Evolução do Índice de Desenvolvimento Humano brasileiro

Transcrição

Evolução do Índice de Desenvolvimento Humano brasileiro
Financeiro
ano 4 nº 33 mar/2006
ACREFI - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES
DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
Fundada em 1958
IDH
TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 20.000 EXEMPLARES
Evolução do Índice de Desenvolvimento Humano
brasileiro aponta melhora consistente de longo prazo
Entrevista
Presidente da CNF
avalia taxas de juros
spread e crédito
Inovação
Os caminhos
do consumo
consciente no Brasil
*Sujeito a análise e aprovação de crédito.
Banco completo é aquele que antecipa tudo.
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editorial
Mar verde, ondas brancas
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Financeiro
Publicação mensal da ACREFI - Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e
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Jornalista Responsável: Eliana Nigro ( MTB 15.005)
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Coordenação Editorial:
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Pré-impressão e Impressão: Fabracor
Tiragem: 20.000 exemplares
As opiniões emitidas nos artigos assinados não
refletem necessariamente as posições da ACREFI
e são de exclusiva responsabilidade dos autores.
A reprodução total ou parcial do conteúdo da
publicação depende de autorização por escrito.
Érico Sodré Quirino Ferreira, Presidente da ACREFI
A verdadeira pujança do Estado de
São Paulo é, ainda hoje, desconhecida
para quem vive na Capital ou em outros
Estados. É um mundo desconhecido, que
merece ser explorado. Viajando pelo seu
Interior, pode-se verificar uma economia mais diversificada e mais vibrante do
que a que se costuma normalmente estimar. Trata-se de um imenso mar verde:
na prática, um tapete contínuo de terras cultivadas, onde é possível conhecer
melhor a dimensão atual do agribusiness no Brasil. São as promissoras lavouras de cana-de-açúcar, café, laranja, soja,
imensas plantações de eucaliptos e de
pinheiros, entre tantas outras culturas.
De quando em quando, entremeando
esse mar verde de diversas tonalidades,
avistam-se enormes ondas brancas: são
as milhares de cabeças de gado Nelore,
riqueza maior da nossa pecuária.
Mas o mais surpeendente para o viajante é que, em meio a essa imensidão,
surgem, aqui e acolá, cidades cada vez
mais modernas e, em torno delas, imensas e poderosas fábricas de todos os
setores, algumas dotadas de tecnologia
de ponta, como as da indústria açucareira e a de sucos.
É essa a realidade do Estado de São
Paulo, carro-chefe da economia nacional, que deve se preparar para receber
parte dos R$ 46 bilhões que as mais
Flávio Roberto Guarnieri
Fundada em 1958
recentes medidas do governo federal
devem pôr em circulação.
Essa “renda extra” deve entrar na
economia neste ano com o aumento do
salário mínimo, a correção da tabela do
Imposto de Renda, o pacote da construção civil e a redução do superávit primário de 4,84% do PIB de 2005 para 4,25%
do PIB em 2006.
Só o reajuste do salário mínimo deve
implicar de R$ 22 bilhões a R$ 24 bilhões
a mais em circulação, recursos que devem
ser destinados, principalmente, para a
compra de bens semiduráveis e não duráveis, beneficiando as classes menos favorecidas e abrindo um leque de oportunidades para todos que produzem ou
financiam bens de consumo.
Tomando como exemplo o Estado de
São Paulo, nosso setor deve se propor,
também, a ser um mar verde de oportunidades para quem quer obter crédito
e realizar seus sonhos. E projetar, também, as manchas brancas da concentração de esforços em prol de uma melhor
Educação, sem a qual o nosso País não
avançará líder e pioneiro como o Interior do Estado de São Paulo
Nesta edição
4 Entrevista
Gabriel Jorge Ferreira, presidente da Confederação
Nacional das Instituições Financeiras
6 Palestra
Política monetária e FMI em debate na Acrefi
10 Inovação
Consumo consciente do dinheiro e do crédito: muito
além da educação fi nanceira
12 Indicadores
O índice de desenvolvimento social e humano no
Brasil
14 Tendências
Dívida cambial - o outro lado da moeda
16 Indústria
O setor automobilístico
18 Artigo
Indicadores econômicos e perspectivas em 2006
20 Análise setorial
Instituições bancárias atuando no comércio varejista
22 Artigo
País maduro
23 Banco de Dados
entrevista
Sistema judicial, tecnologia,
spread bancário e crédito
Divulgação
Gabriel Jorge Ferreira, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras CNF - avalia reflexos da legislação e do desenvolvimento tecnológico nos juros e no crédito
“Há vários entraves ao
bom funcionamento
do sistema de crédito
que precisam ser
eliminados para que o
custo do dinheiro e
o volume de crédito
no País sejam similares
aos praticados em
outros países”
A atual Lei de Falências e Recuperação
de Empresas pode reduzir os juros e
o spread significativamente? No curto,
médio ou longo prazo?
Há vários estudos que demonstram
que o desenvolvimento do crédito
está relacionado ao nível de proteção a credores e que a razão entre
crédito e PIB é maior em países que
preservam a integridade do crédito
e apresentam maior eficiência no sistema judiciário.
Por interferir no direito dos bancos de
reaverem os créditos contra os inadimplentes, a legislação anterior produzia
um impacto considerável sobre o nível
das taxas de juros. A reduzida recuperação de créditos onerava em demasia
os custos da intermediação financeira suportados pelos bons pagadores,
que acabavam arcando com as perdas provocadas pelos inadimplentes e
pelos maus pagadores. Era uma inversão do sistema de justiça.
Em essência, havendo uma proteção
jurídica adequada, o risco de crédito
diminui e, conseqüentemente, o
spread e a taxa de juros também diminuem. Assim, um bom sistema legal
e judicial é fundamental para ampliação do crédito, com segurança e com
responsabilidade.
Os efeitos da nova Lei de Falências
e Recuperação de Empresas se farão
sentir a médio e longo prazo, à
medida que o sistema judiciário
4
mostrar eficiência em administrar os
mecanismos criados pela nova lei.
O senhor acredita num pacto entre
governo, sistema financeiro e sociedade para fazer baixar o spread ? Na sua
opinião, de que forma isso deve ser
feito?
Os juros e os spreads não podem ser
reduzidos de maneira simplista, por
mero ato de vontade política. Mas
uma regra geral que equiparasse a tributação da intermediação financeira
praticada no Brasil à dos demais países já seria uma boa medida na direção da redução dos juros.
Temos no Brasil uma situação iníqua
para o tomador. O governo tributa
dívida como se fosse renda ou receita!
Os bancos, por meio de suas instituições representativas como a Febraban e a CNF, há muitos anos vêm
alertando a sociedade sobre a importância de baixar os spreads. Houve
uma série de avanços. Mas ainda falta
muito a ser feito. Os recolhimentos
compulsórios e os direcionamentos
de crédito, por exemplo, que deveriam ser eliminados, não foram sequer
reduzidos, quando não aumentaram.
Há vários entraves ao bom funcionamento do sistema de crédito que precisam ser eliminados para que o custo
do dinheiro e o volume de crédito no
País sejam similares aos praticados em
outros países. A questão vai muito
FINANCEIRO
além da redução da Selic e precisa ser
enfrentada tanto na área tributária,
quanto monetária.
De que forma a tecnologia pode implicar real queda de juros no setor de
crédito?
A tecnologia pode contribuir para a
queda real dos juros de duas formas:
a primeira é na redução de custos
operacionais e administrativos pela
automação e aumento da eficiência
dos processos de concessão e análise
de crédito. O custo da realização de
um crédito pessoal pela Internet ou
por um ATM ou de um CDC em um
varejista que mantenha parceria com
um banco, em que a análise e aprovação são feitos por sistemas automatizados é muito inferior ao custo
de um empréstimo em que o cliente
vai falar com o gerente da agência e
este, por sua vez, vai recorrer à sua
área de crédito para analisar manualmente o pleito e decidir se concede
ou não o empréstimo.
A segunda contribuição é na utilização das tecnologias avançadas de
gestão e avaliação do risco de crédito, que permitem reduzir a inadimplência enfrentada pelos bancos.
Neste ponto entram o uso de sistemas estatísticos de quantificação de
risco, como o credit score, e o uso
de cadastros positivos que ampliam
o conhecimento sobre o comportamento de crédito dos tomadores,
reduzindo a incerteza na concessão
de crédito e, conseqüentemente, a
taxa de juros.
A relevância desses fatores é comprovada no estudo de composição
do spread bancário realizado pelo
Bacen que indica que custos administrativos respondem por 26,4% do
spread bancário e a inadimplência
por 20,0%. É claro que esses componentes de custo não podem ser
totalmente eliminados, mas a tecnologia ajuda a reduzi-los. Note, entretanto, que para uma queda mais significativa nos juros é necessário rever
outros componentes que oneram o
custo do crédito como a cunha tributária e os depósitos compulsórios,
que juntos respondem por 26% do
spread bancário.
ACREFI
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro vem implicando mudanças que significam menos burocracia e mais aproximação entre bancos e empresas. Que
outros reflexos ainda podemos esperar?
O desenvolvimento tecnológico é
sempre surpreendente. É difícil prever, todos os novos desenvolvimentos que poderão advir do uso cada
vez mais intenso do novo Sistema de
Pagamentos.
A integração de redes de caixas eletrônicos, contudo, abrirá novas perspectivas de pagamentos para a sociedade, multiplicando as opções de
atendimento para a realização de serviços, com mais conforto, segurança
e menores custos.
Que alterações o senhor considera
necessárias para a atual lei contra a
lavagem de dinheiro, de forma que,
equiparando o sistema financeiro ao
poder público, possa vir, efetivamente,
a barrar a corrupção?
É essencial que haja cooperação
entre as instituições financeiras e
as autoridades responsáveis pela
fiscalização e investigação de fontes e do trânsito de recursos ilícitos. Mas não faz sentido técnico
nem legal querer equiparar o sistema financeiro ao poder público.
Gerentes de bancos são especialistas na área financeira. Não devem
ser tratados como fiscais nem ter
poder de polícia. As instituições
financeiras não podem substituir
a autoridade policial. Nesse particular, cabe-lhes ficarem atentas
à regra básica “conheça o seu
cliente”, instituir mecanismos efetivos de prevenção à lavagem de
dinheiro, treinamento de pessoal
e comunicação à autoridade competente de transações suspeitas,
sempre que identificadas. A lavagem de dinheiro é crime perpetrado contra o sistema financeiro
sendo, portanto, fundamental seu
combate por todas as formas e,
nesse particular, as instituições financeiras muito podem contribuir
para o aprimoramento dos sistemas de controle e prevenção, mediante permanente diálogo e troca
de idéias com as autoridades
5
“O desenvolvimento
tecnológico é sempre
surpreendente. É
difícil prever todos
os novos
desenvolvimentos
que poderão advir do
uso cada vez mais
intenso do novo
sistema de
pagamento”
palestra
Política monetária e FMI em debate na Acrefi
Nos últimos dois anos, o Banco Central optou pela credibilidade, por isso manteve
a Selic em patamares altos
O primeiro evento do ciclo de
palestras da Associação Nacional
das Instituições Financeiras, de Crédito, Financiamento e Investimento,
Acrefi , reuniu Carlos Thadeu de Freitas, chefe da divisão econômica da
Confederação Nacional do Comércio e ex-diretor do Banco Central
e Istvan Kasznar, professor da Fundação Getúlio Vargas e conselheiro
econômico da Acrefi , que abordaram, respectivamente, os temas “Política Monetária no Brasil: trajetória
e perspectivas” e “Fundo Monetário Internacional”.
Carlos Thadeu de Freitas destacou
o ambiente macroeconômico favorável ao afirmar que, pela primeira vez,
desde que o Brasil implantou o regime
de metas de inflação, existe grande
convergência de expectativas positivas
no que se refere ao controle de preços, apesar dos resultados dos índices
apurados para o mês de janeiro terem
sido superiores ao esperado pelo mercado. No entanto, frisou, o ambiente
é bem diverso do que caracterizou
2005, em especial, o início do ano,
quando havia uma série de riscos e
pressões inflacionárias.
De acordo com ele – que usou
a palavra “estabilidade” para defi nir os próximos meses – o cenário
atual vai facilitar bastante a condução da política monetária ao longo
de 2006. Difi cilmente, o Brasil registrará inflação média superior a 4,5%
ou 4,8%, variando em razão do impacto do novo salário-mínimo na
economia.
Istvan Kasznar, professor da Fundação
Getúlio Vargas e conselheiro econômico da
Acrefi
Carlos Thadeu de Freitas, chefe da divisão
econômica da Confederação Nacional do
Comércio
A forte liquidez internacional
e apreciação do real são fatores
determinantes para a análise do
cenário desse ano: “com uma taxa
de câmbio nos patamares como os
que tivemos no ano passado, o
Banco Central não terá muito trabalho, a não ser evitar que as taxas
de juros futuras subam muito rapidamente”, afirma, lembrando que,
mesmo se tratando de um ano
eleitoral, a trajetória de queda das
taxas de juros dificilmente sofrerá
alterações no ritmo já previsto
pelo Banco Central. Portanto, na
opinião dele, o grande teste da
política monetária ficará mesmo
para 2007,quando não haverá
também a possibilidade do dólar
ser utilizado como instrumento
antiinflacionário.
Para o próximo ano, o ex-diretor do
Banco Central, prevê ainda mudança
no regime de metas de inflação. Para
ele, as metas atuais são muito curtas
e o Bacen vê-se constantemente testado pelo mercado, em resposta, é
obrigado a subir os juros para manter
sua credibilidade: “Nos últimos dois
anos, as autoridades monetárias tiveram que escolher entre credibilidade e
flexibilidade e optaram pela primeira.
Foram persistentes na manutenção de
taxas reais de juros elevados, apesar
de altas, pois, naquelas circunstâncias,
precisavam ganhar credibilidade, até
para baixá-las mais tarde. Mas, creio
que daqui a pouco, o Banco Central
vai escolher a flexibilidade”. Para ele,
o Brasil pode escolher um caminho
similar ao da Austrália,com metas mais
longas.
6
FINANCEIRO
“Em 2007, não vamos
contar mais com a âncora
cambial, os preços
administrados não vão
subir tanto quanto no ano
passado, mas também
podem não ficar tão bem
como estão agora”
Carlos Thadeu de Freitas
No intervalo, participantes trocaram idéias sobre temas das palestras
A conseqüência dessa escolha,
no entanto, ressalta, foi o freio
no crescimento econômico, com evidentes sacrifícios à atividade econômica, como é possível constatar
pelo PIB de 2005: 2,5%.
Em 2005, o País vivia uma divergência de expectativas, logo no
começo do ano, em razão dos preços
administrados. No início daquele ano,
esperava-se inflação alta, que só diminuiu no fim do ano, quando o dólar
começou a cair. Mas, esse ano, segundo ele, a inflação depende dos preços fixos e a dúvida fica apenas no
que se refere ao comportamento de
serviços e ao efeito político das eleições. Se o quadro se mantiver como o
atual, com a disputa polarizada entre
o PT e PSDB, ambos já conhecidos,
não haverá surpresas, no entanto, se
algum candidato gerar dúvidas sobre
o regime de metas da inflação, ou
sobre a condução da dívida, as coisas
podem mudar, afirma. Para Carlos
Thadeu, o grande desafio está reservado para o ano que vem: “em 2007,
não vamos contar mais com a âncora
cambial, os preços administrados não
vão subir tanto quanto no ano passado, mas também podem não ficar
tão bem como estão agora. Tudo vai
depender de como as coisas evoluírem ao longo de 2006”
Istvan Kasznar
O professor Istvan Kasznar analisou a visão do Fundo Monetário InACREFI
ternacional sobre o Brasil, e chamou
a atenção para o que classificou de
marco histórico nas relações entre o
País e o organismo internacional : a
renúncia aos contratos com o Fundo,
anunciada pelo governo brasileiro
em dezembro passado, pagando com
dois anos de antecedência a dívida
contraída em 2002. Desse ponto de
vista, salientou o professor, o governo
atual está conseguindo criar políticas
econômicas que estão engendrando
uma evolução qualitativa para a estabilidade no médio e longo prazo.
E, pela primeira vez, as decisões do
governo brasileiro no âmbito macroeconômico estão encontrando grande
repercussão internacional e começam
a colocar o Brasil em um eixo inédito,
no qual o País não se encontrava nos
últimos cinqüenta e cinco anos.
Para Istvan Kasznar, quando se
analisam os dados macroeconômicos
do País, alguns critérios são especialmente relevantes, como a inflação
e balança de pagamentos: “Queremos uma inflação menor possível,
mas sem artifícios, como os do passado, com congelamento de preços.
E, de fato, a taxa vem despencado,
desde 1993, 1994, para patamares
aceitáveis”, diz e cita como exemplo
a inflação norte-americana, próxima
de 2%, 2,5% ao ano, como exemplo
de que um País desenvolvido e, no
caso, o mais rico do mundo,pode conviver com uma inflação positiva. “Da
mesma forma” – prossegue ele –
7
“queremos encontrar um balanço de
pagamentos equilibrado, superavitário e isso vem acontecendo, ao longo
dos últimos dois governos. O saldo
é crescente e as previsão para as
exportações chegam a 125,9 bilhões
de dólares, quando no ano passado
chegavam 117,5 bilhões. O crescimento é bastante significativo, um
recorde nacional sem precedentes”.
Ao mesmo tempo, continua Kasznar, o Brasil está se abrindo ao exterior e percebendo o atraso que foi
a política substitutiva de importações. Segundo ele, o País está percebendo que exportar mais está correlacionado com a atitude de importar
mais, até porque exportando mais,
cresce o produto interno bruto, gera
-se mais empregos domésticos e cria
-se competitividade.
O aumento das exportações renderá ao País uma balança de transações correntes de 40,7 bilhões de
dólares esse ano, o que significa uma
confortável incorporação de reservas
internacionais, provocando, como
conseqüência, a redução da pressão
cambial. Menos pressão cambial signifi ca também menor intensidade
de micro-desvalorizações cambiais e
maior possibilidade do Banco Central deixar a taxa de câmbio flutuando, portanto, de controlar a meta
inflacionária. Trata-se, lembra Kasznar, do quarto ano seguido em que
percebemos a evolução superavitária das contas externas, gerando
palestra
“Queremos uma inflação
menor possível, mas sem
artifícios, como os do
passado, com congelamento
de preços. E, de fato, a
taxa vem despencando
desde 1993 para patamares
aceitáveis”
Istvan Kasznar
Carlos Thadeu de Freitas e Istvan Kasznar abordaram os temas “Política Monetária no Brasil:
trajetória e perspectivas” e “Fundo Monetário Internacional”
recursos significativos. Por tudo isso,
conclui ele, o Brasil não teve dificuldade em pagar o FMI.
O conselheiro econômico da
Acrefi enfatizou ainda que o que
se deseja é ver o PIB crescer, lembrando que há uma patinação nos
números. Em 2004, o produto interno bruto foi de 4.9%, isso após a
recessão do ano de 2003. Para combate-la foi necessário comprimir a
inflação deixada pelo governo anterior: o IGP-I estava em 25,2 e o IPA
em 32%. O cenário pedia uma política monetária ortodoxa. As taxas
de juros altas reduziram a demanda
em 2003 e fizeram com que seguissem em evolução. Em 2005, houve
um crescimento tímido e em 2006, o
PIB já está perto de 3,5%, o que é
sufi ciente para configurar uma tendência. Embora o Brasil não tenha
atingido ainda o grau de inves-
timento, já e considerado capacitado para receber investimentos.
Esta análise das agências de rating é
corroborada pelo Fundo Monetário
Internacional que enxerga o Brasil
como nação confiável e que poderá
trabalhar dentro do grupo formado
por Rússia, Índia e China, sobretudo
dentro dos últimos dois, três anos.
Outros aspectos importantes a
serem considerados são as análises
das vinte e duas macrovariáveis, que
apontam tendência de estabilização
para os médio e longo prazos. Dessas, podemos ver que dezoito vão na
direção do que queremos: reservas
internacionais crescentes, taxas de
juros reais decrescentes, disciplina
fi scal elevada, aumento de todo o
conjunto de exportações brasileiras.
Entre as vinte e duas microvariáveis,
aquelas que não deixando a desejar,
na opinião de Kasznar, dizem res-
peito ao desemprego, que no Brasil
permanece muito elevado, taxas
de juros real que é recorde mundial, capacidade ociosa em diversos
setores, que merece ser retrabalhada e salários baixos. Mas, de
uma maneira geral, as macrovariáveis mostram uma tendência positiva que dura mais de quatro anos
e por sua série histórica, vemos que
há uma coerência macroeconômica
única, desde 1946 até agora.
Todos esses fatores mostram
ao FMI que o Brasil tem condições
de andar com suas própria pernas.
Anne Krueger, diretora do Fundo
Monetário Internacional, em seu
mais recente documento para a
América Latina e Caribe, elogia o
Brasil e fala que o País, tardiamente, concebe agora um modelo
de abertura ao exterior e só tem a
ganhar com isso
ACREFI
9
inovação
Consumo consciente do
dinheiro e do crédito: muito
além da educação financeira
ARON BELINK, GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS DO INSTITUTO AKATU
O que leva empresas privadas
a colaborarem com a disseminação
do consumo consciente? Além dos
aspectos específicos que cada uma
delas possa ter, acredito que há,
pelo menos, um ponto em comum,
que pode e deve motivar outras empresas a seguirem o mesmo caminho. É a percepção de que no
mundo globalizado e na era das
comunicações, o grau de conhecimento e de troca de informação
entre consumidores será cada vez
maior e mais decisivo para a sobrevivência das empresas e de suas
marcas. A reputação (“o que falam
de mim quando não estou por
perto”) valerá muito mais que a
autopromoção (“a imagem que tentamos projetar através da publicidade e de outras formas de comunicação social”). A consciência dos
consumidores e o intercâmbio de
informações já são uma realidade
emergente. Quem melhor e mais
rápido souber compreendê-la, mais
chances terá.
Como demonstram várias pesquisas, o compromisso das empresas com a responsabilidade social
é um fator-chave e de importância
crescente para sua reputação. Investir na promoção da consciência dos
consumidores é a aposta corajosa
dos que terão sucesso neste novo
cenário.
A consciência dos
consumidores já é uma
realidade emergente
Mas o que tem a ver o consumo
consciente do dinheiro e do crédito
com a responsabilidade social das
empresas? Ou em outras palavras,
qual o relacionamento entre educação financeira e sustentabilidade
socioambiental?
Recursos limitados: o desafio da
sustentabilidade
Em abril de 1961, quando pela
primeira vez uma pessoa avistou a
Terra do espaço, tivemos a noção
exata de uma realidade inescapável: todos nós, seres humanos, habitamos um pequeno planeta azul,
sozinho na imensidão do universo.
A visão desta realidade mostrou,
definitivamente, que dispomos de
recursos limitados para garantir
nossa sobrevivência e a de nossos
descendentes.
Nesta época, a humanidade
resumia-se a 3 bilhões de pessoas.
O valor total dos bens e serviços
produzidos em todo o mundo era
de aproximadamente U$ 5 trilhões
(em valores de hoje, já considerada a inflação). A combinação de
10
estilo de vida, população e tecnologia resultava em um consumo de
aproximadamente 50% dos recursos naturais que o planeta pode
oferecer (segundo metodologia da
“pegada ecológica”, disponível em
http://www.myfootprint.org /).
Hoje, apenas 45 anos depois, os
dados são alarmantes: a população
mais do que dobrou (6,6 bilhões, segundo as últimas estimativas). O consumo de bens e serviços quadruplicou, chegando a U$ 20 trilhões, no
ano 2000. Como resultado, consumimos atualmente recursos 20% além
do que o planeta é capaz de renovar. É como se estivéssemos sacando
da poupança para pagar as despesas
do mês, ou simplesmente usando
o cheque especial... As conseqüências disso são conhecidas: dilapidação
do patrimônio, comprometimento do
futuro, incapacidade de manter o
padrão de vida desejado, ou mesmo
de sobreviver.
É preciso reverter com urgência
esta situação, seja pelas melhorias
tecnológicas, seja pela educação e
controle da natalidade, seja pela
mudança nos padrões de consumo.
Vários caminhos de aproximação
A noção de sustentabilidade –
que expus acima – é um dos caminhos pelos quais o consumo consciente se conecta à educação finanFINANCEIRO
ceira: em ambos os casos, tratamos
do uso de recursos limitados, quer de
uso individual (dinheiro e crédito),
quer de uso coletivo (planeta e sociedade). Além desse, existem vários
outros caminhos pelos quais o consumo consciente estende o alcance
da educação financeira. O segundo
deles nasce da busca pelo equilíbrio : o balanceamento entre desejos
e benefícios imediatos e as possibilidades de sua satisfação, frente à
necessidade de manutenção de uma
viabilidade futura para o estilo de
vida desejado. Um terceiro caminho
é o da auto-realização. Tanto na educação financeira quanto no consumo
consciente existe uma concepção de
felicidade, que geralmente não é
explicitada, mas que é fundamental,
uma vez que condiciona todas as
demais decisões.
Finalmente, um quarto caminho
começa no reconhecimento de que
vivemos todos num mundo sistêmico e interdependente, onde os
efeitos das ações de cada indivíduo
afetam todo o conjunto e, através
desse, retornam ao próprio indivíduo.
Há ainda um quinto caminho, derivado desta noção de interdependência. É o caminho que leva ao protagonismo do consumidor consciente.
O caminho pelo qual cada um de nós,
consumidores, percebe o poder que
têm nossas decisões cotidianas, e a
partir do qual passamos a usá-las,
de modo consciente e deliberado, na
construção de um mundo melhor.
O consumidor consciente em ação
No contato entre consumidores
e empresas financeiras ou mercantis, as possibilidades de exercício
da cidadania através do uso consciente do dinheiro são inúmeras.
Enquanto tomador de recursos
(buscando empréstimos) o consumidor tem a possibilidade de negociar e, na grande maioria dos casos,
até mesmo deixar de tomar o
empréstimo, se as taxas e condições
não lhe forem convenientes. Além
de pesquisar o mercado e buscar
fontes alternativas, um consumidor
que saiba controlar sua ansiedade
em satisfazer os desejos de compra,
poderá até mesmo sair da posição
de devedor e passar para a posição de investidor: basta aplicar o
valor das prestações, para comprar
o mesmo bem com muito menos
dinheiro (a diferença entre os juros
que pagaria e os juros que recebeu, sem contar com algum desconto pelo pagamento à vista...)
Seguindo como investidor, um
consumidor consciente pode escolher fundos de investimento ou
bancos que tenham um compromisso com a responsabilidade social,
ou seja, que se comprometam a
apenas investir o dinheiro de seus
clientes em empresas e negócios
que não sejam prejudiciais ao meio
ambiente ou à sociedade, e que
promovam ganhos para todos os
públicos com que se relacionem.
Finalmente, mesmo quando se
tratar de compras e vendas à vista,
o consumidor ainda tem muito
poder, pois também poderá escolher as empresas que demonstram
maior compromisso com a respon-
O consumidor pode
passar de devedor para
investidor
sabilidade social, ou que tenham
projetos de investimento social ou
ambiental afinados com as prioridades defendidas por ele. Pode
também rejeitar produtos de empresas com cujos procedimentos e
atitudes não concorde. Pesquisas
recentes do Akatu (2005) mostram
que dentre os 43% de consumidores mais conscientes, já há uma
grande tendência para incentivar
empresas que agem de modo correto, assim como para punir aquelas que agem de forma condenável,
segundo seu ponto de vista. Para
se ter uma idéia, aproximadamente
39% dos consumidores declararam
ter tomado atitudes para apoiar
empresas cujas ações aprovaram,
enquanto um grupo em torno de
30% declarou ter agido com a
finalidade de punir empresas cujas
ações condenavam.
Como disse no início, cada vez
mais o sucesso das empresas dependerá da reputação que têm junto aos
consumidores. Os dados acima mostram que isto já está acontecendo, e
que a educação financeira unida ao
consumo consciente nos levará cada
vez mais rápido nesta direção.
Bom para todos nós, bom para
nossos filhos, e bom para as empresas que caminham junto ao consumidor consciente
Flávio Roberto Guarnieri
indicadores
O índice de
desenvolvimento social e
humano no Brasil
PROF. ISTVAN KASZNAR PhD, CONSELHEIRO ECONÔMICO DA ACREFI
Já faz bem um quarto de século
desenvolvimento, o estado de satisfaque economistas incomodados com
ção e de bem-estar, e a tendência de
a mania mundial em criar-se ranking
capacitação estratégica de longo prazo
para tudo decidiram depor do seu
de uma comunidade.
pódio o Produto Interno Bruto - PIB,
Contudo, pelo menos, o IDH districomo o melhor indicador da pujança,
bui por mais variáveis o peso analítico
da riqueza, da geração de renda e do
que se há de dar, para determinar com
bem estar de uma nação.
maior acuidade se uma nação desenNão se trata de relegar o PIB ao
volve-se mesmo, ou não.
segundo plano, ou de condená-lo ao
Em sua estrutura, destaca-se a
esquecimento. Pelo contrário, trata-se
expectativa de vida, a taxa de alfabetide “dar a César o que
zação e o PIB per capita
é de César”, isto é, conde uma população. E
ceder a uma variável
o bom senso prevalece
O IDH amplia a
macroeconômica o seu
quando se interpretam
devido peso. E uma variindividual e conjuntaanálise das
ável apenas não mede
mente estas variáveis:
caracterizações de quanto maiores forem
adequadamente o bem
estar, a qualidade de
uma comunidade a expectativa de vida, a
vida, o progresso comualfabetização e a renda
nitário e a evolução que
por habitante, tanto
se espera acontecer
melhor será, pois ao
numa comunidade.
menos, supostamente,
Por estas razões, ao dirigirem-se
vivendo mais tempo as pessoas extraias análises comparativas entre países,
rão mais prazer e satisfação do ato de
regiões, unidades estaduais, municíviver. Elas terão alcançado idade mais
pios e afins para a consideração do IDH
avançada porque o sistema de saúde,
- Índice de Desenvolvimento Humano,
de previdência e de assistência do País
elas o fazem por uma medida de bom
terá sido mais eficiente. Com maior
senso, de percepção de que é preciso
alfabetização, as rendas das pessoas
atrelar mais macro-variáveis relevanterão crescido, aumentadas; o nível
tes, umas às outras, e porque mais varigeral de informação será mais alto, peráveis explicam melhor, obviamente, o
mitindo pelo aculturamento que as infenômeno desenvolvimentista ou proformações públicas e privadas se dissegressista que se deseja mensurar. Ou
minem melhor, em benefício de todos.
ainda, passam a sinalizar melhor as falE com maior renda per capita, o poder
tas, as falhas e as carências de uma socomprista sobe, a capacidade de pouciedade e de sua economia.
par e logo de investir cresce, e isto
Em si, o IDH é um indicador simples.
movimenta mais a economia domésComposto por três variáveis e combitica, deixando as pessoas físicas mais
nando-as, não representam a palavra
capacitadas ao prazer de consumir bens
final para a determinação do grau de
e serviços.
12
Assim, no lugar de colocar todos os
ovos na mesma cesta, o IDH amplia a
análise das caracterizações de uma comunidade, utilizando três indicadores
poderosos, que fornecem informações
múltiplas de forma direta – número
de anos; percentual de alfabetizados;
renda por cidadão – e indireta, como o
estado sanitário, a situação da saúde e
da educação, entre outros.
No caso do PIB, é comum declarar-se
que ele cresce e disso se pavoneiam
as autoridades estabelecidas. Contudo,
o PIB no mundo real pode apresentar
características importantes, que uma
única variável não espelha a contento.
Entre estes problemas, encontra-se a
da distribuição de renda. Se o Brasil
tem, faz 25 anos infelizmente, uma das
5 piores distribuições de renda, segundo o Banco Mundial, mesmo que ela
cresça, o poder econômico e a riqueza
se arqui-concentram nas mãos e nos
bolsos de alguns poucos. Daí decorre
que uma elevação de longo prazo da
renda não espelha necessariamente
maior bem estar da população. É preciso estudar a renda dos excluídos e dos
incluídos, criando medidas para inserir
100% da população numa economia
liberal, pautada nos preceitos do bemestar máximo, seguindo os conceitos
do filósofo e pensador econômico britânico John Stuart Mill.
No que diz respeito ao Brasil, a
evolução de seu IDH mostra uma inequívoca melhora consistente e firme
de longo prazo. Conforme mostra o
quadro a seguir, em 1975 o Brasil registrava um IDH de 0,645 e em 2003 este
alcançou 0,792. Estudos recentes projetaram a taxa de 2005 para 0,801,
FINANCEIRO
sustentando esta melhoria.
Esta melhoria é alvissareira, geradora de conforto parcial, todavia no
mundo das relatividades, insuficiente.
O Brasil situa-se na 63ª posição pelo
IDH, portanto no pelotão dos países
emergentes e socialmente problemáticos. Ele ainda tem inúmeras posições
a galgar, para alcançar os padrões
suíços, finlandeses e norte-americanos, que se encontram no campo do
máximo bem estar.
E, dado que isoladamente o PIB
coloca o Brasil em 2005 em 13º lugar,
pelo tamanho de sua produção econômica, nada mais natural que as autoridades queiram proclamar esta variável.
Embora elas se esqueçam de lembrar
que nos idos precoces dos anos 1980, a
posição do Brasil era de 8º lugar pelo
PIB. Fomos superados por numerosas
nações. Espanha, China, Coréia e México crescem com vigor, dinamismo,
bom senso e habilidade sócio-empresarial, algo de que carecemos numa
vizinhança de estado burocrático, cerceador e ideologizado.
Ao analisarem-se os dados do primeiro quadro, observa-se que a expectativa de vida do brasileiro aumentou sensivelmente, de 59,5 anos em 1970/1975,
para 70,3 anos em 2000/2005. Ou seja,
um brasileiro médio, padrão, do ano
2005, viveu em média 10,8 anos a mais
que seu compatriota de 1975. Em 30
anos, ganhou-se quase 11 anos a mais
para viver, o que é extraordinário e
digno de ser festejado.
A taxa de mortalidade brasileira
está despencando aceleradamente.
Este é um bom indicador a associar
com expectativa de vida, mostra o que
sucede com os recém chegados. Caiu
de 95 infantes para cada 1000 nascidos
em 1970, para 33 em 2003. Enquanto
conquista e trato que reflete a melhoria do sistema hospitalar, da saúde e
do trato à maternidade (muito embora
no setor público os hospitais, as internações e os tratos médicos estejam em
calamitoso estado de petição de miséria), certamente, esta é uma conquista
memorável. O senão é que a Suécia
tem um índice de 3 falecidos entre 1000
infantes, logo a mortalidade brasileira
ainda é 11 vezes maior que a registrada
no país que é recordista mundial em
saúde infantil.
ACREFI
10% brasileiros mais ricos, o que prova
A taxa de alfabetização pulou de
um estado de concentração de renda
61,2% em 1950, para 88,4% em 2003. E
radical e absurdo. Segundo, note-se
Fernando Henrique Cardoso encerrara
mediante o segundo quadro que o
brilhantemente sua presidência mosBrasil, país multirracial por excelência,
trando à nação que em 2002, 98,93%
apresenta a renda concentrada nos
das crianças em idade escolar estavam
brancos enquanto os afro-descendende fato nas escolas. Ademais, as taxas
tes vivem na penúria.
de matrícula no ensino fundamental
Considerando-se o IDH dos negros,
saltaram de 86% em 1990, para 97%
aqueles que moram no
em 2003, indicando que
estado de São Paulo
a escolarização é um
A taxa de
levam um nível de vida
fato consumado no Braparecido ao da Tailânsil. Resta a saber se as
mortalidade
dia, e aqueles em númecrianças estão de fato
brasileira está
ro maciço que moram
aprendendo e vão à
na Bahia, no Rio Grande
escola pelo aprendizado
despencando
do Norte e em Sergipe
ou pela merenda.
aceleradamente
vivem igual aos que
O PIB per capita do
sofrem penúrias na
brasileiro foi de US$
Mongólia.
2.005,00 em 1980. No
Por outro lado, os brancos moradoano de 2003 atingiu os US$ 7.770,00,
res do Distrito Federal se equiparam a
bem abaixo dos EUA, com US$
um nível de vida de República Tcheca;
36.847,00 aproximadamente. Em que
os cariocas e fluminenses moram tal e
pese a péssima distribuição de renda,
qual nossos irmãos argentinos; os pauriqueza e capacidade de poder aquilistas se equiparam aos cidadãos da
sitivo entre a população, esta renda
progressista Hungria e os catarinenses
crescente também indica uma melholevam um padrão de tigre da América
ria nas bases da formação do consumo
Latina, similar ao do Chile. Mais ainda,
e da poupança.
há locais de altíssimo nível de vida,
Como o IDH permite a confecção
especialmente em Mato Grosso e Minas
de cálculos, sua expressão final corGerais, que se assemelham ao rico e
responde a uma “nota”, que quanto
petrolífero Kuwait; e Tocantins, assemaior, melhor classifica um país. Uma
melhado à afluente Arábia Saudita.
nota 1 por variável ou de modo comO Piauí, unidade federativa mais
binado, denota máxima pontuação e
pobre do Brasil, não discrimina a
situação excelente. Quando a nota
pobreza entre raças. Os pretos vivem
tende a zero, o quadro é ruim, calamisimilarmente à pequena, remota e simtoso e inspira medidas que promovam
pática ilha de São Tomé e Porto Príno bem estar.
cipe, enquanto os brancos lembram o
Relativizadas em face das outras
Quirguistão.
nações, as pontuações do IDH hão
Os afro-descendentes brasileiros se
de crescer ao longo do tempo, para
equiparam no IDH a El Salvador, heróico
espelharem melhoria. O Brasil alcanpaís que sofreu profundos problemas
çou segundo o Relatório de Desensóciopolíticos nos últimos decênios. Envolvimento Humano - 2005, publicado
quanto isso, os brancos vivem num
pela ONU, notas de 0,76 na expectapadrão de Costa Rica.
tiva de vida; 0,89 na educação; e 0,73
Por fim, estes quadros comprovam
na renda per capita.
que uma política social consistente,
Isto mostra que o ponto mais fraco
de longo prazo, atuante sobre a base
do País é a formação, o valor e a distrida pirâmide de renda, é fundamental
buição da renda. Necessita-se produpara a redução das desigualdades reizir mais, mediante uma política desennantes no País. Progresso e desenvolvivolvimentista, que aumente o poder
mento só se conseguem quando inseaquisitivo do brasileiro.
rem-se no projeto nacional todos os
Neste particular, a distribuição de
cidadãos e estes se sentem deveras
renda é injusta em pelo menos dois
donos do seu país, fazendo-o realgrandes aspectos. Primeiro, observe-se
mente um país de todos
que em 2005 auferiram 47% do PIB os
13
tendências
Dívida cambial – o outro lado da moeda
JOSÉ MÁRCIO CAMARGO, SÓCIO DA TENDÊNCIAS CONSULTORIA INTEGRADA
Através da política do BC no mercado de câmbio, o país está comprando um seguro contra
crises internacionais. E o fato de que somente países cujas moedas são pouco confiáveis
emitem passivos denominados em moedas de outros países sugere que os benefícios desta
política tendem a superar os custos.
Diante do cenário internacional
de elevada liquidez, o Banco Central
brasileiro tem adotado uma política
clara de reduzir o passivo do País em
títulos indexados ao dólar, o que
tem despertado crítica de diferentes analistas devido a seu elevado
custo fi scal. Como o dólar está se
desvalorizando em relação ao real, e
a taxa de juros brasileira é muito elevada, ao trocar passivos denominados em dólar por outros denominados em reais, o Banco Central estaria aumentado o custo da dívida,
além de não estar aproveitando a
tendência de valorização do real
frente à moeda norte-americana.
Sem dúvida, no momento atual,
o custo fi scal da operação de redução dos passivos cambiais é elevado. Dada a valorização da taxa
de câmbio, se o País tivesse hoje
a mesma proporção de dívida cambial no total da dívida pública que
tinha em 2002, a relação dívida/PIB
teria caído substancialmente e não
permanecido constante ao longo de
2005. Por outro lado, ao comprar
dólares à vista no mercado cambial, o BC tem que emitir títulos que
pagam a Selic, que hoje está em
17,25% ao ano, e ao fazer “swaps
reversos”, troca dívida que seria
paga em dólares, que está se desvalorizando, por dívida que será paga
em reais, que está se valorizando.
A crítica, apesar de correta do
ponto de vista estatístico, deixa de
considerar alguns aspectos importantes da operação que podem
O custo fiscal da operação
de redução dos passivos
cambiais é elevado
torná-la extremamente positiva
para o País no futuro. Em primeiro
lugar, é sempre parte da função
objetiva do Banco Central tornar o
Brasil o menos vulnerável possível
a surpresas causadas por eventos
que não são controláveis pelas decisões de política econômica adotadas pelo País. Isolar o Brasil da economia internacional é impossível e
não desejável. Entretanto, a inserção internacional de um país se
dá em duas esferas, a comercial
e a financeira. No caso do Brasil,
nossa inserção financeira sempre foi
excessivamente elevada, dada nossa
inserção comercial.
O Brasil tem um dos menores
fluxos de comércio externo, como
proporção do PIB e, por outro lado,
tem uma das maiores dívidas externas entre os países emergentes.
Isto significa que, como o governo
brasileiro tem suas receitas em
reais e não emite dólares, diante
de um choque financeiro externo,
todo o ajuste tem que ser realizado via balança comercial. E, dada
a pequena inserção comercial do
País, o ajuste necessário na balança
14
comercial (aumento das exportações e redução das importações)
para manter as condições de solvência financeira é muito forte.
Como este tipo de ajuste exige,
muitas vezes, queda do PIB, aumento do desemprego e inflação, o
resultado desta baixa relação entre
inserção comercial e financeira era
(ou ainda é) que qualquer crise
externa tinha (ou ainda tem) sérias
conseqüências sobre o desempenho da economia brasileira.
Este problema pode ter três soluções: aumentar a inserção comercial, reduzir a inserção financeira
ou fazer as duas coisas ao mesmo
tempo. O Brasil adotou a terceira
estratégia. Por um lado, nos últimos
quatro anos, a relação entre o fl uxo
de comércio internacional (exportações mais importações) e o PIB passou de cerca de 20% para 30%, um
aumento de 50%. Este aumento é o
resultado do crescimento da economia mundial, da entrada da China
no cenário econômico internacional (o que favorece o Brasil, na
medida em que a China demanda
produtos intensivos em recursos
naturais e Brasil tem vantagem comparativa exatamente na produção
destes bens) e de políticas adotadas
internamente nos últimos 15 anos
(privatizações, abertura da economia, diplomacia comercial, etc.) e
que estão fazendo seus efeitos no
presente.
Por outro lado, o BC tem aproveitado a enorme liquidez internaFINANCEIRO
cional gerada pelo défi cit em conta
corrente dos Estados Unidos e pelas
baixas taxas de juros externas, para
reduzir a exposição do País a títulos
denominados em moedas estrangeiras, inclusive o dólar. Ou seja,
dado o atual nível de exposição da
dívida pública brasileira a variações
cambiais, se a economia internacional tiver hoje crises similares às que
ocorreram no período entre 1997 e
2002, os reflexos sobre a economia
brasileira seriam muito menores do
que os que o País viveu naquela
época. Em outras palavras, através
desta política, o Brasil está comprando um seguro contra crises
internacionais.
Além de comprar um seguro contra crises internacionais, a estratégia
do BC tem outras conseqüências positivas, de difícil mensuração. Primeiro,
a própria redução do passivo em
moeda estrangeira gera queda do
prêmio de risco e, portanto, das taxas
de juros pagas pelo governo em suas
O Brasil está comprando
um seguro contra crises
internacionais
emissões externas. Ou seja, o processo se auto-alimenta. Como não
sabemos quanto da queda do prêmio de risco se deve à excessiva liquidez internacional e quanto se deve
à redução dos passivos em moeda
estrangeira, a evolução da relação
dívida/PIB caso esta redução não
tivesse ocorrido não é fácil de prever.
O segundo aspecto, e que não
tem sido levado em devida consideração, é que a queda do prêmio
de risco-País reduz as taxas de juros
e alonga os prazos dos empréstimos tomados por empresas privadas brasileiras no exterior, o que
signifi ca uma externalidade positiva
importante para o setor privado da
economia. O alongamento dos prazos e a redução dos juros poderão
ter importante efeito sobre a taxa
de investimento do setor privado
da economia brasileira e, portanto,
sobre a taxa de crescimento sustentável da economia. Para um País no
qual a oferta de crédito de longo
prazo é extremamente escassa, esta
não é uma externalidade que possa
ser desprezada.
Sem dúvida, pode-se argumentar que o custo do seguro não compensa as vantagens da política adotada. Entretanto, esta é uma avaliação um pouco mais difícil de ser
feita e, nem de longe, é mencionada pelos críticos. E o fato de
que somente países cujas moedas
são pouco confiáveis emitem passivos denominados em moedas de
outros países sugere que os benefícios tendem a superar os custos
([email protected])
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Tendências Consultoria Integrada
ACREFI - ASSOCIAÇÃO NACIONAL
DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO,
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
Fundada em 1958
indústria
Flávio Roberto Guarnieri
O setor automobilístico
TEREZA MARIA FERNANDEZ DIAS DA SILVA, SÓCIA DA MB ASSOCIADOS
O ano de 2005 encerrou com
crescimento importante para a indústria automobilística. Segundo
dados da Associação Nacional dos
Fabricantes de Automóveis (Anfavea), a produção de veículos cresceu 10,7%, atingindo 2,45 milhões
de unidades. Nessa estatística não
estão incluídas máquinas agrícolas
cujo desempenho, em produção, foi
23,8% inferior à 2004, com a produção de 52,9 mil unidades. No mercado interno, segundo dados divulgados pela Federação Nacional de
Distribuição de Veículos Automotores - Fenabrave, o crescimento foi
de 8,6%, (sem vendas de motocicletas), com a comercialização de 1,7
milhão de unidades. O mercado de
motocicletas cresceu 14,6%, mantendo o ritmo dos últimos 5 anos.
Em relação às exportações, as
notícias também foram bastantes
positivas, com crescimento de 26%,
em unidades. Ônibus e caminhões
apresentaram uma expansão em
torno de 46%. Em dólares, as exportações cresceram 34% quando
comparadas com 2004. Se somarmos as vendas externas de máquinas agrícolas atingimos um valor
exportado de US$ 11,2 bilhões de
reais, 33% acima do ano passado
(US$8,4bilhões).
Seguindo a tendência de 2005,
o resultado de janeiro deste ano
impressionou. As vendas de auto-
Gráfico I - Setor automobilístico
Vendas totais em unidades
móveis e comerciais leves no mercado interno só perdem para o mês
de janeiro de 1997, considerado o
ano de ouro do setor no Brasil.
Naquele ano foram comercializados 145,1 mil unidades contra 125,8
mil unidades em 2006. A produção
cresceu 20,5% quando comparamos
jan/2006 com jan/2005 enquanto as
exportações evoluíram 16,8% (em
dólares). O setor segue, portanto,
bastante animado.
Para 2006, a MB Associados está
esperando um crescimento de 9,5%
(em unidades) nas vendas agregadas do setor no mercado interno
16
(Gráfico I), e ainda uma expansão de
7% nas exportações. Muitas montadoras estão conseguindo negociar a
valorização do real no preço do veículo exportado, possibilitando este
aumento de exportações ainda em
2006.
Outra mudança importante no
setor está associada à sua rentabilidade. Perdendo margem desde
1995, somente no ano passado as
montadoras conseguiram inverter
suavemente esta curva, através do
repasse de preços de alguns insumos. (Gráfico II).
Apesar do crescimento da proFINANCEIRO
Gráfico II - Automóveis e seus insumos
variação do preço médio anual
dução, o grande desafio da indústria automobilística no Brasil ainda
não foi vencido. Após os grandes
investimentos da década de 90, o
setor parou de ampliar a capacidade produtiva, visto que ainda
existe ociosidade nessa indústria,
e desacelerou fortemente investimentos em melhoria tecnológica e
no desenvolvimento de novos produtos, fatores indispensáveis para
que o Brasil siga sendo uma pla-
O grande desafio da
indústria automobilística
no Brasil ainda não foi
vencido
taforma importante de exportações no médio prazo. Trazer investimentos implica avançar na diminuição do chamado custo-Brasil (infraestrutura, revisão da carga tributária, mudanças nas leis trabalhistas,
entre outros), para que possamos
compensar parte da valorização recente do câmbio e tenhamos condições de competir com outros países em termos de atração de capitais, principalmente a China. O desfecho do acordo com a Argentina,
que deve ser anunciado nos próximos dias, é aguardado com ansiedade pelo setor
9°
SEMINÁRIO PERSPECTIVAS
DA ECONOMIA BRASILEIRA
RETROSPECTIVA E CENÁRIOS
Realização
6 de abril de 2006
Renaissance São Paulo Hotel
Tendências
Consultoria Integrada
Qual a agenda adequada para elevar o potencial de crescimento do País?
Quais os cenários para as eleições presidenciais?
Para onde caminhará o País após a sucessão?
Informações: 0800 7744600 ou
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Inscrições no site: tendencias.edf.com.br
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Essas e outras perguntas serão respondidas por:
Afonso Bevilaqua, Aloizio Mercadante, Antonio Barros de Castro,
Armando Castelar Pinheiro, Arthur Virgílio, Edmar Bacha, Eduardo
Bernini, Gustavo Loyola, José Márcio Camargo, Lucia Hippolito,
Mailson da Nóbrega, Ricardo Paes de Barros e Tarcisio Gargioni.
Mediador do evento: Paulo Henrique Amorim
Encerramento: Geraldo Alckmin, Governador do Estado de São Paulo
Apoio
Fundada em 1958
artigo
Indicadores econômicos e
perspectivas em 2006
JUAN PEREZ - DIRETOR DE MERCADO E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS DA SERASA
Indicador
PIB (var. %)
IPCA (acum. Ano, em %)
IGP-M (acum. Ano, em %)
Câmbio (var. %)
Crédito total (var. %)
Crédito Pessoa Física (var. %)
Crédito Pessoa Jurídica (var. %)
Crédito - Indústria (var. %)
Crédito - Comércio (var. %)
Crédito - Serviços (var. %)
20061
2005
3,50
1
2,40
4,94
0,54
1,93
4,70
4,75
3,42
18,00
25,00
15,00
10,00
15,00
20,00
5,69
1,74
-11,82
21,47
38,32
16,51
10,83
17,74
24,61
7,60
12,42
-8,12
17,90
33,10
11,63
6,91
26,30
10,48
9,30
8,69
-18,23
8,39
15,24
2,98
0,86
8,28
3,46
12,53
25,30
52,27
13,75
5,48
14,95
17,06
9,06
15,06
2004
2003
2002
Fonte: IBGE, FGV e Banco Central. (1) Previsão.
Os indicadores, de maneira geral,
sugerem perspectivas positivas para
a economia brasileira em 2006. Esses
mesmos indicadores têm o potencial
efeito de contribuir para expandir o
crédito às pessoas físicas – que, neste
ano, deve crescer cerca de 25%.
Em primeiro lugar, existe a expectativa de que a economia mundial continue se expandindo a uma taxa acima
de 4% ao ano – o que contribuirá
para manter o superávit comercial
em patamares elevados, na medida
em que estimulará nossas exportações. Mesmo a recente valorização
do real não tem dado sinais de que
esteja comprometendo nossa capacidade exportadora.
A perspectiva de queda da taxa de
juros contribuirá para reduzir a pressão apreciativa da taxa de câmbio que
só se manterá caso as exportações
continuem vigorosas e/ou as perspectivas de risco-País reduzam-se drasticamente e mantenham-se em patamares baixos durante todo o ano.
Em segundo lugar, há uma tímida
melhora no mercado de trabalho brasileiro: as taxas de desemprego vêm
caindo, e tanto a expansão dos postos
de trabalho quanto o ligeiro aumento no rendimento médio real contribuem para aumentar a massa de salários e, conseqüentemente, a capacidade de pagamento das famílias.
É verdade, no entanto, que o maior
endividamento da população e o fato
de que a massa de salários ainda se
encontra em patamares inferiores à
média de 2002 possam conter a velocidade de expansão do crédito do sistema financeiro às pessoas físicas.
A manutenção do rigor na condução da política fiscal, ao reduzir a
taxa de crescimento da dívida pública,
redireciona recursos do sistema financeiro para empréstimos ao setor pri-
Palestras na ACREFI
vado, estimulando o crédito. A manutenção dessa política contribuiria para
aumentar o volume de empréstimos
do sistema financeiro. Mas é bom lembrar que estamos em ano eleitoral, e
a sucessão presidencial pode motivar
algum afrouxamento do rigor na execução orçamentária, o que também
faria aumentar o risco-País e poderia
interromper o processo de redução da
taxa básica de juros. No entanto, não
parece muito provável um descontrole
na condução da política fiscal.
As novas modalidades de crédito
pessoal, como o crédito consignado
ou para aquisição de bens, com maiores garantias para os credores, menores taxas e maiores prazos para os
tomadores, começam a dar sinais de
redução na velocidade de expansão.
Os acordos entre as instituições financeiras e as grandes redes de varejo
podem contribuir para dar fôlego
novo a essas operações.
No que se refere especificamente
ao crédito consignado, alguns fatores, no entanto, poderão limitar sua
velocidade de crescimento. São eles:
a limitação de prazo para os empréstimos consignados aos aposentados;
a saturação na demanda dos atuais
demandantes; e a relativa limitação
na expansão para novos demandantes, dada a baixa formalização do mercado de trabalho.
Finalmente, e igualmente importante, contribuirá para a manutenção
da expansão do crédito neste ano a
disseminação de metodologias adequadas na concessão, processo no qual
a Serasa tem desempenhado papel
fundamental.
Inscrições gratuitas:
Leninha ([email protected]) ou Márcia ([email protected])
Telefone 11 3107-7177
21 de março de 2006
• Inovação na Era da Especialização Bancária
Ailton Barberino do Nascimento
Stefanini IT Solutions
Roberto Ciccone
Executivo da IBM na área de Business Consulting Services
25 de abril de 2006
• Mudança na Execução de Sentenças - Lei 11.232/05
Prof. Arruda Alvim
APOIO
Se m p
re à s
8
n o a u h3 0 ,
d
ACRE itório da
FI ,
c a fé c o m
d
manh a
ã
Instituições bancárias
atuando no comércio
varejista
Divulgação
análise setorial
PROF. DR. ALBERTO BORGES MATIAS, PRESIDENTE DO INEPAD - INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO
á um fenômeno cada vez mais comum no mercado
nacional ocorrendo, a parceria entre o comércio varejista e as instituições financeiras. É um fenômeno já
comum também em outros países, como Reino Unido, Suécia,
Austrália, EUA e Japão há pelo menos cinco anos, marcando o
início de uma nova era na evolução de varejistas e bancos.
A junção do comércio varejista com as instituições financeiras está acontecendo basicamente de duas maneiras no
Brasil: uma é abrindo em sociedade (podendo variar a participação acionária, mas via de regra é 50% para cada sócio),
uma financeira que terá da instituição bancária o capital e
todo o know how das operações de crédito e da loja de
varejo, a carteira de clientes. A outra maneira é a venda da
carteira (exclusividade do financiamento) ou parte dela, da
loja de varejo para a instituição financeira.
A parceria entre as duas partes é uma tendência do mercado, pois até o momento as grandes lojas de varejo brasileiras já fecharam algum tipo de parceria com algum banco
de varejo. Pode ser uma evidência de que será um caminho
para melhorar a competitividade, conseqüentemente o consumidor final sairá ganhando, pois haverá melhora nos serviços oferecidos, bem como, redução das taxas cobradas,
podendo até mesmo determinar a sobrevivência das lojas de
varejo num mercado cada vez mais competitivo.
A Lojas Americanas, por exemplo, fechou uma parceria
com o Itaú de aproximadamente R$ 200 milhões. No acordo,
o Itaú ficou com o direito de financiamento exclusivo da carteira de clientes das Lojas Americanas; outra parceria feita
com sucesso pelo Itaú foi com a rede Pão de Açúcar. Na
mesma tendência o Bradesco, outra grande instituição financeira, se aliou à Casas Bahia, ficando com o direito de
financiar em torno de 50% das vendas. Recentemente o
Bradesco fechou outras parcerias com as lojas Esplanadas e
Otoch estendendo sua atuação no nordeste, agregando 2,3
milhões de clientes. Já o Unibanco, criou a Luiza Cred em sociedade com o Magazine Luiza, sendo que a financeira é responsável por toda a parte de financiamento da loja. O Unibanco também fechou uma parceria com o Wal Mart.
A exemplo do que aconteceu no Brasil, ocorreu também
no México, com a criação do Banco Azteca em 2002. O objetivo da criação do banco foi justamente a de financiar as
vendas da rede varejista Elektra.
Para a loja, a vantagem da venda da carteira ou de criar
H
20
uma nova financeira é a de que consegue recursos para o
seu giro, podendo investir em outras atividades e até mesmo
na compra de novas mercadorias dando maior fôlego financeiro para a rede. O poder de barganha junto ao fornecedor dependendo do caso pode aumentar, pois com praticamente todo o recurso da mercadoria vendida conseguirá
uma melhor negociação nas compras. Sem contar, que a
loja poderá aumentar suas receitas financeiras, aplicando
os recursos disponíveis ou participando dos resultados da financeira. A loja conseguirá também um estreitamento no
relacionamento com seus clientes, possibilitando conhecêlos melhor, de tal forma que possibilite oferecer melhores
produtos e promoções mais customizados, atendendo as
novas aspirações dos clientes cada vez mais exigentes em termos de serviços e soluções.
Da parte da instituição financeira, o ganho ficará na
extensão de atendimento que conseguirá para possíveis
novos clientes com um menor custo, ou seja, conseguirá
atingir um nicho de mercado sem precisar necessariamente
abrir uma nova agência com altos custos operacionais e
administrativos. Poderá instalar um pequeno espaço dentro da própria loja, oferecendo não apenas o financiamento das mercadorias vendidas pela loja, mas também outros
serviços da instituição financeira, como: abertura de conta
corrente com limite de cheque especial (ganhando com as
taxas de juros relativamente altas em si comparando com as
demais taxas dos outros serviços), cartão de crédito, seguros, fundos de investimentos, dentre outros. Além disso,
conseguirá movimentar mais recursos nas operações de crédito, seu principal propósito.
Dessa forma, a parceria efetuada entre bancos e varejo
irá aumentar a competitividade no mercado financeiro, mais
precisamente no mercado de crédito, e que juntamente
com as tendências macroeconômicas de queda da taxa de
juro base, poderá incentivar uma queda nas taxas de juros
cobrada do consumidor final. Com a competitividade mais
acirrada, as taxas de juros cobradas diminuindo, bem como
os serviços melhorando, o mercado de crédito poderá sofrer
uma expansão, já que possui capacidade para isto, visto que,
o mercado de crédito brasileiro frente ao PIB ainda é relativamente baixo se comparado com outros países.
Colaborou o Analista Financeiro Edson Vicente Carminatti Jr.
FINANCEIRO
Nenhum município paulista sem biblioteca.
A ACREFI apóia essa idéia.
A Acrefi firmou parceria com a Secretaria de Estado da Cultura do governo do Estado de São Paulo, passando a
integrar o Programa São Paulo: Um Estado de Leitores.
Trata-se de uma política estadual para o incentivo à leitura, lançada em 2003, com forte ação nos municípios sem
biblioteca.
Em conjunto com prefeituras aliadas a padrinhos (pessoas físicas, ONGS e empresas públicas e privadas), o
programa tem por principal objetivo zerar o déficit desses municipios. Até maio de 2005, 84 bibliotecas foram
inauguradas.
O programa tem sido um sucesso e, desde o início, já foram adotadas bibliotecas com a participação de 60
empresas, escolas e pessoas físicas. Agora, o objetivo é buscar o apoio de mais empresas para apadrinharem a
abertura e revitalização de novas bibliotecas, para que possamos ser o primeiro estado brasileiro com bibliotecas
em todos os municípios.
Temos certeza de que você, associado ou parceiro, também vai apoiar.
Para saber como, entre em contato pelo telefone 11 3107 7177.
Associação Nacional das Instituições de
Crédito, Financiamento e Investimento
São Paulo
Um e s t a d o d e l e i t o r e s
Fundada em 1958
artigo
País maduro
Luiz Carlos Casagrande
As eleições presidenciais estão chegando e não existe qualquer indício
de que viveremos, esse ano, nada
semelhante ao que ocorreu em 2002,
quando o País mergulhou numa crise
de confiança sem precedentes.
Na época, o medo da provável chegada de um governo de esquerda ao
poder era grande. Haveria ruptura de
contratos? Seria um governo populista? Enfim, Lula iria governar o Brasil
para todos os brasileiros ou para uma
meia dúzia de “companheiros”?
Áquela altura, não tínhamos ciência de que o Brasil já havia avançado
muito. Principalmente nos campos
econômico e institucional. Era pouco
provável que Lula ou qualquer outro
candidato que chegasse ao Palácio do
Planalto fizesse do Brasil o que, por
exemplo, Hugo Chavez está fazendo
da Venezuela.
Mas o fato é que os indicadores
econômicos sofreram reveses fabulosos no transcorrer de 2002. Estivemos
à beira de um colapso da dívida pública e não dispúnhamos mais de linha
de crédito lá fora. Nem a famosa Carta
aos Brasileiros, formulada pelo PT,
acalmou os mercados àquela altura.
O ano de 2002 foi um dos mais
difíceis de nossa história recente e já
vínhamos de um dificílimo 2001, com
a lamentável crise de energia no Brasil
e um 11 de Setembro nos Estados Unidos que mexeu com os alicerces do
mundo.
Pois bem, duas semanas antes do
primeiro purno da eleição presiden-
JOSÉ ARTHUR ASSUNÇÃO, VICE-PRESIDENTE DA ACREFI
E DIRETOR DA ASB FINANCEIRA
cial, o risco-Brasil bateu a marca dos
2500 pontos. Naquele momento, eu
pensei que o País tivesse entrado
mesmo no olho do furacão. Mas Foi
dali que renasceu das cinzas. Sempre
que fazíamos uma avaliação criteriosa, os fundamentos da economia
se mostravam estáveis. Tanto que o
Fundo Monetário Internacional (FMI)
nos deu um senhor aval, ao nos
emprestar US$ 30 bilhões.
2006
Estamos a oito meses de mais uma
eleição presidencial. Nesses anos em
que Lula governou o País é inegável
que houve muitos avanços: na democracia, na economia, na consolidação
das instituições. Não me interessam
aqui posicionamentos partidários
nem mesmo se Lula sabia ou não das
falcatruas do tesoureiro do PT. Estou
falando de avanços.
Todos, principalmente os agentes
econômicos, temiam que a esquerda
no poder fosse trazer atraso. Mas, ao
contrário, o Brasil avança. E olha que,
durante esse mesmo governo, teve
início uma crise política que parece
não ter fim. Na qual o grande alvo
foi o partido do Governo. Mesmo
assim, não houve perda de governabilidade em nenhum momento e
o País segue avançando. Às vezes
menos do que deveria e do que poderia, mas avança.
Temos hoje uma conjuntura partidária que permite visualizar um quadro sucessório bastante estável. Pelo
22
que tudo indica a eleição ficará novamente polarizada entre PT e PSDB
e pelos mesmíssimos candidatos do
pleito anterior: respectivamente, Lula e
José Serra. Poderá existir uma terceira
via, o PMDB, com Garotinho ou mesmo
com Germano Rigotto, mas que não
deverá promover grandes surpresas.
Resultado: nada vai mudar na economia. Os especuladores vão ter que
ser muito mais criativos se quiserem
botar fogo outra vez no País.
Não parece que vá haver mudanças significativas na percepção de
risco do País, que hoje é o mais baixo
de todos os tempos, beirando os 229
pontos. E tem gente assegurando
que em pouquíssimo tempo seremos
investment grade.
O Brasil já viveu ditaduras, hiperinflações reincidentes, um grande
confisco de poupança, crises cambiais, apagão, crise de confiança e,
por fim, uma crise política sem precedentes. Mesmo assim, o País está
seguindo a passos largos para a consolidação de sua democracia e de
sua economia em níveis de Primeiro
Mundo, nas próximas décadas.
Muito há de ser feito ainda pelo
atual presidente, pelo próximo que
vier, seja Lula ou não e pelos outros
tantos que governarão esse país. Mas
uma coisa é certa: basta trabalhar
sério, com afinco, que o Brasil vai continuar dando grandes saltos.
E quem apostar as fichas em crise
este ano, por conta das eleições, vai
perder dinheiro
FINANCEIRO
banco de dados por INEPAD
TAXAS MÉDIAS
GERAL
DATA
Aplicações % a.a.
Var. p.p.
Captações % a.a.
Var. p.p.
Spread % p.p.
Var. p.p.
jan/05
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set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
46,2
46,4
46,7
47,1
47,8
47,3
47,2
47,4
48,1
48,2
47,1
45,9
46,1
1,6
0,2
0,3
0,4
0,7
-0,5
-0,1
0,2
0,7
0,1
-1,1
-1,2
0,2
18,3
18,8
19,0
19,4
19,4
19,2
19,0
18,9
18,7
18,4
17,7
17,1
16,5
0,5
0,5
0,2
0,4
0,0
-0,2
-0,2
-0,1
-0,2
-0,3
-0,7
-0,6
-0,6
27,9
27,6
27,7
27,7
28,4
28,1
28,2
28,5
29,4
29,8
29,4
28,8
29,6
1,1
-0,3
0,1
0,0
0,7
-0,3
0,1
0,3
0,9
0,4
-0,4
-0,6
0,8
Variação jan-jan
-0,1
-1,8
1,7
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
PESSOA FÍSICA
DATA
Aplicações % a.a.
Var. p.p.
Captações % a.a.
Var. p.p.
Spread % p.p.
Var. p.p.
jan/05
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nov/05
dez/05
jan/06
62,0
61,8
61,6
61,7
62,5
61,3
61,3
61,1
62,1
61,7
60,4
59,3
59,7
1,5
-0,2
-0,2
0,1
0,8
-1,2
0,0
-0,2
1,0
-0,4
-1,3
-1,1
0,4
18,2
18,6
18,7
19,1
18,9
18,4
18,2
18,2
18,0
17,8
17,2
16,5
16,1
0,6
0,4
0,1
0,4
-0,2
-0,5
-0,2
0,0
-0,2
-0,2
-0,6
-0,7
-0,4
45,2
45,4
45,3
45,4
43,6
42,9
43,1
42,9
44,1
43,9
43,2
42,8
43,6
2,3
0,2
-0,1
0,1
-1,8
-0,7
0,2
-0,2
1,2
-0,2
-0,7
-0,4
0,8
Variação jan-jan
-2,3
-2,1
-1,6
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
PESSOA JURÍDICA
DATA
Aplicações % a.a.
Var. p.p.
Captações % a.a.
Var. p.p.
Spread % p.p.
Var. p.p.
jan/05
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abr/05
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jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
32,2
32,4
32,9
33,3
33,7
33,4
33,0
33,2
33,3
33,4
32,4
31,7
31,3
1,2
0,2
0,5
0,4
0,4
-0,3
-0,4
0,2
0,1
0,1
-1,0
-0,7
-0,4
18,3
18,9
19,2
19,6
19,9
19,8
19,6
19,5
19,2
18,9
18,2
17,7
16,8
0,3
0,6
0,3
0,4
0,3
-0,1
-0,2
-0,1
-0,3
-0,3
-0,7
-0,5
-0,9
13,9
13,5
13,7
13,7
13,8
13,6
13,4
13,7
14,1
14,5
14,2
14,0
14,5
0,9
-0,4
0,2
0,0
0,1
-0,2
-0,2
0,3
0,4
0,4
-0,3
-0,2
0,5
Variação jan-jan
-0,9
-1,5
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
ACREFI
23
0,6
banco de dados por INEPAD
SPREAD FINANCEIRO
CRÉDITO PESSOA FÍSICA
CRÉDITO PESSOAL
Volume
50,0
Taxa Juros
70.000
71,50
65.000
71,00
40,0
60.000
70,50
35,0
55.000
45,0
SPREAD
FINANCEIRO
30,0
70,00
69,50
50.000
69,00
45.000
25,0
68,50
40.000
68,00
20,0
35.000
Aplicação
67,50
30.000
jan/06
dez/05
nov/05
out/05
set/05
ago/05
jul/05
jun/05
mai/05
abr/05
mar/05
fev/05
jan/05
15,0
67,00
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan
05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 06
Captação
Volume
Taxa de Juros
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
VOLUME DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - PESSOA FÍSICA - PREFIXADOS (R$ milhões)
MÊS / ANO
CHEQUE
ESPECIAL
VARIAÇÃO
EM %
CRÉDITO
PESSOAL
VARIAÇÃO
EM %
FINANCIAMENTO
IMOBILIÁRIO
VARIAÇÃO
EM %
CARTÃO DE
CRÉDITO
VARIAÇÃO
EM %
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
10 567
11 071
11 502
11 550
12 044
11 790
11 647
12 265
12 297
12 509
12 527
10 974
12 224
7,82%
4,77%
3,89%
0,42%
4,28%
-2,11%
-1,22%
5,31%
0,26%
1,73%
0,15%
-12,40%
11,39%
44 781
47 218
49 965
52 333
54 345
55 426
57 270
59 015
60 531
61 650
63 255
63 444
64 987
3,13%
5,44%
5,82%
4,74%
3,84%
1,99%
3,33%
3,05%
2,57%
1,85%
2,60%
0,30%
2,43%
1 076
1 072
1 057
1 047
1 053
1 049
1 028
1 037
948
947
947
956
909
-0,36%
-0,42%
-1,38%
-0,97%
0,59%
-0,42%
-1,97%
0,83%
-8,53%
-0,08%
-0,03%
0,95%
-4,93%
8 711
9 440
9 231
9 942
10 051
10 196
10 512
10 687
11 211
11 495
11 774
11 260
11 472
6,14%
8,36%
-2,21%
7,70%
1,10%
1,44%
3,10%
1,67%
4,90%
2,53%
2,43%
-4,37%
1,89%
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
VOLUME DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - PESSOA FÍSICA - Prefixados/continuação (R$ milhões)
AQUISIÇÃO
MÊS / ANO
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
VEÍCULOS
VARIAÇÃO
EM %
OUTROS
VARIAÇÃO
EM %
TOTAL
VARIAÇÃO
EM %
OUTROS
VARIAÇÃO
EM %
TOTAL
VARIAÇÃO
EM %
38 855
39 340
40 221
40 958
41 795
42 723
43 636
45 044
46 218
47 406
48 935
50 685
52 057
2,07%
1,25%
2,24%
1,83%
2,04%
2,22%
2,14%
3,23%
2,61%
2,57%
3,23%
3,57%
2,71%
7 375
7 313
7 394
7 578
7 992
8 351
8 824
9 416
9 471
9 621
10 031
10 229
10 191
2,08%
-0,83%
1,10%
2,48%
5,47%
4,50%
5,66%
6,71%
0,58%
1,59%
4,26%
1,98%
-0,38%
46 230
46 653
47 615
48 535
49 787
51 074
52 460
54 460
55 689
57 027
58 966
60 914
62 247
2,08%
0,92%
2,06%
1,93%
2,58%
2,59%
2,71%
3,81%
2,26%
2,40%
3,40%
3,30%
2,19%
5 621
5 834
6 177
6 437
6 889
7 097
7 349
7 702
8 016
8 144
8 414
7 643
8 387
2,74%
3,78%
5,88%
4,21%
7,02%
3,02%
3,56%
4,79%
4,09%
1,59%
3,32%
-9,17%
9,73%
116 987
121 288
125 547
129 844
134 169
136 632
140 266
145 166
148 692
151 773
155 884
155 190
160 226
3,28%
3,68%
3,51%
3,42%
3,33%
1,84%
2,66%
3,49%
2,43%
2,07%
2,71%
-0,44%
3,24%
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
24
FINANCEIRO
VOLUME DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - CRÉDITO CONSIGNADO (R$)
MÊS / ANO
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
Var. jan-jan
CRÉDITO
PESSOAL*
44.781
47.218
49.965
52.333
54.345
55.426
57.270
59.015
60.531
61.650
63.255
63.444
64.987
145,1%
CONSIGNADO
Públicos
Privados
Total
Amostra**
16.277
17.557
19.159
20.594
22.008
22.701
24.024
25.301
26.239
26.972
27.677
28.422
29.104
2.671
2.786
2.920
3.109
3.297
3.453
3.651
3.840
4.070
4.202
4.291
3.983
4.055
18.948
20.343
22.080
23.703
25.305
26.154
27.675
29.141
30.309
31.173
31.968
32.405
33.159
175,0%
13.017
14.038
15.545
16.625
17.897
18.833
19.712
20.773
21.488
22.076
22.844
23.034
23.690
182,0%
% Consignado***
Concentração
Taxa de Juros %aa
do Consignado
Estimativa INEPAD Consignado
Pessoal
Diferença
42,3%
43,1%
44,2%
45,3%
46,6%
47,2%
48,3%
49,4%
50,1%
50,6%
50,5%
51,1%
51,0%
68,7%
69,0%
70,4%
70,1%
70,7%
72,0%
71,2%
71,3%
70,9%
70,8%
71,5%
71,1%
71,4%
104,0%
39,1%
38,9%
38,6%
38,4%
37,5%
37,5%
37,4%
37,2%
37,0%
37,2%
36,9%
36,4%
37,3%
71,2%
70,0%
68,7%
68,7%
69,9%
68,6%
69,4%
69,5%
70,6%
70,3%
68,7%
67,3%
86,0%
32,1%
30,9%
29,8%
30,1%
31,5%
31,1%
31,9%
32,1%
33,4%
33,4%
31,5%
30,4%
68,9%
FONTE: INEPAD / BC * Inclui empréstimos realizados pelas cooperativas de crédito. ** Pesquisa com treze das maiores instituições que operam com crédito pessoal. *** Total consignado sobre o total de crédito pessoal.
INADIMPLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS
CRÉDITO PESSOAL (R$ mil)
Mês/Ano
Saldo
sem atraso
Com atraso
de 15 a 30 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
de 31 a 90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
maior que
90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Saldo total
CarteiraBrasil
Variação
em %
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
39.269.395
41.398.232
43.853.143
45.958.211
47.958.159
49.107.813
50.932.454
52.427.636
53.827.919
54.713.121
55.990.494
56.136.655
56.795.375
1.081.995
1.113.012
1.263.104
1.224.836
1.364.220
1.260.105
1.180.764
1.322.628
1.353.921
1.362.100
1.455.906
1.224.611
1.471.836
2,42%
2,36%
2,53%
2,34%
2,51%
2,27%
2,06%
2,24%
2,24%
2,21%
2,30%
1,93%
2,26%
1.220.396
1.349.410
1.427.796
1.421.446
1.432.355
1.494.652
1.485.848
1.528.370
1.558.238
1.690.157
1.748.058
1.642.233
1.722.360
2,73%
2,86%
2,86%
2,72%
2,64%
2,70%
2,59%
2,59%
2,57%
2,74%
2,76%
2,59%
2,65%
2.597.523
2.649.416
2.800.103
3.078.013
2.951.453
3.013.742
3.145.514
3.288.510
3.397.809
3.547.908
3.723.372
3.782.350
3.924.568
5,80%
5,61%
5,60%
5,88%
5,43%
5,44%
5,49%
5,57%
5,61%
5,75%
5,89%
5,96%
6,04%
44.781.159
47.218.466
49.965.156
52.332.903
54.344.976
55.426.011
57.270.000
59.015.306
60.531.439
61.650.256
63.254.734
63.443.780
64.986.849
3,13%
5,44%
5,82%
4,74%
3,84%
1,99%
3,33%
3,05%
2,57%
1,85%
2,60%
0,30%
2,43%
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS (R$ mil)
Mês/Ano
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
Saldo
Com atraso
sem atraso
de 15 a 30 dias
35.794.379
36.219.687
36.869.843
37.642.112
38.206.540
39.234.937
40.002.093
41.251.555
42.259.001
42.968.220
44.340.233
46.288.603
46.211.973
1.243.330
1.183.837
1.386.782
1.275.989
1.458.922
1.359.409
1.448.473
1.544.357
1.510.645
1.733.980
1.697.635
1.613.661
1.762.072
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
de 31 a 90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
maior que
90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Saldo total
CarteiraBrasil
Variação
em %
3,20%
3,01%
3,45%
3,12%
3,49%
3,18%
3,32%
3,43%
3,27%
3,66%
3,47%
3,18%
3,38%
1.025.747
1.156.706
1.205.748
1.278.733
1.384.923
1.391.475
1.404.040
1.458.118
1.522.771
1.719.567
1.839.634
1.653.627
1.807.967
2,64%
2,94%
3,00%
3,12%
3,31%
3,26%
3,22%
3,24%
3,29%
3,63%
3,76%
3,26%
3,47%
788.925
776.871
756.356
758.170
741.774
733.856
776.692
783.591
917.115
974.016
1.046.108
1.115.317
1.199.981
2,03%
1,97%
1,88%
1,85%
1,77%
1,72%
1,78%
1,74%
1,98%
2,05%
2,14%
2,20%
2,31%
38.855.103
39.339.842
40.221.467
40.957.737
41.795.094
42.722.706
43.636.074
45.043.780
46.218.118
47.406.012
48.935.289
50.684.709
52.056.515
2,07%
1,25%
2,24%
1,83%
2,04%
2,22%
2,14%
3,23%
2,61%
2,57%
3,23%
3,57%
2,71%
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
ACREFI
25
banco de dados por INEPAD
INADIMPLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS
AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS (R$ mil)
Mê s/Ano
Saldo
sem atraso
Com atraso
de 15 a 30 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
de 31 a 90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
maior que
90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Saldo total
CarteiraBrasil
Variação
em %
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
6.147.604
5.990.515
5.948.868
6.107.852
6.445.620
6.790.933
7.190.986
7.699.456
7.790.947
7.837.518
8.165.263
8.457.452
7.446.713
323.728
325.200
364.990
357.857
375.047
359.584
372.685
424.811
369.647
394.773
389.994
334.255
345.320
4,39%
4,45%
4,94%
4,72%
4,69%
4,31%
4,22%
4,51%
3,90%
4,10%
3,89%
3,27%
3,39%
275.200
354.267
417.733
418.795
414.913
416.052
406.831
414.857
424.936
446.640
461.045
398.093
356.279
3,73%
4,84%
5,65%
5,53%
5,19%
4,98%
4,61%
4,41%
4,49%
4,64%
4,60%
3,89%
3,50%
618.340
633.331
652.454
683.148
745.969
774.531
830.585
865.811
873.070
928.949
986.686
1.003.506
852.798
8,38%
8,66%
8,82%
9,02%
9,33%
9,27%
9,41%
9,19%
9,22%
9,66%
9,84%
9,81%
8,37%
7.374.918
7.313.439
7.393.980
7.577.546
7.991.679
8.351.397
8.824.004
9.416.143
9.470.618
9.621.180
10.030.622
10.229.173
10.190.601
2,08%
-0,83%
1,10%
2,48%
5,47%
4,50%
5,66%
6,71%
0,58%
1,59%
4,26%
1,98%
-0,38%
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
INADIMPLÊNCIA - CRÉDITO PESSOAL - PREFIXADO
Janeiro/2006 (em R$ mil)
20,7%
Atraso de mais
de 90 dias
3.924.568
INADIMPLÊNCIA - AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS - PREFIXADO
Janeiro/2006 (em R$ mil)
Atraso de
15 a 30 dias
1.471.836
Atraso de
31 a 90 dias
1.807.967
37,9%
55,1%
24,2%
Atraso de
31 a 90 dias
1.722.360
36,9%
22,2%
54,9%
Atraso de
15 a 30 dias
1.762.072
INADIMPLÊNCIA - OUTRAS OPERAÇÕES - PREFIXADO
Janeiro/2006 (em R$ mil)
Atraso de
INADIMPLÊNCIA - AQUISIÇÃO OUTROS BENS - PREFIXADO
Janeiro/2006 (em R$ mil)
Atraso de mais
de 90 dias
852.798
25,2%
Atraso de mais
de 90 dias
1.199.981
15 a 30 dias
291.463
Atraso de
15 a 30 dias
345.320
14,9%
Atraso de mais
de 90 dias
1.143.252
22,9%
58,4%
Atraso de
31 a 90 dias
356.279
26,7%
Atraso de
31 a 90 dias
522.083
OUTRAS OPERAÇÕES (R$ mil)
Mê s/Ano
Saldo
sem atraso
Com atraso
de 15 a 30 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
de 31 a 90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Com atraso
maior que
90 dias
% sobre
Saldo da
Carteira
Saldo total
CarteiraBrasil
Variação
em %
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
3.427.678
3.411.009
3.453.875
3.586.571
3.579.408
3.654.442
3.796.891
4.060.034
4.212.346
4.477.039
4.514.410
4.600.843
4.985.299
220.111
230.730
218.566
186.260
183.304
207.002
214.947
226.263
243.579
302.742
288.299
287.716
291.463
3,92%
3,96%
3,54%
2,89%
2,66%
2,92%
2,92%
2,94%
3,04%
3,72%
3,43%
3,76%
3,48%
319.305
384.060
383.012
348.687
338.569
356.159
381.234
417.153
446.176
501.179
650.275
842.357
522.083
5,68%
6,58%
6,20%
5,42%
4,91%
5,02%
5,19%
5,42%
5,57%
6,15%
7,73%
11,02%
6,23%
821.802
809.917
783.905
778.224
679.473
705.436
716.611
742.541
791.179
890.238
902.839
870.484
1.143.252
14,62%
13,88%
12,69%
12,09%
9,86%
9,94%
9,75%
9,64%
9,87%
10,93%
10,73%
11,39%
13,63%
5.621.076
5.833.611
6.176.684
6.436.891
6.888.526
7.096.557
7.349.412
7.701.548
8.016.385
8.143.922
8.413.988
7.642.768
8.386.525
2,74%
3,78%
5,88%
4,21%
7,02%
3,02%
3,56%
4,79%
4,09%
1,59%
3,32%
-9,17%
9,73%
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
26
FINANCEIRO
DESEMPREGO
TAXA DE DESEMPREGO (%)
DATA
Brasil
Var. p.p.
SP
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
10,20
10,60
10,80
10,80
10,20
9,40
9,40
9,40
9,60
9,60
9,60
8,30
9,20
0,60
0,40
0,20
0,00
-0,60
-0,80
0,00
0,00
0,20
0,00
0,00
-1,30
0,90
11,10
11,50
11,50
11,40
10,50
10,50
9,90
9,40
9,70
9,60
9,70
7,80
9,20
TAXA DE DESEMPREGO
Taxa (%)
Var. p.p.
1,30
0,40
0,00
-0,10
-0,90
0,00
-0,60
-0,50
0,30
-0,10
0,10
-1,90
1,40
Fonte: IBGE/INEPAD
Variação (p.p.)
12,0
1,00
11,5
0,50
11,0
10,5
0,00
10,0
9,5
-0,50
9,0
8,5
-1,00
8,0
-1,50
7,5
jan
05
fev
05
mar
05
abr
05
Brasil
mai
05
jun
05
jul
05
SP
ago
05
set
05
out
05
dez
05
nov
05
jan
06
Var. p.p. mensal Brasil
Fonte: IBGE/INEPAD
RENDIMENTO MÉDIO REAL HABITUALMENTE RECEBIDO (R$)
RENDIMENTO MÉDIO REAL
HABITUALMENTE RECEBIDO (R$)
1.100
DATA
Brasil
Var. %
SP
Var. %
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
963,47
972,75
977,76
960,63
946,31
960,59
984,59
991,18
991,13
977,24
980,88
998,26
985,90
2,2%
1,0%
0,5%
-1,8%
-1,5%
1,5%
2,5%
0,7%
0,0%
-1,4%
0,4%
1,8%
-1,2%
1.093,98
1.110,68
1.125,42
1.088,17
1.084,63
1.099,65
1.132,86
1.129,75
1.116,30
1.085,99
1.110,01
1.136,40
1.117,30
2,6%
1,5%
1,3%
-3,3%
-0,3%
1,4%
3,0%
-0,3%
-1,2%
-2,7%
2,2%
2,4%
-1,7%
Fonte: IBGE/INEPAD
0,03
0,025
1.050
0,02
1.000
0,015
950
0,01
900
0,005
0
850
-0,005
800
-0,01
750
-0,015
-0,02
700
jan
05
fev
05
mar
05
abr
05
Brasil
mai
05
SP
jun
05
jul
05
ago
05
set
05
out
05
dez
05
nov
05
jan
06
Var. % mensal Brasil
Fonte: IBGE/INEPAD
COMÉRCIO VAREJISTA
VOLUME DE VENDAS
VOLUME DE VENDAS
Data
Hipermercados e
Veículos,Motos,
Índice
Var. %
Var. %
Var. %
Geral
Supermercados
Partes e Peças
170
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
Variação
dez-dez
154,93
105,15
97,10
111,36
107,75
112,29
110,11
114,61
113,75
109,29
115,46
114,98
161,56
4,28%
41,4%
-32,1%
-7,7%
14,7%
-3,2%
4,2%
-1,9%
4,1%
-0,8%
-3,9%
5,6%
-0,4%
40,5%
142,81
106,03
96,37
111,90
104,70
104,61
102,99
110,16
108,46
106,62
112,73
10912,0%
14204,0%
-0,54%
32,7%
-25,8%
-9,1%
16,1%
-6,4%
-0,1%
-1,5%
7,0%
-1,5%
-1,7%
5,7%
-3,2%
30,2%
137,60
119,03
99,38
122,56
113,56
115,74
117,37
112,82
128,55
118,91
119,61
129,54
138,80
9,2%
-13,5%
-16,5%
23,3%
-7,3%
1,9%
1,4%
-3,9%
13,9%
-7,5%
0,6%
8,3%
7,1%
160
150
140
130
120
110
100
90
80
fev mar abr mai jun
05 05 05 05 05
Índice Geral
0,87%
Fonte: IBGE/INEPAD
ACREFI
dez jan
04 05
27
jul
05
Hipermercados e
Supermercados
ago set
05 05
out nov dez
05 05 05
Veículos, Motos,
Partes e Peças
banco de dados por INEPAD
PREVISÕES ECONÔMICAS
Ano de 2006
PIB Total % a.a.
PIB Agropecuário % a.a.
PIB Indústria % a.a.
PIB Serviço % a.a.
Produção Industrial % a.a.
3,50
3,46
3,46
3,50
3,69
3,66
3,58
3,62
4,15
4,10
4,02
4,11
2,79
2,79
2,70
2,74
4,10
4,17
4,08
4,12
Selic
Taxa anual
IGP-DI
% a.a.
IPCA
% a.a.
Taxa de Câmbio
R$/US$
Saldo Comercial
US$ bilhões
15,00
15,00
15,00
14,75
4,55
4,86
4,76
4,50
4,58
4,61
4,66
4,64
2,40
2,40
2,30
2,30
38,00
38,70
40,00
40,00
Var. p.p.
DATA
Previsão 13/01/2006
4 semanas antes
1 semana antes
Previsão 17/02
Início de 2006
Previsão 13/01/2006
4 semanas antes
1 semana antes
Previsão 17/02
Fonte: BC-Focus/INEPAD
ATIVIDADE ECONÔMICA
DATA
Taxa da Utilização da
Capacidade Instalada
dez/04
81,60
-1,80
dez/04
111,09
0,1%
jan/05
81,01
-0,59
jan/05
110,93
-0,1%
fev/05
80,60
-0,41
fev/05
110,30
-0,6%
mar/05
83,20
2,60
mar/05
110,15
-0,1%
abr/05
81,90
-1,30
abr/05
110,18
0,0%
mai/05
82,30
0,40
mai/05
111,25
1,0%
jun/05
82,74
0,44
jun/05
112,39
1,0%
jul/05
81,54
-1,20
jul/05
112,77
0,3%
ago/05
82,83
1,29
ago/05
113,04
0,2%
set/05
81,19
-1,64
set/05
111,90
-1,0%
Índice de Produção Física
Média Móvel Trimestral
Var. %
out/05
81,49
0,30
out/05
111,65
-0,2%
nov/05
81,36
-0,13
nov/05
111,49
-0,1%
dez/05
79,80
-1,56
dez/05
112,97
1,3%
Variação dez-dez
Variação dez-dez
-2,21%
Fonte: CNI/INEPAD
1,69%
Fonte: IBGE/INEPAD
PRODUÇÃO (ÍNDICE) X CAPACIDADE (%)
Capacidade (%)
Produção - Índice
111
80
110
Fonte: INEPAD
Taxa da Utilização
da Capacidade Instalada
dez/05
81
nov/05
111
out/05
81
set/05
112
ago/05
82
jul/05
112
jun/05
82
mai/05
113
abr/05
83
mar/05
113
fev/05
83
jan/05
114
dez/04
84
Índice de Produção Física
Média Móvel Trim estral
28
FINANCEIRO
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA - AUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS, MISTOS, VEÍCULOS COMERCIAIS LEVES E PESADOS
PRODUÇÃO
PRODUÇÃO
(em unidades)
(em unidades)
Data
Produção
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
160.737
188.514
220.722
205.739
215.005
219.272
205.648
220.469
207.428
190.651
213.119
200.332
195.395
Média Trim. Var. Mensal Var. Mensal (%)
183.873
179.414
189.991
204.992
213.822
213.339
213.308
215.130
211.182
206.183
203.733
201.367
202.949
-28.253
27.777
32.208
-14.983
9.266
4.267
-13.624
14.821
-13.041
-16.777
22.468
-12.787
-4.937
Variação jan-05/jan-06
-14,9%
17,3%
17,1%
-6,8%
4,5%
2,0%
-6,2%
7,2%
-5,9%
-8,1%
11,8%
-6,0%
-2,5%
230.000
220.000
210.000
200.000
190.000
180.000
170.000
160.000
150.000
jan
05
fev
05
mar
05
abr
05
mai
05
jun
05
Produção
21,6%
jul
05
ago
05
set
05
out
05
dez
05
jan
06
nov
05
dez
05
jan
06
nov
05
dez
05
jan
06
nov
05
Média trimestral
Fonte: Anfavea/INEPAD
VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS
VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS
(em unidades)
(em unidades)
Data
Vendas
Média Trim.
Variação
Variação(%)
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
100.909
115.436
149.026
137.759
138.078
140.036
133.948
147.553
138.873
131.588
145.900
152.144
124.651
132.378
123.926
121.790
134.074
141.621
138.624
137.354
140.512
140.125
139.338
138.787
143.211
140.898
-54.523
14.527
33.590
-11.267
319
1.958
-6.088
13.605
-8.680
-7.285
14.312
6.244
-27.493
-35,1%
14,4%
29,1%
-7,6%
0,2%
1,4%
-4,3%
10,2%
-5,9%
-5,2%
10,9%
4,3%
-18,1%
Variação jan-05/jan-06
165.000
155.000
145.000
135.000
125.000
115.000
105.000
95.000
jan
05
fev
05
mar
05
abr
05
mai
05
jun
05
Vendas
-2,1%
jul
05
ago
05
set
05
out
05
Média trimestral
Fonte: Anfavea/INEPAD
EXPORTAÇÃO TOTAL
EXPORTAÇÃO TOTAL
(em unidades)
(em unidades)
Data
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
Exportações Média Trim.
45.487
62.015
69.618
72.261
76.218
77.600
74.229
71.811
74.057
61.827
66.078
68.704
57.844
55.038
55.517
59.040
67.965
72.699
75.360
76.016
74.547
73.366
69.232
67.321
65.536
64.209
Variação jan-05/jan-06
Variação
Variação(%)
-13.562
16.528
7.603
2.643
3957
1382
-3371
-2418
2246
-12230
4251
2626
-10860
-23,0%
36,3%
12,3%
3,8%
5,5%
1,8%
-4,3%
-3,3%
3,1%
-16,5%
6,9%
4,0%
-15,8%
80.000
75.000
70.000
65.000
60.000
55.000
50.000
45.000
jan
05
mar
05
abr
05
Exportações
16,4%
Fonte: Anfavea/INEPAD
ACREFI
fev
05
29
mai
05
jun
05
jul
05
ago
05
set
05
out
05
Média trimestral
banco de dados por INEPAD
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS E IMPORTADOS - AUTOMÓVEIS (em unidades)
Data
Vendas
1000cc
% no Total
1000cc a 2000cc
% no total
>2000cc
% no total
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
129.579
82.256
95.954
125.031
115.228
114.308
115.250
111.470
123.173
115.725
113.231
125.110
129.103
72.331
44.720
51.736
70.179
63.612
63.376
63.315
62.344
71.067
65.611
64.354
70.277
72.751
55,8%
54,4%
53,9%
56,1%
55,2%
55,4%
54,9%
55,9%
57,7%
56,7%
56,8%
56,2%
56,4%
56.738
37.267
43.924
54.197
51.062
50.509
51.477
48.683
51.308
49.684
48.033
53.405
54.250
43,9%
45,3%
45,8%
43,3%
44,3%
44,2%
44,7%
43,7%
41,7%
42,9%
42,4%
42,7%
42,0%
510
269
294
655
554
423
458
443
798
430
844
1.428
2.102
0,3%
0,3%
0,3%
0,5%
0,5%
0,4%
0,4%
0,4%
0,6%
0,4%
0,7%
0,7%
0,7%
Fonte: Anfavea/INEPAD
VENDAS POR CATEGORIA - AUTOMÓVEIS
80.000
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
dez
04
jan
05
fev
05
1000 cc
mar
05
abr
05
mai
05
jun
05
jul
05
ago
05
set
05
out
05
nov
05
dez
05
1000 cc a 2000 cc
TAXAS DE JUROS PREFIXADOS - PESSOA FÍSICA (R$ milhões)
CRÉDITO PESSOAL
SALDO TOTAL
AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS
TAXAS DE JUROS
SALDO TOTAL
% Variação % Variação
MÊS/ANO R$ milhões
a.m.
p.p
a.a.
p.p
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
44.781
47.218
49.965
52.333
54.345
55.426
57.270
59.015
60.531
61.650
63.255
63.444
64.987
4,58
4,52
4,45
4,45
4,52
4,45
4,49
4,50
4,55
4,54
4,45
4,38
4,46
0,14
-0,06
-0,07
0,00
0,06
-0,07
0,04
0,01
0,06
-0,02
-0,08
-0,07
0,08
71,20
70,00
68,70
68,70
69,90
68,60
69,40
69,50
70,60
70,30
68,70
67,30
68,90
2,80
-1,20
-1,30
0,00
1,20
-1,30
0,80
0,10
1,10
-0,30
-1,60
-1,40
1,60
R$ milhões
38.855
39.340
40.221
40.958
41.795
42.723
43.636
45.044
46.218
47.406
48.935
50.685
52.057
TAXAS DE JUROS
% Variação
a.m.
p.p
2,63
2,61
2,64
2,66
2,68
2,65
2,60
2,58
2,59
2,57
2,53
2,52
2,55
0,06
-0,02
0,03
0,02
0,02
-0,03
-0,05
-0,03
0,01
-0,02
-0,04
-0,01
0,03
SALDO TOTAL
% Variação
a.a.
p.p
36,50
36,20
36,70
37,00
37,40
36,90
36,10
35,70
35,90
35,60
34,90
34,80
35,30
AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS
0,90
-0,30
0,50
0,30
0,40
-0,50
-0,80
-0,40
0,20
-0,30
-0,70
-0,10
0,50
R$ milhões
7.375
7.313
7.394
7.578
7.992
8.351
8.824
9.416
9.471
9.621
10.031
10.229
10.191
TAXAS DE JUROS
% Variação
a.m.
p.p
4,24
4,19
4,12
3,87
3,87
3,67
3,70
3,65
3,99
3,95
3,80
4,27
3,92
-0,13
-0,04
-0,07
-0,25
0,01
-0,21
0,03
-0,06
0,34
-0,04
-0,15
0,47
-0,35
%
a.a.
Variação
p.p
64,50
63,70
62,40
57,70
57,80
54,10
54,70
53,70
59,90
59,10
56,40
65,20
58,60
-2,40
-0,80
-1,30
-4,70
0,10
-3,70
0,60
-1,00
6,20
-0,80
-2,70
8,80
-6,60
Fonte: Banco Central do Brasil/INEPAD
30
FINANCEIRO
Autorizador de Crédito Serasa
Venda mais com
mais segurança
Verifique
Avalie
a existência de
dívidas vencidas e
não pagas, além de
protestos e ações
executivas.
se o cheque que você
está recebendo é
sustado, cancelado,
extraviado ou
roubado.
Confirme
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no coração de São Paulo
Lgo São Bento
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Pça Antonio Prado
Rua B o a V
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Pça do Patriarca
Fundada em 1958
Auditório para 90 pessoas
Recepção
Lounge
Salão Coffee Break/Refeições
• Conference Room • Sistema de Audiovisual completo • Plasma TV
Informações e reservas - Tel: (11) 3107-7177
Centro de
Eventos
ACREFI
No coração de São Paulo
Fundada em 1958
ASSOCIAÇÃO NACIONAL
DAS INSTITUIÇÕES DE
CRÉDITO, FINANCIAMENTO
E INVESTIMENTO
www.acrefi.org.br

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