Não podemos aceitar. Vamos usar este meio de comunicação para

Transcrição

Não podemos aceitar. Vamos usar este meio de comunicação para
Conectando...
Quando recebemos a
proposta de criação de uma revista,
fomos tomados por um mix de
expectativa, empolgação e tensão.
Expectativa em relação ao que fazer,
empolgação quando planejamos
cada pedacinho do projeto e tensão
nos dias finais, apreensivos com a
hipótese de algo não dar certo.
Os maiores desafios foram
escolher os temas, elaborar os textos
e conseguir alcançar os objetivos que
prevemos para a revista. A Y traz
conteúdos que giram em torno das
redes sociais, cada matéria foi escrita
na tentativa de atrair a atenção
do leitor e fazê-lo se identificar
nos assuntos abordados, além de
informá-lo página após página.
Foi pensando em todas
as novidades do mundo virtual que
nomeamos nossa revista, como
maneira de representar uma geração
que vive hiperconectada, a nossa.
foto da capa
jefeson melo
modelo
anderson ubiratan
Ótima leitura! =)
Equipe - Revista Y
Revista Y
Ano 1 - Número 1 - Junho de 2011
A Revista Y é um Projeto de
Extensão Interdisciplinar orientado
pelos professores Antônio Santana
(Práticas Investigativas), Henriete
Cabral (Teorias da Comunicação),
Jaciara Castro (Produção Textual
I), Leonardo Lotti (Comunicação
Visual), Matheus Batalha (Psicologia da Comunicação) e Ricardo
Cardoso (Métodos e Técnicas para
a Produção de Ideias) e desenvolvido pelos alunos do 1º período do
curso de Comunicação Social, habilitação em Publicidade e Propaganda
da Universidade Tiradentes - UNIT,
Aracaju - Sergipe, semestre 2011/1.
Alunos
Anderson Ubiratan Sant’anna
Arianne Brito
Cynthia Rafaela
Halina França Cruz
Jefeson Junior Cruz Melo
Márcia Bianca Matos Santos
Meyg Lynng Alves Santos
Sara Ingrid Ramos Pinheiro
Projeto Gráfico
Jefeson Melo
Diagramação
Jefeson Melo
http://crivo.info/
e-quipe
Contatos
Curso de Comunicação Social
Jornalismo / Publicidade e
Propaganda
UNIT - Univrsidade Tiradentes
-------------Av. Murilo Dantas, 300 - Farolândia
CEP: 49032-490
Fone: 55-79-3218-2189 - ramal 2507
Aracaju - Sergipe - Brasil
Impressão:
Gráfica Polikromia
layout JEFESON MELO
redação meyg lynng/halina frança
sumário
7
O auge da Geração Y
8
Missão verde
11
Caiu na rede, é peixe!
14
Teoria Hipodérmica e
Flash Mob: Manipulação
das Massas
A cada instante as redes sociais vêm
conquistando o seu espaço na história da
sociedade moderna.
Ciberativistas se manifestam contra projeto de
lei que pode afetar o meio ambiente
Com o surgimento das redes sociais,
empresas apostam em anúncios online e
criam interação com seus clientes.
A influência dos meios de comunicação de
massa na sociedade.
Porque a felicidade está nas coisas mais simples.
16
Entrevista:
Maíra Ezequiel
A jornalista e professora fala sobre sua
experiência com redes sociais e das
mudanças provocadas por elas no jornalismo
e na sociedade.
19
Saindo da garagem
22
E se Cabral usasse o
FourSquare?
Os tempos são outros, seu talento não
depende mais de outras mãos, é a era da
independência e o poder da rede.
matéria
da capa
redes
12
antisociais?
Será que ferramentas como o Orkut, Facebook
e Twitter induzem ao isolamento social?
abra a felicidade
www.c o c a c o la . c o m.br
direção de arte JEFESON MELO
redação anderson ubiratan/jefeson melo
O auge da Geração Y
TEXTO arianne brito / meyg lynng
A cada instante as redes sociais vêm conquistando o seu
espaço na história da sociedade moderna.
Em décadas anteriores, era muito
comum utilizar métodos mais concretos para se
comunicar, como cartas e telegramas. Sempre
existiram métodos possibilitando uma interação
entre as pessoas, mesmo levando mais tempo
para chegar ao seu destino, diferente dos dias
atuais, em que as relações crescem a cada dia,
porém, virtualmente.
nos aplicativos conhecidos por IRC e o ICQ (antecessor do MSN),
período no qual os usuários ainda não estavam habituados a manter
relações extremamente virtuais.
As primeiras redes sociais surgiram há pouco mais de 14 anos,
mais precisamente em 1997 com lançamento do Sixdegrees, que
possibilitava a criação de um perfil, combinando com o registro
e publicação de contatos, o que viabilizou a navegação por perfis
alheios. Apesar do grande sucesso, não conseguiu sustentação
financeira, o que resultou na suspensão do
serviço.
Nos últimos anos foram surgindo várias
páginas de redes sociais, mas nenhuma
chamou a atenção dos usuários como as
que foram lançadas entre 2004 e 2006, em
especial o Orkut, Facebook e Twitter, que
possibilitam postagens de imagens, mensagens, informações, dentre outros aplicativos.
Através delas é possível conhecer novas
pessoas e interagir com aqueles que fazem
parte da rede.
Conectando-se ao Orkut, é possível participar de comunidades, conversar com amigos
e familiares, através de recados, mensagens, fotos e videos. Já o Twitter permite aos
usuários enviar e ler atualizações pessoais de
outros contatos (em textos de até 140 caracteres, conhecidos como tweets), em tempo
Mark Zuckeberg, criador do Facebook e ícone da Geração Y.
real. O Facebook é, aparentemente, muito
A internet surgiu em plena Guerra Fria,
análogo ao Orkut, mas possui ferramentas inovadoras, que vêm
na década de 1960, com objetivo de interligar
atraindo um número maior de usuários.
redes militares e de pesquisas. Com o decorrer
Apesar do Orkut estar renovando-se a cada momento e ostentar
do tempo, tomou rumos completamente difero maior número de usuários brasileiros, o site de relacionamento
entes e mostrou-se uma eficiente ferramenta
está perdendo sua popularidade para o Facebook, a rede social mais
de comunicação. Inicialmente, através da instanpopular do momento. Sem sombra de dúvidas, o Facebook, que foi
taneidade do email e dos programas de mensacriado com a intenção de ser uma página privada, está se expandgens instantâneas, abriu um excelente caminho
indo mundialmente a cada instante.
para as empresas ampliarem seus lucros com a
As redes sociais têm alcançado dimensões incríveis desde que
divulgação virtual. Mas, além do profissionalsurgiram, atraindo cada vez mais usuários por causa de seus aplicismo no mundo dos negócios, também havia
ativos e todos os serviços oferecidos. É possível interagir com as
uma pequena parcela de diversão e interação.
pessoas, independente de localidade ou idioma, dividir experiências,
A evolução da internet consolidou-se
expor atuações profissionais e divertir-se a qualquer momento. As
com o surgimento das redes sociais. Antes delas,
redes sociais tornaram-se fundamentais no processo comunicativo
o máximo de interação online era feita através
da sociedade moderna e continuarão sendo aperfeiçoadas a cada
do bate-papo, que concentrava sua atenção
inovação tecnológica.
Y #1 | 7
“Não podemos aceitar. Vamos
usar este meio de comunicação
para mudar.”
Simone Oliane
Campanha criada pelo Greenpeace
Missão Verde
TEXTO bianca matos
Ciberativistas se manifestam contra projeto de lei que
pode afetar o meio ambiente
Está sendo proposta uma alteração para o Código Florestal,
lei que rege o desenvolvimento do país sem destruir florestas, solicitada pelo Deputado Aldo Rebelo. Segundo o Greenpeace, a pressão
dos ruralistas para perdoar os crimes ambientais e abrir espaço para
mais destruição, levou a uma reforma que prioriza as necessidades do
agronegócio, contribuindo para a devastação das florestas.
Em repulsa a esta proposta, as ONGs @greenpeaceBR e
a @WWF_BRASIL, decidiram se manifestar, usando como principal
ferramenta as ‘ruas’ das redes sociais, promovendo uma série de
mobilizações online. Através de meios como o Twitter, Orkut e facebook (os mais utilizados), os internautas assinam petições, divulgam
8 | Y #1
e comentam as notícias, debatem, e ainda acredita que esta alteração comprometerá
participam de manifestações que ocorrem as futuras gerações, tornando escassas a
no mundo real, tornando-se, assim, colab- fauna e a flora brasileira. O WWF manteve
a mesma linha de pensamento e utilizou o
oradores ou ciberativistas ecológicos.
A mobilização principal foi mesmo meio para demonstrar oposição.
Em
outra
nomeada
pelo
rede social, o Orkut,
Greenpeace
de
as comunidades e
“Desliga essa motoseus
integrantes
sserra”, que se
ficavam encarregados
mostrava contra o
de lançar debates
novo Código Flopara que os próprios
restal. Para dar
lançassem suas opinimpulso à camiões. Por exemplo, o
panha, muitas men“Eu pergunto, e você
sagens no twitter
responde.”
foram postadas. Em
Gandhi - Postado pelo WWF
A
relação
uma delas, a ONG
afirmava: “60% de nossa vegetação nativa entre organizadores (ONG’s) e colaboestá em reserva legal, preservada pelo radores nas redes sociais é importante
Código Florestal que os ruralistas atacam. para contribuir com o resultado esperado.
Dúvidas, interações, movimentos organi@dilmabr Desliga a motosserra.
Já que as redes sociais deixam as zados, propostas, acontecimentos diários,
informações explicitas e facilmente aces- são algumas questões resolvidas através
síveis, aqueles que tinham uma mesma do movimento ativista, sendo que o Código
opinião em relação ao assunto usavam Florestal online é tomado como uma das
este meio para se expressar. Simoni Oliani principais formas de missão verde online
(@simonioliani) , em uma das suas posta- ou ciberativismo ecológico.
gens na rede, afirmou não concordar com O esperado era que os eleio Código Florestal e que juntos deverão tores parlamentares estivessem cientes
usar este meio de comunicação para da opinião pública, para que tomassem a
mudar. Aukley Cabral (@Aukley) disse não decisão considerada correta pela popuconcordar porque especialistas dizem que lação, mas a decisão foi contrária. Ligaram
a proposta do novo Código pode aumentar a motosserra e a guerra das trincheiras
virtuais continua. Vamos ver até que ponto
o desmatamento.
As pessoas sempre buscavam eles suportarão a pressão dos ciberativresponder às condições do ambiente, aos istas.
estímulos recebidos. Por isso, foram muitos
os “seguidores” da campanha, e a maioria
“A natureza pode
suprir todas as
necessidades do
homem, menos a
sua ganância.”
Y #1 | 9
direção de arte JEFESON MELO
redação bianca matos/sara pinheiro
Caiu na rede,
é peixe!
TEXTO sara pinheiro
Com o surgimento das redes sociais, empresas apostam em
anúncios online e criam interação com seus clientes.
Nos últimos anos , companhias vêm investindo em publicidade
virtual, uma forma de proporcionar maior visibilidade ao produto e chegar
até o cliente onde quer que ele esteja, aumentando, consequentemente,
a quantidade de pessoas com interesse em comprar. Mas, recentemente,
uma novidade modificou as tragédias de marketing e a atitude da clientela. Tratam-se das redes sociais, que invadiram a internet e conquistaram
milhões de fãs.
Essas mídias oferecem diversas ferramentas que funcionam
como entretenimento, facilitam o trabalho de profissionais, transmitem
informações e permitem que os usuários se relacionem com outras pessoas.
Observando essas características, os
responsáveis pela divulgação de determinadas empresas encontram uma
maneira de anunciar seus produtos e
avaliar opinão do público-alvo.
O Marketing Social consiste na
forma mais prática de tornar um
marca e seus produtos conhecidos e
criar uma relação mais íntima entre
companhia e consumidor através de
páginas criadas em Twitter, Orkut,
Facebook, entre outros, os clientes
podem compartilhar suas opiniões e
experiências relacionadas à marca.
Desta forma, as empresas têm a oportunidade de obter , medir dados
e transformá-los em melhores estratégias para satisfazer e superar as
expectativas dos consumidores.
A popularização do Marketing social resulta do comportamento
das pessoas em relação as novas mídias e suas ferramentas. O impacto
causado pelas ações de marketing nas redes sociais é bem maior que em
outros meios, devido ao grande número de usuários de sites de relacionamento. Um fator importante é o valor que a opinião do público-alvo possui.
Geralmente, pessoas interessadas em comprar algo buscam comentários a
respeito do produto, sendo, assim, influenciadas pelo nível de (in)satisfação
Uma das maiores
preocupações
das empresas
que investem
em anúncios nas
mídias sociais é
o retorno.
de outros consumidores.
Uma das maiores preocupações
das empresas que investem em anúncios nas
mídias sociais é o retorno, já que este tipo de
marketing exige disponibilidade de tempo e
dedicação para manter o cliente atualizado
e, principalmente, interessado em produtos
e promoções lançadas. Porém, deve-se
salientar que os resultados aparecem depois
de algum tempo, tornando-se um processo
lento. Para acompanhar os comentários e
toda a repercussão dos anúncios lançados
nas redes sociais, as companhias observam
postagens, comunidades, e fóruns de debates
nas páginas do twitter (preferência das
empresas), Facebook, Orkut e Youtube.
O grande esforço das empresas,
nesta década de inovações tecnológicas
tão importante para a relação companhia consumidor, é a busca pela melhor maneira
de tornarem-se íntimas de seu público,
através de métodos que despertem o desejo
de compra de pessoas que podem provar e
aprovar seus produtos e serviços. A junção
de venda e comunicação supre as necessidades de ambas as partes: enquanto as
empresas pensam em vender seus produtos
à massa (quantidade), usando estratégias
cada vez mais aperfeiçoadas e atingindo a um
número crescente de pessoas, os indivíduos,
como bons consumidores, querem adquirir o
que há de melhor no mercado (qualidade) e
poder expressar suas opiniões para justificar
e comprovar suas escolhas.`
Y #1 | 11
“Oito em cada dez brasileiros
conectados têm contas ativas
em sites como Orkut, Twitter e
Facebook”
RAFAEL SBARAI
TEXTO halinna frança / meyg lynng
foto jefeson melo
Será que ferramentas como o Orkut, Facebook ou o Twitter induzem
ao isolamento social?
Século XXI, o mundo está totalmente mudado. A tecnologia cresce absurdamente a cada ano no Brasil. Os meios de
comunicação evoluem a cada dia. Nunca foi tão fácil saber o que se passa no outro lado do mundo. A internet, sem sombra de
dúvidas, veio para quebrar toda e qualquer barreira nas relações entre os seres humanos. Mas em meio a toda essa inovação será
que tudo funciona às mil maravilhas?
Segundo Rafael Sbarai (2011), mestre em jornalismo e editor do site da revista VEJA, o Brasil é campeão mundial no
uso das redes sociais. Ele afirma ainda que oito em cada dez brasileiros conectados têm contas ativas em sites como Orkut,
Twitter e Facebook. Para muitos, manter esses e outros perfis atualizados tornou-se uma questão de sobrevivência. Geralmente,
os usuários desses meios não sabem ao certo quanto tempo gastam compartilhando fotos, vídeos e diversas informações. Muitos
destes demoram a perceber que essas atividades se tornaram uma mania e que qualquer impedimento pode causar ansiedade,
nervosismo ou até depressão. É a partir daí que entramos numa pequena discussão: a dificuldade no desenvolvimento de
competências sociais. Essa dificuldade é bastante confundida com a timidez, porém, é muito diferente. A falta de confiança e
a insegurança perante as relações sociais na vida real levam as pessoas a buscarem alternativas para superarem esses
problemas. Daí vem a vida virtual.
Mas, afinal, o que é vida virtual?
Para responder a esta pergunta, primeiro será
mostrado o conceito de vida e logo após o conceito de virtual.
Segundo Ferreira (2000), vida significa um dado período da
vida, modo de viver; e virtual significa efeito de emulação ou
simulação de determinados objetos, situações ou equipamentos
por programas ou redes de computadores. Unindo esses dois
conceitos, entende-se vida virtual como a simulação de algumas
etapas ou períodos de nossas vidas através das redes.
Porém, viver virtualmente está se tornando perigoso,
afirma Cristiano Nabuco (2011), coordenador do Programa de
Dependentes de Internet do Ambulatório dos Transtornos do
Impulso, no Instituto de Psiquiatria, da Faculdade de Medicina
da USP. Ele ainda diz que a utilização das redes sociais tornou-se
12 | Y #1
uma regra no contexto social e que
algumas pessoas se utilizam desses
meios como uma alternativa de
vida, mas o fim destes é o vício, para
o qual existem tratamentos.
Uma
pessoa
que
aparentemente viveu nesse mundo virtual foi o Wellington
Menezes de Oliveira que, após a morte de sua mãe adotiva,
passou a viver isolado. Ele planejou um massacre que marcou
o mundo, executando 12 crianças em uma escola pública no Rio
de Janeiro. Há a hipótese de que ele tenha sido influenciado por
grupos terroristas que agiam nas redes sociais.
De acordo com o pesquisador vinculado ao Núcleo
de Estudos do Desenvolvimento Humano da Universidade
Federal do Paraná, Pablo de Assis (2010), a dependência da
internet se trataria como qualquer outra dependência. Isso
causa muita polêmica, já que algumas mães, por exemplo,
sentem-se preocupadas com seus filhos quando eles passam
horas na frente do computador ou deixam de sair com seus
amigos para não desconectarem-se. Essas mães gostariam
de tratar seus filhos, mas não da mesma forma que um
dependente químico. Por exemplo, em um depoimento cedido
ao site Tecno Café, em 2010, uma mãe relata a preocupação
com seu filho; “Tenho um filho adolescente de 14 anos,
que tem me preocupado pelo fato de ficar na net o
tempo todo em que está em casa, ele é viciado no
jogo online haboo, trabalho o dia todo e não
consigo controlá-lo. Já coloquei senha no
computador, mas ele criou outra conta
e liga a máquina. Enfim, preciso de
ajuda, por favor”.
Além
dessas
polêmicas, há ainda
mais uma. Há quem
diga que viver
virtualmente não
afeta em nada
a vida real, se
é que podemos
chamá-la de real.
Existem
alguns
pesquisadores, como
por exemplo, o jornalista Marinho (2010) afirmando que
apesar de algumas pessoas viverem conectadas a maior
parte do dia e não ter uma vida social, elas não deixam de
viver uma vida real, mesmo que de modo diferente de quem
a vive, mas atrás da tela do computador há um ser pensante
e que, independente de qualquer coisa, é um ser humano
e vive a realidade mesmo que sua intenção seja apenas
virtual.
Y #1 | 13
Teoria Hipodérmica e Flash Mob:
Manipulação das Massas
TEXTO Cynthia rafaella
A depender de como a mensagem
é transmitida o indivíduo pode ou
não ser manipulado
(WOLF, 2005)
mais sobre
flash mob e
behaviorismo
A influência dos meios de comunicação de massa na sociedade.
Flash Mob de protesto contra o acordo de transferência de tecnologia nuclear que está sendo firmado entre o Brasil e França. Foto: Greenpeace Brasil
No contexto global existem várias Teorias de Comunicação, entretanto, dar-se-á ênfase à Teoria Hipodérmica ou
Teoria da Bala Mágica, destacando ainda um seguimento posterior chamado Flash Mob.
A teoria Hipodérmica surgiu nos anos 30, com objetivo
de fornecer bases vivenciadas e científicas para elaborar um
sistema de comunicação com destaque no efeito deste sobre
o comportamento da sociedade. Essa teoria foi elaborada
por cientistas da Escola Norte-Americana, contratados pelo
exército. A concepção de comunicação, segundo essa teoria, é
que a sociedade é organizada em massa, ou seja, sem individualidade (WIKIPÉDIA, 2011).
14 | Y #1
Esta teoria, iniciada no âmbito da psicologia, influenciou o pensamento da comunicação entre a primeira metade do
século passado e tornou-se um ponto de iniciativa fundamental
para os que discordam e para os que concordam com suas
regras. Por apresentar uma norma simples, ela é vista como
limitada e para essa teoria não é relevante a questão política,
histórica, social e religiosa e sim é ressaltado que os receptores
tenham a mesma linha de pensamento.
É analisado pelos estudiosos que a Teoria Hipodérmica parte da idéia behaviorista baseada no binômio estimulo-resposta, ou seja, uma transmissão veiculada pelos canais de
massa (cinema, jornal, rádio, televisão, internet, entre outros)
quem vê, podendo proporcionar aos envolvidos a sensação de liberdade e conforto. O No
Pants Day rompe as regras da sociedade, pois
quebra tabus devido a sua forma de expressar
e agir diante das outras pessoas (RODOX,
2011).
Analisa-se então que o Flash Mob,
apodera-se da Teoria Hipodérmica para
influenciar ou até manipular massas através
dos meios de comunicação, interferindo
também nos valores de um individuo, grupo
social ou até mesmo da própria sociedade,
sendo relevado o mesmo pensamento entre as
pessoas envolvidas.
Teoria da comunicação
Mauro Wolf
http://bit.ly/jBkkUt
A Teoria Hipodérmica da
Mídia
Gian Danton
http://bit.ly/kuTu6b
Teoria Hipodérmica
Gabriella Porto
http://bit.ly/ltpvN8
Flash mob, o mais novo tipo
de mobilização
Giuliana Chorilli
http://bit.ly/kItpsg
No Pants Day - Foto: Ross Guthrie
verificando-se que a mensagem transmitida
penetraria ao receptor sem que houvesse
empecilhos por parte de quem recebe a
mensagem, podendo ser comparada a um
objeto penetrante, no indíviduo sem nenhuma
dificuldade. Visto sob essa ótica, observa-se
que a depender de como a mensagem é transmitida o indivíduo pode ou não ser manipulado e induzido a ter uma determinada reação
(WOLF,1995).
Por exemplo: a moda européia
influencia o estilo de se vestir do Brasil, como
também de outros países; outro exemplo em
destaque foi a invasão dos Estados Unidos ao
Iraque: embora o governo Norte-Americano
pretendesse controlar o petróleo no Iraque, os
meios de comunicação informaram que este
queria dominar seus adversários através de
armas químicas (PERINA, 2007).
Ainda nessa sequência, podemos
verificar o surgimento de um movimento
criado através da internet, o Flash Mob, que
pode induzir pessoas com um mesmo intuito,
aglomerando-as em um determinado local.
Esse movimento vem sendo evidenciado em
diversos períodos da história.
O primeiro Flash Mob foi realizado
em 2003, organizado via e-mail pelo jornalista
Bill Wasik, em Manhattan (Nova York), com a
intenção de reunir cerca de 50 amigos na frente
de uma loja de acessórios femininos, tornando-os o próprio show. Porém, a policia apareceu
no local e impediu que o evento ocorresse
(CHORILLI, 2011).
Exemplificando
ainda
este
movimento, um dos mais conhecidos e atuais
é o No Pants Day (Dia sem calças) um evento
que começou em Nova York em 2002 e se
expandiu para o Brasil, exatamente na cidade
de São Paulo, pretendendo aglomerar pessoas
com o mesmo intuito de chamar atenção de
“No Pants Day” - O Dia de
Tirar as Calças no Metrô
Chegou!
Rodox
http://bit.ly/iu8VWQ
Y #1 | 15
“Quanto maior o acesso a smartphones, banda
larga e novos ambientes de compartilhamento
de dados e idéias, mais liberdade
conquistamos”
entrevista: Maíra Ezequiel
Foto: Marcelle Cristinne / Agência Sergipe de Notícias
por cynthia rafaella
A jornalista e professora
da Universidade Federal
de Sergipe fala sobre
sua experiência com
redes sociais e das
mudanças provocadas
por elas no jornalismo e
na sociedade.
Y Como foi sua experiência no
NCD? Quais foram os principais
desafios encontrados durante a
criação do núcleo?
Maíra Considero um privilégio ter podido
coordenar uma experiência tão
inovadora. Ao mesmo tempo, foi muito
angustiante ter que partir do zero, criar
uma sistemática de trabalho sem
referências anteriores, sem modelos a
serem seguidos. Tenho consciência de
que nosso trabalho foi pioneiro e ainda
é uma referência nacional sem
precedentes.
O principal desafio foi criar uma
sistemática eficiente, uma rotina
produtiva de trabalho, e também
combater a dispersão. O universo das
redes sociais é muito envolvente e
efervescente
de
novidades
convidativas. Manter o foco e a
moderação são desafios constantes
pra quem trabalha nessa área.
Y A resposta dos internautas no
Revista Y Como foi o seu primeiro contato profissional com
redes sociais, de onde surgiu esse interesse?
Maíra Ezequiel Meu primeiro contato profissional com as redes foi durante
a campanha pra prefeitura em 2008, na qual trabalhei no comitê do
candidato Edvaldo Nogueira. Ensaiamos ali tentar montar uma equipe
que falasse mais com o universo de blogs, sites e redes sociais, mas
naquela época ainda era tudo muito limitado por conta da legislação
eleitoral. Mais tarde, fui convidada pelo então secretário de comunicação
do estado, Carlos Cauê, para montar o que passaríamos a chamar de
Núcleo de Cultura Digital dentro da Secom (Secretaria do Estado da
Comunicação).
Nessa fase meu interesse pessoal já tinha crescido bastante, mas ainda
assim não passava de uma curiosidade aguçada. Posso dizer que
aprendi a lidar profissionalmente com as redes como todo mundo vem
aprendendo: na base da intuição, bom senso e muita tentativa e erro.
blog e nas demais ferramentas
influenciou de alguma forma
nas decisões do governo? De
uma forma geral, como você
avalia a implantação do núcleo?
Maíra Não sei se houve uma influência
tão decisiva, mas certamente serviu
como um bom termômetro para muita
coisa. Na minha opinião, a implantação
do NCD na Secom do Estado foi um ato
muito visionário do Governo. É raro
encontrar gestores públicos dispostos
a ousar tanto, principalmente numa
área tão nevrálgica como a
comunicação. Há muito o que avançar
ainda, mas o caminho está indicado.
Y As redes sociais influenciam
socialmente as pessoas? Em
que ponto elas são benéficas?
16 | Y #1
Maíra Acredito que sim. Dependendo do público, para
alguns mais intensamente do que pra outros. Forma-se
muita opinião nas redes hoje. Faz-se muito juízo de
valor e de caráter, para o bem e para o mal, a partir do
que se fala nas redes. Acho que são muito benéficas
de uma forma geral. É um instrumento bastante
democrático e espontâneo de mobilização.
Y Do ponto de vista das relações pessoais, as
redes sociais revolucionaram muitos
comportamentos de interação. Como você
vê essas mudanças e qual o impacto que
elas podem ter na sociedade a médio e
longo prazo?
Maíra Como falei, vejo de uma forma geral muito
positivamente. Acho que já mesmo a curto prazo
grandes paradigmas de organização e interferencia
social serão quebrados ou reinventados. Quanto maior
o acesso a smartphones, banda larga e novos
ambientes de compartilhamento de dados e idéias,
mais liberdade conquistamos. No que exatamente isso
tudo irá implicar, não me arrisco muito em apontar. É
um panorama bem imprevisível.
Y Qual o impacto que as redes sociais têm
atualmente no jornalismo e na forma de
fazê-lo?
Maíra Fico com a impressão que a prática jornalística
ficou obsoleta mas ainda não se tocou disso. O
jornalismo enquanto modelo de negócios
definitivamente precisa se reinventar. Não preciso
mais vender meus olhos para a televisão para me
informar sobre tudo que me interessa. Comprar jornal
impresso então??!! Absolutamente desnecessário.
Repito sem medo: a práxis ainda em voga do
jornalismo tradicional está em decadência.
Y Do ponto de vista da publicidade e do
marketing, as empresas Brasileiras já estão
a aproveitar todo o potencial que as redes
sociais oferecem?
Maíra Ainda não. Estamos todos aprendendo, é tudo
muito novo. E muitas empresas sequer reconhecem o
potencial dessas ferrhamentas. Outras tiveram que
aprender depois de sofrer uma crise de imagem. Vide
o caso recente da Arezzo.
Y #1 | 17
foto/direção de arte JEFESON MELO
redação bianca matos/sara pinheiro
ferramentas de
divulgação de
música online
Saindo
da garagem
TEXTO ANDERSON UBIRATAN
foto JEFESON MELO
Os tempos são outros, seu talento não depende
mais de outras mãos, é a era da independência e
o poder da rede.
Hoje com o avanço das redes sociais juntamente com a informatização, tornou-se mais acessível e
visível ao público o trabalho de uma banda, não sendo
mais necessário estar nos grandes centros, ou fazer parte
de uma gravadora para ser ouvido e conhecido.
O poder exercido nas redes sociais garantiu
uma significativa mudança, por ter uma relevância tanto
quanto rádio e TV, vem se tornando uma importante
alternativa de divulgação, transformando os meios mais
comuns num mero complemento para essa estadia.
Levando em conta
que a informatização
é cada vez maior
dentro da sociedade,
há de ser futuramente
a principal ferramenta
de propagação.
As bandas antes
tinham que batalhar
para conseguir o
mínimo espaço que
fosse, pois tudo era
muito mais complicado, atingir o grande mercado,era imprescindível
mais do que simplesmente talento,era também preciso
sorte,regado a bons contatos,o que não se repete nos dias
atuais, em que a facilidade e o alcance disponível através
das redes são ilimitados. A socialização via internet
vingou de forma tão rápida e feroz que abrange alem do
que se pode vê, dos quatro cantos de uma garagem para
“Toda essa
evolução
provocou uma
alteração no
mercado”
os quatro cantos do mundo.
Por outro lado, toda
essa evolução provocou uma
alteração no mercado e comportamento das gravadoras e suas
grandes empresas, que tiveram
que adequar-se obrigatoriamente
a essa nova realidade, está se
tornando providencial a interação
destes com as redes, não há
como competir, pois tal competição seria desleal.
Isso demanda uma
independência e autonomia tão
almejada por todos, nesse caso
por músicos, que não têm seu
trabalho exposto nos meios mais
populares e que se veem hoje
sem a necessidade de tê-los,
além de estarem livres de um
domínio de terceiros, recorrendo
às redes sociais como um refúgio,
é a ideologia punk vigorando, do
faça você mesmo.
Um exemplo dessa
total liberdade se deve ao
myspace,lastfm,sonora,youtube,
entre outros.
Myspace
www.myspace.com
Myspace é um desses sites que
promovem essa autonomia e
a interação. Nele os artistas
tem a possibilidade de criar um
perfil próprio onde é possível
disponibilizar músicas, fotos,
agenda e informações sobre
a banda. Por conta do acesso
simplificado, e da gratuidade
no acesso e na publicação de
informações, essa ferramenta
vem revelando novos talentos da
música. A crescente popularidade
do site faz com que bandas se
utilizem dessa plataforma como
meio principal de divulgação do
seu trabalho.
Lastfm
www.last.fm
Consiste numa rádio on-line
que cede a uma comunicação
e interação virtual, onde os
usuários trocam e compartilham
informações sobre o música. Há
também duas opções para se
utilizar, uma delas é através do
audioscrobbler ,um plugin que
tem como objetivo criação de um
repertório autoral,outra forma é
ouvir a própria rádio, para isso é
preciso registrar-se no site.
Sonora
www.terra.com.br/sonora
Desenvolvido para venda de
música pela internet,e idealizado
pelo portal terra,permite ao
usuário o download de musicas
em mp3 legalmente por meio de
assinatura.
Youtube
www.youtube.com
O youtube se transformou também
em uma ferramenta importante
para a disponibilização de
shows,clipes ou ate mesmo
musicas. Inicialmente planejado
para hospedar apenas vídeos dos
usuários, o site acabou virando
uma biblioteca de musicas e um
canal muito importante para a
promoção dos artistas.
Y #1 | 19
o que rola
na rede
por jefeson melo / meyg lynng
discos
pra baixar
de graça
guizado
Coldplay
Forfun
holger
“Cavalera”
“LeftRigh
LeftRightLeft”
“alegria
compartilhada”
“sunga”
http://bit.ly/lcM4pb
http://bit.ly/lKG27H
http://bit.ly/lKG27H
http://bit.ly/jJ5Mvh
e-movies
filmes produzidos
na internet
Mystery guitar man
http://youtube.com/MysteryGuitarMan
Ex-estudante de medicina, o paulista Joe Penna largou
a faculdade para fazer videos e ganhar a vida com eles.
The hun for Gollun
http://thehuntforgollum.com/
Um filme de ótima qualidade, custos baixíssimos e com uma curta metragem (40 minutos), foi criado por fãs do Senhor dos anéis e lançado
diretamente na internet. O filme retrata a caça ao Gollum para evitar
que ele não fosse pego por Sauron (personagem do filme O senhor
dos anéis).
Born of Hope
http://bornofhope.com/
Também criado por fãs que não buscavam lucros financeiros na produção do filme. Narra a história dos pais do
herói Aragon: Arathorn e Gilraen, os guerreiros do norte
da Terra Média, chamados Dudaín.
Quem seguir
no twitter
@comunicadores
Muitas novidades, conteúdos
virais e assuntos interessantes
sobre internet, design, tecnologia e
mercado.
20 | Y #1
life in a day
http://youtube.com/lifeinaday
O primeiro longa-metragem gerado por
usuários do YouTube. Dirigido por Kevin
MacDonald e extraído de mais de 80 mil
clipes enviados por pessoas comuns no
dia 24 de julho de 2010, o filme com 90min
de duração é composto por 1.025 vídeos
que mostram numa visão honesta e admirável um dia no planeta terra.
@maissoma
Cultura urbana, artes plásticas,
música e afins são tuitadas direto
do quartel general da Revista +
Soma.
canais
no youtube
Não faz sentido
Mas Poxa Vida
http://youtube.com/felipeneto
http://youtube.com/maspoxavida
O carioca Felipe Neto encontrou no YouTube o
lugar ideal para unir suas duas paixões: internet e
teatro. Em seus vídeos ele faz críticas sarcásticas
sobre novos modismos e sucessos teen como
bandas coloridas e histórias de vampiros.
A repercursão desse trabalho lhe rendeu a
realização de um sonho, o programa humorístico
no canal Multishow “Será Que Faz Sentido?”.
Criado pelo paulista Paulo César Siqueira mais
conhecido como PC Siqueira. Em seus videos
ele faz desabafos sobre situções do cotidiano
com teorias divertidas a respeito de assuntos
banais. Graças aos seus videos, hoje apresenta o
programa “O Vlogger PC Siqueira” na MTV.
@poalli
Um dos blogs mais bacanas da web
brazuca, sem dúvida, é o “Te Dou
um Dado”. E a Ana Paula Barbia é
uma das mentes supercriativas por
trás dos posts impagáveis do blog.
@giloureiro
Criador do blog @nosgeeks, o
publicitário Guilherme Loureiro
twitta diariamente as postagens
de seu blog, e artigos muito
interessantes.
@jack
Perfil oficial de Jack
Dorsey, o criador do
Twitter.
Y #1 | 21
Giovanni + Fraftfcb
E se Cabral usasse o
FourSquare?
por jefeson melo
Suponha que a tecnologia que temos acesso
atualmente tenha chegado por um motivo qualquer ao
final do século XV, na época das grandes expedições
europeias em busca de terras inexploradas. Imagine
que la pra 1490 fosse comum usar celular, smartphone, GPS e que geolocalizaçao fosse a ultima moda
entre os desbravadores.
Pois bem! Aos nove de maço do ano de mil
e quinhentos o navegador português Pedro Álvares
Cabral partiu em destino as Indias enviado pelo rei D.
Manuel I com a missão de trazer ao seu reino riquezas
e especiarias. Foi dado a ele um aparelho para
auxiliar na navegação, pois a rota que costumava ser
usada pra chegar a tal destino havia sido tomada por
mouros e se tornara intransitável. Cabral fora instuido
a sinalizar por meio do aparelho todos os lugares em
que a frota atracava - chamava isso de CheckIn - para
que Sua Majestade soubesse do paradeiro de todos. E
assim o fez ao seguir viagem.
Não sabia ele que as informações que
mandava a coroa por meio do tal aparelho estavam
sendo monitoradas por uma esquadra espanhola
que desejava chegar ao mesmo destino. O confuso
navegador sem querer informava publicamente a
cada dia a sua localização no oceano.
22 | Y #1
Por ser a primeira vez que navegava por
mares desconhecidos, Pedro acabou perdendo a
direção e após meses navegando sem rumo avistou
o primeiro sinal de terra. Eufórico, gritou entusiasmadamente para todos, os que há dias aguardavam tais
notícias. Enquanto isso os navegantes da esquadra
espanhola que seguia as marcações de Cabral
mantiveram uma distância considerável afim de não
serem percebidos.
Os portugueses notaram logo nos primeiros
instantes que o lugar ao qual haviam chegado não
era o seu destino original, ficaram então reclusos em
suas embarcações enviando um pequeno grupo para
reconhecer as novas terras. Deram a esse lugar o
nome de “Terra de Vera Cruz”.
Já estabelecidos em terra e entrosados
com os nativos, dias depois receberam uma visita
inesperada dos espanhóis chegaram a Terra de Vera
Cruz reclamando uma parte das terras queixandose de tê-las encontrado ao mesmo tempo. Cabral
refletiu sobre o uso que havia feito do novo aparelho
e percebeu que o denominado FourSquare - recurso
que utilizava para informar El Rey sobre sua localização - teria talvez sido o motivo de tal visita.