cinco dias discos de
micélio contendo o patógeno foram depositados sobre as folhas da planta previamente lesionadas com
agulha histológica. Sete dias após a inoculação avaliou-se o tamanho da lesão, totalizando 12 repetições
para cada tratamento. Apenas o produto Ecolife em todas as concentrações e o Agro-mós na concentração
de 4 µ/ml reduziram significativamente o crescimento micelial do fungo quando comparados a testemunha.
Já em casa de vegetação apesar da media dos tratamentos serem menores que a media da testemunha, o
tamanho da lesão não diferiu estatisticamente entre plantas tratadas e não tratadas. Os resultados indicam
que in vitro o patógeno não tem seu crescimento afetado pelos produtos Biopirol e Agro-mós. Já em casa
de vegetação nenhum dos produtos foi eficaz neste experimento.
359
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1520
Influência de diferentes doses de torta de pinhão manso no controle de Meloidogyne javanica no
tomateiro
(Influence of different doses of cake of Jatropha curcas in the control of Meloidogyne javanica in
tomato)
Ferreira1, F.C. (Bolsista IC CNPq); Ferraz1, S. (Orientador); Amora1, D.X. (Estudante de doutorado
CAPES); Ferreira1, P.A. (Estudante de doutorado CNPq); Guimarães1, C.F (Estudante de Graduação)
& Freitas1, L.G. (Co-Orientador)
1
Departamento de Fitopatologia/UFV, Viçosa/MG, 36570-000, E-mail: [email protected]
O pinhão manso (Jatropha curcas) está sendo muito utilizado na produção de biodiesel. As tortas excedentes
da extração do óleo podem ser utilizadas nos sistemas agrícolas como fertilizantes, auxiliando na reciclagem
do rejeito industrial, e ainda pode ser uma boa alternativa ao controle de diversos patógenos. Assim o
objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de diferentes doses de torta de pinhão manso no controle de
Meloidogyne javanica e no desenvolvimento do tomateiro em casa de vegetação. As doses testadas foram
0 g; 3,12 g; 6,25 g; 9,37 g; 12,5 g e 16,12 g de torta de pinhão manso, que foram incorporadas ao solo em
vasos de 1 litro. Uma semana após a adição dos tratamentos ao solo e concomitante infestação deste com
5.000 ovos do nematoide, uma muda de tomateiro ‘Santa Clara’ foi transplantada para cada vaso. Sessenta
dias após o transplantio, foram realizadas as avaliações de massa fresca de parte aérea e de raiz, número de
galhas e número de ovos de M. javanica por sistema radicular. A incorporação da torta ao solo influenciou
significativamente o número de ovos por grama de raiz. No entanto, com o aumento das doses ocorreu
o aumento do numero de galhas, da massa fresca da parte aérea, e das raízes. Portanto o uso da torta de
pinhão manso melhorou o desenvolvimento das plantas de tomate, porem não foi eficiente para controle de
M. javanica. Novas doses deverão ser estudadas visando encontrar a dose que ocasione a maior produção
das plantas e que reduza a população do nematoide.
Apoio: FAPEMIG/CNPq
360
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1521
Efeito de diferentes doses de torta de algodão no controle de Meloidogyne javanica em tomateiro
(Effect of different doses of peanut cake in the control of Meloidogyne javanica in tomato)
Ferreira1, F.C. (Bolsista IC CNPq); Ferraz1, S. (Orientador); Amora1, D.X. (Estudante de doutorado
CAPES); Ferreira1, P.A. (Estudante de doutorado CNPq); Guimarães1, C.F (Estudante de Graduação)
& Freitas1, L.G. (Co-Orientador)
Departamento de Fitopatologia/UFV, Viçosa/MG, 36570-000, Email: [email protected]
O amendoim (Arachis hypogaea) é uma oleaginosa que tem sido utilizada em usinas para produção de
biodiesel. O resíduo gerado nessas usinas pode ser utilizado como fertilizante nos sistemas produtivos e ainda
substituir alguns agrotóxicos no controle de doenças. Assim o objetivo do presente trabalho foi avaliar o
efeito de diferentes doses de torta de amendoim no controle de Meloidogyne javanica e no desenvolvimento
de plantas de tomate em casa de vegetação. As doses testadas foram 0 g; 3,12 g; 6,25 g; 9,37 g; 12,5 g e
16,12 g de torta de amendoim que foram incorporadas ao solo em vasos de 1 litro. Uma semana após a
adição dos tratamentos ao solo e concomitante infestação deste com 5.000 ovos do nematoide, uma muda de
tomateiro ‘Santa Clara’ foi transplantada para cada vaso. Sessenta dias após o transplantio, foram realizadas
as avaliações de massa fresca de parte aérea e de raiz, número de galhas e número de ovos de M. javanica
por sistema radicular. Não houve influencia das diferentes doses de torta de algodão na massa fresca da raiz
e no número de galhas. No entanto o uso da torta promoveu um aumento na massa fresca da parte aérea e no
número de ovos do nematoide. Novas doses deverão ser estudadas visando encontrar a dose que ocasione a
maior produção das plantas e que reduza a população do nematoide.
Apoio: FAPEMIG/CNPq
361
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1525
Supressão de brusone por promotores de crescimento, bióticos e abióticos, em arroz de terras altas
(Rice blast supression by biotic and abiotic inducers on up land rice)
Pereira Filho, C.R.1, Rego, M.C.F.2, Gonçalves, D.A.M.2, Côrtes, M.V.C.B.3, Silva, G.B.2 ,Silva-Lobo,
V.L.3, Prabhu, A.S.3, Filippi, M.C3.
1
UFG, 2UFRA, 3Embrapa Arroz e Feijão, E-mail: [email protected]
Na redução da produtividade de arroz de terras altas destaca-se a ocorrência de doenças, a falta de resposta
da planta aos insumos quando em lavouras de plantio sucessivos, e também a deficiência em absorver
nitrogênio na forma de nitrato (NO3-), nos estádios iniciais do desenvolvimento da planta de arroz. Dentro
deste enfoque a utilização de microorganismos em arroz com dupla ação, promoção do crescimento e
proteção contra doença vem sendo extensivamente estudada. Com o objetivo de testar a eficiência dos
promotores de crescimento na supressão da brusone, foram instalados 2 ensaios (GO e PA), em condições
de campo, em sistema de plantio direto, com delineamento de blocos ao acaso, com 4 repetições. As
parcelas compuseram-se em 10 linhas, de 6 m, espaçadas em 0,40 cm. Os 6 tratamentos consistiram em 3
indutores bióticos ( T1:R-46, T2:R-55 e T3:Tricho, todos a 600L/ha) e 2 indutores de crescimento abiótico
(T5:Fipronil e T4:Fipronil Top em 150mL/100 kg) veiculados via tratamento de sementes, e uma testemunha
absoluta (T6). Em GO, os indutores bióticos foram pulverizados 7 dias após o plantio, e no PA, aos 21 dias
após o plantio. Avaliou-se severidade (%) de brusone nas folhas e nas panículas, incidência, produção e
peso de 100 grãos. Os indutores biológicos foram eficientes na supressão de brusone nas folhas, tanto em
GO como no PA. Não houve diferença entre os tratamentos para severidade de brusone nas panículas em
ambos os locais. Quanto à produção, em GO, T1 destacou-se estatisticamente da testemunha.
362
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1543
Efeito de extratos vegetais obtidos de plantas do cerrado baiano na proteção do sistema radicular do
tomateiro contra o parasitismo de Meloidogyne mayaguensis
(Effect of vegetal extracts obtained from plants of the Bahia State Cerrado in the protection of tomato root
system against parasitism of Meloidogyne mayaguensis)
Bomfim, B.S.A1 ; Coimbra, J.L.2 ;; Lopes, C.M.L.1. Rodrigues, C.S 1
1
Graduando(a), UNEB; 2 Doutor, UNEB. E-mail: [email protected]
O nematóide das galhas Meloidogyne mayaguensis Rammah & Hirschmann, 1988 vem causando prejuízos a
plantios comerciais, em especial ao da goiabeira. Nenhuma estratégia de manejo tem demonstrado eficiência
no controle desse patógeno. O Cerrado baiano apresenta uma diversidade de plantas que ainda não foram
estudadas quanto as suas propriedades nematicidas. Dessa forma, objetivou-se com este trabalho avaliar o
efeito de extratos vegetais obtidos de plantas do Cerrado baiano em proteger o sistema radicular do tomateiro
contra o parasitismo de M. mayaguensis. O trabalho foi realizado com treze extratos vegetais de folhas e
sementes das espécies Myracrodruon urudeuva, Copaifera langsdorffi, Hymenaeae courbaril, Annacardium
humile, Aspidosperma spp., Curatela americana, Simarouba versicolo, Hymenaea stigonocarpa, Eugenia
dysenterica, Dimorphandra mollis, Magonia pubescens, Amburana cearensis e Combretum spp. A
metodologia adotada para produção dos extratos foi a de Ferris & Zheng (1999). O experimento foi montado
em badeja de polietileno de 50 células contendo substrato com vermiculita. Em cada célula da bandeja
contendo o substrato, fez-se uma fenda em formato piramidal. Foi realizada a infestação do substrato
adicionando-se 2ml de suspensão contendo 2500 ovos do nematóide e em seguida 20 ml do extrato vegetal.
Após a infestação do substrato com os ovos do nematóide e o extrato vegetal, colocou-se uma muda de
tomate (Lycopersicon esculentum) cv. Kadá com o sistema radicular intacto na célula da bandeja. Passados
43 dias do transplante, as mudas foram removidas para obtenção dos dados. O delineamento experimental
utilizado foi o de blocos ao acaso (DBC), com cinco repetições e unidade experimental de duas plantas. As
variáveis analisadas foram: número de galhas, número de massas de ovos e número de ovos por grama de
raiz. Nenhum dos extratos vegetais analisados protegeu o sistema radicular do tomateiro.
Apoio: FAPESB
363
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1570
Extrato de amor crescido (Portulaca pilosa L.) na inibição in vitro de Cylindrocladium sp. e Quambalaria
sp.
(Love Growm Extract (Portulaca pilosa L.) in inibition in vitro of Cylindrocladium sp. and Quambalaria
sp.)
Pinto, P. V. S.1 Pena, R. da C. M.1 Gomes, E. M. C.1 Silva, T. L.¹; Santos, L. L.¹; Carmo, S. F. S.¹
1
Laboratório de Fitopatologia - Universidade do Estado do Amapá, Macapá-AP. E-mail: ediellengomes@
yahoo.com.br.
A tentativa de reduzir o uso de fungicidas para minimizar os impactos ambientais e evitar selecionar
populações de patógenos resistentes, tem motivado a procura por princípios ativos em extratos vegetais
e óleos essenciais. Este trabalho objetivou avaliar a ação inibitória in vitro do extrato bruto hexânico de
Portulaca pilosa L. sobre o desenvolvimento dos fungos Cylindrocladium sp. e Quambalaria sp., isolados
de folhas de Eucalyptus sp. O extrato bruto hexânico de P. pilosa L foi utilizado na proporção de 0,4g/10ml
de água. O teste ação inibitória do crescimento micelial foi realizado no Laboratório de Fitopatologia da
UEAP, com quatro tratamentos (testemunha, BDA+250µL, BDA+650µL e BDA+1000µL) e seis repetições
para cada tratamento, em esquema fatorial de 4x6. Nas placas de Petri contendo os tratamentos, disco de
micélio de 0,5 cm de diâmetro foi disposto no centro das placas e incubadas a temperatura de 25±2ºC durante
sete dias, sendo que os tratamentos com Cylindrocladium sp. foram incubados em regime escuro e os de
Quambalaria sp com regime de 12 horas de iluminação e 12 horas de escuro. A avaliação do crescimento
das duas espécies foi realizada todos os dias, onde foram registradas as médias de cada repetição e de cada
tratamento. O efeito inibitório do extrato sobre as duas espécies de fungos foi avaliado com a utilização do
teste estatístico de Kruskal Wallis, onde os tratamentos utilizados para Cylindrocladium sp. mostraram-se
não significativos (p=0.0632). Já para Quambalaria sp. pôde-se verificar que o tratamento BDA+650µL
foi significativo em relação a testemunha com o valor de p=0,004. Assim, o extrato bruto hexânico de P.
pilosa L. poderá contribuir para o desenvolvimento de um novo defensivo agrícola, principalmente contra
Quambalaria sp., propiciando o menor uso de agrotóxicos.
364
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1571
Controle alternativo de Quambalaria sp. com óleo de pracaxí (Pentaclethra macrobola (willd.)
Kuntze
(Alternative control of Quambalaria sp. with oil Pracaxí (Pentaclethra macrobola (Willd.) Kuntze)
Silva, T. L.¹; Santos, L. L.¹; Carmo, S. F. S.¹; Pena, R. da C. M.¹; Gomes, E. M. C.¹; Pinto, P. V. S.
¹Laboratório de Fitopatologia - Universidade do Estado do Amapá, Macapá-AP. E-mail : ediellengomes@
yahoo.com.br
O fungo do gênero Quambalaria pode reduzir significativamente a produção de miniestacas para
enraizamento na cultura de eucalipto, pois causa manchas foliares, anelamento da haste das mudas e das
brotações e, cancro nas plantas que já estão em campo. Desta forma, o controle da doença através do uso
indiscriminado de agrotóxicos é responsável por altos índices de intoxicação, contaminação do solo e dos
alimentos, resistência do patógeno aos agrotóxicos e interferência na biodiversidade local causando danos
econômicos e ambientais à sociedade. Uma maneira de minimizar os prejuízos advindos dos agrotóxicos
é a utilização do controle alternativo que pode ser definido como medidas não poluentes que visam
diminuir a intensidade da doença a partir de matérias obtidas na natureza. Com base nesse contexto, o
presente trabalho foi realizado no Laboratório de Fitopatologia da Universidade do Estado do Amapá e
teve como objetivo avaliar o efeito inibitório do óleo fixo de Pracaxí sobre o fitopatógeno Quambalaria sp.
O experimento consistiu em quatro diferentes tratamentos 250 µl.Lˉ¹,650 µl.Lˉ¹e 1000 µl.Lˉ¹ do óleo fixo
de Pracaxí, adicionadas ao meio BDA, comparadas a testemunha que continha somente o meio de cultura,
com quatro repetições por tratamento. Após a repicagem do disco micelial do fitopatógeno, as placas foram
acondicionadas na incubadora tipo B.O.D. a temperatura de 25°C±2°C e fotoperíodo de 12 horas por sete
dias. De acordo com os resultados obtidos através da análise estatística por meio do teste de Kruskal-Wallis,
o tratamento que apresentou melhor efeito inibitório foi o com 650µl.Lˉ¹ (p=0,0259) de óleo fixo de Pracaxí.
Com o resultado obtido é possível constatar a ação fungitóxica do Pracaxí contra o fungo em questão.
365
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1599
Atividade antifúngica de extratos de alho, capim-santo e pimenta malagueta sobre o crescimento
micelial e esporulação de Fusarium solani agente etiológico da podridão radicular da mandioca
(Manihot esculenta Crantz)
(Antifungal activity of extracts of garlic, mycelial growth and sporulation of Fusarium solani etiologic
agent of)
Silva, J. L.1; Teixeira, R. N. V.2; Santos, D. I. P.2; Pessoa, J. O.2; Costa, C. R. X.3; Nascimento, A. V.
S.4.
1,2,3,4
Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente. E-mail:
[email protected]
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro atividade antifúngica de extratos em diferentes concentrações
de alho (Allium sativum L.), Capim santo (Cymbopogon citratus Stapf.) e Pimenta malagueta (Capsicum
frutescens) sobre o crescimento micelial e esporulação de F. solani. A partir de raízes de mandioca, foi
feito o isolamento direto de F. solani para meio de cultura BDA. Utilizou-se o método de incorporação
dos extratos ao meio BDA fundente para as concentrações finais de 1%, 10%, 20% e 40%. A análise
da inibição do crescimento micelial foi feita medindo-se os diâmetros das colônias em dois sentidos
diametralmente opostos com auxilio de uma régua milimetrada durante 5 dias, quanto a esporulação, foi
feita a contagem de três leituras por tratamento dos esporos do fungo em hemacitômetro, após a incubação.
Os extratos empregados reduziram a taxa de crescimento micelial e a esporulação de F. solani. Os extratos
de alho e capim santo a partir da concentração de 20% mostraram maior eficiência em relação aos demais
tratamentos.
366
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1600
Efeito in vitro de extratos de alho, capim-santo e pimenta malagueta sobre a germinação de esporos de
Fusarium solani agente etiológico da podridão radicular da mandioca (Manihot esculenta Crantz)
(In vitro effect of garlic extract, holy-grass and chilli about germination of spores of etiologic agent of root
rot of cassava)
Silva, J. L.1; Teixeira, R. N. V.2; Pessoa, J.O.2; Santos, D. I. P.2; Costa, C. R. X.3; Nascimento, A. V. S.4.
1,2,3,4
Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente. E-mail : jhonlemos1990@
gmail.com
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a o efeito de diferentes concentrações de extratos vegetais
de Alho (Allium sativum L.), Capim santo (Cymbopogon citratus Stapf.) e Pimenta malagueta (Capsicum
frutescens) sobre a germinação de esporos de Fusarium solani agente etiológica da podridão radicular
em mandioca. O teste adotado foi o da diluição de extratos em água destilada e esterilizada, obtendo-se
as concentrações de 1%, 10%, 20% e 40%. Preparou-se lâminas escavadas no interior de placas de Petri
e em cada uma foram depositados 100 μL dos extratos nas diferentes dosagens, e a seguir, realizou-se a
imersão nos extratos de 10 μL da suspensão de esporos de F. solani na concentração de 2x106 esporos.ml-1
e avaliados quanto à germinação 12 horas após a imersão. Na testemunha os conídios foram imersos em
água destilada esterilizada. Foram considerados como esporos germinados aqueles que apresentaram tubo
germinativo independente de seu comprimento. O deliamento experimental foi o inteiramente casualizado,
em arranjo fatorial inteiramente casualizado com três repetições. Foi verificado que os extratos de capim
santo a 20% e alho a 20 e 40% foram os mais eficazes, sendo que alho a 40% foi capaz de causar inibição
total da germinação de esporos de F. solani.
367
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1608
Atividade antifúngica de extratos de Curcuma longa, Rosmarinus officinalis e Pycnoporus sanguineus
contra Alternaria solani
(Antifungal activity of Curcuma longa, Rosmarinus officinalis and Pycnoporus sanguineus against
Alternaria solani)
Assi, L1; Meinerz, C. C1; Viecelli, C. A2; Cruz, M. I. F1; Kuhn, O. J1; Gonçalves Jr., A. C1; Stangarlin,
J. R1; Schwan-Estrada, K. R. F3.
1
UNIOESTE - Mal. Cândido Rondon/PR; 2FAG – Cascavel/PR; 3UEM – Maringá/PR. E-mail: crismeinerz@
hotmail.com.
A expansão da agricultura de base agroecológica demanda o desenvolvimento de métodos alternativos aos
tradicionais fungicidas para o controle de doenças em plantas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi
verificar a atividade antimicrobiana de três formulações a base de extrato aquoso das plantas medicinais
Rosmarinus officinalis (alecrim) e Curcuma longa (cúrcuma ou açafrão) e do basidiomiceto Pycnoporus
sanguineus para controle de Alternaria solani (agente causal da pinta preta do tomateiro). Foram usados
os extratos liofilizados nas concentrações de 0, 50, 100, 150 e 200 mg L-1, conservados por seis meses
em temperatura de 40 oC. A cada dois meses, amostras eram retiradas e utilizadas para avaliar a atividade
antifúngica in vitro, através da inibição da germinação de esporos de A. solani. O fungicida azoxystrobin
(40 mg L-1) foi utilizado como controle. Os resultados indicaram que para o extrato de alecrim não foi
observada atividade antimicrobiana em nenhum tempo de armazenamento ou concentração testada. Para o
extrato de cúrcuma as concentrações de 150 e 200 mg L-1 foram tão eficientes quanto o fungicida em inibir
a germinação dos conídios, enquanto que para o extrato de P. sanguineus houve eficiência na concentração
150 mg L-1 no decorrer dos tempos de armazenamento. Estes resultados indicam o potencial dos extratos de
curcuma e P. sanguineus para controle de A. solani.
368
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1609
Controle alternativo da mancha angular do feijoeiro por homeopatico de propolis
(Alternative control of bean angular leaf spot by homeopathy propolis)
Meinerz, C. C. 1; Viecelli, C.A.1,2; Boenke, C.J.2; Melo, L.E.E.2; Dagani, F.R.2; Plack, V.H.2; Henkemeier,
N.P.2.
1
UNIOESTE. 2FAG. E-mail: [email protected]
Homeopáticos de própolis nas dinamizações CH6 e CH12 foram testadas em plantas de feijão para o
controle da mancha angular do feijoeiro, causado pelo fungo Pseudocercospora griseola em casa de
vegetação. Aos 20 dias após o plantio do feijeoiro (var. IAPAR 81) em vasos plásticos de 20 L contendo
solo e areia (2:1), aplicou-se os homeopáticos de própolis, diluindo-se 5 gotas do homeopático por litro
de água destilada, pulverizando 5 mL da solução por planta, com 1, 2 e 3 aplicações com intervalos de 7
dias cada. A pulverização foi ministrada em toda a planta e três dias após cada aplicação inoculou-se a
suspensão de esporos de P. griseola (1x104 esporos mL-1 obtidos de isolado mantido em meio de cultura
suco de tomate, com 14 dias de idade). A avaliação da severidade foi avaliada aos 28 dias após a primeira
aplicação do homeopático, utilizando o software AFSoft. Os resultados foram avaliados pela ANAVA e
teste de média por Tukey a 5% de probabilidade, indicando que houve redução de 52,5% na severidade
da doença na dinamização CH12 com 3 aplicações, quando comparado com a testemunha (água) e demais
tratamentos. Conclui-se que o homeopático de própolis na CH12 é promissor para o controle alternativo da
mancha angular do feijoeiro.
369
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1618
Atividades enzimáticas em soja induzidas por extratos vegetais de Rosmarinus officinalis, Curcuma
longa e Zingiber officinale
(Biochemical activities in soybean induced by extracts of Rosmarinus officinalis, Curcuma longa and
Zingiber officinale)
Muller, S. F1.; Meinerz, C. C1; Moers, E. M2; Formentini, H. M1.; Toillier, S. L1.; Iurkiv, L3.; Estevez,
R. L1.; Cruz, M. I. F1.; Dildey, O1.; O. F1.; Kuhn, O. J1.; Stangarlin, J. R1.
1
CCA/UNIOESTE/Mal. Cândido Rondon/PR; 2PPGEA/UNIOESTE/ Cascavel/PR; 3CREA/Londrina/PR.
E-mail: [email protected].
O uso de extratos vegetais como indutores de resistência à doenças em plantas representa uma forma
eficiente de controle alternativo. Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar a capacidade de extratos de
plantas medicinais em induzir a atividade de enzimas relacionadas à defesa vegetal contra fitopatógenos
em soja. Para tanto, cotilédones de soja foram tratados com os extratos aquosos a 5 e 15% de Rosmarinus
officinalis (alecrim), Curcuma longa (cúrcuma) e Zingiber officinale (gengibre), tendo como testemunha
Saccharomyces cerevisiae (25 mg L-1). Após os tratamentos os cotilédones foram utilizados para dosar:
peroxidase (POX), polifenoloxidase (PPO), fenilalanina amônia-liase (FAL), quitinase (QUI) e beta-1,3
glucanase (GLU). Nenhum dos tratamentos induziu a atividade para FAL. Para POX, PPO e GLU o extrato
de gengibre a 15% promoveu um incremento na atividade enzimática de 12,5; 8,25 e 35%, respectivamente.
Para QUI o extrato de alecrim a 15% incrementou em 99,5% a atividade. Estes resultados indicam o potencial
desses extratos vegetais para induzir resistência em soja a fitopatógenos.
370
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1626
Indução de fitoalexinas por extratos de plantas medicinais em mesocótilos de sorgo e cotilédones de
soja
(Phytoalexin induction by extracts of medicinal plants in sorghum mesocotyl and soybean cotyledons)
Moers, E. M1.; Formentini, H. M2.; Meinerz, C. C2.; Iurkiv, L3.; Toillier, S. L2.; Estevez, R. L2.; Cruz,
M. I. F2.; Martinazzo-Portz, T2.; Muller, S. F2.; Dildey, O. F.2.; Kuhn, O. J2.; Stangarlin, J. R2.
1
PPGEA/UNIOESTE/ Cascavel/PR; 2CCA/UNIOESTE/Mal. Cândido Rondon/PR; 3CREA, Londrina/PR.
E-mail: [email protected].
Plantas medicinais possuem compostos secundários que podem representar alternativa de controle de
fitopatógenos em função de sua ação fungitóxica direta, bem como ativando mecanismos de defesa vegetal.
Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar a capacidade de indução de fitoalexinas em sorgo e soja a
partir de extratos aquosos (EA) de plantas medicinais, como indicativo de seu potencial para controle de
fitopatógenos. Os ensaios foram conduzidos em mesocótilo estiolados de sorgo e cotilédones de soja, e a
atividade de fitoalexina determinada a 480 e 285 nm, respectivamente. Foram utilizados os EA a 5 e 15% de
Rosmarinus officinalis (alecrim), Curcuma longa (cúrcuma), Zingiber officinale (gengibre) e como padrões
de indução o acibenzolar-S-metil (ASM) (200 mg L-1) em sorgo e a Saccharomyces cerevisiae (25 mg L-1)
em soja. Em sorgo maior acúmulo de fitoalexinas foi obtido pelo extrato de gengibre 5% (21,2% superior ao
tratamento com ASM), seguido pelos extratos de cúrcuma 5% e gengibre 15%. Em soja, maior indução de
fitoalexinas foi obtido pelo tratamento padrão com Saccharomyces cerevisiae, mais não mostrando diferença
estatística para os extratos de gengibre 5 e 15%, os quais foram superiores aos demais tratamentos. Estes
resultados indicam o potencial desses extratos vegetais para trabalhos futuros de indução de resistência em
patossistemas envolvendo sorgo e soja.
371
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1629
Efeito de extratos de plantas no controle da mela do feijoeiro (Rhizoctonia solani) em campo
(Effect of plant extracts in the control of common bean micelial net (Rhizoctonia solani) on field)
Vieira Junior, J. R.2; Minosso, S. C. C.1; Fernandes, C. F.2; Silva. D. S. G.2; Almeida. U. O.1; Santana.
L. S1; Silva. C. M.4; Rodrigues, M. M.1; Antunes Júnior, H.1; Nogueira, A. E.3; Matos, S.I5.
1
Graduanda, Faculdade UNIRON-RO; 2EMBRAPA/CPAF-RO; 3Doutoranda, UNIR-RO; 4Graduando,
FIMCA-RO. 5Graduanda, Faculdade São Lucas-RO. E-mail: [email protected]
A mela ou teia micélica, causada por Rhizoctonia solani é a principal doença do feijoeiro (Phaseolus vulgaris)
na Região Norte do Brasil. Os métodos tradicionais de controle tem se mostrado ineficientes. Com isso,
métodos alternativos têm sido buscados. Neste trabalho objetivou-se testar diferentes extratos no controle
a mela. Para tanto, obteve-se extratos aquosos a partir da proporção planta/água (1g/10ml) dos seguintes
materiais: extrato da folha de pimenta, extrato da folha do pinhão manso, extrato da folha de Jamelão, extrato
da folha de urtiga,. Além desses produziram-se extratos de palha de café curtida (10g/100 ml) e, como
controle: água, extrato de neem comercial (1%), Acibenzolar-S-Metil (25g/ha) e o fungicida azoxistrobina
(0,6 g/l). O experimento foi conduzido em campo onde normalmente a mela ocorria, preparado e adubado
conforme recomendações técnicas para cultivo de feijoeiro. Para cada tratamento, foram plantadas quatro
linhas de quatro metros (15 sementes/metro). A parcela útil foi composta de 20 plantas (dez em cada linha)
obtidas das duas linhas centrais. O delineamento foi de blocos ao acaso com quatro repetições. O fungicida
foi aplicado aos 15 e 35 dias após a emergência das plantas A severidade da doença foi avaliada por meio
de escala diagramática de severidade. Com os dados obtidos, determinou-se a área abaixo da curva de
progresso da doença (AACPD).Dos extratos testados,os produzidos a partir de folhas de pimenta e folhas
de Jamelão mostraram-se eficientes, reduzindo a severidade da doença em 40%, quando comparado o
controle com água. Agora pretende-se realizar a separação dos componentes dos extratos para identificar
qual ou quais moléculas são capazes de inibir o patógeno.
Apoio: CNPq.
372
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1643
Tratamento de sementes de soja com extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis)
(Treatment of soybean seeds with rosemary extract Rosmarinus officinalis)
Müller, M. A.1; Mioranza, T. M.1; Stangarlin, J. R.2; Kuhn, O. J.2; Istchuk, A. N.1; Battistus. A. G.1
Broetto, L.1 Barilli, D. R. 1 1
Acadêmicos de Agronomia - UNIOESTE; 2Docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE. E-mail: [email protected]
Vários patógenos podem estar associados às sementes de soja durante o armazenamento. Para controle dos
mesmos são usados produtos químicos, o que, no entanto, não se aplica ao cultivo orgânico. Dessa forma,
são necessários métodos de controle alternativo para estes patógenos. Assim, o objetivo deste trabalho foi
avaliar os efeitos do extrato aquoso de alecrim, nas concentrações de 1%, 5%, 10% e 15% comparados com
o fungicida carboxin + thiran. Foram utilizadas quatro repetições com 25 sementes cada, condicionadas em
gerbox e papel-de-filtro umedecido com água destilada. Avaliando-se a incidência de patógenos observouse que para Fusarium sp. e Cladosporium sp. apenas o tratamento químico foi eficiente para o controle
desses fungos. Para Phomopsis sp. e Nigrospora sp. apenas o tratamento com 5% de alecrim não apresentou
controle. Penicillium sp. foi controlado em todas as concentrações de alecrim. Rhizopus sp. e Colletotrichum
sp. não foram controlados em nenhum dos tratamentos. Deste trabalho conclui-se que os tratamentos com
extrato de alecrim podem reduzir a carga de inóculo de alguns fungos associados a sementes de soja.
373
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1669
Efeito dos extratos das folhas de Syzygium sp.. no crescimento micelial de Rhizoctonia solani
(Effect of Syzygium sp. leaf extracts on micelial growth of Rhizoctonia solani)
Nogueira, A. E.1; Vieira Júnior, J. R.2; Fernandes, C. F.2; Matos, S. I.3; Silva, D. S. G.2; Ottobelle, I.4;
Zuliani, J.P.1
1
UNIR/IPEPATRO/Fiocruz Rondônia –Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais- RO; 2Embrapa
CPAF-RO;3Faculdade São Lucas-RO, 4FARO-RO. E-mail:[email protected]
Na região amazônica, dentre as doenças que ocorrem na cultura do feijoeiro, a mela ou teia micélica é a
mais importante. O agente causal da doença é o fungo Rhizoctonia solani Kuhn. O controle desta doença
tem se mostrado difícil e oneroso. Neste trabalho, objetivou-se testar o extrato das folhas de jamelão
(Syzygium sp.),sobre o crescimento micelial do fungo. O extrato das folhas foi obtido da seguinte forma: a)
infusão em água fria por 24h; b) infusão em água quente por 24h; c) infusão em álcool etílico (92,5%) por
24h Este último foi seco em placa aquecida e ressuspendido na proporção 0,2895g do extrato em 1mL de
álcool. Em placas de Petri contendo meio BDA (batata-dextrose-ágar) semi-sólido foram colocados 20µL
dos extratos em cavidades abertas e distribuídas ao redor da placa (9 cm). Em cada placa, foram testados
os três extratos e as testemunhas com água (controle negativo) e fungicida (Oxicloreto de Cobre; 0,2g/L;
controle positivo). O delineamento experimental foi ao acaso com cinco repetições. Mediu-se o diâmetro
médio do halo de inibição, quando este ocorreu. Em conclusão, dos extratos testados, o extrato aquecido e
não aquecido foram eficientes em inibir o crescimento do micélio do fungo Rhizoctonia solani.
374
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1670
Efeito de extratos Syzygium sp. na germinação de uredósporos de ferrugem do cafeeiro.
(Effect of Syzygium sp. extracts on the uredospores germination of coffee rust)
Nogueira, A. E.1; Vieira Júnior, J. R.2; Fernandes, C. F.2; Matos, S. I.3; Silva, D. S. G.2; Ottobelle, I.4;
Zuliani, J.P.1
1
UNIR/IPEPATRO/Fiocruz Rondônia –Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais- RO; 2Embrapa
CPAF-RO;3Faculdade São Lucas-RO, 4FARO-RO. Email: [email protected]
Na região amazônica, dentre as doenças que ocorrem na cultura do café, a ferrugem é a mais importante.
O agente causal da doença é o fungo Hemileia vastratrix Berk & Br. Esta doença tem gerado significativas
perdas de produtividade na cultura. Atualmente, novos métodos de controle da doença têm sido estudados,
já que o controle químico se apresenta como uma alternativa onerosa. Neste trabalho, objetivou-se testar
o extrato das folhas de jamelão (Syzygium sp.), sobre a germinação do fungo. Para tanto 2 mL do extrato
foi incorporado a ágar-água semi-sólido (9g/L) e vertido em placas de Petri, numa proporção 1/10. Uma
suspensão de uredósporos foi aplicada sobre o meio e espalhada com alça de Drigalski. Após 12 horas
no escuro, avaliou-se a porcentagem de germinação dos mesmos. Os extratos das folhas testados foram:
extrato aquoso aquecido, extrato aquoso a frio, e como controles foram utilizados a água e o fungicida
(oxicloreto de cobre; controle positivo). Destes, ambos os extratos aquosos tiveram ação no controle da
germinação dos uredósporos. Dentre os dois, o extrato aquoso a frio apresentou uma redução significativa,
inibindo a germinação dos uredósporos em 70%, quando comparado a água. O resultado demonstrou que
o extrato atua no controle da ferrugem do cafeeiro. Porém, ensaios in vivo precisam ser feitos para validar
os resultados obtidos in vitro.
375
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1671
Avaliação, in vitro, do extrato aquoso do pó de sementes de cinamomo para controle do crescimento
micelial de Rhizoctonia solani in vitro
(Evaluation the cinnamon seeds powder aqueous extract for control of mycelial growth of Rhizoctonia
solani)
Faria, C. M. D. R.¹; Santos, R. C.²; Mateus, M. A. F.³; Cavallin, I. C. 4; Zaluski, W. L.5; DalemolleGiaretta, R.6.
1,2,3,4,5,6
UNICENTRO. E-mail: [email protected]
Esta pesquisa objetivou avaliar a eficiência de diferentes doses de extrato aquoso do pó de sementes de
cinamomo no crescimento micelial de Rhizoctonia solani, in vitro. O extrato aquoso do pó de sementes
de cinamomo foi obtido pela infusão de 200 g de semente de cinamomo seca e moída em 400 mL de
água fervente, deixado em repouso durante 15 minutos e, posteriormente, filtrado com o auxílio de gaze e
utilizado na sequencia. Os tratamentos avaliados foram 0, 10, 20, 30, 40 ou 50 mL L-¹ do extrato que foram
adicionados separadamente ao meio de cultura BDA fundente (45 - 50ºC) e vertidos em placas de Petri de
9 cm de diâmetro. Posteriormente, no centro de cada placa foi colocado um disco do micélio do fungo R.
solani. Após, as placas foram vedadas e mantidas em câmara de crescimento por 72 horas a 25ºC. O ensaio
foi montado em delineamento inteiramente casualizado, com seis repetições por tratamento. As avaliações
foram realizadas após constatar-se que uma das placas do tratamento testemunha estava inteiramente
colonizada pelo fungo. A redução do crescimento micelial do patógeno foi diretamente proporcional ao
aumento das doses do extrato do pó de sementes de cinamomo pré estabelecidas no ensaio, com redução de
30,53% a 90,50%, quando comparadas ao tratamento testemunha. Conclui-se que o extrato de cinamomo
apresentou efeito inibitório do crescimento micelial de R. solani em todas as doses utilizadas neste estudo.
376
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1674
Manejo do oídio do tomateiro com a utilização de indutores de resistência e produtos alternativos
(Management of powdery mildew of tomato with use of inductors of resistance and alternative products)
Moraes, W.B.1; Jesus Junior, W.C.1; Belan, L.L. 1; Peixoto, L.A.1; Pereira, A.J.M.1.
1
UFES. E-mail: [email protected]
O oídio (Oidium spp.) é responsável por causar perdas significativas ao tomateiro, principalmente em
cultivos protegidos. Entretanto, atualmente não existem fungicidas registrados para este patossistema. Além
disso, o controle químico não é a forma mais sustentável para o manejo de doenças de plantas. Portanto,
este trabalho avaliou o efeito da aplicação de indutores de resistência e produtos alternativos na redução da
severidade do oídio do tomateiro em condições controladas. O experimento foi conduzido em delineamento
inteiramente casualizado, com cinco repetições e dez tratamentos, a saber: água destilada (controle
negativo), tebuconazole (2 g.L-1, controle positivo), oxicloreto de cobre (2 g.L-1, controle positivo), silicato
de potássio (30 g.L-1), T5 – acibenzolar-s-metil (0,05 g.L-1), fosfito de cobre (4 mL.L-1), calda Viçosa (4
g.L-1), extrato de óleo de nim (0,05 mL.L-1), extrato alcoólico de própolis (100 mL.L-1), e urina de vaca (300
mL.L-1). A inoculação do patógeno ocorreu de forma natural, através do cultivo em casa de vegetação com
alto potencial de inóculo. As aplicações dos tratamentos foram realizadas 30 dias após o transplantio das
mudas. A avaliação da severidade do oídio foi efetuada 15 dias após aplicação dos tratamentos. Os dados
obtidos foram comparados empregando o teste de Scott-Knott a 5%. Aplicação dos indutores de resistência
e produtos alternativos reduziu a severidade do oídio. Os maiores valores de severidade da doença foram
observados em plantas que receberam aplicações de água destilada. Todos os produtos avaliados foram
eficientes em controlar o oídio do tomateiro. O efeito da aplicação de tebuconazole, silicato de potássio,
calda Viçosa e extrato alcoólico de própolis apresentaram maior eficiência quando comparado com os
demais tratamentos. Portanto, o efeito destes produtos alternativos teve a mesma eficiência do fungicida
sistêmico (tebuconazole). Desta forma, o uso de indutores de resistência e produtos alternativos é uma
medida promissora a ser empregada no manejo do oídio do tomateiro.
377
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1678
Caracterização parcial de indutores de resistência em pepino a partir do extrato aquoso de Corymbia
citriodora)
(Partial characterization of resistance inducers in cucumber from Corymbia citriodora aqueous extract)
Franzener, G.1; Moura, G.S.2; Schwan-Estrada, K.R.F.2; Meinerz, C.C.3; Stangarlin, J.R.3. KUHN,
O.J.3.
1
UFFS, Campus de Laranjeiras do Sul/PR; 2Departamento de Agronomia/PGA/UEM, Maringá/PR; 3CCA/
UNIOESTE, Mal. Cândido Rondon/PR. E-mail: [email protected].
Este trabalho teve por objetivo a caracterização parcial de compostos elicitores a partir do extrato aquoso
(EA) de Corymbia citriodora (sin. Eucalyptus citriodora). Para tanto procedeu-se cromatografia de troca
iônica (CTI) com resina DEAE-Celulose em tampão bicarbonato de amônio 10 mM pH 8,0. Frações obtidas
foram testadas quanto a proteção de cotilédones de pepino à Colletotrichum lagenarium e indução de
peroxidases e beta-1,3-glucanases. Frações de maior atividade foram submetidas ao tratamento enzimático
com proteinase K e térmico a 100 oC por 10 min. Constituíram testemunhas o tampão de eluição, acibenzolarS-metil (ASM) (50 mg L-1 i.a.) e EA 20%. A CTI apresentou seis picos protéicos. Nenhuma das frações
reduziu a severidade da doença. ASM e EA reduziram a severidade em 64,7 e 39,6%, respectivamente
e induziram a atividade de peroxidases e beta-1,3-glucanases. Frações I, II e IV induziram atividade de
peroxidases. O tratamento térmico não afetou a atividade das frações indicando a presença de compostos
termoresistentes. O tratamento com proteinase K reduziu a atividade indutora de peroxidases da fração I.
A presença de carboidrato nessa fração sugere a atividade elicitora de compostos glicoprotéicos presentes
no EA de C. citriodora. Além disso, a obtenção de diferentes frações com atividade inferior ao EA sugere
possível efeito sinergistico entre compostos contribuindo para ação global do EA.
378
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1680
Caracterização parcial de indutores de resistência em feijão a partir do extrato aquoso de Corymbia
citriodora
(Partial characterization of resistance inducers in bean from Corymbia citriodora aqueous extract)
Franzener, G.1; Moura, G.S.2; Schwan-Estrada, K.R.F.2; Meinerz, C.C.3; Stangarlin, J.R.3.
1
UFFS, Campus de Laranjeiras do Sul/PR; 2Departamento de Agronomia/PGA/UEM, Maringá/PR; 3CCA/
UNIOESTE, Mal. Cândido Rondon/PR. E-mail: [email protected].
O extrato aquoso (EA) de Corymbia citriodora (sin. Eucalyptus citriodora) tem conhecida atividade
indutora de resistência em plantas, porém são escassas informações de compostos ativos. Como parte de
um trabalho que buscou a caracterização de elicitores em C. citriodora, procedeu-se cromatografia de
troca iônica (CTI) com resina DEAE-Celulose em tampão bicarbonato de amônio 10 mM pH 8,0. Frações
obtidas foram testadas na proteção de feijoeiro à Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli e indução de
peroxidases. Indução de faseolina foi avaliada em hipocótilos estiolados de feijoeiro. Frações de maior
atividade foram submetidas ao tratamento enzimático com proteinase K e térmico a 100 oC por 10 min.
Constituíram testemunhas o tampão de eluição, acibenzolar-S-metil (ASM) (50 mg L-1 i.a.) e EA 20%. A
CTI apresentou seis picos protéicos. Apenas a testemunha ASM reduziu a severidade da doença, induzindo
peroxidases mas não faseolina. EA induziu peroxidases e faseolina em 52,8 e 64,9%, respectivamente. As
frações I e II apresentaram indução de peroxidases e faseolina semelhante ao EA. O tratamento térmico não
afetou a atividade das frações indicando a presença de compostos elicitores termoresistentes. O tratamento
com proteinase K reduziu a atividade indutora de faseolina da fração I. A presença de carboidrato nessa
fração sugere a atividade elicitora de compostos glicoprotéicos presentes no EA de C. citriodora.
379
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1707
Efeito do extrato de cúrcuma (Curcuma longa) sobre fungos de sementes de soja
(Effect of turmeric extract (Curcuma longa) on fungi of soybean seeds)
Mioranza, T. M.1; Müller, M. A.1; Stangarlin, J.R.2; Kuhn, J.O.2; Istchuk, A.N.1; Battistus, A. G.1;
Broetto, L.1; Barilli, D. R.1
1
Acadêmicos de Agronomia - UNIOESTE. 2Docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
UNIOESTE, campus de Marechal Cândido Rondon. E-mail: [email protected]
Com a crescente procura por métodos alternativos para controle de patógenos em sementes devido à
preocupação com a poluição do meio ambiente e problemas sociais, além da demanda específica para o
cultivo orgânico de grãos, esse trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes concentrações de
extrato de cúrcuma (Curcuma longa) na redução da incidência de fungos em sementes de soja. O experimento
foi composto de seis tratamentos e quatro repetições de 25 sementes cada, onde estes consistiram de quatro
concentrações do extrato aquoso do rizoma de cúrcuma (1%, 5%, 10% e 15%), água e o tratamento químico
com o fungicida carboxin + thiram, que foi utilizado como tratamento padrão. A avaliação da incidência
de fungos foi determinada pelo método de incubação em papel-de-filtro (blotter teste). Para Fusarium sp.
o único tratamento eficiente na redução da incidência foi o químico. Em relação ao Cladosporium sp., o
tratamento químico e o extrato a 1% mostraram os melhores resultados. Para Penicillium sp não houve
controle apenas para o extrato de cúrcuma a 15%. Para Rhizopus sp., Phomopsis sp., Colletotrichum sp.
e Nigrospora sp. não houve controle para nenhum tratamento. Embora a literatura indique o extrato de
cúrcuma como eficiente para o controle de doenças em plantas, neste trabalho verificou-se baixa eficiência
do mesmo para controle de patógenos em sementes de soja.
380
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1745
Avaliação de sementes de cinamomo incorporado ao solo para controle de tombamento de plântulas
de pepino causado por Rhizoctonia solani.
(Evaluation of soil amendement with seed of Melia azedarach L. for control of damping-off in cucumber
seedlings caused by Rhizoctonia solani)
Santos, R.C.1; Mateus, M. A. F.²; Cavallin, I. C. ³; Zaluski, W. L.4; Faria, C. M. D. R.5; -DallemoleGiaretta, R.6
1,2,3,4,5,6
UNICENTRO. E-mail: [email protected]
Vários métodos têm sido pesquisados para se obter um controle mais eficaz de doenças de plantas causadas
por fungos veiculados ao solo. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de diferentes doses do pó de
sementes de cinamomo incorporado ao solo (PSC) no controle de tombamento de plântulas de pepino
causado por Rhizoctonia solani. O experimento foi montado em vasos de plástico de 500 mL de capacidade
contendo uma mistura de solo e areia (2:1:v:v). Primeiramente, o substrato de cada vaso foi infestado com
2,8 g de arroz colonizado pelo fungo R. solani, permanecendo úmido por uma semana a 60% da capacidade
de campo. Após, em cada vaso foram misturadas separadamente as doses de 5; 10; 15; 20 ou 25 g do PSC/
kg de solo. No tratamento testemunha não misturou-se ao solo o PSC. Após sete dias, semearam-se em
cada vaso 5 sementes de pepino “caipira”. O experimento foi montado em delineamento experimental
inteiramente casualizado, com 5 repetições/tratamento. Avaliaram-se aos 7 dias e 21 dias após a semeadura,
a porcentagem de sementes germinadas e a quantidade de plântulas tombadas, respectivamente. Apenas as
doses 10 e 25 g do PSC, quando incorporadas ao solo proporcionaram uma maior germinação de plântula de
pepino e, as doses de 15 e 25 g do PSC reduziram a incidência de tombamento das plântulas de pepino em
42% e 56%, respectivamente, diferindo estatisticamente do tratamento testemunha. Conclui-se que o PSC
apresenta potencial para o controle de da rizoctoniose. Novos estudos devem ser realizados em condições
de campo para verificar tal hipótese.
381
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1749
Efeito de diferentes concentrações do extrato aquoso de mulungu Erythrina mulungu na eclosão de
juvenis de Meloidogyne javanica
(Effect of aqueous extract of Erythrina mulungu on the hatching of juvenile of Meloidogyne javanica)
Marmentini, G. A.1; Mateus, M. A. F.2; Zaluski, W. L.3; Ferreira, S. G. M.4; Faria, C. M. D. R.5;
Dallemole-Giaretta, R.6.
1, 2, 3, 4, 5, 6
Universidade Estadual do Centro-Oeste/ UNICENTRO/Departamento de Agronomia. E-mail:
[email protected]
Varias pesquisas reportam o efeito positivo de diferentes extratos de plantas para o combate de nematoide
das galhas, visando tanto aspectos ambientais como econômicos. O objetivo desse trabalho foi avaliar o
efeito in vitro do extrato aquoso de mulungu (Erythrina mulungu) sobre a eclosão de juvenis de M. javanica.
Os testes foram conduzidos no laboratório de Fitopatologia da UNICENTRO. Para o preparo do extrato
aquoso colocaram-se em um frasco tipo Backer de 250 mL de capacidade 1 g da planta seca (folhas e
caule) e 10 mL de água, permanecendo em repouso e no escuro por 24 horas. Seis concentrações do extrato
foram utilizadas: 0%, 2%, 4%, 6%, 8% ou 10%. Em cavidade de placas de Elisa, 100 µL de uma suspensão
contendo 50 ovos do nematoide foi adicionada juntamente com 100 µL de cada tratamento. As placas foram
mantidas em BOD por 15 dias a 25oC, no escuro. Após este período, foi avaliado o número de juvenis
eclodidos por tratamento. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado com seis repetições/
tratamento. Apenas as doses de 8% e 10% do extrato aquoso de mulungu reduziram a eclosão dos juvenis
de M. javanica em 26,97% e 46,53%, respectivamente, quando comparadas ao tratamento apenas água.
Novos estudos devem ser realizados para confirmar o potencial do extrato desta planta sobre o nematoide
das galhas.
382
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1751
Controle alternativo de Quambalaria sp. com óleo de Pracaxí (Pentaclethra macrobola (Willd.)
Kuntze)
Alternative control of Quambalaria sp. with oil Pracaxí (Pentaclethra macrobola (Willd.) Kuntze)
Silva, T. L.¹; Santos, L. L.¹; Carmo, S. F. S.¹; Pena, R. da C. M.¹; Gomes, E. M. C.¹; Pinto, P. V. S.
¹Laboratório de Fitopatologia - Universidade do Estado do Amapá, Macapá-AP. ediellengomes@yahoo.
com.br
O fungo do gênero Quambalaria pode reduzir significativamente a produção de miniestacas para
enraizamento na cultura de eucalipto, pois causa manchas foliares, anelamento da haste das mudas e das
brotações e, cancro nas plantas que já estão em campo. Desta forma, o controle da doença através do uso
indiscriminado de agrotóxicos é responsável por altos índices de intoxicação, contaminação do solo e dos
alimentos, resistência do patógeno aos agrotóxicos e interferência na biodiversidade local causando danos
econômicos e ambientais à sociedade. Uma maneira de minimizar os prejuízos advindos dos agrotóxicos
é a utilização do controle alternativo que pode ser definido como medidas não poluentes que visam
diminuir a intensidade da doença a partir de matérias obtidas na natureza. Com base nesse contexto, o
presente trabalho foi realizado no Laboratório de Fitopatologia da Universidade do Estado do Amapá e
teve como objetivo avaliar o efeito inibitório do óleo fixo de Pracaxí sobre o fitopatógeno Quambalaria sp.
O experimento consistiu em quatro diferentes tratamentos 250 µl.Lˉ¹,650 µl.Lˉ¹e 1000 µl.Lˉ¹ do óleo fixo
de Pracaxí, adicionadas ao meio BDA, comparadas a testemunha que continha somente o meio de cultura,
com quatro repetições por tratamento. Após a repicagem do disco micelial do fitopatógeno, as placas foram
acondicionadas na incubadora tipo B.O.D. a temperatura de 25°C±2°C e fotoperíodo de 12 horas por sete
dias. De acordo com os resultados obtidos através da análise estatística por meio do teste de Kruskal-Wallis,
o tratamento que apresentou melhor efeito inibitório foi o com 650µl.Lˉ¹ (p=0,0259) de óleo fixo de Pracaxí.
Com o resultado obtido é possível constatar a ação fungitóxica do Pracaxí contra o fungo em questão.
383
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1764
Evaliação do extrato de Cymbopogon citratus Staph (capim-limão) como inibidor de Cylindrocladium
sp. Morgan em Eucalyptus sp.
Evaluation of Cymbopogon citratus Staph extract (lemon grass) as an inhibitor of Cylindrocladium sp.
Morgan in Eucalyptus sp.
Firmino, A. V.1; Pena, R. da C. M.1; Gomes, E. M. C.1; Almeida, S. S. da S. de1; Aparício, P. da S.1;
Silva, T. L.1; Cirqueira, R. da S.1
1
Laboratório de Fitopatologia-Universidade do Estado do Amapá, Macapá-AP. E-mail: ediellengomes@
yahoo.com.br.
O eucalipto é uma cultura que por adapta-se há diversas regiões é bastante utilizada na silvicultura em grande
escala e sua comercialização é principalmente para indústria de celulose, carvão e madeira. Entretanto, o
fungo Cylindrocladium sp. tem ocasionado comprometimento no seu cultivo, necessitando ser controlado
quimicamente considerado em muitos casos como a única medida eficiente e economicamente viável,
porém oferece risco à saúde da população e danos ao meio ambiente. Desta forma, procurou-se avaliar a
ação inibitória in vitro do extrato de Cymbopogon citratus Staph (capim limão), no desenvolvimento do
fungo Cylindrocladium sp. em Eucalyptus sp., como medida de controle alternativo. O presente estudo
desenvolveu-se no Laboratório de Fitopatologia da Universidade do Estado do Amapá/UEAP, obtendo-se
isolado fúngico de amostras de folhas de híbrido Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla. Em meio
cultivo BDA foram adicionados os seguintes tratamentos: extratos brutos de folhas de capim-limão nos
solventes hexano (Extrato Bruto Hexânico–EBH), acetato de etila (Extrato Bruto em Acetato de Etila–
EBAcoEt) e metanol (Extrato Bruto Metanólico–EBM), nas concentrações de 5, 10, 20 mg/ml; apenas os
solventes (5 ml/ml); fungicida Daconil (0,25 ml/L) e o meio de cultivo BDA (testemunha). Foram repicados
discos de micélios com 0,5 cm de diâmetro das bordas de colônias e transferidos para o centro das placas
contendo os tratamentos. O experimento foi conduzido segundo delineamento inteiramente casualizado
com 03 extratos x 03 concentrações x 03 solventes x 01 fungicida x 01 testemunha, contendo 06 repetições
por tratamento e, analisado estatisticamente através do teste de Kruskal-Wallis. Na avaliação, constatou-se
ação inibitória do extrato de capim-limão sobre Cylindrocladium sp., quando utilizou-se o extrato bruto
obtido em acetato de etila na concentração de 20 mg/ml (p=0,0261), evidenciando ação fungitóxica neste
patossitema.
384
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1767
Efeito da aplicação ao solo e da pulverização da parte aérea de tomateiros com extrato aquoso de
picão preto (Bidens pilosa L.) no controle de Meloidogyne incognita
(Effect of application to soil and aerial spraying of plants tomato with aqueous extract of Bidens pilosa L.
in the control of Meloidogyne incognita)
Mateus, M. A. F.1; Ferreira, S. G. M.1; Marmentini, G. A.1; Faria, C. M. D. R.1; Botelho, R. V.1;
Dallemole-Giaretta, R.1
1
Universidade Estadual do Centro-Oeste/ UNICENTRO/ Departamento de Agronomia. E-mail:
[email protected]
Plantas antagonistas a nematoides têm sido pesquisadas como uma alternativa ecologicamente correta no
manejo destes fitoparasitas. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do extrato aquoso de picão (Bidens
pilosa L.) no controle de Meloidogyne incognita. Os ensaios foram montados em estufa no departamento
de Agronomia da UNICENTRO. Para tal, procedeu-se a esterilização do substrato solo: areia (2:1) em
autoclave. Mudas de tomateiro com 21 dias de idade foram transplantadas para vasos de polipropileno com
capacidade para 1 kg e inoculadas com uma suspensão contendo 3.000 ovos de M. incognita. Logo após,
em cada vaso aplicaram-se ao solo 20 mL ou pulverizaram-se as plantas com o extrato aquoso de picão a
10%. No tratamento testemunha utilizou-se apenas água. No momento da pulverização, plásticos foram
usados para envolver os vasos, impedindo que o extrato tivesse contato com o solo. As aplicações foram
realizadas quinzenalmente por um período de 60 dias. O experimento foi conduzido em delineamento
inteiramente casualizado com sete repetições/ tratamento. Os dados foram submetidos a teste de Tukey a
5% de probabilidade. Somente o tratamento com aplicação do extrato aquoso de picão via solo apresentouse reduziu o número de galhas e o número de massas de ovos de M. incognita.
385
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1779
Germinação de Elsinoe ampelina submetido ao extrato de alho e óleo vegetal
(Germination of Elsinoe ampelina submitted to garlic extract and oil vegetable)
Faria, C.M.D.R.1, Leite, C.D.1; Maia, A.J.2; Botelho, R.V.1; Dallemole-Giaretta, R.1; Kawakami, J.1
1
UNICENTRO; 2UEM. E-mail: [email protected]
O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito do extrato de alho e do óleo vegetal na germinação de Elsinoe
ampelina. Os tratamentos consistiram de 0, 5, 10, 15, 20, 25 ou 30 mL L-1 de extrato de alho adicionados de
2,5 mL L-1 de óleo vegetal e testemunha. Adicionaram-se 40 µL dos tratamentos em poçinhos de placas de
teste do tipo Elisa contendo 40 µL da suspensão de 6,85 x 106 esporos de E. ampelina. Após 2 e 4 horas de
incubação em câmara de crescimento a 24°C e luz constante, paralizaram-se a germinação dos esporos com
a adição de 20 µL do corante azul algodão de lactofenol em cada cavidade. Nessa ocasião, quantificou-se
100 esporos aleatórios por repetição, totalizando 400 esporos por tratamento, considerando germinado o
esporo que apresentou qualquer emissão de tubo germinativo, independendo do tamanho. O experimento
seguiu delineamento experimental inteiramente casualizado com oito tratamentos e cinco repetições. Os
dados foram submetidos à análise da variância, regressão polinomial e comparação de médias pelo teste de
Tukey (P≤0,05). Foram observados efeitos quadráticos das doses de EA de alho na germinação dos esporos
de E. ampelina nos dois períodos de avaliação. No entanto, o efeito mais significativo na germinação foi
propiciado com a adição de óleo vegetal, sendo que no tratamento somente com óleo (0 mL L-1 EA) obtevese uma redução entre 91,90 e 87,65% em relação à testemunha absoluta, nos períodos de 2 e 4 horas de
germinação, respectivamente.
386
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1789
Ação do acibenzolar-s-metil na redução da severidade de sintomas foliares da virose do endurecimento
de frutos do maracujazeiro em condições de campo de produção
(Action of acibenzolar-s-methyl in reducing the severity of foliar symptoms of the Passion fruit woodiness
virus in field conditions)
Silva, E. A. J. S.1; Lemos Filho, D. S.1; Oliveira, A. C.1
1
Depto Ciências Naturais, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB); Vitória da Conquista/BA
(C.E.P. 45083-900). E-mail: [email protected]
O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá ‘amarelo’ (Passiflora edulis f. flavicarpa). A passicultura
brasileira é afligida por diferentes doenças, que incluem a virose do endurecimento de frutos do maracujazeiro
(VEFM), acarretada pelo vírus Cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV). Iniciativas de convivência
com a VEFM por podas ou remoção de plantas em campos de produção após o término do primeiro ano
agrícola, reduz a lucratividade do produtor. Recentemente, a alternativa de convivência de plantas com
doenças, empregando-se eliciadores para indução de resistência, tem sido amplamente abordada em
diversas culturas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar, em condições de campo de produção,
a ação do indutor Acibenzolar-S-Metil (ASM) quanto a redução da severidade de sintomas foliares da
VEFM em maracujazeiros ‘amarelo’ naturalmente infectados por insetos vetores de CABMV. Um ensaio
sob delineamento inteiramente casualizado contendo três tratamentos [soluções de ASM a 0 (controle); 150
e 250 ppm, aspergidos 333 mL/planta quinzenalmente] e 15 maracujazeiros ‘amarelo’/tratamento (quatro
meses de idade no início do experimento, sob espaçamento 1,5 x 1,0 m, que apresentavam igual grau de
severidade foliar de VEFM) foi montado. Para cada planta, o grau de severidade foliar da virose, mediante
emprego de escala de notas da doença (0 a 3) foi aferido quinzenalmente, por dez vezes, seguida do cálculo
do índice de doença foliar global (IDFG, 0 a 1) e da área abaixo da curva do progresso da doença (AACPD).
Resultados médios de AACPD diferiram entre os tratamentos [0 ppm (676,33), 150 ppm (576,53) e 250
ppm (478,4); ANAVA, p value < 0,0001], sendo as médias dos tratamentos 2 e 3 estatisticamente diferentes
do controle (Teste Dunnett, unilateral, α= 0,01). Conclui-se que o ASM age como indutor de resistência
em tecidos remanescentes ainda não contaminados pelo CABMV. Novas etapas do ensaio, relacionadas a
mensuração de produtividade das plantas, está sendo agora realizado.
387
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE ALTERNATIVO
1798
Composição química do extrato hexânico de Spermacoce latifolia e bioautografia frente à Aspergillus
niger
(Chemical composition of Spermacoce latifolia hexanic extract and bioautography against Aspergillus
niger)
Ludwig, J.1,2; Antero, L.1; Vefago, C.1; Matias, R.1,2; Schleder, E.J.D.1; Pedrinho, D. R.1,2; Cosmoski,
A.C.O. F.4; Roel, A. R.4
1
Grupo de Pesquisa em Produtos Naturais - Universidade Anhanguera; 2Programa de Pós-Graduação em
Produção e Gestão Agroindustrial; 3Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento
Regional, Universidade Anhanguera –Uniderp;4Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Universidade
Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande – MS. E-mail: [email protected]
Entre os métodos que são utilizados em ensaios biodirigidos na busca de fungicidas naturais faz-se o uso da
bioautografia, um método qualitativo aplicado em screening fitoquímico. Assim, objetivou-se, no presente
trabalho, avaliar o potencial fungicida das frações de Spermacoce latifolia via bioautografia frente ao fungo
Aspergillus níger. As partes aéreas de S. latifolia (508g), coletadas no pantanal de Mato Grosso do Sul,
foram dessecadas, pulverizadas e o extrato metanólico bruto foi preparado via maceração. Posteriormente,
o extrato metanólico seco foi fracionado por partição líquido-líquido com hexano, acetato de etila e metanol/
água (1:1) e o extrato hexânico foi cromatografado em Coluna de sílica gel 60 (Merck) e as frações de 1 a 5
foram analisadas em Cromatografia em Camada Delgada e revelados com vanilina sulfúrica 1%; com KOH
10% submetido à luz UV 365 nm e com Dragendorff. As frações que apresentaram os triterpenos, cumarinas
e alcalóides isolados foram aplicadas em cromatoplacas de silícia gel e submetidas à bioautografia frente
ao fungo A. niger, sendo o teste realizado em duplicata. As cromatoplacas com as frações foram cobertas
com uma camada de 4 mm de meio de cultura BDA e após pulverizadas com uma suspensão do fungo,
permaneceram incubadas por 48 horas à 25ºC. Ao final desse período, as cromatoplacas foram avaliadas
quanto à presença de zonas de inibição de crescimento micelial ao redor das bandas individuais. Das
substâncias isoladas da fração hexânica, apenas a fração contendo os triterpenos mostrou halo de inibição
frente a A. niger, indicando a bioatividade dessa fração. Assim é possível pensar no uso potencial S. latifolia
no controle desse patógeno, sendo que mais estudos fazem-se necessários para avaliar a bioatividade dessa
fração frente a um maior número de fungos.
388
Resumos Controle Biológico
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
75
Indução de resistência por rizobactérias isoladas ou em combinação como mecanismo de biocontrole
de Bipolaris oryzae em arroz
(Induced resistance by rhizobacteria alone or in combination as mechanism of Bipolaris oryzae biocontrol
in rice)
Schafer, J.T.; Anacker, L.F.; Corrêa, B.O. Souza Júnior, I.T.; Benedeti, P.R.; Moura, A.B.; Bacarin,
M.A.
Universidade Federal de Pelotas. E-mail: [email protected]
A cultura do arroz irrigado está sujeita à ocorrência de várias doenças que provocam perdas na produtividade
das lavouras. Atualmente buscam-se alternativas para o controle destas doenças, sendo o biocontrole uma
possibilidade viável. O objetivo deste trabalho foi controlar a mancha parda do arroz pelo uso de rizobactérias
isoladas e em combinações, e verificar a ocorrência da indução de resistência avaliando atividade de catalases
e peroxidases. Utilizaram-se as rizobactérias DFs185 e DFs223 (Pseudomonas), DFs306 (não identificado),
DFs416 e DFs418 (Bacillus sp.). Sementes de arroz (cv. El Paso 144L) foram imersas nas suspensões
(A540=0,5) de cada um dos tratamentos bacterianos e agitados por 30’/10°C. Sementes imersas em solução
salina ou em salina mais fungicida foram usadas como testemunha. O experimento foi conduzido em casa de
vegetação, avaliando-se a severidade da doença e coletando-se plantas para verificar a atividade enzimática:
0 h antes da inoculação, 24 e 168 h após. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado. Todos
os tratamentos bacterianos foram capazes de proporcionar redução da severidade da doença variando entre
27 e 58%. Foi possível associar a participação das enzimas avaliadas ao controle proporcionado por alguns
tratamentos. A combinação DFs185/306/416 permitiu intenso aumento em relação à testemunha para ambas
enzimas. Este comportamento foi parcialmente similar para a atividade relativa ao tempo nas primeiras 24
h. O controle alcançado por outros tratamentos foi associado a alterações de uma ou outra das enzimas. Os
tratamentos bacterianos, individuais e em combinação possuem potencial para controlar a mancha parda e
induzir resistência pela alteração da atividade de catalases e peroxidases.
390
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
77
Avaliação, in vitro, de Pochonia chlamydosporia para o controle de Rhizoctonia solani
(In vitro evaluation of Pochonia chlamydosporia for the control of Rhizoctonia solani)
Dallemole-Giaretta, R.1; Faria, C. M. D. R.1; Leite, C. D.1; Freitas, L. G.2; Mateus, M. A. F.1; Ferreira,
S. G. M.1
1
Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava PR; 2Universidade Federal de Viçosa, Viçosa MG.
E-mail: [email protected]
O fungo Rizoctonia solani é um patógeno habitante do solo que afeta severamente inúmeras espécies de
plantas cultivadas agronomicamente. O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, o potencial de isolados
de Pochonia chlamydosporia (Pc-2, Pc-10, Pc-R1 e Pc-R2) no controle de R. solani. Para isto, em placas
de Petri contendo meio de cultivo BDA, um disco de micélio do respectivo antagonista (5 mm de diâmetro)
foi depositado sobre o meio a 2 cm da borda. Após uma semana, colocou-se no lado oposto da placa e
também a 2 cm da borda, um disco de micélio (5 mm de diâmetro) do patógeno. O tratamento testemunha
continha apenas o disco de micélio do patógeno a 2 cm da borda da placa. O delineamento estatístico foi
o inteiramente casualizado, com cinco repetições por tratamento. A avaliação foi realizada por meio da
medição do diâmetro das colônias do patógeno, após uma placa do tratamento testemunha colonizar toda
a placa de cultivo. Todos os isolados de P. chlamydosporia inibiram o crescimento micelial do patógeno,
diferindo-se do tratamento testemunha, destacando-se o isolado Pc-R1 por inibir 47% o crescimento micelial
do patógeno. Novos estudos devem ser realizados, in vivo, para confirmar o potencial destes isolados de P.
clamydosporia no controle de R. solani.
391
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
225
Bacillus subtilis UFLA285 e ASM no controle da mancha bacteriana do tomateiro via tratamento de
sementes e pulverização da parte aérea
(Bacillus subtilis UFLA285 e ASM in bacterial blight tomato control by seeds treatment and shoots
spraying)
Ferro, H.M.; Souza, R.M.; Zacaroni, A.B.; Zanotto, E.; Nogueira, C.C.A, Medeiros, F.H.V.
Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.. E-mail: [email protected]
Xanthomonas vesicatoria (Xv), agente etiológico da mancha bacteriana do tomateiro, possui as sementes
como principal forma de disseminação. Visando desenvolver uma alternativa para o manejo integrado
desta bacteriose, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento de sementes com
o isolado Bacillus subtilis UFLA285 e ASM (Acibenzolar-S-Metil), bem como a pulverização do agente
de biocontrole antes ou após a inoculação de Xv em plantas de tomate. Suspensão (108 endósporos/ml) da
cultura de UFLA285 crescida em meio MCF (28°C a 200 rpm) foi utilizada para o tratamento de sementes
(2 mL/g de semente) e pulverização da parte aérea (3 dias antes da inoculação ou 1 dia após). O patógeno foi
inoculado (108 ufc/mL) 15 dias após o transplante das plântulas em substrato Plantmax®. As plantas foram
avaliadas quanto à severidade (6, 9, 12, 15, 18, 21 dias após a inoculação) e a eficiência dos tratamentos
medida pela área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). No final do ensaio, avaliou-se o peso
da matéria seca (PMS) para verificar possível promoção de crescimento. O tratamento de sementes com
ASM + pulverização antes da inoculação proporcionou o maior controle (54,5%), porém quanto ao PMS,
houve redução de 15,78% em relação à testemunha. Os tratamentos de sementes com UFLA285 + aplicação
no substrato ou pulverização antes da inoculação não diferiram entre si, com controle médio de 23,3%
em relação à testemunha. O tratamento de sementes com UFLA285 + pulverização antes da inoculação
proporcionou o maior incremento de PMS (26%) em relação à testemunha. Assim, embora o ASM tenha
proporcionado maior controle da bacteriose no tomateiro, gerou também redução do PMS, provavelmente
em função do gasto energético da planta para a indução das defesas contra o patógeno. Assim, pode-se
concluir que o isolado UFLA 285 proporcionou além de proteção ao tomateiro, também o aumento do
PMS, podendo ser uma alternativa para o manejo integrado da mancha bacteriana do tomateiro.
Apoio: FAPEMIG, CAPES.
392
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
230
Efeito de Trichoderma sp. e quitosana sobre o desenvolvimento de Aspergillus niger em bulbos de
cebola armazenados
(Effect of Trichoderma sp and chitosan on the development of Aspergillus niger in stored onion bulbs)
Araujo, L.; Eli, M.T; Konig, J.R.; Mattos, A.G.; Ogliari, J.B.; Silveira, J.C.; Di Piero, R.
CCA-UFSC, CP 476, CEP 88040-900, Florianópolis-SC. E-mail:[email protected] br
O Mofo preto (MP) ocasionado por A. niger é uma das doenças de pós-colheita mais importantes na cultura
de cebola. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi testar a aplicação de Trichoderma sp. e quitosana
sobre o desenvolvimento de A. niger em bulbos de cebola armazenados. Para tal, foram feitos ferimentos
em todos os bulbos com auxílio de uma agulha (3,5 mm de comprimento e 1,5 mm de diâmetro) e os
tratamentos foram divididos em duas etapas. Na 1º etapa, bulbos foram tratados diretamente nos ferimentos
com 10µL de i) água; ii) Trichoderma (1 g/20L) e iii) quitosana (10mg/mL), seguido de inoculação com A.
niger (7 x 105 conídios/mL). Na 2º etapa, bulbos foram inoculados e posteriormente tratados como descritos
anteriormente. Utilizou-se uma testemunha absoluta que foi tratada apenas com água. Entre as inoculações
e/ou tratamentos foi dado um intervalo de uma hora, permitindo a secagem das soluções nos ferimentos.
Após os tratamentos, bulbos foram armazenados em condições similares às de armazenagem em galpões
e avaliou-se semanalmente a incidência do MP nos ferimentos durante 30 dias. Não se observou diferença
estatística na incidência de MP nos bulbos tratados com Trichoderma sp. e quitosana, quando comparados a
testemunha. A incidência média de MP nos bulbos feridos e inoculados com A. niger foi de 44,8%. Devido
à inexistência de controle químico pós-colheita para MP, testes com medidas alternativas para o controle
desta doença são de grande importância.
393
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
232
Influência de diferentes produtos comerciais a base de Trichoderma sp. na qualidade sanitária de
sementes de soja
(Influence of different commercial products from Trichoderma sp. in the sanitary quality in soybean
seeds)
Rezende, A.A.; Sagata, E.; Caires, A.M.; Do Crato, F.F., Juliatti, F.C.
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG. E-mail: [email protected]
Na cultura da soja existem diversos patógenos que causam prejuízos à qualidade das sementes, seu tratamento
com produtos biocontroladores é uma alternativa eficiente na proteção e sanidade das mesmas. O objetivo
do trabalho foi avaliar a influência na sanidade de sementes de soja tratadas com diferentes produtos
comerciais a base de Trichoderma sp. Para testar a eficácia do antagonista no controle de patógenos de
sementes, foi realizado o teste de sanidade, por meio do método “Blotter test”, em amostra de 400 sementes,
divididas em 16 subamostras, colocadas em caixas plásticas tipo “Gerbox”, sobre 3 folhas de papel filtro
esterilizadas e umedecidas com água destilada e esterilizada. As sementes foram tratadas com a dose
comercial recomendada pelos fabricantes. Os produtos utilizados foram: Trichodermil, Quality, Ecotrich,
Biotrich e Agrotrich. Após a aplicação dos tratamentos, as sementes foram incubadas à temperatura de 25°
± 2°C, em regime de 12 horas de iluminação com lâmpadas fluorescentes, durante 7 dias. O delineamento
foi DBC e o parâmetro avaliado foi a incidência de fungos nas sementes. Os dados foram submetidos ao
teste de Tukey a 5% de probabilidade pelo programa Sisvar. Os tratamentos com Trichodermil e Quality
reduziram em mais de 90% a presença de Fusarium sp., Rhizopus sp., Penicillium sp., Cladosporium sp.,
Aspergillus sp. e Phomopsis sp. É importante ressaltar que os lotes dos bioprodutos bem como a viabilidade
dos mesmos podem influenciar nos resultados obtidos.
394
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
244
Potencial da microbiolização de sementes de feijão no biocontrole de Meloidogyne incognita
(Potential of bean seeds microbiolization in the biocontrol of Meloidogyne incognita)
Corrêa, B.O1; Moura, A.B.1; Gomes,C.B.2; Rocha, D.A.J1.
1
Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS; 2Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS. E-mail: bianca.
[email protected]
O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de biocontrole de M. incognita pela microbiolização de
sementes de feijão com as rizobactérias DFs093 e DFs769 (Bacillus cereus), DFs348 (Bacillus sp.), DFs513
(Pseudomonas veronii), DFs831 e DFs842 (Pseudomonas fluorescens), DFs843 e DFs912 (Rhodococcus
fascians) e combinação destas (C01=DFs093/769/831, C02=DFs093/769/842 e C03=DFs348/769/831).
Foram avaliados os efeitos sobre a porcentagem de eclosão e motilidade de J2 in vitro, em placas de
microtitulação onde foram depositados ovos e J2, separadamente, nos orifícios da placa foram depositados
50µL de ADE e 50µL de suspensão dos tratamentos bacterianos, como testemunhas, utilizou-se 50µL de
ADE e 50µL de solução salina (NaCl 0,85%) após incubação (26°C), aos 4, 8 e 12 dias foi avaliada eclosão
e em 24horas mitilidade de juvenis. In vivo sementes da cultivar BRS Valente foram microbiolizadas
(10°C/5h), e semeadas em vasos com solo autoclavado. As plantas foram mantidas em casa de vegetação,
dez dias após as plantas foram inoculadas com 5.000 ovos+J2 do nematóide. O delineamento experimental
foi inteiramente casualizado com sete repetições. Após 55 dias da semeadura, determinaram-se os pesos
frescos da parte aérea e raízes, número e peso de vagens, número de galhas e fator de reprodução. No ensaio
in vivo, observou-se que as rizobactérias DFs769, DFs831, DFs513 e todas as combinações reduziram o
fator de reprodução, no entanto, a combinação C01 foi o tratamento que proporcionou os maiores ganhos
para as demais variáveis avaliadas. Nos testes in vitro, proporcionaram reduções significativas na eclosão
de ovos DFs912, C01, DFs843 e C03 e DFs513 e C03 sobre a motilidade de J2. Sendo assim, pode-se dizer
que há potencial de uso da microbiolização das sementes com as combinações de bactérias, principalmente
quando se observa a grande utilização de cultivares com pouca ou nenhuma resistência a M. incognita, além
das limitações associadas ao uso do controle químico.
395
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
245
O pré-condicionamento de sementes de algodoeiro pode aumentar as chances de estabelecimento na
espermosfera de um agente de biocontrole bacteriano?
(Can primed cotton seeds better support the spermosphere growth of a bacterial biocontrol agent?)
Martins, S. A.; Medeiros, F. H. V.; Silva, J. C. P.; Edreira, N1; Barros, A.F.
Departamento de Fitopatologia, UFLA, Lavras, MG. E-mail: [email protected]
O pré-condicionamento de sementes é uma estratégia para acelerar inocular diversos patógenos fúngicos
e acelerar o desenvolvimento de sementes no campo, no entanto, exsudatos radiculares liberados nas duas
primeiras fases da germinação que são atingidas até o término do pré-condicionamento, podem não garantir
o aporte inicial de nutrientes para o desenvolvimento inicial do agente de biocontrole. O objetivo deste
experimento foi determinar a população de uma agente de biocontrole do tombamento em sementes précondicionadas e não pré-condicionadas. Sementes de algodoeiro cv. Acala 90 foram desinfestadas, secas e
transferidas para placas contendo Agar-aguar a –1 Mpa de potencial hídrico e mantidas por 48h, outra parte
das sementes foi mantida a temperatura ambiente em sacos de papel pelo menos período. Em seguida todas
as sementes foram tratadas com 1,2L/100kg de sementes com suspensão a 108 celulas de Bacillus subtilis
UFLA285 crescido em meio líquido. As sementes foram plantadas, amostradas após 16h, maceradas diluídas
em série e plaqueadas para determinar população da bactéria. As sementes pré-condicionadas apresentaram
106 ufc/g de semente enquanto as sementes não condicionadas garantiram 104ufc/g. O pré-condicionamento
garante maior estabelecimento do agente de biocontrole na espermosfera o que pode explicar o controle
do tombamento obtido pelo tratamento de sementes inoculadas com Colletotrichum gossypii pelo précondicionamento em ensaios anteriores.
Apoio: FAPEMIG
396
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
326
Biofumigação in vitro de fungos causadores de doenças pós-colheita por Muscodor albus
(Biofumigation in vitro of fungi causing portharvest diseases by Muscodor albus)
Dutra, D.C.; Arita, C.T.; Pereira, O.L.
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. E-mail: [email protected]
A demanda mundial por frutas e hortaliças vem crescendo expressivamente nos últimos anos, entretanto
infecções por microrganismos como fungos são sérias causas de perdas pós-colheita em produtos vegetais.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade de biofumigação in vitro de fungos causadores de
doenças pós-colheita pelo fungo endofítico produtor de compostos voláteis antimicrobianos Muscodor
albus cz-620. Para tal, foram utilizadas placas de Petri com uma divisão contendo 20 ml de meio de cultura
BDA. Em um lado da placa foi cultivado o isolado de M. albus, durante 7 dias a 25°C. Posteriormente
o fitopatógeno foi repicado para o outro lado da placa, vedada com Parafilm e incubada a 25º C por 60
horas. O efeito de M. albus sobre isolados de patógenos pós-colheita foi avaliado retirando-se os discos
de micélio da presença dos voláteis de M. albus e transferindo-os para outra placa contendo meio BDA.
Constatou-se ação fungicida de M. albus sobre os isolados de Aspergillus niger, Colletotrichum musae,
Geotrichum candidum, Botrytis cinerea, Stemphylium sp., Fusarium graminearum, Trichotecium sp.,
Colletotrichum sp., Cladosporium sp., Colletotrichum truncatum, Sclerotinia minor, Penicillium italicum,
Glomerella sp., Embellisia sp., Alternaria solani, Colletotrichum gloeosporiodes, Rhizoctonia solani,
Dothiorella dominicana, Ceratocystis fimbriata e Fusarium semitectum. Efeito fungistático foi observado
para os isolados de Verticillium theobromae, Acrostalagmus luteo-albus, e sobre escleródios de Sclerotium
rolfsii. Não foi observada ação dos compostos voláteis sobre Cylindrocladium sp., Fusarium sp., Pestalotia
longisetula e Lasiodiplodia theobromae.
Apoio: FAPEMIG
397
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
332
Microbiolização de sementes de feijão para o biocontrole da murcha de fusário
(Common bean seed microbiolization for Fusarium wilt biocontrol)
Corrêa,B.O.; Schafer, J.T.; Moura,A.B.
Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS. E-mail: [email protected]
O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial da microbiolização de sementes de feijão com as
rizobactérias DFs093 e DFs769 (Bacillus cereus), DFs348 (Bacillus sp.), DFs513 (Pseudomonas veronii),
DFs831 e DFs842 (Pseudomonas fluorescens), DFs843 e DFs912 (Rhodococcus fascians) e combinação
destas (C01=DFs093/769/831, C02=DFs093/769/842 e C03=DFs348/769/831) para o biocontrole de dois
isolados de Fusarium sp. oriundos do município de Pelotas (Fpel) e do estado de Santa Catarina (Fsc).
Sementes da cultivar BRS Valente foram microbiolizadas (10°C/5h), semeadas em vasos com capacidade
para 2 kg contendo solo não esterilizado. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com
quatro repetições, em dois ensaios distintos para cada um dos isolados fitopatogênicos. A infestação do
solo com os isolados Fpel e Fsc ocorreu 10 dias após a semeadura, realizando-se perfurações no solo ao
redor das plantas e a estas foram adicionados 10mL de suspensão de conídios (1x106 ). A severidade da
doença foi avaliada 15 dias após infestação do solo com auxílio de uma escala de notas com variação de
0 a 4. Todas rizobactérias foram capazes de reduzir a murcha para ambos os isolados e nos dois ensaios.
Quando observado o controle de cada isolado de Fusarium sp., notou-se que para o isolado Fpel os maiores
percentuais de controle foram observados para os tratamentos DFs093 (43%) no primeiro plantio e a
combinação C01 (50%) no segundo plantio. Já para o isolado Fsc, os resultados foram inferiores, porém
a combinação C01 foi o único que apresentou estabilidade de controle (média 28,6%). Sendo assim, há
que se ressaltar a dificuldade no controle de doenças vasculares, e a possibilidade do uso do controle
biológico, principalmente quando se trata de um biocontrolador com amplo espectro de ação como é o caso
da combinação C01.
398
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
351
Avaliação in vitro de Trichoderma spp., isolados de compostos orgânicos, frente a fungos
fitopatogênicos
(In vitro evaluation of Trichoderma spp. isolates organic compost against plant pathogenic fungi)
Brito, F. S. D.¹; Miller, P. R. M. ²; Stadnik, M. J. ³
¹Departamento de Fitopatologia, UnB/DF; ²Departamento de Engenharia Rural, UFSC, Florianópolis/SC;
³Departamento de Fitotecnia, UFSC, Florianópolis/SC. E-mail: [email protected]
Resíduos orgânicos compostados podem ser fontes de Trichoderma spp. O presente trabalho visou
isolar Trichoderma spp. de composto de uma semana, um e dois anos de maturação e do solo da mata
adjacente ao pátio de compostagem e verificar características úteis dos mesmos para o controle biológico
de fitopatógenos. Oito isolados de Trichoderma spp., três do composto de um ano (N1, N2 e N3), três
do composto de dois anos (M1, M2 e M3), e dois do solo (S2 e S3), foram obtidos por plaqueamento
direto de fragmentos do composto e solo em meio seletivo para crescimento de Trichoderma spp. Os
isolados M1 e M2 foram identificados, respectivamente, como Trichoderma asperellum e Hypocrea lixii
(teleomórfico de Trichoderma harzianum). Todos os isolados foram comparados a Trichoderma asperellum
de formulação comercial (TC) quanto ao crescimento micelial e esporulação em BDA. Os isolados foram
então, confrontados com Sclerotinia sclerotiorum. Apenas o isolado (M2) do composto de dois anos e o TC
foram confrontados com S. sclerotiorum, Rhizoctonia sp. e Fusarium solani. O crescimento micelial entre
isolados do composto e do solo foram semelhantes. Isolados do composto de um ano apresentaram a maior
esporulação. Isolados do composto de dois anos competiram melhor frente aos patógenos, por espaço e
nutrientes, um dos possíveis mecanismos de ação de biocontrole e supressividade natural do composto.
399
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
352
Voláteis produzidos por Bacillus spp. na inibição de Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides,
agente causal da ramulose e tombamento do algodoeiro
(Volatiles produced by Bacillus spp. in the inhibition of Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides,
causal agent of cotton ramulose and damping-off)
Nogueira, C.C.A; Souza, R.M.; Ferro, H.M.; Zanotto, E.; Medeiros, F.H.V.
Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG. E-mail: [email protected]
Bactérias endosporogênicas do gênero Bacillus são microrganismos com grande potencial de controle
biológico de doenças de plantas, pois possuem diversos mecanismos de ação para o controle das enfermidades.
Dentre estes, destaca-se a produção de metabólitos voláteis que inibem o desenvolvimento de fitopatógenos
fúngicos e bacterianos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a inibição do crescimento micelial
de Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides (Cgc) causado por voláteis produzidos por diferentes
isolados de Bacillus spp. Os isolados foram multiplicados em meio de cultura MCF a 28 °C por 48 h a 200
rpm. Posteriormente, 2 frações de 20 µL de suspensão de Bacillus spp. foram pipetadas equidistantemente
em uma placa de Petri com meio de cultura ágar nutriente e um disco micelial de Cgc com 4 mm de diâmetro
foi transferido para o centro de outra placa contendo meio BDA. As placas foram pareadas e fixadas com
parafilm, com o objetivo de ocorrer a interação das substâncias voláteis produzidas pelo isolado de Bacillus
spp. com o Cgc. O sistema foi levado para incubação a 25°C por 9 dias. Os tratamentos constituiram-se
em 4 isolados de Bacillus spp. e 1 testemunha água. As avaliações do diâmetro do crescimento de Cgc
foram realizadas com intervalo de 24 h, em posição ortogonal, para o cálculo do índice de velocidade de
crescimento micelial (IVCM). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 6 repetições
por tratamento. As variáveis significativas no teste F foram submetidas ao teste de Tukey (P<0,05). Os
voláteis dos isolados de Bacillus spp. testados inibiram significativamente o crescimento micelial em relação
à testemunha, destacando-se Bacillus amyloliquefaciens UFLA401 (62,3%), Bacillus subtilis ALB629
(58,1%) e UFLA 285 (52,8%). Assim, concluímos que um dos mecanismos de ação dos isolados avaliados
para a inibição de Cgc pode ser via produção de substâncias voláteis.
Apoio: FAPEMIG, CAPES
400
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
368
Comparação do crescimento micelial de agentes de controle biológico em relação a Sclerotinia
sclerotiorum
(Mycelial growth comparison of biological control agents with respect to Sclerotinia sclerotiorum)
Monteiro, F. P.; Silva, M. G.; Zancan, W. L. A , Armesto, C., Assis, E. S.; Souza, P. E.
O controle biológico é uma das técnicas utilizadas no intuito de reduzir os danos causados por fitopatógenos.
Esta prática consiste em introduzir no ecossistema um inimigo natural do agente patogênico, a fim de manter
a densidade populacional do fitopatógeno em níveis que sejam compatíveis com a sustentabilidade do
sistema produtivo, e assim garanta uma alta produtividade. Este método quando bem executado, apresenta
bons resultados, e em certas ocasiões podem ser utilizados no manejo integrado de doenças. O objetivo
do trabalho foi avaliar o crescimento do Sclerotinia sclerotiorum, agente etiológico do mofo branco, em
relação aos agentes de controle biológico Trichoderma sp., Trichotecium rosea, Fusarium sp., Aspergillus
flavus sob diferentes regimes de temperatura (20ºC, 30ºC e 30ºC dia/20ºC noite). Os organismos foram
inseridos em placas de Petri contendo meio BDA (Batata-Ágar-Dextrose) e posteriormente acondicionado
em câmaras de crescimento, nas temperaturas indicadas com fotoperíodo de 12 horas. Os tratamentos
apresentaram diferenças em seus crescimentos. S. sclerotiorum apresentou amplo crescimento aos 20ºC. No
entanto, o crescimento foi inibido aos 30ºC, sendo este recuperado ao modificar a temperatura noturna para
20 ºC. Isso indica que em certas condições de temperatura o microrganismo cresce apenas durante à noite.
Em contraposição, o Trichoderma sp. apresentou eficiência nos três níveis de temperatura com alta taxa de
crescimento. Os resultados mostraram que o Trichoderma sp. superou o crescimento do S. sclerotiorum,
sendo assim, um bom competidor, frente aos outros organismos estudados.
Apoio: CAPES, FAPEMIG
401
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
380
Controle in vitro de Lasiodiplodia theobromae e Rhizoctonia solani pelo fungo antagonista Trichoderma
sp.
(Control in vitro of Lasiodiplodia theobromae e Rhizoctonia solani by the fungi antagonic Trichoderma
sp.)
David, G. Q. 1; Matos, D. L.2; Peres, W. M. 1, Eburneo L.3; Rodrigues, C.2; Macedo, D. G. C.4; Felito,
R. A4.
1
Professores da UNEMAT-CUAF;2 Engenheiros Agrônomos; 3Técnica de Laboratório;4 AcadêmicosUNEMAT. E-mail: [email protected]
As doenças de planta podem ser controladas por microrganismos vivos que são antagonistas para os
fitopatógenos. A crescente preocupação pública sobre os malefícios que os agrotóxicos químicos causam
à saúde humana e ao ambiente tem levado a realização de trabalhos visando o controle biológico de
fitopatógenos de importância. Trichoderma sp. é um promissor agente de biocontrole, sendo utilizado com
sucesso em vários experimentos no controle de fitopatógenos. Ocorre especialmente em solos orgânicos,
onde que pode viver saprofiticamente ou parasitando outros fungos. O presente trabalho visou o biocontrole
in vitro de Lasiodiplodia theobromae e Rhizoctonia solani por isolados de Trichoderma sp. com potencial
de antagonismo sobre fitopatógenos. Os patógenos L. theobromae e R. solani, foram isolados a partir da
coleta de plantas com doenças de etiologia fúngica em propriedades de agricultura familiar na região de
Alta Floresta. O isolamento e manutenção da cultura foram feitos em meio de cultura tipo BDA. O isolado
do fungo Trichoderma sp., foi obtido de composto orgânico. Os isolados dos fitopatógenos e isolados
do antagonista, foram pareados em placas de Petri, através da utilização de discos de micélios de cada
fungo repicados para placas contendo meio de cultura BDA. Após 4 dias de avaliação, observou-se a
invasão micelial de Trichoderma sp. sobre os fitopatógenos, inibindo e reduzindo significativamente o
desenvolvimento micelial destes. Com isso, verificou-se efeito positivo de antagonismo de Trichoderma sp.
sobre L. theobromae e R. solani.
Apoio FAPEMAT
402
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
424
Inibição do crescimento micelial de Rhizopus sp. e Botrytis cinerea por Bacillus spp. in vitro
(In vitro inhibition of mycelial growth of Rhizopus sp. and Botrytis cinerea by Bacillus spp.)
Pessoa, S. H. M.; Fuga, C. A. G.; Cunha, W. V.
UNIPAM. E-mail: [email protected]
A cultura do morangueiro é muito difundida no Brasil devido a sua alta rentabilidade. Dentre os patógenos
causadores de doenças pós-colheita no morango, há duas doenças causadas por fungos de grande
relevância: podridão de rhizopus podendo ser causada por Rhizopus nigricans e/ou Rhizopus stolonifer e
mofo cinzento causado por Botrytis cinerea. Tendo em vista a propriedade inibitória de Bacillus spp. sobre
o desenvolvimento de alguns patógenos, o presente trabalho teve como objetivo avaliar in vitro o efeito
de Bacillus spp. sobre o crescimento micelial de Rhizopus sp. e B. cinerea. Foram estudados 20 isolados
de Bacillus spp. quanto a capacidade de inibir o desenvolvimento dos fitopatógenos em cultivo pareado.
Os fitopatógenos foram isolados diretamente de frutos de morango naturalmente infectados com sintomas
e lesões característicos de cada podridão. Discos de 5 mm de diâmetro com os isolados fúngicos foram
repicados com estilete flambado para placas de Petri, com meio de cultura BDA. Discos de micelio foram
dispostos nos dois centros de cada metade das placas. Os isolados de Bacillus spp. foram transferidos com o
auxílio de uma alça de platina, fazendo-se uma risca em todo o centro da placa, com exceção do tratamento
testemunha, sem bactéria. As avaliações foram feitas diariamente medindo o crescimento micelial dos
fungos com auxílio de paquímetro digital. Foi observado que os isolados bacterianos não apresentaram
capacidade antagonística sobre os fungos, com exceção do isolado SF-203 que causou forte inibição do
crescimento micelial de B. cinerea.
403
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
425
Efeito da microbiolização de sementes de feijão e milho com isolados de Bacillus subtilis sobre a
incidência de fungos de armazenamento
(Effect of the seeds microbiolization on the corn and bean crops with Bacillus subtilis on the incidence of
storage fungi)
Pessoa, S. H. M.; Fuga, C. A. G.; Machado, J. C.; Cunha, W. V.
UNIPAM. E-mail: [email protected]
Uma alternativa aos tratamentos químicos de sementes é o uso de bioprotetores, por meio da microbiolização
e, dentre esses, o Bacillus subtilis tem sido considerado uma opção em programas de manejo integrado,
devido aos seus metabólitos possuírem propriedades antifúngicas e promotoras de crescimento de plantas.
Este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito da microbiolização sobre a sanidade de
sementes de feijão e milho com isolados de B. subtilis. Foram utilizadas sementes de feijão cv. Pérola
e milho cv. Al Bandeirante. Sementes foram tratadas com 4 isolados de B. subtilis, e para comparação,
sementes foram tratadas com água destilada estéril (testemunha), um fungicida (Fludioxonil + Metalaxyl-M)
e hipoclorito de sódio 2%. As sementes foram microbiolizadas com as suspensões bacterianas por 12 horas.
Para tal, sementes foram colocadas em béqueres de 250 mL e as suspensões bacterianas foram vertidas até
encobrir totalmente as sementes. Após aplicação dos tratamentos o teste de sanidade foi conduzido conforme
as Regras para Análise de Sementes. O experimento foi constituído de 2 ensaios, com 7 tratamentos e 4
repetições cada. Adotou-se um delineamento inteiramente casualizado. No teste de sanidade foi detectado
principalmente a incidência dos fungos Aspergillus, Penicillium e Acremonium, os quais não sofreram
efeito antagônico das bactérias. Os isolados de B. subtilis avaliados não proporcionaram nenhum efeito
bioprotetor sobre as sementes de milho e feijão.
404
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
453
Efeito do tratamento de sementes com produtos biológicos na promoção de crescimento de plantas
de algodoeiro
(Effect of seeds treatment with biocontrol products on the growth promotion in cotton plants)
Silva, J. C1*, Pinto, Z. V.2*, Bettiol, W.2*, Cia, E.3
UNESP – Botucatu, 2Embrapa Meio Ambiente, 3Instituto Agronômico-IAC, *Bolsista do CNPq. E-mail:
[email protected]
1
O tratamento de sementes de algodoeiro com produtos biológicos pode tanto controlar doenças, como
promover crescimento de plantas. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do tratamento de sementes
das principais cultivares e linhagens de algodoeiro, em uso ou em desenvolvimento no Brasil, com agentes
de biocontrole na promoção de crescimento de plantas. As sementes foram desinfestadas, previamente,
com hipoclorito de sódio (0,5%), sendo, posteriormente, imersas em suspensão de produtos de a base de
Trichoderma asperelum, T. harzianum e Clonostachys rosea, na concentração de 1x106 conídios mL-1, e
Bacillus subtilis + Bacillus licheniformis, na concentração de 3,2x109 UFC g-1, por 30 minutos. As sementes
tratadas foram semeadas em solo contido em vasos plásticos e mantidos em telado com redução de 50%
da luminosidade. Após 30 dias, foram avaliados: altura das plantas e pesos da matéria seca da parte aérea
e do sistema radicular. Todos os tratamentos foram eficientes em promover o crescimento das plantas de
algodoeiro, destacando-se C. rosea , o qual apresentou o maior incremento na altura das plantas (6,4%),
quando comparado com as plantas não tratadas.
405
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
500
Controle experimental da mancha bacteriana do tomateiro por procariotas previamente
selecionados
(Experimental control of tomato bacterial spot by selected previously prokaryotes)
Moreira Neto, A.G.1; Andrade, C.C.L.2; Milagres, E.A.1; Moreira, P.C.1; Ferraz, H.G.M.1;Oliveira,
J.R.1
1
Universidade Federal de Viçosa/UFV. 2UFRPE. E-mail: [email protected]
A mancha bacteriana do tomateiro (Solanum lycopersicum L.) é considerada uma das principais doenças
bacteriana da cultura. Análises moleculares tem revelado que a doença pode ser causada por quatro
diferentes espécies de Xanthomonas. Nas regiões de clima ameno tem prevalecido Xanthomonas gardneri.
É sabido que as doenças de etiologia procariota são de difícil controle, por não existir no mercado um
produto eficiente. O Controle Biológico tem revelado como uma medida eficiente para o controle de
doenças, principalmente nas culturas onde não se podem aplicar pesticidas e naquelas onde não há produtos
eficientes para o controle. O presente trabalho teve como objetivo testar 30 isolados de PGPR’s previamente
selecionados em experimentos anteriores. Sementes de tomate ‘Santa Clara’ foram microbiolizadas com
propágulos das bactérias OD540=0,5 (7,5 x 109 UFC/mL) por 12h, e então semeadas em vasos contendo 2
dm3 de solo não esterilizado, cada tratamento foi repetido três vezes. Quando as plantas estavam com 40
dias foram pulveridas com o patógeno X. gardneri OD540=0,15 (5 x 108 UFC/mL). Antes e após a inoculação
as plantas foram acondicionadas em câmara úmida por 24h, e então foram mantidas em casa de vegetação
até o aparecimento dos sintomas. Doze dias após a inoculação, folíolos das folhas do terço inferior, médio
e superior de cada planta foram escaneadas e processadas no software Quant para avaliação da área doente.
Análise estatística dos dados revelou que alguns isolados foram capazes de reduzir a severidade da doença,
comparando com o controle (plantas não microbiolozadas). Estão sendo realizados mais ensaios para
verificar como o biocontrole é exercido.
Apoio: FAPEMIG e CNPq
406
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
501
Controle experimental da pinta preta do tomateiro por procariotas previamente selecionados
(Experimental control of tomato black spot by selected previously prokaryotes)
Milagres, E.A.1; Ferraz, H.G.M.1; Moreira, P.C.1; Moreira Neto, A.G.1; Andrade, C.C.L.2; Oliveira,
J.R.1
1
Universidade Federal de Viçosa/UFV. 2UFRPE [email protected]
A pinta preta do tomateiro causada por Alternaria solani é uma das principais doenças da cultura, o controle
do fungo é feito basicamente com pulverizações sistemáticas de fungicidas. Com o objetivo de reduzir os
impactos ambientais e produzir alimentos mais saudáveis; o presente trabalho testou 30 isolados bacterianos
que foram selecionados anteriormente em um universo de 630 bactérias isoladas da rizosfera e rizoplano
de plantas de tomate. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, antes do plantio as sementes
cv. Santa Clara foram microbiolizadas com suspensão bacteriana OD540= 0,5 (7,5 x 109 UFC/mL). Cada
tratamento foi conduzido em vaso contendo 2dm3 de solo não esterilizado, com três repetições e uma
planta/vaso. Quarenta dias após a semeadura as plantas foram atomizadas com o patógeno desafiante (5
x 104 conídios/mL) e mantidas por 24h em câmara úmida. A avaliação da severidade foi feita utilizando
escala diagramática aos 4, 7 e 11 dias após da inoculação. A área abaixo da curva de progresso da doença
(AACPD) revelou que alguns isolados foram capazes de reduzir a doença quando comparado ao controle
(plantas não microbiolizadas). Serão feitos estudos laboratoriais para investigar como o biocontrole é
exercido, e também serão realizados ensaios em condição de campo para verificar se o biocontrole também
é eficiente.
Apoio: FAPEMIG e CNPq.
407
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
522
Antagonismo de Clonostachys rosea a Botrytis cinerea em discos de folha de begônia
(Antagonistic effect of Clonostachys rosea to Botrytis cinerea on leaf discs of begonia)
Fujinawa, M. F.1; Pontes, N. C. 2; Piermann, L.3; Agostini, E. R. S.; 3Morandi, M. A. B.; Goes, A.1
1
FCAV/UNESP; 2 UFV; 3Embrapa Meio Ambiente. E-mail: [email protected]
O mofo cinzento causado Botrytis cinerea (Bc) é uma das doenças mais comuns de plantas ornamentais
cultivadas em casas de vegetação. No cultivo de begônias, observaram-se perdas significativas na produção
e gastos significativos de fungicidas para o seu controle. Clonostachys rosea (Cr) tem demonstrado ser um
fungo eficaz no controle do mofo cinzento em diversas culturas como rosa, morango, fúcsia e eucalipto. O
trabalho teve como objetivo avaliar o antagonismo de Cr a Bc em discos de folha de begônia. Os isolados
de Cr testados foram LQC 60 e LQC 62, sendo a concentração utilizada de 107 conídios/ml do antagonista.
Avaliou-se três períodos de inoculação (24h antes, simultâneo e 24h depois da inoculação com Bc na
concentração de 104 conídios/ml). Avaliou-se o percentual de área dos discos colonizados, utilizando-se
diagrama de notas, a partir do quarto, sétimo e décimo dia após a inoculação. Ambos os isolados de Cr
foram eficientes no controle de Bc nos três períodos de inoculação concluindo que Cr possui um grande
potencial de biocontrole de mofo cinzento em begônias.
408
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
540
Efeito de bactérias isoladas de folhas de nim sobre mortalidade e mobilidade de Meloidogyne javanica,
in vitro
(Effect of bacteria isolated from leaves nim on mortality and mobility Meloidogyne javanica, in vitro)
Soares-Martins, I.P.1; Santos, B.H.C.2; Ribeiro, R.C.F.3; Xavier, A.A.3; Rocha, L.S.1; Cardoso, A.M.S.2;
Silva, J.G.2.
1
Mestrando PGPVSA/UNIMONTES; 2 Graduandos em Agronomia/UNIMONTES; 3Prof. PGPVSA/
UNIMONTES. E-mail: [email protected]
A utilização de bactérias antagonistas é uma alternativa para o Controle Biológico de fitonematóides.
O objetivo do trabalho foi avaliar in vitro o antagonismo de bactérias epífitas, endofíticas e do extrato
fermentado de folhas de nim (Azadirachta indica) sobre a mortalidade e mobilidade de M. javanica. Foram
avaliados 28 isolados (10 epifítas,1 endofítica e 17 extrato fermentado). Para a montagem do ensaio, em
cada célula da placa “Elisa” colocaram-se 20 µL de suspensão com 20 J2 de M. javanica e 100 µL da
suspensão bacteriana. Após 48 horas, avaliou-se o número de J2 móveis e imóveis. Consideraram-se mortos
os nematóides retos e imóveis, e vivos os retorcidos e móveis, após a adição de uma gota de NaOH 1N. O
ensaio foi montado em DIC com seis repetições e as testemunhas água, solução salina e temik. Os resultados
foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott- Knott 5 %. Verificouse efeito significativo dos isolados bacterianos sobre a mortalidade e mobilidade. Para a mortalidade, dos
28 isolados testados, 23 diferiram das testemunhas água e solução salina, sendo que o temik juntamente
com 22 dos isolados apresentaram mortalidade entre 23,04 e 100%. Para a mobilidade, verificou-se que
9 isolados proporcionaram imobilidade superior a solução salina variando de 36,53 a 95,61%. A água
juntamente com 20 isolados apresentou as menores taxas de imobilidade. Dos 28 isolados testados apenas
a bactéria11 do nim fermentado não teve efeito sobre a mortalidade e a mobilidade.
Apoio: FAPEMIG
409
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
557
Isolados de bactérias no controle do fungo Sclerotinia sclerotiorum
(Bacterial isolates in control of fungus Sclerotinia sclerotiorum)
Monteiro, F. P.1; Zancan, W. L. A.2; Silva, M. G.1; EDREIRA, N.; Santos, L. A.2; Fonseca Junior, A.
M.3 Lorenzetti, E. R.1; Souza, P. E.4.
1
Doutorando em Fitopatologia; 2 Mestrando em Fitopatologia, 3 Graduando em Agronomia, 4 Doutor em
Fitotecnia. Universidade Federal de Lavras. E-mail: [email protected]
O Controle Biológico tem como princípio o estudo de inimigos naturais de fitopatógenos que causam danos
econômicos as culturas. A introdução massal destes agentes no ambiente tem como finalidade reduzir a
população dos agentes etiológicos e assegurar a produção. O trabalho teve como objetivo avaliar o halo de
inibição em Sclerotinia sclerotiorum em função da produção de metabólitos bacterianos, bem como a ação
direta das bactérias no escleródio. Foram adicionados discos do meio de cultura BDA (Batata-Ágar-Dextrose)
com os microrganismos em pólos opostos de placas de Petri preenchidas com o mesmo meio de cultura.
Para analisar o dano direto causado pelas bactérias foram adicionados 3 escleródios em placa de Petri com
meio ágar-água (20%) e adicionados 200 µl da suspensão bacteriana sobre o escleródio. Posteriormente
estes experimentos foram transferidos para câmara de crescimento mantidos sob a temperatura constante
de 20ºC com fotoperíodo de 12 horas. Feita as análises dos tratamentos foi constatado que os isolados
de bactérias produziram substâncias que impediram a colonização do fungo, bem como prejudicaram a
conservação dos escleródios nas placas. Sendo assim, os isolados mostraram eficiência no controle de S.
sclerotiorum.
Apoio: CAPES
410
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
571
Leveduras antagônicas ao crescimento micelial de Sclerotium rolfsii
(Antagonistic yeasts to mycelial growth of Sclerotium rolfsii)
Souza, L.T.; Laranjeira, D.; Souza, B.O.; Melo, A.P.; Machado, L. P..; França, G. S.; Gomes,
A.A.M.
1DEPA/UFRPE. E-mail: [email protected]
O antagonismo de leveduras aos fitopatógenos habitantes do solo, tais como Sclerotium rolfsii é pouco
explorado. A busca de leveduras potencialmente antagônicas a S. rolfsii podem favorecer pesquisas que visem
o Controle Biológico deste importante fitopatógeno. O objetivo deste trabalho foi avaliar o antagonismo de
28 isolados de leveduras sobre o crescimento micelial in vitro de S. rolfsii. Leveduras isoladas de plantas
de caupi (Vigna unguiculata) foram cultivadas em meio Sabouroud Dextrose Agar (SDA) por 48 horas (h)
a 28°C em um fotoperíodo de 12h. Posteriormente, suspensões de células de leveduras foram ajustadas
para 105 UFC/mL. Bases circulares de cones de vidro de 8 cm de diâmetro esterilizadas foram imersas
nessas suspensões de células e tocadas em placas de Petri contendo meio Batata Dextrose Ágar (BDA).
Logo após, depositaram-se no centro das mesmas placas, discos de micélio de 0,5cm de diâmetro com o
isolado de S. rolfsii (LFS-04). Placa de Petri, contendo meio BDA e S. rolfsii sem a presença de leveduras,
foi considerada testemunha. O delineamento utilizado foi o inteiramente ao acaso, com 28 tratamentos
(isolados de leveduras) mais testemunha, com cinco repetições, sendo uma placa de Petri considerada uma
repetição.Todos os tratamentos e testemunha foram incubados a 28°C e fotoperíodo de 12h. A avaliação
das colônias de S. rolfsii ocorreu após 4 dias, através de medição do diâmetro micelial nos dois sentidos
diametralmente opostos, onde: [(Comprimento A)/2 + (Comprimento B)/2)] - 5. O teste de médias ScottKnot a 5% de probabilidade foi aplicado para comparação dos tratamentos. As leveduras “BC-2” e “I-9”,
comparada com a testemunha, promoveram uma maior redução do crescimento micelial de S. rolfsii, com
1,99cm e 3,54cm de diâmetro, respectivamente Os resultados obtidos demonstraram antagonismo das
leveduras utilizadas a S. rolfsii.
Apoio: FACEPE
411
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
574
Desenvolvimento de Fusarium oxysporum f. sp. cubense sob adição sucessiva de filtrados de
rizobactérias
(Development of Fusarium oxysporum f. sp. cubense in successive addition of rhizobacteria filtrates)
Silva, H. R.1; Xavier, A. A.2; Ribeiro, R. C. F.2; Cardoso, A. M. S.1; Mizobutsi, E. H.2; Rocha, L. S.3;
Soares-Martins, I. P.3.
1
Graduando do curso de agronomia; 2Prof. PGPVSA/UNIMONTES-Bolsita BIPDT/FAPEMIG; 3Mestrando
PGPVSA/UNIMONTES-Bolsita FAPEMIG. E-mail: [email protected]
Fusarium oxysporum f. sp. cubense (foc), agente causal do mal-do-Panamá, é um fungo de solo de difícil
controle. Objetivou-se avaliar o efeito de 15 filtrados de rizobactérias (FR) adicionados ao BDA em cultivos
sucessivos de foc. Em placas de Petri com meio BDA adicionaram-se de forma equidistante, um disco da
colônia de foc e um de papel filtro esterilizado e embebido com 10 μL de FR, as quais foram mantidas
em escuro contínuo à 25ºC. Após sete dias, um disco de 5 mm da colônia de foc foi transferido para
uma placa contendo FR, e incubada como descrito anteriormente. Este procedimento foi realizado três
vezes. Após cada pareamento, estimou-se o número de conídios e o comprimento do raio da colônia de
foc. O delineamento foi em DIC, com três repetições. As médias foram comparadas pelo teste de ScottKnott (P<0,05). No primeiro e segundo pareamento, não houve redução de esporulação de foc na presença
de nenhum dos filtrados. Entretanto, no terceiro pareamento, os FR 60, 24, 17, 03, 12 e 34 reduziram a
esporulação de 13,52% a 68,56% quando comparados com a testemunha. Para o desenvolvimento do raio
da colônia observou-se redução de 4,72 a 11,11% no primeiro pareamento na presença dos filtrados 11,
17, 28, 47, 58, 36, 41, 01 e 42. No segundo pareamento houve estímulo de desenvolvimento do raio da
colônia de 5,45 a 17,98% na presença dos FR 36, 10, 60, 03 e 34 e nenhum efeito foi observado no terceiro
pareamento. Conclui-se que maior efeito na esporulação e crescimento micelial de foc foram observados
para os filtrados 34 e 12; e 42, respectivamente.
Apoio: FAPEMIG
412
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
592
Ação fungica do leite de vaca cru para o controle de oídio em abobrinha Cucurbita pepo cv Caserta
(Fungicidal action of raw cow´s milk for control of powdery mildew in zucchini Cucurbita pepo cv.
Caserta)
Salum, L. A. ; Medeiros, F. H. V. ; Zanotto, E.
UFLA e DFP. E-mail: [email protected]
O controle do oídio em diversas culturas com o leite vem sendo amplamente adotado por produtores, seu
uso tem sido preconizado como preventivo, no entanto evidências tem apontado também para uma ação
curativa. O objetivo deste trabalho foi o efeito de concentrações crescentes de leite na atividade inicial
fungicida contra o oídio da abobrinha (Podophaera xanthii). Uma suspensão de conídios do patógeno foi
eluída em leite cru a diferentes concentrações (0, 5, 10, 30 ou 50% v/v) de forma a obter 104 conídios/
mL como concentração final. As suspensões foram então pulverizadas até escorrimento sobre plantas de
abobrinha (cv. Caserta) sadias com duas folhas definitivas. Foram feitas 4 avaliações, duas vezes por semana
por duas semanas, onde foi possível contar a quantidade de colônias de fungos na 1º e na 2º folha, os dados
foram usados pra cálculo da área abaixo da curva de progresso da doença. Houve controle em todos os
tratamentos utilizando leite e não ocorreu diferença entre as concentrações de leite utilizadas. A média de
controle foi de 89% em uma condição de casa de vegetação muito conduciva à doença. Apesar de apresentar
mesma eficiência de controle, nas concentrações de 30% e 50% foi observada fitotoxidez. Portanto, o leite
apresenta não apenas ação preventiva, mas também curativa mesmo a concentração de 5%, o que sugere
para o potencial de uso de concentrações ainda menores do produto quando de seu uso preventivo.
413
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
597
Efeito do Epicoccum sp., na formação de apressórios por Magnaporthe oryzae
(Effect of Epicoccum sp., on Magnaporthe oryzae apressorium formation)
Sena, A.P.A1, Chaibub, A. A.2, Magalhães, M.S.3, Côrtes, M.V.C.B.4, Prabhu, A.S.5 , Araújo, L.G.6,
Filippi, M.C. 7
1
Mestranda UFG, 2Graduanda UFG, 3Graduanda Uni-Anhanguera, 4MSc, Analista Embrapa Arroz e Feijão,
6
Doutora, Professora UFG, 5,7 PhD., Pesquisadores Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO.
E-mail:[email protected]
Magnaporthe oryzae é o fungo causal da brusone, principal doença do arroz, seu controle através da inserção
do Controle Biológico ao manejo integrado da doença vem sendo explorado. O objetivo deste trabalho foi
avaliar a ação do filtrado de Epicoccum sp., integrante da microflora do arroz, na inibição da germinação de
conídios e na formação de apressório de M. oryzae. Epicoccum sp., foi multiplicado em meio BDA, e aos
18 dias o material foi macerado em etanol 95% produzindo uma suspensão filtrada e centrifugada por 10
minutos a 5000 rpm. Por meio de liofilização foram obtidos 104 mg de um pó que foi solubilizado em água
estéril e diluído seriadamente, gerando cinco tratamentos (8,0 mg.ml-1 até 0,5 mg.ml-1) e a testemunha. O
ensaio consistiu-se na deposição, em superfície artificial, da solução do filtrado, em concentrações diferentes
(cinco tratamentos) misturado na proporção 1:1 à suspensão de conídios do isolado M. oryzae Py372. As
avaliações ocorreram após 1; 3; 6; 12 e 20 horas de indução da formação do apressório em microscópio
óptico. Os dados foram avaliados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados obtidos indicam
diferenças entre as concentrações em cada período de avaliação tanto para a inibição da germinação quanto
para a formação de apressórios.
414
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
598
Eficiência do Epicoccum sp., na supressão de Magnaporthe oryzae nas folhas de arroz em casa de
vegetação
(Efficiency of Epicoccum sp., on suppression Magnaporthe oryzae in leaves of rice in greenhouse)
Sena, A.P.A1, Chaibub, A. A.2, Côrtes, M.V.C.B.3, Prabhu, A.S.4 , Araújo, L.G.5, Filippi, M.C. 6
1
Mestranda UFG,2Graduanda UFG, 3MSc, Analista Embrapa Arroz e Feijão, 4Doutora, Professora UFG, 5,6
PhD., Pesquisadores Embrapa Arroz e Feijão,GO. E-mail:[email protected]
A seleção e a identificação de microrganismos antagonistas e/ou indutores de resistência ao ascomiceto
Magnaporthe oryzae causador da brusone, vem adquirindo grande importância no manejo integrado da
principal doença do arroz. O trabalho objetivou comparar a supressão da brusone nas folhas, através do
antagonismo e da indução de resistência pelo agente biológico Epicoccum sp., componente do filoplano
do arroz, que se mostrou eficaz em ensaios anteriores. Em ensaio conduzido em casa de vegetação com
a cv. Primavera, composto de 15 tratamentos, em que T1, T2, T3, T4, T5, T6, T7 e T8 consistiram na
pulverização de duas concentrações diferentes da solução de conídios de Epicoccum sp,. em quatro períodos
diferentes antecedendo a inoculação com o isolado de M. oryzae. Os tratamentos T11, T12, T13, T14 e T15
consistiram na pulverização de cinco concentrações diferentes da solução de conídios de Epicoccum sp,
misturada à solução de conídios de M. oryzae. As avaliações de brusone nas folhas (SBF %) ocorreram
utilizando uma escala de notas de dez graus, de acordo com Notteghem (1981), aos 2; 4; 7 e 9 dias após a
pulverização de M. oryzae. Como indutor de resistência destacou-se a concentração de 5x105 de Epicoccum
sp., pulverizado 48 antes da agressão com M. oryzae (T5) e como antagonista destacou-se a concentração
de 1x102 de Epicoccum sp., aplicado junto com o M. oryzae (T15), ambos os tratamentos apresentaram
AACPD significativamente menor que a testemunha.
415
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
607
Biocontrole de Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli a campo e reflexos na transmissão por
sementes
(Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli field biocontrol and reflection on seed transmission)
Nunes, R.B.1,2; Costa, M.W1,2.; Moreno, S.A.B. 1,3; Corrêa, B. O.1,4; Denardin, N.A.5,6; Moura, A. B1,6.
1
UFPel CEP 96010-970, Pelotas, RS 2bolsista CNPq ITI A; 3bolsista FAPERGS/PROBIC; 4bolsista CAPES/
PNPD; 5Universidade de Passo Fundo; 6bolsista CNPq Produtividade em Pesquisa. E-mail: rafa_b_nunes@
hotmail.com
O crestamento bacteriano comum (CBC) causado por Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli (Xap) é a
principal doença bacteriana do feijão no Brasil. O patógeno encontra-se disseminado em todas as regiões
produtoras do país. O CBC é transmitido por sementes, manifestando sintomas durante todas as fases
de desenvolvimento do hospedeiro. A certificação das sementes é tida como a medida de controle mais
eficiente. Por outro lado, o biocontrole é uma estratégia promissora. O objetivo do trabalho foi avaliar
a ocorrência de CBC a campo e a presença de Xap em sementes produzidas por estas plantas. Sementes
microbiolizadas com DFs831 (Pseudomonas fluorescens), DFs912 (Rhodococcus fascians) e a combinação
C01 (DFs093/769/831) ou tratadas com fungicida Vitavax + Thiran (F) e solução salina (0,85%) (T)
foram semeadas para estabelecer ensaio a campo. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso
com quatro repetições. A incidência e severidade de CBC foram avaliadas aos 50, 65 e 80 dias após o
semeio. As sementes produzidas foram colhidas manualmente, secas a 13% de umidade e armazenadas
sob refrigeração. A incidência de sementes transportando Xap foi avaliada pela técnica do número mais
provável (NMP) utilizando-se 5 subamostras de 10 e 100 sementes e 1 de 500. Os extratos obtidos foram
plaqueados em meio seletivo e inoculado em vagens de feijão. A população de Xap presente na subamostra
de 500 sementes foi determinada pelo método de diluição e plaqueamento em meio seletivo Os tratamentos
bacterianos reduziram a severidade de CBC em campo, porém este controle não foi capaz de reduzir o
percentual de sementes carreando Xap, quando o NMP foi avaliado em placas ou em vagens inoculadas.
Por outro lado o tratamento DFs831 (P. fluorescens) apresentou 3,82 X 103 UFC/g de sementes, sendo 10
vezes a população de Xap presente nas sementes dos demais tratamentos.
Apoio: CNPq
416
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
616
Nematóide entomopatogênico Heterorhabditis baujardi LPP7 Phan (Rhabditida: Heterorhabditidae)
para o controle de fitoparasítas em raízes de cana-de-açúcar
Entomopathogenic nematode Heterorhabditis baujardi LPP7 Phan (Rhabditida: Heterorhabditidae) for
controling plant parasitic nematodes in sugar-cane roots
Bellini, L.L.1; Dolinski, C.M.; Souza, R.M; Pinto, C.C.S.; Robaina, R.R.1
E-mail: [email protected]
Nematóides fitoparasitas (NFs) quando presentes em canaviais podem diminuir a quantidade de radicelas,
prejudicando a absorção de água e nutrientes, prejudicando o desenvolvimento das plantas, tornando-as
menores, raquíticas, cloróticas, murchas nas horas mais quentes do dia e prejudicando sua produtividade. O
método de controle mais utilizado é o químico, mas é importante buscar alternativas, como o uso de agentes
biológicos, devido ao alto custo dos nematicidas e à agressividade que eles causam ao meio ambiente. Esse
trabalho avaliou os nematoides entomopatogênicos (NEPs) H. baujardi, no controle dos principais NFs da
cana-de-açúcar. Para tanto, localizou-se um canavial comercial infestado por NFs, onde trabalhou-se por
dois anos consecutivos e montou-se 10 blocos ao acaso. Nestes blocos foram separadas fileiras de cana
destinadas ao tratamento (formulado aquoso contendo 2,5 x 108 JIs/ha) e fileiras que receberam a função
de controle do experimento. Os blocos foram amostrados quatro vezes e aplicou-se o formulado dos NEPs
três vezes (fileiras tratadas) por ano safra, durante um período de dois anos consecutivos. De cada amostra
de raízes separou-se 5 gramas das mesmas, formando 20 amostras devidamente identificadas por bloco e
tratamento. A estas amostras adicionou-se 200 mL de água e elas foram trituradas em liquidificador por 10
segundos em velocidade máxima. Os nematóides obtidos em solo e raízes foram observados ao microscópio
ótico (Jenamed), quantificados e identificados através de chaves taxonômicas. Utilizando-se a ANOVA e o
teste de Tukey a 5 % de probabilidade, pode-se observar neste experimento, que houve significativamente
menor número de NFs, nas fileiras tratadas com os NEPs, do que nas fileiras sem NEPs, sendo esses
respectivamente, 26 e 236 unidades de Dorylaimidae, 7 e 78 unidades de Pratylenchus e 23 e 318 unidades
de Hoplolaimus. E com base nos dados deste trabalho de campo, pode-se concluir que H. baujardi LPP7
possui potencial de controle dos principais NFs encontrados em raízes de cana-de-açúcar.
417
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
617
Nematóide entomopatogênico Heterorhabditis baujardi LPP7 Phan (RHABDITIDA:
Heterorhabditidae) para o controle de fitoparasítas em solo de canavial
(Entomopathogenic nematode Heterorhabditis baujardi LPP7 Phan (Rhabditida: Heterorhabditidae) for
controling plant parasitic nematodes canebrake soil)
Bellini, L.L.1; Dolinski, C.M; Souza, R.M.; Pinto, C.C.S.; Robaina, R.R.
1
E-mail: [email protected]
Nos canaviais brasileiros a presença de nematóides fitoparasitas (NFs), danifica o sistema radicular,
prejudicando a sua capacidade em absorver água e nutrientes e consequentemente tornando as plantas
menores, raquíticas, cloróticas, murchas nas horas mais quentes do dia e menos produtivas. O controle
químico é o método mais utilizado, porém, devido aos custos dos nematicidas e à agressividade que
eles causam ao meio ambiente, deve-se buscar alternativas, como o uso de agentes biológicos. Assim, o
objetivo desse trabalho foi avaliar o nematoide entomopatogênico (NEPs), H. baujardi, no controle dos
principais NFs da cana-de-açúcar. Para isso, montou-se 10 blocos ao acaso em canavial comercial infestado
por NFs, durante dois anos. Nestes blocos foram separadas as fileiras de cana destinadas ao tratamento
(formulado aquoso contendo 2,5 x 108 JIs/ha) e as destinadas ao controle. Por ano amostrou-se solo dos
blocos da lavoura, quatro vezes e aplicou-se o formulado dos NEPs três vezes (fileiras tratadas). De cada
amostra separou-se 100 gramas de solo e formaram-se 20 amostras devidamente identificadas por bloco
e tratamento. Tais amostras foram submetidas à combinação dos métodos de peneiramento com flotação
e centrifugação em solução de sacarose e originou 20 alíquotas de 10 mL (identificadas adequadamente).
De cada alíquota os NFs encontrados foram classificados e contados separadamente. Por meio da ANOVA
e do teste de Tukey a 5 % de probabilidade, neste experimento observou-se nas fileiras tratadas número
significativamente menor de NFs, do que nos tratamentos sem NEPs, sendo esses respectivamente, 59 e
180 unidades de Helicotylenchus e 13 e 63 unidades de Dorylaimidae. Portanto, de acordo com os dados
deste trabalho de campo, pode-se concluir que H. baujardi LPP7 possui potencial de controle dos principais
nematóides fitoparasitas encontrados em solo de canavial.
418
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
619
Controle biológico de Pratylenchus jaehni e Tylenchulus semipenetrans em pomar de laranja ‘Pêra’
com uma formulação contendo cinco fungos nematófagos associada a aldicarbe
(Biological control of Pratylenchus jaehni and Tylenchulus semipenetrans in oranges orchard with a
formulation containing five nematophagous fungi associated with aldicarb)
Martinelli, P. R. P.1*; Santos, J. M.2
1;2
FCAV/UNESP Jaboticabal – SP, Departamento de Fitossanidade; *Doutorando em Agronomia (Produção
Vegetal) Bolsista Fapesp. E-mail: [email protected]
O trabalhou constou de dois experimentos conduzidos em pomares infestados por P. jaehni e T. semipenetrans,
um no Sítio das Antas, no Município de Itápolis (SP), localidade tipo do nematoide P. jaehni e o outro no
Sítio Boa Vista, no Município de Taquaritinga (SP), infestado com Tylenchulus semipenetrans. Os fungos
Pochonia chlamydosporia, Paecilomyces lilacinus, Dactylella leptospora, Monacrosporium eudermatum e
Arthrobotrys musiformis foram formulados em uma mistura bagaço de cana e farelo de arroz. Os tratamentos
adotados foram: 1 l e 2 l da formulação contendo os cinco fungos; 1 L da formulação + 65 g de aldicabe
(produto comercial Temik® 150 G), 2 L formulação + 65 g de aldicarbe, 130 g de aldicarbe, 65 g de aldicarbe
e testemunha sem aplicação. Os tratamentos de 2 L da formulação de fungos nematófagos e 1 L da formulação
mais 65 g do nematicida foram os tratamento que reduziram 94,65 e 84,09% da população de P. jaehni,
respectivamente, na avaliação de 60 dias e 85,02 e 85,06% na avaliação aos 120 dias e foram considerados
os mais eficientes no controle desse nematoide. Os melhores tratamentos para o Controle Biológico de T.
semipenetrans na avaliação de 60; 120 e 180 dias foi 2 L da formulação dos fungos nematófagos, 2 L da
formulação mais 65 g do nematicida e 130 g do nematicida por planta. Esses tratamentos reduziram 62,72;
61,06 e 49,91% da população de T. semipenetrans, respectivamente, na avaliação de 60 dias, 84,77; 69,29
e 95,85% aos 120 dias e 79,82; 73,25 e 86,27% aos 180 dias após a aplicação.
419
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
620
Sobrevivência de fungos nematófagos aplicados no campo para o controle de Pratylenchus jaehni em
citros
(Survival nematophagous fungi applied in the field for control Pratylenchus jaehni in citrus)
Martinelli, P. R. P.1* & Santos, J. M.2
FCAV/UNESP Jaboticabal – SP, Departamento de Fitossanidade; *Doutorando em Agronomia (Produção
Vegetal) Bolsista Fapesp. E-mail: [email protected]
1;2
O monitoramento da sobrevivência de fungos nematófagos se torna necessária para estabelecer períodos
de reaplicação de formulações de fungos nematófagos para controle dos nematoides a campo. Foram
monitoradas a sobrevivência de Arthrobotrys robusta, A. oligospora, A. musiformis, Dactylella leptospora
e Monacrosporium eudermatum nas parcelas tratadas com 1; 2; 4; 6 L da formulação dos fungos/planta ou
testemunha sem aplicação, durante o período de um ano, sendo a primeira avaliação 6 meses após a aplicação
e as demais com intervalos de três meses após a primeira avaliação. O fungo D. leptospora foi encontrado
somente na avaliação de 6 meses após a aplicação dos tratamentos, indicado um tempo de sobrevivência
curto no solo. Contudo, os isolados A. robusta, A. musiformis e A. oligospora foram recuperados em todas
as avaliações (6; 9 e 12 meses) e principalmente nas parcelas tratadas com as maiores doses da formulação
(4 e 6 litros/planta) e na testemunha. Monacrosporium eudermatum foi recuperado em todos os períodos
avaliados e inclusive na avaliação da parcela testemunha, um ano após a aplicação. O fato da presença das
espécies de Arthrobotrys e M. eudermatum nas parcelas testemunhas indica que já eram espécies nativas
desse pomar.
420
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
647
Isolamento de fungos endofíticos do cafeeiro para o controle biológico de Aspergillus ochraceous
(Isolation of coffee endophytic fungi for the biological control of Aspergillus ochraceous)
Motter, H. Z.1;Arita, C. T.1; Toretta, T. L.1;Dutra, D. C.1;Trindade, I.C. 1;Pereira, O. L. 1
1
Departamento de Fitopatologia, UFV. E-mail: [email protected]
A ocratoxina, micotoxina produzida por Aspergillus ochraceous, é responsável por perdas na pós-colheita
do café. O controle químico em grãos armazenados de café é inviável, desta forma o Controle Biológico
destaca-se como uma promissora alternativa. Objetivou-se com esse trabalho, a obtenção de isolados de
fungos endofíticos produtores de compostos voláteis antimicrobianos a partir plantas de café, que possam
ser utilizados no Controle Biológico de A. ochraceous por micofumigação. Folhas e caules de plantas
sadias foram coletadas na região de Viçosa-MG. Fragmentos de folhas e caules foram desinfestados
superficialmente a partir da imersão em álcool 50% por 1 minuto, seguido de hipoclorito de sódio 0,5%
por 3 e 6 minutos e lavagem em água destilada esterilizada. O isolamento foi realizado em placas de
Petri subdivididas com meio B.D.A. na presença do fungo endofítico Muscodor albus, reconhecido pela
atividade micofumigante. Após crescimento, os fungos endofíticos foram repicados e armazenados em tubo
inclinado. O teste de micofumigação foi realizado em placas de Petri subdivididas com o fungo endofítico
crescido em um dos bordos e estrias de A. ochaceous na outra metade. As placas foram vedadas com
filme de PVC com a finalidade de evitar o extravasamento de possíveis compostos voláteis. A avaliação
foi efetuada com base em dois controles, um em placas com estrias de A. ochraceous e sem endofítico e
outra com A. ochraceous e M. albus. Sete isolados produtores de compostos voláteis foram obtidos e seus
voláteis serão caracterizados bioquimicamente.
421
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
649
Rizobactérias na indução de resistência a Meloidogyne javanica em bananeira prata-âna na presença
de Fusarium oxysporum f. sp. cubense
(Induction of resistance to root-knot nematode Meloidogyne javanica in banana Prata-Anã by rhizobacteria
in the presence of Fusarium oxysporum f. sp. cubense)
Rocha, L.S1; Ribeiro, R.C.F2; Pimenta, L3; Lopes, P.S4; Xavier, A.A2; Soares-Martins, I.P1; Mizobutsi,
E.H2.
1
Mestrando, UNIMONTES; 2Profs. PGPVSA/UNIMONTES-Bolsitas BIPDT/FAPEMIG; 3Mestranda,
UFLA; 4Mestre-UNIMONTES. E-mail: [email protected].
Existem vários relatos de indução de resistência a fungos, bactérias, vírus e nematóides em diversas
culturas. O trabalho objetivou avaliar o efeito de rizobactérias na indução de resistência a Meloidogyne
javanica (MJ) em bananeira Prata-Anã na presença e ausência de Fusarium oxysporum f. sp. cubense
(FOC). Avaliaram-se dois isolados de Bacillus pumilus, um de Paenibacillus lentimorbus e um isolado não
identificado. O experimento foi conduzido em DBC, com seis repetições, esquema fatorial 8x4, sendo oito
tratamentos biológicos (4 isolados + 4 filtrados) e os tratamentos: M. javanica, FOC, M. javanica + FOC e
ausência de patógenos. As testemunhas foram solução salina, TSB e água. Mudas micropropagadas foram
transplantadas para tubetes contendo Plantimax e aclimatizadas por 30 dias quando foram arrancadas, os
sistemas radiculares divididos em duas partes iguais e cada metade transplantada para vasos contendo solo
tratado. Os vasos pareados foram marcados com A (indutor) e B (resposta). Na parte A, após uma semana
do plantio, foram adicionados os tratamentos biológicos e após uma semana foram adicionados aos vasos
- B 3000 ovos de MJ e/ou FOC (1,2 x 104 ufc/g solo). Após 60 dias verificou-se que na presença de FOC
+ M. javanica, o número de ovos/raiz foi significativamente inferior quando as mudas foram tratadas com
B. pumilus-10, Filtrado do isolado 11, P. lentimorbus-17 e B. pumilus -1 com redução de 54,79%, 54,53%,
43,23% e 19% em relação à testemunha absoluta.
Apoio: FAPEMIG.
422
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
661
Avaliação de bactérias endofíticas na redução de doenças de mudas de Eucalyptus “urograndis”, em
casa de vegetação
(Evaluation of endophytic bacteria in the disease reduction of Eucalyptus “urograndis” plantlets, on
greenhouse)
Paz, I.C.P.1; Santin, R.C.M.2; Guimarães, A.M.3; Rosa, O.P.P.4; Azevedo, J.L.5; Matsumura, A.T.S.6
1
Dra., Fundação Luiz Englert; 2,3,6 Dr. (s) ICBBioagritec; 4 Biól. Tecnoplanta Florestal Ltda; 5 Dr. ESALQ/
USP. E-mail: [email protected]
Microrganismos endofíticos são aqueles que colonizam o interior de plantas saudáveis, sem causar alterações
morfológicas aparentes, e sua presença tem sido associada a efeitos benéficos sobre seus hospedeiros, como
a promoção de crescimento e a redução do ataque de patógenos. Plantas de Eucalyptus sp. são matériaprima para diversos setores industriais, e genótipos superiores, sempre que possível, são propagados
vegetativamente, para redução da variabilidade entre plantas e manutenção de características de interesse.
Entretanto, durante esse processo as plantas ficam suscetíveis a diversos patógenos oportunistas. O objetivo
deste trabalho foi avaliar o efeito de bactérias endofíticas de eucalipto na redução de doenças causadas
por Botrytis cinerea e Cylindrocladium gracile em mudas de eucalipto clonal, em casa de vegetação.
Vinte e oito bactérias foram isoladas de ramos de Eucalyptus “urograndis” mediante cultivo em agar soja
tríptica acrescida de PVP 2%, após desinfestação com álcool (1 min), hipoclorito de sódio (3 min) e tríplice
lavagem com água destilada esterilizada. Esses isolados foram submetidos a antagonismo direto in vitro
contra B. cinerea e C. gracile e então oito isolados foram selecionados para avaliação in vivo. Vinte e
cinco estacas de Eucalyptus “urograndis” 4622 foram imersas durante uma hora nas suspensões de cada
isolado bacteriano (103 UFC/ml), e plantadas em substrato casca de arroz queimada e vermiculita (1:1).
Após trinta dias foi feita a inoculação dos fitopatógenos, e para tal foram preparadas suspensões de esporos
(106 esporos/mL) e aspergidas sobre as plantas, as quais foram mantidas em câmara úmida por 24 h antes
da inoculação. Após a inoculação, as plantas foram mantidas em câmara úmida durante 15 dias, quando
foi feita a avaliação da incidência e severidade. B. subtilis EUCB 10 apresentou o maior espectro de ação,
reduzindo significativamente a incidência e severidade dos dois patógenos avaliados. Este isolado mostrouse promissor para uso em programas de Controle Biológico de doenças de eucalipto.
Paz, I.C.P.1; Santin, R.C.M.2; Guimarães, A.M.3; Rosa, O.P.P.4; Azevedo, J.L.5; Matsumura, A.T.S.6. 1 Dra.,
Fundação Luiz Englert; 2,3,6 Dr. (s) ICBBioagritec; 4 Biól. Tecnoplanta Florestal Ltda; 5 Dr. ESALQ/USP.
E-mail: [email protected]
423
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
664
Efeito de rizobactérias na eclosão de juvenis de segundo estádio de Meloidogyne javanica
(Effect of rhizobacteria in eggs hatching of Meloidogyne javanica)
Silva, F. J.1; Ribeiro, R. C. F.2; Xavier, A. A.2; Rocha, L. S.3; Silva, J. G.1; Souza, R. A.1.
1
Graduandos em Agronomia; 2Profs. PGPVSA/UNIMONTES-Bolsitas BIPDT/FAPEMIG; 3Mestrando
em Produção vegetal no Semiárido – Universidade Estadual de Montes Claros/UNIMONTES. E-mail:
[email protected]
A banana é uma cultura que apresenta vários problemas fitossanitários durante o seu ciclo, dentre eles o
ataque de fitonematóides. Entre as medidas de Controle Biológico destacam-se o uso de rizobactérias. Dessa
forma, este trabalho objetivou avaliar, in vitro, o efeito de isolados de rizobactérias oriundos da rizosfera
de bananeira sobre a eclosão de juvenis de segundo estádio (J2) de Meloidogyne javanica. Os isolados
bacterianos foram repicados em meio líquido “trypic soy broth” (TSB) e permaneceram sob agitação
constante em incubadora a 28°C, rotação de 100 rpm por 48 h. Após esse período as culturas bacterianas
foram centrifugadas a 10.000 rpm e o sobrenadante descartado. Em seguida, foi adicionada solução salina
(0,85%) sobre o pélete retido no tubo. A suspensão obtida foi calibrada em espectrofotômetro para OD540
= 0,5 de absorbância. Em frascos esterilizados foram colocados 5 ml da suspensão bacteriana, e cerca de
100 ovos de M. javanica. Após 15 dias avaliou-se o numero de J2 eclodidos. O ensaio foi montado em DIC,
com 10 isolados, e 5 repetições, sendo que as testemunhas consistiram de água, solução salina e temik. Os
dados foram convertidos em porcentagem e submetidos à análise de variância, sendo as médias comparadas
pelo teste de Scott-Knott (P<0,01). Verificou-se redução significativa do número de J2 eclodidos por quatro
isolados em relação ao temik e de todos os isolados em relação às testemunhas água e solução salina..
Apoio: FAPEMIG
424
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
690
Produção de compostos voláteis por bactérias biocontroladoras de Mesocriconema xenoplax e
Meloidogyne incógnita
(Production of volatile compounds by Mesocriconema xenoplax e Meloidogyne incognita biocontroller
bacteria)
Anacker, L. F.1; Mota, M.S.1; Schafer, J. T.1; Arduim, G.S1; Gomes, C.B. 2; Moura, A.B.1
1
UFPEL, Depto. de Fitossanidade, Laboratório de Bacteriologia Vegetal, Pelotas, RS. CEP 96010-000;
2
Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, CEP 96010-971.
E-mail: [email protected]
A produção de pêssego e figo representa importante atividade econômica no sul do Brasil. Doenças causadas
por nematóides têm reduzido a vida útil dos pomares. Não existem agrotóxicos registrados para estas
culturas visando o controle destes patógenos, nem outros métodos eficientes de controle. Dessa forma, o
Controle Biológico é estudado como uma alternativa, entretanto é necessário o conhecimento da capacidade
de síntese de compostos bioativos por parte dos biocontroladores, bem como de seus mecanismos de ação.
Assim, foram selecionadas bactérias com capacidade de promover mortalidade e reduzir eclosão de J2
dos nematóides Mesocriconema xenoplax e Meloidogyne incognita responsáveis pela morte precoce do
pessegueiro e galhas da figueira, e, objetivou-se testar a capacidade de 9 isolados bacterianos em produzir
metabólitos voláteis. Para tanto foi utilizado o fungo Monilinia fructicola, causador da podridão parda em
pessegueiros como organismo indicador da bioatividade in vitro, a fim de verificar a relação entre a morte
dos nematóides e a produção de compostos pelas bactérias. O método usado foi o de placas sobrepostas,
espalhando-se 100 µL de cada suspensão bacteriana sobre o meio no fundo da placa de Petri e depositandose um disco do micélio sobre o meio no fundo de outra placa. Estas foram sobrepostas e vedadas com fita
adesiva. O ensaio foi realizado em triplicata. Como testemunhas, utilizaram-se placas com os mesmos
meios, mantendo-se estéril o meio destinado ao cultivo das bactérias. As placas foram incubadas a 22 ± 2º
C, até que o micélio do fungo da testemunha atingisse o bordo da placa. Foi avaliada a ausência ou presença
de halo de inibição do fungo, e medido o diâmetro do halo. Dos isolados bacterianos avaliados, apenas 1
isolado inibiu o crescimento micelial do fungo em todas as repetições, resultando em 30% de redução do
crescimento em relação à testemunha. A produção de compostos voláteis ativos sobre M. fructicola parece
não estar envolvida com atividade nematicida e nematostática.
Apoio FAPERGS
425
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
702
Sobrevivência de Sporidiobolus pararoseus em laranjas sob duas temperaturas de armazenamento
(Survival of Sporidiobolus pararoseus on oranges under two storage temperatures)
Forner, C.1*; Bettiol, W.2**
1
UNESP/FCA, 18610-307, Botucatu-SP; 2Embrapa Meio Ambiente, CP 69, 13820-000, JaguariúnaSP.*Bolsista CAPES.**Bolsista CNPq. E-mail: [email protected]
A levedura Sporidiobolus pararoseus tem potencial como agente de biocontrole de Penicillium digitatum
em frutos citros pós-colheita. O trabalho teve por objetivo avaliar a sobrevivência de S. pararoseus em
duas temperaturas de armazenamento (4 ºC e 25 ºC). Frutos de laranja Pêra foram lavados, desinfetados
com hipoclorito de Na a 5% e secas em temperatura ambiente por 48 h. Os frutos foram tratados com a
suspensão de células (1 x 108 cel mL-1) do antagonista, colocados sobre placas de Petri e depositados em
caixas plásticas com espuma umedecida. As caixas foram fechadas hermeticamente com 8-10 frutos. Os
frutos foram armazenados em BOD a 25 ± 2 ºC e em câmara fria a 4 ± 2 ºC. Após 28 dias, os frutos da
câmara fria foram transferidos para 25 ºC. As avaliações foram realizadas após 1,5; 24; 48; 72; 96; 120;
144; 168; 192 e 216 h e no 14º, 21º e 28º dia de armazenamento. Nos frutos transferidos da câmara fria a
avaliação foi no 7º dia após a transferência para 25 °C. As avaliações foram realizadas em 10 discos (10
mm de diâmetro) do flavedo de cada fruto (2 frutos por avaliação). Os 20 discos foram transferidos para 100
mL de tampão fosfato, colocados em ultra-som, realizadas diluições seriadas e as diluições 10-2 - 10-5 foram
transferidas para meio extrato de malte ágar. As avaliações foram realizadas após 72 h de incubação a 25 ± 2
ºC. A população de S. pararoseus, nos frutos mantidos a 25 ºC, apresentou um lento declínio, enquanto que
a dos frutos mantidos a 4 ºC manteve-se constante na ordem de 104 UFC cm-2. A transferência dos frutos,
da câmara fria para 25 ºC, não alterou a população durante sete dias.
426
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
709
Potencial antifúngico de actinomicetos frente a isolados de Bipolaris sorokiniana
(Antifungal potential of actinomycetes against isolates of Bipolaris sorokiniana)
Minotto, E.¹; Mann, M.¹; Feltnin, T.¹; Milagre, L.¹; Spadari, C.¹; Van Der Sand, S.T.¹
¹Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, Instituto de Ciências Básicas da Saúde-ICBS,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS. E-mail: [email protected]
A helmintosporiose é uma doença fúngica causada por Bipolaris sorokiniana que ataca cereais de inverno.
Este tem sido o patógeno mais severo para as culturas de trigo e cevada. Capaz de sobreviver por longos
períodos em restos vegetais, no solo ou associado a sementes tem seu controle dificultando devida a ampla
variabilidade genética. A utilização de fungicidas apresenta deficiências no controle das moléstias devido,
principalmente, a resistência do fitopatógeno aos produtos químicos hoje disponíveis. Sendo assim, o
Controle Biológico representa uma alternativa viável. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a atividade
antifúngica de 23 isolados de actinomicetos endofíticos de tomateiro frente a 15 isolados do fitopatógeno B.
sorokiniana. Para tanto, foram realizados ensaios de antibiose pelo método de difusão em placas, através da
técnica da dupla-camada. Os actinomicetos foram inoculados pelo método da picada em meio ágar amido
caseína e as placas incubadas por 7 dias a 28oC na ausência de luz. Decorrido esse período, verteu-se sobre
as colônias de actinomicetos uma camada de meio de cultura, ágar batata dextrose, contendo uma suspensão
fúngica (106 esporos/mL) de B. sorokiniana previamente preparada na proporção 1:9. As placas foram
novamente incubadas por 4 dias nas mesmas condições acima citadas. A avaliação foi realizada por meio da
mensuração de halos e colônias em duas direções para cada uma das 3 repetições. O percentual de inibição
(I) do crescimento fúngico foi determinado pela análise da relação halo/colônia, obtida pela diferença
da média do diâmetro do halo e a média do diâmetro da colônia dividido pelo número de repetições.
Os resultados demonstram que os isolados de actinomicetos 6(2), 6(4), 16(3) e R18(6) apresentam maior
potencial de inibição do crescimento fúngico para os isolados estudados, sendo que o isolado 6(2) mostrouse eficiente na redução/inibição de 100% dos isolados de B. sorokiniana.
Apoio: CAPES e CNPq
427
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
726
Biocontrole de Colletotrichum gloeosporioides por Trichoderma viride, in vitro
(Biocontrol of Colletotrichum gloeosporioides by Trichoderma viride, in vitro)
Matos, D. L.1; David, G. Q.2; Silva, G. C. P. 4; Eburneo, L.3; Rodrigues, C.1; Peres, W. M.2; Felito, R.
A.4; Macedo, D. G. C.4.
1
Engenheiros Agrônomos; 2Professores da UNEMAT-CUAF; 3Técnica de Laboratório; 4 AcadêmicosUNEMAT. E-mail: [email protected]
O uso de agentes biológicos no controle de doenças em lavouras no Brasil e no mundo é reforçado pela
necessidade de utilização de medidas sustentáveis para a agricultura, reduzindo os riscos à saúde e ao meio
ambiente. Os fungos do gênero Trichoderma são de grande importância econômica para a agricultura,
uma vez que são capazes de atuarem como agentes de controle de doenças de várias plantas cultivadas.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o antagonismo “in vitro” de Trichoderma viride no desenvolvimento
micelial de Colletotrichum gloeosporioides. O experimento foi conduzido no Laboratório de Microbiologia
e Fitopatologia da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT. Os isolados do fungo T. viride,
foram obtidos de composto orgânico. Os isolados de C. gloeosporioides, foram coletados em lavoura de
cacau na região norte do estado de Mato Grosso. Para avaliação de antagonismo de isolados de T. viride
ao fungo fitopatogênico, um disco de meio de cultura BDA, de aproximadamente 10 mm de diâmetro,
contendo micélio do patógeno foi colocado a uma distância de 0,5 cm do bordo da placa de Petri e, na outra
extremidade da placa, foi colocado um disco de meio de cultura contendo micélio de T. viride. As placas
foram incubadas em câmara de crescimento a 24 ºC, com fotoperíodo de 12 h, por sete dias. Verificou-se a
inibição do crescimento micelial de C. gloeosporioides por T. viride. Com isso, constatou-se antagonismo
causado por T. viride, causando efeito inibitório e redução sobre o crescimento de C. gloeosporioides, “in
vitro”.
Apoio FAPEMAT
428
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
737
Potencial nematicida in vitro de bactérias sobre a eclosão de juvenis de Mesocriconema xenoplax
(In vitro bacteria nematicidal activity on the hatching of Mesocriconema xenoplax juveniles)
Mota, M.S.1; Gomes, C.B.2; Moreno, S.A. B1; Costa, M.W.1; Moura, A.B.1
1
UFPEL, Departamento de Fitossanidade, Laboratório de Bacteriologia Vegetal, Pelotas, RS. CEP 96010000, 2 Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, CEP 96010-971. E-mail: [email protected]
A Síndrome da morte precoce, associada à presença do nematoide anelado Mesocriconema xenoplax,
tem sido uma das principais causas do declínio dos pomares de pessegueiro do extremo sul do Brasil.
Desafortunadamente, em nossas condições, existem poucas alternativas para conviver com este problema,
uma vez que não há porta-enxertos resistentes e nem mesmo produtos químicos com registro de uso para
a cultura do pessegueiro. Desta forma, foi objetivo deste trabalho, avaliar o efeito in vitro de 36 bactérias
(pré-selecionadas quanto ao efeito nematicida sobre juvenis de M. xenoplax e à capacidade de produzir
compostos tóxicos e enzimas relacionadas ao biocontrole de nematóides) sobre a inibição da eclosão de
juvenis do nematoide. Para tanto, alíquotas de 20µL de água destilada contendo 25 ovos de M. xenoplax,
foram colocadas separadamente em cavidades de uma placa de microtitulação, adicionando-se, a seguir,
50µL de suspensão bacteriana (A540=0,5) de cada isolado e 30µL de solução salina 0,85% por cavidade. O
ensaio seguiu o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. Como controle, depositouse apenas de 20 µL de uma suspensão aquosa contendo 25 ovos do nematoide em 80µL de solução salina/
cavidade. Decorridos 12 dias de incubação a 25ºC, no escuro, avaliou-se a percentagem de ovos eclodidos
nos diferentes tratamentos. De acordo com a análise dos resultados, 33 bactérias diferiram estatisticamente
do controle, apresentando índices de inibição de eclosão que variaram entre 18 e 87%. Porém, os maiores
percentuais inibitórios, foram obtidos com as bactérias DFs 2247, DFs 1341 e DFs 1983 (79-87%). Portanto,
os resultados obtidos neste estudo demonstraram o potencial de utilização de bactérias no biocontrole do
nematoide anelado na cultura do pessegueiro.
Apoio FAPERGS, Embrapa
429
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
738
Seleção de fungos antagonistas ao Sclerotium rolfsii provenientes de solos da fronteira oeste do Rio
Grande do Sul
(Selection antagonistic fungi the Sclerotium rolfsii of soil from the border West of Rio Grande do Sul,
Brazil)
Pazzini, J.B.1; Fipke, G. M.2; Botta, R.3; Ethur, L. Z.4.
1,2,3
Acadêmicos do Curso de Agronomia/Campus Itaqui/UNIPAMPA;
[email protected]
4
Drª./UNIPAMPA. E-mail:
O fitopatógeno Sclerotium rolfsii é um fungo causador de murcha ou podridão em diversas culturas e é de
difícil controle, sendo o Controle Biológico uma das alternativas para o manejo dessa doença. O objetivo
desta pesquisa foi selecionar in vitro isolados fúngicos antagonistas ao S. rolfsii retirados de solos da
fronteira oeste do RS. Foram utilizados oito isolados de Trichoderma spp. e um de Pythium spp. (Chromista)
retirados do solo pelo método de iscas, pelos escleródios de Sclerotinia sclerotiorum. Foram realizados os
experimentos: desenvolvimento micelial dos possíveis antagonistas e do patógeno e confrontação direta,
nas temperaturas: 15ºC, 22ºC, 25ºC, 30ºC e 37ºC. Para o experimento em diferentes temperaturas, discos
de meio contendo micélio e/ou esporos dos fungos foram colocados no centro de placas de petri contendo
meio de cultura BDA. A avaliação constou da medida da área de desenvolvido do micélio. No experimento
de confrontação direta discos de micélio e/ou esporos dos possíveis antagonistas e do patógeno foram
colocados em pontos opostos eqüidistantes em placas, contendo meio BDA. A avaliação constou da medida
do desenvolvimento micelial de cada oponente, incluindo os discos iniciais. Quanto aos resultados, observouse que nas temperaturas de 22, 25 e 37 ºC todos os isolados fúngicos não diferiram significativamente, porém
o isolado TM1 de Trichoderma e o isolado PI1 de Pythium (Chromista) apresentaram desenvolvimento
significativamente menor, de 14 e 17%, respectivamente, quando comparados com o tratamento testemunha,
em temperatura de 30 ºC. Dos isolados de Trichoderma utilizados para o teste de confronto direto, o isolado
TI-2 inibiu o desenvolvimento micelial do patógeno, nas temperaturas de 15, 25 e 37ºC. O isolado de
Pythium (Chromista) inibiu o desenvolvimento micelial do patógeno, nas temperaturas de 15, 22 e 25 ºC.
Portanto, os isolados TI-2 de Trichoderma e PI1 de Pythium são antagonistas ao S. rolfsii e são provenientes
de solos de Itaqui/RS.
430
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
740
Utilização de actinomicetos no controle biológico do fungo Guignardia citricarpa e na redução de
sintomas em frutos
(Biological control of Guignardia citricarpa and reduction of Citrus Black Spot symptoms by
actinomycetes)
Savi, D.C. 1; Goulin, E.H.1; Figueiredo, J. A. G.1; Kava-Cordeiro, V.1; Glienke, C1.
1
LabGeM, Departamento de Genética – UFPR, Curitiba. E-mail: [email protected]
O Brasil é destaque na produção de frutas cítricas, especialmente laranjas, sendo o maior exportador de
suco desta fruta. No entanto, doenças como a Mancha Preta dos Citros causada pelo fungo Guignardia
citricarpa (anamorfo: Phyllosticta citricarpa), oneram a produção em especial pela aplicação de fungicidas.
O Controle Biológico é uma alternativa viável que vem sendo explorada. No presente trabalho 18 linhagens
de actinomicetos endofíticos da planta medicinal Vochysia divergens foram avaliados no controle do
fitopatógeno G. citricarpa. Foram realizados ensaios de cultura pareada entre endófito e patógeno, avaliação
da produção de compostos voláteis e não voláteis e a avaliação da ação antagonista dos extratos metabólicos
e da massa celular dos actinomicetos. Tal avaliação foi realizada em ensaios em placas de petri, verificando
a capacidade dos actinomicetos na redução do crescimento micelial e produção de picnídios pelo fungo
G. citricarpa em condições controladas e também na redução da expressão de sintomas da Mancha Preta
dos Citros diretamente em frutos cítricos. Avaliou-se a formação de lesão a partir de injúrias causadas com
auxílio de hastes de madeira pontiagudas contendo micélio de G. citricarpa. Nos ensaios em placas de petri,
após sete dias de incubação 5 extratos metabólicos de actinomicetos causaram inibição do crescimento
de G. citricarpa entre 30% e 52%. Nos ensaios de inibição da produção de picnídios in vitro observou-se
que todos os extratos testados tiveram uma atividade maior que 30% de inibição, destacando as amostras
do gênero Microbispora N2P10 (66%), A1F10 (64%) e N5P3 (70%). Extrato do actinomiceto N5P3
apresentou 100% de redução de expressão de sintomas de MPC em frutos destacados, inibindo totalmente
o crescimento micelial e formação de picnídios de G. citricarpa. A identificação dos compostos produzidos
por este isolado está sendo realizada e irá contribuir para sua aplicação no controle da doença.
431
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
744
Efeito da concentração de batata e dextrose na metodologia para avaliar a viabilidade de esporos de
Trichoderma spp
(Effect of potato and dextrose concentration to study viability of Trichoderma spore)
Pinto, Z. V.1, Bettiol, W.1, Machado, R. T. A.1, Yamada, J.2
1
Embrapa Meio Ambiente, 2Unicamp, Bolsistas do CNPq, E-mail: [email protected]
Os profissionais envolvidos no mercado de produtos biológicos no Brasil necessitam da padronização de
metodologias para avaliar a qualidade desses produtos de forma a garantir a sua conformidade. Para isso,
ensaios de diversos fatores relacionados às metodologias devem ser realizados até a obtenção de uma
metodologia padrão. O objetivo deste trabalho foi estabelecer a concentração do meio de batata-dextroseágar ideal para a avaliação da viabilidade de esporos de Trichoderma spp. por meio da porcentagem de
germinação. Os ensaios foram realizados utilizando-se as concentrações de 0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40
g do meio comercial de batata-dextrose-ágar para 1000 mL de água destilada. Os meios foram vertidos em
placas de Petri e pipetado cinco vezes de 15 µL (gotas) da diluição de 10-3 de produto à base de Trichoderma
formulado em pó-molhável e grânulos dispersíveis em água, separadamente. As placas foram mantidas a
25 °C. Após 15, 16, 17, 18 e 19 h foram adicionadas gotas azul de lactofenol para paralisar a germinação. A
avaliação foi realizada pela porcentagem de esporos germinados. Para ambos os produtos, a concentração
do meio (batata e dextrose) não interferiu na germinação dos esporos e a partir das 19 h não foi possível
avaliar a germinação devido ao crescimento das hifas.
432
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
745
Metodologia para avaliação da qualidade de produtos biológicos à base de Trichoderma spp
(Methods for assessing the quality of the Trichoderma spp. biocontrol products)
Pinto, Z. V.1*, Bettiol, W.1, Lucon, C.M.M.2, Morandi, M.A.B.
1
Embrapa Meio Ambiente, 2Instituto Biológico,*Bolsista do CNPq, E-mail: [email protected]
Os produtos biológicos à base de Trichoderma spp. representam a maior parte dos produtos biológicos
comercializados no Brasil para o controle de doenças de plantas. Porém, não há uma metodologia padronizada
para avaliar a qualidade/conformidade destes no Brasil. O presente trabalho teve como objetivo propor
e testar uma metodologia para análise da qualidade de produtos à base de Trichoderma spp. Para isso,
foram selecionados cinco avaliadores com diferentes formações e tempo de experiência em laboratório
para realizar os testes de qualidade (contagem do número de conídios, porcentagem de esporos viáveis e
unidade formadora de colônia) de três produtos biológicos comerciais nas formulações de pó-de-esporo,
pó-molhável e grânulos dispersíveis em água. Os resultados demonstraram que, além da padronização da
metodologia, o treinamento e o tempo de experiência em laboratório são fundamentais para a obtenção
de um resultado preciso. As metodologias desenvolvidas estão sendo transferidas para as empresas de
biocontrole e para os órgãos responsáveis pelo registro e fiscalização.
433
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
749
Antibiose de bactérias de folhas de Azadiractha indica sobre Fusarium oxysporum f. sp. cubense
(Antibiosis of bacteria isolated from leaves of Azadiractha indica on Fusarium oxysporum f. sp. Cubense)
Soares-Martins1, I.P; Xavier, A.A.2; Cardoso. A.M.S.3; Ribeiro, R.C.F.2; Rocha, L.S.1; Santos, B.H.C.3;
Silva, H.R.3.
1
Mestrando PGPVSA/UNIMONTES-Bolsita CAPES; 2Prof. PGPVSA/UNIMONTES-Bolsista BIPDT/
FAPEMIG; 3Graduando do curso de agronomia/UNIMONTES. E-mail: [email protected]
O objetivo do trabalho foi avaliar o antagonismo de bactérias epífitas, endofítica e do extrato fermentado
de folhas de nim sobre o crescimento micelial (CM) e a germinação (GER) de esporos de foc. Avaliou-se
o CM para 4 isolados de bactérias epifíticas, 1 endofítica e 17 do extrato fermentado. Um disco 5 mm da
colônia de foc, cultivado em SNA/7 dias, foi transferido para uma das bordas das placas de Petri contendo
BDA, e no lado oposto, as bactérias cultivadas em meio TSA por 24 horas foram adicionadas na forma de
risca contínua. No tratamento controle não houve adição das bactérias. Após 7 dias mediu-se o raio das
colônias. As médias foram comparadas pelo teste de Scott Knott (p>0,05). Para o teste de GER, 9 isolados
do extrato fermentado foram cultivados em TSB/48h e calibrados em espectrofotômetro DO540= (25; 0,5;
0,75 e 1) com solução salina 0,85%. Em eppendorf adicionaram-se 0,5 mL da suspensão bacteriana e 0,5 mL
da suspensão 2x105 esporos de foc/mL. As testemunhas constaram de água e solução salina autoclavadas.
A GER foi paralisada com lactofenol após 20h. Quantificaram-se os 100 primeiros esporos entre GER e
não GER. As médias foram comparadas pelo teste de Scott Knott (p>0,05) e as concentrações submetidas
à análise de regressão. Dez isolados promoveram redução do CM entre 5,4 e 32,6%, 8 não diferiram da
testemunha e 9 isolados estimularam entre 9 e 13,6%. Para GER houve ajuste do modelo linear para 8
isolados sendo que na última concentração 66,66% destes promoveram redução superior à 93,6%.
Apoio: FAPEMIG
434
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
767
Avaliação da atividade do fungo Pochonia chlamydosporia em diferentes doses de húmus de minhoca
para o controle de Meloidogyne javanica
(Evaluation of the Pochonia chlamydosporia activity in different earthworm humus doses for the control
of Meloidogyne javanica)
¹Figueiredo, L.D.; 2Podestá, G.S.; 3Guimarães, C.F; 4Ferreira, P.A; 5Ferreira, F.C; 6Freitas, L.G. &
Ferraz, S.
1/2/3/4/5/6
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG, Brasil. E-mail: [email protected]
O fungo Pochonia chlamydosporia é um fungo nematófago com comportamento saprofítico, que independe
da presença de ovos de nematóides no solo para a sua sobrevivência, crescendo satisfatoriamente em
matéria orgânica (MO). Quando os fungos nematófagos são aplicados conjuntamente a uma fonte de MO, a
possibilidade de estabelecimento destes organismos aumenta consideravelmente e, além disso, alguns tipos
de MO podem proporcionar controle sobre nematoides, por liberar compostos nematicidas e ou melhorar a
nutrição da planta hospedeira, pela liberação de nutrientes. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar
o efeito de diferentes doses de matéria orgânica (húmus de minhoca) juntamente com P. chlamydosporia
( Pc-10 ) sobre uma população de Meloidogyne javanica. Para tal, foram utilizados como substrato, vasos
de 3 litros contento solo esterilizado. A incorporação das diferentes doses de MO ( 7,5 g/vaso, 15 g/vaso,
30 g/vaso e 60g/vaso), e do inóculo fúngico (5000 clamidósporo/g de solo), foi realizada 7 dias antes do
transplantio das mudas de tomateiro. Para a infestação do solo foram utilizados 3000 ovos de Meloidogyne
javanica por vaso e realizada no mesmo dia do transplantio. O experimento permaneceu em casa de
vegetação por 45 dias para posterior avaliação quanto ao número de ovos e galhas dos sistemas radiculares.
Os tratamentos foram compostos por 6 repetições e o teste de médias utilizado foi o teste Duncan a 5% de
probabilidade. Desta maneira, uma diminuição linear no número de ovos e galhas por sistema radicular foi
observada à medida que as doses foram aumentadas até 60g/vaso de MO. Houve redução no número de
ovos e galhas de 56,22% e 27,84%, respectivamente. O uso conjunto entre P. chlamydosporia e húmus de
minhoca mostrou-se como medida interessante para o controle de Meloidogyne javanica.
435
Tropical Plant Pathology 36 (Suplemento), agosto 2011
XLIV Congresso Brasileiro de Fitopatologia - Bento Gonçalves RS
Copyright by the Brazilian Phytopathological Society. http://www.sbfito.com.br
CONTROLE BIOLÓGICO
768
Avaliação da viabilidade dos clamidósporos do fungo Pochonia chlamydosporia em dois produtos
comerciais após mistura com gesso agrícola e fertilizante foliar
(Evaluation of the viability of the fungus Pochonia chlamydosporia in two commercial products after
mixture with gypsum and foliar fertilizer)
¹Figueiredo, L.D.; 2Costa, M.A; 3Guimarães, C.F; 4Ferreira, P.A; 5Nasu, E.G.C; 6Freitas, L.G. & Ferraz, S.
1/2/3/4/5/6
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG, Brasil. E-mail: [email protected]
O fungo Pochonia chlamydosporia é tido por muitos pesquisadores como um dos mais promissores agentes
de Controle Biológico de fitonematoides devido ao fato dele produzir grande número de clamidósporos o
que favorece a sua sobrevivência no solo. A busca por tecnologias que possam minimizar custo de aplicação
do produto, mas que mantenham a viabilidade dos produtos de origem biológica é de grande valia para
aumentar a utilização desta tecnologia pelos produtores. Desta forma, objetivou-se testar a viabilidade
dos clamidósporos do fungo Pochonia chlamydosporia em dois produtos comerciais, Rizotec(100%
clamidósporos) e Rizomax (substrato seco composto de arroz com micélios e clamidósporos em seu interior),
após mistura com Gesso Agrícola e Fertilizante Foliar (Forth) no tempo zero e 24 horas após mistura.
No primeiro experimento, as misturas de Rizomax + Ges