Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de
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Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de
Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Mt 5, 9 7º subsídio Jovens Peregrinos, A Jornada Mundial da Juventude e as Experiências Magis estão chegando! Jovens do Brasil e de várias partes do mundo se preparam para viver intensamente esse tempo de graça. Em ambos os contextos, temos em vista viver o magis inaciano, princípio que norteia nosso modo de ser e agir, para melhor servir e amar! É com coração aberto e espírito livre que nos lançamos a dialogar com diferentes rostos e variadas culturas, reconhecendo cada ser humano como filho e filha de Deus! Sem essa abertura de coração e liberdade de espírito, seremos incapazes de acolher a novidade do outro e o que ele tem a nos oferecer, nos diferentes lugares e fronteiras. A filiação que nos é dada em Jesus nos leva ao reconhecimento de Deus como Pai e de nós mesmos como irmãos e irmãs, promotores de paz e justiça, pelo diálogo autêntico entre culturas e pela acolhida do diferente sem preconceitos e exclusão. Em diversos momentos do Evangelho, Jesus oferece aos seus discípulos e discípulas sua paz, ajudando-os a se livrar das tribulações do coração: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração” (Jo 14, 27). Mesmo nos momentos em que todos quase tinham perdido a esperança, fechando-se por causa do medo e da angústia, como aconteceu com os apóstolos após a morte de Jesus, este aparece aos seus amigos e, ao pôrse no meio deles, diz: “A paz esteja convosco” (Jo 20, 19). Cristo repete essas palavras de paz, que são recebidas com alegria, e sopra sobre os discípulos o Espírito Santo. A paz de Jesus é aquela que pode superar qualquer tribulação, libertar o coração de qualquer medo, inspirar a alegria do Espírito Santo a todos. Nessa busca por viver o diálogo intercultural, exercitando o respeito e a tolerância, deixemonos inspirar pelas palavras de Jesus, rezando e refletindo a sétima bem-aventurança: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5, 9). Essas palavras de Jesus nos ajudam a pensar a paz juntamente com a filiação divina. Por que a promoção da paz é condição para sermos chamados filhos de Deus? O que Jesus quis dizer com promover a paz? O que significa ser filhos de Deus? Essa paz de Jesus não pode se restringir a um simples sentimento de tranquilidade, a uma paz interior, mas ela também diz respeito à construção de relações de justiça e vida com nossos irmãos e irmãs e de cuidado com o mundo. O Papa Francisco nos convida a olhar para nossas relações e perceber o que temos semeado: “Olhemos para o rosto daqueles que saem por aí, a semear o joio: são felizes? Quantos procuram sempre ocasiões para enganar, para se aproveitar dos outros, são felizes? Não, não podem ser felizes! Ao contrário, aqueles que todos os dias, com paciência, procuram semear a paz, são construtores de paz e de reconciliação, são bemaventurados, porque são verdadeiros filhos do nosso Pai que está no Céu, o qual semeia sempre e unicamente a paz, a tal ponto que chegou a enviar ao mundo o seu Filho como semente de paz para a humanidade (Homilia do Papa Francisco, Missa da Solenidade de Todos os Santos, 1º de Novembro de 2015). A promoção da paz não pode ser feita de forma isolada, mas também envolve a vivência da fraternidade. “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos!” (1Jo 3, 1). O Papa João Paulo II nos mostra que o reconhecimento como filhos de Deus exige o amor fraterno a exemplo de Jesus: “Invocando a Deus como ‘Pai’ é impossível não reconhecer no próximo – quem quer que ele seja – um irmão que tem direito a nosso amor. Aqui está o grande compromisso dos filhos de Deus: trabalhar na edificação de uma convivência fraterna entre todos os povos” (Mensagem do Santo Padre aos Jovens por ocasião da VI Jornada Mundial da Juventude). Nesse momento especial em que nos preparamos para viver o magis no encontro com jovens do Brasil e do mundo, olhemos para as relações com nossos irmãos e irmãs que convivem conosco. Questionemo-nos sobre nossas atitudes para com o outro, considerando em que sentido elas promovem a paz. Reflitamos se buscamos construir o Reino de Deus, com justiça e alegria, na acolhida do outro, na abertura ao diálogo intercultural, na liberdade para ir a novos horizontes. “Busquemos tudo o que contribui para a paz e a edificação de uns pelos outros” (Rm 14, 19). Nosso mundo tem necessidade de jovens que promovam a paz e, a exemplo de Jesus Cristo, que reconheçam o próximo como verdadeiro irmão e irmã em Deus. Sejamos sinal do Reino de justiça e fraternidade, testemunhando a todas as nações o nosso desejo de semear a paz de Jesus com todas as pessoas, no respeito e na tolerância, na liberdade e no diálogo. A paz de Jesus pode romper qualquer barreira de indiferença e ódio. Sugestões de textos bíblicos para oração pessoal: - Jo 20, 19-23 A paz esteja convosco! - Gl 4, 1-9 Liberdade de filhos. Pedido de graça: Senhor, dai-nos sabedoria para promover a paz e construir relações de justiça e vida com nossos irmãos e irmãs, a fim de que sejamos todos reconhecidos como filhos e filhas vossos. Oração preparatória: Ensina-nos, Senhor, a servir-te como mereces: A dar sem contar o preço, A lutar sem contar as feridas, A trabalhar sem buscar descanso, A doar sem pedir recompensa Exceto o saber que fazemos tua vontade. Texto: Alex Palmer, Davi Caixeta e Marcos Venturini.